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Doria diz que vai vetar venda de bebidas em estádios de SP | O governador João Doria (PSDB) afirmou que vai vetar lei aprovada pela Assembleia Legislativa que autorizava a venda de bebida alcoólica nos estádios paulistas. A afirmação foi feita durante coletiva nesta sexta-feira (14), no Palácio dos Bandeirantes, que tinha como tema a greve contra a reforma da Previdência. Doria disse que o governo consultou a Procuradoria do Estado, que considerou o projeto inconstitucional. “Sendo inconstitucional, o governador não pode sancionar”, disse. Mais tarde, na noite desta sexta, a Federação Paulista de Futebol (FPF) rebateu o líder do executivo em nota."Não existe nenhuma lei federal que proíba a venda de bebida alcoólica nos estádios. O estatuto do torcedor não é contrário à venda de bebidas. Cabe ao Estado de São Paulo fazer a sua determinação, conforme outros diversos Estados já estão fazendo", disse André Sica, advogado especialista em direito desportivo e membro da Comussão Jurídica da FPF.O PL 1363/2015 tem autoria de Itamar Borges (MDB) e foi votado pelo plenário da Alesp após passar por comissões da casa também neste ano.Segundo o projeto de lei, a venda será autorizada uma hora e meia antes do início das partidas e encerrada uma hora após o término, pelas lanchonetes e bares dos estádios.“Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta lei, as bebidas com teor alcoólico entre 6 a 9 % vol.”, diz o texto, que ainda discrimina que a comercialização deve ser feita em embalagens de plástico descartável que não pode ultrapassar os 500 ml.O PL cita a experiência na Copa do Mundo de 2014, quando a venda foi permitida, como exemplo de que não há impedimento para a regularização da prática. Ressalta ainda que um dos objetivos da lei é impedir que bebidas sejam vendidas de forma clandestina. | 2019-06-14 14:38:00 | esporte | Esporte | https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/06/doria-diz-que-vai-vetar-venda-de-bebidas-em-estadios-de-sp.shtml |
Petrobras Failed to Pay out Promised Awards to Films in 2018 | At least four films awarded by Petrobras in ceremonies held at the country's largest film festivals last year did not receive their promised awards - between R$ 100,000 and R$ 200,000 - even though the films were used to promote the state-owned company. The prizes were intended to boost the films’ distribution in Brazil. For example, the feature film "Meio Irmão”, directed by Eliane Coster, won an award at the São Paulo International Film Festival last October. The production should have receive R$ 200 thousand.The same happened to the documentary "Tower of the Maidens," which won five awards at the Mostra and the Rio Festival, including the best film chosen by the public. The film should have received R$ 100 thousand. At the Brasília Festival, the documentaries "Bixa Travesti" by Claudia Priscilla and Kiko Goifman, and "The Other Side of Memory" by André Luiz Oliveira faced the same situation.At least three of the winning films collide ideologically with the Bolsonaro government, noting that the president has already asked the management of Banco do Brasil to censure an ad that celebrated the diversity of races and genres.In the president's view, "what can not be allowed is the use of workers' money for it [the nature of the content of propaganda]. It's not censorship, it's respect of the the Brazilian population. "Asked about the cancellation of the award payments, Petrobras spokesmen said that "the company's sponsorship budget was reduced in light of the company's resilience plan, released in March," and that "some sponsorships are being reevaluated ".Translated by Kiratiana FreelonRead the article in the original language | 2019-06-14 13:21:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/internacional/en/culture/2019/06/petrobras-failed-to-pay-out-promised-awards-to-films-in-2018.shtml |
Depoimento: Clóvis, o grande | Clóvis Rossi era um gigante, e apreciaria o trocadilho pueril com seu 1,98 m de altura. Mas a enormidade que evocamos todos é a de sua presença, capaz de mudar coberturas jornalísticas e também outros jornalistas.Sua grandeza estava, de fato, no caráter generoso com colegas, diligente com as fontes (muitas das quais virariam amigos, a despeito de serem fustigadas em seus textos) e voraz com a reportagem. Ter entre seus muitos prêmios um Maria Moors Cabot, um dos mais prestigiosos do nosso meio, atribuído pela Universidade Columbia (EUA), era para ele motivo de orgulho, nunca de vaidade, jamais uma citação para aumentar a cotação de suas opiniões —as quais colocava sempre no mesmo patamar daquelas de seu interlocutor.Ao contrário de colegas cuja arrogância engorda com os aplausos recebidos, Clóvis nunca se impressionou com a reverência alheia. Era solícito e interessado por todos, dos repórteres iniciantes, a quem dedicava elogios, aos diretores de Redação, aos quais nunca se furtou de contestar. Era, também, atento aos leitores, tratando-os com um respeito que raramente resiste às caixas de comentários da internet. Essa dedicação era mútua: no perfil do leitor da Folha, aferido em 2018 pelo Datafolha, Clóvis estava, em meio à longa lista disponível, no punhado de colunistas citados como motivação principal para assinar o jornal.Não somos poucos os que fomos auxiliados, incentivados e aconselhados por ele. Em sua generosidade imensa, gostava de nomear “sucessores”, chefes preferidos, repórteres com futuros brilhantes.Mesmo quando o pessimismo o abatia, porque um bom repórter não se blinda de crises, Clóvis não deixava a vontade de fazer jornalismo arrefecer, nem a dele nem a nossa. Ele brincava, com algum sarcasmo, maquinava, insistia. E como era persistente! Escreveu até seu último dia.Os jornalistas que tivemos a sorte de passar pelo caderno Mundo da Folha, seu espaço de preferência na última década, sabíamos que podíamos contar com suas análises lúcidas e suas reportagens abrangentes a qualquer hora do dia, a qualquer dia do ano. Invariavelmente, os textos chegariam claros e contundentes, muitas vezes minutos após o ocorrido, a ligar todos os pontos que elucidavam o assunto.Compartilhava memórias, fontes, sugestões, histórias, dicas, indicações e ensinamentos com abnegação. Àqueles a quem coube a tarefa impossível de substituí-lo em coberturas internacionais, quando a idade já cerceava seus voos mais ousados, dedicava sempre elogios e incentivos, como se alguém fosse dar conta do que ele fazia.(Em 2017, lamentou-se que, pela primeira vez em 25 anos, não passaria o aniversário, o 25 de janeiro, cobrindo o Fórum Econômico de Davos, pois um problema nas costas o impedia de caminhar na neve dos Alpes. Antes de eu embarcar, me convidou para um almoço no qual me explicou pacientemente a rotina. Quando voltei, exaurida, me recebeu com um orgulho que só posso chamar de paternal.)Muitas vezes ele acreditava mais em nossa capacidade do que nós mesmos, nossos chefes ou nossos leitores. Citava colegas em suas colunas sempre com adjetivos reverentes. E não só colegas. A lanchonete pé-sujo que por décadas resistiu ao lado da Redação ostentava, em um quadro no caixa, a coluna em que ele citara o estabelecimento.Comprava brigas, sim, mas jamais rancores. Tinha uma habilidade de persuasão e um carisma que mesmo no dissenso prevaleciam. Não há nem haverá outro ou outra como o Clóvis entre nós. A profissão que em agosto passado perdeu uma bússola, Otavio Frias Filho, menos de dez meses depois perde um dínamo.Mas o Clóvis era tanto, era tão imenso, que deixa um pouco dele em cada um que o conheceu. Em seu sotaque paulistano típico, seu humor galhofeiro e suas observações argutas ecoarão para sempre nos ouvidos dos que cruzamos com ele.E, oxalá, também em nossas palavras, reportagens e edições. | 2019-06-14 13:18:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/depoimento-clovis-o-grande.shtml |
Bolsonaro rompe su silencio sobre Moro, quita importancia a los mensajes y asegura que su legado no tiene precio | El presidente Jair Bolsonaro (PSL) rompió su silencio y minimizó el jueves los efectos de la filtración de mensajes del ministro Sergio Moro (Justicia) en los que intercambia colaboraciones con el fiscal Deltan Dallagnol, en el marco de la Operación Lava Jato."Lo que [Moro] hizo no tiene precio, él realmente mostró las vísceras del poder, la promiscuidad del poder en cuanto a corrupción", dijo el presidente tras un evento en el Palacio del Planalto."Petrobras casi quebró, los fondos de pensiones quebraron, el propio BNDES - he hablado de eso aquí-, en la época R$ 400 mil millones y algo fueron entregados a compañeros comunistas y amigos del rey", concluyó Bolsonaro sobre el legado del ministro de Justicia y ex juez federal.Bolsonaro dijo además que Moro "forma parte de la historia de Brasil" y afirmó que las pruebas contra el expresidente Lula, detenido tras la investigación de la Lava Jato, no fueron pruebas forzadas.Asimismo, cuestionó la veracidad del intercambio de mensajes publicados el pasado domingo (9) por el sitio de noticias The Intercept Brasil. Y dijo que si sus conversaciones privadas llegan al público, él mismo también será criticado."Si filtran el mío [celular], hay muchas bromas que hago con colegas, entonces me llamarán de nuevo de todo lo que me llamaron durante la campaña. Hubo una filtración delictiva, una invasión criminal, tanto si lo que está siendo filtrado es verdad o no".Al ser preguntado si considera normal que un juez y un fiscal hablen sobre una investigación en curso, devolvió la pregunta sobre si lo normal es "hablar con cambistas".Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGALea el artículo original | 2019-06-14 12:37:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/internacional/es/brasil/2019/06/bolsonaro-rompe-su-silencio-respecto-a-moro-quita-importancia-a-los-mensajes-y-asegura-que-su-legado-no-tiene-precio.shtml |
Bolsonaro indica que pode editar nova MP sobre gratuidade de bagagens | O presidente Jair Bolsonaro disse que avalia sancionar na íntegra a medida provisória que abre capital para as estrangeiras. Para solucionar a questão de gratuidade das bagagens, o presidente disse que considera a possibilidade de editar uma nova MP para permitir que as empresas low cost (baixo custo) possam cobrar de seus passageiros. A declaração foi feita na manhã desta sexta-feira (14), durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, incluindo a reportagem da Folha.Bolsonaro disse que a melhor decisão política —que agrada a população— seria manter a gratuidade, mas que por uma avaliação econômica, o melhor seja restringir o direito de despachar malas sem custos. O prazo final para sanção é a próxima segunda-feira (17).A medida provisória (MP) que abre 100% do setor aéreo ao capital estrangeiro foi apresentada pelo governo de Michel Temer e aprovada pelo Congresso em maio. Entre os trechos do texto que será convertido em lei, consta o item sobre a gratuidade de bagagens.O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) encaminhou uma recomendação à Casa Civil da Presidência para que a gratuidade fosse vetada. Há um questionamento do mercado sobre se a gratuidade das bagagens não impediria a entrada de empresas low cost no país. Essa questão ocorre em meio à crise da Avianca, que entrou com pedido de recuperação judicial no final do ano passado e cancelou uma série de voos no país. As empresas aéreas no Brasil estavam autorizadas a cobrar pela bagagem despachada desde dezembro de 2016, quando a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) editou uma resolução sobre o tema. Desde então, os passageiros podem levar sem pagar apenas 10 kg em bagagem de mão nas rotas nacionais.A MP das aéreas estabeleceu que a franquia mínima de bagagem despachada deve ser de 23 kg para as aeronaves com mais de 31 assentos. Para os aviões menores, a franquia será de 18 kg (até 31 assentos) e de 10 kg (até 20 lugares). A medida provisória, agora, só depende da sanção do presidente. | 2019-06-14 12:36:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06/bolsonaro-indica-que-pode-editar-nova-mp-sobre-gratuidade-de-bagagens.shtml |
Bolsonaro diz que 'não cometeu erro grave' como presidente | O presidente Jair Bolsonaro disse não ter cometido "nenhum erro grave" durante os quase seis meses em que está no cargo. A declaração foi feita na manhã desta sexta-feira (14), durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, incluindo a reportagem da Folha.O presidente foi questionado sobre seu maior acerto e erro desde que assumiu o governo.Um dia depois de ter demitido o ministro Carlos Alberto Santos Cruz da Secretaria de Governo, ele destacou a equipe ministerial como sua maior virtude.Ele disse que o cargo faz com que ele leve "pancada atrás de pancada" e que tem criptonita em sua cadeira.O presidente disse que continua usando WhatsApp para se comunicar e, questionado sobre se teme ser criticado caso vazem suas mensagens, disse estar "se controlando" para evitar piadas. "Perdemos o direito de fazer piadas, não pode chamar cearense de cabeçudo, gaúcho de super macho, goiano de dupla sertaneja", afirmou. "Tudo vira um super escândalo."O presidente disse ainda que não está preocupado com sua imagem para 2022, quando serão realizadas novas eleições presidenciais e negou ser populista ao ser comparado com líderes da direita na Europa.Questionado sobre a interferência do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), um de seus filhos, no governo, o presidente disse que há dois meses ele está afastado de suas contas das redes sociais.“Há 2 meses que não tem interferência dele nas redes sociais”, disse Bolsonaro. Carlos é conhecido como “pitbull” da família.Bolsonaro reconheceu que “tem uma atenção especial” pelo filho e que costuma ouvi-lo, mas ponderou que nem sempre acata suas opiniões.Ele disse que o vereador “às vezes exagera”, mas que “está contido neste ímpeto”. | 2019-06-14 13:31:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/bolsonaro-diz-que-nao-cometeu-erro-grave-como-presidente.shtml |
Leia seleção de colunas marcantes de Clóvis Rossi na Folha | O jornalista Clóvis Rossi, morto na madrugada desta sexta-feira (14), aos 76 anos, escreveu na Folha durante quase 40 anos. Como repórter, fez coberturas de eventos históricos, viagens de vários presidentes brasileiros, Copas do Mundo e Olimpíada e foi correspondente da Folha em Buenos Aires e Madri. Desde 1987, assinava colunas no jornal sobre variados temas, dentre os quais política brasileira e internacional, além de opiniões sobre economia, esporte ou alguma cena quente do noticiário. Abaixo, uma seleção de colunas marcantes, da mais recente à mais antiga de todas, publicadas por Rossi na Folha. Boletim médico12.jun.2019 - a última colunaServe a presente coluna para explicar minha ausência desde domingo (9) nas páginas desta Folha.É uma satisfação devida ao leitor, se é que há algum. Sofri um micro-infarto na sexta (7), fiz a angioplastia, recebi um stent e, na terça (11), outra angioplastia, com mais quatro stents.Leia mais Cenas explícitas de absurdos em exibição em um país perto de você20.mai.2019Iniciei minha vida profissional, em 1963, cobrindo momentos da conspiração que desaguaria no golpe de 1964. Tenho, portanto, 56 anos de estrada no acompanhamento de crises neste país tropical que parece viciado nelas.Com tanta experiência, confesso que jamais vi uma crise como a que se desenrola nestes meses. Não sei dizer se é mais ou menos grave que alguma outra ou que todas as outras. Não há um metro exato para medir cada crise.Leia mais Acabou, Nicolás, fuja enquanto dá23.jan.2019 - a coluna mais lida de Rossi nos últimos dois anosNunca vi, em tantos e tantos anos de cobertura de manifestações de massa, uma multidão tão impressionante como a que se reuniu nesta quarta-feira (23) em Caracas para repudiar a ditadura de Nicolás Maduro. Não resta, pois, a mais remota dúvida de que a Venezuela em massa rejeita Nicolás Maduro. Leia mais Só Deus pode salvar o novo Itamaraty 15.nov.2018 Lembra-se do Cabo Daciolo, aquele candidato presidencial cujo bordão permanente era “Glória a Deus"? Pois é, uma versão teoricamente intelectualizada do Cabo acaba de ser escalada para o Itamaraty.Chama-se Ernesto Henrique Fraga Araújo.Leia mais Moro reprovado no teste da mulher de César2.nov.2018Não há como provar que Moro condenou Luiz Inácio Lula da Silva para afastá-lo da disputa eleitoral e, assim, abrir o caminho para outro candidato, que acabou sendo Jair Bolsonaro, o que agora convida o juiz para ser um superministro da Justiça.O próprio Bolsonaro deu corda na suspeição, ao dizer que o trabalho de Moro, "muito bem feito", o ajudara a crescer politicamente.Leia mais Um país primitivo prestes a regredir mais19.out.2018 Não há como não pensar em Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda nazista, ao ler o texto da extraordinária repórter que é Patrícia Campos Mello sobre a máquina de ”fake news” montada por empresários admiradores de Jair Bolsonaro para atacar Fernando Haddad. A Goebbels se atribui a frase "uma mentira mil vezes repetida vira verdade". Os admiradores de Bolsonaro superaram Goebbels: em vez de "uma mentira" dispararam milhares delas.Leia mais A raiva venceu. Apertará confirmo dia 28?8.out.2018Para parafrasear um slogan que se tornou viral, como se diz hoje, oresultado do primeiro turno pode ser lido como a raiva venceu a esperança (ou qualquer outro sentimento positivo).Pensando bem, não é que a raiva venceu no domingo. Na verdade, ela já vinha vencendo antes, desde pelo menos 2013, o ano dos grandes protestos contra, basicamente, tudo o que está aí. Leia mais O problema não é Bolsonaro, é quem vota nele11.set.2018 O problema não é Jair Bolsonaro. O problema são os que se dispõem a votar nele e que constituem, segundo o mais recente Datafolha, um terço dos eleitores (no segundo turno). Ou, mais corretamente, o problema é o sinal enviado por essa parcela do eleitorado. Leia mais Desisto, a civilização não é para o Brasil29.mai.2018Que Michel Temer é despreparado para presidir a República não chega a ser propriamente uma novidade. Se não fosse um político medíocre, teria sido lembrado (pelo menos lembrado) para ser o candidato de algum partido ao governo do seu Estado (não foi lembrado nem para ser candidato a prefeito de sua cidade).Ainda assim, choca o colossal fracasso dele e do conjunto do governo para lidar com o locaute das transportadoras, travestido de greve de caminhoneiros. Leia mais Quando a democracia era só festa15.jun.2017As mulheres despindo-se pouco a pouco nos cartazes dos cinemas na Gran Vía, a principal rua do centro de Madri. Essa é uma das imagens que mais me marcaram na cobertura da transição espanhola do autoritarismo para a democracia, que completa nesta quinta-feira (15) exatos 40 anos, a contar da eleição geral de 1977.Ditaduras, quaisquer que sejam, impõem um véu de hipocrisia à sociedade, do qual faz parte cobrir o corpo das mulheres (e dos homens também) como se expô-los fosse um grito de liberdade que deveria ser calado.Leia mais Memórias da esperança17.jun.2003Minha primeira viagem internacional foi justamente a Assunção, para disputar (e ganhar) um sul-americano de basquete (de clubes), pelo E. C. Sírio. Faz mais de 40 anos.Assunção parecia muito pobre e muito sem futuro, porque capital do único país sob ditadura entre aqueles que cabiam no horizonte de um moleque de 17 para 18 anos (o Uruguai, a Argentina e o próprio Paraguai).Leia mais Banespa, cérebro e alma 22.nov.2000 Já escrevi mais de uma vez, neste espaço, que, entre minhas incontáveis e enormes qualidades, não está a de ser nacionalista.Ainda assim, acabou sendo um choque a ilustração publicada na capa da Folha de ontem, em que a bandeira do banco espanhol Santander substitui a do Estado de São Paulo no topo do edifício do Banespa. Leia mais Um mau começo29.ago.1987A segunda e decisiva fase dos trabalhos constituintes começou ontem no exato nível do subdesenvolvimento político e cultural do país: o presidente da Comissão de Sistematização, senador Afonso Arinos, recebeu para almoçou e para uma discussão sobre o sistema de governo quatro dos ministros militares, que, como todo mundo o sabe, são as pessoas investidas da representatividade e do saber político e jurídico indicado para debater esse tipo de questão. Leia mais O teste de Medeiros26.ago.1987 - a primeira coluna publicada na FolhaCinco dias depois da malograda greve geral que o transformou em estrela em ascensão do sindicalismo brasileiro, Luis Antônio de Medeiros, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, começou, ontem [25 de junho de 1987] pela manhã, a preparar-se para o verdadeiro teste de sua liderança: a campanha salarial dos metalúrgicos paulistanos, cuja data-base é novembro. Leia mais | 2019-06-14 13:38:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/leia-selecao-de-colunas-marcantes-de-clovis-rossi-na-folha.shtml |
SBT Notícias acaba e dá mais espaço ao matinal Primeiro Impacto | O SBT divulgou uma nota confirmando o fim do SBT Notícias. O jornalístico sai do ar a partir de segunda-feira (17). Parte da equipe de jornalistas foi demitida e a programação, reorganizada.As apresentadoras Karyn Bravo e Analice Nicolau já estavam na lista dos que foram dispensados nesta quinta-feira (13), segundo informou o colunista Flávio Ricco, do UOL.Com o fim deste telejornal da madrugada, o início do matinal Primeiro Impacto será antecipado em duas horas, começando às 4 horas. Haverá reapresentação do noturno SBT Brasil às 3h15 da manhã. O Jornal da Semana voltará a ser exibido aos domingos, às 6h.Parte da equipe do SBT Notícias será transferida para o Primeiro Impacto, informou a emissora.A Record e a CNN, por outro lado, anunciaram contratações. Sérgio Aguiar, ex-GloboNews, é mais um nome na mira da TV de Edir Macedo, que acaba de contratar Ivan Moré, ex-Globo Esporte, como nos relatou o colunista do UOL Flávio Ricco.Já a CNN Brasil oficializou a contratação de William Waack como seu principal âncora, e de Evaristo Costa, ex-apresentador do Jornal Hoje, que fará um programa semanal de Londres, misturando informação e entretenimento.A repaginação da Record vai na contramão da Globo, que tem enxugado seu quadro de altos salários e vem cortando vencimentos de um ano para cá. | 2019-06-14 12:12:00 | televisao | Televisão | https://f5.folha.uol.com.br/televisao/2019/06/sbt-noticias-acaba-e-da-mais-espaco-ao-matinal-primeiro-impacto.shtml |
El Supremo de Brasil tipifica la homofobia como delito penal similar al racismo | El Tribunal Supremo (Tribunal Supremo Federal) decidió el jueves tipificar la homofobia y la transfobia como un delito equivalente al racismo y por tanto debe tipificarse como tal.El juicio comenzó en febrero y concluyó el jueves, cuando cinco magistrados presentaron sus votos.La mayoría a favor de equiparar la homofobia y transfobia ya había sido constituida el 23 de mayo. No obstante, este jueves, el juicio acabó con el siguiente marcador: 8 a favor y 3 en contra de equiparar la homofobia a los delitos de racismo.El presidente de la Corte, Dias Toffoli, y el magistrado Ricardo Lewandowski entendieron que apenas debería ser declarado que el Congreso fue omiso al no votar una ley en ese sentido. Ya que desde su punto de vista, corresponde al Legislativo la criminalización de una determinada conducta.Ya Marco Aurelio Mello manifestó que el Supremo tampoco puede establecer que el Legislativo fue omiso.Por su parte, el magistrado Celso de Mello, instructor del caso, dijo que la decisión del Supremo de este jueves no interfiere ni compromete la libertad religiosa.En este sentido se asegura la libertad para que líderes religiosos puedan argumentar en sus cultos que conductas homoafectivas no están de acuerdo con sus creencias. "Siempre y cuando tales manifestaciones no configuren discurso de odio, entendidas como las exteriorizaciones que inciten a la discriminación, la hostilidad o la violencia contra las personas en razón de su orientación sexual o de su identidad de género", declaró el decano.El jueves, la magistrada Carmen Lúcia defendió la criminalización de la homofobia y citó casos de violencia contra la población LGBT.Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGALea el artículo original | 2019-06-14 12:29:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/internacional/es/brasil/2019/06/el-supremo-de-brasil-tipifica-la-homofobia-como-delito-penal-similar-al-racismo.shtml |
Bolsonaro diz que STF 'se equivocou' ao criminalizar homofobia e volta a defender ministro evangélico | O presidente Jair Bolsonaro disse que o STF (Supremo Tribunal Federal) cometeu um equívoco ao criminalizar a homofobia e voltou a defender que a corte tenha um ministro evangélico.Ele também disse que é "uma possibilidade grande" a de indicar o ministro da Justiça Sergio Moro para o STF.As declarações foram feitas na manhã desta sexta-feira (14), durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, incluindo a reportagem da Folha.Na opinião do presidente, a corte está "legislando" ao decidir desta forma e, em sua visão, isso "aprofunda a divisão de classes". "Isso prejudica o próprio homossexual", afirmou.Para Bolsonaro, a tipificação da homofobia como crime vai criar empecilhos para que homossexuais consigam emprego. Ele defende que um empregador vai ter receio de contratar gays com medo de cometer algum crime."Não tem na testa que ele é gay", disse. Questionado se pretendia indicar um ministro evangélico para o STF, como disse há duas semanas, o presidente respondeu de forma afirmativa. "Especialmente agora", disse, em referência ao julgamento concluído na quinta (13). "Tem que ter equilíbrio", afirmou. Bolsonaro voltou a negar que ao querer nomear um evangélico para o tribunal esteja misturando religião com política.Sobre ter ministro evangélico, Bolsonaro disse que “não custa nada ter um evangélico” no STF. O presidente disse ainda que não existe necessidade de tipificar homofobia como crime porque “a pessoa que discrimina por si só vai ser deixada de lado”.O julgamento que culminou com a criminalização da homofobia começou em fevereiro e foi concluído na quinta-feira (13), quando cinco ministros apresentaram seus votos.A maioria pela equiparação da homofobia e transfobia ao racismo já havia sido formada no tribunal na sessão realizada no dia 23 de maio. Na última quinta-feira, o placar no Supremo terminou em 8 votos a 3 a favor de equiparar a homofobia aos crimes de racismo.Foram julgados dois processos que pediam que o STF reconhecesse a omissão do Congresso ao deixar de criminalizar a homofobia. Os autores são a ABLGT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais) e o PPS.O ministro Celso de Mello, relator de uma das ações, disse que a decisão do Supremo desta quinta-feira “não interfere nem compromete a liberdade religiosa.”Dessa forma, fica assegurada, nesse sentido, a liberdade para que líderes religiosos possam argumentar em seus cultos que condutas homoafetivas não estão de acordo com suas crenças. “Desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio, assim entendidas as exteriorizações que incitem a discriminação, a hostilidade ou a violência contra pessoas em razão da sua orientação sexual ou da sua identidade de gênero”, afirmou o decano. Mais | 2019-06-14 12:27:00 | cotidiano | Cotidiano | https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/06/bolsonaro-diz-que-stf-se-equivocou-ao-criminalizar-homofobia-e-volta-a-defender-ministro-evangelico.shtml |
Centrais veem avanços em relatório da Previdência, mas ainda reclamam de idade mínima | Um grupo de diretores e representantes sindicais se reuniu em frente a um prédio do INSS na região central de São Paulo nesta sexta-feira (14). Protestavam em defesa da aposentadoria e contra a reforma da Previdência.Dirigentes reconheceram avanços na proposta apresentada na véspera pelo relator da comissão especial na Câmara dos Deputados, Samuel Moreira, em relação ao texto do governo."Por essa o [presidente Jair] Bolsonaro não esperava. Os governadores pegaram reivindicações das centrais e conseguiram garantir mudanças a favor dos trabalhadores", disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Ele citou como exemplos a retirada do relatório de mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e na aposentadoria rural, bem como da previsão do sistema de capitalização, em que cada trabalhador faria sua própria poupança.Ricardo Patah, presidente da UGT, diz que a entidade ainda está analisando a proposta do relator, mas que "a sensação geral é de que não é tão ruim quanto já foi". Segundo ele, a permanência das regras básicas da aposentadoria na Constituição foi um ganho. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do governo possibilitava que futuras mudanças em temas como idade mínima, tempo de contribuição e reajuste dos benefícios, entre outros, fossem feitas por lei complementar, cuja aprovação é mais fácil.Para a UGT, no entanto, estados e municípios deveriam ter sido incluídos no texto, como previa o projeto original.As centrais reunidas, contando também com CUT, CTB, CGTB, Intersindical, Nova Central, ainda reclamavam, porém, da elevação da idade mínima e do tempo de contribuição. O relator Samuel Moreira (PSDB) manteve em seu parecer o aumento da idade mínima para 65 (homem) e 62 (mulher), bem como o tempo de contribuição dos homens em 20 anos. Para as mulheres, no entanto, propôs reduzir a exigência para 15 anos. "É um avanço em relação à proposta do governo. Mas como a proposta do governo é horrorosa, não temos concordância e queremos a retirada como um todo", afirma Vagner Freitas, presidente da CUT.A maior central sindical do Brasil diz que o país deveria dar prioridade para discutir uma reforma tributária que cobrasse mais imposto dos mais ricos. Tramita no Congresso uma PEC para mexer na tributação de bens e serviços.Para Juruna, o projeto da Previdência vai ser debatido na Câmara e no Senado de todo o modo e cabe às centrais participarem desse debate. "A Força vai defender que devemos fazer nosso trabalho", disse.Outra central sindical, a CSP-Conlutas, se contrapôs as demais e afirmou em nota que diverge da posição de que houve avanços com o relatório.A central disse que é preciso fazer novas ações para derrubar a prposta."A CSP-Conlutas entende que depois de um dia vitorioso de Greve Geral, a tarefa dos dirigentes das centrais é apontar novos passos da mobilização contra essa proposta nefasta de Reforma da Previdência e não fazer elogios ao relatório da comissão." Na nota, o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes afirma que a proposta segue prejudicando os mais pobres, além de ampliar a idade mínima de homens e mulheres.“Não concordamos com esse tipo de declaração e reafirmamos o nosso compromisso com a unidade para derrotar a reforma. É hora de seguir nas ruas”, afirma.. | 2019-06-14 12:27:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06/centrais-veem-avancos-em-relatorio-da-previdencia-mas-ainda-reclamam-de-idade-minima.shtml |
Bolsonaro diz que saída de Santos Cruz constrange, mas 'separação foi amigável' | Um dia depois de demitir o ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo, o presidente Jair Bolsonaro disse que a decisão de tirá-lo do governo foi "constrangimento para os dois", mas comparou o episódio a uma relação conjugal ao dizer que houve uma "separação amigável". A declaração foi feita na manhã desta sexta-feira (14), durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, incluindo a reportagem da Folha.De acordo com Bolsonaro, a saída de Santos Cruz não se deveu a nenhum episódio específico, mas disse de forma genérica que "alguns problemas aconteceram". "Não houve gota d'água", afirmou. Bolsonaro disse ainda que existe um grande companheirismo com Santos Cruz, quem conheceu ainda na década de 1980.Segundo ele, embora considere que Santos Cruz "cumpriu sua missão" à frente da Secretaria de Governo, as portas estão abertas para que ele ocupe outro cargo em sua gestão e que "seria muito bom" se ele aceitasse alguma função. O presidente disse ainda que após a saída de Santos Cruz, ele deve fazer algumas modificações na estrutura da pasta e nas funções a ela atribuída. O cargo será assumido pelo general Luiz Eduardo Ramos, a quem Bolsonaro elogiou como alguém que tem "bom relacionamento com a imprensa".Bolsonaro negou ainda que a demissão de Santos Cruz tenha alguma relação com críticas feitas pelo escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro, e pela ala ideológica de seu governo, ligada aos filhos do presidente.Ele disse não ter visto "nenhuma comemoração" nas redes sociais sobre a saída do ministro. Desde que chegou ao Planalto, em janeiro, Santos Cruz se envolveu em seguidas crises com os filhos do presidente, além de um embate com o escritor Olavo de Carvalho. A comunicação de governo era um dos principais pontos de disputa. Antes de Santos Cruz, já haviam sido demitidos por Bolsonaro os ministros Gustavo Bebianno (Secretaria Geral), por causa da crise das candidaturas de laranjas do PSL, e Ricardo Vélez Rodríguez (Educação), pelas falhas de gestão na pasta.No caso de Bebianno, a queda também ocorreu em meio a embate com a ala ideológica do governo e após ataques do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), estrategista do presidente nas redes sociais. Questionado sobre a interferência do filho Carlos no governo, o presidente disse que há dois meses ele está afastado de suas contas das redes sociais.“Há dois meses que não tem interferência dele nas redes sociais”, disse Bolsonaro.Bolsonaro reconheceu que “tem uma atenção especial” pelo filho e que costuma ouvi-lo, mas ponderou que nem sempre acata suas opiniões.Ele disse que o vereador “às vezes exagera”, mas que “está contido neste ímpeto”. | 2019-06-14 11:27:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/bolsonaro-diz-que-tirar-santos-cruz-constrange-mas-separacao-foi-amigavel.shtml |
Bolsonaro diz que vai demitir presidente dos Correios por 'comportamento de sindicalista' | O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta sexta-feira (14) que vai demitir o presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, por ele ter se comportado como "sindicalista".Ao final de um café da manhã com jornalistas, o presidente comentou que deve exonerar Juarez nos próximos dias por seus gestos durante audiência pública na Câmara. Desagradou o presidente o fato de o general ter tirado foto com parlamentares de esquerda e de ter dito que não haverá privatização dos Correios, como é planejado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.Ele disse ainda que está estudando um substituto para o cargo. Bolsonaro recebeu jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto para um café da manhã nesta sexta. A declaração sobre o presidente da estatal se deu quando ele comentava sobre a saída do general Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo, formalizada na quinta (13).Procurada pela Folha, a assessoria dos Correios informou que , por enquanto, não vai se manifestar.O presidente Bolsonaro demitiu na quinta-feira (13) o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo da Presidência da República.A queda do ministro, antecipada pela Folha, foi a terceira no primeiro escalão em menos de seis meses de mandato. O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, confirmou que Santos Cruz será substituído pelo general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, que é comandante militar do Sudeste.Desde que chegou ao Planalto, em janeiro, Santos Cruz se envolveu em seguidas crises com os filhos do presidente, além de um embate com o escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro. A comunicação de governo era um dos principais pontos de disputa. Santos Cruz foi avisado de sua demissão em reunião com o presidente e com o ministro Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que ocorreu 12h20 no Palácio do Planalto, pouco antes de Bolsonaro decolar para Belém para uma agenda de governo. | 2019-06-14 11:08:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06/bolsonaro-diz-que-vai-demitir-presidente-dos-correios-por-comportamento-de-sindicalista.shtml |
Bolsonaro diz 'não ver maldade' nos diálogos de Moro com Deltan Dallagnol | Ao comentar o vazamento de mensagens do ministro Sergio Moro (Justiça), o presidente Jair Bolsonaro disse "não ver maldade" nos diálogos envolvendo o titular da pasta e a Lava Jato. "Não vejo nenhuma maldade em advogado conversar com promotor, Polícia Federal falar com promotor. Tem que se falar para achar denúncia robusta", afirmou, referindo-se a Moro, mas sem citar o cargo de juiz, ocupado por ele até aceitar o convite para integrar o governo.Em café da manhã com jornalistas que cobrem o Planalto, incluindo a reportagem da Folha, na manhã desta sexta-feira (14), o presidente começou a falar espontaneamente sobre Moro ao dizer que sabia que os repórteres entrariam no assunto. Diálogos exibidos pelo site The Intercept mostram que, enquanto era juiz da Lava Jato, Moro discutia com o procurador Deltan Dallagnol processos em andamento e comentava pedidos feitos à Justiça pelo Ministério Público Federal.Bolsonaro justificou o silêncio que manteve por quatro dias sobre o caso dizendo que "uma imagem vale mais que mil palavras". Como exemplo, citou o fato de ter junto com Moro a uma evento da Marinha, na terça (11), de quem permaneceu ao lado durante a cerimônia.Questionado sobre os desdobramentos que as mensagens podem trazer para a Lava Jato, Bolsonaro minimizou e disse que o Brasil tem muito a agradecer ao ex-juiz. Ele mencionou o fato de ter sido apresentado "há algumas semanas" a um aplicativo que pode simular troca de mensagens no celular, mas evitou afirmar que desconfia de que as conversas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol tenham sido forjadas.Bolsonaro disse apenas que o "primeiro crime é a invasão".Sobre Moro, disse que o ministro se manteve isento nas eleições e que ele "não fez campanha" e "nem entrou em campo". O presidente disse não se preocupar com eventuais vazamentos de suas mensagens por meio de aplicativos de celular, mas afirmou que não usa o telefone criptografado fornecido a ele pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Durante o café da manhã, o ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno, disse que o órgão forneceu um aparelho a todos os ministros, além do presidente e do vice. O próprio Heleno afirmou não usar o aparelho por ele ter limitações como não permitir o uso de ferramentas como WhatsApp. Bolsonaro disse seguir usando o WhatsApp para se comunicar e que usou o aplicativo na manhã desta sexta."Apesar de quem está do meu lado pedir mais cuidado, eu não tenho nada a esconder", disse.Segundo ele, "a única forma de se comunicar de forma segura é pessoalmente". O presidente disse ainda que "se existe um telefone grampeado no Brasil, é o meu"Durante o café da manhã, Bolsonaro mostrou-se incomodado quando um repórter perguntou sobre o fato de o ex-presidente Lula ter questionado a veracidade da facada da qual foi vítima em setembro de 2008, durante a campanha."Presidiário presta depoimento, não dá entrevista", disse. Ele afirmou ainda que poderia mostrar a cicatriz para provar que era verdade.Segundo o presidente, ele não teria "nem grana e nem contatos" para forjar um ataque.Bolsonaro ironizou o fato de Lula ter dito que a facada era mentira por não ter saído sangue de sua barriga."Se fosse na barriga do Lula ia sair muita cachaça", disse.O ministro do GSI, general Augusto Heleno, se exaltou e pediu a palavra quando foi comentado o questionamento de Lula sobre a veracidade da facada de Bolsonaro.O ministro chamou o ex-presidente de “canalha” e disse que “tinha vergonha” de ele ter sido presidente do Brasil. Ele disse tratar por Bolsonaro de “senhor” por respeito e para dar exemplo e que esse é o papel do presidente. Disse ainda que presidente da República desonesto deveria ter “prisão perpétua decretada”.Abaixo, vídeo do momento em que o general Augusto Heleno pede a palavra: | 2019-06-14 11:44:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/bolsonaro-diz-nao-ver-maldade-nos-dialogos-de-moro-com-deltan-dallagnol.shtml |
Keanuísmo: Entenda porque o ator Keanu Reeves foi promovido a Deus nas redes sociais | Com seu jeito de viver discreto e avesso ao mundo das celebridades, Keanu Reeves, 54, voltou aos holofotes.Depois de uma passagem rápida em São Paulo, neste ano, para negociar locações para filmar uma série, ele passou a promover diversos projetos. E nessas entrevistas e reportagens começaram a pipocar fatos lembrando sua vida sofrida, seu jeito solitário e solidário. Não demorou para surgir uma religião em seu nome: o Kenuísmo. Uma página no Facebook com esse nome já conquistou 17 mil adeptos, que se renderam aos encantos do Deus Keanu. Reeves está em foco por causa do lançamento de "John Wick 3", da dublagem de um novo personagem em "Toy Story 4", que estreia na semana que vem, e por sua rápida aparição "como ele mesmo" na comédia romântica "Meu Eterno Talvez", da Netflix. As publicações na página confirmam a santidade do ator canadense. Já é antiga a notícia de que o astro da trilogia "Matrix" (1999-2003) faturou com o filme, mas doou boa parte de seu dinheiro a causas sociais. Em 2003, no lançamento do último filme, a franquia já havia rendido mais de US$ 700 milhões (R$ 2,6 bilhões). A vida do astro é tão simples que ele até usa transporte público para se movimentar em Nova York, onde mora. Há diversos vídeos em redes sociais que comprovam esse fato. No ano passado, a imprensa americana descobriu que ele faz constantes doações e tem um projeto social para ajudar crianças com câncer. "Tenho uma fundação privada que funciona há cinco ou seis anos e que ajuda alguns hospitais infantis e pesquisas sobre o câncer", disse Keanu em um artigo do Ladies Home Journal de 2009, segundo o site de checagem Snopes.Essa fundação nasceu porque Reeves sofreu com irmã que foi diagnosticada com leucemia. E essa não foi a única tragédia do canadense.O mesmo site de checagem foi atrás da real história do ator que é contada em blogs e vídeos que circulam pela internet. As verdadeiras são em relação à morte de seu melhor amigo, River Phoenix, que sofreu uma overdose aos 23 anos, em 1993. Mais tarde, em 1999, a mulher dele Jennifer Syme engravidou, mas a criança nasceu morta aos oito meses. O trauma acabou em divórcio.Apenas 18 meses depois, Syme morreu em um acidente de carro.Além de toda a história de vida triste, Reeves foi recentemente elogiado pelas mulheres por não abraçar as fãs aos fazer selfies, e ainda deu uma declaração de cortar o coração à imprensa."Você sabe, eu sou o cara solitário. Eu não tenho ninguém na minha vida. Mas se ocorrer, eu respeitaria e amaria a outra pessoa; espero que isso aconteça para mim", disse em uma entrevista ao The Jakarta Post.Por tudo isso, homens e mulheres se derretem na internet por Reeves. | 2019-06-14 11:45:00 | celebridades | Celebridades | https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2019/06/keanuismo-entenda-porque-o-ator-keanu-reeves-foi-promovido-a-deus-nas-redes-sociais.shtml |
Lesão no joelho provoca corte de goleiro da seleção argentina | Mais uma vez a Argentina corta um jogador às vésperas de um torneio importante. O goleiro Esteban Andrada, 28, reserva de Franco Armani na seleção, foi retirado do elenco da Copa América na manhã desta sexta (14). Ele sofreu lesão no joelho direito no treino da última quarta (12), no CT do Vitória.Ele teve um choque com o volante Guido Rodríguez e o trauma evoluiu para uma inflamação.O treinador Lionel Scaloni esperava opinião dos médicos para decidir sobre a situação do jogador. Como eles o informaram que não era possível dar uma data precisa para a recuperação por enquanto, a comissão técnica decidiu cortá-lo.A AFA (Associação de Futebol Argentino) espera a autorização da Conmebol para inscrever o goleiro Juan Musso, 25, da Udinese (ITA) na vaga.Antes da Copa do Mundo da Rússia, no ano passado, quando fazia a preparação em Barcelona, Jorge Sampaoli perdeu a possibilidade de escalar o meia Manuel Lanzini, do West Ham (ING), que rompeu os ligamentos do joelho. Sem alternativas para chamar outro armador para fazer a mesma função, ele convocou o volante Enzo Pérez, do River Plate.Havia a expectativa de que Andrada pudesse desafiar Armani pela condição de titular. A imprensa argentina tentou criar uma rivalidade Boca Juniors e River Plate por causa disso, já que o goleiro cortado atua no Boca e seu colega, no River. Seria a primeira vez na história da seleção que esta chegaria a um torneio de porte com goleiros dos dois principais clubes do país.Com a saída de Andrada, o reserva imediato de Armani passa a ser Agustín Marchesin, do América (MEX). | 2019-06-14 12:10:00 | esporte | Esporte | https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/06/lesao-no-joelho-provoca-corte-de-goleiro-da-selecao-argentina.shtml |
Sobe para sete o número de mortes após temporal no Grande Recife | Subiu para sete o número de mortes no Grande Recife depois de deslizamento de barreiras e alagamentos provocados por chuva intensa. Na noite desta quinta (13), bombeiros conseguiram resgatar os corpos de uma mulher e de três crianças, entre elas um bebê de 11 meses. Todos foram soterrados depois da queda de uma barreira no município de Camaragibe, na região metropolitana. Na tarde desta quinta, o corpo de um homem de 40 anos já havia sido localizado no local. Uma mulher foi resgatada com vida. Equipes de resgate ainda tentam localizar um adolescente e uma criança que continuam desaparecidos. Em Jaboatão dos Guararapes, também na região metropolitana do Recife, outro deslizamento de terra provocou a morte de uma adolescente de 17 anos. Quatro pessoas da mesma família ficaram feridas. Por volta das 20h da quinta, Mirelle Paula da Silva, 34, morreu afogada ao tentar atravessar com o seu carro um túnel completamente inundado, no bairro do Pina, na zona sul do Recife. O Corpo de Bombeiros informou que outras duas mulheres estavam no carro, mas conseguiram se salvar. Mirelle não sabia nadar. A chuva que caiu no Recife provocou também o cancelamento de aulas em universidades, interdição de uma estação de metrô, alagamento das principais vias da cidade e alerta oficial de enchente do rio Capibaribe. Um voo da companhia aérea Azul, que partiria do Recife para São Luís e Fortaleza, foi cancelado. Outros três aviões da mesma companhia que pousariam na capital pernambucana foram desviados para Maceió em razão do mau tempo. Em seis horas, choveu o que estava programado para dez dias. A média histórica para o mês de junho é de 389,6 milímetros. Durante o período da manhã, a precipitação atingiu a marca de 117 milímetros. Nesta sexta-feira (14), a chuva parou. A Apac (Agência Pernambucana de Águas e Climas) chegou a emitir alerta de enchente para áreas ribeirinhas do rio Capibaribe, que corta o Recife. O nível está mais elevado no município de São Lourenço da Mata, na região metropolitana. A UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e duas faculdades particulares cancelaram as atividades. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carros trafegando em vias completamente alagadas. O TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) cancelou os expedientes em todas as unidades do Grande Recife. A estação de metrô Joana Bezerra, a principal do Recife, foi fechada. A frota de ônibus precisou ser reforçada para não prejudicar os passageiros. | 2019-06-14 10:10:00 | cotidiano | Cotidiano | https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/06/sobe-para-sete-o-numero-de-mortes-apos-temporal-no-grande-recife.shtml |
Depoimento: Repórter puro-sangue, Rossi inspirou gerações a correr atrás da informação | Numa era em que o pêndulo do jornalismo se afasta da reportagem em direção a como melhor empacotar uma notícia, Clóvis Rossi fazia um necessário contraponto.Repórter puro-sangue ao longo de décadas e até o fim da vida, Rossi lembrava às novas gerações de jornalistas que de nada adiantam os esforços de tornar uma informação mais atraente, ou vendável, se alguém não tiver ido atrás de uma fonte, feito uma entrevista, escrito um texto. Mais Não que fosse resistente às novas tecnologias e à evolução do ofício. Era um entusiasta das redes sociais e do jornalismo online. Apenas procurava deixar claro que o grande edifício da imprensa se assenta sobre o mais básico dos gestos da profissão, o de abrir um bloco de anotações e começar a fazer perguntas.Não é tarefa fácil estimar seu impacto sobre o jornalismo. Na Folha e fora dela, Rossi foi um parâmetro para incontáveis profissionais. Reportagem é inquietude, ensinava.Numa idade em que a tendência dos jornalistas é se acomodar, incomodava a ele ficar apenas na posição de analista, confortavelmente opinando sobre fatos do noticiário.Reclamava de não poder viajar mais, devido às limitações da idade e às restrições orçamentárias. Em sua longa trajetória, provavelmente deu centenas de voltas ao mundo, sempre como repórter.Iniciantes no ofício se espantavam com sua capacidade de produzir textos em profusão e com grande rapidez. O ritmo Clóvis Rossi de trabalho constrangia atrasadores contumazes e maravilhava editores. À medida que sua carreira avançava, ele se afastou da cobertura política para se refugiar no que realmente o apaixonava, o noticiário internacional.Para jornalistas que se dedicam a essa área, uma minoria que muitas vezes parece uma seita, Clóvis Rossi era nada menos que um ídolo.Inspirava pessoas meio século mais jovens pelo exemplo. Em fevereiro de 2013, estava de férias na Itália quando o papa Bento 16 anunciou sua renúncia. Interrompeu o descanso, tomou um trem e correu para Roma para se somar à cobertura da Folha do evento histórico.Não conseguiria, explicou depois, ficar contemplando uma notícia deste tamanho passando tão perto e nada fazer a respeito. Já tinha 70 anos de idade. Mais | 2019-06-14 09:58:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/depoimento-reporter-puro-sangue-rossi-inspirou-geracoes-a-correr-atras-da-informacao.shtml |
Madonna diz que continuará lutando por causas LGBT e que está 'horrorizada' com mundo moderno | O controle de armas, a pobreza e os marginalizados: o novo álbum de Madonna, 60, “Madame X”, mostra a rainha do pop com vontade de reagir ao que ela vê como um mundo moderno assustador.Em entrevista à Reuters, Madonna disse estar horrorizada com as iniciativas para restringir os direitos femininos e dos LGTBQ, mais exatamente nos Estados Unidos.“Se você está falando da extrema-direita e dos direitos que estão sendo tirados, digamos, da comunidade LGBTQ ou dos direitos femininos... obviamente estou traumatizada e horrorizada”, disse Madonna.Defensora de longa data da comunidade LGBTQ, e conhecida por seu trabalho de caridade no Malaui, Madonna disse que continuará lutando por estas causas.“Ainda há muita pobreza no Maláui, e a taxa de HIV diminuiu consideravelmente, mas não desapareceu”, disse. “[Existem] todos os problemas que são recorrentes na América por causa de novas legislações, então terei que continuar lutando pelas mesmas coisas”. Em seu 14º disco de estúdio, Madonna aborda as leis de controle de armas nos EUA e usa um trecho de um discurso de Emma Gonzalez, sobrevivente de um ataque a tiros em uma escola, no single “I Rise”, canção que ela diz almejar dar voz a pessoas marginalizadas.“Dark Ballet”, balada ao piano com toques de pop eletrônico, foi inspirada em Joana D’Arc e fala em um mundo “em chamas”, enquanto em “Killers Who Are Partying” ela canta sobre crianças pobres e exploradas e mulheres estupradas.“É bem apavorante, sim, é bem assustador... existem coisas acontecendo em todo o mundo”, respondeu ela quando indagada sobre como se sente a respeito do estado do mundo.“Quando você pensa na quantidade de pessoas que morreram, foram mortas, foram feridas, cujas vidas foram alteradas irrevogavelmente por causa da falta de controle de armas na América, é um problema muito, muito grande”, disse. “Eu me importo muito, então não poderia não escrever a respeito”.Ela também disse que se incomodou por alguns Estados estarem restringindo o direito ao aborto. “Esta é uma época louca porque lutamos muito duro por muitas destas liberdades, e agora parece que elas estão sendo tiradas sistematicamente... Não me faz me sentir desesperançada. Só me faz querer reagir”.Influenciado pela vida de Madonna em Lisboa, e com toques latinos, “Madame X” também leva os ouvintes a festas de rua e aos clubes com uma série de faixas contagiantes. | 2019-06-14 08:40:00 | celebridades | Celebridades | https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2019/06/madonna-diz-que-continuara-lutando-por-causas-lgbt-e-que-esta-horrorizada-com-mundo-moderno.shtml |
Veja a repercussão da morte do jornalista Clóvis Rossi | Colegas de profissão, amigos e personalidades manifestaram pesar pela morte do jornalista Clóvis Rossi, 76, na madrugada desta sexta-feira (14). Veja a repercussão: Dias Toffoli, presidente do STF e CNJ Clóvis Rossi foi um dos maiores repórteres e articulistas da história do Brasil. É uma perda lamentável para o jornalismo do nosso país. Ele deixa um trabalho de referência prestado durante décadas ao leitor brasileiro. Meu respeito, solidariedade e minhas sinceras condolências à família e aos colegas de profissão, especialmente aos amigos da redação da Folha de S.Paulo, onde estava há quase 40 anos.(Além da nota oficial, Toffoli fez uma homenagem a Rossi na abertura de um evento no Supremo sobre a identidade brasileira. Segundo ele, o jornalista fez história. "Não posso deixar de registrar uma tristeza na data de hoje. Já que estamos falando de história, ficam aqui a nossa homenagem e a nossa declaração de respeito, de solidariedade e de pêsames à familia, aos amigos e à Folha de S.Paulo, onde ele trabalhou durante tantos anos".) João Doria, governador de São Paulo (PSDB) O jornalismo brasileiro perde um de seus principais expoentes. A compreensão do mundo fica mais difícil sem olhar dedicado e racional de Clóvis Rossi. Meus sentimentos e solidariedade aos amigos e familiares.Nota da Prefeitura de São Paulo A Prefeitura de São Paulo lamenta a perda de um dos mais respeitados jornalistas do país, Clovis Rossi, que em mais de 50 anos de carreira contribuiu de maneira decisiva para a consolidação da democracia brasileira e o aprimoramento das nossas instituições. Rossi era fanático pela sua cidade e um orgulho para os paulistanos.Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados (DEM) O Brasil perdeu um dos seus mais experientes jornalistas com a morte de Clovis Rossi. Suas colunas na Folha eram um espaço de cultura, inteligência e bom senso, mas, sobretudo, de uma profunda capacidade analítica sobre o que ocorria no mundo.Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente (PT) Tive o privilégio de conviver com Clóvis Rossi em alguns dos momentos mais importantes da história de nosso país nas últimas décadas. Sou testemunha de seu compromisso com o bom jornalismo, que ele exercia com paixão. Seu talento era tão grande quanto a generosidade com os colegas mais jovens. O Brasil perde um de seus maiores jornalistas, num momento em que precisamos tanto de uma imprensa correta, equilibrada, fiel aos fatos, comprometida com a verdade e com o país. Lamento profundamente a morte de Clóvis Rossi e transmito meus sentimentos à família, aos amigos, companheiros de profissão e aos inúmeros leitores que, assim como eu, vão sentir muito sua falta.Tereza Cristina, ministra da Agricultura (DEM) O Brasil perdeu hoje uma grande referência do jornalismo: Clóvis Rossi. Meus sentimentos aos familiares e aos colegas de profissão.ACM Neto, prefeito de Salvador (DEM) Lamento muito a morte do jornalista Clóvis Rossi, um dos principais analistas do cenário político brasileiro (e mundial) dos últimos 50 anos. Os textos de Clóvis Rossi na Folha de S.Paulo são um exemplo do jornalismo crítico, são a tradução dos momentos vividos por nosso país.Rui Costa, governador da Bahia (PT) O jornalismo brasileiro perdeu hoje um dos seus mais premiados e experientes nomes. Clóvis Rossi dedicou mais de 55 anos à profissão e se tornou uma referência para gerações. Aos familiares, amigos e colegas de profissão, meus sentimentos neste momento de dor.José Serra, senador e ex-governador de São Paulo (PSDB) Perdemos nesta madrugada um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro. A inteligência, a seriedade e a capacidade de trabalho de Clóvis Rossi farão falta ao Brasil. Meus sentimentos à família e aos seus colegas da Folha.Ivan Valente, Deputado Fedral (PSOL/SP) e líder da bancada O jornalismo sincero, correto e profundo perde muito com a partida de Clóvis Rossi. Ele deixa uma lacuna na imprensa brasileira quando se trata de reflexões complexas e abrangentes sobre a realidade nacional e a conjuntura internacional. Nem sempre concordamos, mas é impossível não ler. Sempre inspirou respeito e dignidade. Meu vizinho de bairro. Condolências à toda família.Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio Tive o prazer de ser entrevistado e ter conversas informais com Clóvis Rossi inúmeras vezes ao longo de minha carreira, incluindo em meu atual posto como Diretor-Geral da Organização Mundial do Comércio. Desenvolvi admiração profunda por sua retidão, como profissional e como pessoa. O jornalismo brasileiro perde um pilar, um mentor e um exemplo. Compartilho meus sentimentos e minha solidariedade com a Folha, seus leitores e todos aqueles que tiveram o privilégio e o prazer de conviver com Clóvis ou de simplesmente desfrutar de seu jornalismo exemplar.João Alfredo dos Anjos, diretor de comunicação do Ministério das Relações Exteriores O jornalismo brasileiro perdeu hoje um de seus mais brilhantes e completos profissionais. Em suas mais de cinco décadas de atividade nas principais redações do país, e na Folha de S. Paulo em especial, Rossi foi referência de coragem, senso crítico e profissionalismo. Seu vasto conhecimento e experiência em temas internacionais farão muita falta a todos os seus leitores, e, em especial, aos seus muitos amigos e admiradores no Ministério das Relações Exteriores.Henrique Meirelles, secretário estadual da Fazenda de São Paulo Sua capacidade de traduzir com clareza para nós, leitores, uma realidade global cada vez mais complexa fará muita falta na imprensa brasileira.Yasuhi Noguchi, cônsul-geral do Japão em São Paulo Lamento a perda de Clóvis Rossi, um dos principais jornalistas do país, ganhador de vários prêmios jornalísticosMarina Silva (Rede), ex-senadora e ex-ministra O Brasil perde uma grande referência do jornalismo, o competente Clóvis Rossi, decano da Folha de S.Paulo, sempre foi muito respeitado e admirado por diferentes gerações de profissionais da imprensa. Peço a Deus que conforte os familiares e amigos nesse momento de perda e dor.Ciro Gomes, ex-governador e ex-ministro Neste momento grave em que se encontra nosso país, perder uma figura tão lúcida e respeitada como Clóvis Rossi não é ruim apenas para o jornalismo, mas para o Brasil. Lamento profundamente. Meus sentimentos à família e aos amigos.Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT O jornalismo brasileiro perde um dos seus mais importantes e competentes profissionais de sua história. A morte de Clóvis Rossi é uma notícia triste e lamentável, ainda mais neste momento tão difícil da nossa história, com ameaças à democracia e ataques ao jornalismo e aos direitos do povo. Seu compromisso com a verdade e a democracia eram sólidos e inabaláveis.PSDB É com extremo pesar que o PSDB Nacional recebe a notícia de falecimento do jornalista Clóvis Rossi, mestre de tantas gerações e exemplo de competência e profissionalismo no trato pessoal e da notícia.Antonio Britto, ex-governador do Rio Grande do Sul Era jornalista do tipo —cada vez mais raro— que prefere ter dúvidas a ter certezas, que se proíbe de paixões ou ódios por personagens ou fatos. E faz da profissão um persistente exercício do ceticismo. Que pergunta em vez de afirmar. Que escuta antes de falar. E estuda, estuda muito antes de escrever. Se as escolas de jornalismo ainda tem a ambição de contribuir para o País, façam algo simples: estimulem os alunos a ler o Clóvis. E, como ele, encontrar prazer no exercício da dúvida. Tasso Jereissati, senador (PSDB-CE) Compartilhamos o sentimento de pesar de todos os dirigentes e profissionais da Folha de S. Paulo, em virtude do falecimento do jornalista Clóvis Rossi, uma perda irreparável para a imprensa brasileira. Nesse instante, em que o país passa por momentos tão conturbados, a palavra equilibrada de Clóvis era sempre uma referência, exemplo de compromisso com a verdade e profissionalismo.Duarte Nogueira, prefeito de Ribeirão Preto (SP) O jornalismo brasileiro amanheceu de luto nesta sexta-feira (14) pelo falecimento de Clóvis Rossi, um dos maiores nomes da imprensa nacional. Seu compromisso com a verdade, com a qualidade da notícia, com a ética profissional e com o respeito ao público leitor são marcas do trabalho sério que inspirou gerações. A Prefeitura de Ribeirão Preto e o prefeito Duarte Nogueira se solidarizam com a família e amigos neste momento de pesar. Nossas orações e abraços à viúva e nossa amiga, Catarina Rossi. Rosental Calmon Alves, jornalista O jornalismo brasileiro perdeu um de seus melhores profissionais e eu perdi um dos meus mais queridos amigos que inspirou minha carreiraRoberto D'Ávila, jornalista Rossi era um querido amigo há mais de 40 anos. Junto com o Reali e o Janio são minhas admirações como e pessoas e jornalistas.João Caminoto, diretor de jornalismo do Grupo Estado Lamento profundamente a morte do Clóvis, uma pessoa excepcional, com quem tive o privilégio de conviver durante meus anos de correspondente na Europa. Um dos jornalistas mais competentes e completos que conheci. Nota da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) A Abraji recebe com tristeza a notícia do falecimento de Clóvis Rossi, um dos melhores repórteres da história do jornalismo brasileiro. Em 2015, ele foi homenageado em nosso 10º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo.Nota da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, Associação Nacional de Editores de Revistas e Associação Nacional de Jornais Um dos mais destacados jornalistas da história recente do país, exemplo de ética e dos melhores valores da atividade jornalística. Essencialmente repórter, como sempre gostou de destacar, Clóvis Rossi simboliza tudo o que o jornalismo representa para a sociedade: busca da verdade e valorização da informação correta. Sua trajetória fica como um legado para o jornalismo e a democracia.Roberto Mateus Ordine, presidente da Associação Comercial de São Paulo – ACSP A Associação Comercial de São Paulo - ACSP externa seu pesar pelo falecimento do brilhante jornalista Clóvis Rossi, que exerceu a profissão de forma honrosa, prestando relevante serviço ao País.Marcelo Rech, presidente da Associação Nacional de Jornais Para minha geração de repórteres, ele era um norte - o jornalista que queríamos ser quando fôssemos grandes.Nota da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, Associação Nacional de Editores de Revistas e Associação Nacional de Jornais Um dos mais destacados jornalistas da história recente do país, exemplo de ética e dos melhores valores da atividade jornalística. Essencialmente repórter, como sempre gostou de destacar, Clóvis Rossi simboliza tudo o que o jornalismo representa para a sociedade: busca da verdade e valorização da informação correta. Sua trajetória fica como um legado para o jornalismo e a democraciaSérgio de Azevedo Redó, presidente da Associação Paulista de Imprensa A Associação Paulista de Imprensa, através de sua diretoria, conselheiros e associados manifestam consternação e condolências aos familiares do jornalista Clovis Rossi. Ele sempre será um divisor de águas no jornalismo brasileiro em razão de sua capacidade técnica, analítica da informação, fruto do aprofundado estudo que fazia sobre cada tema a ser abordado. Os jornalistas de São Paulo estão profundamente consternados pela irreparável perda de um dos mais importantes e emblemáticos profissionais da comunicação social do Brasil. Quando perdemos um ente querido da nossa família ou da cotidiana convivência sabemos que a única forca que nos conforta é acreditarmos em Deus. O guerreiro apenas descansou! Que assim seja!Juca Kfouri, colunista da Folha A um jornalista não é permitido dizer que lhe faltam palavras. Pois descobri agora mesmo que estou na profissão errada... Reinaldo Azevedo, colunista da Folha Sempre reconheci em seu trabalho a coragem, a honestidade intelectual, a disposição para desafinar o coro dos contentes, o rigor técnico, a reverência à Sua Majestade o Fato, a integridade profissional de quem não se deixa constranger por vagas influentes de opinião. Concordássemos ou não, fazia questão de saber o que ele pensava. Porque também na discordância a sua opinião ajudava a iluminar a minhaWilliam Bonner, jornalista Num momento desses, perdemos todos o olhar atento e a voz firme de um sentinela das democracias.José Hamilton Ribeiro, jornalista Clóvis Rossi alcançou a sabedoria de ser simples. Simples como Voltaire, Erasmo, Garcia Márquez. Cobrindo eventos complicados, como encontro de presidentes ou —pior ainda— de economistas acadêmicos, onde se usa a palavra mais para esconder que para revelar, Clóvis ia só na essência e escrevia dum jeito que todos entendiam e se encantavam. Vai ser difícil haver outro Clóvis Rossi!João Batista Natali, jornalista O que me espantava era a portentosa capacidade de trabalho que ele tinha. Lembro-me que em 1987, durante a Constituinte, numa reunião de pauta às 8h30 da manhã, ele apareceu com duas reportagens já redigidas. Havia acordado dois ministros, um deputado e um senador. Senti com segurança esse empenho quando, como editor de Mundo, eu o tinha como correspondente em Buenos Aires, durante a Guerra das Malvinas (1982). Certa vez eu perguntei se ele tomava cryptonita no café da manhã. Um de seus apelidos era, justamente, "Capitão Folha". Um homem também de invejável generosidade.Breno Altman, jornalista Acordei e me deparei com a notícia, surpreendente e triste, da morte de Clóvis Rossi. Ele foi um exemplo, um mestre, para a minha geração de jornalistas e todas as que vieram depois. Todos que nos interessávamos por jornalismo internacional, tínhamos nele a maior das referências sobre o trabalho a ser feito. Mesmo com as divergências nos últimos anos, tinha por ele muito carinho e respeito. Tremendo profissional e um grande ser humano. Luiz Caversan, jornalista Um aspecto notável do Clóvis Rossi, além de sua inesgotável generosidade com os colegas mais novos e/ou inexperientes, era a sua capacidade de escrever. Escrever muito, rápido, de forma precisa, conclusiva. Ainda no tempo da máquina de escrever, era uma lição para nós apenas assistir a tamanha velocidade ao datilografar, sem parar, sem erro, resultando num texto preciso, claro, concatenado; como dizíamos, texto final. Parecia que a qualquer momento a máquina começaria a soltar fumaça e desmontar, como na ocasião em que ele foi escalado para consolidar uma reportagem que contou com a colaboração de diversos correspondentes da Folha. Ele colocou espalhados sobre a mesa os textos enviados de todo o Brasil, leu um por um, sentou-se à máquina e produziu ligeiro um texto final impecável, em que todas as informações relevantes de cada uma das reportagens enviadas fora contemplado. Também tecnicamente Rossi era um assombro.Paulo Sotero, ex-correspondente do Estadão e diretor do Brazil Instituto do Wilson Center, em Washington Tive a fortuna profissional de atuar com o Clóvis no Jornal da República, diário de vida curta que marcou o início da transição para a democracia, no final dos anos 70. Compartilhamos várias coberturas internacionais, ele atuando pelo Estadão e, depois, Folha; eu, na Veja, Istoé, Gazeta Mercantil e Estadão. Divergimos apenas uma vez, na cobertura da Alca. Mas foi um desentendimento passageiro, que não deixou ressentimentos. Lamento muito a triste notícia. O Rossi foi um dos nossos melhores, ao longo de mais de meio século. Pessoalmente, creio que sua grande contribuição foi o respeito aos fatos, o rigor na elaboração dos textos, sem falar de sua sua monumental capacidade de trabalho e a atenção que sempre dedicou aos colegas de profissão. A eles e à família do Rossi, que foi central em sua vida, apresento meus sinceros sentimentos. O legado do Rossi à imprensa é grande e crescerá com o passar dos anos, se os jornalistas que vieram depois honrarem em seu trabalho permanecendo fiéis aos valores da liberdade de imprensa, da justiça, do acesso à informação e do primado dos fatos sobre as opiniões, que o Clóvis cultivou acima de todos os demais.Ricardo Viveiros, jornalista Entre muitas lembranças boas, infinitos aprendizados, destaco um recente na convivência com esse Jornalista — assim, com J maiúsculo, que foi o Clovis Rossi. Há alguns anos, fui ao Chile em missão empresarial e, em evento no Palácio do Governo, a então presidente Michelle Bachelet, recebeu para um almoço os políticos e os empresários brasileiros. Chovia e fazia frio. Clovis Rossi já era um profissional respeitado e conhecido, membro do Conselho da Folha de S.Paulo. Por dever de ofício, fui dar uma olhada lá fora, no burburinho da mídia que cobria o fato. Meu olhar detectou Rossi com um capuz, sob uma árvore, todo molhado. Fui até ele e o convidei para entrar, almoçar conosco. Ele me cumprimentou com um abraço, mas, seguido de um sorriso agradecido, recusou o convite. E disse: “Aqui sou apenas mais um repórter em busca de notícias”. Ficou o exemplo da ética, dignidade, respeito à profissão. Perdemos muito com a morte de Clovis Rossi. Todos nós.Gilberto Dimenstein, jornalista Não conheci um único jornalista que não admirasse Clóvis Rossi. Tinha a garra de um foca e sabedoria de um veterano. Com ele, morre não apenas um grande ser humano. Mas um estilo de jornalista.Miriam Leitão, jornalista Morreu um dos grandes do jornalismo. Clóvis Rossi é um ícone, de alta competência. Suas análises tinham sempre muita informação porque permaneceu sendo repórter por toda a sua vida.Luis Nassif, jornalista Rossi fazia questão, sempre, de se apresentar como repórter, mesmo o repórter sendo o degrau mais baixo na hierarquia dos jornais —por uma profunda distorção do modelo. Sempre foi, efetivamente, o grande repórter, capaz de encarar grandes reportagens continuadas, especialmente nas coberturas internacionais. Deixa um legado, em um momento em que a rapidez das notícias, o empobrecimento das redações, reduz cada vez mais o papel do personagem mais relevante do jornal: o repórter. E, principalmente, como orientador dos mais jovens.Soledad Gallego-Díaz, diretora de redação do jornal El País, da Espanha Alto, muito alto (creio que chegou a ser jogador de basquete) e muito generoso com os colegas estrangeiros, jornalistas perdidos que aparecíamos no Brasil para cobrir eleições, cúpulas internacionais ou acontecimentos extraordinários, Clóvis Rossi era a referência, o amigo, o professor que você sempre procurava, que sempre queria ver, porque ele sempre acrescentava inteligência a seu próprio texto, com um comentário irônico, uma explicação penetrante, uma visão própria capaz de descobrir o que você havia deixado de lado. Você o admirava imediatamente: era rapidíssimo, escrevia seu artigo, esplêndido, maravilhosamente escrito, e logo se aproximava para discretamente ver se podia ajudar, sobretudo se fosse um colega espanhol. Clóvis escreveu reportagens e análises extraordinárias sobre o fim do franquismo na Espanha e talvez por isso mantinha um olhar afetuoso conosco. E, ademais, a seu lado se ficava muito bem porque tinha senso de humor e uma infinidade de histórias maravilhosas para contar. Era já um famoso colunista, mas seguia encantando ir à rua, ver e contar. Faz anos, fui cobrir uma reunião internacional em uma cidade do Norte do Brasil. Clóvis Rossi estava lá. "Conte-me, o que está acontecendo no Brasil?" Ao meio-dia, me levou a um pequeno centro comercial. Para quê? "Para ver vitrines e quem está olhando vitrines." Tinha razão: aquelas mulheres que olhavam a loja de eletrodomésticos nem sequer haviam entrado naquele centro comercial fazia poucos anos. Jamais haviam pensando em comprar uma batedeira. Era o período de Lula e de uma nova, estupenda, classe média brasileira. E Clóvis Rossi me havia explicado em um segundo. Obrigado, professor Martín Granovsky, do jornal argentino Pagina12 Minha família sempre foi muito agradecida a Clóvis Rossi, porque ele noticiava com ética e responsabilidade sobre a repressão da ditadura militar. Tenho um primo que foi assassinado na época, e por conta disso, seu irmão se exilou no Brasil. Nessa época me aproximei de Clóvis como jornalista, ele se interessava muito sobre temas relacionados a direitos humanos e era muito sensível. Depois, compartilhamos muitas coberturas juntos, presidenciais, políticas, e me impressionava como combinava bem a precisão, o estilo e o bom humor.Juan Cruz, do jornal El País, da Espanha Elegante, sóbrio, con sentido de humor. Brasileiro na Europa. Europeu no Brasil. Delicadeza extrema. Um jornalista que aportou ternura ao ensino da profissão.Jaime Abello Banfi, jornalista colombiano, fundador da FNPI (Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano) Clóvis Rossi foi um desses jornalistas-ponte. Fez uma ponte entre o Brasil e a América Latina. Destaco de seu trabalho o estilo, o classicismo, a ideia de fazer um jornalismo explicativo, que analisa e contextualiza, e que, além disso tinha muita elegância. É preciso lembrar que foi o primeiro brasileiro a ganhar o prêmio da Fundação Novo Jornalismo, criada por García Márquez, Horacio Verbitsky, jornalista argentino, colunista do Pagina12 Foi um grande jornalista e uma grande pessoa. Seu amor pela reportagem de rua foi impressionante. Em uma das visitas de Dilma a Argentina, houve um almoço na chancelaria. Quando entrei, Clóvis estava atrás do cerco para jornalistas, com seus quase dois metros e mais de 70 anos, debaixo da chuva, com o mesmo entusiasmo de um principiante. Sua amizade foi uma das boas coisas da minha vida.Barbara Gancia, jornalista Triste demais passagem de Clóvis Rossi, grande companheiro da Folha, um dos jornalistas mais bem humorados com quem convivi, sempre disposto a compartilhar o seu conhecimento e, para mim, uma das atrações dos almoços da Secretaria de Redação pelo alto astral e as tiradas irônicasHussein Kalout, cientista político Quando era colunista, me correspondia com ele e sempre havia o que aprender. Era uma mente impressionante, raciocínio diferenciado e de uma generosidade genuína.Janio de Freitas, colunista da Folha Dizer que Clóvis Rossi foi um jornalista verdadeiramente democrata pode parecer pouco, fora da imprensa. É dizer muito. Como repórter e comentarista de assuntos internacionais, Clóvis foi um sucessor que honrou o mestre Newton Carlos, tanto na prioridade que deu à América Latina por bastante tempo, como no ideal de vê-la livre de qualquer autoritarismo. A contribuição que deu à Folha foi, porém, mais do que jornalística: sua busca de equilíbrio fará falta.Nota da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial Dono de um texto crítico e ao mesmo tempo bem-humorado, ficará para sempre no hall dos grandes nomes da imprensa brasileira de todos os tempos. Trata-se de uma grande perda tanto para o jornalismo quanto para a sociedade brasileira, já que, entre suas inúmeras qualidades, estavam um incansável espírito democrático. Sem dúvida, seguirá como referência para as novas gerações de jornalistas no Brasil.Washington Olivetto, publicitário Se eu aprendi a escrever alguma coisa na minha vida, foi lendo o Clóvis. O Clóvis era uma aula de como pensar, de como se comportar e de como escrever.Boris Fausto, historiador Venho expressar mina tristeza pela morte de Clóvis Rossi, jornalista de impecável padrão de conduta e defensor sem reticências do regime democrático ao longo de toda sua vida. Vale aqui o chavão: perda irreparável.Alem Tedeneke, chefe de comunicação do Fórum Econômico Mundial Todos aqui estão tristes com sua morte. Era um maravilhoso e respeitado jornalista. Tive a honra de trabalhar com ele durante nossos encontros.Universidade Columbia Clovis Rossi, medalha de ouro Cabot em 2001, foi um repórter incansável e colunista brilhante. Jornalista de destaque, foi reconhecido por seu trabalho não apenas no Brasil, mas em toda a América. Por mais de 50 anos, Rossi viajou pelo hemisfério para cobrir alguns dos mais importantes eventos noticiosos da região. Ele deu uma grande contribuição para a compreensão interamericana por meio do seu trabalho de campo, análises precisas e colunas.O júri Cabot e a comunidade de premiados Cabot entristecem-se com essa notícia e lamentam que o Brasil não tenha mais o trabalho de Rossi nestes tempos turbulentos, quando o seu tipo de jornalismo é extremamente necessário.Wilson Shcolnik, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC/ML) A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) lamenta profundamente o falecimento do jornalista Clóvis Rossi.Rossi contribuiu de maneira ímpar para o jornalismo e para a sociedade, dedicando-se à profissão com absoluta competência e protagonismo.Em tempos de fake news, seu legado se perpetuará por muitas gerações como referência de como produzir informação de qualidade.Nota da Votorantim S.A. Em 56 anos de profissão, Clóvis Rossi enriqueceu o jornalismo com um ponto de vista único em cobertura de eventos históricos. O profissional foi um pensador aguçado, com abordagem irônica e divertida para falar de esporte, política e economia. Sempre defensor da pluralidade, debates intelectuais e, principalmente, a boa comunicação. Parte do conselho editorial do Grupo Folha, contribuiu para o jornalismo que conhecemos hoje, dando protagonismo para o que mais importa: a informação de qualidade. Seu profissionalismo nos fará falta.Nota da Natura A Natura lamenta profundamente o falecimento do jornalista Clovis Rossi. Como decano da redação da Folha de S.Paulo, seguiu —ao longo da vida— o melhor exemplo de jornalismo sério, incansável e investigativo na vigilância do poder. Temos a certeza de que o jornal manterá o legado desse importante jornalista e trilhará sempre o caminho arguto da reflexão crítica, direta e destemida.Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, Rossi exerceu, com maestria ímpar, o ofício da reportagem, pelo qual foi um apaixonado. Suas reportagens, no Brasil e em diversos países onde foi correspondente ou enviado especial, descortinavam realidades políticas e sociais muitas vezes desconhecidas de seus leitores. Como colunista de assuntos internacionais, de política e economia na Folha de S.Paulo, analisou, sempre de maneira profunda, elegante e precisa, os rumos do Brasil e sua inserção no mundo, especialmente no período inaugurado com a redemocratização dos anos 1980.Marcos da Costa, advogado, ex-presidente da OAB-SP Era um defensor do Estado de Direito e das liberdades. Seus textos evidenciavam sua coragem ao denunciar arbitrariedades e sua indignação ao expor as injustiças. Ele não fará falta apenas ao jornalismo brasileiro; fará falta a própria democracia.Fernanda Dabori, presidente da Advice Comunicação Vai fazer muita falta para os que tiveram o privilégio de convivência e para seus leitores, que o conheciam pela lucidez com que sempre analisava os fatos, algo muito raro nos dias de hoje.Davi Depiné Filho, defensor público-geral de São Paulo Dono de um texto único, preciso e pulsante, Clóvis Rossi construiu ao longo de mais de 50 anos dedicados ao jornalismo uma carreira repleta de coberturas de acontecimentos marcantes no Brasil e no mundo, que lhe renderam prêmios e a admiração de seus pares e da sociedade em geral. Para além de seu trabalho na Folha de S.Paulo, teve uma importância ímpar na história do jornalismo brasileiro, realizando seu trabalho com altivez inclusive em períodos de autoritarismo e supressão da liberdade de imprensa.Jack Terpins, presidente honorário do Congresso Judaico Latino-Americano A convite do Congresso Judaico Latino-Americano Clovis Rossi viajou para Polônia, visitando um dos mais sombrios capítulos da história.Nas mãos, um bloco de notas e uma caneta, ouvia tudo com muita atenção. Era como se transportasse à época do nazismo. Ia para o hotel e “traduzia” para seus leitores, o que havia conhecido e sentido. Não é preciso revelar o resultado. Cada pessoa que lia, imediatamente, “viajava” no tempo pelos experientes olhos do jornalista.Domingos Meirelles, presidente da Associação Brasileira de Imprensa A Associação Brasileira de Imprensa expressa profundo pesar pelo falecimento do jornalista Clóvis Rossi e solidariza-se com sua família, amigos e parentes nesse momento particularmente doloroso para todos nós.Clóvis Rossi, sócio da ABI há 45 anos, era colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, onde ingressou em 1980.Com a sua morte, na madrugada desta sexta-feira, morreu também um pouco de uma geração que exercia o jornalismo com nobreza, ética, paixão e profundo respeito pela notícia e os seus leitores.Apesar do sonho frustrado de seguir a diplomacia, Clóvis Rossi foi um verdadeiro mestre e exemplo para centenas de repórteres que tiveram o privilégio de trabalhar sob seu comando, em diferentes veículos do País. O jornalismo não tem como repor a perda irreparável de um dos talentos mais exuberantes do nosso tempo.Clóvis Rossi não partiu sozinho nesta madrugada. Conduzia pela mão o menino que sonhava em ser diplomata que sempre viveu dentro dele.A ABI decretou luto de três dias pela morte de quem considerava a nossa profissão um sacerdócio e não admitia que fossem violados os mandamentos que regem este nobre ofício tão abastardado nos dias de hoje.Nota da Chapa2 – ABI: Luta pela Democracia A Chapa2 – ABI: Luta pela Democracia, que como oposição disputa a diretoria da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) vem oficialmente a público lamentar a passagem de um dos mais experientes jornalistas que o país conheceu, o colega Clóvis Rossi, falecido na madrugada desta sexta-feira, dia 14 de junho. Independentemente de Rossi ter se associado à chapa que tenta se reeleger, os participantes da Chapa2 – ABI: Luta pela Democracia não têm como negar a sua importância no jornalismo brasileiro e na redemocratização do país. Ele sempre foi um importante defensor do Estado Democrático de Direito, notadamente da Liberdade de Imprensa. Bandeiras que hoje nossa chapa defende. Rossi, em cuja carreira conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais por conta de suas reportagens, viveu como verdadeiro “foca” todo o seu tempo de jornalismo, mesmo acumulando mais de cinco décadas na profissão. Ele jamais perdeu a humildade. Assim, ainda que reconhecido por todos os colegas com ícone da profissão, esteve sempre disposto a ajudar àqueles profissionais com os quais esbarrou e cruzou em sua longa e exitosa carreira, mesmo que se tratasse de um “concorrente”, isto é, profissional a serviço de órgão de imprensa diverso do qual trabalhava. A capacidade profissional, a humildade como ser humano e a retidão de caráter ajudaram a transformá-lo em exemplo a ser seguido por todos. Por isso, podemos dizer, que fará falta não apenas na imprensa brasileira, mas entre os brasileiros defensores do Estado Democrático de Direito. A Chapa2 – ABI: Luta pela Democracia se solidariza com seus familiares pela dor que sua ausência certamente trará, mas os lembra que o exemplo profissional dele jamais será esquecido.Roberto Livianu, promotor de Justiça em São Paulo Uum dos grandes vultos do jornalismo brasileiro. O Brasil perde um homem de coragem, independência e integridade, que sempre foram suas marcas.Christian Gebara, presidente da Vivo, e José María Álvarez-Pallete, presidente da Telefónica Com seu compromisso e dedicação à notícia, inspirou gerações de jornalistas e leitores. Apaixonado por futebol e com carinho especial pela Espanha, Rossi deixa um grande legado de dedicação ao jornalismo de qualidade. Alexandre Barreto, presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) Pautando seu trabalho pela dedicação e profissionalismo, Clóvis Rossi tornou-se referência para diversas gerações ao lançar um olhar crítico e independente sobre questões internacionais, de política e economia. Sua destacada atuação por mais de cinco décadas na imprensa deixa um legado valoroso, o qual merece ser celebrado e rememorado.Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo Tivemos o privilégio de conhecê-lo e admirar sua extraordinária capacidade de trabalho e dignidade na área do jornalismo.Josué Gomes, empresário Profundamente consternado, venho trazer-lhe e ao corpo de colaboradores da nossa Folha a manifestação de meu profundo pesar pelo falecimento, hoje, do jornalista Clóvis Rossi. Com sua partida, Clóvis Rossi deixa para o jornalismo brasileiro o exemplo de profissional dedicado, competente e admirado por sua isenção na abordagem dos problemas enfrentados do país e do mundo. Peço-lhe transmitir a sua família a minha solidariedade neste momento de tristeza e dor.Tião Rocha, empreendedor social Tive a oportunidade e o privilégio de conhecê-lo, em novembro de 2007, por ocasião do Prêmio Empreendedor Social da Fundação Schwab e Folha. O resultado de nossas conversas apareceu, para minha surpresa e gratidão, na sua coluna do dia 23 de novembro de 2007, reproduzida abaixo. Lembro-me de nossa conversa: - Você está perdendo os meninos para o futuro!, disse ele. - Pode?, perguntei eu. - Pode. Pode sim. Não pode é perder para o atraso! Daquele dia em diante coloquei na minha agenda de vida: eu quero perder os meninos para o futuro e não deixar nenhum para trás. Nenhum a menos. E construir futuros possíveis e melhores.Andrea Matarazzo, empresário Lamento a perda de Clóvis Rossi, que prestou serviço histórico não apenas à Folha de S.Paulo mas ao Brasil.Oded Grajew, empresário Admirava o jornalista Clovis Rossi por suas qualidades profissionais. Gostava do Clovis por suas qualidades pessoais. Fiquei muito triste com o seu falecimento. Nos fará muita falta.Jorge Görgen, gerente de relações com a imprensa para a América do Sul da CNH Industrial Lamento a morte do jornalista Clóvis Rossi, colunista da Folha. Sua ausência será sentida por uma legião de leitores. Uma grande perda. Neste país de pouca memória e não dado ao debate e a enfrentar o contraditório, Clóvis Rossi fará muita falta. Meus sentimentos à redação da Folha, colegas, parentes e amigos.Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos O jornalismo brasileiro perde um de seus principais interlocutores. O olhar aguçado, o pensamento sempre muito bem expresso em seus textos o fizeram ser admirado por profissionais e leitores que valorizam o jornalismo independente e crítico. Foi um permanente defensor das liberdades democráticas. Sempre apoiou as causas do Ethos e com carinho nos chamava de "malucos com boa vontade". Desejo força aos familiares para enfrentarem esse triste momento.Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib) O jornalismo brasileiro perdeu hoje um de seus grandes profissionais. Clóvis Rossi brindava seus leitores com textos e opiniões bem construídos e embasados. Em 2012, a convite do Congresso Judaico Latino Americano (CJL), foi à Polônia e a Israel, para ter um contato mais profundo com a história do Holocausto e com a situação do Oriente Médio.Nem sempre estávamos de acordo com suas opiniões, que expressava de forma desinteressada e honesta, e muitas vezes teve a grandeza de voltar atrás, com posições abertas e democráticas. O Brasil e a comunidade judaica, em particular, vão sentir falta de seu jornalismo de qualidade.Nota da Sabesp A partida de Clóvis Rossi deixa uma grande lacuna no jornalismo brasileiro num período em que vozes com capacidade de discernimento, análise crítica e equilíbrio muitas vezes acabam sendo abafadas pela superficialidade, o sensacionalismo e as fake news. Que as suas lições de leveza, bom humor e objetividade continuem a repercutir nas próximas gerações do nosso jornalismo. Domingos Meirelles, presidente da Associação Brasileira de Imprensa Com a sua morte, morreu também um pouco de uma geração que exercia o jornalismo com nobreza, ética, paixão e profundo respeito pela notícia e pelos seus leitores. O jornalismo não tem como repor a perda irreparável de um dos talentos mais exuberantes do nosso tempo. Sérgio de Azevedo Redó, presidente da Associação Paulista de Imprensa Clóvis Rossi sempre será um divisor de águas no jornalismo brasileiro em razão de sua capacidade técnica e analítica da informação, fruto do aprofundado estudo que fazia sobre cada tema a ser abordado. Os jornalistas de São Paulo estão profundamente consternados pela irreparável perda de um de seus mais importantes e emblemáticos profissionais da comunicação social do Brasil.André Singer, professor de ciência política da USP Clóvis Rossi foi um exemplo de coerência democrática para a minha geração de jornalistas.Nabil Bonduki, professor titular da FAU-USP (São Paulo, SP) Antes de conhecê-lo, admirava Clóvis Rossi como repórter, cobrindo o ocaso das ditaduras na Península Ibérica e na América Latina. Depois, nos quatro anos em que convivemos nesta Folha, passei a admirá-lo como ser humano excepcional. Nunca deixei de acompanhar suas excelentes análises. Maria Arminda do Nascimento Arruda, diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP Em nome da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, lamentamos muitíssimo a perda deste grande nome do jornalismo brasileiro.Júri do Maria Moors Cabot, da Universidade Colúmbia (EUA) Incansável repórter e brilhante colunista, Clóvis Rossi teve seu trabalho reconhecido não apenas no Brasil mas em toda a América. O júri do prêmio Maria Moors Cabot lamenta que o país não o terá mais justamente nestes tempos turbulentos, quando a excelência de seu trabalho é tão necessária. | 2019-06-14 08:47:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/colegas-de-profissao-lamentam-a-morte-de-clovis-rossi-veja-repercussao.shtml |
Há perigoso descolamento entre classe política e sociedade, diz ministro do STF | O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso defendeu uma reforma política, pois hoje "há um perigoso descolamento entre a classe política e a sociedade civil".Com o modelo atual, destaca Barroso, cerca de 5% dos candidatos são eleitos com base nos próprios votos; os demais são eleitos devido à lógica de distribuição dos votos dentro dos partidos.A entrevista do ministro faz parte de série realizada pelo UM BRASIL (plataforma multimídia apoiada pela FecomercioSP ) e Fundação Brava, em parceria com o Cepesp-FGV (Centro de Política e Economia do Setor Público). "Hoje o eleitor não sabe quem está elegendo", o que leva a uma baixa representatividade da classe política, afirma o ministro, que culpa o atual sistema de voto proporcional, em lista aberta (e até as últimas eleições também eram permitidas coligações, que passarão a ser vetadas).Barroso defende a adoção do voto distrital misto, ideia que tramita no Congresso.Na entrevista, o ministro também comentou sobre o estudo “Os custos da campanha eleitoral no Brasil: uma análise baseada em evidência”, lançado pela FGV e Brava, durante o evento “O poder do dinheiro nas campanhas eleitorais”. | 2019-06-14 08:00:00 | televisao | Televisão | https://www1.folha.uol.com.br/tv/poder/2019/06/ha-perigoso-descolamento-entre-classe-politica-e-sociedade-diz-ministro-do-stf.shtml |
Brasil abre Copa América sem Neymar e com toda pressão sobre Tite | A derrota para a Bélgica nas quartas de final da última Copa do Mundo e o fato de o Brasil jogar a Copa América em casa compõem uma dupla pressão por um bom resultado verde-amarelo na competição sul-americana.A disputa começa em um jogo da seleção contra a Bolívia, às 21h30 (de Brasília) desta sexta-feira (14), em São Paulo, e boa parte dessa responsabilidade estará nas costas de Tite.Estivesse Neymar à disposição, a pressão, os elogios e as críticas poderiam ser mais bem divididos. Mas o principal jogador do time —que já vivia situação difícil, após ser acusado de estupro— sofreu uma lesão no tornozelo direito no primeiro amistoso preparatório, foi cortado e deixou o comandante sem um atleta com o mesmo peso do camisa 10.“Eu se senti pressionado quando assumi o Guarany de Garibaldi”, disse o gaúcho de 58 anos, citando o clube que dirigiu no início de sua carreira como treinador, em 1990. Ele gosta de utilizar essa resposta quando é questionado sobre momentos de tensão.Por mais que procure minimizar a situação, Tite sabe que está em sua fase mais delicada à frente da seleção. Ele foi mantido após o fracasso no Mundial, mas o desempenho desde então foi alvo de críticas. Agora, ele encara a obrigação do título na Copa América em casa.Ciente de que a pressão não é a mesma do Guarany de Garibaldi, Tite preferiu deixar uma renovação mais profunda da equipe para depois. O elenco está envelhecido, sobretudo no sistema defensivo, com atletas como Daniel Alves, 36, Thiago Silva, 34, e Miranda, 34, mas a meta é vencer agora e se preocupar com a Copa de 2022 em outra hora. Quando Neymar, 27, lesionou-se, o substituto acionado foi Willian, 30. Houve nova enxurrada de críticas na direção do comandante, que se vê bem distante do prestígio de que gozava até o último Mundial –ao recuperar o time nas eliminatórias, o técnico viveu um período de questionamentos quase inexistentes.A Bélgica ganhou, a lua de mel acabou, e Tite precisa da Copa América para ajustar a relação. Para isso, ele resolveu apostar em um jogo agressivo, com desarmes no campo ofensivo e ataques mais verticais. A ideia é controlar a posse da bola, mas buscar ataques agudos em detrimento dos lances cheios de toques de lado.O plano terá seu primeiro teste diante da Bolívia, tida como o time mais frágil do Grupo A. No Morumbi, diante de um geralmente exigente público paulistano, a seleção espera construir uma relação boa com a torcida, algo considerado muito importante pela comissão técnica e pelos próprios atletas. “O que a gente tem que fazer é tentar trazer o torcedor para o nosso lado, fazer com que a comunhão seja total, porque precisamos da torcida para ganhar. Não vai ser fácil, nunca é fácil jogar a Copa América. Então, a gente precisa de que o torcedor queira ganhar a Copa América da mesma forma de que a gente quer”, afirmou o lateral esquerdo Filipe Luís.“Que o torcedor nos transmita energia positiva e esteja junto com a seleção independentemente do resultado durante os jogos. Já joguei duas vezes a Copa América e sei como é difícil. A gente tem que desempenhar o melhor possível e passar confiança para o torcedor. Que seja recíproca essa energia”, acrescentou o zagueiro Marquinhos.Entre a comunhão da seleção com a arquibancada estará a Bolívia, uma equipe que venceu apenas 1 de seus últimos 16 jogos. O técnico Marcelo Villegas tem consciência de que é zebra no Grupo A até mesmo contra Venezuela e Peru, mas aposta em um 4-4-2 defensivo para tentar surpreender os favoritos no Morumbi.“É um privilégio enfrentar o Brasil. Sabemos que estamos um pouquinho abaixo do resto, mas também sabemos que as coisas podem se nivelar. É uma questão de atitude, de garra”, disse o treinador, que viu seus atletas perderem por 2 a 0 para a França no único amistoso preparatório para a competição.Ele não terá de bolar um plano para frear Neymar, cuja ausência deixou aberto o posto de protagonista da seleção. A vaga pode ser ocupada por Daniel Alves, agora com a faixa de capitão no braço. Pode ficar com o armador Philippe Coutinho, em quem o chefe bota fé. Há espaço até para o jovem David Neres, que herdou a ponta esquerda de Neymar.Seja como for, a responsabilidade maior estará com o ex-comandante do Guarany de Garibaldi.Brasil x Bolívia 21h30, no Morumbi Na TV: Globo e SporTV | 2019-06-14 02:00:00 | esporte | Esporte | https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/06/brasil-abre-copa-america-sem-neymar-e-com-toda-pressao-sobre-tite.shtml |
Proposta de Kim Kataguiri prevê isentar agropecuária de licenciamento | Sem perder velocidade, a tramitação do projeto que cria a lei geral de licenciamento ambiental ganhou nesta semana um calendário apertado de dez audiências públicas, que tentarão resolver, nas próximas três semanas, as divergências entre os setores produtivo e ambientalista. Um texto-base foi divulgado ontem na primeira reunião do grupo de trabalho (GT) coordenado pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). Entre as principais propostas, está a isenção de licença para atividades agropecuárias e também para melhorias e ampliações em obras de infraestrutura. O deputado Kataguiri, a bancada ruralista e também o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, têm defendido que a atividade agropecuária é de baixo risco e por isso não precisaria se submeter ao licenciamento ambiental.O projeto também dá mais flexibilidade para que estados e municípios alterem suas condições de licenciamento ambiental. Atualmente, os órgãos estaduais e municipais de fiscalização seguem padrões mínimos determinados por leis federais. A mudança preocupa ambientalistas pela possibilidade de se criar uma espécie de guerra fiscal ambiental, em que administrações locais passariam a diminuir exigências ambientais para competir com outras regiões pela atração de empreendimentos. O texto estabelece ainda prazos máximos para concessão de licenças, prevendo a “competência supletiva”. Ou seja, caso um órgão demore mais do que o previsto para uma emissão de licença, uma autoridade de outra instância poderá assumir o licenciamento. Pelo projeto de lei, manifestações de órgãos como o Incra e a Funai não devem vincular a decisão final da autoridade licenciadora.O ex-diretor de licenciamento do Ibama e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Nilvo Silva, sugere que o projeto incorpore os diagnósticos “sobre o que funciona ou não no licenciamento no país, produzidos por diversas entidades, como a Fundação Getúlio Vargas, a Confederação Nacional das Indústrias e a Associação Brasileira de Entidades de Meio Ambiente”. A isenção de licença para atividades consideradas de baixo risco, como a agropecuária, também é criticada pelo pesquisador. Segundo ele, a aferição do risco não pode considerar apenas o tipo de atividade, mas o local onde ela é planejada. “O licenciamento ambiental deve proteger o meio ambiente, mas as características ambientais foram ignoradas no projeto.”Embora a necessidade de atualização sobre a legislação de licenciamento ambiental seja consenso entre os setores produtivo e ambientalista, o conteúdo do projeto de lei prioriza o pleito de empreendedores por mais agilidade no processo de concessão das licenças. Mais Além das características ambientais, críticos do projeto também defendem a inclusão de consultas a comunidades tradicionais, como quilombolas e indígenas, que podem ser afetados por empreendimentos em suas regiões. À Folha, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) afirmou que deverá exigir a inclusão dessa condicionante, justificada pela obediência à Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) da qual o Brasil é signatário.No entanto, a resposta de ambientalistas para o desafio de agilidade do licenciamento estaria no Executivo, com o reforço na estrutura dos órgãos fiscalizadores para atender às demandas com mais eficiência.“Há uma visão ideológica de que é preciso desregular a atividade econômica, porque o governo atrapalha; quando na verdade o governo precisa se preparar melhor”, diz Nilvo Silva.O licenciamento ambiental está entre as prioridades do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Ele tem afirmado a interlocutores que gostaria de aprovar o projeto antes do recesso. Para isso, criou no início de junho um grupo de trabalho (GT) e nomeou o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) para a coordenação. Maia havia chegado a aprovar uma comissão especial para o projeto, mas a trocou pelo GT para agilizar o trabalho. Segundo Tatto, que participa do grupo, a escolha pelo GT em vez de comissão “é um retrocesso, porque a comissão permitiria mais tempo de debate e exigiria a votação do relatório antes de um encaminhamento ao plenário”. Embora Kataguiri não precise que os deputados aprovem sua relatoria, ele se comprometeu verbalmente a compartilhar seu relatório antes de levar o projeto a plenário. Segundo a assessoria de Kim Kataguiri, ele teria compreendido a necessidade de consenso para que a tramitação avance e que a relatoria tentará evitar absurdos dos dois lados, buscando pontos mínimos de consenso nas audiências públicas. O deputado afirmou à Folha na noite desta quinta (13) que o relatório inteiro pode mudar durante as audiências públicas e que somente após isso ele terá uma posição. “Por enquanto, estou mais ouvindo do que falando.”O GT coordenado por Kataguiri tem nove membros da base do governo e dois da minoria, os ambientalistas Nilto Tatto (PT) e Rodrigo Agostinho (PSB). | 2019-06-14 02:00:00 | ambiente | Meio Ambiente | https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/06/proposta-de-kim-preve-isentar-agropecuaria-de-licenciamento.shtml |
Substituto de Santos Cruz é chefe militar da ativa mais próximo de Bolsonaro | A demissão do general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi uma vitória tardia do grupo olavista do governo Jair Bolsonaro (PSL), e a escolha de seu substituto uma arriscada manobra visando agradar a gregos e a troianos.O general de Exército Luiz Eduardo Ramos já vinha sendo chamado de o “nono ministro militar” do governo há tempos, dada sua proximidade com o presidente. Agora, manterá a oitava cadeira.À frente da tropa mais poderosa do Brasil, o Comando Militar do Sudeste (São Paulo), Ramos é o chefe militar da ativa mais próximo de Bolsonaro.Eles dividiram quarto quando eram cadetes, e eles se falam quase diariamente. Entre eles, o presidente é o “cavalão” e Ramos, o “pitbull”.Quase não há evento em São Paulo com a presença de Bolsonaro no qual Ramos não está presente.Sua escolha teoricamente compensa o mal-estar causado no Alto Comando pelo sacrifício de Santos Cruz, considerado um soldado exemplar que só não integrou o colegiado dos quatro estrelas porque foi preterido por questões políticas. Resta saber se assim o será na prática. Dois fatores pesam. O primeiro é que Ramos, de resto popular por seu estilo bonachão e bem humorado, tem sua afinidade com o presidente vista como excessiva por alguns de seus pares.Um deles citou, reservadamente, que parecia inadequado que um membro do Alto Comando integrasse o ministério após o grupo ideológico do governo ter obtido a cabeça de um general respeitado.Além disso, a pretendida distância entre a ativa e a administração fica mais comprometida, explicitando a simbiose entre Exército e o governo. O risco de a Força incorporar os desgastes naturais do governo é grande.A mudança também pode resolver um mal-estar que vinha ocorrendo com o protagonismo do comandante do Sudeste junto ao presidente.Em Brasília, o prestígio era visto como demeritório para o ministro da Defesa, general da reserva Fernando Azevedo, que tem longa história como superior direto de Ramos.Um amigo comum dos dois, contudo, sustenta que isso é intriga de quartel e que o companheirismo entre eles é inquebrantável.Já a questão da vitória tardia do escritor Olavo de Carvalho sobre seu principal desafeto na ala militar seguirá como um problema.No episódio em que defendeu o ideólogo do bolsonarismo no embate com Santos Cruz, o presidente viu os fardados do governo e da ativa se calarem por uma questão hierárquica.Mas eles nunca engoliram o episódio, até porque nele foi exposto o respeitado ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, ora lotado como assessor no Planalto.Continuam apontando os filhos presidenciais e expoentes olavistas Eduardo, deputado federal pelo PSL-SP, e o vereador Carlos (PSC-RJ), como responsáveis pela fritura de longo prazo de Santos Cruz. Um aliado do presidente brincou, dizendo que agora o placar estava 1 a 1: o olavista Ricardo Vélez foi defenestrado da Educação em uma disputa que envolveu indiretamente os militares, que agora veem o general ir para a rua.Segundo um político com intenso entre os fardados, tal leveza de avaliação não deveria ocorrer porque é incerto como ficará o relacionamento de Bolsonaro com a ala militar.A chegada ao governo do oficial, promovido a general-de-Exército (quatro estrelas, topo da carreira) em 2017, mantém intacta a cota informal de militares com passagem pela Missão de Paz do Haiti no governo.Ele será o segundo general da ativa no Planalto: o porta-voz, Otávio do Rêgo Barros, é general-de-divisão.Ele é cotado para receber a quarta estrela na próxima rodada de promoções, no fim deste mês –haveria uma só vaga, para a turma de oficiais de 1981, mas a ida de Ramos ao governo na condição de agregado ao serviço civil permite a abertura de mais um posto.A área de comunicação poderá ser afetada pela mudança. Subordinado a Santos Cruz, o titular da Secretaria de Comunicação, Fábio Wajngarten, pleiteava mudar-se para o guarda-chuva da Presidência. Isso pode vir acontecer agora. | 2019-06-14 02:00:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/substituto-de-santos-cruz-e-chefe-de-militar-da-ativa-mais-proximo-de-bolsonaro.shtml |
Falta de agentes penitenciários põe segurança de prisões de SP e saúde de presos em risco | Um déficit no efetivo das prisões de São Paulo, administradas pelo governo João Doria (PSDB), coloca em risco a segurança das unidades e saúde dos detentos. De lados opostos das grades, agentes penitenciários e presos compartilham problemas causados pelo não preenchimento de 25% nos quadros da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária).Agentes relatam viver uma rotina de perigo, sem funcionários suficientes manter os procedimentos de segurança indicados para lidar com os presos, em tensão constante desde a transferência de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para penitenciárias federais, em fevereiro. Em condições insalubres, os presos muitas vezes não têm médicos para atendê-los e morrem nas celas sem assistência.Doria foi eleito governador com a promessa de criar prisões modelo administradas pela iniciativa privada, mas sua gestão afirma que a proposta só vale para as novas unidades construídas. Enquanto isso, o sistema existente, que abriga 233 mil presos em unidades onde deveria haver 144 mil, tem sua situação continuamente agravada sem solução em vista.De acordo com dados do governo publicados no Diário Oficial, 3.423 (35%) das 9.875 vagas de agentes de escolta —responsáveis pela segurança externa dos presídios— não estão preenchidas. Já os agentes penitenciários, que fazem o contato direto com os presos, têm 13% de vagas ociosas, ou 3.727 das 28.269 previstas. Neste caso, o Sifuspesp, um dos sindicatos da categoria, afirma que o déficit é bem maior do que o dado oficial, uma vez que os agentes acabam sendo movidos para setores burocráticos e desfalcam as carceragens. Hoje, há nove presos por agente, quase o dobro do índice recomendado pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (cinco detentos por funcionário). Desarmados, os agentes têm entre suas funções a de retirar presos de celas superlotadas para transferências, saídas para audiências e para atender problemas de saúde. “Tirar um preso do pavilhão é perigoso naturalmente. Em um pavilhão onde deveria ter dois agentes, e você é o único, é pior ainda. Fica na mão dos presos”, diz um agente. Para ele e outros colegas, o que evita rebeliões e fugas é uma tática do PCC de manter relativa paz nas prisões a fim de não prejudicar seu principal negócio, o tráfico de drogas. Isso não impede que ocorram situações como a rebelião no ano passado em Taubaté, interior do estado, iniciada após detentos agredirem e dominarem um agente. O desgaste emocional leva muitos profissionais da área a adoecer e mesmo tentar o suicídio. “Transtorno de ansiedade, depressão, síndrome de burnout e transtorno de ansiedade são comuns. Neste ano, tivemos dois suicídios e 12 tentativas”, afirma Fábio Ferreira, presidente do Sifuspesp. Ele afirma que candidatos aprovados em concursos nos últimos anos para a categoria nunca foram nomeados. A situação é mais grave em relação aos médicos que atuam nas prisões: apenas 92 (13%) das 726 vagas existentes estão preenchidas. O número de médicos disponíveis corresponde a pouco mais da metade do total de unidades prisionais, de 173. Também faltam enfermeiros e auxiliares de enfermagem. “O próprio fato de pessoas ficarem encarceradas em espaço insalubre e superlotado já influencia a proliferação de doenças. A falta de profissionais de saúde traz potencialidades para doenças ou mesmo mortes no cárcere”, diz o defensor público Leonardo Biagioni, coordenador do Núcleo Especializado de Situação Carcerária da Defensoria.A Defensoria tem uma série de ações civis para garantir a presença dos quadros de saúde exigido no estado, o que não é cumprido 100% por nenhuma unidade, diz Biagioni. “Foram registrados casos de auxiliares de enfermagem e agentes penitenciários ministrando medicamentos”, diz o defensor. Entre as ações da Defensoria, está uma relacionada à Penitenciária Masculina da Taquarituba, no interior paulista. O trabalho de apuração inclui levantamento de mais de cem presos com doenças e síndromes como Aids, tuberculose e hanseníase sem receber o devido tratamento. Entre as fotos compiladas pela Defensoria, há as de presos com feridas e a de um detento com vísceras expostas. Na ação, é citado o caso de um homem que desmaiou e foi encaminhado à enfermaria. Auxiliares de enfermagem teriam dito que o detento estava bem e o mandaram para cela. Segundo a ação, ele foi encaminhado novamente à enfermaria e morreu. Quando há situações de emergência, faltam motoristas e escolta para que os presos sejam levados a hospitais externos, diz o defensor Biagioni. De 416 mortes naturais de presos, 57 ocorreram fora de hospitais, em locais como a cela e enfermaria, segundo dados obtidos pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação.O governo João Doria afirma que vem realizando procedimentos para a contratação de funcionários para os quadros da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária). “A SAP conta com dois concursos válidos para nomeação de agentes e estão em andamento dois concursos para Agentes de Segurança Penitenciária masculino e feminino, realizados em 2017, que estão na fase de investigação social. Somente em 2019, já entraram em exercício 560 agentes”, diz nota do governo. O comunicado afirma que o déficit de agentes de escolta estimado pela última gestão não corresponde à realidade. O governo quer diminuir as locomoções de presos investindo em teleaudiências e, por isso, o quadro atual é suficiente. A gestão afirma também que fará um novo concurso para contratar 84 médicos neste ano, mas cita números que mostram a dificuldade para atrair esses profissionais. “No último concurso realizado, do total de 262 vagas, inscreveram-se 110 concorrentes, sendo que apenas 10 tomaram posse e 4 efetivamente entraram em exercício”, diz a nota. A SAP nega, no entanto, que falte atendimento médico aos presos. “Sobre a assistência médica nos presídios, a correlação que o repórter faz não corresponde à realidade. Do total de mortes naturais em 2018, 19 delas foram na enfermaria das próprias unidades, onde há equipe de saúde, 12 mortes ocorreram a caminho do hospital, e 6 mortes ocorreram durante saídas temporárias, nas quais o preso está no convívio familiar, fora da unidade”. A gestão menciona ainda parceria em 56 presídios para que municípios prestem atendimento médico aos presídios e afirma que melhorará o sistema prisional com a entrada da iniciativa privada para a criação de novas unidades. “Das 10 novas unidades que estão em construção e serão inauguradas em 2019, quatro vão operar em gestão compartilhada, com o Estado a cargo da segurança interna e externa do presídio”, diz a nota. | 2019-06-14 02:00:00 | cotidiano | Cotidiano | https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/06/falta-de-agentes-penitenciarios-poe-seguranca-de-prisoes-de-sp-e-saude-de-presos-em-risco.shtml |
Desvio de dinheiro do BNDES para bancar Previdência é alvo de críticas | A proposta de desviar recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para cobrir despesas com aposentadorias e pensões está entre os pontos mais polêmicos do relatório apresentado nesta quinta-feira (13) pelo relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB).Atualmente, a Constituição determina que 40% dos recursos do FAT devem ser direcionados ao BNDES. O relator acatou emenda do deputado Eduardo Cury (PSDB-SP), que propõe o redirecionamento dos recursos, "que deixariam de ser destinados ao financiamento de programas de desenvolvimento econômico".Essa possibilidade foi recebida com apreensão no banco, segundo pessoas relacionadas à instituição.“Cerca de 37% do orçamento do BNDES vêm do Tesouro, já são recursos contingenciáveis. Outros 35% são compostos pela verba do FAT. Se tirar a transferência obrigatória, a situação é mega preocupante”, diz a advogada Letícia Queiroz, no escritório Queiroz Maluf.“O banco ficaria mais dependente de recursos que variam de acordo com a arrecadação e a vontade política. É ruim porque a instituição financia projetos em que o mercado de capitais não investe porque não tem retorno certo”, diz.Projetos de longo prazo no país, como os ligados, por exemplo, a ferrovias, serão diretamente prejudicados pela mudança, diz Venilton Tadini, presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)."A mudança é um equívoco pavoroso, parte do pressuposto de que o BNDES é pouco utilizado, mas isso acontece hoje porque o investimento em infraestrutura está baixo.""Em uma eventual retomada econômica, haverá escassez de financiamento. Reduzir mais ainda o orçamento do banco é uma temeridade."Felipe Salto, diretor da IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão ligado ao Senado, afirma que a desidratação daquilo que importa, que são as mudanças das regras previdenciárias, foi alta. Ele critica a tentativa de recompor essa economia perdida com medidas de aumento de receitas de outras fontes."Questões como o FAT nada têm que ver com a Previdência. É retirar o financiamento do investimento, o pouco que existe, para pagar despesa corrente", afirma. A retirada da proposta de capitalização, umas das principais novidades em relação ao texto apresentado pelo governo anterior, é outro tema polêmico gerado pelo relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB).Luís Eduardo Afonso, professor da USP especialista em Previdência, afirma que o Brasil perdeu a oportunidade de discutir a adoção de um regime de capitalização como um dos pilares da Previdência."O modelo que o governo estava colocando era radical, com custo muito alto e questões como cobertura e exclusão que não estavam bem equacionadas, mas não me parece que a retirada pura e simples seja a melhor estratégia", afirma o especialista."O regime de capitalização gera poupança interna e ajuda a fomentar o investimento. Seria mais adequado aperfeiçoar a proposta e avançar na discussão de um modelo. É uma discussão importante e válida para o longo prazo."O presidente do Cofecon (Conselho Federal de Economia), Wellington Leonardo da Silva, avalia como positiva a retirada desse ponto da proposta em discussão."De 30 países que fizeram a privatização do sistema de Previdência pública, 18 já revisaram total ou parcialmente as suas posições. O Chile é o exemplo emblemático", diz.Ele cita ainda os casos de Peru, Argentina, Colômbia, Hungria, Polônia e Rússia como exemplos. "Seria a destruição da Previdência pública no país."Francisco Olivieri, mestre em administração estratégica e superintendente-geral do Instituto Mauá de Tecnologia, também tem a avaliação de que o regime de capitalização dificilmente funcionaria no Brasil."No Chile, não deu certo. Em um país como o nosso, seria difícil de colocar em prática, pois o brasileiro já não tem o costume de poupar. E quem não tem emprego não tem como arranjar o dinheiro para capitalizar."Para Olivieri, a expectativa é que o texto seja alterado ainda nas votações na comissão especial e nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, o que deve reduzir a economia prevista de cerca de R$ 1 bilhão."Como essa reforma não vai ser suficiente [para equilibrar o sistema], em alguns anos vamos ter de voltar a discutir isso]", afirma. | 2019-06-14 02:00:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06/desvio-de-dinheiro-do-bndes-para-bancar-previdencia-e-alvo-de-criticas.shtml |
Início da Copa América no Brasil tem ameaça de público fantasma | A Copa América começa nesta sexta-feira (14) com os organizadores preocupados. O que aflige o Comitê Organizador do evento é a baixa venda de ingressos —já que a ideia da edição sempre foi superar ou ao menos igualar o sucesso recorde do torneio organizado pelos Estados Unidos, em 2016.Nesta sexta, às 21h30, a seleção brasileira abre o torneio contra a Bolívia, no Morumbi.Até agora, só quatro jogos têm ingressos esgotados: a estreia, Brasil x Venezuela (no dia 18, na Fonte Nova) e a final (em 7 de julho, no Maracanã), além de Argentina x Colômbia (neste sábado, também em Salvador).Há confrontos com poucas entradas disponíveis, como Chile x Uruguai (dia 24, no Maracanã).O receio maior são as partidas com pouco mais de 2.000 bilhetes negociados até aqui, como Equador x Japão (dia 24, no Mineirão) ou Paraguai x Qatar (domingo, 16, no Maracanã). O primeiro deles vendeu só 1.500 ingressos. Outra partida no Mineirão, Bolívia x Venezuela, 3.500.Agberto Guimarães, diretor-geral do Comitê Organizador Local, disse que, ao vender 65% dos ingressos até quarta (12), o torneio está bem próximo de bater a meta, de 70%. Porém, admite a preocupação com a venda em alguns jogos."Em todo lugar você tem produtos muitos valorizados e, entre eles, um ou outro que não desperta tanto interesse", afirmou Guimarães.No último fim de semana, o melhor em vendas desde que os bilhetes começaram a ser negociados, em maio, foram comercializadas 19 mil entradas. Segundo a organização, torcedores de mais de 117 países compraram ingressos. "Óbvio que temos preocupação com esses jogos [menores]. Mas as vendas estão se aquecendo à medida que se aproxima a competição. Esperamos que o interesse aumente ainda mais, inclusive nessas partidas", disse.Para jogos em que há riscos de espaço vazio nas arquibancadas, o COL irá distribuir ingressos para entidades assistenciais e governamentais. A entidade, portanto, não pretende fazer ofertas.A edição da Copa América de 2016, nos EUA, foi a que teve maior público nos estádios. Os ingressos do evento custaram em média US$ 100 (R$ 387 em valores atuais). No total, 1.483.855 pessoas viram as partidas nas arenas.Não que todas tenham despertado grande interesse: o confronto entre Equador e Peru teve 11.937 espectadores. Mas ele foi exceção, já que a média foi de 46.370 pagantes.Para a edição deste ano, embora os organizadores já soubessem que jogos envolvendo os países convidados Qatar e Japão não despertariam grande interesse (a não ser no caso do confronto dos árabes contra os argentinos, em Porto Alegre), o baixo número de vendas surpreendeu. Mas não é algo novo.Na última vez que sediou a Copa América, em 1989, o Brasil também teve partidas com estádios vazios. Isso foi amenizado pela realização de rodadas duplas, com dois jogos seguidos no mesmo estádio. Mesmo assim, apenas 20 mil pessoas foram ao Serra Dourada (Goiânia) ver a Argentina, com Maradona em campo, empatar com o Equador.Ao contrário da Copa do Mundo de 2014, em que foram realizadas partidas em 12 cidades, a Copa América (também por ter menos seleções) acontecerá em cinco sedes: São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.A cidade do Nordeste vai receber 5 dos 24 jogos, mas a última será nas quartas de final. A organização evitou municípios que foram sedes do Mundial, mas exigiriam viagens mais longas para as seleções e torcedores, como Recife, Natal, Fortaleza e Manaus.Um fator em que a Copa América no Brasil tem maior chance de se igualar ao torneio de 2016 é a taxa de ocupação das arenas. Nos Estados Unidos, que usaram estádios com maior capacidade de público, ela foi de 64,9%. O menor dos dez locais que receberam jogos foi o Soldier Field, em Chicago, que comporta 61.500 pessoas.Se atingir a meta almejada de 1 milhão de torcedores, a Copa América deste ano pelo menos vai superar os outros torneios continentais realizados nesta década —à exceção do jogado em 2016.Em 2015, no Chile, 655.902 pessoas foram aos estádios, com uma média de 25.227 pessoas por jogo. Menos do que o que se deu na Argentina, quatro anos antes, quando o público total foi de 882.621, e a média ficou em 33.947 torcedores por partida. | 2019-06-14 02:00:00 | esporte | Esporte | https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/06/inicio-da-copa-america-no-brasil-tem-ameaca-de-publico-fantasma.shtml |
Por que as ressacas parecem ficar mais fortes com a idade? | Tomar uma cerveja ou uma caipirinha a mais já é suficiente para causar um estrago no seu dia seguinte? Pode ser desagradável, mas não é motivo para preocupação —não de saúde pelo menos. Se os anos costumam fazer bem para um bom vinho, o mesmo não vale para pessoas, nas quais os efeitos do álcool costumam se tornar mais cruéis com o tempo.A ressaca é o efeito tóxico da bebida e seus subprodutos no corpo. De forma geral, não há como definir qual é o ponto sem volta da dor de cabeça do dia seguinte, já que isso pode variar muito de pessoa para pessoa. As bebidas alcoólicas são tóxicas para o corpo e precisam ser metabolizadas. “Entre a absorção e ser excretado, temos processos que se utilizam de várias enzimas. Conforme vamos envelhecendo a nossas metabolização já não tem a mesma eficácia de quando somos jovens”, diz Nelson Iucif, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia. “Da mesma forma como quando somos jovens somos mais rápidos, temos mais força.”Segundo o especialista, o sistema nervoso também é afetado, ficando mais suscetível aos efeitos do álcool e à sua metabolização.Iucif diz que outro fator que pode contribuir para a maior facilidade para ressaca são os problemas de saúde que a idade muitas vezes traz.“As pessoas tomam medicamentos para esses problemas, e essas drogas vão interagir com a bebida alcoólica, direta ou indiretamente, na maioria das vezes desfavorecendo a metabolização, a excreção dos seus subprodutos”, diz o especialista.Desse modo, com o avanço da idade, uma dose que antes não fazia nem cócegas pode ter maiores efeitos momentâneos e levar mais tempo para ser eliminada do corpo. A maior sensibilização, porém, só se acentua entre os 60 e 65 anos. Em qualquer idade, o segredo é conhecer seus limites e não esquecer de beber água enquanto consome álcool. | 2019-06-14 02:00:00 | equilibrio-e-saude | Equilibrio e Saúde | https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2019/06/por-que-as-ressacas-parecem-ficar-mais-fortes-com-a-idade.shtml |
Palmeiras derrota o Avaí e recorde depende do tribunal | No campo, o Palmeiras, com a vitória sobre o Avaí por 2 a 0, nesta quinta-feira (13), no Allianz Parque, conseguiu a maior pontuação, em nove partidas disputadas, das 17 edições do Campeonato Brasileiro no formato de pontos corridos.Com oito vitórias e um empate, o Verdão somou 25 pontos. A equipe é dona do melhor ataque, com 17 gols marcados, e tem a defesa menos vazada, dois sofridos.A confirmação desses números, porém, depende de quem não joga bola. Na próxima terça-feira (18), em Salvador, os auditores do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) julgam o pedido de impugnação pedido pelo Botafogo, que foi derrotado pelos palmeirenses por 1 a 0, no dia 25 de maio, em Brasília.Na ocasião, o gol alviverde, anotado pelo zagueiro Gustavo Gómez, saiu de uma cobrança de pênalti, marcado pelo juiz Paulo Roberto Alves Júnior após a consulta ao VAR. Os botafoguenses acusam o árbitro de ter errado no procedimento.Se a pontuação for confirmada, os palmeirenses curtirão o recesso do Nacional por causa da realização da Copa América no Brasil com cinco pontos de vantagem sobre o Santos. Em relação ao novo recorde, a equipe de Luiz Felipe Scolari deixará para trás o Corinthians, que em 2011 e 2017 fez 23 pontos nos primeiros nove jogos.Antes de a bola rolar, o técnico Felipão alertou para o risco de jogar contra o Avaí, lanterna do Nacional e única equipe ainda sem vencer. Até por isso, o comandante não se preocupou em perder jogadores por suspensão para o clássico contra o São Paulo. Mesmo pendurados, o volante Felipe Melo, o meia Zé Rafael e o atacante Deyverson foram titulares.Com força máxima e contra um visitante que não ficou na retranca, o Palmeiras ganhou a partida na esperteza com dois gols em lances de trabalho coletivo.Na jogada aos 35min do primeiro tempo, o atacante Deyverson foi lançado pelo lateral direito Marcos Rocha pela direita da grande área e encobriu o goleiro Vladimir. O zagueiro Kunde furou ao tentar tirar a bola em cima do gol. Porém, o bandeirinha marcou impedimento. Após três minutos de suspense, o árbitro Marcelo de Lima Henrique (RJ) confirmou o tento.Na etapa final, aos 20min, na pressão aos defensores, pela direita da entrada da área, os palmeirenses roubaram a bola e Lucas Lima serviu Bruno Henrique. Pelo meio, o capitão marcou o seu quarto gol na competição e selou a vitória. Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem. | 2019-06-14 00:12:00 | esporte | Esporte | https://agora.folha.uol.com.br/esporte/2019/06/palmeiras-derrota-o-avai-e-recorde-depende-do-tribunal.shtml |
São Paulo arranca empate suado do Galo em Belo Horizonte | Atlético-MG e São Paulo não saíram de um empate por 1 a 1 na noite desta quinta-feira (13), no estádio Independência, em Belo Horizonte (MG), em duelo válido pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Alerrandro abriu o placar para os mandantes em lance polêmico validado somente após consulta ao VAR (árbitro de vídeo). E Alexandre Pato igualou o marcador para os tricolores. Com o resultado, o Galo ocupa a quinta colocação do torneio, com 16 pontos conquistados, mesmo número do Internacional, o quarto. O Tricolor é o nono, com 14, pontuação idêntica à do Bahia, oitavo. Ambos perdem nos critérios de desempate.O São Paulo engatou a sétima partida consecutiva sem um triunfo na atual temporada. A equipe comandada por Cuca vive um jejum incômodo no ano. São cinco jogos sem celebrar no Brasileirão e dois na Copa do Brasil. Neste período, o time marcou apenas dois gols --o outro foi diante do Cruzeiro, no empate por 1 a 1 no Brasileiro. O último resultado positivo do clube foi em 12 de maio, por 1 a 0, sobre o Fortaleza.O ataque do Tricolor não vive bom momento, mas Alexandre Pato é quem mais aparece no setor ofensivo. O camisa 7 foi o responsável pelos dois gols que o time fez durante os últimos 30 dias, justamente contra os rivais mineiros. Contra o Galo, ele contou com assistência de Nenê, driblou Réver na corrida e mandou de perna direita para o fundo da rede de Victor.Se Pato salvou a equipe da derrota, Toró ficou devendo na partida. Escalado pelo lado do campo, ele pouco acrescentou ao ataque são-paulino e não deu nem sequer um chute ou uma assistência para finalização dos companheiros. Não à toa foi substituído no intervalo por Everton Felipe.Agora, o São Paulo vai dar uma folga aos jogadores durante a parada para disputa da Copa América e voltará a campo no dia 14 de julho, no Morumbi, para o clássico contra o líder Palmeiras, pelo Brasileirão. Recurso exclusivo para assinantes assine ou faça login Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaLeia tudo sobre o tema e siga: Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem. | 2019-06-14 00:21:00 | esporte | Esporte | https://agora.folha.uol.com.br/esporte/2019/06/sao-paulo-arranca-empate-suado-do-galo-em-belo-horizonte.shtml |
Mortes: Rigoroso, ator era conhecido por 'mau humor hilário' | O último papel de Lafayette Galvão na TV foi um idoso rabugento na temporada de 2009 de “Malhação” —personagem que, de certa forma, lembrava o velho ator.Era conhecido por ser “pessimamente humorado, mas era um mau humor hilário”, conta a filha Eliza. “A gente ficava constrangido, mas passava mal de rir”, diz, relembrando de como o pai, que cultivou por décadas uma longa barba branca, reagia mal ao ser comparado a Papai Noel.Com 50 anos de televisão, Lafayette participou de importantes telenovelas como “Terra Nostra” (1999), “Mulheres de Areia” (1993), “A Viagem” (1994), “América” (2005) e “A Próxima Vitima” (1995).Nascido em Pouso Alegre (MG), mudou-se para o Rio porque sonhava em ser cantor, carreira que acabou por desistir. Mas manteve ligação com a cidade natal: usou-a como cenário de seu romance “Bêra Córgo”. Além do romance, Galvão escreveu uma série de peças. Trabalhava no teatro desde os anos 1950, campo em que era especialmente rigoroso, inclusive com o trabalho de Eliza, que seguiu a mesma carreira. Gostava de sentar-se na última fileira nos espetáculos para sair da sala caso a peça não lhe agradasse.Num dos espetáculos que dirigiu, uma atriz, ao entrar em cena, caiu e disse sua fala aos trancos, com o figurino caindo, narra Eliza. “Ela estava nervosa com a reação do meu pai. Quando acabou a peça, meu pai chegou perto dela, olhou-a no fundo dos olhos por dez segundos e disse: ‘Mantenha a queda’.”Foi casado por 55 anos —na comemoração das bodas de ouro, disse à mulher: “Meus ‘parapêsames’”, diz a filha, rindo.Acometido de uma infecção pulmonar, morreu no último dia 7, aos 87 anos. Deixa a mulher, três filhos e netos. coluna.obituario@grupofolha.com.brVeja os anúncios de mortesVeja os anúncios de missas | 2019-06-14 00:00:00 | cotidiano | Cotidiano | https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/06/mortes-rigoroso-ator-era-conhecido-por-mau-humor-hilario.shtml |
Sinal de internet oscila, diz cliente | O motorista Rafael Alves Paulo, 35 anos, do Parque Edu Chaves (zona norte), conta que é assinante do pacote de serviços da Net, mas ele reclama que o sinal de internet está oscilando desde meados de maio, após ele solicitar a transferência de endereço para a operadora. O leitor relata que contratou internet, telefone fixo e televisão da empresa, pelos quais paga a mensalidade no valor de R$ 250. “Apenas a internet apresenta falha, o sinal vive caindo e travando. Não consigo assistir a nenhum vídeo tranquilamente, pois trava ou é muito lento”, diz. Paulo afirma que, no mês passado, solicitou uma mudança de endereço do pacote de serviços da Net, uma vez que mudou de residência. “O fato é que, agora, o meu sinal de internet apenas funciona em um cômodo da casa”, reclama o leitor à reportagem.“Para se ter ideia, é difícil até ouvir ou mandar um áudio de WhatsApp. Tenho que ficar procurando um ponto da casa onde o sinal da internet funcione. Isso é inaceitável. Não pago o serviço para ficar passando raiva. Peço a intervenção do Defesa do Cidadão, pois estou cansado de ligar para a Net."Net: 10621A Net informa, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, que entrou em contato com o cliente Rafael Alves Paulo e solucionou a reclamação.A operadora afirma ainda estar à disposição do consumidor para prestar quaisquer esclarecimentos que sejam necessários.Em novo contato com a reportagem, o leitor confirmou a ligação da empresa. “Agendaram uma visita para verificar”, disse.Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem. | 2019-06-14 01:55:00 | grana | Grana ou Dinheiro | https://agora.folha.uol.com.br/grana/2019/06/sinal-de-internet-oscila-diz-cliente.shtml |
OAB entregará estudo ao Congresso contra 10 medidas do pacote anticrime de Moro | O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vai ao Congresso entregar um estudo que se opõe ao pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro.O documento elaborado por juristas e associações do direito, como IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros) e Condege (Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais), tece críticas ao projeto e apresenta sugestões.A entidade, agora, negocia uma data, provavelmente até a primeira quinzena de maio, com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para a entrega do estudo. Para o grupo de trabalho da OAB, ao menos dez medidas do plano do governo Jair Bolsonaro (PSL) precisam ser revistas, pois ferem a Constituição.São elas: 1) execução antecipada da pena; 2) execução antecipada de decisões do Tribunal do Júri; 3) modificações nos embargos infringentes; 4) mudanças no instituto da legítima defesa, em especial aos agentes de segurança pública; 5) alterações no regime de prescrição; 6) mudanças no regime de cumprimento da pena; 7) mudanças em relação ao crime de resistência; 8) criação do confisco alargado; 9) interceptação de advogados em parlatório; 10) acordos penais.A que mais provocou contrariedade entre os conselheiros é a possibilidade de interceptação de advogado em parlatório –gravação de conversas entre advogado e cliente preso.Um trecho do pacote de Moro altera a lei que regulamenta presídios federais de segurança máxima e estabelece a instalação de câmera no parlatório e nas áreas comuns, para fins de preservação da ordem interna e da segurança pública. As gravações entre advogado e cliente só poderão ser autorizadas por decisão judicial.A interceptação, segundo o relatório da OAB, fere o Estatuto da Advocacia, que garante o sigilo profissional. Os pareceristas Alberto Toron e Lenio Streck também dizem que o projeto de Moro vai contra o artigo 133 da Constituição, “que confere status indispensável à figura do advogado para a administração da Justiça, destacando-se a inviolabilidade de seus atos e manifestações no exercício da profissão". Escanteada pelo ministro da Justiça, a OAB também reclama que poderia ter contribuído tecnicamente para elaboração do texto que altera 14 pontos do Código Penal, Código de Processo Penal, Lei de Execução Penal, Lei de Crimes Hediondos e Código Eleitoral. “Há convergência total por parte da comunidade científica de que a proposta do Ministério da Justiça não foi precedida do indispensável debate público que se esperava em um projeto com esse impacto sobre o sistema penal, processual penal e penitenciário”, diz o documento.O advogado criminalista Juliano José Breda, presidente da Comissão de Garantia do Direito de Defesa e relator do estudo, diz que o Conselho Federal convidou Moro para participar de reunião da entidade em 8 de abril. Mas, segundo ele, o ministro disse que não teria agenda e foi acompanhar Bolsonaro nos EUA.“O projeto do ministro já começa com uma série de erros. O primeiro deles é a ausência de um debate aprofundado com os advogados especializados. Não foi construído democraticamente”, afirma Breda. “A segunda observação, a mais grave, é que o pacote veicula matérias de indiscutível inconstitucionalidade.” A Folha procurou a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, enviou perguntas e solicitou uma entrevista com Moro. A assessoria respondeu, na quarta-feira (17), que Moro nem outro porta-voz atenderiam ao pedido.Outros nove trechos do pacote anticrime de Moro não sofreram rejeição entre os conselheiros da OAB.São eles: 1) a criminalização do caixa dois; 2) criação do banco de perfil genético de condenados; 3) regulamentação da conexão de crimes da competência da Justiça Eleitoral; 4) criação do informante do bem; 5) alteração do regime jurídico dos presídios federais; 6) interrogatório e audiências por videoconferências; 7) aperfeiçoamento do conceito de organizações criminosas; 8) regulamentação das escutas ambientais; e 9) modificação do sistema de cobrança das multas penais.1) Execução da pena antes do trânsito em julgado Cumprimento da sentença imediatamente após condenação em segunda instância O que diz a OAB: fere princípio constitucional da presunção de inocência. 2) Execução antecipada das decisões do Tribunal do Júri Cumprimento da sentença imediatamente após condenação pelo júri O que diz a OAB: viola a presunção de inocência, o duplo grau de jurisdição e favorecerá aumento de erros do Judiciário 3) Modificações nos embargos infringentes Esse recurso só poderá ser interposto pelo réu caso um dos juízes em segunda instância tenha votado pela absolvição total dele O que diz a OAB: projeto busca cercear os meios de defesa e estimula injustiças, reduzindo esse recurso apenas à hipótese de voto absolutório. Se votarem por uma pena menor, com modificação de regime de pena ou prescrição, não caberão embargos infringentes4) Mudanças no instituto da legítima defesa, em especial aos agentes de segurança pública O juiz poderá reduzir a pena até a metade ou deixar de aplicá-la se a reação decorrer de medo, surpresa ou violenta emoção. Considera-se legítima defesa o policial ou agente de segurança que agir em conflito armado ou em risco de conflito O que diz a OAB: Medo, surpresa e violenta emoção são novidades que enfraquecem a resposta penal e, pior, podem funcionar como válvula de impunidade em casos graves. Levarão ao incremento da violência policial5) Alterações no regime da prescrição Inclui novos pontos que dificultam o prazo de prescrição, como se houver embargos de declaração e quando houver recursos tramitando nos tribunais superiores (STJ e STF) O que diz a OAB: ação é inoportuna e inadequada, pois pode gerar ainda maior lentidão nos processos. Não é possível utilizar uma sentença absolutória para prejudicar o réu6) Mudanças no regime de cumprimento da pena Condenado reincidente ou habitual deve cumprir pena em regime fechado. Para crimes hediondos, a progressão do regime só pode valer após cumprimento de 3/5 da pena O que diz a OAB: permite que o juiz, sem critérios claros, decida, por exemplo, que em uma condenação de 6 anos por um determinado crime, a pessoa só possa progredir de regime após 5 anos e meio de cumprimento de pena7) Mudanças em relação ao crime de resistência A nova redação prevê pena de até 30 anos quando houver risco de morte de funcionário público ou a terceiro O que diz a OAB: uma coisa é a ação de resistência da qual resulta morte; outra, bem diferente, é a que acarreta apenas o “risco de morte” para o agente público ou para terceiro8) Criação do confisco alargado Decreta a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito O que diz a OAB: Inconstitucional porque inverte o ônus da prova, presumindo a ilegalidade do patrimônio do cidadão sem comprovação em um devido processo legal9) Interceptação de advogados em parlatório Presídios deverão ter sistema de monitoramento de áudio e vídeo no parlatório e nas áreas comuns. Gravações entre advogado e cliente preso poderão ser autorizadas pelo juiz O que diz a OAB: proposta é inconstitucional e atenta gravemente contra o direito de defesa e viola direitos do advogado e cliente10) Acordos penais Espécie de negociação entre acusado e Ministério Público. Há possibilidade da confissão de crimes em troca de uma pena O que diz a OAB: inconstitucional porque, ao exigir concordância expressa do Ministério Público, retira do Judiciário o poder de concessão do benefício, de definição das penas e as formas de seu cumprimento. Viola o direito de defesa e não estabelece condições para uma negociação leal, com paridade de armas entre acusação e defesa | 2019-04-28 08:00:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/04/oab-entregara-estudo-ao-congresso-contra-10-medidas-do-pacote-anticrime-de-moro.shtml |
MasterChef: Participantes vão cozinhar 'finger foods' para Orquestra Sinfônica de São Paulo | Os competidores do MasterChef Brasil enfrentam neste domingo (28) a segunda prova em equipe da temporada. Os 16 cozinheiros amadores terão que servir 80 convidados da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.O menu deverá conter três tipos de "finger foods", inspirados em comidas de rua típicas do Brasil. Os dois competidores com a pior avaliação na prova terão a chance de escapar da eliminação, com um desafio de três rounds em que deverão reproduzir pratos icônicos dos jurados: a empanada argentina de Paola Carosella, o petit gateau de Erick Jacquin e o suflê de goiabada de Henrique Fogaça.Na terça-feira seguinte (30), às 22h, a Band exibirá o MasterChef Para Tudo com as cenas inéditas e bastidores desse desafio. Mais O grande prêmio MasterChef deste ano é, além do troféu, uma quantia de R$ 250 mil, uma cozinha nova equipada pela Tramontina e uma bolsa de estudos na escola francesa Le Cordon Bleu Paris, além de receber R$ 1.000 mensais, durante um ano, para fazer compras no cartão Carrefour.O segundo lugar também ganha bolsa de estudos na Le Cordon Bleu em Ottawa, Canadá, e o mesmo prêmio mensal de compras no supermercado parceiro. Além disso, as miniprovas e provas coletivas ao longo do programa valem R$ 500 em compras no Carrefour; provas individuais valem R$ 1.000. | 2019-04-28 09:00:00 | televisao | Televisão | https://f5.folha.uol.com.br/televisao/2019/04/masterchef-participantes-vao-cozinhar-finger-foods-para-orquestra-sinfonica-de-sao-paulo.shtml |
Caneladas do Vitão: Fogão vence supimpa posse de bola, Tricolor ganha jogo | Sem São Paulo, o meu dono é a solidão, diga sim, que eu digo não... Alô, povão, agora é fé! Conforme, modesta e precisamente, “antecipado” por Caneladas do Vitão, o São Paulo fez 2 a 0 no Botafogo. É o que vale para este colunista e para a classificação, embora reconheça que esteja desatualizado, ultrapassado e os fronhas pós-modernos da geração hat-trick valorizem a supimpa posse de bola... Aí, deu Botafogo, de goleada (66%), fora o baile e blá-blá-blá.Verdade que a primeira chance de gol do Brasileirão foi do Fogão. E Erik, de forma ridícula, acrobata e circense, furou e perdeu cheio de estilo. O Tricolor demorou para criar. E, quando chegou pela primeira vez, Pato testou à rede, mas estava com Creme Rinse, óleo hidratante, Higiapele, talco e leite de aveia na banheira morninha. Valeu o ensaio. Na segunda, Everton estava legal e aproveitou centro açucarado de Antony.A vantagem tricolor não mudou o ritmo da prosa no segundo tempo. O oitavo colocado do Campeonato Carioca e candidato à degola continuou controlando a posse de bola, trocando passes estéreis, mas com uma dificuldade de penetrar de fazer inveja a eunuco. O Tricolor continuou devagar com a louça, defendendo, sem sustos, o 1 a 0. O Bota, apesar dos 818% de posse de bola, não fez cócegas em Tiago Volpi. Como é futebol, não bobinho...O Tricolor melhorou com Toró no lugar de Pato, que foi mais cedo para o banho e teve uma atuação bem fraca em sua estreia. E, antes de Hudson ampliar (Gatito, que já foi mal no gol inaugural, poderia ter feito algo melhor), o São Paulo teve outras duas chances.Jogo tecnicamente fraco, vitória são-paulina tranquila e justa. Volta, mata-mata!Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!Recurso exclusivo para assinantes assine ou faça login Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaLeia tudo sobre o tema e siga: Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem. | 2019-04-28 07:00:00 | esporte | Esporte | https://agora.folha.uol.com.br/esporte/2019/04/caneladas-do-vitao-fogao-vence-supimpa-posse-de-bola-tricolor-ganha-jogo.shtml |
'Verão 90': João investiga Jerônimo, o entrega para Quinzinho e se revela para Manu | De autoria de Izabel de Oliveira e Paula Amaral, a novela "Verão 90" é exibida na faixa das 19h30 na Globo.Segunda-feira (29)Manu (Isabelle Drummond) recebe flores de Manuel. Herculano vibra ao ser convidado para ser jurado de um Festival de Cinema. João (Rafael Vitti) conta a Diego (Sérgio Malheiros) que foi Jerônimo quem deu a fita do clipe da La Donna para Murilo. João comemora a conquista de Moana (Giovana Cordeiro), que consegue uma oportunidade de emprego no exterior. Vanessa (Camila Queiroz) sente ciúmes da fama de Manu. Vanessa planeja dar a Manu um chá que causa alteração na voz. Manu observa Moana dando um beijo de despedida em João. Terça-feira (30)Com ciúmes de Moana, Manu é hostil com João. João pede ajuda a Jofre (Luiz Henrique Nogueira) para investigar Jerônimo (Jesuíta Barbosa). Otoniel (Val Perré) flagra Raimundo (Flavio Tolezani) e Madá (Fabiana Karla) dormindo juntos. João descobre que Jerônimo tem interesse comercial com a gravação do programa em Corujinha. João vê quando Vanessa sabota a bebida de Manu e consegue impedir que a jovem beba o chá. Ticiano (Ícaro Silva) toma o chá e perde a voz. Vanessa fica furiosa com o sucesso de Manu. João se revela pra Manu e os dois se beijam. Quarta-feira (1º)João revela a Manu que mentiu no presídio ao lhe pedir para esquecê-lo, sem mencionar que foi induzido por Lidiane (Claudia Raia). Manu perdoa João e os dois se beijam. Quinzão (Alexandre Borges) aconselha Mercedes (Totia Meireles) a se aproximar de Dandara. Manu descobre que João e o português Manuel são a mesma pessoa. Lidiane tenta impressionar Mercedes. Murilo aceita ajudar Lidiane. Larissa enfrenta Candé. Diego fica surpreso ao saber que Ticiano convocou a imprensa para denunciar Dandara de ter tentado envenená-lo. Ticiano decide terminar a dupla com Dandara. João observa Jerônimo recebendo uma mala de dinheiro do capanga do prefeito de Corujinha.Quinta-feira (2)João faz uma ligação anônima para Quinzinho, denunciando que Jerônimo recebeu dinheiro do prefeito. Dandara aceita a trégua proposta por Mercedes. Quinzinho pressiona Jerônimo para saber a verdade. O dinheiro de Jerônimo desaparece e ele acusa Vanessa. Manu conta a Kika que João é o verdadeiro Manuel. Janaína não gosta de ver Manu com João. Jerônimo constata que foi Galdino quem roubou o dinheiro que ele desviou da PopTV. Candé discute com Larissa por causa de Diego. Madá e Patrick entregam um pote de doce de leite para Janaína descobrir o que tem na receita. Mercedes presenteia Dandara com um vestido para a nora usar no coquetel de Vinícius. Quinzão vai ao encontro de Lidiane. Sexta-feira (3)Lidiane diz a Quinzão que quer fazer uma homenagem a Mercedes no coquetel. Larissa e Dandara conversam sobre Mercedes. Dandara fica sabendo por Mercedes que Murilo vai falar sobre o fim da dupla. Janaína e Herculano provam o doce de leite. Quinzinho convence Dandara a usar o vestido escolhido por Mercedes.Janaína chega animada ao coquetel após comer o doce de leite. Mercedes descobre que Lidiane também não gosta de Janaína. Os fãs de Dandara se mobilizam na porta da PopTV. Vanessa fica apreensiva com o sumiço de Jerônimo. Janaína observa Quinzão impedindo que Lidiane exiba o vídeo em homenagem a Mercedes. Janaína surpreende a todos ao anunciar uma homenagem a Mercedes. Sábado (4)Quinzão consola Mercedes, que está enfurecida com o vídeo homenagem. Lidiane pede a Quinzão para não revelar a Mercedes que a ideia do vídeo foi dela. João garante a Manu que provará a sua inocência. Jerônimo conta a Vanessa que está endividado com o jogo. Janaína conta a Madá que descobriu o ingrediente secreto do doce de leite. Madá está cada vez mais requisitada e Álamo sente ciúmes. Vinícius elogia o buffet de Janaína. Diego comenta com Larissa que Ticiano pode processar Dandara. João procura por Vanessa. Mercedes contrata Lidiane como sua assessora pessoal. | 2019-04-28 06:30:00 | televisao | Televisão | https://f5.folha.uol.com.br/televisao/2019/04/verao-90-joao-investiga-jeronimo-o-entrega-para-quinzinho-e-se-revela-para-manu.shtml |
'O Sétimo Guardião': Nicolau agride Bebeto, e Diana foge de casa após desistir de treinar karatê | De autoria de Aguinaldo Silva, "O Sétimo Guardião" é exibida na faixa das nove pela Globo.Segunda-feira (29)Luz (Marina Ruy Barbosa) se preocupa com Ondina (Ana Beatriz Nogueira). Geandro (Caio Blat) vai atrás do ônibus onde Lourdes Maria (Bruna Linzmeyer) está. Valentina (Lília Cabral) procura Olavo (Tony Ramos). Luciana (Josie Pessoa) avisa a Sampaio (Marcello Novaes) sobre a morte de Ondina. Luz chega ao cabaré e se emociona ao ver o corpo da mãe. Valentina se preocupa com Gabriel (Bruno Gagliasso). Diana (Laryssa Ayres) desiste de treinar, e Afrodite (Carolina Dieckmann) conversa com Walid (Gabriel Stauffer). Rivalda (Giulia Gayoso) fala com Nicolau (Marcelo Serrado) sobre a viagem para os Estados Unidos. Geandro encontra o ônibus onde está Lourdes Maria. Marilda (Leticia Spiller) desconfia do comportamento de Eurico (Dan Stulbach). Júnior (José Loreto) procura Luz. Gabriel vai ao cabaré e se entristece ao ver Júnior consolando Luz. Terça-feira (30)Gabriel tenta falar com Luz, mas é impedido por Júnior. Murilo (Eduardo Moscovis) discute com Gabriel por causa de Luz, e Judith (Isabela Garcia) ouve a conversa. Nicolau agride Bebeto (Eduardo Speroni). Geandro pede Lourdes Maria em casamento. Bebeto sugere que Diana fuja com Walid. Mirtes (Elizabeth Savalla) tenta descobrir na bola de cristal alguma pista sobre os assassinatos. Jurandir (Paulo Miklos) procura Mirtes. Olavo e Sampaio conversam sobre a sabotagem ao reservatório de água. Laura (Yanna Lavigne) paga Louise (Fernanda de Freitas) por seus serviços. Judith culpa Valentina por todos os acontecimentos em Serro Azul. Nicolau flagra Diana com Walid.Quarta-feira (1º)Nicolau discute com Walid e passa mal após a briga. Todos na cidade reclamam do mau cheiro da água. Diana foge de casa. Marcos Paulo (Nany People) garante que sabe o que houve com a água da cidade. Diana pede ajuda a Luz, que tenta esconder a menina de Sóstenes (Marcos Caruso). Nicolau e Afrodite prestam queixa do desaparecimento de Diana. Walid repreende Bebeto pela sugestão que fez à irmã. Luz pede a ajuda de Júnior. Sóstenes descobre que Luz está escondendo Diana. Quinta-feira (2)Luz tenta convencer Sóstenes a não contar sobre Diana para Nicolau. Olavo explica seu plano para Eurico. Geandro decide contar para Olavo que vai se casar com Lourdes Maria. Gabriel, Murilo, Marcos Paulo, Valentina e Judith tentam descobrir os planos de Olavo. Walid ajuda no quiosque, e Nicolau se sente mal novamente. Sóstenes conta para Afrodite sobre Diana, e Nicolau ouve a conversa. Rivalda se insinua para Walid. Nicolau e Bebeto trocam agressões. Afrodite encontra Diana. Walid vê Bebeto chorando na praça. Marilda conta os planos de Olavo para Valentina.Sexta-feira (3)Marilda exige de Valentina um pagamento pela informação sobre Olavo. Bebeto encontra uma forma de se comunicar com o pai. Júnior não deixa Nicolau se aproximar da casa de Sóstenes. Afrodite toma uma decisão depois de conversar com Diana. Mirtes recebe o vestido de noiva de Elisa (Giullia Buscacio). Laura sugere que Olavo indique Sampaio para ser o novo prefeito da cidade. Aranha (Paulo Rocha) recebe uma mensagem, marcando um encontro no cabaré. Luz tem um pressentimento. Marcos Paulo se preocupa com o comportamento de Valentina. Valentina questiona Gabriel sobre o sistema de alarme do acesso à fonte.Sábado (4)Valentina decide seguir pelo túnel até o sobrado. Nicolau não consegue se concentrar no trabalho por causa de Bebeto. Louise ouve Marcos Paulo contar para Murilo a conversa que teve com Valentina. Com a ajuda de Judith, Gabriel e Murilo descobrem o paradeiro de Valentina. Sampaio flagra Valentina na entrada do túnel do lavabo. Gabriel e Murilo são rendidos por Olavo ao chegarem ao sobrado. Nicolau se preocupa com Bebeto. Mirtes vê a imagem de Aranha na bola de cristal. Aranha chega ao cabaré e bebe um uísque supostamente deixado por Adamastor. Olavo manda Sampaio prender Valentina. | 2019-04-28 06:45:00 | televisao | Televisão | https://f5.folha.uol.com.br/televisao/2019/04/o-setimo-guardiao-nicolau-agride-bebeto-e-diana-foge-de-casa-apos-desistir-de-treinar-karate.shtml |
Sindicatos preparam greve geral | As principais centrais sindicais decidiram, em reunião na sexta-feira (26), na sede da Força Sindical, propor durante a festa de 1º de Maio uma greve geral no dia 14 de junho contra as propostas de reforma da Previdência.O tema da festa deste ano será “Em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Contra o Fim da Aposentadoria por mais Empregos e Salários Decentes”.“O 1º de Maio unificado é um instrumento positivo para os trabalhadores incrementarem uma resistência contra as propostas do Bolsonaro. Faremos uma grande mobilização juntos, para impedir que continuem os ataques aos direitos dos trabalhadores. O Brasil bate recorde de desemprego, com mais de 13 milhões segundo o IBGE”, afirma o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.O sindicalista diz que o governo não se reuniu em nenhum momento com as centrais e nem há sinais de que isso ocorra, o que motivou um grande abaixo-assinado.Para Juruna, ainda não foi feito um amplo debate sobre a reforma. “As propostas são ameaças. Pelo tempo de aposentadoria que o governo propõe ninguém consegue se aposentar. Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem. | 2019-04-28 02:00:00 | grana | Grana ou Dinheiro | https://agora.folha.uol.com.br/grana/2019/04/sindicatos-preparam-greve-geral.shtml |
Dos fósseis às aves, Da Vinci investigava minuciosamente a natureza | “Il sole non si muove” ou, em português, “O Sol não se move”, escreveu Leonardo da Vinci (1452-1519), empregando letras garrafais, no canto superior esquerdo de um de seus muitos cadernos que chegaram até nós.A frase isolada parece profetizar aquilo que, reza a lenda, o astrônomo Galileu Galilei (1564-1642) teria sussurrado mais de um século mais tarde ao ser condenado à prisão domiciliar pela Inquisição: “Eppur si muove” (“E no entanto ela se move”) —dessa vez, uma referência à Terra, que giraria em torno do Sol citado por Leonardo.De fato, outros textos avulsos escritos por Da Vinci indicam que o polímata italiano estava à frente de seu tempo nesse quesito, como em tantos outros. “A Terra não está no centro da órbita do Sol, nem no centro do Universo, mas no centro de seus elementos companheiros, e unida a eles”, asseverava o artista.Antecipar o que diria Galileu (e, antes dele, o polonês Nicolau Copérnico) é só um dos exemplos do que a prodigiosa capacidade de observação de Leonardo foi capaz de realizar. Nenhum aspecto do mundo natural escapava ao seu interesse, como revelam tanto os esboços em seus cadernos quanto alguns de seus quadros mais famosos.Segundo o historiador da arte britânico Kenneth Clark, Da Vinci tinha “uma visão tão aguçada que chegava a ser inumana”. Não era, porém, um dom de nascença, mas o resultado de métodos que ele mesmo desenvolveu, no dia a dia, para captar detalhes de objetos, argumenta um de seus biógrafos, o escritor americano Walter Isaacson.Leonardo chegou a descrever um desses truques para melhorar a capacidade de observação, que funciona como uma brincadeira entre amigos. Uma pessoa traça uma linha na parede, enquanto os demais participantes do jogo precisam cortar um pedaço de palha do tamanho exato dessa linha —quem se aproximar mais da medida, é claro, ganha, relata Isaacson em seu livro “Leonardo da Vinci”.Graças a macetes como esse, Da Vinci conseguia enxergar detalhes insuspeitos de camadas de rochas, o formato de flores, os diferentes estágios do voo das aves e os movimentos caprichosos e turbulentos da água em redemoinhos, fontes e rios (uma de suas principais obsessões ao longo da vida).É natural imaginar que tanta atenção aos detalhes da natureza fosse um meio para intensificar o realismo de sua arte. Basta observar, por exemplo, a versão mais antiga do quadro “A Virgem dos Rochedos” (pintado entre 1483 e 1486), uma delicada cena em que aparecem Jesus e João Batista ainda bebês, ao lado da Virgem Maria e de um anjo.Na gruta onde estão os personagens, Leonardo pintou uma mistura de arenito (uma rocha sedimentar) e diabásio, rocha vulcânica intrusiva formada pela solidificação da lava após uma erupção. As plantas que aparecem na cena brotam apenas nos trechos de arenito que já parecem ter passado por um processo de erosão, permitindo que elas criassem raízes. São, além disso, vegetais que realmente poderiam brotar em áreas úmidas de uma gruta em certas épocas do ano.O interesse de Leonardo, entretanto, ia muito além do que lhe podia ser útil em cenas artísticas. Quase sempre acaba se transformando em curiosidade em estado puro: o desejo de compreender e retratar todos os aspectos do Cosmos —e do microcosmo formado pelo corpo humano.É isso o que se depreende do seu trabalho incansável com a anatomia humana, que ele costumava comparar a outros aspectos do mundo natural —artérias, veias e sangue com o leito dos rios e suas águas, por exemplo. Assim como outros pensadores do Renascimento, ele parecia enxergar uma conexão profunda, quase mística, entre as estruturas do corpo humano e as que podiam ser vistas nas estruturas geológicas e hidrológicasAlém disso, Leonardo também estava atento às similaridades anatômicas que uniam seres humanos e animais. Pode-se perceber isso em seus desenhos pioneiros de um feto no útero: como não dispunha de cadáveres do sexo feminino para dissecar, ele se valeu dos órgãos sexuais de uma vaca.O resultado, ainda que não seja tão preciso quanto poderia, é um grande avanço em relação ao conhecimento da época, ao mesmo tempo em que retrata o bebê em gestação como um ser “inocente, miraculoso, misterioso”, diz Isaacson. O lado místico do fascínio de Leonardo pela natureza, no entanto, não o impedia de questionar as contradições que enxergava entre suas observações e as crenças religiosas de seu tempo. Ao observar fósseis de animais marinhos, como conchas de mariscos, que ficaram preservados em regiões montanhosas da Itália, ele percebeu que não seria possível explicar essas ocorrências com base na narrativa bíblica do Dilúvio, como faziam muitos de seus contemporâneos.“Se o Dilúvio tivesse carregado as conchas a uma distância de trezentas ou quatrocentas milhas do mar, elas apareceriam em misturas de diferentes espécies, e não teriam se congregado juntas”, escreveu. Na verdade, concluiu ele, “de tempos em tempos o fundo do mar foi elevado, depositando essas conchas em camadas”, o que, do ponto de vista moderno, está essencialmente correto.Num ponto, porém, Leonardo tinha pouco em comum com os cientistas modernos: a infinita paciência e/ou procrastinação. Sempre desejoso de ampliar um pouco mais suas observações e refazer seus desenhos, ele não publicou nada em vida, embora tivesse projetado diversos tratados científicos. Jamais teria conseguido emprego numa universidade do século 21. | 2019-04-28 02:00:00 | ciencia | Ciência | https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2019/04/dos-fosseis-as-aves-da-vinci-investigava-minuciosamente-a-natureza.shtml |
Prestes a abdicar, imperador se desfaz de aura divina entre nipo-brasileiros | Um quadro chama a atenção de quem entra no escritório de Masato Ninomiya, 70, em São Paulo —especialmente se o visitante for japonês. Na fotografia, de 9 de fevereiro de 1979, o jovem advogado e sua futura esposa, Sônia, aparecem sentados a uma mesa de chá; do outro lado estão os anfitriões: Akihito, então príncipe herdeiro do Japão, e a princesa Michiko.Aquele dia marcou o início da amizade entre Ninomiya e o atual imperador, que assumiria o trono em 1989 e dele abdicará por questões de saúde nesta terça (30), tornando-se o primeiro monarca a renunciar em mais de 200 anos no país.Eles se conheceram quando Ninomiya era um estudante vivendo em Tóquio e foi chamado pela embaixada brasileira para ser intérprete do presidente Ernesto Geisel em sua visita ao Japão, em 1976.Desde então, Akihito, 85, passou a convidá-lo para tomar chá e conversar principalmente sobre a comunidade nipônica no Brasil —a maior fora do Japão, com cerca de 2 milhões de descendentes. Mesmo depois de o príncipe virar imperador, os encontros se mantiveram com uma frequência anual, em média.A forma como a família de Ninomiya vê sua proximidade com a Casa Imperial sintetiza, em certa medida, a relação dos nipo-brasileiros com uma instituição que é “símbolo do Estado e da unidade do povo”, segundo a Constituição do Japão, cujo chefe de governo é o premiê Shinzo Abe.“Meu pai, que veio para o Brasil em 1954, fazia questão de falar para todos da comunidade que o filho era amigo do imperador, tanto que me dava até vergonha. Imagine: ele lutou na Segunda Guerra (1939-45), era de uma geração para a qual o imperador tinha de ser venerado, de ter que se ajoelhar diante da sua presença. Foi ele quem enquadrou a foto do meu primeiro encontro com Akihito”, conta Ninomiya.Já seus três filhos têm uma visão bem diferente. “Eles veem o imperador com grande respeito, é claro, mas não existe mais aquele sentimento de veneração”, afirma.Boa parte dos imigrantes japoneses chegou ao Brasil antes ou durante a Segunda Guerra, quando o Japão era um império em luta contra os Aliados, que contavam com o apoio da ditadura Vargas. O governo brasileiro passou a cercear a comunidade nipônica, e até reuniões de japoneses em locais públicos foram proibidas.Nesse contexto surgiram associações clandestinas dentro da colônia. Uma delas, a Shindo Renmei (Liga do Caminho dos Súditos, em japonês), nasceu no interior paulista para preservar os valores nipônicos, mas radicalizou-se na defesa do culto ao imperador e da versão de que o Japão estava vencendo a guerra, aproveitando-se do precário acesso a meios de comunicação.A comunidade dividiu-se entre os “vitoristas” e “derrotistas” —estes passaram a ser perseguidos, e alguns foram assassinados por membros da Shindo. Mesmo com o fim da guerra e o emblemático discurso de rendição do imperador Hirohito, pai de Akihito, a organização resistiu a aceitar a realidade. Contribuía para esse fervor nacionalista o projeto de vida da maioria dos imigrantes, afirma o historiador Rogério Dezem, professor da Universidade de Osaka e autor de um livro sobre a Shindo. “O objetivo era trabalhar arduamente por três, quatro anos, fazer uma boa poupança e retornar. A ligação espiritual e mental se direcionava quase que totalmente ao Japão imperial.”Naquela época, a pedagoga Estela Okabayashi Fuzii, 85, era criança e se lembra de ver retratos do imperador na sala da casa de japoneses amigos da família, especialmente os que viviam nas áreas rurais de Londrina (PR).“Era muito comum, mas em casa nunca tivemos esse costume. Meus pais me educaram com muito respeito à cultura japonesa, mas sempre com a preocupação de fazermos parte da sociedade brasileira”, diz Estela, primeira nissei (descendente da segunda geração) nascida em Londrina. Curiosamente, a trajetória profissional dela a aproximaria da Casa Imperial. Em 1997, na última visita de Akihito e Michiko ao Brasil, ela foi convidada pelo cônsul do Japão no Paraná a conversar com o casal sobre suas atividades na UEL (Universidade Estadual de Londrina), onde criou o Núcleo de Estudos da Cultura Japonesa, e sobre o intercâmbio com estudantes japoneses.Sete anos depois, viria um convite inesperado: a chancelaria japonesa informou que Estela receberia, em Tóquio, uma das comendas conferidas pelo imperador a quem tenha prestado serviços relevantes ao país: a Ordem do Tesouro Sagrado Raios de Ouro com Roseta. “Éramos 11 condecorados, e eu a única mulher. Foi uma grande honra, até porque minha mãe, Tokiko, que era professora, também tinha recebido outra comenda, em 1982.”Estela vê com naturalidade o fato de seus filhos (três mulheres e um homem) e netos (também três meninas e um menino) não terem o mesmo interesse por esses símbolos do Japão. “É de geração. O elo vai ficando mais distante.”Exemplo claro disso são as cerimônias de comemoração do aniversário do imperador, que eram bem maiores em décadas passadas. Uma das mais tradicionais, da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo), em São Paulo, recebeu cerca de 600 convidados em 1975. Na festa de 1984, foram 150. No ano passado, cerca de 60 pessoas compareceram.Na terça (30), o Bunkyo celebra a transição na família imperial com uma exposição. Os quadros de Akihito e Michiko terão a companhia de imagens do próximo imperador, o primogênito Naruhito, 59. “Esta cerimônia terá outro significado, que está na palavra ‘passagem’”, diz Harumi Goya, presidente da entidade.O fim de um ciclo, cristalizado com a abdicação, foi um dos assuntos do último encontro privado que Masato Ninomiya teve com Akihito no palácio imperial, em outubro.“O imperador tem de participar de inúmeras solenidades, e ele visivelmente não tinha mais condições físicas. Embora a maioria dos japoneses tenha apoiado sua decisão, ele me disse ter ficado surpreso com a reação de uma minoria, para quem ele deveria ficar até a morte, como antigamente”, diz Ninomiya.Akihito deixará o trono de Crisântemo, por séculos uma instância divina, justamente por reconhecer suas limitações de humano.Anúncio Em agosto de 2016, sem usar a palavra “abdicação”, o imperador diz ter “algumas limitações” físicas para cumprir seu papel —ele já havia passado por uma cirurgia cardíaca e tratado de um câncer de próstataAval do Parlamento Em junho de 2017, o Senado aprova uma lei para permitir a passagem do trono para o filho mais velho, Naruhito, já que a Lei da Casa Imperial, de 1947, não prevê a possibilidade de renúncia do monarca Cerimônia Na terça (30), Akihito fala pela última vez como imperador, para cerca de 300 autoridades no palácio imperial. À zero hora do dia 1º, Naruhito o sucede como o 126º representante da monarquia hereditária mais antiga do mundo, fundada em 660 a.CNova era Os períodos de cada imperador no trono são definidos por eras. A era Heisei (algo como “alcançar a paz”) dará lugar à Reiwa, para a qual uma das traduções é “harmonia auspiciosa” | 2019-04-28 02:00:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/04/prestes-a-abdicar-imperador-se-desfaz-de-aura-divina-entre-nipo-brasileiros.shtml |
Oslo quer exportar modelo ecológico de cidade | Uma frota de setenta novos ônibus elétricos será introduzida em Oslo até o final do ano, movida por biogás proveniente da reciclagem de restos de comida. Simultaneamente, milhares de novas viagens estão sendo acrescentadas à malha de transporte público já existente, para que a população da cidade use menos automóveis.Em paralelo, repartições públicas estão desativando seus aquecedores a óleo e moradores vêm sendo estimulados a comprar menos e a emprestar mais, porque "não precisamos ter tudo", diz Anita Trosdahl.As iniciativas descritas por Trosdahl, responsável por desenvolver e implementar o programa de um ano inteiro dedicado ao meio ambiente na capital da Noruega, estão em andamento e constavam da proposta que a cidade apresentou à Comissão Europeia para que ganhasse o título de capital verde da Europa de 2019.O selo é concedido anualmente, desde 2010, a cidades da União Europeia como uma forma de reconhecimento de ações sustentáveis das respectivas prefeituras nos cinco anos anteriores. Também serve para estimular a implantação de uma agenda verde local.Segundo o site da premiação, a ideia é que outros municípios do bloco se inspirem a seguir o mesmo caminho. Estocolmo (Suécia), Hamburgo (Alemanha), Bristol (Inglaterra) e Nijmegen (Holanda) são algumas das cidades que já ganharam; em 2020, será a vez de Lisboa.Cidade de 658 mil habitantes na qual as temperaturas médias no inverno ficam em torno dos 7ºC negativos, Oslo foi escolhida com base em 12 indicadores, incluindo qualidade do ar, mitigação de mudanças climáticas, mobilidade urbana sustentável e inovação verde.Uma das principais iniciativas da prefeitura nos últimos anos foi a implantação do "orçamento de carbono", em 2016. É uma ferramenta para administrar as emissões de gás carbônico da mesma forma com que se gerencia o orçamento anual da cidade.Só que o "orçamento", neste caso, é cada vez mais restritivo. A cidade espera cortar pela metade a emissão de CO2 produzido por carros, residências e empresas até o ano que vem, tendo como comparação valores de 1990: de 1,43 milhão de toneladas anuais para 715 mil."Você precisa medir onde vai usar o 'crédito' e indicar em quais áreas ele deve ser cortado. Esta é uma ferramenta governamental que me parece possível de ser adotada por qualquer cidade", argumenta Trosdahl.Seguindo uma tendência mundial, Oslo vem também desestimulando o uso de automóveis, ao passo em que investe no transporte público. "As pessoas dizem que a frequência [de partidas] de ônibus é o mais importante para convencê-las a deixar o carro em casa. Estamos implementando 4.000 novas viagens semanais, nos ônibus e nos barcos elétricos que levam as pessoas para as ilhas ao redor da cidade", diz Trosdahl.A conscientização verde parece estar dando resultados. Em março, o número de veículos elétricos comercializados no país superou a venda dos movidos a gasolina e a diesel pela primeira vez na história, divulgou o órgão de trânsito nacional.Dos 18.375 carros novos registrados durante o mês, 58,4% eram elétricos. O país pretende parar de vender veículos a gasolina até 2025.Mas há também ações que não são medidas numericamente e que prometem trazer uma mudança de comportamento nos habitantes da cidade a longo prazo.Trosdahl conta que bibliotecas municipais têm sediado reuniões para os moradores trocarem objetos diversos que não querem mais, como ferramentas para pequenos consertos e equipamentos para esportes de inverno, a exemplo de esquis, que são passados de uma família para outra. A ideia é evitar o desperdício.O selo de capital verde foi integralmente bancado pela prefeitura local, que não recebeu nenhum auxílio monetário de Bruxelas. Foram investidos 10 milhões de euros (R$ 43,8 milhões) no projeto. | 2019-04-28 02:00:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/04/oslo-quer-exportar-modelo-ecologico-de-cidade.shtml |
Revisão sai mais rápido com recurso direto no INSS | O aposentado ou pensionista do INSS que tem um pedido de revisão negado pode reverter a decisão mais rápido se, antes de procurar a Justiça, recorrer à Junta de Recursos da Previdência.Veja aqui um passo a passo sobre como pedir uma revisão no posto da Previdência. De acordo com levantamento realizado a pedido da reportagem no ano passado, recursos apresentados por segurados em 2018 levavam cerca de sete meses para chegar ao órgão julgador, onde podem esperar cerca de oito meses pela conclusão, segundo especialistas. Neste ano, a Secretaria de Previdência não informou o tempo de tramitação.A espera é longa, mas ainda menor do que o necessário para a conclusão de um processo judicial.Nos Juizados Especiais Federais, onde é possível processar o INSS em ações com atrasados calculados em até R$ 59.880 (60 salários mínimos), o tempo médio para a baixa de um processo é de três anos e um mês, considerando casos que chegam à segunda instância, segundo dados de 2018 do Conselho Nacional de Justiça. A alternativa do recurso administrativo (feito na própria Previdência) é eficiente, porém, apenas nos casos em que já existe posição favorável do órgão acerca do que está sendo solicitado pelo beneficiário, orienta Rômulo Saraiva, especialista em direito previdenciário.As instruções normativas (documentos emitidos pela direção do INSS com orientações aos servidores) e as súmulas do Conselho de Recursos da Previdência (compilações de decisões) são, segundo Saraiva, os principais “termômetros” para saber se há chance de sucesso em um recurso administrativo. “Um advogado especializado pode ser importante”, diz.A Justiça também influencia decisões tomadas pelas Juntas e Câmaras, primeira e segunda instâncias de Recursos da Previdência Social.Determinações feitas por meio de ações civis públicas tendem a ser um parâmetro para orientar quem procura saber se deve ou não buscar um recurso administrativo para obter um benefício ou a revisão de renda.Apesar de serem mais rápidos do que a Justiça, o INSS e as Juntas de Recurso da Previdência não cumprem os prazos oficiais para o andamento dos recursos administrativos.Ao receber um pedido de recurso no posto, por exemplo, o INSS tem até 30 dias para mandar o caso para a análise em uma Junta.A partir do início do julgamento, o órgão tem mais 85 dias para concluir o caso, e outros 20 dias para devolver o processo à agência de origem para a implantação ou não do benefício ou da renda revisada.Em caso de vitória do segurado, há o pagamento dos atrasados corrigidos pela inflação. A Previdência não cobra nenhum valor pelo recurso.Quando o INSS nega um pedido de benefício ou de revisão, muitos segurados decidem buscar a Justiça.Mas nem sempre o recurso judicial é o mais indicado para a resolução de uma disputa com a Previdência.O recurso apresentado diretamente ao INSS pode ser eficiente e ainda sair mais rápido do que na Justiça.Quando vale a penaVeja alguns exemplos em que é grande a chance de conseguir a revisão ou a concessão com um recurso ao INSS 1 - Carência reduzida2 - Revisão do cálculo3 - Tempo especial por profissão4 - Aluno-aprendiz5 - Serviço militar6 - Auxílio-doença7 - Contribuição atrasada do autônomo8 - Erro na contribuiçãoAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem. | 2019-04-28 02:00:00 | grana | Grana ou Dinheiro | https://agora.folha.uol.com.br/grana/2019/04/revisao-sai-mais-rapido-com-recurso-direto-no-inss.shtml |
Assembleia trava projeto para enxugar estatais e impõe obstáculo a Doria | Primeiro texto enviado pelo governo João Doria (PSDB) à Assembleia Legislativa, o projeto para fundir ou extinguir seis estatais conseguiu unir liberais e estatistas na oposição à proposta. O percalço para o Palácio dos Bandeirantes já na largada tem sido visto como prólogo de uma relação complicada.Pela primeira vez desde que o PSDB assumiu o governo estadual, em 1995, o partido não detém a maior bancada da Casa —posição hoje ocupada pelo PSL, com 15 parlamentares. O cenário adverso é reforçado pela fragmentação partidária recorde: 24 legendas têm representação na Assembleia.Assinado por Doria em 1º de janeiro, no seu primeiro dia como governador, o projeto foi registrado pela Assembleia um mês depois e só começou a tramitar para valer depois de 15 de março, quando os deputados da nova legislatura tomaram posse. O andamento, contudo, está travado. Promessa de campanha do tucano, a redução da máquina estatal começaria por seis empresas de variados setores que somam 3.000 funcionários, de acordo com dados dos respectivos sindicatos. A lista inclui a Dersa (de desenvolvimento rodoviário), a Codasp (voltada ao agronegócio) e a Prodesp (de gestão de dados) —veja mais detalhes abaixo.O governo propagandeia uma economia de até R$ 160 milhões por ano caso o projeto seja concretizado.Dentro e fora da Assembleia, correligionários do governador minimizam a demora na votação. Presidente da Casa, o tucano Cauê Macris, aliado de Doria, é um dos que mais se movimentam para aprovar o pacote, que tramita em regime de urgência.O projeto só goza hoje do apoio inconteste do próprio PSDB, que tem oito deputados e é a terceira maior bancada, empatada numericamente com o PSB do ex-governador Márcio França, que foi adversário de Doria no segundo turno da eleição de 2018. O PSB tem ressalvas à proposta.Mesmo partidos simpáticos à pauta do enxugamento, como PSL e Novo, estão reticentes sobre a aprovação da forma como quer o governo, porque afirmam que o projeto é genérico e carece de detalhes. O texto assinado no primeiro dia do ano tem três páginas.Nos últimos dias, o clima de embate se acentuou, com situações inusitadas, como o dia em que PSL (que se diz independente, nem situação nem oposição), PT e PSOL (ambos anti-Doria) uniram forças para esvaziar uma sessão no plenário, o que derrubou o quórum e obstruiu a apreciação do projeto.Pelas regras do legislativo, para que esse projeto seja votado, é preciso que ele tenha sido discutido por no mínimo seis horas. Mesmo com a resistência, a proposta já acumula três horas e meia de debates.Parte dessa soma de tempo é fruto de acordos entre apoiadores e detratores do projeto. A oposição cedeu as horas em troca de tirar o texto da ordem do dia ou de derrubar a sessão.Para evitar que o saldo de horas cresça na velocidade pretendida pelo PSDB, deputados contrários à pauta já lançaram mão de outras manobras regimentais para obstruir a proposta.Bancadas críticas ao projeto têm insistido ao governo para que promova um "fatiamento" da proposta, repartindo a iniciativa em dois ou três textos diferentes. Justificam que o formato levaria a uma análise mais detida, diferenciando claramente as estatais que Doria quer fundir ou extinguir.O governo e seus operadores na Assembleia, porém, rejeitam a hipótese de desmembramento. Reservadamente, admitem que modificar o projeto poderia dar demonstração de fragilidade diante da nova Assembleia, reforçando a impressão de que a hegemonia tucana na Casa ficou no passado. Parlamentares mais aguerridos têm ido à tribuna e às redes sociais criticar a postura do governo. "Aprovar do jeito que está é o equivalente a dar um talão de cheques em branco na mão do governador", diz à Folha o deputado Gil Diniz, líder da bancada do PSL. "Haveria mais celeridade [na tramitação] se fossem projetos separados."Na oposição, os percalços impostos a Doria e a demora na votação são considerados uma derrota política para Doria, mesmo que pequena. "Ainda estamos tentando entender o que está acontecendo, mas as coisas estão diferentes para o Executivo", diz Mônica da Bancada Ativista (PSOL), que é voto certo contra a extinção das estatais. "A gente não sabe exatamente o que está pautando os posicionamentos de outras bancadas que levaram à obstrução do projeto até aqui. Fato é que o Bandeirantes não está tendo a facilidade que tinha antes." Do lado do governo, o discurso é o de otimismo com a aprovação da pauta, apesar das dificuldades. O vice-governador Rodrigo Garcia (DEM-SP), que também é secretário de Governo e responde pela articulação com a Assembleia, afirma que as tensões são normais."O governo vê com naturalidade as dúvidas dos deputados. O Parlamento tem seu próprio tempo", diz Garcia, que foi deputado estadual e federal e presidiu a Assembleia de 2005 a 2007.O vice-governador lembra que a legislatura tem pouco mais de um mês de trabalho e fala que é prematuro enxergar o que está acontecendo como sinal de dificuldade para Doria no Legislativo.Segundo ele, o governo prestou esclarecimentos aos parlamentares em três vezes, em audiências públicas com os presidentes das estatais afetadas pelo projeto, e "poderá voltar quantas vezes forem necessárias para elucidar o projeto ponto a ponto".O deputado Carlão Pignatari (PSDB), líder de governo na Casa, está construindo uma emenda ao projeto para detalhá-lo, como querem os parlamentares, e prevê a aprovação até o meio do ano. "Não temos pressa, queremos fazer uma discussão muito boa, para deixar muito claro", diz."Vamos ter base para aprovar com muita tranquilidade. Já aprovamos dois projetos com mais de 70 votos", completa Pignatari. As propostas aprovadas, porém, não têm a importância do projeto das estatais e não foram propostas por Doria. Segundo o líder de governo, será elaborado um plano de demissão voluntária que pretende atrair até metade dos funcionários das empresas que seriam fechadas. Pignatari também admite separar a extinção da Dersa para outro momento.Os deputados que estão contra o projeto no formato atual se dizem insatisfeitos com as informações fornecidas até agora pelo Executivo e cobram que os planos e cálculos envolvendo cada empresa sejam registrados oficialmente. Querem também ver balancetes e análises de custo.Em sua defesa, o governo argumenta que o detalhamento no nível exigido pelos parlamentares não é praxe em projetos de lei do tipo.Associações e sindicatos de funcionários das estatais ameaçadas têm feito manifestações na Assembleia e enviado representantes a gabinetes de parlamentares para pressionar pela derrubada e tentar manter os empregos. > Incluir seis empresas estatais no Programa Estadual de Desestatização > Obter autorização para vender, fundir, cindir, incorporar ou extinguir as seis estatais- Empresas a serem extintasDesenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) Responsável por construir e administrar rodovias. Alvo de investigação da Lava JatoCompanhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS) Presta serviços de engenharia, como fiscalizar obras públicas de construção civilEmpresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A. (Emplasa) Faz estudos e pesquisas para planejamento da região metropolitana. Elabora mapas e fotos aéreasCompanhia de Desenvolvimento Agrícola (Codasp) Trabalha com irrigação, obras e equipamentos para fomentar o agronegócio- Empresas a serem fundidasImprensa Oficial do Estado S.A. (Imesp) Responsável pela publicação do Diário Oficial do EstadoCompanhia de Processamento de Dados (Prodesp) Responsável por processar e armazenar dados, faz a gestão do Poupatempo | 2019-04-28 02:00:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/04/assembleia-trava-projeto-para-enxugar-estatais-e-impoe-obstaculo-a-doria.shtml |
Comerciantes esperam por aposentadoria da Previdência | Casados, os comerciantes Fernando Pereira, 65 anos, e Eloisa Buhrer Pereira, 60 anos, planejavam receber ainda nos primeiros meses deste ano as suas aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).Por isso, pagaram ao longo dos últimos anos as guias de contribuição à Previdência Social, além de providenciarem os recolhimentos que acabaram ficando em atraso _alternativa que só é possível para contribuintes individuais.Meses após terem feito os pedidos ao órgão, porém, eles ainda esperam pelo início dos pagamentos.Pereira e Eloisa requisitaram a aposentadoria por idade, que pode ser solicitada por cidadãos que completam 15 anos de contribuição ao INSS e que atingem as idades mínimas de 60 anos, para as mulheres, e de 65 anos, para os homens.Pereira solicitou sua aposentadoria em 28 de novembro do ano passado. Eloisa fez o pedido em 21 de fevereiro deste ano.O prazo oficial do INSS para responder aos pedidos de benefícios é de 45 dias. A partir desse período, em caso de concessão, o órgão deve pagar os valores atrasados com correção da inflação.A Superintendência do INSS em São Paulo informou que a aposentadoria por idade de Fernando Pereira foi concedida. Os atrasados serão contados a partir de novembro de 2018.Quanto ao benefício solicitado por Eloisa Pereira, a solicitação foi indeferida pelo órgão, que alegou falta de contribuições.A família afirma ter realizado os pagamentos, inclusive completando as parcelas em atraso, e, por isso, pretende recorrer da decisão.Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem. | 2019-04-28 02:00:00 | grana | Grana ou Dinheiro | https://agora.folha.uol.com.br/grana/2019/04/comerciantes-esperam-por-aposentadoria-da-previdencia.shtml |
Em uma nova fase para o país, Japão evolui da era Heisei para a Reiwa | No Japão, no dia 30 de abril, a Sua Majestade o Imperador irá abdicar e, no dia 1º de maio, Sua Alteza Imperial o Príncipe Herdeiro irá ascender ao trono imperial. Então a era Heisei se findará e se iniciará a era Reiwa. A Sua Majestade o Imperador e a Imperatriz, incluindo o período em que ele era o Príncipe Herdeiro, já estiveram no Brasil por três vezes. Nessas ocasiões, trouxeram palavras de incentivo aos imigrantes japoneses e estreitaram os laços de amizade entre o Japão e o Brasil.A era Heisei foi marcada por tragédias naturais, como o grande terremoto de Hanshin e Awaji, em 1995, e o grande terremoto do Leste do Japão, em 2011. Em meio a essas adversidades, a Sua Majestade o Imperador e a Imperatriz se preocuparam com a prestação de socorro às áreas atingidas e visitaram os locais afetados e, compadecendo-se das vítimas, levaram palavras de encorajamento.Um fato registrado na memória de muitos é a visita do Imperador e da Imperatriz às regiões afetadas para reconfortá-los. Esse ato ofereceu imensa coragem e esperança ao futuro, tanto às vítimas quanto aos cidadãos do país inteiro.A Sua Alteza Imperial O Príncipe Herdeiro também visitou o Brasil por três vezes. Em 2008, esteve na cerimônia em comemoração aos 100 anos da imigração japonesa no Brasil, realizada em São Paulo, quando celebrou a data juntamente com a comunidade nipo-brasileira. O nome da nova era que se iniciará no dia 1º de maio é Reiwa. Os ideogramas foram retirados da antologia poética considerada a mais antiga do Japão, Manyoshu, compilada há mais de 1.200 anos. Em um dos trechos do Manyoshu, há uma referência ao sentido de que “a cultura nasce e se desenvolve quando as pessoas belamente aproximam os seus corações em harmonia”. Ao anunciar o nome da nova era em 1º de abril, o primeiro-ministro Shinzo Abe se pronunciou sobre “promover a cultura e, com o coração repleto de gratidão pelos dias pacíficos, nos quais é possível apreciar a beleza natural, construir uma nova era juntamente com o povo japonês”.Na era Reiwa, já no próximo ano, serão realizados os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020. Em 2025, está prevista a realização da World Expo 2025 em Osaka. Acredito que o Japão vá superar os desafios do declínio populacional e do superenvelhecimento, atraindo a atenção do mundo. Neste ano, o governo do presidente Jair Bolsonaro teve início, assim como começará no Japão a era Reiwa; ou seja, em ambos os países vive-se uma nova fase. Nesta ocasião, gostaria de manifestar meu desejo pelo aprofundamento e desenvolvimento das relações de amizade entre os dois países e expressar a intenção de colaborar para que isso se concretize. Gostaria de continuar a contar com o apoio e a compreensão dos brasileiros. | 2019-04-28 02:00:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/04/em-uma-nova-fase-para-o-pais-japao-evolui-da-era-heisei-para-a-reiwa.shtml |
Futebol defensivo torna Brasileiro campeão de resultados 1 a 0 | Comparado às principais ligas do mundo, o Campeonato Brasileiro é o campeão do 1 a 0. Segundo levantamento realizado pela Folha, na edição de 2018 cerca de um quarto dos jogos da competição terminou com vitória pelo placar mínimo. Uma fatia maior que a dos campeonatos nacionais de Alemanha, Argentina, Espanha, França, Inglaterra, Itália e México.A porcentagem de 25,3% de resultados 1 a 0 é inferior às das edições de 2014 (26,8%) e de 2016 (26,9%), mas a evolução desde 2012 mostra uma tendência de crescimento.Nesse período, só em dois anos o Brasileiro ficou atrás de outras ligas no número de jogos 1 a 0. Em 2012, quando a França teve porção maior (21,1% a 19,2%), e em 2017, quando a Argentina ficou com a liderança (24,3% a 23,7%).Para Carlos Alberto Parreira, 76, analista da Fifa na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, e treinador da seleção brasileira campeã mundial em 1994, o predomínio de vitórias simples pode ser atribuído, em parte, ao estilo de jogo das equipes brasileiras.“Os times são mais reativos do que pró-ativos, ou seja, preferem não tomar um gol e jogar por uma bola”, diz.“Isso não é uma crítica, porque tem equipes que fazem muito bem esse papel de se defender e aproveitar uma jogada ou duas e garantir o resultado e até o título”, completa.De acordo com o ex-treinador, no futebol europeu o jogo flui mais que no Brasil, com times que conseguem fazer transição defensiva e ofensiva mais rápida. Como exemplo, ele cita o Ajax (HOL), que eliminou a Juventus nas quartas de final da Champions League e disputará o primeiro jogo da semifinal contra o Tottenham na próxima terça-feira (30).“No Brasil, o jogo é muito truncado. Para muito. Os jogadores caem muito, reclamam toda hora do árbitro. Não tem uma sequência e isso tem me irritado muito”, acrescenta.Parreira, que ainda tem no seu currículo a participação em outros cinco Mundiais (1982, 1990, 1998, 2006 e 2010), além de exercer o cargo de coordenador técnico da seleção em 2014, cita outros fatores para o excesso de 1 a 0, como a saída precoce de revelações, que em geral jogam no ataque, diminuindo assim a qualidade dos jogadores que atuam no futebol brasileiro.Tetracampeão nacional (2006, 2007 e 2008 com o São Paulo e 2010 pelo Fluminense) e hoje comentarista da Rede Globo, o ex-treinador Muricy Ramalho, 63, concorda que a falta de jogadores com qualidades ofensivas influencia no excesso de placares 1 a 0. “No Brasil, está se fazendo a coisa que é mais fácil: se defender. O técnico tem uma influência grande na parte defensiva. Na parte ofensiva, depende muito mais do jogador do que do técnico”, diz Muricy.“Aí entra a qualidade do atleta, e estamos sem esses jogadores que podem improvisar no mercado. Os nossos principais destaques ofensivos estão fora do país”, afirma.Ele ainda credita a opção pelo futebol mais defensivo à falta de estabilidade dos técnicos brasileiros, que acabam ficando inseguros e optando pelo caminho mais fácil. Demitido do Atlético-MG no último dia 11, Levir Culpi, 66, concorda que a pressão por resultados faz com que muitos técnicos tenham aversão ao risco e prefiram fechar o time após marcar o primeiro gol. “Os nossos treinadores não têm segurança porque os dirigentes não têm convicção da escolha que fizeram na contratação. Se você não dá segurança para os técnicos, principalmente para os mais jovens, eles vão jogar fechados, vão jogar por uma bola. Eles se agarram nisso porque só fica quem ganha”, afirma Muricy. Já para Renato Gaúcho, treinador do Grêmio, apontado como um dos melhores times do Brasil, falta ambição aos companheiros de profissão.“Sempre jogamos para ganhar e fazer gols. Na minha opinião, o maior respeito que podemos mostrar pelo rival é buscar o gol a todo instante. Mas para isso é preciso ter as peças certas. O Grêmio me dá essa possibilidade. Temos um grupo muito qualificado e que gosta de buscar o gol”, diz.Por outro lado, o time gaúcho é o que mais colaborou para a predominância do 1 a 0 no Brasileiro nos últimos anos, com 49 vitórias pelo placar mínimo desde 2012. No ano passado, 7 de suas 18 vitórias (38,8%) foram dessa forma.O São Paulo, que teve dois treinadores durante o Campeonato Brasileiro de 2018 —Diego Aguirre e André Jardine—, conseguiu metade de seus 16 triunfos pelo placar mínimo. Mesmo índice de Fluminense e Ceará. Rebaixado para a Série B no ano passado, o Vitória obteve 7 de suas 9 vitórias no torneio por 1 a 0.Apesar das críticas ao futebol defensivo, há quem veja na proeminência de vitórias por 1 a 0 uma indicação positiva.Para Dorival Júnior, 56, vice-campeão brasileiro no ano passado com o Flamengo, o grande número de jogos que terminam em 1 a 0 é consequência do equilíbrio.“No Espanhol, por exemplo, você pode cravar que o Barcelona e o Real Madrid vão estar nas três primeiras posições. No Brasileiro, tem 12 equipes que podem brigar pelo título, diz o treinador, que assumiu o time rubro-negro no final de setembro e obteve 2 das 7 vitórias pelo placar mínimo.“É natural que os resultados com número alto de gols sejam mais raros. É reflexo do equilíbrio. Quando falamos em equilíbrio não falamos de qualidade maior ou menor”, finaliza. | 2019-04-28 02:00:00 | esporte | Esporte | https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/04/futebol-defensivo-torna-brasileiro-campeao-de-resultados-1-a-0.shtml |
Entenda como funciona o pedido de revisão no INSS | Os pedidos de benefícios ou de revisões devem, obrigatoriamente, ser feitos diretamente ao INSS. A solicitação pode ser feita pelo site meu.inss.gov.br ou pelo telefone 135 (de segunda a sábado, das 7h às 22h).RecursoJulgamento PrazoAtraso Leve por escritoVeja aqui como fazer um pedido de benefício por escrito e aumentar as chances de receber o benefício Reúna provasIdentifique errosTestemunhasAdvogado Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem. | 2019-04-28 02:00:00 | grana | Grana ou Dinheiro | https://agora.folha.uol.com.br/grana/2019/04/entenda-como-funciona-o-pedido-de-revisao-no-inss.shtml |
Em guerra contra radares, Bolsonaros somam mais de 40 multas de trânsito | O presidente Jair Bolsonaro, três de seus filhos e sua mulher, Michelle, receberam ao menos 44 multas de trânsito nos últimos cinco anos, segundo registros do Detran-RJ (Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro).Os prontuários da primeira-dama e do senador Flávio têm infrações que extrapolam o limite de 20 pontos permitido por lei para o período de um ano, o que, em tese, pode resultar na suspensão do direito de dirigir. Os dois são os que mais colecionam pontos na carteira ao longo dos cinco anos, com 41 e 39 pontos, respectivamente.A Folha consultou as informações no site do Detran do Rio, com os dados da CNH e de documentos pessoais. Os dados estavam disponíveis em procurações arquivadas em cartório e outros registros. Sob o discurso de enfrentar uma suposta indústria de multas, o presidente iniciou nas últimas semanas uma investida contra radares. Declarou que cancelaria a instalação de 8 mil equipamentos nas estradas e que revisaria contratos dos já implantados. A Justiça Federal barrou as medidas. Bolsonaro anunciou que pretende dobrar para 40 pontos o parâmetro para a suspensão do direito de dirigir. Segundo a legislação atual, ao atingir 20, o motorista é submetido a processo administrativo que pode resultar nessa sanção, de um mês a um ano.O presidente acumulou seis infrações nos últimos cinco anos, segundo o Detran-RJ. Todas já foram pagas e resultaram em 18 pontos na carteira. Duas infrações, em 2016 e 2018, foram do tipo “gravíssima”, que contam 7 pontos. Na primeira, o Detran registrou que Bolsonaro dirigiu em faixa exclusiva para ônibus, em Niterói. A segunda foi por avançar sinal vermelho na Barra da Tijuca, zona oeste, em 7 de janeiro de 2018. O restante das multas do prontuário de Bolsonaro são pelo mesmo motivo: excesso de velocidade.No total, as multas enviadas pelo Detran Rio para a família somam R$ 5,8 mil.Até agora, considerando que há infrações ainda em fase de notificação prévia ou em prazo de recurso, o clã Bolsonaro soma 129 pontos e já pagou R$ 4,7 mil aos cofres públicos pelo mau comportamento. As violações ao Código de Transito Brasileiro ocorreram no Rio, São Paulo e Brasília. A maior parte das multas da família do presidente é por excesso de velocidade —24 das 44. O recordista é Flávio, autuado 13 vezes por estar acima do limite permitido. Segundo os dados do Detran, Michelle e o senador têm em seus nomes infrações que extrapolam os 20 pontos em um período de 12 meses. As notificações enviadas a Flávio somaram 39 pontos de março de 2018 a março de 2019. Todas por excesso de velocidade.O senador levou ao menos seis multas por acelerar além do limite e por avançar o sinal na avenida das Américas, no Rio, região de sua casa. Em 2016, em cinco dias, duas foram aplicadas por excesso de velocidade na mesma via. Já Michelle superou o limite de 20 pontos de janeiro de 2017 a janeiro de 2018. Nesse período, ela tomou cinco multas, três consideradas “gravíssimas”, uma por dirigir enquanto falava ao telefone, outra por avançar o farol vermelho e a última por estar com o carro sem licenciamento.As outras duas foram por parar em cima da faixa de pedestres na mudança de sinal. Em outros períodos, também cometeu deslizes como estacionar sobre a calçada.Nem Michelle nem Flávio tiveram a licença para dirigir suspensa. O Detran do Rio informou que o processo de suspensão pode ser aberto só depois de o condutor esgotar, sem sucesso, todos os meios de recurso administrativo. Em outras palavras, é necessário que haja trânsito em julgado das multas do período considerado para computar 20 pontos. O prazo máximo para a instauração desses processos é de cinco anos. A Folha enviou ao Detran os dados das infrações da primeira-dama, sem informar o nome dela. “Levando-se em consideração o caso apresentado, o processo de suspensão já poderia ter sido instaurado”, explicou o órgão, por meio de sua assessoria de imprensa. No caso de Flávio, não houve trânsito em julgado de todas as penalidades e autuações. Em tese, no entanto, a depender do resultado da análise do Detran, ele pode perder a carteira no futuro.A última registrada em nome do presidente foi durante a campanha eleitoral. Ele foi pego por um radar no Rio às 12h37 de 21 de agosto.A infração, considerada média, se deu na avenida Ayrton Senna. Naquele dia, o então candidato estava no Rio e foi ao enterro do cabo do Exército Fabiano de Oliveira Santos, 36, primeiro militar morto em confronto sob a intervenção federal na cidade. O equipamento registrou velocidade até 20% superior ao máximo permitido, o que, por lei, implica multa de R$ 130,16 e quatro pontos na carteira.Na quinta-feira (25), Bolsonaro informou ter sido multado em Guarujá, litoral de São Paulo, por andar de moto com o capacete levantado.Em março, ao anunciar a intenção de extinguir radares, criticou o excesso deles na rodovia Rio-Santos, acesso para sua casa em Mambucaba: “Há uma quantidade enorme de lombadas eletrônicas no Brasil. É quase impossível você viajar sem receber uma multa”.“A gente sabe que, no fundo —ou desconfia—, o objetivo não é diminuir acidentes. Não é, porque hoje se está muito mais preocupado em se olhar para o lado, para o barranco, para ver se tem uma lombada eletrônica, do que para ver a sinuosidade das pistas”, disse.O presidente afirmou ainda que, nas rodovias sob concessão, as empresas passaram a explorar os radares em detrimento da manutenção. O vereador Carlos Bolsonaro acumulou, em cinco anos, segundo o Detran, 24 pontos. Recebeu seis multas, mas teve uma cancelada —não há explicação do motivo. Das cinco que transitaram em julgado, quatro foram por excesso de velocidade e uma, por avançar o sinal vermelho, considerada violação “gravíssima”. Sua última infração de trânsito foi em dezembro de 2017, por excesso de velocidade, no Rio, o que lhe deu, à época, quatro pontos na carteira. O deputado federal Eduardo é o com menos pontos registrados, sete até agora. Ele foi notificado pelo Detran do Rio de nove multas em cinco anos. Apenas uma teve trânsito em julgado, infração gravíssima, dirigir sem licenciamento, em dezembro de 2016, o que culminou na pontuação existente até o momento.As demais ainda não macularam seu prontuário. Duas aparecem no sistema do órgão como canceladas —uma por “evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio”, em Guatapará, estado de SP. Não há registro dos motivos dos cancelamentos.Num vídeo publicado em dezembro de 2017, Eduardo protestou contra a fiscalização eletrônica nas rodovias paulistas. Disse que viajou 200 quilômetros, de Ubatuba ao Guarujá, e contou 79 radares. Segundo o Detran do Rio, três de suas nove multas foram por excesso de velocidade em estradas paulistas.Eduardo também reclamou dos radares inteligentes na capital paulista, aqueles que calculam a velocidade média do veículo ao passar por dois pontos de um trecho. “Dessa maneira, fica impossível você transitar de carro. A gente já paga um carro caríssimo, 20% a 30% pelo menos é só imposto, fora os chamados impostos embutidos, que são inseridos durante a cadeia de produção”, queixou-se.A ideia de dobrar o limite de pontos para a suspensão da CNH já constava de projeto de lei do então deputado federal Bolsonaro em 2011.Em entrevista ao site da Câmara naquele ano, ele disse que as multas transformaram-se em negócio lucrativo. “Em que pese a boa intenção do legislador, na prática, o que vale é arrecadar. E o povo está aí para votar e pagar os tributos.”Segundo Bolsonaro, a medida não prejudicaria o estado em “sua sanha de arrecadar recursos”, mas diminuiria os prejuízos aos condutores. “Assim, fica combinado: eles multam à vontade, mas não tiram a CNH dos cidadãos de bem”, declarou.O projeto de mudanças na legislação de trânsito, sob responsabilidade do Ministério da Infraestrutura, ainda prevê ampliação do prazo de validade da carteira de habilitação de cinco para dez anos.Procurado pela Folha, o Palácio do Planalto não respondeu sobre as infrações de registradas em nome do presidente Jair Bolsonaro e da primeira-dama Michelle.Em nota, o senador Flávio Bolsonaro (PSL) afirmou que as perguntas da reportagem só foram feitas porque ele é “filho do presidente” e não porque é “senador da República”.A respeito das medidas do pai para afrouxar a fiscalização, ele comentou: “Só tenho a dizer que a lei é para todos. A proposta do presidente não está sendo feita para interesses pessoais, mas, sim, para muitos brasileiros que são vítimas da indústria da multa. Toda lei tem que ser aperfeiçoada”.Carlos Bolsonaro, também por escrito, disse que “é um cidadão e, como outros, também passível de cometer infrações”. Ele alega que, embora estejam em seu nome, algumas multas foram cometidas por “terceiros (motoristas)”.Questionado se compartilha das posições do pai sobre a fiscalização reagiu: “Trata-se de um assunto do ente federativo nacional, relativo ao trânsito. Nada a declarar”.A Folha perguntou se as opiniões do vereador derivam da própria experiência com a fiscalização. Ele respondeu que “não é fiscal de trânsito” e está “sujeito à legislação em vigor”.Eduardo Bolsonaro, procurado por meio de sua assessoria, não se pronunciou.A reportagem perguntou ao Detran-RJ por que não foi instaurado o processo de suspensão do direito de dirigir da primeira-dama. O órgão informou que a atual gestão encontrou um passivo de 697 mil processos dessa natureza. “Os processos são priorizados de acordo com o prazo prescricional (autos de infração que chegariam a cinco anos em 2019), seguido pela existência de multas mandatórias (Operação Lei Seca, dirigir ameaçando a segurança do trânsito, velocidade acima de 50% do limite etc) e, finalmente, pelos que atingem a contagem de 20 pontos ou mais”, justificou.O Detran-RJ explicou que o prazo máximo para a instauração do processo de suspensão é de cinco anos. “No caso em questão [de Michelle], todos os autos que compõem o bloco de infrações no período de 12 meses são de 2017. Portanto, esse processo pode ser instaurado até 2022”, acrescentou. | 2019-04-28 02:00:00 | cotidiano | Cotidiano | https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/04/em-guerra-contra-radares-bolsonaros-somam-mais-de-40-multas-de-transito.shtml |
União Europeia proíbe voos com modelo da Boeing que caiu na Etiópia | A Agência de Segurança de Aviação da União Europeia (Easa) proibiu todas as operações com aviões Boeing 737 MAX 8 e 9 a partir das 19h (16h em Brasília) desta terça (12). A decisão foi motivada pelas suspeitas sobre a segurança deste modelo, envolvido em um acidente na Etiópia no domingo (10). "Serão suspensos todos os voos comerciais operados com partida ou destino na União Europeia dos modelos mencionados", disse o órgão, em nota. A EASA reúne 32 países do continente, incluindo Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido, Noruega, Suécia e Suíça. Nesta terça, mais cedo, 11 países já haviam decidido proibir o modelo em seu espaço aéreo, como Malásia, Austrália, Cingapura e Omã. Na segunda (11), China e Indonésia determinaram às empresas que operam em seus países que deixem de utilizá-lo. No Brasil, pousos, decolagens e sobrevoos do 737 MAX continuam liberados. A Gol, única empresa nacional que possui unidades do modelo, anunciou na noite de segunda que deixará de utilizá-lo temporariamente.O modelo esteve envolvido em dois acidentes nos últimos cinco meses. O último deles, no domingo (10), matou 157 pessoas na Etiópia. Outro, em outubro, deixou 189 mortos na Indonésia. 40 países vetaram voos com o 737 MAXAo menos 25 companhias aéreas decidiram parar de voar com o 737 MAX, segundo levantamento do jornal The New York Times. Após o acidente de domingo, passageiros publicaram questionamentos em redes sociais sobre a segurança da aeronave. De acordo com a revista técnica Flightglobal, cerca de 40% dos 737 MAX em operação no mundo foram retirados de circulação pelos bloqueios temporários. Algumas das empresas que suspenderam o uso do 737 MAX A autoridade de aviação dos EUA (FAA) emitiu na segunda (11) uma notificação que autoriza as operadoras a seguir com o uso do 737 MAX. "Sem mudanças. Seguimos participando da investigação do acidente e decidiremos os passos a dar em função dos elementos que encontrarmos", disse um porta-voz da FAA à AFP. Com isso, empresas como American Airlines e Southwest mantém as unidades deste avião em sua frota.Algumas companhias que seguem usando o 737 MAXO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça (12) que os aviões se tornaram "complexos demais para voar". "Os pilotos não são mais necessários, e sim cientistas da computação do MIT", acrescentou ironicamente, referindo-se ao prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts.A Boeing, cuja sede fica em Chicago, nos Estados Unidos, reafirmou sua "total confiança" na segurança do 737 MAX."Entendemos que agências regulatórias e clientes tomaram decisões que eles consideram as mais apropriadas", disse a empresa em nota. A Boeing acrescentou que a FAA "não determinou nenhuma ação adicional neste momento e, com base nas informações disponíveis atualmente, não temos novas orientações para emitir aos operadores". A fabricante está trabalhando com a FAA desde o acidente na Indonésia, em outubro, para melhorar o software de controle que ajuda a manter o avião no ar. A atualização deve ser entregue nas próximas semanas.O comitê nacional de segurança nos transportes da Indonésia avaliou que o voo da Lion Air recebeu uma "entrada (de informação) errônea" de um de seus sensores projetados para alertar os pilotos se a aeronave corre risco de entrar em situação de estol –quando o avião alcança tal ângulo de inclinação que perde sustentação. A investigação do comitê ainda não chegou a uma conclusão final sobre a causa do desastre.O sensor e o software ligado a ele funcionam de uma maneira diferente de modelos anteriores do 737, mas os pilotos não foram alertados da diferença."Especular sobre a causa do acidente e discuti-lo sem saber todos os fatos importantes não é apropriado e pode comprometer a integridade da investigação", escreveu Dennis Muilenburg, CEO da Boeing, em um comunicado aos funcionários, obtido pela AFP. O MAX é a quarta geração do Boeing 737, que foi lançado em 1967 e se tornou o avião comercial mais vendido do mundo. O modelo é oferecido em quatro tamanhos, 7, 8, 9 e 10, sendo que o 8 teve maior procura. Desde o lançamento, em 2017, foram encomendadas mais de 5.000 unidades do 737 MAX, de acordo com a agência Bloomberg. Uma aeronave 737 MAX 8 custa em média US$ 121,6 milhões (R$ 467,9 milhões), segundo a Boeing. Esta foi a versão envolvida nos dois acidentes. Na comparação com as versões anteriores, o MAX tem motores maiores, automação de mais itens e capacidade de voar distâncias maiores (até 6.570 km),A avião também consome menos combustível: segundo a Boeing, e gasta 13% menos na comparação com outras aeronaves atuais de porte similar, com apenas um corredor interno. A empresa também diz que a aeronave é 40% mais silenciosa. | 2019-03-12 11:55:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/reino-unido-e-mais-5-paises-proibem-voos-com-boeing-que-caiu-na-etiopia.shtml |
El temporal, inundaciones y derrumbes dejan 12 muertos en São Paulo | La lluvia que azotó a São Paulo y su área metropolitana la madrugada del domingo al lunes (11) dejó al menos 12 muertos en la capital y en cinco ciudades vecinas, además de pérdidas de R$ 45 millones (US$ 12 millones) al comercio, 94 árboles caídos y daños no calculados en calles, edificios, escuelas, casas y coches.El saldo de muertes es el segundo mayor registrado por Defensa Civil en la región como consecuencia de las precipitaciones desde 2016, cuando 17 personas perdieron la vida, y el tercero desde 1987, cuando un temporal dejó 53 víctimas mortales.Muchas personas tuvieron que pasar la noche en el tejado de sus casas para huir de la inundación o se quedaron aisladas sin poder salir de sus lugares de trabajo o de camino a este.Edificios de la zona sur de São Paulo tuvieron que ser evacuado ante el riesgo de derrumbe y, en la región metropolitana, al menos fueron registrados 54 puntos de deslizamientos de tierra. El Cuerpo de Bomberos y la Policía Militar atendieron, hasta el cierre de esta edición, 1.261 emergencias.El alcalde Bruno Covas (PSDB) se encontraba de viaje por Europa, gracias a un permiso no remunerado. A las 14h del lunes, anunció que acortaría la estancia y regresaría a São Paulo para asumir el cargo, la mañana del martes.El alcalde en funciones, el concejal Eduardo Tuma (PSDB), declaró que el caos generado por la lluvia era imprevisible. "Fue algo fuera de lo normal, ninguna medida de prevención podría haber evitado lo que ocurrió hoy", dijo Tuma.El gobernador João Doria (PSDB) llegó a sobrevolar las regiones afectadas por la mañana. Durante la tarde, en una conferencia de prensa, pidió a la población que evitase salir a la calle.La fábrica de camiones de Mercedes-Benz, en São Bernardo do Campo, quedó anegada la madrugada del lunes (11). La producción fue interrumpida, de acuerdo con la automotriz. A través de un comunicado, la empresa afirma que se están realizando trabajos de limpieza y mantenimiento para que la unidad vuelva a operar lo más rápido posible.La CET registró 201 km de atascos y la línea 10-turquesa de la red de trenes de cercanía, que recorre el area metropolitana, paró porque el agua invadía las estaciones. Las principales vías de conexión de los municipios con la capital también sufrieron inundaciones y muchas partes de la vía fueron cerradas al tráfico.Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGALea el artículo original | 2019-03-12 11:30:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/internacional/es/saopaulo/2019/03/el-temporal-inundaciones-y-derrumbes-dejan-12-muertos-en-sao-paulo.shtml |
Com agenda nacionalista e atos midiáticos, presidente do México tem 80% de aprovação | Eleito em julho do ano passado com 53% dos votos, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, 65, chega aos cem dias na Presidência do México batendo recorde de popularidade, nada menos que 80%.O segredo está, em parte, em seu modo de atuar, que é midiático e inflama seus apoiadores de entusiasmo e nacionalismo. AMLO, como é conhecido, tomou diversas decisões no sentido de mostrar que quer um governo transparente e junto ao povo. Sem seguranças. "O povo me protege", diz.Dispensou o Palácio Presidencial como residência, assim como formalidades do cargo, o que, num país onde a liturgia do poder é tão arraigada, parece mesmo algo revolucionário. Tem viajado por todo o território. Nesses cem dias de governo, passou 56 visitando vários cantos do país, sempre voando em classe econômica. Onde chega, conversa efusivamente com autoridades e cidadãos, faz selfies, come em restaurantes populares e distribui abraços.Seu dia começa sempre com uma longa entrevista coletiva, de cerca de 1h30, às 7h. Costuma entrar na sala de imprensa fazendo piada com os jornalistas sonolentos para que prestem atenção nele. Suas entrevistas estão disponíveis no serviço de streaming Spotify. AMLO também abriu mão de 60% de seu salário e impediu que servidores públicos ganhassem mais do que ele."Toda essa performance vem acompanhada de um discurso que não é simplesmente nacionalista ou simplesmente populista. Vai além, porque toca uma corda importante dos mexicanos", diz à Folha o professor Jean François Prud'homme, diretor do centro de estudos internacionais do Colegio de México. " Ele atua como atuaram os líderes da Revolução Mexicana (1910), mencionando os símbolos mais caros do passado da nação, e as pessoas se comovem. Também agrada seu tom paternalista, de cuidador do povo."Já o analista político Federico Estevez, do Instituto Tecnológico Autônomo do México, considera esse seu tom "messiânico, como se estivesse pregando todo o tempo. Por outro lado, também soa como se Bernie Sanders estivesse no poder", em referência ao senador americano e ícone da ala socialista democrata.Se essa é a imagem mais panorâmica do governo, do ponto de vista mais prático e pontual, o caminho tem sido pedregoso. AMLO começou, por exemplo, com uma medida polêmica. Antes mesmo de assumir —no México, as eleições ocorrem em julho, e o presidente eleito toma posse em dezembro—, López Obrador realizou uma consulta popular em que apenas 1,2% dos eleitores votaram, para perguntar se o planejado novo aeroporto do México tinha de ser terminado.A obra, que custaria US$ 13 bilhões, já estava na metade. Mas a maioria dos que votaram preferiu que não seguisse. Quando assumiu, AMLO interrompeu o projeto, e com o gesto não apenas causou a fúria dos investidores como serviu de alerta a futuros prováveis investidores estrangeiros no país.Como em seu discurso de campanha estava também a recuperação da soberania petrolífera do país —seu antecessor, Enrique Peña Nieto, havia privatizado parte da estatal Pemex—, as antenas do mercado externo emitiram sinais de alerta.Logo, empresas de qualificação como a Fitch Ratings e Standard & Poor´s diminuíram a nota de confiabilidade do país. Por outro lado, a OCDE (Organização pela Cooperação Econômica e o Desenvolvimento) baixou também as perspectivas de crescimento para este ano e o próximo. A projeção feita no ano passado era de um crescimento de 2,5% para 2019 —caiu para 2%. E, em 2020, a projeção de 2,8% caiu para 2,3%."AMLO está sendo muito firme em manter sua promessa de campanha de que não vai endividar o país nem aumentar impostos. Ele considera que apenas com a economia que está fazendo ao cortar os gastos do aparato público será suficiente para realizar uma melhor divisão da renda, sua grande promessa de campanha", afirma Prud'homme. Um dos principais problemas que enfrentou até agora foi a crise dos combustíveis. Ao iniciar uma ofensiva contra a máfia do roubo de combustíveis que há na Pemex, causou uma crise de escassez de gasolina, em janeiro, que afetou todos os Estados, e em especial a Cidade do México, onde se formaram filas que duravam horas ou mesmo dias.Outra frente em que tem atuado com cautela é a relação com os Estados Unidos. AMLO venceu as eleições, entre outras razões, porque parecia ser alguém que, com seu discurso anti-imperialista e protecionista, defenderia o México dos constantes ataques por parte do presidente norte-americano, Donald Trump. Os mexicanos já estavam cansados de serem insultados sem que Peña Nieto os defendesse nem dissesse, publicamente, que o México não pagará pelo muro que Trump quer construir na fronteira.Em vez da confrontação direta, porém, AMLO adotou estratégia alternativa, junto a seu chanceler, Marcelo Ebrard, a de abrir o país para os imigrantes expulsos dos EUA ou que estejam esperando a tramitação do seu visto, colocando um ponto final na caravana de imigrantes em território mexicano. Os EUA pagam por isso, e AMLO diz que esse dinheiro será revertido em gasto social para melhorar as condições dos sistemas de saúde e educacional.Mas, no dia a dia, a coisa não funciona tão bem. O programa "Fiquem no México", que entrega a esses refugiados vistos de trabalho, gerou crescimento de casos de xenofobia e o temor de um setor da população que crê que seus empregos podem estar ameaçados pelos imigrantes centro-americanos (principalmente de El Salvador e Honduras). "A ideia é não criar motivos para conflitos com os EUA e defender a noção de não intervenção. É nesse sentido que vai também a decisão de não reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela, mas ao mesmo tempo manter-se no Grupo de Lima. É um respeito à lógica de preservar as soberanias nacionais, para que o México não sofra o mesmo amanhã", diz Prud'homme.Indagado sobre o restante da política exterior, o estudioso diz que AMLO não vê a área como prioridade. "López Obrador diz que a melhor política exterior é ter uma boa política interior. Este é o primeiro presidente mexicano em muitos anos que não viaja para fora do país, não convida ninguém a visitas oficiais. Creio que a linha seguirá sendo essa", completa.Por fim, a aposta mais arriscada entra em vigor nos próximos meses e, se funcionar, pode ajudar com que a alta popularidade de AMLO continue batendo recordes. Com um parlamento majoritariamente a seu favor, aprovou a emenda constitucional que cria a Guarda Nacional.Essa nova força de segurança atuará sobre as forças locais, a polícia e o Exército. O objetivo é quebrar a estrutura armada nos Estados pelo narcotráfico, que, ao financiar a campanha política de muitos governadores, têm o controle da segurança nas mãos. Os criminosos, assim, mantêm os cidadãos sob seu controle, por meio de extorsões, sequestros, enquanto as rotas da droga continuam intactas e atuantes.A Guarda terá como missão romper essa cadeia. Especialistas em segurança apontam que a iniciativa pode não funcionar, pois haverá superposição de poderes, e nada garante que os integrantes da Guarda Nacional não sejam corrompidos pelos narcotraficantes, como estes fizeram com parte do Exército, da polícia e da política regional.A medida, porém, entusiasma o eleitor mexicano. A cifra de homicídios de janeiro foi de 2.842 mortos, 10% a mais do que o mesmo período em 2018, segundo dados oficiais. | 2019-03-12 08:24:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/com-agenda-nacionalista-e-atos-midiaticos-presidente-do-mexico-tem-80-de-aprovacao.shtml |
Crianças migrantes ainda são separadas dos pais ao cruzarem a fronteira dos EUA | Quase nove meses depois que o governo Donald Trump rescindiu oficialmente sua política de separação das famílias migrantes que cruzam ilegalmente a fronteira dos Estados Unidos, mais de 200 crianças migrantes foram tiradas de seus pais e outros parentes e colocadas sob cuidados institucionais. Algumas delas já passaram meses em abrigos e lares provisórios a milhares de quilômetros de distância dos pais.Os últimos dados relatados ao juiz federal que monitora uma das políticas migratórias mais polêmicas do presidente Trump mostra que 245 crianças foram removidas de suas famílias desde que o tribunal ordenou que o governo suspendesse as separações habituais sob a política de fronteiras de "tolerância zero" da última primavera. Algumas das novas separações são efetuadas sem uma documentação clara que permita acompanhar a localização das crianças.Imagens de mães e crianças chorando na fronteira no ano passado causaram uma intensa reação em políticos dos dois partidos, e quatro ex-primeiras-damas, mais a atual, Melania Trump, manifestaram horror diante dessa política. Apesar do decreto de Trump que a rescindiu, em 20 de junho passado, porém, a prática não foi totalmente suspensa.Sob a política original, a maioria das crianças foi removida porque os pais que cruzaram a fronteira ilegalmente estavam sujeitos a processo criminal. As separações recentes ocorreram, em geral, porque os pais foram detidos por fraude, doença transmissível ou histórico criminal —em alguns casos pequenas infrações cometidas há anos, que normalmente não levariam à perda da custódia paterna.As novas separações estão ocorrendo em meio a um influxo sem precedentes de famílias migrantes pela fronteira sul, o que salienta o fracasso das políticas linha-dura do governo Trump para contê-las. A Patrulha de Fronteiras deteve 76.103 migrantes em fevereiro, um pico de 11 anos para esse mês. Entre os interceptados havia cerca de 40.000 membros de famílias, dois terços a mais que em janeiro.No Congresso na semana passada, os democratas fritaram a secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, sobre a política de separação, citando pesquisas que concluíram que a separação dos pais pode causar danos psicológicos duradouros em crianças.A separação das famílias também ocorria às vezes no governo Barack Obama, mas só raramente e em casos extremos em que a segurança de uma criança parecia estar em risco.Autoridades de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) dizem que as separações são legais sob os parâmetros definidos pelo tribunal e se destinam a proteger as crianças, que segundo elas podem ser ameaçadas de tráfico humano ou por adultos que fingem ser pais para aproveitar a vantagem dada pelas leis de imigração dos Estados Unidos."A CBP não declara que um pai representa perigo para uma criança arbitrariamente ou sem mérito", disse a agência em um comunicado. Ela afirmou que os agentes "mantêm a unidade familiar na maior medida operacionalmente possível", separando as crianças só na presença de uma "exigência legal" definida em uma política escrita ou "uma preocupação articulável de segurança que exija a separação."Mas a oposição a novas separações vem crescendo dentro e fora do governo federal. No Escritório de Reassentamento de Refugiados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, que supervisiona o atendimento a crianças separadas até que elas possam se reunir com suas famílias, algumas autoridades tentaram resistir a receber crianças enviadas à agência pela Patrulha de Fronteiras.Segundo um oficial que não tinha autorização para comentar assuntos do governo e falou sob a condição do anonimato, funcionários em alguns casos levantaram questões com agentes da Patrulha de Fronteiras sobre separações que parecem ter pouca ou nenhuma justificativa. Em alguns desses casos, agentes de fronteira se recusaram a dar mais informações, segundo a autoridade, ou quando foram fornecidos documentos adicionais, às vezes eram tão mal redigidos que se tornavam ilegíveis.O oficial, juntamente com outro funcionário do Departamento de Segurança Interna, a agência matriz da Patrulha de Fronteiras, disse que algumas separações ocorrem sem notificação formal ao Escritório de Reassentamento de Refugiados. As duas autoridades disseram que foram avisadas sobre preocupações com uma aparente inconsistência nos padrões aplicados por agentes de fronteira para determinar quando uma família deve ser separada.O fracasso em manter registros precisos sugere que mais crianças podem ter sido separadas do que as 245 registradas oficialmente até 20 de fevereiro.O The New York Times analisou vários casos de crianças que foram separadas desde que a política foi oficialmente cancelada, e soube de muitos outros por meio de advogados que cuidaram deles. Algumas das novas separações, como mostrou a análise, ocorreram em famílias em que um dos pais tinha sido condenado por dirigir embriagado, ou uma condenação por furto não violento há 20 anos. Em um caso, o pai ou a mãe foi condenado por posse de pequena quantidade de maconha.Donna Abbott, vice-presidente de serviços de refugiados e imigrantes nos Serviços Cristãos Bethany, instituição terceirizada que acomoda crianças migrantes em lares provisórios até que possam se reunir com suas famílias, disse que a maioria dos casos de separação familiar não listam motivos detalhados, dificultando avaliar se foram adequados.Por exemplo, alguns documentos só registram que o pai era suspeito de ligação com bandos ou tinha histórico criminal, sem mais informações. "É invasão de propriedade ou é assassinato?", disse Abbott.Em dezembro, uma mãe que viajou de El Salvador com três filhos foi detida e colocada em um ônibus para uma instalação de detenção no Arizona, enquanto seus filhos, de 5, 8 e 11 anos, foram enviados para lares provisórios em Nova York.A mãe, Deisy Ramírez, 38, disse que fazia quase seis semanas que tinha falado com as crianças.Elas estavam "arrasadas", disse a irmã de Deisy, Silvia Ramírez, que tentava convencer o governo a permitir que ela levasse as crianças para morar com ela em Seattle enquanto sua irmã estava detida. "Eles não conseguiam entender por que foram separados", disse ela.Em 1º de março, a filha mais velha de Deisy foi transferida para um hospital depois de ameaçar o suicídio, segundo Silvia Ramírez, e continuava lá mesmo depois da libertação de sua mãe, na semana passada."Nunca imaginei que isso pudesse acontecer", disse Deisy na sexta-feira (8), com a voz embargada. "Tudo o que eu quero é abraçar meus filhos e estar junto deles."Seu advogado, Ricardo de Anda, disse que não recebeu resposta a seu pedido formal sobre o motivo da separação. Ele suspeita que possa estar relacionado ao fato de que Deisy Ramírez foi deportada dos Estados Unidos há mais de dez anos. Ele enviou aos advogados do governo uma série de e-mails, que afinal conseguiram sua libertação.No sábado, um dia após a libertação do centro de detenção no Arizona, Deisy se preparava para voar a Nova York para se reunir com seus filhos.Ruben García, que dirige uma rede de abrigos para migrantes em El Paso, no Texas, disse que as autoridades de imigração neste mês libertaram uma jovem de 18 anos da Guatemala, que estava emocionalmente perturbada.A mulher disse que deu à luz menos de uma semana antes e foi separada do bebê. As autoridades de atendimento a crianças foram ao hospital para levar o bebê, que é um cidadão americano; agentes de imigração levaram a mãe de volta a uma cela de detenção, onde ela aguardou por vários dias. As primeiras duas semanas do bebê foram passadas longe da mãe, que finalmente recuperou a custódia depois de várias intervenções de grupos de ajuda jurídica, segundo García.Desde que Trump encerrou as separações familiares sob a "tolerância zero", em 20 de junho, cerca de 2.700 crianças se reuniram a seus pais. Mas outras milhares que foram separadas antes que a política entrasse em vigor oficialmente não foram beneficiadas, segundo o Escritório do Inspetor Geral do Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Os investigadores citaram a falta de um sistema de rastreamento eficiente.A União Americana por Liberdades Civis solicitou que o governo localize as famílias, e na sexta-feira o juiz Dana Sabraw decidiu que elas devem ser incluídas no litígio pendente sobre proteção e reunião de famílias separadas."O marco de uma sociedade civilizada se mede por como ela trata sua população e os que estão dentro de suas fronteiras", escreveu o juiz. | 2019-03-12 10:27:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/criancas-migrantes-ainda-sao-separadas-dos-pais-ao-cruzarem-a-fronteira-dos-eua.shtml |
Inflação sobe 0,43% em fevereiro, com nova pressão de alimentos e bebidas | Mais uma vez, a inflação seguiu com um crescimento estimulado pelo setor de alimentos e bebidas, apesar de em fevereiro o aumento dos preços do segmento ser menor do que o observado no mês anterior.Segundo informações divulgadas pelo IBGE nesta terça (12), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro apresentou alta de 0,43%. Projeção da Bloomberg era de crescimento de 0,38%.Depois de impactar os preços em janeiro, o grupo de alimentos e bebidas seguiu exercendo influência, mas de forma menos intensa. Enquanto no primeiro mês do ano houve um avanço do grupo de 0,90%, em fevereiro a alta caiu para 0,78%. O destaque continuou vindo pelo preço do feijão carioca, que teve comportamento contrário ao de desaceleração registrado pelo grupo dos alimentos. No índice passado, o produto registrou uma alta de 19,76%, e em fevereiro chegou a um aumento de 51,58%.Para o economista do Itaú Felipe Salles, o aumento do feijão é um fenômeno transitório. "São coisas temporárias, isso não preocupa. A parte dos alimentos é muito volátil."O segmento educação também exerceu influência no avanço de fevereiro. O reajuste das mensalidades de cursos regulares fez com que o grupo apresentasse uma alta de 3,53% no mês –percentual inferior ao observado na inflação acumulada para 12 meses, de 3,89%.De acordo com o economista do IBGE Fernando Gonçalves, esse avanço é um fenômeno sazonal. "A alta do IPCA de fevereiro já era esperada dada a força do grupo educação, que sempre sobe em meses de fevereiro. É algo que já estava na conta", disse Gonçalves."As mensalidades carregam normalmente a inflação anterior, mas tem o fator demanda também. Muitas escolas particulares estão segurando os aumentos para reter os alunos, já que em anos anteriores houve uma fuga para escolas públicas."Dos nove grupos analisados, apenas dois apresentaram comportamento negativo: o segmento de transportes e o de vestuários.No caso dos transportes, o maior impacto veio do preço das passagens aéreas que recuou 16,65% no período.“As passagens têm um peso grande no orçamento das famílias. É um momento de fim de férias, começo das aulas, então os preços começaram a descer, também por conta do aumento no final do ano passado”, segundo Gonçalves.A gasolina também ajudou a segurar a inflação ao apresentar queda de 1,26% no mês. O etanol, por sua vez, recuou 0,81%.A pesquisa Focus mais recente do Banco Central realizada junto a uma centena de economistas mostra que a expectativa para este ano é de uma inflação de 3,87%, indo a 4% em 2020. A projeção da inflação de 2019 feita pelo Itaú, segundo Salles, é de 3,6%.O BC vem indicando que só a lenta atividade econômica e a inflação bem comportada não são suficientes para abrir espaço para eventual queda da taxa básica de juros, estacionada há quase um ano na mínima histórica de 6,5% ao ano.O novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já sinalizou que deve manter a atual postura do BC na condução da política monetária ao pontuar que cautela, serenidade e perseverança são valores que devem ser preservados.Com Reuters | 2019-03-12 09:17:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/03/inflacao-sobe-043-em-fevereiro-com-nova-pressao-de-alimentos-e-bebidas.shtml |
Após prisão de suposto atirador, Anistia cobra nome de mandante da morte de Marielle | A prisão de dois suspeitos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco, crime que completará um ano nesta quinta-feira (14), é para a Anistia Internacional apenas um nó desatado em meio a um universo com “muitas perguntas ainda não respondidas.” A principal delas, para a entidade é: onde está o mandante dos assassinatos?Nesta terça (12), uma grande operação da Polícia Civil prendeu o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48, e o ex-PM, Élcio Vieira de Queiroz, 46. Segundo denúncia do Ministério Público, Lessa é apontado como um dos que dispararam a arma que matou a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes. Já Queiroz estaria no carro de Lessa quando os tiros foram disparados. Mais Para a Anistia Internacional, Lessa e Queiroz “devem ser levados à Justiça para que, em um julgamento que respeite o devido processo, a eventual responsabilidade criminal seja determinada.” A entidade que luta pela defesa dos direitos humanos reiterou às autoridades brasileiras a necessidade de se criar um “grupo externo e independente de especialistas para acompanhar as investigações e o processo.”“As investigações devem continuar até que os autores e os mandantes do assassinato sejam levados à Justiça”, disse a Anistia em nota.Outra ONG, a Human Rights Watch, afirmou por meio de nota que a detenção dos suspeitos, "se confirmadas as evidências sobre seu envolvimento, é um passo muito importante na eludicação deste grave crime que chocou o Brasil e o mundo"."Para além disso, permanece o desafio fundamental de que os investigadores da polícia e o Ministério Público avancem no inquérito que visa identificar os mandantes do assassinato. A sociedade precisa saber não só quem apertou o gatilho, mas quem mandou matar e o porquê", informou a organização.O PSOL (partido político de Marielle) classificou a prisão dos suspeitos de "um importante avanço, embora tardio, nas investigações para solucionar definitivamente esse bárbaro crime político."O partido também disse que exigiu das autoridades "uma resposta definitiva que pudesse pôr fim à angústia da família, amigos e companheiros de partido de Marielle." "Por isso, o PSOL manifesta seu alívio diante da informação de que os autores do assassinato foram identificados."No entanto, para o PSOL, o crime só será plenamente esclarecido "quando forem identificados e devidamente responsabilizados também os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson e as motivações do crime."Para a relatora da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) para o Brasil, Antonia Urrejola, a prisão dos suspeitos representa “um grande avanço para que a Justiça seja alcançada.”“O assassinato da Marielle tem um simbolismo muito forte quanto à situação dos defensores de direitos humanos no Brasil”, diz. “A notícia sobre as prisões é muito boa. Agora, é necessário seguir as investigações e descobrir os mandantes do crime.”Ela diz que a CIDH, vinculada à Organização dos Estados Americanos, seguirá monitorando as investigações e as determinações da Justiça. A comissão acompanha o caso desde o início. Em março, logo após a morte de Marielle, Urrejola antecipou uma viagem de trabalho que faria ao Brasil para acompanhar a situação. Em agosto, a CIDH solicitou que o Brasil adotasse medidas para proteger a viúva da vereadora, Mônica Benício.A ação desta terça que levou à prisão de Lessa e Queiroz foi feita com equipes reduzidas da Polícia Civil e do Ministério Público para evitar chamar atenção. Às 5h, equipes já cumpriam mandados de prisão nos endereços dos suspeitos.De acordo com as investigações, o carro de Marielle, em que também estavam o motorista, Anderson Gomes, e a assessora da vereadora, foi interceptado em uma região do centro do Rio conhecida como Cidade Nova. No local, um carro emparelhou com o da vereadora e uma pessoa disparou, segundo a polícia, usando uma arma automática.De acordo com a promotoria, "a empreitada criminosa foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado". A Folha apurou que os presos foram levados para a Delegacia de Homicídios, que lidera as investigações. Está prevista para as 11h uma coletiva com as autoridades do caso.Lessa foi preso em sua casa, no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, zona oeste. O local é o mesmo em que o presidente Jair Bolsonaro tem casa. Os trechos da denúncia divulgados até o momento não mencionam o nome do presidente. Ao menos 34 imóveis ligados à investigação tiveram mandados de busca e apreensão expedidos. Não há notícia até o momento de quais desses locais têm relação com a família Bolsonaro.De acordo com o jornal O Globo, Lessa entrou na lista de suspeitos após ser vítima de uma emboscada, em 28 de abril, trinta dias depois do assassinato da vereadora. A suspeita seria que pessoas envolvidas no crime teriam tentado promover uma queima de arquivo. Mais Os investigadores também teriam identificado que o policial reformado teria feito pesquisas sobre a rotina de Marielle e sobre eventos que participaria semanas antes do crime.Além dos pedidos de prisão, o Ministério Público também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de Lessa. Também foi pedido à Justiça indenização por danos morais das famílias da vítima e pensão em favor do filho de Anderson Gomes até ele completar 24 anos.A Folha apurou que os dois também foram denunciados por tentativa de homicídio da assessora de Marielle que sobreviveu ao atentado. Segundo a denúncia, Marielle teria sido morta em razão de sua militância em favor dos direitos humanos. A operação desta manhã foi a primeira com a participação do Ministério Público do Rio, por meio do Gaeco, que é o grupo de combate ao crime organizado. Essa unidade investiga crimes principalmente relacionados às milícias no Rio.A ação foi batizada de Lume, em referência ao Buraco do Lume, praça no centro do Rio em que parlamentares do PSOL costumam se reunir para falar de seus mandatos, toda sexta-feira. Marielle tinha um projeto no local chamado Lume Feminista.“É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”, diz a denúncia. | 2019-03-12 10:43:00 | cotidiano | Cotidiano | https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/03/apos-prisao-de-suposto-atirador-anistia-cobra-nome-de-mandante-da-morte-de-marielle.shtml |
Leites vegetais estão em alta, mas qual é melhor para o ambiente? | Janeiro, mês em que muitos cumprem resoluções de mudanças no estilo de vida, é também o mês em que consumidores se abrem mais para experimentar produtos veganos ou simplesmente mais saudáveis.No Reino Unido, isto tem se refletido também nas latas de vendas dos leites vegetais, alternativas ao leite de vaca, à base de aveia, soja, amêndoa ou coco.Agora, evidências coletadas por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostram que o critério de impacto ao meio ambiente pode fomentar ainda mais essa tendência.É que eles mostraram, por exemplo, que a produção de um copo de leite de vaca gera quase três vezes mais emissões de gases do efeito estufa do que qualquer alternativa vegetal.Considerando o uso de terra necessário para a produção, a diferença é ainda maior.A produção de um copo de leite de vaca para todos os dias de um ano requer 650 metros quadrados de terra—o equivalente a dois campos de tênis e mais de dez vezes o necessário para a mesma quantidade de leite de aveia, de acordo com o estudo.O leite de amêndoa requer mais água para sua produção do que soja ou aveia. Um único copo demanda 74 litros—mais do que a quantidade gasta em um banho de chuveiro padrão. O leite de arroz também é relativamente "sedento", demandando 54 litros de água na produção para resultar em um copo.No entanto, tanto a bebida à base de amêndoa quanto à de arroz ainda precisam de menos água na produção do que um copo de leite de vaca.O impacto da produção de leite de vaca sobre o clima varia de região para região. América Latina, Caribe e África, por exemplo, ficam acima da média global na emissão de gases poluentes para a produção de um copo de leite.O gráfico abaixo leva em conta as emissões da agropecuária e, além disso, o transporte, a embalagem e o processamento. Onde a alimentação do gado teve um impacto no desmatamento, essa medida também foi incluída.A nível local, a opção por produção local ajuda a reduzir a pegada de carbono.A produção de alimentos é responsável por um quarto de todas as emissões de gases do efeito estufa produzidas pelo homem, contribuindo para o aquecimento global, de acordo com os estudos liderados por Joseph Poore, da Universidade de Oxford.A pesquisa descobriu também que carne e outros produtos animais são responsáveis pela maior parte das emissões relacionadas à alimentação —apesar de fornecerem apenas um quinto das calorias consumidas.As pessoas tendem a subestimar a poluição embutida em alimentos e - o leite não é exceção, de acordo com Adrian Camilleri, psicólogo da Universidade de Tecnologia de Sydney, na Austrália."As emissões de gases do efeito estufa do leite são cerca de 30 vezes maiores do que as pessoas estimam", disse ele à BBC News.Embora não se saiba exatamente o quanto os consumidores estão informados sobre as diferenças no impacto ambiental dos diversos tipos de leite, é fato que a venda de opções alternativas está crescendo muito no Reino Unido, segundo a consultoria de mercado Mintel.As buscas na internet por leite de aveia, por exemplo, dispararam no Reino Unido desde que o produto foi lançado no mercado. No ano passado, um recorde de 50 mil pessoas se inscreveram para a última campanha Veganuary (uma fusão das palavras "vegano" e "janeiro" em inglês), que propõe a abstinência de produtos de origem animal por um mês.Mas como esta tendência se traduz em números reais?Existem cerca de 540 mil veganos no Reino Unido, de acordo com uma pesquisa de 2016 da organização Vegan Society. Em 2006, estimava-se que este número era de 150 mil.No entanto, alguns representantes do setor agropecuário são críticos à ideia do Veganuary .Segundo a Associação Nacional de Criadores de Ovelha, esta campanha pelo veganismo ignora o fato de que a criação destes animais "trabalha muito em harmonia com o meio ambiente, nossas paisagens e a ecologia humana" no Reino Unido."Algumas pessoas parecem empenhadas em retratar (a criação de) ovelhas como um inimigo global - mas, na verdade, elas são o máximo de uma tecnologia renovável e uma forma eficiente de gestão da terra produtiva de forma amigável ao planeta", diz Phil Stocker, executivo da associação. | 2019-03-12 10:59:00 | ambiente | Meio Ambiente | https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/03/leites-vegetais-estao-em-alta-mas-qual-e-melhor-para-o-ambiente.shtml |
Poluição do ar afeta o crescimento de árvores em São Paulo | Além de causar graves efeitos à saúde humana, a poluição do ar também afeta um dos elementos que ajudam a atenuar esse problema ambiental nas cidades: as árvores.Usando como modelo a tipuana (Tipuana tipu) –uma das espécies de árvores mais comuns em São Paulo–, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) mostraram que os poluentes atmosféricos restringem o desenvolvimento dessas plantas, interferindo também nos serviços ambientais por elas prestados.Entre esses serviços estão filtrar a poluição do ar ao acumular metais em suas cascas e no tronco, assimilar dióxido de carbono, reduzir o efeito de ilha de calor, ao atenuar a radiação solar, e mitigar o escoamento da água da chuva, controlando a umidade.Resultados do estudo, apoiado pela Fapesp, foram publicados na revista Science of the Total Environment.“Observamos que, nos anos em que as concentrações de material particulado na atmosfera foram maiores, por exemplo, as árvores cresceram menos. Com isso, essas plantas vão demorar mais para oferecer serviços ecossistêmicos importantes para redução da poluição atmosférica e para mitigação e adaptação das cidades às mudanças climáticas”, disse Giuliano Maselli Locosselli, pós-doutorando no Instituto de Biociências (IB) da USP com bolsa da Fapesp e primeiro autor do estudo.A fim de avaliar o impacto da poluição do ar e também do clima no crescimento de árvores em São Paulo, os pesquisadores analisaram amostras de 41 tipuanas localizadas em diferentes distâncias do polo industrial de Capuava, em Mauá. Uma das áreas mais industrializadas da região metropolitana de São Paulo, o bairro é composto por áreas residenciais e comerciais e um polo industrial formado por refinarias de petróleo e fábricas de cimento e fertilizantes, por onde circula uma grande quantidade de caminhões e carros. Com auxílio de um instrumento semelhante à broca de uma furadeira, mas com o interior oco, chamado sonda Pressler, foram extraídas amostras cilíndricas das cascas e dos anéis de crescimento – círculos concêntricos na parte interna do tronco –na altura do peito das plantas, a 1,3 metro do solo.Ao analisar a composição química das cascas e o tamanho dos anéis de crescimento, os pesquisadores conseguiram medir a variação dos níveis de poluição do ar por diversos elementos químicos a que as plantas foram expostas durante o desenvolvimento e como esse fator influenciou seu crescimento.“A tipuana é uma ótima marcadora e representa muito bem os níveis de poluição do ar por metais pesados e outros elementos químicos nas cidades”, disse Locosselli.A casca da tipuana retém o material particulado em suspensão no ar, que se deposita passivamente nessa parte externa do tronco da árvore ao longo dos anos. Já os anéis de crescimento indicam como a poluição se refletiu em cada ano de vida da planta. Anéis muito grandes ou largos indicam anos de crescimento bom –quando os níveis de poluição foram menores–, enquanto anéis de crescimento menores ou mais estreitos apontam anos de crescimento ruim – quando os níveis de poluição foram maiores.As análises dos anéis de crescimento das tipuanas revelaram que as árvores com idade média de 36 anos cresceram mais rápido nas partes mais quentes de Capuava e sob maiores concentrações de fósforo no ar. Em contrapartida, as árvores mais próximas às vias de tráfego e expostas a concentrações mais altas de alumínio, bário e zinco, geradas pelo desgaste de peças de automóveis, apresentaram menor crescimento ao longo dos anos.O material particulado com tamanho de até 10 micrômetros (PM10), emitido pelo polo industrial, também reduziu em até 37% a taxa de crescimento do diâmetro das árvores mais próximas à área.“Constatamos que as árvores expostas mais diretamente à poluição do polo industrial apresentaram um crescimento menor de diâmetro do caule ao longo de seu desenvolvimento em comparação com as plantas com exposição média e baixa”, afirmou Locosselli. “Sob condições normais de crescimento, o diâmetro de uma tipuana, na altura do peito, pode chegar a um metro”, disse Locosselli.Os resultados das análises da composição química das amostras das cascas foram corroborados por dados obtidos por meio de séries temporais de emissões de material particulado na região de Capuava por cerca de 20 anos, elaboradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).A concentração média de PM10 foi responsável por 41% da variabilidade do crescimento anual das árvores. As concentrações mais altas desses poluentes durante os meses mais secos – entre abril e setembro – reduziram ainda mais as taxas de crescimento das plantas, constataram os pesquisadores.“O diâmetro do caule das árvores com crescimento normal aumenta muito rapidamente, já o das árvores com crescimento mais lento varia muito pouco”, comparou Locosselli. “A magnitude de serviços ambientais oferecidos por uma árvore de grande porte chega a ser 70 vezes maior do que o de uma árvore de pequeno porte."Efeitos em árvoresDe acordo com os autores do estudo, os metais pesados e o material particulado influenciam o desenvolvimento das árvores ao mudar as propriedades ópticas da superfície das folhas. Dessa forma, aumentam a temperatura e reduzem a disponibilidade de luz para a fotossíntese da planta. Além disso, podem reduzir as trocas gasosas das árvores ao se acumular nos estômatos foliares – um conjunto de células nas folhas da planta que permitem a troca de gases com o ambiente e a transpiração do vegetal.“Pretendemos avaliar se a poluição também afeta a longevidade dessas árvores. Como esse fator restringe diversos sistemas fisiológicos, impedindo que a planta cresça, é provável que também a torne mais vulnerável a efeitos que levem à senescência”, disse Marcos Buckeridge, professor do IB-USP e responsável pelo projeto.O pesquisador considera que os efeitos da poluição podem se estender a outras espécies de árvores da mesma família da tipuana encontradas em São Paulo, como a sibipiruna (Caesalpinia pluviosa) e o pau-ferro (Caesalpinia leiostachya).“Medidas para diminuir a poluição do ar, como o uso de biocombustíveis, a eletrificação dos meios de transporte e o desenvolvimento de materiais para diminuir a emissão de metais pesados, poderiam favorecer a manutenção e melhorar os serviços ecossistêmicos prestados por essas árvores às cidades”, disse Buckeridge.O artigo The role of air pollution and climate on the growth of urban trees (doi: 10.1016/j.scitotenv.2019.02.291), de Giuliano Maselli Locosselli, Evelyn Pereira de Camargo, Tiana Carla Lopes Moreira, EnzoTodesco, Maria de Fátima Andrade, Carmen Diva Saldiva de André, Paulo Afonso de André, Julio M. Singer, Luciana Schwandner Ferreira, Paulo Hilário Nascimento Saldiva e Marcos Silveira Buckeridge, pode ser lido aqui. | 2019-03-12 08:00:00 | ambiente | Meio Ambiente | https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/03/poluicao-do-ar-afeta-o-crescimento-de-arvores-em-sao-paulo.shtml |
Aposta em tela dobrável para reanimar venda de celular esbarra no preço | No principal evento do setor de telefonia móvel, duas das três maiores fabricantes mundiais de smartphones exibiram suntuosamente o que esperam venha a ser o smartphone do futuro. A questão é saber se alguém vai comprá-lo.A Samsung e a Huawei mostraram seus primeiros smartphones de telas dobráveis —lançados com poucos dias de intervalo no mês passado— no Mobile World Congress, em Barcelona. Mas mantiveram a mística. Ao contrário dos demais modelos de suas linhas, que os mais de 100 mil espectadores presentes puderam testar e manipular, os celulares dobráveis foram exibidos por trás de paredes de vidro e de barreiras de cordas instaladas para que os espectadores mantivessem a distância.As empresas esperam que a primeira grande mudança de formato dos smartphones desde seu surgimento, mais de uma década atrás, convença os consumidores a trocar seus aparelhos e a pagar mais pela área de tela adicional. O setor sofreu cinco trimestres consecutivos de queda de vendas —os usuários veem cada vez menos razões para trocar seus modelos atuais.Mas as operadoras, que fazem boa parte das vendas, dizem não contar com uma enxurrada de compradores —ao menos não inicialmente. Para começar, a tecnologia das telas dobráveis não foi testada no mundo real, em termos de desempenho e sobrevivência ao desgaste do uso cotidiano. Segundo, os preços muito salgados superam os de alguns dos laptops mais bem equipados. O Galaxy Fold deve custar US$ 1.980 (R$ 7.700) nos EUA, ao chegar às lojas em 26 de abril, e o Huawei Mate X, que deve chegar ao mercado na metade do ano, tem preço previsto de US$ 2.600 R$ 10,1 mil).“Se eu vejo esse mercado como muito grande? Provavelmente não”, disse Ronan Dunne, presidente das operações ao consumidor da Verizon. “Se acho que é um desenvolvimento realmente interessante em termos de formato e aparelhos? Com certeza.”Jun Sawada, presidente-executivo da NTT, gigante das telecomunicações do Japão, disse que havia pontos de interrogação sobre a durabilidade dos aparelhos, especialmente a abertura e fechamento da tela, bem como sobre seu preço. Em coquetel organizado pela Huawei em Barcelona, Richard Yu, vice-presidente de operações da empresa, mostrava o Mate X, cuja tela mostra um ligeiro desnível quando desdobrada, aos convidados, entre garrafas de vinho Cava e bandejas de patê de foie gras. Comprovando a rivalidade entre os fabricantes de smartphones, a Samsung lançou seu modelo dobrável em San Francisco em 20 de fevereiro, quatro dias antes do lançamento da Huawei em Barcelona. Os designs são diferentes. Quando dobrada, a tela do modelo da Samsung se fecha sobre si mesma, enquanto a da Huawei se dobra em torno do aparelho. O Samsung Fold tem seis câmeras, ante quatro para o Mate X da Huawei, e pode exibir três apps simultaneamente na tela, ante dois para o dobrável da Huawei.Jean Baptiste Su, analista da Atherton Research, empresa de pesquisa do Vale do Silício, estudou os dois aparelhos. O Samsung Fold é mais estreito e mais fácil de usar com uma mão só, enquanto o Huawei Mate X é mais fino e se dobra sem nenhuma saliência.“Os dois são celulares bonitos”, disse Su, com “design muito robusto”. O preço não é questão, para celulares de novas categorias, disse, comparando os modelos dobráveis ao primeiro iPhone, que custava US$ 499 em 2007, enquanto alguns modelos posteriores vieram a sair por US$ 199.Mas está sendo difícil convencer o consumidor de que os aparelhos de topo de linha valem o preço cada vez mais alto que é cobrado por eles.“Para que você precisa de uma tela dobrável?”, disse Saeed Abdullah, 29, taxista em Barcelona. “Por € 2.000, com certeza não.”A Apple ainda não entrou na briga das telas dobráveis. A empresa pediu patente sobre um celular dobrável em 2011, mas os planos para três novos modelos de iPhone neste ano não incluem dobráveis. A empresa historicamente sai atrás de seus rivais no lançamento de recursos. Por exemplo, a Samsung lançou telas grandes e adotou o padrão Oled —display orgânico emissor de luz— anos antes da Apple. Um porta-voz da Apple se recusou a comentar o assunto.Analistas estimam que os preços salgados deverão manter pequeno o mercado dos celulares dobráveis. A empresa de pesquisa Canalys prevê que os fornecedores embarcarão menos de 2 milhões desses aparelhos em 2019, em meio a um total de mais de 1 bilhão de smartphones. Ainda assim, os fabricantes de smartphones esperam que os novos modelos ajudem a injetar vida nova em um mercado que encolheu agora que os consumidores optam por manter seus celulares por mais tempo.O declínio de embarques no ano passado foi o maior já registrado, 4,1%, segundo o grupo de pesquisa IDC, ainda que a Huawei venha contrariando a tendência. Suas vendas mundiais de smartphones subiram 34% em 2018 e ela disputa com a Apple o segundo posto no ranking de fabricantes de celulares, atrás da Samsung, de acordo com a IDC. The Wall Street Journal, traduzido do inglês por Paulo Migliacci | 2019-03-12 02:00:00 | tec | Tecnologia | https://www1.folha.uol.com.br/tec/2019/03/aposta-em-tela-dobravel-para-reanimar-venda-de-celular-esbarra-no-preco.shtml |
Localização precisa do 5G desafiará privacidade, diz especialista | O advento da tecnologia 5G promete downloads mais rápidos e tempos menores de resposta de rede. E muito mais preocupação sobre a privacidade.Isso acontece em parte porque o 5G permitirá rastreamento de localização mais preciso e o recolhimento de vastas quantidades de dados pessoais adicionais.Em entrevista ao Wall Street Journal, Steve Bellovin, professor de ciência da computação na Universidade Columbia e ex-pesquisador da Bell Labs e da AT&T Labs Research, discutiu as questões de privacidade associadas ao 5G. Como o 5G afetará a privacidade dos usuários? Os sinais 5G terão alcance muito curto nos EUA e enfrentarão dificuldade para atravessar as paredes dos edifícios. Isso significa que muito mais torres de celulares serão necessárias. A principal forma pela qual um celular —em contraposição a um site ou app— diz onde um usuário está é identificar a torre com a qual ele está conectado. As torres atuais têm raio de operação de 1,5 quilômetro.Se as novas torres cobrirem área muito menor, isso significa que saberão com muito mais precisão onde o usuário está.De que forma isso representa risco para a privacidade? A localização do usuário é um dado muito delicado e revela muita informação sobre ele. As operadoras de telefonia em geral consideram que são donas desses dados e podem fazer o que desejarem com eles.E o que elas podem fazer com eles? Nos últimos meses, surgiram notícias sobre operadoras que venderam informações de localização. Imagine um advogado de divórcio que queira rastrear o paradeiro do cônjuge do cliente. Ou que um patrão possa determinar se o empregado está mesmo indo a uma consulta médica, quando ele na verdade está indo ver um jogo ou a uma entrevista em uma concorrente.Precisamos de regulamentação muito mais clara quanto ao que as operadoras estão autorizadas a fazer com os dados de localização. Em que medida o 5G será mais preciso em ambientes urbanos, onde já existem muitas torres de celulares?Como o 5G não atravessa paredes muito bem, teremos muito mais antenas de celulares internas —em shoppings, grandes edifícios de escritórios, hotéis, e assim por diante. Assim, nesse sentido a precisão se tornará muito maior. Também pode ser que o 5G torne possíveis redes de sensores com ampla distribuição, instalados em todos os postes de telefonia ou em todas as esquinas. Os sensores poderiam detectar pessoas fazendo coisas. Um exemplo seria: um sensor de poluição poderia detectar pessoas fumando, enquanto um receptor de bluetooth identifica as identidades dos celulares que estejam por perto. As seguradoras poderiam se interessar por isso.Quais são os riscos de segurança associados ao 5G na China?A Huawei é a maior fabricante mundial de equipamentos 5G. E eles vendem esses produtos mais barato.Temos visto toda espécie de histórias sobre a Huawei ser, ou não, agente do governo chinês. Há um executivo da Huawei preso na Polônia por espionagem, e pode ser que a história tenha substância. O governo dos EUA vem dizendo há anos, de modo muito vago, que não devemos confiar na Huawei ou usar seus equipamentos —mas jamais surgiram provas concretas, e esse caso pode representar prova concreta. [O executivo, que nega a acusação, foi demitido pela Huawei, que afirmou que as acusações contra ele nada têm a ver com a companhia.] Houve preocupações de privacidade com o advento de cada geração de tecnologia de telefonia móvel ou o 5G e um caso único? Não creio que seja único. A questão é se há coisas que você pode fazer agora e não podia fazer antes. Não conecto meu laptop à internet via celular porque a conexão via celular é lenta demais para aguentar a carga de dados do meu email. Se a conexão fosse 5G, eu poderia fazê-lo. Além do rastreamento de localização pelas operadoras de telefonia, a pergunta que você precisa repetir sempre é: Quais são as aplicações? Porque é nesse aspecto que surgem os problemas de privacidade —e é quanto a esse aspecto que existirão riscos. The Wall Street Journal, traduzido do inglês por Paulo Migliacci | 2019-03-12 02:00:00 | tec | Tecnologia | https://www1.folha.uol.com.br/tec/2019/03/localizacao-precisa-do-5g-desafiara-privacidade-diz-especialista.shtml |
Lei faz com que meninas estupradas fiquem sem perícia no Rio por falta de médicas | Uma lei que obriga que crianças e adolescentes estupradas sejam periciadas por médicas legistas mulheres tem feito com que parte das vítimas fique sem atendimento no Rio de Janeiro, já que o número dessas profissionais no estado não é suficiente. Aprovada em junho do ano passado, a lei estadual 8.008/2018 diz: “Sempre que possível, a vítima do sexo feminino será examinada por perito legista mulher, exceto em caso de menor de idade do sexo feminino, que deverá ser, obrigatoriamente, examinado por legista mulher”. Esse último trecho, que desde então tem preocupado a comunidade de médicos legistas, deve ser debatido no Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (13), após uma ação de inconstitucionalidade da Procuradora-Geral Raquel Dodge. “A norma ofende a competência privativa da União para legislar sobre direito processual penal [...]. Além disso, sustenta que a lei ofende o direito das crianças e adolescentes ao acesso à Justiça, assim como os princípios da proteção integral e da prioridade absoluta”, diz a ação. Mais Coincidentemente, deputados estaduais devem votar também na quarta uma proposta de modificação desse parágrafo. A ideia é retirar a frase, que, segundo o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro), tem prejudicado tanto médicos quanto pacientes. Questionada, a Polícia Civil não informou quantos legistas existem no estado nem qual é a proporção feminina —funcionários estimam que elas representem cerca de 20% do efetivo. Quase 70% das 4.173 vítimas de estupro no RJ em 2017 tinham menos de 18 anos. “É algo que está acontecendo diariamente. A vítima chega e, quando não tem médica, temos que orientar que ela vá para a capital, mas na prática muitas acabam desistindo”, diz Raphael Câmara, conselheiro do Cremerj e perito no IML (Instituto Médico Legal) de Niterói, na região metropolitana. Nessa unidade, por exemplo, há sete médicos responsáveis pelo atendimento, um para cada dia da semana, e só uma é mulher. Ou seja, uma paciente pode ter que esperar até uma semana para fazer o exame caso não queira se deslocar. “Em Niterói ainda é fácil porque é só atravessar a ponte, mas imagina no interior”, afirma Câmara. “As provas têm que ser colhidas muito rapidamente, porque enquanto isso a mulher fica com esperma na vagina. Um espermatozoide dura três ou quatro dias, a pele debaixo da unha, pêlos, se perdem.” Diante do problema, a própria Polícia Técnico-Científica recomendou oficialmente que, caso não haja médicas mulheres, os peritos colham uma autorização dos responsáveis pela vítima e façam o exame. O Cremerj, porém, critica o fato de que a responsabilidade ao violar a lei é do médico. A Polícia Civil redistribuiu peritas e peritos pelas cidades após a aprovação da lei —antes a distribuição era aleatória. A legista Gabriela Graça, diretora da sede do IML na capital, diz que sua unidade tem sempre ao menos uma médica mulher, 24 horas por dia. Segundo ela, a corporação defende que a vítima possa escolher se quer ser atendida por um homem ou se quer se deslocar, e que o atendimento por mulher não seja obrigatório. O que causou certo tumulto, diz Graça, é que a lei foi feita sem consulta aos órgãos envolvidos. O projeto é de autoria do deputado estadual Carlos Minc (PSB), que afirma que essa obrigatoriedade não estava em seu projeto original e foi adicionada no dia da votação. “Acabou sendo aprovada assim, não atentamos. Depois que passou um tempo, fui procurado pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública, que disseram que no interior não havia peritas suficientes”, afirma o parlamentar. Em agosto, ele apresentou um novo projeto retirando a frase, apenas frisando que “sempre que possível, a vítima do sexo feminino será examinada por perito legista mulher”. Esse texto deve ser discutido nesta quarta pelos deputados. | 2019-03-12 02:00:00 | cotidiano | Cotidiano | https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/03/lei-faz-com-que-meninas-estupradas-fiquem-sem-pericia-no-rio-por-falta-de-medicas.shtml |
May recicla carta da UE para tentar passar brexit no Parlamento | O governo britânico disse, na noite desta segunda-feira (11), ter obtido da União Europeia (UE) mudanças com valor legal no acordo que rege a saída do Reino Unido do bloco, o brexit, programado para o próximo dia 29.A afirmação foi feita em Londres pelo vice-primeiro-ministro, David Lidington, enquanto a titular, Theresa May, ainda se reunia com autoridades da UE em Estrasburgo.A chefe de governo viajou de última hora para a França justamente a fim de arrancar dos europeus alterações no pacto que facilitassem sua aprovação no Parlamento britânico, onde ele vai a voto pela segunda vez nesta terça (12).Na primeira apreciação, há quase dois meses, o texto foi rejeitado por uma maioria de 230 votos —a mais elástica derrota de um governo britânico no Legislativo na era moderna.Agora, o documento ganhou o que foi chamado de instrumento interpretativo conjunto. O adendo confere força legal a uma carta de janeiro passado em que Jean-Claude Juncker (presidente da Comissão Europeia) e Donald Tusk (presidente do Conselho Europeu) se comprometiam a buscar uma alternativa para o “backstop”, grande nó das discussões sobre o brexit nos últimos meses.Trata-se do mecanismo para evitar o restabelecimento de uma fronteira rígida (com controle de mercadorias e pessoas) entre a Irlanda do Norte, que integra o Reino Unido, e a República da Irlanda, Estado-membro da UE A ideia é que, se a relação comercial futura entre britânicos e europeus não tiver sido definida até pouco antes do fim do período de transição pós-brexit (em dezembro de 2020), entre em vigor uma união aduaneira provisória entre as partes.Em Londres, críticos da medida dizem que ela esconde uma armadilha da UE, que desejaria manter os britânicos sob sua égide indefinidamente. A desconfiança impulsionou a rejeição ao acordo, na votação de janeiro.Até aqui, nada indicava que esse ceticismo estivesse em trajetória descendente, mesmo com os esforços (infrutíferos, admita-se) de May ao longo das últimas semanas para domar o “backstop” e obter da EU restrições temporais à aplicação dele ou a possibilidade de o Reino Unido sair unilateralmente da hipotética união aduaneira.Na carta de janeiro, Juncker e Tusk também diziam que, se uma alternativa ao “backstop” não fosse encontrada e o mecanismo tivesse de ser ativado, a Europa buscaria restringir ao máximo o período de vigência dele.Com o instrumento interpretativo anunciado na terça, Londres espera que esse compromisso ganhe peso de lei.“Isso garante que a União Europeia não pode agir com a intenção de aplicar o ‘backstop’ indefinidamente”, disse May a jornalistas em Estrasburgo, no fim da noite de segunda, após se reunir com Juncker. “Se ela o fizer, poderá ser contestada em um tribunal de arbitragem. Caso esse órgão diga que houve violação do acordo, o Reino Unido poderá suspender o ‘backstop’.”A primeira-ministra e o presidente da Comissão Europeia também divulgaram uma declaração conjunta em que se obrigam a agilizar a discussão dos termos da futura relação comercial entre o Reino Unido e a UE. O texto também determina que a busca de um “plano B” ao malquisto “backstop” (em termos concretos, tecnologia para checagem de mercadorias longe da fronteira irlandesa) comece imediatamente. Por fim, May anunciou uma medida unilateral de Londres: segundo ela, se a união aduaneira com a UE entrar em vigor, mas o governo britânico entender que as conversas sobre o novo pacto comercial com os europeus não estão avançando a contento, nada impedirá o Reino Unido de abandonar por conta própria o “backstop”.“Hoje, garantimos mudanças com valor legal”, finalizou a chefe de governo. “Agora é hora de cerra fileiras, apoiar essa versão melhorada do acordo e agir segundo o indicado pelo povo britânico [ao votar pela separação da EU].”Ao lado dela, Juncker reiterou: “O ‘backstop’ é apenas um seguro. A intenção é não usá-lo”. E avisou: “Essa é uma segunda chance [ao Reino Unido]. Não haverá terceira”. | 2019-03-12 02:00:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/may-recicla-carta-da-ue-para-tentar-passar-brexit-no-parlamento.shtml |
Paixão por videogame vira diferencial para candidatos a emprego nos EUA | Histórico de trabalho, confirmado. Educação, confirmada. Experiência em videogames... confirmada?Empregadores de diversos setores estão aceitando currículos que incluem experiência em criar ou jogar videogames, nos EUA, concluindo que o passatempo digital pode ajudar os empregados a colaborar online e ensiná-los a resolver problemas e a desenvolver outras capacitações cruciais para o trabalho.Justin Foehner conseguiu emprego na General Electric em 2018, para usar tecnologia de realidade virtual e inspecionar plataformas de petróleo e usinas nucleares.“A realidade virtual veio do setor de videogames, e por isso percebemos que precisávamos de alguém com formação em desenvolvimento de jogos”, disse Ratnadeep Paul, engenheiro que lidera equipes de pesquisa na divisão da GE que contratou Foehner.O novo contratado tem 25 anos de idade e é grande fã dos jogos “Final Fantasy”; ele estudou design e desenvolvimento de videogames no Rochester Institute of Technology mas não se arrepende de sua escolha de carreira. “Há muitos trabalhos satisfatórios em outros campos que não o de videogames, e a demanda é alta”, disse.Os videogames são mais populares do que nunca e floresceram como parte de uma aceitação mais ampla da cultura “geek”, e enquanto a tecnologia se infiltra em cada canto da vida cotidiana. No passado associada a imaturidade social, a experiência com videogames agora inclina a balança em favor de um candidato, mais ou menos como a passagem pelo posto de capitão de um time de futebol pode indicar potencial do atleta como futuro treinador, dizem os recrutadores.“Os ‘gamers’ são o tipo de pessoa que, se receberem um conjunto de instruções, batalham até descobrir como fazer alguma coisa”, disse Mike Hetisimer, gerente de serviço ao consumidor da Truno, empresa do Texas que desenvolve tecnologia para uso em lojas de mantimentos. “Eles o fizeram com milhares de jogos.”Hetisimer, que gosta de jogar “The Sims”, game que simula a vida real, contratou no ano passado três pessoas que se descreveram em suas entrevistas como jogadores ávidos de videogames. Elas se familiarizaram rapidamente com o software da Truno e logo estavam ajudando os clientes a usá-lo, disse o profissional de recursos humanos. “Você está à procura de pessoas treináveis.”Em pesquisa feita em 2017 pela Robert Half Technology, 24% dos mais de 2.500 vice-presidentes de informática disseram ter optado por candidatos a postos de entrada em suas empresas que mencionaram em seus currículos experiência com o desenvolvimento ou uso de videogames. O levantamento, o primeiro da companhia de recrutamento a se concentrar em atividades extracurriculares, tentava compreender melhor o que distingue os formandos recentes em cursos de tecnologia uns dos outros, afirmou John Reed, vice-presidente-executivo da divisão internacional da Robert Half.Os resultados não o surpreenderam. “Houve uma virada cultural nos últimos três ou quatro anos”, disse Reed. “Uma progressão. Não foi uma mudança repentina.”Os recrutadores compreendem que os videogames são cada vez mais complexos. “Os jogos se tornaram parecidos com o trabalho”, e muitos profissionais de recrutamento sabem disso porque “ligam o Xbox quando vão para casa à noite”, disse Andrew Challenger, vice-presidente da Challenger, Gray& Christmas, empresa de seleção de pessoal.Algumas pessoas continuam a encarar os “gamers” negativamente e a supor que eles são ineptos socialmente. Mas, nos últimos anos, os jogos online para múltiplos jogadores, que encorajam jogadores a formar equipes e desenvolver estratégias durante o jogo, via mensagens de texto ou comunicação de voz, vêm ganhando popularidade.Não basta que alguém simplesmente inclua videogames em seu currículo, disse Cori Bernosky, vice-presidente de recursos humanos na World at Work, uma organização setorial. Cabe ao candidato “oferecer contexto e histórias que provem por que sua experiência nos videogames é valiosa.”Aylmer Wang é jogador dedicado de “Hearthstone” e informa em seu currículo que criou uma comunidade para fãs do jogo de cartas online. Wang, 24, de Montréal, também descreveu ter organizado competições de videogames em sua cidade e que escrevia sobre eSports.As reações dos entrevistadores a essas informações variavam do fascínio ao ceticismo, mas todos eles perguntaram sobre essas experiências, disse Wang, que estuda direito na Universidade da Colúmbia Britânica. “Eu sempre enfatizava as mesmas capacitações —liderança, empreendedorismo, dedicação e organização.”E deu certo. Wang foi contratado pelo escritório internacional de advocacia Bennett Jones e começará lá na metade do ano, como advogado associado. The Wall Street Journal, traduzido do inglês por Paulo Migliacci | 2019-03-12 02:00:00 | tec | Tecnologia | https://www1.folha.uol.com.br/tec/2019/03/paixao-por-videogame-vira-diferencial-para-candidatos-a-emprego-nos-eua.shtml |
Corpos encontrados em vala são de jovens desaparecidos | A polícia identificou os seis corpos encontrados em um cemitério clandestino, no Jardim Ângela (zona sul de SP), na tarde de sábado. As vítimas teriam desaparecido durante o Carnaval.Familiares dos jovens, todos eles com idades entre 19 e 27 anos, chegaram a fazer campanhas em redes sociais a procura de informações sobre os jovens desaparecidos. A motivação para os assassinatos é investigada pela polícia.Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), sob gestão de João Doria (PSDB), as vítimas são: Weslley Rodrigues de Sousa, 19 anos, Alef de Souza Silva, 20, Romário Silva Gomes, 26, Caíque Felipe Vieira de Lima, Jean Delfino de Azevedo e Renato Silva Gomes, os três com 27 anos.Os corpos foram encontrados pelos bombeiros em avançado estado de decomposição. Não foi informado se as vítimas tinham fichas criminais. Mais Dois dos corpos foram liberados para familiares ontem e os demais ainda estavam seriam avaliados pelo IML (Instituto Médico Legal) e não haviam sido liberados até a conclusão desta edição.O boletim de ocorrência descreve as roupas usadas pelas vítimas, além de detalhes, como tatuagens —uma delas escrito “fico rico ou morro tentando” e algumas outras com símbolos religiosos— e a presença de aparelho dentário, que ajudaram na identificação dos corpos.Os corpos dos jovens foram desenterrados do cemitério clandestino pelos bombeiros, após a Polícia Militar identificar um dos corpos que estava enterrado. O caso foi registrado no 47º DP (Capão Redondo), com apoio do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). | 2019-03-12 00:13:00 | cotidiano | Cotidiano | https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/03/corpos-encontrados-em-vala-sao-de-jovens-desaparecidos.shtml |
Nintendo quer que usuário gaste menos com jogo de celular | Os produtores de jogos para smartphones que estão trabalhando com a Nintendo descobriram que a criadora do Super Mario está disposta a criar obstáculos a que eles faturem mais com seus jogos.Desde 2015, a Nintendo tem em vigor acordos de divisão de receita com os criadores de jogos para smartphones, como a DeNA. O download desses jogos é gratuito, mas os jogadores podem pagar por melhorias que aceleram seu avanço no jogo ou participar de sorteios (pagos) que lhes conferem o direito de jogar com personagens especiais.Em alguns casos, os jogadores gastam centenas e até milhares de dólares para obter itens especiais.Temendo que esse comportamento venha a manchar a imagem de sua marca, a Nintendo solicitou a seus parceiros que ajustem os jogos de forma que os usuários não gastem demais, de acordo com pessoas informadas sobre a companhia japonesa de videogames.A Nintendo vê os jogos para smartphones primordialmente como forma de atrair mais interesse para os personagens de seus videogames, a fim de estimular os usuários a comprar jogos tradicionais para consoles, o principal negócio da empresa, segundo um executivo da Nintendo, que está preocupada com a possibilidade de ser criticada por excesso de cobiça em seus jogos para smartphones.Para os produtores de jogos, isso pode significar uma perda de receita.A CyberAgent, que desenvolveu “Dragalia Lost”, um RPG para smartphones, reduziu as projeções de receita em seu ano fiscal pela primeira vez em 17 anos, em parte em razão do desempenho decepcionante do jogo. Embora o número de jogadores do game tenha crescido devido a uma campanha agressiva de marketing, a receita gerada por jogador ficou abaixo das projeções.Quando o jogo foi lançado, em setembro, usuários se queixaram da dificuldade de obter personagens raros nos sorteios realizados como parte do jogo, o que levou algumas pessoas a gastar mais a fim de continuar tentando. Representantes da CyberAgent dizem que a Nintendo solicitou que a companhia mudasse o jogo para evitar que os usuários gastassem demais.The Wall Street Journal, traduzido do inglês por Paulo Migliacci | 2019-03-12 02:00:00 | tec | Tecnologia | https://www1.folha.uol.com.br/tec/2019/03/nintendo-quer-que-usuario-gaste-menos-com-jogo-de-celular.shtml |
Governo dos EUA anuncia retirada de todos os seus diplomatas da Venezuela | Os Estados Unidos informaram na noite de segunda-feira (11) que todos os funcionários e diplomatas que ainda atuam na Venezuela deixarão o país nos próximos dias.Em 24 de janeiro deste ano, um dia após os EUA reconhecerem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, Washington anunciou que reduziria a equipe que trabalhava na Venezuela, o que incluiu o retorno de familiares e de parte dos funcionários. "Essa decisão é consequência da contínua deterioração da Venezuela, assim como da constatação que a presença de uma missão diplomática no país se tornou um entrave à política externa americana", escreveu o secretário de Estado, Mike Pompeo, em uma rede social.Grande parte da Venezuela, incluindo áreas da capital, Caracas, está sem energia elétrica desde a última quinta-feira (7), comprometendo as exportações de petróleo e deixando pessoas com dificuldade para obter água e comida.O ditador Nicolás Maduro tem dito que o apagão, que já dura cinco dias, é resultado de uma sabotagem dos Estados Unidos na usina hidrelétrica de Guri.O regime venezuelano determinou novamente a suspensão das aulas e do funcionamento de empresas e estabelecimentos comerciais nesta terça-feira (12). | 2019-03-12 01:56:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/governo-dos-eua-anuncia-retirada-de-todos-os-seus-diplomatas-da-venezuela.shtml |
Segurado do INSS terá de viajar até 100 km para rever ou pedir benefício na Justiça | A proposta de reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro (PSL) dificulta o acesso à Justiça de segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).O texto da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) impede o início de ações de concessão ou revisão de benefícios na Justiça estadual para beneficiários com residência a até cem quilômetros de uma unidade da Justiça Federal.Se aprovada a nova regra, o ingresso do processo passará a ser obrigatório na Justiça Federal.O acesso à Justiça em ações contra a Previdência ficará mais distante nas localidades afastadas dos grandes centros urbanos. Nessas pequenas cidades, a presença de unidades judiciárias federais é menor.Em todo o país, varas e juizados federais somam 988 pontos de atendimento, o que representa menos de 10% das 10.035 unidades da Justiça estadual, segundo dados do Justiça em Números 2018.Hoje, processos previdenciários —com exceção dos gerados por acidente de trabalho— já são preferencialmente julgados na Justiça Federal, mas não há uma delimitação geográfica específica que impeça o cidadão de buscar a Justiça estadual, caso a comarca não tenha unidade federal.A reforma também tira da Constituição esse procedimento, chamado de competência delegada, facilitando futuras alterações na regra."A imposição de um limite territorial de cem quilômetros para ter acesso à competência delegada fere o princípio constitucional do acesso à Justiça", diz Chico Couto de Noronha Pessoa, presidente da Comissão Especial de Direito Previdenciário da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)."O segurado terá de arcar com os custos de deslocamento para comparecer às audiências e perícias médicas judiciais", afirma.O prejuízo provocado pela distância, porém, seria compensado pela melhora na qualidade da prestação do serviço por causa da especialização da Justiça Federal em direito previdenciário, segundo defensores da proposta."A tendência é de especialização dos órgãos jurisdicionais por matéria", diz o juiz federal José Antonio Savaris."A PEC, quanto à competência da Justiça Federal, prestigia a especialização do juiz federal no tema do direito previdenciário", afirma.A especialidade relatada por Savaris resulta do grande número de ações de segurados do INSS em varas e juizados federais.Em 2018, dos 237,7 mil processos distribuídos no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que atende São Paulo e Mato Grosso do Sul, 193,2 mil (81%) eram de matérias previdenciárias.Válido nas metrópoles, o argumento da especialização federal em Previdência não pode ser aplicado à realidade do interior, segundo o advogado Jesus Nagib, que atua na região de Catanduva (SP), a 385 km da capital paulista.Ele cita como exemplo Ariranha, onde a maior parte dos processos previdenciários fica a cargo da competência delegada, na Justiça estadual.Com a mudança na lei, os segurados seriam obrigados a buscar seus direitos na vizinha Catanduva, a cerca de 30 km."A maioria dos habitantes de Ariranha trabalha em uma usina da região, onde o ruído acima do limite legal gera muitos pedidos de tempo especial por insalubridade", diz."Como a cidade só tem Justiça estadual, o juiz local conhece o problema e exige perícias no ambiente de trabalho, o que nem sempre ocorre nos casos que dão entrada no Juizado Especial Federal aqui em Catanduva", diz Nagib.O exemplo da cidade paulista de Ariranha aponta para outro potencial problema que pode ser criado pela reforma.A limitação da competência delegada obrigaria quase todos os segurados com causas de valor inferior a 60 salários mínimos a buscar os Juizados Especiais Federais.Nessas unidades, o princípio da rapidez nos julgamentos pode prejudicar quem depende de averiguações mais cuidadosas, como a determinação de perícias judiciais."Em nome da celeridade, uma decisão na Turma Recursal [segunda instância dos juizados] muitas vezes nem sequer é explicada", diz o presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), Roberto de Carvalho Santos. "Seria adequado que fosse dada a opção de escolha ao cidadão."Em nota, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho informou que a Justiça Federal tem mais conhecimento sobre o tema do que a Justiça Estadual sobre o tema previdenciário, que envolve, entre outros, perícias, análises técnicas especializadas, laudos e jurisprudências.A pasta ainda defendeu que se limite a litispendência, "ou seja, ações que possuam as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido"."Infelizmente, conforme trabalho realizado pelo TCU, isto tem sido muito comum nos últimos anos. A litispendência representa um custo elevado para a sociedade, desperdiçando dinheiro público, além de atrasar a apreciação, pelo judiciário, de outras ações", informou o órgão.A secretaria ainda defendeu que houve o cuidado de não prejudicar cidadãos que moram longe de cidades com unidades da Justiça Federal, "garantindo o acesso à Justiça Estadual para aqueles que moram mais de 100 km de distância".Veja na calculadora da Previdência se você escapa da idade mínima | 2019-03-12 02:00:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/03/segurado-do-inss-tera-de-viajar-ate-100-km-para-rever-ou-pedir-beneficio-na-justica.shtml |
Protocolo que deu a cara da internet,World Wide Web chega aos 30 anos | Eu me lembro da primeira vez em que entrei na internet; deve ter sido lá por 1996. No navegador em um computador no trabalho de meu pai, digitei www. disney.com.br e, lentamente, pela conexão discada, apareceu uma página com informações sobre o Mickey e sobre filmes da empresa.O www do endereço acima foi o que permitiu que muitas pessoas, como eu, acessassem a internet pela primeira vez. A internet já existia antes da World Wide Web, com interfaces só de texto em que era possível ler notícias e trocar mensagens.O que o cientista inglês Tim Berners-Lee fez há 30 anos foi inventar um protocolo —uma série de regras— para que programas de computador chamados navegadores pudessem acessar informações organizadas em páginas, ou websites.As páginas podem conter texto, imagens, vídeos e outros recursos e ser linkadas umas às outras.Essa arquitetura de sites ligados uns aos outros forma a internet que, até o advento dos smartphones e apps, era a mais visível; aquela que vemos quando abrimos um navegador, fazemos uma busca no Google ou acessamos páginas como a Wikipédia, o YouTube ou o site da Folha.A internet, é claro, serve como base para muitas outras aplicações, como email, mensagens de texto, redes fechadas de empresas etc.Mas a web foi a porta de entrada da internet para o grande público e onde se encontra até hoje boa parte da informação difundida pela rede mundial de computadores.Sua prevalência só chegou a ser ameaçada mais recentemente, com a ubiquidade dos smartphones e seus apps, que usam uma outra arquitetura e ecossistema, apesar de muitas vezes "conversarem" com informações puxadas da web.A chamada internet das coisas, aquela dos carros e geladeiras conectados, também se dá em boa parte fora do âmbito da web.Com o celular na mão de todos o tempo todo, não dá para negar que os hábitos de navegação mudaram.Navegadores como Chrome e Internet Explorer não têm no smartphone a dominância que têm no desktop como forma de buscar informações e de se conectar.As principais gigantes da internet de hoje —Google, Facebook, Twitter, YouTube, Netflix— nasceram na web criada por Berners-Lee e só depois passaram a estar também nos dispositivos móveis.Já existe, no entanto, uma nova geração de empresas nascidas como apps: nomes como Spotify, Instagram (depois comprado pelo Facebook) e Uber, criados a partir de uma lógica bastante diferente da das páginas da web.A web sobreviverá, provavelmente, até pelo volume de conhecimento humano que está registrado em bilhões de sites. A interação dos humanos com a internet, porém, vai cada vez mais além da arquitetura criada pelo pioneiro Berners-Lee. | 2019-03-12 02:00:00 | tec | Tecnologia | https://www1.folha.uol.com.br/tec/2019/03/protocolo-que-deu-a-cara-da-internetworld-wide-web-chega-aos-30-anos.shtml |
Folha tira dúvidas sobre a declaração do IR | A Folha e a Sage Brasil começam nesta terça-feira (12) a tirar as dúvidas sobre o preenchimento da declaração do Imposto de Renda 2019 referente ao ano- calendário 2018.Entre as principais novidades deste ano, estão a obrigatoriedade de declaração do CPF de dependentes de qualquer idade e a possibilidade de saber se o formulário enviado foi retido em malha fina em cerca de 24 horas e, posteriormente, corrigi-lo.As respostas serão publicadas até 30 de abril, quando termina o prazo para enviar o formulário para a Receita Federal.Vale lembrar que o contribuinte que não respeitar o prazo estará sujeito a multa de 1% por mês de atraso.Clique aqui para acessar o especial com mais de 100 perguntas e respostas para quem ainda está com dúvidas sobre como informar o Imposto de Renda. O leitor pode consultar as questões por tema ou por palavra-chave. 1) Sou autônomo e MEI (microempreendedor individual). Preciso fazer a declaração do IR? Qual é a forma correta? (A. Z.)Se houver enquadramento em alguma das situações de obrigatoriedade, a resposta é sim (leia abaixo). Para declarar, use as fichas "Rendimentos Recebidos" de Pessoa Jurídica e/ou de Pessoa Física/Exterior para informar os valores recebidos como autônomo.Para os valores recebidos como MEI, se tiver recebido lucros, informe na ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis", na linha "13 - Rendimento de sócio ou titular de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, exceto pró-labore, aluguéis e serviços prestados"; caso tenha recebido pró-labore, informe na ficha "Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica".2) Minha filha é dependente do meu marido, mas o plano de saúde e gastos em clínicas dela estão em meu nome. Ele pode declarar no IR dele? (K.H.)Por serem gastos relativos à entidade familiar, sim. Para isso, é preciso usar a ficha "Pagamentos Efetuados".3) Recebi em 2018 valor referente à perda de poupança no Plano Collor. Como declaro esse valor no IR? (J. D.)Esse valor deve ser declarado na ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis", na linha "26 - Outros". Informe beneficiário, CNPJ e nome da fonte pagadora, descrição do rendimento e valor recebido, menos os honorários pagos aos advogados. Esses últimos valores devem ser informados na ficha "Pagamentos Efetuados", na linha "60 - Advogados (honorários relativos a ações judiciais, exceto trabalhistas)".4) Tinha uma casa com minha ex-mulher, sendo 50% pertencentes a cada um. Em 2018, comprei a metade por um valor que ela usou integralmente na aquisição de outro imóvel. Como faço para declarar? (C. G.)A outra metade adquirida deve constar da sua declaração, na ficha "Bens e Direitos", no mesmo item da casa já reconhecida, na linha "12 - Casa" com o uso do campo "Discriminação", detalhando aquisição da outra parte do imóvel, data e forma de aquisição, valor e dados da alienante. Em "Situação em 31/12/2018", acrescente o valor pago.5) Além da pensão alimentícia descontada em contracheque, pago previdência privada para minha ex-mulher como determinação judicial. Como declarar? (O. J.)Valores correspondentes ao pagamento de previdência privada por determinação judicial devem ser informados na ficha "Pagamentos Efetuados", na linha "99 - Outros", informando CPF e nome do beneficiário, bem como o valor pago durante o ano.6) Na declaração, devo considerar o valor bruto ou líquido dos meus salários recebidos em 2018? (S.R.)Os rendimentos decorrentes de trabalho assalariado devem constar na sua declaração conforme o comprovante de rendimentos fornecido pela fonte pagadora, ou seja, deve constar o valor bruto.7) Minha filha não declara o Imposto de Renda há três anos por não ter tido nenhum rendimento. No ano passado, quando voltou a trabalhar como psicóloga, algumas pacientes solicitaram recibo. Ela não pagou o carnê-leão, e os rendimentos ficaram abaixo de R$ 28 mil. Como proceder na declaração deste ano em relação ao número da declaração do ano interior? Como proceder em relação ao carnê-leão dos meses em que ela teve rendimentos? (R.F.)Nesse caso, em que não houve obrigatoriedade de entregar a declaração anterior, o campo "Nº do recibo da última declaração entregue do exercício de 2018" deve ser deixado em branco. Informe os rendimentos recebidos na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física/Exterior". Só há obrigatoriedade de recolhimento do carnê-leão se a base de cálculo mensal for superior a R$ 1.903,98.8) No ano passado, tive gastos com plano de saúde e creche da minha filha. Como devo declarar esses valores? (C.S.)Os gastos com plano de saúde devem ser informados na ficha "Pagamentos Efetuados", na linha "26" “Planos de saúde no Brasil", informando CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), nome da operadora do plano, valor pago e parcela não dedutível/valor reembolsado, se houver. O valor pago relativo a creche deve ser informado na ficha "Pagamentos Efetuados", na linha "01" “Instrução no Brasil".9) Vendi quatro hectares de terreno rural adquirido por meio de usucapião para os irmãos herdeiros por R$ 100 mil, tendo assinado escritura em setembro de 2018. Em dezembro, comprei uma casa na área urbana por R$ 200 mil, já passada a escritura em dezembro. Ficarei isento de declarar esses valores? (M.O.)A isenção do imposto sobre o ganho de capital, quando da aquisição de um ou mais imóveis residenciais no prazo de 180 dias a contar da celebração do contrato, não se aplica à venda de terrenos. Assim, deve ser apura- do o ganho de capital por meio do programa Ganhos Capital "“ GCAP e ser recolhido o imposto.10) Como e onde declarar atrasados recebidos do INSS, referente a pensão por morte do meu companheiro? O período é de 8 de outubro de 2014 até abril de 2018. (S.M.)Informe na ficha "Rendimen- tos Recebidos Acumuladamente", com a opção pela tributação: "Ajuste Anual" ou "Exclusiva na fonte", com o CNPJ e nome da fonte pa- gadora, o valor recebido, contribuição previdenciá- ria (se houver), imposto re- tido, mês do recebimento e número de meses. Em qualquer um dos casos, deve ser informado o valor lí- quido do que foi pago ao advogado, que deverá constar na ficha "Pagamentos Efetuados".11) Pago o plano de saúde da minha mulher. Posso declarar no meu IR? Se eu conseguir um extrato de 2018 em meu nome, pela operadora do plano, poderei deduzir? (V.M.)Você pode informar na sua declaração desde que ela conste como sua dependente. Nessa caso, utilize a ficha "Pagamentos Efetuados" linha "26 - Planos de saúde no Brasil", indicando que é relativo ao dependente.12) Até 2018, meu filho era meu dependente no IR. Em minha declaração, constava da relação de bens e direitos: um carro, uma caderneta e uma conta-corrente, todos os itens com nome e CPF dele. Neste ano, irei tirá-lo da minha declaração, pois ele já não mais será meu dependente. Como proceder? Posso declarar os itens mencionados como doação, apesar de já estarem no nome dele? (J.R.)Na sua declaração, na ficha "Bens e Direitos", baixe cada um dos bens informados, de titularidade do seu filho, informando no campo "Discriminação" que eles passaram a constar na declaração do proprietário e zere o campo "Situação em 31/12/2018 (R$)". Seu filho deve relacionar os bens e os direitos e preencher o campo "Situação em 31/12/2017 (R$)" e "Situação em 31/12/2018 (R$)".13) Estou desempregado e sou dependente de minha mulher na declaração do IR desde 2016. Em 2018, recebi R$ 90 mil referentes a uma ação trabalhista. Devo declarar unicamente esse valor, sendo que não tive nenhum outro tipo de rendimento? Caso sim, deixaria de ser dependente de minha mulher? (A.G.)O fato de ter recebido os valores decorrentes de ação trabalhista não exclui a possibilidade de ser dependente. Sendo rendimento acumulado, preencha a ficha "Rendimentos Recebidos Acumuladamente". Separe se tiver rendimentos isentos e utilize a ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis". Informe o valor pago ao advogado na ficha "Pagamentos Efetuados".14) No ano passado, meu veículo foi roubado e recebi o valor do seguro. Meses depois, comprei um automóvel novo e o coloquei no nome do meu marido. No entanto, ele não declara IR há dois anos, pois está desempregado. Como devo fazer nesse caso? (R.L.)Sendo um bem comum ao casal, independentemente da titularidade, informe a aquisição do carro na sua declaração, na ficha "Bens e Direitos". Na mesma ficha do antigo veículo, relate no campo a discriminação da baixa e não preencha a coluna "Situação em 31/12/2018". Na ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis", linha 3, informe (se for o caso) a diferença positiva entre o valor do bem roubado e da indenização recebida.15) Fundos de investimento em ações se enquadram como investimentos em Bolsas de Valores, tornando, assim, obrigatória sua declaração? (D.C.)Os fundos de investimento em ações são uma das alternativas para investir na Bolsa de Valores sem que haja a aquisição direta das ações de empresas. Devem ser informados na ficha "Bens e Direitos" na linha "74 - Fundo de ações, fundos mútuos de privatização, fundos de investimento em empresas emergentes, fundos de investimento em participação e fundos de investimentos de índice de mercado", desde que o saldo em 31/12/2018 seja maior que R$ 140,00.16) Tenho uma empresa, por meio da qual contratei plano de saúde empresarial para mim e minha filha --dependente. Os boletos chegam no nome da empresa, mas os pagos como pessoa física integralmente (minha participação é 100%, e a da empresa, zero). Por isso, gostaria de lançar esses valores na minha declaração. É possível? (L.N.)Os gastos são referentes a pessoa jurídica. Esses valores pagos, ainda que comprovados por documentação, se informados na declaração, poderão incorrer em malha fiscal, já que o plano é empresarial.17) Fui demitido em 2018, e a empresa ainda não pagou as verbas rescisórias e a multa do FGTS. No Informe de Rendimentos aparecem discriminados os valores citados não recebidos. Preciso declará-los? (M.G.)Os valores que não foram recebidos devem ser informados na ficha "Bens e Direitos", na linha "99 - Outros bens e direitos", no campo "Discriminação", com o detalhamento dos rendimentos. Esses valores só serão informados nas fichas específicas "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica", "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis" e "Rendimentos Sujeitos a Tributação Exclusiva/Definitiva" quando forem efetivamente pagos. Contate a empresa para que seja feita a correção do Informe de Rendimentos.18) Perdi os dados do meu computador e não tenho o backup da declaração do ano passado. Não me lembro do valor do meu apartamento e nem o do meu carro, ambos os bens declarados. Posso deixar em branco esses valores no campo "Situação em 31/12/2018"? Escrevo um valor aproximado? Isso me causaria algum problema? (V.R.)Esses dados podem ser obtidos via documentos de aquisição dos bens. Caso tenha certificado digital, acesse o e-CAC para obter uma cópia da declaração. Caso contrário, solicite cópia no Centro de Atendimento Presencial da Receita. É vedado colocar o valor irreal dos bens na declaração.19) Adquiri, em 2018, apartamento na planta. Ainda pago as parcelas, mas o imóvel não foi entregue. Por isso, ele não tem inscrição de IPTU nem está registrado no cartório. Como declarar? (L.F.)Na ficha "Bens e Direitos", linha "11 "“ Apartamento", informe localização e data de aquisição. No campo "Discriminação", informe bem, data, valor de aquisição e dados do financiamento. Informe ainda nos campos próprios: endereço, área total do imóvel e unidade e indique que não está registrado no Cartório de Registro de Imóveis. No campo "Situação em 31/12/2017 (R$)", informe o valor até essa data e, em "Situação em 31/12/2018 (R$)", o valor declarado em 2017 acrescido das parcelas pagas em 2018.20) Como declarar os rendimentos obtidos via venda direta de produtos? Na venda direta, o fabricante vende o produto diretamente para pessoa física, que revende para outra pessoa física e com valor maior, com lucro. (F.P.)Havendo habitualidade na venda direta de produtos para terceiros com o fim especulativo de lucro, a pessoa física equipara-se à pessoa jurídica. Os rendimentos podem ser pró-labore ou lucro, que deverão ser informados, respectivamente, na ficha de "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica" e na de "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis".21) Como declarar herança recebida do exterior de um estrangeiro e que não tem CPF? (R.L.A.) Na ficha "Rendimentos Isentos e Não tributáveis", utilize a linha "26 "“ Outros", indicando o nome da fonte pagadora, a descrição e o valor.22) Tenho um terreno já declarado desde 2015. Em 2018, perfurei um poço artesiano nele. Posso alterar o valor do terreno na declaração do IR deste ano por causa do poço construído? (D.O.) Na ficha "Bens e Direitos", na linha "13 " “Terreno", mesma linha do terreno já reconhecido, informe no campo "Discriminação" a descrição da benfeitoria, bem como o valor. No campo "Situação em 31/12/2018 (R$)", informe o valor da benfeitoria somado ao valor do terreno.23) Meu filho foi meu dependente até agosto. Como devemos fazer as nossas declarações? A relação de dependência pode ser considerada por todo o ano-calendário. Logo, seu filho pode constar como seu dependente na DIRPF 2019 com a dedução pelo valor total, observando que os rendimentos e as despesas dele devem ser informados pelo valor correspondente ao período de dependência. 24) Como faço para declarar os valores pagos em 2018 referentes a meu plano de saúde que estava em litígio? Como declaro os valores pagos para dedução em despesas médicas? (P.V.)Esses valores devem constar na ficha "Bens e Direitos", na linha "99 - Outros bens e direitos", descrevendo no campo "Discriminação" a situação do litígio. Tais valores apenas poderão ser usados para dedução com despesa médica a partir do ano em que o litígio for decidido e os pagamentos forem considerados.25) Tenho carteira assinada, mas faço com bicos. Como faço para declarar esses "extras" sem recibos? Além disso, realizo transferências de salário entre contas de mesma titularidade. É necessário declarar as duas? (R.C.) Se esses valores foram recebidos de pessoa jurídica, devem ser informados em "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica". Se foram pagos por pessoa física, devem ser informados na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física/Exterior", em "Rendimentos do Trabalho Não Assalariado" com a importação dos dados do programa Carnê-Leão. É necessário declarar as duas contas na ficha "Bens e Direitos", na linha correspondente, "41 - Caderneta de poupança" e/ou "61 - Depósito bancário em conta corrente no país", se o saldo em 31/12/2018 for maior que R$ 140,00.26) No informe entregue pela empresa deve constar o que ela paga ao funcionário a título de reembolso-creche? Se não constar, o trabalhador pode declarar a despesa paga e não lançar o que recebeu pela empresa? (U.A.)As verbas pagas pelo empregador ao empregado a título de reembolso-creche --desde que não seja ultrapassado o limite de cinco anos de idade do(s) filho(s)-- devem constar do Informe de Rendimentos como "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis". Caso não atenda o requisito da idade, devem ser lançadas na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica". Essa despesa poderá ser informada na ficha "Pagamentos Efetuados".27) Iniciei em 2018 o processo de aquisição de um imóvel financiado pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação). Parte do sinal foi dada em dezembro para o vendedor e para a imobiliária. O financiamento, no entanto, só foi liberado em janeiro de 2019, sendo o restante do sinal pago ao vendedor em janeiro também. Como declarar? (P.F.F.)Na ficha "Bens e Direitos", na linha correspondente ao imóvel "11 "“ Apartamento" ou "12 "“ Casa", informe localização e data de aquisição. No campo "Discriminação", informe o bem, a data e o valor de aquisição e dados do financiamento. Informe ainda nos campos próprios: o endereço, a área total do imóvel, unidade e indique que não está registrado no Cartório de Registro de Imóveis. Deixe em branco o campo "Situação em 31/12/2017 (R$)" e, no campo "Situação em 31/12/2018 (R$)", informe a parte do sinal paga para o vendedor e para a imobiliária até 31/12/2018. Informe o valor da comissão paga na ficha "Pagamentos Efetuados", item "72 "“ Corretor de imóveis", indicando o CPF/CNPJ do corretor, o nome e o valor pago.28) Declaro meu filho como dependente desde que nasceu. Por causa do eSocial da empresa da mãe, no entanto, desde 2018 ele consta também como dependente dela no IR. Como preencher a declaração? (C.S.)Só um dos dois poderá indicar o filho como dependente. Informar o mesmo dependente em duas declarações para pagar menos imposto configura fraude.29) Em 2018, fiz acordo com minhas meias-irmãs para receber uma quantia "de herança" após a morte do nosso pai. Recebi R$ 50 mil via depósito bancário e agora não sei como declarar. Como proceder? (E.A.)Declare na ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis", na linha "14 "“ Transferências patrimoniais "“ doações e heranças", com base em documento que comprove a doação ou a partilha da herança.30) Meu marido e eu sempre declaramos separadamente. Com a dedução da parcela não tributável da aposentadoria dele, seus rendimentos ficaram abaixo no mínimo exigido, de R$ 28.559,70. Tenho lançado em minha declaração nossa casa e um carro que ele tinha antes de ser dispensado. Em 2018, ele adquiriu outro carro. Como declarar? (L. D.)Como bem comum ao casal, informe a aquisição do carro na sua declaração, na ficha "Bens e Direitos". No seu caso, é possível declarar seu marido como dependente ou não, fica a seu critério. Caso o faça, é preciso informar todos os rendimentos dele.31) Minha mãe é minha dependente no plano de saúde que recebo da empresa, mas não é minha dependente na declaração do Imposto de Renda. Como devo preencher o formulário? (P.P.B.V.) Na sua declaração, na ficha “Pagamentos Efetuados”, na linha “26 - Planos de saúde no Brasil”, informe apenas os valores correspondentes à sua parte no plano de saúde. Sua mãe pode informar a proporção correspondente a ela na própria declaração, também na ficha “Pagamentos Efetuados”. 32) Minha mulher recebeu, em 2017, uma casa de herança de sua mãe. No ano passado, não declarou o bem. Como fazer agora? (C.F.)Retifique a declaração de 2018 (ano-calendário 2017) para fazer constar o imóvel na ficha “Bens e Direitos”. Informe o valor da herança na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.33) Paguei, em 2018, contribuições mensais ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) como contribuinte individual. Porém, não tive rendimentos tributáveis como autônomo e/ou empregador. Como e onde devo declarar esses pagamentos? (P.R.)O INSS pago mensalmente como contribuinte individual deve ser informado na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física/Exterior”, na coluna “Previdência Oficial”. 34) Meu filho trabalhou no Brasil até agosto do ano passado e tem imposto a ser declarado. Em setembro, se mudou para a Dinamarca, onde recebe uma quantia de bolsa-auxílio da universidade de lá. Ele precisa declarar ambos os rendimentos recebidos em 2018? Caso precise, como fazer? (M.R.) Se a mudança de país foi definitiva, ele deve apresentar a Declaração de Saída Definitiva até o momento da saída, com os rendimentos e os demais dados informados até essa data. Contudo, se a saída não foi definitiva, ele deve apresentar a DIRPF 2019 e informar ambos os rendimentos recebidos em 2018. Os rendimentos do Brasil devem ser informados na ficha “Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica”, e os rendimentos do exterior devem ser informados na ficha “Rendimentos Recebidos de Pessoa Física/Exterior”. 35) Pago pensão alimentícia para meus dois filhos. O total anual é de R$ 32 mil, sendo R$ 16 mil para cada um. Essa quantia é depositada na conta da minha ex-mulher, mãe deles. Ela pode deixar de fazer a declaração de Imposto de Renda das crianças ou deixar de colocá-los como dependentes, na declaração dela, com o pressuposto de que, individualmente para cada filho, o valor está abaixo do mínimo exigido? (C.R.O.) Seus filhos apenas estariam obrigados a apresentar a DIRPF 2019 se o rendimento de cada um deles fosse igual ou superior a R$ 28.559,70 em 2018. Ela pode optar por não colocá-los como dependentes. Caso os coloque, deverá informar os rendimentos de cada um.36) Posso incluir minha mãe como dependente na minha declaração? Ela vive comigo, não é aposentada e não tem fonte de renda. Logo, todas as despesas são assumidas por mim. Caso seja possível e eu venha a morrer, ela consegue entrar com pedido de pensão por morte?Sua mãe pode ser sua dependente desde que, em 2018, não tenha recebido rendimentos —tributáveis ou não— superiores a R$ 22.847,66. A concessão da pensão por morte deve seguir os critérios da Previdência Social.37) Tenho uma filha dependente cursando faculdade. Entre janeiro e junho de 2018, fiz os pagamentos da mensalidade diretamente à instituição, a qual me mandou o demonstrativo de pagamento para lançamento no IR (R$ 18 mil). A partir de julho, foi aprovado crédito na Fundacred no percentual de 50%, ou seja, passei a pagar R$ 1.500,00 para a fundação, que repassa R$ 3.000,00 para a faculdade. Como faço para declarar esses valores, incluindo a “dívida” com a instituição de crédito? Na ficha “Pagamentos Efetuados”, na linha “01 - Instrução no Brasil”, informe todo o valor pago à faculdade relativo às mensalidades, mesmo que parte do pagamento seja com o crédito da Fundacred. Se houver garantia de pagamento, não inclua a dívida na ficha “Dívidas e Ônus Reais”.38) Recebi, em 2018, o valor de R$ 50 mil referente ao acúmulo de aluguéis de um espólio administrado pela inventariante. Trata-se de um valor sobre o qual já foi pago Imposto de Renda ao longo do ano. Devo pagar imposto novamente? Considerando que houve partilha judicial, escritura pública ou autorização judicial que determinou que esse valor deveria ser destinado a você, o montante recebido deve ser informado na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, na linha “14 - Transferências patrimoniais – doações e heranças”. O imposto sobre o aluguel é devido pelo espólio.39) Pago aluguel residencial, mas o contrato está no nome do meu filho. Estou com o recibo do valor pago em 2018, que totalizou R$ 14.732,36 --em média, R$ 1.200,00 ao mês. Como os comprovantes estão no nome dele, como declarar? (M.C.F.S.)Esses valores deverão ser declarados por seu filho na ficha "Pagamentos Efetuados". Você informa como doação para ele na ficha "Doações Efetuadas".40) Meu marido é estrangeiro e ainda não obteve visto definitivo no Brasil. Como devo informar minha situação conjugal, uma vez que ele não tem CPF e o sistema exige o preenchimento desse documento do cônjuge? (E.N.)Informe que "Possui cônjuge ou companheiro(a)" e deixe o campo "CPF do cônjuge ou companheiro(a)" em branco.41) Comprei um carro em 2012, mas nunca o declarei. Como faço? (J.L.)Retifique as declarações dos últimos cinco anos e informe o veículo na ficha "Bens e Direitos".42) Em 2018, meus rendimentos tributáveis ficaram abaixo de R$ 28.559,70 e, portanto, estou desobrigado a declarar. Preciso justificar esse valores à Receita, ou seja, comprovar que estou abaixo do mínimo exigido? (R.M.)A Receita não exige e não disponibiliza nenhuma forma de comprovação para fins de dispensa de apresentação da declaração do IR. 43) Sempre declarei minha casa como construção, porque não estava concluída e nem documentada. Agora, finalizada, devo declarar como "Casa"? (A.S.)Na Ficha "Bens e Direitos", no item "Construção", indique no campo "Discriminação" que a obra foi concluída. Informe o valor total e zere o campo "Situação em 31/12/2018 (R$)". Abra uma nova ficha utilizando a linha "12 "“ Casa", informando a localização, inscrição no IPTU e data de aquisição. No campo "Discriminação", informe o bem, a data e o valor de aquisição, bem como a construção realizada. No campo "Situação em 31/12/2017 (R$)", informe o valor até a data, considerando os gastos com a construção. No campo "Situação em 31/12/2018 (R$)", informe o valor declarado em 2017 acrescido dos gastos finais em 2018. Os gastos com a construção devem ser comprovados por meio de documentação confiável.44) Vendi um imóvel em dezembro de 2018 e recebi 1/4 do valor de venda como sinal. O restante ainda não foi recebido, pois o financiamento do comprador está em andamento. Como declarar? (S.M.)Na ficha "Bens e Direitos", baixe o imóvel, indicando no campo "Discriminação" os detalhes sobre a venda --inclusive o financiamento. Informe também o valor da entrada recebida. No campo "Situação em 31/12/2017 (R$)", informe o valor constante em 31/12/2017 e zere o campo "Situação em 31/12/2018 (R$)". Abra uma nova ficha "Bens e Direitos", na linha "52 - Crédito decorrente de alienação", informando a localização e CPF do comprador do imóvel. No campo "Discriminação", informe o valor a receber. Deixe o campo "Situação em 31/12/2017 (R$)" em branco e informe o valor a receber no campo "Situação em 31/12/2018 (R$)". Preencha e importe o Demonstrativo do Ganho de Capital (GCAP) para sua declaração de ajuste anual. O imposto sobre o ganho relativo ao sinal recebido deve ser recolhido até o último dia útil do mês seguinte ao recebimento.45) Anos atrás, fiz uma aplicação em ações da Vale utilizando recursos do FGTS. A conta do fundo à qual a aplicação estava vinculada foi extinta. Pude sacá-la quando da falência da empresa na qual trabalhava, em 2012, mas mantive a aplicação, resgatando-a somente em 2018. Como declaro esse resgate? O valor resgatado não retornou para a conta do FGTS, foi depositado na minha conta-corrente. (E.C S.)O resgate das ações deve ser declarado na ficha "Renda Variável", subficha "Operações Comuns/Day Trade", no mês em que houve o resgate com o respectivo ganho e o imposto pago sobre ele.46) Meu filho me emprestou um valor sem cobrar juros. Onde devemos lançar esse valor nas nossas declarações? (D.L.)Na sua declaração, desde que o saldo da dívida em 31/12/2018 seja superior a R$ 5.000, preencha a ficha "Dívidas e Ônus Reais", na linha "14 - Pessoas físicas", informando os detalhes no campo "Discriminação". Deixe em branco o campo "Situação em 31/12/2017 (R$)" e informe o saldo da dívida no campo "Situação em 31/12/2018 (R$)".Na declaração do seu filho, na ficha "Bens e Direitos", na linha "51 - Crédito decorrente de empréstimo", ele deve indicar a localização e o CPF de quem recebeu o empréstimo, ou seja, você. No campo "Discriminação", ele deve informar o valor do empréstimo, as datas e os valores recebidos para quitação, ainda que o empréstimo tenha sido concedido e integralmente recebido em 2018. Não preencher o campo "Situação em 31/12/2017 (R$)" e informar o saldo existente em 31/12/2018 no campo "Situação em 31/12/2018 (R$)". 47) Declaro minha mãe como dependente, pois ela não tem rendimentos. Em 2018, ela precisou fazer alguns procedimentos médicos. No entanto, algumas notas fiscais saíram no nome dela e outras no nome de minhas duas irmãs. Posso colocar essas despesas na minha declaração, mesmo não estando em meu nome, uma vez que eu realizei os pagamentos? (M.S.) Na sua declaração apenas podem ser informadas as despesas médicas que constam no nome da sua mãe, pelo fato de ela ser sua dependente. As despesas que constam em nome das suas irmãs, mesmo que em prol da sua mãe, não podem ser informadas na sua declaração. 48) Ao fazer a declaração do IR de 2018 (ano-base 2017), o programa da Receita migrou os dados do ano anterior. Como não chequei, minha atividade de trabalho permaneceu como a do programa do IR de 2017 (ano-base 2016). A alteração é que, entre um ano e outro, me aposentei. Há necessidade de retificar, apesar de eu ter mencionado como fonte pagadora o INSS? Sim. Retifique a declaração.49) Meu filho se mudou com a família para o exterior no início do ano. Fiquei responsável por sua declaração. A filha dele consta como sua dependente, é menor e não tem CPF. Como fazer? (A.D.) Para a DIRPF 2019, é obrigatório que todo dependente possua CPF, independentemente da idade. Como sua neta não possui o cadastro, não deve ser indicada como dependente. Caso deseje fazê-lo, providencie o documento.50) Recebi, em 2018, valor em espécie correspondente a herança. Essa quantia foi recebida antes do início do inventário e nunca havia sido informada nas declarações do morto. Devo colocar essa informação, mesmo os valores não constando da declaração do espólio? Poderia retificar as últimas cinco declarações do morto e incluir esses valores não declarados, uma vez que esse dinheiro existe há mais de 20 anos? (F.S.) Como é herança, esse valor deve ser informado na declaração do espólio, bem como na sua declaração, na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, linha 14. Verifique sobre a regularização do inventário.51) Recebi pensão alimentícia em 2018 e não sabia que deveria recolher o imposto mensal via carnê-leão. Gerei todos os Darfs [Documento de Arrecadação de Receitas Federais] com as multas para os 12 meses, com vencimento em março de 2019. Como devo informar na minha declaração (ano-base 2018), se vou recolher o imposto só em 2019? (M.S.)Os valores do carnê-leão relativos aos recebimentos de 2018, mesmo que recolhidos em atraso, devem ser informados na DIRPF 2019 na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física/Exterior”, subficha “Outras Informações”, coluna “carnê-leão”. Informe o valor do imposto principal pago. 52) Sou inventariante do meu filho, que morreu em abril de 2018, após entrega da declaração de ano-base 2017. O inventário foi aberto em maio do ano passado e ainda não foi concluído. Tenho os comprovantes dele, como rendimentos, plano de saúde e saldos bancários. Como devo fazer a declaração de ano-base 2018? (F.J.F.)Deve ser entregue a DIRPF 2019 normal, que corresponde à inicial de espólio, pelo fato de o inventário ainda não estar concluído. Na ficha "Espólio", identifique o inventariante com o CPF, nome e endereço. 53) Ganhei uma ação, e a empresa está me pagando de forma parcelada. Pedi o Informe de Rendimentos para poder declarar os valores que já recebi, mas a empresa me enviou apenas uma planilha com o IRPF mês a mês, sem os valores da ação efetivamente pagos. Como declarar? (A.S.)Contate a empresa para que ela forneça o comprovante com as informações completas. Se forem rendimentos recebidos acumuladamente, preencha uma ficha "Rendimentos Recebidos Acumuladamente" para cada mês de recebimento, indicando a opção "Ajuste Anual" ou "Exclusiva na Fonte". Informe os dados solicitados. Se houver rendimentos isentos, estes devem ser segregados e informados na ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis", na linha correspondente. Caso não sejam rendimentos recebidos acumuladamente, informe todo o valor recebido em 2018 na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica".54) Em 2018, comprei um apartamento financiado, em cujo contrato de compra e venda constam como compradores eu, minha mulher e meu filho. Valor da entrada, custos com ITBI e corretagem foram pagos por mim. Já as prestações estão sendo pagas por ele. Como declarar? (E.F.)Em relação à parte que pertence a você e à sua mulher, considerando ser um bem comum, deve ser feito um único registro na declaração de um dos cônjuges, na ficha "Bens e Direitos", linha "11 "“ Apartamento", indicando a localização e data de aquisição. No campo "Discriminação", informe o bem, o valor de aquisição, os dados do financiamento e a proporção que lhes cabe. Deixe em branco o campo "Situação em 31/12/2017 (R$)" e informe no campo "Situação em 31/12/2018 (R$) a soma dos valores decorrentes da entrada, custos com ITBI e corretagem pagos até 31/12/2018. Seu filho deve declarar a parte dele no bem, na ficha "Bens e Direitos".55) Entreguei minha declaração deste ano e já caí na malha, pois alguns prestadores de serviço (médicos, dentistas e psicólogos) não declararam os valores que paguei. Tenho todos os comprovantes. O que faço agora? (L.K.H.Z.)Contate os prestadores de serviço e comunique-os de que informou os pagamentos realizados. Persistindo a notificação da malha fiscal, agende atendimento para entrega da documentação comprobatória das informações declaradas.56) No ano passado, meu pai foi demitido, e os valores recebidos (rescisão e FGTS) foram depositados por ele na minha conta poupança. Devo declarar imposto? (P.S.X.) Desde que esteja obrigado a apresentar a DIRPF 2019, esses valores devem ser informados como doação na sua declaração, utilizando a ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, linha “14 - Transferências patrimoniais – doações e heranças”.57) Minha filha faz doutorado em Lisboa. É possível abater o dinheiro pago no curso no exterior do meu IR? (S.B.L.C.) As despesas de instrução no exterior podem ser deduzidas desde que sua filha se enquadre como sua dependente. Se for o caso, preencha a ficha “Pagamentos Efetuados”, na linha “02 - Instrução no exterior”, indicando que a despesa é da dependente e acrescentando os seguintes dados: nome da instituição de educação, valor pago em reais e parcela não dedutível/valor reembolsado.Os valores pagos em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares americanos pelo seu valor fixado pela autoridade monetária do país no qual as despesas foram realizadas, na data do pagamento e, em seguida, em reais, mediante utilização do valor do dólar americano fixado para venda pelo Banco Central do Brasil, com base no último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento. O imposto retido na remessa não pode ser tratado como despesa com instrução.58) Em maio de 2018, me mudei de cidade. Na declaração (ano-base 2018), qual dos endereços devo informar? (E.D.) Informe o endereço atual, indicando no campo “Houve Mudança de Endereço?” que ocorreu a alteração de endereço.59) Que valor, do total de notas fiscais emitidas por quem é MEI, posso lançar em “Rendimentos Isentos”? A diferença vai para “Rendimentos Tributáveis”? (E. A. C.) Na ficha “Rendimentos Isentos e Não tributáveis”, na linha “13 - Rendimento de sócio ou titular de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, exceto pró-labore, aluguéis e serviços prestados”, informe os lucros calculados até o limite de 32% da receita de prestação de serviços ou de 8% para a receita de vendas. Caso tenha contabilidade, informe o lucro apurado no balanço em 31/12/2018 na linha “09 - Lucros e dividendos recebidos” dessa ficha.60) Tenho dois recibos de consultas médicas que foram realizadas e pagas em dezembro de 2018 e encaminhados para reembolso pelo convênio médico. Este só efetivou o crédito na minha conta em janeiro de 2019, portanto, esses valores não constam do informe do plano. Como devo lançar na declaração para não ficar em desacordo com os valores lançados pelos médicos na declaração deles? (J.T.G.F.) Essas despesas médicas devem ser informadas na DIRPF 2019, na ficha “Pagamentos Efetuados”, na linha “26 - Planos de saúde no Brasil”. O reembolso deve ser informado na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoas Jurídicas” da declaração correspondente ao ano-calendário de seu recebimento. Ou seja, como o reembolso será recebido em 2019, deverá ser declarado na DIRPF 2020.61) Em janeiro de 2018, fiz empréstimo pessoal no valor de R$ 2.000 com pagamento em três parcelas. No entanto, em 31 de dezembro de 2018 meu saldo em conta-corrente estava negativo em R$ 4.500l. Como devo declarar? (A.P.F.S.)"‚Nesse caso, não inclua a dívida na declaração. Apenas saldos negativos que ultrapassam R$ 5.000 devem ser declarados.62) Minha mãe morreu no ano passado e fui o beneficiário da sua cobertura de óbito. Ela tinha um VGBL [tipo de previdência privada] em regime regressivo. O demonstrativo enviado pela seguradora contém quatro itens: IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) e valores bruto, tributável e líquido. Como devo declarar o benefício recebido e, assim, justificar o aumento do meu patrimônio? (C.R.)"‚Os rendimentos do VGBL devem ser informados na ficha "Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva", indicando o tipo de rendimento "12 "“ Outros", o CNPJ e nome da fonte pagadora, a descrição e o valor líquido do rendimento.63) Minha mulher e eu somos casados em regime de separação total de bens. Compramos um apartamento e o mesmo está financiado em um banco. As prestações serão pagas de forma compartilhada, isto é, 50% para cada um. Como declarar esse imóvel? (R.R.)Cada cônjuge deve informar na sua declaração a parte que lhe cabe.Na ficha "Bens e Direitos" de cada cônjuge deve constar o apartamento na linha "11 "“ Apartamento". No campo "Discriminação", informe o bem, a data e o valor de aquisição, os dados de que o bem foi adquirido em sociedade e o percentual da propriedade do declarante em condomínio, bem como os dados do financiamento.Informe ainda nos campos próprios: o endereço, a área total do imóvel, unidade, e indique se está ou não registrado no Cartório de Registro de Imóveis.Zere o campo "Situação em 31/12/2017 (R$)" e no campo "Situação em 31/12/2018 (R$)" preencha conforme o percentual da propriedade. Não informe dívida.64) Minha mãe tem uma empresa inativa na qual temos um plano de saúde, mas quem paga os boletos sou eu. Além disso, ela é minha dependente na declaração do IR. Posso informar essas despesas na minha declaração? (K.L.)Esses gastos são de pessoa jurídica. Os valores pagos por você, ainda que comprovados por documentação, poderão resultar em malha fiscal caso informados na sua declaração, em decorrência do plano ser empresarial.65) Comprei veículo em 2018 e o vendi no mesmo ano. Devo declará-lo? (M. H. C.)Sim, declare o veículo na ficha "Bens e Direitos", na linha "21 - Veículo Automotor Terrestre: Caminhão, Automóvel, Moto etc.", indicando a localização e o Renavam.No campo "Discriminação", informe o valor do veículo, o nome e o CPF do vendedor, bem como o nome e o CPF/CNPJ do adquirente, as datas e os valores de aquisição e alienação e as condições de financiamento, caso haja.Os campos "Situação em 31/12/2017" e "Situação em 31/12/2018" não devem ser preenchidos. Se a venda foi acima de R$ 35 mil e caso houve lucro, preencha o GCAP e importe as informações para a sua declaração.66) Minha mãe morreu em outubro do ano passado. Vou fazer a declaração normalmente, informando que é início de espólio. O inventário ainda não foi encerrado. Caso a conta-corrente dela seja encerrada, como fazer para receber a restituição? (W.S.)Havendo alvará judicial que permita o recebimento dessa restituição pelo cônjuge ou herdeiros, a restituição poderá ser recebida em uma agência do Banco do Brasil.67) Minha mulher é minha dependente e recebe aposentadoria do exterior que é depositada em um banco do Brasil. Como declarar esse rendimento? Não é retido imposto na fonte. (J.S.)Esse rendimento está sujeito ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) e, na declaração, deve ser informado na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física/Exterior", na aba "Dependentes", subficha "Outras Informações", na coluna "Rendimentos - Exterior".68) Ainda em vida, meus pais fizeram a doação de um imóvel para os três filhos. Anos depois, meus irmãos também morreram e, hoje, o imóvel pertence integralmente a mim. Como devo lançar a data de aquisição do imóvel? (J.G.)Preencha mais de uma ficha "Bens e Direitos" na linha correspondente para o mesmo bem, indicando a data de aquisição para cada parte adquirida. No campo "Data de Aquisição", indique a data correspondente àquela parte. 69) Meu filho menor de idade recebe pensão alimentícia no valor mensal de R$ 2.500 em conta de sua titularidade, que é administrada por mim. Realizei os pagamentos do carnê-leão no ano de 2018, mas não nos anos anteriores, pois não sabia que era preciso. Como ficam os outros anos? Preciso retificar? Em relação aos recolhimentos do carnê-leão dos anos anteriores, realize o cálculo de recolhimento com os devidos acréscimos legais e retifique as declarações correspondentes para informar os valores. Na DIRPF (Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física) 2019, informe os rendimentos de pensão.70) Em 2018, não informei na minha declaração um empréstimo consignado em folha de pagamento. Para a declaração deste ano, devo informar este empréstimo, contraído em 2017? (E.I.R.)Retifique a declaração de 2018 (ano-base 2017) para informar o empréstimo na ficha "Dívidas e Ônus Reais", na linha "11 - Estabelecimento Bancário Comercial", desde que o saldo dessa dívida tenha sido superior a R$ 5.000 em 31 de dezembro de 2017. Na DIRPF 2019, informe o saldo dessa dívida se, em 31 de dezembro de 2018, o passivo também tiver sido superior a R$ 5.000.71) Me divorciei em 2018. No mesmo ano, paguei plano de saúde para a minha ex-mulher e os valores constam do informe de rendimentos entregue pela empresa que trabalho. Como declarar esses valores? (F.N.)Por se tratar de ex-cônjuge, esses valores não podem ser declarados por você na ficha "Pagamentos Efetuados".72) Onde devo declarar rendimentos pagos pelos fundos imobiliários? (A.P.M.)A informação na declaração deve estar de acordo com o informe de rendimentos fornecidos pela instituição. Assim, se os rendimentos forem isentos (por serem originários de fundos de investimento imobiliário cujas cotas sejam admitidas à negociação exclusivamente em Bolsas de Valores ou no mercado de balcão organizado), devem ser lançados na ficha "Rendimentos Isentos e Não tributáveis", na linha "26 "“ Outros". Caso não sejam isentos, os rendimentos devem ser informados na ficha "Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva", na linha "06 - Rendimentos de aplicações financeiras".73) Esqueci de declarar uma despesa médica em 2018, realizada em 2017. Posso fazê-lo em 2019? E para efeito de dedução? (E.M.)Não. As despesas médicas devem ser declaradas no ano em que foram pagas. Assim, retifique a DIRPF 2018 para informar a referida despesa na ficha "Pagamentos Efetuados". A despesa será dedutível nessa declaração relativa ao ano de 2017.74) Recebi uma quantia referente a um processo da empresa em que trabalhava. Como declaro esse valor? (E.C.G.)As informações na declaração devem constar conforme do comprovante de rendimentos fornecido pela empresa ou o extrato fornecido pelo advogado da ação. Utilize a ficha "Rendimentos Recebidos Acumuladamente", indicando a opção pela forma de tributação como "Ajuste Anual" ou "Exclusivo na Fonte" e informe os dados solicitados. O valor pago ao advogado da ação deve ser informado na ficha "Pagamentos Efetuados", na linha "61 - Advogados (honorários relativos a ações judiciais trabalhistas)". Caso haja rendimentos isentos, informe-os na ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis" na linha correspondente.75) Sou proprietário de imóveis em comunhão de bens com minha mulher. Auferimos renda de aluguel com esses imóveis, em contratos de locação que estão firmados em meu nome. Posso lançar esse rendimento auferido na declaração da minha mulher? (A.L.)Sim. Você pode lançar o total dos rendimentos de aluguel produzidos pelos bens comuns na declaração da sua mulher, compensando o imposto pago ou retido na fonte, independentemente da retenção ter ocorrido no seu nome.76) Meu pai completou 65 anos no início de março. Ele tem direito à isenção de declaração do IR? (S.C.)A DIRPF 2019 deve ser apresentada, independentemente da idade, desde que se enquadre em alguma das condições de obrigatoriedade, como ter recebido em 2018 rendimentos tributáveis, sujeitos a ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70.7777) Faltando poucos anos para me aposentar, perdi o emprego. Continuei como autônomo por um ano, pagando 20% do salário mínimo para a Previdência todos os meses. Posso declarar o desconto desses pagamentos, feitos no ano passado, do meu Imposto de Renda deste ano? (S.K.)Os pagamentos relativos à Previdência Social podem ser informados na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física/Exterior”, na aba “Outras Informações”, no item “Deduções”, na coluna “Previdência Oficial”.78) Minha mulher fez uma remessa de valor em julho de 2018 via ordem de pagamento internacional para pagamento de honorários de advogados contratados para obter cidadania italiana. No ato da remessa, foi cobrado valor com código da receita 0422. Esse valor é dedutível do Imposto de Renda? (W.J.)O valor de Imposto de Renda pago na remessa para o exterior não é dedutível da declaração. Esse imposto pode ser aproveitado apenas pelo beneficiário do rendimento. Ou seja, o residente no exterior que prestou o serviço para a pessoa física aqui no Brasil.79) No demonstrativo do meu extrato de despesas médicas emitido pela empresa, constam dois filhos que não são mais meus dependentes. No entanto, meus filhos reembolsaram-me os respectivos valores que constam no extrato. Assim sendo, eles podem indicar nas suas declarações estes gastos? (C. B.)Sim, seus filhos podem informar a parte que lhes cabe no plano de saúde, conforme o comprovante de rendimentos fornecido pela empresa, por fazerem parte da mesma entidade familiar.80) Como devem ser lançados os bens e direitos de uma herança na declaração dos herdeiros? (A.H.)Na ficha “Bens e Direitos”, na linha correspondente ao bem, informe os dados solicitados. No campo “Discriminação”, deve constar que o bem foi recebido por meio de herança, informando os dados do formal de partilha. Deixe o campo “Situação em 31/12/2017 (R$)” em branco e no campo “Situação em 31/12/2018” informe o valor conforme foi transferido pelo espólio para o herdeiro. Preencha ainda a ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, informando na linha “14 - Transferências patrimoniais – doações e heranças” o tipo de beneficiário e os dados solicitados. Os bens e direitos devem ser informados conforme a transferência feita na Declaração Final de Espólio, ou seja, o valor declarado pelo espólio ou o valor de mercado, conforme a opção dos herdeiros.81) Como declarar um plano de contribuição em que a empresa e o empregado participam cada um com a mesma porcentagem do salário? Esse plano, no momento, só tem as contribuições, ainda não houve nenhum recebimento por parte do empregado. (S.B.) Informe os valores pagos pelo empregado na ficha “Pagamentos Efetuados”, na linha “36 - Previdência Complementar”. Os valores pagos pela empresa não são informados.82) Eu e meu marido declaramos separadamente o Imposto de Renda, porém eu pago o plano de saúde dele descontado em folha. Posso declarar todo o valor? Há problema se ele declara a parte dele? (S.A.)Na sua declaração só pode ser informada a parte que lhe cabe no plano de saúde, conforme o comprovante fornecido pela empresa. O seu marido pode informar na declaração dele a parte correspondente a ele, porque ele faz parte da mesma entidade familiar.83) O rendimento que tive em 2018 torna-me isento de declaração anual, mas tenho uma aplicação em fundo de investimento com tributação exclusiva. Isso me obriga a fazer a declaração? (C.A.)Se esse valor aplicado no fundo de investimento for superior a R$ 300 mil ou se somado a outros bens e direitos também for superior a esse valor, há a obrigatoriedade de apresentar a declaração. Se recebeu rendimentos tributados exclusivamente na fonte superiores a R$ 40 mil, também há obrigatoriedade.84) Vendi meu imóvel e, com o dinheiro, quitarei o financiamento de outro. O sinal da compra foi feito pelo comprador no ano passado, mas a venda só se completará em 2019. Onde e como declaro esse sinal recebido em 2018? (R.F.C.)Baixe o imóvel vendido na ficha “Bens e Direitos”. No campo “Discriminação”, informe os dados da venda indicando que a venda foi a prazo, bem como as condições e o valor recebido como sinal. Apure o GCAP/2018 referente à parcela recebida de sinal e importe as informações para a DIRPF 2019. Inclua outro item na ficha “Bens e Direitos”, na linha “52 - Crédito decorrente de alienação”, informe os dados do devedor e, no campo “Discriminação”, indique o valor do crédito, prazo e condições estipuladas, bem como o nome do devedor. Zere o campo “Situação em 31/12/2017 (R$)” e informe o valor do crédito existente em 31/12/2018 no campo correspondente. Em relação ao financiamento de outro imóvel, informe o total dos valores pagos até 31/12/2018 no campo “Situação em 31/12/2018 (R$)”. 85) Minha mãe é aposentada e pensionista. Não fez a declaração nos anos anteriores, pois os rendimentos estavam abaixo do mínimo exigido. Suas economias em poupança, no entanto, agora ultrapassam R$ 300 mil. Como ela deve preencher a declaração? Corre o risco de sofrer alguma penalidade? (D.J.S.)Na ficha “Bens e Direitos”, linha “41 - Caderneta de poupança”, informe a localização e CNPJ da instituição financeira e, no campo “Discriminação”, informe a instituição financeira, a agência e número da conta. No campo “Situação em 31/12/2017 (R$)”, informe o saldo existente na data e faça o mesmo no campo “Situação em 31/12/2018 (R$)”, com o valor correspondente. Na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, informe na linha correspondente a parte isenta da aposentadoria, caso haja, e utilize a ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica” para os rendimentos tributáveis. Caso nos anos anteriores ela tenha se enquadrado em alguma situação de obrigatoriedade, deve apresentar as declarações em atraso para não ser notificada pela Receita. Veja as principais regras do Imposto de Renda 2019Prazo para declaração - 7.mar a 30.abrDúvidas dos leitores - Folha e Sage IOB responderão a dúvidas dos leitores a partir da próxima terça-feira. Mande suas questões para tireduvidasdoir@grupofolha.com.brQuem é obrigado a declarar IR?Quem em 2018: Como declararPrincipais novidadesLimite para deduções de impostoMulta por atrasoPagamento de impostoPrincipais despesas médicas que podem ser deduzidasRestituição Será paga a partir de junho, para as prioridades legais (idosos e professores)Veja como retificarPerguntas devem ser enviadas para o email tireduvidasdoir@ grupofolha.com.br. A Folha publica as respostas que possam abranger o maior número de leitores | 2019-03-12 02:00:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/03/folha-comeca-a-tirar-duvidas-sobre-a-declaracao-do-ir.shtml |
Falta de educação ameaça Tourinhos, no Rio Grande do Norte | Nos últimos verões, uma pequenina cidade no norte do Rio Grande do Norte entrou na rota turística nacional: São Miguel do Gostoso. Em pouco menos de dez anos, o movimento de turistas levou a uma explosão de pousadas, bares, restaurantes e receptivos de viagem que acabaram ofuscando a beleza do lugar e deixando na memória a sua antiga tranquilidade.Uma das praias de Gostoso, apelido carinhoso da cidadezinha, facilmente poderia figurar numa hipotética lista das dez mais lindas do Brasil: Tourinhos. A posição geográfica favorece seu desenho. A praia é uma enseada de águas claras e mornas, com uma duna de areia petrificada de aproximadamente oito metros de altura, formada há cerca de 2.000 anos. De lá, a vista da baía é deslumbrante.Tourinhos também tem sido tomada de forma desordenada por barracas na areia. Nem todas elas acatam exigências mínimas de higiene. Para piorar a situação, os quadriciclos invadiram o local, pilotados por pessoas que não respeitam a faixa de areia e muito menos os pedestres. No fim de 2018, houve um registro de morte em acidente com esse tipo de veículo, de uso indisciplinado na região. Como se não bastasse isso, bugueiros e motoristas de carros com tração 4x4 insistem em transitar pela praia.É triste constatar que o impacto provocado pelo turismo predatório, aliado à incompetência do poder público municipal, pode destruir um dos recantos mais belos do país. No meio da semana, quando poucos banhistas encaram os seis quilômetros de distância entre São Miguel do Gostoso e Tourinhos, aí sim, é possível reconhecer quanto a natureza ali foi generosa. | 2019-01-23 19:00:00 | turismo | Turismo | https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2019/01/falta-de-educacao-ameaca-tourinhos-no-rio-grande-do-norte.shtml |
Enfermeiro é preso por engravidar paciente em estado vegetativo nos EUA | Um enfermeiro foi preso nesta quarta-feira (23) no estado americano do Arizona, acusado de ter estuprado uma paciente que está em estado vegetativo e ficou grávida, informou a polícia local.Em 29 de dezembro, a equipe da clínica Hacienda HealthCare, na cidade de Phoenix, ligou para o serviço de emergência para avisar que uma paciente em estado vegetativo tinha acabado de dar a luz. Na ligação, divulgada pelas autoridades no início de janeiro, os funcionários afirmam que não sabiam que ela estava grávida —o bebê passa bem.A mulher de 29 anos não teve o seu nome divulgado, mas se sabe que ela está na clínica desde 1992 no mesmo estado, incapaz de se mexer ou de se comunicar, embora seja capaz de reagir a sons. Por isso, a polícia imediatamente começou a investigar o caso e chegou ao nome do enfermeiro Nathan Sutherland, 36, que trabalhava no local na época que os detetives estimaram que o estupro teria acontecido. Na terça, ele foi levado para prestar depoimento e obrigado a fornecer material para um exame de DNA, que mostrou que ele é o pai da criança. Sutherland trabalhava no local desde 2011 e não tinha antecedentes criminais.Os investigadores se basearam em uma mistura de "bom e velho trabalho policial" com "as maravilhas da tecnologia do DNA", disse Jeri Willians, chefe da polícia. | 2019-01-23 19:02:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/01/enfermeiro-e-preso-por-engravidar-paciente-em-estado-vegetativo-nos-eua.shtml |
Governo de SP estuda parceria entre Butantan, USP e farmacêutica Novartis | Nesta quarta (23), o governador de São Paulo João Doria (PSDB) se encontrou com o presidente do Instituto Novartis de Pesquisa Biomédica (Nibr, na sigla em inglês), James Bradner, para discutir uma eventual parceria da empresa com a USP e com o Instituto Butantan, na área de pesquisa. O encontro aconteceu no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça."Nos últimos três anos a Novartis do Brasil teve um investimento de US$ 150 milhões (R$ 565 milhões) em programas de pesquisa. Agora o objetivo é que o Governo de São Paulo, ao lado da Novartis, possa realizar um programa para os próximos 10 anos", afirmou o Doria.Segundo a assessoria de imprensa do governador, Doria e Bradner irão se encontrar novamente no Brasil para conversar sobre a ideia.Não foi explicitado qual seria o escopo desse programa. Algumas das áreas de atuação da Novartis envolvem terapia celular, terapia gênica e os chamados imunobiológicos, área em que o Butantan também têm expertise.Recentemente a empresa suíça lançou uma terapia celular para o tratamento de leucemia e uma terapia gênica para tratar uma doença que leva à cegueira.Hoje a Novartis atua nas áreas de oftalmologia, neurologia, sistema respiratório, imunologia (que engloba dermatologia e reumatologia, por exemplo), cardiovascular e oncologia. Em parceria com governos também há produção de drogas a preço custo para tratamento de hanseníase, no Brasil, e malária, na África.O Butantan já firmou parcerias com outras farmacêuticas. Entre os principais acordos, o da MSD (Merck, nos EUA) foca o desenvolvimento da vacina da dengue e pode render mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 376 milhões) ao instituto, além de royalties.Também há uma parceria com a Libbs, no valor de R$ 40 milhões, para a construção de uma fábrica de medicamentos monoclonais —para tratamento de câncer e doenças autoimunes. Segundo o Butantan, a fábrica produzirá e fornecerá ao SUS seis drogas: trastuzumabe, rituximabe, bevacizumabe, etanercepte, adalimumabe e palivizumabe.O objetivo declarado de Doria em Davos é atrair investimentos estrangeiros para São Paulo. Uma das metas é formar parcerias com o setor privado para que o Butantan se torne o maior produtor mundial de vacinas. A Novartis recentemente vendeu sua área de vacinas para GSK, com a qual o Butantan também tem uma parceria. | 2019-01-23 18:40:00 | equilibrio-e-saude | Equilibrio e Saúde | https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2019/01/governo-de-sp-estuda-parceria-entre-butantan-usp-e-farmaceutica-novartis.shtml |
Belo Horizonte e São Paulo têm os melhores preços para o Carnaval | O intervalo de 63 dias entre os dois feriados mais caros para viajar no Brasil, respectivamente o Ano-Novo e o Carnaval, no dia 5 de março, anima o setor de viagens. Em 2018, a distância entre as datas foi de 44 dias. "Vendemos bastante, porque as pessoas já voltaram a trabalhar e deu tempo de ficarem estressadas, com vontade de descansar", diz Viviane Pio, gerente de vendas da CVC.Para os foliões, o agito está nas cidades litorâneas, principalmente no Nordeste. Os cinco destinos mais procurados na empresa para o Carnaval são dessa região: Porto Seguro, Fortaleza, Natal, Maceió e Salvador —o Rio aparece em sexto lugar. Fortaleza é a capital nordestina com os menores preços. A cidade tem boa conectividade aérea com o Sudeste, se comparada com outras capitais próximas, o que barateia os voos. O preço das passagens caiu 30% do Carnaval de 2018 para o deste ano. Custam, em média, R$ 872, segundo o buscador Kayak.Fortaleza sofre com ataques criminosos desde o dia 2, mas Viviane diz que, por ora, o turismo não foi afetado. "As zonas turísticas estão com policiamento ostensivo", afirma. De acordo com levantamento do Airbnb, o valor médio da diária de locação de um imóvel na cidade no Carnaval é de R$ 267 —no Recife, o preço é R$ 488 e, em Salvador, R$ 573. Mais Longe do mar também há Carnaval —e mais barato. São Paulo terá 624 blocos de rua, contra 473 no Rio de Janeiro. De acordo com o buscador Skyscanner, o preço das passagens aéreas com destino à capital paulista caiu 53% do Carnaval de 2018 para cá. Já a diária média de um imóvel no Airbnb é de R$ 181 —28% do valor pago no Rio, R$ 635. Segundo Gabriela Figueiredo, diretora da agência de viagens Matueté, porém, entre os estrangeiros atendidos pela empresa, São Paulo não pegou: eles ainda preferem o Rio. Os blocos de rua em Belo Horizonte também ganham força —neste ano, serão 590. Quem for à capital mineira pode visitar cidades históricas que têm tradição festeira, como Ouro Preto e Tiradentes. Como São Paulo, Belo Horizonte tem preços atraentes. "Mesmo com a efervescência recente, os hotéis mantêm alguns dos valores mais baixos praticados nessa época no país", diz Eduardo Martins, diretor nacional do Viajala, buscador de passagens e hotéis. Mas nem todo mundo que viaja no período busca agito. "Grande parte dos meus clientes curte esse feriado como qualquer outro, para descansar", diz Geraldo Rocha, presidente da Abav (associação de agências de viagens) e dono da agência GR, de Curitiba.A região Sul é um polo para quem quer escapar da folia, com destaque para a serra gaúcha e Foz do Iguaçu. "É na temporada quente que chove mais em Foz, o que faz com que as cataratas fiquem mais exuberantes", diz Eduardo.Florianópolis, balneário que não é a maior pechincha no feriado, também não está entre os destinos mais caros. A média da diária no Airbnb é de R$ 404, e hotéis no centro saem por volta de R$ 350. Mais Para fugir da festa, há também destinos convidativos na América do Sul. "Santiago e Buenos Aires são cidades que podem ser visitadas em pouco tempo e que estão vendendo bem. E nosso dinheiro está valorizado em Buenos Aires", diz Viviane, da CVC.O preço médio das passagens para a capital argentina caiu 45% do Carnaval de 2018 para este, segundo o Kayak. A maior procura por viagens começa na próxima semana, a um mês do feriado, dizem CVC e Abav. O ideal é comprar antes disso, quando há maior oferta de pacotes, passagens e diárias de hotéis. Uma dica para driblar os preços inchados das hospedagens, ensina Viviane, é dividir o quarto com mais pessoas, se a viagem for em grupo. Hotéis brasileiros costumam aceitar até quatro adultos por quarto, pela tarifa de casal. Mais R$ 1.098 3 noites em Belo Horizonte, na Maringá Turismo Preço por pessoa, no Hilton Garden Inn Lourdes, em Belo Horizonte, com passeios a Congonhas, Ouro Preto, Mariana, Cordisburgo, Sabará, Tiradentes e São João del Rei. Inclui transporte rodoviário a partir de São PauloR$ 1.470 5 noites em Foz do Iguaçu, na R17 Viagens Preço por pessoa, no hotel Iguaçu Express. Inclui traslados entre hotel e aeroporto, para as cataratas e para o Parque das Aves, sem ingressos. Com aéreo a partir de São PauloR$ 1.611 3 noites na Chapada dos Veadeiros, na Venturas Valor individual para a pousada Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás, com café da manhã, três almoços e dois lanches durante trilhas. Conta com passeios para a cachoeira Santa Bárbara, da Capivara e das Loquinhas, e também para a catarata dos Couros. Inclui traslados de Brasília para Alto Paraíso e seguro viagem. Sem aéreoR$ 1.882 4 noites em Gramado, na Top Brasil Tur Preço por pessoa para hospedagem no hotel Encantos do Sul. O valor inclui passagens aéreas a partir de São Paulo e traslados do aeroporto ao hotelR$ 1.986 4 noites em Caldas Novas, no hotéis diRoma Valor para um casal no mesmo apartamento, com meia pensão (café da manhã e almoço ou jantar). Inclui também duas entradas por dia para o parque aquático Acqua Park e city tour por Caldas Novas. Duas crianças de até dez anos ficam gratuitamente no mesmo apartamento que o casal. Sem aéreoR$ 2.120 4 noites no Rio de Janeiro, na CVC Preço por pessoa para o hotel Windsor Guanabara, com city tour pelo Rio e ingresso para o desfile das escolas de samba, com traslado. Inclui transporte rodoviário a partir de São Paulo, com guiaUS$ 1.310 (R$ 4.944) 7 noites no Egito, na Pisa Trekking Valor promocional por pessoa, até sábado (26). São três noites no Cairo, com café da manhã, e quatro noites em cruzeiro pelo rio Nilo, com pensão completa. Inclui passeios para as pirâmides, templos de Luxor e Karnak e Vale dos Reis, entre outros locais. Sem aéreoUS$ 2.013 (R$ 7.597) 4 noites em Cancún, na Venice Turismo Valor individual para hospedagem no resort Hard Rock, em Cancún, com regime de alimentação all-inclusive. Inclui passagens aéreas e traslado do aeroporto ao hotel | 2019-01-23 18:00:00 | turismo | Turismo | https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2019/01/belo-horizonte-e-sao-paulo-tem-os-melhores-precos-para-o-carnaval.shtml |
Planalto nomeia nova hierarquia do Itamaraty | O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, nomeou nesta quarta-feira seis diplomatas que vão ocupar algumas das principais posições da nova hierarquia do ministério das Relações Exteriores, desenhada pelo chanceler Ernesto Araújo.Os diplomatas que vão compor os postos-chave no Itamaraty são Pedro Miguel da Costa e Silva (que será secretário de negociações bilaterais e regionais nas Américas), Norberto Moretti (secretário de política externa comercial e econômica), Kenneth Félix Haczynski (secretário de negociações bilaterais no Oriente Médio, Europa e África), Márcia Donner (secretária de Comunicação e Cultura), Fábio Marzano (secretário de assuntos de Soberania Nacional e Cidadania) e Reinaldo José de Almeida Salgado (secretário de negociações bilaterais na Ásia, Oceania e Rússia).As indicações dos novos secretários estão no Diário Oficial da União. Eles foram nomeados ainda respeitando a nomenclatura antiga da estrutura do Itamaraty, algo que deve ser modificado até o final do mês.Além dos seis nomes indicados nesta quarta, João Pedro Corrêa Costa é cotado para assumir a secretaria de Gestão Administrativa.A nova estrutura do Ministério das Relações Exteriores foi criada por Araújo em 9 de janeiro e reflete algumas das diretrizes que o chanceler quer implementar em sua gestão: além de reduzir de nove para sete secretarias, Araújo passou as atribuições da subsecretaria-geral de América Latina e do Caribe para a nova secretaria de Américas, que também englobará os temas referentes a Estados Unidos, Canadá e Organização dos Estados Americanos (OEA).O escolhido para a função, Pedro Miguel da Costa e Silva, era até hoje diretor do Departamento Econômico do Itamaraty e terá entre as suas novas atribuições as negociações que envolvem o Mercosul.Uma das prioridades do governo Bolsonaro é empreender uma reforma da aliança aduaneira, promovendo a redução das tarifas de importação do bloco.O governo também quer trabalhar para fechar os acordos comerciais que o Mercosul está negociando com países de fora do bloco, como é o caso da União Europeia.No entanto, existe a avaliação de que no futuro será necessário reduzir algumas das amarras que hoje impedem um país-membro de negociar diretamente com terceiros.Outra marca de Ernesto é a criação da secretaria de Soberania Nacional e Cidadania, que será comandada por Marzano. Ex-assessor internacional do Supremo Tribunal Federal (STF), ele cuidará das áreas de defesa, meio ambiente, direitos humanos, além da atuação do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).Três dos indicados —Fábio Marzano, Kenneth Haczynski e Márcia Donner— são ministros de segunda classe, o que quebra uma tradição do Itamaraty de só indicar para as chefias de secretaria os diplomatas que tenham atingido o grau de embaixador. | 2019-01-23 18:08:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/01/planalto-nomeia-nova-hierarquia-do-itamaraty.shtml |
Netflix: Novos episódios de 'Shadowhunters' e spin-off de 'Grey's Anatomy' chegam em fevereiro | Como acontece periodicamente, novos filmes e séries entrarão no catálogo da Netflix no mês de fevereiro, incluindo séries aguardadas como “The Umbrella Academy”, “Station 19”, e os últimos episódios de “Shadowhunters - The Mortal Instruments”. A primeira delas a ser disponibilizada, já no dia 1º de fevereiro, será o spin-off da popular “Grey’s Anatomy”, que mostrará o dia a dia em um batalhão dos bombeiros de Seattle. Com a segunda temporada já em andamento nos Estados Unidos, “Station 19” traz o doutor Benjamim Warrem agora com outro uniforme. Também aguardada, “The Umbrella Academy”, produzida pela própria Netflix, terá a primeira temporada disponibilizada no dia 15 de fevereiro. Com Ellen Page, de Juno (2007), a série mostra uma complicada família de super-heróis, que se une para desvendar a morte do pai, enfrentar uma ameaça apocalíptica e muito mais. Já os fãs de “Shadowhunters” terão que esperar até 26 de fevereiro para ver os episódios finais da série, cancelada na terceira temporada. A saga de Clary Fray com anjos, demônios, vampiros e lobisomens pode ser vista por enquanto nas duas primeiras temporadas e em parte da terceira, já no catálogo do serviço de streaming. Também entrarão na Netflix as séries “Boneca Russa”, “Sempre Bruxa”, “Nightflyers”, “Mandou Bem - México”, “Dirty John - O Golpe do Amor”, “Supermães”, “Go! Viva do Seu Jeito”, a terceira temporada de “One Day At a Time” e a terceira temporada de “Ash vs. Evil Dead”. Outras produções que também entrarão no streaming são: os filmes “Dumplin” (2018), com Jennifer Aniston; o nacional “Um Namorado para Minha Mulher” (2016), com Ingrid Guimarães e Caco Ciocler; e a comédia australiana “Até que a Gente te Separe” (2018), original Netflix. Para as crianças, estarão disponíveis as séries “Zoe e Raven: Valentines Day”, a segunda temporada “As Épicas Aventuras do Capitão Cueca”, e a segunda temporada de “Elena de Avalor”, da Disney. | 2019-01-23 18:10:00 | cinema-e-series | Cinema e Séries | https://f5.folha.uol.com.br/cinema-e-series/2019/01/novos-episodios-shadowhunters-e-spin-off-de-greys-anatomy-chegam-a-netflix-em-fevereiro.shtml |
Ghosn vai renunciar voluntariamente à presidência da Renault, diz jornal | Carlos Ghosn está prestes a renunciar voluntariamente ao cargo de presidente-executivo e do conselho da Renault, depois que suas esperanças de ser libertado da prisão em Tóquio foram negadas pelas consecutivas rejeições aos seus pedidos de liberdade sob fiança, disseram pessoas informadas sobre a situação.Ghosn, que foi destituído da presidência do conselho da Nissan pouco depois de sua detenção, em 19 de novembro, já tomou a decisão de renunciar, e cuidou das formalidades necessárias a resolver o assunto, disse uma das pessoas.A Renault e o governo francês vinham discutindo os termos da saída de Ghosn, antes de uma reunião do conselho da montadora marcada para a quinta-feira na qual ela deve apontar Jean-Dominique Senard, presidente-executivo da fabricante de pneus Michelin, como presidente do conselho e Thierry Volloré, que já vem comandando as operações da empresa na ausência de Ghosn, como presidente-executivo. Na terça-feira, Bruno Le Maire, ministro das finanças da França, disse na televisão francesa que Senard "seria um excelente presidente para o conselho da Renault".Ghosn também deve renunciar como presidente-executivo e do conselho da aliança entre Renault, Nissan e Mitsubishi, e deve ser substituído por Senard nesses papéis, de acordo com pessoas informadas sobre o assunto.Le Maire pareceu confirmar o plano esta semana ao dizer que a "prioridade absoluta" para o novo presidente do conselho seria "reforçar a aliança e... fazer contato com as autoridades japonesas".Ghosn continua a negar todas as acusações de delitos de conduta financeira e originalmente não pretendia renunciar à sua posição na Renault.Mas ele reconhece que seria impossível cumprir seus deveres como líder da montadora francesa, depois da rejeição, esta semana, de um novo pedido de liberdade sob fiança que ele apresentou ao tribunal distrital de Tóquio, disse uma pessoa informada sobre os pensamentos do executivo.Os procuradores públicos de Tóquio indiciaram Ghosn por acusações de que declarou remuneração inferior à real, em documentos financeiros da Nissan, e de que abusou de sua posição ao transferir à empresa prejuízos que sofreu em operações financeiras pessoais.Até recentemente, a Renault vinha se recusando a destituir Ghosn como seu presidente-executivo e do conselho, diferentemente da Nissan, que o destituiu logo que ele foi preso.Como resultado de uma investigação interna que ainda não foi concluída, a montadora japonesa acusou seu antigo comandante de usar dinheiro da empresa para cobrir despesas pessoais.A investigação interna da Renault até agora não encontrou qualquer delito, mas o governo francês, que detém 15% das ações da empresa, decidiu agir assim que ficou claro que Ghosn passará mais alguns meses atrás das grades.De acordo com uma pessoa próxima à Renault, o pacote de indenização rescisória de Ghosn, que pode se provar controverso, terá de ser votado na assembleia de acionistas da montadora em junho, e seus detalhes não serão finalizados antes da reunião do conselho na quinta-feira.Um porta-voz da Renault se recusou a comentar.Tradução de Paulo Migliacci | 2019-01-23 18:18:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/ghosn-vai-renunciar-voluntariamente-a-presidencia-da-renault-diz-jornal.shtml |
Ministério Público pede para arquivar investigação de acidente que matou Teori | O Ministério Público Federal (MPF) em Angra dos Reis (RJ) pediu o arquivamento da investigação do acidente com a aeronave que transportava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, em janeiro de 2017, ao tentar aterrissar em Paraty, na costa verde do estado.A conclusão está em consonância com a das investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão vinculado ao Comando da Aeronáutica.A avaliação do procurador da República Igor Miranda, responsável pelas investigações, é de que “as provas forenses, os depoimentos prestados e análise do voo da aeronave no dia 19 de janeiro de 2017 afastam qualquer indício de materialidade de crime de homicídio, seja doloso ou mesmo culposo”.Diante desta constatação, “a ausência de elementos mínimos acerca da existência da materialidade delitiva indicam o arquivamento da investigação", concluiu o procurador.No acidente, além do ministro, estavam na aeronave outras quatro pessoas, que também morreram. A aeronave decolou do Aeródromo Campo de Marte, em São Paulo, com destino ao Aeródromo de Paraty.Durante a aproximação para pouso, em condições restritas de visibilidade, a aeronave bateu na água na Baía de Paraty. A aeronave ficou totalmente destruída e todos os ocupantes morreram.Segundo os laudos periciais, a aeronave modelo Hawker Beechcraft King Air C90 “apresentava perfeito funcionamento e estava com revisões obrigatórias e documentação regular”.A análise do quadro meteorológico no dia do acidente concluiu que a opção do piloto pelo pouso com baixa visibilidade —em razão do teto— configurou conduta “de elevado risco e possibilidade de acidente”. Segundo o Ministério Público Federal, no inquérito policial o trabalho investigativo correu a partir de linhas iniciais de possíveis causas para o acidente, “o que não descartava eventual causa dolosa ou intencional ou mesmo causa culposa, ou seja, não intencional em relação ao resultado verificado”.Com base em todos os elementos apuratórios reunidos, especialmente laudos forenses, “concluiu-se que as causas do acidente decorreram de imperfeições de condução do voo, por parte do piloto o qual, desprovido de qualquer intenção de causar o sinistro, violou, não obstante, deveres objetivos de cuidado”.Durante o período das investigações, a Polícia Federal ouviu mais de 40 pessoas. Dentre os diversos documentos que compõem os cinco volumes do inquérito policial, estão dados técnicos fornecidos por três diferentes empresas que lidaram com a manutenção da aeronave, dados da Agência Nacional de Agência Civil e dados do Serviço de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.Paralelamente, a PF realizou diligências e perícias, com exame detalhado dos destroços do avião e de seus motores, bem como a extração de dados acumulados no equipamento eletrônico de alerta aos pilotos sobre proximidade com o solo —o EGPWS.O Ministério Público Federal ressalta o fato de que o equipamento EGPWS teve grande importância para sua elucidação. “Primeiramente, porque forneceu dados detalhados de dois trechos da trajetória da aeronave, durante suas duas tentativas de aproximação final e pouso em Paraty, dados esses que compuseram harmonicamente com as informações oriundas do serviço de controle de tráfego aéreo, com os depoimentos de testemunhas oculares e com os sons gravados pelo gravador de vozes de cabine.” | 2019-01-23 15:57:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/ministerio-publico-pede-para-arquivar-investigacao-de-acidente-que-matou-teori.shtml |
BRF diz que impacto de restrições da Arábia Saudita será de até R$ 45 mi | A BRF afirmou nesta terça-feira (23) que o impacto das restrições de importação decididas pela Arábia Saudita na véspera será limitado e que deverá retomar o ritmo anterior de exportações para o país em no máximo três meses.A companhia disse que as restrições sauditas envolvem apenas uma fábrica da empresa, em Lajeado (RS) e estimou que a perda de receita líquida será de no máximo R$ 45 milhões no período de três meses. Mais Na terça-feira, a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) informou que cinco fábricas de carne de frango do Brasil foram desabilitadas a exportar para a Arábia Saudita, maior importador do produto brasileiro, por razões técnicas, e que 25 unidades continuavam autorizadas a realizar embarques.A notícia fez as ações da BRF fecharam em queda de 5%.A BRF afirmou que após a decisão da Arábia Saudita passou a ter oito fábricas habilitadas a exportar no grupo de 25 do país e que as unidades da companhia são suficientes para atender a demanda saudita."O impacto efetivo dessa medida para a BRF se restringe às exportações da planta de Lajeado, que vinha operando com um volume de aproximadamente 6,5 mil toneladas/mês de exportação para a Arábia Saudita", afirmou a BRF."A companhia já iniciou os ajustes necessários em sua cadeia produtiva e estima que, em no máximo 3 meses, retomará o mesmo patamar de embarques para a Arábia Saudita", acrescentou.A perda estimada de receita no período é equivalente a 0,1% do faturamento líquido da companhia nos 12 meses encerrados em setembro. | 2019-01-23 15:58:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/brf-diz-que-impacto-de-restricoes-da-arabia-saudita-sera-de-ate-r-45-mi.shtml |
Família Bolsonaro tem histórico de elogios a PMs suspeitos de elo com milícia | As homenagens a policiais militares que viriam a ser acusados de integrar milícias e os discursos que minimizam a gravidade da atuação desses grupos paramilitares são de longa data na família Bolsonaro.O ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em ação policial neste domingo (9) após passar mais de um ano foragido sob suspeita de chefiar milícias na zona oeste, foi homenageado pelo hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL) em duas ocasiões. Em 2003, na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio), o então deputado estadual propôs uma moção de louvor por desenvolver sua função com "dedicação, brilhantismo e galhardia". "Imbuído de espírito comunitário, o que sempre pautou sua vida profissional, atua no cumprimento do seu dever de policial militar no atendimento ao cidadão", escreveu. Em 2005, o filho do presidente Jair Bolsonaro concedeu ao ex-policial a Medalha Tiradentes. Na justificativa, entre outras razões, o então deputado estadual escreveu que Nóbrega teve êxito ao prender 12 "marginais" no morro da Coroa, no centro, além de apreender diversos armamentos e 90 trouxinhas de maconha.Flávio Bolsonaro também já apresentou moção de louvor a outro policial militar alvo de mandado de prisão, o major Ronald Paulo Alves Pereira. Apelidado de Maj Ronald ou Tartaruga, ele foi preso preventivamente com outros quatro suspeitos e também é apontado como líder da milícia que atua em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.Em nota divulgada à imprensa, o senador disse que sempre atuou na defesa de agentes da segurança pública e que já concedeu "centenas de outras homenagens".Essa não foi a primeira vez que o nome de Flávio Bolsonaro apareceu ligado a supostos milicianos.Deflagrada em agosto do ano passado, a Operação Quarto Elemento teve como alvo dezenas de policiais suspeitos de participar de uma quadrilha especializada em extorsões.Entre os presos estavam os gêmeos Alan e Alex Rodrigues Oliveira, dois PMs que teriam participado da segurança de agendas da campanha de Flávio ao Senado. Eles são irmãos de Valdenice de Oliveira Meliga, então assessora da liderança do PSL na Alerj e tesoureira do partido no estado. À época, o senador negou ao jornal O Estado de S. Paulo que os policiais integrassem sua campanha, enquanto Valdenice disse que os irmãos atuavam como voluntários.Em foto publicada em sua rede social em outubro de 2017, Flávio aparece em foto com o pai, Valdenice e os gêmeos. Na legenda, escreveu: "Parabéns Alan e Alex pelo aniversário, essa família é nota mil!!!". Um dos deputados da bancada do PSL na Alerj, orientada por Flávio Bolsonaro, também esteve na mira do Ministério Público nas últimas eleições, em função de suposta relação com milicianos de São Gonçalo, região metropolitana do Rio.O coronel Fernando Salema, segundo investigação do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Rio, negociou com as milícias da região para organizar um ato de campanha em um reduto dominado pelos grupos. Ele negou envolvimento.Salema, que já foi comandante de batalhões da PM em Niterói e São Gonçalo, participou de diversas carreatas pela zona oeste do Rio ao lado do hoje senador. Em 2016, ele aparece em vídeo em um evento, ao lado do então deputado federal Jair Bolsonaro, a quem chamava de "nosso presidente". Na ocasião, Flávio Bolsonaro, que participava da reunião ao lado do pai e era pré-candidato à Prefeitura do Rio, também foi homenageado pelo comandante do 12° BPM (Niterói).O presidente Jair Bolsonaro, quando deputado federal, chegou a proferir críticas à CPI das Milícias, realizada pela Alerj. Ele defendeu que alguns policiais militares são confundidos com milicianos por organizar a segurança da própria comunidade, mas que não praticam extorsão."Como ele ganha R$ 850 por mês, que é quanto ganha um soldado da PM ou do bombeiro, e tem a sua própria arma, ele organiza a segurança na sua comunidade. Nada a ver com milícia ou exploração de 'gatonet', venda de gás ou transporte alternativo. Então, sr. Presidente, não podemos generalizar."À época da criação da CPI, em 2008, Flávio Bolsonaro também minimizou a gravidade das milícias. "[O policial militar] É muito mal remunerado, precisa buscar outras fontes e vai então fazer segurança privada, vai buscar atividades que muitas vezes são reprováveis pela opinião pública, pela imprensa", disse na Alerj.O então deputado estadual afirmou que "não raro é constatada" a felicidade dos moradores de comunidades supostamente dominadas por milicianos. "Não raro é constatada a felicidade dessas pessoas que antes tinham que se submeter à escravidão, a uma imposição hedionda por parte dos traficantes e que agora pelo menos dispõem dessa garantia, desse direito constitucional, que é a segurança pública." Em 2011, Flávio Bolsonaro também ensaiou explicação para a morte da juíza Patrícia Acioli, morta com 21 tiros por milicianos quando chegava em casa em Niterói (RJ), em 11 de agosto daquele ano. Para o então deputado estadual, a magistrada era rígida demais com policiais —ela era conhecida por atuar no combate a crimes cometidos por milicianos e agentes policiais."Que Deus tenha essa juíza, mas a forma absurda e gratuita com q ela humilhava Policiais nas sessões contribuiu p ter mts inimigos [sic]", escreveu à época no Twitter.Quatro anos depois, o senador criticou outra juíza agredida por policiais. Em 2015, a Justiça do Rio de Janeiro mandou fechar o Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, após a magistrada Daniela Barbosa ser agredida por um grupo de detentos durante inspeção. Flávio Bolsonaro disse que a decisão era uma insanidade e apresentou a versão dos policiais, que afirmavam que a juíza os tratava de forma "desumana". "São policiais militares que estão aguardando o julgamento. Muitos voltarão a trabalhar nas ruas normalmente e ao serem tratados como bandidos por uma pessoa representando o estado se sentiram indignados", afirmou.Quando a Alerj abriu uma CPI para investigar os autos de resistência no estado, Flávio foi o único deputado estadual a votar contra. Na ocasião, disse que a CPI seria mais uma "faca na garganta" do policial."Vejam como está a cabeça do policial hoje, preocupando-se mais com o Judiciário, com o juiz, por mais que ele esteja certo e amparado pela lei, preocupando-se em produzir provas para que ele não se sente no banco dos réus." | 2019-01-23 16:00:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/familia-bolsonaro-tem-historico-de-elogios-a-pms-suspeitos-de-elo-com-milicia.shtml |
Strawberry Field, em Liverpool, será aberto para visitas pela primeira vez | O antigo orfanato Strawberry Field, em Liverpool, que dá nome à canção composta por John Lennon e gravada pelos Beatles, será aberto ao público para visitas pela primeira vez.O local, propriedade do Exército da Salvação, passa por uma reforma que deve ser concluída no meio do ano, a tempo da chegada do verão no hemisfério Norte.Desativado em 2005, o orfanato vai ganhar um centro voltado para a qualificação profissional de jovens com dificuldade de aprendizado, além de uma exposição sobre as histórias do local, da música "Strawberry Fields Forever" (1967) e de Lennon, um café, um jardim e uma loja. De acordo com o Exército da Salvação, o custo total estimado da revitalização é de 8 milhões de libras (R$ 39 milhões).Por causa das obras, veículos de tours estão proibidos de estacionar em frente ao icônico portão vermelho –na realidade, uma réplica do original– do local. O acesso de pedestres segue liberado.Strawberry Field fica próximo da casa em que Lennon cresceu, sob os cuidados de sua tia Mimi. O beatle brincava na propriedade e participava da festa anual de verão organizada pelo orfanato. | 2019-01-23 16:00:00 | turismo | Turismo | https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2019/01/strawberry-field-em-liverpool-sera-aberto-para-visitas-pela-primeira-vez.shtml |
Suspensão de importação de frango não tem relação com embaixada, diz Mourão | O presidente interino, Hamilton Mourão, negou que a decisão da Arábia Saudita de suspender a compra de frango brasileiro tenha relação com a possibilidade de a embaixada do Brasil em Israel ser transferida de Tel-Aviv para Jerusalém."Não tem nada a ver com essa questão de embaixada, até porque, qual foi a declaração do nosso representante na ONU? Que existe um Estado de israel e um Estado palestino, conforme nós reconhecemos desde 1947, então nada mudou", afirmou. O vice-presidente, que assumiu o Palácio do Planalto com a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Davos, na Suíça, disse ter recebido dados de que a decisão do país árabe está relacionada ao desejo deles de criarem aves em território nacional. Mais "O dado que eu tenho, que não é confirmado ainda é de que eles pretendem também produzir frangos lá na Arábia Saudita. Óbvio que vai sair mais caro mas eles têm dinheiro", disse.O país do Oriente Médio, maior importador de carne de frango do Brasil, desabilitou 33 frigoríficos da lista dos exportadores brasileiros para o país.Dos 58 frigoríficos habilitados pelo Ministério da Agricultura para exportar para o país, restaram apenas 25 na lista dos árabes. Em 33 deles, a Arábia Saudita exige alguns acertos para que voltem a exportar.Em Davos, na Suíça, o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o secretário especial de Comércio, Marcos Troyjo, disseram que ainda tentam entender a medida de restrição ao frango brasileiro adotada pela Arábia Saudita.Eles, porém, dizem que aparentemente não há relação entre a decisão de desabilitar os frigoríficos com a discussão em torno da transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.Segundo Mourão, a decisão se deu depois de os sauditas visitarem o Brasil em outubro do ano passado para verificar as condições de frigoríficos e granjas. "Eles tinham uma ideia de cortar as importações do Brasil para 400 mil toneladas, nós estamos exportando em torno de 600 mil. Então é isso que está acontecendo", justificou.A declaração desta quarta-feira (23) difere de comentário feito pelo interino na terça (22), quando ele disse que se a Arábia Saudita tomou a decisão de suspender a compra de frango por conta da questão diplomática, "está se antecipando ao inimigo".A promessa feita por Bolsonaro ainda durante a campanha, de copiar os EUA de Donald Trump para situar a sede da embaixada em Israel, já trouxe críticas e preocupação da comunidade árabe, com quem o Brasil mantém estreitas relações comerciais. A mudança não foi confirmada ainda pelo governo brasileiro. Um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse recentemente que não se tratava de "se" a embaixada seria transferida, mas "quando".Afirmação semelhante foi feita pelo primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em visita ao Brasil em dezembro. Sobre questões diplomáticas, Mourão também negou que o governo brasileiro possa fechar a embaixada da Palestina no Brasil, como chegou a sugerir Bolsonaro durante a campanha.No período eleitoral, o presidente disse que se vencesse nas urnas retiraria a representação de perto do Palácio do Planalto."Nada disso. Os dois Estados são reconhecidos o resto tudo é retórica e ilação. Aguardem os atos", afirmou. | 2019-01-23 13:57:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/suspensao-de-importacao-de-frango-nao-tem-relacao-com-embaixada-diz-mourao.shtml |
Em dia morno, Merkel e Abe fazem defesa do multilateralismo em aceno a Trump | A chanceler alemã, Angela Merkel, fez nesta quarta-feira (23) uma forte defesa da ordem mundial multilateral, destacando os acordos como uma virtude nas relações internacionais, em uma crítica velada ao presidente dos EUA, Donald Trump, durante seu discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos.O premiê japonês, Shinzo Abe, também fez um aceno velado ao Trump, ao afirmar que buscará que o foco de sua Presidência do G20 (as 20 maiores economias do mundo) seja reconstruir a confiança no sistema de comércio global e obter consenso sobre a mudança climática, em um momento em que disputas comerciais entre EUA e China ameaçam o crescimento global.Por causa da paralisação parcial do governo, os EUA não enviaram representantes ao fórum. O secretário de Estado, Mike Pompeo, discursou por vídeoconferência. Devido ao impasse em torno da saída britânica da União Europeia, França e Reino Unido também não participaram desta edição do encontro.Merkel instou as potências ocidentais a pensar além de seus interesses nacionais mais estreitos e reformar instituições globais para obter ganhos que beneficiem a todos.A Alemanha, maior economia da Europa, depende fortemente do comércio internacional e portanto tem grande interesse em preservar a integridade dos sistemas multilaterais confrontados pelo "América Primeiro" de Trump. "O mundo ocidental tem de agir contra a fragmentação da arquitetura internacional e estar pronto para reformar as instituições existentes", disse a chanceler. "Devemos entender nosso interesse nacional da maneira como pensamos sobre os interesses dos demais e a partir daí criar situações que beneficiem a todos, o que é uma precondição para o multilateralismo", acrescentou. Merkel afirmou que o organizações como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial devem ser reformados para restaurar a confiança no sistema financeiro global. Abe foi na mesma linha, acrescentando a necessidade de reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) com a ajuda da Europa e dos EUA."Peço a todos vocês a reconstrução da confiança do sistema de comércio internacional. Deve ser um sistema justo, transparente e efetivo em proteger os direitos de propriedade intelectual e também em áreas como o e-commerce", afirmou o premiê japonês."O Japão está determinado em preservar e comprometido em avançar a ordem internacional livre, aberta e baseada em regras."Temos de fazer da OMC uma presença com maior credibilidade. Temos de fazer reformas para isso, e o Japão gostaria de ter um papel de liderança nas reformas da OMC", acrescentou. A OMC tem estado paralisada porque os EUA, descontentes com o que diz ser o fracasso da instituição em penalizar a China por não abrir sua economia, bloquearam novas indicações para a corte de arbitragem. | 2019-01-23 13:58:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/01/em-dia-morno-merkel-e-abe-fazem-defesa-do-multilateralismo-em-aceno-a-trump.shtml |
'Apurar e punir, se for o caso', diz Mourão sobre Flávio Bolsonaro | O presidente interino, Hamilton Mourão, disse que as suspeitas envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) devem ser apuradas e que ele deve ser punido, se houver necessidade."Apurar e punir, se for o caso", disse ao ser questionado sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre o filho, feita em Davos, na Suíça.Bolsonaro disse nesta quarta-feira (23) em entrevista à agência Bloomberg que eventuais irregularidades cometidas por seu filho terão de ser punidas. "Se por acaso ele errou e isso for provado, lamento como pai, mas ele terá de pagar o preço por esses atos que não podemos aceitar", afirmou Bolsonaro. Mourão negou que o presidente tenha demorado muito para comentar o caso. "Não, eu acho que o presidente já tinha declarado isso na primeira vez que surgiu esse assunto. Quase certeza que ele falou isso [sobre punição]", disse ao deixar o Palácio do Planalto.O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) considerou suspeitos 48 depósitos feitos em dinheiro na conta de Flávio. Os depósitos, sempre no valor de R$ 2.000, totalizando R$ 96 mil, foram feitos em junho e julho de 2017 no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio.De acordo com Flávio, o dinheiro é parte de um pagamento em dinheiro que recebeu ao vender um imóvel em Laranjeiras. Como mostrou a Folha, Flávio fez 20 transações imobiliárias em 15 anos, lucrando com a compra e venda de imóveis em curto período de tempo. De 2002 a 2018, seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral passou de um Gol 1.0 de R$ 25,5 mil para quase R$ 1,75 milhão em bens. Flávio justifica o patrimônio por ser empresário, mas não detalhou suas atividades no ramo. Seu primeiro negócio registrado é uma filial da loja de chocolates Kopenhagen, aberta em 2015. Antes disso, porém, ele já acumulava imóveis e transações. O órgão de combate à lavagem de dinheiro também identificou movimentação atípica na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo da família Bolsonaro. Queiroz recebeu, por exemplo, transferências de outros funcionários do gabinete de Flávio e deu um cheque de R$ 24 mil à primeira-dama Michelle Bolsonaro. A situação política de Flávio se agravou nesta terça-feira (22), após ter sido deflagrada no Rio uma operação do Ministério Público para prender suspeitos de chefiar milícias na cidade. O deputado empregava como assessoras em seu gabinete, até novembro do ano passado, a mãe e a mulher do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, 42, um dos alvos da operação e que está foragido. Segundo Flávio, Queiroz, que também é ex-policial, foi quem indicou as mulheres para trabalharem no gabinete. | 2019-01-23 14:15:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/apurar-e-punir-se-for-o-caso-diz-mourao-sobre-flavio-bolsonaro.shtml |
Para Mourão, fechamento de Embaixada da Palestina no Brasil é 'ilação' | Na contramão do que defendeu o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, o vice-presidente, Hamilton Mourão, negou nesta quarta-feira (23) que o Brasil possa fechar a Embaixada da Palestina."Nada disso. Os dois Estados são reconhecidos, o resto tudo é retórica e ilação", disse Mourão, que assumiu interinamente a Presidência com a viagem de Bolsonaro a Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial.O interino também lembrou da declaração feita pelo representante brasileiro na ONU, que defendeu na terça (22) um acordo entre Israel e Palestina.Em seu primeiro pronunciamento oficial sobre o conflito desde que Jair Bolsonaro tomou posse como presidente, o governo brasileiro defendeu uma “solução de dois Estados” em um novo acordo de paz conduzido pelos EUA.O discurso foi feito pelo embaixador Frederico Meyer durante reunião do Conselho de Segurança da ONU na terça.A fala do embaixador foi aguardada com ansiedade pelos presentes já que representantes de outros países esperavam que ele confirmasse uma inversão da política brasileira em relação ao conflito entre israelenses e palestinos, o que não ocorreu.Mourão disse que "nada mudou" desde 1947, quando o Brasil reconheceu o Estado da Palestina.No período eleitoral, Bolsonaro disse que a Embaixada da Palestina não tinha razão de existir porque não se tratava de um Estado. Ele chegou a falar que o prédio era um 'puxadinho' e disse que se isso não fosse alterado, em breve poderia haver a criação de uma embaixada das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território brasileiro.Durante o governo de transição, o presidente foi mais reticente ao comentar sobre a embaixada e disse que precisava ser revisto o fato de ela ficar tão próximo ao Palácio do Planalto, de onde despacha.A exemplo do que fez o governo de Donald Trump, nos EUA, Bolsonaro prometeu transferir a Embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. O governo, contudo, ainda trata o tema como um assunto não resolvido. | 2019-01-23 14:19:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/01/para-mourao-fechamento-de-embaixada-da-palestina-no-brasil-e-ilacao.shtml |
Maria Ribeiro elogia Fábio Assunção por acordo com músicos para ajudar dependentes | "Eu amo esse cara. Pra sempre". A declaração foi feita pela atriz Maria Ribeiro para seu ex-namorado, o também ator Fábio Assunção, em uma rede social, nesta quarta-feira (23). Eles terminaram o namoro em agosto do ano passado, quatro meses após tornarem público o relacionamento. Nesta terça-feira (22), Fábio Assunção anunciou um acordo com os músicos Gabriel Bartze e Bruno Magnata, da banda baiana La Fúria, para doar o valor arrecadado com uma música que leva seu nome e faz referência à dependência química e ao alcoolismo. Segundo Fábio Assunção, todo o valor arrecadado com a canção será doado para duas instituições, ainda não definidas, que tratam dependentes dos vícios. Entre outras coisas, a música intitulada "Fábio Assunção", uma das promessas de hit do Carnaval deste ano, traz em sua letra os dizeres "hoje eu vou beber, hoje eu vou ficar locão". "Nesses tempos tão tristes em que todo mundo tem assessor pra tudo, em que quase ninguém se posiciona por medo de perder seguidores ou contratos de publicidade, em que imagens de figuras públicas são higienizadas de forma mentirosa, Fábio Assunção vem e quebra tudo ao falar abertamente sobre sua história, conseguindo ainda por cima ser generoso com a banda baiana que usou seu nome", escreveu a atriz. "Sim, a gente bebe, ou fuma, ou separou, ou não pagou o IPVA, ou disse alguma coisa errada, ou tudo isso junto. E não, isso não nos faz menos família ou menos amor", finalizou. Nos cometários da publicação de Maria Ribeiro, famosos como Cleo, Patrícia Pilla e Alex Escobar, entre outros, elogiaram a declaração da atriz. Mariana Xavier, a Jenifer do clipe do hit de mesmo nome do cantor Gabriel Diniz, comentou o post de Maria Ribeiro com emojis de aplausos. A publicação em que Fábio Assunção fez o anúncio também foi apoiada por celebridades como Marina Ruy Barbosa, que disse admirar o ator "hoje e sempre".Em novembro de 2018, Fábio Assunção falou no programa Conversa com Bial, da Globo, que a sua dependência química foi superada. "Já tive um uso exagerado e uma relação obsessiva. É uma coisa que pode acontecer. Você não sabe se o uso recreativo de alguma coisa vai te levar a isso. Para mim, esse assunto já foi. Estou em outra fase. Esse assunto é recorrente, tem um estigma que eu tenho que lidar", disse ao apresentador da atração, Pedro Bial. Meses antes, em maio, Fábio Assunção foi detido após bater seu carro contra outros dois, em São Paulo. Como ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, precisou ser encaminhado para a 78ª Delegacia de Polícia, nos Jardins. O ator foi solto horas depois após pagar fiança de R$ 48 mil. Em junho de 2017, Fábio Assunção foi preso em flagrante na cidade de Arcoverde (sertão de Pernambuco), sob acusação de dano qualificado ao patrimônio público, desacato a autoridade, desobediência e resistência a prisão. | 2019-01-23 14:34:00 | celebridades | Celebridades | https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2019/01/maria-ribeiro-elogia-fabio-assuncao-por-acordo-com-musicos-para-ajudar-dependentes.shtml |
Kim Kataguiri retira candidatura para apoiar Novo no comando da Câmara | O deputado eleito Kim Kataguiri (DEM-SP) retirou sua candidatura à presidência da Câmara para declarar apoio a Marcel Van Hattem (Novo-RS). "Não vejo motivo para manter as duas candidaturas defendendo as mesmas ideias", disse o deputado eleito. De acordo com Kataguiri, a pauta prioritária do grupo será a defesa da reforma da Previdência.Kataguiri, que tem 22 anos, chegou a entrar no STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir que não fosse barrado de concorrer pela idade —por estar na linha sucessória da Presidência da República, há o entendimento em parte da Casa de que menores de 35 anos não poderiam assumir o posto. Seu pedido, no entanto, foi negado pelo ministro Luiz Fux, que afirmou não haver evidências de que ele de fato seria barrado. O deputado eleito, que é também um dos coordenadores nacionais do MBL (Movimento Brasil Livre), foi um dos primeiros a anunciar que concorreria ao posto máximo da Casa, apesar de ser recém-chegado ao Parlamento. Não é incomum, porém, que deputados coloquem suas candidaturas e depois as retirem antes do pleito. Isso pode acontecer por acordos firmados entre partidos —como o que ocorreu com João Campos (PRB-GO), que teve sua candidatura rifada pela sigla quando esta declarou apoio a Rodrigo Maia (DEM-RJ)— ou por decisão individual. Há ainda quem se coloque como candidato para "valorizar o passe": ou seja, o deputado põe sua candidatura à presidência da Câmara para depois conseguir um espaço em comissão ou em outro cargo da Mesa Diretora.Deputado mais votado do Rio Grande do Sul, Van Hattem é um dos fundadores do MBL. Atualmente deputado estadual, ele foi do PP antes de se filiar ao Novo, legenda pela qual conseguiu o primeiro mandato como deputado federal. Ele anunciou sua candidatura à presidência da Câmara na segunda-feira (21). Além de Van Hattem, estão na disputa pelo posto Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente, Fábio Ramalho (MDB-MG), Alceu Moreira (MDB-RS), Arthur Lira (PP-AL), Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Ricardo Barros (PP-PR), JHC (PSB-PE) e Capitão Augusto (PR-SP). Mais A decisão de Kataguiri de retirar a candidatura para apoiar Van Hattem, e não o contrário, se deve ao fato de que o gaúcho conta com apoio institucional do partido, ao contrário do paulista, que correria sem o aval de sua legenda. Apesar disso, ele nega que haja conflito com o atual presidente da Câmara. Parlamentares envolvidos na campanha de van Hattem têm conversado com outros candidatos avulsos na Casa para tentar obter apoio, como o de Alceu Moreira (MDB-RS) e JHC (PSB-AL). Além disso, buscam votos no PSL do presidente Jair Bolsonaro, onde parte da bancada está insatisfeita com o acordo feito pelo presidente da sigla, Luciano Bivar (PE) com Maia, em troca de postos em comissões. | 2019-01-23 14:55:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/kim-kataguiri-retira-candidatura-para-apoiar-novo-no-comando-da-camara.shtml |
Caio Junqueira começou a atuar ainda criança, ao lado do irmão, no seriado 'Armação Ilimitada' | O ator Caio Junqueira, 42, morto nesta quarta-feira (23), em decorrência de um acidente de carro, é bastante conhecido pela participação no filme “Tropa de Elite” (2007). Sua carreira, no entanto, começou ainda na infância, em produções como o seriado “Armação Ilimitada” e o especial de humor “Grupo Escolacho”, ambos da Globo. Em “Armação Ilimitada”, ele chegou em 1985, quando ainda tinha nove anos, e permaneceu até 1988, atuando ao lado do irmão, Jonas Torres. Em seguida participou do “Grupo Escolacho”, também em 1988; na minissérie “Desejo”, onde contracenou com Tarcísio Meira; e na novela “Barriga de Aluguel”, onde interpretou Tatau. Segundo o Gshow, Junqueira também participou de produções como “Confissões de Adolescente” (1994), “A Viagem” (1994), “Hilda Furacão” (1998), “Malhação” (1998), “O Clone” (2001), entre outras. Já no cinema, esteve em “Zuzu Angel” (2006), “Abril Despedaçado” (2001) e “Tropa de Elite”. “Caio era um grande ator, um grande amigo. Fizemos grandes coisas juntos, descobrimos coisas, somos da mesma geração... Passamos por muitos momentos”, afirmou o ator e amigo Ângelo Paes Leme, com quem Junqueira contracenou em “Malhação” (Globo) e “Milagres de Jesus” (Record). Junqueira morreu na madrugada desta quarta, no Hospital Miguel Couto, na Gávea, zona sul do Rio. Ele estava internado desde 16 de janeiro, quando sofreu um grave acidente de carro no Aterro do Flamengo. Ele teve duas fraturas expostas na ocasião. A causa da morte, no entanto, não foi divulgada. | 2019-01-23 15:25:00 | celebridades | Celebridades | https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2019/01/caio-junqueira-comecou-a-atuar-ainda-crianca-ao-lado-do-irmao-no-seriado-armacao-ilimitada.shtml |
Arabia Saudita suspende la importación de carne de pollo de 33 frigoríficos de Brasil | Arabia Saudita, la mayor importadora de carne de pollo de Brasil, deshabilitó 33 frigoríficos de la lista de exportadores brasileños.De los 58 frigoríficos habilitados por el Ministerio de Agricultura para exportar al país, quedaron apenas 25 en la lista de los árabes.En 33 de ellos, Arabia Saudita exige algunos acuerdos para que vuelvan a exportar. Según el presidente de la ABPA (Asociación Brasileña de la Industria de Proteína), Francisco Turra, de las 58 unidades liberadas sólo 30 efectivamente estaban exportando al país árabe. El impacto mayor, por lo tanto, lo tendrán cinco compañías, de acuerdo Turra.Entre las unidades desacreditadas por los árabes están frigoríficos de la BRF y de la JBS, empresas bastante activas en el sector.Esta contracción del número de frigoríficos liberados por Arabia Saudita se produce debido a un conjunto de factores, según información del sector.Uno de los motivos de esta medida por parte de los árabes sería la constatación de irregularidades en algunos frigoríficos, encontradas por los técnicos de una comitiva árabe que estuvo en Brasil el año pasado.El sector de producción de carne ve, además, una búsqueda de la reducción de la dependencia árabe de la proteína brasileña. A pesar de todos los escollos en el país, Arabia Saudita quiere incentivar la producción interna de pollo.No está descartada una presión económica de los árabes sobre la manifestación política de Jair Bolsonaro de trasladar la embajada brasileña de Tel Aviv a Jerusalén, en Israel. Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGALea el artículo original | 2019-01-23 12:20:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/internacional/es/economia/2019/01/arabia-saudita-suspende-la-importacion-de-carne-de-pollo-de-33-frigorificos-de-brasil.shtml |
Bolsonaro vincula contratos de comunicação com ações escusas de outros governos | De Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial, o presidente Jair Bolsonaro recorreu às redes sociais para falar que seu governo vai reduzir gastos com comunicação. Em postagem feita na manhã desta quarta-feira (23), ele associou os contratos com agências ao que chamou de "ações escusas" de gestões anteriores, dizendo que isso resultou em prisões."Nos governos anteriores, esses gastos ultrapassavam centenas de milhões. Era mais uma das muitas fontes de ações escusas dos grupos que estavam no poder, cuja boa parte dos membros está presa. Uma irresponsabilidade em detrimento das reais demandas dos brasileiros e do Estado!", escreveu no Twitter.Na publicação, Bolsonaro não detalha quais seriam as suspeitas e nem os agentes públicos ligados aos casos. Ele também não menciona suspeitas de irregularidades, mas diz que um contrato que cuidava da área internacional do governo foi suspenso este mês."O Ministro da Secretaria de Governo, General Santos Cruz, anunciou o fim do contrato de R$30 milhões/ano com assessoria de imprensa internacional. Além disso, zeramos os custos com propaganda da Caixa e BB neste início de governo e pretendemos encerrar de maneira justa e enxuta!", afirmou.Na terça (22), Santos Cruz confirmou à Folha que o governo não renovaria o contrato com a agência de comunicação corporativa CDN, que cuida da relação do governo brasileiro com a imprensa estrangeira, e se encerrava neste mês.Com validade total de cinco anos, ele poderia ser renovado pela última vez neste ano. O governo federal ainda não definiu se fará uma nova licitação.O valor global do negócio era de R$ 30 milhões por ano. Como o contrato dependia de serviços específicos a serem demandados pelo Planalto, o valor real repassado variava de acordo com o empenho orçamentário baseado nesses produtos.Segundo a empresa de comunicação, a média anual de repasse nos últimos quatro anos foi de R$ 10 milhões. No período, a empresa assessorou, por exemplo, o governo brasileiro na Olimpíada do Rio de Janeiro. | 2019-01-23 11:39:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/bolsonaro-vincula-contratos-de-comunicacao-com-acoes-escusas-de-outros-governos.shtml |
Katy Perry e Zedd gravam parceria em música '365', prevista para ser lançada em 7 de fevereiro | Katy Perry, 34, e Zedd, 29, eram alvos de rumores desde agosto de 2018, quando passaram a ser vistos juntos com frequência. No mesmo mês, uma imagem dos dois gravando em um estúdio vazou e logo surgiram boatos de que os dois estariam desenvolvendo um novo projeto juntos.Mas somente nesta terça-feira (22), um semestre depois, os dois confirmaram a parceria: a Universal Music do Reino Unido divulgou um comunicado de lançamentos no qual revela que os dois artistas vão lançar uma música.A novidade leva o nome de "365", e deve ser lançada no dia 7 de fevereiro. Trata-se de uma música de Zedd, com participação de Katy Perry. O produtor também já fez colaborações com Selena Gomez, Alessia Cara, Shawn Mendes e outros artistas.“Eu sou sempre sincero sobre o fato de que eu faço muitas músicas com as pessoas que nem sempre são lançadas", disse Zedd à revista britânica NME, na época dos boatos sobre a nova parceria. "Mas nós [Katy e ele] estamos trabalhando e eu ainda quero lançar uma música com ela, eu sempre quis. Então, se formos sortudos, terminaremos a música e ela será lançada. Se não, talvez em outra hora." Mais | 2019-01-23 12:03:00 | musica | Música | https://f5.folha.uol.com.br/musica/2019/01/katy-perry-e-zedd-gravam-parceria-em-musica-365-prevista-para-ser-lancada-em-7-de-fevereiro.shtml |
El inversor de fuera está esperando a ver lo que ocurre en Brasil con las pensiones, dice el presidente del Itaú Unibanco | Grandes inversores nacionales y extranjeros todavía están cautelosos con relación a la aprobación de la reforma de las pensiones, según Candido Bracher, presidente del Itaú Unibanco. "El internacional todavía está esperando a ver qué pasa".Además de la reforma en Brasil conseguir más aceptación, uno de los efectos de la recesión fue el crecimiento del mercado privado de capitales a partir de la contracción del BNDES, afirma.En Davos, con motivo del Foro Económico Mundial, Bracher dice haber percibido que se destacaron dos momentos en los que inversores extranjeros mostraron especial interés en el país."El primero fue el almuerzo que promovemos aquí desde 2014 y que estaba mucho más lleno, con gente de todo el mundo queriendo oír al ministro Paulo Guedes, el segundo fue la sesión del Foro con el presidente Jair Bolsonaro. ¿Cuál es su visión sobre el inicio del gobierno de Jair Bolsonaro?Estoy muy impresionado, desde el punto de vista económico, con el diagnóstico que se hace de los problemas. La gran pregunta es si el Gobierno tiene habilidad política para las negociaciones necesarias.¿Pero qué medidas en esta área? Todavía no está clara qué reforma de las pensiones el presidente defiende, por ejemplo…Me estoy guiando por el discurso del equipo económico, que es consistente. La reforma tiene como mínimo que generar un 1,4% del PIB de la economía, lo que la propuesta de Temer generaría.¿Hasta dónde el mercado toleraría una atenuación de la reforma respecto a la del gobierno Temer?Difícil de responder, pero la situación que tenemos hoy es de una inflación bajo control, tasa de interés baja y una relación deuda / PIB que crece sin perspectiva de parar.En el momento en que el mercado entiende que la deuda pública sobre el PIB no va a dejar de crecer, la inflación vuelve y la tasa de interés va a tener que subir. El equilibrio que tenemos está basado en la expectativa de que la reforma sea aprobada.¿Qué reforma? Una que genera, como mínimo, ese 1,4% del PIB de economía. ¿Y si la reforma de las pensiones no pasa?Tendremos un problema. La frustración de las expectativas será muy grande.No creo que Brasil caiga en un abismo al día siguiente porque la situación de las reservas es sólida, pero habrá una frustración muy grande y la gente puede tener una evolución económica muy mala, muy morosa.¿Y si pasa una reforma cualquiera, con una economía inferior al 1,4% del PIB?Es algo mejor, son tonos diferentes de mediocridad económica.¿Y la idea de capitalización defendida por el ministro Paulo Guedes?Sin duda es lo ideal, si fuera posible. En el régimen de capitalización, cada generación ahorra para su propia jubilación. El problema es que hoy las generaciones entrantes ahorran para las generaciones más mayores.En el momento en que usted instituye la capitalización, se crea un vacío y una necesidad de recursos fiscales inmenso.El instituto Datafolha mostró que el 65% de la población está muy animada con el nuevo gobierno. ¿Ya sienten en el banco reflejos concretos en la economía por esa expectativa?Hemos visto un alza en la demanda de crédito, un entusiasmo mayor de las pequeñas y medianas empresas.¿De cuánto es ese aumento?Trabajamos con el pronóstico de elevar este año nuestra cartera de crédito a dos dígitos.Desde el punto de vista de los inversores, se nota una clara diferencia entre lo local y lo internacional. El local ya está invirtiendo, contando con la probabilidad de que la reforma sea aprobada y de que la economía despegue.El internacional todavía está esperando a ver qué pasa.¿Pero el local ya está haciendo inversiones directas?La bolsa está batiendo récord ...Sí, pero ¿ya invierte de forma significativa en las empresas?[Están] Invirtiendo en sus negocios, pero las grandes empresas también están más cautelosas. Naturalmente, los procesos de las grandes también son mayores.Debido al nuevo gobierno, ¿sintió un interés mayor por parte de inversores extranjeros para concertar reuniones en Davos?Dado el interés limitado que los emergentes despiertan, el país llamará la atención porque tiene un presidente y un equipo económico nuevos y mayores posibilidades de crecimiento en los próximos años. Entonces, mi agenda está llena.Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGALea el artículo original | 2019-01-23 12:11:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/internacional/es/economia/2019/01/el-inversor-de-fuera-esta-esperando-a-ver-lo-que-ocurre-en-brasil-con-las-pensiones-dice-el-presidente-del-itau-unibanco.shtml |
Na academia da Ferrari, Mick Schumacher corre contra o próprio histórico | A entrada de Mick Schumacher na academia de jovens pilotos da Ferrari, confirmada na última semana, alimentou a expectativa de que o filho de Michael possa seguir o caminho do pai e se tornar um grande ídolo da Scuderia.Porém, o alemão, que completa 20 anos em março, passará por um teste importante nesta temporada na Fórmula 2. E terá de se livrar do estigma de piloto que demora a se adaptar a novas situações.Mick Schumacher tem alguns fatores a seu favor: correrá pela equipe Prema, uma das maiores da categoria e com na qual está desde a F-4. Terá, claro, o apoio da Ferrari, inclusive na estrutura da equipe, e correrá em um grid esvaziado depois dos pilotos do top 4 do ano passado deixarem a categoria (George Russell, Lando Norris e Alexander Albon foram para a F-1 e a carreira de Artem Markelov está em suspenso após seu pai e financiador ter sido preso na Rússia).Porém, desde o kart, o piloto tem demonstrado dificuldades em se adaptar a novas categorias. Ele começou a correr em 2008, usando o sobrenome de solteira da mãe, Betsch, como forma de não chamar a atenção, e apenas em seus dois últimos anos de kart, 2013 e 2014, passou a ter resultados mais expressivos, terminando o alemão, europeu e mundial em segundo.O relacionamento com a Prema, equipe com a qual correrá na F-2 e que tem fortes laços com a Ferrari e que costuma ter como seus pilotos membros da Academia da Scuderia, começou em 2016 ainda na F-4, onde Schumacher também demorou a decolar.Ele foi décimo em seus dois primeiros campeonatos mas, com uma equipe mais forte, foi segundo em 2016 no alemão e no italiano de F-4. Subindo para a F-3 em 2017, Mick Schumacher também demorou a se adaptar, sendo 12º mesmo correndo pela Prema, que colocou seus companheiros em terceiro e quarto no campeonato.A temporada de 2018 também não começou bem para Schumacher, que só foi ganhar a primeira prova na última prova da quinta rodada tripla do campeonato, justamente em Spa-Francorchamps, pista muito ligada a seu pai —onde Michael estreou, venceu pela primeira vez (depois obtendo o recorde de vitórias, seis) e conquistou o último título, em 2004. Dali em diante, Mick decolou no campeonato, vencendo 7 das últimas 15 corridas. A mudança de desempenho no meio do campeonato gerou questionamentos sobre um possível favorecimento a Schumacher, cujo nome começava a circular cada vez mais fortemente no paddock.No final do ano passado, inclusive, o então chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene, já dava sinais de que a contratação do alemão nascido na Suíça era uma questão de tempo.Na Fórmula 2, Schumacher deve ter vida fácil contra o companheiro Sean Gelael, mas vai correr contra pilotos experientes na categoria, como Sergio Sette Camara, Nyck de Vries, Jack Aitken e Louis Deletraz.Outro desafio será lidar, pela primeira vez, com os pneus Pirelli, sempre citados como de difícil adaptação pelos pilotos. Na F-3, Schumacher usava os Hankook.Demorar para passar também por essa etapa da Fórmula 2 pode ser um problema para Schumacher conseguir os pontos necessários para obter a superlicença. Para 2019, ele tem os pontos, devido aos dois segundos lugares na F-4 em 2016 e ao título da F-3. Porém, ao final deste ano, os pontos de 2016 vencem, então ele só manteria a superlicença —e a chance de correr na F-1 já em 2020— se terminar a F-2 pelo menos em sexto.Perguntado se Mick poderia ser uma estrela da F-1 no futuro, Sebastian Vettel, que correu lado a lado com ele na Corrida dos Campeões, no último fim de semana, disse achar que sim, mas ponderou: "Deem tempo a ele, ele já está sob bastante pressão. Deixem ele fazer as corridas deles, deem tempo e veremos o que acontece."Já o chefe ferrarista, Mattia Binotto, garantiu que a contratação de Mick foi devido às suas qualidades profissionais e humanas. O engenheiro disse conhecê-lo desde que nasceu, uma vez que fazia parte do time de testes da Ferrari na época em que Michael Schumacher estava na equipe, de 1996 a 2004.Mick Schumacher será um dos três pilotos da academia da Ferrari na F-2, ao lado de Giuliano Alesi e Callum Ilott. A academia conta com dois brasileiros: Enzo Fittipaldi, atual campeão da F-4 italiana, vai correr na Fórmula 3 Regional, e Gianluca Petecof fará mais um ano na F-4. | 2019-01-23 12:20:00 | esporte | Esporte | https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2019/01/na-academia-da-ferrari-mick-schumacher-corre-contra-o-proprio-historico.shtml |
GM no Brasil quer liberar terceirização, aumentar jornada e reduzir salário, diz sindicato | A General Motors quer liberar a terceirização em toda a fábrica de São José dos Campos (interior de SP) e implementar a jornada intermitente (por hora ou dia), como parte da reestruturação proposta pela montadora para a unidade, de acordo com representantes do sindicato dos metalúrgicos da região.Os sindicalistas participaram de reunião com a diretoria da GM na tarde desta terça-feira (22). A empresa disse que não vai comentar o assunto.A proposta, segundo o sindicato, traz 28 pontos, como aumento da jornada para novos contratados de 40 horas semanais para 44 horas e redução do piso salarial da categoria como um todo de R$ 2.300 para R$ 1.600.O adicional pago a trabalhadores noturnos, hoje em 30%, poderia ser reduzido ao percentual exigido pela lei, de 20%.As possibilidades de contrato intermitente e terceirização inclusive da atividade-fim nas empresas vieram com mudanças recentes na legislação trabalhista. As novas regras permitiram também a extensão a todas as categorias da jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, pleiteada também pela GM. "O medo com a terceirização é que a empresa demita os trabalhadores que operam diretamente com produto e contrate trabalhadores terceirizados pagando 40% menos", diz Renato Almeida, vice-presidente do sindicato. Pela proposta, a montadora teria levantado ainda, no entendimento do sindicato, a possibilidade de congelar aumentos salariais neste ano e não pagar PLR (Participação nos Lucros e Resultados) em 2019. Segundo Almeida, nos últimos anos, o PLR da categoria tem ficado entre R$ 14 mil e R$ 16 mil.Outro ponto que preocupa o sindicato fala sobre exclusão da garantia de emprego aos empregados acidentados."Hoje, existem mais de 1.300 trabalhadores que sofreram doença ocupacional ou acidente e trabalham em serviços compatíveis na fábrica, com estabilidade, graças à convenção", diz Almeida.A fábrica de São José dos Campos tem 4.800 funcionários e trabalha atualmente em dois turnos. De acordo com dados divulgados pela GM, o último grande investimento na unidade ocorreu em 2010, quando R$ 800 milhões foram aplicados para produzir a geração atual da picape S10 e o utilitário Trailblazer. Na terça, o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, se encontrou com representantes dos sindicatos de São José e São Caetano do Sul (Grande SP) e com os prefeitos das duas cidades para falar sobre a situação da empresa. Segundo os participantes da conversa, a GM condicionou novos investimentos nas fábricas a renegociações com governos, sindicatos e o restante da cadeia, como fornecedores e concessionárias.O sindicato dos metalúrgicos de São José se reúne mais uma vez com a diretoria da GM nesta quarta-feira (23), às 14h, em Guarulhos, para esclarecer pontos da lista de demandas da montadora. A proposta só será colocada em votação em assembleia de trabalhadores ao final do processo de negociação, informou o sindicato.A GM se reuniu também, na manhã desta terça, com o sindicato dos metalúrgicos de São Caetano do Sul. Segundo representantes dos trabalhadores, a pauta não é exatamente igual à apresentada para os sindicalistas de São José dos Campos, mas há diversos pontos de convergência. Eles disseram que não podem oferecer mais detalhes sobre as demandas da GM antes de realizarem uma assembleia com os trabalhadores, o que deve acontecer na segunda-feira (28).Haverá uma nova reunião entre a GM e o sindicato de São Caetano nesta quinta-feira (24), às 15h.No início do ano passado, a GM anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão —como parte de um plano total de aplicação de R$ 13 bilhões entre 2014 e 2020— para modernizar a fábrica de São Caetano do Sul e ampliar sua capacidade anual de 250 mil veículos para 330 mil. Uma nova linha de SUV deve ser iniciada em dezembro. Veja a pauta da GM divulgada pelo sindicato de São José dos Campos:1. Negociação da PLR com revisão de regras de aplicação, prevalência da proporcionalidade, transição para equivalência salarial e inclusão da produtividade (absenteísmo) 2. PLR por 3 anos sendo, 0% no 1º ano (2019), 50% no 2º e 100% no 3º ano 3. Nova grade salarial para toda a Planta de SJC para horistas e mensalistas, progressão salarial com congelamento para o ano de 2019 e nova tabela salarial, inclusive para cargos especializados 4. Formalização de acordo coletivo de longo prazo, 2 anos e renováveis por mais 2 anos 5. Negociação de valor fixo em substituição ao aumento salarial para os horistas e meritocracia para os mensalistas, sendo, 0% no 1º ano (2019), 60% no 2º e 100% (da inflação) no 3º ano 6. Implementação do trabalho intermitente por acordo individual e coletivo 7. Terceirização de atividades meio e fim 8. Jornada de trabalho de 44 horas semanais para contratações novas 9. Piso Salarial de R$ 1.600 10. Redução do adicional noturno para percentual previsto em Lei (20%) 11. Supressão de pagamento de hora extra, com adicional diferenciado limite de 29,275 horas 12. Redução do período de complementação do auxílio previdenciário para 60 dias, limitado a 1 evento (afastamento) por ano 13. Introdução de cláusula no acordo coletivo de trabalho regulando a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho (layoff) 14. Revisão, inclusão, exclusão de adequação das cláusulas sociais 15. Exclusão da garantia de emprego aos empregados acidentados 16. Cláusula regrando a adoção de termo de quitação anual de obrigações trabalhistas 17. Acordo específico de flexibilidade de jornada de trabalho por meio do banco de horas 18. Rescisão no curso do afastamento para empregados com tempo para aposentadoria 19. Desconsideração de horas extras extraordinária 20. Trabalho em regime de tempo parcial 21. Jornada especial de 12 por 36 22. Ajuste na cláusula de férias com parcelamento previsto na lei 23. Inaplicabilidade de isonomia salarial acima de 48 meses para grade nova 24. Suspensão da contribuição da GMB por 12 meses do PreviGM 25. Alteração do Plano Médico 26. Renovação dos acordos e flexibilidades existentes 27. Manter o acordo de manutenção e escala sem pagamento das folgas 28. Fim do subsídio do transporte ou inclusão de linhas regulares | 2019-01-23 12:29:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/gm-quer-liberar-terceirizacao-ampla-aumentar-jornada-e-reduzir-salario-diz-sindicato.shtml |
BBB 19: Vanderson é desclassificado do reality após acusação de estupro e agressão | Vanderson Brito, 35, participante do Big Brother Brasil 2019, foi intimado nesta quarta-feira (23) a prestar depoimento em inquérito instaurado, após receber denúncias por importunação sexual, estupro e violência doméstica.O biólogo foi convidado a depor pela delegada Rita Salim, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (DEAM), no Rio de Janeiro. Para depor, Vanderson precisou deixar a casa do BBB 19. A Globo afirmou que a saída de Vanderson resulta em sua desclassificação imediata e ele não será substituído. Com a saída do biólogo, a eliminação de Vinícius nesta terça-feira (22), e a desclassificação de Fábio antes mesmo de entrar na casa, sobram 15 "brothers" para competir pelo prêmio de R$ 1,5 milhão. Tiago Leifert anunciará a decisão na edição desta quarta (23). A delegada Juliana de Angelis Carvalho, titular da DEAM do Acre, já havia declarado que foram registrados três boletins de ocorrência contra o biólogo e coordenador educacional indígena. Os motivos seriam lesão corporal no âmbito da violência doméstica, estupro e importunação ofensiva ao pudor.Na semana anterior à estreia do BBB, Maíra Menezes, ex-namorada de Vanderson, acusou o biólogo de agressão física e psicológica. O fato teria ocorrido dez anos atrás."São acusações infundadas", disse o advogado de Vanderson, Roberto Almeida, ao UOL. "Não condiz com a verdade dos fatos, que foram alterados e são de oito, dois anos atrás. O que nos parece é que estão querendo aparecer. Isso será efetivamente comprovado no decorrer do inquérito." A irmã de Vanderson, Vanda Brito, negou as acusações e disse ainda que a família entraria com um processo motivado por calúnia e difamação. "Pela idoneidade dele e criação que tivemos da nossa mãe tenho certeza que ele não fez isso. Essas acusações são falsas. Essa moça [Maíra Menezes] tinha muitos problemas psicológicos, tanto é que o caso deles não deu certo. Era uma menina muito agressiva, ciumenta. Vamos tomar as providências e colher as provas", disse ao UOL. | 2019-01-23 12:39:00 | televisao | Televisão | https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb19/2019/01/bbb-19-vanderson-deixa-o-big-brother-brasil-2019.shtml |
Cinco empresas querem concluir Angra 3, diz ministério de Minas e Energia | Cinco empresas já se apresentaram ao governo interessadas na conclusão da obra de Angra 3, que está parada desde que foi alvo da operação Lava Jato. O presidente Jair Bolsonaro pretende concluir a usina nuclear para tentar baratear o custo da energia, especialmente na região Sudeste.O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta quinta-feira (23) que o ministério está verificando a “viabilidade econômica” do projeto e que a ideia é inaugurar a usina em 2026. Albuquerque defendeu mudanças na Constituição para que, futuramente, empresas privadas possam atuar nesse mercado no país. Hoje, a exploração nuclear no país é monopólio da União. "Já estamos discutindo isso", disse. No caso de Angra 3, o ministro não vê risco na parceria com a iniciativa privada. Sem mencionar os nomes dos interessados, o ministro disse que toda a parte sensível da usina, basicamente a montagem eletromecânica (equipamentos), está concluída.Ainda segundo ele, o projeto de Angra 3 ganhou força com a decisão do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) no ano passado que baixou o preço de referência da energia nuclear no país para R$ 480 o MW. O conselho também delegou o projeto para que o PPI (Programa de Parcerias em Investimentos) encontrasse uma forma de viabilizar o empreendimento.O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Reive Barros, disse que, com a competição nos leilões, esse preço tende a ficar ainda mais baixo, favorecendo a queda da tarifa de energia de maneira geral.Além disso, ele explicou que, do ponto de vista de custo de geração, a energia nuclear acaba sendo uma fonte mais eficiente que a hidráulica.A região Sudeste, maior centro consumidor, deve ser favorecida com esse projeto evitando perdas de transmissão. Hoje, segundo o secretário, é preciso mais linhas de transmissão para transportar 1MW de energia na região. Ou seja: aumentaram as perdas de energia do sistema. Como a usina fica em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, essa perda tende a ser menor na região Sudeste.O ministro disse ainda que não há “ideia pré concebida” sobre o projeto. Albuquerque considera que é inaceitável um país que é a sétima maior reserva de urânio (com apenas 30% do território prospectado), deter a tecnologia de processamento, e não investir nessa matriz energética.No encontro ocorrido no ministério, Albuquerque apresentou sua equipe, disse que vai investir na expansão do sistema elétrico, rever subsídios, aumentar a quantidade de biocombutível na gasolina, e defender a aprovação do projeto de lei que está no Congresso que multa empresas que não entregarem energia por motivos que não sejam a seca.Garantiu que haverá acordo com a Petrobras no contrato da cessão onerosa para que o leilão seja realizado no segundo semestre deste ano. Também afirmou que o processo de capitalização da Eletrobrás será feito, mas que estão revendo o modelo. | 2019-01-23 12:57:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/cinco-empresas-querem-construir-angra-3-diz-ministerio-de-minas-e-energia.shtml |
Venezuela tem noite violenta na véspera de protestos contra Maduro | A noite que antecedeu a marcha deste dia 23 de janeiro na Venezuela, conclamada pela Assembleia Nacional para pedir a renúncia do ditador Nicolás Maduro, voltou a ser violenta, como a madrugada anterior. Ao menos quatro pessoas morreram, segundo a polícia e ativistas humanitários. Foram reportados protestos em algumas localidades do país —além de Caracas, nos municípios de El Valle, Catia, Los Mecedores e El Junquito. A maioria desses lugares tem predominância de eleitores chavistas, tradicionalmente. Também se ouviram panelaços por toda a capital.Em San Felix, ao sul do país, foi incendiada uma estátua de Hugo Chávez. O busto apareceu horas depois, dependurado num poste da cidade.Já nesta quarta-feira (23), as ruas amanheceram calmas, com grupos começando a se mobilizar. A perspectiva de que choverá ao longo do dia, por ora, não desanima os organizadores, que vêm convocando as pessoas por meio da internet.Nas estradas que dão acesso a Caracas, foram colocadas barreiras para controlar a entrada de manifestantes. Na via que une El Junquito à capital, houve enfrentamento com a Guarda Nacional e uso de armas de fogo. Ainda não há confirmação de mortos ou feridos.O protesto ocorre neste 23 de janeiro em homenagem à data em que foi derrubada a ditadura de Pérez Jimenez (1953-1958). | 2019-01-23 12:56:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/01/venezuela-tem-noite-violenta-na-vespera-de-protestos-contra-maduro.shtml |
Flávio Bolsonaro Kept Relatives Of Suspected Militia Commander In Payroll | Until November 2018, Rio de Janeiro state representative and senator-elect Flávio Bolsonaro had the mother and the wife of a former police officer under investigation for commanding militia groups in the state, former captain Adriano da Nóbrega. Nóbrega had been expelled from the force and is a fugitive.His mother Raimunda and wife Danielle resigned from their positions after a request from senator Bolsonaro, one of the president's four sons. Each of them made around R$ 6,500 (US$ 1,700) per month.Raimunda is one of Flávio Bolsonaro's aides cited in a financial surveillance report that identified atypical bank activities from another Bolsonaro aide, Fabrício Queiroz. According to the report, she would have transferred R$ 4,600 (US 1,200) to Queiroz' bank account.Bolsonaro's press representative said that Raimunda was referred by Queiroz, a retired police officer under investigation of money laundering, for the position.Flávio Bolsonaro is not under formal criminal investigation, but he is being investigated for misconduct. Queiroz is suspected of retaining a portion of Bolsonaro's aides' wages as a kickback. The senator-elect denies it.Translated by NATASHA MADOVRead the article in the original language | 2019-01-23 11:06:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/internacional/en/brazil/2019/01/flavio-bolsonaro-kept-relatives-of-suspected-militia-commander-in-payroll.shtml |
Se Flávio errou, vai ter de pagar, diz Bolsonaro sobre o filho investigado | O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quarta-feira (23) em entrevista à agência Bloomberg, em Davos, que eventuais irregularidades cometidas pelo deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, seu filho, terão de ser punidas. "Se por acaso ele errou e isso for provado, lamento como pai, mas ele terá de pagar o preço por esses atos que não podemos aceitar", afirmou Bolsonaro. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) considerou suspeitos 48 depósitos feitos em dinheiro na conta de Flávio. Os depósitos, sempre no valor de R$ 2.000, totalizando R$ 96 mil, foram feitos em junho e julho de 2017 no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio.De acordo com Flávio, o dinheiro é parte de um pagamento em dinheiro que recebeu ao vender um imóvel em Laranjeiras. Como mostrou a Folha, Flávio fez 20 transações imobiliárias em 15 anos, lucrando com a compra e venda de imóveis em curto período de tempo. De 2002 a 2018, seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral passou de um Gol 1.0 de R$ 25,5 mil para quase R$ 1,75 milhão em bens. Flávio justifica o patrimônio por ser empresário, mas não detalhou suas atividades no ramo. Seu primeiro negócio registrado é uma filial da loja de chocolates Kopenhagen, aberta em 2015. Antes disso, porém, ele já acumulava imóveis e transações. O órgão de combate à lavagem de dinheiro também identificou movimentação atípica na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo da família Bolsonaro. Queiroz recebeu, por exemplo, transferências de outros funcionários do gabinete de Flávio e deu um cheque de R$ 24 mil à primeira-dama Michelle Bolsonaro. A situação política de Flávio se agravou nesta terça-feira (22), após ter sido deflagrada no Rio uma operação do Ministério Público para prender suspeitos de chefiar milícias na cidade. O deputado empregava como assessoras em seu gabinete, até novembro do ano passado, a mãe e a mulher do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, 42, um dos alvos da operação e que está foragido. Segundo Flávio, Queiroz, que também é ex-policial, foi quem indicou as mulheres para trabalharem no gabinete. Queiroz é investigado sob suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. O Coaf identificou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária em 2016 e 2017.O alerta se deve não só ao volume, mas também à forma com que as operações eram feitas. No período, Queiroz realizou saques uma vez a cada dois dias em valores elevados, sempre após depósitos de quantias semelhantes.Flávio Bolsonaro não é formalmente investigado no caso na esfera criminal, mas sim na área cível, que apura improbidade administrativa. A suspeita é de que Queiroz fosse o responsável por recolher parte do salário de servidores com finalidade ainda não esclarecida. O senador eleito nega a prática.A investigação do caso está suspensa após liminar do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. | 2019-01-23 09:15:00 | internacional | Internacional | https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/01/bolsonaro-da-entrevistas-a-imprensa-estrangeira-em-davos.shtml |
Ana Maria Braga é acusada de racismo por internautas após elogiar pessoas de cabelo liso | Ana Maria Braga resolveu levar o desafio do #10YearsChallenge para o seu programa, o Mais Você, nesta terça-feira (22). A apresentadora analisou algumas fotos dos telespectadores que comparavam suas aparências atuais com as de até 20 anos atrás, mas acabou fazendo um comentário que não foi bem recebido pelos telespectadores.Em uma das fotos, Louro José comentou o cabelo do participante. “Meu Deus. Vou te falar: ainda bem que você cortou esse cabelo. Graças a Deus!”, disse. Ana então respondeu: "Você não pode falar de cabelo também… Quer ver uma coisa? Se eu pegar uma foto sua, aqui de trás, sabe? De 20 anos atrás, e falar em cabelo, né?" “Eu tinha cabelo, mas nunca foi isso aí, não!”, disse o pássaro. A apresentadora rebateu: “É inveja! Cabelo liso, bonito do menino. Lindo! Você, que nunca teve cabelo liso, está com inveja do cabelo do menino. Fala a verdade, Louro! Você nem podia deixar crescer! Não é? Todo cheio de cachinhos esse menino aqui embaixo…”.Internautas encararam essa última declaração como racista, por dizer que Louro deveria ter inveja de cabelos lisos porque tinha cachos. Procurada pelo F5, a assessoria do programa não se pronunciou. | 2019-01-23 11:00:00 | celebridades | Celebridades | https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2019/01/ana-maria-braga-e-acusada-de-racismo-por-internautas-apos-elogiar-pessoas-de-cabelo-liso.shtml |
Militares entrarão em 2ª parte da reforma da Previdência, diz Bolsonaro | A inclusão dos militares no pacote de alterações do sistema de aposentadoria brasileiro deve acontecer em uma segunda parte da reforma da Previdência, afirmou o presidente Jair Bolsonaro à agência de notícias Bloomberg nesta quarta-feira (23).Em entrevista a John Micklethwait, editor-chefe da Bloomberg News, Bolsonaro disse que o governo espera pequenos ajustes entre a proposta que apresentará e a que o Congresso aprovará, mas afirmou que "será uma reforma bastante substancial”.Militares entrarão "na segunda parte da reforma", disse o mandatário sem dar mais detalhes. Ele está em Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial.Reportagem da Folha mostrou que a reforma se encaminhava para incluir militares, já que um número cada vez maior de membros do governo Bolsonaro oriundos das Forças Armadas tem expressado concordância com a proposta.Bolsonaro prometeu medidas rápidas e abrangentes para consertar a economia e prevenir que o Brasil se transforme em um país com regime no estilo venezuelano.Planos para vender um grande número de estatais estão quase prontos, segundo Bolsonaro. Ele disse que.um estudo de privatizações está praticamente concluído e incluirá empresas deficitárias. Para Bolsonaro, a aprovação da reforma da Previdência, ansiosamente aguardada por investidores, é praticamente certa, dado que a situação financeira do Brasil oferece poucas alternativas."Há uma consciência no Brasil de que as reformas são vitais para as entidades federais continuarem operando ", afirmou. "O Brasil tem que dar certo. Se não, a esquerda vai voltar e nós não sabemos qual será o destino do Brasil, talvez se torne mais como o regime que temos na Venezuela."Bolsonaro disse ainda que esforços estavam em andamento para modernizar a Mercosul e permitir ao Brasil buscar acordos comerciais individualmente."Um país do tamanho do Brasil não pode ser retido pelo Mercosul para fazer comércio com o resto do mundo ", afirmou.Segundo Bolsonaro, há um impasse para o acordo entre Mercosul e União Europeia gerado por condições colocadas pela França, que, segundo ele, prejudicariam as commodities brasileiras. "[Esse impasse] não será solucionado brevemente”, disse. | 2019-01-23 11:15:00 | mercado | Mercado | https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/militares-entrarao-em-segunda-parte-da-reforma-da-previdencia-diz-bolsonaro.shtml |
Ex- BBB Gleici Damasceno cobra R$ 40 mil por publicação em rede social, diz site | Depois de vencer o Big Brother Brasil 2018, Gleici Damasceno comprou uma casa para a mãe e tem investido o valor que sobrou do prêmio. Logo após sair vitoriosa da casa, Gleici sentiu os efeitos da fama.Suas redes sociais que, estima ela, tinham cerca de mil seguidores antes de ser uma “sister” atingiram rapidamente a casa dos milhões. Só seu perfil no Instagram reúne atualmente mais de 6 milhões de fãs, marca que ela celebrou devidamente com bolo e vela. Nesta quarta (23), o Extra afirmou que Gleici cobrava cerca de R$ 40 mil para fazer uma postagem no Instagram para algumas marcas, como a de uma marca de absorvente feminino da qual virou “embaixadora”. Gleici, que agora estuda teatro, realmente fatura com a rede, mas disse que não comenta sobre os preços e não confirma o valor citado pelo jornal carioca. "Estou feliz com o que tenho tido de retorno e com as marcas que me contrataram até aqui, pois são marcas que eu acredito muito", disse ao F5, nesta quarta. Na semana passada, Gleici Damasceno confirmou com F5 e afirmou que reconhece que a fama oriunda de um programa que ganha nova edição todos os anos pode ser efêmera e diz que o assédio já não é o mesmo de quando deixou a casa com o prêmio. “Ainda tiro muita foto com os fãs, tem muito assédio, mas não é como no começo, vai acalmando.” A acriana diz já estar preparada, inclusive, para a eventual perda de espaço para o campeão do BBB 19. “Agora vai começar outro BBB, as pessoas vão se apegando aos outros participantes. [...] É tudo muito efêmero, eu vejo assim. Eu tenho minha história e, em 2019, outras pessoas vão ter sua história”, afirma. “Mas quem eu conquistei vai continuar me acompanhando. Tem espaço pra todo mundo.” A ex-estudante de psicologia (ela trancou o curso em Rio Branco e não sabe se vai voltar às aulas) soube aproveitar bem o fenômeno da fama. Tanto é que vive desde a saída da casa cenográfica com os ganhos na área, sem mexer no R$ 1,5 milhão do prêmio do reality. Isso inclui o aluguel do apartamento no Rio, que divide com o namorado e companheiro de BBB 18, Wagner Santiago. Ela só usou parte do prêmio, por enquanto, para comprar uma casa maior para a mãe, em que vivem também seus irmãos e duas tias, em Rio Branco. | 2019-01-23 11:30:00 | celebridades | Celebridades | https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2019/01/ex-bbb-gleici-damasceno-cobra-r-40-mil-por-publicacao-em-rede-social-diz-site.shtml |
Flávio Bolsonaro lucrou R$ 813 mil com transação relâmpago de imóveis | Filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) realizou de 2012 a 2014 operações de compra e venda de imóveis com características consideradas suspeitas de lavagem de dinheiro. As transações lhe renderam um lucro equivalente a 260% no período.Em novembro de 2012, Flávio adquiriu dois imóveis em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Localizados em ruas pouco valorizadas do bairro, pagou um total de R$ 310 mil pelas duas unidades e as revendeu, um ano e três meses depois, por mais que o triplo do preço.Os dois imóveis haviam sido adquiridos em 2011 pelos proprietários anteriores por um total de R$ 440 mil. Em pleno “boom imobiliário” na cidade, eles tiveram um prejuízo de 30% ao revendê-los ao senador eleito, segundo dados do 5º RGI (Registro Geral de Imóveis) da capital do estado.O deputado revendeu um imóvel em novembro de 2013 (por R$ 573 mil) e outro em fevereiro de 2014 (por R$ 550 mil). Somadas, as transações lhe renderam um lucro de R$ 813 mil --diferença entre os R$ 310 mil investidos nas compras e o R$ 1,12 milhão que recebeu com as vendas.Flávio nega irregularidades e diz que as transações foram normais.A dinâmica das operações, porém, é considerada suspeita, segundo resolução do Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis). A entidade determina que seja comunicado ao Coaf (Conselho das Atividades Financeiras) negociações com “aparente aumento ou diminuição injustificada do valor de imóvel”.A resolução em que consta a determinação é de outubro de 2014, posterior às vendas realizadas por Flávio, motivo pelo qual possivelmente não foram comunicadas ao Coaf.A queda repentina de valor de imóveis é alvo de suspeitas dos órgãos de controle porque podem encobrir um possível pagamento não declarado (fora dos registros oficiais), o que caracteriza a lavagem de dinheiro. Não há elementos adicionais para indicar que isso tenha ocorrido nas transações feitas pelo filho do presidente.O policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.Flávio Bolsonaro não é formalmente investigado no caso na esfera criminal, mas sim na área cível, que apura improbidade administrativa. A suspeita é de que Queiroz fosse o responsável por recolher parte do salário de servidores com finalidade ainda não esclarecida. O senador eleito nega a prática.A investigação do caso está suspensa após liminar do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.O Rio de Janeiro viveu desde 2008 um forte aumento de preço nos imóveis. De acordo com dados do Secovi, contudo, a média de valorização não triplicou o preço dos apartamentos de 2012 a 2014, como no caso do senador eleito.Segundo Flávio, os dois imóveis são quitinetes de 29 metros quadrados. As tabelas do Secovi apontam que unidades de um quarto em Copacabana tiveram valorização de até 70% no período --não há dados para conjugados.Em março de 2011, o engenheiro norte-americano Charles Eldering comprou o apartamento na avenida Prado Júnior por R$ 200 mil. Ele vendeu para Flávio por R$ 140 mil, que, por sua vez, o revendeu por R$ 550 mil em fevereiro de 2014.Em novembro de 2011, o médico também norte-americano Paul Maitino adquiriu a unidade da rua Barata Ribeiro por R$ 240 mil. Ela foi transferida para o senador eleito por R$ 170 mil e revendida por ele por R$ 573 mil em novembro de 2013.Os dois imóveis, contudo, não foram vendidos diretamente pelos proprietários. O responsável pela transação foi o corretor norte-americano Glenn Dillard. Ele tinha uma procuração de ambos para negociar imóveis no Rio de Janeiro.Em 2016, Eldering acusou Dillard na Justiça de ter lhe aplicado um golpe. O engenheiro declarou que o corretor vendera a unidade a Flávio sem o seu consentimento, omitiu a concretização da negociação e ficou com o dinheiro.Dillard tinha, contudo, procuração para realizar as vendas. Flávio não é acusado no processo já que o corretor tinha poder para fazer as transações.Eldering afirma que foi vítima do mesmo golpe com outros quatro imóveis, segundo o engenheiro declarou à Justiça. Dois deles tiveram transações em datas semelhantes aos de Flávio. Em ambos, o norte-americano vendeu por valor maior do que havia comprado anteriormente, diferentemente do que ocorreu com o senador eleito.Maitino não processou Dillard. Mas a Folha apurou que ele se diz vítima do mesmo golpe. Flávio Bolsonaro afirmou, em nota, que o negócio foi fechado “de forma legal entre as partes, numa negociação normal, como qualquer outra compra e venda de imóvel”.“Todos sabem do boom imobiliário pelo qual passou o Rio de Janeiro à época, razão pela qual as quitinetes foram vendidas por valores superiores”, disse Flávio.O filho do presidente Jair Bolsonaro não quis comentar o motivo pelo qual os imóveis sofreram perda de valor no momento em que ele os adquiriu. “Necessário esclarecer também que eram quitinetes, de 29 metros quadrados cada, e foram anunciadas na internet. [...] Esclareço ainda que tudo foi realizado em acordo com as leis, constando nas escrituras, e devidamente declarado à Receita Federal”, afirmou.Flávio está na mira do Coaf desde que o órgão de combate à lavagem de dinheiro estranhou 48 depósitos em dinheiro na sua conta, sempre no valor de R$ 2.000, num total de R$ 96 mil, feitos de junho a julho de 2017. Os depósitos foram feitos no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio.Segundo Flávio, o dinheiro é parte de um pagamento em dinheiro que recebeu ao vender um imóvel em Laranjeiras. Como mostrou a Folha, Flávio fez 20 transações imobiliárias em 15 anos, lucrando com a compra e venda de imóveis em curto período de tempo.De 2002 a 2018, seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral passou de um Gol 1.0 de R$ 25,5 mil para quase R$ 1,75 milhão em bens. Flávio justifica o patrimônio por ser empresário, mas não detalhou suas atividades no ramo. Seu primeiro negócio registrado é uma filial da loja de chocolates Kopenhagen, aberta em 2015. Antes disso, porém, ele já acumulava imóveis e transações. | 2019-01-23 11:33:00 | poder | Poder | https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/flavio-bolsonaro-lucrou-r-813-mil-com-transacao-relampago-de-imoveis.shtml |