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Clube paraibano admite fraude para inflar repasse de verba pública
O Nacional de Patos admitiu que colocou dados falsos no cadastro do programa Gol de Placa e culpou “pessoas terceirizadas” pela fraude no programa, revelada pela Folha na última terça (22).O secretário de Esporte, Juventude e Lazer da Paraíba, Zé Marco, disse que se assustou com o número de torcedores fantasmas no campeonato local e que vai investigar o cadastro realizado pelos clubes no programa Gol de Placa.Esses torcedores não estiveram nos estádios e vários jamais sequer viajaram à Paraíba. Zé Marco informou que pediu os dados lançados nas últimas três partidas pelos 18 clubes beneficiados pelo programa na plataforma da secretaria. A Folha revelou que centenas de pessoas foram cadastradas nos últimos anos pelos clubes como torcedores sem nunca ter ido aos estádios paraibanos. O Gol de Placa foi criado para incentivar os torcedores a comparecerem a jogos no estado da Paraíba e ajudar a financiar os clubes. Pelas regras do programa, os torcedores podem trocar notas fiscais por entradas para as partidas. O valor das entradas é pago aos clubes por uma empresa, que, em troca, recebe desconto do governo no pagamento de ICMS.A previsão para 2019 é de que os dez clubes da primeira divisão do futebol paraibano dividissem R$ 4,1 milhões no programa. A Folha, no entanto, identificou centenas de pessoas que moram fora do estado entre os torcedores cadastrados pelos clubes como beneficiários do programa. Em contato com a reportagem, essas pessoas negaram ter assistido ao jogo. Os nomes e dados pessoais deles estavam disponíveis na internet.Outra forma de fraude era a simples invenção de torcedores. Foram identificados cadastros com nomes como “Rafael da Abunda Que Nem Sente”. Com a fraude, os clubes conseguiam aumentar o número de torcedores em seus jogos e justificar um montante superior de repasse da empresa patrocinadora do programa. "Me assustei bastante quando vi a reportagem. Espero que seja um problema pontual, mas vamos apurar", disse Zé Marco, que comanda a secretaria responsável por homologar os dados informados pelos clubes. As fraudes foram detectadas em partidas do campeonato deste ano e no de 2015. Um advogado catarinense disse que vai processar o estado. O Nacional de Patos o cadastrou como torcedor na primeira rodada do torneio. Assim como ele, centenas de advogados catarinenses e beneficiários de programas sociais fora do estado constam como torcedores da partida.No jogo em Patos, quando o time da casa venceu o CSP por 2 a 1, todas as notas lançadas no sistema eram de um posto de gasolina em João Pessoa, cidade distante mais de 300 km.O borderô da partida publicado no site da Federação Paraibana de Futebol mostra que 1.620 torcedores que retiraram seus ingressos pelo programa entraram no estádio. No documento, os bilhetes subsidiados renderam ao time local uma receita de R$ 25.200, o que equivale a 78% da renda total de R$ 32.280. Cada bilhete trocado é contabilizado com o valor de R$ 20 no borderô.Excluindo os "fantasmas", apenas 354 torcedores pagaram para assistir ao jogo.Zé Marco disse que vai também "aprimorar o sistema" fraudado. Os clubes são obrigados a registrar o nome e o CPF do torcedor que trocou a nota fiscal, além da inscrição estadual da empresa que emitiu o boleto.Pela lei, a Controladoria teria que fiscalizar a execução do programa, que existe desde 2005. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre a fraude.Em nota, o Nacional de Patos disse que "os serviços pertinentes à troca de cupons do Programa Gol de Placa, assim como programa de sócio torcedor, e outros era realizada por pessoas terceirizadas, que tinham o condão de realizar as referidas trocas observadas os ditames legais."“Ocorre que, segunda a empresa contratada, houve um problema no sistema que atualiza os cadastros na página da Sejel e por isso foram inseridas informações de outras pessoas, que não são daqui”, acrescentou.O Nacional afirma ter solicitado o cancelamento dos cadastros e não querer receber "nenhum centavo" da partida. O Gol de Placa representa a principal receita do clube. Neste ano, deverá receber R$ 228 mil. A fraude no sistema do programa não é um caso isolado.A Folha também constatou a inclusão de fantasmas pelo Serrano na abertura do torneio.O Botafogo trocou mais de 4.000 ingressos do programa em apenas uma partida em 2015 e não pediu autorização ao governo, como determina a lei.Em nota, o Botafogo não comentou o ocorrido em 2015 e disse que reitera que sempre seguiu rigorosamente os requisitos exigidos pelo governo da Paraíba e todos os dispositivos legais previstos no programa e, posteriormente, na Lei Estadual do Gol de Placa”O Serrano não se manifestou.
2019-01-23 16:04:00
esporte
Esporte
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/01/governo-da-paraiba-diz-que-ira-investigar-cadastro-de-torcedores-fantasmas.shtml
Reforma da Previdência fica fora das metas dos 100 primeiros dias de governo
O governo do presidente Jair Bolsonaro deixou de fora das metas de 100 primeiros dias do governo a reforma da Previdência, medida considerada crucial para o ajuste das contas públicas.Em documento distribuído nesta quarta-feira (23) pela Casa Civil, constam cinco ações que devem ser adotadas pela pasta até meados de abril.A primeira medida listada pelo ministério comandado por Paulo Guedes é a Medida Provisória de combate à fraude do INSS, assinada na semana passada por Bolsonaro. Com o texto, o governo espera economizar R$ 9,8 bilhões em 2019 e que a economia em 2020 sera próxima de R$ 20 bilhões, segundo o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.Nas propostas feitas por Guedes há ainda o objetivo de redução do tamanho do estado, com o corte de R$ 21 mil em cargos comissionados. "Todas essas metas são tentativas, nós vamos lutar internamente para fazer essas reduções dentro dos primeiros 100 dias. [Elas] têm um grande beneficiário, o cidadão e a cidadã na ponta", disse Onyx ao apresentar o documento.Ainda na área econômica, o governo prevê intensificar o processo de inserção econômica internacional do país. "Promover a inserção comercial do Brasil a partir de estratégia de medidas de facilitação de comércio, convergência regulatória, negociação de acordos comerciais e reforma da estrutura tarifária internacional", diz o texto.O documento não fala, por exemplo, sobre com quais países o governo pretende intensificar os negócios. Guedes colocou como metas ainda a adoção de medidas de eficiência administrativa para autorizar novos concursos públicos.O ministro da Economia pretende ainda abrir dados do Sine (Sistema Nacional de Emprego), como antecipou a Folha.O governo Jair Bolsonaro quer ampliar o acesso de empresas a milhares de currículos de pessoas desempregadas que estão no Sine.A ideia foi batizada de “Open Sine” no Ministério da Economia e tem como objetivo abrir os dados dos trabalhadores, de maneira voluntária, com o objetivo de aumentar a chance de pareamento entre vagas e potenciais empregados.Na lista de medidas econômicas, o governo listou o leilão do excedente da cessão onerosa, medida com a qual espera-se arrecadar R$ 100 bilhões. O Ministério da Infraestrutura pretende ampliar investimentos na malha ferroviária e modernizar a infraestrutura aeroportuária de 12 aeroportos. Além do leilão de dez portos.Entraram como metas ainda a independência do Banco Central e o aprimoramento de medidas de governança nas instituições financeiras públicas por meio da fixação de critérios para o exercício do cargo.Na área social, a agenda prevê a criação do 13º salário para beneficiários do Bolsa Família, uma das promessas de campanha do presidente. A previsão do impacto da iniciativa no orçamento do programa social deste ano é de cerca de R$ 2,5 bilhões. O ministro da Cidadania, Osmar Terra, já disse que a ideia é pagá-lo neste ano.A promessa foi feita após o hoje vice-presidente, Hamilton Mourão, ter afirmado, durante a campanha eleitoral, que o 13º salário é uma "jabuticaba brasileira" e uma "mochila nas costas dos empresários", sendo desautorizado por Bolsonaro.A cartilha também promete a edição de uma medida provisória para regulamentar o direito à educação domiciliar. No final do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou que a prática não pode ser considerada um meio lícito para que pais garantam aos filhos o acesso à educação devido à falta de uma regulamentação.A maior parte das decisões em instâncias inferiores foram contrárias ao ensino domiciliar. A Suprema Corte reconheceu a repercussão geral do recurso, o que significa que o resultado do julgamento passa a valer para processos semelhantes em todo o país.
2019-01-23 16:13:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/reforma-da-previdencia-fica-fora-das-metas-dos-100-primeiros-dias-de-governo.shtml
Foreign Investors Await Social Security Reform, Says Itaú Unibanco CEO
Investors from Brazil and abroad are still cautious about the Social Security reform, says Candido Bracher, CEO at Itaú Unibanco, the country's largest private bank. "The international markets are still taking a 'wait and see' approach," he said.Brazil's recession not only made the reform more palatable, but it also encouraged the growth of Brazil's private stock market, since BNDES, a federal bank that loaned out money to private businesses, had to tighten its purse strings. At Davos for the World Economic Forum, Bracher said he noticed a higher foreign interest in Brazil in two particular events. "The first was a luncheon that we host since 2014, and this year had a higher attendance than usual, with people all over the world wanting to hear Minister Paulo Guedes. The second was president Bolsonaro's plenary session." ​What do you think of these early weeks of the Bolsonaro administration? I'm very impressed with how the economic advisors have been able to assess the main issues. The main question is if the government is politically skilled to accomplish the needed negotiations [for the reforms].But what would be those reforms? It's not clearer yet what the president wants to do with Social Security, for example...I'm going by what the economic advisors say because they are consistent. Bolsonaro's reform proposal will have to save at the very least 1.4% of Brazil's GDP, the same amount that would happen under Temer's proposed reform.How much would the market go for a reform proposal that's less severe than Temer's? It's hard to say, but the situation we have today is of inflation under control, a low federal interest rate and a steadily increasing debt-to-GDP ratio.If the market understands that the debt-to-GDP won't stop rising, inflation starts to climb up, and the federal interest rate will follow along.The balance we have now is based on an expectation that the reform will go through.What reform? One that will save, at least, the same 1.4% of GDP.What if the Social Security reform doesn't happen?We will have a problem. Many expectations will be frustrated.I don't think Brazil will fall into the abyss right away, but the market will get frustrated and our economic recovery can be severely slowed down.What if a Reform bill passes, but saving less than 1.4% GDP?It's slightly better. Those are different degrees of economic mediocrity.What about the capitalization idea proposed by Minister Guedes?It's the ideal scenario, no doubt. In that regimen, each generation saves for its retirement. But right now, it's the economically active population saving for the retired folk.When you instate capitalization, there's a vacuum and a dire need of fiscal resources.A Datafolha poll shows that 65% of all Brazilians see the Bolsonaro administration in a positive light so far. Do banks see any concrete economic consequences of that feeling?We see an increase in loan applications from small and medium-sized companies.How significant is this increase?We are working with an expectation of growing our corporate loan business around two digits this year.From an investor perspective, there is a clear difference between the local and international investors. The locals are already making investments, banking on the Social Security reform and the economy recovering quickly.International investors are taking a "wait and see" approach.But are Brazilians making direct investments?The stock exchange is breaking records...But is there significant investment in companies? They are investing in their businesses, but larger companies are also more cautious. Naturally, their processes are slower due to their size.Are you seeing more investors interested in setting up meetings here in Davos to talk about Brazil?Considering that emerging countries cause limited interest, Brazil is getting attention because it has a new president and a new economic team, and those bring better odds of economic growth in the years to come. So, yes, my schedule is pretty full.Translated by NATASHA MADOVRead the article in the original language​​
2019-01-23 11:16:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/internacional/en/business/2019/01/foreign-investors-await-social-security-reform-says-itau-unibanco-ceo.shtml
Chefe do Legislativo da Venezuela faz juramento como presidente interino
​Mão aberta levantada, Juan Guaidó, 35, jurou encarregar-se do poder Executivo da Venezuela, às 13h44 da tarde (horário local, 15h44 em Brasília), sendo muito aplaudido por manifestantes que foram às ruas nesta quarta-feira (23) para um grande protesto pedindo a saída do ditador Nicolás Maduro.Centenas de milhares foram às ruas na capital Caracas e em outras cidades, segundo estimativas de agências de notícias.No palco armado em Chacao, bairro de classe média alta no lado leste de Caracas, o presidente da Assembleia Nacional venezuelana afirmou: "Sabemos que isso vai ter consequências. Mas não vamos permitir que se desinfle esse movimento de esperança, que seguirá ainda por dias, semanas ou meses, e por isso peço a todos os venezuelanos que juremos como irmãos que não descansaremos até alcançar a liberdade".Logo depois do juramento de Guaidó, os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecê-lo como presidente interino —no total, 11 países já o fizeram, inclusive o Brasil.Já na praça O'Leary, onde se concentravam apoiadores do regime Maduro, Diosdado Cabello, homem forte do chavismo e presidente da Assembleia Nacional Constituinte, disse ao público que aqueles que tentam usurpar o poder serão "severamente castigados" e que as "forças imperialistas", se quiserem entrar na Venezuela, "podem entrar, o problema é como elas irão sair". A multidão aplaudiu. Logo após a fala de Cabello, motocicletas de coletivos (milícias que apoiam o governo), do Exército e da Guarda Nacional saíram às ruas para dissolver os grupos de antichavistas. Atiravam balas de borracha e jogavam suas motos em direção à multidão, que começou a correr em retirada.Jovens encapuzados respondiam aos ataques, com pedras, paus e o que podiam encontrar nas ruas.Às 16h30 locais, Maduro saiu ao balcão do palácio de Miraflores, disse que seu país cortaria as relações com os EUA e ordenou que os diplomatas norte-americanos deixem o país em 72 horas. O ditador desautorizou Guaidó e voltou a afirmar que foi eleito de forma legítima pelas urnas, em maio, em pleito contestado pela oposição e pela comunidade internacional.Maduro pediu que os militares mantenham a unidade e a disciplina. "Vamos triunfar sobre isso também, sairemos vitoriosos", disse Maduro a apoiadores do lado de fora do palácio presidencial de Miraflores, em Caracas. Mais cedo, Guaidó havia oferecido anistia aos militares que se voltassem contra o ditador.Em mais de uma hora de discurso, Maduro falou sobre os benefícios que seu governo havia prometido no último dia 10, em sua posse, quando disse que o salário mínimo teria um aumento. Também falou sobre planos sociais e para moradia. Maduro levantou a Constituição e disse que a obedece ao pé da letra.Guaidó já havia se declarado presidente interino do país em 11 de janeiro, um dia após o ditador Nicolás Maduro tomar posse para iniciar um novo mandato no país.Sem citar Guaidó diretamente, o ministro da Defesa de Maduro, Vladimir Padrino, disse nas redes sociais que as Forças Armadas vão rejeitar qualquer pessoa que se autodeclare presidente ou que chegue ao cargo imposta pelo que chamou de "interesses obscuros".No palco em Caracas nesta quarta, Guaidó anunciou que, no próximo fim de semana, será apresentado o plano de anistia e o programa para a transição que se daria caso seja possível remover Maduro do cargo ou caso este renuncie.Contou que a Assembleia Nacional esteve trabalhando nesse projeto nos últimos dias, disse que contava com o apoio do "chavismo dissidente" e que não haveria perseguição num momento "de união para o bem de nosso país". Afirmou que no próximo domingo, a Venezuela seria já um outro país e pediu que todos o acompanhassem cantando o hino nacional, que começou então a ser executado. Acrescentou que, em fevereiro, haverá uma nova marcha, "desta vez para pedir que a ajuda humanitária internacional chegue com urgência a nosso país."Por volta das 11h locais (13h de Brasília), porém, o Tribunal Supremo de Justiça, ligado a Maduro, declarou que a Assembleia Nacional atacava a Constituição "ao tentar usurpar o poder do presidente da República".Também disse que o órgão não tem autoridade para escolher representantes em organismos internacionais, como a Assembleia Nacional fez na terça-feira (22), nomeando um representante para a OEA (Organização dos Estados Americanos), que aliás já viajou nesta quarta para um encontro com Luis Almagro.O Tribunal voltou a declarar que as atitudes do parlamento são nulas e que atentam contra a Constituição. "A Assembleia segue violando o texto constitucional e, portanto, continua sendo considerado que está em desacato", disse Juan José Mendoza. Terminou sua fala dizendo, ainda, que o Ministério Público do país estava encarregado de fazer as acusações formais contra a Assembleia, nos próximos dias.A data escolhida para as manifestações desta quarta, 23 de janeiro, é uma homenagem ao dia em que foi derrubada a ditadura de Pérez Jimenez (1953-1958).Numa estratégia para dificultar a repressão, os atos foram realizados em distintos lugares da capital. As colunas começaram a marchar ao som de "sim, se pode", como grito de guerra. Por outro lado, uma contra marcha ocorria na avenida Nueva Granada, com apoiadores de Maduro usando camisetas e bonés vermelhos. Alguns traziam imagens de Hugo Chávez.O primeiro ato começou às 11h30, no palco armado em Chacao, onde falaram deputados da Assembleia Nacional.A líder oposicionista María Corina Machado disse que "amanhã pode não ter caído o governo, mas um novo ciclo começará e terminará apenas quando Maduro saia, isso pode demorar dias ou semanas ou meses".Corina acrescentou que tem falado "com os jovens membros das Forças Armadas e estes também estão descontentes, eles também têm famílias que sofrem com o desabastecimento, precisamos deles para fazer tremer a cúpula militar."O ato seguiu com diversos deputados da Assembleia Nacional lendo nomes de vários dos 130 mortos na repressão de 2017.As áreas por onde marchavam os manifestantes anti-Maduro estiveram extremamente vigiadas por oficiais armados. Vários deles foram interrogados por cidadãos: "Por que não vêm com a gente?", ou "juntem-se a nós, vocês também são venezuelanos".Houve distúrbios na madrugada de quarta, quando quatro pessoas foram mortas em Catia, em El Junquito e na estrada que liga La Guaira a Caracas.Foram relatados episódios de repressão em Caracas, nos municípios de El Valle, Catia, Los Mecedores e El Junquito. Na maioria desses lugares predominam eleitores chavistas, tradicionalmente. Também se ouviram panelaços por toda a cidade durante o dia.A repressão esteve presente por meio das Faes (Forças de Ações Especiais), do Conas (Comando Nacional Antiextorsão e Sequestro), da Polícia Nacional e da Guarda Nacional Bolivariana. O único morto identificado é um menor, o jovem Allixon Pizani, 16, que participava de uma manifestação com queima de pneus, em Catia.Em San Felix, ao sul do país, foi incendiada uma estátua de Hugo Chávez. O busto apareceu horas depois, dependurado num poste da cidade. mar.13 Nicolás Maduro se torna presidente interino após a morte de seu padrinho político Hugo Chávez abr.13 Maduro vence a eleição presidencial por margem de 1,5% dos votos; a oposição, liderada por Henrique Capriles, contestafev. a mai.14 Protestos convocados pelo opositor Leopoldo López deixa 43 mortos; López é condenado a quase 14 anos de prisãomar.15 EUA impõem as primeiras sanções contra autoridades venezuelanas; Maduro reagedez.15 Oposição conquista maioria da Assembleia Nacional pela primeira vez desde chegada do chavismo ao poderjan.16 Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), ligado a Maduro, considera a Assembleia Nacional em desacato e anula decisões do Parlamentoabr.16 Oposição coleta assinaturas para realizar referendo revogatório do mandato de Maduro out.16 Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de estar a serviço do chavismo, suspende a coleta e acusa a oposição de fraudeAlegando falta de verbas, CNE adia eleições regionais, previstas para dezembrodez.16 Venezuela é suspensa do Mercosulfev.17 CNE adia pela segunda vez as eleições regionais, alegando ser necessário recadastrar partidos políticosmar.17 TSJ suspende imunidade de parlamentares e assume as funções da Assembleia Nacional; decisão provoca reação internacional e novos protestosabr.17 Controladoria-Geral cassa direitos políticos do opositor Henrique Capriles por 15 anosTSJ recua e anula decisão de a Suprema Corte assumir as funções do Poder Legislativomai 17 Maduro convoca Assembleia Constituinte, cujos membros seriam eleitos por setores da sociedade e por municípios jul.17 É realizada a eleição dos membros da Assembleia Constituinte Chega a 100 o número de mortos em onda de protestos contra o regimeago.17 Constituinte, controlada pelo regime, aprova tomada de controle total dos outros cinco poderes do paísjan.18 Constituinte decide adiantar eleições presidenciaismai.18 Maduro é reeleito para mandato de 6 anos em pleito marcado por denúncias de fraude, boicote da oposição, abstenção de 54% e falta de reconhecimento internacionalago.18 Migração de venezuelanos se intensifica; ONU afirma que 2,3 milhões deixaram o país em dois anosdez.18 Inflação acumulada em 12 meses ultrapassa 1.000.000% pela primeira vez, segundo a Assembleia NacionalONU anuncia que 3,3 milhões de pessoas deixaram Venezuela desde 2015 jan.19 Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, se declara presidente interino do país e diz que convocará eleições em 30 dias. Dois dias depois, é preso e liberado em seguidaAssembleia Nacional anuncia a criação de um governo de transiçãoAtos em Caracas pedem renúncia de Maduro e ao menos quatro pessoas são mortas, após forte repressãoGuaidó se declara de novo presidente interino e faz juramento aos manifestantesBrasil e outros 12 países reconhecem Guaidó como novo líder da Venezuela
2019-01-23 16:14:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/01/chefe-do-legislativo-venezuelano-faz-juramento-como-presidente-interino.shtml
Por 'amor à pátria', Bolsonaro quer retirar brasão do Mercosul de passaporte
O governo do presidente Jair Bolsonaro quer retirar do passaporte brasileiro o brasão do Mercosul e adotar o Brasão da República no documento usado para identificação de cidadãos e viagens ao exterior.A medida consta em documento divulgado na tarde desta quarta-feira (23) pela Casa Civil com as ações que a gestão pretende realizar nos primeiros 100 dias.Segundo o texto, o objetivo é "fortalecer a identidade nacional e o amor à Pátria".A medida está entre as duas ações listadas pelo Ministério das Relações Exteriores como prioritárias para o início do governo.Elas foram apresentadas a Bolsonaro pelo chanceler, Ernesto Araújo, e acatadas pelo presidente.Além da modificação na identidade visual do documento, o MRE pretende também reduzir tarifas para Mercosul."Aperfeiçoar instrumentos favoráveis ao setor produtivo por meio de redução tarifária e dinamização da agenda externa. Mais exportações e barateamento dos insumos e de produtos e serviços para o cidadão", diz o texto.O documento não detalha, por exemplo, com quais países o Brasil pretende intensificar seu comércio.A relação com o Mercosul tornou-se uma incógnita depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter dito logo após a vitória de Bolsonaro que o bloco não seria prioridade.Em reunião com o presidente argentino, Maurício Macri, na semana passada, Guedes aproveitou a visita do mandatário do país vizinho para desfazer o mal-estar e disse que o Mercosul teria papel de destaque nas relações comerciais do Brasil.
2019-01-23 16:36:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/01/por-amor-a-patria-bolsonaro-quer-retirar-brasao-do-mercosul-de-passaporte.shtml
Fotógrafo indica cinco lugares para a observação de aves no Brasil
O fotógrafo de natureza Flavio Moraes indica cinco lugares no Brasil para observar pássaros Tapiraí (SP) Na região da pousada, no interior de São Paulo, há um comedouro para aves e é possível observar várias espécies da mata atlântica, como os tucanos araçari-banana e araçari-poca. O visitante pode usar as instalações sem se hospedarManaus (AM) O local dispõe de uma torre de observação no meio da floresta, específica para ver os pássaros que ficam nas copas das árvores amazônicas. O lugar é popular entre observadoresAracruz (ES) O espaço, no litoral do estado, é um dos melhores lugares para avistar a saíra-beija-flor, ave azul-turquesa de patas vermelhas muito procurada pelos admiradores de pássarosPiracicaba (SP) Apelidada de minipantanal paulista, a reserva fica perto do encontro entre os rios Piracicaba e Tietê e é um bom lugar para se ver bandos de espécies migratórias que vêm do hemisfério Norte e pássaros aquáticosLitoral sul do RS A área, que abrange as cidades de Tavares, Mostardas e São José do Norte, é excelente para quem procura por aves aquáticas. Pode-se encontrar lá espécies que vivem mais ao sul do continente, que migram para o Brasil
2019-01-23 17:00:00
turismo
Turismo
https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2019/01/fotografo-indica-cinco-lugares-para-a-observacao-de-aves-no-brasil.shtml
Infantino enfrenta oposição da Europa para aumentar o Mundial de Clubes
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, planeja reordenar o futebol mundial, mas seus esforços vêm sendo bloqueados por um inimigo conhecido: a Europa.Desde que propôs diversas mudanças importantes no calendário do esporte, no primeiro trimestre do ano passado, Infantino tem dedicado meses a viagens pelo mundo, nas quais promove conferências de cúpula locais com os líderes das 211 federações nacionais de futebol que integram a organização. O objetivo dele é conquistar apoio à proposta de lançar dois novos torneios –um Mundial de Clubes expandido e uma nova liga de seleções nacionais– que seriam bancados por uma oferta de US$ 25 bilhões de um grupo de investidores liderado pelo conglomerado japonês SoftBank.Esse exercício de persuasão se segue a repetidos fracassos de Infantino quanto a forçar a aprovação da proposta no Conselho da Fifa; caso as mudanças sejam aprovadas, seriam as maiores a acontecer no futebol em uma geração, e sua adoção –bem como a injeção multibilionária de capital nos cofres da Fifa – daria a Infantino um sucesso muito visível em sua campanha para conquistar um novo mandato à frente da organização, neste ano. Todas as reuniões no giro internacional de Infantino, incluindo a mais recente, realizada em Marrakech, no Marrocos, contaram com a presença de pelo menos 50 presidentes de federações, das seis confederações regionais do futebol mundial. Ao final de cada reunião, os participantes recebem tablets e são solicitados a marcar suas opções preferidas para os novos torneios. O problema de Infantino é que os dirigentes europeus que participaram das reuniões se recusam teimosamente a expressar quaisquer opiniões. Em lugar disso, dizem ao presidente da Fifa e ao seu pessoal que as opiniões de Alexander Ceferin, o presidente da Uefa, a organização que comanda o futebol europeu, representam sua posição.Alguns dos europeus se recusaram a expressar opiniões porque as opções para o Mundial de Clubes não incluem não realizar o torneio, que muitas vezes representa um incômodo para o campeão da Europa participante. Nos tablets da Fifa, os participantes são convidados a escolher entre três opções: torneios com 16, 24 ou 32 clubes.Ceferin, que está sendo pressionando pelos clubes e federações da Europa, teve confrontos repetidos com Infantino quanto às mudanças propostas, tanto no Mundial de Clubes quanto no calendário mais amplo do futebol mundial, e Ceferin em geral está insatisfeito com novas iniciativas que poderiam representar ameaça a torneios existentes, como a sua Champions League, e aumentar a carga de trabalho dos jogadores."Não posso aceitar que pessoas que foram cegadas pela busca do lucro estejam considerando vender a alma dos torneios de futebol a nebulosos fundos privados", disse Ceferin em um discurso em maio. "O dinheiro não manda –e o modelo do esporte europeu deve ser respeitado. O futebol não está à venda. Não permitirei que qualquer pessoa sacrifique suas estruturas no altar de um mercantilismo altamente cínico e impiedoso".Infantino apresentou inicialmente seus planos para um Mundial de Clubes na reunião do Conselho da Fifa em Bogotá, em março de 2018. Mencionando um acordo de confidencialidade, ele se recusou a identificar os proponentes financeiros da proposta, que, ao que se sabe, incluem não só o SoftBank, mas dinheiro do Oriente Médio, que Infantino mais tarde negou estar associado a fundos nacionais de investimento da região –a Arábia Saudita continua a ser o maior participante do Vision Fund, do SoftBank, o maior fundo de capital privado já constituído. Em lugar disso, Infantino pressionou o conselho que o autorizasse a concluir o acordo sem supervisão.Os líderes europeus presentes refugaram, e Ceferin e Infantino não se reúnem desde a conferência da Colômbia. Em outubro, dirigentes europeus ameaçaram abandonar a mais recente reunião do presidente da Fifa quando Infantino deu a entender que pretendia convocar uma nova votação.A votação não ocorreu; em lugar disso, a Fifa formou um grupo de trabalho com representantes das seis confederações e o encarregou de produzir um plano aceitável em tempo para a reunião do conselho da Fifa marcada para março em Miami.Na reunião mais recente, em Marrakech, Infantino expressou frustração quanto aos dirigentes que se recusam a votar sobre seus planos, de acordo com diversos dos presentes."Como parte da discussão, as pessoas são convidadas a expressar sua opinião sobre uma série de propostas, e, como em qualquer processo de consulta democrática, todos os membros podem expressar sua opinião livremente", a Fifa declarou em comunicado. "O feedback recebido será encaminhado ao conselho, em companhia dos resultados de outras plataformas de consulta".O grupo de trabalho da Fifa sobre os dois torneios realizará sua próxima reunião em 21 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Mas com a intensificação das tensões, há a chance de que os representantes europeus não compareçam, de acordo com uma pessoa informada sobre os planos dos dirigentes continentais.A Uefa se recusou a comentar.A proposta de criar um Mundial de Clubes expandido e uma Liga das Nações, semelhante à que a Uefa criou recentemente, contam com o apoio dos dirigentes da América do Sul, Ásia e África, e isso deve bastar para garantir a vitória em uma votação caso Infantino a convoque na reunião de março. Mas fazê-lo agravaria a cisão cada vez mais grave entre a Fifa e a Europa e poderia causar uma crise ainda mais grave, caso os clubes e as federações mais poderosos do continente se recusem a participar dos novos torneios propostos pela Fifa.
2019-01-23 16:58:00
esporte
Esporte
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/01/infantino-enfrenta-oposicao-da-europa-para-aumentar-o-mundial-de-clubes.shtml
Com mudanças na equipe, Palmeiras joga em casa contra o Botafogo
Com “sete ou oito mudanças” programadas pelo técnico Luiz Felipe Scolari, o Palmeiras enfrenta o Botafogo de Ribeirão Preto nesta quarta (23), às 21h, em seu primeiro jogo no Allianz Parque neste ano.Após o empate com o Red Bull por 1 a 1 na estreia, em Campinas, o atual campeão brasileiro busca a primeira vitória no Campeonato Paulista.Apenas o goleiro Weverton, o meia Gustavo Scarpa e o atacante Felipe Pires deverão ser mantidos na equipe. Inscritos nesta terça (22) no Estadual, o meio-campista Moisés e o atacante Carlos Eduardo, contratado do egípcio Pyramids em dezembro, são as novidades.“Nós vamos inscrevendo conforme a necessidade”, anunciou Felipão no último domingo (20).Também se espera que o capitão Bruno Henrique inicie o duelo com o Botafogo. Já Dudu, que atuou os 90 minutos diante o Red Bull, provavelmente ganhará folga.As modificações na escalação serão constantes no Palmeiras desta temporada. Foi usando essa tática que Scolari manteve o alviverde vivo em três frentes (Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores) no segundo semestre de 2018 e terminou o ano com o título do Nacional. Para o Paulista de 2019, já adiantou que rodará bastante o farto elenco que o clube lhe deu. “Todo o mundo tem de trabalhar para estar pronto e dar as condições de o Felipão usar quem ele acha que tem de usar. O mais importante é ter boas opções, e isso o Palmeiras tem. Independentemente de quem jogue, é essencial para a equipe buscar uma boa performance. Todos querem jogar. Há uma competitividade legal entre a gente, mas a decisão de quem joga é sempre do Felipão”, disse Weverton.A concorrência no elenco fará com que nomes importantes fiquem fora do Paulista. É provável que o meia-atacante Ricardo Goulart, que ainda não está em plena condição física, seja inscrito apenas no mata-mata. Contratado do Ceará, o atacante Arthur Cabral corre risco de também ficar fora.
2019-01-23 02:00:00
esporte
Esporte
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/01/com-mudancas-na-equipe-palmeiras-joga-em-casa-com-o-botafogo.shtml
Primeiro discurso de Bolsonaro fora do país é tema de podcast; ouça
O presidente Jair Bolsonaro fez, nesta terça-feira (22), seu primeiro discurso em palco internacional.No Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ele falou por pouco mais de seis minutos. Bolsonaro defendeu que o Brasil lidere pelo exemplo e afirmou que os países precisam cooperar. O tema das reformas, aguardado pelos empresários, foi apenas citado, sem ser detalhado.A presença de Jair Bolsonaro no evento que reúne a elite econômica e política do mundo é tema do Café da Manhã desta quarta-feira (23). O episódio teve a participação da editora de Mundo, Luciana Coelho, que está em Davos. Ouça o episódio:O programa em áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. Para ouvir, basta se cadastrar gratuitamente no aplicativo.Os episódios do Café da Manhã são publicados de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia, a partir das 6h.O podcast é conduzido pelos jornalistas Rodrigo Vizeu e Magê Flores.​
2019-01-23 05:00:00
podcasts
Podcasts
https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2019/01/primeiro-discurso-de-bolsonaro-fora-do-pais-e-tema-de-podcast-ouca.shtml
MDB deve ouvir as ruas, diz Simone Tebet, candidata à presidência do Senado
Para enfrentar Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa pela preferência da bancada sobre quem será o candidato à presidência do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) tem discurso pronto."O que estou pregando é que o partido tem que ouvir o recado das ruas. São novos tempos. Vieram outros ventos das urnas. O MDB não pode mais viver do passado", disse a atual líder do MDB na Casa em entrevista à Folha.Ela defendeu o combate à corrupção, mas, ao ser questionada sobre a polêmica envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que era prematuro avançar nesta pauta. "Tudo que foi feito antes da posse, a princípio, não cabe investigação por parte da Casa. Isso fica por conta do Ministério Público, do Poder Judiciário", afirmou. A senadora também criticou a atuação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no que considerou uma interferência dele na disputa no Senado. "O presidente entende como funciona o Congresso. Então, acredito que é hora de colocar ordem na casa."Tebet defendeu a agenda econômica de reformas do governo, mas sugeriu que o Palácio do Planalto tenha calma com a pauta de costumes. "Tem que ter foco para ter resultado", disse a senadora. Por que a sra. quer ser presidente do Senado? As circunstâncias me levaram a este posicionamento: uma renovação recorde no Senado, um recado muito claro das ruas e das urnas a respeito do que a sociedade espera desta nova legislatura, o entendimento de que o Senado vai ter um papel decisivo para o desenvolvimento do país, especialmente para esta travessia, para a saída das crises política, moral, econômica e social. Dentro deste quadro de renovação, inclusive na própria bancada, houve uma movimentação começando de fora da bancada em favor do meu nome sem que eu sequer pedisse voto. Fui estimulada por senadores de fora da bancada e alguns colegas entenderam que seria saudável, importante, uma disputa interna. Paralelo a isso, vendo algumas movimentações e crescimento de outras candidaturas fora do partido, entendi que havia uma certa resistência ao nome do outro candidato [do partido], que é o senador Renan Calheiros.Por que enfrentar Renan? Ele é um candidato, não tem como eu não disputar com ele ou com quem fosse candidato da bancada. Não sou candidata por mim mesma. Represento a manifestação de vários senadores de outros partidos e também de alguns da bancada que acham que tem que ter alternância de poder, oxigenação do partido e que têm consciência que temos que ter candidato forte para ganhar a presidência do Senado.O [senador eleito] Major Olímpio (PSL-SP) disse estar disposto a abrir mão da candidatura mais adiante para fazer frente a Renan. Como está o diálogo sobre isso? O Major Olímpio esteve comigo dizendo que o problema do PSL não era com o MDB. Se, por ventura, o MDB lançasse um outro candidato, não necessariamente eu, ele poderia rever a candidatura dele. Para mim, a conversa foi neste sentido 'olha, nós temos uma restrição ao senador Renan, mas não é uma restrição ao partido'.A sra. falou que não era candidata do governo, mas que não rejeitaria apoio do PSL. Na Câmara, o apoio do PSL gerou desgaste a Rodrigo Maia (DEM-RJ). A sra. teme que isso aconteça em um eventual apoio à sua candidatura? Não tenho este apoio. Foi uma conversa como tive com outros candidatos a presidente. Conversei com Renan, com Tasso, que também disse que poderia estar conosco se não for Renan candidato. Da mesma forma como o PSD, que não colocou restrições a nomes, nem Renan nem Simone. Estas tratativas vão ser feitas com todos. Ainda não falei com todos os colegas da bancada, [mas] já tenho apoio do senador Márcio Bittar (AC). O senador Jarbas [Vasconcelos (PE)] tem simpatia pelo meu nome. Outros senadores também, como é o caso do senador Dário [Berger (SC)], Eduardo Gomes [(SD-TO)], que está vindo [para o MDB]... Mas não tem nada oficializado.Por que a bancada deveria escolher a sra.? O que estou pregando é que o partido tem que ouvir o recado das ruas. São novos tempos. Vieram outros ventos das urnas. O MDB não pode mais viver do passado glorioso, o partido da redemocratização, que abrigou todos os partidos de esquerda, de centro, num momento decisivo. Temos que reinventar o nosso presente e projetar nosso futuro para algo que vá ao encontro do que a sociedade quer: um projeto desenvolvimentista, que se discuta a pauta econômica prioritária, que se faça uma agenda de combate forte à corrupção, que lembre de políticas públicas. Não retiro, em hipótese alguma, minha candidatura. Foi muito bem pensado. Minha candidatura é para valer e até o final. Sou candidata para ganhar ou para perder dentro da bancada.E se a bancada escolher outro nome? A sra. disputa como candidata avulsa? Aí é uma outra questão. Só disputarei se eu tiver dúvida ou até mesmo certeza de derrota do MDB no plenário. Mas é mais adiante. Se por exemplo, eu perco dentro da bancada por 11 a 1 ou 12 a 1, se a gente já tiver um senador a mais, não tem o que se falar de disputa em plenário, uma vez que não tenho o apoio nem dentro da bancada.A sra. falou que o MDB não pode viver de passado, mas só citou, vamos dizer, o passado glorioso. O passado recente do MDB é complicado. Esse entendimento sobre o passado é mais amplo? É. Justamente para que a gente volte às origens que eu defendo uma oxigenação. A renovação faz parte de qualquer processo.Como a sra. se sentiu ao ser procurada pelo deputado Leonardo Quintão [integrante da equipe da Casa Civil] para falar da candidatura do DEM? A sra. já criticou a atuação do ministro Onyx Lorenzoni... [Me senti] surpresa, antes de mais nada. Num primeiro momento, não foi um partido. Foi um representante da Casa Civil. Então, estamos falando de governo, que disse lá atrás que tinha apenas um senão em relação a nós, que era um nome [o de Renan Calheiros], e que, dentro disso, não havia problema porque o 01 [apelido de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), senador eleito e filho do presidente Jair Bolsonaro] não iria entrar na disputa da presidência do Senado. Tendo em vista isso, fui surpreendida com 'me desculpe, não dá para esperar até o dia 29 [dia da reunião do MDB]. Resolvemos, temos um candidato que está falando em nome do governo'. Eu disse 'tudo bem, se é assim, eu só quero dizer para vocês que muda toda a situação porque o que vocês estão dizendo é que a presidência é um fim em se mesmo e fica em segundo plano a governabilidade'. Qual a razão de preterir a maior bancada depois de já ter feito uma ou outra condicionante?A sra. entende este movimento como da Casa Civil ou do DEM? Depois, até em função da conversa que tivemos com o PSL, ficou claro que foi do partido [DEM].Mas do jeito que aconteceu, gera um ruído desnecessário para o governo? O presidente entende como funciona o Congresso. Então, acredito que é hora de colocar ordem na casa.Previdência. Pretende conduzir ajudando o governo? Independente de em que posto eu esteja, entendo que a pauta econômica é prioritária para sairmos o mais rápido possível desta crise. Estamos falando em abstrato porque ainda não temos o texto [da reforma previdenciária]. Dentro daquilo que a princípio se fala, acho mais do que razoável o que vai ser apresentado. O que depender de mim, o Brasil vai poder contar comigo para aprovar esta medida o mais rápido possível. A meu ver a Previdência tem que ser aprovada nos seis primeiros meses de governo.Na pauta de costumes, há o projeto de redução da maioridade penal, que já está no Senado e há expectativa de que chegue proposta sobre porte de armas. Como a sra. pretende tratar estes temas? O governo tem que entender que não pode tudo e não vai dar conta de tudo. Eles sabem disso. Têm que ter foco para terem resultado. E o foco tem que ser a prioridade do país: a pauta econômica e combate à violência, à corrupção. Se tiver que misturar com isso, que já é uma pauta extensa, que vai exigir um ou dois anos de trabalho na Casa, pautas muito polêmicas ligadas à questão de costumes, pode atrapalhar a rapidez da votação dos outros projetos. A pauta de costumes pode tramitar normalmente, ouvindo-se a sociedade, fazendo audiências públicas, passando na tramitação normal das comissões. Ela não pode, de forma alguma, ser um obstáculo às duas agendas prioritárias.Existe articulação da oposição para que o caso do senador eleito Flávio Bolsonaro seja investigado e bastante explorado no Senado. Como a sra. pretende tratar este tema, caso seja eleita? Uma investigação, caso aberta, terá um andamento célere ou lento? Vou falar não como candidata, mas como parlamentar. Acima de tudo, é importante ter os fatos. Os fatos têm que estar claros. Tenho que ter algo concreto no que me debruçar. Lembrando que tudo que foi feito antes da posse, a princípio, não cabe investigação por parte da Casa. Isso fica por conta do Ministério Público, do Poder Judiciário. A não ser que queira fazer barulho, pré-julgamento ou fazer com o partido do outro o que não quis que se fizesse com o próprio partido, fora isso, é muito prematuro você avançar nesta pauta. Não somos Ministério Público, muito menos Judiciário.
2019-01-23 08:00:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/mdb-deve-ouvir-as-ruas-diz-simone-tebet-candidata-a-presidencia-do-senado.shtml
Chef brasileiro ganhou estrela Michelin servindo foie gras com tucupi em Paris
"A ficha ainda não caiu”, admite o chef brasileiro Raphael Rego, mesmo 24 horas depois do anúncio de que seu restaurante em Paris obteve a primeira estrela no Guia Michelin.“Estou feliz, honrado. É um sonho de todo cozinheiro um dia fazer parte deste guia, ainda mais como estrangeiro”, acrescenta.A recompensa veio no momento em que o carioca festeja dez anos na capital francesa. Raphael começou na cozinha de restaurantes estrelados no Michelin antes de apostar no seu próprio empreendimento.Há quatro anos fundou o restaurante Oka, no 9° distrito da capital, com o propósito de oferecer ao paladar francês uma mistura de produtos brasileiros originais. Atualmente, sua cozinha trabalha com receitas que utilizam 80 ingredientes nativos do Brasil, importados direto para o restaurante. “Meu primeiro objetivo era apresentar a culinária e os ingredientes brasileiros para os franceses, colocar a cozinha brasileira em um ótimo patamar, igual a um muito bom restaurante francês”, afirma.“Nenhum chef pode dizer que isso não é um objetivo, mas o meu principal era apresentar a gastronomia brasileira, e isso eles entenderam, que eu queria mostrar minha cultura brasileira e misturar à cultura francesa”, diz o carioca.Desde 2014, Raphael investe no que considera uma versão contemporânea da cozinha brasileira. Em quatro anos, ele evoluiu para o que chama de conceito Oka 2.0.Sensível aos sabores e originalidade sobretudo da região amazônica, o chef desenvolveu parcerias com produtores locais e ONGs como o Instituto Socioambiental para conseguir viabilizar economicamente a exploração de produtos e conquistar as autorizações e selos necessários para penetrar nos mercados europeu e francês.Além de viagens ao Brasil, ele também trouxe produtores e até índios ianomâmis para conhecer seu restaurante parisiense, que se transformou numa espécie de embaixada gastronômica.“A preocupação é apresentar essa herança, realmente mostrar tudo o que a Amazônia pode oferecer para o mundo. A cozinha brasileira não pode ficar só no país”, argumenta.O orgulho de ostentar sua primeira estrela no Michelin é dividida com os que o fizeram entender mais dos ingredientes da rica gastronomia brasileira. “Devo tudo aos produtores, aos índios que quando vieram à França me ensinaram muitas coisas”, defende.Na busca permanente em valorizar suas raízes, Raphael elegeu a mandioca, “o produto mais brasileiro”, como a base de suas inspirações.A extração de sabores e diversidade com a utilização da mandioca rendeu pratos originais como um mil folhas salgado ou uma receita na qual o produto cozido em baixa temperatura foi agregado à rapadura e ao açafrão.O chef também apostou em uma releitura do prato típico do país, a feijoada. Ele está convencido de que sua versão, com o uso de um feijão fermentado em baixa temperatura durante dez dias, contribuiu para os responsáveis do Michelin decidirem pela atribuição da estrela ao restaurante. A recompensa também premia sua estratégia de harmonizar produtos brasileiros com ingredientes característicos da gastronomia francesa, o que rendeu composições saborosas. “É extraordinário ter no prato um feijão manteiguinha de Santarém e de Belém ao lado de aves da região de Périgord, e até trabalhar um foie gras com tucupi”, diz.“Minha obrigação de brasileiro na França hoje é não me esquecer de onde vim. É minha maneira e minha contribuição mostrar a riqueza de meu país, os nossos produtores, a Amazônia, sem esquecer o produtor francês. Esse era o meu maior desejo”, afirma.Mesmo se a ficha ainda não caiu, Raphael garante que a primeira estrela no Michelin não irá mudar sua concepção de cozinha e nem se sente mais pressionado pela maior visibilidade e expectativa gerada pela presença no guia aos olhos e aos paladares mais exigentes. “A pressão existe desde que abri o Oka. A pressão é de poder apresentar as culinárias brasileiras na França. O que muda? Só a alegria. Um cozinheiro feliz cozinha feliz. Essa estrela veio brindar a cultura e a amizade franco-brasileira.”Seu próximo projeto é viabilizar o cacau produzido por tribos ianomâmis.
2019-01-23 08:00:00
comida
Comida
https://www1.folha.uol.com.br/comida/2019/01/chef-brasileiro-ganhou-estrela-michelin-servindo-foie-gras-com-tucupi-em-paris.shtml
Com onda de calor, cidade pinta asfalto de azul para reduzir sensação térmica
A Prefeitura de Tietê (123 km de SP) começou a pintar calçadas e ruas da cidade de azul para diminuir a sensação de calor provocada pelas altas temperaturas registradas nos últimos dias. O secretário Municipal de Meio Ambiente, George Nicolosi, jura que uma área de 120 m2 pintada na calçada e no asfalto em frente ao prédio da secretaria foi capaz de reduzir a sensação térmica em até dez graus. Na segunda-feira (21), por exemplo, enquanto no asfalto sem pintura a temperatura era de 63,1ºC, na área pintada era de 57ºC.Nicolosi disse que se baseou em pesquisas feitas com animais segundo as quais a cor azul é usada para melhorar o conforto térmico dos ambientes. “Pesquisas científicas já comprovaram que o azul não retém o calor”, diz ele.O meteorologista do Inmet Marcelo Schneider, doutor em ciência ambiental, afirma que cores como o azul e o branco absorvem parte da radiação do sol, mas conseguem também refletir a luz. Já o preto absorve e aumenta a temperatura.O secretário disse que a ideia da prefeitura é pintar locais com muita concentração de pessoas, como pontos de ônibus, escolas e postos de saúde. Segundo Nicolosi, o custo da pintura é de R$ 0,32 por metro quadrado.Em São Paulo os próximos dias também seguem com temperaturas elevadas e as condições típicas de verão, com sol durante o dia e pancadas de chuva no final das tardes.A quarta (23) terá predomínio de sol e muito calor. Os termômetros devem oscilar entre 22ºC e 33ºC. As chuvas continuam ocorrendo na forma de pancadas concentradas.Já na quinta (23) a mínima sobe um grau, chegando a 23ºC. Já a máxima estará um pouco mais baixa do que o dia anterior, não ultrapassando os 32ºC.
2019-01-23 08:00:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/com-onda-de-calor-cidade-pinta-calcada-de-azul-para-reduzir-sensacao-termica.shtml
Kate Middleton desabafa sobre ser mãe: 'Depois do 1º ano o apoio acaba'
Após parir três filhos, Kate Middleton, 37, desabafou sobre algumas dificuldades que os pais em geral compartilham.Durante uma visita à instituição de caridade Family Action nesta terça-feira (22), ela expressou sua solidariedade e empatia às famílias. "É tão difícil. Você tem muito apoio com o bebê como mãe, especialmente nos primeiros dias, mas depois do primeiro ano [da criança] isso acaba”, disse em sua visita. "Depois disso, não há muitos livros para ler."Mãe do Príncipe George, 5, Princesa Charlotte, 3, e Príncipe Louis, de apenas nove meses, ela também disse que "todo mundo experimenta a mesma luta", em referência aos pais. Mais Quem também está para experimentar as dificuldades da maternidade é Meghan Markle, esposa do cunhado de Middleton. Grávida de seis meses, ela e o marido, o príncipe Harry, ainda não sabem o sexo do bebê.Os dois se casaram em maio de 2018, anunciando em outubro que teriam seu primeiro bebê já em 2019. Tudo indica que o mais recente membro da família real britânica nascerá em abril. Mais
2019-01-23 08:40:00
celebridades
Celebridades
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2019/01/kate-middleton-desabafa-sobre-ser-mae-depois-do-1o-ano-o-apoio-acaba.shtml
Vigilância Sanitária diz ter achado césio-137 em Arapiraca, mas volta atrás
A Vigilância Sanitária de Arapiraca (AL) informou que recolheu uma cápsula de raio-X contendo césio-137 na tarde desta terça-feira (22) em um ferro-velho, após denúncias anônimas. Na manhã desta quarta (23), porém, o órgão voltou atrás e declarou que a cápsula não continha o elemento radioativo. Aparentemente, a peça não foi manipulada, nem aberta. A 130 quilômetros de Maceió e com cerca de 200 mil habitantes, Arapiraca poderia correr o risco de repetir uma tragédia como a de 1987 em Goiânia, quando catadores de lixo manipularam uma cápsula similar e contaminaram centenas de pessoas com material radioativo. Na ocasião, catadores de lixo desmontaram um aparelho de radioterapia e venderam uma cápsula, similar à encontrada hoje, para um ferro-velho em Goiânia. Desmontada, a cápsula liberou césio-137, substância radioativa que ocasionou o maior acidente radioativo fora de uma usina nuclear da história. Quatro pessoas morreram e centenas ficaram com sequelas. Nesta quarta, porém, a presença de césio-137 na cápsula encontrada em Arapiraca foi descartada. "A Vigilância Sanitária de Arapiraca vem a público esclarecer que, após análise do material apreendido na tarde desta terça-feira (22), em um ferro-velho de Arapiraca, ficou constatado que não contém Césio - 137, como informado anteriormente", informou a Vigilância em nota.O proprietário do ferro-velho de Arapiraca disse à Vigilância Sanitária que a cápsula fazia parte de um aparelho de mamografia. Ainda não se sabe a quem o aparelho pertencia, nem há quanto tempo a cápsula estava no ferro-velho.A cápsula estava intacta, mas o objeto deveria ter sido descartado por empresa especializada em lixo radioativo devido ao perigo de contaminação. A Polícia Civil vai apurar as responsabilidades e como o objeto chegou ao ferro-velho."Se a empresa que fez o descarte incorreto for identificada, poderá responder criminalmente pelo fato de ter colocado a comunidade em risco", informou a Vigilância Sanitária da cidade.A Vigilância Sanitária disse que o material foi recolhido e não apresentou riscos à população porque estava intacto. "A cápsula estava fechada, não tem perigo nenhum. Se tivesse sido aberta, as pessoas correriam risco de contaminação. Conseguimos evitar uma tragédia como a que houve em Goiânia há 31 anos", afirmou o coordenador da vigilância sanitária, Edilson Melo. No vazamento em Goiânia há 31 anos, cerca de mil pessoas foram colocadas no estádio para receber atendimento médico e não contaminar mais pessoas.Bombeiros, policiais e outros profissionais envolvidos no socorro das vítimas também tiveram complicações de saúde. Até hoje as pessoas que tiveram contato o material radioativo passam por tratamento médico.Muitos desenvolveram doenças como câncer de mama, leucemia, hipertensão e outros distúrbios. O acidente foi classificado como nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares -- que vai de zero a sete.A contaminação em Goiânia pelo césio-137 é até hoje o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora de usina nuclear.
2019-01-23 08:36:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/capsula-com-cesio-137-e-achada-em-ferro-velho-e-al-evita-acidente-nuclear.shtml
Colômbia pede extradição de líderes do ELN a Cuba, que rejeita pedido
O governo colombiano pediu a Cuba, onde estão as principais lideranças da guerrilha ELN (Exército de Libertação Nacional) que estas sejam devolvidas a Bogotá, depois do ataque contra uma escola militar na capital do país que deixou 20 mortos. O regime cubano, liderado por Miguel Díaz-Canel, negou-se a fazê-lo.Apesar de a ONU (Organização das Nações Unidas) ter condenado o ataque, as mesas de negociação de paz têm um protocolo em que são os países-garante que decidem os rumos da negociação.O mais importante nesse caso é a Noruega, que também intermediou a paz com as Farc, e que crê que os comandantes guerrilheiros estão na ilha para retomar as negociações interrompidas pertencem à ala do ELN que quer a paz e não estariam vinculados ao ataque.Atualmente, a cúpula do ELN está dividida. Os líderes que estão em Cuba seriam os favoráveis à paz, enquanto outra ala, que opera em áreas ligadas ao narcotráfico, não quer que o diálogo continue e comete atentados graves, como o de Bogotá na semana passada, e outros recentes, como a destruição de um oleoduto em Nariño e a derrubada de um helicóptero, também no norte do país.Cuba, apoiada pela Noruega, alega que as negociações são protegidas por um protocolo que impede a entrega das lideranças do ELN. E deu como exemplo casos de ataques que ocorreram durante a negociação com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em que os líderes puderam permanecer na ilha para finalizar a negociação, finalmente aprovada em 2016.Antes de viajar a Davos, na Suíça, o presidente Iván Duque disse não reconhecer tais protocolos nem a autoridade dos países-garante autorizados pela ONU para mediar desentendimentos como este.Duque alega que não foi ele quem iniciou essas negociações de paz (elas foram iniciadas por seu antecessor, Juan Manuel Santos, mas se encontravam suspensas, não canceladas), e que portanto não tem razões para respeitar protocolos.Para Duque, os 10 integrantes da cúpula do ELN que estão em Cuba devem retornar o país e apresentar-se à Justiça comum para aportar informações sobre o atentado.Duque foi apoiado pelo padrinho político, Álvaro Uribe, que crê que o acordo "demasiado permissivo" em suas palavras, de Santos com as Farc, é o motivo da continuidade dos ataques terroristas no país.Já opositores, como o ex-presidente Cesar Gaviria (1990-1994), que levou adiante com sucesso as negociações de paz com o temido M-19, disse que a atitude de Duque é radical e provocativa e poderia colaborar para a escalada da violência.Duque afirmou: "considero sem efeito os protocolos acertados quando as mesas de negociação foram instaladas em Havana, na gestão anterior. Consideramos necessário o cumprimento das ordens de captura e extradição desses negociadores que estão em Havana".A chancelaria da Noruega lançou um comunicado pedindo que "a Colômbia não desista de seus compromissos." O texto diz: "Rogamos uma vez mais que aceitem a sincera solidariedade da Noruega com a Colômbia e sua sociedade neste difícil momento".Já outro país-garante, o Chile, expressou apoio à atitude de Duque e apoia a extradição dos líderes.Nesta quarta-feira (23), o chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, notificará oficialmente a secretaria-geral da ONU de que as negociações com o ELN estão encerradas.As lideranças do ELN que estão em Havana pediram uma solução alternativa, de serem enviados à Venezuela, que tem dado abrigo a várias colunas do ELN, devido aos desentendimentos entre o ditador Nicolás Maduro e Iván Duque. Em território venezuelano, o ELN não é perseguido e tem espaço para acampar e realizar treinamentos.O chanceler Trujillo já enviou diversos pedidos ao governo venezuelano para que os "elenistas" que estão na Venezuela sejam devolvidos a Bogotá. Aos quais, afirma, não obteve nenhuma resposta.O ELN é hoje a maior guerrilha da Colômbia depois da desmobilização das Farc. Conta com 1,5 mil integrantes e nasceu na mesma época, nos anos 1960.Há outras, formadas por dissidentes de guerrilhas desmobilizadas, como as Farc, o EPL e os ex-paramilitares. Porém, o ELN é considerado o mais letal, porque seus atentados buscam prejudicar a população civil, com ataques a estradas, obras de infraestrutura e atividades extorsivas, e militar, com ataques a aeronaves ou instalações, como a escola de cadetes de Bogotá.
2019-01-23 08:54:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/01/colombia-pede-extradicao-de-lideres-do-eln-a-cuba-que-rejeita-pedido.shtml
Governo quer ao menos US$ 20 bi com privatizações neste ano, diz Guedes
O governo pretende arrecadar pela menos US$ 20 bilhões (R$ 72,5 bilhões) neste ano com privatizações de empresas estatais, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista à agência Bloomberg nesta quarta-feira (23).O valor representaria cerca de metade do déficit fiscal brasileiro, disse Guedes, reafirmando que o rombo seria zerado em 2019."Mas não em uma base permanente, porque isso exige reformas estruturais, como a da Previdência", acrescentou. A previsão para este ano é um déficit de R$ 139 bilhões.​ Guedes está em Davos, na Suíça, participando do Fórum Econômico Mundial, assim como o presidente Jair Bolsonaro. Mais cedo, Bolsonaro cancelou a entrevista coletiva que faria acompanhado de Guedes e do ministro da Justiça, Sergio Moro.Questionado pela Bloomberg sobre cortes de subsídios, o ministro da Economia disse que, se hoje os eles somam US$ 100 bilhões, um corte de 10% já se reverteria em mais US$ 10 bilhões. "Mas urgente são as reformas estruturais. Se eu começar a falar que vou cortar subsídios aqui e lá, perdemos apoio político para fazermos as reformas mais importantes, como a da Previdência. Para que se engajar em pequenas batalhas se tenho uma enorme à frente?", disse.Guedes disse que a prioridade do governo é a reforma da Previdência e que a equipe não quer "lotar o Congresso com três, quatro, cinco reformas simultâneas".
2019-01-23 17:08:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/governo-quer-ao-menos-us-20-bi-com-privatizacoes-neste-ano-diz-guedes.shtml
Crescimento do Carnaval de SP acirra disputa por verba e faz bloco cancelar atração
A menos de um mês para a largada do pré-Carnaval em São Paulo, organizadores de blocos ainda estão em busca de patrocínio para colocar a festa na rua. As dificuldades para captar recursos, mais acirradas neste ano diante do número recorde de blocos na cidade, têm chegado ao ponto de comprometer a programação. Alguns organizadores têm cancelado atrações diante da falta de recursos às vésperas da folia, que começa oficialmente em 22 de fevereiro e se estende aos finais de semana até 10 de março.O próprio crescimento do Carnaval de rua na cidade tem representado uma espécie de efeito colateral financeiro para os blocos. ​É o maior evento da cidade e só perde em público para a Parada Gay, que reuniu 3 milhões de pessoas no ano passado —​segundo os organizadores. Neste ano, a Prefeitura de São Paulo estimou em 5 milhões o público esperado em três semanas de festas. Cerca de 600 blocos foram cadastrados. No ano passado, foram 433. Apesar dos números inéditos, a captação de recursos não tem acompanhado o ritmo de crescimento do Carnaval paulistano, que depende quase exclusivamente de verbas de patrocinadores de um nicho muito específico, as marcas de cerveja. Com uma estrutura cada vez maior e mais cara para acomodar os blocos, a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) definiu o lance mínimo de R$ 19,5 milhões para as empresas interessadas em participar da licitação para captar e gerir o patrocínio do Carnaval de rua. No ano passado, o patrocínio foi de R$ 15 milhões. Nenhuma empresa apareceu para participar da licitação durante a abertura dos envelopes nesta terça-feira (22). A gestão Covas afirmou em nota que o Carnaval de rua "não corre risco" e que os próximos passos para a captação de recursos serão definidos conforma a legislação. A gestão, porém, não informou se irá abaixar o valor do lance mínimo ou recorrer a recursos da própria administração. A licitação foi anunciada em outubro do ano passado e aberta somente no fim do ano passado, quando a maioria das empresas já tinha fechado o orçamento de patrocínio. A demora nessa definição é apontada como mais um entrave para a liberação de verba pelas empresas. No ano passado, a primeira licitação do Carnaval de rua de São Paulo também não teve interessados. Na ocasião, a prefeitura definiu o lance mínimo em R$ 20 milhões. A proposta de patrocínio só apareceu quando o valor baixou para R$ 15 milhões. O contrato foi assinado pela empresa Dream Factory, que enfrentou questionamentos do TCM (Tribunal de Contas do Município). O prefeito Bruno Covas (PSDB), na época vice-prefeito de São Paulo, e secretários municipais respondem a processo por improbidade administrativa por acusação de direcionamento da licitação da festa de rua de 2018. Diante do orçamento maior exigido pela prefeitura para colocar os blocos na rua, sobram fatias menores do bolo publicitário para serem distribuídas aos blocos de forma individual. O produtor Estevão Romane, 31, conta que desistiu de trazer o cantor Sidney Magal para o Carnaval paulistano porque não conseguiu patrocínio suficiente. "Digo isso com dor no coração. A cidade não soube criar condições de negócios para os blocos", diz Estevão, que vai colocar outros três blocos na rua neste ano, mas conta que já chegou a conseguir patrocínio para 15 em anos anteriores. No ano passado, Magal atraiu uma multidão de foliões na praça da República, após dois anos de participações especiais em outros blocos paulistanos. Em meio à crise carnavalesca, porém, há casos de blocos que dispõem de contratos de patrocínio a longo prazo assinados em anos anteriores. Graças a um desses acordos, o produtor Roberto Bovino conseguiu trazer pela primeira vez o sertanejo Michel Teló para o Carnaval de rua paulistano. O bloco Bem Sertanejo vai sair no domingo de Carnaval em frente ao parque Ibirapuera. "A missão dos blocos é não depender só de uma marca e de um segmento de patrocínio, que é a cervejaria", diz Roberto. Organizadores calculam em até R$ 400 mil o total de custos para um desfile de bloco de Carnaval. Entre os maiores gastos, está a contratação de seguranças e dos cordeiros, que seguram a multidão com cordas para não proteger a área dos músicos. O aluguel de equipamentos de som e do trio elétrico também pesa no orçamento e chega a custar R$ 30 mil. A prefeitura anunciou a iniciativa de incluir no orçamento do Carnaval repasses aos blocos comunitários para incentivar a festa em bairros da periferia, mas a forma como a ideia será colocada em prática ainda não foi definida. Mudanças recentes na organização do Carnaval de rua têm sido alvo de reclamações dos organizadores de blocos e são apontadas como mais um obstáculo ao acesso aos repasses de patrocínio. Para pulverizar o Carnaval pela cidade e evitar aglomerações em pontos saturados de foliões, como a região da avenida Faria Lima, a prefeitura criou novos circuitos e interferiu na decisão de blocos que se cadastraram para desfilar nessas avenidas mais procuradas. Neste ano, as novidades vão ser a passagem de blocos pelas avenidas Tiradentes, na região central, Marquês de São Vicente, na zona oeste, e Roque Petroni Júnior, na zona sul. A Paulista chegou a ser cogitada em reuniões, mas a associação de moradores vetou qualquer bloco na via com base em um acordo com o Ministério Público que restringe o uso da avenida a apenas três eventos: a corrida de São Silvestre, o Réveillon e a Parada Gay. As vias foram elencadas para substituir a concentração de blocos na avenida 23 de Maio, apresentada no ano passado pela gestão do ex-prefeito João Doria (PSDB) como a versão paulistana do circuito de Carnaval de Salvador, na Bahia. A 23 de Maio foi vetada pelo Ministério Público e pela polícia como rota de blocos por não possuir vias de acesso suficiente para escoar a multidão, o que representou um sério risco aos foliões no ano passado. O problema dos novos trajetos, segundo o organizador Estevão, tem sido a demora da administração em definir o trajeto nesses novos circuitos. "Patrocinadores dependem dessa informação para liberar a verba", diz.
2019-01-23 18:11:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/crescimento-do-carnaval-de-sp-acirra-disputa-por-verba-e-faz-bloco-cancelar-atracao.shtml
Livro tenta mostrar a importância das pequenas plantas para a sobrevivência do cerrado
“As pessoas só dão valor para aquilo que conhecem.” Foi este pensamento que inspirou a pesquisadora Giselda Durigan a coordenar a empreitada coletiva que resultou no livro "Plantas Pequenas do Cerrado: biodiversidade negligenciada".Com 720 páginas, quase todas ilustradas com deslumbrantes fotos coloridas, o livro apresenta um levantamento exaustivo das plantas de pequeno porte, que são o sustentáculo do cerrado.Destinada à distribuição gratuita para bibliotecas, institutos de pesquisa e estudiosos, e também disponibilizada em arquivo PDF aberto para todos os interessados, a obra teve sua publicação financiada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Durigan, pesquisadora do Instituto Florestal do Estado de São Paulo, explica que a publicação é resultado de quase uma década de trabalho a várias mãos, que se iniciou com uma pesquisa de doutorado sobre o impacto da invasão das fisionomias campestres do cerrado por árvores de pinus e ganhou corpo ao longo de três outras pesquisas apoiadas pela Fapesp.“Quando nos engajamos nessas pesquisas, percebemos que o grande impacto causado pelas invasões biológicas e pela supressão do fogo não se dava sobre árvores, mas sobre as plantas pequenas do campo. E isso constituiu um enorme desafio, porque a nomenclatura e a classificação dessas plantas eram largamente desconhecidas. Eu tinha passado toda a minha vida profissional olhando para cima, para as árvores. Tive, então, que olhar para baixo, e com muito respeito”, disse Durigan à Agência Fapesp.Professora em programas de pós-graduação em Ciência Florestal na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e em Ecologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ela estuda o cerrado há mais de 30 anos.O grupo que coordenou na feitura do livro foi constituído por suas alunas Natashi Aparecida Lima Pilon e Geissianny Bessão de Assis, e por seus colegas Flaviana Maluf de Souza e João Batista Baitello.“O que chamamos de ‘plantas pequenas’ são espécies que se tornam adultas e capazes de se reproduzir com menos de 2 metros de altura. Foi um critério arbitrário que adotamos. Começamos coletando essas plantas, e inventando nomes provisórios para elas, enquanto corríamos atrás de pessoas que pudessem nos ajudar na identificação”, contou Durigan.Mas não foi nada fácil encontrar essas pessoas, conta a pesquisadora. Simplesmente, não havia especialistas em plantas pequenas. Foi preciso recorrer a manuais, monografias, livros antigos e ao famoso Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, em seis volumes, publicado por Manoel Pio Corrêa no início do século passado.“Encontramos plantas que nunca tinham sido registradas no estado de São Paulo e outras que não eram coletadas há várias décadas. Mas não achamos nenhuma espécie nova, desconhecida pela ciência. Todas já tinham seus nomes científicos. Porém, foi uma busca tremenda descobrir os nomes populares. Muitas das plantas que encontramos estavam classificadas como ‘daninhas’ nesses livros antigos, porque a perspectiva adotada era a de quem queria cultivar o cerrado com pastagens ou agricultura”, disse Durigan.Um termo curioso encontrado foi o “mata-pasto”, que nomeava nada menos do que sete espécies diferentes, todas elas muito resistentes. Como essas plantas rebrotam inúmeras vezes depois de cortadas, eram consideradas daninhas. E o nome popular que receberam invertia a ordem cronológica, como se o pasto tivesse aparecido antes e as plantas surgissem depois para atrapalhar, quando havia sido exatamente o contrário.“O que as pessoas não entendiam —e temos feito um esforço enorme para esclarecer— é que essas plantas de pequeno porte são fundamentais para a sobrevivência do cerrado e da extraordinária riqueza que ele possui em termos de recursos hídricos e biodiversidade”, disse Durigan.“Fala-se em desmatamento quando ocorre corte de árvores. Mas, se as plantas pequenas são erradicadas, todo o equilíbrio do cerrado se rompe. E isso está acontecendo sem o menor impedimento porque a legislação não protege a vegetação que não tem árvores. Além disso, essa vegetação nem sequer aparece nos mapas, dadas as limitações tecnológicas para diferenciá-la de pastagens ou agricultura em imagens de satélite”, acrescentou.Durigan destaca que são as plantas pequenas que cobrem o solo, prevenindo a erosão pela chuva ou pelo vento.“Elas possuem um emaranhado de raízes, facilitando a infiltração da água no solo e garantindo a saúde do ecossistema e a manutenção dos mananciais que alimentam os rios. Para ser savana, o Cerrado precisa possuir as duas camadas: a camada de árvores esparsas a meia altura e a camada de plantas pequenas cobrindo o solo”, explicou.Segundo os autores do livro, a proporção é de seis espécies de plantas pequenas para cada espécie de árvore. Das 12.734 espécies vegetais que compõem o cerrado, mais de 10 mil correspondem a plantas pequenas. Elas estão ameaçadas pelo adensamento das copas das árvores, resultante do manejo inadequado, e pela invasão por espécies exóticas, como o pinus e a braquiária.O objetivo do livro é encantar os leitores com a beleza dessas plantas pequenas. E conscientizá-los acerca da necessidade de sua preservação.
2019-01-23 18:19:00
ambiente
Meio Ambiente
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/01/livro-tenta-mostrar-a-importancia-das-pequenas-plantas-para-a-sobrevivencia-do-cerrado.shtml
Facebook vira alvo de órgão do consumidor
Escolhido para ser uma espécie de porta-voz do consumidor, o novo titular da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, Luciano Benetti Timm, afirma que pretende fazer um estudo sobre a aplicação do Código de Defesa do Consumidor em casos de infrações cometidas por algumas plataformas, o que incluiria também redes sociais, como Instagram e Facebook.“No âmbito do consumidor, você pode entender que há uma relação de consumo mesmo quando não haja pagamento direto, mas a empresa vise lucro. Não tenho notícia de o Facebook e Instagram serem ONGs.” À Folha Timm diz ainda que planeja lançar um Plano Nacional de Defesa do Consumidor, nos moldes do que foi feito no SUS da segurança pública, para coordenar os Procons. Em outra frente, quer estudar com o Banco Central mecanismos vinculados aos bancos para que consumidores evitem o superendividamento.PrioridadesQueremos reforçar a plataforma Consumidor.gov. Ela teve, em 2018, 500 mil atendimentos com satisfação do consumidor de 80%. Isso significa menos 400 mil processos na Justiça. O tempo médio de respostas é dez dias. No [juizado de] Pequenas Causas, é de três a quatro anos. Vamos ampliar a participação das empresas, criando ambiente de cooperação e harmonia, e não antagonismo. Nosso papel é de mediador. O que preciso é que os consumidores usem mais a plataforma.Serviços digitaisHoje esse mercado está superdesenvolvido. Tem uma preocupação de aplicação de uma lei que é de 1990, que é Código de Defesa do Consumidor, a uma realidade econômica após isso. Saber como ele impacta nessas chamadas economias 4.0. Nosso papel é olhar se é o caso de ter uma indenização ao consumidor [em caso de descumprimento de proteção de dados, por ex.]. Pode ser que essas empresas entendam que não se aplica porque não prestam serviços, mas aí fica um vácuo legislativo. Podemos emitir uma nota técnica de aplicação [do Código]. Tem casos em que há um serviço com alguém oferecendo algo e outro comprando, como aplicativos e plataformas de mobilidade urbana. Um pouco mais complexo são essas redes sociais que teoricamente não te cobram. Tem que ser estudado se ali há uma relação de consumo.Quando entro no Instagram e no Facebook, não pago. No âmbito do consumidor, você pode entender que tem relação de consumo mesmo quando não haja pagamento, mas a empresa vise lucro. Não tenho notícia do Facebook e Instagram serem ONGs. MP da proteção de dadosVamos estudar qual o impacto da medida provisória [de dezembro] que criou uma autoridade de proteção de dados. Queremos entender a implicação disso para a defesa do consumidor e se essa medida restringiu ou não a Senacon.MetasTemos 900 Procons. Até hoje não foi feito um plano nacional de defesa do consumidor. Uma das minhas metas é o desenho de um plano para coordenar esses Procons. Isso poderia ser feito por decreto. Mas não açodadamente. É algo para médio prazo. Gestão mediadora x combativa A teoria regulatória diz que a regulação é tão boa quanto temida pelos agentes econômicos. Quando o processo é lento, ele funciona como incentivo ao descumprimento de lei. O que deve ser evitado é simplesmente abrir processo por abrir. Queremos ser mediador com os integrantes do sistema, mas combativo na exceção e onde há evidência empírica. Não é uma gestão de expulsar, de ser contra as empresas. Vamos exercer vários papéis.É cedo para ter posição, mas queremos fazer grupo de trabalho para isso. Vemos que esse setor está com alguns problemas. Existe uma preocupação geral de que algumas das agências não estão fazendo o dever de casa e estão deixando o lado fraco, o consumidor, pagar a conta. Tem outro pilar que é uma atuação em conjunto com o Judiciário. Se o Procon de um município autua uma empresa em um lugar e um juiz anula, é um problema. O Cade passou por isso, multava e a Justiça revertia. Começou a estudar o que gerava nulidade, e hoje 90% das decisões são mantidas.SuperendividamentoPor vezes o consumidor toma decisões não racionais. O consumidor, quando vai ao shopping ou toma financiamento, por vezes toma uma decisão emocional, rápida. Se parasse para pensar, não faria. No Brasil, o voluntarismo faz com que o sujeito diga o seguinte: o sal faz mal, tira da mesa. Não seria melhor dar mais informação, para o consumidor tomar a decisão? Queremos conversar com o Banco Central sobre isso. Criar mecanismos que possam fazer com que bancos façam as pessoas tomar decisões melhores. Você pode criar um formulário, uma folha só, que mostra quanto vai custar o juro, e, em vez de fazer rapidamente por telefone, dar um prazo de reflexão.
2019-01-23 02:00:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/facebook-vira-alvo-de-orgao-do-consumidor.shtml
Guedes anima mercado e faz Bolsa bater recorde; dólar cai mais de 1%
A entrevista concedida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial ajudou a tirar o dólar do patamar de R$ 3,80 para onde havia caminhado nos últimos pregões e levou a Bolsa brasileira a atingir nova máxima histórica.Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, Guedes falou que a principal meta do governo é a aprovação da reforma da Previdência, que há compromisso com a redução do déficit público e que o programa de privatizações deve arrecadar pelo menos US$ 20 bilhões (ou R$ 75,6 bilhões) neste ano.As afirmações ecoaram junto a investidores, aplacando a decepção com o discurso de menos de 10 minutos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na véspera e de entrevistas desmarcadas em Davos, incluindo uma coletiva de imprensa nesta quarta. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas do país, saltou 1,52% e fechou a 96.558 pontos, renovando o recorde da semana passada. O volume financeiro foi de R$ 14,5 bilhões.Foi a primeira entrevista exclusiva do ministro após a posse. Desde que assumiu o cargo, Guedes vinha apenas concedendo algumas declarações isoladas, que se perdiam em várias afirmações sobre planos do do novo governo.A entrevista dele ajudou também o mercado a ignorar que a lista de prioridades dos primeiros cem dias do novo governo não inclui a reforma da Previdência. O documento foi apresentado no Brasil na tarde desta quarta pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que tem pouca simpatia do mercado financeiro. No exterior, os ânimos também arrefeceram após o pânico da véspera causado pelo temor de que Estados Unidos e China não conseguiriam fechar um acordo que pudesse por fim à guerra comercial travada entre os dois países. O período de trégua se encerra em março.As principais Bolsas mundiais fecharam em queda, e as americanas operam sem direção única.O dólar, que operou até o começo da tarde alternando entre perdas e ganhos e chegou a bater R$ 3,81, passou a cair após a fala de Guedes. Fechou o dia em baixa de 1,07%, cotado a R$ 3,7630.No exterior, o real foi a divisa emergente que mais se valorizou, considerada uma cesta de 24 moedas. Foi um dia positivo para os pares brasileiros, 17 moedas emergentes avançaram ante o dólar.
2019-01-23 18:39:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/guedes-anima-mercado-e-faz-bolsa-bater-recorde-dolar-cai-mais-de-1.shtml
Nego do Borel adia gravação de DVD após acusações, vaias e parcerias canceladas
O cantor Nego do Borel, 26, decidiu adiar a gravação de seu novo DVD, prevista para a próxima terça-feira (29), após ser acusado de transfobia ao comentar um elogio feito pela travesti Luísa Marilac. Ele chegou a ser vaiado durante uma apresentação e teve parcerias canceladas nos últimos dias. O adiamento da gravação, que aconteceria no Rio de Janeiro, foi anunciado nesta quarta-feira (23). Em comunicado divulgado à imprensa, a assessoria do músico afirmou que a decisão acontece “em respeito às pessoas que [ele] feriu e a toda comunidade LGBTQ+”. “Não se trata de um momento de celebração, mas de reflexão e respeito. A data de 29 de janeiro também convida a todos a um momento de atenção especial pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans”, aponta comunicado, destacando o ato também como uma forma de respeito ao trabalho de todos os artistas que participariam do projeto. Mais A polêmica teve começou no início do mês, após Nego do Borel chamar a travesti Luísa Marilac de “homem gato” nas redes sociais. No dia seguinte, ele gravou um vídeo se desculpando: “Às vezes eu faço brincadeiras sem noção que machucam as pessoas, mas não é o que eu quero. Estou fazendo de tudo pra aprender e melhorar”, disse. O público, no entanto, não deixou passar e vaiou apresentação dele no Bloco das Poderosas, ao lado de Anitta, 25, no último domingo (20), no Rio de Janeiro. A cantora saiu em defesa do amigo: “Eu jamais vou virar as costas para um amigo meu. O que eu posso fazer como amiga é instruir as pessoas das coisas que elas não sabem”, disse. Nos últimos dias, porém, foi a vez das cantoras Ludmilla, 23, e Luisa Sonza, 20, cancelarem suas parcerias com o músico. “Queria agradecer, do fundo do meu coração, às minhas irmãs Ludmilla, Luísa, que não vão poder participar do meu DVD, mas eu super entendo, supertranquilo”, chegou a afirmar Nego do Borel. Na terça (22), a própria Luisa Marilac se manifestou agradecendo o apoio que recebeu nos últimos dias, mas também pedindo o fim do linchamento do cantor. “O puxão de orelha que vocês deram no Borel foi maravilhoso, obrigada, mas também basta. Não vamos crucificar o cara”, afirmou.
2019-01-23 18:50:00
musica
Música
https://f5.folha.uol.com.br/musica/2019/01/nego-do-borel-adiar-gravacao-de-dvd-apos-acusacoes-vaias-e-parcerias-canceladas.shtml
Ministro de Meio Ambiente fala em 'excesso de demarcações' e é rebatido por indígena
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, atacou nesta quarta-feira (23) o que chamou de “excesso de demarcações” de terras indígenas e unidades de conservação ambiental e foi rebatido em seguida pelo indígena fulni-ô Wilke Torres de Melo.“As terras que se encontram na Amazônia Legal são terras que precisam ser conservadas. Ministro, isso não passa por uma questão de ideologia, isso passa por compromisso com as políticas pública e ambiental do país”, disse Melo, da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a principal rede de organizações não governamentais indígenas do país.Salles e Melo integravam uma mesa de debate no encontro “perspectivas dos direitos constitucionais indígenas”, realizado na PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília. Embora tenha dito duas vezes que “não era sua especialidade” o tema indígena, Salles criticou a política de demarcações em vigor há anos no Brasil ao sugerir que o tamanho das terras indígenas prejudica a própria fiscalização.“Também acho que, embora respeitando opiniões diferentes, que em casos de excessos de demarcações, nós também fragilizamos aquelas que poderiam ter mais foco e mais substância. Toda vez que o conceito é excessivamente aumentado, nós temos uma fragilidade no cerne das questões. Isso acontece com a fiscalização ambiental, com as boas práticas de agricultura, nos temas minerários, acontece em vários aspectos. Desenhar cenários que não ficam de pé à luz da realidade é um convite à transgressão, à falta de fiscalização, à capacidade de execução”, criticou Salles.O ministro do Meio Ambiente citou diversas vezes uma etnia de Mato Grosso, os parecis, que buscam plantar soja “em parceria”, por meio de arrendamentos informais, com fazendeiros da região mas foram autuados pelo Ibama por usarem soja transgênica.“Acho um excesso de voluntarismo de órgãos, Funai, Ibama etc essa ingerência no livre arbítrio no grupo que lá está. Imagino que essa situação aconteça em outros lugares”, disse o ministro. Salles defendeu a possibilidade de os índios plantarem soja —o caso dos parecis se arrasta há mais de uma década e é acompanhado por diversos setores, como o Ministério Público Federal, pois o arrendamento de terras indígenas é considerado ilegal. Na sequência do debate, o ex-ministro do Meio Ambiente José Sarney Filho fez objeções aos comentários de Salles. Ele disse que “é um tema tão importante que suscita outras questões muito mais graves”. “As terras indígenas têm destinação para a cultura ancestral indígena. Na medida em que você [índio] dá o uso diferenciado dessa região, você fragiliza todo o embasamento constitucional a essas terras tais como estão. Essa decisão deve caber aos índios, mas isso pode fragilizar sua posição [dos índios] e no futuro pode vir a ser questionada [a terra indígena]. A comunidade indígena tem que ser esclarecida”, alertou o ex-ministro.Após rebater o ministro sobre a questão do excesso de demarcações, o índio fulni-ô Wilke Melo também questionou o modelo de desenvolvimento econômico adotado no agronegócio e disse que não “podemos dar um cheque em branco para o desenvolvimento”. Ele mencionou, em contrapartida, a política de gestão territorial das terras indígenas, pela qual os indígenas têm uma participação maior no uso e fiscalização do território.“É uma política na qual as comunidades indígenas constroem um processo de gestão do território e a partir disso decidem seus projetos de futuro, defendem o que querem. É fazer a escuta dos povos e o estado ter a sensibilidade, a sensatez, de fazer essa escuta. É discutir essas politicas ambientais junto aos povos indígenas. Isso não passa por ideologia. É parte de construção de uma política séria para o país. O país é reconhecido pelo seu potencial ambiental. É preciso valorizar esses princípios.”
2019-01-23 19:50:00
ambiente
Meio Ambiente
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/01/ministro-de-meio-ambiente-fala-em-excesso-de-demarcacoes-e-e-rebatido-por-indigena.shtml
BBB 19: Participantes terão noite de festa com o tema relógio
Depois de um paredão tenso e da eliminação de Vinicius, os ‘brothers’ terão uma noite de festa nesta quarta-feira, dia 23. O tema é Relógio no BBB 19 e a decoração é toda inspirada do filme ‘A invenção de Hugo Cabret’.Antes da celebração, os participantes vão assistir a um vídeo contando um pouco da história da invenção do relógio.Uma novidade é que, desta vez, a festa vai acontecer no segundo andar da casa. O cardápio é bem variado com guacamole, quiches, saladas, ceviches, massas, moqueca e até estrogonofe. Eles terão bolinhos, biscoitos, brigadeiros e doce de batata roxa. A primeira celebração da casa ocorreu na última sexta-feira e o tema arte, com direito a mais de 15 obras de arte espalhadas pelo gramado, foi o tema escolhido.Além da saída de Vinicius, nesta quarta-feira, o programa perdeu mais um participante. Vanderson foi desclassificado depois de ser intimado a prestar depoimento em inquérito instaurado, após receber denúncias por importunação sexual, estupro e violência doméstica.A Globo informou que o biólogo não será substituído, com isso, a casa ficará com 15 participantes.
2019-01-23 20:00:00
televisao
Televisão
https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb19/2019/01/bbb-19-participantes-terao-noite-de-festa-com-o-tema-relogio.shtml
Chef Claude Troisgros desbrava semiárido nordestino em documentário na TV
Quando a gente viaja de moto, fica assim. Se desliga de tudo, relaxa. Mas, ao mesmo tempo, pensa o tempo todo, fica horas sozinho: a cabeça pensando dentro do capacete.É assim que se sente um dos mais importantes chefs de cozinha do Brasil, Claude Troisgros, quando todo ano larga os compromissos da vida de cozinheiro e de chef-celebridade da TV para se embrenhar dias a fio em alguma paragem erma do Brasil ou da América Latina.Uma de suas últimas escapadas foi registrada no documentário “Claude —Além da Cozinha”, que estreia na próxima quinta (31) no canal pago GNT, o mesmo onde há anos apresenta diferentes programas de culinária, como o “Que Marravilha!”.O destino, desta vez, foi o Nordeste: uma viagem de três semanas ao longo de 2.147 quilômetros, pelo quente interior de Alagoas, Pernambuco, Bahia e Sergipe. E sempre na moto (salvo uma rápida incursão a cavalo).O que se descobre na tela é um Claude Troisgros que possivelmente passou despercebido do público ao longo de suas mais de três décadas de Brasil. O que temos não é o chef dedicado, pesquisador criativo e anfitrião de primeira que encantou o público carioca, e depois do Brasil todo, com seus restaurantes, dos quais a joia da coroa é o Olympe (cuja cozinha é hoje tocada pelo filho Thomaz).Aqui o personagem é um turista aplicado e aventureiro, que, aos 62 anos, ainda adora esportes radicais e jamais se separa de sua moto, seu meio de transporte urbano, mas também companheira inseparável de suas viagens exploratórias. Nela, parte para conhecer o rio São Francisco, “um velho sonho”. O trajeto começa e acaba em duas capitais do litoral, de Maceió (Alagoas) a Aracaju (Sergipe). Não são distantes uma da outra, mas o percurso despreza o litoral, descrevendo uma trajetória sinuosa pelo semiárido nordestino, visitando minúsculos povoados entre o agreste e o sertão.Enfrentando estradas de terra —com direito a derrapagens e até a uma queda flagrada pelas câmeras—, Claude encontra ao acaso os personagens pelo caminho, a maioria dos quais nunca ouviu falar dele (“você é de Maceió?” e “por que fala desse jeito?” são algumas das perguntas a que responde).Então ele se apresenta como um cozinheiro do Rio de Janeiro. E, na pele do turista aplicado, revela-se também, claro, um curioso cozinheiro acidental, quando a ocasião permite. Gosta de provar o que encontra pela frente e, para cozinhar, se mete em cozinhas simples por onde passa. Seja para fazer sua primeira buchada de bode, comer seu primeiro pitu ou destruir desastradamente o que seria um ceviche de palma (cacto muito usado ali para alimentar o gado, principalmente na seca, mas também consumido pelos moradores).Mexer com ingredientes nacionais, mesmo pouco utilizados na gastronomia pelos próprios brasileiros, é a praia de Claude Troisgros.Depois de três anos de Brasil, onde chegou em 1979 para trabalhar em hotel no Rio, ele abriu sua primeira casa na capital carioca, o Roanne, de onde liderou um movimento de renovação da gastronomia brasileira justamente ao incorporar produtos aparentemente banais (mandioquinha, maracujá, jabuticaba) em seus pratos de inspiração francesa.Mas isso é outra história. Que ele também conta ao longo do filme, entrecortando memórias com seus momentos —verdadeiro motivo da viagem— de exploração da caatinga brasileira. Momentos que revelam seu deslumbramento com paisagens como os cânions do Parque Nacional do Catimbau (em Buíque, Pernambuco), ou, depois de muita secura, quando reencontra o mar na foz do São Francisco em Pontal do Peba, Alagoas.É o litoral brasileiro que encantou o explorador do sertão ao conhecer o Rio de Janeiro e ali o prendeu até hoje, a principal praia desse extrovertido franco-carioca. Direção: Ricardo Pompeu. Estreia dia 31 de janeiro, às 23h30, no GNT
2019-01-23 20:00:00
turismo
Turismo
https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2019/01/chef-claude-troisgros-desbrava-semiarido-na-tv.shtml
A empresários Bolsonaro diz que quer restabelecer confiança e contar com Congresso
Em discurso durante jantar em sua homenagem no Fórum Econômico Mundial, que acontece nesta semana em Davos (Suíça), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse querer reestabelecer a confiança no Brasil.Em tom de brincadeira, Bolsonaro obteve risadas da plateia ao dizer que no evento contava com US$ 23 trilhões (em referência ao patrimônio dos presentes e das organizações que representam) e que, para o Brasil, bastaria 10% disso.No discurso de pouco mais de três minutos, que teve sua gravação em vídeo divulgada pelo presidente no Twitter, Bolsonaro afirmou que o Brasil flertava com a esquerda. Segundo ele, a população disse que não quer mais o comunismo.O presidente brasileiro afirmou ter montado uma boa equipe para administrar o país, em especial na economia. Também disse esperar o apoio do Congresso e lembrou da necessidade de reformas, como a da Previdência.Mais cedo, Bolsonaro também discursou em auditório com capacidade de receber 1.259 espectadores nesta terça-feira, em sua primeira participação em um palco internacional como presidente.A sessão durou 15 minutos, e Bolsonaro respondeu a perguntas feitas por Klaus Schwab, presidente do Fórum Econômico Mundial.
2019-01-23 01:01:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/a-empresarios-bolsonaro-diz-que-quer-restabelecer-confianca-e-contar-com-congresso.shtml
Em quatro anos, registro de armas por pessoas físicas aumenta em 17 estados
​No ano em que o debate sobre armamento voltou à tona, na esteira da campanha eleitoral de 2018, o número de novas armas registradas por pessoas físicas para defesa pessoal no Sinarm (Sistema Nacional de Armas) cresceu em 17 estados brasileiros em comparação com 2014 —dados mais antigos disponíveis. No país o crescimento é de 47% —de 24.645 para 36.238. Decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), no dia 15 de janeiro deste ano, flexibilizou as regras para a posse de armas no Brasil. O crescimento apontado por levantamento da Folha deve continuar nos próximos anos, dizem especialistas. O sistema da Polícia Federal computa todas as armas compradas por civis com o objetivo de proteção, por profissionais de segurança privada e de órgãos públicos, como policiais civis e federais. Aquelas que serão usadas para outras atividades, como caça, tiro esportivo e por militares devem ser registradas no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), do Exército. Dos 677.771 registros ativos de arma de fogo no país, no Sinarm, 345.884 estão em nome de pessoas físicas. O Brasil tem hoje 165,8 armas para defesa pessoal nas mãos de pessoas físicas para cada 100 mil habitantes. Considerando também as registradas por outras categorias no Sinarm e as que pertencem àqueles que têm o registro CAC (para caçadores, atiradores e colecionadores), a taxa sobe para 464,5. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, por exemplo, as taxas de armas registradas são de 989 e 1.597,5 por 100 mil habitantes, respectivamente. No Canadá, 2.970,5. No Brasil, o aumento mais expressivo, segundo dados do Sinarm, ocorreu no Espírito Santo, onde os novos registros saltaram de 197 em 2014 para 1.474 em 2018, um crescimento de 648,2%. No ano anterior ao pico, em fevereiro de 2017, o estado viveu uma crise na segurança pública. Policiais militares realizaram greve por 21 dias e o estado registrou crescimento no número de homicídios. Em segundo lugar no ranking está Rondônia, cujos registros de novas armas para defesa cresceram 410,3% em quatro anos. O estado tem a quarta maior taxa de armas para defesa pessoal nas mãos de pessoas físicas por 100 mil habitantes do país (447), ficando atrás do Acre, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Paraíba, Minas Gerais e Pará aparecem em seguida na lista do Sinarm, com crescimentos de 300%, 235% e 213,5%, respectivamente. Os dois últimos estão entre os cinco estados com mais homicídios por arma de fogo do país, segundo o Atlas da Violência de 2018. Em São Paulo, houve alta de 51,6% nos novos registros no mesmo período. No Rio de Janeiro, o aumento foi 8%. Alguns fatores podem explicar a corrida armamentista nesses lugares, segundo especialistas consultados pela Folha. O aumento da criminalidade e o medo da população são alguns deles, diz Daniel Cerqueira, conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em 2017, a taxa de mortes violentas intencionais no Brasil chegou a 30,8 para cada 100 mil habitantes, quando morreram dessa forma 63.880 pessoas, segundo levantamento do Fórum. Foi o maior índice da série histórica, iniciada em 2013. “A onda autoritária que varreu o Brasil nos últimos anos e o movimento de resolver violência com violência podem ter servido de combustível para a compra de armamento”, avalia. A facilitação do acesso a armas foi uma das bandeiras da campanha de Bolsonaro. Entre os 17 estados onde houve aumento de registros em quatro anos, o presidente venceu em 11 e no Distrito Federal no segundo turno. O ginecologista e obstetra Allan Rendeiro, 61, morador de Belém, tem 54 armas em sua coleção. Decidiu registrar a primeira para defesa pessoal, uma espingarda calibre 12, no sistema da Polícia Federal no ano passado, para proteger o acervo. Notícias de que residências de colecionadores próximas haviam sido invadidas inspiraram a decisão. “As minhas armas são quase objetos de arte. Tenho da Primeira e da Segunda guerras, da Alemanha, da França, da Itália”, conta. Rendeiro, que pratica tiro esportivo desde os 18 anos, diz que agora se sente mais seguro em casa. “Pelo menos não vou me entregar de braços abertos [em uma eventual tentativa de assalto], terei a chance de me defender”, diz. “Desarmado, só tenho uma chance: morrer.” O crescimento no número de registros também pode ser resultado da mudança de critérios para concessão da licença adotados pela Polícia Federal. Um delegado, por exemplo, poderia ser mais liberal em relação ao significado de “efetiva necessidade” do que o antecessor ou sucessor e conceder a licença mais facilmente. O Estatuto do Desarmamento estabelece que o candidato precisa comprovar que o armamento é necessário antes de ter direito à posse. O decreto de Bolsonaro define as categorias de pessoas que têm necessidade efetiva com critérios que, na prática, incluem todos os brasileiros. Dessa forma, o delegado dará o veredito com base em outros parâmetros, mais objetivos. Para o coronel José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública, o Brasil é um país de “controles fracos”. “A violência e a taxa de mortes por arma de fogo são tão grandes que recomendo políticas cada vez mais restritivas. Mas estamos indo na direção contrária”, diz. Para ele, que também tem graduação em psicologia pela USP, mesmo com a legislação mais solta, é preciso ter preparo emocional antes de comprar uma arma para proteção. “As armas são feitas para matar, não para defender ou assustar. Você está preparado para matar alguém?”, diz. Os números, contudo, podem estar desatualizados e não refletir a realidade. O Sinarm mostra, por exemplo, que apenas uma nova arma foi registrada durante todo o ano de 2018 no Maranhão. Desde 2014, apenas 55 novas armas de civis foram cadastradas no sistema no estado. Para Cerqueira, é fundamental aprimorar o sistema de registro e controle de armas no país, que considera falho, e a comunicação entre Exército e Polícia Federal. “É preciso descobrir a origem das lacunas”, diz.
2019-01-23 02:00:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/em-quatro-anos-registro-de-armas-por-pessoas-fisicas-aumenta-em-17-estados.shtml
BBB 19: Vinicius diz que mentira sobre voto na Hana influenciou decisão
A eliminação do artista plástico Vinicius Póvoa Fernandes causou surpresa para ‘brothers’ e telespectadores. O fato de ele ter dito que não votou na Hana, mas ter votado, isso pode ter influenciado na decisão do público. Vinicius participou de um bate-papo com Vivian Amorim, que integrou o BBB 17.O brother disse que estava perdido e ainda não sabe o que fez de errado. “Pela reação da casa, achei que estava indo bem."Vivian perguntou se ele sabia o motivo da sua saída e se alguma “mentirinha” poderia ter contribuído para sua eliminação.“A única mentira que eu falei foi para a Hana, porque ela me perguntou se havia votado nela e eu disse que não. Foi mais um deboche, 'não tenho que falar meu voto para você’”, disse.“Não foi nada pensado não”, garante o eliminado. “Pelo que escutei aqui fora esse (a omissão do voto) foi o motivo (da eliminação).”"Acho que a Paula ganha o programa, mas eu gostaria que fosse o Danrley", disse o eliminado em sua primeira entrevista.Na casa, os ‘brothers’ especulavam sobre a saída do colega. "A gente não sabe a interpretação das besteiras que ele falava", disse Diego. "A formação do grupinho, a mentira para a Hana e o meu comportamento na festa. Foi uma série de fatores", considera o eliminado.Para ele, o trio voltou mais fortalecidas do Quarto dos Sete Desafios. “Paula estava com sorriso de orelha a orelha; Hana estava eufórica e Hariany é a mais quietinha”, disse.Ele disse que não confia na Hana. “Eu acho que ela poderia votar em mim, mas dar facada por trás não”, disse. Vinicius considera que há divisão de grupos na casa. "Nós não estávamos com maldade nenhuma".Pai de uma menina que nasceu quando ele tinha 17 anos, Vinicius adora música eletrônica e frequenta festas e baladas justamente com a moça, que hoje trabalha como DJ na cidade.
2019-01-23 00:40:00
televisao
Televisão
https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb19/2019/01/bbb-19-vinicius-diz-que-mentira-sobre-voto-na-hana-influenciou-decisao.shtml
São Paulo enfrenta Vasco e final da Copinha terá duas torcidas
O São Paulo vai decidir a Copa São Paulo na próxima sexta (25) contra o Vasco, com a presença das duas torcidas no Pacaembu.A equipe do Morumbi passou sem dificuldades pelo Guarani por 5 a 2 nesta terça (22) em uma das semifinais e chegou à decisão do torneio pela 11ª vez.Caso o Corinthians, que enfrentou o Vasco também nesta terça, avançasse para a final, o jogo aconteceria com torcida única, como ocorre em clássicos paulistas desde 2016, por determinação do Ministério Público.A escolha de quem poderia ter a presença de torcedores seria pela melhor campanha. Se ganhasse no tempo normal, o Corinthians teria o privilégio. Mais Mas o Vasco levou a melhor nos pênaltis, após empate em 2 a 2. Os torcedores da equipe carioca poderão comparecer à partida, no setor reservado visitantes.A Copinha terá a repetição da final de 1992, quando Vasco e São Paulo se enfrentaram e o time do Rio ficou com o título na disputa de pênaltis. O São Paulo já levantou o troféu três vezes.
2019-01-23 00:12:00
esporte
Esporte
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/01/sao-paulo-enfrenta-vasco-e-final-da-copinha-tera-duas-torcidas.shtml
Mostra de filmes exibe produções nacionais feitas para o público infantil no CCBB-SP
​A Mostra Brasileirinhos de Cinema para Crianças começa nesta quarta (23), no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo. Na programação, somente produções nacionais realizadas com o público infantil em mente. São 33 obras, entre longas, curtas, médias-metragens, clássicos e novidades. É uma oportunidade de rever “Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme”, de Cao Hamburger (1999), e "Tainá — Uma Aventura na Amazônia", de Tânia Lamarca e Sérgio Bloch (2000). Ou de descobrir “Sobre Rodas”, longa ainda inédito, de Mauro D’Addio, sobre um menino que perde os movimentos das pernas e sua amiga, cujo sonho é conhecer o próprio pai.Na coleção, há ainda documentários, como "Jonas e o Circo Sem Lona", de Paula Gomes (2015), que conta a história de um garoto e sua luta para manter o circo montado por ele mesmo no quintal de casa.E os desenhos também marcam presença. No gênero, a produtora-executiva e uma das curadoras da mostra, Luísa Berlitz, 38, destaca “Sinfonia Amazônica” (1953), primeiro longa-metragem de animação feito no Brasil e com um roteiro repleto de lendas e do folclore da floresta.“Foi realizado por um artista apenas, o [diretor] Anélio Latini Filho [1926-1986]. Enquanto a Disney já tinha equipes gigantescas à época, ele fez tudo só, no estúdio dele”, conta ela.Para Luísa, assistir a essas obras dá ao público uma rara chance de identificação. “É legal resgatarmos um pouco a nossa brasilidade. Nem sempre uma criança pode ir ao cinema e se enxergar na tela, ver uma criança que vive no mesmo país, com realidade semelhante ou mesmo diferente da dela."
2019-01-23 02:39:00
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Cinema e Séries
https://guia.folha.uol.com.br/cinema/2019/01/mostra-de-filmes-exibe-producoes-nacionais-feitas-para-o-publico-infantil-no-ccbb-sp.shtml
6 eventos de Natal em Curitiba além de seu tradicional coral de crianças
Curitiba estreou, neste último fim de semana, a 28ª temporada do seu maior e mais tradicional evento de Natal, o coral do Palácio Avenida.Em três noites de apresentações, um público de 47 mil pessoas se reuniu em frente ao prédio histórico, no centro da cidade, para ouvir o coro formado por 120 crianças, de 7 a 12 anos, vindas de escolas municipais e instituições de acolhimento apoiadas pelo Bradesco, que banca o espetáculo. Neste ano, o show leva o nome "Tempo de Sonhar".Das janelas da sede do extinto Bamerindus, o grupo de meninos e meninas, preso por cintos de segurança e acompanhados de adultos (chamados anjos), canta 28 canções, que partem de sucessos dos anos 1980, como "Lua de Cristal" e "Lindo Balão Azul" e terminam com clássicos de Natal, como "Noite Feliz" e "Jingle Bell Rock".“A ideia é ter um repertório que leve a plateia a não ser só plateia. Queremos que ela se junte ao espetáculo que está vendo, de alma e de coração, formando uma coisa só”, diz Dulce Primo, 77, diretora musical do evento e há 25 anos à frente do coral. Ao todo são 45 minutos de show, com uso de computação gráfica e projeções de luz (foram usadas ainda mais de 100 mil lâmpadas para iluminar o prédio), e dois minutos de fogos de artifício no final.Pela primeira vez na história da atração, em um dos blocos do espetáculo 40 crianças deixam as janelas para dividir o palco com o personagem Sonho, interpretado pelo ator e cantor paulistano Beto Sargentelli (dos musicais "2 Filhos de Francisco" e "Rei Leão"), e os bailarinos.Divertida, a coreografia mistura passos de Michael Jackson, Claudinho e Buchecha e Paquitas. "Tem também a dancinha ['floss dance', sucesso neste ano] que as crianças pediram para a gente colocar", conta Wado Gonçalves, diretor-geral do espetáculo há oito anos."Tem bastante influência do cinema, como a cena clássica da bicicleta do filme 'ET'. Há um Papai Noel com macacão inspirado no Ayrton Senna. É uma grande colcha retalhos, mas o bordado é bem feito", diz Wado, que buscou inspiração no antigo "croma key", técnica muito usada para recortar imagens na TV e no cinema, para dar uma atmosfera analógica à produção.O coral do Palácio Avenida tem mais seis apresentações, até o próximo dia 16, sempre às sextas, sábados e domingos, às 20h20. O público começa a chegar ao local por das 18h, e os prédios vizinhos ao Palácio Avenida costumam servir de camarote para o show. Saiba mais sobre esses e outros os eventos em Curitiba no site natal.curitiba.pr.gov.br/ R$ 449 2 noites, na Submarino Viagens Viagem entre os dias 14 e 16 de dezembro. Inclui hospedagem no hotel Meridiano V com café da manhã e aéreo a partir de São Paulo. Preço por pessoaR$ 584 2 noites, na Slaviero Hotéis Estadia em quarto duplo no hotel Full Jazz a partir do dia 11 de dezembro. Inclui café da manhã, sem aéreo. Valor por pessoaR$ 600 1 noite, no hotel Pestana Preço de diária para dois adultos no dia 24 de dezembro. Inclui ceia de Natal e café da manhã. Sem aéreoR$ 608 4 noites, na TZ Viagens Estadia no hotel Dan Inn, em quarto duplo, com café da manhã e city tour. Sem passagem aérea. Preço por pessoaR$ 665 2 noites, na BWT Operadora Preço, por pessoa de pacote com acomodação em quarto duplo e café da manhã. Inclui ingresso para camarote em uma das apresentações do Natal Bradesco, traslados, seguro-viagem e aéreo a partir de São PauloR$ 855 3 noites, na Flot Hospedagem no Caravelle Palace Hotel com café da manhã. Inclui passeio de trem até Morretes e Antonina e traslados até o aeroporto. Sem aéreo, preço por pessoaR$ 1.184 3 noites, na RCA Turismo Estadia em quarto duplo no Granville Park Hotel entre 23 e 26 de dezembro, com café da manhã, traslados e seguro-viagem. Inclui passeios até Morretes e Ilha do Mel. Sem aéreo. Preço por pessoaA jornalista viajou a Curitiba a convite do Bradesco, do Instituto Municipal de Turismo e do CCVB (Curitiba e Região Convention & Visitors Bureau
2018-12-04 06:00:00
turismo
Turismo
https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2018/12/6-eventos-de-natal-em-curitiba-alem-de-seu-tradicional-coral-de-criancas.shtml
Crise dos 'coletes amarelos' expõe fracasso da política sem intermediários
A estratégia do governo Emmanuel Macron era clara: reduzir o fenômeno dos “coletes amarelos” a uma mutação efêmera e oportunista da extrema-direita.Um dos seus mais jovens e influentes ministros, Gérald Darmanin, chegou a referir-se ao movimento como uma “peste marrom”, expressão usada para associar o nazismo a uma doença durante a Segunda Guerra Mundial.A regularidade dos protestos e a escalada da violência obrigou o governo a fazer concessões. Depois de semanas de mutismo, Macron abriu uma rodada de conversas com as lideranças dos partidos políticos e representantes dos “coletes amarelos”.Em caso de fracasso, a oposição na Assembleia Nacional ameaça apresentar uma moção de censura contra o governo condenando a sua gestão calamitosa da crise. Mais O movimento surgiu em finais de outubro em reação a um novo imposto sobre o carbono para lutar contra o aquecimento global.Pilar da política econômica de Macron, a transição energética passou a simbolizar o abismo entre as prioridades das elites e da “França real”. “Enquanto eles se preocupam com o fim do mundo, nós nos preocupamos com o final do mês”, explicou, em tom de comício, um manifestante à imprensa francesa.Popular e estruturado de forma totalmente autônoma —o governo tem enfrentado dificuldades para dialogar com os manifestantes devido à ausência de lideres legítimos—, o movimento impressiona por romper com a dinâmica tradicional de protestos centralizados e urbanos da França contemporânea.Ele promove um regresso ao tempo das “jacqueries” —revoltas camponesas da era revolucionária nas regiões periurbanas e rurais.Os “coletes amarelos” forçaram definitivamente o regresso à terra do autointitulado “Jupiteriano” Macron. Mais Ele passou de presidente altivo e sóbrio a um tipinho da banca de investimento arrogante e distante.O seu partido República Em Marcha foi de rolo compressor parlamentar a grupo heteróclita e diletante. E sua equipe ministerial de nova geração de supertecnocratas a políticos amadores ultrapassados pelos acontecimentos. Está claro que o modo de fazer política de Macron baseado na instauração de uma relação direta entre o Executivo e a sociedade fracassou redondamente na sua primeira grande prova.O governo que optou por dispensar os intermediários —partidos tradicionais, sindicatos, movimentos sociais— parece incapaz de dialogar com a sociedade e antecipar a dinâmica dos protestos.Recentemente, Paulo Guedes declarou que o Brasil está preso na “armadilha social-democrata”. Esperemos que ele esteja atento para a armadilha da política sem intermediários.
2018-12-04 02:00:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/12/crise-dos-coletes-amarelos-expoe-fracasso-da-politica-sem-intermediarios.shtml
Após crises na era Temer, PF de Moro vai priorizar crimes de políticos
Sob o comando do futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, a nova direção da Polícia Federal pretende reestruturar e reforçar o grupo responsável por investigar perante o STF (Supremo Tribunal Federal) crimes cometidos por ministros e políticos em exercício do mandato.O setor é tido como essencial para o combate à corrupção, bandeira que Moro, indicado para o cargo pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, definiu como prioridade.A decisão da equipe de Moro é uma reação à crise a que passa o grupo, conhecido pela sigla SINQ (Serviços de Inquéritos Especiais) desde a gestão do delegado Fernando Segovia.Antes com 13 equipes montadas para as investigações, cada uma com um delegado, escrivães e agentes, esse time hoje conta com apenas cinco equipes fixas.Escolhido como novo diretor-geral da PF, o delegado Maurício Valeixo tem conhecimento dos problemas e avisou que vai privilegiar o assunto assim que tomar posse.Na origem da crise do SINQ, núcleo responsável por investigar autoridades com prerrogativa de foro, está a passagem de Segovia pela direção-geral do órgão, entre novembro de 2017 e fevereiro de 2018.Um dos eixos de tensão se deu em torno do inquérito sobre Michel Temer no suposto esquema no porto de Santos.A investigação causou a principal polêmica da gestão Segovia, resultando em sua queda. Em entrevista, o então diretor afirmou que não havia indícios contra o emedebista. Em reação, o grupo enviou um memorando repudiando interferências nas investigações --delegados desfrutam de independência funcional.O coordenador do time era Josélio Azevedo, que estava no posto desde o início da Lava Jato.Apesar de dizer enxergar erros na gestão anterior, a equipe do delegado Rogério Galloro, que sucedeu Segovia, chamou de "rebelião" o movimento do SINQ e enxergou no episódio uma traição hierárquica. A avaliação era de que os delegados dos inquéritos especiais passaram achar que eram mais importantes do que a própria PF.Sob Galloro, que se mantém no cargo, procedimentos foram adotados para controlar o que se entendeu como "desvios" dos integrantes do grupo de inquéritos especiais.A primeira medida foi tirar de Josélio a coordenação, o que não foi bem aceito pelos demais membros da equipe.A desarticulação do grupo foi acentuada com a saída de seu coordenador. Alguns delegados deixaram a equipe, sob justificativa de licença capacitação.Durante o inquérito dos portos, os conflitos foram frequentes. A conclusão da investigação foi prorrogada diversas vezes, algumas delas com a justificativa de que não havia mão de obra suficiente para a análise de material apreendido.Em um desses momentos, Galloro e o ministro do STF Luis Roberto Barroso, relator do inquérito dos portos, se falaram por telefone. O chefe da PF garantiu ao ministro que haveria reforço.O episódio pegou mal na direção. A visão era de que Cleyber Malta, responsável pela investigação, havia se apegado ao caso e que fazia parceria com outro Poder, o Judiciário, para conseguir seus objetivos. Em outro capítulo, servidores do grupo foram colocados compulsoriamente em sessões de terapia, diante da análise de que estavam sob efeito de muito estresse. A decisão foi tomada pela diretoria e foi interpretada como falta de respeito.Com o argumento de organizar e profissionalizar o setor, o delegado Élzio Vicente da Silva, que é diretor de Combate ao Crime Organizado (Dicor), a quem o SINQ está vinculado, passou a cobrar projetos de investigação para fornecer instrumentos necessários. A iniciativa também foi mal vista. Parte dos integrantes entendeu como tentativa de controle de informações.Élzio é tido como um dos principais quadros da polícia. A avaliação, no entanto, é que não deu certo com a atual equipe e que não teve habilidade para administrar a crise que se criou com o que ficou conhecido como "trauma Segovia".Recentemente, foi aberto um recrutamento para mais seis equipes, mas não houve interessados suficientes.O grupo de inquéritos especiais foi criado no início da década após conversas entre a polícia e o STF para agilizar investigações sobre crimes cometidos por políticos com foro.Até a saída de Segovia, existiam 283 procedimentos registrados de forma especial na PF, incluindo inquéritos abertos e ações cautelares. Atualmente, são 153.A redução do número se deu basicamente por dois motivos: alguns casos foram concluídos e outros desceram para a primeira instância, após decisão do Supremo de restringir o foro especial.Desde maio, a corte passou a só julgar episódios em que os crimes tenham sido cometidos durante o mandato.
2018-12-04 02:00:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/12/apos-crises-na-era-temer-pf-de-moro-vai-priorizar-crimes-de-politicos.shtml
Jornalista lança livro com análises da política no país
O jornalista e analista político Alon Feuerwerker lança em São Paulo nesta terça-feira (4) o livro "Brasil em Capítulos - Um Olhar sobre a Política, do Impeachment às Eleições de 2018".A obra, com análises da conjuntura nacional nos últimos dois anos, será autografada por ele a partir das 18h30, na Livraria da Vila de Pinheiros (rua Fradique Coutinho, 915).O autor também lançará o título no Rio de Janeiro --nesta quarta (5), às 19h, na Livraria da Travessa (avenida Visconde de Pirajá, 572, Ipanema)-- e em Brasília --na quinta (6), também às 19h, na Livraria Leitura (Shopping Pier 21, Asa Sul).Alon trabalhou em veículos como a Folha e o jornal Correio Braziliense e hoje é analista político da FSB Comunicação. Já assessorou também políticos de partidos como PT, PSDB, PC do B e PSB.
2018-12-04 02:00:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/12/jornalista-lanca-livro-com-analises-da-politica-no-pais.shtml
Relatório recomenda que banco seja impedido de controlar cadeia das maquininhas
Grupo de trabalho da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado recomendou a proibição de que uma instituição financeira controle todos os elos da cadeia que envolve as maquininhas para pagamento de cartão de crédito e débito.O relatório, assinado pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), passa por ajustes finais e será apresentado nesta terça-feira (4) à comissão.O objetivo do grupo, criado neste ano, foi propor iniciativas que levem à redução do spread bancário —diferença entre quanto o banco cobra do cliente e quanto remunera pelas aplicações.Ao analisar os meios de pagamento, o relator recomenda que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) proíba a verticalização no sistema, quando o mesmo grupo financeiro tem controle sobre a bandeira, a credenciadora e a emissora do cartão.De acordo com o documento, a medida traria maior impacto na redução de taxas de juros do que apenas as assinaturas de termos de compromisso feitas atualmente entre Cade e bancos para encerrar condutas anticompetitivas."Proibir a verticalização poderia ser uma medida mais efetiva que o padrão atual de punições através de multas", afirma.O relatório também defende que o Banco Central limite tarifas de operação dos cartões de crédito, aos moldes do que já foi feito neste ano com os de débito. O objetivo é reduzir custos ao consumidor.O grupo ainda sugere que o Congresso não interfira nos prazos de pagamento feitos pelas instituições financeiras aos lojistas."Como desde 2013 o Banco Central é o regulador do mercado de meios de pagamento e o Cade tem o mandato de defesa da concorrência, cabe a essas instituições regular e coibir condutas anticompetitivas no setor", diz.Entre as medidas legislativas para a redução do spread, o relatório recomenda a aprovação da lei do cadastro positivo, que torna automática a inclusão dos dados de todos os consumidores no sistema que indica "bons pagadores". O texto está na Câmara. "Essa proposição pode contribuir para uma redução expressiva do spread bancário ao permitir que fintechs tenham acesso a informações bancárias que atualmente são monopólio dos grandes bancos", afirma.
2018-12-04 02:00:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/12/relatorio-recomenda-que-banco-seja-impedido-de-controlar-cadeia-das-maquininhas.shtml
De 10 medidas defendidas por Paulo Guedes, nove dependem do Congresso
O Congresso Nacional terá um papel crucial no andamento das principais propostas econômicas já sugeridas pelo futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL) e tidas como fundamentais para destravar a economia e reequilibrar as contas públicas.Levantamento realizado pela Folha indica que nove das dez principais propostas sugeridas pela equipe capitaneada pelo superministro da Economia, Paulo Guedes, dependem de aprovação dos parlamentares.O desafio é ainda maior em pelo menos três dessas medidas —os pilares em que devem se assentar as mudanças prometidas por Guedes.Especialistas consultados dizem que, por mexerem em preceitos constitucionais, a reforma da Previdência, a tributária e a desvinculação do Orçamento só podem ser alteradas por emendas à Constituição, que exigem a aprovação de três quintos das duas Casas, em dois turnos de votação.A intensa dependência do Congresso acende o sinal amarelo. "Não existe a simplicidade que eventualmente se imagina. A maior parte dos assuntos terá de ser endereçada ao Legislativo e, como é sabido, até para aprovar lei ordinária [que exige maioria simples de parlamentares] é difícil", diz Luiz Gustavo Bichara, sócio do Bichara Advogados.O entendimento é que as medidas são consideradas urgentes, mas a disposição do novo governo em reconstruir toda a articulação com o Congresso torna incerto o ritmo das futuras negociações.Bolsonaro já disse que sua intenção é dialogar com bancadas temáticas (como a religiosa ou a da saúde), e não diretamente com partidos —desafio considerado ainda maior.O detalhamento das propostas não é conhecido em profundidade, e idas e vindas marcam a equipe econômica e do futuro presidente.Algumas medidas já sob o escrutínio do Congresso mostram, porém, que confrontos ou mal-entendidos entre equipe econômica e parlamentares podem não ser incomuns.Um exemplo nesse sentido são os ajustes para que o leilão do pré-sal saia do papel.O futuro governo conta com receitas que podem chegar a R$ 100 bilhões no ano que vem. Esse dinheiro é visto como fundamental para reduzir o déficit primário de 2019, de R$ 139 bilhões.Era esperado que o acordo com o Senado fosse fechado na semana passada. A contrapartida era que parte dos recursos fosse destinada para estados e municípios por meio de uma medida provisória, o que não ocorreu, impondo dificuldades ao próximo governo, já que o leilão pode ficar para 2020.Tida como peça-chave para a redução da dívida pública, a venda de estatais também tem de passar pelo Congresso, afirma a advogada Renata Emery, sócia do Brigagão, Duque Estrada, Emery.Embora Bolsonaro já tenha dito que não vai privatizar as "joias da coroa" (Petrobras, Banco do Brasil e Caixa, por exemplo), não descarta vender empresas menores, como a EPL (empresa do trem-bala).Nesse grupo estão subsidiárias, como refinarias da Petrobras ou as áreas de seguros ou cartões de bancos públicos. Por "semelhança jurídica", isso também exigiria aprovação do Congresso, diz Emery.No campo social, Bolsonaro prometeu uma 13ª parcela para o Bolsa Família e a criação da carteira verde e amarela.Segundo Jorge Gonzaga Matsumoto, sócio da área trabalhista do Bichara, o Bolsa Família pode ser regulado por meio de MP ou lei ordinária, já que esses foram os meios usados pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva para implementá-lo.A nova carteira também pode ser criada via lei ordinária, se a ideia não for criar um novo tipo de trabalhador.As reformas mais importantes, porém, vão exigir maior sintonia com o Congresso.Tanto a reforma da Previdência, que prevê o sistema de contas individuais (capitalização) para os novos entrantes e uma nova idade mínima de aposentadoria, quanto as mudanças no Orçamento (que incluem a flexibilização dos gastos obrigatórios, como aqueles com saúde e educação, e a desindexação desses gastos da inflação) exigem emendas à Constituição.O instrumento demanda 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em dois turnos. Por isso, é aquele que corre mais risco de se perder nos escaninhos do Congresso Nacional.Quanto à reforma tributária, Maucir Fregonesi Júnior, sócio do Siqueira Castro, e Caio Taniguchi, especialista em Previdência do Bichara, dizem que ela requer emenda porque é a Constituição que estabelece a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de pagamentos.Em outra medida prevista, a isenção de IR (Imposto de Renda) para quem ganha até cinco salários mínimos, bastaria lei ordinária.A única proposta que não precisa do Congresso diz respeito à abertura comercial. Fregonesi diz que alterações de impostos que incidem sobre comércio exterior podem ser feitas por decreto.
2018-12-04 02:00:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/12/de-10-medidas-defendidas-por-paulo-guedes-nove-dependem-do-congresso.shtml
Mortes: Comerciante e contador de piadas foi figura histórica em Monte Alto
Quando a primeira lotérica de Monte Alto abriu, nos anos 1970, a fila de apostadores dobrava o quarteirão. No fim do dia, Orville Castelleti Busnardi, o dono da loja, embarcava em um ônibus para São Paulo (a 370 km de distância), para registrar todos os jogos. A lotérica fez de Orville um personagem histórico do centro da cidade. Numa aposta ali, um funcionário da casa conseguiu um prêmio equivalente a 50 casas populares. Quando alguém ganhava, apostadores de toda a região apareciam por lá. Mas, a fama ia além das apostas. Quem entrava na loja da família, encontrava roupas, brinquedos, material de papelaria e um senhor pronto para contar piadas e causos sobre a cidade. Orville conhecia tudo de memória. Nascido em Itajobi, ele se mudou para Monte Alto por amor. Em 1962, conheceu em um baile de Carnaval, em Urupês, Sirlei. Na mesma noite em que foram apresentados, ele juntou um grupo de amigos e lhe ofereceu uma serenata. Quando casaram, decidiram viver na cidade natal dela.Lá, Seu Orville continuou organizando os bailes mais famosos da região no Monte Alto Clube, que presidiu por 14 anos. Por 53 anos, os dois conduziram juntos a casa da família e a loja. Aos 88 anos, Seu Orville não gostava de falar em aposentadoria. Num sábado, 24 de novembro, depois de trabalhar a semana toda, ele teve uma parada cardíaca e morreu. “Meu pai era alegre, era nervosinho, gostava de viver. Ele até ficou bravo com a minha mãe, quando ela decidiu começar a pagar por um plano de funerária”, conta a filha Cláudia. “Ele tinha um coração maravilhoso.” ​ Além dela, Seu Orville deixa a esposa, o filho Orville Jr., nora e quatro netos.coluna.obituario@grupofolha.com.brVeja os anúncios de mortesVeja os anúncios de missas
2018-12-04 00:00:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/12/mortes-comerciante-e-contador-de-piadas-foi-figura-historica-em-monte-alto.shtml
Ex-aliados, candidatos no RS tentam ressaltar diferenças no segundo turno
A disputa pelo governo do Rio Grande do Sul reúne duas candidaturas que apoiam Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidencial, que eram aliadas até o início do ano e que defendem propostas parecidas de privatização e renegociação de dívidas.Nos debates da segunda fase da campanha, José Ivo Sartori (MDB), que busca a reeleição, e Eduardo Leite (PSDB) tentam marcar posição com divergências em questões pontuais do estado, como a concessão de rodovias e a realização de um plebiscito para a venda de estatais.Sartori afirma que o adversário se uniu ao PT para barrar a privatização de empresas públicas, como uma companhia de mineração.Leite tem questionado a falta de iniciativa do atual governador, enquanto o emedebista argumenta que há desconhecimento do adversário sobre a real situação das finanças. O estado foi um dos mais afetados pela crise fiscal desde 2015."Não podemos recomeçar tudo do zero, pegamos um estado de joelhos”, costuma dizer o emedebista. No primeiro turno, Sartori fez 31,1% dos votos válidos, ante 35,9% do tucano.Na primeira pesquisa do Ibope, divulgada na quinta-feira (19), Leite apareceu com expressiva vantagem: 59% a 41% nos votos válidos.Até agora, porém, foi Sartori quem recebeu apoios mais expressivos: do PSL, do DEM e do quarto colocado na eleição, Jairo Jorge (PDT). O PT, que ficou em terceiro, não apoia nenhum dos dois finalistas.Sartori tenta quebrar um tabu: o Rio Grande do Sul nunca reelegeu um governador desde que a possibilidade foi instituída no país, em 1997.35,9% Eduardo Leite (PSDB)31,1% José Ivo Sartori (MDB)17,8% Miguel Rossetto (PT)*em votos válidos
2018-10-20 00:37:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/ex-aliados-candidatos-no-rs-tentam-ressaltar-diferencas-no-segundo-turno.shtml
Mortes: Membro da Opus Dei, era professor na periferia de SP
Quem visse o menino Luiz Roberto na infância de classe média em bairro nobre da capital paulista ou na juventude dando trote nos novos calouros no Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano (ABC paulista), não diria que, mais tarde, ele dedicaria a vida à religião e ao voluntariado. É que, naqueles anos 1970, o filho de professor universitário era mais um aluno decidido a ser engenheiro eletrônico —em tempos de vacas magras na família, com o pai com dificuldade de mantê-lo na faculdade, era questão de honra passar de ano e com mérito. Só que, formado, ele não fez questão de exercer a profissão.Nessa época, junto ao jurista e professor emérito da Universidade Mackenzie Ives Gandra Martins, de quem era tido como um filho, colaborou no desenvolvimento da escola de direito CEU (Centro de Extensão Universitária). Pela instituição, passaram muitos operadores do direito e conhecidos professores, juízes, desembargadores e ministros. Ives Gandra já fazia parte do Opus Dei (prelazia da Igreja Católica com viés conservador). E foi esse o caminho que Luiz Roberto seguiu. Quando Josemaria Escrivá, o espanhol fundador da ordem, veio ao Brasil, Luiz Roberto o acompanhou. Ter convivido com quem criou a Opus Dei e seria canonizado anos depois era o que considerava mais marcante na sua vida, conta o amigo de longa data Wilson Roberto Gava.Muito devoto, o paulistano virou celibatário convicto (mesmo que a prelazia não obrigue). Dedicava-se exclusivamente aos trabalhos da religião. Formou-se também em letras para dar aulas no Ceap (Centro Educacional Assistencial Profissionalizante Pedreira), num bairro periférico da zona sul da capital. TendoLuiz Roberto como um dos idealizadores, a escola oferece educação a jovens de baixo poder aquisitivo. Era essa a missão da sua vida, dizia. Morreu no dia 11 de outubro, aos 69 anos, em decorrência de um câncer na pleura. Deixou duas irmãs.coluna.obituario@grupofolha.com.brVeja os anúncios de mortesVeja os anúncios de missas
2018-10-20 00:30:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/10/mortes-membro-da-opus-dei-era-professor-na-periferia-de-sp.shtml
Mortes: Ícone da noite paulistana, pianista emocionou gerações
Quando o pianista Mário Edison Farah começava sua apresentação no Bar Baretto, do Hotel Fasano, em São Paulo, prendia a atenção de um público diversificado.O homem magro, alto, sempre muito elegante —costumava usar terno escuro e um lenço no bolso—, tinha grande sensibilidade. Ele dizia buscar na plateia o ritmo da noite, e conseguia transitar muito bem entre o erudito e o popular. Tinha como marca a inovação e era capaz de sofisticar algo trivial. "Com um bom arranjo tudo fica bom", costumava afirmar. "O Mário era um showman, um artista completo que se entregava à música", diz Rogério Fasano, proprietário do hotel e do bar que foram palcos para Farah por mais de três décadas.Para o empresário, o músico era diferenciado e tinha muito pique e bom humor para fazer o que mais gostava. "Era a vida dele, tanto que nos motivou a abrir o Baretto para tê-lo tocando num bar. Ele foi elogiado por grandes artistas e ajudou a lançar muitos outros."Filho de Nacif Farah, um renomado compositor de música sacra, o talento e as habilidades musicais surgiram cedo na vida de Mário. Nascido em São Paulo, ele cresceu em Tatuí, no interior paulista, onde acompanhava os saraus que ocorriam em sua casa.Ainda em Tatuí começou a trabalhar como professor do ensino básico, função que manteve quando migrou para a capital paulista. Por muito tempo lecionava pela manhã e tocava à noite. Passou por várias casas de show até iniciar no Fasano em 1982.Interrompeu os 56 anos de profissão no dia 18 de setembro, quando morreu por falência de múltiplos órgãos, aos 81 anos. Deixa a mulher e duas filhas.coluna.obituario@grupofolha.com.brVeja os anúncios de mortesVeja os anúncios de missas​​
2018-09-20 00:00:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/mortes-icone-da-noite-paulistana-pianista-emocionou-geracoes.shtml
EUA mudam diretrizes para detecção de câncer de colo de útero
Um grupo de cientistas e pesquisadores influentes denominado U.S. Preventive Services Task Force publicou nesta semana suas novas recomendações para a detecção do câncer de colo de útero, dando agora três opções de teste às mulheres.O painel americano, que tem grande influência sobre sociedades médicas de todo o mundo, revisa as melhores evidências científicas disponíveis para ajudar médicos e pacientes a tomarem decisões sobre como prevenir doenças, levando em conta riscos e benefícios e custo-efetividade.Em caso de resultados sem alterações no exame anterior, o grupo recomenda que mulheres de 21 a 29 anos façam o rastreamento de câncer de colo de útero a cada três anos por meio do teste citológico, conhecido como —papanicolaou batizado assim em homenagem ao médico grego George Papanicolaou (1883-1962), que inventou o exame. Para mulheres de 30 a 65 anos, as opções da força-tarefa são estas: 1) papanicolaou a cada três anos, 2) teste que pesquisa o DNA dos tipos de HPV de maior risco a cada cinco anos ou 3) a combinação de papanicoloaou e teste de DNA-HPV a cada cinco anos. Cabe à paciente e ao médico decidirem qual estratégia seria a mais apropriada.Segundo o texto da U.S. Task Force, o rastreamento feito com papanicolaou com intervalo menor do que três anos oferece pouco benefício, mas aumenta os prejuízos, incluindo procedimentos adicionais e tratamentos de lesões transitórias que se resolveriam sozinhas. Os efeitos colaterais possíveis desses tratamentos incluem a incompetência istmocervical, que é a incapacidade de o colo uterino manter uma gravidez, e partos prematuros.Mas o que a recomendação americana muda para as mulheres brasileiras? Segundo Cesar Fernandes, presidente da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), as diretrizes do Ministério da Saúde e do Inca (Instituto Nacional de Câncer) já recomendam que o papanicolaou seja feito a cada três anos, desde que os dois primeiros exames, feitos anualmente, não apontem alterações.Segundo o Inca, se houver infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau, o exame deve ser repetido em seis meses. Em caso de lesão de alto grau, o médico decidirá a melhor conduta e outros exames, como a colposcopia, podem ser necessários. Na prática, porém, muitas mulheres, principalmente as que têm plano de saúde, fazem o papanicolaou todos os anos."A minha geração de médicos aprendeu muita coisa lá atrás com mais base em opiniões de autores do que em evidências. Quando o exame de Papanicolaou surgiu, foi uma revolução na medicina, e naquele momento recomendou-se fazê-lo anualmente. O que mudou de lá pra cá? As evidências científicas mostraram que o exame anual não é necessário, que esse intervalo é seguro, mas está no recordatório de todos o contrário", diz Fernandes, 67.E há algum problema em fazer o exame anualmente?"Problema não há, mas é como medir sua temperatura todos os dias. Faz sentido? Vai aumentar sua segurança? Não vai. As mulheres têm no seu imaginário que precisam fazer todos os anos um exame que é desagradável, mas não há necessidade nem benefício extra em repeti-lo com essa frequência. Muitos médicos, por outro lado, pedem o exame anual ou porque realmente acreditam que é necessário ou porque, do contrário, seus consultórios ficaram esvaziados. Não pode haver esse conflito de interesse, e a consulta médica não pode ser apenas sobre o papanicolaou, mas sobre o cuidado de forma geral."Exames desnecessários trazem ainda o risco de falsos-positivos e outros erros, que podem ter alto custo emocional.Fernandes afirma, porém, que medicina é como a alta costura, ou seja, feita caso a caso. Esse espaçamento só deve existir se não houver queixa ou problemas que precisem ser acompanhados de perto.Há outro aspecto que deve ser levado em consideração: o valor do exame. "Embora pareça que o exame não custa nada para quem tem plano de saúde, alguém vai pagar por ele e isso vai se refletir no custo total." No Brasil, as recomendações são voltadas a uma faixa etária ligeiramente diferente: mulheres entre 25 e 64 anos de idade. O médico, no entanto, poderá requisitar o exame de Papanicolaou a mulheres com menos de 25 anos que tenham maior risco (que tenham tido muitos parceiros ou sejam profissionais do sexo, por exemplo). As diretrizes brasileiras também não incluem o teste de HPV. Para Fernandes, o custo seria um entrave. O exame é relativamente novo e custa por volta de R$ 600 e R$ 800, segundo Mônica Stiepcich, patologista sênior do Fleury Medicina e Saúde, mas é coberto pela maioria dos planos de saúde. Fernandes lembra que há uma grande desigualdade ainda na realização do exame de Papanicolaou. "Por um lado, o número de exames total é grande, mas ali tem muitas mulheres que fizeram várias vezes", diz. Já no Norte e Nordeste, o problema é que as mulheres fazem menos o exame do que deveriam. HPV é a principal causa de câncer de colo de úteroA doença O câncer de colo do útero é o quarto que mais mata mulheres no paísO que é? É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, no fundo da vaginaQuais os sintomas? Não há sintomas no início. Podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dorQual a causa? A principal causa é a infecção persistente por determinados tipos do vírus HPVComo evitar? Com o uso de preservativo e com exames preventivos para a identificação de lesões precursoras do câncerComo funciona o exame? Por meio de uma coleta semelhante à do papanicolaou, o exame identifica a presença do DNA de diferentes subtipos de HPV no colo do úteroPúblico-alvo Mulheres de 25 a 64 anos; antes, a recomendação era para quem tinha entre 25 e 59 anosPeriodicidade Os dois primeiros exames devem ser feitos anualmente Se os resultados forem normais, é indicado repetir a cada três anosO que recomenda a U.S. Task Force, dos EUAPara mulheres de 30 a 65 anos, há três opções:Como é no Brasil O Inca recomenda que toda mulher entre 25 e 64 anos de idade faça os dois primeiros exames de papanicolaou anualmente. Se os resultados estiverem normais, a repetição só é necessária após 3 anosNa prática, porém, muitas mulheres fazem o exame anualmente, independentemente do resultado
2018-08-23 02:00:00
equilibrio-e-saude
Equilibrio e Saúde
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/08/saiba-o-que-muda-nas-diretrizes-para-deteccao-de-cancer-de-colo-de-utero.shtml
Veja erros e exageros dos candidatos à Presidência em sabatina sobre educação
Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) foram sabatinados pela ONG Todos Pela Educação, em parceria com a Folha. Fernando Haddad, candidato à Vice-Presidência pelo PT, representou Lula. “[O ensino médio tem] 60% de evasão escolar em centros importantes” Ciro Gomes (PDT) FALSO De acordo com o Inep, a mais alta taxa de evasão escolar no ensino médio é a do Pará: 15,9%. Em SP, estado mais populoso do país, o índice é de 9,9%. Para o Inep, taxa de evasão é o percentual de alunos matriculados em uma série que não se matriculam na seguinte. Procurado, Ciro não respondeu.“[No Brasil] Um professor ganha em torno de 39% do que ganha em países desenvolvidos” Marina Silva (Rede) EXAGERADO A comparação se aplica só ao salário inicial da educação básica. De acordo com a OCDE, em 2014, os países da organização pagavam, em média, US$ 31.912 por ano a um professor em início de carreira. Para o Brasil, a OCDE considerou o valor anual de US$ 12.337 —que, apesar de corresponder a 38,6% do salário inicial médio da OCDE, era o piso nacional do magistério, e não a média recebida por professores em início de carreira no país. Em 2015, o piso nacional equivalia a 41% da média do salário inicial pago por ano aos professores nos países da organização. Procurada, Marina não respondeu.“São Paulo é o único ente da federação que estabelece 30% [da receita de impostos] para a educação” Geraldo Alckmin (PSDB) FALSO Outros quatro estados —PR, MS, PI e AC— estabelecem que ao menos 30% das receitas provenientes de impostos sejam investidos em educação. RS, RJ e MT determinam que esse valor mínimo seja de 35%. A assessoria de Alckmin afirmou que SP é o único que cumpre o estabelecido. Mas segundo os dados mais recentes do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), o PR também aplicou mais de 30% de suas receitas tributárias em educação.“Quando chegamos no Ministério da Educação, o orçamento era R$ 20 bilhões. Quando eu deixei, era da ordem de R$ 100 bilhões” Fernando Haddad (PT) EXAGERADO Fernando Haddad foi ministro da Educação de julho de 2005 a janeiro de 2012. Segundo o SIGA Brasil, do Senado Federal, o orçamento autorizado do ministério em 2005 foi de R$ 22,3 bilhões. Mas o de 2012 foi menor do que o citado pelo candidato: R$ 85,2 bilhões. Considerando a inflação, o orçamento de 2005 equivaleria a R$ 33,5 bilhões em 2012. Procurado, Haddad não respondeu.Exagerado A informação está no caminho, mas houve exagero. Falso A informação está incorreta.
2018-08-23 02:00:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/08/veja-erros-e-exageros-dos-candidatos-a-presidencia-em-sabatina-sobre-educacao.shtml
Promessa de Skaf de levar padrão Sesi à escola pública esbarra em orçamento
Caso seja eleito para o Palácio dos Bandeirantes, o candidato Paulo Skaf (MDB) esbarrará em dificuldades orçamentárias para cumprir sua principal promessa na área da educação: "Levar para a rede estadual o padrão de qualidade do Sesi-SP".Uma entidade do sistema S cuja principal fonte de receita é a contribuição das indústrias, o Sesi-SP está estruturado em escolas de menor porte, que facilitam o aprendizado, e faz processo seletivo para a entrada de alunos. Além disso, dispõe de um orçamento impulsionado pela cobrança de mensalidades.Em 2017, a entidade registrou despesas superiores a R$ 926 milhões, relacionadas a pouco mais de 93 mil matriculados no ensino médio e no fundamental, o que representa um custo anual de R$ 9.900 por aluno. Ou R$ 827 por mês, de acordo com prestação de contas entregue ao TCU. As cifras são altas se comparadas ao orçamento da rede estadual: R$ 30,8 bilhões em 2018. Mas dividindo esse valor pelos 3,6 milhões de matriculados, o gasto é de R$ 8.555 por estudante, R$ 712 mensais. Esse valor inclui outras despesas da Secretaria da Educação, como o pagamento de aposentadorias. Excluindo-se esse gasto e contabilizando apenas o que é gasto efetivamente na atividade-fim (ensino), o custo na rede pública cai ainda mais.Segundo boletim interno do governo do estado, ao qual a Folha teve acesso, cada aluno do ensino médio custa, por mês, R$ 288,87; os do fundamental, R$ 302,50.Skaf instituiu o pagamento de mensalidade no Sesi em 2006. Os alunos pagam contribuições que variam de R$ 134,03 a R$ 359,25, do ensino fundamental ao médio.Quem não é filho de industriário paga de R$ 187,15 a R$ 548,25. Os filhos de trabalhadores da indústria que possuem renda familiar inferior a um salário mínimo por pessoa são isentos de mensalidade. Atualmente, 30% dos alunos não pagam nada."O Sesi é um belo modelo, mas tem um orçamento bilionário para um número reduzido de alunos. Fica difícil entender de onde vai sair o dinheiro para aplicar no estado", diz Carlos Monteiro, presidente da CM Consultoria, especializada em educação. Mesmo em um cenário de orçamento mais folgado do que o da rede pública, o Sesi-SP sofreu os efeitos da crise. A partir de 2015, foi necessário adotar medidas como a suspensão da oferta de reforço escolar para alunos de comunidades carentes da rede pública, a interrupção de cursos técnicos e a redução dos atendimentos em educação continuada.Quando se candidatou em 2010 e 2014, Skaf também usou o nome do Sesi em discursos, na tentativa de convencer o eleitor de que tem competência para gerir bem a educação. Em 2014, não mencionou a instituição expressamente no programa de governo. Desta vez, o dirigente introduziu o Sesi-SP na primeira linha do capítulo de educação. Entre as metas, aponta "professores motivados" e escolas "bem equipadas". Para a consultora em educação Ilona Becskehazy, o plano para a área está "bem desenhado e aborda as principais questões que precisam ser melhoradas, com razoável nível de detalhe". Para Celso Napolitano, presidente da Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), a proposta é subjetiva e a base de comparação não está clara. "O que significa levar a excelência do Sesi para a rede estadual? O nível dos professores do Sesi é muito bom, mas o do ensino oficial também é. Precisa mostrar em termos de gestão o que isso significa", diz.Procurada, a campanha de Skaf afirma que os recursos serão geridos com mais eficiência e que o custo-benefício do Sesi em relação ao estado é maior: "Acreditamos que será possível a implantação gradual do nosso modelo sem a grande necessidade de aumento de recursos".No Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) de 2017, alunos do Sesi-SP tiveram uma pontuação maior do que os colegas das escolas públicas: 551,3 nas provas objetivas, ante a média de 510,8 dos estudantes do sistema estadual.Além dos desafios orçamentários, a consultora Becskehazy diz que Skaf enfrentaria desafios políticos para cumprir outra promessa: construir um regime de colaboração entre estado e municípios.Ela diz que haveria resistência de sindicatos , mas o resultado seria satisfatório, caso um eventual governo Skaf premiasse a municípios por desempenho, oferecendo repasses de ICMS."A rede de São Paulo é tão grande, que é impossível de gerir. Municipalizar as duas etapas do ensino fundamental e se concentrar no ensino médio é a solução", ela diz.
2018-08-23 02:00:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/08/promessa-de-skaf-de-levar-padrao-sesi-a-escola-publica-esbarra-em-orcamento.shtml
Movimento argentino prega desfiliação da Igreja Católica
Uma associação que prega a desfiliação à Igreja Católica argentina desde 2009, a Cael (Coalizão Argentina pelo Estado Laico), pegou carona nas manifestações a favor do projeto de lei para permitir o aborto, derrubada dia 8 passado pelo Senado, para promover sua própria causa.O ambiente de protesto nas principais cidades do país e os lenços coloridos adotados (verdes pela lei e azuis contra) deram impulso a um terceiro lenço: o laranja, criado pela Cael, cuja bandeira é a separação entre Igreja e Estado —garantida na Constituição mas nem sempre respeitada. A Cael também reivindica submeter religiosos que abusem de crianças à Justiça comuns, tirar sinais católicos de locais públicos, cobrar impostos às igrejas católicas e, agora, recolocar o projeto de lei para permitir o aborto até a 14ª semana aprovado na Câmara.Em seu site, orienta os fieis a preencher um formulário e entregá-lo à paróquia que os batizou. A Igreja, porém, lembra que o Vaticano só aceita a saída de suas filas pela excomunhão. Em resposta, a organização sugere aos pais adiar o batismo para que o indivíduo tenha chance de decidir.A Cael convocou para sábado passado (18) seu primeiro evento público. Nele, juntou centenas de pessoas em Buenos Aires, distribuiu formulários, orientou o preenchimento e ofereceu lenços laranjas (já à venda durante os protestos e votações no Congresso).Iniciou, também, uma pequena marcha com brados como "não em meu nome" e "não pedi para ser parte disso". Seus membros pedem "apostasia coletiva" em resposta à "intolerância da Igreja com relação ao tema do aborto e os abusos de padres pedófilos".Para Paola Rafetta, uma dirigente da Cael, "a maioria dos argentinos é católica não praticante, e não se preocupava antes com o que significava pertencer a essa Instituição"."Houve então duas viradas, uma ao se descobrir, após a ditadura (1976-1983), que a Igreja foi cúmplice", diz. "A segunda é agora, com as garotas do movimento feminista e com a divulgação constante dos casos dos padres pedófilos em vários países da região."A Cael recolheu no sábado 1.200 assinaturas, o que levou os organizadores a prepararem eventos similares em outras cidades grandes como Córdoba, Rosário e Salta a partir deste fim de semana.A entidade recebeu apoio de algumas alas das Mães e Avós da Praça de Maio, que têm enviado petições ao Vaticano pela abertura de seus arquivos à investigação do paradeiro dos desaparecidos da ditadura e seus netos entregues a outras famílias.Apesar de a Igreja dizer que não receberá os formulários, a Cael prometem apelar à ONU, que em um de seus pactos diz que o Estado não pode impor a seus cidadãos uma religião.
2018-08-23 02:00:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/08/movimento-argentino-prega-desfiliacao-da-igreja-catolica.shtml
Seria oportunismo chamar Moro se eu nunca tivesse combatido a corrupção, diz Alvaro Dias
Dez mil dias. É o intervalo de tempo que o senador Alvaro Dias (Podemos), candidato à Presidência, diz estar combatendo a corrupção. É também o tempo que, segundo ele, o absolve da pecha de oportunista por ter convidado o juiz Sergio Moro para ser ministro da Justiça.Ele afirma que seu principal adversário é o desconhecimento entre os eleitores.O senhor tem repetido que convidará o juiz Sergio Moro para ministro da Justiça, caso eleito. No dia do anúncio, o senhor afirmou que ele não estava ciente do convite. Não é oportunismo? Seria oportunismo se eu nunca tivesse combatido a corrupção. Se, enquanto o Brasil estivesse sendo assaltado, eu estivesse à sombra do poder. Sempre estive na linha de frente do combate à corrupção. No dia 1°, eleito, eu apanho o telefone, ligo para ele e digo 'Sergio Moro, você aceita o convite que eu lhe fiz?'.O senhor tem reforçado que abriu mão de seus privilégios, que não recebe aposentadoria por ser ex-governador, nem auxílio-moradia. Já o juiz Sergio Moro ganha o benefício mesmo tendo apartamento próprio. Não é uma contradição? [Ri] Olha... É, é uma coisa... Em política nós temos que afirmar as nossas posições. Abrir mão do auxílio-moradia incomoda a quem? Evidentemente, a mim não. A mim valoriza. Eu abro mão do auxílio-moradia há muito tempo. Da verba indenizatória de R$ 15 mil também. Isso significa R$ 20 mil por mês. E abro mão também da aposentadoria. Estou dizendo isso porque tenho que ter autoridade para dizer que, eleito, vou acabar com os privilégios.Mesmo do Judiciário? Dos três Poderes. Acho que um país aflito diante da crise necessita de reformas de profundidade.O senhor tem afirmado que as mulheres terão papel importante em seu governo. Ao mesmo tempo, a síntese do programa do senhor não dedica sequer uma linha ao tema. Acho que, no nosso programa, focalizamos a questão dos direitos humanos, da eliminação das desigualdades. Em relação à mulher, não há nenhuma dúvida de que a valorização é inevitável. Não basta defender os direitos das mulheres. O que é preciso é ter uma pauta de participação econômica e protagonismo político para as mulheres. Por exemplo, à produção cultural das mulheres. Essa inserção da mulher nas políticas de arte e cultura tem que ser enfatizada. Creio que nosso plano de governo está repleto de medidas que beneficiarão as mulheres. Como, por exemplo, 4 milhões de creches. Isso diz respeito à mulher mãe que precisa ver seu filho cuidado, educado, para que possa desempenhar sua profissão.A legalização do aborto, por exemplo, não será pautada no seu governo. O presidente da República, como cidadão, pode ter uma opinião. Eu tenho a minha. A legislação atual é suficiente porque estabelece as excepcionalidades, do meu ponto de vista. No entanto, se as mulheres desejassem alterar a legislação, poderíamos submeter a um plebiscito.O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) é seu principal adversário? Meu principal adversário é o desconhecimento. Ainda hoje vi uma pesquisa que 56% [dos eleitores] não me conhecem.A vice de Alckmin é a senadora Ana Amélia (PP), que tem presença forte no Sul, assim como o senhor. O eleitor tem que ser convocado por nós para fazer a análise correta das candidaturas e dos projetos. A candidatura do PSDB, com esse ajuntamento de siglas, significa a sobrevivência do sistema atual, que fracassou, o sistema do balcão de negócios. Nossa proposta é de rompimento, é o oposto.Seu programa é inspirado no governo de Juscelino Kubitschek. O senhor diz que é preciso recuperar aquele período de forte crescimento. Por outro lado, JK também é criticado por ter elevado a inflação e a dívida externa. Como financiar a industrialização sem repetir erros? Almejamos investir, até 2022, 22% do PIB nos setores essenciais, infraestrutura, educação, saúde, tecnologia. Isso será possível se promovermos as reformas necessárias. Ajuste fiscal, por exemplo, é o mais urgente.Prevê privatizações? É parte das reformas. As privatizações ocorreriam depois da valorização das empresas que foram desvalorizadas pela incompetência e corrupção.De que empresas estamos falando? Petrobras, Eletrobras? Obviamente há aquelas que são estratégicas e que não devem ser privatizadas, pelo menos em um primeiro momento. Em momento algum, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O entorno da Petrobras pode ser alvo de privatização. Eletrobras, a mesma forma. Futuramente, pode-se discutir.
2018-08-23 02:00:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/08/seria-oportunismo-chamar-moro-se-eu-nunca-tivesse-combatido-a-corrupcao-diz-alvaro-dias.shtml
Impeachment ronda Trump após condenações de ex-assessores
​​Diante das crescentes suspeitas envolvendo assessores diretos seus, o risco de o presidente Donald Trump sofrer um impeachment no Congresso é hoje maior do que o de uma condenação na Suprema Corte por obstrução da Justiça, conspiração com os russos ou crimes financeiros, afirmam advogados ouvidos pela Folha.Mas é improvável que ocorram grandes movimentações antes das eleições legislativas, em novembro próximo. Na última segunda (21), o presidente levou dois golpes na batalha para provar, ao menos para a opinião pública, que não tem nada a esconder. Primeiro, seu ex-advogado Michael Cohen admitiu ter pago pelo silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, que alega ter mantido um caso com o presidente antes de ele se eleger, e de uma ex-modelo da revista Playboy a mando de Trump. Quase ao mesmo tempo, seu ex-chefe de campanha, Paul Manafort, foi condenado por crimes financeiros. A pena prevista é dez anos de prisão.Além disso, o presidente está enrolado em acusações de obstrução de Justiça por demitir agentes do FBI que investigam a relação de sua campanha com Moscou. O pagamento feito por Cohen às mulheres durante a campanha de 2016, não declarado, fere as regras sobre financiamento eleitoral e é ilegal, explica Susan Low Bloch, professora de direito da Universidade de Georgetown.Trump tem se defendido nas redes sociais, afirmando que as violações “não são um crime” e que pagou com dinheiro do próprio bolso.Mas processar um presidente criminalmente no exercício do mandato não é praxe nos Estados Unidos. O entendimento de especialistas é que o julgamento deve ser político, feito pelos membros da Câmara dos Representantes e do Senado. A Constituição não é clara sobre a questão, mas não há precedentes na história do país.Até hoje, os Estados Unidos nunca tiveram um presidente demovido em impeachment. O processo foi instaurado, no entanto, em duas ocasiões: com Bill Clinton (1993-2001), que mentiu sobre seu caso com a ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky, e com Andrew Johnson, em 1868, sob alegação de inconstitucionalidade na troca de um membro do gabinete.Richard Nixon, o caso mais célebre de presidente que não terminou o mandato, renunciou em 1974 antes que fosse aberto processo por sua participação no escândalo Watergate, em que seus assessores instalaram escutas no escritório da campanha adversária na eleição anterior.​Keith Whittington, professor de Ciências Políticas da Universidade de Princeton, explica que o que está por trás é a ideia de que o julgamento pode prejudicar a capacidade de o presidente exercer o principal cargo da nação. “Mas há controvérsia, algumas pessoas têm questionado isso”, diz.O impeachment seria a alternativa mais provável para Trump. E não necessariamente motivado por um crime específico.“Um fato pode não ter força suficiente nem implicar diretamente Trump, mas o conjunto deles pode ser bem danoso e gerar consequências”, afirma Whittington. “Um processo de impeachment pode levar em consideração várias acusações.”O relatório que deve ser entregue pelo procurador especial Robert Mueller, que investiga a suposta interferência russa nas eleições de 2016, pode servir de base para o processo de impedimento se contiver acusações conclusivas contra Trump, mesmo que não resulte em uma condenação criminal.Allan Lichtman, historiador e autor do livro “The Case for Impeachment” (2017), diz crer que o mandatário pode até ser acusado de crimes contra a humanidade, por causa de suas políticas que minam os esforços para reduzir a emissão de gases poluentes para a atmosfera.Mas, para o professor de Princeton, os fatos recentes não seriam suficientes para abalar o apoio dos republicanos ao presidente. “Já eram esperados”, diz. “Cohen e Manafort, contudo, podem ter informações que prejudiquem diretamente o presidente.”Nesse caso, diz, o apoio dos eleitores aos republicanos pode diminuir, impactando as eleições legislativas de novembro, quando haverá renovação dos assentos da Câmara dos Representantes e de dois terços do Senado.Caso os democratas consigam maioria em ao menos uma das casas, hoje com maioria republicana, as chances de um impedimento seriam maiores, diz Matthew Dallek, professor associado de gestão política da Universidade George Washington.Caso Trump sobreviva ao impeachment, e não seja reeleito, ele ainda pode ser acusado depois de deixar o cargo. Nesse caso, seria julgado como um cidadão americano comum.
2018-08-23 02:00:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/08/impeachment-ronda-trump-apos-condenacoes-de-ex-assessores.shtml
Seminário projeta publicidade no futuro da mídia
Num evento reunindo veículos, plataformas, agências e anunciantes, sobre O Futuro da Mídia, alguns dos principais grupos no país expuseram as estratégias que vêm perseguindo para manter e ampliar receita publicitária.Na sede da KPMG Brasil, em São Paulo, o seminário foi aberto por André Coutinho, sócio da consultoria, com um chamado de aplausos para lembrar Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha por 34 anos e que morreu na terça-feira (21), vítima de câncer.Cleusa Turra, diretora responsável pelo Estúdio Folha (área de conteúdos patrocinados do jornal), relatou o nascimento do projeto há três anos, para atender aos anunciantes. "O formato que Otavio determinou é de independência completa em relação à Redação", lembrou.O Estúdio Folha busca responder à transformação por que passa o próprio mercado. "O anúncio está dando lugar às marcas se manifestarem pelo conteúdo", disse Turra.O diretor de Marketing e Mídias Digitais do Grupo Globo, Eduardo Schaeffer, se concentrou no acesso a dados dos consumidores como passo central na transformação. "Muita coisa terá de mudar, e uma delas é ter competência para gerir dados", disse.O objetivo é atender à demanda dos anunciantes por campanha multiplataforma, do rádio à TV, com o digital servindo de "catalisador dessa união". Para tanto, "medir é o grande desafio", acrescenta, prometendo para o fim dos anos os primeiros resultados de estudo nessa direção.De sua parte, o diretor de Agências do Google Brasil, Marco Bebiano, afirmou que hoje já se vive "o melhor momento do marketing", no qual a tecnologia digital "traz a eficiência de alcançar o consumidor na hora certa, com a mensagem certa". Ressaltou em seguida que "o uso da internet só vai aumentar".Para David Laloum, presidente da agência Y&R, hoje "você não separa mais a essência da empresa e a sua comunicação". E o papel das agências mudou, com maior integração a anunciantes e veículos: "A gente cocria. A gente colabora muito mais".
2018-08-23 02:00:00
mercado
Mercado
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Mortes: Medalhista, atleta aprendeu a nadar na terceira idade
Quando os filhos ainda eram pequenos, Lahiry Romero matriculou os quatro em um curso de natação. Apesar de dizer que aprender a atividade era questão de sobrevivência para as crianças, ela própria não sabia nadar.Nascida em Soledade, no interior do RS, cresceu no campo, não estudou muito, mas sempre demonstrou muita determinação. Aos 18, foi morar em Porto Alegre para fazer um curso de corte e costura, e em pouco tempo se tornou professora do ofício.Na capital gaúcha conheceu Velocino Romero, com quem se casou e conviveu por 55 anos. A família se mudou para o Rio de Janeiro há 45 anos, e em 2012 ela ficou viúva. Por incentivo da filha Elaine, professora de educação física, aceitou o desafio de aprender a nadar aos 72 anos. Foi um momento libertador. Gostou tanto da prática que começou a competir na categoria master, para atletas mais velhos.Com a perda do marido, encontrou na natação forças para seguir em frente. Viajou a vários estados do Brasil e países da América Latina representando sua equipe. Durante a trajetória, conquistou mais de 20 troféus e 220 medalhas.Bateu um recorde com a terceira melhor marca no ranking de sua categoria, resultado ainda não superado. Chegou a nadar em revezamento com a campeã mundial Maria Lenk.Competiu até os 89 anos, mas não parou de treinar até os 90. Dizia que a idade era apenas um número e se sentia bem mais jovem. Morreu no dia 15 de agosto, aos 91 anos, por complicações de uma pneumonia. Deixa quatro filhos, seis netos e um bisneto. Sua missa de sétimo dia será nesta quinta (23) às 17h, na igreja que ela frequentava, a Igreja Bom Pastor, na Barra da Tijuca (RJ).coluna.obituario@grupofolha.com.brVeja os anúncios de mortesVeja os anúncios de missas​​​​​​
2018-08-23 00:00:00
cotidiano
Cotidiano
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'Te Peguei!', 'Slender Man' e 'Benzinho' estão entre as estreias da semana
Benzinho Brasil, 2018. Direção: Gustavo Pizzi. Com: Karine Teles, Otávio Müller e Adriana Esteves. 97 min. 12 anos. No drama, uma mãe que concilia os estudos com a criação dos quatro filhos tem de lidar com a partida do mais velho, convidado a jogar handebol na Alemanha. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição. Café com Canela Brasil, 2017. Direção: Ary Rosa e Glenda Nicácio. Com: Valdinéia Soriano, Aline Brune e Babu Santana. 103 min. 14 anos. O longa se passa no Recôncavo Baiano e narra a história de luto de uma professora após a morte do filho. Uma ex-aluna encara a missão de ajudá-la a se reerguer. Exibido na 41ª Mostra de Cinema de São Paulo. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição. O Corpo em Terapia Brasil, 2016. Direção: Márcia Paveck. 63 min. Classificação indicativa não encontrada. O documentário nacional acompanha três pessoas que estão em processo de autoconhecimento e cura através de terapia corporal. Veja as salas e horários de exibição. Escobar - A Traição Loving Pablo. Espanha, 2017. Direção: Fernando León de Aranoa. Com: Javier Bardem, Penélope Cruz e Peter Sarsgaard. 124 min. 16 anos. Baseado no best-seller “Amando Pablo, Odiando Escobar”, de Virginia Vallejo, jornalista e ex-amante do traficante colombiano, o longa narra o relacionamento amoroso entre os dois. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição. Gauguin - Viagem ao Taiti Gauguin - Voyage de Tahiti. França, 2017. Direção: Edouard Deluc. Com: Vincent Cassel, Tuheï Adams e Malik Zidi. 102 min. 14 anos. O drama biográfico francês narra a vida do pintor Paul Gauguin (1848-1903), um dos mais importantes artistas do século 19, no Taiti, para onde se mudou em 1891. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição. Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava Brasil, 2018. Direção: Fernanda Pessoa. 79 min. 16 anos. O documentário faz uma releitura do período da ditadura militar no Brasil a partir de pornochanchadas produzidas nos anos 1970. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição. Meu Ex É um Espião The Spy Who Dumped Me. EUA, 2018. Direção: Susanna Fogel. Com: Mila Kunis, Kate McKinnon e Justin Theroux. 118 min. 12 anos. Duas amigas embarcam em uma aventura pela Europa depois que uma delas descobre que o ex-namorado é um espião. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição. Missão 115 Brasil, 2018. Direção: Silvio Da-Rin. 87 min. 12 anos. O documentário nacional retrata uma operação de vigilância do regime militar no Rio de Janeiro, durante um show no Riocentro no Dia do Trabalho de 1981. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição. Onde Está Você, João Gilberto? Idem. Alemanha/Suiça/França, 2018. Direção: Georges Gachot. 107 min. 12 anos. Baseado no livro “Ho-ba-la-lá - À Procura de João Gilberto”, de Marc Fischer, o documentário vai em busca do músico de bossa nova no Rio de Janeiro e traz depoimentos de amigos do cantor. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição. Slender Man - Pesadelo Sem Rosto Slender Man. EUA, 2018. Direção: Sylvain White. Com: Joey King, Julia Goldani Telles e Jaz Sinclair. 93 min. 12 anos. Inspirado em lenda urbana da internet, o longa de terror narra a história de grupo de crianças que começam as ser aterrorizadas por homem magro, alto e sem rosto, conhecido como Slender Man, depois invocá-lo. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição. Te Peguei! Tag. EUA, 2018. Direção: Jeff Tomsic. Com: Ed Helms, Lil Rel Howery, Jon Hamm, Jake Johnson e Jeremy Renner. 100 min. 16 anos. Baseada em fatos reais, a comédia conta a história de cinco amigos que há 30 anos brincam de pega-pega. Quando um deles, invicto na brincadeira, decide parar de jogar, os outros quatro se unem para pegá-lo pela primeira vez. Leia a crítica do filme. Veja as salas e horários de exibição.
2018-08-23 01:00:00
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Cinema e Séries
https://guia.folha.uol.com.br/cinema/2018/08/te-peguei-slender-man-e-benzinho-estao-entre-as-estreias-da-semana.shtml
Remake de 'As Panteras' terá Kristen Stewart no elenco
Kristen Stewart, 28, Naomi Scott, 25, e Ella Balinska, 21, serão as três protagonistas do remake de "As Panteras", anunciado pela Sony Pictures nesta quinta (26). O longa será dirigido por Elizabeth Banks, que atuou em "Jogos Vorazes" e "A Escolha Perfeita" (2012).Além da direção, Banks está escalada para viver a versão feminina de Charlie, um agente que dá instrução das missões para as espiãs. A sinopse do filme, no entanto, deve contar a história de uma "missão mundial", que inclui grupos de espiãs em diversas partes do mundo.A primeira aparição das "As Panteras" na TV foi na série de 1976, protagonizada por Jaclyn Smith, Farrah Fawcett, Cheryl Ladd e Kate Jackson. Em 2003, a história deu origem ao filme, protagonizado por Drew Barrymore, Lucy Liu e Cameron Diaz.
2018-07-27 12:20:00
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Cinema e Séries
https://f5.folha.uol.com.br/cinema/2018/07/remake-de-as-panteras-tera-kristen-stewart-no-elenco.shtml
Prefeito é preso por suspeita de elo com facção criminosa no Rio
O prefeito de Japeri, Carlos Moraes Costa, foi preso na manhã desta sexta-feira (27) por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas, em operação do Ministério Público e da Polícia Civil. O município fica na região metropolitana do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense.Também foram alvos da ação o presidente da Câmara Municipal da cidade, Wesley George de Oliveira, que está foragido, e o vereador Claudio José da Silva, também preso. Os três políticos, todos do Partido Progressista (PP), tiveram o exercício de suas funções públicas suspensas pelo Tribunal de Justiça do estado.Além deles, foi presa Jenifer Aparecida Kaizer de Matos —apontada como elo entre os políticos e os traficantes— e foram expedidos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra outros 37 denunciados por integrarem a facção criminosa que controla a venda de drogas em diversas favelas de Japeri, a Amigos dos Amigos (ADA).A Folha não conseguiu encontrar a defesa do prefeito Carlos Moraes Costa e não obteve resposta do Partido Progressista (PP). No total, sete pessoas foram presas nesta sexta até o meio-dia. A Polícia Civil não divulgou novos balanços.Segundo a denúncia do Ministério Público, o prefeito e os vereadores faziam parte do núcleo político da organização, que domina o complexo de favelas do Guandu. O órgão diz que eles se aproveitavam do peso e prestígio de seus cargos para atuar em favor dos interesses criminosos, em especial do líder Breno de Souza, o BR, preso no último dia 20 depois de ter forjado a própria morte.Além de repassar informações privilegiadas e articular ações integradas que permitissem ao bando praticar atividades ilícitas, os três políticos também são suspeitos de fraudes em licitações e desvios de dinheiro público para ajudar a facção. A denúncia diz que, em troca, eles se beneficiavam politicamente ao construírem um “curral eleitoral”.O esquema foi descoberto, ainda segundo o Ministério Público, a partir de telefonemas gravados com autorização da Justiça. Em uma das escutas, Breno de Souza liga para o prefeito e para outras pessoas influentes na cidade para interromper uma operação policial que impediria um baile funk organizado pelos traficantes.O vereador Claudio José, o Cacau, se prontifica a ajudar a encontrar uma solução, e o prefeito diz que está empenhado em atender a demanda e em passar informações privilegiadas sobre outra operação policial na comunidade. Ele fala ainda que, junto ao presidente da Câmara Wesley George, o Miga, iria “alinhar” com o comando do 24º batalhão da PM.As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e por dois grupos do Ministério Público do Rio (Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A ação contou com apoio da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar.A polícia encontrou na casa do prefeito uma arma, munição, R$ 34 mil em espécie e US$ 850 (R$ 3.100). Parte do dinheiro estava em duas bolsas azuis com logotipo da Prefeitura de Japeri.Ao chegar à Cidade da Polícia, na zona norte da capital, e ser questionado pela prisão, o Moraes xingou e ameaçou jornalistas que faziam a cobertura do caso: "Vai pra puta que pariu. Vai pra puta que pariu. Depois a gente acerta na Baixada", gritou.Por meio de nota, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) repudiou as ameaças e intimidações. "Além de infringir o direito constitucional de acesso à informação, qualquer ato de intimidação ao trabalho jornalístico é uma ameaça à liberdade de imprensa", diz trecho do comunicado.Carlos Moraes Costa tem 73 anos e é advogado. Foi eleito no primeiro turno das eleições de 2016 com apenas 611 votos de diferença para o segundo colocado (1,13 ponto percentual). Ele já havia sido prefeito da cidade duas vezes, de 1993 a 1996 e de 2001 a 2004.
2018-07-27 12:21:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/07/prefeito-e-preso-por-suspeita-de-elo-com-faccao-criminosa-no-rio.shtml
Acionistas aprovam compra da Fox pela Disney por US$ 71 bilhões
A Twenty-First Century Fox informou nesta sexta-feira (27) que seus acionistas votaram pela aprovação da compra de seus ativos de cinema e televisão pelos US$ 71 bilhões (R$ 263 bilhões) ofertados pela Walt Disney.Antes da aquisição se efetivar, a Fox vai separar sua rede de canais televisivos e estações da Fox Broadcasting, Fox News Channel, Fox Business Network, FS1, FS2 e Big Ten Network em uma nova empresa de capital aberto.A Disney foi forçada a melhorar sua oferta no mês passado depois que a Comcast, a maior empresa de TV a cabo dos Estados Unidos, fez uma oferta de US $ 66 bilhões pelos conhecidos programas de TV e franquias da Fox, incluindo "X-Men" e "Os Simpsons".A disputa entre a Comcast e a Disney foi parte de uma batalha maior no setor de entretenimento, já que as empresas de mídia gastam dezenas de bilhões de dólares em acordos para competir com a Netflix e a Amazon.com. O negócio deve mudar a cara de Hollywood e do setor mundial de mídia, que está passando por uma rápida digitalização.Dominante nos últimos anos com seus megablockbusters, como as ficções da franquia "Star Wars", as animações da Pixar ou, agora, as adaptações "live action" das animações, a Disney aumenta ainda mais seus tentáculos na indústria de cinema.Ao adquirir a Fox, a Disney abocanha marcas como "Planeta dos Macacos", sucesso na virada dos anos 1960/1970, ressuscitado pelo estúdio, primeiro com um longa de Tim Burton, em 2001, depois, com três títulos nos últimos seis anos —o mais recente estreou neste ano e teve arrecadação modesta nos Estados Unidos, mas se saiu melhor no mercado internacional.Se a fusão já valesse, os dois estúdios combinados teriam 39,2% das bilheterias. Ou seja, a cada dez bilhetes comprados nos cinemas, quatro seriam de um filme da dupla.A Disney agora tem poderio suficiente para se tornar competidora real da Netflix, da Apple, da Amazon, do Google e do Facebook no reino do vídeo online, que vem crescendo aceleradamente.Ao mesmo tempo, o acordo significa que um dos estúdios mais célebres, o 20th Century Fox, passará por um "downsizing", com algumas operações combinadas às dos estúdios Disney e outras redirecionadas à produção de filmes para distribuição online.Fundado em 1935, o estúdio Fox transformou Marilyn Monroe em estrela, produziu clássicos como "A Noviça Rebelde", lançou o primeiro dos filmes da saga Star Wars e transformou "Avatar" no filme de maior sucesso de bilheteria de todos os tempos.Mas recentemente, como a maior parte de de Hollywood, ele vinha encontrando dificuldades para acompanhar as mudanças na forma pela qual as audiências mais jovens consomem conteúdo – ou seja, por meio de dispositivos conectados à internet.A Disney, que controla a rede de TV aberta norte-americana ABC e a rede de esportes ESPN, espera que a aquisição da 21st Century Fox acelere seus planos de introduzir dois serviços de streaming semelhantes à Netflix. O primeiro dos grandes projetos de streaming da companhia, o ESPN Plus, entrará em operação no segundo trimestre de 2018.Um segundo projeto, cujo nome ainda não foi decidido, chegará ao mercado no final do ano que vem.O terceiro componente da carteira de streaming da empresa será o Hulu, um serviço já estabelecido que tem por foco telespectadores mais velhos, com uma programação que inclui séries da ABC.A empresa está adquirindo a participação minoritária da 21st Century Fox no Hulu, o que dará controle majoritário do serviço de streaming à Disney, que antes detinha 30% de participação. Comcast e Time Warner também têm participações no Hulu.A Disney está adquirindo o estúdio de televisão da Fox, que tem 36 séries em produção, entre elas "Os Simpson", "Homeland", "This is Us" e "Modern Family".O ABC Studios, da Disney, é um produtor de TV muito menor e vem produzindo séries de qualidade irregular. Em agosto, a companhia perdeu a criadora de seus maiores sucessos, quando Shonda Rhimes, produtora da série "Grey's Anatomy", se transferiu para a Netflix.Para reforçar a ESPN Plus, a Disney vai adicionar 22 redes regionais de TV a cabo dedicadas a esportes controladas pela 21st Century Fox, entre as quais a YES Network, que transmite os jogos do New York Yankees, popular time de beisebol dos EUA.A maior parte do lucro da Disney ainda vem dos EUA, onde os canais de esporte ESPN dominam e os parques de diversões receberam 162 milhões de pessoas ao ano.O canal de notícias Fox News, a rede Fox de TV aberta e o canal de esportes FS1 não foram incluídos na transação.
2018-07-27 11:47:00
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Mercado
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PCC abre mão de 'taxa de matrícula' para recrutar 1 novo bandido por hora
Em meio à guerra contra facções rivais, o PCC realiza ação para fortalecer o seu exército criminoso pelo país. A campanha ganhou o nome de “adote um irmão”, na qual cada membro do grupo precisa convidar um novo bandido para a facção criminosa.Com tal campanha, detectada pela Polícia Civil de São Paulo, os criminosos pretendem recrutar uma média mensal de 1.000 novos integrantes (ou mais de 30 novos bandidos a cada dia), tal como teriam conseguido em 2016. Para impulsionar a ação, os chefões do bando suspenderam há cerca de 40 dias a cobrança em todo o país (a única exceção é São Paulo) da chamada “cebola”, mensalidade que os integrantes do grupo são obrigados a contribuir. Segundo apuração da polícia, essa matrícula e as seguidas mensalidades podem custar até R$ 900 cada, a depender do estado, e a inadimplência pode gerar cobranças e punições. Os bandidos mais graduados na facção, aqueles “que exercem atividades de elevada hierarquia”, não precisam pagar a “taxa”. Segundo documentos obtidos pela Folha e relatos de pessoas ligadas aos criminosos, a guerra iniciada pelo PCC em outubro de 2016 ocorreu justamente porque facções rivais, principalmente o braço do CV (Comando Vermelho) de Mato Grosso, passou a proibir novos batismos pelo PCC nos estados.Os bandidos rivais perceberam que a facção nascida nas prisões de São Paulo crescia Brasil afora e, assim, não demoraria para ser maioria nas prisões do país e, com isso, dono de todas as rotas de tráfico de drogas. Pela lógica do crime, quem domina a prisão, domina o crime fora dela.Atualmente, o PCC tem cerca de 22 mil filiados fora de São Paulo, nas outras 26 unidades da federação, segundo dados obtidos pela Polícia Civil. O plano de expansão foi detectado pela polícia durante a operação Echelon.Nas conversas monitoradas, os criminosos revelam outras ações de recrutamento e também preocupação com outras facções em outros estados, como em Minas Gerais e no Ceará. Neste último, membros do PCC foram flagrados reavaliando uma ordem recebida de um chefão do PCC de declaração de guerra com a quadrilha local, o GDE (guardiões do estado), em razão de tamanha a diferença entre os grupos. Os criminosos são identificados nos diálogos como Gilmar e Souza.Gilmar: Eles [GDE] tem 15 mil integrantes dentro do estado [do Ceará] e nós [PCC] tem sabe quantos? Mil e pouco, mil e pouco. Souza: E eles tem quantos, irmão? Gilmar: 15 mil, e nós mil. Souza: E nóis tem mil, mil e pouco? Gilmar: Mil e pouco. Como é que nóis vai declarar uma guerra com eles? Nóis não pode, não é o momento ainda. Souza: É, tô ligado, é a mesma coisa de se suicidar, né?Outros documentos obtidos pela Folha revelam que o PCC pratica um "verdadeiro genocídio" no país, em sua guerra contra grupos rivais para o domínio do tráfico nacional de drogas.Segundo o documento, há milhares de imagens de pessoas assassinadas em todo o país a mando da facção —de inimigos ou de membros do próprio grupo acusado de faltas graves. "[São] milhares de registros, fotos e vídeos que demonstram, ainda que de forma fragmentária, o funcionamento desta célula criminosa para a prática de um verdadeiro genocídio no Brasil", diz trecho do documento da polícia.A facção também tem buscado abastecer seus integrantes com armamento pesado. Em conversas monitoradas pela polícia, os criminosos falam de ordem dada por chefões do crime para a realização de levantamento de fóruns em todo o território nacional que possam ter estoques de “ferramentas”, maneira como os criminosos chamam as armas.Tal orientação, segundo o relatório da polícia, teria partido de Presidente Venceslau (interior de São Paulo) onde está presa a cúpula da facção, incluindo Marco Camacho, o Marcola, apontado pela polícia e pela Promotoria como o principal chefe do grupo.Quando aceitam participar do PCC, os bandidos são submetidos a um “batismo”. É uma cerimônia simples, feita muitas vezes numa conferência telefônica, na qual o bandido diz aceitar as regras da facção (e as consequências).Também responde a um curto questionário que, entre as seis perguntas, precisa responder se leu o estatuto do PCC (e conhece a “ideologia”), se faz parte de outra quadrilha, se já faz uso de drogas pesadas (pasta base, crack ou ópio), se já “segurou” flagrante para outro bandido por dinheiro e, por fim, se já teve “atos de homossexualismo”. Ao ser aprovado, entra para o chamado Livro Branco.
2018-07-27 11:56:00
cotidiano
Cotidiano
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Em reação, Nicarágua convoca embaixadora no Brasil
Em resposta à decisão do governo brasileiro de chamar seu embaixador na Nicarágua para prestar esclarecimentos, o governo de presidente nicaraguense, Daniel Ortega, pediu que sua representante em Brasília, Lorena Martinez, também retornasse ao país de origem.A relação diplomática dos dois países está estremecida devido à ausência de informações sobre a morte da brasileira Raynéia Gabrielle Lima, 31. Estudante de medicina, ela foi atingida por disparos na noite de segunda-feira (23) na Nicarágua, onde vivia.De acordo com a embaixada nicaraguense, Martinez viajou na quinta-feira (26) de Brasília a Manágua.O retorno dela à Nicarágua ocorre depois de ela ter sido convocada nesta semana pelo Itamaraty para prestar esclarecimentos. Mesmo com o comparecimento de Martinez ao Ministério de Relações Exteriores, o governo ainda espera informações sobre o caso.Por isso, na terça-feira (24), o ministro Aloysio Nunes pediu que o embaixador brasileiro na Nicarágua, Luís Cláudio Villafañe, venha ao Brasil para reportar a situação vivida no local. A Nicarágua vive uma onda de protestos desde abril, em que manifestantes pedem a renúncia de Ortega. O presidente tem respondido com violência aos atos, e mais de 360 pessoas já foram mortas.A atitude de Ortega gerou advertências de órgãos internacionais como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
2018-07-27 12:24:00
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Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/07/em-reacao-nicaragua-convoca-embaixadora-no-brasil.shtml
Grupo dono da Nutella e da Ferrero Rocher procura provadores de chocolates
O grupo italiano Ferrero está buscando 60 provadores para degustar as matérias-primas utilizadas na produção de seus chocolates, entre eles a Nutella.É a primeira vez que a empresa especializada em chocolates e doces lança uma oferta deste tipo, que rapidamente viralizou na internet.Esse tipo de trabalho em geral é realizado por pessoal interno, mas a Ferrero decidiu envolver pessoas normais, ou seja, que não trabalham no setor, explicou o grupo italiano nesta quinta-feira (26)."Necessitamos 60 provadores para a degustação de produtos de confeitaria", aponta o anúncio publicado no site Openjobmetis.A ideia foi lançada pelo setor de pesquisa e desenvolvimento da Ferrero, que deseja "educar o olfato, o gosto e a capacidade de se expressar" de pessoas que provem produtos como o cacau e a avelã em pó, entre outros.O grupo fundado por Michele Ferrero, um dos homens mais ricos da Itália, produz a Nutella, o Kinder Ovo e a linha Ferrero Rocher, e remunerará os cursos de capacitação.Os selecionados estudarão durante três meses, e 40 deles serão contratados para provar os produtos utilizados pela empresa durante quatro horas por semana na sede da Ferrero, em Alba, norte da Itália.
2018-07-27 10:57:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/07/grupo-dono-da-nutella-e-da-ferrrero-rocher-procura-provadores-de-chocolates.shtml
Ivete Sangalo mostra rosto de gêmeas pela primeira vez em vídeo fofo
Ivete Sangalo, 46, já deixou claro que é uma mãezona. Depois do nascimento de Helena e Marina, no carnaval deste ano, a cantora têm compartilhado sua rotina como mãe. Nesta sexta (27), ela publicou um vídeo em que aparece brincando com as gêmeas. "Minha mãe não aguentou e fez esse filminho para se amostrar com a gente", escreveu Ivete. "E falar de gratidão por tantas coisas lindas na vida dela! Muito amor, meu Deus!". Nas imagens, ela aparece sentada em um colchonete, conversando e se divertindo com as gêmeas. Nos comentários, muitos fãs elogiaram a dedicação de Ivete. "Que coisa linda! O amor de mãe é a verdadeira riqueza da humanidade!", escreveu uma seguidora. Esta é a primeira vez que a cantora mostra o rosto das bebês, e algumas pessoas notaram diferenças entre Helena e Marina. "A mais cabeludinha é a cara do Marcelo", afirmou uma fã, mencionando o primeiro filho da cantora, Marcelo, 7. Os três são fruto da relação de Ivete com o nutricionista Daniel Cady, com quem está há dez anos. Segundo a cantora, as diferenças estão também na personalidade das irmãs. "São completamente diferentes. Elas jamais vão ser chamadas de gêmeas, pronto. Elas pegaram tickets na mesma fila, mas em cadeiras diferentes", disse Ivete Sangalo em maio, em entrevista a Leo Dias, apresentador do programa Fofocalizando, do SBT.
2018-07-27 10:50:00
celebridades
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https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2018/07/ivete-sangalo-mostra-rosto-de-gemeas-pela-primeira-vez-em-video-fofo.shtml
Nick Jonas está noivo da atriz indiana Pryanka Chopra
Nick Jonas,25, e Priyanka Chopra, 36, ficaram noivos na última semana, durante uma viagem à Londres, na Inglaterra, para celebrar o aniversário da atriz indiana. Segundo a revista americana People, semanas antes o cantor teria fechado uma loja da Tiffany, em Nova York, para escolher o melhor anel. "Os amigos dele e a família nunca o viram assim, eles estão realmente animados. Ele está definitivamente muito sério com ela", disse uma fonte próxima a família à revista. Jonas e Pryanka foram vistos juntos no final de 2017 mas só assumiram o romance em maio deste ano. Desde então, o casal entrou em uma relação séria: o cantor a levou para conhecer sua família no casamento de sua prima no começo de junho, o que nunca havia acontecido com suas ex-namoradas. No dia 22 do mesmo mês, Priyanka o levou para conhecer sua família na Índia e receber a benção de sua mãe. Uma semana depois, Jonas veio ao Brasil acompanhado da namorada, para um show em Goiânia. Nesta quinta (26) o diretor Ali Abbas Zafar, do filme indiano "Baharat", anunciou em um tuíte com trocadilhos que a atriz deixaria de integrar o elenco, dizendo que ela teria informado a equipe "de última hora", o que em inglês pode ser escrito como "in the nick of time" —em sua declaração, Ali usou Nick com "N" maiúsculo. A afirmação levantou ainda mais rumores sobre o noivado.Priyanka é uma modelo, atriz e cantora indiana, conhecida por atuar na série "Quântico", da emissora ABC. Ela também participou de diversos filmes de Bollywood e foi eleita Miss Mundo em 2000.
2018-07-27 09:40:00
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Observadores da UE dizem que candidatos não competiram igualmente no Paquistão
Uma equipe de monitoramento eleitoral da União Europeia afirmou nesta sexta-feira (27) que a campanha pelas eleições gerais no Paquistão, realizas nesta quarta, apresentaram "falta de igualdade" entre os candidatos e partidos."Apesar de haver diversas leis garantindo condições equitativas, chegamos à conclusão de que houve falta de igualdade e de oportunidade", afirmou Michael Gahler, observador-chefe da Missão de Observação Eleitoral da UE. O ex-jogador de críquete Imran Khan declarou vitória no pleito nesta quinta. Na sexta, seu principal opositor, Shehbaz Sharif, reconheceu sua derrota e disse que vai passar à oposição.Os resultados oficiais não foram divulgados, e houve inúmeras denúncias de irregularidades na contagem dos votos. "Muitos dos nossos interlocutores reconheceram um esforço sistemático para deslegitimizar o partido governista por meio de casos de corrupção, de desrespeito a tribunais e de acusações de terrorismo contra seus líderes e candidatos", afirmou Gaher. A missão teve 120 observadores que visitaram 582 centros de votação em todas as províncias, exceto o Baluquistão.Gahler afirmou que os observadores não constataram uma interferência militar direta nas seções que avaliaram."No dia da eleição, a votação foi avaliada como bem conduzida e transparente. No entanto, a contagem foi um tanto problemática com pessoas não podendo acompanhar os procedimentos." Na quinta-feira, uma fonte do Departamento de Estado americano afirmou ao Financial Times que os EUA "estão preocupados com relatos de restrições à liderdade de expressão, de associação e de imprensa nos dias antes das eleições".
2018-07-27 10:42:00
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Para crescer em pós-graduação, Kroton lança curso com startup do Vale do Silício
A Kroton, maior grupo educacional brasileiro, quer aumentar sua participação no mercado de pós-graduação a partir de parceria com a startup do Vale do Silício Udacity. As companhias lançaram juntas nesta sexta-feira (28) um curso de MBA em marketing digital, o primeiro desenvolvido pela startup no modelo com instituição brasileira.Com 1 milhão de alunos no ensino superior, área responsável por 97% do faturamento da companhia, a Kroton tem 40 mil alunos na educação continuada.Rodrigo Galindo, presidente da Kroton, diz que ela tem potencial de crescer de 4 a 5 vezes nesse mercado. Ele afirma que, devido às mudanças trazidas pelo avanço tecnológico, boa parte dos estudantes das escolas ligadas à Kroton trabalharão em áreas que ainda não existem, o que aumentará a necessidade do desenvolvimento de cursos que os manterão atualizados.Para conseguir dar mais atenção a essa área, a Kroton criou divisão separada para cuidar de cursos de pós-graduação, com equipe de marketing e de tecnologia própria, conta Paulo de Tarso, vice-presidente de pós-graduação na empresa. A maior autonomia, segundo ele, permite que a área cresça, sem ter de disputar o tempo dos profissionais com os projetos da graduação que, por ser uma área maior, tende a tomar mais tempo deles. Segundo Tarso, o mercado de pós-graduação no Brasil é maior do que o de graduação à distância. Enquanto o de educação continuada movimenta R$ 4 bilhões, o segundo é de R$ 3,5 bilhões, diz.A Udacity, criada em 2011, tem cerca de 40 mil alunos em cursos online na área de tecnologia, 7 mil deles no Brasil, onde a startup tem sua segunda maior operação. A empresa tem alunos em 160 países.Com faturamento de US$ 70 milhões em 2017, a startup tem entre seus investidores o braço de investimentos do Google.O curso criado pelas duas empresas terá duração de dez meses e será baseado em vídeos, atividades online e realização de projetos. Ele terá custo de de cerca de R$ 6.000.Kroton Faturamento em 2017 R$ 7,2 bilhões Funcionários 26 milAlunos 997 mil (ensino superior) Marcas Anhanguera, Unopar, Pitágoras, Leonardo da Vinci Concorrentes Estácio e Anima Udacity Faturamento em 2017 US$ 70 milhões (cerca de R$ 270 milhões) Funcionários 400Alunos 40 mil ativos, 7.000 deles no Brasil Principais investidores Google Ventures, Drive Capital e Andreessen Horowitz Concorrentes Alura, Coursera e edx
2018-07-27 10:48:00
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Trump aprovou encontro com russos, diz ex-advogado
Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, afirmou que o agora presidente dos EUA aprovou uma reunião durante a campanha de 2016 entre seu filho e uma advogada russa que oferecia informações comprometedoras sobre sua adversária democrata, Hillary Clinton, revelou a imprensa americana nesta quinta-feira (26).Nesta sexta, o presidente Trump voltou a declarar não ter tido conhecimento da reunião, cuja existência já foi confirmada e sobre a qual Donald Trump Jr. depôs em uma comissão parlamentar."Eu NÃO sabia da reunião com meu filho, Don Jr", disse Trump nas redes sociais, questionando os motivos de Cohen. No dia 9 de junho de 2016, Donald Trump Jr e Jared Kushner, genro de Trump, se reuniram na Trump Tower de Nova York com a advogada Natalia Veselnitskaya, que eles pensavam ser uma emissária do governo russo capaz de repassar informações sobre Hillary Clinton, a adversária democrata do então candidato republicado.Segundo o clã Trump, o encontro foi inútil. Cohen, homem de confiança que posteriormente rompeu com Trump, declarou que o republicano sabia da reunião mesmo antes de ela acontecer, segundo as redes de televisão CNN e NBC.De acordo com as mesmas fontes, Cohen estava presente quando Trump foi informado da oferta para o encontro com a advogada russa e deu seu aval à reunião.Mas as fontes destacaram à CNN que Cohen não tem provas para apoiar suas declarações, como algum registro de áudio.Donald Trump Jr. foi ouvido por uma comissão parlamentar em 2017, após a imprensa americana revelar o encontro."A mulher, como ela disse publicamente, não era uma representante do governo" russo, assinalou o filho de Trump em um comunicado, precisando que a advogada finalmente "não tinha qualquer informação a dar".O procurador especial Robert Mueller investiga se houve conluio entre Moscou e a equipe de Trump durante a campanha presidencial de 2016.Segundo CNN e NBC, que citam fontes anônimas, Cohen estaria disposto a repetir suas declarações diante de Mueller.O presidente americano nega a existência de qualquer conluio entre sua equipe de campanha e os russos, e qualifica regularmente a investigação de Mueller como "uma caça às bruxas".Mueller já denunciou 31 pessoas, entre elas 12 agentes de inteligência russos, por hackear computadores do Partido Democrata.
2018-07-27 08:37:00
internacional
Internacional
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Temer sai mais cedo de cúpula do Brics para Eunício ir a convenção no Ceará
O presidente Michel Temer antecipou sua volta de Joanesburgo, na África do Sul, para que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), possa retornar ao Brasil sem correr o risco de se tornar inelegível. Na manhã desta sexta (27), ele abandonou uma sessão em que dividia a mesa com os presidentes da Rússia, China, Índia e África do Sul, os países que compõe o bloco Brics e embarcou para o país.Temer deixou em seu lugar o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que explicou depois que a saída do presidente teve como objetivo permitir que Eunício participe da convenção cearense. O senador está em viagem internacional para não ter que assumir a presidência na ausência de Temer e, assim, ser impedido de concorrer à reeleição no Senado."O presidente tem que estar no Brasil a tempo de o presidente do Senado poder entrar no território nacional, sem correr o risco de ficar inelegível", explicou Nunes. Ele defendeu que a saída prematura do presidente da décima cúpula do Brics não trouxe prejuízos ao país. "O que o presidente tinha que fazer, ele fez", afirmou. Em uma semana de viagens internacionais —Temer também foi ao México— a Presidência da república foi ocupada pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, terceira na linha sucessória. O primeiro substituto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), também teve que deixar o país para não ser impedido de concorrer novamente ao cargo de deputado federal.Na agenda apresentada originalmente, o retorno de Temer estava previsto para a manhã deste sábado (28). Nesta sexta, após a cúpula, ele visitaria ainda um centro de treinamento da Embraer em Joanesburgo, mas o governo diz que a visita foi cancelada porque as instalações não ficaram prontas.Na sessão desta sexta, Temer foi o quarto a discursar, depois dos presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da China, Xi Jinping, e do primeiro ministro da Índia, Narendra Modi. O presidente deixou o local logo após ouvir o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Em seu discurso, defendeu maior integração com a África.Depois de sua saída, falaram os chefes de governo ou de Estado de Argentina, Turquia e Jamaica e de 22 países africanos convidados pela África do Sul para participar do evento. A cúpula foi encerrada com um almoço de relacionamento entre as lideranças.Durante sua estadia na África do Sul, Temer teve reuniões bilaterais com os presidentes da China e da África do Sul. Com o primeiro, tratou de barreiras comerciais impostas a produtos brasileiros. Com o segundo, de oportunidades de investimentos.
2018-07-27 10:24:24
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/07/temer-sai-mais-cedo-de-cupula-do-brics-para-eunicio-ir-a-convencao-no-ceara.shtml
Petrobras recorre ao STF para impedir execução de condenação bilionária
A Petrobras pediu nesta quinta-feira (27) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a concessão de uma liminar para suspender a execução imediata da condenação bilionária que a estatal petrolífera sofreu no TST (Tribunal Superior do Trabalho) no mês passado, em um processo que discute a forma de pagamento de uma verba salarial.No recurso ao STF, os advogados da companhia alegam que há o risco de dano irreparável caso já se comece a cumprir a decisão do TST mesmo ainda sendo cabível recurso ao Supremo.A empresa diz que o caso envolve 51 mil empregados da Petrobras, em 47 ações coletivas e mais de 7.000 ações individuais, com impacto financeiro que se aproxima dos R$ 17 bilhões. E que, se não for concedida a liminar para suspender a decisão do TST, a estatal terá de fazer um imediato provisionamento de R$ 900 milhões para os processos em fase de execução.A causa em que a Petrobras foi derrotada no TST refere-se à política remuneratória de seus funcionários em vigor desde 2007, com a adoção da RMNR (Remuneração Mínima de Nível e Regime). Em jogo estava a forma de cálculo dessa rubrica.Em um julgamento desempatado por um voto, aquele tribunal concordou com a tese defendida pelos representantes dos empregados e se posicionou a favor da exclusão da base de cálculo da RMNR de pagamentos adicionais relacionados a regimes especiais de trabalho, como adicional noturno e periculosidade.Com a prevalência dessa tese no TST, a Petrobras pode ser obrigada a ter de complementar uma quantia maior ao que atualmente tem repassado a seus empregados para que a RMNR seja atingida.No recurso ao STF, entretanto, a estatal defende que não se pode aplicar imediatamente a execução do processo, como determinou o TST, porque há matéria constitucional ainda a ser discutida na causa, o que atrai a competência do Supremo. Citam que o acórdão -- resumo com a decisão tomada -- não foi sequer publicado ainda. Para a Petrobras, executar imediatamente a decisão do TST em ações coletivas e individuais que estavam com seu trâmite suspenso sem que tenha direito a recorrer ao Supremo contestando o mérito do julgamento anterior ou também ocorrido o fim dos recursos cabíveis no caso - o chamado trânsito em julgado -- comprometerá significativamente a segurança jurídica do tema.A estatal diz ao STF que não haverá prejuízo aos empregados em caso de suspensão da execução até um julgamento de mérito do Supremo da causa, pois, mesmo se a empresa perder posteriormente, será feita a devida atualização monetária do passivo devido a seus empregados.O caso foi distribuído inicialmente para o ministro Alexandre de Moraes relatar, mas, por se tratar de uma causa urgente e diante do recesso do Judiciário, foi repassado ao presidente em exercício do Supremo, Dias Toffoli, se pronunciar.
2018-07-27 09:39:00
mercado
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/07/petrobras-recorre-ao-stf-para-impedir-execucao-de-condenacao-bilionaria-do-tst.shtml
Temer pede integração com África, mas deixa reunião do Brics sem ouvir africanos
Em sua última participação na cúpula do Brics (bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o presidente Michel Temer defendeu maior integração econômica com os países africanos. Ele deixou a sessão, porém, antes de uma rodada de discursos de países do continente, convidados para o encontro pelo presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa."O Brasil está ligado à África pela história, pela cultura, pelo sangue. Não por acaso, a aproximação com a África é para nós uma prioridade permanente", disse Temer, em discurso durante sessão que reuniu o chamado Brics Plus - que incluiu este ano Turquia, Argentina e Jamaica - e países africanos convidados por Ramaphosa.Em sua fala, Temer citou "ações concretas" tomadas pelo Brasil no sentido de ter maior aproximação com a África, como a construção de um laboratório para o diagnóstico de tuberculose em São Tomé e Príncipe e acordos de investimento com Moçambique, Angola, Malaui e Etiópia. "Mas o potencial a ser explorado ainda é enorme", continuou o presidente. "Temos negociações em curso com a Tunísia e o Marrocos. Estamos prontos, também, para expandir nosso acordo com a União Aduaneira da África Austral".Temer defendeu também uma maior cooperação brasileira em treinamento de militares para forças de paz. Durante a cúpula em Joanesburgo, a África do Sul propôs aos Brics a criação de um grupo de trabalho sobre o tema."O Brasil olha para a África com a determinação de empreender projetos que nos aproximem cada vez mais. O Brasil olha para a África - e para os países aqui representados, com amizade e com sentido de futuro", concluiu.Temer deixou a sessão logo após a fala do presidente russo Vladimir Putin, antes do início dos discursos dos líderes do Brics Plus e dos 22 países africanos convidados. Putin, Ramaphosa e os presidentes da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, permaneceram até o final da sessão.Ele foi substituído na mesa dos chefes de Estado do Brics pelo ministro das Relações Exteriores, Aloyisio Nunes, e embarcou para o Brasil por volta de 12h20 no horário local (7h20 no horário de Brasília).O presidente antecipou sua volta ao país, inicialmente prevista para este sábado (28). Sua agenda incluía a inauguração, nesta sexta, de um centro de treinamento da Embraer em Joanesburgo, mas as instalações não ficaram prontas.Durante sua estadia na África do Sul, Temer teve reuniões bilaterais com Ramaphosa e com o presidente chinês, Xi Jinping, a quem solicitou a eliminação de barreiras às exportações brasileiras de açúcar e frango.
2018-07-27 08:34:00
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Explicações da Nicarágua sobre morte de brasileira são insuficientes, diz ministro
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes, criticou nesta sexta-feira (27) o governo da Nicarágua pela demora em apresentar explicações detalhadas sobre a morte da estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima, 31.A pernambucana, que estudava medicina no país da América Central, foi assassinada na noite de segunda (23) na capital, Manágua, conflagrada pela onda de protestos contra o presidente Daniel Ortega que deixou mais de 400 mortos em três meses.Em entrevista na cúpula dos Brics, em Joanesburgo, na África do Sul, Aloysio disse que as informações prestadas até agora pelo governo nicaraguense são "extremamente insuficientes". "O governo da Nicarágua diz que foi um guarda de segurança particular. Mas quem foi? Qual é o calibre da arma? Em que circunstância isso ocorreu? Não houve até agora um esclarecimento e nós vamos insistir porque isso nos parece absolutamente inaceitável", afirmou Nunes. Segundo o ministro, o governo continua insistindo para obter informações e que, em caso de resposta negativa, estudará enviar ao caso a instâncias internacionais como a OEA (Organização dos Estados Americanos).Aloysio acrescentou que o Brasil fez apelos à OEA por um fim à violência na Nicarágua. "Não apenas a violência das forças policiais, mas também a violência talvez mais ultrajante, que é a violência das forças paramilitares."Após o crime, o governo chamou a embaixadora nicaraguense em Brasília, Lorenza Martínez, para prestar esclarecimentos e chamou de volta o embaixador em Manágua, Luis Cláudio Villafañe."Esse é um gesto diplomático que marca o profundo inconformismo com a violência na Nicarágua, que acabou por vitimar uma brasileira." Em resposta, as autoridades nicaraguenses convocaram Martínez de volta. De acordo com a embaixada em Brasília, ela viajou na quinta (26).Nesta sexta, a polícia do país disse ter capturado um suspeito da morte da brasileira, identificado como Pierson Gutiérrez Solís, 42, mas não informou quais foram as provas de sua participação no crime nem se ele tinha vínculo com o governo ou paramilitares.As milícias são as principais responsáveis pelas 448 mortes na repressão às manifestações contra Ortega, segundo a Associação Nicaraguense Pró-Direitos Humanos, sendo 383 civis.Um quinto delas ocorreram nas últimas duas semanas, quando o governo fez uma ofensiva para retomar o controle de bastiões opositores. Outras 2.830 pessoas ficaram feridas
2018-07-27 09:52:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/07/explicacoes-da-nicaragua-sobre-morte-de-brasileira-sao-insuficientes-diz-ministro.shtml
Belo Horizonte é a capital que mais contrata no Brasil; veja ranking
Belo Horizonte é a capital do país com o melhor saldo entre contratações e demissões em junho de 2018, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).O movimento na capital mineira ocorre no mês em que o país apresentou, pela primeira vez em 2018, um saldo negativo de vagas formais.No balanço de junho, entre admissões e desligamentos em todo o Brasil, foram 661 postos de trabalho destruídos.Para o coordenador do departamento de economia da Fecomercio de Minas Gerais, Guilherme Almeida, o bom desempenho de Belo Horizonte se explica tanto pela força dos serviços quanto pelo ressurgimento da construção civil."Dentro do setor terciário, a atividade financeira e também a imobiliária apresentaram um desempenho positivo ao longo do ano, e isso se repete agora em junho", diz o economista. No mês, o pior desempenho por setor em Belo Horizonte foi registrado na indústria de transformação, que perdeu 249 vagas. Já a construção civil teve o melhor resultado, com 747 admissões."Com a crise, as construções diminuem, e o estoque de imóveis também cai. A procura, porém, ressurge com a redução da taxa básica de juros. Essa demanda faz com que a construção civil volte a apresentar números positivos", afirma Almeida.​ No país, o segundo melhor resultado em junho é o de Goiânia, com saldo positivo de 740 vagas. Em seguida vem Brasília, com 484.Os piores resultados do mês são os de São Paulo e Rio de Janeiro.Apesar do desempenho negativo no mês, a capital paulista é a que apresenta o melhor saldo no acumulado do ano, com 38.453 vagas.Veja ranking abaixo com o desempenho das capitais brasileiras em junho de 2018:
2018-07-27 08:23:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/07/belo-horizonte-e-a-capital-que-mais-contrata-no-brasil-veja-ranking.shtml
Incêndios florestais levam parque Yosemite, na Califórnia, a ser esvaziado
Desapareceram os enormes monólitos de granito Half Dome e El Capitan, perdidos sob o manto de uma camada fantasmagórica de fumaça ardida. Sumiram também as cachoeiras que despencam até o fundo do vale de Yosemite, sua famosa beleza totalmente fora de vista. O mais assustador é que sumiram as pessoas.O vale icônico, geralmente lotado de turistas nesta época do ano, estava envolto na fumaça de um incêndio florestal próximo, de 15 mil hectares, que obrigou à sua evacuação e transformou um dos parques nacionais mais populares dos EUA em uma virtual cidade-fantasma. O fechamento, que começou na terça (23) e só tem previsão para terminar no domingo (29), é o maior em quase três décadas no parque. Os visitantes receberam aviso para saírem até as 12h desta quarta (25).Uma hora depois, a lanchonete, geralmente movimentada, estava apagada, com as cadeiras sobre as mesas. Os estacionamentos estavam vazios. Os campings, abandonados. A porta de entrada do famoso hotel Majestic Yosemite, mais conhecido como Ahwahnee, estava trancada com uma corrente.O incêndio de Ferguson, que está se fechando sobre o Vale de Yosemite, é apenas um de 204 grandes incêndios que se estendem de Oklahoma ao Alasca, segundo o Centro Nacional de Incêndios Interagências, e já custa milhões de dólares.Milhares de bombeiros estão combatendo as chamas nos estados de Arizona, Colorado, Idaho e Oregon, no que deverá ser um dos verões mais quentes já registrados na maior parte da região.Em todo o país, quase 1,6 milhão de hectares queimaram até agora neste ano, cerca de 11% a mais que a média anual nesta época do ano desde 2008, segundo o Centro de Incêndios.“Esta é a minha vida e a minha casa. É de partir o coração”, disse Heather Sullivan, 45, que teve de deixar sua casa em El Portal, no sopé do Vale do Yosemite.“Esses incêndios são reais, especialmente quando você vive em áreas rurais, e a equipe de bombeiros não consegue chegar lá ainda, por isso eu tinha tudo preparado para sair, em casa e na minha caminhonete. É tão avassalador quando você recebe o telefonema.” Apesar de toda a atenção que o incêndio em Yosemite atraiu, a situação era potencialmente mais grave em outros locais, especialmente no Oregon, onde 15 fogos ativos queimaram 44 mil hectares. Houve seis mortes relacionadas ao calor em dez dias no início deste mês no condado de Riverside, que se estende cerca de 110 quilômetros a leste da costa da fronteira do Arizona.Um fogo descontrolado perto de Idyllwild que começou na quarta também provocou desocupação de casas na área montanhosa de San Jacinto.“Não nos lembramos de ver uma extensão como esta”, disse Jose Arballo, porta-voz do Departamento de Saúde do condado, acrescentando que as cidades na extremidade oeste do condado tiveram temperaturas acima de 46°C durante vários dias.“Estamos vendo um calor inédito por períodos de tempo prolongados —quando refrescar ainda estaremos na casa dos 30 graus. Não me surpreenderia se houver mais mortes causadas por isso.”Em Yosemite, muitos trabalhadores se queixaram de doenças relacionadas ao calor e pediram que a gerência fechasse o parque durante vários dias.O clima combinado com o terreno escarpado de Yosemite também torna difícil para os bombeiros repelirem o fogo. “As condições são incrivelmente extenuantes, e estamos vendo temperaturas muito elevadas em algumas áreas extremamente distantes”, disse Dan McKeague, porta-voz do Serviço Florestal dos EUA. Cada fogo tem origem e perigos próprios. No Oregon, a sargento Julie Denney, porta-voz do departamento do xerife do condado de Jackson, disse que a tempestade de raios que iniciou o incêndio pouco mais de uma semana atrás foi o que mais a marcou —a intensidade dele, e também a estranheza, no início do dia, por volta das 9h. Os raios de verão no oeste são um fenômeno comum à tarde, quando o calor se acumula e de repente há descargas elétricas violentas.Mas naquela manhã densa e opressiva cerca de 115 incêndios ligados a essa tempestade começaram no condado e no vizinho condado de Josephine, e na quarta-feira três grandes incêndios continuavam queimando, incluindo o do Complexo de Garner. Só este queimou quase 8.000 hectares, com mais de 2.400 pessoas a combatê-lo, e só foi contido em 18%.No sul do Colorado, antigos bombeiros acostumados a apagar incêndios em arbustos iniciados por fagulhas de trens que passam viram surpresos o incêndio em Spring Creek envolver mais de 40 mil hectares e destruir cerca de 150 casas e outros edifícios em junho.Chamas e colunas de fumaça com centenas de metros de altura percorreram 15 quilômetros em cerca de 45 minutos, disse Jim Littlefield, presidente da Proteção contra Incêndios do Distrito de La Veta. “Este foi totalmente diferente “, disse Littlefield. “Ele redefine a conflagração para mim.” Em Yosemite, reservas de hospedagem e camping foram canceladas até domingo. Enquanto partes das bordas do parque continuavam abertas a visitantes, se eles pudessem evitar as estradas fechadas nos sopés da Sierra Nevada próxima, a entrada no vale de Yosemite na Rodovia 120, de pista dupla, estava bloqueada por vários patrulheiros a cerca de 30 quilômetros do vale propriamente dito. Na hospedaria Yosemite Valley, abandonada, as luzes do saguão estavam acesas e continuava tocando a música de jazz que costuma receber os hóspedes. O sinal de Wi-Fi funcionava melhor que de costume.Os únicos hóspedes esperados para o fim de semana eram os bombeiros, patrulheiros do parque e outros empregados que permaneceram lá.
2018-07-27 07:00:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/07/incendios-florestais-leva-parque-yosemite-na-california-a-ser-esvaziado.shtml
Partido governista reconhece derrota em eleição no Paquistão
Após denunciar uma série de irregularidades na contagem dos votos, o partido governista do Paquistão reconheceu nesta sexta-feira (27) sua derrota nas eleições gerais no país, abrindo caminho para que o ex-jogador de críquete Imran Khan, 65, se torne premiê."Vamos nos sentar as fileiras da oposição, apesar de todas as reservas", afirmou Hamza Shehbaz Sharif, filho do candidato Shehbaz Sharif, que é irmão do ex-premiê Nawaz Sharif, deposto pela Suprema Corte no ano passado por denúncias de corrupção.O partido Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI; Movimento pela Justiça do Paquistão) de Khan não deve conseguir os 137 assentos necessários para uma maioria na Assembleia Nacional, mas não deve ter problemas para formar uma coalizão com partidos menores.Fawad Chaudhry, porta-voz do PTI, disse que as conversas já começaram, mas devem durar alguns dias. Os resultados oficiais são esperados para esta sexta. Os últimos dados parciais anunciados pela Comissão Eleitoral mostram o PTI com 115 assentos de um total de 272. Já a Liga Muçulmana do Paquistão Nawaz (PML-N) de Sharif obteve 62 vagas. O Partido do Povo do Paquistão (PPP), de Bilawal Bhutto Zardari, filho da ex-premiê assassinada Benazir Bhutto, ficou em terceiro com 43 assentos. "O PML-N vai ter o papel de uma oposição forte", disse Shehbaz Sharif, segundo o jornal Dawn.​Partidos extremistas e religiosos, como o Allahu Akbar Tehreek, o Ahl-e-Sunnat Wal Jamaat e Tehree-e-Labaik Pakistan, não obtiveram nenhuma vaga na Assembleia Nacional. O jornal The News informou que PTI conseguiu ainda obter o controle da Assembleia Nacional do Punjab, província que é base eleitoral dos Sharifs. Nesta sexta, a UE e a órgão de monitoramento eleitoral do Paquistão devem emitir suas avaliações sobre o peito.
2018-07-27 07:50:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/07/partido-governista-reconhece-derrota-em-eleicao-no-paquistao.shtml
Sindicato dos comerciários fará novo mutirão do emprego dia 6 em SP
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo fará, no dia 6 de agosto, o 2º Mutirão do Emprego. Nessa edição, o objetivo é oferecer ainda mais oportunidades de trabalho, em postos que tenham remuneração maior.Segundo Ricardo Patah, presidente do sindicato e da UGT (União Geral dos Trabalhadores), na nova edição, o número de empresas que participarão do evento também será maior. “Estamos negociando com novas empresas”, afirma ele. O evento será no dia 6 de agosto, das 8h às 17h, no Anhangabaú (região central). No dia, os candidatos receberão uma senha. Para concorrer, é obrigatório levar currículo, carteira de trabalho, RG, CPF e um comprovante de endereço.Segundo Patah, dessa vez, haverá mais possibilidades para os candidatos. “Diferentemente do que foi o primeiro mutirão, agora queremos ampliar os cargos e a faixa salarial das vagas.”Haverá oportunidades para vendedores, motoristas, telefonistas, padeiros, atendentes de telemarketing, confeiteiros, analistas de sistema e gerentes.Na primeira edição, em 16 de julho, foram disponibilizadas cerca de 2.000 vagas. Ao todo, mais de 10 mil desempregados foram ao local.
2018-07-27 02:00:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/07/sindicato-dos-comerciarios-fara-novo-mutirao-do-emprego-dia-6-em-sp.shtml
Candidatura de filho de Eduardo Campos gera atrito em Pernambuco
A candidatura a deputado federal de João Campos (PSB), 24, filho de Eduardo Campos e bisneto de Miguel Arraes, tem provocado desconfortos e insatisfações veladas entre políticos do PSB e de outros partidos aliados que tentam a reeleição para a Câmara.De acordo com os descontentes, o apoio efetivo e o esforço do governador Paulo Câmara e do prefeito de Recife, Geraldo Júlio, para que João tenha uma votação expressiva em sua estreia na política desorganizam as bases eleitorais no estado.Em reserva, os insatisfeitos classificam a estratégica de campanha como um “rolo compressor”.No ninho do PSB pernambucano, o lema é que não basta apenas eleger João Campos. É preciso, pela carga simbólica que carrega, torná-lo o mais votado.Nos bastidores, o assunto é tratado com bastante reserva justamente por envolver o escolhido para herdar, nestas eleições, o espólio eleitoral da família Arraes.O deputado Felipe Carreras (PSB), ex-secretário de Turismo do governo de Pernambuco, deputado federal mais votado em Recife em 2014, começou a dividir obrigatoriamente algumas áreas da cidade com Campos.O movimento tem gerado atritos internos. O presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, tem dado o suporte necessário para turbinar a campanha. Renata Campos, viúva de Eduardo, também auxilia naturalmente os movimentos do filho.A disputa que acirra a guerra surda entre integrantes do mesmo partido é pelo chamado “voto de estrutura”, uma espécie de eufemismo para denominar o velho voto de curral, fruto de antigas relações assistencialistas estabelecidas entre governo, deputados, vereadores e prefeitos.Carreras tem visto vereadores da base do prefeito Geraldo Júlio migrarem para a candidatura do filho de Eduardo. Um dos exemplos é a vereadora Aline Mariano (PP), que o apoiou na eleição de 2014 e hoje dividiu “suas áreas” para a entrada de Campos. Outro nome importante é o do presidente da Câmara, Eduardo Marques, que articula nos bastidores apoio para a campanha.Carreras era casado com a sobrinha de Renata Campos. O deputado federal tem pretensões de ser o candidato do PSB a prefeito de Recife em 2020.Recentemente, o ex-secretário aproveitou o encontro entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e Paulo Câmara para demonstrar seu descontentamento. Um dia após a reunião em Pernambuco, o deputado postou em rede social que não votaria no ex-presidente Lula ou em qualquer candidato petista.O mal-estar no núcleo duro do governo Paulo Câmara e no PSB foi geral e interpretado por alguns como a parte mais visível da insatisfação.O tio de João Campos, Antônio Campos, rompido com o PSB desde a morte do seu irmão, em agosto de 2014, criticou a forma de condução do processo. Ele vai disputar uma vaga na Assembleia Legislativa pelo Podemos. “O excesso de estrutura de João e a máquina de votos bancada pelo palácio poderá expô-lo. Ele não precisa disso para se eleger”, criticou. Paulo Câmara, por meio da assessoria de imprensa, preferiu não responder. João Campos também não quis falar. “Acho que a votação de João deve observar o comportamento que se verificou em eleições de Miguel Arraes, Eduardo Campos, Ana Arraes. Votações expressivas que correspondem ao tamanho do legado político construído a partir de doutor Arraes”, diz o líder do PSB na Câmara Federal, Tadeu Alencar.
2018-07-27 02:00:00
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Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/07/candidatura-de-filho-de-eduardo-campos-gera-atrito-em-pernambuco.shtml
Com fim do imposto, sindicatos dos empresários 'privatizam' apoio jurídico
Com o impacto negativo no caixa depois de o imposto sindical ter se tornado voluntário, entidades patronais têm restringido serviços, sobretudo de assessoria jurídica, apenas aos associados contribuintes.A decisão empurra empresários não filiados para escritórios de advocacia.Na FecomercioSP (federação do comércio), com 137 sindicatos no estado de São Paulo, o empresário que não contribuir seguirá nas convenções coletivas, mas não terá mais consultoria em direito trabalhista para casos individuais."A empresa contribuindo, continuaremos assessorando, é um benefício pelo custeio. Mas, se ela não contribui, não tem sentido assessorarmos sem uma mínima contrapartida, sendo que ela pagaria para um advogado pelo serviço", diz Ivo Dall'Acqua Junior, vice-presidente da entidade.O Sindilojas-SP (sindicato dos lojistas do comércio), filiado à FecomercioSP , oferece intermediação na rescisão por acordo entre empresa e empregado, outra novidade trazida pela reforma.A reunião ocorre na sede da entidade, com a presença do advogado do Sindilojas. O serviço é recente, mas já surgiu como exclusivo para associados. Procurado, o sindicato não se manifestou.Em geral favoráveis ao fim do imposto sindical, entidades patronais também viram seu caixa encolher com a desobrigação do imposto em vigor desde novembro, com a reforma trabalhista.A arrecadação desses sindicatos somava R$ 535,7 milhões em junho de 2017, mas foi para R$ 141,5 milhões em 2018, diz o Ministério do Trabalho.No Sinduscon-SP (sindicato da construção), orientações jurídicas gerais, antes prestadas a todos os empresários, foram restritas a associados."Estamos em processo de adaptação", diz José Romeu Ferraz Neto, presidente da entidade patronal."É uma decisão política e estatutária que o sindicato patronal toma. Cabe à empresa decidir se vai pagar contribuição ou buscar outro escritório", diz Otávio Pinto e Silva, sócio do Siqueira Castro e professor de direito da USP. Segundo Hélio Zylberstajn, professor da FEA-USP, a restrição de serviços para quem não contribui deve ser frequente."Os sindicatos têm consultórios médicos, dentistas, prestam assessoria jurídica, mas nada disso é representação direta dos interesses da categoria, então eles podem restringir esses serviços como forma de atrair membros", afirma.A Fiesp (federação das indústrias), com 131 sindicatos, diz não ter limitado, por enquanto, nenhum serviço."Optamos por corte de despesas unificando departamentos e reduzindo em 20% o quadro de funcionários", diz Luciana Freire, diretora-executiva jurídica. Segundo ela, o fim do imposto teve impacto de 12% a 14% no orçamento.Para advogados, o aumento na procura de empresas pelos escritórios ocorre com a possibilidade, aberta pela reforma, de o negociado prevalecer sobre o legislado."Antes, com o imposto, empresas ficavam acomodadas aguardando que os sindicatos negociassem por elas", diz Fábio Lemos Zanão, do Zanão & Poliszezuk Advogados.Com a mudança, a empresa vira protagonista na negociação, diz Sólon Cunha, sócio do Mattos Filho e professor da FGV Direito SP.Recorrer a negociações diretamente com entidades dos trabalhadores tem sido uma saída para empresas maiores, diz Mayra Palópoli, do Palópoli & Albrecht."As empresas querem negociar pontos que dizem respeito exclusivamente a elas, como controle de jornada", afirma Caroline Marchi, sócia do Machado Meyer.
2018-07-27 02:00:00
mercado
Mercado
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Mortes: Nadador, encontrou na medicina sua vocação
Guilherme era fruto de uma mistura de etnias: judaica, árabe, italiana, portuguesa e negra. De infância alegre compartilhada com os primos e a avó nas férias de julho na fazenda da tia em Caiuá (SP), teve na piscina o seu primeiro grande desafio.Pela escola de natação Mori, foi vice-campeão paulista no Projeto Nadar. Nos anos 1990, se destacou entre os adolescentes nas piscinas do Clube Hebraica, na capital.Especializou-se no nado borboleta, estilo que exige do atleta disciplina e dedicação, requisitos que, uma década depois, ajudariam o medalhista das águas a enfrentar o desafio de graduar-se pela faculdade de medicina da USP.A alegria de Gui em nadar dividia espaço com o Corinthians. A inspiração veio de memórias da infância da Democracia Corintiana, de Sócrates e Casagrande, bicampeã paulista de 1982/1983.Conquistava amigos com um jeito peculiar e brincalhão. Para alguns, era o "Cabelo", apesar da cabeça raspada. Tocava os estudos sem se preocupar em ser primeiro da classe. Adulto, buscou respostas na religião. O johrei foi fundamental para canalizar sua energia espiritual.Aventurou-se pelas aulas de economia, filosofia e marketing, até que resolveu virar médico aos 22. A vocação foi sendo descoberta e revelada durante as disciplinas na USP. Cursou um período de residência em ginecologia e obstetrícia e completou a de anestesista, carreira que seguiu.A natação, o Corinthians e a medicina foram grandes paixões, mas a maior delas eram os três filhos. Aos mais próximos, dizia ter orgulho de ver seus meninos carregando o sobrenome de uma família vítima do Holocausto.O coração de Guilherme Macruz Feuerwerker parou no dia 21 de julho, em Vinhedo (SP). Aos 37 anos, o médico deixou pais, um irmão querido, esposa, familiares e uma legião de amigos. ​coluna.obituario@grupofolha.com.brVeja os anúncios de mortesVeja os anúncios de missas​
2018-07-27 00:00:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/07/mortes-nadador-encontrou-na-medicina-sua-vocacao.shtml
4 em cada 10 mortes no trânsito na Grande SP acontecem em rodovias
​Quatro em cada dez mortes em acidentes de trânsito nas cidades da Grande SP, excetuando-se a capital, ocorreram em rodovias. Levantamento feito pelo jornal Agora, do Grupo Folha, que edita a Folha, com base no Infosiga, do governo estadual, mostra que, de 2015 até junho deste ano foram 3.254 casos, sendo 1.207 nas estradas.Cortada por Fernão Dias, Presidente Dutra e Ayrton Senna, Guarulhos foi a cidade com o maior número de mortes no período (204).Entre as rodovias que aparecem identificadas no Infosiga, o destaque negativo ficou com a Régis Bittencourt, responsável por 171 casos.O trânsito mata nas estradas principalmente adultos jovens do sexo masculino (18 a 39 anos), que correspondem a quase metade das vítimas. No geral, homens são praticamente 8 em cada 10 vítimas.Não só quem está no veículo morre nos acidentes. Quatro em cada dez mortes foram de pedestres, e um quarto dos mortos era motociclista.Os acidentes fatais ocorrem principalmente no período noturno e na madrugada, com 6 em cada 10 casos.O fim de semana é o período mais perigoso. Quatro em cada dez (41,5%) mortes em acidentes ocorreram aos sábados e domingos.Capitão do 1º Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, Milton Ossamu Yuki afirma que foram indicados alguns pontos como os principais causadores de mortes no trânsito. Entre eles, a presença de pedestres nas rodovias. “Há muitas pessoas que morrem atropeladas a 100 metros de uma passarela. Criamos algumas ações em parceria com concessionárias. A Ecovias [concessionária], por exemplo, oferece café da manhã nas passarelas para atrair a atenção dos pedestres”, diz.Outro ponto tem chamado a atenção da polícia nas rodovias. “Em 2017, incluímos o celular como um dos problemas. Virou epidemia. A falta de atenção é causada pelo uso do aparelho e já acionamos os batalhões para que façam a fiscalização.”Imprudência e inexperiência são os motivos para o grande número de mortes entre adultos jovens, segundo o capitão. SEM SURPRESAPara o especialista em tráfego Creso de Franco Peixoto, o alto número de mortes nos trechos de rodovia que passam pelas cidades da região metropolitana de São Paulo não é nenhuma surpresa.“Infelizmente é o que se esperaria com alguns fatores, como alto índice de motorização na região da Grande São Paulo, a falta de controle de velocidade em trechos mais curtos de algumas rodovias, a sensação de que na rodovia você pode acelerar mais e a percepção dos motoristas de que bebem e dirigem bem”, analisou o professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana).Segundo ele, é preciso rever os radares. “A fiscalização por radares se esgotou. Precisamos de modelo de controle de radar por espaço”, afirmou. Neste modelo, aparelhos calculam se o condutor excedeu velocidade média pelo tempo que levou entre um ponto e outro.“O motorista que usa trechos curtos de rodovia, tem o comportamento do motorista urbano. E é um comportamento muito perigoso, e em rodovias é mortal, com velocidade maior do que em área urbana. E a velocidade elevada falseia a percepção do pedestre, que acaba sendo atropelado. Em área urbana é preciso uma quantidade enorme de passarelas”, ponderou o engenheiro de tráfego Sérgio Ejzenberg.No período citado pela reportagem, entre 2015 e 2017, a Arteris diz que registrou redução de 13% no número de mortes (96 para 83) em todo o trecho da rodovia Régis Bittencourt, de São Paulo a Curitiba (PR) e que isso é foco de ações permanentes com foco em segurança viária. Segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), sob gestão Márcio França (PSB), até o fim de maio de 2018 foram registradas 1.492 ocorrências. No mesmo período de 2017 foram 1.576 acidentes. Segundo o órgão, houve queda de 5,3% no número de acidentes.
2018-07-27 02:00:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/07/4-em-cada-10-mortes-no-transito-na-grande-sp-acontecem-em-rodovias.shtml
8 ½ Festa do Cinema Italiano traz filmes premiados em Cannes
A 8 ½ Festa do Cinema Italiano, que exibe as produções cinematográficas recentes do país, acontece no Espaço Itaú de Cinema Augusta de quinta (2) até quarta (8). Um dos destaques desta edição é o longa “Dogman” (2018), de Matteo Garrone, que rendeu a Marcello Fonte a Palma de Ouro de melhor ator em Cannes. O filme narra a história de um homem que trabalha em um pet shop e vive uma relação de submissão com um ex-boxeador, interpretado por Edoardo Pesce, que participa do evento. Outro destaque é o longa “Fortunata” (2017), de Sergio Castellitto, protagonizado por Jasmine Trinca, premiada como melhor atriz na mostra Un Certain Regard, em Cannes, no ano passado, e que abrirá o evento na quinta (2), às 21h.Confira programação completa em festadocinemaitaliano.com.br
2018-07-27 02:00:00
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Cinema e Séries
https://guia.folha.uol.com.br/cinema/2018/07/8-festa-do-cinema-italiano-traz-filmes-premiados-em-cannes.shtml
Anima Mundi reúne filmes espanhóis e em realidade virtual
Mais Maior festival de animação do país, o Anima Mundi chega à 26ª edição, de quarta (1) a 5/8, destacando uma programação de curtas em realidade virtual. “Asteroids!”, por exemplo, além do recurso tecnológico, tem a atriz Elizabeth Banks entre os dubladores. O evento ocupa cinco locais na cidade, como o Caixa Belas Artes e o CCBB. Serão projetados 405 filmes (entre longas e curtas) de 40 países —108 deles brasileiros. Outras atrações desta edição são o foco em produções espanholas, que ganham sessões especiais, as exibições de filmes premiados no festival de Annecy, o mais importante do segmento, e as masterclasses. Para o fã de animação não se perder, o Guia escolhe alguns destaques animados. Confira programação completa em animamundi.com.br Premiados no festival de animação de Annecy "Felicidade", de Steve Cutts Roedores circulam pela cidade à procura da felicidade Sex.(3), às 20h, no CCBB, e às 22h, no Memorial da América Latina; sáb.(4), às 15h e 23h, no Caixa Belas Artes "Fins de Semana", de Trevor Jimenez Na animação, um garotinho vive entre as casas da mãe e do pai, divorciados Qua. (1°), às 21h, no CCSP; qui. (2), às 23h40, e sex. (3), às 23h30, no Caixa Belas Artes; sáb. (4), às 17h, no Memorial "The Breadwiner", de Nora Twomey No Afeganistão, garota se disfarça de menino para ajudar a família Qua. (1°), às 21h, no Caixa Belas Artes Espanhóis "Amor de Mono", de Trimono O filme satiriza a repressão política Sex. (3), às 10h, no Memorial da América Latina; sáb. (4), às 19h, no CCSP; dom. 95), às 19h30, no Caixa Belas Artes "20 Días de Amor", de José Félix González Place Uma história de amor contada a partir de folhas de caderno Qui. (2), às 22h, no Memorial da América Latina; sáb. (4), às 19h30, no Caixa Belas Artes; dom. (5), às 21h, no CCBB "Encarna", de Samuel Orti Marti No curta, uma mulher perde a paciência porque ninguém entende seus problemas Qua. (1°), às 20h, no Memorial da América Latina; sáb. (4), às 23h59, no Caixa Belas Artes; dom. (5), às 12h, no CCBB e no Memorial da América Latina Realidade Virtual "Asteroids!", de Eric Darnell Mac, Cheez e um robô estão em uma missão espacial quando são atacados por insetos "Allumette", de Eugene Chung A história narra o amor de uma mãe pela filha "Way to Go", de Vincent Morisset, Philippe Lambert, Édouard Lanctôt-Benoit e Caroline Robert A animação feita à mão promove um passeio pela floresta Qua. (1°) a dom. (5), das 13h às 19h, no Memorial da América Latina, no Espaço Oi 360° MASTERCLASS Narrativas Autênticas Autora do roteiro que inspirou o longa “The Breadwinner”, indicado ao Oscar e premiado no festival de Annecy, a húngara-canadense Anita Doron ministra palestra sobre criação de roteiro. Masterclass, qui. (2), às 10h, no Caixa Belas Artes (r. da Consolação, 2.423). Ingr.: R$ 150. Inscrição pelo site animamundi.com.br
2018-07-27 02:00:00
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Cinema e Séries
https://guia.folha.uol.com.br/cinema/2018/07/anima-mundi-reune-filmes-espanhois-e-em-realidade-virtual.shtml
OMC dá vitória à Austrália em disputa sobre embalagem neutra de cigarro
A Austrália triunfou na quinta-feira (28) em uma disputa comercial importante sobre sua inovadora lei de embalagens "neutras" para produtos de tabaco. A comissão julgadora da Organização Mundial do Comércio (OMC) rejeitou uma queixa apresentada por Cuba, Indonésia, Honduras e República Dominicana.A comissão da ONC determinou que a lei australiana promovia a melhora da saúde pública ao reduzir o uso de derivados de tabaco, refutando os argumentos de que medidas alternativas seriam igualmente efetivas. A comissão também rejeitou o argumento de que a Austrália havia violado sem justificativa as marcas registradas de empresas de tabaco, e violado direitos de propriedade intelectual.A disputa era vista como um teste para diversas medidas de saúde pública que estão em debate em todo o mundo, e pode conduzir a regras de comercialização mais severas para alimentos pouco saudáveis e álcool, além de tabaco.Honduras indicou que provavelmente recorrerá, afirmando em declaração que a decisão continha erros factuais e legais, e que não parecia ser equânime, objetiva ou respeitosa dos direitos dos queixosos."Parece que essa disputa requererá uma revisão das constatações da comissão pelo órgão de recursos da OMC, antes que quaisquer conclusões possam ser extraídas", afirmou o comunicado.Um representante da área comercial do governo da Indonésia disse que seu país estudaria suas opções. Não houve resposta imediata a pedidos de comentários, por parte das autoridades comerciais cubanas e dominicanas.A lei da Austrália vai muito além das restrições a publicidade e aos alertas de saúde explícitos contidos nas embalagens de produtos de tabaco em muitos outros países.Introduzida em 2010, ela proíbe o uso de logotipos e de cores chamativas nos maços de cigarros, impondo o uso de uma cor verde mais associada às forças armadas ou a prisões, com os nomes das marcas impressos em fontes pequenas e padronizadas.A Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu positivamente a vitória australiana."A decisão remove outro obstáculo à campanha travada para combater os esforços do setor de tabaco para bloquear o controle de seus produtos, e deve acelerar a adoção de embalagens neutras em todo o mundo", afirmou a OMS em comunicado.A organização informou que seis outros países haviam adotado leis sobre embalagens neutras - Hungria, Irlanda, França, Nova Zelândia e Reino Unido - e que outros seis haviam aprovado leis nesse sentido, mas ainda não as haviam implementado - Burkina Fasso, Canadá, Geórgia, Romênia, Eslovênia e Tailândia."Alguns outros países estão examinando esse tipo de medida", acrescentou a OMS.Vera Luiza da Costa e Silva, que comanda o secretariado da Convenção-Quadro de Controle de Tabaco da OMS, disse que já havia surgido um "efeito dominó", com países adotando regras ao estilo australiano e as vendo como forma de chegar ao "objetivo final", de ter menos de 5% de fumantes na população.Geir Ulle, diretor de comércio internacional da Japan Tobacco International, disse que a decisão era um grande retrocesso para a proteção dos direitos de propriedade intelectual em todo o mundo;"Isso cria um precedente perigoso, que pode encorajar governos a proibir o uso de marcas em outros produtos sem oferecer qualquer prova confiável de benefícios para a saúde pública", disse Ulle, acrescentando que dados recentes demonstravam que as embalagens neutras não funcionam."Essa decisão não faz com que a política adotada seja correta ou efetiva, e nem a torna digna de cópia", ele afirmou.Tradução de PAULO MIGLIACCI
2018-06-28 18:14:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/omc-da-vitoria-a-australia-em-disputa-sobre-embalagem-neutra-de-cigarro.shtml
Fachin homologa delação de Duda Mendonça
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), homologou a delação do marqueteiro Duda Mendonça, assinada com a Polícia Federal.Em seus depoimentos, Duda confirmou que recebeu R$ 6 milhões da Odebrecht via caixa dois para a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo em 2014. Presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Skaf é pré-candidato ao governo paulista na eleição deste ano.O pagamento está sendo investigado no inquérito da Lava Jato que apura se a Odebrecht pagou de maneira ilícita R$ 10 milhões a campanhas do MDB, valor supostamente acertado com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu naquele ano.O acordo de delação premiada foi assinado em abril de 2017 com a Polícia Federal, depois que a PGR (Procuradoria-Geral da República) recusou o material apresentado pelo marqueteiro. Desde então, ficou parado no gabinete de Fachin à espera da homologação, para que as informações possam ser usadas em investigações.Caso as declarações sejam comprovadas, a PF pode representar em favor de Duda para que eventual pena seja reduzida em até dois terços ou mesmo para que o colaborador receba o perdão judicial. Como Duda Mendonça tem mais de 70 anos e parte dos crimes apontados por ele está perto da prescrição, a negociação com a PF foi vantajosa, apesar de não oferecer garantias.Duda deu detalhes sobre como os pagamentos da Odebrecht foram operacionalizados —incluindo datas e locais onde o dinheiro teria sido entregue.Disse que Skaf o informou, na época, que o acerto havia sido combinado com Temer no jantar do Jaburu. Depois, relatou, a Odebrecht lhe confirmou as informações sobre como o pagamento foi operacionalizado, incluindo datas e locais.Além da campanha de Skaf, Duda trabalhou nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e em 2006, e nas vitórias de Dilma Rousseff em 2010 e 2014.
2018-06-28 18:07:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/06/fachin-homologa-delacao-de-duda-mendonca.shtml
Apple e Samsung encerram guerra sobre patentes de smartphones
A guerra de patentes de smartphones enfim chegou ao fim. Apple e Samsung fecharam um acordo para encerrar sua disputa judicial de sete anos de duração, na quarta-feira, pondo fim ao caso mais proeminente na série de disputas quanto a patentes sobre smartphones que elas travaram ao longo dos 10 últimos anos.As empresas não revelaram os montantes envolvidos no acordo. Em maio, um juiz ordenou que a Samsung pagasse US$ 539 milhões (R$ 2,1 bilhões) à Apple por violações de suas patentes. A Apple abriu seu primeiro processo contra a Samsung em 2011, pela cópia do design de seu iPhone, dando início a uma complicada sequência de contraprocessos, julgamentos e recursos que passou até pela Suprema Corte dos Estados Unidos em 2016.A Apple inicialmente tentou impedir que a Samsung comercializasse seus celulares, mas a tecnologia em disputa estava desatualizada há muito tempo, e a briga girou principalmente em torno de dinheiro. A Apple reivindicou mais de US$ 2 bilhões (R$ 7,7 bilhões) em pagamentos, em dado momento, enquanto a Samsung argumentava que devia apenas US$ 28 milhões (R$ 107,8 milhões) à empresa americana.Com dois dos gigantes do setor em disputa quanto a um dos produtos mais bem-sucedidos de todos os tempos, o caso foi uma das batalhas judiciais acompanhadas com mais atenção na história dos negócios modernos."E se eu tivesse de descrevê-la, diria que coisa alguma foi conseguida", disse Brian Love, professor de direito da Universidade de Santa Clara. "Perto de uma década de litígio, centenas de milhões de dólares em despesas com advogados e, no final disso tudo, nenhum produto saiu do mercado".No papel, a Apple venceu, mas não atingiu sua meta de obter vantagem competitiva sobre a Samsung e outros fabricantes de celulares, de acordo com Love e com Michael Carrier, professor de direito na Universidade Rutgers que estuda leis de patentes.Depois de anos de custas judiciais e de horas incontáveis do tempo de seus executivos, a Apple saiu desses casos com lucros ínfimos, especialmente se suas reservas de caixa de US$ 267 bilhões (R$ 1,03 trilhão) forem consideradas.A Apple fica com a maior parte dos lucros do setor de smartphones, mas a Samsung e outros fabricantes de aparelhos continuam a pressioná-la, e mantiveram participação forte no mercado, com produtos inovadores."A Apple poderia ter encontrado outras maneiras de ganhar algumas centenas de milhões de dólares do que travar um processo judicial que durou uma década", disse Love.Para outras empresas, o caso provavelmente deve servir como lição de que "um tribunal nem sempre é o lugar certo para tentar tirar vantagem", afirmou Carrier. "Há sempre um balanço a considerar entre litígio e inovação, e no tempo que essas empresas passaram no tribunal, elas não estavam inovando".Ele disse que o caso estabeleceu o precedente legal de que, mesmo que uma empresa tenha comprovadamente violado certas patentes, os tribunais podem não bloquear o produto envolvido caso a patente em questão desempenhe papel menor no dispositivo.Porta-voz da Apple, Josh Rosenstock citou uma declaração anterior da empresa, de que o caso sempre girou em torno de mais que dinheiro. "A Apple deflagrou a revolução do smartphone, com o iPhone, e é fato que a Samsung copiou descaradamente o nosso design", afirmou."É importante que continuemos a proteger o trabalho árduo e a inovação de tanta gente na Apple". Danielle Meister, porta-voz da Samsung, se recusou a comentar. Tradução de PAULO MIGLIACCI
2018-06-28 18:10:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/apple-e-samsung-encerram-guerra-sobre-patentes-de-smartphones.shtml
Deputados do Rio aprovam aumento para servidores da Justiça
A Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou nesta quinta (28) projeto que concede reajuste de 5% aos servidores da Justiça, do Ministério Público estadual e da Defensoria Pública.A aprovação é uma derrota para o governador Luiz Fernando Pezão (MP), que se posicionou publicamente contra o aumento, diante da crise financeira do estado.O Rio aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal dos estados em 2017, comprometendo-se a cortar custos, aumentar impostos e contribuições previdenciárias e privatizar a Cedae (Companhia Estadual e Água e Esgoto). O projeto de lei aprovado nesta quinta pela Alerj é de 2015, mas havia sido suspenso diante das dificuldades financeiras do estado, que passou mais de dois anos atrasando salários para grande parte dos servidores. Aproveitando-se do período eleitoral, os sindicatos solicitaram a retomada do debate sobre o reajuste.Ao lado dos servidores da Alerj, aqueles lotados na Justiça, do Ministério Público e Defensoria não sofreram atrasos de salários. Os órgãos têm orçamento independente e recebem verba do governo todos os meses para o custeio de suas atividades. Na Justiça, os servidores chegaram a receber um auxílio natalino de R$ 2.000 em 2017, enquanto a folha de pagamentos dos demais trabalhadores do estado permanecia em atraso. O Sindjustiça-RJ (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário) foi o primeiro a pressionar pela votação dos reajustes. Esta semana, os servidores do Ministério Público também pediram o aumento. A Defensoria foi beneficiada após acordo entre os deputados e os sindicatos. Segundo a Alerj, os reajustes vão compensar perdas com a inflação e passam a vigorar no dia 1º de setembro, caso seja sancionado pelo governador. Em nota, o governo estadual reforça que Pezão é contra os reajustes e vai decidir sobre veto quando os projetos chegarem ao Executivo."Se finalmente alcançamos nosso objetivo hoje, foi porque nos organizamos, pressionamos, não cedemos e mostramos a força da organização coletiva", afirmou, em nota, o diretor do Sindijustiça, Décio Nascimento Guimarães.O sindicato diz que continuará lutando pelos percentuais de reajuste referentes aos anos de 2016, 2017 e 2018.O Tribunal de Justiça disse que ainda não foi informado do projeto e, por isso, não poderia fornecer informações sobre o custo do reajuste. Procurados, o Ministério Público e a Defensoria ainda não se manifestaram.
2018-06-28 17:31:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/deputados-do-rio-aprovam-reajustes-para-servidores-da-justica-procuradoria-e-defensoria.shtml
BNDES faz novo pagamento de R$ 30 bilhões ao Tesouro
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) efetivou nesta quinta-feira (28) o pagamento de R$ 30 bilhões ao Tesouro Nacional, informou o secretário do órgão do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.Este é o segundo pagamento de débito do banco de fomento ao Tesouro feito neste ano. No primeiro, em março, o valor pago também foi de R$ 30 bilhões.Os repasses ajudam o governo a cumprir a chamada regra de ouro. Pela norma, o presidente da República pode incorrer em crime de responsabilidade se o governo se endividar para pagar despesas de custeio, como salários de servidores.Para não ferir a regra neste ano, o governo ainda precisa equacionar um saldo negativo de R$ 102,9 bilhões.De acordo com Mansueto, já estão previstas fontes que vão suprir esse valor e, desse modo, a regra será cumprida em 2018. Entre as possibilidades colocadas na conta, está o pagamento de mais R$ 70 bilhões pelo BNDES.Um fator que deve impactar nesse cenário é o resultado deste ano do Banco Central, sob expectativa de lucro elevado por conta da alta do dólar. O lucro da autoridade monetária entra como saldo positivo para o cumprimento da regra de ouro.Se a expectativa se confirmar, a folga nas contas pode fazer com que o governo transfira para 2019 saldos que seriam aplicados neste ano.“Se tiver um pagamento grande [do BC] e a gente não precisar usar tudo que tem para fechar a regra de ouro, automaticamente isso ajuda o próximo governo, fica para o próximo ano”, disse o secretário do Tesouro.Ao comentar rumores de que o BNDES poderia adiar para 2019 o pagamento dos R$ 70 bilhões restantes, Mansueto afirmou que não houve contato formal do banco em relação a essa demanda.
2018-06-28 17:36:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/bndes-faz-novo-pagamento-de-r-30-bilhoes-ao-tesouro.shtml
Justiça manda soltar garoto brasileiro separado da mãe na fronteira dos EUA
Um juiz federal de Chicago determinou nesta quinta-feira (28) que um garoto brasileiro de 9 anos seja liberado do abrigo para menores para onde foi levado há quatro semanas, após ser separado da mãe. Eles foram apanhados ao tentar cruzar a fronteira do México com os EUA. Lidia Karine Souza, 29, foi solta de uma cadeia federal no Texas no último dia 9 e pediu asilo nos Estados Unidos. O magistrado Manish Shah decidiu que ela pode reaver a guarda do filho, Diogo.Desde sua liberação, Souza vive com parentes nas redondezas de Boston. Na terça (26), recebera permissão para visitar o filho pela primeira vez desde que foram afastados.Segundo Jesse Bless, advogado que representa a brasileira, mãe e filhos se apresentaram em 29 de maio no controle de fronteira com o México, foco da estratégia anti-imigração ilegal de Donald Trump. O advogado afirma que Souza entrou legalmente nos EUA, com autorização do Departamento de Segurança Doméstica. Depois, passou por uma verificação inicial para determinar se o pedido de asilo era válido. No dia 30, segundo o jornal New York Times, um agente disse que, como ela não havia se dirigido a um portão de entrada oficial, seu ingresso no país fora ilegal. Em 9 de junho, Souza foi liberada, sob compromisso de comparecer judicialmente para futuros procedimentos.Na quarta-feira passada (20), em meio a fortes críticas domésticas e internacionais, Trump assinou uma ordem executiva para manter as famílias unidas. Quase uma semana depois, no dia 26, um juiz da Califórnia proibiu o governo federal de separar parentes que chegam juntos à fronteira e estabeleceu prazo de até um mês para os que já foram separados se reencontrem.
2018-06-28 17:43:00
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Leilão de energia deve começar às 16h, com sete horas de atraso
Às 9h desta quinta-feira (28), a sede da B3, em São Paulo, tinha fila de investidores e analistas para acompanhar o leilão de transmissão de energia agendado para aparte da manhã.Quase sete horas depois, porém, o leilão não começou: uma decisão judicial conseguida por uma das participantes que havia sido desqualificada travou a concorrência. Agora, a previsão é que ela comece às 16h. O certame deverá leiloar 20 lotes para a construção, operação e manutenção de aproximadamente 2,6 mil quilômetros de linhas e subestações em 16 estados do país, com previsão de R$ 6 bilhões de investimentos pelos próximos 30 anos.Há 47 consórcios que vão disputar os lotes. Entre eles, há grandes grupos de energia, que já eram esperados, como a Engie, a CPFL (controlada pela chinesa State Grid), a indiana Sterlite Power, a EDP, entre outros. A liminar fora obtida por uma das empresas participantes, a Jaac Materiais e Serviços de Engenharia, que foi impedida de concorrer por uma falha no depósito das garantias para a concorrência, que estavam em desacordo com o edital. Desde o início da manhã, a AGU (Advocacia-Geral da União) vem trabalhando para reverter a decisão na Justiça. A Aneel (agência reguladora do setor) chegou a um acordo com os representantes da empresa para incluir sua participação novamente e garantir a continuidade do leilão, afirmou o diretor André Pepitone. Desde o início da manhã, a AGU (Advocacia-Geral da União) vem trabalhando para reverter a decisão na Justiça, que foi revertida à tarde. A Jaac vai participar sob júdice. Caso vença, sua participação poderá ser questionada e o segundo colocado poderá assumir, afirmou o ministro-chefe da Secretaria-Geral da República, Ronaldo Fonseca.Ao dar as boas vindas aos investidores em discurso na B3, o ministro retificou o crescimento do Brasil e sua "segurança jurídica aos investidores privados" --provocando gargalhadas do público.
2018-06-28 15:54:00
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Veja quem deve se aposentar por tempo de contribuição
O segurado que quer saber qual é o melhor tipo de aposentadoria para o seu perfil precisa avaliar alguns fatores. Além de conhecer as regras dos benefícios pagos hoje pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), é preciso analisar a sua própria situação para não sair no prejuízo ao se aposentar.Confira abaixo alguns perfis de trabalhadores que receberão mais se pedirem a aposentadoria por tempo de contribuição.Embora esse benefício tenha o desconto do fator previdenciário para quem se aposenta mais cedo, ele possui regras que permitem ao trabalhador ganhar mais.Dentre essas normas, por exemplo, está a fórmula 85/95, que começou a valer em 2015. Nela, o trabalhador consegue ter o benefício sem nenhum desconto, ou seja, recebe 100% de sua média salarial. Para isso, é preciso que o homem chegue aos 95 pontos ao somar a idade e o tempo de contribuição, e a mulher, aos 85.Outra vantagem dessa aposentadoria é para quem começou a contribuir muito cedo. Nesses casos, o trabalhador pode conseguir o fator maior do que 1, o que aumenta o benefício.Já quem sempre contribuiu pelo salário mínimo também não deve esperar. Nesses casos, mesmo com o desconto do fator, se já preencheu os requisitos, o segurado deve se aposentar. O motivo é que sua média salarial o levará a receber o salário mínimo e ele não estará perdendo renda.Para o advogado Roberto de Carvalho Santos, do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), escolher o tipo de aposentadoria a ser pedida depende muito da vida contributiva do segurado.Para saber quando se aposentar e qual benefício solicitar, a dica é ter acesso ao extrato do Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais). “O segurado deve saber qual é o histórico dele e se vale a pena pagar por mais tempo ou já pedir a aposentadoria por tempo de contribuição”, afirma o especialista. PREVIDÊNCIA Confira quando vale a pena ter o benefício A aposentadoria por tempo de contribuição é paga aos homens com 35 anos de recolhimentos ao INSS e às mulheres, com 30 anos de recolhimentosVantagensDesvantagens O principal vilão da aposentadoria por tempo de contribuição é o fator previdenciário. O índice foi criado com a intenção de fazer os brasileiros adiarem a aposentadoria, pois reduz a renda de quem pede o benefício mais cedo. O fator leva em consideração a idade da pessoa na data do pedido, a expectativa de sobrevida do segurado e dos brasileirosQuem se dá bem: 1 - Trabalhador que sempre ganhou o salário mínimo ou valores próximos deleQuem sempre teve renda no valor de um salário mínimo, hoje em R$ 954, não tem motivos para esperar O mesmo vale para o segurado que contribuiu sobre valores próximos do mínimo. O motivo é que, mesmo com a aplicação do fator previdenciário diminuindo a renda, a lei proíbe que se pague um benefício menor do que o mínimo. Para quem ganhou valores próximos, como R$ 1.000, por exemplo, o fator vai diminuir a renda e o segurado acabará recebendo uma aposentadoria no valor do salário mínimo2 - Quem já tem ou está a meses de chegar ao fator 85/95A fórmula 85/95 garante a aposentadoria sem nenhum desconto do fator previdenciário Nesses casos, os segurados ou as seguradas conseguem receber 100% da média salarial Para isso, é preciso que somem, na idade e no tempo de contribuição, 95 pontos, para os homens, e 85 pontos, para as mulheresAtenção3 - Segurado que trabalha em atividade especialOs profissionais que trabalham em atividade prejudicial à saúde conseguem a aposentadoria especial com 15, 20 ou 25 anos de INSS, dependendo do fator de risco. No entanto, quem tem apenas alguns períodos de trabalho em atividade de risco consegue converter esse tempo especial em comum Na hora de converter esses anos, eles valem mais; para a mulher, cada ano em atividade especial conta como 1,2 ano comum e para os homens, como 1,4 ano. Isso melhora o fator previdenciário e faz com que o valor do benefício seja maiorExemplo: Dez anos de período especial valem: - 14 anos de tempo comum, para os homens - 12 anos de tempo comum, para as mulheres Fique ligado Quem tem todo o período em atividade prejudicial consegue se aposentar antes e sem desconto do fator 4 - Quem começou a trabalhar cedo e pode conseguir o fator acima de 1 Os segurados que começaram a trabalhar muito cedo, por volta dos 14 anos ou até antes, levam vantagem nesse tipo de benefício. Nesses casos, o fator previdenciário, que é o vilão das aposentadorias, fica mais vantajoso; para isso, ele precisa ser maior do que 1. Quando o fator é maior, ele é usado para aumentar o valor do benefício. O fator leva em conta a idade, os anos de pagamentos à Previdência do segurado e a expectativa de vida dos brasileiros.5 - Segurado com cadastro sem falhas no INSSOs trabalhadores que não têm nenhuma falha no cadastro do INSS e não estão dispostos a esperar também levam vantagem. Com as mudanças no instituto, a aposentadoria pode ser concedida de forma automática, em até dez minutos. Dessa forma, o segurado pode deixar de pagar contribuição para começar a receber uma nova renda. É preciso se planejar Fazer o pedido de aposentadoria é uma decisão pessoal. Mas, para não ficar no prejuízo, o segurado deve se planejar bem. A dica é conferir seu histórico de contribuições ao INSS, o que pode ser feito pela internet, no site meu.inss.gov.br.Fontes: advogados Roberto de Carvalho Santos, do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), e Rômulo Saraiva
2018-06-28 16:11:00
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Leilão de transmissão das linhas de energia tem deságio médio de 55%
Após cerca de 12 horas, o leilão de linhas de transmissão de energia terminou com o maior deságio registrado em 20 anos, com um desconto médio de 55% nos 20 lotes que foram leiloados nesta quinta-feira (28), na sede da B3, em São Paulo.No setor elétrico, os preços nos leilões têm tetos. Quanto maior o desconto —chamado de deságio—, menor será o valor que o consumidor vai pagar na tarifa de energia.A concorrência ficou suspensa por sete horas, devido a uma decisão judicial, o que atrasou o início do certame. Às 9h, uma fila de investidores e analistas do setor elétrico se acumulava no local, já indicando a forte competitividade do leilão. O certame, porém, só começou por volta das 16h. Uma das participantes, a Jaac Materiais e Serviços de Engenharia, que havia sido impedida de concorrer a um dos lotes por estar em desacordo com o edital, conseguiu uma decisão liminar na Justiça que impediu a realização do leilão. ​ O imbróglio só foi resolvido horas depois. O clima no salão da B3 era de tensão, e muitos dos participantes estavam revoltados com a falta de informações por parte da Aneel (agência reguladora do setor elétrico). Ao dar as boas vindas aos investidores em discurso na B3, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da República, Ronaldo Fonseca, destacou o crescimento do Brasil e sua “segurança jurídica aos investidores privados” —provocando gargalhadas do público que estava há horas esperando que a liminar fosse derrubada. Um dos mais bem-humorados era Pratik Agarwal, presidente da empresa indiana Sterlite Power Grid, que foi a grande vencedora do leilão. “Estamos esperando há seis meses [o certame]. Algumas horas não fazem diferença.”A companhia levou seis dos 20 lotes ofertados e investirão R$ 3,64 bilhões para construir e operar as novas linhas contratadas nesta quinta. A Sterlite entrou no mercado brasileiro no ano passado. No leilão de abril, levou dois projetos de menor porte. Na concorrência de dezembro, ganharam mais um lote, o maior daquele certame. Ao fim do leilão, Agarwal parabenizou o “leilão tranquilo” e disse garantir que os projetos serão entregues no menor prazo possível. Ao todo, foram contratados 20 lotes de linhas de transmissão em 16 estados brasileiros, que exigirão investimentos de R$ 6 bilhões nos próximos 30 anos. A concorrência, que atraiu 47 grupos (entre empresas e consórcios) teve uma média de 11 proponentes por lote. Na última concorrência, a média tinha sido de 14 por lote, mas o número de projetos total era menor, de 11 lotes. Outro destaque foi a ISA Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista), controlada por uma empresa colombiana. O grupo levou dois lotes com deságios altos, de 66,65% e 73,29% —este último, o mais alto do leilão. A Jaac, empresa cuja liminar provocou o atraso de sete horas, não levou nada, mas fez um lance competitivo no maior lote da competição —uma linha de 541 quilômetros entre Ceará e Rio Grande do Norte. No entanto, acabou perdendo para os indianos da Sterlite —provocando uma comemoração entre os participantes presentes. Os investidores chineses tiveram pouca presença. A CPFL, controlada pela State Grid, foi a única a levar um projeto, no Ceará, com receita anual de R$ 7,89 milhões. O último lote, em Minas Gerais, foi colocado em disputa por volta das 21h e também foi arrematado pela Sterlite. O grupo, que reunia cerca de 30 indianos, encerraram o pregão aos gritos de “Hexa! Hexa!”O diretor da Aneel, André Pepitone, classificou o leilão como “extremamente exitoso”, e disse que a alta competitividade reflete a confiança dos investidores na regulação do setor.Entre os 20 lotes leiloados, ele destacou três, localizados no Nordeste e no norte de Minas Gerais, cujo objetivo é aumentar o escoamento da energia solar e eólica gerada nas regiões.Veja os vencedores:Lote 20 - Minas Gerais 7 proponentes Vencedor - Sterlite Power Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 65,59 milhões para R$ 31,43 milhões - 52,08% (Os indianos da Sterlite Power, que arremataram seis lotes, terminaram o leilão gritando "Hexa! Hexa!") Lote 19 - Paraná 9 proponentes Vencedor - Energisa Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 78,28 milhões para R$ 33,515 milhões - 57,18%(O lote teve uma dura disputa entre a indiana Sterlite e a Energisa)Lote 18 - Maranhão 2 proponentes (4 inscritos desistiram) Vencedor - Levado pelo consórcio IG/ESS com deságio de 23,62% Deságio - receita anual inicial caiu de caiu de R$ 10,213 milhões para R$ 7,8 milhões Lote 17 - Piauí 9 proponentes Vencedor - consórcio Lyon Energia Deságio - receita anual inicial caiu de de R$ 19,23 milhões para R$ 9,35 milhões -51,37%Lote 16 - Maranhão e Piauí 5 concorrentes Vencedor - F3C Empreendimentos Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 10,6 milhões por R$ 5,8 milhões 45,33% Lote 15 - Pará 6 proponentes (3 inscritos desistiram) Vencedor - Sterlite Power Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 91,2 milhões para R$ 61,3 milhões - 32,42%(Esse é um dos lotes considerados mais difíceis, por conta do licenciamento ambiental. O risco de a construção ter atrasos é maior, o que reduz consideravelmente a capacidade de dar descontos. A antecipação das obras é uma das formas de as empresas baixarem suas propostas, porque se conseguirem entregar antes, aumentam o tempo de exploração do ativo)Lote 14 - Rio Grande do Sul 10 proponentes Vencedor - Consórcio Lux luz (JB Construtora, JHH Participações e Total Comercializadora de Energia Elétrica e Gás Natural) Deságio - receita anual inicial caiu de caiu de R$ 9,829 mi para R$ 5,21 milhões - 47% Lote 13, Goiás 13 proponentes Vencedor - Consórcio Lux Luz (JB Construtora, JHH Participações e Total Comercializadora de Energia Elétrica e Gás Natural) Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 11,05 milhões caiu para R$ 4,988 milhões - 54,86% Lote 12 - Goiás 8 proponentes Vencedor - Sterlite Power Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 52,337 milhões para R$ 25,32 milhões - 51,62% Lote 11 - Tocantins 10 proponentes Vencedor - Lyon Energia Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 19,67 milhões para R$ 7,2 milhões - 63,39% Lote 10 - São Paulo (para atender o Vale do Paraíba) 10 proponentes Vencedor - Cteep Deságio - receita anual inicial caiu de de R$ 38,794 milhões para R$ 10,114 milhões - 73,92% Lote 9 - Ceará 8 proponentes Vencedor - CPFL (controlada pela chinesa State Grid) Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 16,693 milhões para R$ 7,885 milhões - 52,76%Lote 8 - Alagoas 8 proponentes Vencedor - Consórcio BR Energia/Enind Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 12,3 milhões caiu para R$ 8 milhões - 35,03% Lote 7 - Sergipe e Bahia 10 proponentes Vencedor - Sterlite Power Deságio - receita anual inicial caiu de de R$ 133,27 milhões para R$ 52,51 milhões - 60,59% Lote 6 - Bahia Vencedor - Consórcio Lyon Energia Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 17.427.700 para R$ 10,9 milhões - 37,45% Lote 5 - Bahia 12 proponentes Vencedor - Consórcio BR Energia / ENIND Energia (BRENERGIA, Brasil Digital telecomunicações e Enind Engenharia e construção) Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 10,544 milhoes para R$ 5,4 milhão - 48,78% Lote 4 - Paraíba 11 proponentes Vencedor - Sterlite Power Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 60.002.250,00 para R$ 25,70 milhões - 57,16% Lote 3 - Cruza Ceará e Rio Grande do Norte (541 km)11 proponentes Vencedor - Sterlite Power Deságio - receita anual inicial caiu de R$ 205,14 milhões para R$ 85,05 milhões 58,54% (O primeiro lance a ser anunciado foi justamente o do consórcio da Jaac, que participa sob júdice, com alto deságio, de 51,94%. O lance gerou forte reação entre os participantes. O seguinte, porém, gerou ainda mais comoção: a indiana Sterlite Power ofereceu o lance vencedor, com desconto de 58,54%. A derrota da Jaac foi comemorada entre os participantes no salão da B3.)Lote 2 - Rio de Janeiro 10 proponentes Vencedor - Zopone Engenharia Deságio - receita anual permitida caiu de caiu de R$ 31.055.370 para R$ 14.925.000 - 51,94% Lote 1 - Santa Catarina 11 proponentes Vencedor - consócio Columbia (Cteep vai assumir sozinha após saída da Taesa do consórcio ) Deságio - a receita anual permitida caiu de R$ 114.664.010 para 38.231.291 - 66,65%
2018-06-28 16:37:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/confira-os-vencedores-do-leilao-da-linhas-de-transmissao-de-energia.shtml
Mortes: Criou o polpettone do Jardim de Napoli, prato famoso em SP
Antonio Buonerba, ou apenas Toninho, queria aproveitar as aparas do filé à parmigiana servidos na cantina italiana da família. Combinou então a carne com diferentes temperos, recheou com mussarela, empanou e fritou. Por cima, o molho de tomate. Nascia assim o polpettone do Jardim de Napoli —que viria a ser um dos mais tradicionais pratos da capital paulista. ​A receita é um segredo familiar desde os anos 1970, dividido apenas com seu grande amigo de infância e de negócios, Adolfo Scardovelli.“Quando vendíamos 20 numa semana, achávamos um sucesso”, conta ele, que hoje calcula servir cerca de 500 por dia na cantina, em Higienópolis, e nas três lojas em shoppings que também oferecem o prato.A invenção passou a ser imitada por outros restaurantes, mas “polpettone copiado, jamais igualado”, gostava de dizer Toninho. Em vez de ficar na cantina, no entanto, o cozinheiro e empresário passava os dias no seu Boteco do Tonico, do outro lado da rua. Era onde gostava de receber os amigos e juntar todos à mesa —dos mais humildes a empresários, estrelas do futebol, políticos e artistas. Passar por lá era ouvir o ditado italiano “Chi mangia la nostra pizza vive cent’anni”, que Toninho tratou de adaptar para “Chi mangia il nostro polpettone vive cent’anni” - “Quem come nosso polpettone vive cem anos”.Toninho viveu até os 78. Nesta quinta-feira (28), morreu em decorrência de uma hemorragia intestinal. Deixou a esposa, Zilda Maria e os três filhos, Francisco, Ana e Rosana, com a responsabilidade de dar continuidade a criação que lhe rendeu diversos prêmios e continua em sigilo de família.Seu sepultamento será nesta sexta (29) às 10h, no Cemitério da Consolação.coluna.obituario@grupofolha.com.brVeja os anúncios de mortesVeja os anúncios de missas​​​​​​​ ​​
2018-06-28 16:39:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/06/mortes-criou-o-polpettone-do-jardim-de-napoli-prato-famoso-em-sp.shtml
Torcedora cai sobre taça de vidro e morre ao celebrar vitória brasileira na Copa
A torcedora Tamara Maiochi, de 30 anos, morreu por volta das 18h desta quarta-feira (27), em Itatiba (SP), após a vitória do Brasil contra a Sérvia, em partida pela Copa do Mundo.Segundo as investigações, a vítima subiu em uma cadeira, se desequilibrou e caiu sobre uma taça de vidro, cujos cacos atingiram o pescoço. O ferimento gerou uma hemorragia e Tamara morreu antes da chegada do atendimento médico.O delegado Tiago Vieira Oliveira, do 1° Distrito Policial de Itatiba, diz que, a princípio, a polícia não trabalha com a hipótese de crime. De acordo com ele, o caso foi registrado como "morte suspeita/acidental" porque antes das investigações não é possível definir com certeza o que ocorreu.No entanto, ele afirma que todas as testemunhas narraram os mesmos fatos. Algumas pessoas que estavam presentes ainda serão ouvidas. Uma perícia também foi realizada no local.Nascida em Conchal (SP), Tamara morava em Itatiba. Segundo informações de suas redes sociais, ela trabalhava em uma empresa especializada na fabricação de embalagens para cosméticos.No dia 26 de abril, Tamara escreveu uma publicação sobre aprender a partir de experiências alheias. "Algumas experiências em nossas vidas podem servir de exemplo para os outros. Sem expor, mas alertar.Nunca achamos que vai acontecer conosco. Mas acontece... O acidente. A quase morte. (...) Na minha vida e religião, o espiritismo, acredito que tudo tem um porquê."Desde sua morte, amigos têm escrito homenagens nas redes sociais. "Algo que ela sempre falou: fique em volta de pessoas que queiram seu bem e sua felicidade, que te coloquem pra cima. Você Tamara, foi essa pessoa", publicou uma colega."Menina linda...Cheia de vida...Cheia de luz... Um pedaço de nós se foi, porque cumpriu sua missão aqui com sabedoria, amor e caridade!", escreveu outra amiga.
2018-06-28 16:41:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/06/torcedora-cai-sobre-taca-de-vidro-e-morre-ao-celebrar-vitoria-brasileira-na-copa.shtml
Bélgica bate Inglaterra e entra na rota do Brasil em eventual fase de quartas
A seleção da Bélgica bem que tentou evitar o resultado, mas o talento daquela que é considerada a melhor geração do futebol de seu país acabou prevalecendo e colocou o time na chave mais recheada de campeões mundiais da Copa.Ao vencer a Inglaterra por 1 a 0, gol do atacante reserva Januzaj, os belgas pegarão o Japão nas oitavas de final. A partir daí, é a proverbial pedreira. Nas quartas, na hipótese de o Brasil superar o México, estará o pentacampeão time de Tite. Na semifinal, Argentina (campeã em 1978 e 1986), França (1998) ou Uruguai (1930 e 1950), além do Portugal de Cristiano Ronaldo. A vida da Inglaterra é, pelo critério da tradição dos adversários, bem mais simples. No seu horizonte, a única campeã é a Espanha (título de 2010), a quem pegará na semifinal se ambos os times avançarem em sua chave. “Nossa prioridade é o Japão, nosso próximo jogo. Essa Copa é muito imprevisível, não faz sentido fazer projeções agora. Vamos enfrentar quem vier à frente”, afirmou o técnico da Bélgica, o espanhol Roberto Martínez. Na véspera do jogo, tanto ele quanto o treinador inglês, Gareth Southgate, fizeram juras ao clichê de que não se pode escolher adversário. Mas a realidade estava dada na escalação. Nada menos que nove belgas e oito ingleses que começaram o jogo eram reservas. Martínez e Southgate deram a mesma justificativa: como estavam classificados, era preciso poupar o time para eventuais jogos com prorrogação daqui para a frente. As estrelas dos times foram de fato poupadas –algumas até com motivo, como o astro belga De Bruyne, pendurado com um amarelo, e o vice-artilheiro da Copa Lukaku, voltando de lesão. Harry Kane, o artilheiro da Copa com cinco gols e destaque do time inglês, não entrou em campo. “Eu posso ser criticado, mas tinha de fazer minhas escolhas. Veja a Colômbia, perdeu um jogador importante hoje [James Rodriguez], nós não precisávamos correr esse risco”, afirmou Southgate. No primeiro tempo, os times até que tiveram algumas chances de gol, em especial os belgas. Um chute aos 6min de Tielmans obrigou uma defesa bonita de Pickford. Três minutos depois, uma bola espirrada quase entrou na meta inglesa, sendo salva por Cahill em cima da linha. Empatados em todos os critérios regulares, sobrava o fair play. A Inglaterra começou o jogo com dois cartões amarelos, contra três da Bélgica. Os belgas não perderam tempo. Tomaram dois cartões já na primeira etapa, evitando que uma eventual punição aos ingleses levasse a decisão da liderança do grupo a um sorteio. Muito vaiados do meio para o fim da primeira etapa, a exemplo do que ocorrera na terça (26) no empate entre França e Dinamarca, os times voltaram ao segundo tempo com ânimo renovado. A Bélgica tocava bolas com mais objetividade e, logo aos 6min, Januzaj acertou um belo chute no canto esquerdo de Pickford. Passados os primeiros 20 minutos, foi a vez de a Inglaterra jogar confortavelmente pela derrota. Mesmo quando teve um gol feito à mão, o atacante Rashford chutou desajeitadamente para fora. O jogo seguiu em banho-maria. Aos 30min, a primeira estrela belga deixou o banco, o zagueiro Kompany. Perto do fim, aos 40min, foi a vez do atacante Mertens, e houve duas chances claras de ampliar o marcador para os belgas. A partida teve 33.973 espectadores, e um número visivelmente maior de fãs ingleses presentes do que nos outros dois jogos que o time disputou no grupo. Na véspera, Southgate havia reclamado da falta de presença de torcedores, creditando à difícil fase do relacionamento entre Rússia e Reino Unido. Ele admitiu: as pessoas estavam com temores, para ele infundados, de visitar a Rússia. Alguns dos fãs presentes chegaram a fazer bate-volta, vindos da vizinha Polônia, para ver o jogo sem precisar se hospedar em solo russo. Em março, o governo britânico acusou diretamente o Kremlin de envenenar um ex-espião russo na Inglaterra, o que levou a uma expulsão mútua de diplomatas e diversas acusações de lado a lado. ​A rivalidade surgiu brevemente no meio do segundo tempo, quando o canto de “Rússia” dos torcedores locais foi respondido pela execução do hino britânico pela charanga inglesa, cantado a plenos pulmões pelos visitantes.
2018-06-28 16:52:00
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Esporte
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2018/06/belgica-bate-inglaterra-e-entra-na-rota-do-brasil-em-eventual-fase-de-quartas.shtml
Ministro do STF dá habeas corpus a Cunha, que deve continuar preso
O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu habeas corpus ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso em Curitiba. A decisão liminar (provisória) se refere a um processo que Cunha enfrenta na Justiça Federal no Rio Grande do Norte.Na prática, o ex-deputado, preso desde outubro de 2016, não deverá ser solto, porque há outros três decretos de prisão expedidos contra ele pela Justiça Federal no Paraná e em Brasília.“Defiro a liminar. Expeçam alvará de soltura a ser cumprido com as cautelas próprias: caso o paciente [Cunha] não esteja recolhido por motivo diverso da prisão preventiva retratada no processo [...] da 14ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte”, escreveu Marco Aurélio na decisão.O processo é sobre desvios em obras no Rio Grande do Norte, um desdobramento da Lava Jato que envolve empreiteiras e o também ex-deputado Henrique Alves (MDB-RN).O primeiro decreto de prisão contra Cunha foi expedido pelo juiz Sergio Moro em outubro de 2016 por envolvimento em desvios na Petrobras. Por esse caso ele já foi condenado em segunda instância no ano passado, com pena fixada em 14 anos e seis meses de prisão.Em janeiro deste ano, Cunha foi condenado pela Justiça Federal no Distrito Federal a 24 anos e dez meses de prisão, por acusação de desviar dinheiro da Caixa Econômica Federal.
2018-06-28 16:53:00
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https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/06/ministro-do-stf-da-habeas-corpus-a-cunha-que-deve-continuar-preso.shtml
TCE aprova contas de Alckmin, mas aponta sigilo do governo sobre renúncia fiscal
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) aprovou nesta quinta (28) as contas do governo de São Paulo relativas ao exercício fiscal de 2017, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB).Um dos conselheiros, o substituto Samy Wurman, fez ressalvas às contas mas foi voto vencido. Ele criticou o modo como o governo repassa recursos para terceirizados na área de saúde e sobre precatórios.Outros conselheiros criticaram a falta de transparência sobre a renúncia fiscal, que foi objeto de ressalva no julgamento das contas de 2016.Segundo o relator das contas, Edgard Rodrigues, e o Ministério Público de Contas, a Secretaria da Fazenda não forneceu informações sobre os descontos de ICMS que oferece a empresas que pudessem embasar a fiscalização do TCE. No ano passado, o órgão criticou a falta de transparência no benefício. Disse que não se sabia quem o recebia e qual é o impacto da isenção de impostos nas contas públicas, um descumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal. O tribunal, então, ressalvou pela segunda vez na história as contas do governo paulista. Caso não cumprisse a determinação, a administração poderia ter as contas rejeitadas.Desta vez, a questão dos benefícios fiscais virou uma recomendação, uma advertência mais leve —segundo Rodrigues disse à Folha, porque os conselheiros não conseguiram dados para verificar se houve irregularidade ou não. A corte disse entender que desonerações de ICMS, no contexto de crise e guerra fiscal entre os estados, estimula a economia. No entanto, a falta de transparência da Secretaria da Fazenda foi objeto de severas críticas dos conselheiros, que exigiram que a pasta entregue em 90 dias um plano de ação para mudar a prática. A justificativa do governo para o TCE é que não pode expor informações financeiras sigilosas sobre as empresas atendidas.Para o relator, no entanto, não há razão para que um órgão de fiscalização como o Tribunal de Contas não possa acompanhar a concessão do benefício."É irrefragável o dever da Fazenda de disponibilizar esses dados", afirmou Rodrigues. "O Tribunal vai saber lidar com informações de dados sigilosos. Não há razão para que não tenha acesso."Para 2018, a estimativa de perda de arrecadação, é de R$ 20,5 bilhões. Os conselheiros também pedem que a Fazenda adeque as desonerações a determinações do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Políticas Fazendárias e não mais conceda benefícios sem respaldo em lei. Dos 293 benefícios que concedeu em 2017, 80 foram apenas por decreto do Executivo, segundo o Ministério Público de Contas.
2018-06-28 15:22:00
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Fachin libera pedido de liberdade de Lula para plenário do STF julgar
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin pediu na manhã desta quinta-feira (28) que o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Lula seja incluído na pauta de julgamentos do plenário. Na segunda (25), Fachin, que é relator dos processos que envolvem Lula no STF, havia decidido enviar a petição da defesa do petista para a análise do plenário, composto pelos 11 ministros, e não mais da Segunda Turma, formada por cinco.Na ocasião, Fachin determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifestasse sobre o caso no prazo legal (15 dias), o que gerou a expectativa de que o julgamento em plenário fosse ficar para agosto, após o recesso forense.A defesa de Lula, porém, informou que entrou com uma reclamação na Segunda Turma na noite desta quarta (27) pedindo a revisão da decisão de Fachin de enviar o pedido para o plenário. Para a defesa, o ministro violou o princípio do juiz natural (que seria a turma) sem justificativa adequada.Agora, Fachin liberou o pedido de Lula para o Pleno julgar. Não há data para que isso aconteça. Cabe à presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, marcar a data do julgamento.A petição da defesa pleiteia a suspensão da execução da pena, com a libertação ou a substituição da prisão por medidas cautelares, sob o argumento de que os recursos às instâncias superiores têm plausibilidade e poderão modificar a condenação.
2018-06-28 15:03:00
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https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/06/fachin-libera-pedido-de-liberdade-de-lula-para-plenario-do-stf-julgar.shtml
Hugo Gloss vai apresentar festival com Shawn Mendes e Nick Jonas em Goiânia
Caberá ao influenciador Hugo Gloss apresentar as atrações nacionais e internacionais do Festival Villa Mix, que acontece no próximo fim de semana em Goiânia.A lista de 18 atrações inclui nomes como os sertanejos Jorge e Mateus, Simone e Simaria e Wesley Safadão e os internacionais Nick Jonas, ex-integrante do Jonas Brothers, e o canadense Shawn Mendes, autor dos hits "In My Blood" e "Stitches"."Nunca pensei que iria pisar no maior palco do mundo e apresentar ao vivo atrações tão importantes", disse Hugo Gloss, que já se aventurou como apresentador em um reality de cabelos que vai ao ar pelo SBT e no Oscar de 2017 e 2018, pelo canal de TV paga TNT. "O perigo é eu não querer mais sair do palco com tanta gente poderosa se apresentando", brinca o blogueiro.A oitava edição do festival começa neste sábado (30), a partir das 12h, e termina no domingo (1º).O palco tem 15 mil m² e foi construído no estacionamento do Estádio Serra Dourada. As apresentações devem ocorrer também no backstage. Cerca de 70 mil pessoas devem passar pelo festival nos dois dias.
2018-06-28 15:49:00
musica
Música
https://f5.folha.uol.com.br/musica/2018/06/hugo-gloss-vai-apresentar-festival-com-shawn-mendes-e-nick-jonas-em-goiania.shtml
Contas públicas têm rombo de R$ 11 bi em maio, melhor do que o esperado
As contas públicas registraram déficit de R$ 11,02 bilhões em maio, rombo 63,5% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, descontada a inflação.Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Tesouro Nacional, as receitas líquidas do governo tiveram uma alta de 9,8% no mês, na comparação com maio de 2017, alcançando R$ 87,76 bilhões. Por outro lado, as despesas tiveram uma queda real de 7,2%, ficando em R$ 102,28 bilhões.“O déficit foi melhor que o esperado. Claro que em uma economia com um deficit tão grande, ninguém pode ficar feliz com o resultado”, disse o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. De acordo com o Tesouro, o resultado é melhor do que o esperado e reflete fatores positivos tanto no campo da receita, quanto nas despesas. Entre os fatores que contribuíram positivamente para o resultado está a antecipação do pagamento pelo governo de precatórios e sentenças judiciais, que neste ano foram feitas em março e abril. No ano passado, esses pagamentos foram feitos em maio e junho.O resultado do mês passado também sofreu impacto do resgate de R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano.Os números se referem às contas do governo central, que incluem os resultados do Tesouro, do Banco Central e da Previdência. Nos primeiros cinco meses do ano, o déficit primário chega a R$ 16,45 bilhões.Já no acumulado dos últimos 12 meses, o rombo nas contas públicas está em R$ 106,19 bilhões. A meta fiscal para este ano é de um déficit de R$ 159 bilhões.De acordo com o Tesouro, os dados ainda não trazem reflexos do aumento das despesas decorrente do programa de subsídios ao diesel, fruto do acordo feito pelo governo com o objetivo de encerrar a paralisação dos caminhoneiros.
2018-06-28 15:52:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/contas-do-governo-tem-deficit-de-r-1102-bilhoes-e-maio.shtml
Governo corre para derrubar decisão contra privatizações, que impacta Eletrobras, diz ministro
O governo federal está confiante de que será possível derrubar uma liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski que exige consulta prévia ao Legislativo antes de privatizações para evitar que a decisão judicial impeça a realização de um leilão para a venda de seis distribuidoras de eletricidade da estatal Eletrobras, disse o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco."Claro que acredito que haverá de prevalecer o bom senso, e o bom senso indica que a melhor solução sob todos pontos de vista é a realização da transferência (do controle das distribuidoras) para empresas privadas, que estão inclusive interessadas", afirmou Moreira Franco.O leilão das distribuidoras está agendado para 26 de julho.O ministro, que falou ao chegar para um leilão de concessões para linhas de transmissão de energia agendado para esta quinta-feira (28), mas que ainda não foi iniciado também devido a uma decisão judicial, disse ainda que os obstáculos jurídicos para a realização do certame foram solucionados."A questão jurídica já está resolvida, agora está se cumprindo aí questões de natureza burocrática e creio que rapidamente o leilão começará", disse ele, sem citar um horário.O leilão estava previsto para iniciar às 9h. Mais
2018-06-28 12:57:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/governo-corre-para-derrubar-decisao-contra-privatizacoes-que-impacta-eletrobras-diz-ministro.shtml
Depoimento: Ator Hugo Bonemer afirma que a 'sexualidade se descobre, não se constrói'
Hugo Bonemer, 30, primo do âncora do Jornal Nacional William Bonner, aproveitou a pergunta de uma repórter sobre sua suposta namorada para deixar claro: "Não, é ele". Foi assim que o ator tornou pública sua orientação sexual, em março deste ano.Em suas redes sociais, Bonemer já se posicionava contra a homofobia e pedia por respeito. Em uma postagem de 2017, por exemplo, ele disse que "não há pecado maior do que obrigar alguém a ser infeliz". Na imagem compartilhada, constava a frase "amor alheio não é da conta de ninguém. Discurso de ódio é da conta de todos." Nesta quinta (28), em que é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBT, Bonemer, que namora o também ator Conrado Helt, aceitou o convite do F5 para fazer um depoimento contando um pouco sobre sua história, que inclui medo e preconceito dentro da própria família. E conclui: "Tenho que respeitar a verdade de quem não está pronto pra colocar o amor acima de um preconceito". Quando eu era garoto, questionar se alguém namorava sempre era seguido do coro, meio em festa meio em deboche, do “tá namorando”. Aos 30, um repórter me perguntou se eu namorava e eu disse que sim. Passei tanto tempo com medo de ouvir aquela musiquinha e, de repente, não tive mais. Uma vez contei para minha avó a história de um garoto que nasceu ouvindo que estava errado existir. Ele se apaixonava por garotos. Passou a mentir, dizendo que gostava mesmo era das garotas. Exagerava no trato, dizia que gostava muito delas e que odiava muito os outros que não estavam sendo tão espertos quanto ele. Os que não sabiam mentir.Sempre teve brinquedos de garoto, usava verde e azul, mas seus bonecos do Comandos em Ação namoravam entre si. Mentia bem. Ou quase bem. A escolha para adaptação natural foi mentir. Só que, certa vez, esse garoto ouviu que quem mente para mãe não poderia estar íntegro. Mais de uma vez se deparou com alguém que questionou seu caráter. Isso mexeu com ele.“Quem mente pra própria mãe é capaz de mentir pra qualquer outra pessoa. Uai... Então quem conta a verdade pra mãe logo não tem medo de contar a verdade pra quem quer que seja?” É. A escolha passou a ser a felicidade.Minha avó achou tudo lindo. Disse que esse garoto tinha, era, que ser feliz! Eu disse a ela que o garoto era eu. Ela não fala comigo desde então. Mas essa escolha já é dela. Contar a verdade mostra as verdadeiras cores das pessoas. Dói perder algumas delas. Eu compreendo que as pessoas cresceram acreditando, ouvindo e repercutindo que todo mundo nasce igual e qualquer coisa diferente é algum tipo de defeito. Que sexualidade se constrói com boa educação. Eu não tenho muque para enfrentar tantos anos de repetição.Ainda assim, a verdade é o que mais nos falta e isso qualquer um respeita. Esse valor qualquer um reconhece. O que vamos fazer a partir daí é só incerteza. Sexualidade se descobre, não se constrói. Essa é a minha verdade. Eu tenho que respeitar a verdade de quem não está pronto pra colocar o amor acima de um preconceito. Que chama desamor de opinião. Que diz que está tudo bem desde que não veja.Eu determino o meu espaço e torço pela regulamentação do que é crime, para que menos gente ache que mentir é uma possível escolha, e que aqueles que não quiseram ou souberam mentir não sofram, não devolvam, e não se vejam na posição de vilões, cobrando uma conta que não dá para pagar.Sempre que alguém fala em escolhas penso logo em samba-enredo. Um ano de trabalho de tanta gente talentosa, e me corta o coração quando o que cantam não acompanha a graça da avenida. Penso em letras que não fazem sentido e parecem ser um apanhado de metáforas (aparentemente) a pedido de patrocinadores.“O lobisomem veio ao céu, an-ga-ri-oou, na luz de um vagalume antecipou, sempre lado a lado...” E tantas frases que me fazem pensar nas escolhas que faço na vida. Perceba em um samba-enredo de hoje em dia a quantidade de talento e criatividade diluídos em escolhas. Fico com medo de transformar a minha vida num samba-enredo assim. Foco no “Explode Coração” por algum tempo, mas, no fundo, sei que uma eternidade dessas também não é palpável. Então, o que eu quero?Se minha vida inteira fosse o trabalho de um ano de uma escola de samba, meu maior medo seria carregar uma fantasia de 80 kg ao longo dessa avenida enquanto alguém canta a minha vida por mim. Será que a minha alegria estaria representada naquela letra? E a minha dedicação de um ano de trabalho? Minha dor? Suor? E o sorrisão abertão do “apesar de tudo”. Na dúvida do que vou ouvir sobre mim nesse samba, prefiro me imaginar pelado, sem peso nos ombros, vulnerável e forte ao mesmo tempo. Hugo Bonemer é ator, dublador e músico. Já atuou em novelas como "Malhação" e "A Lei do Amor" e em peças como "Ayrton Senna, o Musical" e "Yank! O Musical"
2018-06-28 13:00:00
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Celebridades
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2018/06/depoimento-ator-hugo-bonemer-afirma-que-a-sexualidade-se-descobre-nao-se-constroi.shtml
BC não irá sinalizar tendência para juros básicos, diz Ilan
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quinta-feira (28) que não irá sinalizar uma tendência para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), no final de julho. Na ata da última reunião, o comitê já havia evitado sinalizar os próximos passos."Não achamos que o momento rende indicação futura devido à incerteza. Temos choque na economia, que avaliar como os choques vão repercutir na atividade, se há algum impacto mais perene, algum efeito secundário", disse Goldfajn, durante a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação. "Não acreditamos que o momento é de indicação futura". O presidente do BC disse ainda que os próximos dados sobre inflação e atividade estarão contaminados pela paralisação dos caminhoneiros. Para junho, por exemplo, o BC projeta uma inflação de 1,06%."Os próximos dados vão estar contaminados pelo choque da greve, tanto no caso da atividade econômica quanto da inflação. Vamos ter que separar os impactos desse choque do que é mais perene no longo prazo". Goldfajn ressaltou a necessidade do Brasil realizar reformas estruturais para resistir a choques externos."Por algum tempo falamos do cenário benigno internacional, mas alertamos que não podíamos contar com esse cenário para sempre, que não seria perene", afirmou. "Portanto esse risco [de choque externo impactando a economia brasileira] se intensificou na última reunião do Copom", completou.
2018-06-28 13:04:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/bc-nao-ira-sinalizar-tendencia-para-juros-basicos-diz-ilan.shtml
Sem ministro negro, Temer cria cota racial de 30% para estagiários
O presidente Michel Temer assinou decreto nesta quinta-feira (28) que garante que 30% das vagas de estágio na administração pública sejam destinadas a jovens negros. A criação da cota racial será publicada nesta sexta-feira (29) no Diário Oficial da União e a intenção do Ministério dos Direitos Humanos é de que ela seja estendida para o Ministério Público. Segundo o secretário nacional de igualdade racial, Juvenal Araújo, a adoção do percentual é facultativa e depende da adesão das empresas públicas."Todos os órgãos do governo federal com certeza farão essa adesão. Hoje, tivemos a Petrobras, o Banco do Nordeste, a Caixa e o Banco do Brasil. O direcionamento é para que todos façam", disse.Em discurso, no Palácio do Planalto, o presidente disse que está dando "mais oportunidades a uma população que enfrenta histórico de exclusão". Hoje, contudo, nenhum dos 29 ministros é negro. A única representante do movimento era a desembargadora aposentada Luislinda Valois, demitida em fevereiro do comando dos Direitos Humanos."Isso é um documento histórico de inclusão social. Nós estamos dando mais oportunidades a uma população que enfrenta histórico de exclusão e que é vitima das mais diferentes formas", disse. No evento, o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, lembrou que o percentual adotado é superior aos 20% previstos na lei de cotas raciais para vagas em concursos públicos. "A assinatura do decreto demonstra o comprometimento do governo federal com a promoção dos direitos humanos", disse.
2018-06-28 13:26:00
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Sparrings ajudam Argentina na Copa e provocam brasileiros
Os argentinos foram surpreendidos no retorno a Bronnitsi (base da seleção no Mundial, a 55 km de Moscou) após a vitória sobre a Nigéria, em São Petersburgo. Vinte e dois garotos os esperavam e começaram a cantar e pular, ensandecidos, assim que os jogadores entraram na concentração.A festa foi preparada pelos sparrings da seleção, 22 jovens das categorias de base de equipes do país sul-americano que acompanham os veteranos para ajudar nos treinos.A maioria dos jogadores, que obtiveram a vaga para as oitavas de forma dramática, com um gol a quatro minutos do fim marcado por Marcos Rojo, entrou na brincadeira e começou a cantar música composta por torcedores para a Copa do Mundo. Ao ritmo da canção “Imposible” (Impossível, em espanhol), da banda Callejeros (a preferida de Jorge Sampaoli), cantaram que “todos los brazucas se pondrán a llorar porque este año la copa se la lleva papá” [todos os brazucas se colocarão a chorar porque este ano o papai (se referindo a eles mesmos) vai levar a Copa].Os jogadores já conheciam a letra da música. O zagueiro Nicolás Otamendi filmou os companheiros a cantando no ônibus saindo do estádio de São Petersburgo logo após o jogo contra a Nigéria.É uma tradição da Argentina. A cada mundial, um grupo de atletas das categorias de base acompanha o time profissional na Copa do Mundo. Pode servir como primeira experiência no torneio para quem anos depois talvez esteja na equipe principal.Dos 23 convocados por Sampaoli, cinco foram sparrings no passado: Mascherano (2002), Di María, Fazio e Mercado (2006) e Tagliafico (2010).Um dos exemplos de tristeza que Mascherano usa para dizer estar “cansado de comer merda” (se referindo à sequência de frustrações pela seleção) é desse tempo.Há imagens dele na arquibancada do jogo contra a Suécia na Copa do Mundo sediada por Coreia do Sul e Japão. Todos ao redor comemoram o gol de empate de Crespo, anotado nos acréscimos. Menos o volante. Ele sabia que não seria suficiente para evitar a eliminação. A Argentina necessitaria da vitória que não chegou.“É uma experiência boa para ter o primeiro contato sobre o que representa a seleção argentina e o nível que se espera em um Mundial”, afirma Di María.Nos treinos em Bronnitsi, Sampaoli usa os garotos especialmente como adversários dos titulares, nas situações em que tenta espelhar o que o próximo rival argentino fará em campo, mas alguns deles podem ser colocados no mesmo time de Lionel Messi.É o caso de Thiago Almada, 17, meia-atacante do Vélez Sarsfield. Entre os sparrings na Rússia, ele é o maior candidato a estar no próximo Mundial, no Catar, em 2022, já com a seleção principal.Almada é comparado a Carlos Tevez pelo estilo que o atacante tinha quando apareceu no Boca Juniors, mas também por ser de Fuerte Apache, o perigoso e pobre bairro da periferia de Buenos Aires de onde saiu o jogador que foi campeão brasileiro de 2005 pelo Corinthians e que hoje está de volta ao Boca depois de jogar na Europa e na China.“Aprendo muito com eles e os admiro. Cada vez que treinam trato de escutá-los, de olhar o que fazem. Eles me tratam muito bem, com respeito, e me cumprimentam quando nos vemos. Javier Mascherano sempre me pergunta como estou, como me sinto. Sou um pouco tímido e tenho vergonha de falar com eles e pedir conselhos”, disse Almada antes da Copa do Mundo ao diário argentino La Nación.A ideia dos sparrings nasceu de um clube de Rosário chamado Renato Cesarini, que se dedica apenas a revelar jogadores nas categorias de base. A agremiação costumava levar seus atletas para acompanhar a seleção principal nos Mundiais.No grupo de garotos que acompanha a seleção de Sampaoli na Rússia há três jogadores do Boca Juniors, equipe mais representada entre os sparrings de 2018.
2018-06-28 13:39:00
esporte
Esporte
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2018/06/sparrings-ajudam-argentina-na-copa-e-provocam-brasileiros.shtml
Saiba como ganhar mais na aposentadoria por idade
A aposentadoria por idade é o benefício mais vantajoso para quem começou a trabalhar mais tarde ou teve muitos “buracos” em suas contribuições, como em períodos de informalidade. Uma vantagem desse tipo de concessão é que o cálculo do benefício não tem o desconto do temido fator previdenciário. Para ter o direito a essa aposentadoria, o trabalhador precisa combinar dois requisitos, a idade e o tempo de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).As mulheres precisam completar 60 anos, e os homens, 65. O tempo de contribuição mínimo é de 15 anos, o equivalente a 180 contribuições. Segurados mais velhos, que completaram idade mínima até 2010 e já estavam inscritos no INSS em 24 de julho de 1991, conseguem o benefício com menos tempo de contribuição, entre cinco anos e 14 anos e seis meses.Os demais, ao pedirem a aposentadoria com 15 anos, garantem 85% da média salarial no cálculo da aposentadoria, uma espécie de cota mínima. Cada ano a mais de contribuição ao INSS adiciona 1% a essa cota.Portanto, o segurado que chega a 30 anos de contribuição sai do INSS com uma aposentadoria integral e receberá 100% da média de seus maiores salários em reais. Um detalhe a que o trabalhador deve ficar atento é a quantidade de meses de contribuição lançados no cadastro. A regra da aposentadoria por idade prevê o acréscimo de 1% a cada grupo de 12 contribuições pagas. Por isso, há vantagem em sempre fechar um ano completo, senão, os meses a mais não vão contar. Veja as principais regrasEntenda o cálculo1 - O INSS calcula a média salarial O sistema corrige todas as remunerações do segurado desde julho de 1994 Depois, seleciona os 80% maiores salários e define a média salarial2 - O coeficiente de cálculo é definido Esse índice depende de quantos anos de contribuição o segurado tem Nesse cálculo, todo o período é considerado, e não apenas desde julho de 1994O cálculo será: 70% da média salarial + 1% para cada ano de contribuição85% - é o percentual mínimo para quem tem o tempo mínimo de contribuição Complete um ano de pagamentos A regra da aposentadoria por idade prevê que sejam usados grupos de 12 contribuições Portanto, apenas anos cheios entram no cálculoExemplo: Um segurado com 26 anos e 7 meses de contribuição Somente 26 anos serão considerados no cálculo do benefício Os sete meses serão descartadosO fator previdenciário Os percentuais da média salarial são limitados a 100% Portanto, quem tiver 30 anos de contribuição receberá uma aposentadoria por idade igual à média salarial O fator previdenciário poderá ser aplicado, mas exigirá mais tempo do segurado Por exemplo, aos 66 anos, o segurado precisará de 33 anos de contribuição para receber um aumento na aposentadoria Com isso, o fator dele será de 1,045 e aumentará sua média salarial Regras para o pedido Tempo mínimo de contribuição: 15 anos para homens e mulheres Idade mínima: 65 anos para homens e 60 anos, para mulheres Fontes: INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e reportagem
2018-06-28 11:06:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/saiba-como-ganhar-mais-na-aposentadoria-por-idade.shtml
Fuzis apreendidos no Galeão são doados para a Polícia Civil do Rio
O Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro entregou nesta quinta (28) para a Polícia Civil do estado 60 fuzis apreendidos em junho do ano passado, no Aeroporto Internacional do Galeão. A doação faz parte das medidas emergenciais da intervenção e foi autorizada pelo Exército, em parecer favorável em um processo na 8ª Vara Federal Criminal.Segundo o gabinete, todos os fuzis passaram por testes para assegurar seu funcionamento e segurança e estão em "perfeitas condições". As armas, apreendidas pela Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos), incluem 15 unidades do modelo AR-10 e 45 do modelo AK-47. Em dez anos, o Rio teve 2.545 fuzis apreendidos. A apreensão desses fuzis em 2017, no entanto, foi considerada a maior do gênero no período. A carga foi avaliada em R$ 4,8 milhões, e quatro suspeitos de envolvimento do contrabando de armas foram presos.Apesar de 2017 ter sido um ano atípico, com um número superior de apreensões, a média após o início da intervenção no Rio mostra que a atividade não impactou essa atividade, que se aproxima de médias de anos anteriores. Números do Instituto de Segurança Pública, ligado ao governo do Rio, mostram que a apreensão de fuzis, submetralhadoras e metralhadoras caiu nos três meses completos após a ação federal.De março a maio foram retiradas de circulação 92 armas desse calibre no estado. No ano passado foram 145 no mesmo período.Reduzir a quantidade de traficantes circulando armados pelas favelas é um dos objetivos a curto prazo da intervenção federal na segurança do Rio, segundo afirmou o interventor e general Walter Braga Netto em um evento no mês de junho. “Temos que diminuir aquela ostensividade que estava existindo no Rio”, afirmou ele na ocasião.Os fuzis —que são de uso restrito das forças de segurança e chegam a custar R$ 50 mil no mercado clandestino— são considerados um dos pesadelos no estado.Eles representavam 3,3% de todas as armas apreendidas no Rio em 2014, o que é bastante alto. Para se ter uma ideia, em São Paulo a taxa era de 0,8%, segundo o levantamento mais recente disponível, do Instituto Sou da Paz.
2018-06-28 11:38:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/06/fuzis-apreendidos-no-galeao-sao-doados-para-a-policia-civil-do-rio.shtml
Após dois encontros com Wagner, Lula chama Haddad a Curitiba
A pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad viaja nesta quinta-feira (29) a Curitiba para visitar o petista na carceragem da Polícia Federal. Mais Além de Haddad, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), se reunirá com o ex-presidente.Convidado na terça-feira (27), Haddad fará sua segunda visita a Lula, a exemplo do ex-governador Jaques Wagner, que já esteve duas vezes com o ex-presidente.Para um dirigente petista, essa é uma amostra do malabarismo de Lula para desidratar a ideia de que já tenha um preferido para substituí-lo na disputa presidencial.Lula rechaça o debate sobre plano B.
2018-06-28 12:19:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/06/apos-dois-encontros-com-wagner-lula-chama-haddad-a-curitiba.shtml
Leilão de energia é suspenso e deixa fila de investidores à espera
O leilão de linhas de transmissão, previsto para ocorrer nesta quinta-feira (28), na sede da B3, em São Paulo, às 9h, está suspenso por ordem judicial.A liminar foi obtida por uma das empresas participantes, a JAAC, que foi impedida de concorrer por uma falha no depósito das garantias para a concorrência, que estavam em desacordo com o edital. A AGU (Advocacia-Geral da União) tenta reverter a decisão na Justiça.A intenção é que a participação da companhia no leilão seja garantida, e que a concorrência seja mantida, afirma o diretor da Aneel (agência reguladora do setor) André Pepitone.O saguão da B3 está lotado de investidores e analistas do setor, o que indica que a forte concorrência dos leilões do ano passado se manteve. Do lado de fora da bolsa, há filas para entrar.O certame deverá leiloar 20 lotes para a construção, operação e manutenção de aproximadamente 2,6 mil quilômetros de linhas e subestações em 16 estados do país, com previsão de R$ 6 bilhões de investimentos pelos próximos 30 anos.A retomada do leilão chegou a ser anunciada --a ideia era inverter a ordem dos lotes, deixando o lote em que a Jaac concorria por último. Logo em seguida, porém, foi anunciada nova suspensão.Ainda não há previsão para que a concorrência ocorra.
2018-06-28 09:54:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/leilao-de-energia-e-suspenso-por-ordem-judicial.shtml
Pabllo Vittar faz carta de amor para público LGBT internacional
Pabllo Vittar, 23, foi convidada pela Billboard americana para escrever uma carta para o público LGBT+, em uma ação especial do mês do Orgulho Gay —nesta quinta (28), é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBT.A mensagem da brasileira foi publicada nesta quarta (27), mas outros famosos como Jason Mraz, Barbra Streisand, Elton John e Sia participaram ao longo das últimas semanas. No texto, escrito em inglês e português, Pabllo diz ser irônico viver em um país alegre e divertido que, ao mesmo tempo, é a nação que mais mata pessoas LGBT no mundo. "Eu sou um cantor gay e também uma drag queen em um país extremamente preconceituoso, o Brasil", começa ela. Mais Phabullo Rodrigues da Silva (seu nome de batismo), sofreu bullying quando criança. Nascido em São Luís (MA), Phabullo é gêmeo de Phamella e tem outra irmã, Pollyana Rodrigues, um ano mais velha. Filho da enfermeira Veronica, não conheceu seu pai, que abandonou a mãe ainda grávida.Na carta, a cantora narra que sempre teve o apoio de sua família para lutar por seus sonhos e seguir com a carreira artística —o modo que encontrou para se expressar. "Espero que de alguma maneira eu também inspire outras pessoas a serem elas mesmas, independente do medo e de todas as coisas ruins que nos rodeiam."Pabllo levanta a bandeira pelo fim da homofobia em todos os aspectos de sua vida. Em abril deste ano, a cantora lançou o clipe de "Indestrutível", que aborda a violência contra homossexuais. Em junho, participou também da Parada LGBTQ em São Paulo, em que vestiu uma roupa estampada com manchetes sobre homofobia. Na mensagem em que escreveu para a Billboard, Pabllo deixa um incentivo. "Não é fácil, mas juntos nossas vozes soam mais alto e quanto mais barulho fizermos, mais difícil será para ignorarem nosso pedido de igualdade."
2018-06-28 10:00:00
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https://f5.folha.uol.com.br/musica/2018/06/pablo-vittar-faz-carta-de-amor-para-publico-lgbt-internacional.shtml