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Eleito em Santo André, tucano promete austeridade e 'choque de gestão'
CAROLINA LINHARES DE SÃO PAULO Ex-secretário do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), Paulo Serra conta que foi chamado pelo governador Geraldo Alckmin para reconstruir o PSDB na cidade. "Deu certo", disse. Elegeu-se com 78,2% dos votos válidos, ante 21,8% de Grana —votação recorde onde, desde 1983, só houve governos do PT e do PTB. Agora, o tucano promete "uma política bastante austera de choque de gestão". "Santo André depende desse planejamento. A cidade hoje não tem nenhuma capacidade de investimento", disse. Serra deixou a gestão Grana em agosto de 2015, depois de dois anos e meio como secretário, contrariado com o uso da máquina pelo PT, segundo justificou. "Fiz meu trabalho, me esforcei muito, trabalhei muito, aprendi bastante o que fazer e, principalmente, o que não fazer em matéria de gestão." Questionado sobre eventual "traição", disse que "traição foi o que o PT fez com a cidade e o país". Para ele, o desgaste do PT é ainda maior em Santo André e no ABC Paulista, onde o partido surgiu —tucanos também venceram em São Bernardo e São Caetano. Em sua avaliação, Alckmin saiu fortalecido das eleições e, agora, o PSDB terá que corresponder às expectativas. "O símbolo maior disso é o [João] Doria, eleito em primeiro turno em São Paulo, como nunca tinha ocorrido." SABESP Filiado ao PSD em 2012, quando entrou no governo petista, Serra voltou ao PSDB, partido pelo qual se elegera vereador em 2008, por convite de Alckmin. Na prefeitura, terá uma questão a resolver com o aliado: uma dívida de R$ 3,3 bilhões com a Sabesp. "Isso tem causado falta d'água constante em grande parte da cidade, coisa que nunca aconteceu", disse. Desde 2009, a empresa local de água, Semasa, não repassa "na totalidade o preço que a Sabesp diz ou alega que custa a água", afirmou Serra. Com a crise hídrica de 2014, o volume distribuído caiu e, por conta da dívida, não teria sido restabelecido até hoje. "A primeira pauta com o governador será essa", disse. A proposta dele é criar um gabinete de crise para passar a dívida a limpo e dialogar com a Sabesp sem levar a questão à Justiça, como Grana fez. PARCERIA Para os problemas comuns à região metropolitana, o tucano quer parcerias com os demais eleitos para potencializar resultados. "O grande diferencial é que foram eleitos prefeitos com um perfil muito parecido. Essa identidade é mais positiva, no aspecto regional, do que a própria filiação", diz. "As campanhas vencedoras, aqui, na capital e no ABC, pregaram uma gestão mais eficiente, mais moderna, mais transparente, com enxugamento de gastos. Fazer a máquina funcionar menor."
poder
Eleito em Santo André, tucano promete austeridade e 'choque de gestão'CAROLINA LINHARES DE SÃO PAULO Ex-secretário do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), Paulo Serra conta que foi chamado pelo governador Geraldo Alckmin para reconstruir o PSDB na cidade. "Deu certo", disse. Elegeu-se com 78,2% dos votos válidos, ante 21,8% de Grana —votação recorde onde, desde 1983, só houve governos do PT e do PTB. Agora, o tucano promete "uma política bastante austera de choque de gestão". "Santo André depende desse planejamento. A cidade hoje não tem nenhuma capacidade de investimento", disse. Serra deixou a gestão Grana em agosto de 2015, depois de dois anos e meio como secretário, contrariado com o uso da máquina pelo PT, segundo justificou. "Fiz meu trabalho, me esforcei muito, trabalhei muito, aprendi bastante o que fazer e, principalmente, o que não fazer em matéria de gestão." Questionado sobre eventual "traição", disse que "traição foi o que o PT fez com a cidade e o país". Para ele, o desgaste do PT é ainda maior em Santo André e no ABC Paulista, onde o partido surgiu —tucanos também venceram em São Bernardo e São Caetano. Em sua avaliação, Alckmin saiu fortalecido das eleições e, agora, o PSDB terá que corresponder às expectativas. "O símbolo maior disso é o [João] Doria, eleito em primeiro turno em São Paulo, como nunca tinha ocorrido." SABESP Filiado ao PSD em 2012, quando entrou no governo petista, Serra voltou ao PSDB, partido pelo qual se elegera vereador em 2008, por convite de Alckmin. Na prefeitura, terá uma questão a resolver com o aliado: uma dívida de R$ 3,3 bilhões com a Sabesp. "Isso tem causado falta d'água constante em grande parte da cidade, coisa que nunca aconteceu", disse. Desde 2009, a empresa local de água, Semasa, não repassa "na totalidade o preço que a Sabesp diz ou alega que custa a água", afirmou Serra. Com a crise hídrica de 2014, o volume distribuído caiu e, por conta da dívida, não teria sido restabelecido até hoje. "A primeira pauta com o governador será essa", disse. A proposta dele é criar um gabinete de crise para passar a dívida a limpo e dialogar com a Sabesp sem levar a questão à Justiça, como Grana fez. PARCERIA Para os problemas comuns à região metropolitana, o tucano quer parcerias com os demais eleitos para potencializar resultados. "O grande diferencial é que foram eleitos prefeitos com um perfil muito parecido. Essa identidade é mais positiva, no aspecto regional, do que a própria filiação", diz. "As campanhas vencedoras, aqui, na capital e no ABC, pregaram uma gestão mais eficiente, mais moderna, mais transparente, com enxugamento de gastos. Fazer a máquina funcionar menor."
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Uber testa selfie para motoristas e botão contra abuso sexual
DE SÃO PAULO O Uber, empresa que atua em 450 cidades pelo mundo, realiza testes com novas tecnologias para o serviço, como o uso de selfies, botão de pânico e descontos agressivos. Leia abaixo cinco curiosidades sobre o aplicativo. * Selfie Para impedir que um motorista dirija o carro de outro, o Uber testa o uso de autenticação por selfies na China. Se a foto tirada na hora não bater com a do cadastro, o condutor não pode iniciar a viagem. S.O.S. Na Índia, foi criado um botão de pânico: com dois toques, o passageiro avisa uma central da polícia caso o motorista faça algo errado, como tentar abuso sexual Bilhete mensal Em Nova York, o Uber lançou em julho um cartão de US$ 79 (R$ 259) que permite viagens ilimitadas no horário de pico em dias úteis durante quatro semanas. Mais barato do que comprar o tíquete mensal ilimitado do metrô, que custa US$ 116 (R$ 381). Negócio bilionário O Uber soma 2 bilhões de corridas, sendo que 1 bilhão delas foram feitas em 2016. A empresa já recebeu US$ 13 bilhões em investimentos e é avaliada em US$ 62,5 bilhões. Há um ano, valia US$ 40 bilhões. Rejeição Em maio, moradores de Austin, no Texas, rejeitaram em plebiscito regras mais brandas para o Uber, como deixar a empresa avaliar sozinha os condutores. A empresa ofereceu viagens gratuitas até os pontos de votação, mas mesmo assim teve resultado desfavorável.
saopaulo
Uber testa selfie para motoristas e botão contra abuso sexualDE SÃO PAULO O Uber, empresa que atua em 450 cidades pelo mundo, realiza testes com novas tecnologias para o serviço, como o uso de selfies, botão de pânico e descontos agressivos. Leia abaixo cinco curiosidades sobre o aplicativo. * Selfie Para impedir que um motorista dirija o carro de outro, o Uber testa o uso de autenticação por selfies na China. Se a foto tirada na hora não bater com a do cadastro, o condutor não pode iniciar a viagem. S.O.S. Na Índia, foi criado um botão de pânico: com dois toques, o passageiro avisa uma central da polícia caso o motorista faça algo errado, como tentar abuso sexual Bilhete mensal Em Nova York, o Uber lançou em julho um cartão de US$ 79 (R$ 259) que permite viagens ilimitadas no horário de pico em dias úteis durante quatro semanas. Mais barato do que comprar o tíquete mensal ilimitado do metrô, que custa US$ 116 (R$ 381). Negócio bilionário O Uber soma 2 bilhões de corridas, sendo que 1 bilhão delas foram feitas em 2016. A empresa já recebeu US$ 13 bilhões em investimentos e é avaliada em US$ 62,5 bilhões. Há um ano, valia US$ 40 bilhões. Rejeição Em maio, moradores de Austin, no Texas, rejeitaram em plebiscito regras mais brandas para o Uber, como deixar a empresa avaliar sozinha os condutores. A empresa ofereceu viagens gratuitas até os pontos de votação, mas mesmo assim teve resultado desfavorável.
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Temer diz que Teori era homem de bem e orgulho para os brasileiros
O presidente Michel Temer decretou nesta quinta-feira (18) luto oficial de três dias pela morte do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki e classificou o acidente aéreo como um "doloroso acontecimento". Em pronunciamento no Palácio do Planalto, o peemedebista disse ter recebido a notícia com "profundo pesar" e lamentou a perda de um homem público "impecável" e "direito", com trajetória pública impecável. "Era um homem de bem e um orgulho para todos os brasileiros", disse. "O luto é uma homenagem modesta a quem sempre serviu à classe jurídica, aos tribunais e ao povo brasileiro", acrescentou. O ministro, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, morreu na tarde desta quinta-feira (19) em um acidente de avião na costa de Paraty (RJ). A informação foi confirmada pelo filho do ministro Francisco Zavascki. A morte de Teori foi recebida com perplexidade no meio jurídico. Políticos classificaram a morte como tragédia' para o Brasil. Em nota de condolências, o juiz federal Sergio Moro afirmou que está "perplexo" com a morte de Teori.
poder
Temer diz que Teori era homem de bem e orgulho para os brasileirosO presidente Michel Temer decretou nesta quinta-feira (18) luto oficial de três dias pela morte do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki e classificou o acidente aéreo como um "doloroso acontecimento". Em pronunciamento no Palácio do Planalto, o peemedebista disse ter recebido a notícia com "profundo pesar" e lamentou a perda de um homem público "impecável" e "direito", com trajetória pública impecável. "Era um homem de bem e um orgulho para todos os brasileiros", disse. "O luto é uma homenagem modesta a quem sempre serviu à classe jurídica, aos tribunais e ao povo brasileiro", acrescentou. O ministro, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, morreu na tarde desta quinta-feira (19) em um acidente de avião na costa de Paraty (RJ). A informação foi confirmada pelo filho do ministro Francisco Zavascki. A morte de Teori foi recebida com perplexidade no meio jurídico. Políticos classificaram a morte como tragédia' para o Brasil. Em nota de condolências, o juiz federal Sergio Moro afirmou que está "perplexo" com a morte de Teori.
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Baixo Manhattan: MoMA apresenta a maior mostra sobre arquitetura latino-americana
Ao visitar Brasília pela primeira vez, Barry Bergdoll, curador do Departamento de Arquitetura e Design do Museu de Arte Moderna de Nova York (o MoMA), chegou de cabeça feita. "Esperava encontrar, como cartilhas e críticos denotaram, uma apoteose de tudo ... Leia post completo no blog
ilustrada
Baixo Manhattan: MoMA apresenta a maior mostra sobre arquitetura latino-americanaAo visitar Brasília pela primeira vez, Barry Bergdoll, curador do Departamento de Arquitetura e Design do Museu de Arte Moderna de Nova York (o MoMA), chegou de cabeça feita. "Esperava encontrar, como cartilhas e críticos denotaram, uma apoteose de tudo ... Leia post completo no blog
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As chances perdidas de Dilma
A dívida pública cresce em bola de neve. A incapacidade da presidente em encaminhar o desequilíbrio das contas públicas deixa uma nuvem de incerteza sobre os agentes econômicos. É impossível planejar e investir em uma sociedade em que o Tesouro Nacional não consegue estabilizar a trajetória da dívida pública. A instabilidade fiscal é um sinal de que nossa sociedade não é capaz de chegar a um acordo para ter gasto público compatível com o que ela mesma decide entregar ao Estado na forma de receita. Dito de outra forma, não estamos conseguindo enfrentar nosso conflito distributivo de forma civilizada. Esse é o sentido mais profundo da perda do grau de investimento. O selo de bom pagador é dado àquelas sociedades que, a partir de alguns consensos, administram seu conflito distributivo civilizadamente. Nós estamos às portas de um processo disfuncional de financiamento público, que os mais velhos conhecem bem, o imposto inflacionário. Depois de guerra civil, a inflação é a forma menos civilizada que há de gestão do conflito distributivo. É importante lembrarmos que, nas sociedades modernas, o conflito distributivo ocorre —mais do que no chão de fábrica, na forma de conflito direto capital-trabalho— no interior do orçamento público. Tudo sugere que o Banco Central não subirá mais os juros. A inflação prevista para 2016 e 2017, que até algumas semanas atrás caminhava respectivamente para 5% e 4,5% (portanto, na meta em 2017), voltou a se descolar. As melhores contas que conseguimos fazer sugerem inflação em 2016 na casa de 6,5%. O que ocorre? O mercado se convenceu de que a presidente não conseguirá criar condições para que a trajetória de crescimento da dívida se estabilize. Levy é extremamente respeitado, mas não é Deus. A contínua piora da dívida pública eleva o risco-país, o que rebate no câmbio, que, por sua vez, aumenta a expectativa de inflação, apesar da forte recessão econômica e do aumento do desemprego. Nessas circunstâncias, é possível que o BC avalie que subir mais os juros apenas aumenta o custo da dívida sem sinalizar queda de inflação. Ou pior ainda, que o aumento do endividamento, que segue novas rodadas de subida dos juros (que se aplicam sobre a dívida pública), agravará mais a inflação pelo canal do risco-país e, portanto, do câmbio. Nesse caso, estamos na chamada dominância fiscal: a incapacidade de resolver o problema fiscal atinge tal ponto que tira do BC a capacidade de pôr a inflação na meta. O conflito distributivo que ocorre no interior do Orçamento soluciona-se de forma não civilizada: imposto inflacionário. A presidente impediu, no passado, o ajuste que a teria evitado. Segundo a então ministra-chefe da Casa Civil, o plano de ajuste fiscal de longo prazo proposto em 2005 era "rudimentar". A ideia foi abortada. Houve excepcional crescimento da receita entre 1999 e 2010, de 6,9% ao ano deflacionado pelo IPCA, comparado ao crescimento real médio do PIB de 3,4% no mesmo período. Isto permitiu que o dia da verdade fosse jogado para frente. Mas ele começou a chegar em 2011: deste ano até 2014, o crescimento real da receita recorrente foi de 2,1%, ante PIB que também cresceu 2,1%. Era a segunda chance que Dilma tinha, agora como presidente, de contribuir para o ajuste fiscal civilizado. Resolveu varrer para baixo do tapete nosso desequilíbrio fiscal. Ele reapareceu quatro anos depois, num momento em que nossa presidente se tornou politicamente um zumbi. Parece que vamos para a inflação.
colunas
As chances perdidas de DilmaA dívida pública cresce em bola de neve. A incapacidade da presidente em encaminhar o desequilíbrio das contas públicas deixa uma nuvem de incerteza sobre os agentes econômicos. É impossível planejar e investir em uma sociedade em que o Tesouro Nacional não consegue estabilizar a trajetória da dívida pública. A instabilidade fiscal é um sinal de que nossa sociedade não é capaz de chegar a um acordo para ter gasto público compatível com o que ela mesma decide entregar ao Estado na forma de receita. Dito de outra forma, não estamos conseguindo enfrentar nosso conflito distributivo de forma civilizada. Esse é o sentido mais profundo da perda do grau de investimento. O selo de bom pagador é dado àquelas sociedades que, a partir de alguns consensos, administram seu conflito distributivo civilizadamente. Nós estamos às portas de um processo disfuncional de financiamento público, que os mais velhos conhecem bem, o imposto inflacionário. Depois de guerra civil, a inflação é a forma menos civilizada que há de gestão do conflito distributivo. É importante lembrarmos que, nas sociedades modernas, o conflito distributivo ocorre —mais do que no chão de fábrica, na forma de conflito direto capital-trabalho— no interior do orçamento público. Tudo sugere que o Banco Central não subirá mais os juros. A inflação prevista para 2016 e 2017, que até algumas semanas atrás caminhava respectivamente para 5% e 4,5% (portanto, na meta em 2017), voltou a se descolar. As melhores contas que conseguimos fazer sugerem inflação em 2016 na casa de 6,5%. O que ocorre? O mercado se convenceu de que a presidente não conseguirá criar condições para que a trajetória de crescimento da dívida se estabilize. Levy é extremamente respeitado, mas não é Deus. A contínua piora da dívida pública eleva o risco-país, o que rebate no câmbio, que, por sua vez, aumenta a expectativa de inflação, apesar da forte recessão econômica e do aumento do desemprego. Nessas circunstâncias, é possível que o BC avalie que subir mais os juros apenas aumenta o custo da dívida sem sinalizar queda de inflação. Ou pior ainda, que o aumento do endividamento, que segue novas rodadas de subida dos juros (que se aplicam sobre a dívida pública), agravará mais a inflação pelo canal do risco-país e, portanto, do câmbio. Nesse caso, estamos na chamada dominância fiscal: a incapacidade de resolver o problema fiscal atinge tal ponto que tira do BC a capacidade de pôr a inflação na meta. O conflito distributivo que ocorre no interior do Orçamento soluciona-se de forma não civilizada: imposto inflacionário. A presidente impediu, no passado, o ajuste que a teria evitado. Segundo a então ministra-chefe da Casa Civil, o plano de ajuste fiscal de longo prazo proposto em 2005 era "rudimentar". A ideia foi abortada. Houve excepcional crescimento da receita entre 1999 e 2010, de 6,9% ao ano deflacionado pelo IPCA, comparado ao crescimento real médio do PIB de 3,4% no mesmo período. Isto permitiu que o dia da verdade fosse jogado para frente. Mas ele começou a chegar em 2011: deste ano até 2014, o crescimento real da receita recorrente foi de 2,1%, ante PIB que também cresceu 2,1%. Era a segunda chance que Dilma tinha, agora como presidente, de contribuir para o ajuste fiscal civilizado. Resolveu varrer para baixo do tapete nosso desequilíbrio fiscal. Ele reapareceu quatro anos depois, num momento em que nossa presidente se tornou politicamente um zumbi. Parece que vamos para a inflação.
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Acordo alinhavado para livrar Cunha da cassação envolve renúncia ao cargo
Começa a ser alinhavado um acordo para livrar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cassação, caso Temer assuma o governo. Ele renunciaria à presidência da Câmara dos Deputados sob o argumento de que o novo governo precisaria articular nova maioria no parlamento. Seria suspenso pelo conselho de ética, mas manteria o cargo, garantindo o foro privilegiado. EM TEMPO O acerto só será possível, no entanto, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) não atenda ao pedido da Procuradoria Geral da República, que defende que Cunha seja afastado do cargo. - Leia a coluna completa aqui.
colunas
Acordo alinhavado para livrar Cunha da cassação envolve renúncia ao cargoComeça a ser alinhavado um acordo para livrar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cassação, caso Temer assuma o governo. Ele renunciaria à presidência da Câmara dos Deputados sob o argumento de que o novo governo precisaria articular nova maioria no parlamento. Seria suspenso pelo conselho de ética, mas manteria o cargo, garantindo o foro privilegiado. EM TEMPO O acerto só será possível, no entanto, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) não atenda ao pedido da Procuradoria Geral da República, que defende que Cunha seja afastado do cargo. - Leia a coluna completa aqui.
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Investimentos criam plataformas on-line que distribuem tarefas no mundo
Aninhado em sua "caverna pessoal", uma sala repleta de caixas de papelão e iscas de pesca em sua casa em Rhode Island, Set Sar está ganhando dinheiro ao permitir que uma empresa acompanhe os movimentos de seus globos oculares por meio da webcam de seu computador. A cerca de 16 mil km, em Jacarta, Adi Nagara pesquisa sobre um setor da economia indonésia para uma consultoria. Ainda que façam tarefas diferentes, por quantias imensamente diferentes, e em partes distintas do planeta, os dois homens têm algo em comum: são membros da "nuvem humana. Nessa nova forma de realizar trabalhos, empregos de menor qualificação são divididos em centenas de projetos ou tarefas e depois dispersos por uma "nuvem" virtual de trabalhadores, localizados em qualquer parte do planeta —basta uma conexão de internet. Algumas tarefas são tão simples quanto procurar números de telefone na Web, digitar dados numa planilha ou assistir a um vídeo monitorado por uma webcam. Outras são complexas, como criar códigos de software ou realizar um projeto de consultoria em prazo curto. O que as unifica é que elas não são empregos, mas tarefas feitas por trabalhadores autônomos. BILHÕES DE DÓLARES Empresas investiram entre US$ 2,8 bilhões e US$ 3,7 bilhões em todo o mundo no ano passado, em pagamentos a trabalhadores e às plataformas on-line que intermedeiam as operações da nuvem humana, de acordo com um relatório recente da Staffing Industry Analysis. Para seus defensores, a nuvem elimina a escassez de profissionais capacitados, reduz o desemprego em áreas problemáticas e ajuda a criar uma meritocracia mundial. Há quem diga que isso pode nos devolver à era da produção caseira, antes que fôssemos empilhados em fábricas e escritórios e perdêssemos controle sobre o trabalho. "O que vemos hoje são as pessoas de novo assumindo a propriedade dos meios de produção, porque você só precisa de um computador, seu cérebro e de uma conexão wi-fi para trabalhar", diz Denis Pennel, diretor da Ciett, um lobby internacional de agências de emprego. "Marx deve estar muito contente, na verdade!" Os críticos veem na nuvem humana um oeste selvagem de empresas exploratórias e trabalho não regulamentado, levando as pessoas a uma concorrência mundial que as levará ao fundo do poço. "Isso faz com que a famosa divisão do trabalho nas fábricas de alfinetes descrita por Adam Smith pareça modesta", diz Guy Standing, acadêmico e autor de diversos livros sobre a ascensão do trabalho sem garantias. TURKERS E NERDS Sar, 29, se uniu à nuvem humana por meio do Mechanical Turk, um site da Amazon no qual "solicitadores" pagam aos "turkers" para realizar microtarefas em que humanos ainda são melhores que os computadores. Entre esses trabalhos estão a transcrição de gravações, respostas a pesquisas ou classificação de fotos com palavras-chave relevantes. O nome Mechanical Turk é uma referência a uma falsa máquina de jogar xadrez, do século 18 —na verdade havia uma pessoa escondida lá dentro. A Amazon —cujo lema para o serviço é "inteligência artificial"— define os trabalhos em oferta como "tarefas de inteligência humana", ou HITs. Muitas pagam apenas centavos de dólar por tarefa. Em um bom dia, Sar ganha até US$ 7 por hora com HITs em suas horas vagas (ele também tem um emprego em um armazém). Mas, depois que a Amazon elevou para 20% a comissão cobrada dos "solicitadores", ele diz que o número de pedidos caiu e o pagamento por tarefa também. Sar encontrou um novo site, Sticky Crowd, e recebe para assistir a vídeos e ler páginas de web, enquanto sua webcam acompanha exatamente o que atrai sua atenção e o que ele ignora —informação útil para os anunciantes. O pagamento é melhor: US$ 1 por dois a três minutos. Mais acima na lista existem plataformas como a Upwork, Freelancer e People per Hour, que oferecem tarefas mais sofisticadas, como redação de textos, trabalho de informática ou design. A Upwork, formada no ano passado por uma fusão de duas grandes plataformas, agora é a gigante da nuvem humana, processando cerca de US$ 1 bilhão em pagamentos no ano passado (dos quais ela fica com 10%). A companhia precisou de seis anos para chegar a US$ 1 bilhão, e calcula que em mais seis chegará aos US$ 10 bilhões. Alguns desses sites convidam trabalhadores a dar "lances" pelos trabalhos em oferta —especificando seus prazos e preços. Outros oferecem pagamento por hora. No entanto, no alto da hierarquia da nuvem humana, "padronização" é um termo chulo. "Não se trata de uma commodity "" os clientes não selecionam por preço", diz Daniel Callaghan, presidente-executivo da MBA & Company, que liga empresas a "consultores instantâneos". SÍNDROME DE UBER Talvez o mais espinhoso dos problemas, para a nuvem humana, seja o mesmo que afetou o Uber: quando um trabalhador independente deveria ser classificado como funcionário? Autônomos desobrigam as empresas de pagar salário mínimo, contribuições trabalhistas e de oferecer benefícios como auxílio-doença. Mas advogados e trabalhadores contestam: no ano passado, a plataforma de nuvem Crowdflower ofereceu mais de US$ 500 mil em um acordo extrajudicial para encerrar ação coletiva nos EUA que pedia salário mínimo. A maioria dos sistemas judiciários enfrenta dificuldade para acompanhar essas novas formas de trabalho. "Nesse tipo de arranjo, existe mais de um empregador —a lei não tem como lidar com isso", diz Jeremias Prassl, professor de Direito na Universidade de Oxford. Jonas Prising, presidente-executivo do ManpowerGroup, uma agência de emprego, prevê que as autoridades imporão mais regulamentos em breve. "Não se sabe quem está fazendo o trabalho, não se sabe quem está pagando o imposto, não se sabe a idade das pessoas que estão fazendo o trabalho." Apesar disso tudo, pode ser falso contrastar o trabalho "inseguro" da nuvem humana aos empregos "seguros" tradicionais —especialmente nos degraus mais baixos da hierarquia. Muitos dos trabalhadores de baixos salários nos países desenvolvidos tiveram seus direitos e proteções esvaziados. São terceirizados, o que significa que podem ser demitidos sem formalidades e sem direito a muitos benefícios. A nuvem humana pode não pagar muito, mas oferece a sensação de controle.
mercado
Investimentos criam plataformas on-line que distribuem tarefas no mundoAninhado em sua "caverna pessoal", uma sala repleta de caixas de papelão e iscas de pesca em sua casa em Rhode Island, Set Sar está ganhando dinheiro ao permitir que uma empresa acompanhe os movimentos de seus globos oculares por meio da webcam de seu computador. A cerca de 16 mil km, em Jacarta, Adi Nagara pesquisa sobre um setor da economia indonésia para uma consultoria. Ainda que façam tarefas diferentes, por quantias imensamente diferentes, e em partes distintas do planeta, os dois homens têm algo em comum: são membros da "nuvem humana. Nessa nova forma de realizar trabalhos, empregos de menor qualificação são divididos em centenas de projetos ou tarefas e depois dispersos por uma "nuvem" virtual de trabalhadores, localizados em qualquer parte do planeta —basta uma conexão de internet. Algumas tarefas são tão simples quanto procurar números de telefone na Web, digitar dados numa planilha ou assistir a um vídeo monitorado por uma webcam. Outras são complexas, como criar códigos de software ou realizar um projeto de consultoria em prazo curto. O que as unifica é que elas não são empregos, mas tarefas feitas por trabalhadores autônomos. BILHÕES DE DÓLARES Empresas investiram entre US$ 2,8 bilhões e US$ 3,7 bilhões em todo o mundo no ano passado, em pagamentos a trabalhadores e às plataformas on-line que intermedeiam as operações da nuvem humana, de acordo com um relatório recente da Staffing Industry Analysis. Para seus defensores, a nuvem elimina a escassez de profissionais capacitados, reduz o desemprego em áreas problemáticas e ajuda a criar uma meritocracia mundial. Há quem diga que isso pode nos devolver à era da produção caseira, antes que fôssemos empilhados em fábricas e escritórios e perdêssemos controle sobre o trabalho. "O que vemos hoje são as pessoas de novo assumindo a propriedade dos meios de produção, porque você só precisa de um computador, seu cérebro e de uma conexão wi-fi para trabalhar", diz Denis Pennel, diretor da Ciett, um lobby internacional de agências de emprego. "Marx deve estar muito contente, na verdade!" Os críticos veem na nuvem humana um oeste selvagem de empresas exploratórias e trabalho não regulamentado, levando as pessoas a uma concorrência mundial que as levará ao fundo do poço. "Isso faz com que a famosa divisão do trabalho nas fábricas de alfinetes descrita por Adam Smith pareça modesta", diz Guy Standing, acadêmico e autor de diversos livros sobre a ascensão do trabalho sem garantias. TURKERS E NERDS Sar, 29, se uniu à nuvem humana por meio do Mechanical Turk, um site da Amazon no qual "solicitadores" pagam aos "turkers" para realizar microtarefas em que humanos ainda são melhores que os computadores. Entre esses trabalhos estão a transcrição de gravações, respostas a pesquisas ou classificação de fotos com palavras-chave relevantes. O nome Mechanical Turk é uma referência a uma falsa máquina de jogar xadrez, do século 18 —na verdade havia uma pessoa escondida lá dentro. A Amazon —cujo lema para o serviço é "inteligência artificial"— define os trabalhos em oferta como "tarefas de inteligência humana", ou HITs. Muitas pagam apenas centavos de dólar por tarefa. Em um bom dia, Sar ganha até US$ 7 por hora com HITs em suas horas vagas (ele também tem um emprego em um armazém). Mas, depois que a Amazon elevou para 20% a comissão cobrada dos "solicitadores", ele diz que o número de pedidos caiu e o pagamento por tarefa também. Sar encontrou um novo site, Sticky Crowd, e recebe para assistir a vídeos e ler páginas de web, enquanto sua webcam acompanha exatamente o que atrai sua atenção e o que ele ignora —informação útil para os anunciantes. O pagamento é melhor: US$ 1 por dois a três minutos. Mais acima na lista existem plataformas como a Upwork, Freelancer e People per Hour, que oferecem tarefas mais sofisticadas, como redação de textos, trabalho de informática ou design. A Upwork, formada no ano passado por uma fusão de duas grandes plataformas, agora é a gigante da nuvem humana, processando cerca de US$ 1 bilhão em pagamentos no ano passado (dos quais ela fica com 10%). A companhia precisou de seis anos para chegar a US$ 1 bilhão, e calcula que em mais seis chegará aos US$ 10 bilhões. Alguns desses sites convidam trabalhadores a dar "lances" pelos trabalhos em oferta —especificando seus prazos e preços. Outros oferecem pagamento por hora. No entanto, no alto da hierarquia da nuvem humana, "padronização" é um termo chulo. "Não se trata de uma commodity "" os clientes não selecionam por preço", diz Daniel Callaghan, presidente-executivo da MBA & Company, que liga empresas a "consultores instantâneos". SÍNDROME DE UBER Talvez o mais espinhoso dos problemas, para a nuvem humana, seja o mesmo que afetou o Uber: quando um trabalhador independente deveria ser classificado como funcionário? Autônomos desobrigam as empresas de pagar salário mínimo, contribuições trabalhistas e de oferecer benefícios como auxílio-doença. Mas advogados e trabalhadores contestam: no ano passado, a plataforma de nuvem Crowdflower ofereceu mais de US$ 500 mil em um acordo extrajudicial para encerrar ação coletiva nos EUA que pedia salário mínimo. A maioria dos sistemas judiciários enfrenta dificuldade para acompanhar essas novas formas de trabalho. "Nesse tipo de arranjo, existe mais de um empregador —a lei não tem como lidar com isso", diz Jeremias Prassl, professor de Direito na Universidade de Oxford. Jonas Prising, presidente-executivo do ManpowerGroup, uma agência de emprego, prevê que as autoridades imporão mais regulamentos em breve. "Não se sabe quem está fazendo o trabalho, não se sabe quem está pagando o imposto, não se sabe a idade das pessoas que estão fazendo o trabalho." Apesar disso tudo, pode ser falso contrastar o trabalho "inseguro" da nuvem humana aos empregos "seguros" tradicionais —especialmente nos degraus mais baixos da hierarquia. Muitos dos trabalhadores de baixos salários nos países desenvolvidos tiveram seus direitos e proteções esvaziados. São terceirizados, o que significa que podem ser demitidos sem formalidades e sem direito a muitos benefícios. A nuvem humana pode não pagar muito, mas oferece a sensação de controle.
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MEC quer aplicação de Enade para todos os concluintes da graduação
Ministério da Educação quer aplicar o Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) para todos os concluintes de graduação. Hoje, a prova é realizada anualmente por estudantes de um grupo específico de cursos, que se repete a cada três anos. A mudança, ainda sem data definida, será colocada em prática a partir de um exame digital, a ser aplicado em projeto-piloto em 2016, quando os cursos da área de saúde serão avaliados. "Numa prova digital você tem muitos mais recursos e o custo é muito menor. (...) Como as instituições são obrigadas a ter laboratórios de informática, podemos exigir isso para a oferta do Enade", disse o ministro Aloizio Mercadante (Educação), em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (18). A partir da participação de todos os concluintes, disse, a intenção é que o exame sirva como critério de ingresso para a pós-graduação. PORTAL OFICIAL DE DIPLOMAS Mercadante afirmou ainda que a pasta quer mudar o cálculo do CPC (Conceito Preliminar de Curso), indicador de qualidade do ensino superior. O fluxo dos estudantes, por exemplo, poderia ser considerado no cálculo do índice. "Uma faculdade que tem 100 alunos iniciantes, 90 concluem e tira uma nota 4 é melhor do que outra em que 100 se matriculam e só 50 concluem o curso, e também tira nota 4. Esse esforço tem que ser reconhecido pelo MEC. As instituições vão ter que ter uma atitude de não deixar estudantes para trás", disse o ministro. A pasta estuda ainda mudança no cálculo do Enade, que representa 55% da nota final do CPC. Outros fatores como titulação dos docentes e infraestrutura também são considerados no conceito. Hoje, segundo o presidente do Inep (instituto do MEC), Chico Soares, a fórmula de cálculo adotada pelo MEC obriga a distribuição dos alunos em todos os conceitos, de 1 a 5. "Vamos dar a nota de acordo com o desempenho que os alunos tiveram. Todas as instituições podem ter todos os seus alunos no nível mais alto", explicou. As mudanças serão debatidas em audiência pública antes de entrarem em vigor. O ministro Aloizio Mercadante prometeu ainda que, a partir do ano que vem, o MEC vai lançar um portal para que todos os diplomas de ensino superior estejam disponíveis online. Será uma forma de o empregador confirmar a veracidade do documento. "É uma segurança contra fraudes", disse Mercadante.
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MEC quer aplicação de Enade para todos os concluintes da graduaçãoMinistério da Educação quer aplicar o Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) para todos os concluintes de graduação. Hoje, a prova é realizada anualmente por estudantes de um grupo específico de cursos, que se repete a cada três anos. A mudança, ainda sem data definida, será colocada em prática a partir de um exame digital, a ser aplicado em projeto-piloto em 2016, quando os cursos da área de saúde serão avaliados. "Numa prova digital você tem muitos mais recursos e o custo é muito menor. (...) Como as instituições são obrigadas a ter laboratórios de informática, podemos exigir isso para a oferta do Enade", disse o ministro Aloizio Mercadante (Educação), em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (18). A partir da participação de todos os concluintes, disse, a intenção é que o exame sirva como critério de ingresso para a pós-graduação. PORTAL OFICIAL DE DIPLOMAS Mercadante afirmou ainda que a pasta quer mudar o cálculo do CPC (Conceito Preliminar de Curso), indicador de qualidade do ensino superior. O fluxo dos estudantes, por exemplo, poderia ser considerado no cálculo do índice. "Uma faculdade que tem 100 alunos iniciantes, 90 concluem e tira uma nota 4 é melhor do que outra em que 100 se matriculam e só 50 concluem o curso, e também tira nota 4. Esse esforço tem que ser reconhecido pelo MEC. As instituições vão ter que ter uma atitude de não deixar estudantes para trás", disse o ministro. A pasta estuda ainda mudança no cálculo do Enade, que representa 55% da nota final do CPC. Outros fatores como titulação dos docentes e infraestrutura também são considerados no conceito. Hoje, segundo o presidente do Inep (instituto do MEC), Chico Soares, a fórmula de cálculo adotada pelo MEC obriga a distribuição dos alunos em todos os conceitos, de 1 a 5. "Vamos dar a nota de acordo com o desempenho que os alunos tiveram. Todas as instituições podem ter todos os seus alunos no nível mais alto", explicou. As mudanças serão debatidas em audiência pública antes de entrarem em vigor. O ministro Aloizio Mercadante prometeu ainda que, a partir do ano que vem, o MEC vai lançar um portal para que todos os diplomas de ensino superior estejam disponíveis online. Será uma forma de o empregador confirmar a veracidade do documento. "É uma segurança contra fraudes", disse Mercadante.
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Ministro da Educação cancela na véspera entrevista com Fábio Porchat
O ministro da Educação, Mendonça Filho, desmarcou um dia antes entrevista que daria a Fábio Porchat nesta quinta (29). A reforma do ensino médio seria um dos temas da conversa no programa da Record. A assessoria do ministro diz que ele não pôde ir por "incompatibilidade de agenda", mas que "tem falado com todo mundo" e quer remarcar. Leia a coluna completa aqui.
colunas
Ministro da Educação cancela na véspera entrevista com Fábio PorchatO ministro da Educação, Mendonça Filho, desmarcou um dia antes entrevista que daria a Fábio Porchat nesta quinta (29). A reforma do ensino médio seria um dos temas da conversa no programa da Record. A assessoria do ministro diz que ele não pôde ir por "incompatibilidade de agenda", mas que "tem falado com todo mundo" e quer remarcar. Leia a coluna completa aqui.
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60% das grávidas com manchas têm zika em Ribeirão, apontam exames
Os primeiros resultados de exames apontam que seis em cada dez gestantes que apresentaram manchas vermelhas no corpo têm o vírus da zika em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). Boletim epidemiológico divulgado na manhã desta terça-feira (15) pela Secretaria da Saúde local mostra que, das 70 gestantes com resultados de exames conhecidos, 45 tiveram a confirmação de que têm zika -há um mês, eram 11. Outros 25 casos suspeitos foram descartados. Há, ainda, 355 grávidas à espera dos resultados. No total, foram registrados 2.531 casos suspeitos da doença na cidade nos dois primeiros meses deste ano, de acordo com a secretaria. Todas as gestantes foram submetidas a exames laboratoriais, diferentemente do restante da população, cujo diagnóstico é clínico –feito pelos médicos–, devido à associação entre o vírus e a microcefalia em recém-nascidos. Ter a confirmação de zika não indica elo direto com microcefalia, segundo a médica Ana Alice de Castro e Silva, chefe da Vigilância Epidemiológica de Ribeirão. "Já nasceu bebê de mãe que teve confirmação de zika e a criança não tinha nada. Há casos de infecção na 38ª, 39ª semana de gravidez. A preocupação maior é em relação aos primeiros meses da gestação", disse. De acordo com ela, gestantes que apresentarem manchas vermelhas devem procurar imediatamente um médico e serem submetidas a exames. "Em caso de confirmação, elas são acompanhadas e encaminhadas para o ambulatório especial do HC [Hospital das Clínicas]." O total de confirmações preocupa mas, segundo a médica, é preciso aguardar resultados dos exames das demais gestantes para que o universo acompanhado seja mais amplo. A cidade teve, desde 2015, cinco notificações de microcefalia, nenhuma relacionada à infecção pelo vírus da zika, de acordo com a Vigilância Epidemiológica. DENGUE Ainda segundo a Secretaria da Saúde, o total de casos confirmados de dengue, uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, chegou a 15.617 nos dois primeiros meses do ano. O total supera os números de 2010, até aqui o ano da maior epidemia da história da cidade, com 29.637 casos. Naquele ano, foram 5.844 confirmações nos dois primeiros meses do ano. Há cinco mortes suspeitas por dengue e duas por zika no município. Em 2015, foram duas mortes confirmadas por dengue (ainda assim, em dezembro, já no início da atual epidemia). O total de casos suspeitos até março é de 36.193. Há, ainda, 106 suspeitas de chikungunya. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
cotidiano
60% das grávidas com manchas têm zika em Ribeirão, apontam examesOs primeiros resultados de exames apontam que seis em cada dez gestantes que apresentaram manchas vermelhas no corpo têm o vírus da zika em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). Boletim epidemiológico divulgado na manhã desta terça-feira (15) pela Secretaria da Saúde local mostra que, das 70 gestantes com resultados de exames conhecidos, 45 tiveram a confirmação de que têm zika -há um mês, eram 11. Outros 25 casos suspeitos foram descartados. Há, ainda, 355 grávidas à espera dos resultados. No total, foram registrados 2.531 casos suspeitos da doença na cidade nos dois primeiros meses deste ano, de acordo com a secretaria. Todas as gestantes foram submetidas a exames laboratoriais, diferentemente do restante da população, cujo diagnóstico é clínico –feito pelos médicos–, devido à associação entre o vírus e a microcefalia em recém-nascidos. Ter a confirmação de zika não indica elo direto com microcefalia, segundo a médica Ana Alice de Castro e Silva, chefe da Vigilância Epidemiológica de Ribeirão. "Já nasceu bebê de mãe que teve confirmação de zika e a criança não tinha nada. Há casos de infecção na 38ª, 39ª semana de gravidez. A preocupação maior é em relação aos primeiros meses da gestação", disse. De acordo com ela, gestantes que apresentarem manchas vermelhas devem procurar imediatamente um médico e serem submetidas a exames. "Em caso de confirmação, elas são acompanhadas e encaminhadas para o ambulatório especial do HC [Hospital das Clínicas]." O total de confirmações preocupa mas, segundo a médica, é preciso aguardar resultados dos exames das demais gestantes para que o universo acompanhado seja mais amplo. A cidade teve, desde 2015, cinco notificações de microcefalia, nenhuma relacionada à infecção pelo vírus da zika, de acordo com a Vigilância Epidemiológica. DENGUE Ainda segundo a Secretaria da Saúde, o total de casos confirmados de dengue, uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, chegou a 15.617 nos dois primeiros meses do ano. O total supera os números de 2010, até aqui o ano da maior epidemia da história da cidade, com 29.637 casos. Naquele ano, foram 5.844 confirmações nos dois primeiros meses do ano. Há cinco mortes suspeitas por dengue e duas por zika no município. Em 2015, foram duas mortes confirmadas por dengue (ainda assim, em dezembro, já no início da atual epidemia). O total de casos suspeitos até março é de 36.193. Há, ainda, 106 suspeitas de chikungunya. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Chanceler do Iraque pede apoio do Brasil contra Estado Islâmico
Em visita ao Brasil nesta terça-feira (2), o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Ibrahim al-Jaafari, pediu apoio do país no combate ao Estado Islâmico e defendeu uma possível cooperação brasileira na área militar. As propostas foram debatidas em encontros de Jaafari com os ministros Jaques Vagner (Defesa) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o vice-presidente Michel Temer. Segundo o Ministério da Defesa, o apoio militar do Brasil ao combate à milícia foi o principal motivo da vinda do iraquiano à Brasília. "A guerra contra o terrorismo não é uma guerra convencional. Buscamos os países amigos e democráticos para defender aqueles que estão sofrendo com esse fenômeno", disse Al-Jaafari, de acordo com a assessoria de imprensa do ministério. A pasta informou, no entanto, que este foi um contato inicial e que não houve definição de medidas concretas de apoio ao país árabe. Há cerca de um ano, o Estado Islâmico fincou bases em territórios de Síria e Iraque. A milícia hoje controla cidades estratégicas, como as sírias Raqqa e Palmira e as iraquianas Mossul e Ramadi. Em encontro com Temer, o chanceler do Iraque argumentou que o avanço do Estado Islâmico é um problema internacional, e não está restrito apenas aos países do Oriente Médio. Ao chanceler, Jaafari destacou que o terrorismo é um "problema global que exige resposta global". Em resposta, Vieira afirmou que o Brasil é "solidário" ao governo e ao povo iraquiano, e aceitou convite para realizar visita a Bagdá. De acordo com o Itamaraty, os chanceleres trataram ainda da diversificação da pauta comercial e dos investimentos entre os dois países.
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Chanceler do Iraque pede apoio do Brasil contra Estado IslâmicoEm visita ao Brasil nesta terça-feira (2), o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Ibrahim al-Jaafari, pediu apoio do país no combate ao Estado Islâmico e defendeu uma possível cooperação brasileira na área militar. As propostas foram debatidas em encontros de Jaafari com os ministros Jaques Vagner (Defesa) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o vice-presidente Michel Temer. Segundo o Ministério da Defesa, o apoio militar do Brasil ao combate à milícia foi o principal motivo da vinda do iraquiano à Brasília. "A guerra contra o terrorismo não é uma guerra convencional. Buscamos os países amigos e democráticos para defender aqueles que estão sofrendo com esse fenômeno", disse Al-Jaafari, de acordo com a assessoria de imprensa do ministério. A pasta informou, no entanto, que este foi um contato inicial e que não houve definição de medidas concretas de apoio ao país árabe. Há cerca de um ano, o Estado Islâmico fincou bases em territórios de Síria e Iraque. A milícia hoje controla cidades estratégicas, como as sírias Raqqa e Palmira e as iraquianas Mossul e Ramadi. Em encontro com Temer, o chanceler do Iraque argumentou que o avanço do Estado Islâmico é um problema internacional, e não está restrito apenas aos países do Oriente Médio. Ao chanceler, Jaafari destacou que o terrorismo é um "problema global que exige resposta global". Em resposta, Vieira afirmou que o Brasil é "solidário" ao governo e ao povo iraquiano, e aceitou convite para realizar visita a Bagdá. De acordo com o Itamaraty, os chanceleres trataram ainda da diversificação da pauta comercial e dos investimentos entre os dois países.
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Joinville bate Coritiba e encerra sequência de nove jogos sem vitória
Após nove jogos, o Joinville reencontrou a vitória no Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira (14), ao bater o Coritiba por 3 a 1, pela 30ª rodada. Aos 32min da primeira etapa, Marcelinho Paraíba abriu o placar para os catarinenses, que jogaram em casa, cobrando pênalti. Três minutos antes, o atacante Kleber havia desperdiçado cobrança pelos paranaenses. O segundo gol do Joinville saiu aos 11min da segunda etapa, com o zagueiro Rafael Donato, de cabeça. O terceiro foi do volante Kadu, aos 27 min. Henrique Almeida descontou já no final da partida. A vitória levou o time tricolor a 27 pontos, ainda na lanterna do Brasileiro. A equipe alviverde ficou com 33 pontos e entrou na zona de rebaixamento ao ser ultrapassada pelo Figueirense, que derrotou o Flamengo também nesta quarta. Pela 31ª rodada, o Coritiba vai a Campinas encarar a Ponte Preta no domingo (18), às 11h. O Joinville recebe o Figueirense no sábado (17), às 21h.
esporte
Joinville bate Coritiba e encerra sequência de nove jogos sem vitóriaApós nove jogos, o Joinville reencontrou a vitória no Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira (14), ao bater o Coritiba por 3 a 1, pela 30ª rodada. Aos 32min da primeira etapa, Marcelinho Paraíba abriu o placar para os catarinenses, que jogaram em casa, cobrando pênalti. Três minutos antes, o atacante Kleber havia desperdiçado cobrança pelos paranaenses. O segundo gol do Joinville saiu aos 11min da segunda etapa, com o zagueiro Rafael Donato, de cabeça. O terceiro foi do volante Kadu, aos 27 min. Henrique Almeida descontou já no final da partida. A vitória levou o time tricolor a 27 pontos, ainda na lanterna do Brasileiro. A equipe alviverde ficou com 33 pontos e entrou na zona de rebaixamento ao ser ultrapassada pelo Figueirense, que derrotou o Flamengo também nesta quarta. Pela 31ª rodada, o Coritiba vai a Campinas encarar a Ponte Preta no domingo (18), às 11h. O Joinville recebe o Figueirense no sábado (17), às 21h.
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Centro esportivo planejado para os Jogos do Rio está abandonado
GUILHERME MAZIEIRO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CAMPINAS O que seria um centro esportivo de elite no Sudeste, pensado para a Olimpíada, é hoje uma área de 162 mil m² praticamente abandonada em Campinas (90 km de São Paulo). A 19 dias do início da Rio-2016, o local anunciado em 2006 com verbas federais até hoje não está pronto. A proposta era que a estrutura fosse usada para treino de atletas com foco para a Olimpíada. Em outubro de 2006, o então ministro do Esporte, Orlando Silva, chegou a arriscar uma previsão: "Quem sabe não saia daqui do centro olímpico de Campinas um campeão." A Folha esteve no Cear (Centro Esportivo de Alto Rendimento) em janeiro e voltou ao local na sexta (15). A situação de abandono permanece a mesma. Lixo e mato alto dominam quatro quadras de tênis. As piscinas são constantemente invadidas por vizinhos, de acordo com funcionários que pediram anonimato, e as arquibancadas estão mal conservadas. O ginásio poliesportivo, as estruturas para vôlei, basquete e handebol, o restaurante e a acessibilidade classificada como "medalha de ouroº" citados no site oficial da Rio-2016 só existem no mundo virtual. Não há nenhum sinal dos equipamentos. O valor anunciado para construção do Cear, R$ 30 milhões, seria liberado pelo governo federal, com contrapartida da prefeitura. Não foi informado pelo município nem pela Caixa o quanto já foi gasto na obra inacabada. A gestão do local (manutenção e segurança) cabe à prefeitura. RUÍNAS Em 2009, o centro chegou a ser parcialmente inaugurado com quadras de tênis, piscina e pista de atletismo. De 120 casas antigas no local, onde antes era uma fazenda, 78 estão em ruínas, com partes do telhado e do teto caídas. Segundo a Prefeitura de Campinas, ainda não há prazo para que o projeto inicial seja concluído. A obra do ginásio foi contratada em 2010 com orçamento de R$ 14 milhões, mas foi embargada por problemas na construção. Em 2011 o TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) julgou a concorrência e a contratação da empresa irregulares. A única estrutura que realmente funciona é o complexo de atletismo, onde treinam 70 atletas profissionais da equipe Orcamp/Unimed (braço esportivo do Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima, que custeia o atletismo no Cear) e cerca de 200 jovens do projeto social da entidade. A prefeitura, sob gestão de Jonas Donizette (PSB), informou em nota que o projeto de construção do Cear "não teve continuidade em razão da candidatura brasileira a sede da Copa de futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016." "Assim a prioridade de alocação de recursos passou para os estádios e para a cidade do Rio de Janeiro", afirma. OUTRO LADO A administração ainda afirmou que direciona R$ 67 mil por mês para manutenção do complexo e que cuida da segurança do local. Segundo a administração municipal, as piscinas são usadas por paratletas da cidade, "eventos escolares, da Federação Paulista de Natação e do Comitê Paralímpico Brasileiro". A prefeitura não descarta a realização de PPP (Parceria Público-Privada) para gerir o local e afirmou que o município sozinho não suporta o investimento necessário. A Caixa Econômica Federal, responsável pela liberação dos recursos federais, informou em nota que a verba de R$ 25 milhões está disponível e será liberada conforme o andamento das obras do Cear. De acordo com o banco, há seis contratos municipais para construção do centro. Apenas um está em análise. Os outros cinco dependem da publicação de edital de licitação da prefeitura. O Ministério do Esporte não se manifestou sobre os questionamentos feitos pela reportagem.
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Centro esportivo planejado para os Jogos do Rio está abandonado GUILHERME MAZIEIRO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CAMPINAS O que seria um centro esportivo de elite no Sudeste, pensado para a Olimpíada, é hoje uma área de 162 mil m² praticamente abandonada em Campinas (90 km de São Paulo). A 19 dias do início da Rio-2016, o local anunciado em 2006 com verbas federais até hoje não está pronto. A proposta era que a estrutura fosse usada para treino de atletas com foco para a Olimpíada. Em outubro de 2006, o então ministro do Esporte, Orlando Silva, chegou a arriscar uma previsão: "Quem sabe não saia daqui do centro olímpico de Campinas um campeão." A Folha esteve no Cear (Centro Esportivo de Alto Rendimento) em janeiro e voltou ao local na sexta (15). A situação de abandono permanece a mesma. Lixo e mato alto dominam quatro quadras de tênis. As piscinas são constantemente invadidas por vizinhos, de acordo com funcionários que pediram anonimato, e as arquibancadas estão mal conservadas. O ginásio poliesportivo, as estruturas para vôlei, basquete e handebol, o restaurante e a acessibilidade classificada como "medalha de ouroº" citados no site oficial da Rio-2016 só existem no mundo virtual. Não há nenhum sinal dos equipamentos. O valor anunciado para construção do Cear, R$ 30 milhões, seria liberado pelo governo federal, com contrapartida da prefeitura. Não foi informado pelo município nem pela Caixa o quanto já foi gasto na obra inacabada. A gestão do local (manutenção e segurança) cabe à prefeitura. RUÍNAS Em 2009, o centro chegou a ser parcialmente inaugurado com quadras de tênis, piscina e pista de atletismo. De 120 casas antigas no local, onde antes era uma fazenda, 78 estão em ruínas, com partes do telhado e do teto caídas. Segundo a Prefeitura de Campinas, ainda não há prazo para que o projeto inicial seja concluído. A obra do ginásio foi contratada em 2010 com orçamento de R$ 14 milhões, mas foi embargada por problemas na construção. Em 2011 o TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) julgou a concorrência e a contratação da empresa irregulares. A única estrutura que realmente funciona é o complexo de atletismo, onde treinam 70 atletas profissionais da equipe Orcamp/Unimed (braço esportivo do Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima, que custeia o atletismo no Cear) e cerca de 200 jovens do projeto social da entidade. A prefeitura, sob gestão de Jonas Donizette (PSB), informou em nota que o projeto de construção do Cear "não teve continuidade em razão da candidatura brasileira a sede da Copa de futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016." "Assim a prioridade de alocação de recursos passou para os estádios e para a cidade do Rio de Janeiro", afirma. OUTRO LADO A administração ainda afirmou que direciona R$ 67 mil por mês para manutenção do complexo e que cuida da segurança do local. Segundo a administração municipal, as piscinas são usadas por paratletas da cidade, "eventos escolares, da Federação Paulista de Natação e do Comitê Paralímpico Brasileiro". A prefeitura não descarta a realização de PPP (Parceria Público-Privada) para gerir o local e afirmou que o município sozinho não suporta o investimento necessário. A Caixa Econômica Federal, responsável pela liberação dos recursos federais, informou em nota que a verba de R$ 25 milhões está disponível e será liberada conforme o andamento das obras do Cear. De acordo com o banco, há seis contratos municipais para construção do centro. Apenas um está em análise. Os outros cinco dependem da publicação de edital de licitação da prefeitura. O Ministério do Esporte não se manifestou sobre os questionamentos feitos pela reportagem.
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Trabalhadores de usinas nucleares aderem à onda de greves na França
Os trabalhadores das usinas nucleares na França se juntaram, nesta quinta-feira (26), à onda de greves contra a reforma trabalhista do governo socialista, que têm provocado uma escassez de combustível e outros problemas econômicos. Os sindicatos convocaram um novo dia de protestos, o oitavo desde o início do movimento, há três meses, que em várias ocasiões acabou em violentos confrontos com as forças policiais. O nono dia será uma manifestação única em Paris, programada para 14 de junho. O primeiro-ministro Manuel Valls, sob pressão, admitiu nesta quinta (26) a possibilidade de "mudanças" ou "melhorias" na proposta, e anunciou que receberá no sábado (28) representantes do setor petrolífero. No entanto, o chefe de governo voltou a descartar a retirada do texto controverso. Nesta quarta (25), Valls afirmou que a CGT, que lidera os protestos, "não dita a lei no país" e, nesta quinta (26), voltou a criticar a "irresponsabilidade" da união sindical. O secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, convocou, por sua vez, "uma generalização da greve". Segundo o governo, a reforma vai dar mais flexibilidade às empresas para combater o desemprego. Já os críticos da medida consideram que a proposta vai aumentar a insegurança no trabalho, com o favorecimento de acordos particulares em vez das negociações de sindicatos profissionais, precarizando as condições de trabalho. A reforma divide profundamente a esquerda francesa. O governo precisou recorrer a um instrumento constitucional que permite aprovar a medida sem passar pelo voto no Parlamento, por meio de um voto de confiança. COMBUSTÍVEL O bloqueio de refinarias e depósitos de petróleo forçou o governo a utilizar suas reservas estratégicas de combustível. O Estado havia utilizado até esta quarta (25) três dos 115 dias de reservas disponíveis. "Vamos fazer todo o necessário para garantir o abastecimento dos franceses e da economia", disse o presidente François Hollande. Longas filas se formam há vários dias nos postos de gasolina, que em muitos casos racionam a distribuição. Os depósitos de quase um terço dos postos de combustível estão secos ou quase vazios, enquanto um popular aplicativo para celulares indica onde ainda há combustível disponível. Viviane, uma aposentada que esperava para abastecer seu carro em Allier, compara a atual turbulência com as duas semanas de greves e manifestações das massas em 1968. "Lembro-me de maio de 68 e posso dizer que a escassez não é brincadeira e eu estou tomando precauções", disse a motorista. CENTRAIS NUCLEARES As manifestações subiram um novo degrau nesta quinta (26), com o voto a favor da greve nas 19 usinas nucleares do país. "Entre 50% e 80% dos funcionários estão em greve, de acordo com as centrais", afirmou a porta-voz da CGT desse setor, Marie-Claire Cailletaud, admitindo que, para manter o fluxo, a França "provavelmente será forçada a importar energia" de países vizinhos. O organismo que administra a rede elétrica nacional, RTE, afirmou por sua vez que "a oferta de produção disponível (...) é suficiente para cobrir as necessidades de eletricidade do país". A oferta foi reduzida em 25% na central de energia elétrica de Nogent-sur-Seine, a cerca de 100 km a sudeste de Paris. O movimento de protesto também tem provocado interrupções nos transportes. Em meio a essa onda de descontentamento, no entanto, o governo recebeu a boa notícia de que o desemprego tinha caído pelo segundo mês consecutivo em abril.
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Trabalhadores de usinas nucleares aderem à onda de greves na FrançaOs trabalhadores das usinas nucleares na França se juntaram, nesta quinta-feira (26), à onda de greves contra a reforma trabalhista do governo socialista, que têm provocado uma escassez de combustível e outros problemas econômicos. Os sindicatos convocaram um novo dia de protestos, o oitavo desde o início do movimento, há três meses, que em várias ocasiões acabou em violentos confrontos com as forças policiais. O nono dia será uma manifestação única em Paris, programada para 14 de junho. O primeiro-ministro Manuel Valls, sob pressão, admitiu nesta quinta (26) a possibilidade de "mudanças" ou "melhorias" na proposta, e anunciou que receberá no sábado (28) representantes do setor petrolífero. No entanto, o chefe de governo voltou a descartar a retirada do texto controverso. Nesta quarta (25), Valls afirmou que a CGT, que lidera os protestos, "não dita a lei no país" e, nesta quinta (26), voltou a criticar a "irresponsabilidade" da união sindical. O secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, convocou, por sua vez, "uma generalização da greve". Segundo o governo, a reforma vai dar mais flexibilidade às empresas para combater o desemprego. Já os críticos da medida consideram que a proposta vai aumentar a insegurança no trabalho, com o favorecimento de acordos particulares em vez das negociações de sindicatos profissionais, precarizando as condições de trabalho. A reforma divide profundamente a esquerda francesa. O governo precisou recorrer a um instrumento constitucional que permite aprovar a medida sem passar pelo voto no Parlamento, por meio de um voto de confiança. COMBUSTÍVEL O bloqueio de refinarias e depósitos de petróleo forçou o governo a utilizar suas reservas estratégicas de combustível. O Estado havia utilizado até esta quarta (25) três dos 115 dias de reservas disponíveis. "Vamos fazer todo o necessário para garantir o abastecimento dos franceses e da economia", disse o presidente François Hollande. Longas filas se formam há vários dias nos postos de gasolina, que em muitos casos racionam a distribuição. Os depósitos de quase um terço dos postos de combustível estão secos ou quase vazios, enquanto um popular aplicativo para celulares indica onde ainda há combustível disponível. Viviane, uma aposentada que esperava para abastecer seu carro em Allier, compara a atual turbulência com as duas semanas de greves e manifestações das massas em 1968. "Lembro-me de maio de 68 e posso dizer que a escassez não é brincadeira e eu estou tomando precauções", disse a motorista. CENTRAIS NUCLEARES As manifestações subiram um novo degrau nesta quinta (26), com o voto a favor da greve nas 19 usinas nucleares do país. "Entre 50% e 80% dos funcionários estão em greve, de acordo com as centrais", afirmou a porta-voz da CGT desse setor, Marie-Claire Cailletaud, admitindo que, para manter o fluxo, a França "provavelmente será forçada a importar energia" de países vizinhos. O organismo que administra a rede elétrica nacional, RTE, afirmou por sua vez que "a oferta de produção disponível (...) é suficiente para cobrir as necessidades de eletricidade do país". A oferta foi reduzida em 25% na central de energia elétrica de Nogent-sur-Seine, a cerca de 100 km a sudeste de Paris. O movimento de protesto também tem provocado interrupções nos transportes. Em meio a essa onda de descontentamento, no entanto, o governo recebeu a boa notícia de que o desemprego tinha caído pelo segundo mês consecutivo em abril.
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CPI do BNDES vai apurar motivações da delação da JBS
A CPI do BNDES apresentou na terça-feira (15) um documento em que descreve seu plano de trabalho e aponta como uma de suas tarefas previstas o esclarecimento de "objetivos" e "benefícios" de acordos de delações premiadas e acordo de leniências firmados por empresas que tomaram crédito do banco de fomento. O plano de trabalho abre espaço para que senadores apurem as motivações e condições em que os irmãos Batista, do grupo JBS, firmaram acordo com o Ministério Público. Podem ser alvo ainda dessas investigações os acordos firmados por empresas como a Odebrecht, cuja delação envolve 24 senadores. A proposta deve ser analisada nesta quarta-feira (16) pela comissão. Embora não leve o nome de "JBS", a comissão foi criada na esteira do escândalo que atingiu em cheio o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ambos gravados pelo empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo. O presidente da comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse à Folha que não vê problema de a CPI investigar os irmãos Batista. Ele diz ainda que o objetivo da comissão não é apenas de investigar os empréstimos concedidos ao grupo dos irmãos Batista. Além dos empresários, Alcolumbre afirma que o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, poderá ser convidado a prestar esclarecimentos sobre as motivações e as condições do acordo de colaboração. O relator da CPI, Roberto Rocha (PSB-MA), diz que os irmãos Batista devem ser convidados a dar explicações. "Não há dúvida, pelo que me falaram, que os irmãos Batista serão convidados ou convocados", disse, explicando que os requerimentos serão apresentados pelos integrantes da comissão. "Acredito que eles são os mais interessados em fazer isso. Todo mundo espera que eles possam dar uma explicação de seus procedimentos em relação ao uso dos recursos do BNDES e a oportunidade melhor que tem será essa, sem dúvida nenhuma", afirmou. Por sua proposta de instalação, aprovada pelo Senado este mês, a CPI vai apurar linha de crédito oferecidas pelo BNDES nos últimos 20 anos. TEMER O presidente Michel Temer recebeu nesta terça-feira (15), mesmo dia em que a CPI apresentou sua proposta de atividades, tanto o presidente quanto o relator da comissão. Os compromissos foram registrados na agenda oficial do peemedebista. Alcolumbre foi ao Palácio do Planalto acompanhado do ministro dos Transportes, Maurício Quintella. Já Rocha, em agenda separada, foi em companhia do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Oficialmente, as agendas não tinham qualquer relação com o objeto da comissão. Durante a sessão da CPI, Rocha disse que fechou o plano de trabalho "durante um almoço" nesta terça. Questionada, a assessoria do senador confirmou que ele almoçou com Temer, mas negou que o tema tenha sido tratado com o presidente. Afirmou ainda que ao falar em "almoço" o senador maranhense se referiu a um encontro que estava previsto em seu gabinete com a participação de assessores e que, no qual o calendário de trabalho foi, de fato, definido.
poder
CPI do BNDES vai apurar motivações da delação da JBSA CPI do BNDES apresentou na terça-feira (15) um documento em que descreve seu plano de trabalho e aponta como uma de suas tarefas previstas o esclarecimento de "objetivos" e "benefícios" de acordos de delações premiadas e acordo de leniências firmados por empresas que tomaram crédito do banco de fomento. O plano de trabalho abre espaço para que senadores apurem as motivações e condições em que os irmãos Batista, do grupo JBS, firmaram acordo com o Ministério Público. Podem ser alvo ainda dessas investigações os acordos firmados por empresas como a Odebrecht, cuja delação envolve 24 senadores. A proposta deve ser analisada nesta quarta-feira (16) pela comissão. Embora não leve o nome de "JBS", a comissão foi criada na esteira do escândalo que atingiu em cheio o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ambos gravados pelo empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo. O presidente da comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse à Folha que não vê problema de a CPI investigar os irmãos Batista. Ele diz ainda que o objetivo da comissão não é apenas de investigar os empréstimos concedidos ao grupo dos irmãos Batista. Além dos empresários, Alcolumbre afirma que o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, poderá ser convidado a prestar esclarecimentos sobre as motivações e as condições do acordo de colaboração. O relator da CPI, Roberto Rocha (PSB-MA), diz que os irmãos Batista devem ser convidados a dar explicações. "Não há dúvida, pelo que me falaram, que os irmãos Batista serão convidados ou convocados", disse, explicando que os requerimentos serão apresentados pelos integrantes da comissão. "Acredito que eles são os mais interessados em fazer isso. Todo mundo espera que eles possam dar uma explicação de seus procedimentos em relação ao uso dos recursos do BNDES e a oportunidade melhor que tem será essa, sem dúvida nenhuma", afirmou. Por sua proposta de instalação, aprovada pelo Senado este mês, a CPI vai apurar linha de crédito oferecidas pelo BNDES nos últimos 20 anos. TEMER O presidente Michel Temer recebeu nesta terça-feira (15), mesmo dia em que a CPI apresentou sua proposta de atividades, tanto o presidente quanto o relator da comissão. Os compromissos foram registrados na agenda oficial do peemedebista. Alcolumbre foi ao Palácio do Planalto acompanhado do ministro dos Transportes, Maurício Quintella. Já Rocha, em agenda separada, foi em companhia do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Oficialmente, as agendas não tinham qualquer relação com o objeto da comissão. Durante a sessão da CPI, Rocha disse que fechou o plano de trabalho "durante um almoço" nesta terça. Questionada, a assessoria do senador confirmou que ele almoçou com Temer, mas negou que o tema tenha sido tratado com o presidente. Afirmou ainda que ao falar em "almoço" o senador maranhense se referiu a um encontro que estava previsto em seu gabinete com a participação de assessores e que, no qual o calendário de trabalho foi, de fato, definido.
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Democratas sentam em chão da Câmara para exigir votação
Um grupo de parlamentares do Partido Democrata sentou no chão da Câmara dos Deputados dos EUA nesta quarta-feira (22) para forçar a maioria republicana a aceitar a votação de uma medida para restringir o acesso a armas de fogo antes do recesso de uma semana que começa no próximo dia 4. "Sem lei, sem recesso", entoaram em coro os deputados governistas, em mais um confronto com a oposição republicana sobre um tema que gera enorme polarização política nos EUA. O debate sobre o controle de armas reaqueceu depois da morte de 49 pessoas em uma boate gay de Orlando no dia 12, o mais grave ataque a tiros da história recente do país. Na última sexta (17), quatro propostas para aumentar o acesso a armas de fogo foram vetadas em votação no Senado, acirrando a divisão. "Nossa ação é pelos que não viram este dia, cujos dias foram levados em um instante, por armas de violência", disse a deputada democrata Steny Hoyer. Diante do impasse, a maioria republicana declarou um recesso e determinou a suspensão da transmissão ao vivo pela TV. Mas os cerca de 30 deputados democratas se recusaram a deixar o plenário, mantendo o protesto. "Ficaremos o tempo que for preciso", disse um deles, John Lewis. "O que esta casa fez [contra a violência]? Nada. Estamos cegos para uma crise. Onde está a nossa coragem? Quantos pais e mães precisam derramar lágrimas de luto?" Na terça (21), um grupo de senadores dos dois partidos havia sinalizado uma saída para o impasse, com uma emenda que propõe o veto à venda de armas para suspeitos de terrorismo que estão proibidos de fazer viagens aéreas. Embora considerada modesta pelos defensores da restrições mais duras, se a emenda prosperar será uma das poucas aprovadas no Congresso nos últimos 20 anos. "Essencialmente, nós acreditamos que se uma pessoa é perigosa demais para entrar num voo ela também é perigosa demais para comprar uma arma", disse a senadora republicana Susan Collins, uma das líderes da iniciativa. A lista de suspeitos do governo tem cerca de 109 mil nomes, entre eles 2.700 cidadãos americanos.
mundo
Democratas sentam em chão da Câmara para exigir votaçãoUm grupo de parlamentares do Partido Democrata sentou no chão da Câmara dos Deputados dos EUA nesta quarta-feira (22) para forçar a maioria republicana a aceitar a votação de uma medida para restringir o acesso a armas de fogo antes do recesso de uma semana que começa no próximo dia 4. "Sem lei, sem recesso", entoaram em coro os deputados governistas, em mais um confronto com a oposição republicana sobre um tema que gera enorme polarização política nos EUA. O debate sobre o controle de armas reaqueceu depois da morte de 49 pessoas em uma boate gay de Orlando no dia 12, o mais grave ataque a tiros da história recente do país. Na última sexta (17), quatro propostas para aumentar o acesso a armas de fogo foram vetadas em votação no Senado, acirrando a divisão. "Nossa ação é pelos que não viram este dia, cujos dias foram levados em um instante, por armas de violência", disse a deputada democrata Steny Hoyer. Diante do impasse, a maioria republicana declarou um recesso e determinou a suspensão da transmissão ao vivo pela TV. Mas os cerca de 30 deputados democratas se recusaram a deixar o plenário, mantendo o protesto. "Ficaremos o tempo que for preciso", disse um deles, John Lewis. "O que esta casa fez [contra a violência]? Nada. Estamos cegos para uma crise. Onde está a nossa coragem? Quantos pais e mães precisam derramar lágrimas de luto?" Na terça (21), um grupo de senadores dos dois partidos havia sinalizado uma saída para o impasse, com uma emenda que propõe o veto à venda de armas para suspeitos de terrorismo que estão proibidos de fazer viagens aéreas. Embora considerada modesta pelos defensores da restrições mais duras, se a emenda prosperar será uma das poucas aprovadas no Congresso nos últimos 20 anos. "Essencialmente, nós acreditamos que se uma pessoa é perigosa demais para entrar num voo ela também é perigosa demais para comprar uma arma", disse a senadora republicana Susan Collins, uma das líderes da iniciativa. A lista de suspeitos do governo tem cerca de 109 mil nomes, entre eles 2.700 cidadãos americanos.
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Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
No final de setembro, um grupo de líderes do setor de tecnologia deu início a um esforço muito alardeado para arrecadar US$ 100 mil (R$ 310 mil) para a campanha de Hillary Clinton. Quando chegou a eleição, porém, só US$ 76.324 (cerca de R$ 240 mil) haviam sido arrecadados. Apesar de toda sua rejeição visceral a Donald Trump, a comunidade da tecnologia não se preocupava muito com a possibilidade de que ele fosse eleito ou, caso assumisse, de que pusesse em prática o programa alardeado em campanha. Distraído por pesquisas de opinião pública favoráveis, e mais preocupado com seguir o seu destino, a melhor descrição para a postura do Vale do Silício era "complacência". Isso acabou. Depois do decreto do presidente Trump restringindo a imigração, firmado em 27 de janeiro, o setor de tecnologia se politizou completamente. As empresas vêm sendo pressionadas por seus empregados, por seus clientes e, em alguns casos, até mesmo por seus ideais. Estão tentando fazer o suficiente, mas sem irem longe demais. Quase 130 empresas, em sua grande maioria do ramo de tecnologia, apresentaram na noite de domingo (5) um abaixo-assinado "amicus curiae" (ou seja, de parte interessada em processo alheio) a um tribunal de recursos dos Estados Unidos que se recusou a restaurar o decreto, suspenso por uma instância inferior. O documento, assinado por uma coalizão incomumente ampla de grandes e pequenas empresas de tecnologia que inclui Apple, Facebook, Microsoft, Google, Tesla, Uber e Intel, afirmava que o decreto de Trump "viola as leis de imigração e a constituição". "O Vale do Silício está começando a participar", disse Sam Altman, que comanda a Y Combinator, a mais conhecida incubadora de startups do vale. "As empresas estão trabalhando em três frentes: opondo-se ruidosamente às políticas de Trump que veem como ruins; tentando se aproximar dele para influenciar seu comportamento; e desenvolvendo novas tecnologias para trabalhar contra políticas e formas de discurso político que desaprovam". É uma estratégia improvisada e complicada. As empresas envolvidas estão entre as mais ricas e populares marcas dos Estados Unidos, o que significa que exercem muita influência. Mas também são singularmente vulneráveis –não só às mensagens presidenciais no Twitter e aos decretos mas aos sentimentos de seus clientes e empregados, alguns dos quais têm ideias mais radicais em mente. Muitas das empresas estavam apostando inicialmente no engajamento, depois de uma reunião positiva com o presidente eleito, em dezembro. Essa abordagem modesta, que até mesmo o executivo mais avesso a riscos pode adotar sem medo, mostrou seus limites esta semana. Depois que sua empresa perdeu muitos clientes insatisfeitos com a presença dele em um conselho consultivo do governo Trump, Travis Kalanick, presidente-executivo da Uber foi forçado a se afastar da posição governamental. "As pessoas votaram optando por deixar a empresa, e Travis as ouviu", disse Dave McClure, que comanda a incubadora 500 Startups e criou o Nerdz 4 Hillary, o grupo que tentou sem sucesso arrecadar verba para a campanha da candidata. "Precisamos convencer os demais líderes da tecnologia a agir da mesma maneira". A resistência começa em casa, disse McClure. "Se você não votou no presidente, não tem voz com ele", ele disse. "Mas empregados e clientes têm voz junto às empresas de tecnologia. O Vale do Silício deveria estar realizando protestos diante do Google, Facebook e Twitter para garantir que essas empresas compartilhem de nossos valores." Diversos fatores estão levando o Vale do Silício à linha de frente na oposição a Trump. Alguns deles são bem conhecidos: muitas das empresas da região foram fundadas e são comandadas por imigrantes, o que torna o decreto sobre a imigração ofensivo e ameaça sua forma de operar. As empresas de tecnologia frequentemente enfatizam a importância de talentos internacionais para os seus negócios. Um fator que não costuma ser tão mencionado é a homogeneidade política dos trabalhadores da tecnologia. "Não é como se tivéssemos 60% dos trabalhadores de um lado e 40% do outro", disse Ken Shotts, professor de Economia Política na escola de pós-graduação em administração de empresas da Universidade Stanford. "Todos eles têm as mesmas inclinações." Trump conta com algum apoio no Vale do Silício, especialmente o do empresário de capital para empreendimentos Peter Thiel. Ainda outro fator de pressão sobre as empresas é a escassez permanente de mão de obra no setor de tecnologia. Os executivos não podem alienar um grande bloco de trabalhadores. Além disso, há a mitologia do Vale do Silício, segundo a qual o trabalho que é feito lá é o de construir um futuro melhor. O velho slogan do Google, "não seja malvado", é a mais forte expressão disso. "Se você sai por aí falando muito sobre o papel exaltado que sua companhia tem na sociedade, sempre pode chegar o momento em que seus trabalhadores decidam forçá-lo a fazer o que diz", afirmou Shotts. Desde a promulgação do decreto, as empresas estão batalhando para se manter em sintonia com seus funcionários. A Microsoft, por exemplo, inicialmente se limitou a alguns comentários discretos, exaltando a imigração. Mas no dia seguinte, adotou tom muito mais combativo, definindo a ordem como "indevida e um grande passo atrás", e afirmando que ela causaria "grandes danos colaterais à reputação e valores do país". Em uma reunião envolvendo todos os funcionários, no começo da semana, os funcionários da Microsoft expressaram suas preocupações a Satya Nadella, o presidente-executivo da empresa, nascido na Índia. A empresa não fez declaração formal de apoio aos esforços do Estado de Washington para bloquear a ordem, algo que a Amazon e a Expedia fizeram, mas os comentários públicos que seus dirigentes fizeram ajudaram no esforço, disse Bob Ferguson, secretário estadual da Justiça. A batalha quanto à imigração interessa diretamente à Microsoft. A ordem afetou diretamente 76 de seus empregados, segundo a companhia. Há pessoas no Vale do Silício que têm esperanças maiores para as empresas de tecnologia. "Em 2016, vimos como a tecnologia pode ser usada para causar extrema polarização", disse Altman, da Y Combinator. "A coisa mais importante para nós seria descobrir como usar a tecnologia de forma a despolarizar o país." Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald TrumpNo final de setembro, um grupo de líderes do setor de tecnologia deu início a um esforço muito alardeado para arrecadar US$ 100 mil (R$ 310 mil) para a campanha de Hillary Clinton. Quando chegou a eleição, porém, só US$ 76.324 (cerca de R$ 240 mil) haviam sido arrecadados. Apesar de toda sua rejeição visceral a Donald Trump, a comunidade da tecnologia não se preocupava muito com a possibilidade de que ele fosse eleito ou, caso assumisse, de que pusesse em prática o programa alardeado em campanha. Distraído por pesquisas de opinião pública favoráveis, e mais preocupado com seguir o seu destino, a melhor descrição para a postura do Vale do Silício era "complacência". Isso acabou. Depois do decreto do presidente Trump restringindo a imigração, firmado em 27 de janeiro, o setor de tecnologia se politizou completamente. As empresas vêm sendo pressionadas por seus empregados, por seus clientes e, em alguns casos, até mesmo por seus ideais. Estão tentando fazer o suficiente, mas sem irem longe demais. Quase 130 empresas, em sua grande maioria do ramo de tecnologia, apresentaram na noite de domingo (5) um abaixo-assinado "amicus curiae" (ou seja, de parte interessada em processo alheio) a um tribunal de recursos dos Estados Unidos que se recusou a restaurar o decreto, suspenso por uma instância inferior. O documento, assinado por uma coalizão incomumente ampla de grandes e pequenas empresas de tecnologia que inclui Apple, Facebook, Microsoft, Google, Tesla, Uber e Intel, afirmava que o decreto de Trump "viola as leis de imigração e a constituição". "O Vale do Silício está começando a participar", disse Sam Altman, que comanda a Y Combinator, a mais conhecida incubadora de startups do vale. "As empresas estão trabalhando em três frentes: opondo-se ruidosamente às políticas de Trump que veem como ruins; tentando se aproximar dele para influenciar seu comportamento; e desenvolvendo novas tecnologias para trabalhar contra políticas e formas de discurso político que desaprovam". É uma estratégia improvisada e complicada. As empresas envolvidas estão entre as mais ricas e populares marcas dos Estados Unidos, o que significa que exercem muita influência. Mas também são singularmente vulneráveis –não só às mensagens presidenciais no Twitter e aos decretos mas aos sentimentos de seus clientes e empregados, alguns dos quais têm ideias mais radicais em mente. Muitas das empresas estavam apostando inicialmente no engajamento, depois de uma reunião positiva com o presidente eleito, em dezembro. Essa abordagem modesta, que até mesmo o executivo mais avesso a riscos pode adotar sem medo, mostrou seus limites esta semana. Depois que sua empresa perdeu muitos clientes insatisfeitos com a presença dele em um conselho consultivo do governo Trump, Travis Kalanick, presidente-executivo da Uber foi forçado a se afastar da posição governamental. "As pessoas votaram optando por deixar a empresa, e Travis as ouviu", disse Dave McClure, que comanda a incubadora 500 Startups e criou o Nerdz 4 Hillary, o grupo que tentou sem sucesso arrecadar verba para a campanha da candidata. "Precisamos convencer os demais líderes da tecnologia a agir da mesma maneira". A resistência começa em casa, disse McClure. "Se você não votou no presidente, não tem voz com ele", ele disse. "Mas empregados e clientes têm voz junto às empresas de tecnologia. O Vale do Silício deveria estar realizando protestos diante do Google, Facebook e Twitter para garantir que essas empresas compartilhem de nossos valores." Diversos fatores estão levando o Vale do Silício à linha de frente na oposição a Trump. Alguns deles são bem conhecidos: muitas das empresas da região foram fundadas e são comandadas por imigrantes, o que torna o decreto sobre a imigração ofensivo e ameaça sua forma de operar. As empresas de tecnologia frequentemente enfatizam a importância de talentos internacionais para os seus negócios. Um fator que não costuma ser tão mencionado é a homogeneidade política dos trabalhadores da tecnologia. "Não é como se tivéssemos 60% dos trabalhadores de um lado e 40% do outro", disse Ken Shotts, professor de Economia Política na escola de pós-graduação em administração de empresas da Universidade Stanford. "Todos eles têm as mesmas inclinações." Trump conta com algum apoio no Vale do Silício, especialmente o do empresário de capital para empreendimentos Peter Thiel. Ainda outro fator de pressão sobre as empresas é a escassez permanente de mão de obra no setor de tecnologia. Os executivos não podem alienar um grande bloco de trabalhadores. Além disso, há a mitologia do Vale do Silício, segundo a qual o trabalho que é feito lá é o de construir um futuro melhor. O velho slogan do Google, "não seja malvado", é a mais forte expressão disso. "Se você sai por aí falando muito sobre o papel exaltado que sua companhia tem na sociedade, sempre pode chegar o momento em que seus trabalhadores decidam forçá-lo a fazer o que diz", afirmou Shotts. Desde a promulgação do decreto, as empresas estão batalhando para se manter em sintonia com seus funcionários. A Microsoft, por exemplo, inicialmente se limitou a alguns comentários discretos, exaltando a imigração. Mas no dia seguinte, adotou tom muito mais combativo, definindo a ordem como "indevida e um grande passo atrás", e afirmando que ela causaria "grandes danos colaterais à reputação e valores do país". Em uma reunião envolvendo todos os funcionários, no começo da semana, os funcionários da Microsoft expressaram suas preocupações a Satya Nadella, o presidente-executivo da empresa, nascido na Índia. A empresa não fez declaração formal de apoio aos esforços do Estado de Washington para bloquear a ordem, algo que a Amazon e a Expedia fizeram, mas os comentários públicos que seus dirigentes fizeram ajudaram no esforço, disse Bob Ferguson, secretário estadual da Justiça. A batalha quanto à imigração interessa diretamente à Microsoft. A ordem afetou diretamente 76 de seus empregados, segundo a companhia. Há pessoas no Vale do Silício que têm esperanças maiores para as empresas de tecnologia. "Em 2016, vimos como a tecnologia pode ser usada para causar extrema polarização", disse Altman, da Y Combinator. "A coisa mais importante para nós seria descobrir como usar a tecnologia de forma a despolarizar o país." Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Do sofá ao boteco, Elma Chips é a marca de salgadinho mais citada em pesquisa
LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO Na prateleira do supermercado, são 17 marcas sob os braços da Elma Chips para o segmento "snacks". Ou salgadinhos, como preferem os paulistanos. Qual será o da vez? A Ruffles dá um pulinho à imaginação: noite de domingo, série na TV, refrigerante e um pote de catchup para lambuzar cada "batata da onda", sabor churrasco. Será? A propaganda brinca com a preguiça geral da república: "Sabor irresistível de churrasco, sem os perrengues de acender a churrasqueira". Pula. Quem sabe o "Extreme Cheddarlicious" (cheddar) ou a "Pepperonda" (pepperoni)? Tantos sabores, tantas ondas. Aliás, como elas são feitas, as ondas? A empresa explica: "Um sistema cuidadoso de plantação que começa com a escolha do terreno e se estende à colheita, seleção, lavagem e acondicionamento adequado de cada uma das batatas". Depois, começa a mágica, diz, quando as batatas vão parar nas três fábricas da empresa no país. "São lavadas, descascadas, cortadas, fritadas/assadas e escaneadas para evitar imperfeições." Logo adiante vem o Doritos. Sofá, refrigerante, final da NBA. Cada cesta uma tortilha. "Sabor intenso e crocância incomparável." Mais para o final da gôndola, o veterano Baconzitos, no mercado desde 1974. Um dos primeiros salgadinhos da Elma Chips no Brasil. E seu irmão, o Cebolitos, nas ruas desde 1978? "Irresistível sabor de cebola." A Elma Chips pertence à gigante Pepsico desde 1974. Da mesma multinacional é a marca Lucky —adquirida pela Pepsico em 2007—, responsável pelos famigerados salgadinhos Fofura e Torcida. O primeiro é do fim dos anos 1980. Baratinho, saco grande para dividir com o irmão, pois era época da hiperinflação, sabe como é. Sofá, suco em pó, Faustão na TV. O segundo é aquele que "conquistou o Brasil". Lembra mesa de bar, cerveja, um prato de plástico e esses minúsculos tira-gostos por cima. Sabor galeto? Picanha? Pimenta?
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Do sofá ao boteco, Elma Chips é a marca de salgadinho mais citada em pesquisaLEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO Na prateleira do supermercado, são 17 marcas sob os braços da Elma Chips para o segmento "snacks". Ou salgadinhos, como preferem os paulistanos. Qual será o da vez? A Ruffles dá um pulinho à imaginação: noite de domingo, série na TV, refrigerante e um pote de catchup para lambuzar cada "batata da onda", sabor churrasco. Será? A propaganda brinca com a preguiça geral da república: "Sabor irresistível de churrasco, sem os perrengues de acender a churrasqueira". Pula. Quem sabe o "Extreme Cheddarlicious" (cheddar) ou a "Pepperonda" (pepperoni)? Tantos sabores, tantas ondas. Aliás, como elas são feitas, as ondas? A empresa explica: "Um sistema cuidadoso de plantação que começa com a escolha do terreno e se estende à colheita, seleção, lavagem e acondicionamento adequado de cada uma das batatas". Depois, começa a mágica, diz, quando as batatas vão parar nas três fábricas da empresa no país. "São lavadas, descascadas, cortadas, fritadas/assadas e escaneadas para evitar imperfeições." Logo adiante vem o Doritos. Sofá, refrigerante, final da NBA. Cada cesta uma tortilha. "Sabor intenso e crocância incomparável." Mais para o final da gôndola, o veterano Baconzitos, no mercado desde 1974. Um dos primeiros salgadinhos da Elma Chips no Brasil. E seu irmão, o Cebolitos, nas ruas desde 1978? "Irresistível sabor de cebola." A Elma Chips pertence à gigante Pepsico desde 1974. Da mesma multinacional é a marca Lucky —adquirida pela Pepsico em 2007—, responsável pelos famigerados salgadinhos Fofura e Torcida. O primeiro é do fim dos anos 1980. Baratinho, saco grande para dividir com o irmão, pois era época da hiperinflação, sabe como é. Sofá, suco em pó, Faustão na TV. O segundo é aquele que "conquistou o Brasil". Lembra mesa de bar, cerveja, um prato de plástico e esses minúsculos tira-gostos por cima. Sabor galeto? Picanha? Pimenta?
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Aniversário de Lula tem peregrinação de petistas a instituto em São Paulo
"Ninguém apaga fácil o fogo de um pernambucano", brincou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a terceira tentativa frustrada de apagar a vela do bolo em comemoração ao seu 71º aniversário, nesta quinta (27). Minutos antes, cerca de 20 militantes o haviam homenageado. Reunidos à porta do Instituto Lula, zona sul de São Paulo, os simpatizantes foram convidados a comer salgadinhos e pizza, o cardápio da discreta festa. Ao falar de seus 71 anos, ele se disse "um garoto". "Eu faço exercício e vocês com essas barrigas", brincou. Amigos de Lula reforçaram o menu. O deputado federal José Mentor, por exemplo, levou sacos de batatas fritas. O presidente do PT, Rui Falcão, presenteou Lula com uma garrafa de uísque. Ao chegar ao instituto, o vereador paulistano Alfredinho disse que continha suco na garrafa que carregava. Lula aproveitou a confraternização para fazer política. Nas conversas, insistiu na escolha do ex-ministro Jaques Wagner para a presidência do partido. Aos amigos Lula rejeitou, mais uma vez, a possibilidade de assumir o comando do PT. E afirmou que, hoje, Wagner seria o mais capaz de unificar as diferentes tendências do partido. Apesar de uma simpatia do ex-presidente por Jaques Wagner, a CNB (Construindo um Novo Brasil), a maior tendência do PT, consultou o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, sobre a possibilidade de presidir o partido. Segundo petistas, Marinho disse que pretende concorrer ao governo de São Paulo, mas encerrou a conversa dizendo-se cumpridor de missões partidárias. SUPLICY Um dos visitantes de Lula, o ex-senador e vereador eleito Eduardo Suplicy conversou por mais de 50 minutos com o aniversariante: "Ele defendeu a união das diferentes correntes", relatou Suplicy, à saída do instituto. Nas conversas, Lula sugeriu que o PT se reorganizasse na oposição. Ele tem lembrado que os partidos encolhem quando estão fora do governo, como aconteceu com o próprio PSDB após sua eleição em 2002. "Há espaço para a oposição no Brasil", repete. Ainda segundo Suplicy, Lula repetiu não ter cometido irregularidades e criticou os responsáveis pela Operação Lava Jato. De acordo com presentes, Lula estava particularmente entusiasmado com a decisão da ONU de avaliar a queixa do instituto de violação de direitos na Lava Jato, que considerou "uma vitória". O roteiro da comemoração iniciou-se pela manhã, com visitas de petistas, como o senador Lindbergh Farias (RJ). Na hora do almoço, Lula comemorou com assessores do instituto, brindando com espumante. À noite, recebeu dirigentes do PT e de movimentos de esquerda, como Guilherme Boulos e o presidente da CUT, Vagner Freitas, que levou uma garrafa de vinho para a confraternização. A ex-presidente Dilma Rousseff, que passou o dia em São Paulo, se reuniu com Lula na véspera. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, chegou ao instituto no início da noite. Os ex-ministros Alexandre Padilha, Aloizio Mercadante e Walfrido dos Mares Guia também compareceram à confraternização, assim como dois ex-tesoureiros de campanha Edinho Silva, eleito prefeito de Araraquara (SP), e José de Fillipi. Um grupo de apoiadores de Lula arrecadou R$ 1.870 para presentear o ex-presidente. Com o dinheiro, enviou cravos vermelhos ao aniversariante e um bolo de três quilos. O presente consumiu R$ 550. Com restante, enviará cravos a Lula a cada dia 27 dos meses seguintes. Até o dinheiro acabar. FORA DA CAMPANHA O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), foi ao instituto e, diferentemente de Lula, disse que votará no segundo turno da eleição na cidade, embora seu candidato tenha sido derrotado na primeira votação. "Lula já tem 71 anos. Não precisa votar", justificou o prefeito petista. No município onde o ex-presidente fez sua carreira política, candidatos do PSDB e PPS, ambos críticos ao PT, disputam o segundo turno. No momento em que Lula pregava unidade entre os petistas, seus partidários davam, no Rio Grande do Sul, provas de ruptura interna. Em Porto Alegre, petistas de diferentes correntes partidárias lançaram um manifesto pela realização de um congresso e antecipação das eleições internas do partido.
poder
Aniversário de Lula tem peregrinação de petistas a instituto em São Paulo"Ninguém apaga fácil o fogo de um pernambucano", brincou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a terceira tentativa frustrada de apagar a vela do bolo em comemoração ao seu 71º aniversário, nesta quinta (27). Minutos antes, cerca de 20 militantes o haviam homenageado. Reunidos à porta do Instituto Lula, zona sul de São Paulo, os simpatizantes foram convidados a comer salgadinhos e pizza, o cardápio da discreta festa. Ao falar de seus 71 anos, ele se disse "um garoto". "Eu faço exercício e vocês com essas barrigas", brincou. Amigos de Lula reforçaram o menu. O deputado federal José Mentor, por exemplo, levou sacos de batatas fritas. O presidente do PT, Rui Falcão, presenteou Lula com uma garrafa de uísque. Ao chegar ao instituto, o vereador paulistano Alfredinho disse que continha suco na garrafa que carregava. Lula aproveitou a confraternização para fazer política. Nas conversas, insistiu na escolha do ex-ministro Jaques Wagner para a presidência do partido. Aos amigos Lula rejeitou, mais uma vez, a possibilidade de assumir o comando do PT. E afirmou que, hoje, Wagner seria o mais capaz de unificar as diferentes tendências do partido. Apesar de uma simpatia do ex-presidente por Jaques Wagner, a CNB (Construindo um Novo Brasil), a maior tendência do PT, consultou o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, sobre a possibilidade de presidir o partido. Segundo petistas, Marinho disse que pretende concorrer ao governo de São Paulo, mas encerrou a conversa dizendo-se cumpridor de missões partidárias. SUPLICY Um dos visitantes de Lula, o ex-senador e vereador eleito Eduardo Suplicy conversou por mais de 50 minutos com o aniversariante: "Ele defendeu a união das diferentes correntes", relatou Suplicy, à saída do instituto. Nas conversas, Lula sugeriu que o PT se reorganizasse na oposição. Ele tem lembrado que os partidos encolhem quando estão fora do governo, como aconteceu com o próprio PSDB após sua eleição em 2002. "Há espaço para a oposição no Brasil", repete. Ainda segundo Suplicy, Lula repetiu não ter cometido irregularidades e criticou os responsáveis pela Operação Lava Jato. De acordo com presentes, Lula estava particularmente entusiasmado com a decisão da ONU de avaliar a queixa do instituto de violação de direitos na Lava Jato, que considerou "uma vitória". O roteiro da comemoração iniciou-se pela manhã, com visitas de petistas, como o senador Lindbergh Farias (RJ). Na hora do almoço, Lula comemorou com assessores do instituto, brindando com espumante. À noite, recebeu dirigentes do PT e de movimentos de esquerda, como Guilherme Boulos e o presidente da CUT, Vagner Freitas, que levou uma garrafa de vinho para a confraternização. A ex-presidente Dilma Rousseff, que passou o dia em São Paulo, se reuniu com Lula na véspera. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, chegou ao instituto no início da noite. Os ex-ministros Alexandre Padilha, Aloizio Mercadante e Walfrido dos Mares Guia também compareceram à confraternização, assim como dois ex-tesoureiros de campanha Edinho Silva, eleito prefeito de Araraquara (SP), e José de Fillipi. Um grupo de apoiadores de Lula arrecadou R$ 1.870 para presentear o ex-presidente. Com o dinheiro, enviou cravos vermelhos ao aniversariante e um bolo de três quilos. O presente consumiu R$ 550. Com restante, enviará cravos a Lula a cada dia 27 dos meses seguintes. Até o dinheiro acabar. FORA DA CAMPANHA O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), foi ao instituto e, diferentemente de Lula, disse que votará no segundo turno da eleição na cidade, embora seu candidato tenha sido derrotado na primeira votação. "Lula já tem 71 anos. Não precisa votar", justificou o prefeito petista. No município onde o ex-presidente fez sua carreira política, candidatos do PSDB e PPS, ambos críticos ao PT, disputam o segundo turno. No momento em que Lula pregava unidade entre os petistas, seus partidários davam, no Rio Grande do Sul, provas de ruptura interna. Em Porto Alegre, petistas de diferentes correntes partidárias lançaram um manifesto pela realização de um congresso e antecipação das eleições internas do partido.
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A política das ruas
Desde 2013, o Brasil vive conjuntura de crise. Forças sociais puxam o país em direções opostas em jornais, sites, tribunais, Parlamento e na rua. O período é curto, mas se quebra em três ciclos de protestos. Do primeiro ninguém esquece, o fatídico junho de 2013, que pegou governo e partidos de calças curtíssimas. De bate-pronto, muitos exaltaram o nascimento de movimento progressista. Mas a cena era mais complicada —antes um mosaico de pequenos movimentos independentes, distribuídos em dois grandes campos. Grupos autonomistas, puxados pelo MPL, deram a ignição, com protestos performáticos (catracas queimadas), horizontalismo (negação da hierarquia de gênero e de liderança política), estética anarquista e símbolos das manifestações por justiça global, com defesa de práticas autossustentáveis, comunitárias e libertárias. Atarantados, os movimentos sociais de viés socialista engrossaram. Linha de frente dos protestos desde a redemocratização, trouxeram seu roteiro de costume: bandeiras vermelhas, tônica redistributiva, organização vertical. Essas duas frentes à esquerda ganharam companhia. Emergiu um campo de manifestantes independentes, sem coordenação ou experiência política, atraídos pela internet ou pelo noticiário. Mais expressivo que propositivo, içou a bandeira nacional. Cartazes, roupas, pinturas faciais recuperaram os símbolos nacionalistas dos movimentos pela redemocratização e pelo impeachment de Collor. Eis o resumo de 2013: três grupos repartidos em dois campos polares. Nas trincheiras autonomista e socialista, demanda por expansão e melhora de políticas sociais, transporte, saúde, educação. No front patriota, críticas à hipertrofia e ineficiência do Estado, aos políticos e retomada da divisa do Fora Collor: "ética na política". Embora se dissessem apartidários, orientaram-se todos pelo sistema político, postando-se à esquerda ou à direita do governo do PT. A efetiva novidade de 2013 foi que à mobilização por expansão de direitos, usual desde a redemocratização, juntou-se clamor liberal, pró-mercado, anti-Estado. Esse campo patriota ganhou ossatura e volume num segundo ciclo de mobilização em 2014, enquanto socialistas e autonomistas esmaeciam. Três associações lideraram os eventos: a liberal Vem pra Rua, o Movimento Brasil Livre, mais à direita, e, no extremo, o Revoltados On Line. Em março de 2015, 54 grupos similares se albergaram na Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, fincada em Estados tucanos, sobretudo São Paulo, e com suporte do empresariado. O foco se fechou na contestação ao governo Dilma, expressa em retórica moralizadora de dois sentidos: a afirmação da moralidade pública (anticorrupção) e o moralismo, reiteração de valores da sociedade tradicional (como pátria, religião, família), óbvios nos atos encerrados com rezas e hino nacional. Farpas contra "políticos em geral" confluíram na demanda por impeachment da presidente. E a pasteurização levou à busca de lideranças fora da política profissional. Na mesma operação simbólica em que Lula virou Pixuleco, o juiz Moro sagrou-se salvador da pátria. O terceiro ciclo explodiu mais recentemente, quando a rua passou a objeto de disputa. Persistiram os patriotas, hibernaram os autonomistas, acordaram os socialistas. Os aliados tradicionais do PT, os sindicatos, e duas novas coalizões, a Frente Povo sem Medo (cerca de 30 movimentos) e a Frente Brasil Popular (com mais de 70 organizações), recuperaram a pauta petista dos anos 1980: defesa do Estado de direito ("não vai ter golpe"), pró políticas sociais e combate ao oligopólio dos meios de comunicação ("o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo"). Essa foi a linha dos atos anti-impeachment e em desagravo a Lula. O que nasceu junto-e-misturado decantou em campos apartados: um anti-PT, outro antigolpe. A cerca invisível de 2013 virou muro de concreto nas votações do impeachment na Câmara e no Senado. Ao longo desses ciclos de protestos, o protagonismo nas ruas deslizou da nova esquerda autonomista para a nova direita patriota, com a esquerda socialista desafiada pelos dois lados. O fim do processo institucional do impeachment remata essa febre de manifestações? O efeito dos protestos em sequência é que o novo governo nasceu em sociedade mobilizada. O campo socialista não o reconhece e segue ebulitivo. Já os patriotas se recolheram, uma vez atingido o objetivo de desalojar o PT do poder. Mas não celebraram Temer. Os dois campos tomaram o espaço público para criticar o governo em 2013 simultaneamente, mas por razões diferentes. Tampouco precisam de pauta positiva compartilhada para tornar a fazê-lo. Basta um inimigo comum. A vaia que recebeu na Olimpíada sinaliza que Temer é bom candidato ao posto.
colunas
A política das ruasDesde 2013, o Brasil vive conjuntura de crise. Forças sociais puxam o país em direções opostas em jornais, sites, tribunais, Parlamento e na rua. O período é curto, mas se quebra em três ciclos de protestos. Do primeiro ninguém esquece, o fatídico junho de 2013, que pegou governo e partidos de calças curtíssimas. De bate-pronto, muitos exaltaram o nascimento de movimento progressista. Mas a cena era mais complicada —antes um mosaico de pequenos movimentos independentes, distribuídos em dois grandes campos. Grupos autonomistas, puxados pelo MPL, deram a ignição, com protestos performáticos (catracas queimadas), horizontalismo (negação da hierarquia de gênero e de liderança política), estética anarquista e símbolos das manifestações por justiça global, com defesa de práticas autossustentáveis, comunitárias e libertárias. Atarantados, os movimentos sociais de viés socialista engrossaram. Linha de frente dos protestos desde a redemocratização, trouxeram seu roteiro de costume: bandeiras vermelhas, tônica redistributiva, organização vertical. Essas duas frentes à esquerda ganharam companhia. Emergiu um campo de manifestantes independentes, sem coordenação ou experiência política, atraídos pela internet ou pelo noticiário. Mais expressivo que propositivo, içou a bandeira nacional. Cartazes, roupas, pinturas faciais recuperaram os símbolos nacionalistas dos movimentos pela redemocratização e pelo impeachment de Collor. Eis o resumo de 2013: três grupos repartidos em dois campos polares. Nas trincheiras autonomista e socialista, demanda por expansão e melhora de políticas sociais, transporte, saúde, educação. No front patriota, críticas à hipertrofia e ineficiência do Estado, aos políticos e retomada da divisa do Fora Collor: "ética na política". Embora se dissessem apartidários, orientaram-se todos pelo sistema político, postando-se à esquerda ou à direita do governo do PT. A efetiva novidade de 2013 foi que à mobilização por expansão de direitos, usual desde a redemocratização, juntou-se clamor liberal, pró-mercado, anti-Estado. Esse campo patriota ganhou ossatura e volume num segundo ciclo de mobilização em 2014, enquanto socialistas e autonomistas esmaeciam. Três associações lideraram os eventos: a liberal Vem pra Rua, o Movimento Brasil Livre, mais à direita, e, no extremo, o Revoltados On Line. Em março de 2015, 54 grupos similares se albergaram na Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, fincada em Estados tucanos, sobretudo São Paulo, e com suporte do empresariado. O foco se fechou na contestação ao governo Dilma, expressa em retórica moralizadora de dois sentidos: a afirmação da moralidade pública (anticorrupção) e o moralismo, reiteração de valores da sociedade tradicional (como pátria, religião, família), óbvios nos atos encerrados com rezas e hino nacional. Farpas contra "políticos em geral" confluíram na demanda por impeachment da presidente. E a pasteurização levou à busca de lideranças fora da política profissional. Na mesma operação simbólica em que Lula virou Pixuleco, o juiz Moro sagrou-se salvador da pátria. O terceiro ciclo explodiu mais recentemente, quando a rua passou a objeto de disputa. Persistiram os patriotas, hibernaram os autonomistas, acordaram os socialistas. Os aliados tradicionais do PT, os sindicatos, e duas novas coalizões, a Frente Povo sem Medo (cerca de 30 movimentos) e a Frente Brasil Popular (com mais de 70 organizações), recuperaram a pauta petista dos anos 1980: defesa do Estado de direito ("não vai ter golpe"), pró políticas sociais e combate ao oligopólio dos meios de comunicação ("o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo"). Essa foi a linha dos atos anti-impeachment e em desagravo a Lula. O que nasceu junto-e-misturado decantou em campos apartados: um anti-PT, outro antigolpe. A cerca invisível de 2013 virou muro de concreto nas votações do impeachment na Câmara e no Senado. Ao longo desses ciclos de protestos, o protagonismo nas ruas deslizou da nova esquerda autonomista para a nova direita patriota, com a esquerda socialista desafiada pelos dois lados. O fim do processo institucional do impeachment remata essa febre de manifestações? O efeito dos protestos em sequência é que o novo governo nasceu em sociedade mobilizada. O campo socialista não o reconhece e segue ebulitivo. Já os patriotas se recolheram, uma vez atingido o objetivo de desalojar o PT do poder. Mas não celebraram Temer. Os dois campos tomaram o espaço público para criticar o governo em 2013 simultaneamente, mas por razões diferentes. Tampouco precisam de pauta positiva compartilhada para tornar a fazê-lo. Basta um inimigo comum. A vaia que recebeu na Olimpíada sinaliza que Temer é bom candidato ao posto.
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Operário morre ao instalar elevador em obra de prédio de luxo em Salvador
Um operário morreu nesta segunda-feira (24) na obra do edifício de luxo Mansão Wildberger, em Salvador. O metalúrgico Ronaldo de Araújo Cerqueira, 31, foi esmagado por uma ferramenta enquanto instalava um dos elevadores do edifício, que ainda está em construção. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Cerqueira era funcionário da JJS Elevadores, terceirizada da thyssenkrupp Elevadores, que prestava serviços à construção. O edifício pertence às incorporadoras João Fortes Engenharia e MRM Construtora. Erguido no início do Corredor da Vitória, com vista para a Baía de Todos-os-Santos, o prédio é um dos empreendimentos imobiliários mais caro da capital baiana. Os apartamentos, com até 993 metros quadrados privativos, chegam a R$ 7 milhões. Entre os futuros moradores estão cantor Bell Marques, o ex-executivo da Odebrecht Hilberto Silva e o publicitário João Santana. O acidente será investigado pelo Ministério Público do Trabalho, que designou um promotor para acompanhar a apuração das causas da morte do operário. OUTRO LADO Em nota, a MRM Construtora e a João Fortes Engenharia informaram que "estão solidárias aos familiares da vítima" e que "estão disposição das autoridades para fornecer informações sobre o acidente". As empresas ainda informaram que todos os funcionários da obra são treinados e usam equipamento de proteção individual, assim como o operário que foi vitimado com o acidente. A thyssenkrupp informou que lamenta o acidente e aguarda a conclusão do laudo da perícia técnica sobre as causas do mesmo.
cotidiano
Operário morre ao instalar elevador em obra de prédio de luxo em SalvadorUm operário morreu nesta segunda-feira (24) na obra do edifício de luxo Mansão Wildberger, em Salvador. O metalúrgico Ronaldo de Araújo Cerqueira, 31, foi esmagado por uma ferramenta enquanto instalava um dos elevadores do edifício, que ainda está em construção. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Cerqueira era funcionário da JJS Elevadores, terceirizada da thyssenkrupp Elevadores, que prestava serviços à construção. O edifício pertence às incorporadoras João Fortes Engenharia e MRM Construtora. Erguido no início do Corredor da Vitória, com vista para a Baía de Todos-os-Santos, o prédio é um dos empreendimentos imobiliários mais caro da capital baiana. Os apartamentos, com até 993 metros quadrados privativos, chegam a R$ 7 milhões. Entre os futuros moradores estão cantor Bell Marques, o ex-executivo da Odebrecht Hilberto Silva e o publicitário João Santana. O acidente será investigado pelo Ministério Público do Trabalho, que designou um promotor para acompanhar a apuração das causas da morte do operário. OUTRO LADO Em nota, a MRM Construtora e a João Fortes Engenharia informaram que "estão solidárias aos familiares da vítima" e que "estão disposição das autoridades para fornecer informações sobre o acidente". As empresas ainda informaram que todos os funcionários da obra são treinados e usam equipamento de proteção individual, assim como o operário que foi vitimado com o acidente. A thyssenkrupp informou que lamenta o acidente e aguarda a conclusão do laudo da perícia técnica sobre as causas do mesmo.
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MinC diz que pediu desocupação para 'tocar reformas' no Palácio Capanema
O Ministério da Cultura soltou uma nota à imprensa afirmando que pediu a reintegração de posse do Palácio Capanema, até então ocupado por manifestantes contrários ao impeachment no centro do Rio, para "que as obras de reforma orçadas em R$ 20 milhões tenham a devida continuidade" no local. Na manhã desta segunda (25), a Polícia Federal entrou no edifício histórico para encerrar a ocupação no prédio, que é sede da Funarte (Fundação Nacional de Artes) e do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional) e que estava ocupado por coletivos artísticos contrários ao governo Temer. A atitude representa um recuo por parte da nova gestão à frente do Ministério da Cultura. Recém-empossado, o ministro Marcelo Calero, havia dito em entrevista à Folha, em maio, que "de maneira nenhuma" procederia à reintegração de posse dos prédios públicos em poder do movimento Ocupa MinC. "O momento agora é de negociação", disse Calero, na ocasião. No entanto, ressalvou que, em algumas ocupações -que se recusou a nomear-, havia casos de dano ao patrimônio e uso de drogas e que trabalharia para garantir que os edifícios mantivessem suas funções. A Folha apurou, com funcionários próximos do ministro, que "o cenário hoje é outro" e que a declaração de Calero havia sido dada num outro contexto. Além do Capanema, ao menos outros dois prédios ocupados foram avo de pedido de reintegração de posse: os manifestantes que estão na sede da Funarte em São Paulo receberam, na semana passada, prazo de 15 dias para desocupar a instituição, onde também estão desde maio. Em Brasília, o prédio da Funarte também foi alvo do mesmo pedido. A onda de ocupações de prédios vinculados à Cultura foi deflagrada após Temer ter anunciado a extinção da pasta em sua primeira reforma ministerial. O presidente interino recuou, mas as manifestações prosseguiram. Leia a íntegra da nota do Ministério da Cultura: O Ministério da Cultura - MinC e suas entidades vinculadas buscaram desde o final do mês de maio de 2016 a construção do diálogo e da conciliação com os movimentos de ocupação artística em diversas unidades administrativas desta Pasta Ministerial e das entidades vinculadas. As manifestações, desde que respeitados os contornos do Estado democrático de direito, são expressões de cidadania e, nesse sentido, merecem diálogo franco e aberto. No entanto, nas últimas semanas, o Ministério tem recebido relatos de depredação do patrimônio público, ameaça aos servidores públicos, uso de drogas, presença de indivíduos armados, além da circulação de menores. O risco de danos ao patrimônio público em prédios históricos é eminente e, por diversas vezes, funcionários públicos já foram impedidos de prestar serviços de atendimento e de circular livremente em seus locais de trabalho. No caso específico do Palácio Gustavo Capanema, há a necessidade de desobstruir o mezanino e o pilotis, além do esvaziamento completo do edifício, para que as obras de reforma orçadas em R$ 20 milhões tenham a devida continuidade. Tendo em vista o que precede, solicitou-se à Advocacia-Geral da União reintegração de posse dos edifícios nos quais a segurança dos servidores e do patrimônio público estavam em risco. Referida medida tornou-se imperiosa para que o Ministério da Cultura pudesse desempenhar as suas atividades institucionais com regularidade e de modo a evitar qualquer dano ao patrimônio e ao Erário.
ilustrada
MinC diz que pediu desocupação para 'tocar reformas' no Palácio CapanemaO Ministério da Cultura soltou uma nota à imprensa afirmando que pediu a reintegração de posse do Palácio Capanema, até então ocupado por manifestantes contrários ao impeachment no centro do Rio, para "que as obras de reforma orçadas em R$ 20 milhões tenham a devida continuidade" no local. Na manhã desta segunda (25), a Polícia Federal entrou no edifício histórico para encerrar a ocupação no prédio, que é sede da Funarte (Fundação Nacional de Artes) e do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional) e que estava ocupado por coletivos artísticos contrários ao governo Temer. A atitude representa um recuo por parte da nova gestão à frente do Ministério da Cultura. Recém-empossado, o ministro Marcelo Calero, havia dito em entrevista à Folha, em maio, que "de maneira nenhuma" procederia à reintegração de posse dos prédios públicos em poder do movimento Ocupa MinC. "O momento agora é de negociação", disse Calero, na ocasião. No entanto, ressalvou que, em algumas ocupações -que se recusou a nomear-, havia casos de dano ao patrimônio e uso de drogas e que trabalharia para garantir que os edifícios mantivessem suas funções. A Folha apurou, com funcionários próximos do ministro, que "o cenário hoje é outro" e que a declaração de Calero havia sido dada num outro contexto. Além do Capanema, ao menos outros dois prédios ocupados foram avo de pedido de reintegração de posse: os manifestantes que estão na sede da Funarte em São Paulo receberam, na semana passada, prazo de 15 dias para desocupar a instituição, onde também estão desde maio. Em Brasília, o prédio da Funarte também foi alvo do mesmo pedido. A onda de ocupações de prédios vinculados à Cultura foi deflagrada após Temer ter anunciado a extinção da pasta em sua primeira reforma ministerial. O presidente interino recuou, mas as manifestações prosseguiram. Leia a íntegra da nota do Ministério da Cultura: O Ministério da Cultura - MinC e suas entidades vinculadas buscaram desde o final do mês de maio de 2016 a construção do diálogo e da conciliação com os movimentos de ocupação artística em diversas unidades administrativas desta Pasta Ministerial e das entidades vinculadas. As manifestações, desde que respeitados os contornos do Estado democrático de direito, são expressões de cidadania e, nesse sentido, merecem diálogo franco e aberto. No entanto, nas últimas semanas, o Ministério tem recebido relatos de depredação do patrimônio público, ameaça aos servidores públicos, uso de drogas, presença de indivíduos armados, além da circulação de menores. O risco de danos ao patrimônio público em prédios históricos é eminente e, por diversas vezes, funcionários públicos já foram impedidos de prestar serviços de atendimento e de circular livremente em seus locais de trabalho. No caso específico do Palácio Gustavo Capanema, há a necessidade de desobstruir o mezanino e o pilotis, além do esvaziamento completo do edifício, para que as obras de reforma orçadas em R$ 20 milhões tenham a devida continuidade. Tendo em vista o que precede, solicitou-se à Advocacia-Geral da União reintegração de posse dos edifícios nos quais a segurança dos servidores e do patrimônio público estavam em risco. Referida medida tornou-se imperiosa para que o Ministério da Cultura pudesse desempenhar as suas atividades institucionais com regularidade e de modo a evitar qualquer dano ao patrimônio e ao Erário.
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Festival de Toronto aceita bem filmes para streaming de Jolie e Mike White
Mais escancaradamente comercial do que seus congêneres europeus, o Festival de Toronto se safou da cizânia que, em maio deste ano, dominou os debates na última edição do Festival de Cannes: a presença de filmes vindos das gigantes do streaming Netflix e Amazon. Na mostra canadense, "First They Killed My Father", dirigido por Angelina Jolie, e "Brad's Status", de Mike White, são dois dos títulos mais representativos dessa leva. Mas por aqui, o fato de estarem abrigados na programação não desencadeou os mesmos debates que houve na França sobre se é válido ou não um festival exibir filmes que não passarão pelas salas de cinema. Em seu novo filme, Jolie mostra mais uma de suas facetas humanitárias para contar a história verídica de uma família cambojana que foi destroçada pelo Khmer Vermelho nos anos 1970. O drama histórico entrou no catálogo da Netflix neste fim de semana, poucos dias depois de estrear no festival. A câmera trepidante da atriz/diretora acompanha tudo pelos olhos da menina Loung Ung (Sareum Srey Moch), de 7 anos. Ela, os pais e os irmãos são forçados a deixar a casa em que vivem quando os guerrilheiros comunistas tomam o Camboja. No interior, os integrantes da família são destituídos de qualquer posse, obrigados a labutar num campo de trabalho forçado e obrigados a se conformar com o novo ideário que o Khmer pretende instalar no país martelado de hora em hora por megafones. Jolie não alivia a barra dos americanos. Ao som de "Sympathy for the Devil", dos Rolling Stones, o longa começa com cenas documentais que mostram os bombardeiros clandestinos que o governo Nixon fez ao país durante a Guerra do Vietnã e que insuflaram os comunistas cambojanos. Loung, hoje uma ativista dos direitos humanos, pena nas mãos dos soldados do Khmer. Malnutrida, a menina é separada da família, obrigada a fazer treinamento militar e a ajudar na colheita que será revertida para os soldados no front. Os cadáveres, que estão por todos os lados, lembram a todo momento cifras de um genocídio que dizimou um quarto da população do país. E Jolie segue a surrada cartilha dos filmes do gênero, incluindo a esperança de redenção ao final. BEN STILLER Da Amazon vem "Brad's Status", que liberta Ben Stiller dos papéis histriônicos e dá ao ator espaço para exibir alguma profundidade como um quarentão em crise. Brad (Stiller) toca uma ONG não lá muito vibrante e se sente inferior aos bem-sucedidos ex-colegas de faculdade, e até em relação ao filho adolescente, em vias de ser aceito em Harvard. "O mundo me odeia, e o sentimento é recíproco", reclama o mesquinho em uma de suas narrações em off. Uma viagem para Boston com o filho o forçará a reavaliar essa frustração sem fim. Sem grandes pretensões, a comédia se mostra um ensaio interessante sobre o componente daninho das redes sociais de instigar comparações nem sempre fidedignas entre pessoas de um mesmo meio.
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Festival de Toronto aceita bem filmes para streaming de Jolie e Mike WhiteMais escancaradamente comercial do que seus congêneres europeus, o Festival de Toronto se safou da cizânia que, em maio deste ano, dominou os debates na última edição do Festival de Cannes: a presença de filmes vindos das gigantes do streaming Netflix e Amazon. Na mostra canadense, "First They Killed My Father", dirigido por Angelina Jolie, e "Brad's Status", de Mike White, são dois dos títulos mais representativos dessa leva. Mas por aqui, o fato de estarem abrigados na programação não desencadeou os mesmos debates que houve na França sobre se é válido ou não um festival exibir filmes que não passarão pelas salas de cinema. Em seu novo filme, Jolie mostra mais uma de suas facetas humanitárias para contar a história verídica de uma família cambojana que foi destroçada pelo Khmer Vermelho nos anos 1970. O drama histórico entrou no catálogo da Netflix neste fim de semana, poucos dias depois de estrear no festival. A câmera trepidante da atriz/diretora acompanha tudo pelos olhos da menina Loung Ung (Sareum Srey Moch), de 7 anos. Ela, os pais e os irmãos são forçados a deixar a casa em que vivem quando os guerrilheiros comunistas tomam o Camboja. No interior, os integrantes da família são destituídos de qualquer posse, obrigados a labutar num campo de trabalho forçado e obrigados a se conformar com o novo ideário que o Khmer pretende instalar no país martelado de hora em hora por megafones. Jolie não alivia a barra dos americanos. Ao som de "Sympathy for the Devil", dos Rolling Stones, o longa começa com cenas documentais que mostram os bombardeiros clandestinos que o governo Nixon fez ao país durante a Guerra do Vietnã e que insuflaram os comunistas cambojanos. Loung, hoje uma ativista dos direitos humanos, pena nas mãos dos soldados do Khmer. Malnutrida, a menina é separada da família, obrigada a fazer treinamento militar e a ajudar na colheita que será revertida para os soldados no front. Os cadáveres, que estão por todos os lados, lembram a todo momento cifras de um genocídio que dizimou um quarto da população do país. E Jolie segue a surrada cartilha dos filmes do gênero, incluindo a esperança de redenção ao final. BEN STILLER Da Amazon vem "Brad's Status", que liberta Ben Stiller dos papéis histriônicos e dá ao ator espaço para exibir alguma profundidade como um quarentão em crise. Brad (Stiller) toca uma ONG não lá muito vibrante e se sente inferior aos bem-sucedidos ex-colegas de faculdade, e até em relação ao filho adolescente, em vias de ser aceito em Harvard. "O mundo me odeia, e o sentimento é recíproco", reclama o mesquinho em uma de suas narrações em off. Uma viagem para Boston com o filho o forçará a reavaliar essa frustração sem fim. Sem grandes pretensões, a comédia se mostra um ensaio interessante sobre o componente daninho das redes sociais de instigar comparações nem sempre fidedignas entre pessoas de um mesmo meio.
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Líder do simulador alcança valorização de 316% em sua carteira de ações
Laercio Marinzek registrou ganho de 316% em sua carteira de ações e manteve a liderança no ranking do simulador Folhainvest, parceria da Folha com a BM&FBovespa. Como ele venceu a disputa em 2014, não concorre ao prêmio neste ano. Quem ganharia seria o segundo colocado, hoje Odair Machado, com 288,3%. Henry Horaguchi vem em terceiro, com 234,8%, seguido por Alan Michel Moroski, com 170,1%, e Antonio Fritzen Liebl,com 162,7%. Os interessados podem se cadastrar no site do simulador. A premiação inclui cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição por produtos equivalentes ou com valor financeiro similar. Confira o ranking de 2015: Atualizado em 27/08
mercado
Líder do simulador alcança valorização de 316% em sua carteira de açõesLaercio Marinzek registrou ganho de 316% em sua carteira de ações e manteve a liderança no ranking do simulador Folhainvest, parceria da Folha com a BM&FBovespa. Como ele venceu a disputa em 2014, não concorre ao prêmio neste ano. Quem ganharia seria o segundo colocado, hoje Odair Machado, com 288,3%. Henry Horaguchi vem em terceiro, com 234,8%, seguido por Alan Michel Moroski, com 170,1%, e Antonio Fritzen Liebl,com 162,7%. Os interessados podem se cadastrar no site do simulador. A premiação inclui cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição por produtos equivalentes ou com valor financeiro similar. Confira o ranking de 2015: Atualizado em 27/08
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Conheça 5 praias com areias coloridas pelo mundo
Nem sempre a areia da praia é amarelinha, como a mais comum no Brasil. Às vezes, elas ganham as mais diferentes cores: de preto a vermelho ou roxo. Confira abaixo. Na costa sul do país, é conhecida pelas ondas fortes e areias negras Chamada de "praia vermelha", é cercada por paredões de rochas vulcânicas A areia cor-de-rosa resulta da mistura com fragmentos de corais vermelhos Na Califórnia, sua maior atração são as tonalidades de roxo Rodeada por falésias, é uma das poucas praias de areia verde do mundo * Desde 2014, a estudante belga Gala Furchbrich, 25, viaja ao Brasil pelo menos duas vezes por ano para encontrar seu namorado chileno, que mora no Rio. Apaixonada por praia, ela indica seus lugares favoritos no litoral fluminense Fica em uma vila de pescadores localizada em Paraty. Para chegar, é preciso percorrer uma trilha de uma hora. É o destino ideal para quem gosta de misturar cachoeira e praia na mesma viagem. A cachoeira preferida da estudante é a do poço do Jacaré Conhecida pelas águas geladas e cristalinas, fica em Arraial do Cabo, na região dos Lagos. "Além da beleza do lugar, onde se forma uma enorme piscina natural, fiquei impressionada com a areia branquinha, que mesmo com o calorão, estava fria", conta É um dos locais mais isolados da Ilha Grande, acessível por barco ou por uma trilha de cerca de seis horas. Lá, os turistas podem acampar ou se hospedar na casa de moradores. Para Gala, a vista do mirante da Sundara é imperdível * Confira abaixo opções de almofadas na hora de embarcar no avião * Companhias aéreas que operam no Brasil decidiram anunciaram em 2017 novos serviços oferecidos. A Tap fez uma parceria com cinco chefs portugueses com estrelas Michelin para aprimorar o menu nos voos. Os novos pratos serão oferecidos a partir de setembro. A Azul, por sua vez, começou a oferecer no início do mês uma nova carta de vinhos aos passageiros de voos internacionais. Já a Latam vai adicionar todos os meses novas playlists de músicas na plataforma de streaming Spotify, inspiradas em seus destinos. _ A Emirates foi eleita a melhor companhia aérea do mundo pelos usuários do site de viagens TripAdvisor. O resultado foi divulgado no início desta semana. Desde 2016, o portal permite que as empresas do setor sejam avaliadas em quesitos como conforto e limpeza. A Azul, única companhia brasileira entre as dez mais bem colocadas, ficou em terceiro lugar, atrás da Singapore Airlines. JetBlue, Air New Zealand, Korean Air, Japan Airlines, Thai Smile, Alaska Airlines e Garuda Indonesia completam a lista. * O aplicativo mTrip reúne 37 guias de turismo em diferentes destinos pelo mundo. O usuário pode optar pela versão gratuita dos roteiros ou pagar US$ 4,99 (cerca de R$ 15) por outra mais completa. A plataforma cria itinerários personalizados, baseados nos interesses do viajante. Não é preciso estar conectado à internet para usar Nome mTrip Plataforma Android e iOS Quanto gratuito (versão mais simples)
turismo
Conheça 5 praias com areias coloridas pelo mundoNem sempre a areia da praia é amarelinha, como a mais comum no Brasil. Às vezes, elas ganham as mais diferentes cores: de preto a vermelho ou roxo. Confira abaixo. Na costa sul do país, é conhecida pelas ondas fortes e areias negras Chamada de "praia vermelha", é cercada por paredões de rochas vulcânicas A areia cor-de-rosa resulta da mistura com fragmentos de corais vermelhos Na Califórnia, sua maior atração são as tonalidades de roxo Rodeada por falésias, é uma das poucas praias de areia verde do mundo * Desde 2014, a estudante belga Gala Furchbrich, 25, viaja ao Brasil pelo menos duas vezes por ano para encontrar seu namorado chileno, que mora no Rio. Apaixonada por praia, ela indica seus lugares favoritos no litoral fluminense Fica em uma vila de pescadores localizada em Paraty. Para chegar, é preciso percorrer uma trilha de uma hora. É o destino ideal para quem gosta de misturar cachoeira e praia na mesma viagem. A cachoeira preferida da estudante é a do poço do Jacaré Conhecida pelas águas geladas e cristalinas, fica em Arraial do Cabo, na região dos Lagos. "Além da beleza do lugar, onde se forma uma enorme piscina natural, fiquei impressionada com a areia branquinha, que mesmo com o calorão, estava fria", conta É um dos locais mais isolados da Ilha Grande, acessível por barco ou por uma trilha de cerca de seis horas. Lá, os turistas podem acampar ou se hospedar na casa de moradores. Para Gala, a vista do mirante da Sundara é imperdível * Confira abaixo opções de almofadas na hora de embarcar no avião * Companhias aéreas que operam no Brasil decidiram anunciaram em 2017 novos serviços oferecidos. A Tap fez uma parceria com cinco chefs portugueses com estrelas Michelin para aprimorar o menu nos voos. Os novos pratos serão oferecidos a partir de setembro. A Azul, por sua vez, começou a oferecer no início do mês uma nova carta de vinhos aos passageiros de voos internacionais. Já a Latam vai adicionar todos os meses novas playlists de músicas na plataforma de streaming Spotify, inspiradas em seus destinos. _ A Emirates foi eleita a melhor companhia aérea do mundo pelos usuários do site de viagens TripAdvisor. O resultado foi divulgado no início desta semana. Desde 2016, o portal permite que as empresas do setor sejam avaliadas em quesitos como conforto e limpeza. A Azul, única companhia brasileira entre as dez mais bem colocadas, ficou em terceiro lugar, atrás da Singapore Airlines. JetBlue, Air New Zealand, Korean Air, Japan Airlines, Thai Smile, Alaska Airlines e Garuda Indonesia completam a lista. * O aplicativo mTrip reúne 37 guias de turismo em diferentes destinos pelo mundo. O usuário pode optar pela versão gratuita dos roteiros ou pagar US$ 4,99 (cerca de R$ 15) por outra mais completa. A plataforma cria itinerários personalizados, baseados nos interesses do viajante. Não é preciso estar conectado à internet para usar Nome mTrip Plataforma Android e iOS Quanto gratuito (versão mais simples)
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Alckmin avalia nova licitação em 'linha das universidades' do metrô de SP
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) já considera promover uma nova licitação para levar adiante a construção e operação da linha 6-laranja do metrô. As obras estão paradas, e as empresas hoje responsáveis pela empreitada estão com dificuldades em obter empréstimos de longo prazo. Inicialmente prometido para 2020, esse ramal pretende ligar a periferia da zona norte ao centro de São Paulo, com paradas próximas a diferentes universidades, interligações com duas linhas de metrô (1-azul e 4-amarela) e outras duas da malha de trens (7-rubi e 8-diamante). Há seis meses, no entanto, o consórcio Move São Paulo, vencedor da licitação, anunciou a suspensão dos trabalhos por falta de recursos. Formado por empresas do setor de construção investigadas na Operação Lava Jato (Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia), o consórcio enfrenta dificuldades para liberação de empréstimos solicitados ao BNDES. Agora, Estado e empresas aguardam o dia 15 de junho –prazo final para que o banco federal se manifeste sobre a aprovação dos R$ 5,5 bilhões solicitados pela Move São Paulo. Nesse cenário, o prazo de entrega em 2020 já parece bastante improvável. A construção da linha 6-laranja foi a primeira PPP (parceria público privada) integral na área de transporte no Estado. Nesse arranjo, as obras e posterior operação do ramal cabem à iniciativa privada, mas o governo também faz aportes, necessários para as desapropriações de imóveis, por exemplo. Até o momento, os gastos públicos com o empreendimento alcançaram R$ 1,7 bilhão. "Ou as empresas conseguem garantias ou temos uma alternativa, que é relicitar. É ruim, é ruim, mas, se precisarmos, vamos fazer", afirma à Folha Clodoaldo Pelissioni, secretário de Transportes Metropolitanos. Pelissioni diz que há diversos interessados em assumir o contrato de concessão. "Já atendi grupo chinês, francês, italiano, espanhol. Não temos impeditivo do lado do governo, tenho todas as desapropriações pagas, tenho R$ 1,6 bilhão remanescentes e transferi mais R$ 740 milhões para essa linha." Apesar disso, o secretário ressalta: "Espero que as negociações [do empréstimo da Move São Paulo] andem bem e que as obras sejam retomadas depois de junho." Em nota, o consórcio Move São Paulo afirma que "neste momento trabalha com a expectativa de retomada das atividades tão logo sejam superadas as condições que levaram à suspensão temporária das obras". Mesmo questionado sobre o tema, o grupo não se manifestou sobre a hipótese de nova licitação. Segundo o consórcio, "a suspensão das atividades se deveu a fatores combinados e alheios ao domínio da concessionária, como a deterioração da economia, os atrasos na liberação de áreas públicas por parte do poder concedente e mudanças nas exigências do BNDES". O responsável pela linha 6 diz ainda que a implantação da linha avançou 15% até o momento e que estão mantidas as atividades de desapropriação, manutenção e segurança das áreas que irão receber as instalações da linha 6, bem como o recebimento e armazenamento dos equipamentos, como tatuzões, e atendimentos à comunidade. A concessionária, por fim, afirma que "continua com os esforços para a obtenção do financiamento de longo prazo junto ao BNDES e aguarda manifestação do governo do Estado de São Paulo sobre o pedido de reequilíbrio da PPP de implantação da linha 6-laranja de metrô". Questionado sobre esse pedido de reequilíbrio econômico-financeiro feito pela Move São Paulo, o secretário de Transportes Metropolitanos afirma que isso "virou um mantra do consórcio". "Tivemos um problema de financiamento, mas continuei pagando, com algum atraso, eles têm atraso também, já tem seis meses de atraso de obras", rebate Pelissioni. O secretário encerra o assunto: "Agora, se rescindir o contrato, o reequilíbrio... Se ele não conseguir nem retomar a obra, como o consórcio vai me dizer que eu atrapalhei o início da operação comercial dele?"
cotidiano
Alckmin avalia nova licitação em 'linha das universidades' do metrô de SPO governo Geraldo Alckmin (PSDB) já considera promover uma nova licitação para levar adiante a construção e operação da linha 6-laranja do metrô. As obras estão paradas, e as empresas hoje responsáveis pela empreitada estão com dificuldades em obter empréstimos de longo prazo. Inicialmente prometido para 2020, esse ramal pretende ligar a periferia da zona norte ao centro de São Paulo, com paradas próximas a diferentes universidades, interligações com duas linhas de metrô (1-azul e 4-amarela) e outras duas da malha de trens (7-rubi e 8-diamante). Há seis meses, no entanto, o consórcio Move São Paulo, vencedor da licitação, anunciou a suspensão dos trabalhos por falta de recursos. Formado por empresas do setor de construção investigadas na Operação Lava Jato (Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia), o consórcio enfrenta dificuldades para liberação de empréstimos solicitados ao BNDES. Agora, Estado e empresas aguardam o dia 15 de junho –prazo final para que o banco federal se manifeste sobre a aprovação dos R$ 5,5 bilhões solicitados pela Move São Paulo. Nesse cenário, o prazo de entrega em 2020 já parece bastante improvável. A construção da linha 6-laranja foi a primeira PPP (parceria público privada) integral na área de transporte no Estado. Nesse arranjo, as obras e posterior operação do ramal cabem à iniciativa privada, mas o governo também faz aportes, necessários para as desapropriações de imóveis, por exemplo. Até o momento, os gastos públicos com o empreendimento alcançaram R$ 1,7 bilhão. "Ou as empresas conseguem garantias ou temos uma alternativa, que é relicitar. É ruim, é ruim, mas, se precisarmos, vamos fazer", afirma à Folha Clodoaldo Pelissioni, secretário de Transportes Metropolitanos. Pelissioni diz que há diversos interessados em assumir o contrato de concessão. "Já atendi grupo chinês, francês, italiano, espanhol. Não temos impeditivo do lado do governo, tenho todas as desapropriações pagas, tenho R$ 1,6 bilhão remanescentes e transferi mais R$ 740 milhões para essa linha." Apesar disso, o secretário ressalta: "Espero que as negociações [do empréstimo da Move São Paulo] andem bem e que as obras sejam retomadas depois de junho." Em nota, o consórcio Move São Paulo afirma que "neste momento trabalha com a expectativa de retomada das atividades tão logo sejam superadas as condições que levaram à suspensão temporária das obras". Mesmo questionado sobre o tema, o grupo não se manifestou sobre a hipótese de nova licitação. Segundo o consórcio, "a suspensão das atividades se deveu a fatores combinados e alheios ao domínio da concessionária, como a deterioração da economia, os atrasos na liberação de áreas públicas por parte do poder concedente e mudanças nas exigências do BNDES". O responsável pela linha 6 diz ainda que a implantação da linha avançou 15% até o momento e que estão mantidas as atividades de desapropriação, manutenção e segurança das áreas que irão receber as instalações da linha 6, bem como o recebimento e armazenamento dos equipamentos, como tatuzões, e atendimentos à comunidade. A concessionária, por fim, afirma que "continua com os esforços para a obtenção do financiamento de longo prazo junto ao BNDES e aguarda manifestação do governo do Estado de São Paulo sobre o pedido de reequilíbrio da PPP de implantação da linha 6-laranja de metrô". Questionado sobre esse pedido de reequilíbrio econômico-financeiro feito pela Move São Paulo, o secretário de Transportes Metropolitanos afirma que isso "virou um mantra do consórcio". "Tivemos um problema de financiamento, mas continuei pagando, com algum atraso, eles têm atraso também, já tem seis meses de atraso de obras", rebate Pelissioni. O secretário encerra o assunto: "Agora, se rescindir o contrato, o reequilíbrio... Se ele não conseguir nem retomar a obra, como o consórcio vai me dizer que eu atrapalhei o início da operação comercial dele?"
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Bibliotecas usam tablets para aproximar crianças pequenas da leitura
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO As bibliotecas São Paulo e Villa-Lobos, no parque homônimo, incluíram no começo deste mês o uso de tablets em atividades de iniciação à leitura, para crianças de seis meses a quatro anos. Os aparelhos se juntam aos livros de papel, bonecos e outros itens usados nas sessões, gratuitas, chamadas de Lê no Ninho. Nelas, os educadores apresentam as histórias de livros com apoio de fantoches, de canções e da interação com tablets, que podem ser usados para emitir sons de animais, por exemplo, ou apresentar a história em versão e-book. "A criança vai interagir com a tela, mas junto com seu cuidador. Não convém largar um instrumento desse com uma criança pequena", afirma Pierre Ruprecht, diretor da SP Leituras, entidade que administra as duas bibliotecas. A presença de um familiar é importante para criar um momento acolhedor. "A formação de leitores se dá na pré-infância, por meio do envolvimento afetivo positivo durante a contação de histórias", diz Ruprecht. Os participantes ainda podem levar por empréstimo, de 15 dias, um kit com os livros e os brinquedos usados nas sessões, para repetir as atividades com os pequenos em casa. Lê no Ninho Biblioteca São Paulo. Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Carandiru. Sáb. 11h e 15h. Dom.: 11h30. Grátis. Biblioteca Villa-Lobos. Av. Queirós Filho, 1.205, Alto de Pinheiros. Sáb. e dom.: 10h30. Grátis. * + ATIVIDADES Bebê a Céu Aberto Livros são distribuídos para serem lidos em uma piscina de bolinhas. Sesc Interlagos. Av. Manoel Alves Santos, 1.100. Dom. (19): 13h. Grátis. Encontro de Erês O ator João Acaiabe conta lendas do folclore brasileiro. Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. Dom. (19): 16h. Grátis O Que É ou Não É Contação de histórias sobre amor e medo, entremeadas por canções. Sesc Pompeia. R. Clélia, 93. Dom. (19): 11h. Grátis.
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Bibliotecas usam tablets para aproximar crianças pequenas da leituraRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO As bibliotecas São Paulo e Villa-Lobos, no parque homônimo, incluíram no começo deste mês o uso de tablets em atividades de iniciação à leitura, para crianças de seis meses a quatro anos. Os aparelhos se juntam aos livros de papel, bonecos e outros itens usados nas sessões, gratuitas, chamadas de Lê no Ninho. Nelas, os educadores apresentam as histórias de livros com apoio de fantoches, de canções e da interação com tablets, que podem ser usados para emitir sons de animais, por exemplo, ou apresentar a história em versão e-book. "A criança vai interagir com a tela, mas junto com seu cuidador. Não convém largar um instrumento desse com uma criança pequena", afirma Pierre Ruprecht, diretor da SP Leituras, entidade que administra as duas bibliotecas. A presença de um familiar é importante para criar um momento acolhedor. "A formação de leitores se dá na pré-infância, por meio do envolvimento afetivo positivo durante a contação de histórias", diz Ruprecht. Os participantes ainda podem levar por empréstimo, de 15 dias, um kit com os livros e os brinquedos usados nas sessões, para repetir as atividades com os pequenos em casa. Lê no Ninho Biblioteca São Paulo. Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Carandiru. Sáb. 11h e 15h. Dom.: 11h30. Grátis. Biblioteca Villa-Lobos. Av. Queirós Filho, 1.205, Alto de Pinheiros. Sáb. e dom.: 10h30. Grátis. * + ATIVIDADES Bebê a Céu Aberto Livros são distribuídos para serem lidos em uma piscina de bolinhas. Sesc Interlagos. Av. Manoel Alves Santos, 1.100. Dom. (19): 13h. Grátis. Encontro de Erês O ator João Acaiabe conta lendas do folclore brasileiro. Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. Dom. (19): 16h. Grátis O Que É ou Não É Contação de histórias sobre amor e medo, entremeadas por canções. Sesc Pompeia. R. Clélia, 93. Dom. (19): 11h. Grátis.
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Hamilton larga mal, e Rosberg dispara na liderança com vitória no Japão
Nico Rosberg deu mais um passo rumo ao título da temporada 2016 da Fórmula 1 ao vencer o GP do Japão de ponta a ponta e ainda ver Lewis Hamilton perder pontos importantes após largar mal. O alemão abriu 33 pontos de vantagem em relação ao companheiro Lewis Hamilton, que chegou a cair para o oitavo lugar e teve de fazer uma corrida de recuperação para chegar em terceiro, após grande briga com Max Verstappen. A prova foi mais um golpe na campanha de Hamilton, que não venceu nenhuma prova desde julho e ainda viu o companheiro conquistar três das quatro provas disputadas. O resultado de Suzuka, contudo, permitiu a conquista antecipada do mundial de construtores pela Mercedes. Hamilton largou muito mal e caiu para a oitava colocação, enquanto Rosberg manteve a liderança, seguido por Verstappen, Perez, Ricciardo, Vettel, Hulkenberg e Raikkonen. Largando com os pneus médios, Massa caiu de 12º para14º e Nasr passou em 19º. As Ferrari começaram bem, ganhando terreno nas primeiras voltas. Vettel logo subiu para terceiro e Raikkonen também foi escalando o pelotão, trazendo Hamilton consigo. Já na volta 10, contudo, começou a primeira rodada de pitstops. Ao antecipar a parada, a Red Bull se deu bem e saiu com o segundo e quarto lugares. Porém, logo após a parada, Hamilton voltou andando forte e logo passou Ricciardo, assumindo o quarto posto. Enquanto isso, mais atrás, Raikkonen passava Perez em uma boa manobra na reta. Assim, após 20 voltas completadas, Rosberg liderava com 4s de vantagem para Verstappen. Vettel, Hamilton, Ricciardo e Raikkonen completavam o top 6. Enquanto isso, as Williams tentavam uma estratégia diferente, com uma parada a menos. Entre os ponteiros, a tática foi colocar dois jogos de pneus duros ao longo da prova. Rosberg passou toda a prova controlando o ritmo em relação a Verstappen, não abrindo mais de seis segundos em relação ao segundo colocado. Quem tentou uma estratégia diferente foi Sebastian Vettel. O alemão estendeu ao máximo seu segundo stint e arriscou colocar os pneus macios para as 19 voltas finais. Com a tática, o piloto da Ferrari perdeu a terceira colocação para Hamilton, mas voltou colado no inglês, que estava com pneus duros. A batalha vez com que os dois tirassem a vantagem em relação ao segundo colocado Verstappen, que teve de apertar o ritmo. Bastante atrapalhado pelos retardatários, Vettel foi perdendo terreno ao longo das voltas, mas Hamilton seguiu acelerando e chegou a menos de um segundo com oito voltas para o final, para lutar pelo segundo lugar. Mais atrás, a dupla da Williams conseguia colocar os dois carros nas duas últimas colocações do top 10, que tinha ainda Raikkonen em quinto, Ricciardo em sexto, Perez em sétimo e Hulkenberg em oitavo. Na disputa pelo segundo posto, Hamilton tentou apertar Verstappen até o final, mas não conseguiu ultrapassar o holandês. O inglês chegou a colocar de lado na chicane, mas perdeu a freada e foi reto, na penúltima volta. Com quatro provas para o fim, 100 pontos ainda estão em jogo. A próxima etapa será nos Estados Unidos, em duas semanas.
esporte
Hamilton larga mal, e Rosberg dispara na liderança com vitória no JapãoNico Rosberg deu mais um passo rumo ao título da temporada 2016 da Fórmula 1 ao vencer o GP do Japão de ponta a ponta e ainda ver Lewis Hamilton perder pontos importantes após largar mal. O alemão abriu 33 pontos de vantagem em relação ao companheiro Lewis Hamilton, que chegou a cair para o oitavo lugar e teve de fazer uma corrida de recuperação para chegar em terceiro, após grande briga com Max Verstappen. A prova foi mais um golpe na campanha de Hamilton, que não venceu nenhuma prova desde julho e ainda viu o companheiro conquistar três das quatro provas disputadas. O resultado de Suzuka, contudo, permitiu a conquista antecipada do mundial de construtores pela Mercedes. Hamilton largou muito mal e caiu para a oitava colocação, enquanto Rosberg manteve a liderança, seguido por Verstappen, Perez, Ricciardo, Vettel, Hulkenberg e Raikkonen. Largando com os pneus médios, Massa caiu de 12º para14º e Nasr passou em 19º. As Ferrari começaram bem, ganhando terreno nas primeiras voltas. Vettel logo subiu para terceiro e Raikkonen também foi escalando o pelotão, trazendo Hamilton consigo. Já na volta 10, contudo, começou a primeira rodada de pitstops. Ao antecipar a parada, a Red Bull se deu bem e saiu com o segundo e quarto lugares. Porém, logo após a parada, Hamilton voltou andando forte e logo passou Ricciardo, assumindo o quarto posto. Enquanto isso, mais atrás, Raikkonen passava Perez em uma boa manobra na reta. Assim, após 20 voltas completadas, Rosberg liderava com 4s de vantagem para Verstappen. Vettel, Hamilton, Ricciardo e Raikkonen completavam o top 6. Enquanto isso, as Williams tentavam uma estratégia diferente, com uma parada a menos. Entre os ponteiros, a tática foi colocar dois jogos de pneus duros ao longo da prova. Rosberg passou toda a prova controlando o ritmo em relação a Verstappen, não abrindo mais de seis segundos em relação ao segundo colocado. Quem tentou uma estratégia diferente foi Sebastian Vettel. O alemão estendeu ao máximo seu segundo stint e arriscou colocar os pneus macios para as 19 voltas finais. Com a tática, o piloto da Ferrari perdeu a terceira colocação para Hamilton, mas voltou colado no inglês, que estava com pneus duros. A batalha vez com que os dois tirassem a vantagem em relação ao segundo colocado Verstappen, que teve de apertar o ritmo. Bastante atrapalhado pelos retardatários, Vettel foi perdendo terreno ao longo das voltas, mas Hamilton seguiu acelerando e chegou a menos de um segundo com oito voltas para o final, para lutar pelo segundo lugar. Mais atrás, a dupla da Williams conseguia colocar os dois carros nas duas últimas colocações do top 10, que tinha ainda Raikkonen em quinto, Ricciardo em sexto, Perez em sétimo e Hulkenberg em oitavo. Na disputa pelo segundo posto, Hamilton tentou apertar Verstappen até o final, mas não conseguiu ultrapassar o holandês. O inglês chegou a colocar de lado na chicane, mas perdeu a freada e foi reto, na penúltima volta. Com quatro provas para o fim, 100 pontos ainda estão em jogo. A próxima etapa será nos Estados Unidos, em duas semanas.
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Dono de crucifixo 'comunista' defende escultura entregue por Evo a Francisco
Dono do crucifixo em formato de foice e martelo cuja réplica foi presenteada ao papa Francisco pelo presidente boliviano, Evo Morales na última quarta (8), o padre jesuíta e sociólogo Xavier Albó, 80, disse que a escultura apenas representa o diálogo. Ele negou que o autor da peça, o também padre jesuíta e amigo Luis Espinal, assassinado em março de 1980, fosse comunista. "Era uma chamada para dizer que temos de dialogar com todos, mesmo com os não crentes", afirmou à Folha. "Ele [Espinal] coincidia em muitas coisas com o marxismo, como transformar a sociedade, mas na parte metafísica estava totalmente em desacordo com o ateísmo." Espinal, de origem catalã como Albó, foi assassinado durante a ditadura militar boliviana (1964-1982). Ligado à Teologia da Libertação, era próximo de movimentos indígenas e criticava abertamente o regime da época. Na chegada a La Paz, na quarta-feira, Francisco, também jesuíta, parou o papamóvel perto do local onde Espinal foi morto e pediu um minuto de silêncio em sua homenagem. Pouco depois, o pontífice recebeu a escultura de Evo. Em resposta à onda de críticas de que Evo teria entregue um "crucifixo comunista" para constranger Francisco, o Vaticano disse que não houve ofensa no gesto. "Você pode discutir o significado e o uso do símbolo hoje, mas ele foi criado por Espinal, e o seu sentido era sobre um diálogo aberto, não sobre alguma ideologia específica", declarou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. PAPA DOS POBRES O governo boliviano disse que o presente não representa um gesto político, mas é um símbolo que, na visão de Evo Morales, agradaria ao "papa dos pobres". "[O presente] representou um grande afeto. [Trata-se] de uma obra desenhada pelas mãos de Luis Espinal", disse a ministra das Comunicações, Manianela Paco. Albó, que dividia um quarto com o padre jesuíta quando ele foi morto, disse que ficou com a escultura como herdeiro legítimo. "Continuarei com a escultura original e não penso em soltá-la. Nem que o papa me peça."
mundo
Dono de crucifixo 'comunista' defende escultura entregue por Evo a FranciscoDono do crucifixo em formato de foice e martelo cuja réplica foi presenteada ao papa Francisco pelo presidente boliviano, Evo Morales na última quarta (8), o padre jesuíta e sociólogo Xavier Albó, 80, disse que a escultura apenas representa o diálogo. Ele negou que o autor da peça, o também padre jesuíta e amigo Luis Espinal, assassinado em março de 1980, fosse comunista. "Era uma chamada para dizer que temos de dialogar com todos, mesmo com os não crentes", afirmou à Folha. "Ele [Espinal] coincidia em muitas coisas com o marxismo, como transformar a sociedade, mas na parte metafísica estava totalmente em desacordo com o ateísmo." Espinal, de origem catalã como Albó, foi assassinado durante a ditadura militar boliviana (1964-1982). Ligado à Teologia da Libertação, era próximo de movimentos indígenas e criticava abertamente o regime da época. Na chegada a La Paz, na quarta-feira, Francisco, também jesuíta, parou o papamóvel perto do local onde Espinal foi morto e pediu um minuto de silêncio em sua homenagem. Pouco depois, o pontífice recebeu a escultura de Evo. Em resposta à onda de críticas de que Evo teria entregue um "crucifixo comunista" para constranger Francisco, o Vaticano disse que não houve ofensa no gesto. "Você pode discutir o significado e o uso do símbolo hoje, mas ele foi criado por Espinal, e o seu sentido era sobre um diálogo aberto, não sobre alguma ideologia específica", declarou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. PAPA DOS POBRES O governo boliviano disse que o presente não representa um gesto político, mas é um símbolo que, na visão de Evo Morales, agradaria ao "papa dos pobres". "[O presente] representou um grande afeto. [Trata-se] de uma obra desenhada pelas mãos de Luis Espinal", disse a ministra das Comunicações, Manianela Paco. Albó, que dividia um quarto com o padre jesuíta quando ele foi morto, disse que ficou com a escultura como herdeiro legítimo. "Continuarei com a escultura original e não penso em soltá-la. Nem que o papa me peça."
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Corpo de delito
Joaquim Levy é um homem de preto; Aldemir Bendine, não. Ao nomear Levy, Dilma Rousseff abdicou do comando da política econômica. A escolha de Bendine, pelo contrário, indica que Dilma não queimou todas as bandeiras. O executivo subserviente ao Planalto, alçado à presidência do BB por Lula, não equivale a Sergio Gabrielli, mas é algo como uma Graça Foster sem a experiência no setor petrolífero. A presidente almeja conservar o controle direto sobre a Petrobras. Ela não compreende a raiz da crise –e ainda imagina que pode ter um almoço grátis. Gabrielli, o anjo que presidiu a Petrobras entre 2005 e 2012, desfiou a versão lulopetista sobre a crise. Ao jornal "Valor", o "amigo do povo" disse que a oposição inflaciona episódios periféricos de corrupção com as finalidades destruir a estatal e abrir o pré-sal à exploração gananciosa das empresas petrolíferas internacionais. O jornalismo oficialista reproduz a essência do diagnóstico fantasioso, com a prudente ressalva ocasional de que, talvez, a corrupção seja mais que insignificante. A opção por Bendine evidencia a adesão de Dilma a esse conto de fadas. Na entrevista de Gabrielli, existe uma noz de verdade: por maiores que sejam, os números do "petrolão" empalidecem sobre o pano de fundo da movimentação financeira da Petrobras. Os desvios de bilhões de dólares em contratos superfaturados, abastecimento de partidos e formação de patrimônios privados catalisaram o desenlace, mas o colapso financeiro da estatal estava escrito nas estrelas. A sua raiz encontra-se na diretriz política definida pelos "amigos do povo" desde, pelo menos, a descoberta das jazidas do pré-sal. A Petrobras ingressou em espiral falimentar porque metamorfoseou-se de empresa pública em ferramenta do neonacionalismo reacionário. O crime, premeditado, foi cometido em meio aos acordes do verde-amarelismo balofo e entre imagens de Lula e Dilma com macacões laranja e as mãos sujas de petróleo. No corpo de delito, destacam-se os superinvestimentos no pré-sal, a sangria de capital provocada pela política de conteúdo nacional, a diversificação improdutiva e, por fim, os subsídios embutidos nos preços de combustíveis. A corrupção aparece na cena do crime, mas apenas como um detalhe significativo: a chave de decifração das alianças de negócios entre o lulopetismo e as grandes empreiteiras. A Petrobras dos "amigos do povo" deveria monopolizar os campos do pré-sal, estender as operações de baixo retorno em refino, transporte e petroquímica, estimular a produção interna de plataformas e equipamentos, além de corrigir os desequilíbrios inflacionários da "nova matriz econômica". O delírio ufanista, sustentado por preços do barril superiores a US$ 100, desmanchou-se no compasso da reversão do ciclo do mercado petrolífero. Enquanto assenta-se a poeira de uma mentira persistente, despontam os esqueletos brancos de uma dívida monumental, de refinarias perdulárias, do casco destroçado da Sete Brasil e de um balanço sem assinatura. Dilma teve meses para refletir sobre o fracasso, mas preferiu o caminho da negação. Na hora decisiva, desperdiçou uma última oportunidade de queimar a sua bandeira mais querida, apontando um homem de preto para resgatar a estatal, que continua a possuir excepcionais competências na prospecção e extração de petróleo em águas profundas. A seleção de Bendine atesta o poder encantatório da ideologia. Tanto quanto sua amiga Graça Foster, Dilma acredita no oportuno conto de Gabrielli –e ilude-se imaginando que o cortejo macabro dos Costas, Duques e Baruscos não passa de um infortúnio casual. Na esfera do Direito, discute-se se o impeachment requer dolo ou apenas culpa. Na arte da política, sabe-se que uma condição necessária é a perda da legitimidade para governar. Deve ser por isso que Eduardo Cunha anda todo pimpão.
colunas
Corpo de delitoJoaquim Levy é um homem de preto; Aldemir Bendine, não. Ao nomear Levy, Dilma Rousseff abdicou do comando da política econômica. A escolha de Bendine, pelo contrário, indica que Dilma não queimou todas as bandeiras. O executivo subserviente ao Planalto, alçado à presidência do BB por Lula, não equivale a Sergio Gabrielli, mas é algo como uma Graça Foster sem a experiência no setor petrolífero. A presidente almeja conservar o controle direto sobre a Petrobras. Ela não compreende a raiz da crise –e ainda imagina que pode ter um almoço grátis. Gabrielli, o anjo que presidiu a Petrobras entre 2005 e 2012, desfiou a versão lulopetista sobre a crise. Ao jornal "Valor", o "amigo do povo" disse que a oposição inflaciona episódios periféricos de corrupção com as finalidades destruir a estatal e abrir o pré-sal à exploração gananciosa das empresas petrolíferas internacionais. O jornalismo oficialista reproduz a essência do diagnóstico fantasioso, com a prudente ressalva ocasional de que, talvez, a corrupção seja mais que insignificante. A opção por Bendine evidencia a adesão de Dilma a esse conto de fadas. Na entrevista de Gabrielli, existe uma noz de verdade: por maiores que sejam, os números do "petrolão" empalidecem sobre o pano de fundo da movimentação financeira da Petrobras. Os desvios de bilhões de dólares em contratos superfaturados, abastecimento de partidos e formação de patrimônios privados catalisaram o desenlace, mas o colapso financeiro da estatal estava escrito nas estrelas. A sua raiz encontra-se na diretriz política definida pelos "amigos do povo" desde, pelo menos, a descoberta das jazidas do pré-sal. A Petrobras ingressou em espiral falimentar porque metamorfoseou-se de empresa pública em ferramenta do neonacionalismo reacionário. O crime, premeditado, foi cometido em meio aos acordes do verde-amarelismo balofo e entre imagens de Lula e Dilma com macacões laranja e as mãos sujas de petróleo. No corpo de delito, destacam-se os superinvestimentos no pré-sal, a sangria de capital provocada pela política de conteúdo nacional, a diversificação improdutiva e, por fim, os subsídios embutidos nos preços de combustíveis. A corrupção aparece na cena do crime, mas apenas como um detalhe significativo: a chave de decifração das alianças de negócios entre o lulopetismo e as grandes empreiteiras. A Petrobras dos "amigos do povo" deveria monopolizar os campos do pré-sal, estender as operações de baixo retorno em refino, transporte e petroquímica, estimular a produção interna de plataformas e equipamentos, além de corrigir os desequilíbrios inflacionários da "nova matriz econômica". O delírio ufanista, sustentado por preços do barril superiores a US$ 100, desmanchou-se no compasso da reversão do ciclo do mercado petrolífero. Enquanto assenta-se a poeira de uma mentira persistente, despontam os esqueletos brancos de uma dívida monumental, de refinarias perdulárias, do casco destroçado da Sete Brasil e de um balanço sem assinatura. Dilma teve meses para refletir sobre o fracasso, mas preferiu o caminho da negação. Na hora decisiva, desperdiçou uma última oportunidade de queimar a sua bandeira mais querida, apontando um homem de preto para resgatar a estatal, que continua a possuir excepcionais competências na prospecção e extração de petróleo em águas profundas. A seleção de Bendine atesta o poder encantatório da ideologia. Tanto quanto sua amiga Graça Foster, Dilma acredita no oportuno conto de Gabrielli –e ilude-se imaginando que o cortejo macabro dos Costas, Duques e Baruscos não passa de um infortúnio casual. Na esfera do Direito, discute-se se o impeachment requer dolo ou apenas culpa. Na arte da política, sabe-se que uma condição necessária é a perda da legitimidade para governar. Deve ser por isso que Eduardo Cunha anda todo pimpão.
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Receita prevê que mudança no Simples pode custar R$ 84 bi em arrecadação
A Receita Federal divulgou um estudo nesta segunda-feira (24) criticando a proposta de alteração do teto de enquadramento das micro e pequenas empresas no Simples Nacional. De acordo com o fisco, o impacto de renúncia fiscal estimado, caso o projeto seja aprovado, é de R$ 11,43 bilhões ao ano. Segundo números da Receita, a renúncia fiscal decorrente da aplicação do Simples Nacional para o ano de 2015 é de R$ 72,44 bilhões. Ou seja, o governo poderia deixar de arrecadar mais de R$ 84 bilhões em 2016, quando a lei entraria em vigor, caso o PL fosse aprovado neste ano. O projeto está tramitando na Câmara dos Deputados e foi colocado na pauta de votação desta semana. A proposta prevê que microempresas com receita bruta anual de R$ 900 mil possam ser enquadradas no Simples. O limite atualmente é de R$ 360 mil. As alterações valeriam também para pequenas empresas, que poderiam ter até R$ 14,4 milhões de receita bruta por ano. O limite para essas empresas hoje é de R$ 3,6 milhões. Com os novos tetos, o fisco estima que 95% das empresas nacionais seriam enquadradas neste modelo de tributação. "Vamos ter Estados que só terão empresas no Simples Nacional", disse Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, em conversa com jornalistas. Além de enquadrar empresas com menor receita bruta anual, o projeto prevê que empresas produtoras de cervejas, vinhos, licores e aguardentes artesanais também possam optar pelo Simples Nacional. O teto do Simples Nacional já foi alterado em outras oportunidades. Segundo a Receita, até 2005, o teto para pequenas empresas era de R$ 1,2 milhão. A partir de 2006, o teto de enquadramento passou a ser de R$ 2,4 milhões. Em 2012, foi reajustado para o valor atual, de R$ 3,6 milhões. "Não é momento de se falar em projeto de lei complementar neste assunto, a situação fiscal não comporta isso", afirmou Silas Santiago, secretário-executivo do Simples Nacional. A Receita avalia que a maior migração de empresas para o Simples Nacional também aumentaria os casos de sonegação fiscal, uma vez que a exigibilidade de documentos é menor e diminui o controle do fisco. Considerando dados atualizados da base da Receita, empresas com faturamento bruto inferior a 360 mil anuais possuem créditos lançados correspondentes a 8,5 vezes a receita bruta declarada, o que configura, segundo a Receita, indica um alto grau de omissão de receitas, que resulta em elevada sonegação. EXPORTADORES A Receita afirma que, atualmente, pequenas empresas com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões tem o mesmo valor de benefício tributário para exportações. Na prática, isso quer dizer que exportadores podem contar com uma isenção fiscal de até 7,2 milhões. Com o projeto que deve ir para votação, empresas exportadoras teriam benefícios fiscais de até R$ 28,8 milhões, de acordo com a Receita.
mercado
Receita prevê que mudança no Simples pode custar R$ 84 bi em arrecadaçãoA Receita Federal divulgou um estudo nesta segunda-feira (24) criticando a proposta de alteração do teto de enquadramento das micro e pequenas empresas no Simples Nacional. De acordo com o fisco, o impacto de renúncia fiscal estimado, caso o projeto seja aprovado, é de R$ 11,43 bilhões ao ano. Segundo números da Receita, a renúncia fiscal decorrente da aplicação do Simples Nacional para o ano de 2015 é de R$ 72,44 bilhões. Ou seja, o governo poderia deixar de arrecadar mais de R$ 84 bilhões em 2016, quando a lei entraria em vigor, caso o PL fosse aprovado neste ano. O projeto está tramitando na Câmara dos Deputados e foi colocado na pauta de votação desta semana. A proposta prevê que microempresas com receita bruta anual de R$ 900 mil possam ser enquadradas no Simples. O limite atualmente é de R$ 360 mil. As alterações valeriam também para pequenas empresas, que poderiam ter até R$ 14,4 milhões de receita bruta por ano. O limite para essas empresas hoje é de R$ 3,6 milhões. Com os novos tetos, o fisco estima que 95% das empresas nacionais seriam enquadradas neste modelo de tributação. "Vamos ter Estados que só terão empresas no Simples Nacional", disse Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, em conversa com jornalistas. Além de enquadrar empresas com menor receita bruta anual, o projeto prevê que empresas produtoras de cervejas, vinhos, licores e aguardentes artesanais também possam optar pelo Simples Nacional. O teto do Simples Nacional já foi alterado em outras oportunidades. Segundo a Receita, até 2005, o teto para pequenas empresas era de R$ 1,2 milhão. A partir de 2006, o teto de enquadramento passou a ser de R$ 2,4 milhões. Em 2012, foi reajustado para o valor atual, de R$ 3,6 milhões. "Não é momento de se falar em projeto de lei complementar neste assunto, a situação fiscal não comporta isso", afirmou Silas Santiago, secretário-executivo do Simples Nacional. A Receita avalia que a maior migração de empresas para o Simples Nacional também aumentaria os casos de sonegação fiscal, uma vez que a exigibilidade de documentos é menor e diminui o controle do fisco. Considerando dados atualizados da base da Receita, empresas com faturamento bruto inferior a 360 mil anuais possuem créditos lançados correspondentes a 8,5 vezes a receita bruta declarada, o que configura, segundo a Receita, indica um alto grau de omissão de receitas, que resulta em elevada sonegação. EXPORTADORES A Receita afirma que, atualmente, pequenas empresas com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões tem o mesmo valor de benefício tributário para exportações. Na prática, isso quer dizer que exportadores podem contar com uma isenção fiscal de até 7,2 milhões. Com o projeto que deve ir para votação, empresas exportadoras teriam benefícios fiscais de até R$ 28,8 milhões, de acordo com a Receita.
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STF não pode obrigar análise de impeachment de Temer, diz Câmara
A Câmara dos Deputados enviou nesta segunda-feira (4) manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal) afirmando que o tribunal não pode obrigar a Casa a analisar um pedido de impeachment contra o vice-presidente da República, Michel Temer. Segundo a instituição, a admissibilidade do impeachment trata de uma decisão política e que não se pode "admitir tamanha" intervenção do Judiciário no Legislativo. Na sexta, o STF chegou a divulgar, por engano, uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello determinando que a Câmara dê início a análise de um pedido de impeachment do vice-presidente, mas, minutos depois, informou que o texto se tratava de uma minuta em elaboração. A assessoria do Supremo informou que se tratava de "uma minuta, não assinada pelo ministro Marco Aurélio, que, portanto, não tem decisão e que foi um erro de comunicação entre as áreas técnicas do tribunal". "Esse [eventual] deferimento jamais poderia ser no sentido de determinar a instauração do processo, em substituição à competência constitucional da Câmara. A única opção, até mesmo porque o pedido foi formulado nesse sentido, seria determinar que fosse realizado novo exame da admissibilidade da denúncia pela Presidência da Câmara nos limites eventualmente impostos", diz o texto da Câmara. "Nunca, jamais, pode se admitir tamanha intervenção em ato próprio de outro Poder da República, a ponto de autorizar a substituição da competência do órgão legislativo por decisão judicial", completa a manifestação. IMPEACHMENT O impeachment de Temer foi pedido pelo advogado Mariel Márley Marra e chegou ao STF porque foi arquivado por Cunha sob a justificativa de que não havia indícios de que o vice cometeu crime de responsabilidade. Marra pede uma liminar para paralisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em discussão na Câmara até que o plenário do STF decida se Temer deve ser processado conjuntamente com a petista. O pedido do advogado argumenta que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso. As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment da petista. Na versão do que seria uma decisão liminar (provisória), Marco Aurélio estabelece que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve admitir o pedido de afastamento do peemedebista e enviar para a análise de uma comissão especial que teria que ser criada pela Casa para discutir a denúncia. "Ante o quadro, defiro parcialmente a liminar para, afastando os efeitos do ato impugnado, determinar o seguimento da denúncia, vindo a desaguar na formação da Comissão Especial, a qual emitirá parecer", diz a minuta. "Não se está a emitir qualquer juízo quanto à conduta do vice-presidente da República, revelada na edição dos decretos mencionados na petição inicial e no acervo probatório que a acompanha. No caso, a controvérsia envolve controle procedimental de atividade atípica do Poder Legislativo", completou. O que diz o pedido de impeachment
poder
STF não pode obrigar análise de impeachment de Temer, diz CâmaraA Câmara dos Deputados enviou nesta segunda-feira (4) manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal) afirmando que o tribunal não pode obrigar a Casa a analisar um pedido de impeachment contra o vice-presidente da República, Michel Temer. Segundo a instituição, a admissibilidade do impeachment trata de uma decisão política e que não se pode "admitir tamanha" intervenção do Judiciário no Legislativo. Na sexta, o STF chegou a divulgar, por engano, uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello determinando que a Câmara dê início a análise de um pedido de impeachment do vice-presidente, mas, minutos depois, informou que o texto se tratava de uma minuta em elaboração. A assessoria do Supremo informou que se tratava de "uma minuta, não assinada pelo ministro Marco Aurélio, que, portanto, não tem decisão e que foi um erro de comunicação entre as áreas técnicas do tribunal". "Esse [eventual] deferimento jamais poderia ser no sentido de determinar a instauração do processo, em substituição à competência constitucional da Câmara. A única opção, até mesmo porque o pedido foi formulado nesse sentido, seria determinar que fosse realizado novo exame da admissibilidade da denúncia pela Presidência da Câmara nos limites eventualmente impostos", diz o texto da Câmara. "Nunca, jamais, pode se admitir tamanha intervenção em ato próprio de outro Poder da República, a ponto de autorizar a substituição da competência do órgão legislativo por decisão judicial", completa a manifestação. IMPEACHMENT O impeachment de Temer foi pedido pelo advogado Mariel Márley Marra e chegou ao STF porque foi arquivado por Cunha sob a justificativa de que não havia indícios de que o vice cometeu crime de responsabilidade. Marra pede uma liminar para paralisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em discussão na Câmara até que o plenário do STF decida se Temer deve ser processado conjuntamente com a petista. O pedido do advogado argumenta que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso. As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment da petista. Na versão do que seria uma decisão liminar (provisória), Marco Aurélio estabelece que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve admitir o pedido de afastamento do peemedebista e enviar para a análise de uma comissão especial que teria que ser criada pela Casa para discutir a denúncia. "Ante o quadro, defiro parcialmente a liminar para, afastando os efeitos do ato impugnado, determinar o seguimento da denúncia, vindo a desaguar na formação da Comissão Especial, a qual emitirá parecer", diz a minuta. "Não se está a emitir qualquer juízo quanto à conduta do vice-presidente da República, revelada na edição dos decretos mencionados na petição inicial e no acervo probatório que a acompanha. No caso, a controvérsia envolve controle procedimental de atividade atípica do Poder Legislativo", completou. O que diz o pedido de impeachment
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Cantora Candy Mel estreia na televisão em bate-papo com bancada LGBT
Candy Mel, 25, tem duas casas. A primeira é na rua Avanhandava, endereço movimentado do centro de São Paulo, onde a vocalista da Banda Uó vive desde 2011, quando veio de Goiânia. Enturmada na cidade nova, deixou um pouco de lado as noitadas paulistanas e já opta por passar algumas noites de sábado em seu apartamento, "lendo, pesquisando e escapando daquele desconforto natural da juventude, de querer extravasar o tempo todo". Na segunda casa de Mel, não é bem assim que as coisas funcionam. Isso porque lá ela divide o espaço com outras 3 bilhões de pessoas, das quais boa parte faz de tudo para se destacar e aparecer. A internet, "a casa da Banda Uó", foi o meio responsável por tornar a cantora conhecida. A Mel Gonçalves, moradora da Avanhandava, é uma menina tímida, de sotaque caipira e que não fala muito, mas que, quando o faz, quase sempre olha nos olhos do interlocutor. Ela pouco lembra Candy Mel, habitante da rede mundial de computadores e a terça parte da banda que formou junto com os amigos Davi Sabbag e Mateus Carrilho. Em "Shake de Amor", clipe postado no YouTube em 2011 e que alavancou a carreira da Banda Uó, Mel bate cabelo, faz carão, drama, se joga nas dancinhas e acaba se vingando à bala de uma desilusão amorosa. Mais de 2 milhões de visualizações depois, a personalidade internética de Mel passou a ser requisitada em outras bandas. Gravação de discos, shows, DVDs e, agora, um programa próprio na televisão, o "Estação Plural", que estreou na TV Brasil no dia 25/02. Será o segundo trio da carreira da cantora, que é transexual. Se na Banda Uó ela batia cabelo junto dos amigos gays Davi e Mateus, na televisão ela se senta ao lado da cantora Ellen Oléria, que é lésbica, e do jornalista Fernando Oliveira, o Fefito, também homossexual. Juntos, eles formam uma bancada LGBT que discute temas da atualidade e comportamento. Entre os entrevistados já confirmados na atração, estão o médico Drauzio Varella, a atriz Bruna Lombardi e a jornalista Barbara Gancia. Assumir e discutir essas questões não deixam de ser uma novidade na carreira da cantora. "A Banda Uó nunca se pronunciou a respeito desse tipo de coisa, mas ela sempre foi uma bandeira. Só o fato de eu estar ali como uma mulher trans, ganhando visibilidade, já era representatividade", diz. FAMA E GRANA Partir para a televisão aberta para discutir esses temas foi uma decisão tomada depois de muita reflexão. "No programa, não quiseram me 'exotificar' em hora nenhuma. Detesto ser 'exotificada'. Ser uma cantora pop no palco já é exótico o suficiente. Quando se trata de transexualidade, é sempre sob o prisma do exótico ou do excludente. E eu não admito ser tratada de nenhuma das duas formas", diz. "Não quero que meu gênero e minha sexualidade venham antes de mim. Para mim, o meu trabalho tem que ser muito maior do que eu, sempre." Assista ao clipe de "Catraca" Pouco depois do lançamento do segundo disco da banda, "Veneno", Mel projeta grandes planos para o grupo. Ao contrário da esmagadora maioria dos artistas independentes, ela não esconde o desejo pelo sucesso, pela fama e pela grana. "Gosto de palcão, de estrutura. Quero ficar grande, ganhar dinheiro, tocar no Faustão", conta. "A Banda Uó se construiu sozinha. Ninguém escolheu nossa maneira de se vestir ou o tipo de som que deveríamos tocar. Queremos fazer grandes clipes, grandes shows e vender muitos discos." Sonhos que alimenta sem culpa alguma. "Não devo nada para ninguém", diz. "A não ser para o banco [risos]."
serafina
Cantora Candy Mel estreia na televisão em bate-papo com bancada LGBTCandy Mel, 25, tem duas casas. A primeira é na rua Avanhandava, endereço movimentado do centro de São Paulo, onde a vocalista da Banda Uó vive desde 2011, quando veio de Goiânia. Enturmada na cidade nova, deixou um pouco de lado as noitadas paulistanas e já opta por passar algumas noites de sábado em seu apartamento, "lendo, pesquisando e escapando daquele desconforto natural da juventude, de querer extravasar o tempo todo". Na segunda casa de Mel, não é bem assim que as coisas funcionam. Isso porque lá ela divide o espaço com outras 3 bilhões de pessoas, das quais boa parte faz de tudo para se destacar e aparecer. A internet, "a casa da Banda Uó", foi o meio responsável por tornar a cantora conhecida. A Mel Gonçalves, moradora da Avanhandava, é uma menina tímida, de sotaque caipira e que não fala muito, mas que, quando o faz, quase sempre olha nos olhos do interlocutor. Ela pouco lembra Candy Mel, habitante da rede mundial de computadores e a terça parte da banda que formou junto com os amigos Davi Sabbag e Mateus Carrilho. Em "Shake de Amor", clipe postado no YouTube em 2011 e que alavancou a carreira da Banda Uó, Mel bate cabelo, faz carão, drama, se joga nas dancinhas e acaba se vingando à bala de uma desilusão amorosa. Mais de 2 milhões de visualizações depois, a personalidade internética de Mel passou a ser requisitada em outras bandas. Gravação de discos, shows, DVDs e, agora, um programa próprio na televisão, o "Estação Plural", que estreou na TV Brasil no dia 25/02. Será o segundo trio da carreira da cantora, que é transexual. Se na Banda Uó ela batia cabelo junto dos amigos gays Davi e Mateus, na televisão ela se senta ao lado da cantora Ellen Oléria, que é lésbica, e do jornalista Fernando Oliveira, o Fefito, também homossexual. Juntos, eles formam uma bancada LGBT que discute temas da atualidade e comportamento. Entre os entrevistados já confirmados na atração, estão o médico Drauzio Varella, a atriz Bruna Lombardi e a jornalista Barbara Gancia. Assumir e discutir essas questões não deixam de ser uma novidade na carreira da cantora. "A Banda Uó nunca se pronunciou a respeito desse tipo de coisa, mas ela sempre foi uma bandeira. Só o fato de eu estar ali como uma mulher trans, ganhando visibilidade, já era representatividade", diz. FAMA E GRANA Partir para a televisão aberta para discutir esses temas foi uma decisão tomada depois de muita reflexão. "No programa, não quiseram me 'exotificar' em hora nenhuma. Detesto ser 'exotificada'. Ser uma cantora pop no palco já é exótico o suficiente. Quando se trata de transexualidade, é sempre sob o prisma do exótico ou do excludente. E eu não admito ser tratada de nenhuma das duas formas", diz. "Não quero que meu gênero e minha sexualidade venham antes de mim. Para mim, o meu trabalho tem que ser muito maior do que eu, sempre." Assista ao clipe de "Catraca" Pouco depois do lançamento do segundo disco da banda, "Veneno", Mel projeta grandes planos para o grupo. Ao contrário da esmagadora maioria dos artistas independentes, ela não esconde o desejo pelo sucesso, pela fama e pela grana. "Gosto de palcão, de estrutura. Quero ficar grande, ganhar dinheiro, tocar no Faustão", conta. "A Banda Uó se construiu sozinha. Ninguém escolheu nossa maneira de se vestir ou o tipo de som que deveríamos tocar. Queremos fazer grandes clipes, grandes shows e vender muitos discos." Sonhos que alimenta sem culpa alguma. "Não devo nada para ninguém", diz. "A não ser para o banco [risos]."
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Brasil mal acompanhado
O Brasil e outros emergentes têm levado uma surra dos mercados financeiros nos últimos três meses. E os brasileiros parecem ter razões para apanhar mais. Na média, os preços dos ativos dos emergentes (ações, debêntures etc.) caíram 15% de maio para cá. A consequência é um "empobrecimento" geral: de quem tem ações na Bolsa, das empresas que passam a valer menos e pelas necessidades de quem tem dívidas e precisa se financiar. Como mostra a linha vermelha no gráfico abaixo, a queda rápida e acentuada do interesse dos investidores pelos emergentes começou em meados de abril. Naquele momento, instalou-se a percepção de que o desempenho deles será bastante pior daqui em diante. A linha azul clara (China) mostra o maior comprador de commodities dos emergentes (especialmente do Brasil) em xeque. E com problemas internos de complexa solução no curto prazo. Os emergentes, portanto, estão amarrados em um círculo vicioso entre eles e um de seus maiores mercados. Os fatores básicos para a "fuga dos emergentes" são: Aqui, vale a pena rever gráfico publicado na coluna da semana passada. Ele mostra quais emergentes vêm sofrendo mais com a fuga de investidores de seus mercados. O Brasil (à dir.) é o pior colocado por conta da desvalorização cambial, da crise política e da recessão já instalada. Segundo relatório do Institute of International Finance (espécie de Febraban mundial), a crise política no Brasil pode ter forte impacto sobre o atraso das medidas que o país necessita para arrumar sua situação fiscal. Sem falar na necessidade de reformas estruturais de médio e longo prazos em áreas como Previdência e engessamento do gasto público. Daí o rápido abandono do Brasil como mercado de empresas promissoras. Nesse ponto, há mais de dois anos as empresas dos países avançados têm oferecido margens de lucro a seus investidores consistentemente maiores do que as dos emergentes, como mostra o gráfico abaixo. Daí os investidores apostarem mais nos mercados avançados. Com o país em recessão, as empresas brasileiras certamente ficaram bem menos atrativas do que a média.
colunas
Brasil mal acompanhadoO Brasil e outros emergentes têm levado uma surra dos mercados financeiros nos últimos três meses. E os brasileiros parecem ter razões para apanhar mais. Na média, os preços dos ativos dos emergentes (ações, debêntures etc.) caíram 15% de maio para cá. A consequência é um "empobrecimento" geral: de quem tem ações na Bolsa, das empresas que passam a valer menos e pelas necessidades de quem tem dívidas e precisa se financiar. Como mostra a linha vermelha no gráfico abaixo, a queda rápida e acentuada do interesse dos investidores pelos emergentes começou em meados de abril. Naquele momento, instalou-se a percepção de que o desempenho deles será bastante pior daqui em diante. A linha azul clara (China) mostra o maior comprador de commodities dos emergentes (especialmente do Brasil) em xeque. E com problemas internos de complexa solução no curto prazo. Os emergentes, portanto, estão amarrados em um círculo vicioso entre eles e um de seus maiores mercados. Os fatores básicos para a "fuga dos emergentes" são: Aqui, vale a pena rever gráfico publicado na coluna da semana passada. Ele mostra quais emergentes vêm sofrendo mais com a fuga de investidores de seus mercados. O Brasil (à dir.) é o pior colocado por conta da desvalorização cambial, da crise política e da recessão já instalada. Segundo relatório do Institute of International Finance (espécie de Febraban mundial), a crise política no Brasil pode ter forte impacto sobre o atraso das medidas que o país necessita para arrumar sua situação fiscal. Sem falar na necessidade de reformas estruturais de médio e longo prazos em áreas como Previdência e engessamento do gasto público. Daí o rápido abandono do Brasil como mercado de empresas promissoras. Nesse ponto, há mais de dois anos as empresas dos países avançados têm oferecido margens de lucro a seus investidores consistentemente maiores do que as dos emergentes, como mostra o gráfico abaixo. Daí os investidores apostarem mais nos mercados avançados. Com o país em recessão, as empresas brasileiras certamente ficaram bem menos atrativas do que a média.
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Maduro convoca 'assembleia cidadã' para nova Constituição na Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou nesta segunda-feira (1º) uma Assembleia Constituinte "popular" para redigir uma nova Constituição, cujos integrantes serão eleitos por setores da sociedade e não pelo voto universal. "Convoco o poder constituinte original para alcançar a paz de que o país precisa, para derrotar o golpe fascista, uma Constituinte cidadã, não de partidos políticos. Uma Constituinte do povo", disse Maduro, diante de milhares de simpatizantes reunidos no centro de Caracas pelo 1º de Maio. O chavista assinou na noite desta segunda-feira o decreto que oficializa a convocação da Assembleia Constituinte, que contempla a eleição de 500 constituintes, uma parte por setores sociais que escolherão diretamente seus representantes e a outra parte por municípios. "Será uma Constituinte eleita com voto direto do povo para eleger uns 500 constituintes: 200 ou 250 pela base da classe operária, as comunas, missões, os movimentos sociais." Maduro disse que os demais constituintes "vão ser eleitos em um sistema territorializado, com caráter municipal e local". Maduro afirmou que a decisão se baseia nos artigos 347 e 349 da atual Constituição venezuelana, adotada em 1999, no primeiro ano do governo de Hugo Chávez (1954-2013). Os membros da Constituinte de 1999 foram eleitos mediante votação nacional e não por setores, como agora propõe Maduro, e pertenciam majoritariamente ao chavismo. Segundo o artigo 347, "o povo da Venezuela é o depositário do poder constituinte original. No exercício do dito poder, pode convocar uma Assembleia Nacional Constituinte com o objetivo de transformar o Estado, criar um novo ordenamento jurídico e redigir uma nova Constituição". O artigo 349 afirma: "O Presidente ou Presidenta da República não poderá se opor à nova Constituição. Os poderes constituídos não poderão de forma alguma impedir as decisões da Assembleia Nacional Constituinte. Uma vez promulgada a nova Constituição, esta será publicada no Diário Oficial da República Bolivariana da Venezuela ou no Diário da Assembleia Nacional Constituinte". 'GOLPE' O líder opositor Henrique Capriles escreveu em uma rede social que "frente à fraude constitucional de uma Constituinte que acaba de anunciar o ditador, povo às ruas para desobedecer semelhante loucura!". O deputado Henry Ramos Allup, ex-presidente da Assembleia Nacional, disse que "segue o golpe de Estado continuado. O que Maduro convocou não é uma Constituinte, mas sim uma prostituinte". A oposição já havia criticado neste domingo (30) a intenção do governo de chamar uma Constituinte. "Qualquer passo de convocar uma Constituinte comunal é parte do golpe de Estado de Maduro. Esta crise é agravada com essa convocação", disse Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional. O cientista político Nicmer Evans, chavista porém opositor de Maduro, argumenta que a proposta de Constituinte representa "a morte do projeto" de Chávez. "Esta Constituinte madurista é uma traição clara a Chávez e ao povo." A decisão ocorre em meio à maior onda de protestos desde 2014, que deixaram ao menos 29 mortos. A crise política se acirrou no final de março quando o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) decidiu assumir as funções do Parlamento —controlado pela oposição—, gerando protestos locais e chamados internacionais para que o governo Maduro respeitasse a democracia. O TSJ revogou a decisão, mas novos protestos se seguiram à decisão da Controladoria-Geral de cassar os direitos políticos de Capriles, governador do Estado de Miranda, por 15 anos. A oposição tem insistido que continuará nas ruas até que sejam repostas todas as funções da Assembleia Nacional, que se convoquem eleições gerais, que se abra um canal humanitário que reduza a grave escassez de medicamentos e que se liberem centenas de presos políticos. Maduro acusa os manifestantes de tentar derrubá-lo com a ajuda do governo dos Estados Unidos. Do outro lado, os líderes da oposição dizem que o governo chavista usa táticas repressivas e leva o país a uma ditadura. Na semana passada, o governo Maduro anunciou que a Venezuela daria início ao processo de saída da OEA (Organização dos Estados Americanos), depois de a entidade chamar uma reunião para discutir a crise no país. A Assembleia Nacional, de maioria opositora, abriu um processo para declarar a inconstitucionalidade da decisão de deixar a OEA. Mesmo que a declaração seja aprovada, no entanto, ela não será aplicada porque o TSJ considera o Legislativo em desacato devido à incorporação de três deputados impugnados.
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Maduro convoca 'assembleia cidadã' para nova Constituição na VenezuelaO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou nesta segunda-feira (1º) uma Assembleia Constituinte "popular" para redigir uma nova Constituição, cujos integrantes serão eleitos por setores da sociedade e não pelo voto universal. "Convoco o poder constituinte original para alcançar a paz de que o país precisa, para derrotar o golpe fascista, uma Constituinte cidadã, não de partidos políticos. Uma Constituinte do povo", disse Maduro, diante de milhares de simpatizantes reunidos no centro de Caracas pelo 1º de Maio. O chavista assinou na noite desta segunda-feira o decreto que oficializa a convocação da Assembleia Constituinte, que contempla a eleição de 500 constituintes, uma parte por setores sociais que escolherão diretamente seus representantes e a outra parte por municípios. "Será uma Constituinte eleita com voto direto do povo para eleger uns 500 constituintes: 200 ou 250 pela base da classe operária, as comunas, missões, os movimentos sociais." Maduro disse que os demais constituintes "vão ser eleitos em um sistema territorializado, com caráter municipal e local". Maduro afirmou que a decisão se baseia nos artigos 347 e 349 da atual Constituição venezuelana, adotada em 1999, no primeiro ano do governo de Hugo Chávez (1954-2013). Os membros da Constituinte de 1999 foram eleitos mediante votação nacional e não por setores, como agora propõe Maduro, e pertenciam majoritariamente ao chavismo. Segundo o artigo 347, "o povo da Venezuela é o depositário do poder constituinte original. No exercício do dito poder, pode convocar uma Assembleia Nacional Constituinte com o objetivo de transformar o Estado, criar um novo ordenamento jurídico e redigir uma nova Constituição". O artigo 349 afirma: "O Presidente ou Presidenta da República não poderá se opor à nova Constituição. Os poderes constituídos não poderão de forma alguma impedir as decisões da Assembleia Nacional Constituinte. Uma vez promulgada a nova Constituição, esta será publicada no Diário Oficial da República Bolivariana da Venezuela ou no Diário da Assembleia Nacional Constituinte". 'GOLPE' O líder opositor Henrique Capriles escreveu em uma rede social que "frente à fraude constitucional de uma Constituinte que acaba de anunciar o ditador, povo às ruas para desobedecer semelhante loucura!". O deputado Henry Ramos Allup, ex-presidente da Assembleia Nacional, disse que "segue o golpe de Estado continuado. O que Maduro convocou não é uma Constituinte, mas sim uma prostituinte". A oposição já havia criticado neste domingo (30) a intenção do governo de chamar uma Constituinte. "Qualquer passo de convocar uma Constituinte comunal é parte do golpe de Estado de Maduro. Esta crise é agravada com essa convocação", disse Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional. O cientista político Nicmer Evans, chavista porém opositor de Maduro, argumenta que a proposta de Constituinte representa "a morte do projeto" de Chávez. "Esta Constituinte madurista é uma traição clara a Chávez e ao povo." A decisão ocorre em meio à maior onda de protestos desde 2014, que deixaram ao menos 29 mortos. A crise política se acirrou no final de março quando o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) decidiu assumir as funções do Parlamento —controlado pela oposição—, gerando protestos locais e chamados internacionais para que o governo Maduro respeitasse a democracia. O TSJ revogou a decisão, mas novos protestos se seguiram à decisão da Controladoria-Geral de cassar os direitos políticos de Capriles, governador do Estado de Miranda, por 15 anos. A oposição tem insistido que continuará nas ruas até que sejam repostas todas as funções da Assembleia Nacional, que se convoquem eleições gerais, que se abra um canal humanitário que reduza a grave escassez de medicamentos e que se liberem centenas de presos políticos. Maduro acusa os manifestantes de tentar derrubá-lo com a ajuda do governo dos Estados Unidos. Do outro lado, os líderes da oposição dizem que o governo chavista usa táticas repressivas e leva o país a uma ditadura. Na semana passada, o governo Maduro anunciou que a Venezuela daria início ao processo de saída da OEA (Organização dos Estados Americanos), depois de a entidade chamar uma reunião para discutir a crise no país. A Assembleia Nacional, de maioria opositora, abriu um processo para declarar a inconstitucionalidade da decisão de deixar a OEA. Mesmo que a declaração seja aprovada, no entanto, ela não será aplicada porque o TSJ considera o Legislativo em desacato devido à incorporação de três deputados impugnados.
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Análise: Discurso para militância abatida deve acentuar divisão no país
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta que não vai abaixar a cabeça e que se sentiu um prisioneiro durante a ação da Polícia Federal. O petista disse ainda que o que aconteceu hoje precisava acontecer para que o PT pudesse levantar a cabeça. "O discurso teve endereço certo: a militância abatida do partido", diz Marco Antonio Carvalho Teixeira (FGV), doutor em ciência política pela PUC-SP e professor da FGV. Para ele, a condução coercitiva (quando o investigado é levado para depor e depois liberado) deu mais ímpeto para a argumentação do ex-presidente. "Temo que a consequência seja acentuar a divisão do pais", completa. "Lula pregou para convertidos", avalia o editor de "Poder", Fábio Zanini. "Ao se vitimizar, o ex-presidente tenta resgatar os pilares de seu governo, na tentativa de estancar a queda de sua popularidade". Principal alvo da nova fase da Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou depoimento por cerca de 3 horas à Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas, nesta sexta (04). A Operação realizou mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva no prédio de Lula, no de seu filho Fábio Luíz Lula da Silva –também conhecido como Lulinha–, no Instituto Lula, na Odebrecht e na OAS. Há mandados para Atibaia e Guarujá, onde estão sítio e tríplex, respectivamente, além de Santo André e Manduri. O Ministério Público Federal afirmou em nota que o ex-presidente Lula foi "um dos principais beneficiários" de crimes cometidos no âmbito da Petrobras. A Procuradoria afirma que R$ 30,7 milhões, entre palestras e doações, foram disponibilizadas para instituições ligadas ao ex-presidente Lula pelas cinco maiores empreiteiras investigadas pela operação. Leia a reportagem
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Análise: Discurso para militância abatida deve acentuar divisão no paísO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta que não vai abaixar a cabeça e que se sentiu um prisioneiro durante a ação da Polícia Federal. O petista disse ainda que o que aconteceu hoje precisava acontecer para que o PT pudesse levantar a cabeça. "O discurso teve endereço certo: a militância abatida do partido", diz Marco Antonio Carvalho Teixeira (FGV), doutor em ciência política pela PUC-SP e professor da FGV. Para ele, a condução coercitiva (quando o investigado é levado para depor e depois liberado) deu mais ímpeto para a argumentação do ex-presidente. "Temo que a consequência seja acentuar a divisão do pais", completa. "Lula pregou para convertidos", avalia o editor de "Poder", Fábio Zanini. "Ao se vitimizar, o ex-presidente tenta resgatar os pilares de seu governo, na tentativa de estancar a queda de sua popularidade". Principal alvo da nova fase da Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou depoimento por cerca de 3 horas à Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas, nesta sexta (04). A Operação realizou mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva no prédio de Lula, no de seu filho Fábio Luíz Lula da Silva –também conhecido como Lulinha–, no Instituto Lula, na Odebrecht e na OAS. Há mandados para Atibaia e Guarujá, onde estão sítio e tríplex, respectivamente, além de Santo André e Manduri. O Ministério Público Federal afirmou em nota que o ex-presidente Lula foi "um dos principais beneficiários" de crimes cometidos no âmbito da Petrobras. A Procuradoria afirma que R$ 30,7 milhões, entre palestras e doações, foram disponibilizadas para instituições ligadas ao ex-presidente Lula pelas cinco maiores empreiteiras investigadas pela operação. Leia a reportagem
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Por ataque, Senado brasileiro aprova voto de solidariedade a LGBTs e EUA
O Senado aprovou nesta terça-feira (14) um voto de solidariedade ao povo norte-americano e à comunidade LGBT pelo atentado ocorrido em uma boate gay em Orlando, na Flórida (EUA), no último domingo (12). O requerimento foi apresentado pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). "É uma posição em relação aos direitos humanos, ao respeito e à tolerância", defendeu a peemedebista durante a sessão plenária. No fim de semana, o americano Omar Mateen entrou na boate fortemente armado e matou, a tiros, 49 pessoas que se divertiam na casa noturna e deixou 53 pessoas feridas. O atirador foi morto pela polícia. Este foi o maior ataque a tiros da história recente dos EUA. Para a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), os Estados Unidos precisam rever sua política de liberação de armas de fogo para evitar episódios como este. "É esse acesso a arma de fogo que a sociedade americana ainda não foi capaz de dar o exemplo civilizatório de suspender. E esse ambiente serve infelizmente como exemplo negativo também para países da América Latina, como é o caso do Brasil", disse.
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Por ataque, Senado brasileiro aprova voto de solidariedade a LGBTs e EUAO Senado aprovou nesta terça-feira (14) um voto de solidariedade ao povo norte-americano e à comunidade LGBT pelo atentado ocorrido em uma boate gay em Orlando, na Flórida (EUA), no último domingo (12). O requerimento foi apresentado pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). "É uma posição em relação aos direitos humanos, ao respeito e à tolerância", defendeu a peemedebista durante a sessão plenária. No fim de semana, o americano Omar Mateen entrou na boate fortemente armado e matou, a tiros, 49 pessoas que se divertiam na casa noturna e deixou 53 pessoas feridas. O atirador foi morto pela polícia. Este foi o maior ataque a tiros da história recente dos EUA. Para a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), os Estados Unidos precisam rever sua política de liberação de armas de fogo para evitar episódios como este. "É esse acesso a arma de fogo que a sociedade americana ainda não foi capaz de dar o exemplo civilizatório de suspender. E esse ambiente serve infelizmente como exemplo negativo também para países da América Latina, como é o caso do Brasil", disse.
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Editorial: A sexta extinção
Animal símbolo da Amazônia, o boto-cor-de-rosa, ou boto-vermelho, desde o ano 2000 tem sido caçado de forma implacável. Sua carne serve de isca na pesca da piracatinga, peixe comercializado em larga escala nos supermercados sob o nome de douradinha. Pesquisadores e ambientalistas assustaram-se com a queda acentuada da quantidade de botos. Embora não existam números globais precisos, ao menos na reserva Mamirauá (AM), no rio Solimões, dados sugerem uma tragédia de proporções bíblicas: diminuição de 10% ao ano da população local, segundo o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia). Pressionado, o governo federal decretou moratória de cinco anos na captura da piracatinga, a fim de afastar o maior golfinho de água doce do planeta da crescente lista de animais extintos pelas mãos do homem. A medida entrou em vigor no dia 1º de janeiro. Lamentavelmente, o boto-cor-de-rosa está longe de ser o único animal ameaçado. Um estudo publicado recentemente no periódico "Science" mostra que as espécies têm desaparecido do planeta a uma taxa mil vezes maior do que a natural. Eis a catástrofe: de um terço a metade delas corre o risco de não mais existir até 2100. No Brasil, são 1.501 populações ameaçadas, incluindo a de botos-cor-de-rosa, de acordo com levantamento divulgado em maio pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Outros 11 animais já foram declarados extintos –caso da ararinha-azul, que hoje só vive em cativeiro. O ritmo de aniquilação se acelerou tanto que alguns cientistas veem o planeta atravessando a sexta extinção, comparável ao desaparecimento dos dinossauros ou a outros cataclismos pré-históricos. Dado inédito, o processo, desta vez, não se deve a causas naturais. Da destruição do habitat à introdução de exemplares não nativos num determinado ecossistema, passando pela caça e pelas mudanças climáticas, o homem é o maior responsável pelo perecimento recente de centenas de espécies. Para vários animais, como o boto-cor-de-rosa, ainda há tempo. A moratória contra a pesca da piracatinga torna a fiscalização mais fácil, pois se concentrará principalmente nas poucas e grandes empresas que compram o peixe. É fundamental, no entanto, que os órgãos responsáveis atuem de fato. Do contrário, a nova medida será tão inócua quanto a lei federal de 1987 que proíbe a caça de baleias e golfinhos no país.
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Editorial: A sexta extinçãoAnimal símbolo da Amazônia, o boto-cor-de-rosa, ou boto-vermelho, desde o ano 2000 tem sido caçado de forma implacável. Sua carne serve de isca na pesca da piracatinga, peixe comercializado em larga escala nos supermercados sob o nome de douradinha. Pesquisadores e ambientalistas assustaram-se com a queda acentuada da quantidade de botos. Embora não existam números globais precisos, ao menos na reserva Mamirauá (AM), no rio Solimões, dados sugerem uma tragédia de proporções bíblicas: diminuição de 10% ao ano da população local, segundo o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia). Pressionado, o governo federal decretou moratória de cinco anos na captura da piracatinga, a fim de afastar o maior golfinho de água doce do planeta da crescente lista de animais extintos pelas mãos do homem. A medida entrou em vigor no dia 1º de janeiro. Lamentavelmente, o boto-cor-de-rosa está longe de ser o único animal ameaçado. Um estudo publicado recentemente no periódico "Science" mostra que as espécies têm desaparecido do planeta a uma taxa mil vezes maior do que a natural. Eis a catástrofe: de um terço a metade delas corre o risco de não mais existir até 2100. No Brasil, são 1.501 populações ameaçadas, incluindo a de botos-cor-de-rosa, de acordo com levantamento divulgado em maio pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Outros 11 animais já foram declarados extintos –caso da ararinha-azul, que hoje só vive em cativeiro. O ritmo de aniquilação se acelerou tanto que alguns cientistas veem o planeta atravessando a sexta extinção, comparável ao desaparecimento dos dinossauros ou a outros cataclismos pré-históricos. Dado inédito, o processo, desta vez, não se deve a causas naturais. Da destruição do habitat à introdução de exemplares não nativos num determinado ecossistema, passando pela caça e pelas mudanças climáticas, o homem é o maior responsável pelo perecimento recente de centenas de espécies. Para vários animais, como o boto-cor-de-rosa, ainda há tempo. A moratória contra a pesca da piracatinga torna a fiscalização mais fácil, pois se concentrará principalmente nas poucas e grandes empresas que compram o peixe. É fundamental, no entanto, que os órgãos responsáveis atuem de fato. Do contrário, a nova medida será tão inócua quanto a lei federal de 1987 que proíbe a caça de baleias e golfinhos no país.
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As melhores coisas da vida
Na maioria das vezes em que saio de férias faço coisas simples que me dão prazer enorme. E me lembro de que quase sempre esqueço como essas simples coisas, que não são exatamente coisas, trazem felicidade –essa coisa que todo mundo quer, maior do que coisas propriamente ditas. Há alguns dias, armaram uma tela de cinema na praia. Praia deserta. Em alguns momentos, me distraí com o céu coalhado de estrelas e perdi o bonde do filme. Outro filme mais bonito e interessante se passava lá em cima. Quantas vezes parei para ver o céu nos últimos meses? Acho que nenhuma. A gente pouco vê o céu, quando mora em cidades onde as luzes apagam as estrelas. Ontem mesmo, depois de uma longa caminhada, alternada com banhos de mar, conversa fiada e cervejas geladas, fiquei me deliciando numa ducha de água doce e foi difícil saber quem de lá saiu mais limpa, eu ou a alma. Isso acontece sempre que tiro uns dias e lembro que a felicidade não é feita de grandes momentos. Todo mundo sabe, está em todos os livros de autoajuda, mas todo mundo esquece. Nem sempre é preciso que toquem os tambores, que as luzes sejam de velas, que venha embrulhado num laçarote. Felicidade parruda vem em pequenas e constantes doses. A gente só precisa se dar conta e desfrutar mais desses momentos frugais. A gente fica até mais fofo e só falta postar foto na praia em pose de ioga, com #gratidão. Não, menos. Dá pra ser feliz sem ser tão clichê. Ainda que a felicidade seja feita de montes de clichês. Então, ontem, fiz uma listinha das pequenas doses de felicidade que preenchem minhas necessidades, carências, frustrações, que acalmam e acariciam o coração. Só de pensar nessas coisas, a gente se pega sorrindo. Dançar a noite toda. Dançar em casa sozinho. Tirar os sapatos depois de dançar a noite toda. Andar de bicicleta. Tirar a mão do guidão. Céu estrelado. Reconhecer estrelas. Lembrar a letra de uma música esquecida. Cantar bem alto. Viajar sem destino. Viajar. Cheiro de café coado. Tomar café na hora do almoço. Almoçar quase na hora do jantar. O barulho de uma lata de cerveja abrindo. O estouro de uma garrafa de champanhe. Gritar gol. O chiado da panela de pressão. Madeira estalando na lareira. Pão quentinho. Cochilo depois do almoço. Acordar e poder voltar a dormir. Pneu de carro na chuva. Cheiro da grama cortada. Cheiro de grama molhada. Andar. Andar sem direção. Perder-se numa cidade desconhecida. Reencontrar velhos amigos. Matar saudade. Chorar de emoção. Encontrar dinheiro num casaco guardado. Dormir numa tarde de chuva. Dormir no meio de um filme. Dormir pelado. Nadar pelado. Aprender a boiar. Mergulhar. Acertar uma receita nova. Espreguiçar. Bocejar. Rir de uma boa piada. Dar risada até a barriga doer. Começar um livro. Terminar um livro. Travesseiros de hotel. Chegar em casa depois de uma longa viagem. Lençóis limpinho na cama. O primeiro gole de água num dia muito quente. Andar de mãos dadas. Gostar de alguém. Fazer xixi quando está apertado. Comer quando está com fome. Moqueca de siri mole. Pastel de feira. Arroz e feijão. Batata frita. Ouvir "eu te amo" quando você menos espera. Ouvir "eu te amo" quando você mais espera. Sonhar. Acordar achando que é segunda e descobrir que ainda é sábado. Ajudar alguém. Mandar um chefe lamber sabão. Encontrar um ex e não sentir nada. Pedir demissão e ir ao cinema. O primeiro dia de férias. Férias. Ouvir "tô chegando" de alguém que a gente gosta muito. Ouvir "pode descer". Ouvir "pode subir". Ouvir "você emagreceu". Banho de mar num dia de calor. Secar ao sol. Ducha de água doce. Sair cedo do trabalho. Dia de folga. Dar bom dia. Ouvir bom dia. Escovar os dentes. Pagar uma rodada de bebidas. Receber aumento sem pedir. Ver fotografias antigas. Um abraço apertado. Soltar pum. Entrar numa calça velha. Encontrar um objeto perdido. Ouvir sua música favorita no supermercado. Silêncio. Cigarras cantando. Barulho das ondas. Upgrade. Flores na sala. Andar descalço. Dormir na rede. Terminar uma corrida. Sinais verdes. Chocolate quente no inverno. Casacos quentinhos. Havaianas. Recomeços. Finais felizes.
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As melhores coisas da vidaNa maioria das vezes em que saio de férias faço coisas simples que me dão prazer enorme. E me lembro de que quase sempre esqueço como essas simples coisas, que não são exatamente coisas, trazem felicidade –essa coisa que todo mundo quer, maior do que coisas propriamente ditas. Há alguns dias, armaram uma tela de cinema na praia. Praia deserta. Em alguns momentos, me distraí com o céu coalhado de estrelas e perdi o bonde do filme. Outro filme mais bonito e interessante se passava lá em cima. Quantas vezes parei para ver o céu nos últimos meses? Acho que nenhuma. A gente pouco vê o céu, quando mora em cidades onde as luzes apagam as estrelas. Ontem mesmo, depois de uma longa caminhada, alternada com banhos de mar, conversa fiada e cervejas geladas, fiquei me deliciando numa ducha de água doce e foi difícil saber quem de lá saiu mais limpa, eu ou a alma. Isso acontece sempre que tiro uns dias e lembro que a felicidade não é feita de grandes momentos. Todo mundo sabe, está em todos os livros de autoajuda, mas todo mundo esquece. Nem sempre é preciso que toquem os tambores, que as luzes sejam de velas, que venha embrulhado num laçarote. Felicidade parruda vem em pequenas e constantes doses. A gente só precisa se dar conta e desfrutar mais desses momentos frugais. A gente fica até mais fofo e só falta postar foto na praia em pose de ioga, com #gratidão. Não, menos. Dá pra ser feliz sem ser tão clichê. Ainda que a felicidade seja feita de montes de clichês. Então, ontem, fiz uma listinha das pequenas doses de felicidade que preenchem minhas necessidades, carências, frustrações, que acalmam e acariciam o coração. Só de pensar nessas coisas, a gente se pega sorrindo. Dançar a noite toda. Dançar em casa sozinho. Tirar os sapatos depois de dançar a noite toda. Andar de bicicleta. Tirar a mão do guidão. Céu estrelado. Reconhecer estrelas. Lembrar a letra de uma música esquecida. Cantar bem alto. Viajar sem destino. Viajar. Cheiro de café coado. Tomar café na hora do almoço. Almoçar quase na hora do jantar. O barulho de uma lata de cerveja abrindo. O estouro de uma garrafa de champanhe. Gritar gol. O chiado da panela de pressão. Madeira estalando na lareira. Pão quentinho. Cochilo depois do almoço. Acordar e poder voltar a dormir. Pneu de carro na chuva. Cheiro da grama cortada. Cheiro de grama molhada. Andar. Andar sem direção. Perder-se numa cidade desconhecida. Reencontrar velhos amigos. Matar saudade. Chorar de emoção. Encontrar dinheiro num casaco guardado. Dormir numa tarde de chuva. Dormir no meio de um filme. Dormir pelado. Nadar pelado. Aprender a boiar. Mergulhar. Acertar uma receita nova. Espreguiçar. Bocejar. Rir de uma boa piada. Dar risada até a barriga doer. Começar um livro. Terminar um livro. Travesseiros de hotel. Chegar em casa depois de uma longa viagem. Lençóis limpinho na cama. O primeiro gole de água num dia muito quente. Andar de mãos dadas. Gostar de alguém. Fazer xixi quando está apertado. Comer quando está com fome. Moqueca de siri mole. Pastel de feira. Arroz e feijão. Batata frita. Ouvir "eu te amo" quando você menos espera. Ouvir "eu te amo" quando você mais espera. Sonhar. Acordar achando que é segunda e descobrir que ainda é sábado. Ajudar alguém. Mandar um chefe lamber sabão. Encontrar um ex e não sentir nada. Pedir demissão e ir ao cinema. O primeiro dia de férias. Férias. Ouvir "tô chegando" de alguém que a gente gosta muito. Ouvir "pode descer". Ouvir "pode subir". Ouvir "você emagreceu". Banho de mar num dia de calor. Secar ao sol. Ducha de água doce. Sair cedo do trabalho. Dia de folga. Dar bom dia. Ouvir bom dia. Escovar os dentes. Pagar uma rodada de bebidas. Receber aumento sem pedir. Ver fotografias antigas. Um abraço apertado. Soltar pum. Entrar numa calça velha. Encontrar um objeto perdido. Ouvir sua música favorita no supermercado. Silêncio. Cigarras cantando. Barulho das ondas. Upgrade. Flores na sala. Andar descalço. Dormir na rede. Terminar uma corrida. Sinais verdes. Chocolate quente no inverno. Casacos quentinhos. Havaianas. Recomeços. Finais felizes.
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Paris e Nova York abrigam mostras de Rafael Soto
Num tempo em que cada visita a uma exposição vale um registro para as redes sociais, uma mostra do artista venezuelano Jesús Rafael Soto (1923-2005) desafia o visitante a fazer uma boa foto. "O trabalho de Soto não é fotogênico, não pode ser fotografado", afirma Matthieu Poirier, curador de "Chronochrome", retrospectiva do artista exposta simultaneamente em Nova York, até o próximo dia 21/2, e Paris, onde vai até 28/2. "Isso pode ser uma qualidade incrível hoje em dia, em que tudo gera imagens. Esses trabalhos precisam ser explorados, vivenciados. Para Soto, a arte é uma experiência." Nascido em Ciudad Bolívar, na Venezuela, o artista passou a viver em Paris nos anos 1950, onde se tornou um dos precursores da arte cinética –corrente que busca aplicar o movimento nas artes plásticas. Seus trabalhos em múltiplas camadas se movimentam à medida em que o espectador se move e criam a sensação de um objeto vivo e vibrante. O estímulo para a vibração veio de outra paixão: a música. "Ele adorava a música concreta e serial da década de 1950 e tocava violão. E é possível ver as cordas em seus trabalhos", afirma Poirier. Em entrevista à Folha, em 2002, o artista contou que decidiu atribuir números às cores, como a música serial faz com cada nota musical. Ele distribuía um número de um a oito a um octeto de cores e fazia permutações entre elas. "Isso gerou uma sensação fantástica, a cor passou a vibrar de modo diferente do que acontecia com os impressionistas", explicou ele. A ênfase no movimento das peças também gerou uma preocupação de Soto para que seu trabalho não sugerisse mensagem alguma. "Soto não era simbólico, não queria ser associado a movimentos políticos ou literários. Ele dizia: 'Estou fazendo arte, sou um artista, não estou contando uma história. Arte é o que você vê e o que você vê é muito rico'", diz o curador. A mostra foi organizada pela galeria francesa Perrotin, que tem unidades em Nova York, Paris e Hong Kong e agora representa o espólio do artista. Esta é a primeira vez que a galeria faz uma exposição conjunta em duas cidades. São cerca de 60 trabalhos expostos, que datam de 1957 a 2003. O curador dividiu as obras de tal forma que as exposições fossem complementares e independentes e que cada uma reunisse peças de todas as fases do artista.
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Paris e Nova York abrigam mostras de Rafael SotoNum tempo em que cada visita a uma exposição vale um registro para as redes sociais, uma mostra do artista venezuelano Jesús Rafael Soto (1923-2005) desafia o visitante a fazer uma boa foto. "O trabalho de Soto não é fotogênico, não pode ser fotografado", afirma Matthieu Poirier, curador de "Chronochrome", retrospectiva do artista exposta simultaneamente em Nova York, até o próximo dia 21/2, e Paris, onde vai até 28/2. "Isso pode ser uma qualidade incrível hoje em dia, em que tudo gera imagens. Esses trabalhos precisam ser explorados, vivenciados. Para Soto, a arte é uma experiência." Nascido em Ciudad Bolívar, na Venezuela, o artista passou a viver em Paris nos anos 1950, onde se tornou um dos precursores da arte cinética –corrente que busca aplicar o movimento nas artes plásticas. Seus trabalhos em múltiplas camadas se movimentam à medida em que o espectador se move e criam a sensação de um objeto vivo e vibrante. O estímulo para a vibração veio de outra paixão: a música. "Ele adorava a música concreta e serial da década de 1950 e tocava violão. E é possível ver as cordas em seus trabalhos", afirma Poirier. Em entrevista à Folha, em 2002, o artista contou que decidiu atribuir números às cores, como a música serial faz com cada nota musical. Ele distribuía um número de um a oito a um octeto de cores e fazia permutações entre elas. "Isso gerou uma sensação fantástica, a cor passou a vibrar de modo diferente do que acontecia com os impressionistas", explicou ele. A ênfase no movimento das peças também gerou uma preocupação de Soto para que seu trabalho não sugerisse mensagem alguma. "Soto não era simbólico, não queria ser associado a movimentos políticos ou literários. Ele dizia: 'Estou fazendo arte, sou um artista, não estou contando uma história. Arte é o que você vê e o que você vê é muito rico'", diz o curador. A mostra foi organizada pela galeria francesa Perrotin, que tem unidades em Nova York, Paris e Hong Kong e agora representa o espólio do artista. Esta é a primeira vez que a galeria faz uma exposição conjunta em duas cidades. São cerca de 60 trabalhos expostos, que datam de 1957 a 2003. O curador dividiu as obras de tal forma que as exposições fossem complementares e independentes e que cada uma reunisse peças de todas as fases do artista.
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Mais um ministro da Justiça de FHC critica ação de Moro contra Lula
Ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso, o advogado José Carlos Dias engrossa o coro dos que criticam a decisão do juiz Sergio Moro de conduzir Lula coercitivamente para prestar depoimento. "Houve um abuso", afirma. "Lula não foi intimado. Portanto, não poderia ter sido levado coercitivamente." José Gregori, que também foi titular da Justiça de FHC, já tinha criticado a decisão. ASSIM NÃO Dias critica, no entanto, advogados que fazem paralelo entre o momento atual e a ditadura. "Naquela época as pessoas eram torturadas e desapareciam. Hoje é totalmente diferente. Temos que criticar os excessos, mas essa comparação é absurda", afirma o ex-ministro. Leia a coluna completa aqui.
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Mais um ministro da Justiça de FHC critica ação de Moro contra LulaMinistro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso, o advogado José Carlos Dias engrossa o coro dos que criticam a decisão do juiz Sergio Moro de conduzir Lula coercitivamente para prestar depoimento. "Houve um abuso", afirma. "Lula não foi intimado. Portanto, não poderia ter sido levado coercitivamente." José Gregori, que também foi titular da Justiça de FHC, já tinha criticado a decisão. ASSIM NÃO Dias critica, no entanto, advogados que fazem paralelo entre o momento atual e a ditadura. "Naquela época as pessoas eram torturadas e desapareciam. Hoje é totalmente diferente. Temos que criticar os excessos, mas essa comparação é absurda", afirma o ex-ministro. Leia a coluna completa aqui.
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Sony mostra novas versões de 'Final Fantasy', 'Street Fighter' e 'Shenmue'
Em uma apresentação que teve poucas novidades em relação ao console PlayStation –em contraste com a "retrocompatibilidade" e o novo controle anunciados pela Microsoft para seu Xbox One–, a Sony se manteve nos games, demonstrando novas edições de "Final Fantasy", "Street Fighter" e "Shenmue". Outras franquias que tiveram lugar durante a conferência de imprensa, que contou com o rapper Drake e antecede o início da feira de games E3 em Los Angeles, foram "Assassin's Creed", e "Destiny", além de "Call of Duty". Nenhuma das obras anunciadas, contudo, será exclusiva da plataforma, o que também difere da estratégia seguida pela Microsoft, que mantém em seu quintal franquias como "Halo" e "Forza", além de garantir exclusividade dos próximos "Tomb Raider" e "Gears of War". Em desenvolvimento desde 2007, "The Last Guardian", previsto a priori para o PlayStation 3 e com data para 2011, enfim ganhou uma data final, e deve ser lançado para PS4 no ano que vem. The Last Guardian "Shenmue 3", cujo antecessor foi lançado em 2003 para o console Dreamcast, será fruto de um projeto de financiamento coletivo. A desenvolvedora, uma divisão da Sega, projetou uma meta de US$ 2 milhões no Kickstarter, mas, segundo sites da imprensa especializada, ela será facilmente batida ao longo da campanha de um mês. Shenmue 3 O novo "Final Fantasy 7 Remake", provavelmente o mais aguardado dentre as novidades, é uma reedição do game lançado originalmente em 1997 pela Square Enix. Simultaneamente, um título secundário "World of Final Fantasy", com gráficos que lembram os de jogos infantis, chegará para PS4 e para o console portátil PlayStation Vita. Final Fantasy 7 Remake "Street Fighter 5" terá dois personagens novos, Birdie e Cammy. Os planos da Capcom de dar sequência à série de luta já haviam sido revelados. Street Fighter 5 Abaixo, trailer de "Uncharted 4", único título mostrado pela Sony na conferência que será lançado com exclusividade para o videogame da companhia. Uncharted 4 Confira os oito jogos mais diferentes demonstrados na E3 deste ano. O repórter viajou a convite da Microsoft
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Sony mostra novas versões de 'Final Fantasy', 'Street Fighter' e 'Shenmue'Em uma apresentação que teve poucas novidades em relação ao console PlayStation –em contraste com a "retrocompatibilidade" e o novo controle anunciados pela Microsoft para seu Xbox One–, a Sony se manteve nos games, demonstrando novas edições de "Final Fantasy", "Street Fighter" e "Shenmue". Outras franquias que tiveram lugar durante a conferência de imprensa, que contou com o rapper Drake e antecede o início da feira de games E3 em Los Angeles, foram "Assassin's Creed", e "Destiny", além de "Call of Duty". Nenhuma das obras anunciadas, contudo, será exclusiva da plataforma, o que também difere da estratégia seguida pela Microsoft, que mantém em seu quintal franquias como "Halo" e "Forza", além de garantir exclusividade dos próximos "Tomb Raider" e "Gears of War". Em desenvolvimento desde 2007, "The Last Guardian", previsto a priori para o PlayStation 3 e com data para 2011, enfim ganhou uma data final, e deve ser lançado para PS4 no ano que vem. The Last Guardian "Shenmue 3", cujo antecessor foi lançado em 2003 para o console Dreamcast, será fruto de um projeto de financiamento coletivo. A desenvolvedora, uma divisão da Sega, projetou uma meta de US$ 2 milhões no Kickstarter, mas, segundo sites da imprensa especializada, ela será facilmente batida ao longo da campanha de um mês. Shenmue 3 O novo "Final Fantasy 7 Remake", provavelmente o mais aguardado dentre as novidades, é uma reedição do game lançado originalmente em 1997 pela Square Enix. Simultaneamente, um título secundário "World of Final Fantasy", com gráficos que lembram os de jogos infantis, chegará para PS4 e para o console portátil PlayStation Vita. Final Fantasy 7 Remake "Street Fighter 5" terá dois personagens novos, Birdie e Cammy. Os planos da Capcom de dar sequência à série de luta já haviam sido revelados. Street Fighter 5 Abaixo, trailer de "Uncharted 4", único título mostrado pela Sony na conferência que será lançado com exclusividade para o videogame da companhia. Uncharted 4 Confira os oito jogos mais diferentes demonstrados na E3 deste ano. O repórter viajou a convite da Microsoft
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Antibióticos, o prato do dia
O que você gostaria de ter para mistura no almoço de hoje? Qualquer que seja a carne escolhida, é grande a probabilidade de que no cardápio entre uma boa dose de antibióticos. Quem optar por salmão, na esperança de comer algo mais saudável, cheio de ômega-3, corre o risco maior. Quase todo o volume desse pescado consumido fresco no Brasil vem das fazendas de aquicultura do Chile, onde já se mediram 1.400 mg de antimicrobianos por quilo de peixe. Supondo que o filé seja generoso, aí na faixa de 200 g, a pessoa poderá ingerir até 280 mg de algum antibiótico da família das quinolonas. Para comparar, cápsulas do antibiótico ciprofloxacina –aquele que virou moda na histeria do antraz, em 2001– têm 250 mg ou 500 mg. É como se cada refeição viesse com um ou dois comprimidos de lambuja. Só que as quinolonas que combatem as doenças do salmão em cativeiro figuram entre os antibacterianos mais tóxicos para humanos. Tarja preta –é o que temos para hoje. Mas saiba que o salmão norueguês pode ter, em média, um décimo da carga antimicrobiana dos chilenos. O teor de antibiótico nas outras carnes costuma ser bem menor, mas nem por isso inofensivo. A melhorzinha, quem diria, é a vilipendiada carne bovina, com a média de 45 mg/kg. Depois vem o frango, com 148 mg/kg. O campeão de sangue quente é o porco, com 172 mg/kg. Cabe ressalvar que se trata de estimativas para a média do mundo todo, tal como foram apresentadas no artigo "Tendências Globais no Uso de Antimicrobianos em Alimentos Animais" (www.pnas.org/content/early/2015/03/18/1503141112.abstract), publicado há uma semana na "PNAS", revista da academia de ciências dos EUA. No Brasil, é possível que seu bife venha com bem menos remédio. A pecuária bovina por aqui ainda é em grande medida extensiva, com o gado criado no pasto e não em confinamento. O uso de antibióticos é mais comum em vacas leiteiras, para prevenir e tratar mastites. Em galinhas e porcos, o antibiótico ajuda a ganhar peso, não se sabe bem por que. Parece lógico que animais sujeitos a menos infecções engordem mais. Mas também é possível que a droga regule a flora intestinal dos bichos e favoreça um microbioma propício à absorção de nutrientes. O ganho do produtor, porém, é o pesadelo da medicina. Como o consumo de antibióticos na pecuária já excede o uso terapêutico em humanos, há quem responsabilize a criação de animais pelo crescimento alarmante da resistência de bactérias às drogas que deveriam matá-las. Essa é a razão pela qual os antibacterianos passaram a ser tão controlados nas farmácias, com receituário especial, retenção da receita etc. O uso indiscriminado de antibióticos e a interrupção do tratamento favorecem o aparecimento de cepas de bactérias que sobrevivem à droga, por ter algum tipo de resistência prévia a ela. É um dos melhores exemplos da força da seleção natural em seu sentido darwiniano (embora nessa caso, rigorosamente falando, a seleção seja artificial). Com o tempo, as cepas resistentes se tornam dominantes, e os antibióticos se tornam inúteis para combatê-las. Um perigo crescente em hospitais, assim como na contaminação de carnes processadas em escala industrial. Um dos micróbios mais temidos é o Staphylococcus aureus resistente a meticilina ou a oxacilina, cepas também conhecidas pelas abreviações em inglês MRSA e ORSA, respectivamente. Popularmente chamadas de bactérias devoradoras de carne, elas causam uma infecção quase incurável que se propaga pelo tecido subcutâneo, a fasciíte necrosante. O abuso e o mau uso de antibióticos configuram um caso de manual do feitiço que se volta contra o feiticeiro. Um grande bônus para a humanidade, surgido com a popularização da penicilina há apenas sete décadas, contribui agora para o surgimento de moléstias graves e intratáveis. Embora o consumo de antibióticos recue em alguns países que adotam controles mais fortes, como na Europa, no mundo todo ele vai seguir aumentando. No Brasil, por exemplo, a tendência da pecuária é se expandir, para atender a demanda da China e de outros países, e intensificar-se, com provável aumento do recurso aos antibacterianos. O estudo da "PNAS" projetou, com base nessa tendência para a intensificação da pecuária em países de renda média e no crescimento da população e da demanda por proteína animal, qual seria o provável aumento no uso de antibióticos. É assustador: de 63,2 mil toneladas em 2010, calcula-se que chegue a 105,6 mil toneladas em 2030. Um incremento total de 67%, à taxa anual composta de 2,6% – muito acima do ritmo de crescimento da população global, que deve ficar em torno de 1% ao ano.. É muito provável, com tanto antibiótico rolando por aí, que o fenômeno da resistência bacteriana se multiplique e se espalhe pelo mundo. Pense bem nisso antes de encurtar o tratamento de sua infecção ou de decidir o que vai comer daqui para frente.
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Antibióticos, o prato do diaO que você gostaria de ter para mistura no almoço de hoje? Qualquer que seja a carne escolhida, é grande a probabilidade de que no cardápio entre uma boa dose de antibióticos. Quem optar por salmão, na esperança de comer algo mais saudável, cheio de ômega-3, corre o risco maior. Quase todo o volume desse pescado consumido fresco no Brasil vem das fazendas de aquicultura do Chile, onde já se mediram 1.400 mg de antimicrobianos por quilo de peixe. Supondo que o filé seja generoso, aí na faixa de 200 g, a pessoa poderá ingerir até 280 mg de algum antibiótico da família das quinolonas. Para comparar, cápsulas do antibiótico ciprofloxacina –aquele que virou moda na histeria do antraz, em 2001– têm 250 mg ou 500 mg. É como se cada refeição viesse com um ou dois comprimidos de lambuja. Só que as quinolonas que combatem as doenças do salmão em cativeiro figuram entre os antibacterianos mais tóxicos para humanos. Tarja preta –é o que temos para hoje. Mas saiba que o salmão norueguês pode ter, em média, um décimo da carga antimicrobiana dos chilenos. O teor de antibiótico nas outras carnes costuma ser bem menor, mas nem por isso inofensivo. A melhorzinha, quem diria, é a vilipendiada carne bovina, com a média de 45 mg/kg. Depois vem o frango, com 148 mg/kg. O campeão de sangue quente é o porco, com 172 mg/kg. Cabe ressalvar que se trata de estimativas para a média do mundo todo, tal como foram apresentadas no artigo "Tendências Globais no Uso de Antimicrobianos em Alimentos Animais" (www.pnas.org/content/early/2015/03/18/1503141112.abstract), publicado há uma semana na "PNAS", revista da academia de ciências dos EUA. No Brasil, é possível que seu bife venha com bem menos remédio. A pecuária bovina por aqui ainda é em grande medida extensiva, com o gado criado no pasto e não em confinamento. O uso de antibióticos é mais comum em vacas leiteiras, para prevenir e tratar mastites. Em galinhas e porcos, o antibiótico ajuda a ganhar peso, não se sabe bem por que. Parece lógico que animais sujeitos a menos infecções engordem mais. Mas também é possível que a droga regule a flora intestinal dos bichos e favoreça um microbioma propício à absorção de nutrientes. O ganho do produtor, porém, é o pesadelo da medicina. Como o consumo de antibióticos na pecuária já excede o uso terapêutico em humanos, há quem responsabilize a criação de animais pelo crescimento alarmante da resistência de bactérias às drogas que deveriam matá-las. Essa é a razão pela qual os antibacterianos passaram a ser tão controlados nas farmácias, com receituário especial, retenção da receita etc. O uso indiscriminado de antibióticos e a interrupção do tratamento favorecem o aparecimento de cepas de bactérias que sobrevivem à droga, por ter algum tipo de resistência prévia a ela. É um dos melhores exemplos da força da seleção natural em seu sentido darwiniano (embora nessa caso, rigorosamente falando, a seleção seja artificial). Com o tempo, as cepas resistentes se tornam dominantes, e os antibióticos se tornam inúteis para combatê-las. Um perigo crescente em hospitais, assim como na contaminação de carnes processadas em escala industrial. Um dos micróbios mais temidos é o Staphylococcus aureus resistente a meticilina ou a oxacilina, cepas também conhecidas pelas abreviações em inglês MRSA e ORSA, respectivamente. Popularmente chamadas de bactérias devoradoras de carne, elas causam uma infecção quase incurável que se propaga pelo tecido subcutâneo, a fasciíte necrosante. O abuso e o mau uso de antibióticos configuram um caso de manual do feitiço que se volta contra o feiticeiro. Um grande bônus para a humanidade, surgido com a popularização da penicilina há apenas sete décadas, contribui agora para o surgimento de moléstias graves e intratáveis. Embora o consumo de antibióticos recue em alguns países que adotam controles mais fortes, como na Europa, no mundo todo ele vai seguir aumentando. No Brasil, por exemplo, a tendência da pecuária é se expandir, para atender a demanda da China e de outros países, e intensificar-se, com provável aumento do recurso aos antibacterianos. O estudo da "PNAS" projetou, com base nessa tendência para a intensificação da pecuária em países de renda média e no crescimento da população e da demanda por proteína animal, qual seria o provável aumento no uso de antibióticos. É assustador: de 63,2 mil toneladas em 2010, calcula-se que chegue a 105,6 mil toneladas em 2030. Um incremento total de 67%, à taxa anual composta de 2,6% – muito acima do ritmo de crescimento da população global, que deve ficar em torno de 1% ao ano.. É muito provável, com tanto antibiótico rolando por aí, que o fenômeno da resistência bacteriana se multiplique e se espalhe pelo mundo. Pense bem nisso antes de encurtar o tratamento de sua infecção ou de decidir o que vai comer daqui para frente.
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Óleo de cozinha é o vilão do esgoto no centro de SP, região líder em reparos
No bar de uma esquina do bairro da República, no centro de São Paulo, executivos comem provolone à milanesa enquanto bebem cerveja. Na mesa ao lado, jovens se empanturram com batata frita. Mais adiante, um restaurante tem o torresmo como uma de suas atrações. Por ali, o óleo é ingrediente fundamental nas refeições, mas é também a causa de um enorme problema para o sistema de esgoto da cidade. Um levantamento inédito da Sabesp reuniu dados sobre metade da rede de esgoto de São Paulo e apontou que a região da Sé é a que mais sofre com entupimentos na capital paulista. E, segundo técnicos e engenheiros da empresa, o óleo de cozinha é um dos principais vilões da região. De acordo com a Sabesp, toda a região do centro da cidade teve em 12 meses –de junho de 2015 a maio de 2016– o índice de 185 reparos por quilômetro de esgoto na região. Isso equivale a um desentupimento por quilômetro a cada dois dias. RESTAURANTES A grande concentração de restaurantes na região é um dos agravantes do problema. Segundo uma portaria da Prefeitura de São Paulo, todos os restaurantes e bares são obrigados a ter uma caixa de gordura instalada. A portaria, no entanto, não fixa nenhuma punição ao infrator. Nos últimos dez anos, foram propostas três leis municipais com o objetivo de regular a obrigatoriedade da caixa de gordura. Mas nenhuma foi aprovada ainda. A caixa é responsável por separar óleos e gordura do restante do esgoto produzido pelo estabelecimento. Ela precisa ser limpa regularmente para evitar que o acúmulo da gordura acabe entrando na rede coletora de esgoto. Mas nem todos os estabelecimentos têm suas caixas de gordura ou as mantém devidamente limpas. Pouco a pouco, o óleo que escorre pelos ralos das pias das cozinhas se acumula na nas tubulações. O material forma grandes placas de gordura que se misturam com outros dejetos que não deveriam estar no esgoto (fios de cabelo, preservativos, papéis etc.). Com isso, as tubulações sofrem um verdadeiro infarto. O efeito em algumas casas é que o esgoto pode voltar para as residências ou vazar pela rua, causando enorme mau cheiro. FALHAS NO ESGOTO - Região da Sé é campeã em consertos por entupimentos "É uma questão de saneamento, saúde pública e meio ambiente. Muitas vezes, um restaurante descarta irregularmente o esgoto e quem vai sofrer é o vizinho, já que o esgoto pode extravasar na rua em frente da sua casa", afirma Valéria Moia Angeli, engenheira da Sabesp. Em junho, a Folha acompanhou uma operação de desentupimento causado por gorduras em uma rua em Santo Amaro, na zona sul de SP. O local da ação era um quarteirão com cerca de 20 restaurantes, informalmente chamado por funcionários da Sabesp de "quarteirão do óleo". Sob a tampa de um bueiro havia uma camada de 1,50 metro de gordura entupindo o fluxo de esgoto. Os dejetos estavam próximos do nível da rua e em pouco tempo poderiam extravasar. Para evitar o infarto da rede, a orientação é que todos os estabelecimentos com uma grande cozinha tenham uma caixa de gordura em perfeito estado. Em casa, os moradores devem estocar o óleo que não será mais utilizado. O material pode ser entregue em alguns supermercados ou em postos da Sabesp. CHUVA Depois da região central, a área com maior índice de entupimentos é a de São Mateus, na zona leste, com 171 reparos anuais por quilômetro. Por ali, no entanto, o principal problema é outro. De acordo com um decreto estadual, a água da chuva captada por calhas ou ralos não pode ser conectada na rede de esgoto –algo que é comum no bairro. Em um dia de chuva, uma grande quantidade de água entra no esgoto subitamente e o aumento da vazão acaba danificando as tubulações. Para evitar isso, a recomendação é que as calhas de chuva e ralos de quintal tenham saída separada do esgoto, para ser despejada em galerias de chuva da prefeitura ou na sarjeta em frente ao imóvel.
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Óleo de cozinha é o vilão do esgoto no centro de SP, região líder em reparosNo bar de uma esquina do bairro da República, no centro de São Paulo, executivos comem provolone à milanesa enquanto bebem cerveja. Na mesa ao lado, jovens se empanturram com batata frita. Mais adiante, um restaurante tem o torresmo como uma de suas atrações. Por ali, o óleo é ingrediente fundamental nas refeições, mas é também a causa de um enorme problema para o sistema de esgoto da cidade. Um levantamento inédito da Sabesp reuniu dados sobre metade da rede de esgoto de São Paulo e apontou que a região da Sé é a que mais sofre com entupimentos na capital paulista. E, segundo técnicos e engenheiros da empresa, o óleo de cozinha é um dos principais vilões da região. De acordo com a Sabesp, toda a região do centro da cidade teve em 12 meses –de junho de 2015 a maio de 2016– o índice de 185 reparos por quilômetro de esgoto na região. Isso equivale a um desentupimento por quilômetro a cada dois dias. RESTAURANTES A grande concentração de restaurantes na região é um dos agravantes do problema. Segundo uma portaria da Prefeitura de São Paulo, todos os restaurantes e bares são obrigados a ter uma caixa de gordura instalada. A portaria, no entanto, não fixa nenhuma punição ao infrator. Nos últimos dez anos, foram propostas três leis municipais com o objetivo de regular a obrigatoriedade da caixa de gordura. Mas nenhuma foi aprovada ainda. A caixa é responsável por separar óleos e gordura do restante do esgoto produzido pelo estabelecimento. Ela precisa ser limpa regularmente para evitar que o acúmulo da gordura acabe entrando na rede coletora de esgoto. Mas nem todos os estabelecimentos têm suas caixas de gordura ou as mantém devidamente limpas. Pouco a pouco, o óleo que escorre pelos ralos das pias das cozinhas se acumula na nas tubulações. O material forma grandes placas de gordura que se misturam com outros dejetos que não deveriam estar no esgoto (fios de cabelo, preservativos, papéis etc.). Com isso, as tubulações sofrem um verdadeiro infarto. O efeito em algumas casas é que o esgoto pode voltar para as residências ou vazar pela rua, causando enorme mau cheiro. FALHAS NO ESGOTO - Região da Sé é campeã em consertos por entupimentos "É uma questão de saneamento, saúde pública e meio ambiente. Muitas vezes, um restaurante descarta irregularmente o esgoto e quem vai sofrer é o vizinho, já que o esgoto pode extravasar na rua em frente da sua casa", afirma Valéria Moia Angeli, engenheira da Sabesp. Em junho, a Folha acompanhou uma operação de desentupimento causado por gorduras em uma rua em Santo Amaro, na zona sul de SP. O local da ação era um quarteirão com cerca de 20 restaurantes, informalmente chamado por funcionários da Sabesp de "quarteirão do óleo". Sob a tampa de um bueiro havia uma camada de 1,50 metro de gordura entupindo o fluxo de esgoto. Os dejetos estavam próximos do nível da rua e em pouco tempo poderiam extravasar. Para evitar o infarto da rede, a orientação é que todos os estabelecimentos com uma grande cozinha tenham uma caixa de gordura em perfeito estado. Em casa, os moradores devem estocar o óleo que não será mais utilizado. O material pode ser entregue em alguns supermercados ou em postos da Sabesp. CHUVA Depois da região central, a área com maior índice de entupimentos é a de São Mateus, na zona leste, com 171 reparos anuais por quilômetro. Por ali, no entanto, o principal problema é outro. De acordo com um decreto estadual, a água da chuva captada por calhas ou ralos não pode ser conectada na rede de esgoto –algo que é comum no bairro. Em um dia de chuva, uma grande quantidade de água entra no esgoto subitamente e o aumento da vazão acaba danificando as tubulações. Para evitar isso, a recomendação é que as calhas de chuva e ralos de quintal tenham saída separada do esgoto, para ser despejada em galerias de chuva da prefeitura ou na sarjeta em frente ao imóvel.
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Empresas querem levar a vida financeira para as redes sociais
Você organiza um churrasco com os amigos, avisa quanto vai custar e tem de esperar todo mundo fazer a transferência bancária antes de comprar a carne. Ter de esperar para o dinheiro cair na conta ou pagar uma taxa para o banco para fazer a transação pode, em breve, virar coisa do passado. Redes sociais e start-ups (empresas iniciantes) estão tentando facilitar os pagamentos entre amigos -também chamados de transferência "peer-to-peer" (ou P2P). Em março, o Facebook lançou o serviço dentro do aplicativo Messenger para alguns usuários da rede social nos EUA. Antes disso, em agosto do ano passado, o Snapchat criou o Snapcash, com a mesma funcionalidade. Há ainda o Venmo, plataforma social de transferência de dinheiro do PayPal, que processou US$ 906 milhões em pagamentos no quarto trimestre de 2014, 29% a mais que em igual período do ano anterior. O fenômeno, que tem direito a "likes", "emoticons" e comentários, já tem nome nos Estados Unidos: "social payment", ou pagamento social. Trata-se de uma tentativa de levar a febre das redes sociais para os serviços financeiros. No Brasil, existem algumas iniciativas parecidas, como a da start-up PicPay, que criou uma carteira eletrônica que é carrega com cartão de crédito e pode ser usada para transferir dinheiro a amigos. Para Samantha Carvalho, professora da ESPM-RS, a maior parte das experiências de pagamento pelo celular, até aqui, foram negativas. "O usuário tem a sensação de que não funciona e desiste." Com empresas como o Facebook entrando no mercado, isso pode mudar, afirma. No Brasil, um dos exemplos de sistema de pagamento móvel que tem uso mais intensivo é o Easy Pay, plataforma do aplicativo de táxi Easy Taxi. Para pagar, é preciso cadastrar um cartão de crédito e apertar um botão no app. "Hoje, 30% das corridas em São Paulo são pagas pelo aplicativo", diz Dennis Wang, presidente da companhia. RESISTÊNCIA Internacionalmente, as principais plataformas de transferência P2P realizam operações a débito -com o dinheiro saindo da conta corrente do usuário. As senhas podem ser um código numérico cadastrado no aplicativo, ou, no caso dos iPhones 5S ou superiores, impressão digital. Mas bancos brasileiros são bastante resistentes à forma como essas operações são realizadas. No caso do app nacional PicPay, o usuário faz um saque do cartão de crédito para colocar dinheiro na carteira eletrônica -assim, é mais fácil reaver dinheiro desviado em fraudes. E, quando um cliente realiza um pagamento a débito, tem o cartão com chip (onde estão as informações de agência e conta) e informa uma senha. O cofundador da start-up, Diogo Roberte, diz que, "em breve", vai conseguir que usuários carreguem a carteira a partir do débito. O diretor de canais digitais do Bradesco, Luca Cavalcanti, diz que o banco já oferece serviços de internet banking no Facebook. Mas, para operações financeiras, são exigidos passos de segurança equivalentes aos do site da instituição. "O Facebook permitirá a criação de aplicativos que vão rodar dentro do Messenger. Os bancos devem desenvolver aplicações dentro da plataforma para tornar a transação mais segura", conta.
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Empresas querem levar a vida financeira para as redes sociaisVocê organiza um churrasco com os amigos, avisa quanto vai custar e tem de esperar todo mundo fazer a transferência bancária antes de comprar a carne. Ter de esperar para o dinheiro cair na conta ou pagar uma taxa para o banco para fazer a transação pode, em breve, virar coisa do passado. Redes sociais e start-ups (empresas iniciantes) estão tentando facilitar os pagamentos entre amigos -também chamados de transferência "peer-to-peer" (ou P2P). Em março, o Facebook lançou o serviço dentro do aplicativo Messenger para alguns usuários da rede social nos EUA. Antes disso, em agosto do ano passado, o Snapchat criou o Snapcash, com a mesma funcionalidade. Há ainda o Venmo, plataforma social de transferência de dinheiro do PayPal, que processou US$ 906 milhões em pagamentos no quarto trimestre de 2014, 29% a mais que em igual período do ano anterior. O fenômeno, que tem direito a "likes", "emoticons" e comentários, já tem nome nos Estados Unidos: "social payment", ou pagamento social. Trata-se de uma tentativa de levar a febre das redes sociais para os serviços financeiros. No Brasil, existem algumas iniciativas parecidas, como a da start-up PicPay, que criou uma carteira eletrônica que é carrega com cartão de crédito e pode ser usada para transferir dinheiro a amigos. Para Samantha Carvalho, professora da ESPM-RS, a maior parte das experiências de pagamento pelo celular, até aqui, foram negativas. "O usuário tem a sensação de que não funciona e desiste." Com empresas como o Facebook entrando no mercado, isso pode mudar, afirma. No Brasil, um dos exemplos de sistema de pagamento móvel que tem uso mais intensivo é o Easy Pay, plataforma do aplicativo de táxi Easy Taxi. Para pagar, é preciso cadastrar um cartão de crédito e apertar um botão no app. "Hoje, 30% das corridas em São Paulo são pagas pelo aplicativo", diz Dennis Wang, presidente da companhia. RESISTÊNCIA Internacionalmente, as principais plataformas de transferência P2P realizam operações a débito -com o dinheiro saindo da conta corrente do usuário. As senhas podem ser um código numérico cadastrado no aplicativo, ou, no caso dos iPhones 5S ou superiores, impressão digital. Mas bancos brasileiros são bastante resistentes à forma como essas operações são realizadas. No caso do app nacional PicPay, o usuário faz um saque do cartão de crédito para colocar dinheiro na carteira eletrônica -assim, é mais fácil reaver dinheiro desviado em fraudes. E, quando um cliente realiza um pagamento a débito, tem o cartão com chip (onde estão as informações de agência e conta) e informa uma senha. O cofundador da start-up, Diogo Roberte, diz que, "em breve", vai conseguir que usuários carreguem a carteira a partir do débito. O diretor de canais digitais do Bradesco, Luca Cavalcanti, diz que o banco já oferece serviços de internet banking no Facebook. Mas, para operações financeiras, são exigidos passos de segurança equivalentes aos do site da instituição. "O Facebook permitirá a criação de aplicativos que vão rodar dentro do Messenger. Os bancos devem desenvolver aplicações dentro da plataforma para tornar a transação mais segura", conta.
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Os crimes que transformaram mães em ativistas contra a violência policial
Na noite de 17 de maio de 2006, a aposentada Vera Lúcia Freitas estava em casa com o marido, na periferia de São Vicente (SP), na Baixada Santista, quando ouviu disparos de armas de fogo. A alguns quarteirões dali, o filho Matheus Andrade de Freitas, 21 anos, deveria estar em aula. Naquele dia, porém, a escola suspendera atividades após boatos sobre um toque de recolher que deveria ser seguido em todo o Estado de São Paulo. Na volta para casa, Matheus e amigos pararam em uma pizzaria do bairro, um dos poucos lugares abertos naquela noite. "Quem estava na pizzaria e conseguiu fugir contou que primeiro passou um carro escuro, de cor difícil de ser definida à noite", conta Vera. Descrições daquele tipo de carro apareceriam em outras histórias de crimes naquela semana. "Em seguida surgiram duas motos, com dois homens encapuzados em cada uma, atirando. Primeiro dispararam à queima-roupa no amigo do meu filho, Ricardo. Começou uma correria, as pessoas fugiram para o morro, onde termina o bairro." Ao escutar a confusão, o marido de Vera correu pela rua em busca do filho. "Duas quadras adiante, estava o Ricardo agonizando no chão, com vários tiros pelo corpo". Na esquina, o pai avistou o corpo de Matheus. "Ele estava no chão, com três balas entre a cabeça e o pescoço", conta. "Meu marido entrou em desespero e colocou o Matheus nas costas, mas ele já estava morto. Nesse momento, chegou a polícia, que não fez nada para ajudar e nem foi atrás de quem havia atirado. Deduzimos que, pelo fato dos policiais terem chegado tão rápido ao local, eles já estavam ali, somente esperando as coisas acontecerem." O marido de Vera, então, levou o filho para a Santa Casa de Santos. "O hospital estava cheio, de corpos e de policiais, que foram para lá em vez de irem atrás dos assassinos. Uma enfermeira estava gritando com os policiais: 'Parem de matar e trazer para cá, a gente já não aguenta mais'", relembra. MORTE PELO RÁDIO Na noite do Dia das Mães daquele 2006, o gari Edson Rogério Silva dos Santos, 29 anos, havia passado na casa da mãe, a dona de casa Débora Maira da Silva, para buscar um remédio. Por causa do toque de recolher, não havia farmácias abertas na região. No dia seguinte, Débora soube, escutando o rádio, que tinha havido uma chacina naquela noite, com 16 pessoas assassinadas. O nome de Edson estava na relação de mortos informada naquele noticiário de rádio. O rapaz tinha sido abordado às 23h30, na volta para casa, no morro da Nova Cintra, periferia de Santos, por homens encapuzados que o mataram com um tiro no coração e dois no pulmão. Com o crime, Débora entrou em depressão e foi internada. No hospital, conta ter visto o filho. "Ali, ele me deu uma tarefa: seguir meu caminho e não abaixar a cabeça para o Estado." Ao receber alta, Débora resolveu procurar mães que tiveram filhos assassinados naquela semana de maio. O MÊS QUE NÃO TERMINOU A onda de assassinatos ocorridos entre os dias 12 e 16 de maio de 2006 ficou conhecida como os "crimes de maio". Tudo começou no dia 11, quando a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo informou que iria transfer 765 presos para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, de segurança máxima. Segundo a secretaria, a medida visava combater organizações criminosas que estariam planejando rebeliões nas cadeias paulistas para o Dia das Mães daquele ano. Os primeiros crimes ocorreram no dia 12, quando Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, considerado pela polícia o líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foi transferido para o sistema de segurança máxima. Naquela noite, integrantes do PCC atacaram delegacias, membros da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Civil Metropolitana, iniciando uma das maiores ofensivas da história contra as forças da segurança pública paulista. Nos dias seguintes, pessoas civis, ligadas ao crime ou não, com passagem ou não pela polícia, começaram a morrer assassinadas. Para intensificar o terror daqueles dias, mais de 90 veículos foram incendiados e houve uma série de boatos sobre toques de recolher em todo o Estado, além de uma ameaça de bomba no aeroporto de Guarulhos. De acordo com números da Secretaria de Segurança Pública, 493 pessoas, sendo 450 civis e 43 agentes públicos, morreram por arma de fogo naquela semana em São Paulo, uma média de 30 mortes por dia. Um estudo de 2009 da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), dirigido pelo professor Ignacio Cano, apontou que o Dia das Mães de 2006 foi a data mais crítica: 107 pessoas foram mortas, sendo que, para cada agente policial morto, houve dez civis assassinados. O relatório "São Paulo sob ataque", de maio de 2011, realizado pela ONG Justiça Global e pela Clínica Internacional de Direitos Humanos da Universidade de Harvard, apontou que 122 pessoas foram mortas apenas naquela semana, e apontou indícios da ação de grupos de extermínio. O governo de São Paulo diz que todos os casos foram investigados com rigor pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar, e que denúncias de eventuais crimes cometidos por policiais também foram apuradas. MÃES EM LUTA A primeira mãe que Débora procurou foi Ednalva Santos, mãe do balconista Marcos Rebello Filho, 26 anos, morto na saída de uma lan house em Santos, com nove tiros à queima-roupa, sendo três na cabeça. Mais uma vez, os assassinos foram homens encapuzados. Juntas, foram até a casa de Vera. Lá, conheceram uma quarta mãe, a cabeleireira Vera Lúcia dos Santos, que havia perdido a filha, Ana Paula dos Santos, 20 anos, naquela mesma semana. A mulher e o marido haviam saído de casa à noite para comprar leite para a filha. À porta de uma padaria, foram abordados por homens encapuzados em um carro escuro, que atiraram contra o casal. Ana Paula, que estava grávida e teria o filho no dia seguinte, foi alvejada por um tiro na barriga e outro na cabeça. A união dessas quatro mulheres originou o movimento social Mães de Maio, liderado por Débora. "Percebemos que não havia interesse em solucionar os crimes em Santos. Então subimos para São Paulo com dois endereços: o do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) e o da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, que pegamos em um jornal", diz Débora. EM BUSCA DE JUSTIÇA A ativista Vera conta que começou sua própria investigação quando pediu à Justiça para ver os processos de Matheus e Ricardo. "No processo do Ricardo estava o atestado toxicológico, confirmando que ele não tinha nada no sangue, mas no do meu filho não havia isso. Comecei a ler as alegações do delegado. Ele pedia o arquivamento dos processos e afirmava que o crime poderia ter sido em razão de dívidas de droga e que a morte dos meninos era 'queima de arquivo'. Estavam criminalizando os dois." Vera, então, conseguiu o resultado do exame toxicológico de Matheus, que confirmava não haver substância tóxica no sangue dele. Ricardo Noronha, 17 anos, que jogava futebol, havia sido convocado para jogar profissionalmente no Santos Futebol Clube dias antes de morrer. "Mesmo assim, o parecer não foi alterado e os dois processos foram arquivados", conta. Em 2016, ano em que completa dez anos, o grupo entrou para a Rede Internacional de Mães e Familiares de Vítimas do Estado, gerida pela Anistia Internacional. "Nosso nome é para lembrar que não temos o direito de comemorar o Dia das Mães porque nos falta um filho", explica Débora. Algumas mães do movimento morreram nos últimos anos e nenhum dos crimes foi resolvido. Para Vera, cada ano que passa e nada é feito, as coisas ficam mais complicadas. "Eu, como mãe, tenho uma sensação horrível", desabafa. "Às vezes eu não sei como tenho aguentado tantos anos. Essa dor não passa. É uma falta, uma saudade. Desde que o Matheus morreu, é muito difícil caminhar pelo bairro. Fico vendo ele voltando da escola, com o uniforme, segurando a mochila." E chora. "A gente pode ter dez, vinte filhos, mas cada um tem o seu espaço. Me levaram um pedaço que não tem como repor. Essa dor só piora com a injustiça desses dez anos." OUTRO LADO A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota, que as mortes ocorridas em maio de 2006 "foram investigadas pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM". "As investigações foram acompanhadas pelo Ministério Público e relatadas à Justiça. Todas as ocorrências de morte foram apuradas, à época, com rigor, assim como as denúncias de eventuais homicídios que poderiam ter policiais como autores", afirmou a pasta. Procurada pela reportagem, a Polícia Militar de São Paulo não respondeu.
cotidiano
Os crimes que transformaram mães em ativistas contra a violência policialNa noite de 17 de maio de 2006, a aposentada Vera Lúcia Freitas estava em casa com o marido, na periferia de São Vicente (SP), na Baixada Santista, quando ouviu disparos de armas de fogo. A alguns quarteirões dali, o filho Matheus Andrade de Freitas, 21 anos, deveria estar em aula. Naquele dia, porém, a escola suspendera atividades após boatos sobre um toque de recolher que deveria ser seguido em todo o Estado de São Paulo. Na volta para casa, Matheus e amigos pararam em uma pizzaria do bairro, um dos poucos lugares abertos naquela noite. "Quem estava na pizzaria e conseguiu fugir contou que primeiro passou um carro escuro, de cor difícil de ser definida à noite", conta Vera. Descrições daquele tipo de carro apareceriam em outras histórias de crimes naquela semana. "Em seguida surgiram duas motos, com dois homens encapuzados em cada uma, atirando. Primeiro dispararam à queima-roupa no amigo do meu filho, Ricardo. Começou uma correria, as pessoas fugiram para o morro, onde termina o bairro." Ao escutar a confusão, o marido de Vera correu pela rua em busca do filho. "Duas quadras adiante, estava o Ricardo agonizando no chão, com vários tiros pelo corpo". Na esquina, o pai avistou o corpo de Matheus. "Ele estava no chão, com três balas entre a cabeça e o pescoço", conta. "Meu marido entrou em desespero e colocou o Matheus nas costas, mas ele já estava morto. Nesse momento, chegou a polícia, que não fez nada para ajudar e nem foi atrás de quem havia atirado. Deduzimos que, pelo fato dos policiais terem chegado tão rápido ao local, eles já estavam ali, somente esperando as coisas acontecerem." O marido de Vera, então, levou o filho para a Santa Casa de Santos. "O hospital estava cheio, de corpos e de policiais, que foram para lá em vez de irem atrás dos assassinos. Uma enfermeira estava gritando com os policiais: 'Parem de matar e trazer para cá, a gente já não aguenta mais'", relembra. MORTE PELO RÁDIO Na noite do Dia das Mães daquele 2006, o gari Edson Rogério Silva dos Santos, 29 anos, havia passado na casa da mãe, a dona de casa Débora Maira da Silva, para buscar um remédio. Por causa do toque de recolher, não havia farmácias abertas na região. No dia seguinte, Débora soube, escutando o rádio, que tinha havido uma chacina naquela noite, com 16 pessoas assassinadas. O nome de Edson estava na relação de mortos informada naquele noticiário de rádio. O rapaz tinha sido abordado às 23h30, na volta para casa, no morro da Nova Cintra, periferia de Santos, por homens encapuzados que o mataram com um tiro no coração e dois no pulmão. Com o crime, Débora entrou em depressão e foi internada. No hospital, conta ter visto o filho. "Ali, ele me deu uma tarefa: seguir meu caminho e não abaixar a cabeça para o Estado." Ao receber alta, Débora resolveu procurar mães que tiveram filhos assassinados naquela semana de maio. O MÊS QUE NÃO TERMINOU A onda de assassinatos ocorridos entre os dias 12 e 16 de maio de 2006 ficou conhecida como os "crimes de maio". Tudo começou no dia 11, quando a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo informou que iria transfer 765 presos para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, de segurança máxima. Segundo a secretaria, a medida visava combater organizações criminosas que estariam planejando rebeliões nas cadeias paulistas para o Dia das Mães daquele ano. Os primeiros crimes ocorreram no dia 12, quando Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, considerado pela polícia o líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foi transferido para o sistema de segurança máxima. Naquela noite, integrantes do PCC atacaram delegacias, membros da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Civil Metropolitana, iniciando uma das maiores ofensivas da história contra as forças da segurança pública paulista. Nos dias seguintes, pessoas civis, ligadas ao crime ou não, com passagem ou não pela polícia, começaram a morrer assassinadas. Para intensificar o terror daqueles dias, mais de 90 veículos foram incendiados e houve uma série de boatos sobre toques de recolher em todo o Estado, além de uma ameaça de bomba no aeroporto de Guarulhos. De acordo com números da Secretaria de Segurança Pública, 493 pessoas, sendo 450 civis e 43 agentes públicos, morreram por arma de fogo naquela semana em São Paulo, uma média de 30 mortes por dia. Um estudo de 2009 da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), dirigido pelo professor Ignacio Cano, apontou que o Dia das Mães de 2006 foi a data mais crítica: 107 pessoas foram mortas, sendo que, para cada agente policial morto, houve dez civis assassinados. O relatório "São Paulo sob ataque", de maio de 2011, realizado pela ONG Justiça Global e pela Clínica Internacional de Direitos Humanos da Universidade de Harvard, apontou que 122 pessoas foram mortas apenas naquela semana, e apontou indícios da ação de grupos de extermínio. O governo de São Paulo diz que todos os casos foram investigados com rigor pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar, e que denúncias de eventuais crimes cometidos por policiais também foram apuradas. MÃES EM LUTA A primeira mãe que Débora procurou foi Ednalva Santos, mãe do balconista Marcos Rebello Filho, 26 anos, morto na saída de uma lan house em Santos, com nove tiros à queima-roupa, sendo três na cabeça. Mais uma vez, os assassinos foram homens encapuzados. Juntas, foram até a casa de Vera. Lá, conheceram uma quarta mãe, a cabeleireira Vera Lúcia dos Santos, que havia perdido a filha, Ana Paula dos Santos, 20 anos, naquela mesma semana. A mulher e o marido haviam saído de casa à noite para comprar leite para a filha. À porta de uma padaria, foram abordados por homens encapuzados em um carro escuro, que atiraram contra o casal. Ana Paula, que estava grávida e teria o filho no dia seguinte, foi alvejada por um tiro na barriga e outro na cabeça. A união dessas quatro mulheres originou o movimento social Mães de Maio, liderado por Débora. "Percebemos que não havia interesse em solucionar os crimes em Santos. Então subimos para São Paulo com dois endereços: o do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) e o da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, que pegamos em um jornal", diz Débora. EM BUSCA DE JUSTIÇA A ativista Vera conta que começou sua própria investigação quando pediu à Justiça para ver os processos de Matheus e Ricardo. "No processo do Ricardo estava o atestado toxicológico, confirmando que ele não tinha nada no sangue, mas no do meu filho não havia isso. Comecei a ler as alegações do delegado. Ele pedia o arquivamento dos processos e afirmava que o crime poderia ter sido em razão de dívidas de droga e que a morte dos meninos era 'queima de arquivo'. Estavam criminalizando os dois." Vera, então, conseguiu o resultado do exame toxicológico de Matheus, que confirmava não haver substância tóxica no sangue dele. Ricardo Noronha, 17 anos, que jogava futebol, havia sido convocado para jogar profissionalmente no Santos Futebol Clube dias antes de morrer. "Mesmo assim, o parecer não foi alterado e os dois processos foram arquivados", conta. Em 2016, ano em que completa dez anos, o grupo entrou para a Rede Internacional de Mães e Familiares de Vítimas do Estado, gerida pela Anistia Internacional. "Nosso nome é para lembrar que não temos o direito de comemorar o Dia das Mães porque nos falta um filho", explica Débora. Algumas mães do movimento morreram nos últimos anos e nenhum dos crimes foi resolvido. Para Vera, cada ano que passa e nada é feito, as coisas ficam mais complicadas. "Eu, como mãe, tenho uma sensação horrível", desabafa. "Às vezes eu não sei como tenho aguentado tantos anos. Essa dor não passa. É uma falta, uma saudade. Desde que o Matheus morreu, é muito difícil caminhar pelo bairro. Fico vendo ele voltando da escola, com o uniforme, segurando a mochila." E chora. "A gente pode ter dez, vinte filhos, mas cada um tem o seu espaço. Me levaram um pedaço que não tem como repor. Essa dor só piora com a injustiça desses dez anos." OUTRO LADO A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota, que as mortes ocorridas em maio de 2006 "foram investigadas pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM". "As investigações foram acompanhadas pelo Ministério Público e relatadas à Justiça. Todas as ocorrências de morte foram apuradas, à época, com rigor, assim como as denúncias de eventuais homicídios que poderiam ter policiais como autores", afirmou a pasta. Procurada pela reportagem, a Polícia Militar de São Paulo não respondeu.
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Maturidade em falta
O Enem passou, os vestibulares passarão e muitos pais irão respirar aliviados. Muitos deles mal sabem que um caminho bem mais tortuoso que o anterior poderá começar. A título de ilustração, vamos ver o exemplo de Cláudia, que sempre foi uma excelente aluna: estudiosa, comprometida, nunca deu trabalho aos pais. Almejava cursar uma graduação em uma universidade concorrida e se empenhou muito para tanto. Entrou de primeira. No primeiro mês de aulas ficou muito animada, mas logo em seguida passou a duvidar da escolha feita. Antes de finalizar o primeiro semestre, desistiu do curso e voltou a fazer cursinho. Hoje, já está em seu terceiro curso universitário e continua insatisfeita. Seus pais não sabem o que fazer. Paulo nunca se comprometeu muito com os estudos. Levou a escola sempre no limite: repetiu o primeiro ano do ensino médio e só terminou essa etapa escolar graças ao empenho de seus pais na contratação de professores particulares. Não queria fazer faculdade. Seus pais insistiram, e prestou um vestibular só para ver como era. Passou. Dizia aos pais que estava cursando, mas nem aparecia na universidade. Hoje, passa o tempo convivendo com os amigos e indo a baladas. Seus pais se sentem reféns da situação. Esses dois jovens, que representam muitos outros, têm em comum uma família em boa situação socioeconômica e pais que, apesar de não concordarem com a vida que os filhos levam, não encontraram ainda uma maneira de agir principalmente porque os filhos se dizem adultos e rejeitam a interferência dos pais. O que é ser adulto, afinal? Ter mais de 18, 21 anos? Não! Ser adulto é ter maturidade, fazer as próprias escolhas na vida e arcar com elas. Esses jovens citados hesitam ao fazer suas escolhas e não arcam com a própria vida: seus pais é que fazem isso. São adolescentes, independentemente da idade. Permanecem sob a tutela econômica dos pais, que não têm coragem de retirá-la. Jovens que levam esse tipo de vida precisam ainda de seus pais: estes, precisam dar um empurrão no filho para precipitá-lo na maturidade. E, para tanto, eles precisam sentir necessidade disso. Você já se deu conta, caro leitor, de que criamos os filhos hoje sempre a evitar que eles sintam necessidades? Estamos quase sempre a nos antecipar às necessidades deles: antes que eles queiram, queremos por eles e damos a eles. Isso faz com que eles tenham uma visão bem equivocada da vida: acreditam que não precisam batalhar para viver, que outros farão isso por eles. E esses outros são seus pais, não é verdade? Uma garota de 22 anos, que vive uma situação semelhante à dos exemplos citados anteriormente, foi interpelada pelos pais sobre como viveria quando eles não estivessem mais presentes. A resposta dela assustou seus pais: "Vou viver da herança que vocês me deixarem". A situação é mais preocupante do que muitos pais imaginam. Muitos jovens vivem às custas de seus pais. Já outros vivem por seus pais -há poucos dias, um deles me disse: "Eu preciso ir bem no Enem, não posso decepcionar meus pais". Perguntei se ele queria, tanto quanto seus pais, fazer a faculdade, e a resposta que ele deu foi: "Não sei, nunca parei para pensar nisso." Precisamos ajudá-los a crescer, não precisamos?
colunas
Maturidade em faltaO Enem passou, os vestibulares passarão e muitos pais irão respirar aliviados. Muitos deles mal sabem que um caminho bem mais tortuoso que o anterior poderá começar. A título de ilustração, vamos ver o exemplo de Cláudia, que sempre foi uma excelente aluna: estudiosa, comprometida, nunca deu trabalho aos pais. Almejava cursar uma graduação em uma universidade concorrida e se empenhou muito para tanto. Entrou de primeira. No primeiro mês de aulas ficou muito animada, mas logo em seguida passou a duvidar da escolha feita. Antes de finalizar o primeiro semestre, desistiu do curso e voltou a fazer cursinho. Hoje, já está em seu terceiro curso universitário e continua insatisfeita. Seus pais não sabem o que fazer. Paulo nunca se comprometeu muito com os estudos. Levou a escola sempre no limite: repetiu o primeiro ano do ensino médio e só terminou essa etapa escolar graças ao empenho de seus pais na contratação de professores particulares. Não queria fazer faculdade. Seus pais insistiram, e prestou um vestibular só para ver como era. Passou. Dizia aos pais que estava cursando, mas nem aparecia na universidade. Hoje, passa o tempo convivendo com os amigos e indo a baladas. Seus pais se sentem reféns da situação. Esses dois jovens, que representam muitos outros, têm em comum uma família em boa situação socioeconômica e pais que, apesar de não concordarem com a vida que os filhos levam, não encontraram ainda uma maneira de agir principalmente porque os filhos se dizem adultos e rejeitam a interferência dos pais. O que é ser adulto, afinal? Ter mais de 18, 21 anos? Não! Ser adulto é ter maturidade, fazer as próprias escolhas na vida e arcar com elas. Esses jovens citados hesitam ao fazer suas escolhas e não arcam com a própria vida: seus pais é que fazem isso. São adolescentes, independentemente da idade. Permanecem sob a tutela econômica dos pais, que não têm coragem de retirá-la. Jovens que levam esse tipo de vida precisam ainda de seus pais: estes, precisam dar um empurrão no filho para precipitá-lo na maturidade. E, para tanto, eles precisam sentir necessidade disso. Você já se deu conta, caro leitor, de que criamos os filhos hoje sempre a evitar que eles sintam necessidades? Estamos quase sempre a nos antecipar às necessidades deles: antes que eles queiram, queremos por eles e damos a eles. Isso faz com que eles tenham uma visão bem equivocada da vida: acreditam que não precisam batalhar para viver, que outros farão isso por eles. E esses outros são seus pais, não é verdade? Uma garota de 22 anos, que vive uma situação semelhante à dos exemplos citados anteriormente, foi interpelada pelos pais sobre como viveria quando eles não estivessem mais presentes. A resposta dela assustou seus pais: "Vou viver da herança que vocês me deixarem". A situação é mais preocupante do que muitos pais imaginam. Muitos jovens vivem às custas de seus pais. Já outros vivem por seus pais -há poucos dias, um deles me disse: "Eu preciso ir bem no Enem, não posso decepcionar meus pais". Perguntei se ele queria, tanto quanto seus pais, fazer a faculdade, e a resposta que ele deu foi: "Não sei, nunca parei para pensar nisso." Precisamos ajudá-los a crescer, não precisamos?
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Maior obra de artista pichador Carlos Adão é emporcalhar SP, diz leitor
Eventual falta de matéria não deveria servir de mote para a Folha dar espaço a esse suposto "artista pichador" (Carlos Adão), cuja maior "obra" é emporcalhar São Paulo inteiro com seu nome e número de eterno candidato a político (Tiozão do picho). Paredões de pedras (milenares) na estrada de Iguape à Barra do Ribeira estampam a marca do artista, só para citar a amplitude da obra ele. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Maior obra de artista pichador Carlos Adão é emporcalhar SP, diz leitorEventual falta de matéria não deveria servir de mote para a Folha dar espaço a esse suposto "artista pichador" (Carlos Adão), cuja maior "obra" é emporcalhar São Paulo inteiro com seu nome e número de eterno candidato a político (Tiozão do picho). Paredões de pedras (milenares) na estrada de Iguape à Barra do Ribeira estampam a marca do artista, só para citar a amplitude da obra ele. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Editorial: As armas de Marta
Para recorrer a uma expressão das colunas sociais, a ex-ministra e senadora Marta Suplicy (PT-SP) está "causando" –e não é de agora. Veio, primeiro, a carta na qual, deixando o Ministério da Cultura, Marta recomendou à presidente Dilma Rousseff (PT) que resgatasse a credibilidade do governo. Em seguida, suas críticas se voltaram para um escalão abaixo. Ao receber a notícia de que a pasta voltaria a ser ocupada por um de seus antecessores no cargo, Juca Ferreira, a inquieta líder do petismo paulista denunciou o que chamou de desmandos na área. O terceiro momento veio com suas declarações ao jornal "O Estado de S. Paulo", no domingo (11). Não se tratava mais de atacar apenas Dilma ou Juca, mas quase tudo no petismo. Restou preservada, naturalmente, a figura do ex-presidente Lula, cuja candidatura já no ano passado tinha em Marta uma adepta especialmente combativa. Passando por Aloizio Mercadante, atual chefe do gabinete civil, e Rui Falcão, presidente do partido, as armas da senadora miraram o próprio PT. A agremiação estaria com seu futuro ameaçado: "ou muda, ou acaba", sentenciou, não sem antes expandir-se sobre a profundidade de sua decepção. "Cada vez que abro um jornal", declarou, "fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar?" A pergunta soa pertinente quando se pensa no período em que o PT se apresentava como defensor de uma nova maneira, mais ética e republicana, de fazer política. Em outros tempos, talvez a legenda se sentisse constrangida pelas declarações da senadora e, quem sabe, compelida a debater os problemas internos –e é sintomático que agora simplesmente silencie. Outra pergunta, porém, impõe-se quando se toma conhecimento das indignações da ex-prefeita de São Paulo (2001-2004). Se muitos desmandos agora a estarrecem a cada vez que abre um jornal, seria o caso de indagar por quanto tempo ficou sem ler a imprensa brasileira e quando voltou a fazê-lo. Não a teriam estarrecido as revelações do mensalão? Ou os "desmandos" de um Antonio Palocci? Terá sido José Dirceu, na Casa Civil, figura mais benfazeja e maleável do que Mercadante, em quem Marta vê arrogância e autoritarismo? Por fim, estariam a mudança no PT e o fim de uma série de abusos –na Petrobras, no Ministério da Cultura ou onde quer que seja– vinculados à volta de Lula ao centro do poder, substituindo Dilma? Nada indica que possa ser assim. Ainda que corretas, as críticas obedecem a uma cronologia própria. Alijada de espaço em sua legenda, buscando candidatar-se novamente à prefeitura paulistana, Marta Suplicy produz sua incompatibilidade com o PT, sem abrir mão do lulismo que lhe possa convir. Tudo seria mais convincente e efetivo se fosse menos eleitoreiro.
opiniao
Editorial: As armas de MartaPara recorrer a uma expressão das colunas sociais, a ex-ministra e senadora Marta Suplicy (PT-SP) está "causando" –e não é de agora. Veio, primeiro, a carta na qual, deixando o Ministério da Cultura, Marta recomendou à presidente Dilma Rousseff (PT) que resgatasse a credibilidade do governo. Em seguida, suas críticas se voltaram para um escalão abaixo. Ao receber a notícia de que a pasta voltaria a ser ocupada por um de seus antecessores no cargo, Juca Ferreira, a inquieta líder do petismo paulista denunciou o que chamou de desmandos na área. O terceiro momento veio com suas declarações ao jornal "O Estado de S. Paulo", no domingo (11). Não se tratava mais de atacar apenas Dilma ou Juca, mas quase tudo no petismo. Restou preservada, naturalmente, a figura do ex-presidente Lula, cuja candidatura já no ano passado tinha em Marta uma adepta especialmente combativa. Passando por Aloizio Mercadante, atual chefe do gabinete civil, e Rui Falcão, presidente do partido, as armas da senadora miraram o próprio PT. A agremiação estaria com seu futuro ameaçado: "ou muda, ou acaba", sentenciou, não sem antes expandir-se sobre a profundidade de sua decepção. "Cada vez que abro um jornal", declarou, "fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar?" A pergunta soa pertinente quando se pensa no período em que o PT se apresentava como defensor de uma nova maneira, mais ética e republicana, de fazer política. Em outros tempos, talvez a legenda se sentisse constrangida pelas declarações da senadora e, quem sabe, compelida a debater os problemas internos –e é sintomático que agora simplesmente silencie. Outra pergunta, porém, impõe-se quando se toma conhecimento das indignações da ex-prefeita de São Paulo (2001-2004). Se muitos desmandos agora a estarrecem a cada vez que abre um jornal, seria o caso de indagar por quanto tempo ficou sem ler a imprensa brasileira e quando voltou a fazê-lo. Não a teriam estarrecido as revelações do mensalão? Ou os "desmandos" de um Antonio Palocci? Terá sido José Dirceu, na Casa Civil, figura mais benfazeja e maleável do que Mercadante, em quem Marta vê arrogância e autoritarismo? Por fim, estariam a mudança no PT e o fim de uma série de abusos –na Petrobras, no Ministério da Cultura ou onde quer que seja– vinculados à volta de Lula ao centro do poder, substituindo Dilma? Nada indica que possa ser assim. Ainda que corretas, as críticas obedecem a uma cronologia própria. Alijada de espaço em sua legenda, buscando candidatar-se novamente à prefeitura paulistana, Marta Suplicy produz sua incompatibilidade com o PT, sem abrir mão do lulismo que lhe possa convir. Tudo seria mais convincente e efetivo se fosse menos eleitoreiro.
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Lula disse que será candidato e que será preciso 'coragem' para barrá-lo
Em depoimento à Polícia Federal no último dia 4, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que será candidato à Presidência em 2018 e que será preciso "coragem" para torná-lo inelegível antes da campanha. Ao falar aos investigadores da Lava Jato, o ex-presidente citou o escândalo do mensalão e lembrou que, devido ao caso, líderes petistas começaram a ser hostilizados nas ruas. "Não poderiam entrar num restaurante, não poderiam sair na rua, não poderiam ir pra lugar nenhum. É o que estão tentando fazer comigo agora, só que o que estão tentando fazer comigo vai fazer com que eu mude de posição." E continuou: "Eu, que estou velhinho, estava querendo descansar, vou ser candidato à Presidência em 2018 porque acho que muita gente que fez desaforo pra mim, vai aguentar desaforo daqui pra frente. Vão ter que ter coragem de me tornar inelegível." O conteúdo do testemunho (veja a íntegra aqui) só foi divulgado nesta segunda (14). Ao mencionar o mensalão, disse que não houve prova sobre os desvios e criticou a teoria do domínio do fato, usada para condenar o ex-ministro José Dirceu. "Começou com a maior denúncia de corrupção da história da humanidade, terminou com 175 [milhões de reais]... com alguns milhões da Visanet, que não era empresa pública e que o dinheiro foi pago por meio de comunicação." Ao longo do depoimento, Lula fez diversas críticas à imprensa e ao promotor Cassio Conserino, que dias depois acabou pedindo a prisão preventiva do petista ao oferecer denúncia sobre o caso do tríplex da empreiteira OAS em Guarujá. "Minha mulher prestar um depoimento sobre uma porra de um apartamento que não é nosso?! Manda a mulher do procurador [promotor] vir prestar depoimento, a mãe dele. Por que que vai minha mulher?" O ex-presidente acrescentou que está "muito, muito zangado" com a "falta de respeito" e que tem "tentado manter a linha". Disse ainda que nenhum outro governante viabilizou mais leis anticorrupção. Ele afirmou que cobrava US$ 200 mil para fazer palestras no exterior. "Nós pegamos um valor do Bill Clinton e falamos o seguinte "Nós fizemos mais do que ele, então nós merecemos pelo menos igual". DELAÇÕES Lula também criticou os acordos de colaboração premiada firmados na Operação Lava Jato. O ex-presidente foi questionado sobre o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que disse em delação que o pecuarista José Carlos Bumlai afirmou que faria um pagamento para uma nora do petista. "Qualquer bandido que for prestar delação premiada fica manchete de jornal", falou Lula. O ex-presidente defendeu ainda o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso há quase um ano. "Foi um grande dirigente sindical e foi um grande dirigente do PT. Eu não acredito que o Vaccari tenha acertado percentual com empresa pra receber, não acredito, não acredito." Ao falar sobre indicações políticas para diretorias na Petrobras, disse que os diretores suspeitos de desvios eram "funcionários de 30 anos" da estatal. "São pessoas de carreira, que nunca a Polícia Federal levantou a suspeita, nunca o Ministério Público levantou suspeita, nunca a imprensa levantou suspeita."
poder
Lula disse que será candidato e que será preciso 'coragem' para barrá-loEm depoimento à Polícia Federal no último dia 4, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que será candidato à Presidência em 2018 e que será preciso "coragem" para torná-lo inelegível antes da campanha. Ao falar aos investigadores da Lava Jato, o ex-presidente citou o escândalo do mensalão e lembrou que, devido ao caso, líderes petistas começaram a ser hostilizados nas ruas. "Não poderiam entrar num restaurante, não poderiam sair na rua, não poderiam ir pra lugar nenhum. É o que estão tentando fazer comigo agora, só que o que estão tentando fazer comigo vai fazer com que eu mude de posição." E continuou: "Eu, que estou velhinho, estava querendo descansar, vou ser candidato à Presidência em 2018 porque acho que muita gente que fez desaforo pra mim, vai aguentar desaforo daqui pra frente. Vão ter que ter coragem de me tornar inelegível." O conteúdo do testemunho (veja a íntegra aqui) só foi divulgado nesta segunda (14). Ao mencionar o mensalão, disse que não houve prova sobre os desvios e criticou a teoria do domínio do fato, usada para condenar o ex-ministro José Dirceu. "Começou com a maior denúncia de corrupção da história da humanidade, terminou com 175 [milhões de reais]... com alguns milhões da Visanet, que não era empresa pública e que o dinheiro foi pago por meio de comunicação." Ao longo do depoimento, Lula fez diversas críticas à imprensa e ao promotor Cassio Conserino, que dias depois acabou pedindo a prisão preventiva do petista ao oferecer denúncia sobre o caso do tríplex da empreiteira OAS em Guarujá. "Minha mulher prestar um depoimento sobre uma porra de um apartamento que não é nosso?! Manda a mulher do procurador [promotor] vir prestar depoimento, a mãe dele. Por que que vai minha mulher?" O ex-presidente acrescentou que está "muito, muito zangado" com a "falta de respeito" e que tem "tentado manter a linha". Disse ainda que nenhum outro governante viabilizou mais leis anticorrupção. Ele afirmou que cobrava US$ 200 mil para fazer palestras no exterior. "Nós pegamos um valor do Bill Clinton e falamos o seguinte "Nós fizemos mais do que ele, então nós merecemos pelo menos igual". DELAÇÕES Lula também criticou os acordos de colaboração premiada firmados na Operação Lava Jato. O ex-presidente foi questionado sobre o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que disse em delação que o pecuarista José Carlos Bumlai afirmou que faria um pagamento para uma nora do petista. "Qualquer bandido que for prestar delação premiada fica manchete de jornal", falou Lula. O ex-presidente defendeu ainda o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso há quase um ano. "Foi um grande dirigente sindical e foi um grande dirigente do PT. Eu não acredito que o Vaccari tenha acertado percentual com empresa pra receber, não acredito, não acredito." Ao falar sobre indicações políticas para diretorias na Petrobras, disse que os diretores suspeitos de desvios eram "funcionários de 30 anos" da estatal. "São pessoas de carreira, que nunca a Polícia Federal levantou a suspeita, nunca o Ministério Público levantou suspeita, nunca a imprensa levantou suspeita."
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Contra terceirização, Lula confirma participação em 1º de maio da CUT
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença no evento em comemoração ao Dia do Trabalhador realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) na sexta-feira, 1º de Maio. Na semana passada ele já havia sinalizado ao presidente da entidade, Vagner Freitas, que estaria presente. Sua chegada é esperada a partir das 11h no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Entre os confirmados no ato também estão o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o ministro Miguel Rossetto, o líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados Sibá Machado e líder do governo na Câmara dos Deputados José Guimarães. Desde 2010 Lula não participa de comemoração do Dia do Trabalhador organizada pela CUT. Segundo seus assessores, o motivo que o levou a aceitar o convite foi reforçar sua posição contra o projeto de lei que regulamenta terceirizações nas empresas e amplia a possibilidade da terceirização de todas as atividades. Na noite desta terça (28), durante um evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o ex-presidente afirmou que Dilma Rousseff vetará o projeto, caso ele seja aprovado no Senado. A presidente evita dizer o que fará. Lula também cancelou uma viagem que faria hoje para Fortaleza, onde participaria de um evento de gestoras de assistentes sociais. O retorno estava programado para amanhã. Além de se opor à proposta de terceirização que tramita no Congresso, a CUT e as demais entidades organizadoras do ato –são mais de 20– levantarão bandeiras ligadas à defesa da Petrobras, à classe trabalhadora de maneira geral e à reforma política. Os militantes partirão às 9h da Luz, da Praça de República e do Pátio do Colégio e se concentrarão no Anhangabaú, palco da comemoração.
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Contra terceirização, Lula confirma participação em 1º de maio da CUTO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença no evento em comemoração ao Dia do Trabalhador realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) na sexta-feira, 1º de Maio. Na semana passada ele já havia sinalizado ao presidente da entidade, Vagner Freitas, que estaria presente. Sua chegada é esperada a partir das 11h no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Entre os confirmados no ato também estão o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o ministro Miguel Rossetto, o líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados Sibá Machado e líder do governo na Câmara dos Deputados José Guimarães. Desde 2010 Lula não participa de comemoração do Dia do Trabalhador organizada pela CUT. Segundo seus assessores, o motivo que o levou a aceitar o convite foi reforçar sua posição contra o projeto de lei que regulamenta terceirizações nas empresas e amplia a possibilidade da terceirização de todas as atividades. Na noite desta terça (28), durante um evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o ex-presidente afirmou que Dilma Rousseff vetará o projeto, caso ele seja aprovado no Senado. A presidente evita dizer o que fará. Lula também cancelou uma viagem que faria hoje para Fortaleza, onde participaria de um evento de gestoras de assistentes sociais. O retorno estava programado para amanhã. Além de se opor à proposta de terceirização que tramita no Congresso, a CUT e as demais entidades organizadoras do ato –são mais de 20– levantarão bandeiras ligadas à defesa da Petrobras, à classe trabalhadora de maneira geral e à reforma política. Os militantes partirão às 9h da Luz, da Praça de República e do Pátio do Colégio e se concentrarão no Anhangabaú, palco da comemoração.
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Secretário exonerado por Haddad posava com escolta de 'homens de preto'
"Homens de preto". Assim era conhecida a guarda pessoal de Ítalo Miranda Júnior, que ocupou o cargo de secretário municipal de Segurança Urbana na Prefeitura de SP até esta terça-feira (20). Ele foi exonerado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) nesta terça-feira (20). Os dez homens armados que acompanhavam Miranda Júnior, nomeados em 22 de maio, pertenciam à GCM –Guarda Civil Metropolitana, que tem como objetivo principal cuidar do mobiliário urbano, como praças e escolas. Miranda tinha mais seguranças que o próprio Haddad, que anda com apenas quatro. Em edição recente, o jornal da própria GCM fez uma reportagem sobre a escolta pessoal do secretário, que chegou a posar para fotos com os "seguranças" em volta. "Para ser integrante da escolta [de Miranda], é necessário elevado preparo técnico e físico; equilíbrio emocional e pensamento estratégico", explica o jornal. Em público, Haddad afirmou que a exoneração foi a pedido do próprio secretário. No entanto, a Folha apurou que os chamados "homens de preto" foram um dos motivos de desgaste de Miranda, que é delegado e filiado ao PMDB. Outras falhas também contaram na demissão. Na semana passada, a Folha revelou que o então secretário decretou o sigilo em uma série de dados relativos à GCM, como imagens das câmeras de monitoramento das ruas. Haddad depois revogou a ação. Ainda na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" relatou que Miranda nomeou uma funcionária que nunca apareceu na secretaria. Haddad também ficou descontente após o secretário nomear o administrador de empresas Eduardo Anastasi, que já havia sido chefe de gabinete do Coronel Ubiratan (1943-2006), um dos acusados pelo massacre do Carandiru, quando este foi deputado estadual. Dez dias após ganhar o cargo, Anastasi foi demitido. A Folha não conseguiu localizar Miranda nesta terça. No lugar dele, Haddad nomeou o sociólogo Benedito Mariano. O novo secretário é filiado ao PT e já chefiou a pasta na gestão de Marta Suplicy. Ele também foi o primeiro ouvidor das polícias do Estado de São Paulo.
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Secretário exonerado por Haddad posava com escolta de 'homens de preto'"Homens de preto". Assim era conhecida a guarda pessoal de Ítalo Miranda Júnior, que ocupou o cargo de secretário municipal de Segurança Urbana na Prefeitura de SP até esta terça-feira (20). Ele foi exonerado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) nesta terça-feira (20). Os dez homens armados que acompanhavam Miranda Júnior, nomeados em 22 de maio, pertenciam à GCM –Guarda Civil Metropolitana, que tem como objetivo principal cuidar do mobiliário urbano, como praças e escolas. Miranda tinha mais seguranças que o próprio Haddad, que anda com apenas quatro. Em edição recente, o jornal da própria GCM fez uma reportagem sobre a escolta pessoal do secretário, que chegou a posar para fotos com os "seguranças" em volta. "Para ser integrante da escolta [de Miranda], é necessário elevado preparo técnico e físico; equilíbrio emocional e pensamento estratégico", explica o jornal. Em público, Haddad afirmou que a exoneração foi a pedido do próprio secretário. No entanto, a Folha apurou que os chamados "homens de preto" foram um dos motivos de desgaste de Miranda, que é delegado e filiado ao PMDB. Outras falhas também contaram na demissão. Na semana passada, a Folha revelou que o então secretário decretou o sigilo em uma série de dados relativos à GCM, como imagens das câmeras de monitoramento das ruas. Haddad depois revogou a ação. Ainda na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" relatou que Miranda nomeou uma funcionária que nunca apareceu na secretaria. Haddad também ficou descontente após o secretário nomear o administrador de empresas Eduardo Anastasi, que já havia sido chefe de gabinete do Coronel Ubiratan (1943-2006), um dos acusados pelo massacre do Carandiru, quando este foi deputado estadual. Dez dias após ganhar o cargo, Anastasi foi demitido. A Folha não conseguiu localizar Miranda nesta terça. No lugar dele, Haddad nomeou o sociólogo Benedito Mariano. O novo secretário é filiado ao PT e já chefiou a pasta na gestão de Marta Suplicy. Ele também foi o primeiro ouvidor das polícias do Estado de São Paulo.
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Gigante chinesa Alibaba investe quase R$ 2 bi nos Jogos Olímpicos
Alibaba, o gigante chinês de comércio eletrônico, anunciou nesta quinta-feira (19) um acordo de US$ 600 milhões (quase R$ 2 bilhões) para entrar como patrocinador não só da próxima Olimpíada (Tóquio-2018) mas também dos cincos Jogos Olímpicos seguintes. O anúncio foi feito durante o encontro anual-2017 do Fórum Econômico Mundial, o grande convescote da elite empresarial global. Confirma-se, com isso, a ascensão da China nesse universo, já que coube a seu presidente, Xi Jinping, abrir a reunião, na terça-feira (17). Jack Ma, presidente do grupo, informou também que Alibaba fornecerá serviços de tecnologia aos organizadores dos jogos até 2028. Criará também um Canal Olímpico, serviço digital de TV destinado a promover os jogos para audiências jovens. Será um canal desenhado para chinesas, o que, considerando o tamanho da população (1,3 bilhão), é suficiente em tese para assegurar seu sucesso. A ideia, diz Ma, é "levar os Jogos Olímpicos à era digital". O tamanho do investimento fica ainda mais imponente se comparado às receitas que os atuais 12 patrocinadores forneceram aos Jogos de Inverno de Sochi, na Rússia, em 2014, e aos de verão, no Rio de Janeiro, em 2016. Segundo cálculo do jornal britânico "Financial Times", foi pouco mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,2 bilhões), o que significa que o novo patrocinador entrará com mais da metade do que 12 pagaram pelas edições mais recentes. É verdade que não é a primeira vez que uma firma chinesa patrocina Jogos Olímpicos: a Lenovo (computadores) o fez na Olimpíada de Pequim (2008), mas a iniciativa da Alibaba é claramente uma incursão bem mais potente. É também a quebra do virtual monopólio que companhias ocidentais exercem sobre os Jogos Olímpicos, com grifes como Visa e Coca-Cola. Mas é coincide com o desejo manifestado pelo presidente Xi Jinping de transformar a China em "uma grande nação esportiva". Como o governo manda em tudo no país, até os clubes de futebol, esporte em que os chineses são inexpressivos, estão comprando em penca jogadores estrangeiros. Só do Brasil há mais de 40 atletas atuando na China, incluindo titulares da seleção de Tite, como Renato Augusto e Paulinho. A companhia de Jack Ma foi fundada em 1999 e, em menos de 18 anos, tornou-se a maior empresa de comércio eletrônico do mundo e, seu fundador, em pop-star do mundo empresarial.
esporte
Gigante chinesa Alibaba investe quase R$ 2 bi nos Jogos OlímpicosAlibaba, o gigante chinês de comércio eletrônico, anunciou nesta quinta-feira (19) um acordo de US$ 600 milhões (quase R$ 2 bilhões) para entrar como patrocinador não só da próxima Olimpíada (Tóquio-2018) mas também dos cincos Jogos Olímpicos seguintes. O anúncio foi feito durante o encontro anual-2017 do Fórum Econômico Mundial, o grande convescote da elite empresarial global. Confirma-se, com isso, a ascensão da China nesse universo, já que coube a seu presidente, Xi Jinping, abrir a reunião, na terça-feira (17). Jack Ma, presidente do grupo, informou também que Alibaba fornecerá serviços de tecnologia aos organizadores dos jogos até 2028. Criará também um Canal Olímpico, serviço digital de TV destinado a promover os jogos para audiências jovens. Será um canal desenhado para chinesas, o que, considerando o tamanho da população (1,3 bilhão), é suficiente em tese para assegurar seu sucesso. A ideia, diz Ma, é "levar os Jogos Olímpicos à era digital". O tamanho do investimento fica ainda mais imponente se comparado às receitas que os atuais 12 patrocinadores forneceram aos Jogos de Inverno de Sochi, na Rússia, em 2014, e aos de verão, no Rio de Janeiro, em 2016. Segundo cálculo do jornal britânico "Financial Times", foi pouco mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,2 bilhões), o que significa que o novo patrocinador entrará com mais da metade do que 12 pagaram pelas edições mais recentes. É verdade que não é a primeira vez que uma firma chinesa patrocina Jogos Olímpicos: a Lenovo (computadores) o fez na Olimpíada de Pequim (2008), mas a iniciativa da Alibaba é claramente uma incursão bem mais potente. É também a quebra do virtual monopólio que companhias ocidentais exercem sobre os Jogos Olímpicos, com grifes como Visa e Coca-Cola. Mas é coincide com o desejo manifestado pelo presidente Xi Jinping de transformar a China em "uma grande nação esportiva". Como o governo manda em tudo no país, até os clubes de futebol, esporte em que os chineses são inexpressivos, estão comprando em penca jogadores estrangeiros. Só do Brasil há mais de 40 atletas atuando na China, incluindo titulares da seleção de Tite, como Renato Augusto e Paulinho. A companhia de Jack Ma foi fundada em 1999 e, em menos de 18 anos, tornou-se a maior empresa de comércio eletrônico do mundo e, seu fundador, em pop-star do mundo empresarial.
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Exames confirmam que B.B. King morreu de causas naturais
O músico veterano de blues B.B. King morreu de causas naturais decorrentes principalmente da doença de Alzheimer, anunciaram autoridades de Nevada nesta segunda-feira (13), o que descarta as acusações feitas por suas duas filhas de que ele teria sido assassinado. A morte do músico de 89 anos, em maio, também foi atribuída a doença arterial coronariana, diabetes, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e danos cerebrais devido ao baixo fluxo sanguíneo, afirmou o instituto médico legal do condado Clark em comunicado à imprensa. Médicos legistas disseram que determinaram a causa da morte após a realização de uma autópsia, testes toxicológicos e consultas com um neuropatologista. Autoridades haviam dito que uma investigação de homicídio seria realizada depois que as filhas Karen Williams e Patty King alegaram que o músico fora envenenado por sócios de longa data. Um advogado do espólio de King disse que as alegações eram infundadas. "Neste ponto, podemos dizer com confiança que o senhor King morreu de causas naturais", disse o médico legista John Fudenberg.
ilustrada
Exames confirmam que B.B. King morreu de causas naturaisO músico veterano de blues B.B. King morreu de causas naturais decorrentes principalmente da doença de Alzheimer, anunciaram autoridades de Nevada nesta segunda-feira (13), o que descarta as acusações feitas por suas duas filhas de que ele teria sido assassinado. A morte do músico de 89 anos, em maio, também foi atribuída a doença arterial coronariana, diabetes, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e danos cerebrais devido ao baixo fluxo sanguíneo, afirmou o instituto médico legal do condado Clark em comunicado à imprensa. Médicos legistas disseram que determinaram a causa da morte após a realização de uma autópsia, testes toxicológicos e consultas com um neuropatologista. Autoridades haviam dito que uma investigação de homicídio seria realizada depois que as filhas Karen Williams e Patty King alegaram que o músico fora envenenado por sócios de longa data. Um advogado do espólio de King disse que as alegações eram infundadas. "Neste ponto, podemos dizer com confiança que o senhor King morreu de causas naturais", disse o médico legista John Fudenberg.
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Hoje na TV: São Paulo e Corinthians entram em campo pela Libertadores
13h30 Halkbank Ankara x Modena Vôlei, Liga dos Campeões, Bandsports 14h15 Aberto do Rio Tênis, SporTV 3 15h30 Sporting Gijón x Barcelona  Espanhol, Fox Sports 17h Ferroviária x Santos Brasileiro feminino, SporTV 2 17h XV de Piracicaba x Rio Claro Paulista, SporTV 17h45 Roma X Real Madrid Liga dos Campeões, Band, EI MAXX e TNT 17h45 Gent X Wolfsburg Liga dos Campeões, EI MAXX 2 19h30 São Paulo x The Strongest (BOL) Libertadores, SporTV 19h30 Cruzeiro x Fluminense Primeira Liga, SporTV 2 20h  River X Botafogo-PB  Copa do Nordeste, Esporte Interativo 21h45 Cobresal (CHI) x Corinthians Libertadores, Globo, SporTV, Fox Sports 21h45 Flamengo x América-MG Primeira Liga, SporTV 2 21h45 Melgar x Atlético-MG Libertadores, Fox Sports 2 22h30 Confiança X Santa Cruz Copa do Nordeste, Esporte Interativo 22h30 Sport X Fortaleza Copa do Nordeste, EI MAXX 22h30 Sampaio Corrêa X Vitória da Conquista Copa do Nordeste, EI MAXX 2 23h Colorado Avalanche x Montreal Canadiens Hóquei no gelo, ESPN 0h (quinta) Toluca x Grêmio Libertadores, Fox Sports
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Hoje na TV: São Paulo e Corinthians entram em campo pela Libertadores13h30 Halkbank Ankara x Modena Vôlei, Liga dos Campeões, Bandsports 14h15 Aberto do Rio Tênis, SporTV 3 15h30 Sporting Gijón x Barcelona  Espanhol, Fox Sports 17h Ferroviária x Santos Brasileiro feminino, SporTV 2 17h XV de Piracicaba x Rio Claro Paulista, SporTV 17h45 Roma X Real Madrid Liga dos Campeões, Band, EI MAXX e TNT 17h45 Gent X Wolfsburg Liga dos Campeões, EI MAXX 2 19h30 São Paulo x The Strongest (BOL) Libertadores, SporTV 19h30 Cruzeiro x Fluminense Primeira Liga, SporTV 2 20h  River X Botafogo-PB  Copa do Nordeste, Esporte Interativo 21h45 Cobresal (CHI) x Corinthians Libertadores, Globo, SporTV, Fox Sports 21h45 Flamengo x América-MG Primeira Liga, SporTV 2 21h45 Melgar x Atlético-MG Libertadores, Fox Sports 2 22h30 Confiança X Santa Cruz Copa do Nordeste, Esporte Interativo 22h30 Sport X Fortaleza Copa do Nordeste, EI MAXX 22h30 Sampaio Corrêa X Vitória da Conquista Copa do Nordeste, EI MAXX 2 23h Colorado Avalanche x Montreal Canadiens Hóquei no gelo, ESPN 0h (quinta) Toluca x Grêmio Libertadores, Fox Sports
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'Cartório digital' integrado facilita venda de imóveis
A compra e venda de imóveis podem ganhar uma força a partir de maio, quando os cartórios de registros do país estiverem digitalizados e integrados em um único sistema nacional de pesquisa. A previsão é do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que monitora o processo que permitirá o acesso a documentos de imóveis a partir de um único portal. A expectativa é que o tempo para análises de contratos de compra e venda caia de 30 para cinco dias, segundo o especialista em mercado imobiliário Luiz França, presidente da França Participações e ex-presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Ganha-se velocidade, por exemplo, na obtenção de certidões de matrícula (documentos oficiais com o histórico de transações envolvendo uma propriedade) pela internet –o que permite ao banco saber se financiar a compra da propriedade é seguro, por exemplo. Também poderá permitir a assinatura digital de contratos entre bancos e tomadores do crédito, explica Marcelo Prata, especialista em crédito imobiliário e dono do site Canal do Crédito. "Isso vai ajudar o mercado imobiliário, que está em momento difícil. Em alguns casos, as pessoas não vendem pelo financiamento devido à espera até o dinheiro chegar." O envio de contratos digitais já é tecnicamente viável para uma parte dos cartórios. Em São Paulo, começou a ser testado no 5º Cartório de Registro de Imóveis, diz Patrícia Ferraz, da Anoreg/BR (Associação dos Notários e Registradores). Ela afirma que, mesmo que as informações não sejam enviadas pela rede, o prazo de cinco dias já é cumprido por boa parte dos cartórios. Digitalização em cartórios de imóveis CENTRAL ÚNICA Na quarta-feira (6), associações do setor de registro de imóveis reunidas em Brasília formalizaram a criação de uma coordenação nacional para dar diretrizes de padronização e segurança do sistema de registro nacional. A ideia da coordenação é criar padrões a serem seguidas pelas centrais estaduais e promover a integração de suas bases de dados, diz João Pedro Lamana Paiva, presidente do Irib (Instituto de Registro Imobiliário do Brasil). HISTÓRICO Ferraz, da Anoreg/BR, diz que a digitalização das informações dos cartórios é um processo trabalhoso e custoso, mas que começou antes da recomendação do CNJ. Um cartório médio pode ter centenas de matrículas. Digitalizar cada uma delas envolve, além do escaneamento, a digitação de uma série de informações. Cada documento digitalizado pode custar de R$ 6 a R$ 9, diz Paiva. Ele estima que entre 70% e 80% das informações dos cerca de 3.600 cartórios de registro de imóveis brasileiros estejam digitalizadas. O desafio agora é auxiliar cartórios de cidades menores, diz. Em São Paulo, a informatização ganha força ao menos desde 2005, quando a Arisp (Associações dos Registradores de Imóveis de São Paulo) criou sua plataforma digital. Ela oferece informações ao poder público pelo site Ofício Eletrônico e aos demais cidadãos pelo Registradores.
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'Cartório digital' integrado facilita venda de imóveisA compra e venda de imóveis podem ganhar uma força a partir de maio, quando os cartórios de registros do país estiverem digitalizados e integrados em um único sistema nacional de pesquisa. A previsão é do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que monitora o processo que permitirá o acesso a documentos de imóveis a partir de um único portal. A expectativa é que o tempo para análises de contratos de compra e venda caia de 30 para cinco dias, segundo o especialista em mercado imobiliário Luiz França, presidente da França Participações e ex-presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Ganha-se velocidade, por exemplo, na obtenção de certidões de matrícula (documentos oficiais com o histórico de transações envolvendo uma propriedade) pela internet –o que permite ao banco saber se financiar a compra da propriedade é seguro, por exemplo. Também poderá permitir a assinatura digital de contratos entre bancos e tomadores do crédito, explica Marcelo Prata, especialista em crédito imobiliário e dono do site Canal do Crédito. "Isso vai ajudar o mercado imobiliário, que está em momento difícil. Em alguns casos, as pessoas não vendem pelo financiamento devido à espera até o dinheiro chegar." O envio de contratos digitais já é tecnicamente viável para uma parte dos cartórios. Em São Paulo, começou a ser testado no 5º Cartório de Registro de Imóveis, diz Patrícia Ferraz, da Anoreg/BR (Associação dos Notários e Registradores). Ela afirma que, mesmo que as informações não sejam enviadas pela rede, o prazo de cinco dias já é cumprido por boa parte dos cartórios. Digitalização em cartórios de imóveis CENTRAL ÚNICA Na quarta-feira (6), associações do setor de registro de imóveis reunidas em Brasília formalizaram a criação de uma coordenação nacional para dar diretrizes de padronização e segurança do sistema de registro nacional. A ideia da coordenação é criar padrões a serem seguidas pelas centrais estaduais e promover a integração de suas bases de dados, diz João Pedro Lamana Paiva, presidente do Irib (Instituto de Registro Imobiliário do Brasil). HISTÓRICO Ferraz, da Anoreg/BR, diz que a digitalização das informações dos cartórios é um processo trabalhoso e custoso, mas que começou antes da recomendação do CNJ. Um cartório médio pode ter centenas de matrículas. Digitalizar cada uma delas envolve, além do escaneamento, a digitação de uma série de informações. Cada documento digitalizado pode custar de R$ 6 a R$ 9, diz Paiva. Ele estima que entre 70% e 80% das informações dos cerca de 3.600 cartórios de registro de imóveis brasileiros estejam digitalizadas. O desafio agora é auxiliar cartórios de cidades menores, diz. Em São Paulo, a informatização ganha força ao menos desde 2005, quando a Arisp (Associações dos Registradores de Imóveis de São Paulo) criou sua plataforma digital. Ela oferece informações ao poder público pelo site Ofício Eletrônico e aos demais cidadãos pelo Registradores.
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Pelé completa 75 anos nesta sexta; veja os principais momentos do Rei em campo
Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé, completa 75 anos nesta sexta-feira (23). Nascido em Três Corações (MG), Pelé colecionou títulos (só de Copa foram três) e gols (mais de mil) entre seleção brasileira, Santos e New York Cosmos. Veja abaixo os principais momentos da carreira do Rei. A seleção brasileira ganhou a sua primeira Copa em 1958. E o mundo descobriu Pelé, que tinha apenas 17 anos quando foi convocado pelo técnico Vicente Feola. Mas ele quase não foi ao Mundial por causa de uma lesão no tornozelo e no joelho. "Na época, não tínhamos os recursos de agora. Tratamento era toalha e bolsa quentes, massagem com pomada que aquecia, contraste, metia o pé no balde de gelo...", disse Pelé em entrevista para a Folha, em 2008. Ele foi reserva nos dois primeiros jogos, mas entrou como titular no terceiro, contra a União Soviética. E não saiu mais do time. Foi artilheiro do Brasil com seis gols. Além de ser campeão mundial com a seleção brasileira na Suécia, Pelé fez 58 gols no Paulista de 1958, um recorde. O Santos, claro, foi o campeão. E Pelé ganhou o seu primeiro Paulista. "1958 não foi meu melhor ano, foi meu melhor tudo", disse Pelé, em 2008. "Para mim, 1958, com a idade que eu tinha e a maturidade que peguei, foi a base para toda a minha vida", afirmou. Em 1962, o Santos, que tinha Pelé, conquistou a sua primeira Libertadores ao derrotar o Peñarol, do Uruguai, por 3 a 0, na final. O Rei anotou dois gols. Dois meses depois, o time da Baixada Santista ganhou o Mundial de Clubes ao bater o Benfica, por 5 a 2, com três gols de Pelé. Pelé chegou à Copa do Mundo de 1962, no Chile, como grande candidato a craque. No entanto, sofreu um estiramento muscular logo no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia, e não pôde mais disputar a competição. "Eu me contundi na Copa de 1962, no Chile, e fiquei fora. Mas Deus presenteou o Brasil com a conquista daquele Mundial", afirmou Pelé à Folha, em 2014. A seleção conquistou o bi ao derrotar a Tchecoslováquia na final, por 3 a 1. A geração de Pelé havia sido campeã em 1962 num duro embate com o Peñarol. Em 1963, encontrou o Boca Juniors, da Argentina, então finalista pela primeira vez. No Maracanã, os santistas venceram por 3 a 2 (Coutinho, duas vezes, e Lima). Na Bombonera, Coutinho e Pelé deram a vitória de virada por 2 a 1, mas em jogo considerado por aquela geração um dos mais complicados. Para suportar a pressão da torcida, alguns jogadores tentaram tapar os ouvidos com algodão. Dois meses depois, Pelé e o Santos ganharam o Mundial pela segunda vez ao vencer o Milan, por 1 a 0, no jogo de desempate. Liderado por Pelé, o Santos realizou em 1969 uma viagem para a África para um amistoso contra a seleção do Meio Oeste, na cidade de Benin, na Nigéria. O time brasileiro venceu por 2 a 1. O mais marcante dessa partida, porém, não foi o resultado, mas sim o fato de Pelé e o clube brasileiro terem parado a guerra de Biafra. Naquela época, Biafra se levantava contra o poder nigeriano para tentar a sua independência. Houve uma trégua de dois dias para que Pelé pudesse mostrar o seu futebol. Assim que o Santos levantou voo, a guerra recomeçou. Foi exatamente às 23h23 do dia 19 de novembro de 1969 que Pelé anotou, de pênalti, o seu contestado milésimo gol. Aconteceu numa partida contra o Vasco, no Maracanã. O gol saiu em um pênalti sofrido pelo próprio Pelé quando o jogo estava empatado por 1 a 1. O primeiro gol santista fora marcado contra, por Renê, para evitar que Pelé, logo atrás, o fizesse. Corria o 34º minuto quando o número 10 andou em direção à bola, bateu com o pé direito, mandando-a no canto esquerdo do goleiro argentino Andrada, que pulou bem. Porém, segundo a Folha publicou em 1995, o jogador já havia marcado o seu gol número mil um jogo antes, na Paraíba. Após uma grande pesquisa, foi constatado que houve um gol perdido na contagem de gols de Pelé. Segundo matéria da época, o jogador ficou surpreso com a notícia. No campo, Pelé, que não se preocupou com essa contagem, correu para dentro do gol, enquanto Andrada dava murros no chão, beijou a bola, ergueu-a como um troféu e, depois, ele mesmo era levantado pela multidão no campo. Pelé conquistou em 1970, no México, o seu terceiro título da Copa do Mundo. Na final do torneio, foi exatamente ele quem abriu o placar da vitória por 4 a 1 sobre a Itália. O Mundial de 1970 foi o último de Pelé, único jogador a vencer três vezes a competição. Ele marcou quatro gols nesta Copa. Pelé jogou a sua última partida pelo Santos em 1974, contra a Ponte Preta, na Vila Belmiro. Foram 1.116 jogos pelo time alvinegro e 1.091 gols. É o jogador que mais atuou com a camisa do clube e o maior artilheiro da história da equipe. Mas a sua história nos campos não acabou aí. Em 1975, ele acertou um contrato com o New York Cosmos, onde atuou até 1977. Em 1º de outubro de 1977, Pelé fazia o seu último jogo como profissional, em Nova York, nos Estados Unidos. No Cosmos, ele enfrentou justamente o Santos. Na ocasião, Pelé jogou cada tempo do jogo por uma equipe e o seu último gol foi com a camisa do time americano, que venceu por 2 a 1. Após o duelo, Pelé foi carregado no gramado.
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Pelé completa 75 anos nesta sexta; veja os principais momentos do Rei em campoEdson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé, completa 75 anos nesta sexta-feira (23). Nascido em Três Corações (MG), Pelé colecionou títulos (só de Copa foram três) e gols (mais de mil) entre seleção brasileira, Santos e New York Cosmos. Veja abaixo os principais momentos da carreira do Rei. A seleção brasileira ganhou a sua primeira Copa em 1958. E o mundo descobriu Pelé, que tinha apenas 17 anos quando foi convocado pelo técnico Vicente Feola. Mas ele quase não foi ao Mundial por causa de uma lesão no tornozelo e no joelho. "Na época, não tínhamos os recursos de agora. Tratamento era toalha e bolsa quentes, massagem com pomada que aquecia, contraste, metia o pé no balde de gelo...", disse Pelé em entrevista para a Folha, em 2008. Ele foi reserva nos dois primeiros jogos, mas entrou como titular no terceiro, contra a União Soviética. E não saiu mais do time. Foi artilheiro do Brasil com seis gols. Além de ser campeão mundial com a seleção brasileira na Suécia, Pelé fez 58 gols no Paulista de 1958, um recorde. O Santos, claro, foi o campeão. E Pelé ganhou o seu primeiro Paulista. "1958 não foi meu melhor ano, foi meu melhor tudo", disse Pelé, em 2008. "Para mim, 1958, com a idade que eu tinha e a maturidade que peguei, foi a base para toda a minha vida", afirmou. Em 1962, o Santos, que tinha Pelé, conquistou a sua primeira Libertadores ao derrotar o Peñarol, do Uruguai, por 3 a 0, na final. O Rei anotou dois gols. Dois meses depois, o time da Baixada Santista ganhou o Mundial de Clubes ao bater o Benfica, por 5 a 2, com três gols de Pelé. Pelé chegou à Copa do Mundo de 1962, no Chile, como grande candidato a craque. No entanto, sofreu um estiramento muscular logo no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia, e não pôde mais disputar a competição. "Eu me contundi na Copa de 1962, no Chile, e fiquei fora. Mas Deus presenteou o Brasil com a conquista daquele Mundial", afirmou Pelé à Folha, em 2014. A seleção conquistou o bi ao derrotar a Tchecoslováquia na final, por 3 a 1. A geração de Pelé havia sido campeã em 1962 num duro embate com o Peñarol. Em 1963, encontrou o Boca Juniors, da Argentina, então finalista pela primeira vez. No Maracanã, os santistas venceram por 3 a 2 (Coutinho, duas vezes, e Lima). Na Bombonera, Coutinho e Pelé deram a vitória de virada por 2 a 1, mas em jogo considerado por aquela geração um dos mais complicados. Para suportar a pressão da torcida, alguns jogadores tentaram tapar os ouvidos com algodão. Dois meses depois, Pelé e o Santos ganharam o Mundial pela segunda vez ao vencer o Milan, por 1 a 0, no jogo de desempate. Liderado por Pelé, o Santos realizou em 1969 uma viagem para a África para um amistoso contra a seleção do Meio Oeste, na cidade de Benin, na Nigéria. O time brasileiro venceu por 2 a 1. O mais marcante dessa partida, porém, não foi o resultado, mas sim o fato de Pelé e o clube brasileiro terem parado a guerra de Biafra. Naquela época, Biafra se levantava contra o poder nigeriano para tentar a sua independência. Houve uma trégua de dois dias para que Pelé pudesse mostrar o seu futebol. Assim que o Santos levantou voo, a guerra recomeçou. Foi exatamente às 23h23 do dia 19 de novembro de 1969 que Pelé anotou, de pênalti, o seu contestado milésimo gol. Aconteceu numa partida contra o Vasco, no Maracanã. O gol saiu em um pênalti sofrido pelo próprio Pelé quando o jogo estava empatado por 1 a 1. O primeiro gol santista fora marcado contra, por Renê, para evitar que Pelé, logo atrás, o fizesse. Corria o 34º minuto quando o número 10 andou em direção à bola, bateu com o pé direito, mandando-a no canto esquerdo do goleiro argentino Andrada, que pulou bem. Porém, segundo a Folha publicou em 1995, o jogador já havia marcado o seu gol número mil um jogo antes, na Paraíba. Após uma grande pesquisa, foi constatado que houve um gol perdido na contagem de gols de Pelé. Segundo matéria da época, o jogador ficou surpreso com a notícia. No campo, Pelé, que não se preocupou com essa contagem, correu para dentro do gol, enquanto Andrada dava murros no chão, beijou a bola, ergueu-a como um troféu e, depois, ele mesmo era levantado pela multidão no campo. Pelé conquistou em 1970, no México, o seu terceiro título da Copa do Mundo. Na final do torneio, foi exatamente ele quem abriu o placar da vitória por 4 a 1 sobre a Itália. O Mundial de 1970 foi o último de Pelé, único jogador a vencer três vezes a competição. Ele marcou quatro gols nesta Copa. Pelé jogou a sua última partida pelo Santos em 1974, contra a Ponte Preta, na Vila Belmiro. Foram 1.116 jogos pelo time alvinegro e 1.091 gols. É o jogador que mais atuou com a camisa do clube e o maior artilheiro da história da equipe. Mas a sua história nos campos não acabou aí. Em 1975, ele acertou um contrato com o New York Cosmos, onde atuou até 1977. Em 1º de outubro de 1977, Pelé fazia o seu último jogo como profissional, em Nova York, nos Estados Unidos. No Cosmos, ele enfrentou justamente o Santos. Na ocasião, Pelé jogou cada tempo do jogo por uma equipe e o seu último gol foi com a camisa do time americano, que venceu por 2 a 1. Após o duelo, Pelé foi carregado no gramado.
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Crítica: Tensão de longa argentino faz lembrar a de 'O Som Ao Redor'
Embora o cinema argentino recente seja bastante diverso, o senso comum costuma associá-lo a dramas agridoces de classe média passados em Buenos Aires –tais como "O Filho da Noiva", "Valentin" ou "O Abraço Partido". Como "Relatos Selvagens", "Bem Perto de Buenos Aires" é mais um filme que foge a esse padrão –a princípio, por meio de um deslocamento geográfico. A trama se passa em um subúrbio da capital. Ali parece ficar mais evidente a divisão de classes que é apenas insinuada em outros filmes. De um lado, os ricos com seus condomínios. Do outro, os pobres que os atendem e vivem em casas modestas. Trata-se de um filme coral, que acompanha diversos personagens. Há um garoto calado que tem uma namorada garçonete, um pai policial e uma avó que trabalha como empregada de uma mulher rica e seu filho excêntrico. Há um casal rico que se assusta com a possibilidade de invasão de sua casa após um rombo aparecer na cerca. E há também personagens que aparecem e desaparecem sem deixar uma marca na trama. Em vez da narrativa sólida que estamos acostumados a esperar dos argentinos, "Bem Perto de Buenos Aires" se constrói a partir de pequenos esquetes de um humor seco –realistas e, ao mesmo tempo, com uma aura surreal. Em um certo sentido, o filme lembra "O Som ao Redor", com sua luta de classes silenciosa, sua tensão social que parece sempre à beira de uma explosão e seu olhar irônico para os privilegiados. Mas, enquanto a narrativa do brasileiro parece sempre caminhar para frente (mesmo longe de um molde clássico), a do argentino começa a girar em falso, com um tom monocórdio –para se recuperar apenas no estranho e interessante final. BEM PERTO DE BUENOS AIRES (HISTORIA DEL MIEDO) DIREÇÃO Benjamín Naishtat ELENCO Jonathan Da Rosa, Tatiana Giménez, Mirella Pascual PRODUÇÃO Argentina/França, 2012, 14 anos QUANDO em cartaz AVALIAÇÃO bom
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Crítica: Tensão de longa argentino faz lembrar a de 'O Som Ao Redor'Embora o cinema argentino recente seja bastante diverso, o senso comum costuma associá-lo a dramas agridoces de classe média passados em Buenos Aires –tais como "O Filho da Noiva", "Valentin" ou "O Abraço Partido". Como "Relatos Selvagens", "Bem Perto de Buenos Aires" é mais um filme que foge a esse padrão –a princípio, por meio de um deslocamento geográfico. A trama se passa em um subúrbio da capital. Ali parece ficar mais evidente a divisão de classes que é apenas insinuada em outros filmes. De um lado, os ricos com seus condomínios. Do outro, os pobres que os atendem e vivem em casas modestas. Trata-se de um filme coral, que acompanha diversos personagens. Há um garoto calado que tem uma namorada garçonete, um pai policial e uma avó que trabalha como empregada de uma mulher rica e seu filho excêntrico. Há um casal rico que se assusta com a possibilidade de invasão de sua casa após um rombo aparecer na cerca. E há também personagens que aparecem e desaparecem sem deixar uma marca na trama. Em vez da narrativa sólida que estamos acostumados a esperar dos argentinos, "Bem Perto de Buenos Aires" se constrói a partir de pequenos esquetes de um humor seco –realistas e, ao mesmo tempo, com uma aura surreal. Em um certo sentido, o filme lembra "O Som ao Redor", com sua luta de classes silenciosa, sua tensão social que parece sempre à beira de uma explosão e seu olhar irônico para os privilegiados. Mas, enquanto a narrativa do brasileiro parece sempre caminhar para frente (mesmo longe de um molde clássico), a do argentino começa a girar em falso, com um tom monocórdio –para se recuperar apenas no estranho e interessante final. BEM PERTO DE BUENOS AIRES (HISTORIA DEL MIEDO) DIREÇÃO Benjamín Naishtat ELENCO Jonathan Da Rosa, Tatiana Giménez, Mirella Pascual PRODUÇÃO Argentina/França, 2012, 14 anos QUANDO em cartaz AVALIAÇÃO bom
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Na contramão de artistas, Regina Duarte defende extinção do MinC
A atriz Regina Duarte discordou da análise publicada pela Folha nesta quinta-feira (19) de que a Cultura vai permanecer em coma após a extinção do MinC. Pelo seu Instagram, ela publicou uma imagem do texto feito pelo sociólogo Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, e disse que a Cultura não deve ser tratada como prioridade se o Brasil enfrenta problemas em outras áreas. "Se o país está 'em coma', não entendo a insistência no autoengano de achar que a Cultura pode se safar, sadia, do desconserto geral que nos abateu", declarou Regina na rede social. "A teoria é linda, a prática é outra (dolorida). Sou a favor da ideia de manter a Cultura internada no 'hospital' da educação. Depois da possibilidade de 'alta', vamos ver o que pode ser melhor pra ela e para todos nós, brasileiros", acrescentou. Nos últimos meses, Regina usou as redes sociais para se manifestar contra o governo de Dilma Rousseff. Ela também esteve presente no protesto de 13 de março. Michel Temer havia acabado com o Ministério da Cultura e unido-o ao da Educação. A decisão provocou revolta da classe artística. Há ocupações em diversas cidades, e outras celebridades da Globo, como Marieta Severo, Renata Sorrah, Marcelo Serrado, Marco Nanini, Tonico Pereira e Bruna Linzmeyer, já se colocaram contra o fim do MinC. Devido aos protestos, optou por criar a Secraetaria Nacional de Cultura. O presidente interino buscou colocar uma mulher no cargo de secretário nacional, mas após diversas recusas, escolheu Marcelo Calero, então secretário municipal de Cultura do Rio. Procurada pela Folha sobre seus comentários na web, Regina Duarte não se manifestou. Regina Duarte
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Na contramão de artistas, Regina Duarte defende extinção do MinCA atriz Regina Duarte discordou da análise publicada pela Folha nesta quinta-feira (19) de que a Cultura vai permanecer em coma após a extinção do MinC. Pelo seu Instagram, ela publicou uma imagem do texto feito pelo sociólogo Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, e disse que a Cultura não deve ser tratada como prioridade se o Brasil enfrenta problemas em outras áreas. "Se o país está 'em coma', não entendo a insistência no autoengano de achar que a Cultura pode se safar, sadia, do desconserto geral que nos abateu", declarou Regina na rede social. "A teoria é linda, a prática é outra (dolorida). Sou a favor da ideia de manter a Cultura internada no 'hospital' da educação. Depois da possibilidade de 'alta', vamos ver o que pode ser melhor pra ela e para todos nós, brasileiros", acrescentou. Nos últimos meses, Regina usou as redes sociais para se manifestar contra o governo de Dilma Rousseff. Ela também esteve presente no protesto de 13 de março. Michel Temer havia acabado com o Ministério da Cultura e unido-o ao da Educação. A decisão provocou revolta da classe artística. Há ocupações em diversas cidades, e outras celebridades da Globo, como Marieta Severo, Renata Sorrah, Marcelo Serrado, Marco Nanini, Tonico Pereira e Bruna Linzmeyer, já se colocaram contra o fim do MinC. Devido aos protestos, optou por criar a Secraetaria Nacional de Cultura. O presidente interino buscou colocar uma mulher no cargo de secretário nacional, mas após diversas recusas, escolheu Marcelo Calero, então secretário municipal de Cultura do Rio. Procurada pela Folha sobre seus comentários na web, Regina Duarte não se manifestou. Regina Duarte
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No Chile, só 2 estádios foram reconstruídos para a Copa América
O governo chileno prevê que os gastos com as reformas dos oito estádios públicos que receberão as partidas da Copa América serão de aproximadamente R$ 280 milhões. O nono estádio, o Monumental, em Santiago, é privado –pertence ao Colo Colo. Terá reparos mínimos a cargo do clube. O valor é, claro, bem menor do que o gasto pelo Brasil nos estádios da Copa do Mundo de 2014, que chegou a R$ 8 bilhões. Para a Copa América, a Conmebol não faz exigências como a Fifa, como estádios cobertos e com telões mega tecnológicos. O Brasil também construiu ou reconstruiu metade dos 12 estádios –os demais foram reformados, mas com expressivas mudanças estruturais. No Chile, apenas dois estádios foram reconstruídos e estão atrasados. Os demais passaram por reformas, alguns, como o de Temuco, até modestas. O Sausalito, em Viña Del Mar, onde o Brasil disputou a maioria dos jogos na Copa-1962, chegou a atrasar o sorteio dos grupos da competição porque não se sabia se ficaria pronto. Foi confirmado e receberá jogo da Argentina. O Ester Roa, em Concepción, que pode receber o Brasil na quartas de final e semifinal, foi remodelado totalmente e teve o custo mais ato dos nove estádios, R$ 150 milhões. Mas atrasou tanto que a organização decidiu que não receberia jogos da primeira fase, apenas três a partir das quartas (também uma semi e a disputa do terceiro lugar). Na Argentina, que foi sede da Copa América anterior, em 2011, os gastos com oito estádios foi de R$ 140 milhões –um foi construído, em San Juan, e os demais reformados. BRASIL ESTREIA EM CAMPO NOVO A seleção brasileira fará sua estreia na Copa América no no dia 14 de junho, contra o Peru, no estádio Germán Becker, na cidade de Temuco, a 670 km de Santiago. O jogo será o primeiro do novo gramado do estádio. Ao gasto de R$ 1,5 milhão, o governo local trocou toda a grama e o sistema de drenagem de um campo que alagava todas as vezes que chovia forte na cidade. Para o torneio, Dunga usará uma base do time que disputou a última Copa do Mundo. Foram chamados oito remanescentes da equipe de Luiz Felipe Scolari (veja abaixo). Editoria de Arte/Folhapress
esporte
No Chile, só 2 estádios foram reconstruídos para a Copa AméricaO governo chileno prevê que os gastos com as reformas dos oito estádios públicos que receberão as partidas da Copa América serão de aproximadamente R$ 280 milhões. O nono estádio, o Monumental, em Santiago, é privado –pertence ao Colo Colo. Terá reparos mínimos a cargo do clube. O valor é, claro, bem menor do que o gasto pelo Brasil nos estádios da Copa do Mundo de 2014, que chegou a R$ 8 bilhões. Para a Copa América, a Conmebol não faz exigências como a Fifa, como estádios cobertos e com telões mega tecnológicos. O Brasil também construiu ou reconstruiu metade dos 12 estádios –os demais foram reformados, mas com expressivas mudanças estruturais. No Chile, apenas dois estádios foram reconstruídos e estão atrasados. Os demais passaram por reformas, alguns, como o de Temuco, até modestas. O Sausalito, em Viña Del Mar, onde o Brasil disputou a maioria dos jogos na Copa-1962, chegou a atrasar o sorteio dos grupos da competição porque não se sabia se ficaria pronto. Foi confirmado e receberá jogo da Argentina. O Ester Roa, em Concepción, que pode receber o Brasil na quartas de final e semifinal, foi remodelado totalmente e teve o custo mais ato dos nove estádios, R$ 150 milhões. Mas atrasou tanto que a organização decidiu que não receberia jogos da primeira fase, apenas três a partir das quartas (também uma semi e a disputa do terceiro lugar). Na Argentina, que foi sede da Copa América anterior, em 2011, os gastos com oito estádios foi de R$ 140 milhões –um foi construído, em San Juan, e os demais reformados. BRASIL ESTREIA EM CAMPO NOVO A seleção brasileira fará sua estreia na Copa América no no dia 14 de junho, contra o Peru, no estádio Germán Becker, na cidade de Temuco, a 670 km de Santiago. O jogo será o primeiro do novo gramado do estádio. Ao gasto de R$ 1,5 milhão, o governo local trocou toda a grama e o sistema de drenagem de um campo que alagava todas as vezes que chovia forte na cidade. Para o torneio, Dunga usará uma base do time que disputou a última Copa do Mundo. Foram chamados oito remanescentes da equipe de Luiz Felipe Scolari (veja abaixo). Editoria de Arte/Folhapress
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Bolsa de Xangai cai 5,9% e caminha para pior mês da história
O índice geral da Bolsa de Xangai, indicador de referência na China, registrou uma forte queda de 5,9% nesta quarta-feira (8), apesar das novas medidas anunciadas pelo governo para tentar estabilizar o mercado. O índice, que ontem fechou com uma queda de 1,29% após um breve respiro de alta na segunda-feira depois de uma série de intervenções das autoridades, caminha rumo ao pior mês de sua história ao acumular perdas de 29% nas três últimas semanas. Na sessão de hoje, o índice chegou a cair 8% pouco após a abertura. Minutos depois, só havia três ações em alta, enquanto mais de 1.300 dos cerca de 2.800 títulos tiveram suas negociações suspensas ao registrarem as quedas máximas diárias de 10%. Pouco antes do meio-pregão, já eram 1.429 as ações de empresas (51% do total) que tinham suas operações interrompidas. Já a Bolsa de Shenzhen também fechou em baixa de 2,94%, apesar de ter chegado ao meio-pregão com queda de 4,44%. Pouco depois da abertura dos mercados, o Banco Popular da China anunciou uma série de medidas adicionais para dotar de maior liquidez a Corporação de Financiamento da Bolsa de Valores (CSF, na sigla em inglês), uma entidade de crédito marginal para tentar fornecer mais estabilidade. Além disso, a Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China (CRMV) reconheceu através de seu porta-voz, Deng Ge, que há "pânico" no mercado e uma tendência de "vendas não razoáveis" que o órgão de regulação está tentando compensar. A CRMV anunciou que a CSF aumentará também suas compras de ações de pequenas empresas, que estão especialmente na Bolsa de Shenzhen, e que foram mais prejudicadas nos últimos dias. O Gabinete do país anunciou nesta quarta-feira que planeja gastar 250 bilhões de iuanes (US$ 40,3 bilhões) para fomentar o crescimento em áreas da economia que mais precisam de suporte. O Conselho de Estado disse após reunião semanal que as autoridades também vão acelerar a construção de grandes projetos de serviços públicos, como estradas e instalações de conservação de água.
mercado
Bolsa de Xangai cai 5,9% e caminha para pior mês da históriaO índice geral da Bolsa de Xangai, indicador de referência na China, registrou uma forte queda de 5,9% nesta quarta-feira (8), apesar das novas medidas anunciadas pelo governo para tentar estabilizar o mercado. O índice, que ontem fechou com uma queda de 1,29% após um breve respiro de alta na segunda-feira depois de uma série de intervenções das autoridades, caminha rumo ao pior mês de sua história ao acumular perdas de 29% nas três últimas semanas. Na sessão de hoje, o índice chegou a cair 8% pouco após a abertura. Minutos depois, só havia três ações em alta, enquanto mais de 1.300 dos cerca de 2.800 títulos tiveram suas negociações suspensas ao registrarem as quedas máximas diárias de 10%. Pouco antes do meio-pregão, já eram 1.429 as ações de empresas (51% do total) que tinham suas operações interrompidas. Já a Bolsa de Shenzhen também fechou em baixa de 2,94%, apesar de ter chegado ao meio-pregão com queda de 4,44%. Pouco depois da abertura dos mercados, o Banco Popular da China anunciou uma série de medidas adicionais para dotar de maior liquidez a Corporação de Financiamento da Bolsa de Valores (CSF, na sigla em inglês), uma entidade de crédito marginal para tentar fornecer mais estabilidade. Além disso, a Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China (CRMV) reconheceu através de seu porta-voz, Deng Ge, que há "pânico" no mercado e uma tendência de "vendas não razoáveis" que o órgão de regulação está tentando compensar. A CRMV anunciou que a CSF aumentará também suas compras de ações de pequenas empresas, que estão especialmente na Bolsa de Shenzhen, e que foram mais prejudicadas nos últimos dias. O Gabinete do país anunciou nesta quarta-feira que planeja gastar 250 bilhões de iuanes (US$ 40,3 bilhões) para fomentar o crescimento em áreas da economia que mais precisam de suporte. O Conselho de Estado disse após reunião semanal que as autoridades também vão acelerar a construção de grandes projetos de serviços públicos, como estradas e instalações de conservação de água.
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BB e Bradesco devem socorrer Odebrecht com empréstimo de R$ 500 milhões
A Odebrecht está finalizando a negociação de um empréstimo-ponte com o Bradesco e também com o Banco do Brasil. Os valores devem chegar, no total, a R$ 500 milhões. CORDA Segundo executivo que acompanha as tratativas, o dinheiro servirá para a empreiteira "respirar" e ganhar tempo para seguir na tentativa de vender ativos. EM FRENTE A empresa confirma. "As negociações da Odebrecht Óleo e Gás se dão no âmbito da companhia. O BB e o Bradesco são credores da OOG e, assim como os bondholders, estão negociando a reestruturação desse endividamento", afirma, por meio de nota. "Newton Souza, na função de presidente do Conselho de Administração da Odebrecht Óleo e Gás, acompanha o assunto". PACOTE Pressionada pelas acusações de corrupção da Operação Lava Jato e por dívidas de R$ 90 bilhões, a Odebrecht colocou à venda um pacote de empresas na tentativa de levantar R$ 12 bilhões ao longo do ano. QUEM AVISA AMIGO É O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem usado o exemplo do pai, Hegesipo, que foi advogado, para defender o estabelecimento de uma idade mínima de aposentadoria no Brasil. "Ele parou de trabalhar aos 92 anos. E contra a minha vontade", diz. PETISCO OLÍMPICO O presidente interino, Michel Temer, ofereceu recepção a chefes de Estado e autoridades estrangeiras na abertura da Olimpíada, na sexta (5). Estiveram no Palácio do Itamaraty, no Rio, o prefeito Eduardo Paes, o arcebispo dom Orani Tempesta, o ministro do STF Gilmar Mendes com a mulher, Guiomar, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman. Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Alexandre de Moraes (Justiça) e Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional) e o secretário Moreira Franco (Investimentos) também participaram do evento, assim como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com a mulher, Patrícia. A VELHA GUARDA O prefeito Fernando Haddad reuniu em almoço nesta segunda (8) petistas que participaram das gestões de Luiza Erundina e Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo. JUNTO E MISTURADO Nomes como Marilena Chaui e Marco Aurélio Garcia estiveram no encontro, que teve como objetivo mostrar que, embora as rivais de Haddad na eleição deste ano tenham deixado o PT, o grupo que integrou as administrações petistas segue junto. Os eventuais méritos das gestões "não podem ser personificados", diz um deles. BARRADOS NO SALÃO O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidirá nesta terça (9) se moradores que estão devendo a taxa de condomínio podem ser impedidos de usar as áreas de lazer de onde moram. A discussão se dará em torno de processo movido por uma mulher de Belo Horizonte (MG) que foi proibida de frequentar a piscina de seu prédio. Ela se sentiu constrangida e decidiu acionar a Justiça. REVISITADO O comediante Marcelo Médici estará à frente do elenco que vai reencenar "Rocky Horror Show". O espetáculo de Richard O'Brien foi um dos primeiros grandes musicais a fazerem sucesso no Brasil, em 1975, e contava com Wolf Maya e Lucélia Santos. Com produção de Charles Möeller e Claudio Botelho, a nova versão conseguiu autorização para captar R$ 2 milhões via Lei Rouanet. DO SOFÁ Pelé assistiu de seu apartamento em São Paulo à abertura da Olimpíada. Gostou do espetáculo e considerou "justa" a escolha do ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima para acender a pira olímpica. O Rei do Futebol estava cotado até a véspera, mas disse não ter "condições físicas" para executar a tarefa. Ele se recupera de dores musculares e deve voltar a viajar no fim do mês. COLETIVO ARTÍSTICO Quase 40 galerias de arte de São Paulo vão fazer um fim de semana de atividades conjuntas em setembro, paralelamente à Bienal. Os espaços vão estender o horário de funcionamento entre os dias 2 e 4 e inaugurar uma série de exposições. A organização da 1ª Art Weekend também vai colocar vans gratuitas para transportar o público entre as galerias participantes. CURTO-CIRCUITO Arte em regiões de conflito é tema de debate nesta terça (9) no Red Bull Station, às 20h. O deputado Fernando Capez participa nesta terça (9) da estreia do "Assembleia Esportiva", às 22h, na TV Assembleia. A Direct Talk realiza nesta quarta (10), às 11h, o 5º encontro da campanha Eu Amo Meu Cliente, no Itaim Bibi. Lucila Zahran Turqueto materializa seu blog Casa de Valentina na High Design. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI,THAIS ARBEX e FILLIPE MAURO; colaborou LÍGIA MESQUITA
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BB e Bradesco devem socorrer Odebrecht com empréstimo de R$ 500 milhõesA Odebrecht está finalizando a negociação de um empréstimo-ponte com o Bradesco e também com o Banco do Brasil. Os valores devem chegar, no total, a R$ 500 milhões. CORDA Segundo executivo que acompanha as tratativas, o dinheiro servirá para a empreiteira "respirar" e ganhar tempo para seguir na tentativa de vender ativos. EM FRENTE A empresa confirma. "As negociações da Odebrecht Óleo e Gás se dão no âmbito da companhia. O BB e o Bradesco são credores da OOG e, assim como os bondholders, estão negociando a reestruturação desse endividamento", afirma, por meio de nota. "Newton Souza, na função de presidente do Conselho de Administração da Odebrecht Óleo e Gás, acompanha o assunto". PACOTE Pressionada pelas acusações de corrupção da Operação Lava Jato e por dívidas de R$ 90 bilhões, a Odebrecht colocou à venda um pacote de empresas na tentativa de levantar R$ 12 bilhões ao longo do ano. QUEM AVISA AMIGO É O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem usado o exemplo do pai, Hegesipo, que foi advogado, para defender o estabelecimento de uma idade mínima de aposentadoria no Brasil. "Ele parou de trabalhar aos 92 anos. E contra a minha vontade", diz. PETISCO OLÍMPICO O presidente interino, Michel Temer, ofereceu recepção a chefes de Estado e autoridades estrangeiras na abertura da Olimpíada, na sexta (5). Estiveram no Palácio do Itamaraty, no Rio, o prefeito Eduardo Paes, o arcebispo dom Orani Tempesta, o ministro do STF Gilmar Mendes com a mulher, Guiomar, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman. Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Alexandre de Moraes (Justiça) e Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional) e o secretário Moreira Franco (Investimentos) também participaram do evento, assim como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com a mulher, Patrícia. A VELHA GUARDA O prefeito Fernando Haddad reuniu em almoço nesta segunda (8) petistas que participaram das gestões de Luiza Erundina e Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo. JUNTO E MISTURADO Nomes como Marilena Chaui e Marco Aurélio Garcia estiveram no encontro, que teve como objetivo mostrar que, embora as rivais de Haddad na eleição deste ano tenham deixado o PT, o grupo que integrou as administrações petistas segue junto. Os eventuais méritos das gestões "não podem ser personificados", diz um deles. BARRADOS NO SALÃO O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidirá nesta terça (9) se moradores que estão devendo a taxa de condomínio podem ser impedidos de usar as áreas de lazer de onde moram. A discussão se dará em torno de processo movido por uma mulher de Belo Horizonte (MG) que foi proibida de frequentar a piscina de seu prédio. Ela se sentiu constrangida e decidiu acionar a Justiça. REVISITADO O comediante Marcelo Médici estará à frente do elenco que vai reencenar "Rocky Horror Show". O espetáculo de Richard O'Brien foi um dos primeiros grandes musicais a fazerem sucesso no Brasil, em 1975, e contava com Wolf Maya e Lucélia Santos. Com produção de Charles Möeller e Claudio Botelho, a nova versão conseguiu autorização para captar R$ 2 milhões via Lei Rouanet. DO SOFÁ Pelé assistiu de seu apartamento em São Paulo à abertura da Olimpíada. Gostou do espetáculo e considerou "justa" a escolha do ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima para acender a pira olímpica. O Rei do Futebol estava cotado até a véspera, mas disse não ter "condições físicas" para executar a tarefa. Ele se recupera de dores musculares e deve voltar a viajar no fim do mês. COLETIVO ARTÍSTICO Quase 40 galerias de arte de São Paulo vão fazer um fim de semana de atividades conjuntas em setembro, paralelamente à Bienal. Os espaços vão estender o horário de funcionamento entre os dias 2 e 4 e inaugurar uma série de exposições. A organização da 1ª Art Weekend também vai colocar vans gratuitas para transportar o público entre as galerias participantes. CURTO-CIRCUITO Arte em regiões de conflito é tema de debate nesta terça (9) no Red Bull Station, às 20h. O deputado Fernando Capez participa nesta terça (9) da estreia do "Assembleia Esportiva", às 22h, na TV Assembleia. A Direct Talk realiza nesta quarta (10), às 11h, o 5º encontro da campanha Eu Amo Meu Cliente, no Itaim Bibi. Lucila Zahran Turqueto materializa seu blog Casa de Valentina na High Design. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI,THAIS ARBEX e FILLIPE MAURO; colaborou LÍGIA MESQUITA
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Pior epidemia de dengue da história confirma 7 mortes em Ribeirão Preto
A pior epidemia de dengue da história de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) causou sete mortes e deixou doentes ao menos 34.373 pessoas que procuraram unidades de saúde da cidade nos cinco primeiros meses deste ano. Os dados fazem parte de boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (15) pela Secretaria da Saúde do município. No levantamento anterior, com dados até abril, já havia quatro mortes confirmadas. A cidade, que é campeã de registros de dengue em São Paulo em 2016, teve confirmadas as mortes de um idoso, uma criança e cinco mulheres com idades entre 31 e 80 anos, de acordo com a secretaria. Em maio, foram confirmados 518 casos, num cenário que tem apresentado queda nos últimos meses. O ápice da epidemia foi atingido em fevereiro, com 13.080 confirmações. De acordo com a administração, 56.111 pessoas procuraram unidades de saúde com suspeita da doença neste ano. Além da dengue, outras duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti atingiram altos níveis de infestação na cidade, especialmente o vírus da zika. Zika e microcefalia Foram registrados 5.304 casos suspeitos da doença entre janeiro e maio, incluindo gestantes que apresentaram manchas vermelhas no corpo. Todas foram submetidas a exames laboratoriais e, dos 405 resultados já conhecidos, 266 confirmaram a doença nas gestantes. Outros 139 foram descartados. Em maio, a cidade registrou o nascimento de uma criança com microcefalia, mas ainda está sendo investigado possível elo com zika. Já os casos suspeitos de chikungunya somam 134 neste ano, ante 28 registrados em todo o ano passado na cidade. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
cotidiano
Pior epidemia de dengue da história confirma 7 mortes em Ribeirão PretoA pior epidemia de dengue da história de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) causou sete mortes e deixou doentes ao menos 34.373 pessoas que procuraram unidades de saúde da cidade nos cinco primeiros meses deste ano. Os dados fazem parte de boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (15) pela Secretaria da Saúde do município. No levantamento anterior, com dados até abril, já havia quatro mortes confirmadas. A cidade, que é campeã de registros de dengue em São Paulo em 2016, teve confirmadas as mortes de um idoso, uma criança e cinco mulheres com idades entre 31 e 80 anos, de acordo com a secretaria. Em maio, foram confirmados 518 casos, num cenário que tem apresentado queda nos últimos meses. O ápice da epidemia foi atingido em fevereiro, com 13.080 confirmações. De acordo com a administração, 56.111 pessoas procuraram unidades de saúde com suspeita da doença neste ano. Além da dengue, outras duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti atingiram altos níveis de infestação na cidade, especialmente o vírus da zika. Zika e microcefalia Foram registrados 5.304 casos suspeitos da doença entre janeiro e maio, incluindo gestantes que apresentaram manchas vermelhas no corpo. Todas foram submetidas a exames laboratoriais e, dos 405 resultados já conhecidos, 266 confirmaram a doença nas gestantes. Outros 139 foram descartados. Em maio, a cidade registrou o nascimento de uma criança com microcefalia, mas ainda está sendo investigado possível elo com zika. Já os casos suspeitos de chikungunya somam 134 neste ano, ante 28 registrados em todo o ano passado na cidade. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Empresa que audita o Oscar se desculpa e diz que vai investigar erro
Empresa responsável por auditar a cerimônia do Oscar, a PricewaterhouseCoopers afirmou que está investigando por que aconteceu um erro na hora de anunciar o melhor filme, na cerimônia realizada na noite deste domingo (26). No prêmio mais importante da noite, uma confusão fez com que "La La Land" fosse anunciado como ganhador. Depois, a gafe foi percebida e as estatuetas, passadas para "Moonlight". "Nós sinceramente nos desculpamos com "Moonlight", "La La Land", Warren Beatty, Faye Dunaway e com os telespectadores do Oscar pelo erro que foi feito durante o anúncio do melhor filme", disse a empresa em uma nota. "Os apresentadores receberam por um erro o envelope da categoria errada. Quando descobrimos, isso foi imediatamente corrigido. Estamos investigando agora como isso aconteceu e lamentamos profundamente que tenha acontecido", acrescentou o texto do comunicado. Segundo Beatty, tudo começou quando ele recebeu o envelope de melhor atriz, não o de melhor filme. Ao abrir o envelope, percebeu que havia uma confusão e, para tentar ganhar tempo, enrolou ao dar o prêmio. Apressado por Dunaway, ele mostrou o envelope para ela. A apresentadora, porém, nem tentou ver se havia um erro. Bastou olhar que estava escrito "La La Land" no cartão para que ela anunciasse o prêmio. Segundo o site "The Hollywood Reporter" dois funcionários da PwC ficam posicionados ao lado do palco com envelopes iguais. Dependendo do lado que cada apresentador chega, um deles entrega o envelope. Daí o errado foi parar na mão de Warren Beatty. O que ainda não dá para saber é se eles entregaram por engano o de melhor atriz a Beatty ou se cartões a mais foram impressos. "Nós agradecemos a forma como os indicados, a Academia, a ABC e Jimmy Kimmel lidaram com a situação", completou a nota da PwC. Oscar comete erro na hora de entregar prêmio de melhor filme
ilustrada
Empresa que audita o Oscar se desculpa e diz que vai investigar erroEmpresa responsável por auditar a cerimônia do Oscar, a PricewaterhouseCoopers afirmou que está investigando por que aconteceu um erro na hora de anunciar o melhor filme, na cerimônia realizada na noite deste domingo (26). No prêmio mais importante da noite, uma confusão fez com que "La La Land" fosse anunciado como ganhador. Depois, a gafe foi percebida e as estatuetas, passadas para "Moonlight". "Nós sinceramente nos desculpamos com "Moonlight", "La La Land", Warren Beatty, Faye Dunaway e com os telespectadores do Oscar pelo erro que foi feito durante o anúncio do melhor filme", disse a empresa em uma nota. "Os apresentadores receberam por um erro o envelope da categoria errada. Quando descobrimos, isso foi imediatamente corrigido. Estamos investigando agora como isso aconteceu e lamentamos profundamente que tenha acontecido", acrescentou o texto do comunicado. Segundo Beatty, tudo começou quando ele recebeu o envelope de melhor atriz, não o de melhor filme. Ao abrir o envelope, percebeu que havia uma confusão e, para tentar ganhar tempo, enrolou ao dar o prêmio. Apressado por Dunaway, ele mostrou o envelope para ela. A apresentadora, porém, nem tentou ver se havia um erro. Bastou olhar que estava escrito "La La Land" no cartão para que ela anunciasse o prêmio. Segundo o site "The Hollywood Reporter" dois funcionários da PwC ficam posicionados ao lado do palco com envelopes iguais. Dependendo do lado que cada apresentador chega, um deles entrega o envelope. Daí o errado foi parar na mão de Warren Beatty. O que ainda não dá para saber é se eles entregaram por engano o de melhor atriz a Beatty ou se cartões a mais foram impressos. "Nós agradecemos a forma como os indicados, a Academia, a ABC e Jimmy Kimmel lidaram com a situação", completou a nota da PwC. Oscar comete erro na hora de entregar prêmio de melhor filme
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50 anos da Perspectiva e outras seis indicações culturais
HOMENAGEM | EDITORA PERSPECTIVA O editor e tradutor Jacó Guinsburg conversa sobre seu ofício na comemoração de 50 anos da casa responsável pela publicação de coleções como "Debates" e "Estudos". Há ainda performances e debates com Augusto de Campos, Roberta Estrela D'Alva e outros. Casa Guilherme de Almeida - Anexo | tel. (11) 3673-1883 sáb. (20), às 14h30 | grátis * EXPOSIÇÃO | EDITAL BOLSA SÃO PAULO Os artistas selecionados na primeira edição do programa de apoio às artes visuais idealizado pela galeria de Maria Bonomi e Lena Peres expõem seus trabalhos. Alexandre Heberte mostra obra composta em tear manual, enquanto Alexandre Teles e Julia Goeldi apresentam xilogravuras e águas-fortes, Sandro Brasil exibe vídeos e Thiago Hattnher, pinturas. galeria Transarte | tel. (11) 3142-9975 | abertura sáb. (20), às 13h de ter. a sex., das 13h às 20h; sáb., das 13h às 17h | grátis | até 15/8 * BOLSA | FOTOGRAFIA Acaba nesta semana o prazo para as inscrições na terceira edição da bolsa de fotografia ZUM/IMS. Os dois projetos selecionados ganham R$ 65 mil cada um, e os artistas terão prazo de oito meses para entregar o resultado final. Edital e formulário para inscrições em revistazum.com.br | até 19/6 * CONFERÊNCIA | ARIANE MNOUCHKINE No Rio, o encontro com a fundadora e diretora do grupo francês Théâtre du Soleil será precedido pela exibição de dois documentários sobre o engajamento político e artístico do grupo e seu processo de trabalho. A tradução fica por conta da atriz Fabianna de Mello e Souza, que fez parte da companhia por oito anos. Biblioteca Parque Estadual - Rio | tel. (21) 2332-7225 ter. (16), às 14h | grátis (ingressos a partir das 13h) * TEATRO | INSTRUÇÕES PARA COMPOR UMA PEÇA Com direção de Alice Nogueira, o Coletivo Cronópio encena peça baseada na primeira parte do livro "Histórias de Cronópios e de Famas", de Julio Cortázar. Ali, a proposta é apresentar um manual de instruções para que o ser humano lide consigo, com o mundo e com a morte. Centro Cultural São Paulo | tel. (11) 3397-4002 qua., às 20h | R$ 15 | até 22/6 * EXPOSIÇÃO | PORTINARI Sob curadoria de Denise Mattar, a mostra "Portinari e a Poética da Modernidade Brasileira" reúne 35 obras feitas pelo artista paulista (1903-62) entre 1931 e 1944. O primeiro ano marca a participação do pintor na organização do 38º Salão de Belas Artes do Rio e 1944, a realização da Exposição de Arte Moderna de Belo Horizonte, promovida por Juscelino Kubitschek. galeria Almeida e Dale | tel. (11) 3887-7130 abertura qui. (18), às 19h | de seg. à sex., das 10h às 18h; sáb., das 10h às 14h | grátis | até 15/8 * LANÇAMENTO | FABRIK FUNK O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP e a Universidade de Victoria, no Canadá, promovem o curta-metragem das professoras Alexandrine Boudreault-Fournier, Rose Satiko Gitirana Hikiji e Sylvia Caiuby Novaes. Gravado no ano passado no bairro paulistano de Cidade Tiradentes, o filme conta a história de Karoline, jovem operadora de telemarketing que quer entrar para o mundo da música funk. Centro Universitário Maria Antonia | tel. (11) 3123-5200 qua. (17), às 19h | grátis (ingressos a partir das 18h30)
ilustrissima
50 anos da Perspectiva e outras seis indicações culturaisHOMENAGEM | EDITORA PERSPECTIVA O editor e tradutor Jacó Guinsburg conversa sobre seu ofício na comemoração de 50 anos da casa responsável pela publicação de coleções como "Debates" e "Estudos". Há ainda performances e debates com Augusto de Campos, Roberta Estrela D'Alva e outros. Casa Guilherme de Almeida - Anexo | tel. (11) 3673-1883 sáb. (20), às 14h30 | grátis * EXPOSIÇÃO | EDITAL BOLSA SÃO PAULO Os artistas selecionados na primeira edição do programa de apoio às artes visuais idealizado pela galeria de Maria Bonomi e Lena Peres expõem seus trabalhos. Alexandre Heberte mostra obra composta em tear manual, enquanto Alexandre Teles e Julia Goeldi apresentam xilogravuras e águas-fortes, Sandro Brasil exibe vídeos e Thiago Hattnher, pinturas. galeria Transarte | tel. (11) 3142-9975 | abertura sáb. (20), às 13h de ter. a sex., das 13h às 20h; sáb., das 13h às 17h | grátis | até 15/8 * BOLSA | FOTOGRAFIA Acaba nesta semana o prazo para as inscrições na terceira edição da bolsa de fotografia ZUM/IMS. Os dois projetos selecionados ganham R$ 65 mil cada um, e os artistas terão prazo de oito meses para entregar o resultado final. Edital e formulário para inscrições em revistazum.com.br | até 19/6 * CONFERÊNCIA | ARIANE MNOUCHKINE No Rio, o encontro com a fundadora e diretora do grupo francês Théâtre du Soleil será precedido pela exibição de dois documentários sobre o engajamento político e artístico do grupo e seu processo de trabalho. A tradução fica por conta da atriz Fabianna de Mello e Souza, que fez parte da companhia por oito anos. Biblioteca Parque Estadual - Rio | tel. (21) 2332-7225 ter. (16), às 14h | grátis (ingressos a partir das 13h) * TEATRO | INSTRUÇÕES PARA COMPOR UMA PEÇA Com direção de Alice Nogueira, o Coletivo Cronópio encena peça baseada na primeira parte do livro "Histórias de Cronópios e de Famas", de Julio Cortázar. Ali, a proposta é apresentar um manual de instruções para que o ser humano lide consigo, com o mundo e com a morte. Centro Cultural São Paulo | tel. (11) 3397-4002 qua., às 20h | R$ 15 | até 22/6 * EXPOSIÇÃO | PORTINARI Sob curadoria de Denise Mattar, a mostra "Portinari e a Poética da Modernidade Brasileira" reúne 35 obras feitas pelo artista paulista (1903-62) entre 1931 e 1944. O primeiro ano marca a participação do pintor na organização do 38º Salão de Belas Artes do Rio e 1944, a realização da Exposição de Arte Moderna de Belo Horizonte, promovida por Juscelino Kubitschek. galeria Almeida e Dale | tel. (11) 3887-7130 abertura qui. (18), às 19h | de seg. à sex., das 10h às 18h; sáb., das 10h às 14h | grátis | até 15/8 * LANÇAMENTO | FABRIK FUNK O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP e a Universidade de Victoria, no Canadá, promovem o curta-metragem das professoras Alexandrine Boudreault-Fournier, Rose Satiko Gitirana Hikiji e Sylvia Caiuby Novaes. Gravado no ano passado no bairro paulistano de Cidade Tiradentes, o filme conta a história de Karoline, jovem operadora de telemarketing que quer entrar para o mundo da música funk. Centro Universitário Maria Antonia | tel. (11) 3123-5200 qua. (17), às 19h | grátis (ingressos a partir das 18h30)
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Localizados 2 grandes objetos que podem pertencer ao avião da AirAsia
As autoridades da Indonésia encontraram neste sábado dois grandes objetos no fundo do mar que podem pertencer ao avião da AirAsia que caiu no último domingo, no oeste do país, com 162 pessoas a bordo. O chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), Henry Bambang Soelistyo, afirmou que veículos submarinos estão sendo usados para confirmar se os objetos pertencem de fato ao Airbus 320-200, conforme a agência de notícias local Antara. Até o momento, as equipes de resgate recuperaram os corpos de 30 vítimas do acidente. O voo QZ-8501 da AirAsia, que saiu no dia 28 de dezembro da cidade de Surubaya, na Indonésia, e tinha previsão de pousar duas horas depois em Cingapura, caiu no mar de Java 40 minutos após a decolagem. Estavam a bordo 155 passageiros e outros sete integrantes da tripulação. Entre eles há 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês (copiloto), um malaio e um cingapuriano. O piloto solicitou à torre de controle para fazer um desvio à esquerda na rota e subir de 32 mil para 38 mil pés com o objetivo de contornar uma tempestade. A alteração de curso foi aprovada, mas a elevação negada porque outra aeronave já trafegava na mesma altitude. Minutos depois, quando os controladores de voo tentaram entrar em contato para informar que o avião da AirAsia estava autorizado a subir até 34 mil pés, não houve resposta. A aeronave já havia sumido dos radares. A Indonésia lançou uma operação internacional de busca e resgate, que cada vez mais conta com o apoio de novos países. No entanto, eles só descobriram na última terça-feira que o avião tinha caído no mar de Java.
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Localizados 2 grandes objetos que podem pertencer ao avião da AirAsiaAs autoridades da Indonésia encontraram neste sábado dois grandes objetos no fundo do mar que podem pertencer ao avião da AirAsia que caiu no último domingo, no oeste do país, com 162 pessoas a bordo. O chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), Henry Bambang Soelistyo, afirmou que veículos submarinos estão sendo usados para confirmar se os objetos pertencem de fato ao Airbus 320-200, conforme a agência de notícias local Antara. Até o momento, as equipes de resgate recuperaram os corpos de 30 vítimas do acidente. O voo QZ-8501 da AirAsia, que saiu no dia 28 de dezembro da cidade de Surubaya, na Indonésia, e tinha previsão de pousar duas horas depois em Cingapura, caiu no mar de Java 40 minutos após a decolagem. Estavam a bordo 155 passageiros e outros sete integrantes da tripulação. Entre eles há 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês (copiloto), um malaio e um cingapuriano. O piloto solicitou à torre de controle para fazer um desvio à esquerda na rota e subir de 32 mil para 38 mil pés com o objetivo de contornar uma tempestade. A alteração de curso foi aprovada, mas a elevação negada porque outra aeronave já trafegava na mesma altitude. Minutos depois, quando os controladores de voo tentaram entrar em contato para informar que o avião da AirAsia estava autorizado a subir até 34 mil pés, não houve resposta. A aeronave já havia sumido dos radares. A Indonésia lançou uma operação internacional de busca e resgate, que cada vez mais conta com o apoio de novos países. No entanto, eles só descobriram na última terça-feira que o avião tinha caído no mar de Java.
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Suspeita de planejar morte do marido nega participação no crime e culpa amante
Eliana Freitas Barreto, suspeita de planejar a morte do marido, o executivo Luiz Eduardo de Almeida Barreto, negou qualquer envolvimento no crime em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, neste domingo (19). A professora ainda disse que "sente ódio" de seu amante, Marcos Fábio Zeitunsian, por ter planejado o assassinato. "Eu nunca falei para ele, vai lá e mata o meu marido. Nunca." No início de junho, Luiz foi abordado por um criminoso quando voltava de um restaurante para o escritório, na região da av. Berrini, e morto a tiros. Na ocasião, celular e carteira da vítima foram recolhidos. Segundo a polícia, Eliana e o amante confessaram, em depoimento, terem planejado o crime. Entretanto, a professora agora nega que tenha planejado ou soubesse da intenção de Zeitunsian mandar matar o executivo. Dias antes do assassinato, a professora deu R$ 7.000 ao amante. De acordo com as investigações, R$ 3.000 foram utilizados para contratar Eliezer de Aragão, 46, que atirou em Barreto. Na entrevista, ela confirma que deu o valor a Zeitunsian, mas por outro motivo. "Eu dei os R$ 7 mil para ele, porque ele falou para mim que os R$ 7.000 eram para contratar um detetive, porque ele [Zeitunsian] queria provar para mim que meu marido tinha amante em São Paulo." De acordo com a polícia, o casal confessou que pretendia ficar com o seguro pela morte do executivo, no valor de R$ 500 mil. Na entrevista deste domingo, Eliane também negou que soubesse do seguro. "Eu não sabia isso, que meu marido tinha seguro no meu nome. Eu nunca soube nada de coisa de dinheiro do meu marido." INVESTIGAÇÃO Logo após o crime, a polícia prendeu Eliezer de Aragão, 46, que tentou fugir pela estação Berrini da CPTM. Aragão estava em liberdade provisória havia menos de um mês, após ter cumprido 17 anos de sua pena por latrocínio (roubo seguido de morte). No celular dele, a polícia encontrou fotos da vítima enviadas por Zeitunsian. Então, Aragão confessou que havia sido contratado para matar o executivo e que tentara fazer com que o crime parecesse um latrocínio. Dois dias depois, Zeitunsian foi preso e confessou que planejou o crime com Eliana, a mulher da vítima. "Nós ligamos para a Eliana, dissemos que precisaríamos ouvi-la aqui na delegacia. Quando ela chegou, nós apresentamos as provas que tínhamos e ela confessou", disse o delegado Giampaoli. CASO AMOROSO De acordo com a polícia, Eliana e Zeitunsian se conheceram há 12 anos, quando tiveram um caso por dois anos. Há dois anos, os dois se reencontraram por uma rede social e reataram o caso extraconjugal. Os dois entraram em acordo de matar Luiz Barreto e ficar com o dinheiro do seguro pela morte. Zeitunsian, que trabalha no ramo de segurança, contratou Aragão por R$ 3 mil (valor que seria pago após a execução do crime). Depois disso, por três semanas, os dois passaram a municiar Aragão com fotos e informações sobre a rotina do executivo. Segundo a polícia, Zeitunsian estava no local do crime quando o executivo saiu do restaurante. Teria sido ele quem indicou a vítima ao executor.
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Suspeita de planejar morte do marido nega participação no crime e culpa amanteEliana Freitas Barreto, suspeita de planejar a morte do marido, o executivo Luiz Eduardo de Almeida Barreto, negou qualquer envolvimento no crime em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, neste domingo (19). A professora ainda disse que "sente ódio" de seu amante, Marcos Fábio Zeitunsian, por ter planejado o assassinato. "Eu nunca falei para ele, vai lá e mata o meu marido. Nunca." No início de junho, Luiz foi abordado por um criminoso quando voltava de um restaurante para o escritório, na região da av. Berrini, e morto a tiros. Na ocasião, celular e carteira da vítima foram recolhidos. Segundo a polícia, Eliana e o amante confessaram, em depoimento, terem planejado o crime. Entretanto, a professora agora nega que tenha planejado ou soubesse da intenção de Zeitunsian mandar matar o executivo. Dias antes do assassinato, a professora deu R$ 7.000 ao amante. De acordo com as investigações, R$ 3.000 foram utilizados para contratar Eliezer de Aragão, 46, que atirou em Barreto. Na entrevista, ela confirma que deu o valor a Zeitunsian, mas por outro motivo. "Eu dei os R$ 7 mil para ele, porque ele falou para mim que os R$ 7.000 eram para contratar um detetive, porque ele [Zeitunsian] queria provar para mim que meu marido tinha amante em São Paulo." De acordo com a polícia, o casal confessou que pretendia ficar com o seguro pela morte do executivo, no valor de R$ 500 mil. Na entrevista deste domingo, Eliane também negou que soubesse do seguro. "Eu não sabia isso, que meu marido tinha seguro no meu nome. Eu nunca soube nada de coisa de dinheiro do meu marido." INVESTIGAÇÃO Logo após o crime, a polícia prendeu Eliezer de Aragão, 46, que tentou fugir pela estação Berrini da CPTM. Aragão estava em liberdade provisória havia menos de um mês, após ter cumprido 17 anos de sua pena por latrocínio (roubo seguido de morte). No celular dele, a polícia encontrou fotos da vítima enviadas por Zeitunsian. Então, Aragão confessou que havia sido contratado para matar o executivo e que tentara fazer com que o crime parecesse um latrocínio. Dois dias depois, Zeitunsian foi preso e confessou que planejou o crime com Eliana, a mulher da vítima. "Nós ligamos para a Eliana, dissemos que precisaríamos ouvi-la aqui na delegacia. Quando ela chegou, nós apresentamos as provas que tínhamos e ela confessou", disse o delegado Giampaoli. CASO AMOROSO De acordo com a polícia, Eliana e Zeitunsian se conheceram há 12 anos, quando tiveram um caso por dois anos. Há dois anos, os dois se reencontraram por uma rede social e reataram o caso extraconjugal. Os dois entraram em acordo de matar Luiz Barreto e ficar com o dinheiro do seguro pela morte. Zeitunsian, que trabalha no ramo de segurança, contratou Aragão por R$ 3 mil (valor que seria pago após a execução do crime). Depois disso, por três semanas, os dois passaram a municiar Aragão com fotos e informações sobre a rotina do executivo. Segundo a polícia, Zeitunsian estava no local do crime quando o executivo saiu do restaurante. Teria sido ele quem indicou a vítima ao executor.
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Agência vê pacto de congelar produção de petróleo como inexpressivo
Um acordo entre alguns produtores da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a Rússia para congelar a produção pode ser "inexpressivo", uma vez a Arábia Saudita seria o único país capaz de aumentar a oferta, disse um executivo sênior da AIE (Agência Internacional de Energia) nesta quarta-feira (23). Os contratos futuros do petróleo Brent já subiram mais de 50% ante uma mínima de 12 anos de cerca de US$ 27 o barril atingida neste ano, recuperando-se após Rússia e Arábia Saudita, Venezuela e Catar, estes últimos membros da Opep, terem fechado acordo no mês passado para manter a produção nos níveis de janeiro. O Catar convidou todos os 13 membros da Opep e os maiores produtores não membros para um encontro em Doha em 17 de abril, quando haverá uma nova rodada de negociações para ampliar o acordo de congelamento. "Entre o grupo de países (participantes do encontro) que conhecemos até o momento, apenas a Arábia Saudita tem alguma possibilidade de elevar sua produção", disse o chefe da divisão de petróleo e mercados da AIE, Neil Atkinson, em um evento do setor. "Então um congelamento da oferta talvez seja inexpressivo. É mais algum tipo de gesto que talvez tem como objetivo... criar uma confiança que haverá alguma estabilidade nos preços do petróleo." A agência espera que a diferença entre oferta e consumo caia neste ano, abrindo o caminho para uma recuperação dos preços em 2017.
mercado
Agência vê pacto de congelar produção de petróleo como inexpressivoUm acordo entre alguns produtores da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a Rússia para congelar a produção pode ser "inexpressivo", uma vez a Arábia Saudita seria o único país capaz de aumentar a oferta, disse um executivo sênior da AIE (Agência Internacional de Energia) nesta quarta-feira (23). Os contratos futuros do petróleo Brent já subiram mais de 50% ante uma mínima de 12 anos de cerca de US$ 27 o barril atingida neste ano, recuperando-se após Rússia e Arábia Saudita, Venezuela e Catar, estes últimos membros da Opep, terem fechado acordo no mês passado para manter a produção nos níveis de janeiro. O Catar convidou todos os 13 membros da Opep e os maiores produtores não membros para um encontro em Doha em 17 de abril, quando haverá uma nova rodada de negociações para ampliar o acordo de congelamento. "Entre o grupo de países (participantes do encontro) que conhecemos até o momento, apenas a Arábia Saudita tem alguma possibilidade de elevar sua produção", disse o chefe da divisão de petróleo e mercados da AIE, Neil Atkinson, em um evento do setor. "Então um congelamento da oferta talvez seja inexpressivo. É mais algum tipo de gesto que talvez tem como objetivo... criar uma confiança que haverá alguma estabilidade nos preços do petróleo." A agência espera que a diferença entre oferta e consumo caia neste ano, abrindo o caminho para uma recuperação dos preços em 2017.
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Governo avalia reduzir a 10% desconto automático de salário no Fies
O novo Fies, que será divulgado pelo governo nesta quinta-feira (6), prevê que a devolução do financiamento ocorrerá por meio do desconto automático do salário do recém-formado. A medida provisória fará menção à legislação que estabelece o limite de 30% para o crédito consignado, conforme mostrou a Folha. O grupo do governo que estuda as mudanças no Fies avalia, contudo, fixar um percentual de cerca de 10% para o desconto no salário no caso específico do financiamento estudantil. Essa é a taxa média adotada em outros países, segundo argumento de técnicos do governo. Esse percentual pode ser estabelecido em uma portaria que sairá após a divulgação da medida provisória do novo Fies. A ideia da equipe do presidente Michel Temer é deixar de fora da MP alguns pontos do novo Fies para ter maior flexibilidade e não depender da aprovação pelo Congresso Nacional. Segundo um integrante do governo que participa das discussões, a divulgação da informação de que o desconto no salário pode chegar a 30% nesta quarta-feira (5) causou uma repercussão ruim. Além da possibilidade de criar um limite específico para o Fies, o governo também deve regulamentar, depois da medida provisória, o período que o recém-formado terá para conseguir um emprego. Passado esse período, serão acionadas as garantias, como fiador e fundo garantidor, para honrar a dívida. A expectativa é que esse prazo seja de alguns meses. Outra mudança proposta para o ano que vem, como a Folha revelou em junho, é que o aluno saberá, já ao firmar o contrato, o valor total do empréstimo para pagar o ensino superior. Isso porque o contrato será para todo o período. Atualmente, o financiamento é renovado a cada semestre e segue o reajuste das mensalidades. - 'CRÉDITO CONSIGNADO' Como é: Pagamento do financiamento independe de o recém-formado conseguir um emprego Como vai ficar: Ao conseguir emprego, ex-aluno terá desconto automático de até 30% do salário para pagar a dívida CARÊNCIA Como é: Estudante tem um ano e meio para começar a quitar o financiamento após o fim do curso Como vai ficar: Devolução do empréstimo começará quando o recém-formado conseguir um emprego VALOR TOTAL Como é: Valor financiado varia ao longo do curso, seguindo os reajustes das mensalidades Como vai ficar: Aluno saberá o valor total da dívida ao assinar o contrato
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Governo avalia reduzir a 10% desconto automático de salário no FiesO novo Fies, que será divulgado pelo governo nesta quinta-feira (6), prevê que a devolução do financiamento ocorrerá por meio do desconto automático do salário do recém-formado. A medida provisória fará menção à legislação que estabelece o limite de 30% para o crédito consignado, conforme mostrou a Folha. O grupo do governo que estuda as mudanças no Fies avalia, contudo, fixar um percentual de cerca de 10% para o desconto no salário no caso específico do financiamento estudantil. Essa é a taxa média adotada em outros países, segundo argumento de técnicos do governo. Esse percentual pode ser estabelecido em uma portaria que sairá após a divulgação da medida provisória do novo Fies. A ideia da equipe do presidente Michel Temer é deixar de fora da MP alguns pontos do novo Fies para ter maior flexibilidade e não depender da aprovação pelo Congresso Nacional. Segundo um integrante do governo que participa das discussões, a divulgação da informação de que o desconto no salário pode chegar a 30% nesta quarta-feira (5) causou uma repercussão ruim. Além da possibilidade de criar um limite específico para o Fies, o governo também deve regulamentar, depois da medida provisória, o período que o recém-formado terá para conseguir um emprego. Passado esse período, serão acionadas as garantias, como fiador e fundo garantidor, para honrar a dívida. A expectativa é que esse prazo seja de alguns meses. Outra mudança proposta para o ano que vem, como a Folha revelou em junho, é que o aluno saberá, já ao firmar o contrato, o valor total do empréstimo para pagar o ensino superior. Isso porque o contrato será para todo o período. Atualmente, o financiamento é renovado a cada semestre e segue o reajuste das mensalidades. - 'CRÉDITO CONSIGNADO' Como é: Pagamento do financiamento independe de o recém-formado conseguir um emprego Como vai ficar: Ao conseguir emprego, ex-aluno terá desconto automático de até 30% do salário para pagar a dívida CARÊNCIA Como é: Estudante tem um ano e meio para começar a quitar o financiamento após o fim do curso Como vai ficar: Devolução do empréstimo começará quando o recém-formado conseguir um emprego VALOR TOTAL Como é: Valor financiado varia ao longo do curso, seguindo os reajustes das mensalidades Como vai ficar: Aluno saberá o valor total da dívida ao assinar o contrato
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Red Hot lança 1º álbum em cinco anos e clipe dirigido por Olivia Wilde; veja
Após cinco anos sem lançamentos, o Red Hot Chili Peppers liberou nesta sexta (17) "The Getaway", seu novo álbum. Produzido por Danger Mouse e mixado por Nigel Godrich (produtor do Radiohead), o disco é o 11º de estúdio do grupo californiano e vem depois de cinco anos de "I'm with You", lançado em 2011. A banda também divulgou, pelo Facebook, o clipe de "Dark Necessities", primeiro single do novo trabalho, que já havia sido lançado em maio. assista O vídeo é dirigido por Olivia Wilde, atriz conhecida por seus papéis nas séries "Dr. House" e "Vinyl". Na agenda do Red Hot, há shows em festivais como Bottlerock, em Nappa Valley (EUA), Lollapalooza, em Chicago (EUA), e Pinkpop, em Landgraaf (Holanda). Ainda não há informações sobre apresentações no Brasil. A última passagem de Anthony Kiedis, Flea, Josh Klinghoffer e Chad Smith para shows no país foi em 2013, quanto tocou com o percussionista brasileiro Mauro Refosco. Ouça no spotify
ilustrada
Red Hot lança 1º álbum em cinco anos e clipe dirigido por Olivia Wilde; vejaApós cinco anos sem lançamentos, o Red Hot Chili Peppers liberou nesta sexta (17) "The Getaway", seu novo álbum. Produzido por Danger Mouse e mixado por Nigel Godrich (produtor do Radiohead), o disco é o 11º de estúdio do grupo californiano e vem depois de cinco anos de "I'm with You", lançado em 2011. A banda também divulgou, pelo Facebook, o clipe de "Dark Necessities", primeiro single do novo trabalho, que já havia sido lançado em maio. assista O vídeo é dirigido por Olivia Wilde, atriz conhecida por seus papéis nas séries "Dr. House" e "Vinyl". Na agenda do Red Hot, há shows em festivais como Bottlerock, em Nappa Valley (EUA), Lollapalooza, em Chicago (EUA), e Pinkpop, em Landgraaf (Holanda). Ainda não há informações sobre apresentações no Brasil. A última passagem de Anthony Kiedis, Flea, Josh Klinghoffer e Chad Smith para shows no país foi em 2013, quanto tocou com o percussionista brasileiro Mauro Refosco. Ouça no spotify
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Organização cria fundo para estimular doações, ainda tímidas, no Brasil
O Brasil ocupa o 90º lugar no World Giving Index 2014, o maior ranking de solidadriedade do mundo, que reúne 135 países. Para estimular a prática no país, o Gife lançou nesta segunda-feira (19) o Fundo BIS, um apoio a iniciativas que contribuam para ampliar o volume de doações. Para alimentar o fundo, o Gife irá estimular investidores sociais e interessados no tema a doarem 1% de seus orçamentos. Gerido pelo banco JPMorgan, a estimativa é de chegar a R$ 30 milhões, caso todos direcionassem a porcentagem de seus recursos. Junto do anúncio do Fundo BIS, na celebração de 20 anos do aniversário do Gife, foi apresentado um documentário inédito sobre o desenvolvimento da sociedade civil no Brasil nos últimos 20 anos e o contexto do Investimento Social, produzido pela Maria Farinha Filmes.
empreendedorsocial
Organização cria fundo para estimular doações, ainda tímidas, no BrasilO Brasil ocupa o 90º lugar no World Giving Index 2014, o maior ranking de solidadriedade do mundo, que reúne 135 países. Para estimular a prática no país, o Gife lançou nesta segunda-feira (19) o Fundo BIS, um apoio a iniciativas que contribuam para ampliar o volume de doações. Para alimentar o fundo, o Gife irá estimular investidores sociais e interessados no tema a doarem 1% de seus orçamentos. Gerido pelo banco JPMorgan, a estimativa é de chegar a R$ 30 milhões, caso todos direcionassem a porcentagem de seus recursos. Junto do anúncio do Fundo BIS, na celebração de 20 anos do aniversário do Gife, foi apresentado um documentário inédito sobre o desenvolvimento da sociedade civil no Brasil nos últimos 20 anos e o contexto do Investimento Social, produzido pela Maria Farinha Filmes.
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'Folhinha' reúne crianças guaranis para ler histórias indígenas; assista
Muito antes de serem contadas nos livros, as histórias indígenas habitavam as conversas à tardinha. Nas aldeias, elas ainda circulam de boca em boca. É assim que, ainda hoje, acontece na aldeia guarani Krukutu, localizada em Parelheiros (zona sul de São Paulo). Ali vivem cerca de 300 pessoas. Apesar de espremida pela cidade, a mata ao redor da aldeia é cheia de corujas que piam por lá. E foi esse piado noturno que deu ao lugar o nome de krukutu. Mas a mata guarda outros segredos, conta o menino Robert Tupã de Oliveira, 10, aluno da escola estadual indígena Krukutu (conheça aqui a indiazinha Maitê). Ele diz que Kamba'i está sempre por lá. Quem é ele? É uma criatura que não larga o cachimbo e protege a mata contra os que criam desordem na natureza. "Ele é um guardião da floresta", completa Olívio Jekupé, 49, escritor guarani também vive na aldeia e escreveu vários livros, como "Ajuda do Saci – Kamba'i" (DCL; R$ 27). Mas o menino Robert se lembra mesmo das histórias que seu pai contou sobre o Kamba'i, esse Saci dos guaranis. "Ele fala outra língua, mas meu pai entende o que ele diz." DE PAI PARA FILHO Robert é filho do cacique Karaí de Oliveira Paula, 31, que costuma contar aos filhos o que ouvia dos pais e avós, que, por sua vez, também contavam o que escutavam dos mais velhos. "Cresci com as histórias do meu avô", lembra Karaí, que confirma seu encontro com o Kamba'í. "Ainda hoje existem os guardiões. A gente não vê esses protetores a olho nu, mas os pajés os veem", diz. Ele teme, no entanto, que ultimamente seu povo esteja "perdendo um pouco o costume de contar história para as crianças". Em aula, o escritor Olívio afirma a importância de as narrativas serem passadas de geração em geração. "Não podemos perder nossas histórias", afirma. A convite da "Folhinha", um grupo de alunos da escola indígena Krukutu se reuniu para ler alguns dos livros indicados pela "Folhinha" (veja vídeo acima). Olívio desafia os alunos: "Peçam aos pais que contem uma história do Kamba'í". Karaí, o cacique, diz que os livros são de grande ajuda para que as histórias tradicionais não sejam esquecidas. Podem ajudar no diálogo entre pais e filhos. "É importante as crianças lerem as histórias registradas nesses livros. Podem perguntar e conversar com os pais sobre o que leram." Assim, as narrativas vão continuar viajando sempre, um pouco de boca em boca, na oralidade, e um pouco de mão em mão, pelos livros que trazem as histórias indígenas. Fotografia: FELIX LIMA | Edição CARLOS CECCONELLO
folhinha
'Folhinha' reúne crianças guaranis para ler histórias indígenas; assistaMuito antes de serem contadas nos livros, as histórias indígenas habitavam as conversas à tardinha. Nas aldeias, elas ainda circulam de boca em boca. É assim que, ainda hoje, acontece na aldeia guarani Krukutu, localizada em Parelheiros (zona sul de São Paulo). Ali vivem cerca de 300 pessoas. Apesar de espremida pela cidade, a mata ao redor da aldeia é cheia de corujas que piam por lá. E foi esse piado noturno que deu ao lugar o nome de krukutu. Mas a mata guarda outros segredos, conta o menino Robert Tupã de Oliveira, 10, aluno da escola estadual indígena Krukutu (conheça aqui a indiazinha Maitê). Ele diz que Kamba'i está sempre por lá. Quem é ele? É uma criatura que não larga o cachimbo e protege a mata contra os que criam desordem na natureza. "Ele é um guardião da floresta", completa Olívio Jekupé, 49, escritor guarani também vive na aldeia e escreveu vários livros, como "Ajuda do Saci – Kamba'i" (DCL; R$ 27). Mas o menino Robert se lembra mesmo das histórias que seu pai contou sobre o Kamba'i, esse Saci dos guaranis. "Ele fala outra língua, mas meu pai entende o que ele diz." DE PAI PARA FILHO Robert é filho do cacique Karaí de Oliveira Paula, 31, que costuma contar aos filhos o que ouvia dos pais e avós, que, por sua vez, também contavam o que escutavam dos mais velhos. "Cresci com as histórias do meu avô", lembra Karaí, que confirma seu encontro com o Kamba'í. "Ainda hoje existem os guardiões. A gente não vê esses protetores a olho nu, mas os pajés os veem", diz. Ele teme, no entanto, que ultimamente seu povo esteja "perdendo um pouco o costume de contar história para as crianças". Em aula, o escritor Olívio afirma a importância de as narrativas serem passadas de geração em geração. "Não podemos perder nossas histórias", afirma. A convite da "Folhinha", um grupo de alunos da escola indígena Krukutu se reuniu para ler alguns dos livros indicados pela "Folhinha" (veja vídeo acima). Olívio desafia os alunos: "Peçam aos pais que contem uma história do Kamba'í". Karaí, o cacique, diz que os livros são de grande ajuda para que as histórias tradicionais não sejam esquecidas. Podem ajudar no diálogo entre pais e filhos. "É importante as crianças lerem as histórias registradas nesses livros. Podem perguntar e conversar com os pais sobre o que leram." Assim, as narrativas vão continuar viajando sempre, um pouco de boca em boca, na oralidade, e um pouco de mão em mão, pelos livros que trazem as histórias indígenas. Fotografia: FELIX LIMA | Edição CARLOS CECCONELLO
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Indicador da OCDE sinaliza melhora do crescimento econômico do Brasil
O crescimento da economia brasileira acelerou em julho, acompanhando a melhora dos principais países emergentes, de acordo com indicador da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgado nesta quinta-feira (8). O índice para o Brasil alcançou 100,34 em julho, na primeira vez desde março de 2013 que superou a marca de 100. Segundo a OCDE, houve melhoras entre as principais economias emergentes, com o indicador mostrando que o crescimento está acelerando no Brasil, China e Rússia e se firmando na Índia. Já o Reino Unido vai continuar a desacelerar após a votação para deixar a União Europeia. A organização havia suspendido a publicação de seu indicador por dois meses em julho por causa do plebiscito de 23 de junho no Reino Unido, afirmando que ele poderia tornar os dados enganosos. Em sua primeira divulgação após a votação, a OCDE disse que seu indicador para o Reino Unido subiu de 99,29 em junho para 99,32 em julho, mantendo-se abaixo da média de longo prazo de 100. "Embora ainda haja incerteza sobre a natureza do acordo que o Reino Unido concluirá com a UE, a volatilidade dos dados que surgiram nas semanas imediatamente após o referendo parecem ter reduzido", disse a OCDE. "Assumindo que este cenário continue nos próximos seis meses, a avaliação atual para o Reino Unido indica que o crescimento continuará a desacelerar, antes de se estabilizar em torno de uma taxa mais lenta no final do ano", acrescentou. O indicador mostrou um ritmo de crescimento estável nos Estados Unidos, no Japão e na zona do euro como um todo, incluindo a Alemanha, disse a organização. O indicador para os EUA caiu de 99,10 em julho para 99,03 em julho e subiu de 99,02 para 99,22 na China.
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Indicador da OCDE sinaliza melhora do crescimento econômico do BrasilO crescimento da economia brasileira acelerou em julho, acompanhando a melhora dos principais países emergentes, de acordo com indicador da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgado nesta quinta-feira (8). O índice para o Brasil alcançou 100,34 em julho, na primeira vez desde março de 2013 que superou a marca de 100. Segundo a OCDE, houve melhoras entre as principais economias emergentes, com o indicador mostrando que o crescimento está acelerando no Brasil, China e Rússia e se firmando na Índia. Já o Reino Unido vai continuar a desacelerar após a votação para deixar a União Europeia. A organização havia suspendido a publicação de seu indicador por dois meses em julho por causa do plebiscito de 23 de junho no Reino Unido, afirmando que ele poderia tornar os dados enganosos. Em sua primeira divulgação após a votação, a OCDE disse que seu indicador para o Reino Unido subiu de 99,29 em junho para 99,32 em julho, mantendo-se abaixo da média de longo prazo de 100. "Embora ainda haja incerteza sobre a natureza do acordo que o Reino Unido concluirá com a UE, a volatilidade dos dados que surgiram nas semanas imediatamente após o referendo parecem ter reduzido", disse a OCDE. "Assumindo que este cenário continue nos próximos seis meses, a avaliação atual para o Reino Unido indica que o crescimento continuará a desacelerar, antes de se estabilizar em torno de uma taxa mais lenta no final do ano", acrescentou. O indicador mostrou um ritmo de crescimento estável nos Estados Unidos, no Japão e na zona do euro como um todo, incluindo a Alemanha, disse a organização. O indicador para os EUA caiu de 99,10 em julho para 99,03 em julho e subiu de 99,02 para 99,22 na China.
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Temer faz acordo com Legislativo para tirar anistia a caixa dois de pauta
Em meio às críticas de integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, o presidente da República, Michel Temer, fez acordo com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de fazerem um pronunciamento conjunto neste domingo (27) contra a proposta de anistia do crime de caixa dois. A ideia foi do próprio presidente, que enfrenta a pior crise de seu governo e tenta emplacar uma pauta positiva para tentar reverter o cenário. Ele se reuniu neste sábado (26) com Maia no Palácio do Jaburu e acertou o formato do discurso, planejado desde sexta-feira (25), quando Geddel Vieira Lima pediu demissão da Secretaria de Governo após denúncia de que teria atuado na esfera governamental para garantir interesses pessoais em Salvador, sua base eleitoral. Segundo a Folha apurou, a ideia é que os presidentes do Legislativo não coloquem a proposta para votação. Temer também deve reforçar a informação que já havia mandado divulgar por meio aliados na noite de sexta-feira —a de que se a anistia for aprovada pelos parlamentares será vetada por ele. Nos últimos dias, Rodrigo Maia comandou uma série de reuniões com líderes de praticamente todos os partidos para tratar do assunto. Eles tentariam aprovar a anistia apresentando uma emenda em plenário. Já havia articulação, inclusive, para que o texto fosse levado imediatamente ao Senado, onde seria votado sem demora. Deputados e senadores correram contra o tempo para que as alterações na lei fossem aprovadas antes que a delação premiada de executivos da Odebrecht fizesse as primeiras vítimas no Congresso. EM BUSCA DA ANISTIA O vazamento do plano dos parlamentares, no entanto, tumultuou a sessão da Câmara na quinta-feira passada (24) e a votação teve que ser adiada para esta terça-feira (29). A informação de que a entrevista é para anunciar que a anistia não será mais votada irritou líderes da base aliada. Eles temem que o anúncio legitime a tese de que eram os governistas os fiadores da proposta, já que alguns poucos partidos da oposição –Rede e PSOL– se manifestavam contra. Neste sábado (26), Renan antecipou-se ao presidente da República e afirmou em nota que "o Senado não vai votar qualquer projeto que envolva eventuais anistias de campanhas eleitorais", uma vez que já tem uma pauta definida até o fim do ano. Também no texto, o peemedebista fala em poupar "o senhor presidente da República de veto ou sanção sobre matérias dessa natureza". Apesar de agora se dizer contrário à proposta, na quinta, enquanto a Câmara tentava votá-la, Renan afirmou que não havia como anistiar o caixa dois, uma vez que a ação não está tipificada como crime. "Estamos tratando das dez medidas de combate à corrupção. Dentro delas, a possibilidade de não se criminalizar o caixa dois no passado. Isso não significa anistia, porque não se pode anistiar um crime que não está tipificado, previsto." Esse é o mesmo argumento utilizado por aqueles que defendem anistiar o caixa dois. Destacam, primeiro, que não se pode punir um crime que não existe. Depois, que não é possível uma penalidade por algo do passado.
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Temer faz acordo com Legislativo para tirar anistia a caixa dois de pautaEm meio às críticas de integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, o presidente da República, Michel Temer, fez acordo com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de fazerem um pronunciamento conjunto neste domingo (27) contra a proposta de anistia do crime de caixa dois. A ideia foi do próprio presidente, que enfrenta a pior crise de seu governo e tenta emplacar uma pauta positiva para tentar reverter o cenário. Ele se reuniu neste sábado (26) com Maia no Palácio do Jaburu e acertou o formato do discurso, planejado desde sexta-feira (25), quando Geddel Vieira Lima pediu demissão da Secretaria de Governo após denúncia de que teria atuado na esfera governamental para garantir interesses pessoais em Salvador, sua base eleitoral. Segundo a Folha apurou, a ideia é que os presidentes do Legislativo não coloquem a proposta para votação. Temer também deve reforçar a informação que já havia mandado divulgar por meio aliados na noite de sexta-feira —a de que se a anistia for aprovada pelos parlamentares será vetada por ele. Nos últimos dias, Rodrigo Maia comandou uma série de reuniões com líderes de praticamente todos os partidos para tratar do assunto. Eles tentariam aprovar a anistia apresentando uma emenda em plenário. Já havia articulação, inclusive, para que o texto fosse levado imediatamente ao Senado, onde seria votado sem demora. Deputados e senadores correram contra o tempo para que as alterações na lei fossem aprovadas antes que a delação premiada de executivos da Odebrecht fizesse as primeiras vítimas no Congresso. EM BUSCA DA ANISTIA O vazamento do plano dos parlamentares, no entanto, tumultuou a sessão da Câmara na quinta-feira passada (24) e a votação teve que ser adiada para esta terça-feira (29). A informação de que a entrevista é para anunciar que a anistia não será mais votada irritou líderes da base aliada. Eles temem que o anúncio legitime a tese de que eram os governistas os fiadores da proposta, já que alguns poucos partidos da oposição –Rede e PSOL– se manifestavam contra. Neste sábado (26), Renan antecipou-se ao presidente da República e afirmou em nota que "o Senado não vai votar qualquer projeto que envolva eventuais anistias de campanhas eleitorais", uma vez que já tem uma pauta definida até o fim do ano. Também no texto, o peemedebista fala em poupar "o senhor presidente da República de veto ou sanção sobre matérias dessa natureza". Apesar de agora se dizer contrário à proposta, na quinta, enquanto a Câmara tentava votá-la, Renan afirmou que não havia como anistiar o caixa dois, uma vez que a ação não está tipificada como crime. "Estamos tratando das dez medidas de combate à corrupção. Dentro delas, a possibilidade de não se criminalizar o caixa dois no passado. Isso não significa anistia, porque não se pode anistiar um crime que não está tipificado, previsto." Esse é o mesmo argumento utilizado por aqueles que defendem anistiar o caixa dois. Destacam, primeiro, que não se pode punir um crime que não existe. Depois, que não é possível uma penalidade por algo do passado.
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Por falta de professores, crianças de aldeia indígena ficam sem aulas
O relógio ainda marcava 10h30, mas todas as cerca de 80 crianças do período matutino da escola estadual da aldeia guarani Ytu, no Jaraguá, já estavam fora da sala de aula, na última sexta-feira (24). Essa rotina de dispensa antecipada se repete desde o início do ano letivo, em 2 de fevereiro, devido à falta de professores, segundo pais de alunos e funcionários da escola ouvidos pela Folha. Para este ano, a escola preencheu apenas duas das sete vagas de professores de ensino fundamental no período matinal. O problema é mais grave à noite, quando a escola oferece ensino médio e educação de jovens e adultos: faltam sete professores. As aulas da sexta (24) foram canceladas. Só não há falta de professores no período vespertino, quando a escola também oferece ensino fundamental. Funcionários da escola afirmam que o problema não está relacionado à greve na rede estadual, e sim à não contratação de professores para vagas vazias. Outro problema ali é a falta de espaço. "A escola tem duas salas de aula para mais de 200 alunos", diz o líder local e professor de geografia David Martim, 27, que também tem ensinado matemática aos alunos. Na hora do almoço, a maioria das crianças tem de levar o prato de comida para fora do colégio, pois não há mesas e cadeiras para acomodar a todas dentro do espaço. "O governador de São Paulo [Geraldo Alckmin, PSDB] não liga para os povos indígenas", afirma Martim. OUTRO LADO Procurada pela Folha, a Secretaria Estadual de Educação alegou que a falta de professores é "pontual" e assegurou que as aulas perdidas serão repostas. Informou também que a escola conta atualmente com 11 professores e que haverá um reforço de mais dois docentes na semana que vem. Ainda de acordo com a secretaria, há um plano de expansão da escola, incluindo um espaço multimídia para uso de computadores, a um custo de R$ 60 mil.
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Por falta de professores, crianças de aldeia indígena ficam sem aulasO relógio ainda marcava 10h30, mas todas as cerca de 80 crianças do período matutino da escola estadual da aldeia guarani Ytu, no Jaraguá, já estavam fora da sala de aula, na última sexta-feira (24). Essa rotina de dispensa antecipada se repete desde o início do ano letivo, em 2 de fevereiro, devido à falta de professores, segundo pais de alunos e funcionários da escola ouvidos pela Folha. Para este ano, a escola preencheu apenas duas das sete vagas de professores de ensino fundamental no período matinal. O problema é mais grave à noite, quando a escola oferece ensino médio e educação de jovens e adultos: faltam sete professores. As aulas da sexta (24) foram canceladas. Só não há falta de professores no período vespertino, quando a escola também oferece ensino fundamental. Funcionários da escola afirmam que o problema não está relacionado à greve na rede estadual, e sim à não contratação de professores para vagas vazias. Outro problema ali é a falta de espaço. "A escola tem duas salas de aula para mais de 200 alunos", diz o líder local e professor de geografia David Martim, 27, que também tem ensinado matemática aos alunos. Na hora do almoço, a maioria das crianças tem de levar o prato de comida para fora do colégio, pois não há mesas e cadeiras para acomodar a todas dentro do espaço. "O governador de São Paulo [Geraldo Alckmin, PSDB] não liga para os povos indígenas", afirma Martim. OUTRO LADO Procurada pela Folha, a Secretaria Estadual de Educação alegou que a falta de professores é "pontual" e assegurou que as aulas perdidas serão repostas. Informou também que a escola conta atualmente com 11 professores e que haverá um reforço de mais dois docentes na semana que vem. Ainda de acordo com a secretaria, há um plano de expansão da escola, incluindo um espaço multimídia para uso de computadores, a um custo de R$ 60 mil.
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Dólar onera indústria de trigo
A desvalorização do dólar traz um cenário positivo para o setor de grãos, principalmente para os produtos em que o país está entre os líderes em exportações. Mesmo com queda de preços externos, há um ganho devido à desvalorização do real ante o dólar. Isso não ocorre com o trigo, cujas importações representam de 50% a 60% do consumo interno. O setor moageiro vai viver um ano de redução de 2,5% a 3% no consumo de farinha de trigo. E essa redução virá acompanhada de aumento de custos. A pressão virá principalmente da matéria-prima, devido à desvalorização do real. Outros custos, como o da energia elétrica, também estarão presentes na atividade industrial do setor. Os preços do cereal no mercado externo até que estão mais favoráveis neste ano. As importações de janeiro a agosto somam 3,35 milhões de toneladas e foram feitas a um valor médio de US$ 246 por tonelada. No mesmo período do ano passado, as compras externas, de 4,18 milhões de toneladas, foram feitas a US$ 313 por tonelada. Já as exportações brasileiras de janeiro a julho, cuja soma é de 1,44 milhão de toneladas, foram feitas a um valor médio de US$ 207 por tonelada. O problema, a partir de agora, é a acentuada desvalorização do real. As importações, feitas com base em um dólar mais elevado -nesta quinta-feira (24) fechou em R$ 3,992-, vão dar novo patamar de preços também para o produto interno, segundo Sergio Amaral, presidente da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria de Trigo). Não dá para a indústria segurar esses novos custos, que serão também repassados para o consumidor. Mas a situação poderia ser ainda pior não fosse o aumento de produção neste ano. As estimativas da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) são de uma safra superior a 6,5 milhões de toneladas, acima dos 5,9 milhões da anterior. Mas os dados de produção deste ano ainda devem passar por novas revisões, tanto no volume como na qualidade do produto. Além disso, o setor espera que as exportações de derivados de trigo, como farinha e biscoitos, amenizem a queda interna de moagem e de consumo. Para discutir queda de consumo, qualidade do produto e comunicação entre a cadeia do pão e o consumidor, a Abitrigo realiza um seminário na segunda quinzena de outubro em Atibaia (SP). * Perdas Levantamento desta quinta-feira (24) da Emater/RS-Ascar indica que a produção gaúcha de trigo deverá ter uma queda de 10% na produção. Essas perdas foram ocasionadas por geadas na semana passada e fortes chuvas no momento da implantação da cultura. Boas notícias A Rússia deverá reduzir a taxa sobre as exportações de trigo. O possível aumento do volume colocado pelos russos no mercado derrubou os preços em Chicago para US$ 4,97 por bushel (25,4 quilos) nesta quinta-feira (24), 2% menos do que no dia anterior. Exportações Dados desta quinta-feira (24) do IGC (conselho internacional de grãos) indicam que as exportações russas deverão somar 23 milhões de toneladas. Com esse volume, os russos assumem o segundo lugar, atrás do líder Estados Unidos, cujas exportações deverão ser de 24 milhões. Grãos A produção mundial de grãos fica próxima de 2 bilhões de toneladas em 2015/16, segundo o IGC. Com isso, os estoques mundiais (456 milhões de toneladas) atingiram o mais elevado patamar em 29 anos. A produção mundial de trigo sobe para 727 milhões de toneladas, enquanto a de milho recua para 967 milhões. Chuvas Como previsto, a moagem de cana na primeira quinzena deste mês teve forte queda em relação à segunda de agosto. Dados da Unica indicam um recuo de 37% na moagem, devido às chuvas ocorridas neste período de setembro. Aquecidas Já as vendas de etanol feitas pelas usinas continuam aquecidas. As unidades da região centro-sul venderam 1,24 bilhão de litros na primeira quinzena deste mês, 20% mais do que em igual período do ano passado.
colunas
Dólar onera indústria de trigoA desvalorização do dólar traz um cenário positivo para o setor de grãos, principalmente para os produtos em que o país está entre os líderes em exportações. Mesmo com queda de preços externos, há um ganho devido à desvalorização do real ante o dólar. Isso não ocorre com o trigo, cujas importações representam de 50% a 60% do consumo interno. O setor moageiro vai viver um ano de redução de 2,5% a 3% no consumo de farinha de trigo. E essa redução virá acompanhada de aumento de custos. A pressão virá principalmente da matéria-prima, devido à desvalorização do real. Outros custos, como o da energia elétrica, também estarão presentes na atividade industrial do setor. Os preços do cereal no mercado externo até que estão mais favoráveis neste ano. As importações de janeiro a agosto somam 3,35 milhões de toneladas e foram feitas a um valor médio de US$ 246 por tonelada. No mesmo período do ano passado, as compras externas, de 4,18 milhões de toneladas, foram feitas a US$ 313 por tonelada. Já as exportações brasileiras de janeiro a julho, cuja soma é de 1,44 milhão de toneladas, foram feitas a um valor médio de US$ 207 por tonelada. O problema, a partir de agora, é a acentuada desvalorização do real. As importações, feitas com base em um dólar mais elevado -nesta quinta-feira (24) fechou em R$ 3,992-, vão dar novo patamar de preços também para o produto interno, segundo Sergio Amaral, presidente da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria de Trigo). Não dá para a indústria segurar esses novos custos, que serão também repassados para o consumidor. Mas a situação poderia ser ainda pior não fosse o aumento de produção neste ano. As estimativas da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) são de uma safra superior a 6,5 milhões de toneladas, acima dos 5,9 milhões da anterior. Mas os dados de produção deste ano ainda devem passar por novas revisões, tanto no volume como na qualidade do produto. Além disso, o setor espera que as exportações de derivados de trigo, como farinha e biscoitos, amenizem a queda interna de moagem e de consumo. Para discutir queda de consumo, qualidade do produto e comunicação entre a cadeia do pão e o consumidor, a Abitrigo realiza um seminário na segunda quinzena de outubro em Atibaia (SP). * Perdas Levantamento desta quinta-feira (24) da Emater/RS-Ascar indica que a produção gaúcha de trigo deverá ter uma queda de 10% na produção. Essas perdas foram ocasionadas por geadas na semana passada e fortes chuvas no momento da implantação da cultura. Boas notícias A Rússia deverá reduzir a taxa sobre as exportações de trigo. O possível aumento do volume colocado pelos russos no mercado derrubou os preços em Chicago para US$ 4,97 por bushel (25,4 quilos) nesta quinta-feira (24), 2% menos do que no dia anterior. Exportações Dados desta quinta-feira (24) do IGC (conselho internacional de grãos) indicam que as exportações russas deverão somar 23 milhões de toneladas. Com esse volume, os russos assumem o segundo lugar, atrás do líder Estados Unidos, cujas exportações deverão ser de 24 milhões. Grãos A produção mundial de grãos fica próxima de 2 bilhões de toneladas em 2015/16, segundo o IGC. Com isso, os estoques mundiais (456 milhões de toneladas) atingiram o mais elevado patamar em 29 anos. A produção mundial de trigo sobe para 727 milhões de toneladas, enquanto a de milho recua para 967 milhões. Chuvas Como previsto, a moagem de cana na primeira quinzena deste mês teve forte queda em relação à segunda de agosto. Dados da Unica indicam um recuo de 37% na moagem, devido às chuvas ocorridas neste período de setembro. Aquecidas Já as vendas de etanol feitas pelas usinas continuam aquecidas. As unidades da região centro-sul venderam 1,24 bilhão de litros na primeira quinzena deste mês, 20% mais do que em igual período do ano passado.
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Renan e líder do governo negociaram anistia, dizem parlamentares
Deputados e senadores relataram à Folha reservadamente que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), outros senadores e o líder do governo Michel Temer na Câmara, André Moura (PSC-SE), também participaram das conversas para tentar aprovar uma anistia aos políticos alvos da Operação Lava Jato. Renan e Moura negam. A manobra que envolveu líderes dos principais partidos políticos no Congresso, governistas e de oposição, acabou sendo abortada na noite desta segunda-feira (19). Na ocasião, o plenário da Câmara dos Deputados tentou aprovar de surpresa projeto tipificando o crime de caixa dois —o dinheiro de campanha não declarado à Justiça— com o objetivo oculto de anistiar aqueles que o praticaram até então. Após reação, porém, a sessão foi encerrada sem que o texto do projeto viesse à público. Deputados e senadores afirmaram à Folha que havia o acerto para que Renan colocasse o tema em votação nesta terça-feira (20) no Senado caso a Câmara o aprovasse na noite anterior. Os deputados e senadores foram convocados a Brasília nesta semana para participar, prioritariamente, de uma sessão do Congresso Nacional na noite de segunda para votar temas relativos ao Orçamento e vetos presidenciais. Responsável pela realização dessa sessão, Renan acabou cancelando-a mesmo havendo quorum de deputados e senadores no Congresso. Caso ela tivesse ocorrido, a Câmara não poderia ter mantido a sessão em que tentou votar a anistia. "Fomos enganados. Fomos chamados para uma sessão do Congresso. Ninguém falou sobre esse projeto. Óbvio que tem o dedo do Senado, houve uma fraude", afirmou o vice-presidente do Conselho de Ética da Câmara, Sandro Alex (PSD-PR). Em reunião no gabinete de Renan na noite desta segunda, o presidente do Senado demonstrou irritação, segundo relatos, com o recuo da Câmara. Estiveram presentes senadores do PMDB, PT e PSDB, entre outros. Em entrevista nesta terça, Renan negou qualquer participação ou conhecimento das negociações. "Eu não fui informado do que conteria essa proposta, sinceramente. Não participei em nenhum momento dessa decisão [de pautar a proposta]. Eu não sei de nada, o que se pretende, qual é o texto, se é eficaz, em que momento vai votar. Isso não chegou ainda ao Senado." Renan é investigado em inquéritos no Supremo Tribunal Federal sob suspeita de integrar o Petrolão. Um dos que discutiram a proposta na Câmara é o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos principais interlocutores do presidente nacional da legenda, o senador Aécio Neves (MG). Em nota, a assessoria do PSDB afirmou que o assunto jamais foi discutido pela direção nacional do partido ou pelos senadores da sigla, "que sequer conhecem o texto que, segundo o noticiado, seria submetido à votação na Câmara." Sampaio nega qualquer tentativa de anistiar alvos da Lava Jato. Afirma que o objetivo era deixar clara a tipificação do caixa dois e inibir a prática nas eleições deste ano. GOVERNO O Palácio do Planalto avaliou como "muito ruim" a articulação da anistia, cuja votação contou com o aval do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Auxiliares do presidente Michel Temer acreditam que a tentativa de votação na surdina "pegou mal" na opinião pública e que Maia "errou" ao levar a discussão ao gabinete presidencial. Durante a viagem de Temer a Nova Iorque, o deputado despacha do Planalto como presidente interino e tem recebido dezenas de deputados desde a segunda-feira (20). Com as repercussões negativas, a ordem de Temer é "manter distância" do assunto com o discurso oficial de que este é um "tema da Câmara". Deputados disseram, porém, que o líder do governo na Câmara participou das reuniões em que o assunto foi discutido. André Moura negou que tenha participado das negociações. "Essa era uma questão suprapartidária e não houve participação do governo. A minha participação foi na tentativa de reunir quorum para a votação da sessão do Congresso", afirmou. OPOSIÇÃO Além dos governistas, partidos de oposição também integraram a manobra. Só os "nanicos" de esquerda PSOL e Rede se colocaram contra. No PT, o maior partido de oposição, houve uma reunião da bancada durante a sessão, no gabinete da liderança do partido. De acordo com relatos, os deputados Vicente Cândido (SP) e Zeca Dirceu (PR) foram os que defenderam com mais ênfase as medidas. Jorge Solla (BA) ficou na ala contrária. O deputado da Bahia foi o único petista que discursou contra a medida durante a sessão. O líder da bancada, Afonso Florence (BA), não se manifestou. Nos bastidores, parlamentares afirmam ser grande o temor dos desdobramentos de eventuais acordos de delação premiada com as empreiteiras Odebrecth e OAS, que eram grandes financiadoras das campanhas políticas.
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Renan e líder do governo negociaram anistia, dizem parlamentaresDeputados e senadores relataram à Folha reservadamente que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), outros senadores e o líder do governo Michel Temer na Câmara, André Moura (PSC-SE), também participaram das conversas para tentar aprovar uma anistia aos políticos alvos da Operação Lava Jato. Renan e Moura negam. A manobra que envolveu líderes dos principais partidos políticos no Congresso, governistas e de oposição, acabou sendo abortada na noite desta segunda-feira (19). Na ocasião, o plenário da Câmara dos Deputados tentou aprovar de surpresa projeto tipificando o crime de caixa dois —o dinheiro de campanha não declarado à Justiça— com o objetivo oculto de anistiar aqueles que o praticaram até então. Após reação, porém, a sessão foi encerrada sem que o texto do projeto viesse à público. Deputados e senadores afirmaram à Folha que havia o acerto para que Renan colocasse o tema em votação nesta terça-feira (20) no Senado caso a Câmara o aprovasse na noite anterior. Os deputados e senadores foram convocados a Brasília nesta semana para participar, prioritariamente, de uma sessão do Congresso Nacional na noite de segunda para votar temas relativos ao Orçamento e vetos presidenciais. Responsável pela realização dessa sessão, Renan acabou cancelando-a mesmo havendo quorum de deputados e senadores no Congresso. Caso ela tivesse ocorrido, a Câmara não poderia ter mantido a sessão em que tentou votar a anistia. "Fomos enganados. Fomos chamados para uma sessão do Congresso. Ninguém falou sobre esse projeto. Óbvio que tem o dedo do Senado, houve uma fraude", afirmou o vice-presidente do Conselho de Ética da Câmara, Sandro Alex (PSD-PR). Em reunião no gabinete de Renan na noite desta segunda, o presidente do Senado demonstrou irritação, segundo relatos, com o recuo da Câmara. Estiveram presentes senadores do PMDB, PT e PSDB, entre outros. Em entrevista nesta terça, Renan negou qualquer participação ou conhecimento das negociações. "Eu não fui informado do que conteria essa proposta, sinceramente. Não participei em nenhum momento dessa decisão [de pautar a proposta]. Eu não sei de nada, o que se pretende, qual é o texto, se é eficaz, em que momento vai votar. Isso não chegou ainda ao Senado." Renan é investigado em inquéritos no Supremo Tribunal Federal sob suspeita de integrar o Petrolão. Um dos que discutiram a proposta na Câmara é o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos principais interlocutores do presidente nacional da legenda, o senador Aécio Neves (MG). Em nota, a assessoria do PSDB afirmou que o assunto jamais foi discutido pela direção nacional do partido ou pelos senadores da sigla, "que sequer conhecem o texto que, segundo o noticiado, seria submetido à votação na Câmara." Sampaio nega qualquer tentativa de anistiar alvos da Lava Jato. Afirma que o objetivo era deixar clara a tipificação do caixa dois e inibir a prática nas eleições deste ano. GOVERNO O Palácio do Planalto avaliou como "muito ruim" a articulação da anistia, cuja votação contou com o aval do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Auxiliares do presidente Michel Temer acreditam que a tentativa de votação na surdina "pegou mal" na opinião pública e que Maia "errou" ao levar a discussão ao gabinete presidencial. Durante a viagem de Temer a Nova Iorque, o deputado despacha do Planalto como presidente interino e tem recebido dezenas de deputados desde a segunda-feira (20). Com as repercussões negativas, a ordem de Temer é "manter distância" do assunto com o discurso oficial de que este é um "tema da Câmara". Deputados disseram, porém, que o líder do governo na Câmara participou das reuniões em que o assunto foi discutido. André Moura negou que tenha participado das negociações. "Essa era uma questão suprapartidária e não houve participação do governo. A minha participação foi na tentativa de reunir quorum para a votação da sessão do Congresso", afirmou. OPOSIÇÃO Além dos governistas, partidos de oposição também integraram a manobra. Só os "nanicos" de esquerda PSOL e Rede se colocaram contra. No PT, o maior partido de oposição, houve uma reunião da bancada durante a sessão, no gabinete da liderança do partido. De acordo com relatos, os deputados Vicente Cândido (SP) e Zeca Dirceu (PR) foram os que defenderam com mais ênfase as medidas. Jorge Solla (BA) ficou na ala contrária. O deputado da Bahia foi o único petista que discursou contra a medida durante a sessão. O líder da bancada, Afonso Florence (BA), não se manifestou. Nos bastidores, parlamentares afirmam ser grande o temor dos desdobramentos de eventuais acordos de delação premiada com as empreiteiras Odebrecth e OAS, que eram grandes financiadoras das campanhas políticas.
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Barcelona tenta terminar 2015 com recorde de gols em um só ano
Cinco vezes campeão em 2015, o Barcelona tenta nesta quarta-feira (30), contra o Betis, pelo Campeonato Espanhol, às 17h30 (de Brasília, com ESPN Brasil), bater uma nova marca na temporada: o de time da primeira divisão espanhola com mais gols marcados em um único ano, contando todas as competições que disputou. A equipe catalã acumula 176 gols em 2015 e precisa de mais três para ultrapassar o recorde que hoje pertence ao seu maior rival: em 2014, o Real Madrid marcou 178 vezes juntando todas as competições. Além do recorde de gols, a partida contra o Betis pode manter a equipe no topo da tabela. Hoje o Barça tem um jogo a menos e lidera o campeonato, mas tem os mesmos 35 pontos do vice-líder Atlético de Madri. Tantos gols da equipe catalã na temporada são resultado do forte poder ofensivo do trio MSN (Messi, Suárez e Neymar). Juntos, eles marcaram 32 vezes somente no Espanhol 2015/2016. Neymar é o artilheiro do campeonato, com 14 gols, seguido de perto pelo atacante uruguaio Luiz Suárez, que balançou as redes 13 vezes. No ano, no entanto, o argentino Lionel Messi está na frente: fez 47 gols, enquanto Suárez e Neymar marcaram 46 e 41 vezes, respectivamente. Juntos, são responsáveis por 76,1% dos tentos da equipe no ano até o momento. Em 2015, o Barcelona venceu cinco das seis competições que disputou: o Espanhol 2014/2015, a Copa do Rei, a Supercopa da Uefa, a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes. Perdeu somente a Supercopa da Espanha para o Athletic Bilbao. BENITEZ CONTESTADO Mais cedo, o Real Madrid recebe a Real Sociedad, às 13h (de Brasília, com Fox Sports), e, dependendo de uma combinação de resultados, pode terminar o ano na liderança do Espanhol. A equipe está em terceiro, com 33 pontos, e torce por tropeços do Barcelona e do Atlético de Madri para subir na tabela. O treinador espanhol Rafa Benítez, que acumula dez vitórias, três empates e três derrotas na competição, tem sido contestado pela imprensa espanhola e pela torcida. HOJE NA TV 13h Real Madrid x Real Sociedad Espanhol, Fox Sports 17h30 Barcelona x Betis Espanhol, ESPN Brasil
esporte
Barcelona tenta terminar 2015 com recorde de gols em um só anoCinco vezes campeão em 2015, o Barcelona tenta nesta quarta-feira (30), contra o Betis, pelo Campeonato Espanhol, às 17h30 (de Brasília, com ESPN Brasil), bater uma nova marca na temporada: o de time da primeira divisão espanhola com mais gols marcados em um único ano, contando todas as competições que disputou. A equipe catalã acumula 176 gols em 2015 e precisa de mais três para ultrapassar o recorde que hoje pertence ao seu maior rival: em 2014, o Real Madrid marcou 178 vezes juntando todas as competições. Além do recorde de gols, a partida contra o Betis pode manter a equipe no topo da tabela. Hoje o Barça tem um jogo a menos e lidera o campeonato, mas tem os mesmos 35 pontos do vice-líder Atlético de Madri. Tantos gols da equipe catalã na temporada são resultado do forte poder ofensivo do trio MSN (Messi, Suárez e Neymar). Juntos, eles marcaram 32 vezes somente no Espanhol 2015/2016. Neymar é o artilheiro do campeonato, com 14 gols, seguido de perto pelo atacante uruguaio Luiz Suárez, que balançou as redes 13 vezes. No ano, no entanto, o argentino Lionel Messi está na frente: fez 47 gols, enquanto Suárez e Neymar marcaram 46 e 41 vezes, respectivamente. Juntos, são responsáveis por 76,1% dos tentos da equipe no ano até o momento. Em 2015, o Barcelona venceu cinco das seis competições que disputou: o Espanhol 2014/2015, a Copa do Rei, a Supercopa da Uefa, a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes. Perdeu somente a Supercopa da Espanha para o Athletic Bilbao. BENITEZ CONTESTADO Mais cedo, o Real Madrid recebe a Real Sociedad, às 13h (de Brasília, com Fox Sports), e, dependendo de uma combinação de resultados, pode terminar o ano na liderança do Espanhol. A equipe está em terceiro, com 33 pontos, e torce por tropeços do Barcelona e do Atlético de Madri para subir na tabela. O treinador espanhol Rafa Benítez, que acumula dez vitórias, três empates e três derrotas na competição, tem sido contestado pela imprensa espanhola e pela torcida. HOJE NA TV 13h Real Madrid x Real Sociedad Espanhol, Fox Sports 17h30 Barcelona x Betis Espanhol, ESPN Brasil
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Questão de (im)perícia
Protagonistas da crise política brasileira depois de 17 de maio, quando veio a público a existência da gravação de conversa pouco republicana entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, perícias e peritos acabaram por expor fragilidades da Folha. O jornal deu mostra de agilidade ao ser o primeiro a encomendar uma perícia no áudio. A tarefa foi solicitada ao desconhecido Ricardo Caires dos Santos, identificado como "perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo", sua melhor qualificação. Sua conclusão, publicada em 20 de maio, foi a de que havia "edições" no áudio, "indícios claros de manipulação" e "vícios" que o invalidariam como prova jurídica. O laudo logo foi encampado por Temer para desqualificar as denúncias. Em coluna publicada em 21 de maio, elogiei o jornal "pelo saudável exercício da dúvida", ao remar contra a corrente que condenara o presidente Temer antes de ter conhecimento integral da conversa. Considerava, entretanto, que o jornal fora enfático por demais ao decretar a inconclusividade da gravação. Mesmo com dúvidas acerca da literalidade de alguns trechos, as circunstâncias da conversa indicavam elementos incompatíveis com o decoro exigido do presidente. Logo após a publicação da primeira perícia, o site "O Antagonista" e o jornal "O Globo" questionaram o currículo do perito contratado pela Folha e listaram erros primários na transcrição da conversa que fez, como chamar Maria Silvia (então presidente do BNDES) de Marina Silva, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de CDN, além de ter erros gramaticais elementares. Ao "O Globo", Caires foi menos incisivo na questão dos cortes e na manipulação do áudio. A Folha saiu em defesa da perícia contratada e reafirmou suas conclusões sem se dobrar a suas falhas. A partir daí, alguns leitores perceberam a existência de rixa entre os dois jornais e estranharam os papéis que cada um exercia no caso. "O Globo" foi identificado como antigovernista, e a Folha, como governista, invertendo papéis históricos a que ambos já foram associados. Um mês depois, a Polícia Federal concluiu que não houve edição na gravação da conversa entre Joesley e Temer. Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística identificaram mais de 180 interrupções "naturais" no áudio. A perícia indicou que o equipamento usado pelo empresário da JBS possui um dispositivo que pausa automaticamente a gravação em momentos de silêncio e a retoma quando identifica som. Em crítica interna distribuída à Redação considerei que o jornal devia ao seu leitor manifestação reconhecendo seu erro na contratação de perícia eivada de fragilidades e conclusões equivocadas. A Folha fez ouvidos moucos. Questionei a direção a respeito do episódio. O secretário de Redação, Vinícius Mota, afirmou que as principais conclusões de Ricardo Caires dos Santos "estão em linha" com os principais pontos apontados pelo Instituto Brasileiro de Peritos, referindo-se à segunda perícia encomendada pela Folha. "Nada foi 'encampado' -o jornal relatou o que o perito registrou. Deve-se ressaltar que a perícia dele foi a primeira feita no material- nem o Ministério Público havia feito tal procedimento básico. A Folha acertou em procurar peritos para fazê-lo", justificou. Na avaliação do secretário, "não há oposição entre uma e outra perícia no ponto essencial. Ambas detectaram interrupções no áudio." Tenho aqui de manifestar minha discordância. A primeira perícia "verificou existência de mais de 50 edições". A segunda -assim como a análise oficial- apontou interrupções causadas pelo aparelho usado. Edição exige ação voluntária de alguém. Não pode ser comparada à interrupção provocada por um recurso do equipamento para ampliar as horas possíveis de gravação. Cotejando todos os laudos apresentados, não há dúvidas da existência de elementos mais do que suficientes para que "o jornal assuma que contratou um serviço ruim e anuncie o banimento do perito de sua lista de prestadores, a bem do leitor", como escrevi na crítica. Por imperícia jornalística, a imagem da Folha foi arranhada. Discordo, no entanto, de que o jornal tenha buscado preservar Temer. Apesar de que alguns equívocos e opções de edição do noticiário possam ter apontado nessa direção, a Folha pediu em editoriais a renúncia de Temer, defendeu diretas para escolher seu substituto, apoiou que sua chapa fosse cassada e classificou o governo como agônico. Jornalistas não gostam de tomar furos. Com frequência, olham com desconfiança notícias exclusivas publicadas pelos concorrentes, o que leva parte da corporação e da chefia a abraçar teses que minimizam ou desqualificam o furo tomado. O resultado é uma prática enviesada de jornalismo. Um erro leva a outro. A história não costuma ser suave com quem demora a reconhecê-los, passo essencial para transformá-los em lição para o futuro.
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Questão de (im)períciaProtagonistas da crise política brasileira depois de 17 de maio, quando veio a público a existência da gravação de conversa pouco republicana entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, perícias e peritos acabaram por expor fragilidades da Folha. O jornal deu mostra de agilidade ao ser o primeiro a encomendar uma perícia no áudio. A tarefa foi solicitada ao desconhecido Ricardo Caires dos Santos, identificado como "perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo", sua melhor qualificação. Sua conclusão, publicada em 20 de maio, foi a de que havia "edições" no áudio, "indícios claros de manipulação" e "vícios" que o invalidariam como prova jurídica. O laudo logo foi encampado por Temer para desqualificar as denúncias. Em coluna publicada em 21 de maio, elogiei o jornal "pelo saudável exercício da dúvida", ao remar contra a corrente que condenara o presidente Temer antes de ter conhecimento integral da conversa. Considerava, entretanto, que o jornal fora enfático por demais ao decretar a inconclusividade da gravação. Mesmo com dúvidas acerca da literalidade de alguns trechos, as circunstâncias da conversa indicavam elementos incompatíveis com o decoro exigido do presidente. Logo após a publicação da primeira perícia, o site "O Antagonista" e o jornal "O Globo" questionaram o currículo do perito contratado pela Folha e listaram erros primários na transcrição da conversa que fez, como chamar Maria Silvia (então presidente do BNDES) de Marina Silva, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de CDN, além de ter erros gramaticais elementares. Ao "O Globo", Caires foi menos incisivo na questão dos cortes e na manipulação do áudio. A Folha saiu em defesa da perícia contratada e reafirmou suas conclusões sem se dobrar a suas falhas. A partir daí, alguns leitores perceberam a existência de rixa entre os dois jornais e estranharam os papéis que cada um exercia no caso. "O Globo" foi identificado como antigovernista, e a Folha, como governista, invertendo papéis históricos a que ambos já foram associados. Um mês depois, a Polícia Federal concluiu que não houve edição na gravação da conversa entre Joesley e Temer. Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística identificaram mais de 180 interrupções "naturais" no áudio. A perícia indicou que o equipamento usado pelo empresário da JBS possui um dispositivo que pausa automaticamente a gravação em momentos de silêncio e a retoma quando identifica som. Em crítica interna distribuída à Redação considerei que o jornal devia ao seu leitor manifestação reconhecendo seu erro na contratação de perícia eivada de fragilidades e conclusões equivocadas. A Folha fez ouvidos moucos. Questionei a direção a respeito do episódio. O secretário de Redação, Vinícius Mota, afirmou que as principais conclusões de Ricardo Caires dos Santos "estão em linha" com os principais pontos apontados pelo Instituto Brasileiro de Peritos, referindo-se à segunda perícia encomendada pela Folha. "Nada foi 'encampado' -o jornal relatou o que o perito registrou. Deve-se ressaltar que a perícia dele foi a primeira feita no material- nem o Ministério Público havia feito tal procedimento básico. A Folha acertou em procurar peritos para fazê-lo", justificou. Na avaliação do secretário, "não há oposição entre uma e outra perícia no ponto essencial. Ambas detectaram interrupções no áudio." Tenho aqui de manifestar minha discordância. A primeira perícia "verificou existência de mais de 50 edições". A segunda -assim como a análise oficial- apontou interrupções causadas pelo aparelho usado. Edição exige ação voluntária de alguém. Não pode ser comparada à interrupção provocada por um recurso do equipamento para ampliar as horas possíveis de gravação. Cotejando todos os laudos apresentados, não há dúvidas da existência de elementos mais do que suficientes para que "o jornal assuma que contratou um serviço ruim e anuncie o banimento do perito de sua lista de prestadores, a bem do leitor", como escrevi na crítica. Por imperícia jornalística, a imagem da Folha foi arranhada. Discordo, no entanto, de que o jornal tenha buscado preservar Temer. Apesar de que alguns equívocos e opções de edição do noticiário possam ter apontado nessa direção, a Folha pediu em editoriais a renúncia de Temer, defendeu diretas para escolher seu substituto, apoiou que sua chapa fosse cassada e classificou o governo como agônico. Jornalistas não gostam de tomar furos. Com frequência, olham com desconfiança notícias exclusivas publicadas pelos concorrentes, o que leva parte da corporação e da chefia a abraçar teses que minimizam ou desqualificam o furo tomado. O resultado é uma prática enviesada de jornalismo. Um erro leva a outro. A história não costuma ser suave com quem demora a reconhecê-los, passo essencial para transformá-los em lição para o futuro.
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Governo vai aumentar previsão de receita com privatizações
O governo do presidente interino, Michel Temer, vai aumentar sua previsão de receita com privatizações de estatais e concessões de serviços públicos no próximo ano para fechar a proposta de Orçamento de 2017 sem precisar propor ao Congresso um aumento de impostos agora. O valor pode ficar em torno de R$ 40 bilhões, bem acima da estimativa anterior, que variava de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões. A decisão de elevar a projeção foi tomada na semana passada por Temer em reunião com os ministros da área econômica. O presidente interino decidiu que não iria autorizar aumentos de impostos, o que vinha sendo sugerido pelo Ministério da Fazenda para fechar o Orçamento de 2017. A saída foi incluir mais projetos no pacote de concessões e privatizações que o governo promete anunciar na primeira quinzena de setembro, logo após a conclusão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O programa deverá incluir usinas hidrelétricas, leilões de campos de petróleo do pré-sal, privatização da loteria instantânea da Caixa e da futura loteria eletrônica e concessão de aeroportos, além da venda de imóveis e outras empresas de menor porte. O governo tem até a próxima quarta-feira (31) para apresentar ao Congresso sua proposta de Orçamento para 2017. No mesmo dia, está prevista a conclusão do julgamento de Dilma pelo Senado. Prever maiores receitas com concessões e privatizações pode ajudar a evitar um aumento de impostos no curto prazo, mas técnicos lembram que a execução do programa envolverá riscos. Se algum projeto não sair do papel, o governo terá de cobrir o buraco no próximo ano. Isso teria de vir do aumento de tributos, que seria decidido apenas em 2017, ou então de uma melhora inesperada da economia e da arrecadação. Interlocutores do presidente interino lembram que alguns economistas veem possibilidade de o país crescer 2% no próximo ano, o que traria efeito positivo para as receitas do governo. A meta do governo é reduzir seu deficit dos R$ 170,5 bilhões previstos neste ano para R$ 139 bilhões em 2017. Quando o objetivo foi anunciado, o governo afirmou que teria de fazer um esforço fiscal de R$ 55 bilhões, com aumento de receitas e corte de despesas, para cumpri-lo. A equipe econômica informou na época que esperava arrecadar entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões com privatizações e concessões e que poderia ser necessário aumentar impostos para bancar os outros R$ 25 bilhões. O governo também reviu sua projeção para o crescimento da economia no próximo ano, de 1,2% para 1,6%. Com isso, a previsão de arrecadação aumentará, gerando algo entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões para fechar as contas. Outros R$ 5 bilhões serão obtidos com a redução de despesas que estavam previstas para o ano que vem, mas que foram cortadas por orientação do Palácio do Planalto.
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Governo vai aumentar previsão de receita com privatizaçõesO governo do presidente interino, Michel Temer, vai aumentar sua previsão de receita com privatizações de estatais e concessões de serviços públicos no próximo ano para fechar a proposta de Orçamento de 2017 sem precisar propor ao Congresso um aumento de impostos agora. O valor pode ficar em torno de R$ 40 bilhões, bem acima da estimativa anterior, que variava de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões. A decisão de elevar a projeção foi tomada na semana passada por Temer em reunião com os ministros da área econômica. O presidente interino decidiu que não iria autorizar aumentos de impostos, o que vinha sendo sugerido pelo Ministério da Fazenda para fechar o Orçamento de 2017. A saída foi incluir mais projetos no pacote de concessões e privatizações que o governo promete anunciar na primeira quinzena de setembro, logo após a conclusão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O programa deverá incluir usinas hidrelétricas, leilões de campos de petróleo do pré-sal, privatização da loteria instantânea da Caixa e da futura loteria eletrônica e concessão de aeroportos, além da venda de imóveis e outras empresas de menor porte. O governo tem até a próxima quarta-feira (31) para apresentar ao Congresso sua proposta de Orçamento para 2017. No mesmo dia, está prevista a conclusão do julgamento de Dilma pelo Senado. Prever maiores receitas com concessões e privatizações pode ajudar a evitar um aumento de impostos no curto prazo, mas técnicos lembram que a execução do programa envolverá riscos. Se algum projeto não sair do papel, o governo terá de cobrir o buraco no próximo ano. Isso teria de vir do aumento de tributos, que seria decidido apenas em 2017, ou então de uma melhora inesperada da economia e da arrecadação. Interlocutores do presidente interino lembram que alguns economistas veem possibilidade de o país crescer 2% no próximo ano, o que traria efeito positivo para as receitas do governo. A meta do governo é reduzir seu deficit dos R$ 170,5 bilhões previstos neste ano para R$ 139 bilhões em 2017. Quando o objetivo foi anunciado, o governo afirmou que teria de fazer um esforço fiscal de R$ 55 bilhões, com aumento de receitas e corte de despesas, para cumpri-lo. A equipe econômica informou na época que esperava arrecadar entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões com privatizações e concessões e que poderia ser necessário aumentar impostos para bancar os outros R$ 25 bilhões. O governo também reviu sua projeção para o crescimento da economia no próximo ano, de 1,2% para 1,6%. Com isso, a previsão de arrecadação aumentará, gerando algo entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões para fechar as contas. Outros R$ 5 bilhões serão obtidos com a redução de despesas que estavam previstas para o ano que vem, mas que foram cortadas por orientação do Palácio do Planalto.
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Governador do RN diz que presídio de Alcaçuz será desativado 'em breve'
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), afirmou que a Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, será desativada "em breve". Segundo o governador, isso ocorrerá quando as obras de três novos presídios forem concluídas –que não têm prazo definido. "O fim das operações na detenção ocorrerá tão logo as prisões de Ceará-Mirim, Afonso Bezerra e Mossoró estejam prontas, medidas que serão de médio a longo prazo", disse o governador durante reunião na noite desta quarta (25) na Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social. As novas prisões, juntas, terão capacidade de receber 2.200 presos, o que reduziria, mas não eliminaria, o deficit de vagas no sistema prisional potiguar. O governo também confirmou a fuga de 56 presos durante a rebelião em Alcaçuz, iniciada no dia 14 de janeiro. A divulgação acontece depois de uma recontagem de presos feita na terça (24) após operação de intervenção e retomada do controle do presídio. Dos 56 presos que fugiram, quatro foram recapturados. A operação para recontagem e revista dos presos foi iniciada às 10h de terça (24). Homens do Bope, Tropa de Choque e Grupo de Operações Especiais da Secretaria de Justiça e Cidadania entraram na unidade usando bombas de efeito moral. A entrada dos policiais no presídio também tem como objetivo garantir a segurança dos operários para a conclusão da obra de muro de contêineres, erguido para separar os pavilhões das facções PCC (Primeiro Comando da Capital) e Sindicato do Crime do RN. A força-tarefa especial de agentes penitenciários chegou a Natal nesta quarta (25), mas deve começar a atuar só nesta quinta (26), de acordo com o governo. Com permanência autorizada pelo governo federal de 30 dias, com possibilidade de renovação, eles terão treinamento específico para atuar em situações de emergência em presídios. O governo do Estado informou que está investindo R$ 754 mil nas obras emergenciais dentro do presídio desde o início da rebelião. A instalação dos contêineres, que passou a separar provisoriamente os presos das facções rivais, custou R$ 166 mil. Já o muro que será erguido para separar os pavilhões 1, 2, 3 das alas 4 e 5, de forma permanente R$ 238 mil. Com 90 metros de comprimento e 6,4 metros de altura, ele deve ficar pronto em duas semanas, segundo o governo. Outros R$ 360 mil serão investidos para instalação de piso de concreto no entorno do presídio. O objetivo é evitar fugas por meio de túneis escavado no terreno arenoso da região. O presídio foi erguido em cima de uma duna. GREVE A Justiça frustrou o plano de greve dos agentes penitenciários do Estado, que haviam aprovado, na última semana, paralisação a partir desta quarta, em meio ao caos no maior presídio do Estado. Os agentes reivindicam a contratação de agentes temporários para suprir a demanda emergencial e a realização de um concurso público. O juiz Múcio Nobre, do Tribunal de Justiça do RN, determinou que o sindicato se abstenha de deflagrar a greve, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento –o que não chegou a acontecer. O magistrado argumentou que o trabalho dos agentes penitenciários trata-se de serviço público essencial e que o direito de greve não pode ser exercido nesse caso, "sob pena de grave comprometimento da ordem pública". Os ônibus em Natal voltaram a circular com toda a frota só nesta quarta. Desde a última semana, as empresas recolheram os carros mais cedo com medo de ataques. Houve 42 incêndios ou tentativas de incêndio a veículos e prédios públicos desde o começo da rebelião em Alcaçuz Desde o último domingo (22), 1.846 homens do Exército estão atuando no policiamento ostensivo em Natal.
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Governador do RN diz que presídio de Alcaçuz será desativado 'em breve'O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), afirmou que a Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, será desativada "em breve". Segundo o governador, isso ocorrerá quando as obras de três novos presídios forem concluídas –que não têm prazo definido. "O fim das operações na detenção ocorrerá tão logo as prisões de Ceará-Mirim, Afonso Bezerra e Mossoró estejam prontas, medidas que serão de médio a longo prazo", disse o governador durante reunião na noite desta quarta (25) na Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social. As novas prisões, juntas, terão capacidade de receber 2.200 presos, o que reduziria, mas não eliminaria, o deficit de vagas no sistema prisional potiguar. O governo também confirmou a fuga de 56 presos durante a rebelião em Alcaçuz, iniciada no dia 14 de janeiro. A divulgação acontece depois de uma recontagem de presos feita na terça (24) após operação de intervenção e retomada do controle do presídio. Dos 56 presos que fugiram, quatro foram recapturados. A operação para recontagem e revista dos presos foi iniciada às 10h de terça (24). Homens do Bope, Tropa de Choque e Grupo de Operações Especiais da Secretaria de Justiça e Cidadania entraram na unidade usando bombas de efeito moral. A entrada dos policiais no presídio também tem como objetivo garantir a segurança dos operários para a conclusão da obra de muro de contêineres, erguido para separar os pavilhões das facções PCC (Primeiro Comando da Capital) e Sindicato do Crime do RN. A força-tarefa especial de agentes penitenciários chegou a Natal nesta quarta (25), mas deve começar a atuar só nesta quinta (26), de acordo com o governo. Com permanência autorizada pelo governo federal de 30 dias, com possibilidade de renovação, eles terão treinamento específico para atuar em situações de emergência em presídios. O governo do Estado informou que está investindo R$ 754 mil nas obras emergenciais dentro do presídio desde o início da rebelião. A instalação dos contêineres, que passou a separar provisoriamente os presos das facções rivais, custou R$ 166 mil. Já o muro que será erguido para separar os pavilhões 1, 2, 3 das alas 4 e 5, de forma permanente R$ 238 mil. Com 90 metros de comprimento e 6,4 metros de altura, ele deve ficar pronto em duas semanas, segundo o governo. Outros R$ 360 mil serão investidos para instalação de piso de concreto no entorno do presídio. O objetivo é evitar fugas por meio de túneis escavado no terreno arenoso da região. O presídio foi erguido em cima de uma duna. GREVE A Justiça frustrou o plano de greve dos agentes penitenciários do Estado, que haviam aprovado, na última semana, paralisação a partir desta quarta, em meio ao caos no maior presídio do Estado. Os agentes reivindicam a contratação de agentes temporários para suprir a demanda emergencial e a realização de um concurso público. O juiz Múcio Nobre, do Tribunal de Justiça do RN, determinou que o sindicato se abstenha de deflagrar a greve, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento –o que não chegou a acontecer. O magistrado argumentou que o trabalho dos agentes penitenciários trata-se de serviço público essencial e que o direito de greve não pode ser exercido nesse caso, "sob pena de grave comprometimento da ordem pública". Os ônibus em Natal voltaram a circular com toda a frota só nesta quarta. Desde a última semana, as empresas recolheram os carros mais cedo com medo de ataques. Houve 42 incêndios ou tentativas de incêndio a veículos e prédios públicos desde o começo da rebelião em Alcaçuz Desde o último domingo (22), 1.846 homens do Exército estão atuando no policiamento ostensivo em Natal.
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Masp é acionado na Justiça por causa de obra parada em futuro anexo
O impasse sobre o anexo do Masp, prédio vizinho ao museu que deveria ser usado pela instituição, virou alvo de processo da Associação Preserva São Paulo. A entidade de defesa do patrimônio histórico e paisagístico entrou com ação civil pública na Justiça pedindo que o museu conclua a reforma do edifício Dumont-Adams. Diz que a obra, interrompida em 2013, deixou o imóvel "semidestruído". TELA DE PROTEÇÃO A Preserva SP —que chama o local de "ruína abandonada que enfeia" a avenida Paulista— requer também pagamento de indenização por dano moral coletivo. E pede que recursos captados via Lei Rouanet para a revitalização sejam devolvidos. Segundo a ação, foram R$ 14 milhões doados por quatro empresas. O prédio foi comprado pela Vivo em 2006 e cedido ao museu, num acordo que chegou a deixar o Masp devendo R$ 40 milhões à operadora. EM DEBATE O Museu de Arte de São Paulo, via assessoria, diz que ainda não foi notificado da ação. Afirma que a dívida com a Vivo "foi sanada no fim de 2015 e não há atualmente nenhuma pendência legal em relação ao prédio". No momento, segundo o Masp, o "programa de uso do edifício está sendo debatido em diversas instâncias do museu". Leia a coluna completa aqui.
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Masp é acionado na Justiça por causa de obra parada em futuro anexoO impasse sobre o anexo do Masp, prédio vizinho ao museu que deveria ser usado pela instituição, virou alvo de processo da Associação Preserva São Paulo. A entidade de defesa do patrimônio histórico e paisagístico entrou com ação civil pública na Justiça pedindo que o museu conclua a reforma do edifício Dumont-Adams. Diz que a obra, interrompida em 2013, deixou o imóvel "semidestruído". TELA DE PROTEÇÃO A Preserva SP —que chama o local de "ruína abandonada que enfeia" a avenida Paulista— requer também pagamento de indenização por dano moral coletivo. E pede que recursos captados via Lei Rouanet para a revitalização sejam devolvidos. Segundo a ação, foram R$ 14 milhões doados por quatro empresas. O prédio foi comprado pela Vivo em 2006 e cedido ao museu, num acordo que chegou a deixar o Masp devendo R$ 40 milhões à operadora. EM DEBATE O Museu de Arte de São Paulo, via assessoria, diz que ainda não foi notificado da ação. Afirma que a dívida com a Vivo "foi sanada no fim de 2015 e não há atualmente nenhuma pendência legal em relação ao prédio". No momento, segundo o Masp, o "programa de uso do edifício está sendo debatido em diversas instâncias do museu". Leia a coluna completa aqui.
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Aécio Neves cedeu avião de Minas a políticos e celebridades
Registros do Gabinete Militar de Minas Gerais mostram que durante o governo do tucano Aécio Neves (2003-2010) aeronaves do Estado foram cedidas para deslocamentos de políticos, celebridades, empresários e outras pessoas de fora da administração pública a pedido do então governador mineiro. Essas viagens não encontram amparo explícito na legislação que desde 2005 regula o uso das aeronaves oficiais do Estado, um decreto e uma resolução assinados pelo próprio Aécio. O tucano afirma, por meio de sua assessoria, que a legislação estabelece apenas diretrizes, que os voos foram regulares e atenderam a interesses do Estado. NÚMERO DE VOOS SEM O GOVERNADOR A BORDO - Por meio da Lei de Acesso à Informação, a Folha obteve do governo de Minas, comandado hoje pelo petista Fernando Pimentel, adversário político de Aécio, a relação dos 1.423 voos entre janeiro de 2003 e março de 2010 em que o nome do tucano figura como solicitante. Desses, em 198 voos não houve a presença nem de Aécio nem de agentes públicos autorizados pela legislação a usar essas aeronaves, como secretários de Estado, vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa. Dois desses voos solicitados por Aécio foram usados em 2004 —um ano antes da edição do decreto e da resolução— pelo apresentador da Rede Globo Luciano Huck, amigo do tucano, para se deslocar de Belo Horizonte ao interior de Minas. Um desses voos também teve a presença da dupla Sandy e Júnior, que na ocasião gravava em Minas um novo quadro para o "Caldeirão do Huck", o "Quebrando a Rotina". O programa mostrava os três percorrendo a Estrada Real de Minas Gerais. "O trio visitou locais históricos como os municípios de Ouro Preto e Santa Bárbara. Eles conheceram também paisagens exuberantes, como o Parque Natural do Caraça, e proporcionaram ao público cenas inusitadas como Sandy lavando louça e Junior montando em um jumento", diz o texto de descrição do quadro no site oficial do "Caldeirão". Outros integrantes e ex-integrantes da Globo usaram jatos e turboélices do Estado —os atores José Wilker (que morreu em 2014) e Milton Gonçalves, em 2008, além do ex-executivo da rede José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, em 2003. Dias antes de deixar o governo, em março de 2010, Aécio também cedeu o helicóptero para que o então presidente do grupo Abril, Roberto Civita (morto em 2013) e sua mulher, Maria Antônia, visitassem o Instituto Inhotim, museu de arte contemporânea do empresário Bernardo Paz em Brumadinho (53 km de Belo Horizonte). O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira também aparece nos registros como tendo usado por três vezes o helicóptero, em deslocamentos dentro de Belo Horizonte, e em outras três vezes um dos jatos para viagens de BH a São Paulo e ao Rio, entre 2006 e 2009. As viagens em que Aécio não figura como passageiro listam trechos para fora de Minas Gerais que têm ainda como passageiros vários políticos —com ou sem mandato— tucanos, de partidos aliados e até alguns adversários, outras autoridades federais dos Três Poderes e comitivas de jornalistas —a Folha esteve em um desses voos para acompanhar uma agenda de Aécio em Lavras. A reportagem obteve também os dados dos voos dos governos Anastasia (2010-2014), afilhado político de Aécio, e Pimentel (2015). No caso de Anastasia, há ao menos 60 voos sem a presença de autoridades estaduais. Há deslocamentos para o próprio Aécio, para políticos, magistrados estaduais, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e novamente para Ricardo Teixeira. Sobre os voos de Pimentel, nos seus primeiros nove meses de gestão um voo foi cedido para uma autoridade fora da administração, segundo os registros enviados pelo governo mineiro: um deslocamento do presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e de sua mulher, Yara, de Belo Horizonte a São Paulo, em março deste ano. Na comparação, foram em média 2,3 voos mensais durante o governo Aécio, 1,3 voo na gestão Anastasia e 0,1 de Pimentel. Em setembro, a Folha mostrou que Aécio usou jatos oficiais do Estado para ir de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro em 124 ocasiões durante a sua gestão em Minas. A legislação mineira que disciplina o uso das aeronaves oficiais se resume ao decreto 44.028 e à resolução 3, ambos de 2005. O decreto define que "a utilização das aeronaves oficiais será feita, exclusivamente, no âmbito da administração pública estadual (...) para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos." A resolução, que regulamenta o decreto, estabelece que as aeronaves "destinam-se ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando integrantes de comitivas dos titulares dos cargos". OUTRO LADO A assessoria de imprensa de Aécio Neves afirmou que "todos os voos foram regulares, dentro das normas legais e atenderam a interesses da administração do Estado." Apesar de a legislação definir que duas das aeronaves se destinam aos deslocamentos do governador, elas não se limitam "ao seu uso pessoal exclusivo, compreendendo, portanto, o atendimento de demandas e necessidades do chefe do Executivo", diz a nota enviada pelo tucano. A assessoria afirma que Aécio determinou que todos registros de voos trouxessem os nomes dos passageiros, assegurando transparência. Sobre a cessão do helicóptero para a gravação do "Quebrando a Rotina", a assessoria diz que o Estado ofereceu apoio de infraestrutura "para uma grande ação de divulgação turística, no caso, a divulgação de um roteiro turístico, a Estrada Real". Da mesma forma, segue a nota, o transporte de Civita "atendeu o objetivo de divulgar o Museu de Arte Contemporânea apresentando-o a um dos maiores empresários de comunicação do país". A assessoria enviou uma reportagem sobre o museu publicada posteriormente na revista "Veja". Em relação à concessão de um jato para levar o empresário José Bonifácio Oliveira Sobrinho de BH ao Rio, a assessoria diz que o governo solicitou a colaboração do ex-executivo da Globo na definição de diretrizes para a TV Minas. Sobre o transporte dos atores Milton Gonçalves e José Wilker entre BH e o Rio, a razão seria a participação em ato contra a corrupção apoiado pelo governo de Minas. Sobre as viagens do ex-presidente da CBF, a afirmação é a de que elas se deram "em atendimento a agendas com o governador à época da candidatura do Brasil para sediar os jogos da Copa de 2014". A Comunicação da Globo enviou dados sobre a logística bancada pela emissora para o "Quebrando a Rotina", entre elas passagens aéreas e aluguel de helicópteros particulares. O uso da aeronave oficial oficial faria parte de um acordo de "facilidades de produção". Também via Comunicação da Globo, o ator Milton Gonçalves afirmou não se lembrar da viagem. "Não uso nada que não seja legal e que todos possam saber. Se isso de fato ocorreu, basta comprovarem e me dizerem quanto foi o voo que eu pago", disse o ator. A assessoria dos cantores Sandy e Júnior disse que como os dois foram convidados pelo programa, a logística coube ao "Caldeirão". Boni afirmou que a pedido do governo estadual fez uma análise da TV Minas. "Não cobrei pela visita e nem pela minha opinião, por considerar uma contribuição à TV pública. Fui do Rio a BH pagando minha passagem. Na volta aceitei uma carona com o governador, que já vinha para o Rio", afirmou. O registro do governo mineiro, porém, indica que o empresário foi o único passageiro. A assessoria do agora senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) afirmou que os deslocamentos foram de autoridades que participaram de eventos ou reuniões no Estado e que as viagens cumpriram o disposto na legislação. A assessoria de Fernando Pimentel disse que Lewandowski cumpriu agenda oficial em Belo Horizonte, tendo recebido o Colar do Mérito Judiciário Militar. O presidente do STF e a Abril não se pronunciaram. A Folha não conseguiu falar com Ricardo Teixeira.
poder
Aécio Neves cedeu avião de Minas a políticos e celebridadesRegistros do Gabinete Militar de Minas Gerais mostram que durante o governo do tucano Aécio Neves (2003-2010) aeronaves do Estado foram cedidas para deslocamentos de políticos, celebridades, empresários e outras pessoas de fora da administração pública a pedido do então governador mineiro. Essas viagens não encontram amparo explícito na legislação que desde 2005 regula o uso das aeronaves oficiais do Estado, um decreto e uma resolução assinados pelo próprio Aécio. O tucano afirma, por meio de sua assessoria, que a legislação estabelece apenas diretrizes, que os voos foram regulares e atenderam a interesses do Estado. NÚMERO DE VOOS SEM O GOVERNADOR A BORDO - Por meio da Lei de Acesso à Informação, a Folha obteve do governo de Minas, comandado hoje pelo petista Fernando Pimentel, adversário político de Aécio, a relação dos 1.423 voos entre janeiro de 2003 e março de 2010 em que o nome do tucano figura como solicitante. Desses, em 198 voos não houve a presença nem de Aécio nem de agentes públicos autorizados pela legislação a usar essas aeronaves, como secretários de Estado, vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa. Dois desses voos solicitados por Aécio foram usados em 2004 —um ano antes da edição do decreto e da resolução— pelo apresentador da Rede Globo Luciano Huck, amigo do tucano, para se deslocar de Belo Horizonte ao interior de Minas. Um desses voos também teve a presença da dupla Sandy e Júnior, que na ocasião gravava em Minas um novo quadro para o "Caldeirão do Huck", o "Quebrando a Rotina". O programa mostrava os três percorrendo a Estrada Real de Minas Gerais. "O trio visitou locais históricos como os municípios de Ouro Preto e Santa Bárbara. Eles conheceram também paisagens exuberantes, como o Parque Natural do Caraça, e proporcionaram ao público cenas inusitadas como Sandy lavando louça e Junior montando em um jumento", diz o texto de descrição do quadro no site oficial do "Caldeirão". Outros integrantes e ex-integrantes da Globo usaram jatos e turboélices do Estado —os atores José Wilker (que morreu em 2014) e Milton Gonçalves, em 2008, além do ex-executivo da rede José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, em 2003. Dias antes de deixar o governo, em março de 2010, Aécio também cedeu o helicóptero para que o então presidente do grupo Abril, Roberto Civita (morto em 2013) e sua mulher, Maria Antônia, visitassem o Instituto Inhotim, museu de arte contemporânea do empresário Bernardo Paz em Brumadinho (53 km de Belo Horizonte). O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira também aparece nos registros como tendo usado por três vezes o helicóptero, em deslocamentos dentro de Belo Horizonte, e em outras três vezes um dos jatos para viagens de BH a São Paulo e ao Rio, entre 2006 e 2009. As viagens em que Aécio não figura como passageiro listam trechos para fora de Minas Gerais que têm ainda como passageiros vários políticos —com ou sem mandato— tucanos, de partidos aliados e até alguns adversários, outras autoridades federais dos Três Poderes e comitivas de jornalistas —a Folha esteve em um desses voos para acompanhar uma agenda de Aécio em Lavras. A reportagem obteve também os dados dos voos dos governos Anastasia (2010-2014), afilhado político de Aécio, e Pimentel (2015). No caso de Anastasia, há ao menos 60 voos sem a presença de autoridades estaduais. Há deslocamentos para o próprio Aécio, para políticos, magistrados estaduais, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e novamente para Ricardo Teixeira. Sobre os voos de Pimentel, nos seus primeiros nove meses de gestão um voo foi cedido para uma autoridade fora da administração, segundo os registros enviados pelo governo mineiro: um deslocamento do presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e de sua mulher, Yara, de Belo Horizonte a São Paulo, em março deste ano. Na comparação, foram em média 2,3 voos mensais durante o governo Aécio, 1,3 voo na gestão Anastasia e 0,1 de Pimentel. Em setembro, a Folha mostrou que Aécio usou jatos oficiais do Estado para ir de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro em 124 ocasiões durante a sua gestão em Minas. A legislação mineira que disciplina o uso das aeronaves oficiais se resume ao decreto 44.028 e à resolução 3, ambos de 2005. O decreto define que "a utilização das aeronaves oficiais será feita, exclusivamente, no âmbito da administração pública estadual (...) para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos." A resolução, que regulamenta o decreto, estabelece que as aeronaves "destinam-se ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando integrantes de comitivas dos titulares dos cargos". OUTRO LADO A assessoria de imprensa de Aécio Neves afirmou que "todos os voos foram regulares, dentro das normas legais e atenderam a interesses da administração do Estado." Apesar de a legislação definir que duas das aeronaves se destinam aos deslocamentos do governador, elas não se limitam "ao seu uso pessoal exclusivo, compreendendo, portanto, o atendimento de demandas e necessidades do chefe do Executivo", diz a nota enviada pelo tucano. A assessoria afirma que Aécio determinou que todos registros de voos trouxessem os nomes dos passageiros, assegurando transparência. Sobre a cessão do helicóptero para a gravação do "Quebrando a Rotina", a assessoria diz que o Estado ofereceu apoio de infraestrutura "para uma grande ação de divulgação turística, no caso, a divulgação de um roteiro turístico, a Estrada Real". Da mesma forma, segue a nota, o transporte de Civita "atendeu o objetivo de divulgar o Museu de Arte Contemporânea apresentando-o a um dos maiores empresários de comunicação do país". A assessoria enviou uma reportagem sobre o museu publicada posteriormente na revista "Veja". Em relação à concessão de um jato para levar o empresário José Bonifácio Oliveira Sobrinho de BH ao Rio, a assessoria diz que o governo solicitou a colaboração do ex-executivo da Globo na definição de diretrizes para a TV Minas. Sobre o transporte dos atores Milton Gonçalves e José Wilker entre BH e o Rio, a razão seria a participação em ato contra a corrupção apoiado pelo governo de Minas. Sobre as viagens do ex-presidente da CBF, a afirmação é a de que elas se deram "em atendimento a agendas com o governador à época da candidatura do Brasil para sediar os jogos da Copa de 2014". A Comunicação da Globo enviou dados sobre a logística bancada pela emissora para o "Quebrando a Rotina", entre elas passagens aéreas e aluguel de helicópteros particulares. O uso da aeronave oficial oficial faria parte de um acordo de "facilidades de produção". Também via Comunicação da Globo, o ator Milton Gonçalves afirmou não se lembrar da viagem. "Não uso nada que não seja legal e que todos possam saber. Se isso de fato ocorreu, basta comprovarem e me dizerem quanto foi o voo que eu pago", disse o ator. A assessoria dos cantores Sandy e Júnior disse que como os dois foram convidados pelo programa, a logística coube ao "Caldeirão". Boni afirmou que a pedido do governo estadual fez uma análise da TV Minas. "Não cobrei pela visita e nem pela minha opinião, por considerar uma contribuição à TV pública. Fui do Rio a BH pagando minha passagem. Na volta aceitei uma carona com o governador, que já vinha para o Rio", afirmou. O registro do governo mineiro, porém, indica que o empresário foi o único passageiro. A assessoria do agora senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) afirmou que os deslocamentos foram de autoridades que participaram de eventos ou reuniões no Estado e que as viagens cumpriram o disposto na legislação. A assessoria de Fernando Pimentel disse que Lewandowski cumpriu agenda oficial em Belo Horizonte, tendo recebido o Colar do Mérito Judiciário Militar. O presidente do STF e a Abril não se pronunciaram. A Folha não conseguiu falar com Ricardo Teixeira.
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No RS, manifestantes culpam chuva por baixa adesão
Cerca de 35 mil pessoas foram às ruas de Porto Alegre para protestar contra a presidente Dilma Rousseff neste domingo (12), de acordo com a Brigada Militar (a PM gaúcha). O número é inferior ao da manifestação de 15 de março, quando a Brigada calculou que havia 100 mil presentes ao ato. Os organizadores divergiram do número da polícia e afirmaram que 70 mil pessoas compareceram à manifestação. A chuva, que atingiu a cidade até o início da tarde, foi apontada como uma dos fatores que atrapalharam o evento. "Mesmo assim, foi um protesto gigantesco, muito maior do que os de junho de 2013", disse Felipe Petri, 35, integrante do Movimento Brasil Livre, uma das organizações que convocaram o ato. O único incidente durante o protesto, de acordo com a Brigada Militar, envolveu uma jovem ciclista que teve a camiseta rasgada por manifestantes após fazer críticas ao ato. No entanto, não foi registrada ocorrência da confusão. Simpatizantes do PT também agitaram bandeiras do partido em ao menos dois edifícios durante a caminhada e houve bate-boca. A passeata teve cinco trios elétricos trazidos por organizadores e percorreu ruas dos bairros Moinhos de Vento e Bonfim por cerca de duas horas. A exemplo do protesto de março, a marcha não passou pelo centro da capital gaúcha, tradicional local de manifestações e protestos. MILITARISTAS Antes do evento, os manifestantes antipetistas se desentenderam com um grupo que pede intervenção militar. O grupo pró-intervenção se posicionou na mesma avenida e convocou os participantes do ato para aderir à causa. Locutores do carro do Movimento Brasil Livre chamaram os de "golpistas" e pediram que eles fossem ignorados. Os favoráveis à intervenção acabaram iniciando uma marcha própria, mais de uma hora antes dos demais manifestantes. Segundo a Brigada Militar, reuniram 200 pessoas. "Eles saíram separados para não haver confusão", disse o comandante do policiamento de Porto Alegre, Mário Ikeda.
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No RS, manifestantes culpam chuva por baixa adesãoCerca de 35 mil pessoas foram às ruas de Porto Alegre para protestar contra a presidente Dilma Rousseff neste domingo (12), de acordo com a Brigada Militar (a PM gaúcha). O número é inferior ao da manifestação de 15 de março, quando a Brigada calculou que havia 100 mil presentes ao ato. Os organizadores divergiram do número da polícia e afirmaram que 70 mil pessoas compareceram à manifestação. A chuva, que atingiu a cidade até o início da tarde, foi apontada como uma dos fatores que atrapalharam o evento. "Mesmo assim, foi um protesto gigantesco, muito maior do que os de junho de 2013", disse Felipe Petri, 35, integrante do Movimento Brasil Livre, uma das organizações que convocaram o ato. O único incidente durante o protesto, de acordo com a Brigada Militar, envolveu uma jovem ciclista que teve a camiseta rasgada por manifestantes após fazer críticas ao ato. No entanto, não foi registrada ocorrência da confusão. Simpatizantes do PT também agitaram bandeiras do partido em ao menos dois edifícios durante a caminhada e houve bate-boca. A passeata teve cinco trios elétricos trazidos por organizadores e percorreu ruas dos bairros Moinhos de Vento e Bonfim por cerca de duas horas. A exemplo do protesto de março, a marcha não passou pelo centro da capital gaúcha, tradicional local de manifestações e protestos. MILITARISTAS Antes do evento, os manifestantes antipetistas se desentenderam com um grupo que pede intervenção militar. O grupo pró-intervenção se posicionou na mesma avenida e convocou os participantes do ato para aderir à causa. Locutores do carro do Movimento Brasil Livre chamaram os de "golpistas" e pediram que eles fossem ignorados. Os favoráveis à intervenção acabaram iniciando uma marcha própria, mais de uma hora antes dos demais manifestantes. Segundo a Brigada Militar, reuniram 200 pessoas. "Eles saíram separados para não haver confusão", disse o comandante do policiamento de Porto Alegre, Mário Ikeda.
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Premiê iraquiano propõe várias reformas perante aumento das pressões
O primeiro-ministro do Iraque, Haidar al Abadi, apresentou neste domingo (9) ao Parlamento várias propostas para lutar contra a corrupção, em resposta às recentes manifestações populares e às críticas feitas pela autoridade religiosa máxima do país. Abadi pediu aos deputados que deem sinal verde a suas propostas para "realizar as reformas solicitadas pela autoridade religiosa máxima e que foram exigidas pelos cidadãos para lutar contra a corrupção e tornar realidade a justiça social". Entre outras medidas, a iniciativa inclui o corte de privilégios especiais aos máximos responsáveis e a supressão do posto de vice-presidente, ocupado pelo ex-primeiro-ministro Nouri Maliki.
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Premiê iraquiano propõe várias reformas perante aumento das pressõesO primeiro-ministro do Iraque, Haidar al Abadi, apresentou neste domingo (9) ao Parlamento várias propostas para lutar contra a corrupção, em resposta às recentes manifestações populares e às críticas feitas pela autoridade religiosa máxima do país. Abadi pediu aos deputados que deem sinal verde a suas propostas para "realizar as reformas solicitadas pela autoridade religiosa máxima e que foram exigidas pelos cidadãos para lutar contra a corrupção e tornar realidade a justiça social". Entre outras medidas, a iniciativa inclui o corte de privilégios especiais aos máximos responsáveis e a supressão do posto de vice-presidente, ocupado pelo ex-primeiro-ministro Nouri Maliki.
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'Brincamos com a polarização em cena', diz ator que vive Joseph Klimber
A companhia de comédia Os Melhores do Mundo —que explodiu com a esquete do personagem Joseph Klimber— volta a São Paulo com o espetáculo Notícias Populares - Edição Extra. Os atores Welder Rodrigues e Ricardo Pipo, que participam da peça, deram entrevista ao "TV Folha" e falaram sobre como é fazer comédia em meio a uma crise política. "A gente brinca com a polarização em cena. É como quando falamos de futebol: o público vira um estádio, tem gente que aplaude e gente que xinga. Mas o que a gente quer é que as pessoas se divirtam e se manifestem", explicou Welder. "Queremos que os espectadores se sintam em um espetáculo, sem ter aquela sacralidade do teatro", completou. O espetáculo Notícias Populares - Edição Extra faz uma sátira ao jornalismo e aborda, em uma série de esquetes, personalidades, fatos prosaicos, histórias dramáticas e acontecimentos políticos. Nesta temporada, o grupo vai contar com participações especiais em cena, caso de Diogo Portugal, Rafinha Bastos e Marcelo Marrom, entre outros humoristas. A peça está em cartaz no Teatro das Artes, no shopping Eldorado, até 29/5.
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'Brincamos com a polarização em cena', diz ator que vive Joseph KlimberA companhia de comédia Os Melhores do Mundo —que explodiu com a esquete do personagem Joseph Klimber— volta a São Paulo com o espetáculo Notícias Populares - Edição Extra. Os atores Welder Rodrigues e Ricardo Pipo, que participam da peça, deram entrevista ao "TV Folha" e falaram sobre como é fazer comédia em meio a uma crise política. "A gente brinca com a polarização em cena. É como quando falamos de futebol: o público vira um estádio, tem gente que aplaude e gente que xinga. Mas o que a gente quer é que as pessoas se divirtam e se manifestem", explicou Welder. "Queremos que os espectadores se sintam em um espetáculo, sem ter aquela sacralidade do teatro", completou. O espetáculo Notícias Populares - Edição Extra faz uma sátira ao jornalismo e aborda, em uma série de esquetes, personalidades, fatos prosaicos, histórias dramáticas e acontecimentos políticos. Nesta temporada, o grupo vai contar com participações especiais em cena, caso de Diogo Portugal, Rafinha Bastos e Marcelo Marrom, entre outros humoristas. A peça está em cartaz no Teatro das Artes, no shopping Eldorado, até 29/5.
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Harper Lee não queria 2º livro, disse biógrafo à Folha antes de lançamento
No ano passado, quando foi publicado o segundo livro de Harper Lee, seu principal biógrafo, Charles Shields, disse à Folha que a escritora já não estava consciente de seus atos e havia caído nas mãos de aproveitadores. A autora do clássico "O Sol É para Todos", sobre o racismo na sociedade americana nos anos 1930 e vencedor do prêmio Pulitzer de ficção em 1961, morreu aos 89 anos, informou a imprensa americana nesta sexta-feira (19). A causa não foi divulgada. "Go Set a Watchman" (publicado no Brasil como "Vá, Coloque Um Vigia") foi descrito como um primeiro rascunho da história que o antecedeu e surpreendeu leitores e críticos ao mostrar heróico Finch como um racista que apoia a segregação. Lançado em julho do ano passado, o livro vendeu mais de 1,6 milhão de exemplares em papel. Autor de "Mockingbird: A Portrait of Harper Lee", Shields afirmou que a escritora conhecia o paradeiro do rascunho e expressou diversas vezes que não o queria publicado. "Lee não está em condições de dar um consentimento para a publicação de nada", disse ele, cinco meses antes do lançamento da obra. O biógrafo contou ainda que, ao reconstruir os primeiros tempos da autora em Nova York, topou com a correspondência de Lee com sua agente literária e com o editor Hugh Van Dusen. Nas cartas, se discutia o que deveria ser feito com o texto de "Vigia". Tratava-se de um romance cuja protagonista viajava para a cidade natal para visitar o pai. "O editor não estava entusiasmado com a história e instou Lee a abandoná-la. Até que surgiu a ideia de voltar no tempo e contar a história da mesma personagem, só que ainda criança. Ficou claro que a nova versão a ser escrita deveria substituir a original", afirmou o biógrafo. Ao longo da vida, a escritora deu poucas entrevistas e apareceu publicamente em raras ocasiões. Optou pela vida simples na Monroeville, sua cidade natal no Alabama. Nas raras ocasiões em que era perguntada sobre a razão de não escrever mais, Lee dizia: "Eu não encararia a pressão e o desgaste da divulgação que tive de aguentar com 'O Sol É para Todos'. Além disso, o que eu tinha para falar eu já disse e não direi de novo".
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Harper Lee não queria 2º livro, disse biógrafo à Folha antes de lançamentoNo ano passado, quando foi publicado o segundo livro de Harper Lee, seu principal biógrafo, Charles Shields, disse à Folha que a escritora já não estava consciente de seus atos e havia caído nas mãos de aproveitadores. A autora do clássico "O Sol É para Todos", sobre o racismo na sociedade americana nos anos 1930 e vencedor do prêmio Pulitzer de ficção em 1961, morreu aos 89 anos, informou a imprensa americana nesta sexta-feira (19). A causa não foi divulgada. "Go Set a Watchman" (publicado no Brasil como "Vá, Coloque Um Vigia") foi descrito como um primeiro rascunho da história que o antecedeu e surpreendeu leitores e críticos ao mostrar heróico Finch como um racista que apoia a segregação. Lançado em julho do ano passado, o livro vendeu mais de 1,6 milhão de exemplares em papel. Autor de "Mockingbird: A Portrait of Harper Lee", Shields afirmou que a escritora conhecia o paradeiro do rascunho e expressou diversas vezes que não o queria publicado. "Lee não está em condições de dar um consentimento para a publicação de nada", disse ele, cinco meses antes do lançamento da obra. O biógrafo contou ainda que, ao reconstruir os primeiros tempos da autora em Nova York, topou com a correspondência de Lee com sua agente literária e com o editor Hugh Van Dusen. Nas cartas, se discutia o que deveria ser feito com o texto de "Vigia". Tratava-se de um romance cuja protagonista viajava para a cidade natal para visitar o pai. "O editor não estava entusiasmado com a história e instou Lee a abandoná-la. Até que surgiu a ideia de voltar no tempo e contar a história da mesma personagem, só que ainda criança. Ficou claro que a nova versão a ser escrita deveria substituir a original", afirmou o biógrafo. Ao longo da vida, a escritora deu poucas entrevistas e apareceu publicamente em raras ocasiões. Optou pela vida simples na Monroeville, sua cidade natal no Alabama. Nas raras ocasiões em que era perguntada sobre a razão de não escrever mais, Lee dizia: "Eu não encararia a pressão e o desgaste da divulgação que tive de aguentar com 'O Sol É para Todos'. Além disso, o que eu tinha para falar eu já disse e não direi de novo".
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Justiça proíbe CBF de reprimir protestos políticos em Manaus
A algumas horas da partida desta terça (6) entre Brasil e Colômbia na Arena Amazônia, em Manaus, a Justiça Federal no Amazonas proibiu a CBF de reprimir protestos políticos. A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público Federal. Em caso de descumprimento, resultará em multa de R$ 200 mil. A Folha revelou que a CBF orientou a segurança privada a confiscar material proibido, mas também a liberar as pessoas envolvidas. Assim como o COI (Comitê Olímpico Internacional), a Fifa não permite manifestações políticas e religiosas em partidas oficiais. No Rio, uma decisão judicial permitiu cartazes e faixas de cunho político nas arenas após a retirada de torcedores que protestavam contra o presidente Michel Temer. A CBF informou que orientou a segurança privada a confiscar material proibido, mas que as pessoas seriam liberadas. Alguns políticos identificados com o novo governo foram convidados para a tribuna de honra. Entre eles estão o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que desistiu de assistir ao jogo. Encarregado da segurança externa, o governo estadual mobilizou 1.500 servidores para o jogo, mas avalia que há poucas chances de protestos nesta terça (6). Diferentemente de outras capitais, uma manifestação contra Temer reuniu apenas meia centena de pessoas no último sábado (3), segundo a PM e os organizadores. Mais ruidoso foi o protesto de torcedores que ficaram de fora do treino da seleção por falta de ingresso, na última sexta (2). Enquanto 15 mil torcedores assistiam a Neymar e companhia, um grupo de insatisfeitos bloqueou com pedras a avenida em frente ao estádio. Acabaram dispersados pela polícia. Brasil e Colômbia se enfrentam em Manaus.
esporte
Justiça proíbe CBF de reprimir protestos políticos em ManausA algumas horas da partida desta terça (6) entre Brasil e Colômbia na Arena Amazônia, em Manaus, a Justiça Federal no Amazonas proibiu a CBF de reprimir protestos políticos. A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público Federal. Em caso de descumprimento, resultará em multa de R$ 200 mil. A Folha revelou que a CBF orientou a segurança privada a confiscar material proibido, mas também a liberar as pessoas envolvidas. Assim como o COI (Comitê Olímpico Internacional), a Fifa não permite manifestações políticas e religiosas em partidas oficiais. No Rio, uma decisão judicial permitiu cartazes e faixas de cunho político nas arenas após a retirada de torcedores que protestavam contra o presidente Michel Temer. A CBF informou que orientou a segurança privada a confiscar material proibido, mas que as pessoas seriam liberadas. Alguns políticos identificados com o novo governo foram convidados para a tribuna de honra. Entre eles estão o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que desistiu de assistir ao jogo. Encarregado da segurança externa, o governo estadual mobilizou 1.500 servidores para o jogo, mas avalia que há poucas chances de protestos nesta terça (6). Diferentemente de outras capitais, uma manifestação contra Temer reuniu apenas meia centena de pessoas no último sábado (3), segundo a PM e os organizadores. Mais ruidoso foi o protesto de torcedores que ficaram de fora do treino da seleção por falta de ingresso, na última sexta (2). Enquanto 15 mil torcedores assistiam a Neymar e companhia, um grupo de insatisfeitos bloqueou com pedras a avenida em frente ao estádio. Acabaram dispersados pela polícia. Brasil e Colômbia se enfrentam em Manaus.
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Estúdio revela na Comic-Con criaturas de filme derivado de 'Harry Potter'
O ator Eddie Redmayne trouxe o mundo de "Harry Potter" brevemente à vida real neste sábado (23), quando ajudou a distribuir 6.500 "varinhas mágicas" à plateia da Comic-Con, que termina hoje (24), em San Diego, nos EUA. Redmayne, protagonista de "Animais Fantásticos e Onde Habitam", filme derivado da saga criada por J.K. Rowling, pediu aos fãs que gritassem o feitiço "Lumos Maxima" para revelar o trailer do longa, que deve sair em novembro. Durante o painel sobre "Animais..." o elenco manteve segredo sobre a história e os personagens do filme, mas as cenas mostram o especialista em criaturas mágicas Newt Scamander (Redmayne) chegando a Nova York, em 1926 -70 anos antes dos acontecimentos narrados nos oito filmes de Harry-, com uma mala cheia de seres fantásticos que escapam e levam caos à cidade. O longa conta ainda com os atores Katherine Waterston ("Steve Jobs"), Colin Farrell ("True Detective"), Ezra Miller ("Precisamos Falar Sobre o Kevin") e Samantha Morton ("Minority Report"). David Yates, que dirigiu os quatro últimos filmes da saga "Harry Potter", comanda o spin-off, produzido por David Heyman, Steve Kloves, Lionel Wigram e pela própria Rowling.
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Estúdio revela na Comic-Con criaturas de filme derivado de 'Harry Potter'O ator Eddie Redmayne trouxe o mundo de "Harry Potter" brevemente à vida real neste sábado (23), quando ajudou a distribuir 6.500 "varinhas mágicas" à plateia da Comic-Con, que termina hoje (24), em San Diego, nos EUA. Redmayne, protagonista de "Animais Fantásticos e Onde Habitam", filme derivado da saga criada por J.K. Rowling, pediu aos fãs que gritassem o feitiço "Lumos Maxima" para revelar o trailer do longa, que deve sair em novembro. Durante o painel sobre "Animais..." o elenco manteve segredo sobre a história e os personagens do filme, mas as cenas mostram o especialista em criaturas mágicas Newt Scamander (Redmayne) chegando a Nova York, em 1926 -70 anos antes dos acontecimentos narrados nos oito filmes de Harry-, com uma mala cheia de seres fantásticos que escapam e levam caos à cidade. O longa conta ainda com os atores Katherine Waterston ("Steve Jobs"), Colin Farrell ("True Detective"), Ezra Miller ("Precisamos Falar Sobre o Kevin") e Samantha Morton ("Minority Report"). David Yates, que dirigiu os quatro últimos filmes da saga "Harry Potter", comanda o spin-off, produzido por David Heyman, Steve Kloves, Lionel Wigram e pela própria Rowling.
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No cárcere, presos do petrolão pedem reformas e comida importada
O tesoureiro do PT já estava todo paramentado para sua caminhada matinal quando se deparou, na quarta-feira (15), com um grupo de policiais federais na porta de sua casa, em São Paulo. "Vocês vieram me buscar, né?" João Vaccari Neto, 56, ouviu a voz de prisão sem esboçar muito sentimento. Pediu uns minutos; entrou em casa, jogou algumas roupas numa sacola e seguiu ao centro de custódia da PF, em Curitiba. Lá, a rotina no cárcere tem tido efeito diferente sobre os réus da Lava Jato. Vaccari, por exemplo, quase não fala. Quem acompanha sua rotina o descreve como "frio". Perfil oposto mostrou Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras. De tão emocional, foi "diagnosticado" pelos agentes com a Síndrome de Estocolmo, transtorno mental no qual alguém submetido a certo grau de privação ou intimidação se afeiçoa pelo algoz. Quem viu a cena, se espantou. Ao deixar a custódia, após fechar delação premiada, Costa abraçou policiais e soltou, com lágrimas nos olhos, um curioso "obrigado por tudo". Passado o choque da detenção, executivos de empreiteiras envolvidas no esquema usaram o tempo para projetar melhorias. Não puderam tocar a obra, mas há relatos de que a água quente passou a beneficiar todos os presos. Um gaiato chegou a chamar o projeto de "Minha Cela, Minha Vida", alusão irônica ao programa habitacional da presidente Dilma para pessoas de baixa renda. Os figurões fizeram encomenda de luxo ao se deparar com cobertores de lã que dão alergia. Dias depois, conjuntos de edredons e roupas de cama foram entregues. No delivery, havia também uma cesta de uvas, chocolates suíços e água Perrier. A comida entrou, mas sob a promessa de que a regalia não seria repetida. Já os edredons da marca MMartan foram devolvidos. Os presos só desistiram do bullying contra um novato que chegaria em abril quando um policial ameaçou os algemar. É que os detentos tramavam recepcionar o ex-deputado André Vargas com o punho cerrado para o alto. O gesto fora feito por ele, ainda em tempos de liberdade, às costas do então relator do julgamento do mensalão, Joaquim Barbosa. A intenção era simbolizar resistência. Como os dias demoram a passar, os presos da Lava Jato resolveram ampliar a biblioteca e fazer rodízio. Alguns leem cinco livros por semana, como o doleiro Alberto Youssef, protagonista do esquema. Já Sérgio Mendes, executivo da Mendes Júnior, se transformou no "personal trainer" dos colegas, colocando-os para se exercitar. Coincidência ou não, o estado de saúde dos demais presos melhorou.
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No cárcere, presos do petrolão pedem reformas e comida importadaO tesoureiro do PT já estava todo paramentado para sua caminhada matinal quando se deparou, na quarta-feira (15), com um grupo de policiais federais na porta de sua casa, em São Paulo. "Vocês vieram me buscar, né?" João Vaccari Neto, 56, ouviu a voz de prisão sem esboçar muito sentimento. Pediu uns minutos; entrou em casa, jogou algumas roupas numa sacola e seguiu ao centro de custódia da PF, em Curitiba. Lá, a rotina no cárcere tem tido efeito diferente sobre os réus da Lava Jato. Vaccari, por exemplo, quase não fala. Quem acompanha sua rotina o descreve como "frio". Perfil oposto mostrou Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras. De tão emocional, foi "diagnosticado" pelos agentes com a Síndrome de Estocolmo, transtorno mental no qual alguém submetido a certo grau de privação ou intimidação se afeiçoa pelo algoz. Quem viu a cena, se espantou. Ao deixar a custódia, após fechar delação premiada, Costa abraçou policiais e soltou, com lágrimas nos olhos, um curioso "obrigado por tudo". Passado o choque da detenção, executivos de empreiteiras envolvidas no esquema usaram o tempo para projetar melhorias. Não puderam tocar a obra, mas há relatos de que a água quente passou a beneficiar todos os presos. Um gaiato chegou a chamar o projeto de "Minha Cela, Minha Vida", alusão irônica ao programa habitacional da presidente Dilma para pessoas de baixa renda. Os figurões fizeram encomenda de luxo ao se deparar com cobertores de lã que dão alergia. Dias depois, conjuntos de edredons e roupas de cama foram entregues. No delivery, havia também uma cesta de uvas, chocolates suíços e água Perrier. A comida entrou, mas sob a promessa de que a regalia não seria repetida. Já os edredons da marca MMartan foram devolvidos. Os presos só desistiram do bullying contra um novato que chegaria em abril quando um policial ameaçou os algemar. É que os detentos tramavam recepcionar o ex-deputado André Vargas com o punho cerrado para o alto. O gesto fora feito por ele, ainda em tempos de liberdade, às costas do então relator do julgamento do mensalão, Joaquim Barbosa. A intenção era simbolizar resistência. Como os dias demoram a passar, os presos da Lava Jato resolveram ampliar a biblioteca e fazer rodízio. Alguns leem cinco livros por semana, como o doleiro Alberto Youssef, protagonista do esquema. Já Sérgio Mendes, executivo da Mendes Júnior, se transformou no "personal trainer" dos colegas, colocando-os para se exercitar. Coincidência ou não, o estado de saúde dos demais presos melhorou.
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Sinais de deflação ofuscam otimismo do BC japonês com economia
O banco central do Japão manteve a sua visão econômica otimista sobre a maioria das nove regiões do país, mas disse que algumas empresas estão lutando para aumentar os preços devido ao consumo fraco, ressaltando a dificuldade de remover a mentalidade deflacionária do público. O impacto nas exportações de um iene forte também forçou o banco central a cortar pela primeira vez em quase quatro anos a avaliação sobre a região de Tokai —sede da gigante Toyota Motor Corp e um local essencial para a terceira maior economia do mundo. O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, manteve seu otimismo, dizendo na reunião trimestral desta segunda-feira (17) com gerentes de agências regionais do banco que a economia continua a se recuperar moderadamente. Mas a fraqueza persistente no consumo sugere que mais de três anos de forte impressão de dinheiro ainda não convenceu as empresas a aumentar os preços, o que tem sido um dos principais objetivos do programa de estímulo do banco central. Em um relatório trimestral emitido nesta segunda-feira, o Banco do Japão manteve sua avaliação para seis áreas, dizendo que suas economias continuam a se recuperar moderadamente. Ele elevou sua avaliação para duas regiões. Porém, revisou para baixo a avaliação para a área de Tokai pela primeira vez desde janeiro de 2013, dizendo que a sua expansão econômica está se moderando. No relatório de julho, o banco disse que a economia da região se expande moderadamente como tendência.
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Sinais de deflação ofuscam otimismo do BC japonês com economiaO banco central do Japão manteve a sua visão econômica otimista sobre a maioria das nove regiões do país, mas disse que algumas empresas estão lutando para aumentar os preços devido ao consumo fraco, ressaltando a dificuldade de remover a mentalidade deflacionária do público. O impacto nas exportações de um iene forte também forçou o banco central a cortar pela primeira vez em quase quatro anos a avaliação sobre a região de Tokai —sede da gigante Toyota Motor Corp e um local essencial para a terceira maior economia do mundo. O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, manteve seu otimismo, dizendo na reunião trimestral desta segunda-feira (17) com gerentes de agências regionais do banco que a economia continua a se recuperar moderadamente. Mas a fraqueza persistente no consumo sugere que mais de três anos de forte impressão de dinheiro ainda não convenceu as empresas a aumentar os preços, o que tem sido um dos principais objetivos do programa de estímulo do banco central. Em um relatório trimestral emitido nesta segunda-feira, o Banco do Japão manteve sua avaliação para seis áreas, dizendo que suas economias continuam a se recuperar moderadamente. Ele elevou sua avaliação para duas regiões. Porém, revisou para baixo a avaliação para a área de Tokai pela primeira vez desde janeiro de 2013, dizendo que a sua expansão econômica está se moderando. No relatório de julho, o banco disse que a economia da região se expande moderadamente como tendência.
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Perdidos na tradução
Em diversos contextos teriam pouca importância equívocos como trocar "azeite" por "óleo", dizer "feriado" em vez de "dia não útil" ou escrever "outros brinquedos" onde se deveria ler "triciclos e patinetes" –todos oriundos de uma desastrada tradução da língua inglesa para a portuguesa. Assumem outra proporção, todavia, quando figuram num acordo comercial em que se definem descontos nas tarifas de importação de mais de mil produtos. Como mostrou o jornal "Valor Econômico", os três exemplos citados, ao lado de outros 202 erros de tradução, integram a versão brasileira de um tratado alfandegário assinado em 2008 pelo Mercosul e pela União Aduaneira da África Austral (África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia e Suazilândia). Aprovado pelo Congresso em 2010, o acordo seguiu para o Planalto, que deveria promulgá-lo. Isso não ocorreu, porém, pois diplomatas identificaram as falhas linguísticas –cometidas por empresa contratada pelo próprio Itamaraty. O Brasil é o único país da negociação que ainda não ratificou o documento, impedindo sua vigência. Desfeita a lambança, o texto embarcou num lento périplo ao qual não faltaram obstáculos burocráticos. A edição corrigida deveria ser remetida ao Paraguai, onde são depositados todos os acordos do Mercosul. Ocorre que o país estava suspenso do bloco devido à destituição de Fernando Lugo da Presidência. Armou-se, então, estratégia alternativa. A nova tradução foi enviada ao Uruguai, sede da Secretaria Administrativa, enquanto o Brasil buscava aval das demais nações. Encerrados tais trâmites, o documento chegou à Casa Civil em julho de 2013. Sem motivo aparente, ficou estacionado até o mês passado, quando voltou ao Congresso. O acordo mereceria maior atenção do governo brasileiro. Os países do outro lado do Atlântico somam um PIB de US$ 430 bilhões (o da Argentina monta a US$ 540 bilhões), com perspectivas de crescimento nos próximos dois anos (4%). O Brasil, ademais, vende sobretudo manufaturados a essas nações, numa relação que tem sido superavitária (US$ 524 milhões em 2014). A displicência diante desse tratado mostra quão limitadas são as várias promessas de aumentar a participação brasileira no comércio mundial. Nesse, como em tantos assuntos, as autoridades parecem perdidas –e não só na tradução. editoriais@uol.com.br
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Perdidos na traduçãoEm diversos contextos teriam pouca importância equívocos como trocar "azeite" por "óleo", dizer "feriado" em vez de "dia não útil" ou escrever "outros brinquedos" onde se deveria ler "triciclos e patinetes" –todos oriundos de uma desastrada tradução da língua inglesa para a portuguesa. Assumem outra proporção, todavia, quando figuram num acordo comercial em que se definem descontos nas tarifas de importação de mais de mil produtos. Como mostrou o jornal "Valor Econômico", os três exemplos citados, ao lado de outros 202 erros de tradução, integram a versão brasileira de um tratado alfandegário assinado em 2008 pelo Mercosul e pela União Aduaneira da África Austral (África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia e Suazilândia). Aprovado pelo Congresso em 2010, o acordo seguiu para o Planalto, que deveria promulgá-lo. Isso não ocorreu, porém, pois diplomatas identificaram as falhas linguísticas –cometidas por empresa contratada pelo próprio Itamaraty. O Brasil é o único país da negociação que ainda não ratificou o documento, impedindo sua vigência. Desfeita a lambança, o texto embarcou num lento périplo ao qual não faltaram obstáculos burocráticos. A edição corrigida deveria ser remetida ao Paraguai, onde são depositados todos os acordos do Mercosul. Ocorre que o país estava suspenso do bloco devido à destituição de Fernando Lugo da Presidência. Armou-se, então, estratégia alternativa. A nova tradução foi enviada ao Uruguai, sede da Secretaria Administrativa, enquanto o Brasil buscava aval das demais nações. Encerrados tais trâmites, o documento chegou à Casa Civil em julho de 2013. Sem motivo aparente, ficou estacionado até o mês passado, quando voltou ao Congresso. O acordo mereceria maior atenção do governo brasileiro. Os países do outro lado do Atlântico somam um PIB de US$ 430 bilhões (o da Argentina monta a US$ 540 bilhões), com perspectivas de crescimento nos próximos dois anos (4%). O Brasil, ademais, vende sobretudo manufaturados a essas nações, numa relação que tem sido superavitária (US$ 524 milhões em 2014). A displicência diante desse tratado mostra quão limitadas são as várias promessas de aumentar a participação brasileira no comércio mundial. Nesse, como em tantos assuntos, as autoridades parecem perdidas –e não só na tradução. editoriais@uol.com.br
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Candidatos reciclam propostas antigas para transporte em São Paulo
ARTUR RODRIGUES GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO Propostas dos principais candidatos à prefeitura de São Paulo na área de trânsito e transportes não detalham de que maneira elas seriam executadas, além de reciclarem iniciativas antigas que não foram adiante. É o que mostra análise feita pela reportagem e por especialistas a respeito nos programas de governo dos candidatos Celso Russomanno (PRB), João Doria (PSDB), Marta Suplicy (PMDB), Fernando Haddad (PT) e Luiza Erundina (PSOL). A poucos dias da eleição, porém, esse tema deu munição para uma guerra entre os postulantes ao cargo pautadas na redução de velocidade, assunto explorado à exaustão pelas campanhas na TV e na rádio e que dominou a disputa eleitoral. As demais propostas praticamente foram deixadas de lado. Entre temas reciclados está uma proposta de Marta Suplicy (PMDB) que prevê estações de transferência nos lugares de pontos de ônibus atuais. O modelo de abrigos maiores e com mais infraestrutura já estava previsto no contrato de transporte público assinado por ela em 2003, quando era prefeita pelo PT. De lá para cá, apenas 3 das 350 estações previstas foram construídas passados quatro mandatos -além de Marta, José Serra (PSDB), Gilberto Kassab (PSD) e Haddad. Outro item de contrato nunca respeitado foi a modernização do sistema de informações nos pontos de ônibus, que previa painéis eletrônicos. Haddad agora promete modernizar isso. A expansão ou modernização de terminais de ônibus também figura entre promessas de Haddad, Marta e Russomanno. Porém, apenas metade de 30 terminais previstos no mesmo contrato foram entregues nos últimos 13 anos. A criação de mais corredores exclusivos de ônibus, considerados pelos especialistas uma opção que só fica abaixo do metrô como transporte de massa, figura nas propostas de todos os postulantes. Em 2003, 300 km eram previstos. Nem 100 km saíram do papel de lá para cá. O superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Luiz Carlos Néspoli, diz que é fundamental que os candidatos cumpram a proposta de continuar a política de expansão de faixas e corredores de ônibus. "Tem que aumentar a velocidade dos ônibus e diminuir o tempo de percurso, porque a cidade é muito extensa e as pessoas que usam ônibus são as que mais perdem tempo", afirmou. Outro ponto importante é racionalizar o sistema, criando linhas perimetrais, diz ele. Alguns candidatos, como Doria, acenam para a ideia. Segundo o consultor em engenharia de tráfego e transporte Horácio Figueira, embora todos tenham apresentado propostas para melhorar a vida do pedestre na cidade, nenhum dos candidatos propõe de forma concreta melhorias na rede de semáforos para quem está a pé. "É necessário rever os tempos de espera e de travessia para o pedestre. Para atravessar na avenida Tucuruvi [zona norte], por exemplo, a pessoa espera três minutos para que o semáforo feche para carros. No meio da travessia, ele tem que correr porque o tempo é insuficiente para completá-la", disse Figueira. O consultor Sérgio Ejzenberg sente falta de propostas que conciliem transporte e desenvolvimento urbano. "É preciso pensar em políticas que invistam o dinheiro do solo criado em transporte de massa", diz. Embora a polêmica sobre o aplicativo Uber tenha sido citada pelos candidatos, nenhum apresenta um modelo de regulamentação novo para se contrapor ao atual, criado por Haddad. Os candidatos favoráveis ao aplicativo usam a posição de Russomanno, contrário ao Uber, para atacá-lo. Ele disse que o aplicativo é ilegal e propõe nova regulamentação, sem detalhar. Já Marta Suplicy faz um aceno aos taxistas, afirmando que retirará todas as taxas deles, para que possam competir com o Uber. PROPOSTAS DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS PARA MOBILIDADE* - VELOCIDADE Nas últimas semanas, Russomanno, Doria e Marta prometeram aumentar a velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, num ataque direto à iniciativa do atual prefeito Haddad, que reduziu os limites nessas vias nas pistas local (70 km/h para 50km/h), central (70 km/h para 60 km/h) e expressa (90 km/h para 70 km/h). Somente o petista e Erundina querem manter a medida. Os demais têm discurso semelhante pautado em devolver os limites de velocidade anteriores e acabar com a "indústria da multa", que Haddad chama de "indústria da infração". "É um crime aumentar a velocidade. Se eles fizerem isso, vão ter que assumir as mortes", disse Figueira. OUTRO LADO Os três candidatos à frente nas pesquisas, Russomanno, Marta e Doria, sustentam que conseguirão reduzir acidentes de trânsito com campanhas educativas. A equipe de Doria afirmou que "as velocidades máximas de 90km/h e 70km/h são compatíveis com as suas características das marginais". Segundo o tucano, é preciso fazer estudos para verificar as causas reais para a diminuição de acidentes. Uma das apostas do tucano é a integração entre carros e sistema público de transporte, por meio de bolsões de estacionamentos perto de terminais de ônibus. "O uso do Bilhete Único para o pagamento facilita a utilização do sistema e propõe ao usuário da integração uma forma rápida e segura de efetivar o pagamento, com seus créditos já carregados no sistema", diz a campanha de Doria. Marta diz que há exemplos de diminuição de acidentes por meio de ações educativas e que não há sentido em vias expressas como as marginais terem a velocidade reduzida. Na questão do transporte coletivo, a candidata pretende trocar os pontos de ônibus dos principais corredores por estações de transferência. Apesar de se dizer favorável às ciclovias, ela faz críticas às implantadas por Haddad. "Vamos reavaliar a malha existente, já que muitas ciclovias são subutilizadas e outras tantas são apenas uma camada de tinta e planejar novos traçados", afirma a candidata do PMDB. Russomanno não comentou os questionamentos feitos pela reportagem, mas já negou que tenha havido diminuição de mortes no trânsito, apesar dos dados disponíveis mostrarem o contrário. O deputado também promete continuar a política de Haddad de expandir faixas de ônibus, mas não cita corredores em seu programa. O petista defende sua gestão, afirmando que as faixas ajudaram a aumentar a velocidade dos ônibus. "O paulistano ganhou quatro horas por semana com a política de priorizar o transporte público", afirma sua equipe. Uma das novidades propostas por ele é melhorar as informações disponíveis nos pontos de ônibus. "A prioridade será instalar painéis nos corredores e nos pontos onde não há placas com informações". Erundina não comentou os questionamentos da reportagem. Em seu programa, segue a linha de aperfeiçoar programas da atual gestão. Ela também fala em criar órgão intermunicipal de transportes.
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Candidatos reciclam propostas antigas para transporte em São PauloARTUR RODRIGUES GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO Propostas dos principais candidatos à prefeitura de São Paulo na área de trânsito e transportes não detalham de que maneira elas seriam executadas, além de reciclarem iniciativas antigas que não foram adiante. É o que mostra análise feita pela reportagem e por especialistas a respeito nos programas de governo dos candidatos Celso Russomanno (PRB), João Doria (PSDB), Marta Suplicy (PMDB), Fernando Haddad (PT) e Luiza Erundina (PSOL). A poucos dias da eleição, porém, esse tema deu munição para uma guerra entre os postulantes ao cargo pautadas na redução de velocidade, assunto explorado à exaustão pelas campanhas na TV e na rádio e que dominou a disputa eleitoral. As demais propostas praticamente foram deixadas de lado. Entre temas reciclados está uma proposta de Marta Suplicy (PMDB) que prevê estações de transferência nos lugares de pontos de ônibus atuais. O modelo de abrigos maiores e com mais infraestrutura já estava previsto no contrato de transporte público assinado por ela em 2003, quando era prefeita pelo PT. De lá para cá, apenas 3 das 350 estações previstas foram construídas passados quatro mandatos -além de Marta, José Serra (PSDB), Gilberto Kassab (PSD) e Haddad. Outro item de contrato nunca respeitado foi a modernização do sistema de informações nos pontos de ônibus, que previa painéis eletrônicos. Haddad agora promete modernizar isso. A expansão ou modernização de terminais de ônibus também figura entre promessas de Haddad, Marta e Russomanno. Porém, apenas metade de 30 terminais previstos no mesmo contrato foram entregues nos últimos 13 anos. A criação de mais corredores exclusivos de ônibus, considerados pelos especialistas uma opção que só fica abaixo do metrô como transporte de massa, figura nas propostas de todos os postulantes. Em 2003, 300 km eram previstos. Nem 100 km saíram do papel de lá para cá. O superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Luiz Carlos Néspoli, diz que é fundamental que os candidatos cumpram a proposta de continuar a política de expansão de faixas e corredores de ônibus. "Tem que aumentar a velocidade dos ônibus e diminuir o tempo de percurso, porque a cidade é muito extensa e as pessoas que usam ônibus são as que mais perdem tempo", afirmou. Outro ponto importante é racionalizar o sistema, criando linhas perimetrais, diz ele. Alguns candidatos, como Doria, acenam para a ideia. Segundo o consultor em engenharia de tráfego e transporte Horácio Figueira, embora todos tenham apresentado propostas para melhorar a vida do pedestre na cidade, nenhum dos candidatos propõe de forma concreta melhorias na rede de semáforos para quem está a pé. "É necessário rever os tempos de espera e de travessia para o pedestre. Para atravessar na avenida Tucuruvi [zona norte], por exemplo, a pessoa espera três minutos para que o semáforo feche para carros. No meio da travessia, ele tem que correr porque o tempo é insuficiente para completá-la", disse Figueira. O consultor Sérgio Ejzenberg sente falta de propostas que conciliem transporte e desenvolvimento urbano. "É preciso pensar em políticas que invistam o dinheiro do solo criado em transporte de massa", diz. Embora a polêmica sobre o aplicativo Uber tenha sido citada pelos candidatos, nenhum apresenta um modelo de regulamentação novo para se contrapor ao atual, criado por Haddad. Os candidatos favoráveis ao aplicativo usam a posição de Russomanno, contrário ao Uber, para atacá-lo. Ele disse que o aplicativo é ilegal e propõe nova regulamentação, sem detalhar. Já Marta Suplicy faz um aceno aos taxistas, afirmando que retirará todas as taxas deles, para que possam competir com o Uber. PROPOSTAS DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS PARA MOBILIDADE* - VELOCIDADE Nas últimas semanas, Russomanno, Doria e Marta prometeram aumentar a velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, num ataque direto à iniciativa do atual prefeito Haddad, que reduziu os limites nessas vias nas pistas local (70 km/h para 50km/h), central (70 km/h para 60 km/h) e expressa (90 km/h para 70 km/h). Somente o petista e Erundina querem manter a medida. Os demais têm discurso semelhante pautado em devolver os limites de velocidade anteriores e acabar com a "indústria da multa", que Haddad chama de "indústria da infração". "É um crime aumentar a velocidade. Se eles fizerem isso, vão ter que assumir as mortes", disse Figueira. OUTRO LADO Os três candidatos à frente nas pesquisas, Russomanno, Marta e Doria, sustentam que conseguirão reduzir acidentes de trânsito com campanhas educativas. A equipe de Doria afirmou que "as velocidades máximas de 90km/h e 70km/h são compatíveis com as suas características das marginais". Segundo o tucano, é preciso fazer estudos para verificar as causas reais para a diminuição de acidentes. Uma das apostas do tucano é a integração entre carros e sistema público de transporte, por meio de bolsões de estacionamentos perto de terminais de ônibus. "O uso do Bilhete Único para o pagamento facilita a utilização do sistema e propõe ao usuário da integração uma forma rápida e segura de efetivar o pagamento, com seus créditos já carregados no sistema", diz a campanha de Doria. Marta diz que há exemplos de diminuição de acidentes por meio de ações educativas e que não há sentido em vias expressas como as marginais terem a velocidade reduzida. Na questão do transporte coletivo, a candidata pretende trocar os pontos de ônibus dos principais corredores por estações de transferência. Apesar de se dizer favorável às ciclovias, ela faz críticas às implantadas por Haddad. "Vamos reavaliar a malha existente, já que muitas ciclovias são subutilizadas e outras tantas são apenas uma camada de tinta e planejar novos traçados", afirma a candidata do PMDB. Russomanno não comentou os questionamentos feitos pela reportagem, mas já negou que tenha havido diminuição de mortes no trânsito, apesar dos dados disponíveis mostrarem o contrário. O deputado também promete continuar a política de Haddad de expandir faixas de ônibus, mas não cita corredores em seu programa. O petista defende sua gestão, afirmando que as faixas ajudaram a aumentar a velocidade dos ônibus. "O paulistano ganhou quatro horas por semana com a política de priorizar o transporte público", afirma sua equipe. Uma das novidades propostas por ele é melhorar as informações disponíveis nos pontos de ônibus. "A prioridade será instalar painéis nos corredores e nos pontos onde não há placas com informações". Erundina não comentou os questionamentos da reportagem. Em seu programa, segue a linha de aperfeiçoar programas da atual gestão. Ela também fala em criar órgão intermunicipal de transportes.
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Para ministro, mortes de detentos em presídios é situação 'gravíssima'
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, classificou nesta segunda-feira (17) como uma situação "gravíssima" as mortes de ao menos 18 detentos em confrontos entre facções criminosas em presídios de Roraima e Rondônia. Segundo ele, uma delegação do Departamento Penitenciário Nacional foi destacada pelo governo federal para avaliar a gravidade da situação nas unidades prisionais. O ministro disse que, por enquanto, ainda não houve pedidos dos governos estaduais de envio de reforço da Força Nacional ou de transferência de presos para outros presídios do país. "Há uma delegação do Depen [Departamento Penitenciário Nacional] se locomovendo para que nós possamos ver a gravidade da situação. E, a partir daí, tomar as medidas necessárias. Obviamente, que a situação é gravíssima com as mortes", disse. As primeiras mortes ocorreram em rebelião na tarde de domingo (16) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na zona rural de Boa Vista (RR). O conflito deixou dez detentos mortos. Na madrugada desta segunda-feira (17), houve uma nova rebelião na Penitenciária Ênio dos Santos Pinheiro, em Porto Velho (RO), onde oitos presos morreram asfixiados. Os detentos mortos tinham idade máxima de 30 anos, setes corpos foram empilhados e queimados, o que dificultou o trabalho da perícia para a identificação. FRONTEIRA O ministro avaliou a situação após reunião com a prefeita eleita de Boa Vista (RR), Teresa Surita (PMDB), ex-mulher do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que também participou do encontro. O encontro teve como objetivo discutir o fluxo migratório de venezuelanos para os municípios que ficam na divisa do Brasil com a Venezuela. Os estrangeiros têm atravessado a fronteira para fazer compras, por conta escassez de produtos no país vizinho. O fluxo tem afetado os serviços de saúde e limpeza dos municípios brasileiros, que não têm conseguido atender à grande demanda de estrangeiros. "As pessoas viajam para fazer compras, mas às vezes acabam retardando esse processo e ficam mais que um dia, sendo que o município não tem condições de suportar essa demanda de serviços da comunidade", disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Para avaliar a situação, o Ministério da Justiça enviará na semana que vem uma comissão para os municípios em questão.
cotidiano
Para ministro, mortes de detentos em presídios é situação 'gravíssima'O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, classificou nesta segunda-feira (17) como uma situação "gravíssima" as mortes de ao menos 18 detentos em confrontos entre facções criminosas em presídios de Roraima e Rondônia. Segundo ele, uma delegação do Departamento Penitenciário Nacional foi destacada pelo governo federal para avaliar a gravidade da situação nas unidades prisionais. O ministro disse que, por enquanto, ainda não houve pedidos dos governos estaduais de envio de reforço da Força Nacional ou de transferência de presos para outros presídios do país. "Há uma delegação do Depen [Departamento Penitenciário Nacional] se locomovendo para que nós possamos ver a gravidade da situação. E, a partir daí, tomar as medidas necessárias. Obviamente, que a situação é gravíssima com as mortes", disse. As primeiras mortes ocorreram em rebelião na tarde de domingo (16) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na zona rural de Boa Vista (RR). O conflito deixou dez detentos mortos. Na madrugada desta segunda-feira (17), houve uma nova rebelião na Penitenciária Ênio dos Santos Pinheiro, em Porto Velho (RO), onde oitos presos morreram asfixiados. Os detentos mortos tinham idade máxima de 30 anos, setes corpos foram empilhados e queimados, o que dificultou o trabalho da perícia para a identificação. FRONTEIRA O ministro avaliou a situação após reunião com a prefeita eleita de Boa Vista (RR), Teresa Surita (PMDB), ex-mulher do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que também participou do encontro. O encontro teve como objetivo discutir o fluxo migratório de venezuelanos para os municípios que ficam na divisa do Brasil com a Venezuela. Os estrangeiros têm atravessado a fronteira para fazer compras, por conta escassez de produtos no país vizinho. O fluxo tem afetado os serviços de saúde e limpeza dos municípios brasileiros, que não têm conseguido atender à grande demanda de estrangeiros. "As pessoas viajam para fazer compras, mas às vezes acabam retardando esse processo e ficam mais que um dia, sendo que o município não tem condições de suportar essa demanda de serviços da comunidade", disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Para avaliar a situação, o Ministério da Justiça enviará na semana que vem uma comissão para os municípios em questão.
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Brasil goleia Argentina e conquista 1º bronze da história do rúgbi no Pan
Clássico. Estádio cheio. Brasil e Argentina. Grama verdinha (sintética), traves na linha de fundo e uma bola oval. Oval? Sim, e com ela as brasileiras conquistaram o bronze no Pan de Toronto, neste domingo (12), batendo as rivais por 29 a 0. Esta foi a primeira vez na história em as mulheres do rúgbi disputaram um Pan. Os homens entraram no programa na edição de Guadalajara-2011, mas o Brasil passou longe da medalha. A decisão do terceiro lugar no estádio do Toronto FC –clube que o goleiro Julio Cesar defendeu antes da Copa-2014– recebeu um grande público (cerca de 20 mil torcedores, a maioria para ver o Canadá que disputa a final do masculino contra a mesma Argentina ainda nesta noite). O Canadá venceu os Estados Unidos por 55 a 7 e é o primeiro campeão feminino de rúgbi em um Pan. Canadense e norte-americana estão entre as cinco melhores seleções do mundo na modalidade. Já a seleção masculina do Brasil acabou o Pan na sexta colocação, após derrota nesta noite de domingo (12) para o Chile, por 12 a 7. Em Guadalajara-2011, eles ficaram em sétimo entre oito seleções.
esporte
Brasil goleia Argentina e conquista 1º bronze da história do rúgbi no PanClássico. Estádio cheio. Brasil e Argentina. Grama verdinha (sintética), traves na linha de fundo e uma bola oval. Oval? Sim, e com ela as brasileiras conquistaram o bronze no Pan de Toronto, neste domingo (12), batendo as rivais por 29 a 0. Esta foi a primeira vez na história em as mulheres do rúgbi disputaram um Pan. Os homens entraram no programa na edição de Guadalajara-2011, mas o Brasil passou longe da medalha. A decisão do terceiro lugar no estádio do Toronto FC –clube que o goleiro Julio Cesar defendeu antes da Copa-2014– recebeu um grande público (cerca de 20 mil torcedores, a maioria para ver o Canadá que disputa a final do masculino contra a mesma Argentina ainda nesta noite). O Canadá venceu os Estados Unidos por 55 a 7 e é o primeiro campeão feminino de rúgbi em um Pan. Canadense e norte-americana estão entre as cinco melhores seleções do mundo na modalidade. Já a seleção masculina do Brasil acabou o Pan na sexta colocação, após derrota nesta noite de domingo (12) para o Chile, por 12 a 7. Em Guadalajara-2011, eles ficaram em sétimo entre oito seleções.
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China eleva compra de milho do Brasil
Ainda é pouco, mas a China começa a participar mais da cota das exportações de milho do Brasil. Após acordo assinado entre os dois países, o cereal brasileiro tem caminho livre para esse mercado asiático. Praticamente ausentes do mercado brasileiro até então, os chineses compraram 52 mil toneladas de milho no primeiro trimestre, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Tradicional importadora de soja, a China começa a aumentar também as compras de milho, devido à maior demanda de cereal na produção de proteínas no país. Em 2010, os chineses produziam 50,7 milhões de toneladas de carne suína. Neste ano, a produção deverá superar os 57 milhões de toneladas. Mesmo assim, o volume será insuficiente para a demanda interna de 58,3 milhões de toneladas. O aumento da população nas cidades elevou a demanda por carnes, e a produção chinesa de milho de 214 milhões de toneladas -embora venha crescendo- não é suficiente para a demanda interna. O aumento da demanda por milho na China é uma boa saída para o produto brasileiro. O país tem área disponível, e a produção do cereal vem aumentando nos últimos anos, principalmente em Mato Grosso, líder na soja. Mas os números da importação chinesa no Brasil ainda são pequenos em relação aos de outros países da própria Ásia. Líderes nas compras do produto brasileiro, os vietnamitas levaram 1,28 milhão de toneladas do cereal nos três primeiros meses do ano. Outro quatro países asiáticos -Indonésia, Malásia, Taiwan e Coreia do Sul- também tiveram presença marcante na compra do cereal brasileiro. O Japão, que há um ano era um dos líderes nas compras do produto brasileiro, voltou-se para os EUA, país que recompôs a produção, afetada pela seca de 2012. * BOI GORDO Arroba aumenta para até R$ 152 em SP A oferta menor para as escalas de abate dos próximos dias fez com que os frigoríficos pagassem até R$ 152 por arroba de boi gordo no noroeste paulista, segundo a Informa Economics FNP. O boi mantém alta de 22% ante o preço de abril de 2014. * Governo já admite elevar a mistura de biodiesel A Abiove (Associação das Indústrias de Óleos Vegetais) defende a taxa de mistura de biodiesel ao diesel acima de 7% em algumas regiões. O Centro-Oeste seria uma delas. O litro do diesel S-10, com baixo teor de enxofre, chega a R$ 3,34 para o consumidor. O biodiesel pode ser retirado das usinas por R$ 2,20. Enquanto não se tem um marco regulatório, setores do próprio governo veem com bons olhos a ampliação da mistura em algumas regiões. Países como Argentina e Indonésia já utilizam 10% de mistura, enquanto o Brasil adotou 7% só em 2014. A produção nacional vem crescendo e atingiu 3,5 bilhões de litros no ano passado, 17% mais do que em 2013. Para este ano, a projeção é que o setor aumente 20%. * Pressão interna Os preços das principais commodities caem no mercado internacional. Algumas delas, no entanto, continuam em alta internamente devido à valorização do dólar. O resultado é uma pressão na taxa de inflação. A soja é uma delas. Em queda Negociada com recuo de 36% na Bolsa de Chicago em relação aos preços praticados há um ano, a oleaginosa está com alta de 7,4% no mercado atacadista, segundo dados do IGP-10, índice apurado pela FGV. Carnes Outro item de pressão no atacado, e que acaba refletindo no bolso do consumidor, é a carne bovina, que subiu 1,51% no atacado neste mês, segundo o IGP-10. Já a carne de frango, com a queda nas granjas, deverá diminuir a pressão para o consumidor. Desaceleração A exportação de etanol está com ritmo fraco neste mês, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Mesmo com o câmbio favorável, as vendas externas recuaram 84% ante as de abril de 2014.
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China eleva compra de milho do BrasilAinda é pouco, mas a China começa a participar mais da cota das exportações de milho do Brasil. Após acordo assinado entre os dois países, o cereal brasileiro tem caminho livre para esse mercado asiático. Praticamente ausentes do mercado brasileiro até então, os chineses compraram 52 mil toneladas de milho no primeiro trimestre, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Tradicional importadora de soja, a China começa a aumentar também as compras de milho, devido à maior demanda de cereal na produção de proteínas no país. Em 2010, os chineses produziam 50,7 milhões de toneladas de carne suína. Neste ano, a produção deverá superar os 57 milhões de toneladas. Mesmo assim, o volume será insuficiente para a demanda interna de 58,3 milhões de toneladas. O aumento da população nas cidades elevou a demanda por carnes, e a produção chinesa de milho de 214 milhões de toneladas -embora venha crescendo- não é suficiente para a demanda interna. O aumento da demanda por milho na China é uma boa saída para o produto brasileiro. O país tem área disponível, e a produção do cereal vem aumentando nos últimos anos, principalmente em Mato Grosso, líder na soja. Mas os números da importação chinesa no Brasil ainda são pequenos em relação aos de outros países da própria Ásia. Líderes nas compras do produto brasileiro, os vietnamitas levaram 1,28 milhão de toneladas do cereal nos três primeiros meses do ano. Outro quatro países asiáticos -Indonésia, Malásia, Taiwan e Coreia do Sul- também tiveram presença marcante na compra do cereal brasileiro. O Japão, que há um ano era um dos líderes nas compras do produto brasileiro, voltou-se para os EUA, país que recompôs a produção, afetada pela seca de 2012. * BOI GORDO Arroba aumenta para até R$ 152 em SP A oferta menor para as escalas de abate dos próximos dias fez com que os frigoríficos pagassem até R$ 152 por arroba de boi gordo no noroeste paulista, segundo a Informa Economics FNP. O boi mantém alta de 22% ante o preço de abril de 2014. * Governo já admite elevar a mistura de biodiesel A Abiove (Associação das Indústrias de Óleos Vegetais) defende a taxa de mistura de biodiesel ao diesel acima de 7% em algumas regiões. O Centro-Oeste seria uma delas. O litro do diesel S-10, com baixo teor de enxofre, chega a R$ 3,34 para o consumidor. O biodiesel pode ser retirado das usinas por R$ 2,20. Enquanto não se tem um marco regulatório, setores do próprio governo veem com bons olhos a ampliação da mistura em algumas regiões. Países como Argentina e Indonésia já utilizam 10% de mistura, enquanto o Brasil adotou 7% só em 2014. A produção nacional vem crescendo e atingiu 3,5 bilhões de litros no ano passado, 17% mais do que em 2013. Para este ano, a projeção é que o setor aumente 20%. * Pressão interna Os preços das principais commodities caem no mercado internacional. Algumas delas, no entanto, continuam em alta internamente devido à valorização do dólar. O resultado é uma pressão na taxa de inflação. A soja é uma delas. Em queda Negociada com recuo de 36% na Bolsa de Chicago em relação aos preços praticados há um ano, a oleaginosa está com alta de 7,4% no mercado atacadista, segundo dados do IGP-10, índice apurado pela FGV. Carnes Outro item de pressão no atacado, e que acaba refletindo no bolso do consumidor, é a carne bovina, que subiu 1,51% no atacado neste mês, segundo o IGP-10. Já a carne de frango, com a queda nas granjas, deverá diminuir a pressão para o consumidor. Desaceleração A exportação de etanol está com ritmo fraco neste mês, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Mesmo com o câmbio favorável, as vendas externas recuaram 84% ante as de abril de 2014.
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IBGE cancela Contagem da População em 2016 após cortes no orçamento
Após uma nova tentativa de negociar com o ministério do Planejamento, a direção do IBGE divulgou um boletim interno a seus funcionários no qual informa o cancelamento da Contagem da População em 2016 –o que já estava previsto desde setembro do ano passado, quando houve um corte no orçamento da instituição. "O Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) confirmou à Direção do IBGE ontem (23/03/2015) que, em razão de contenção orçamentária para o ano de 2015, será impossível realizar a Contagem da População em 2016 –a despeito de a instituição estar preparada tecnicamente para a sua realização", diz a nota distribuída a seus empregados. Em setembro, o IBGE pleiteava um orçamento de R$ 776 milhões para 2014. Seu pedido foi negado pelo ministério, que só prevê uma despesa de R$ 204 milhões -suficiente apenas para as despesas correntes do órgão e para a realização da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), que serve para atualizar o IPCA, índice oficial de inflação, pois mapeia o padrão de renda, despesa e consumo das famílias do país. Com o corte, saíram do calendário a Contagem da População e o Censo Agropecuário. O instituto estima o custo de cerca de R$ 3 bilhões das duas pesquisas –a maior parte dos gastos seriam em 2016. Estava prevista, porém, uma etapa de preparação para 2015. Quando o novo ministro Nelson Barbosa (Planejamento) assumiu, a diretoria do IBGE tentou, sem sucesso, retomar o orçamento pleiteado no ano passado. A justificativa foi o ajuste fiscal em curso. No ano passado, a ex-ministra Miriam Belchior dizia que não era um bom momento incluir essas despesas em um ano eleitoral, sem assumir as dificuldades de caixa da União. Especialistas, sindicalistas técnicos do IBGE enxergam na decisão do Planejamento uma forma de desprestigiar o órgão oficial de estatística do país, que sofre com atrasos recorrentes em seu calendário de pesquisas e com o esvaziamento de seu quadro de funcionários.
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IBGE cancela Contagem da População em 2016 após cortes no orçamentoApós uma nova tentativa de negociar com o ministério do Planejamento, a direção do IBGE divulgou um boletim interno a seus funcionários no qual informa o cancelamento da Contagem da População em 2016 –o que já estava previsto desde setembro do ano passado, quando houve um corte no orçamento da instituição. "O Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) confirmou à Direção do IBGE ontem (23/03/2015) que, em razão de contenção orçamentária para o ano de 2015, será impossível realizar a Contagem da População em 2016 –a despeito de a instituição estar preparada tecnicamente para a sua realização", diz a nota distribuída a seus empregados. Em setembro, o IBGE pleiteava um orçamento de R$ 776 milhões para 2014. Seu pedido foi negado pelo ministério, que só prevê uma despesa de R$ 204 milhões -suficiente apenas para as despesas correntes do órgão e para a realização da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), que serve para atualizar o IPCA, índice oficial de inflação, pois mapeia o padrão de renda, despesa e consumo das famílias do país. Com o corte, saíram do calendário a Contagem da População e o Censo Agropecuário. O instituto estima o custo de cerca de R$ 3 bilhões das duas pesquisas –a maior parte dos gastos seriam em 2016. Estava prevista, porém, uma etapa de preparação para 2015. Quando o novo ministro Nelson Barbosa (Planejamento) assumiu, a diretoria do IBGE tentou, sem sucesso, retomar o orçamento pleiteado no ano passado. A justificativa foi o ajuste fiscal em curso. No ano passado, a ex-ministra Miriam Belchior dizia que não era um bom momento incluir essas despesas em um ano eleitoral, sem assumir as dificuldades de caixa da União. Especialistas, sindicalistas técnicos do IBGE enxergam na decisão do Planejamento uma forma de desprestigiar o órgão oficial de estatística do país, que sofre com atrasos recorrentes em seu calendário de pesquisas e com o esvaziamento de seu quadro de funcionários.
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Andrés cancela 'Dia do Corinthians' e pede aposentadoria para atletas
O ex-presidente do Corinthians e atual deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP) retirou da Câmara Federal nesta quinta (26) o projeto de lei que criava o "Dia do Corinthians". A ideia gerou críticas nas redes sociais. Em seu lugar o deputado apresentou outra proposta. Ele pede que atletas profissionais e semi profissionais recebam aposentadoria a partir do momento em que possam provar pelo menos 20 anos de contribuição social. "(...) em decorrência do problema físico que incapacita o atleta para o treinamento, surge um problema ainda maior, de ordem social (frustração e a baixa estima) que, por sua vez, arrasta o atleta para a depressão ou para o vício, inviabilizando o atleta para a prática esportiva", justifica o projeto, que deverá ser votado pela Câmara dos Deputados. Pelas regras atuais, um trabalhador comum, para se aposentar, deve comprovar 35 anos de contribuição se for homem ou 30 anos se for mulher. Sanchez foi às redes sociais se defender das críticas à criação do "Dia do Corinthians". Lembrou que a ideia era do também deputado Antônio Goulart (PSD-SP), conhecido pela ligação com a Gaviões da Fiel. "Não é crime esse projeto", escreveu o ex-presidente.
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Andrés cancela 'Dia do Corinthians' e pede aposentadoria para atletasO ex-presidente do Corinthians e atual deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP) retirou da Câmara Federal nesta quinta (26) o projeto de lei que criava o "Dia do Corinthians". A ideia gerou críticas nas redes sociais. Em seu lugar o deputado apresentou outra proposta. Ele pede que atletas profissionais e semi profissionais recebam aposentadoria a partir do momento em que possam provar pelo menos 20 anos de contribuição social. "(...) em decorrência do problema físico que incapacita o atleta para o treinamento, surge um problema ainda maior, de ordem social (frustração e a baixa estima) que, por sua vez, arrasta o atleta para a depressão ou para o vício, inviabilizando o atleta para a prática esportiva", justifica o projeto, que deverá ser votado pela Câmara dos Deputados. Pelas regras atuais, um trabalhador comum, para se aposentar, deve comprovar 35 anos de contribuição se for homem ou 30 anos se for mulher. Sanchez foi às redes sociais se defender das críticas à criação do "Dia do Corinthians". Lembrou que a ideia era do também deputado Antônio Goulart (PSD-SP), conhecido pela ligação com a Gaviões da Fiel. "Não é crime esse projeto", escreveu o ex-presidente.
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Cineasta israelense Amos Gitai injeta política em Festival de Veneza
"O Estado de Israel nunca mais será o mesmo." A fase de toada pessimista domina o longa "Rabin, the Last Day", que o diretor israelense Amos Gitai levou ao Festival de Cinema de Veneza. O thriller reconstitui a investigação do assassinato, a tiros, do premiê israelense Yitzhak Rabin, em 1995, por um extremista judeu contrário aos acordos de paz firmados com os palestinos. "Rabin é o centro e o buraco negro do filme: a trama gira em torno dele, mas não quis retratá-lo, não quis competir com sua figura", disse Gitai, que já abordou os conflitos na região em filmes como "O Dia do Perdão" (2000). O crime é reconstruído por gravações da noite em que ministro foi alvejado, num comício pela paz em Tel Aviv. Em seguida, Gitai encena a comissão que apurou a morte, expondo as falhas da segurança e o atendimento médico, e o universo do atirador. Documentos e testemunhos embasaram cenas como as dos rituais religiosos em que rabinos incitavam a morte do premiê, invocando o princípio ortodoxo do "din rodef", a permissão ao homicídio contida no Talmude. Gitai descarta comparações com "JFK" (1991), de Oliver Stone, sobre a morte de Kennedy. "Não foi conspiração do caso de Rabin, cuja morte era anunciada nos muros. Ela foi cometida para desestabilizar a democracia." Para o diretor, lançar o longa 20 anos após o caso faz pensar o presente. "Olhamos o passado não por sentimentalismo, e sim para entender uma época de uma breve esperança de diálogo entre e israelenses e palestinos." Gitai reafirmou sua opinião de que os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza "são terra dos palestinos". "Temos que conviver com eles. Para se ter paz, você tem de considerar o outro." Sobre o assassino, hoje preso, diz que foi "só a mão que empunhava a arma, e por isso não é o centro do filme". Numa edição pouco política -a atriz Tilda Swinton e o diretor Tom Hooper citaram de passagem a questão dos refugiados-, Gitai pediu um minuto de silêncio por Riham Dawabsheh, palestina atacada por extremistas israelenses e que teve a morte anunciada nesta segunda (7).
ilustrada
Cineasta israelense Amos Gitai injeta política em Festival de Veneza"O Estado de Israel nunca mais será o mesmo." A fase de toada pessimista domina o longa "Rabin, the Last Day", que o diretor israelense Amos Gitai levou ao Festival de Cinema de Veneza. O thriller reconstitui a investigação do assassinato, a tiros, do premiê israelense Yitzhak Rabin, em 1995, por um extremista judeu contrário aos acordos de paz firmados com os palestinos. "Rabin é o centro e o buraco negro do filme: a trama gira em torno dele, mas não quis retratá-lo, não quis competir com sua figura", disse Gitai, que já abordou os conflitos na região em filmes como "O Dia do Perdão" (2000). O crime é reconstruído por gravações da noite em que ministro foi alvejado, num comício pela paz em Tel Aviv. Em seguida, Gitai encena a comissão que apurou a morte, expondo as falhas da segurança e o atendimento médico, e o universo do atirador. Documentos e testemunhos embasaram cenas como as dos rituais religiosos em que rabinos incitavam a morte do premiê, invocando o princípio ortodoxo do "din rodef", a permissão ao homicídio contida no Talmude. Gitai descarta comparações com "JFK" (1991), de Oliver Stone, sobre a morte de Kennedy. "Não foi conspiração do caso de Rabin, cuja morte era anunciada nos muros. Ela foi cometida para desestabilizar a democracia." Para o diretor, lançar o longa 20 anos após o caso faz pensar o presente. "Olhamos o passado não por sentimentalismo, e sim para entender uma época de uma breve esperança de diálogo entre e israelenses e palestinos." Gitai reafirmou sua opinião de que os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza "são terra dos palestinos". "Temos que conviver com eles. Para se ter paz, você tem de considerar o outro." Sobre o assassino, hoje preso, diz que foi "só a mão que empunhava a arma, e por isso não é o centro do filme". Numa edição pouco política -a atriz Tilda Swinton e o diretor Tom Hooper citaram de passagem a questão dos refugiados-, Gitai pediu um minuto de silêncio por Riham Dawabsheh, palestina atacada por extremistas israelenses e que teve a morte anunciada nesta segunda (7).
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Erdogan diz que pedirá aprovação da pena de morte ao Parlamento turco
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou neste sábado (29) que vai submeter em breve ao Parlamento o pedido para o restabelecimento da condenação à pena de morte para ser aplicada aos responsáveis pela tentativa fracassada de golpe de Estado de julho passado. Em 15 de julho passado, uma facção dissidente das Forças Armadas tentou derrubar o governo conservador de Erdogan. Ao menos 270 pessoas foram mortas em confrontos durante a tentativa de golpe. Em resposta, o presidente lançou um extenso expurgo em setores como Forças Armadas, educação, judiciário e imprensa que já levou a quase 35 mil pessoas detidas e 70 mil investigadas. A pena de morte foi abolida na Turquia em 2004, no marco da candidatura de Ancara para entrar na União Europeia. "Nosso governo submeterá isso [o restabelecimento da pena de morte] ao Parlamento. e estou convencido de que o Parlamento o aprovará e, quando chegar a mim, eu o ratificarei", disse Erdogan em discurso em Ancara, sem citar datas. "Logo, não se preocupem. Será logo, se Deus quiser", completou o presidente, em resposta a uma multidão que gritava "queremos a pena de morte!". Um eventual debate parlamentar sobre a pena de morte pode ser tumultuoso em um momento em que o governo tenta o apoio dos deputados da oposição para reformar a Constituição e instaurar um regime presidencialista. O anúncio de que o país quer retomar a punição levou a indignação entre os membros da UE. Erdogan disse não se importar. "O Ocidente diz isso, o Ocidente diz aquilo. Perdoem-me, mas pelo que consta, não é o que diz o Ocidente, é o que diz o meu povo", disse o presidente, durante cerimônia de inauguração de uma estação de trem de alta velocidade.
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Erdogan diz que pedirá aprovação da pena de morte ao Parlamento turcoO presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou neste sábado (29) que vai submeter em breve ao Parlamento o pedido para o restabelecimento da condenação à pena de morte para ser aplicada aos responsáveis pela tentativa fracassada de golpe de Estado de julho passado. Em 15 de julho passado, uma facção dissidente das Forças Armadas tentou derrubar o governo conservador de Erdogan. Ao menos 270 pessoas foram mortas em confrontos durante a tentativa de golpe. Em resposta, o presidente lançou um extenso expurgo em setores como Forças Armadas, educação, judiciário e imprensa que já levou a quase 35 mil pessoas detidas e 70 mil investigadas. A pena de morte foi abolida na Turquia em 2004, no marco da candidatura de Ancara para entrar na União Europeia. "Nosso governo submeterá isso [o restabelecimento da pena de morte] ao Parlamento. e estou convencido de que o Parlamento o aprovará e, quando chegar a mim, eu o ratificarei", disse Erdogan em discurso em Ancara, sem citar datas. "Logo, não se preocupem. Será logo, se Deus quiser", completou o presidente, em resposta a uma multidão que gritava "queremos a pena de morte!". Um eventual debate parlamentar sobre a pena de morte pode ser tumultuoso em um momento em que o governo tenta o apoio dos deputados da oposição para reformar a Constituição e instaurar um regime presidencialista. O anúncio de que o país quer retomar a punição levou a indignação entre os membros da UE. Erdogan disse não se importar. "O Ocidente diz isso, o Ocidente diz aquilo. Perdoem-me, mas pelo que consta, não é o que diz o Ocidente, é o que diz o meu povo", disse o presidente, durante cerimônia de inauguração de uma estação de trem de alta velocidade.
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