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Praia da Tailândia atrai mochileiros e amantes de exclusividade
Dois tipos de visitantes sentem-se mais atraídos por Krabi: mochileiros com alergia a lugares lotados e turismo de massa e pessoas em busca de luxo e exclusividade –o que se reflete nas opções de hospedagens, restaurantes e lazer. Hotéis baratos e albergues pipocam pela praia Ao Nang e pelo centro da cidade –ali, quartos coletivos podem custar a partir de R$ 15, sem café da manhã. O que não chega a ser um grande problema, considerando-se que um pad thai (macarronada tailandesa que lembra o yakisoba) sai por 20 bahts (cerca de R$ 1,80) em barracas de rua. Do lado oposto, estão os resorts luxuosos. Krabi concentra propriedades cinco estrelas que encontraram na proximidade aos parques nacionais terrenos perfeitos para oferecer exclusividade a clientes que não se importam em pagar mais de R$ 1.000 pela diária da acomodação mais simples do local. Entre os destaques estão o Rayavadee Resort, o Phulay Bay (da Ritz-Carlton) e o Tubkaak Krabi Boutique Resort. Neles, há quartos com piscina particular, restaurantes que servem comida tailandesa e ocidental, spa com diferentes massagens e serviço de mordomo personalizado. BUDAS DOURADOS Assim como em qualquer destino que tem o turismo como importante atividade econômica, há atrações para estrangeiro ver e opções mais autênticas. Principalmente nos templos budistas. Embora a grande vocação de Krabi seja sol, areia e mar, esses locais sagrados também atraem curiosos e adeptos da religião –embora as construções sejam mais simples e menores que as encontradas na capital, Bancoc. O preferido dos turistas, que inundam o lugar, é o Tiger Cave. Construído no sopé de uma montanha, o local é cheio de estátuas douradas de budas, monges que entoam cânticos e macacos que roubam bolsas ou câmeras de estrangeiros que dão sopa. Quem tem fôlego e preparo físico pode subir os 1.237 degraus monte acima e chegar a outro Buda dourado, que guarda um mirante e a melhor vista da cidade. A 20 minutos de carro, está o templo Wat Kaew Korawaram. Ali, as boas-vindas são feitas por estátuas de dragões nas escadas que levam ao prédio, todo branco. Depois, é só silêncio –nada de câmeras ou crianças correndo. No máximo, algum tailandês ajoelhado, saudando a imagem de um Buda. O jornalista viajou a convite da Qatar Airways e do The Ritz-Carlton Hotels * US$ 478 (R$ 1.479) Por pessoa, seis dias no país com hospedagem em Bancoc e em Krabi. Inclui city tour na capital. Sem aéreo. Na Abreu: abreutur.com.br US$ 1.400 (R$ 4.333) Sem aéreo, roteiro de 10 dias na Tailândia com visitas a Puhket, Bancoc e ilhas Phi Phi. Inclui city tour e traslados entre as cidades. Por pessoa. Na Venice: veniceturismo.com.br US$ 1.780 (R$ 5.509) Valor por pessoa para 10 noites na Tailândia, passando por Bancoc, ilhas Phi Phi, Puhket e outros destinos. Inclui café da manhã e voos internos. Por pessoa, sem aéreo saindo do Brasil. Na Gold Trip: goldtrip.com.br US$ 2.350 (R$ 7.274) Pacote de 12 dias, visitando Bancoc, Chiang Mai e Krabi. Inclui visitas a templos. Por pessoa, com voos internos. Sem aéreo do Brasil. Na Descubra Turismo: descubraturismo.com.br US$ 2.945 (R$ 9.115) Com aéreo, sete noites no país com visitas a Bancoc, Krabi e Puhket. Pacote vem com ingresso ao palácio real da capital. Na New Age: newage.tur.br R$ 10.588 Com visitas a cidades como Bancoc, Puhket e Chiang Mai, 14 noites na Tailândia com aéreo, café da manhã, seis almoços e dois jantares. Inclui visita a campo de elefantes. Na Submarino: submarinoviagens.com.br US$ 4.260 (R$ 13.185) Preço para oito noites, com hospedagem em Bancoc, Puhket e Krabi (no resort Phulay Bay). Por pessoa, sem aéreo saindo do Brasil. Na Tereza Ferrari: terezaferrariviagens.com.br US$ 10.280 (R$ 31.819) Roteiro inclui aéreo saindo de São Paulo, com escala em Dubai. Dez dias de viagem em Bancoc, Krabi e Chiang Mai, em novembro, com café da manhã e passeios. Na Tereza Perez: teresaperez.com.br
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Praia da Tailândia atrai mochileiros e amantes de exclusividadeDois tipos de visitantes sentem-se mais atraídos por Krabi: mochileiros com alergia a lugares lotados e turismo de massa e pessoas em busca de luxo e exclusividade –o que se reflete nas opções de hospedagens, restaurantes e lazer. Hotéis baratos e albergues pipocam pela praia Ao Nang e pelo centro da cidade –ali, quartos coletivos podem custar a partir de R$ 15, sem café da manhã. O que não chega a ser um grande problema, considerando-se que um pad thai (macarronada tailandesa que lembra o yakisoba) sai por 20 bahts (cerca de R$ 1,80) em barracas de rua. Do lado oposto, estão os resorts luxuosos. Krabi concentra propriedades cinco estrelas que encontraram na proximidade aos parques nacionais terrenos perfeitos para oferecer exclusividade a clientes que não se importam em pagar mais de R$ 1.000 pela diária da acomodação mais simples do local. Entre os destaques estão o Rayavadee Resort, o Phulay Bay (da Ritz-Carlton) e o Tubkaak Krabi Boutique Resort. Neles, há quartos com piscina particular, restaurantes que servem comida tailandesa e ocidental, spa com diferentes massagens e serviço de mordomo personalizado. BUDAS DOURADOS Assim como em qualquer destino que tem o turismo como importante atividade econômica, há atrações para estrangeiro ver e opções mais autênticas. Principalmente nos templos budistas. Embora a grande vocação de Krabi seja sol, areia e mar, esses locais sagrados também atraem curiosos e adeptos da religião –embora as construções sejam mais simples e menores que as encontradas na capital, Bancoc. O preferido dos turistas, que inundam o lugar, é o Tiger Cave. Construído no sopé de uma montanha, o local é cheio de estátuas douradas de budas, monges que entoam cânticos e macacos que roubam bolsas ou câmeras de estrangeiros que dão sopa. Quem tem fôlego e preparo físico pode subir os 1.237 degraus monte acima e chegar a outro Buda dourado, que guarda um mirante e a melhor vista da cidade. A 20 minutos de carro, está o templo Wat Kaew Korawaram. Ali, as boas-vindas são feitas por estátuas de dragões nas escadas que levam ao prédio, todo branco. Depois, é só silêncio –nada de câmeras ou crianças correndo. No máximo, algum tailandês ajoelhado, saudando a imagem de um Buda. O jornalista viajou a convite da Qatar Airways e do The Ritz-Carlton Hotels * US$ 478 (R$ 1.479) Por pessoa, seis dias no país com hospedagem em Bancoc e em Krabi. Inclui city tour na capital. Sem aéreo. Na Abreu: abreutur.com.br US$ 1.400 (R$ 4.333) Sem aéreo, roteiro de 10 dias na Tailândia com visitas a Puhket, Bancoc e ilhas Phi Phi. Inclui city tour e traslados entre as cidades. Por pessoa. Na Venice: veniceturismo.com.br US$ 1.780 (R$ 5.509) Valor por pessoa para 10 noites na Tailândia, passando por Bancoc, ilhas Phi Phi, Puhket e outros destinos. Inclui café da manhã e voos internos. Por pessoa, sem aéreo saindo do Brasil. Na Gold Trip: goldtrip.com.br US$ 2.350 (R$ 7.274) Pacote de 12 dias, visitando Bancoc, Chiang Mai e Krabi. Inclui visitas a templos. Por pessoa, com voos internos. Sem aéreo do Brasil. Na Descubra Turismo: descubraturismo.com.br US$ 2.945 (R$ 9.115) Com aéreo, sete noites no país com visitas a Bancoc, Krabi e Puhket. Pacote vem com ingresso ao palácio real da capital. Na New Age: newage.tur.br R$ 10.588 Com visitas a cidades como Bancoc, Puhket e Chiang Mai, 14 noites na Tailândia com aéreo, café da manhã, seis almoços e dois jantares. Inclui visita a campo de elefantes. Na Submarino: submarinoviagens.com.br US$ 4.260 (R$ 13.185) Preço para oito noites, com hospedagem em Bancoc, Puhket e Krabi (no resort Phulay Bay). Por pessoa, sem aéreo saindo do Brasil. Na Tereza Ferrari: terezaferrariviagens.com.br US$ 10.280 (R$ 31.819) Roteiro inclui aéreo saindo de São Paulo, com escala em Dubai. Dez dias de viagem em Bancoc, Krabi e Chiang Mai, em novembro, com café da manhã e passeios. Na Tereza Perez: teresaperez.com.br
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Fomento à dança em SP é pivô de disputa; inscrições acabam nesta sexta
Nos últimos seis anos, oito núcleos de dança foram contemplados no edital de fomento cinco vezes e outros oito, quatro vezes. A repetição foi um dos argumentos do secretário municipal da Cultura de São Paulo, André Sturm, para substituir o 22º edital da dança já em curso. As inscrições acabam nesta sexta (28). A verba foi pulverizada (mais grupos ganham menos) e é considerada insuficiente por parte dos núcleos para a realização adequada das atividades. As mudanças da política ao setor são hoje o principal conflito entre a classe artística e a gestão Doria (PSDB). A prefeitura abre dois editais por ano para investir em projetos de pesquisa e produção em dança. No segundo semestre de 2016, 12 grupos receberam até R$ 580 mil. O atual contempla 20 companhias, metade com até R$ 200 mil e a outra, com até R$ 250 mil. Desde 2011, 63% dos 204 inscritos não foram agraciados. Os 16 grupos que ganharam quatro ou cinco vezes tiveram 42% dos R$ 63 milhões gastos em mais de 70 projetos. Entre eles, estão companhias reconhecidas como a Balangandança, com 20 anos de existência, a Fragmento de Dança, com 15 anos, e o Núcleo de Improvisação, cuja diretora atua há quatro décadas. A escolha é feita por uma comissão de sete integrantes que muda a cada seleção –quatro indicados pela pasta e três pelos próprios artistas. Ex-membros de comissões e artistas ouvidos pela Folha dizem não haver favorecimentos. Segundo eles, a recorrência é uma característica da Lei de Fomento, que privilegia projetos continuados. Eles sugerem que sejam abertos outros editais para abarcar núcleos novos, como os da dança de rua, sem prejudicar grupos tradicionais. Mas no fomento ao teatro, com as mesmas diretrizes, não se observa a mesma concentração. Desde 2011, um grupo foi premiado cinco vezes e outros três, quatro vezes. Além da repetição de vencedores no segmento da dança, a pasta alegou insuficiência de divulgação do edital anterior. As inscrições, no entanto, haviam batido recorde. As diversas alterações da publicação geraram revolta entre os artistas, que acusam o secretário André Sturm de desrespeitar a Lei do Fomento. Eles pediram, sem sucesso, a suspensão do edital. A polêmica chamou a atenção do Tribunal de Contas do Município, que pede mudanças como a divulgação dos critérios de seleção, regras de prestação de conta e eventuais sanções no processo. O edital, por ora, não foi modificado. ENTENDA O novo edital estabeleceu dois módulos: um para pesquisa e produção do espetáculo (até R$ 250 mil) e o outro para ciclo de apresentações (até R$ 200 mil). A divisão é semelhante ao Proac (Programa de Ação Cultural) do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). O teto para cada projeto do edital cancelado era de R$ 740 mil, valor habitual nos últimos anos. Com o novo limite, só cinco projetos entre os 60 premiados nos últimos dois anos teriam sido realizados. O novo edital também prevê uma contrapartida de dez espetáculos para o módulo de criação e 20 para o de circulação. Sturm criticava a não exigência de tais contrapartidas. Para os artistas, a publicação muda a concepção do fomento. Passa a privilegiar apresentações em vez da pesquisa continuada e das oficinas e residências, que ainda beneficiam outros dançarinos. O projeto "Revisor", da Companhia Perversos Polimorfos, premiado na 19ª edição, recebeu o maior investimento de todos os editais. O salário do elenco de sete pessoas, de R$ 269.500, já supera o atual teto da secretaria. Isso sem contar com os custos de produção (R$ 220.625) e apresentações de espetáculos (R$ 58.200), entre outros. Além disso, o novo edital estabelece um ano como o prazo máximo para cada projeto. A Lei do Fomento estipula duração de até dois anos. Outra diferença é o modo de pagamento. Do total, 40% será repassado em 2017 e 60% após a conclusão do projeto, em 2018, o que obriga os núcleos a terem reserva financeira. A definição das porcentagens visa a Lei Orçamentária Anual de 2017 e serve para contornar o congelamento de quase metade da verba da pasta.
ilustrada
Fomento à dança em SP é pivô de disputa; inscrições acabam nesta sextaNos últimos seis anos, oito núcleos de dança foram contemplados no edital de fomento cinco vezes e outros oito, quatro vezes. A repetição foi um dos argumentos do secretário municipal da Cultura de São Paulo, André Sturm, para substituir o 22º edital da dança já em curso. As inscrições acabam nesta sexta (28). A verba foi pulverizada (mais grupos ganham menos) e é considerada insuficiente por parte dos núcleos para a realização adequada das atividades. As mudanças da política ao setor são hoje o principal conflito entre a classe artística e a gestão Doria (PSDB). A prefeitura abre dois editais por ano para investir em projetos de pesquisa e produção em dança. No segundo semestre de 2016, 12 grupos receberam até R$ 580 mil. O atual contempla 20 companhias, metade com até R$ 200 mil e a outra, com até R$ 250 mil. Desde 2011, 63% dos 204 inscritos não foram agraciados. Os 16 grupos que ganharam quatro ou cinco vezes tiveram 42% dos R$ 63 milhões gastos em mais de 70 projetos. Entre eles, estão companhias reconhecidas como a Balangandança, com 20 anos de existência, a Fragmento de Dança, com 15 anos, e o Núcleo de Improvisação, cuja diretora atua há quatro décadas. A escolha é feita por uma comissão de sete integrantes que muda a cada seleção –quatro indicados pela pasta e três pelos próprios artistas. Ex-membros de comissões e artistas ouvidos pela Folha dizem não haver favorecimentos. Segundo eles, a recorrência é uma característica da Lei de Fomento, que privilegia projetos continuados. Eles sugerem que sejam abertos outros editais para abarcar núcleos novos, como os da dança de rua, sem prejudicar grupos tradicionais. Mas no fomento ao teatro, com as mesmas diretrizes, não se observa a mesma concentração. Desde 2011, um grupo foi premiado cinco vezes e outros três, quatro vezes. Além da repetição de vencedores no segmento da dança, a pasta alegou insuficiência de divulgação do edital anterior. As inscrições, no entanto, haviam batido recorde. As diversas alterações da publicação geraram revolta entre os artistas, que acusam o secretário André Sturm de desrespeitar a Lei do Fomento. Eles pediram, sem sucesso, a suspensão do edital. A polêmica chamou a atenção do Tribunal de Contas do Município, que pede mudanças como a divulgação dos critérios de seleção, regras de prestação de conta e eventuais sanções no processo. O edital, por ora, não foi modificado. ENTENDA O novo edital estabeleceu dois módulos: um para pesquisa e produção do espetáculo (até R$ 250 mil) e o outro para ciclo de apresentações (até R$ 200 mil). A divisão é semelhante ao Proac (Programa de Ação Cultural) do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). O teto para cada projeto do edital cancelado era de R$ 740 mil, valor habitual nos últimos anos. Com o novo limite, só cinco projetos entre os 60 premiados nos últimos dois anos teriam sido realizados. O novo edital também prevê uma contrapartida de dez espetáculos para o módulo de criação e 20 para o de circulação. Sturm criticava a não exigência de tais contrapartidas. Para os artistas, a publicação muda a concepção do fomento. Passa a privilegiar apresentações em vez da pesquisa continuada e das oficinas e residências, que ainda beneficiam outros dançarinos. O projeto "Revisor", da Companhia Perversos Polimorfos, premiado na 19ª edição, recebeu o maior investimento de todos os editais. O salário do elenco de sete pessoas, de R$ 269.500, já supera o atual teto da secretaria. Isso sem contar com os custos de produção (R$ 220.625) e apresentações de espetáculos (R$ 58.200), entre outros. Além disso, o novo edital estabelece um ano como o prazo máximo para cada projeto. A Lei do Fomento estipula duração de até dois anos. Outra diferença é o modo de pagamento. Do total, 40% será repassado em 2017 e 60% após a conclusão do projeto, em 2018, o que obriga os núcleos a terem reserva financeira. A definição das porcentagens visa a Lei Orçamentária Anual de 2017 e serve para contornar o congelamento de quase metade da verba da pasta.
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Editorial com Carol Castro traz roupas extravagantes e clima surrealista
Convidados especiais: Carol Castro, Juan Alba e Raul Barretto. Inspiração: o baile surrealista de 1972, da socialite francesa Marie-Hélène de Rothschild. Traje: no mínimo extraordinário
serafina
Editorial com Carol Castro traz roupas extravagantes e clima surrealistaConvidados especiais: Carol Castro, Juan Alba e Raul Barretto. Inspiração: o baile surrealista de 1972, da socialite francesa Marie-Hélène de Rothschild. Traje: no mínimo extraordinário
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Minuto da política: veja destaques desta sexta-feira
O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse ver com "preocupação as iniciativas de comprimir os prazos" na tramitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Na quinta, a comissão especial anunciou que pretende reduzir o período de tramitação em 20 dias. Com isso, a votação final do impeachment poderia ocorrer ainda em julho. Veja estes e outros destaques neste vídeo, com Carolina Linhares.
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Minuto da política: veja destaques desta sexta-feiraO presidente do Senado, Renan Calheiros, disse ver com "preocupação as iniciativas de comprimir os prazos" na tramitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Na quinta, a comissão especial anunciou que pretende reduzir o período de tramitação em 20 dias. Com isso, a votação final do impeachment poderia ocorrer ainda em julho. Veja estes e outros destaques neste vídeo, com Carolina Linhares.
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Grupo ligado à Al Qaeda assume morte de ativista LGBT em Bangladesh
O primeiro-ministro de Bangladesh, Sheikh Hasina, acusou a oposição pela morte de um ativista LGBT e de seu amigo, na segunda-feira (25), mas um grupo ligado à facção terrorista Al Qaeda reivindicou a autoria do ataque nesta terça-feira (26). Julhas Mannan, 35, editor da primeira revista LGBT de Bangladesh e que também trabalhava para Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA, foi assassinado a golpes de facão em seu apartamento na capital do país, Dacca, por um grupo de assaltantes que fingiram ser funcionários do correio. Seu amigo, um ator de teatro de 25 anos, foi morto no mesmo ataque. Na segunda à noite, o premiê culpou o partido de direita Jamaat-e-Islami e o Partido Nacionalista de Bangladesh, que faz oposição ao governo atual, pelas mortes. Repetindo acusações recorrentes, Hasina apontou que a oposição estava orquestrando os ataques para desestabilizar o país, além de retaliar esforços do governo em processar os crimes de guerra cometidos durante a guerra de independência do país, em 1971. A oposição nega as acusações e diz que o primeiro-ministro recorre a um bode expiatório para explicar as falhas na segurança do país e aplacar o desejo de Bangladesh em instaurar uma lei baseada no islã. No dia seguinte às declarações de Hasina, porém, o Ansar Al Islam, grupo filiado à rede terrorista Al Qaeda, reivindicou a autoria dos ataques, levantando dúvidas se as autoridades têm o controle da situação, como afirma o premiê. O ataque foi o último de uma série de assassinatos de ativistas, ateus, moderados e estrangeiros. Em uma conta no Twitter que pertenceria à fação terrorista, foi publicado que seus combatentes mataram, em "um ataque abençoado", duas pessoas, "pioneiros na prática e na promoção da homossexualidade e que contam com a ajuda de seus mestres, os cruzados [guerreiros cristãos] dos EUA e seus aliados indianos". Na segunda, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, classificou os ataques como "bárbaros" e disse que o governo norte-americano apoiará os esforços de Bangladesh para levar os criminosos à Justiça. Depois do ataque, ao menos cincos jovens foram perseguidos pela polícia e populares. Nenhuma prisão foi feita. "Algumas pessoas perseguiram os agressores, pensando se tratar de ladrões, mas não capturaram nenhum", disse o oficial de polícia Shibli Norman à agência de notícias Associated Press. Investigadores encontraram na cena do crime um celular e uma mochila, aparentemente deixados pelos criminosos. O chefe nacional da polícia, A.K.M. Shahidul Hoque, disse estar confiante de que os assassinos serão presos. O governo norte-americano e vários grupos de direitos humanos criticaram o governo de Hasina por falhar em manter a sociedade civil segura. No início do mês, os EUA consideravam dar refúgio a um número de blogueiros não religiosos que enfrentam perigo iminente no país. A ONG de direitos humanos Anistia Internacional lembrou que em Bangladesh relações homossexuais são crime, dificultando que ativistas gays reportem qualquer ameaça. Champa Patel, diretor da ONG no sul da Ásia, disse que "o ataque ressalta a falta de proteção sendo dada no país à vários ativistas pacíficos".
mundo
Grupo ligado à Al Qaeda assume morte de ativista LGBT em BangladeshO primeiro-ministro de Bangladesh, Sheikh Hasina, acusou a oposição pela morte de um ativista LGBT e de seu amigo, na segunda-feira (25), mas um grupo ligado à facção terrorista Al Qaeda reivindicou a autoria do ataque nesta terça-feira (26). Julhas Mannan, 35, editor da primeira revista LGBT de Bangladesh e que também trabalhava para Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA, foi assassinado a golpes de facão em seu apartamento na capital do país, Dacca, por um grupo de assaltantes que fingiram ser funcionários do correio. Seu amigo, um ator de teatro de 25 anos, foi morto no mesmo ataque. Na segunda à noite, o premiê culpou o partido de direita Jamaat-e-Islami e o Partido Nacionalista de Bangladesh, que faz oposição ao governo atual, pelas mortes. Repetindo acusações recorrentes, Hasina apontou que a oposição estava orquestrando os ataques para desestabilizar o país, além de retaliar esforços do governo em processar os crimes de guerra cometidos durante a guerra de independência do país, em 1971. A oposição nega as acusações e diz que o primeiro-ministro recorre a um bode expiatório para explicar as falhas na segurança do país e aplacar o desejo de Bangladesh em instaurar uma lei baseada no islã. No dia seguinte às declarações de Hasina, porém, o Ansar Al Islam, grupo filiado à rede terrorista Al Qaeda, reivindicou a autoria dos ataques, levantando dúvidas se as autoridades têm o controle da situação, como afirma o premiê. O ataque foi o último de uma série de assassinatos de ativistas, ateus, moderados e estrangeiros. Em uma conta no Twitter que pertenceria à fação terrorista, foi publicado que seus combatentes mataram, em "um ataque abençoado", duas pessoas, "pioneiros na prática e na promoção da homossexualidade e que contam com a ajuda de seus mestres, os cruzados [guerreiros cristãos] dos EUA e seus aliados indianos". Na segunda, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, classificou os ataques como "bárbaros" e disse que o governo norte-americano apoiará os esforços de Bangladesh para levar os criminosos à Justiça. Depois do ataque, ao menos cincos jovens foram perseguidos pela polícia e populares. Nenhuma prisão foi feita. "Algumas pessoas perseguiram os agressores, pensando se tratar de ladrões, mas não capturaram nenhum", disse o oficial de polícia Shibli Norman à agência de notícias Associated Press. Investigadores encontraram na cena do crime um celular e uma mochila, aparentemente deixados pelos criminosos. O chefe nacional da polícia, A.K.M. Shahidul Hoque, disse estar confiante de que os assassinos serão presos. O governo norte-americano e vários grupos de direitos humanos criticaram o governo de Hasina por falhar em manter a sociedade civil segura. No início do mês, os EUA consideravam dar refúgio a um número de blogueiros não religiosos que enfrentam perigo iminente no país. A ONG de direitos humanos Anistia Internacional lembrou que em Bangladesh relações homossexuais são crime, dificultando que ativistas gays reportem qualquer ameaça. Champa Patel, diretor da ONG no sul da Ásia, disse que "o ataque ressalta a falta de proteção sendo dada no país à vários ativistas pacíficos".
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Provável vitória de Crivella no Rio será um marco para movimento evangélico
SÃO PAULO - A disputa, a esta altura quase simbólica, pela Prefeitura do Rio de Janeiro talvez seja o fato sociologicamente mais interessante destas eleições municipais, elas próprias cheias de novidades. Marcelo Freixo, mais querido nas elites, mostra que o PSOL jamais ocupará o lugar deixado pelo recolhimento do PT. A sigla de Freixo ainda vive nas brechas produzidas pelo entrechoque dos grandes partidos, embalada nas paixões fugidias de um eleitorado jovem e metropolitano. A trajetória do PSOL em seus 12 anos de idade não faz sombra à impressionante marcha do petismo de 1980 a 1992. Vem da provável vitória do adversário de Freixo, o popularíssimo Marcelo Crivella, o acontecimento marcante deste certame. Pela primeira vez, um candidato egresso da denominação mais coesa e simbólica do movimento neopentecostal brasileiro credencia-se para governar uma capital com o porte e as tradições do Rio. Crivella não é só mais um político a ter militado na Igreja Universal do Reino de Deus. É sobrinho de Edir Macedo, fundador da organização. O longo esforço de Crivella para distanciar-se da etiqueta da Iurd, óbvio passivo em pleitos majoritários, está prestes a ser recompensado. Se Crivella se descola da Universal, a marca do levante evangélico não sai dele. Esse movimento, popular demais para ser abraçado pela centro-direita tucana e conservador demais para a centro-esquerda petista, talvez consiga afinal eleger gente egressa de seus próprios quadros, e não apenas para o Legislativo. Os evangélicos, mal compreendidos e muitas vezes tratados com preconceito no lado de cá do túnel Rebouças, recusaram o paternalismo oferecido seja pelo catolicismo tradicional, seja pelo progressista. Vão atrás do próprio pão. Cultuam o progresso individual e a coesão familiar. Esses sinais de vitalidade não deveriam ser desprezados. Pesquisa Datafolha Rio de Janeiro 2016 2º Turno
colunas
Provável vitória de Crivella no Rio será um marco para movimento evangélicoSÃO PAULO - A disputa, a esta altura quase simbólica, pela Prefeitura do Rio de Janeiro talvez seja o fato sociologicamente mais interessante destas eleições municipais, elas próprias cheias de novidades. Marcelo Freixo, mais querido nas elites, mostra que o PSOL jamais ocupará o lugar deixado pelo recolhimento do PT. A sigla de Freixo ainda vive nas brechas produzidas pelo entrechoque dos grandes partidos, embalada nas paixões fugidias de um eleitorado jovem e metropolitano. A trajetória do PSOL em seus 12 anos de idade não faz sombra à impressionante marcha do petismo de 1980 a 1992. Vem da provável vitória do adversário de Freixo, o popularíssimo Marcelo Crivella, o acontecimento marcante deste certame. Pela primeira vez, um candidato egresso da denominação mais coesa e simbólica do movimento neopentecostal brasileiro credencia-se para governar uma capital com o porte e as tradições do Rio. Crivella não é só mais um político a ter militado na Igreja Universal do Reino de Deus. É sobrinho de Edir Macedo, fundador da organização. O longo esforço de Crivella para distanciar-se da etiqueta da Iurd, óbvio passivo em pleitos majoritários, está prestes a ser recompensado. Se Crivella se descola da Universal, a marca do levante evangélico não sai dele. Esse movimento, popular demais para ser abraçado pela centro-direita tucana e conservador demais para a centro-esquerda petista, talvez consiga afinal eleger gente egressa de seus próprios quadros, e não apenas para o Legislativo. Os evangélicos, mal compreendidos e muitas vezes tratados com preconceito no lado de cá do túnel Rebouças, recusaram o paternalismo oferecido seja pelo catolicismo tradicional, seja pelo progressista. Vão atrás do próprio pão. Cultuam o progresso individual e a coesão familiar. Esses sinais de vitalidade não deveriam ser desprezados. Pesquisa Datafolha Rio de Janeiro 2016 2º Turno
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Sucesso no Instagram, tatuadora institui formulário para clientes
DE SÃO PAULO Procurando referências de letras para uma tatuagem, a comunicadora Larissa Lima, 25, chegou ao perfil de Brunella Simões (@brusimoes ) no Instagram. A tatuadora de Vitória (ES) tem mais de 80 mil seguidores. Nas fotos que posta, a artista mostra que manipula a técnica do pontilhado. O traço fino e a caligrafia também chamam a atenção. Entre suas preferências estão temas botânicos —ou "tudo que estiver na natureza", diz ela. Suas tatuagens custam a partir de R$ 300, mas o preço varia conforme o tamanho e complexidade. Larissa sinalizou pelo e-mail (tatuagemcombrunella@gmail.com), há cerca de um ano, sua intenção de tatuar com Brunella. Recebeu a resposta, mas da assessoria de imprensa que monitora o correio eletrônico da moça: entrara na lista prioritária. Em resumo, Larissa receberia informações privilegiadas, como a notícia da vinda da tatuadora para a capital antes que a visita fosse divulgada na internet. A capixaba viaja pelo Brasil com frequência para trabalhar -embora sem periodicidade definida. "Rufem os tambores: Bru Simões em São Paulo, de 27 de julho a 8 de agosto", bradou a newsletter que chegou à caixa de entrada de Larissa no mês passado. A carta eletrônica trazia um questionário (no formato perguntas) e respostas que indicava como pleitear um espaço na agenda de Brunella. O passo a passo levava a um formulário online —"Bru em SP | Eu Quero"— que ficaria disponível por um período de 30 horas. Cerca de 400 pessoas participaram do processo, que incluía perguntas referentes à disponibilidade de agenda e às intenções de desenho, os principais filtros de seleção. Larissa passou. Na disputa pelas vagas, a tatuadora não sabe qual foi o pedido mais inusitado. "Não sou eu quem monta a agenda. Trabalho com uma assessoria que sabe o que eu gosto de fazer e marca tudo. Eu olho as referências dois dias antes, para criar", explica. No caso de Lila Coutinho, 29, a inspiração veio na hora. As duas se conheciam de outras sessões, quando Lila foi a Vitória para tatuar com a artista. Ela queria mais uma e foi selecionada. No entanto, por algum motivo Brunella não tinha recebido as recomendações. "Falei que queria uma ave para fazer companhia à outra [que tem no braço] e deixei ela criar. Confio nela. Amei." Brunella, que tatua há nove anos, já marcou a pele de clientes com ícones que se tornaram comuns, como santos, Nossa Senhora e até símbolos japoneses. "Hoje não mais. Não quero fazer figurinha repetida." Rabiscar as próprias letras é um dos seus pontos fortes, e também o trabalho que é mais acionada para realizar. "Faço um estudo caligráfico para criar algo único. Quando comecei, só se usava fonte de computador." Apesar de admitir que há uma tendência de tatuagens escritas, não acha que o estilo possa ficar datado nem que esteja se aproveitando do modismo. Quanto ao sistema impessoal que instituiu para trabalhar, também não vê problema. É só uma praticidade. "Eu não dava conta."
saopaulo
Sucesso no Instagram, tatuadora institui formulário para clientesDE SÃO PAULO Procurando referências de letras para uma tatuagem, a comunicadora Larissa Lima, 25, chegou ao perfil de Brunella Simões (@brusimoes ) no Instagram. A tatuadora de Vitória (ES) tem mais de 80 mil seguidores. Nas fotos que posta, a artista mostra que manipula a técnica do pontilhado. O traço fino e a caligrafia também chamam a atenção. Entre suas preferências estão temas botânicos —ou "tudo que estiver na natureza", diz ela. Suas tatuagens custam a partir de R$ 300, mas o preço varia conforme o tamanho e complexidade. Larissa sinalizou pelo e-mail (tatuagemcombrunella@gmail.com), há cerca de um ano, sua intenção de tatuar com Brunella. Recebeu a resposta, mas da assessoria de imprensa que monitora o correio eletrônico da moça: entrara na lista prioritária. Em resumo, Larissa receberia informações privilegiadas, como a notícia da vinda da tatuadora para a capital antes que a visita fosse divulgada na internet. A capixaba viaja pelo Brasil com frequência para trabalhar -embora sem periodicidade definida. "Rufem os tambores: Bru Simões em São Paulo, de 27 de julho a 8 de agosto", bradou a newsletter que chegou à caixa de entrada de Larissa no mês passado. A carta eletrônica trazia um questionário (no formato perguntas) e respostas que indicava como pleitear um espaço na agenda de Brunella. O passo a passo levava a um formulário online —"Bru em SP | Eu Quero"— que ficaria disponível por um período de 30 horas. Cerca de 400 pessoas participaram do processo, que incluía perguntas referentes à disponibilidade de agenda e às intenções de desenho, os principais filtros de seleção. Larissa passou. Na disputa pelas vagas, a tatuadora não sabe qual foi o pedido mais inusitado. "Não sou eu quem monta a agenda. Trabalho com uma assessoria que sabe o que eu gosto de fazer e marca tudo. Eu olho as referências dois dias antes, para criar", explica. No caso de Lila Coutinho, 29, a inspiração veio na hora. As duas se conheciam de outras sessões, quando Lila foi a Vitória para tatuar com a artista. Ela queria mais uma e foi selecionada. No entanto, por algum motivo Brunella não tinha recebido as recomendações. "Falei que queria uma ave para fazer companhia à outra [que tem no braço] e deixei ela criar. Confio nela. Amei." Brunella, que tatua há nove anos, já marcou a pele de clientes com ícones que se tornaram comuns, como santos, Nossa Senhora e até símbolos japoneses. "Hoje não mais. Não quero fazer figurinha repetida." Rabiscar as próprias letras é um dos seus pontos fortes, e também o trabalho que é mais acionada para realizar. "Faço um estudo caligráfico para criar algo único. Quando comecei, só se usava fonte de computador." Apesar de admitir que há uma tendência de tatuagens escritas, não acha que o estilo possa ficar datado nem que esteja se aproveitando do modismo. Quanto ao sistema impessoal que instituiu para trabalhar, também não vê problema. É só uma praticidade. "Eu não dava conta."
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Preso 2º suspeito de mega-assalto a empresa de valores em Campinas
A Polícia Civil anunciou nesta sexta-feira (18) a prisão de mais um suspeito de participar do mega-assalto à transportadora de valores Protege na madrugada da última segunda-feira (14), em Campinas, no interior de São Paulo. O homem de 35 anos foi encontrado em um barracão alugado em um bairro da cidade. Junto dele havia um carro de luxo e um caminhão com registros de furto e roubo, além de um fuzil, uma espingarda, uma pistola e explosivos. Na terça (15), um dia após o assalto, a polícia já tinha prendido um suspeito. Na casa dele foram encontradas munições de armas semelhantes às usadas na ação e a chave de um veículo. O suspeito negou atuação no crime. O mega-assalto causou terror em Campinas. Os criminosos explodiram as três paredes da sede da Protege até chegar à sala-forte, ao mesmo tempo que alvejaram, com tiros de fuzis superpotentes e pistolas, a fachada do prédio. Na fuga, os bandidos atearam fogo em três utilitários de carga e posicionaram os veículos em alças de acesso à rodovia Anhanguera. O trânsito ficou interrompido por cerca de quatro horas e causou diversos congestionamentos. De acordo com a polícia, o segundo suspeito preso já era investigado há cerca de um ano. Com ele também foram apreendidos R$ 39,5 mil, drogas e pregos idênticos aos jogados na rodovia para impedir a perseguição da polícia. O homem negou participação no mega-assalto. Segundo policiais, foram levados R$ 50 milhões da empresa. O valor oficial não foi divulgado.
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Preso 2º suspeito de mega-assalto a empresa de valores em CampinasA Polícia Civil anunciou nesta sexta-feira (18) a prisão de mais um suspeito de participar do mega-assalto à transportadora de valores Protege na madrugada da última segunda-feira (14), em Campinas, no interior de São Paulo. O homem de 35 anos foi encontrado em um barracão alugado em um bairro da cidade. Junto dele havia um carro de luxo e um caminhão com registros de furto e roubo, além de um fuzil, uma espingarda, uma pistola e explosivos. Na terça (15), um dia após o assalto, a polícia já tinha prendido um suspeito. Na casa dele foram encontradas munições de armas semelhantes às usadas na ação e a chave de um veículo. O suspeito negou atuação no crime. O mega-assalto causou terror em Campinas. Os criminosos explodiram as três paredes da sede da Protege até chegar à sala-forte, ao mesmo tempo que alvejaram, com tiros de fuzis superpotentes e pistolas, a fachada do prédio. Na fuga, os bandidos atearam fogo em três utilitários de carga e posicionaram os veículos em alças de acesso à rodovia Anhanguera. O trânsito ficou interrompido por cerca de quatro horas e causou diversos congestionamentos. De acordo com a polícia, o segundo suspeito preso já era investigado há cerca de um ano. Com ele também foram apreendidos R$ 39,5 mil, drogas e pregos idênticos aos jogados na rodovia para impedir a perseguição da polícia. O homem negou participação no mega-assalto. Segundo policiais, foram levados R$ 50 milhões da empresa. O valor oficial não foi divulgado.
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Doença de Kate Middleton é mais comum na primeira gravidez
A notícia de que Kate Middleton está grávida de seu terceiro filho foi acompanhada do anúncio de que a duquesa de Cambridge está sofrendo de hiperêmese gravídica. A doença é caracterizada pelo excesso de enjoos e vômitos, mais comuns nos três primeiros meses de gestação. De acordo com Corintio Mariani Neto, diretor da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), enjoos e episódios de vômito são normais no início da gravidez e acometem cerca de 70% das gestantes. "Quando não conseguimos melhorar os sintomas com os cuidados tradicionais, como mudança de alimentação ou uso de antieméticos, e a situação vai evoluindo a ponto até de colocar em risco a vida da paciente, a doença muda de nome e passa a se chamar hiperêmese". Na hiperêmese gravídica, explica Mariani Neto, a gestante não consegue ingerir sólidos ou líquidos. "Inicia-se um quadro de perda de peso e desnutrição. A paciente fica desidratada, hipoglicêmica, e a situação pode ficar grave." Nesses casos, o tratamento requer internação, com remédios e líquidos introduzidos de forma intravenosa, além de alimentação por sonda. Dentre as possíveis causas da doença, a principal é o hormônio beta HCG, produzido pela placenta, cuja concentração aumenta nas primeiras semanas e tende a diminuir depois. Há outros fatores que também podem contribuir. "Há estudos que mostram que, em muitos casos, mulheres com hiperêmese tinham a bactéria Helicobacter pylori, causadora da gastrite." Não é a primeira vez que a mulher do príncipe William é diagnosticada com a doença. Ela sofreu do mesmo problema nas duas gestações anteriores. "Isso chama a atenção, já que a condição é mais comum na primeira gravidez, ainda que possa acontecer depois", diz Mariani Neto. Segundo o especialista, há relatos na literatura médica de mortes provocadas por hiperêmese. "Você pode ter quadros como o da duquesa, que fica alguns dias no hospital e volta bem, até aqueles, mais raros, que evoluem até a morte da paciente." A condição é considerada rara. No Brasil, de acordo com estudos médicos, a hiperêmese gravídica atinge de 0,3% a 3% das gestantes. Segundo Mariani Neto, o grupo de maior risco são as mulheres que estão engravidando pela primeira vez. Além disso, ela atinge mais as gestantes jovens, de pele clara, que apresentam distúrbios emocionais e aquelas cujo feto é do sexo feminino.
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Doença de Kate Middleton é mais comum na primeira gravidezA notícia de que Kate Middleton está grávida de seu terceiro filho foi acompanhada do anúncio de que a duquesa de Cambridge está sofrendo de hiperêmese gravídica. A doença é caracterizada pelo excesso de enjoos e vômitos, mais comuns nos três primeiros meses de gestação. De acordo com Corintio Mariani Neto, diretor da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), enjoos e episódios de vômito são normais no início da gravidez e acometem cerca de 70% das gestantes. "Quando não conseguimos melhorar os sintomas com os cuidados tradicionais, como mudança de alimentação ou uso de antieméticos, e a situação vai evoluindo a ponto até de colocar em risco a vida da paciente, a doença muda de nome e passa a se chamar hiperêmese". Na hiperêmese gravídica, explica Mariani Neto, a gestante não consegue ingerir sólidos ou líquidos. "Inicia-se um quadro de perda de peso e desnutrição. A paciente fica desidratada, hipoglicêmica, e a situação pode ficar grave." Nesses casos, o tratamento requer internação, com remédios e líquidos introduzidos de forma intravenosa, além de alimentação por sonda. Dentre as possíveis causas da doença, a principal é o hormônio beta HCG, produzido pela placenta, cuja concentração aumenta nas primeiras semanas e tende a diminuir depois. Há outros fatores que também podem contribuir. "Há estudos que mostram que, em muitos casos, mulheres com hiperêmese tinham a bactéria Helicobacter pylori, causadora da gastrite." Não é a primeira vez que a mulher do príncipe William é diagnosticada com a doença. Ela sofreu do mesmo problema nas duas gestações anteriores. "Isso chama a atenção, já que a condição é mais comum na primeira gravidez, ainda que possa acontecer depois", diz Mariani Neto. Segundo o especialista, há relatos na literatura médica de mortes provocadas por hiperêmese. "Você pode ter quadros como o da duquesa, que fica alguns dias no hospital e volta bem, até aqueles, mais raros, que evoluem até a morte da paciente." A condição é considerada rara. No Brasil, de acordo com estudos médicos, a hiperêmese gravídica atinge de 0,3% a 3% das gestantes. Segundo Mariani Neto, o grupo de maior risco são as mulheres que estão engravidando pela primeira vez. Além disso, ela atinge mais as gestantes jovens, de pele clara, que apresentam distúrbios emocionais e aquelas cujo feto é do sexo feminino.
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No STF só 20% dos pedidos de vista são devolvidos no prazo
O desrespeito às normas internas do STF (Supremo Tribunal Federal) por parte dos próprios ministros naturalizou-se quando o assunto é pedido de vistas –a possibilidade de o magistrado paralisar um julgamento para estudar melhor o processo. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que só 1 de cada 5 pedidos desse tipo é devolvido no prazo regimental de duas sessões ordinárias. Segundo o STF, há hoje 217 ações com julgamento interrompido por vistas. Alguns casos têm mais de uma década de espera. No sistema de distribuição de processos do tribunal, vários ainda estão associados a ministros que nem estão mais na corte, como Nelson Jobim, que saiu em 2006, ou Menezes Direito, morto em 2009 (confira no gráfico abaixo). Em alguns casos, o pedido de vistas tem servido de pretexto para obstruir decisões importantes do plenário. "Os ministros criaram uma prerrogativa para si que consiste no poder individual de vetar o julgamento de qualquer processo que seja submetido a votação pelo colegiado", diz o pesquisador Ivar Hartmann, da FGV Direito-Rio, coordenador do projeto "Supremo em Números". Entre os julgamentos interrompidos há questões de grande relevância e interesse social. Em abril de 2014, o ministro Gilmar Mendes pediu vista no julgamento em que o plenário, por 6 votos a 1, caminhava para proibir o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. O caso está parado em seu gabinete até hoje. Mendes alega que a demora permitiu um maior debate sobre o tema, e fala da hipótese de colegas mudarem o voto. Desde maio de 2012 está no gabinete de Luiz Fux uma ação em que a Procuradoria-Geral da República questiona a constitucionalidade de uma lei estadual do Rio que cria privilégios para magistrados cariocas, benefícios não previstos na Loman, a lei orgânica da magistratura. Entre as regalias estão o pagamento de auxílio-saúde, auxílio pré-escolar, auxílio-alimentação e até um dispositivo apelidado de "auxílio-divórcio", pois permitiria licença do magistrado por motivo de afastamento do cônjuge. Fux, carioca, alega que essa ação depende de aprovação pelo plenário do projeto do Estatuto da Magistratura, que substituirá a Loman. Trata-se de um conjunto de sugestões do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, cujo espírito corporativista foi reforçado por propostas de Fux. Incluem, por exemplo, o pagamento de 17 salários por ano aos magistrados e a concessão de recursos públicos para o funeral dos juízes. ABUSOS Alguns membros do STF alegam sobrecarga de trabalho para justificar a demora na devolução dos pedidos de vista. "Mas os próprios ministros reconhecem que não há mecanismos para coibir abusos e, portanto, o poder é ilimitado", diz Hartmann. Também estão paradas no STF –há cinco anos– ações que tratam da aposentadoria especial de servidores públicos sujeitos a atividades prejudiciais à saúde. Calcula-se que há cinco milhões de servidores públicos estatutários. Eles pautam o STF com muitos processos sobre o tema. Outro caso sem decisão final –paralisado em agosto de 2011 por Mendes– é o recurso extraordinário sobre a execução extrajudicial de dívidas de financiamento habitacional. Em jogo, a possibilidade de o devedor ser submetido a expropriação do imóvel sem acesso imediato ao Poder Judiciário. Já o julgamento de uma ação de 2001 da Confederação Nacional do Comércio sobre alterações à Lei Kandir foi suspensa naquele ano por pedido de vista de Ilmar Galvão, que se aposentou em 2003. Envolve ICMS, tributo estadual, com possibilidade de bilhões em perdas ou ganhos. O caso foi herdado pelo gabinete de Marco Aurélio –um dos que menos pedem vista. "Qualquer prazo sem um mecanismo real para estimular seu cumprimento é inútil", diz Hartmann. "É necessário criar um mecanismo real de coerção [no STF]." OUTRO LADO O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, informou ter determinado em março que o plenário priorize os processos com julgamento interrompido por pedido de vista. Ele diz que o Código de Processo Civil faculta ao magistrado a possibilidade de pedir vista, caso não esteja habilitado a proferir seu voto. Segundo Lewandowski, o regimento do STF determina a obrigatoriedade de devolução, para prosseguimento da votação, até a segunda sessão ordinária subsequente. O ministro Gilmar Mendes diz que há 600 processos em pauta. "Há uma sobrecarga, muitas vezes não conseguimos devolver o processo." Ele diz que ação sobre o financiamento empresarial de campanhas eleitorais "é um caso complexo": "Até foi bom ter demorado, porque identificamos problemas relevantes que não tinham merecido um melhor debate". Mendes lembra que seus colegas podem rever os votos já dados. O ministro Luiz Fux diz que a ação sobre as regalias de magistrados do Rio depende de uma decisão do plenário do STF sobre a proposta de projeto de lei do Estatuto da Magistratura. Ele diz que "tal fato foi informado formalmente" a Lewandowski. Fux observa que o novo Código de Processo Civil prevê o prazo de dez dias, prorrogáveis por mais dez, para o retorno do pedido de vista. Nos casos em que o voto vista não depende apenas do integrante do tribunal, mas de uma solução externa, o processo poderá ficar suspenso por um ano. Consultado, o ministro Marco Aurélio de Mello não se manifestou.
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No STF só 20% dos pedidos de vista são devolvidos no prazoO desrespeito às normas internas do STF (Supremo Tribunal Federal) por parte dos próprios ministros naturalizou-se quando o assunto é pedido de vistas –a possibilidade de o magistrado paralisar um julgamento para estudar melhor o processo. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que só 1 de cada 5 pedidos desse tipo é devolvido no prazo regimental de duas sessões ordinárias. Segundo o STF, há hoje 217 ações com julgamento interrompido por vistas. Alguns casos têm mais de uma década de espera. No sistema de distribuição de processos do tribunal, vários ainda estão associados a ministros que nem estão mais na corte, como Nelson Jobim, que saiu em 2006, ou Menezes Direito, morto em 2009 (confira no gráfico abaixo). Em alguns casos, o pedido de vistas tem servido de pretexto para obstruir decisões importantes do plenário. "Os ministros criaram uma prerrogativa para si que consiste no poder individual de vetar o julgamento de qualquer processo que seja submetido a votação pelo colegiado", diz o pesquisador Ivar Hartmann, da FGV Direito-Rio, coordenador do projeto "Supremo em Números". Entre os julgamentos interrompidos há questões de grande relevância e interesse social. Em abril de 2014, o ministro Gilmar Mendes pediu vista no julgamento em que o plenário, por 6 votos a 1, caminhava para proibir o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. O caso está parado em seu gabinete até hoje. Mendes alega que a demora permitiu um maior debate sobre o tema, e fala da hipótese de colegas mudarem o voto. Desde maio de 2012 está no gabinete de Luiz Fux uma ação em que a Procuradoria-Geral da República questiona a constitucionalidade de uma lei estadual do Rio que cria privilégios para magistrados cariocas, benefícios não previstos na Loman, a lei orgânica da magistratura. Entre as regalias estão o pagamento de auxílio-saúde, auxílio pré-escolar, auxílio-alimentação e até um dispositivo apelidado de "auxílio-divórcio", pois permitiria licença do magistrado por motivo de afastamento do cônjuge. Fux, carioca, alega que essa ação depende de aprovação pelo plenário do projeto do Estatuto da Magistratura, que substituirá a Loman. Trata-se de um conjunto de sugestões do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, cujo espírito corporativista foi reforçado por propostas de Fux. Incluem, por exemplo, o pagamento de 17 salários por ano aos magistrados e a concessão de recursos públicos para o funeral dos juízes. ABUSOS Alguns membros do STF alegam sobrecarga de trabalho para justificar a demora na devolução dos pedidos de vista. "Mas os próprios ministros reconhecem que não há mecanismos para coibir abusos e, portanto, o poder é ilimitado", diz Hartmann. Também estão paradas no STF –há cinco anos– ações que tratam da aposentadoria especial de servidores públicos sujeitos a atividades prejudiciais à saúde. Calcula-se que há cinco milhões de servidores públicos estatutários. Eles pautam o STF com muitos processos sobre o tema. Outro caso sem decisão final –paralisado em agosto de 2011 por Mendes– é o recurso extraordinário sobre a execução extrajudicial de dívidas de financiamento habitacional. Em jogo, a possibilidade de o devedor ser submetido a expropriação do imóvel sem acesso imediato ao Poder Judiciário. Já o julgamento de uma ação de 2001 da Confederação Nacional do Comércio sobre alterações à Lei Kandir foi suspensa naquele ano por pedido de vista de Ilmar Galvão, que se aposentou em 2003. Envolve ICMS, tributo estadual, com possibilidade de bilhões em perdas ou ganhos. O caso foi herdado pelo gabinete de Marco Aurélio –um dos que menos pedem vista. "Qualquer prazo sem um mecanismo real para estimular seu cumprimento é inútil", diz Hartmann. "É necessário criar um mecanismo real de coerção [no STF]." OUTRO LADO O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, informou ter determinado em março que o plenário priorize os processos com julgamento interrompido por pedido de vista. Ele diz que o Código de Processo Civil faculta ao magistrado a possibilidade de pedir vista, caso não esteja habilitado a proferir seu voto. Segundo Lewandowski, o regimento do STF determina a obrigatoriedade de devolução, para prosseguimento da votação, até a segunda sessão ordinária subsequente. O ministro Gilmar Mendes diz que há 600 processos em pauta. "Há uma sobrecarga, muitas vezes não conseguimos devolver o processo." Ele diz que ação sobre o financiamento empresarial de campanhas eleitorais "é um caso complexo": "Até foi bom ter demorado, porque identificamos problemas relevantes que não tinham merecido um melhor debate". Mendes lembra que seus colegas podem rever os votos já dados. O ministro Luiz Fux diz que a ação sobre as regalias de magistrados do Rio depende de uma decisão do plenário do STF sobre a proposta de projeto de lei do Estatuto da Magistratura. Ele diz que "tal fato foi informado formalmente" a Lewandowski. Fux observa que o novo Código de Processo Civil prevê o prazo de dez dias, prorrogáveis por mais dez, para o retorno do pedido de vista. Nos casos em que o voto vista não depende apenas do integrante do tribunal, mas de uma solução externa, o processo poderá ficar suspenso por um ano. Consultado, o ministro Marco Aurélio de Mello não se manifestou.
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O. J. Simpson deixa prisão nos EUA após nove anos
Réu do "julgamento do século", O. J. Simpson foi libertado neste domingo (1º) de uma prisão em Nevada, onde está preso desde 2008 por assalto a mão armada. No entanto, seus planos são incertos. O ex-jogador de futebol americano, Simpson foi liberado Centro Correcional Lovelock, ao norte de Nevada, disse a porta-voz das prisões estaduais, Brooke Keast, à agência Associated Press. Ela disse que não conhecia o motorista que levou Simpson após sua liberação e não sabia onde Simpson estava imediatamente em suas primeiras horas de liberdade. "Eu não tenho nenhuma informação sobre onde ele está indo", disse Keast, que assistiu enquanto Simpson assinava documentos e foi solto. Simpson, 70 anos, conseguiu obter liberdade condicional, em julho, após nove anos atrás das grades, em uma audiência que não levou em consideração o julgamento dos anos 90, pelo assassinato de sua ex-mulher Nicole Brown e do seu amigo, Ron Goldman. A antiga estrela do futebol americano, ator de televisão e garoto-propaganda, apelidado de "The Jucie" durante sua carreira de atleta, foi considerado inocente, em 1995, após um julgamento que durou 13 meses, em Los Angeles, e foi televisionado diariamente, hipnotizando boa parte da nação. Uma corte civil o considerou culpado pelas mortes e o ordenou a pagar US$ 33,5 milhões em danos às famílias das vítimas, uma decisão que ainda está longe de ser cumprida. É incerto o destino final da ex-estrela do esporte. O. J. Simpson afirmou a membros da comissão de condicional que espera se mudar para a Flórida, onde tem amigos e família, um plano que precisa ser aprovado pelas autoridades do Estado.
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O. J. Simpson deixa prisão nos EUA após nove anosRéu do "julgamento do século", O. J. Simpson foi libertado neste domingo (1º) de uma prisão em Nevada, onde está preso desde 2008 por assalto a mão armada. No entanto, seus planos são incertos. O ex-jogador de futebol americano, Simpson foi liberado Centro Correcional Lovelock, ao norte de Nevada, disse a porta-voz das prisões estaduais, Brooke Keast, à agência Associated Press. Ela disse que não conhecia o motorista que levou Simpson após sua liberação e não sabia onde Simpson estava imediatamente em suas primeiras horas de liberdade. "Eu não tenho nenhuma informação sobre onde ele está indo", disse Keast, que assistiu enquanto Simpson assinava documentos e foi solto. Simpson, 70 anos, conseguiu obter liberdade condicional, em julho, após nove anos atrás das grades, em uma audiência que não levou em consideração o julgamento dos anos 90, pelo assassinato de sua ex-mulher Nicole Brown e do seu amigo, Ron Goldman. A antiga estrela do futebol americano, ator de televisão e garoto-propaganda, apelidado de "The Jucie" durante sua carreira de atleta, foi considerado inocente, em 1995, após um julgamento que durou 13 meses, em Los Angeles, e foi televisionado diariamente, hipnotizando boa parte da nação. Uma corte civil o considerou culpado pelas mortes e o ordenou a pagar US$ 33,5 milhões em danos às famílias das vítimas, uma decisão que ainda está longe de ser cumprida. É incerto o destino final da ex-estrela do esporte. O. J. Simpson afirmou a membros da comissão de condicional que espera se mudar para a Flórida, onde tem amigos e família, um plano que precisa ser aprovado pelas autoridades do Estado.
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Após 3 notas 10 com aéreos em 2015, Filipinho prepara novas manobras
O paulista Filipe Toledo foi uma das maiores surpresas do último Mundial de surfe. Ninguém venceu mais do que ele em 2015. Com apenas 20 anos, ganhou três etapas: em Gold Coast, na Austrália, no Rio e em Peniche, em Portugal. Venceu mais até mesmo do que o líder do ranking, o paulista Adriano de Souza, o Mineirinho, que terminou a temporada com dois triunfos. "Foi [um ano] excelente. Fiz boas baterias, venci e estou trilhando o meu caminho. Só faltou o título. Mas sigo na busca por ele", disse Filipinho em entrevista para a Folha. O surfista que nasceu em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e hoje mora na Califórnia, nos Estados Unidos, foi ainda o surfista que mais ganhou dinheiro em premiação nas etapas. Recebeu US$ 397,2 milhões, mais que Mineirinho e o australiano Mick Fanning, que angariaram, cada um, US$ 377 milhões entre as 11 etapas. Mas mais do que isso, Filipinho chamou a atenção por outro fator: o de abusar de manobras radicais e o de voar sobre as águas. Manobras do surfe; Crédito Ilustrações Lydia Megumi; Infográfico Alex Kidd e Pilker/Editoria de Arte/Folhapress Em 2015, Filipinho recebeu quatro notas dez –a máxima no Mundial. Dessas, três foram executando aéreos –duas no Rio e uma em Portugal. Para 2016, ele prepara mais surpresas. "A ideia é conseguir unir o clássico com o novo. E sempre sai alguma novidade. E esse é o meu estilo. É o que gosto de fazer", disse Filipinho. O paulista é um verdadeiro representante do estilo progressivo, que tem como base um repertório de manobras modernas. Gabriel Medina é mais um dessa classe. No Rio, em maio do ano passado, Filipinho deu show ao ganhar duas notas dez, uma delas na final contra o australiano Bede Durbidge. Mas esse tipo de surfe nem sempre é bem visto pelos mais conservadores e apaixonados pelas manobras mais clássicas, como rasgadas e batidas. É comum, por exemplo, ver críticas na página do Facebook da WSL (Liga Mundial de Surfe) ao estilo progressivo. "Vejo que muita gente não entende que o surfe evoluiu. Temos que valorizar as manobras clássicas, mas o novo está aí e não podemos ignorar isso. O ideal é conseguir unir os dois", afirmou. "O público mais velho sempre vai criticar o surfe mais atual, mas a molecada e o público mais jovem sabe da importância dessa união. Por isso curtem demais surfistas como John John [Florence], Julian [Wilson], Gabriel [Medina], Ítalo [Ferreira], etc", disse. Como a Folha já mostrou, o aéreo não é garantia de grandes notas. Em 2015, das 18 notas dez no Mundial, só quatro tiveram aéreo (três de Filipinho e uma de Medina). As outras foram com manobras clássicas ou tubos. Chamada - Mundial de Surfe
esporte
Após 3 notas 10 com aéreos em 2015, Filipinho prepara novas manobrasO paulista Filipe Toledo foi uma das maiores surpresas do último Mundial de surfe. Ninguém venceu mais do que ele em 2015. Com apenas 20 anos, ganhou três etapas: em Gold Coast, na Austrália, no Rio e em Peniche, em Portugal. Venceu mais até mesmo do que o líder do ranking, o paulista Adriano de Souza, o Mineirinho, que terminou a temporada com dois triunfos. "Foi [um ano] excelente. Fiz boas baterias, venci e estou trilhando o meu caminho. Só faltou o título. Mas sigo na busca por ele", disse Filipinho em entrevista para a Folha. O surfista que nasceu em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e hoje mora na Califórnia, nos Estados Unidos, foi ainda o surfista que mais ganhou dinheiro em premiação nas etapas. Recebeu US$ 397,2 milhões, mais que Mineirinho e o australiano Mick Fanning, que angariaram, cada um, US$ 377 milhões entre as 11 etapas. Mas mais do que isso, Filipinho chamou a atenção por outro fator: o de abusar de manobras radicais e o de voar sobre as águas. Manobras do surfe; Crédito Ilustrações Lydia Megumi; Infográfico Alex Kidd e Pilker/Editoria de Arte/Folhapress Em 2015, Filipinho recebeu quatro notas dez –a máxima no Mundial. Dessas, três foram executando aéreos –duas no Rio e uma em Portugal. Para 2016, ele prepara mais surpresas. "A ideia é conseguir unir o clássico com o novo. E sempre sai alguma novidade. E esse é o meu estilo. É o que gosto de fazer", disse Filipinho. O paulista é um verdadeiro representante do estilo progressivo, que tem como base um repertório de manobras modernas. Gabriel Medina é mais um dessa classe. No Rio, em maio do ano passado, Filipinho deu show ao ganhar duas notas dez, uma delas na final contra o australiano Bede Durbidge. Mas esse tipo de surfe nem sempre é bem visto pelos mais conservadores e apaixonados pelas manobras mais clássicas, como rasgadas e batidas. É comum, por exemplo, ver críticas na página do Facebook da WSL (Liga Mundial de Surfe) ao estilo progressivo. "Vejo que muita gente não entende que o surfe evoluiu. Temos que valorizar as manobras clássicas, mas o novo está aí e não podemos ignorar isso. O ideal é conseguir unir os dois", afirmou. "O público mais velho sempre vai criticar o surfe mais atual, mas a molecada e o público mais jovem sabe da importância dessa união. Por isso curtem demais surfistas como John John [Florence], Julian [Wilson], Gabriel [Medina], Ítalo [Ferreira], etc", disse. Como a Folha já mostrou, o aéreo não é garantia de grandes notas. Em 2015, das 18 notas dez no Mundial, só quatro tiveram aéreo (três de Filipinho e uma de Medina). As outras foram com manobras clássicas ou tubos. Chamada - Mundial de Surfe
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Com clima de insegurança, alunos são dispensados de aulas na USP
Rumores de que a região da USP (Universidade de São Paulo) seria alvo de novos ataques de criminosos esvaziaram a Cidade Universitária —na zona oeste— na tarde desta sexta-feira (2). Dessa vez, áudios de alunos e funcionários em redes sociais relatavam que moradores da favela São Remo –ao lado do campus– teriam avisado de novas ações. Não houve confirmação de que os boatos eram verdadeiros. Na quarta-feira (31), um ônibus que circulava pelo campus foi incendiado por um grupo de cerca de 30 pessoas. O ataque seria uma retaliação à morte de um morador da favela pela PM. Segundo a polícia, ele era suspeito de participar de um roubo na região e foi morto em confronto com policiais militares. Outro homem ficou ferido na ação. Depois do ataque, empresas de transporte retiraram seus veículos da região, com medo de outros atentados. Naquela noite, sem a opção dos ônibus, estudantes tiveram que sair da Cidade Universitária de carona ou a pé. Já no início da tarde desta sexta, áudios informavam que o outro suspeito do roubo, que estava ferido, teria morrido no hospital. Essa morte seria o motivo dos novos ataques que poderiam ocorrer na região do campus. Por volta do meio-dia, as empresas de ônibus voltaram a retirar os veículos da universidade. Aulas de algumas unidades, como a ECA (Escola de Comunicações e Artes) começaram a ser suspensas. Em outras, como a Poli, as atividades não foram afetadas. "Vim a pé e vou fazer o mesmo na volta", afirmou Felipe Alves, 24, estudante de filosofia. A aula dele, prevista para acabar às 17h45, foi encerrada mais de uma hora antes. "Pânico não existe. Só apreensão de ser alvo de alguma violência". Na porta da biblioteca da ECA (Escola de Comunicações e Artes), um cartaz informava que "por causa da situação da faculdade, as atividades seriam encerradas às 17h30". As salas da unidade ficaram vazias após as 18h. "Isso aqui está muito mais vazio do que o normal" disse Ana Carolina, do curso noturno de turismo. As aulas do período dela foram canceladas, segundo a estudante. "Pelas redes sociais todo mundo disse que não vem por causa dos boatos envolvendo a São Remo", disse. No tradicional prédio da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), o clima era de pré-feriado. Por volta das 17h, as luzes da biblioteca foram apagadas e todos começaram a deixar o prédio. "Ninguém quer ficar aqui até as 21h, como sempre, e não ter ônibus para voltar para casa", disse uma funcionária. Na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), o cenário era parecido: o prédio estava praticamente vazio à tarde. Oficialmente, os servidores não foram dispensados, mas saíram mesmo assim. Os funcionários que atuam no Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) foram liberados do expediente às 15h. REFORÇO José Antonio Visintin, superintendente de segurança da USP, afirmou que, após ouvir os boatos, solicitou que a Polícia Militar reforçasse o policiamento no campus. "Não sabemos o que é verdade ainda, mas a gente tem que tomar cuidado", disse, no final da tarde. Oficialmente, a USP afirmou não ter nenhuma informação sobre o assunto e que não havia recomendação oficial de encerrar as aulas. A Secretaria da Segurança Pública informou que não houve registro de ocorrências, mas que a PM reforçou o policiamento no campus.
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Com clima de insegurança, alunos são dispensados de aulas na USPRumores de que a região da USP (Universidade de São Paulo) seria alvo de novos ataques de criminosos esvaziaram a Cidade Universitária —na zona oeste— na tarde desta sexta-feira (2). Dessa vez, áudios de alunos e funcionários em redes sociais relatavam que moradores da favela São Remo –ao lado do campus– teriam avisado de novas ações. Não houve confirmação de que os boatos eram verdadeiros. Na quarta-feira (31), um ônibus que circulava pelo campus foi incendiado por um grupo de cerca de 30 pessoas. O ataque seria uma retaliação à morte de um morador da favela pela PM. Segundo a polícia, ele era suspeito de participar de um roubo na região e foi morto em confronto com policiais militares. Outro homem ficou ferido na ação. Depois do ataque, empresas de transporte retiraram seus veículos da região, com medo de outros atentados. Naquela noite, sem a opção dos ônibus, estudantes tiveram que sair da Cidade Universitária de carona ou a pé. Já no início da tarde desta sexta, áudios informavam que o outro suspeito do roubo, que estava ferido, teria morrido no hospital. Essa morte seria o motivo dos novos ataques que poderiam ocorrer na região do campus. Por volta do meio-dia, as empresas de ônibus voltaram a retirar os veículos da universidade. Aulas de algumas unidades, como a ECA (Escola de Comunicações e Artes) começaram a ser suspensas. Em outras, como a Poli, as atividades não foram afetadas. "Vim a pé e vou fazer o mesmo na volta", afirmou Felipe Alves, 24, estudante de filosofia. A aula dele, prevista para acabar às 17h45, foi encerrada mais de uma hora antes. "Pânico não existe. Só apreensão de ser alvo de alguma violência". Na porta da biblioteca da ECA (Escola de Comunicações e Artes), um cartaz informava que "por causa da situação da faculdade, as atividades seriam encerradas às 17h30". As salas da unidade ficaram vazias após as 18h. "Isso aqui está muito mais vazio do que o normal" disse Ana Carolina, do curso noturno de turismo. As aulas do período dela foram canceladas, segundo a estudante. "Pelas redes sociais todo mundo disse que não vem por causa dos boatos envolvendo a São Remo", disse. No tradicional prédio da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), o clima era de pré-feriado. Por volta das 17h, as luzes da biblioteca foram apagadas e todos começaram a deixar o prédio. "Ninguém quer ficar aqui até as 21h, como sempre, e não ter ônibus para voltar para casa", disse uma funcionária. Na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), o cenário era parecido: o prédio estava praticamente vazio à tarde. Oficialmente, os servidores não foram dispensados, mas saíram mesmo assim. Os funcionários que atuam no Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) foram liberados do expediente às 15h. REFORÇO José Antonio Visintin, superintendente de segurança da USP, afirmou que, após ouvir os boatos, solicitou que a Polícia Militar reforçasse o policiamento no campus. "Não sabemos o que é verdade ainda, mas a gente tem que tomar cuidado", disse, no final da tarde. Oficialmente, a USP afirmou não ter nenhuma informação sobre o assunto e que não havia recomendação oficial de encerrar as aulas. A Secretaria da Segurança Pública informou que não houve registro de ocorrências, mas que a PM reforçou o policiamento no campus.
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Dilma lembra vítimas do Holocausto e pede respeito aos direitos humanos
A presidente Dilma Rousseff divulgou nesta terça-feira (27) nota oficial para celebrar o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto. Dilma afirmou que neste dia ela se junta a todos que, "pelo mundo afora, rendem homenagens aos 6 milhões de judeus vitimados por um dos mais trágicos episódios da história do século 20". "Relembrar os horrores do Holocausto é necessário para que eles jamais sejam esquecidos, para que jamais se repitam. Para que se fortaleça, sempre e em todas as sociedades, a condenação a todas as formas de intolerância, discriminação, perseguição e violência contra pessoas ou comunidades por sua origem étnica ou crença religiosa", afirmou. Dilma destacou que o povo brasileiro "é uma mistura de pessoas e raças das mais diferentes origens", que se orgulha de viver harmoniosamente e busca "fortalecer o respeito à diversidade, à tolerância e à solidariedade". "Por isso, o Brasil inteiro se agrega, hoje, às homenagens deste dia, para celebrar o respeito aos direitos humanos, base para uma sociedade mais justa e fraterna, que queremos para nós e para todos os países do mundo", afirmou. A presidente encerrou a nota oficial com o cumprimento tradicional judaico "shalom", que significa a paz entre duas entidades ou a paz interior de uma pessoa. Nesta terça, celebram-se os 70 anos da libertação de prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia. O campo é tido como o mais cruel do regime nazista. A data foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro de 2005, como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Em nota, o Itamaraty afirmou que o governo brasileiro está empenhado em assegurar o fim de todas as formas de discriminação, em um momento "de manifestações crescentes de antissemitismo, islamofobia, xenofobia e demais formas de intolerância em diversas partes do mundo". "O governo brasileiro recorda a barbárie que vitimou milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial e homenageia os brasileiros que salvaram vidas humanas naquele triste momento da história, como Luiz Martins de Souza Dantas e Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, cujos nomes se encontram gravados no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto, em Israel", diz a nota do Itamaraty. O ministério diz também que "recordar e honrar as vítimas da Shoá não é apenas um dever moral iniludível", mas também uma "poderosa arma na luta, que deve ser de todos, contra o ressurgimento das condições que deram origem ao Holocausto, naquele que foi um dos períodos mais sombrios da história da humanidade".
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Dilma lembra vítimas do Holocausto e pede respeito aos direitos humanosA presidente Dilma Rousseff divulgou nesta terça-feira (27) nota oficial para celebrar o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto. Dilma afirmou que neste dia ela se junta a todos que, "pelo mundo afora, rendem homenagens aos 6 milhões de judeus vitimados por um dos mais trágicos episódios da história do século 20". "Relembrar os horrores do Holocausto é necessário para que eles jamais sejam esquecidos, para que jamais se repitam. Para que se fortaleça, sempre e em todas as sociedades, a condenação a todas as formas de intolerância, discriminação, perseguição e violência contra pessoas ou comunidades por sua origem étnica ou crença religiosa", afirmou. Dilma destacou que o povo brasileiro "é uma mistura de pessoas e raças das mais diferentes origens", que se orgulha de viver harmoniosamente e busca "fortalecer o respeito à diversidade, à tolerância e à solidariedade". "Por isso, o Brasil inteiro se agrega, hoje, às homenagens deste dia, para celebrar o respeito aos direitos humanos, base para uma sociedade mais justa e fraterna, que queremos para nós e para todos os países do mundo", afirmou. A presidente encerrou a nota oficial com o cumprimento tradicional judaico "shalom", que significa a paz entre duas entidades ou a paz interior de uma pessoa. Nesta terça, celebram-se os 70 anos da libertação de prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia. O campo é tido como o mais cruel do regime nazista. A data foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro de 2005, como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Em nota, o Itamaraty afirmou que o governo brasileiro está empenhado em assegurar o fim de todas as formas de discriminação, em um momento "de manifestações crescentes de antissemitismo, islamofobia, xenofobia e demais formas de intolerância em diversas partes do mundo". "O governo brasileiro recorda a barbárie que vitimou milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial e homenageia os brasileiros que salvaram vidas humanas naquele triste momento da história, como Luiz Martins de Souza Dantas e Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, cujos nomes se encontram gravados no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto, em Israel", diz a nota do Itamaraty. O ministério diz também que "recordar e honrar as vítimas da Shoá não é apenas um dever moral iniludível", mas também uma "poderosa arma na luta, que deve ser de todos, contra o ressurgimento das condições que deram origem ao Holocausto, naquele que foi um dos períodos mais sombrios da história da humanidade".
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Cony expressou o sentido de uma série de cidadãos brasileiros, escreve leitor
Apesar do final indelicado na coluna "O felix culpa" ("Opinião", 27/3), de Carlos Heitor Cony, sobre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, a frase ("Desejo que ambos [Dilma e Lula] se f...") refletiu o sentimento de milhares de brasileiros. Parabéns a Cony por me dar voz nesta Folha. MARCO ANTÔNIO LORENZZO BARSOTTI (Santos, SP) * Aos 90, Cony, ao encerrar sua bela crônica, desnuda a hipocrisia de alguns leitores. Convive-se pacificamente com a chula verborragia de Lula e com a corrupção de Dilma, mas enfiar o dedo na corrupção... isso é muito feio. JORGE SIMÃO (Rio de Janeiro, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Cony expressou o sentido de uma série de cidadãos brasileiros, escreve leitorApesar do final indelicado na coluna "O felix culpa" ("Opinião", 27/3), de Carlos Heitor Cony, sobre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, a frase ("Desejo que ambos [Dilma e Lula] se f...") refletiu o sentimento de milhares de brasileiros. Parabéns a Cony por me dar voz nesta Folha. MARCO ANTÔNIO LORENZZO BARSOTTI (Santos, SP) * Aos 90, Cony, ao encerrar sua bela crônica, desnuda a hipocrisia de alguns leitores. Convive-se pacificamente com a chula verborragia de Lula e com a corrupção de Dilma, mas enfiar o dedo na corrupção... isso é muito feio. JORGE SIMÃO (Rio de Janeiro, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Associação estuda recorrer contra novas regras do Mais Médicos
Associações médicas fizeram críticas nesta sexta-feira (29) às mudanças anunciadas pela presidente Dilma Rousseff nas regras do programa Mais Médicos, que passa a permitir a prorrogação do contrato com médicos formados no exterior por mais três anos além do prazo previsto. Até então, a lei do Mais Médicos previa que a renovação só poderia ocorrer após a revalidação do diploma, por meio de exame aplicado em universidades públicas. Agora, o governo editou uma medida provisória para que os profissionais possam permanecer mesmo sem ter o diploma revalidado. A Associação Médica Brasileira informou que estuda recorrer à Justiça contra a suspensão da exigência de revalidação de diploma para a prorrogação dos contratos. Já o Conselho Federal de Medicina classificou, em nota, as mudanças no programa como uma ação "populista" e com "evidente interferência de compromissos partidários e ideológicos". "A Presidência da República insiste em tomar medidas populistas na área da saúde, sem discutir as propostas com as entidades médicas e nem avaliar impactos para a sociedade como um todo, a partir de um mínimo de planejamento ou responsabilidade com os atos empreendidos", avalia. Para o conselho, a medida "privilegia" os estrangeiros e ignora o aumento do interesse de médicos brasileiros em participar do programa. Editais recentes apresentaram recorde de brasileiros inscritos. "Desde 2015, as vagas oferecidas nos editais do Mais Médicos têm sido preenchidas, em sua quase totalidade, por jovens brasileiros dispostos a ocupar postos de trabalhos (...) independentemente da precariedade do vínculo e das más condições oferecidas para o pleno exercício da medicina", diz. "Ignorá-los configura evidente desrespeito para com os trabalhadores brasileiros." Ainda segundo o CFM, o anúncio não tem "lógica econômica". "Com essa MP, o Brasil, que passa por um período de grave recessão, continuará a enviar bilhões de reais para o exterior, por meio da Organização Pan-americana de Saúde, ao invés de assegurar que esses recursos fiquem em sua integralidade dentro de nossas fronteiras", diz. DESISTÊNCIAS Já para o Ministério da Saúde, a avaliação é que, apesar dos editais recentes terem tido recorde de brasileiros, é alto o índice de desistência entre eles -daí a necessidade de prorrogar os contratos com estrangeiros. Dados da pasta apontam que 40% dos brasileiros selecionados no programa desistem antes do prazo. Já entre cubanos, a média de desistência é de 8%. Para outros estrangeiros e brasileiros formados no exterior, 15%. A medida provisória para prorrogação do prazo de participação dos médicos foi assinada na manhã desta sexta-feira em cerimônia no Palácio do Planalto. Durante o evento, a presidente Dilma Rousseff disse que o Mais Médicos sofreu "críticas agressivas" no início, mas também teve o apoio de integrantes do SUS (Sistema Único de Saúde).
cotidiano
Associação estuda recorrer contra novas regras do Mais MédicosAssociações médicas fizeram críticas nesta sexta-feira (29) às mudanças anunciadas pela presidente Dilma Rousseff nas regras do programa Mais Médicos, que passa a permitir a prorrogação do contrato com médicos formados no exterior por mais três anos além do prazo previsto. Até então, a lei do Mais Médicos previa que a renovação só poderia ocorrer após a revalidação do diploma, por meio de exame aplicado em universidades públicas. Agora, o governo editou uma medida provisória para que os profissionais possam permanecer mesmo sem ter o diploma revalidado. A Associação Médica Brasileira informou que estuda recorrer à Justiça contra a suspensão da exigência de revalidação de diploma para a prorrogação dos contratos. Já o Conselho Federal de Medicina classificou, em nota, as mudanças no programa como uma ação "populista" e com "evidente interferência de compromissos partidários e ideológicos". "A Presidência da República insiste em tomar medidas populistas na área da saúde, sem discutir as propostas com as entidades médicas e nem avaliar impactos para a sociedade como um todo, a partir de um mínimo de planejamento ou responsabilidade com os atos empreendidos", avalia. Para o conselho, a medida "privilegia" os estrangeiros e ignora o aumento do interesse de médicos brasileiros em participar do programa. Editais recentes apresentaram recorde de brasileiros inscritos. "Desde 2015, as vagas oferecidas nos editais do Mais Médicos têm sido preenchidas, em sua quase totalidade, por jovens brasileiros dispostos a ocupar postos de trabalhos (...) independentemente da precariedade do vínculo e das más condições oferecidas para o pleno exercício da medicina", diz. "Ignorá-los configura evidente desrespeito para com os trabalhadores brasileiros." Ainda segundo o CFM, o anúncio não tem "lógica econômica". "Com essa MP, o Brasil, que passa por um período de grave recessão, continuará a enviar bilhões de reais para o exterior, por meio da Organização Pan-americana de Saúde, ao invés de assegurar que esses recursos fiquem em sua integralidade dentro de nossas fronteiras", diz. DESISTÊNCIAS Já para o Ministério da Saúde, a avaliação é que, apesar dos editais recentes terem tido recorde de brasileiros, é alto o índice de desistência entre eles -daí a necessidade de prorrogar os contratos com estrangeiros. Dados da pasta apontam que 40% dos brasileiros selecionados no programa desistem antes do prazo. Já entre cubanos, a média de desistência é de 8%. Para outros estrangeiros e brasileiros formados no exterior, 15%. A medida provisória para prorrogação do prazo de participação dos médicos foi assinada na manhã desta sexta-feira em cerimônia no Palácio do Planalto. Durante o evento, a presidente Dilma Rousseff disse que o Mais Médicos sofreu "críticas agressivas" no início, mas também teve o apoio de integrantes do SUS (Sistema Único de Saúde).
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Não custa nada imaginar que uma nova arte está para nascer
Se eu tentasse entender o que hoje se chama de arte contemporânea -que, aliás, tem um número indeterminado de definições-, teria que me ater a dois fatores fundamentais: a arte e a técnica. Aliás, esses são os fatores inevitavelmente presentes em todas as manifestações artísticas, quaisquer que tenham sido os rumos que elas tenham tomado. Para me fazer entender melhor, devo me referir a alguns movimentos altamente significantes da arte ocidental que marcaram época e definiram o futuro dessa arte. Um dos exemplos do que digo foi a fase da arte constituída pela pintura mural, quando a expressão criativa se confundia com o próprio processo de elaboração da superfície pintada, no muro. Nessa etapa da pintura, tanto a matéria pictórica quanto a cor nasciam no mesmo material que constituía a parede. Como o próprio nome está dizendo, essa arte era própria do muro, ela nascia no muro, da terra, dos detritos, do pó colorido, enfim, de tudo aquilo que constituiria a parede de uma capela, do mural de um convento. Uma coisa dependia da outra. Não havia, consequentemente, a expressão pictórica autônoma, fora da parede. Surgiu então a tela, o que significou por si só uma revolução da parte pictórica que duraria por séculos. Se você levar em conta que, para realizar a pintura mural, era necessário o muro, imagine o que significou a descoberta da pintura a óleo, que, por sua vez, possibilitou pintar sobre superfícies autônomas, pintura que não dependia da parede, dando nascimento ao que se passou a chamar tela. Como a tela não tem que estar inevitavelmente pendurada na parede, surgiu a possibilidade de o pintor realizar tantas telas quanto quisesse, onde lhe fosse permitido. Isso deu origem aos colecionadores de arte e aos museus, que passaram a exibir e a manter em seus acervos dezenas e até mesmo centenas de obras pictóricas. Como se não bastasse, esse fato fez nascer o mercado de arte, que deu um impulso extraordinário às realizações pictóricas. Além do mais, a pintura a óleo possibilitou o aperfeiçoamento técnico da pintura, emprestando-lhe o caráter realista nunca obtido antes. Não posso dizer se foi esse caráter realista que deu origem à fotografia -a verdade, porém, é que a capacidade que a fotografia possibilitava, não de imitar a imagem real, mas de captá-la, determinou uma verdadeira revolução na arte da pintura. De certo modo é daí que nasce a pintura impressionista, que determinaria uma mudança radical na história da pintura. A partir de então, em vez de pretender copiar fielmente a realidade exterior, a pintura, por assim dizer, passa a inventá-la. De fato, uma paisagem de Monet não tem qualquer propósito de retratar o mundo objetivo tal como ele se apresenta à lente fotográfica, pelo contrário, os recursos pictóricos passam a ser usados para exprimir a experiência subjetiva no mundo real. Nasce uma nova pintura que quer ser, ela mesma, uma expressão outra do mundo objetivo. Não por acaso Cézanne afirmava que "a maçã que eu pinto não é maçã, é pintura". Mas o impressionismo foi apenas o início de uma transformação que mudou drasticamente a arte do século 20. Aquela frase de Cézanne trazia nela embutida uma mudança radical que começa com o cubismo de Picasso e Braque. Como tudo o que estivesse no quadro se tornaria pintura -isto é, arte-, introduziram na tela tudo o que se poderia imaginar: envelope de carta, recorte de jornal, areia, arame e o que mais lhes desse na telha. Pouco depois, Marcel Duchamp afirmava: "Será arte tudo o que eu disser que é arte". E, então, expôs em Nova York um urinol produzido industrialmente assinado com o pseudônimo de R.Mutt. Estava aberto o caminho para o vale-tudo. Por isso mesmo as Bienais internacionais expõem tudo o que se possa imaginar. A conclusão inevitável é que o que até aqui se chamou de arte já não o é. Mas, assim como no Renascimento, surgiu uma nova linguagem artística que mudou a história da arte. Assim, não custa nada imaginar que, em função das novas tecnologias, uma nova arte esteja para nascer. NOTA DA EDIÇÃO Ferreira Gullar, morto aos 86, de pneumonia, no domingo (5), ditou esta última coluna para a neta Celeste na cama do hospital. Com pouco fôlego, teve de fazer pausas para descansar. "Quando eu perguntei se preferia terminar outro dia, ele disse que não, porque não sabia o que poderia acontecer", afirmou Celeste. "Ele me falou uma vez: 'Eu adivinho as coisas'. Acredito que sim. Então ficamos aguardando essa nova arte que nascerá da tecnologia. Qual será?"
colunas
Não custa nada imaginar que uma nova arte está para nascerSe eu tentasse entender o que hoje se chama de arte contemporânea -que, aliás, tem um número indeterminado de definições-, teria que me ater a dois fatores fundamentais: a arte e a técnica. Aliás, esses são os fatores inevitavelmente presentes em todas as manifestações artísticas, quaisquer que tenham sido os rumos que elas tenham tomado. Para me fazer entender melhor, devo me referir a alguns movimentos altamente significantes da arte ocidental que marcaram época e definiram o futuro dessa arte. Um dos exemplos do que digo foi a fase da arte constituída pela pintura mural, quando a expressão criativa se confundia com o próprio processo de elaboração da superfície pintada, no muro. Nessa etapa da pintura, tanto a matéria pictórica quanto a cor nasciam no mesmo material que constituía a parede. Como o próprio nome está dizendo, essa arte era própria do muro, ela nascia no muro, da terra, dos detritos, do pó colorido, enfim, de tudo aquilo que constituiria a parede de uma capela, do mural de um convento. Uma coisa dependia da outra. Não havia, consequentemente, a expressão pictórica autônoma, fora da parede. Surgiu então a tela, o que significou por si só uma revolução da parte pictórica que duraria por séculos. Se você levar em conta que, para realizar a pintura mural, era necessário o muro, imagine o que significou a descoberta da pintura a óleo, que, por sua vez, possibilitou pintar sobre superfícies autônomas, pintura que não dependia da parede, dando nascimento ao que se passou a chamar tela. Como a tela não tem que estar inevitavelmente pendurada na parede, surgiu a possibilidade de o pintor realizar tantas telas quanto quisesse, onde lhe fosse permitido. Isso deu origem aos colecionadores de arte e aos museus, que passaram a exibir e a manter em seus acervos dezenas e até mesmo centenas de obras pictóricas. Como se não bastasse, esse fato fez nascer o mercado de arte, que deu um impulso extraordinário às realizações pictóricas. Além do mais, a pintura a óleo possibilitou o aperfeiçoamento técnico da pintura, emprestando-lhe o caráter realista nunca obtido antes. Não posso dizer se foi esse caráter realista que deu origem à fotografia -a verdade, porém, é que a capacidade que a fotografia possibilitava, não de imitar a imagem real, mas de captá-la, determinou uma verdadeira revolução na arte da pintura. De certo modo é daí que nasce a pintura impressionista, que determinaria uma mudança radical na história da pintura. A partir de então, em vez de pretender copiar fielmente a realidade exterior, a pintura, por assim dizer, passa a inventá-la. De fato, uma paisagem de Monet não tem qualquer propósito de retratar o mundo objetivo tal como ele se apresenta à lente fotográfica, pelo contrário, os recursos pictóricos passam a ser usados para exprimir a experiência subjetiva no mundo real. Nasce uma nova pintura que quer ser, ela mesma, uma expressão outra do mundo objetivo. Não por acaso Cézanne afirmava que "a maçã que eu pinto não é maçã, é pintura". Mas o impressionismo foi apenas o início de uma transformação que mudou drasticamente a arte do século 20. Aquela frase de Cézanne trazia nela embutida uma mudança radical que começa com o cubismo de Picasso e Braque. Como tudo o que estivesse no quadro se tornaria pintura -isto é, arte-, introduziram na tela tudo o que se poderia imaginar: envelope de carta, recorte de jornal, areia, arame e o que mais lhes desse na telha. Pouco depois, Marcel Duchamp afirmava: "Será arte tudo o que eu disser que é arte". E, então, expôs em Nova York um urinol produzido industrialmente assinado com o pseudônimo de R.Mutt. Estava aberto o caminho para o vale-tudo. Por isso mesmo as Bienais internacionais expõem tudo o que se possa imaginar. A conclusão inevitável é que o que até aqui se chamou de arte já não o é. Mas, assim como no Renascimento, surgiu uma nova linguagem artística que mudou a história da arte. Assim, não custa nada imaginar que, em função das novas tecnologias, uma nova arte esteja para nascer. NOTA DA EDIÇÃO Ferreira Gullar, morto aos 86, de pneumonia, no domingo (5), ditou esta última coluna para a neta Celeste na cama do hospital. Com pouco fôlego, teve de fazer pausas para descansar. "Quando eu perguntei se preferia terminar outro dia, ele disse que não, porque não sabia o que poderia acontecer", afirmou Celeste. "Ele me falou uma vez: 'Eu adivinho as coisas'. Acredito que sim. Então ficamos aguardando essa nova arte que nascerá da tecnologia. Qual será?"
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Tirar da educação para produzir passaporte é a cara do governo Temer
A retirada de R$ 102,3 milhões da educação para a produção de passaportes tem a cara do governo Michel Temer e dos seus sustentadores, políticos ou não. O presidente da Comissão de Orçamento do Congresso achou mais prudente pedir ao governo a alteração do projeto, deixando de mutilar as já sacrificadas verbas da alfabetização de adultos e da graduação, entre outras, e dirigindo sua mão leve para as dotações destinadas aos convênios internacionais. Nem por isso ficou menos brutal o paroxismo do descaso histórico pela educação, cujo valor -em todos os sentidos- foi considerado inferior a uns quantos lotes de passaportes. Mesmo o ministro da Educação, deputado Mendonça Filho, considerou dispensável uma palavra em defesa da educação. Vê-se onde, mais do que em qualquer outra parte, a educação falta. * A tão elogiada decisão do Supremo de negar revisão de "prêmios" dados a delatores, exceto se não entregue o prometido, leva à mais brasileira das perguntas: quem ganhou com isso? Os delatores, em especial Joesley Batista, e os procuradores que passam a ditar sentenças irretocáveis, poder que nem os juízes têm. Quem perdeu foi a respeitabilidade judicial. Não há argumento capaz de conceder decência, sequer em dose mínima, à impunidade dada a um corruptor de políticos e de decisões governamentais e parlamentares, como Joesley Batista. A indignação com esse "prêmio" faz a impensável comunhão, em alguma coisa, de todos os lados do desentendimento nacional. * Aécio Neves e sua defesa referem-se ao "empréstimo de R$ 2 milhões oferecido por Joesley Batista" ao senador. "Oferecido" é tentativa de ludibriar. O dinheiro para Aécio foi pedido por sua irmã Andrea, que não por outro motivo carrega uma tornozeleira eletrônica, depois de um mês na cadeia. Lançar Andrea na frente e só aparecer, quando apareceu, na situação decisiva, é uma conduta de Aécio encontrada várias vezes no material que recheia os seus nove inquéritos. * A Rede, de Marina Silva, está muito presente na ebulição política por meio de dois congressistas competentes, sérios e ativos: o deputado Alexandre Molon e o senador Randolfe Rodrigues. Mas a chefe do partido mantém-se invisível e inaudível. Para quem é candidata potencial à Presidência, o sumiço é atitude, no mínimo, polêmica. Se resguarda, também pode sugerir uma perplexidade paralisadora. Até onde as pesquisas resistem às duas hipóteses, não se sabe. Marina também não. * Em sua diatribe da semana, Gilmar Mendes disse algumas verdades importantes, em meio à torrente de quase duas horas. Mas a falta de efeito do melhor e do pior foi a mesma, no Supremo e fora. Nem sempre era assim. As liberdades que Gilmar Mendes se dá não lhe trazem consequências funcionais. Por isso, tanto se permite atividade política, quanto a torna cada vez mais ostensiva. Inclusive nos dois tribunais em que seria apenas juiz. A ponto de parecer que, hoje, a política das meias sombras é seu principal interesse. As consequências ficam para o Supremo Tribunal Federal e para o Tribunal Superior Eleitoral (este, deixado pelo julgamento da chapa Dilma/Temer no ponto mais baixo da escala hipotética do prestígio). Gilmar Mendes, sozinho, é uma justificativa para o sugerido fim da vitaliciedade no Supremo. * "O Globo": "Brasil registra segundo maior índice de confiança na mídia -país só fica atrás da Finlândia, segundo estudo da Universidade de Oxford". Pode ser uma prova de que os brasileiros estão mal informados.
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Tirar da educação para produzir passaporte é a cara do governo TemerA retirada de R$ 102,3 milhões da educação para a produção de passaportes tem a cara do governo Michel Temer e dos seus sustentadores, políticos ou não. O presidente da Comissão de Orçamento do Congresso achou mais prudente pedir ao governo a alteração do projeto, deixando de mutilar as já sacrificadas verbas da alfabetização de adultos e da graduação, entre outras, e dirigindo sua mão leve para as dotações destinadas aos convênios internacionais. Nem por isso ficou menos brutal o paroxismo do descaso histórico pela educação, cujo valor -em todos os sentidos- foi considerado inferior a uns quantos lotes de passaportes. Mesmo o ministro da Educação, deputado Mendonça Filho, considerou dispensável uma palavra em defesa da educação. Vê-se onde, mais do que em qualquer outra parte, a educação falta. * A tão elogiada decisão do Supremo de negar revisão de "prêmios" dados a delatores, exceto se não entregue o prometido, leva à mais brasileira das perguntas: quem ganhou com isso? Os delatores, em especial Joesley Batista, e os procuradores que passam a ditar sentenças irretocáveis, poder que nem os juízes têm. Quem perdeu foi a respeitabilidade judicial. Não há argumento capaz de conceder decência, sequer em dose mínima, à impunidade dada a um corruptor de políticos e de decisões governamentais e parlamentares, como Joesley Batista. A indignação com esse "prêmio" faz a impensável comunhão, em alguma coisa, de todos os lados do desentendimento nacional. * Aécio Neves e sua defesa referem-se ao "empréstimo de R$ 2 milhões oferecido por Joesley Batista" ao senador. "Oferecido" é tentativa de ludibriar. O dinheiro para Aécio foi pedido por sua irmã Andrea, que não por outro motivo carrega uma tornozeleira eletrônica, depois de um mês na cadeia. Lançar Andrea na frente e só aparecer, quando apareceu, na situação decisiva, é uma conduta de Aécio encontrada várias vezes no material que recheia os seus nove inquéritos. * A Rede, de Marina Silva, está muito presente na ebulição política por meio de dois congressistas competentes, sérios e ativos: o deputado Alexandre Molon e o senador Randolfe Rodrigues. Mas a chefe do partido mantém-se invisível e inaudível. Para quem é candidata potencial à Presidência, o sumiço é atitude, no mínimo, polêmica. Se resguarda, também pode sugerir uma perplexidade paralisadora. Até onde as pesquisas resistem às duas hipóteses, não se sabe. Marina também não. * Em sua diatribe da semana, Gilmar Mendes disse algumas verdades importantes, em meio à torrente de quase duas horas. Mas a falta de efeito do melhor e do pior foi a mesma, no Supremo e fora. Nem sempre era assim. As liberdades que Gilmar Mendes se dá não lhe trazem consequências funcionais. Por isso, tanto se permite atividade política, quanto a torna cada vez mais ostensiva. Inclusive nos dois tribunais em que seria apenas juiz. A ponto de parecer que, hoje, a política das meias sombras é seu principal interesse. As consequências ficam para o Supremo Tribunal Federal e para o Tribunal Superior Eleitoral (este, deixado pelo julgamento da chapa Dilma/Temer no ponto mais baixo da escala hipotética do prestígio). Gilmar Mendes, sozinho, é uma justificativa para o sugerido fim da vitaliciedade no Supremo. * "O Globo": "Brasil registra segundo maior índice de confiança na mídia -país só fica atrás da Finlândia, segundo estudo da Universidade de Oxford". Pode ser uma prova de que os brasileiros estão mal informados.
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Henrique Alves é convidado a assumir Turismo; filósofo fica com Educação
Enfrentando problemas com a articulação política no Congresso e em um dia marcado por notícias negativas na economia, a presidente Dilma Rousseff tentou sair da defensiva articulando a definição de três novos ministros. Dilma pôs um petista para comandar a comunicação do governo, escolheu um nome para tentar se reconciliar com a ala do PMDB na Câmara, onde seu governo tem enfrentado derrotas, e nomeou um acadêmico para substituir na Educação um político que saiu após brigar no Congresso. Pela manhã, depois do anúncio de que a economia ficou estagnada no ano passado e agora caminha para a recessão, Dilma divulgou o nome do petista Edinho Silva, que foi seu tesoureiro de campanha, para comandar a Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência. No início da noite, oficializou a escolha do professor da USP Renato Janine Ribeiro para substituir Cid Gomes, que deixou o governo depois de um embate com a base aliada do governo em sessão tumultuada no Congresso. Fez ainda um gesto na direção da bancada do PMDB na Câmara, comandada pelo deputado Eduardo Cunha (RJ), e convidou oficialmente o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o Ministério do Turismo. A nota confirmando a indicação do peemedebista estava praticamente pronta, mas a divulgação foi suspensa à noite porque faltava um sinal verde vindo do PMDB de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não vai se opor à escolha, já que Eduardo Alves irá ocupar o lugar de Vinicius Lages, afilhado político de Renan. Edinho substitui o jornalista Thomas Traumann, que pediu demissão na quarta (25) depois do vazamento de uma análise interna da secretaria com críticas ao PT e à comunicação do governo. Ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-deputado estadual, Edinho atualmente estava dando aulas em uma faculdade particular. Ele aceitou o convite depois de se reunir com Dilma no Palácio do Planalto. Sua posse está marcada para a próxima terça (31). À Folha o novo ministro afirmou que a presidente pediu a ele a implantação de uma "política de diálogo" com os meios de comunicação e elogiou seu antecessor. Sobre o desejo do PT de controlar a distribuição de verbas publicitárias da área de comunicação para beneficiar grupos simpáticos ao governo, Edinho disse que a presidente foi clara na orientação para "manter critérios técnicos" na distribuição das verbas publicitárias do governo. "Só quem não me conhece pode imaginar que eu assumiria um posto desta importância para fazer algum tipo de manipulação. Os critérios são técnicos e vão continuar assim", afirmou Edinho. Na Educação, área considerada prioritária por Dilma, a presidente optou por um ministro com perfil oposto ao de Cid Gomes, que construiu sua carreira na política e não "media as palavras", segundo seus próprios aliados, quando discordava de algo. Janine fez carreira na academia. Professor de Ética e Filosofia Política na USP (Universidade de São Paulo), ele trabalhou no governo Lula de 2004 a 2008 como diretor de Avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação. Sua escolha surpreendeu porque a pasta da Educação era disputada por petistas e peemedebistas e, recentemente, ele fez críticas duras tanto a Dilma como ao PT. Em entrevista à edição de março da revista "Brasileiros", Janine criticou o fato de os avanços sociais do país nos últimos anos terem ocorrido pela via do consumo e disse que a presidente Dilma está isolada porque não dialoga. Ele também criticou a falta de uma explicação mais clara do governo para as medidas do ajuste fiscal e disse que Dilma não dá autonomia aos integrantes de sua equipe. "Os ministros continuam tendo as orelhas puxadas cada vez que falam uma coisa de que ela não gosta", disse. A oficialização do nome de Henrique Eduardo Alves esbarrava, dentro do PMDB, em dois aspectos. Renan Calheiros, que esteve na quinta-feira (26) com o ex-presidente Lula, quer uma compensação pela eventual perda da pasta do Turismo. Gostaria de indicar um nome para o Ministério da Integração Nacional. Além disto, a entrega de um ministério neste momento a um expoente do PMDB contraria o discurso de Renan e Eduardo Cunha, que em público passaram a defender o corte de metade dos ministérios. A assessores, a presidente disse que estava tudo em suspenso, depois de ter acertado a indicação com o próprio Henrique Alves. Leia a íntegra da nota sobre o Ministério da Educação: A presidenta da República Dilma Rousseff convidou nesta sexta-feira (27) o professor doutor Renato Janine Ribeiro para assumir o cargo de ministro da Educação. A posse do novo ministro será no dia 6 de abril. Perfil Renato Janine Ribeiro tem formação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado pela Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne, doutorado pela USP e pós-doutorado pela British Library. É professor titular de Ética e Filosofia Política da USP. Tem 18 livros editados, além de inúmeros ensaios e artigos em publicações científicas. Em 2001, recebeu o prêmio Jabuti de melhor ensaio. O novo ministro foi membro do Conselho Deliberativo do CNPq (1993-1997), do Conselho da SBPC (1997-1999), secretário da SBPC (1999-2001) e diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (2004-2008). Além disso, atuou como membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados da USP e é membro do Conselho Superior de Estudos Avançados da FIESP. Secretaria de Imprensa Presidência da República
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Henrique Alves é convidado a assumir Turismo; filósofo fica com EducaçãoEnfrentando problemas com a articulação política no Congresso e em um dia marcado por notícias negativas na economia, a presidente Dilma Rousseff tentou sair da defensiva articulando a definição de três novos ministros. Dilma pôs um petista para comandar a comunicação do governo, escolheu um nome para tentar se reconciliar com a ala do PMDB na Câmara, onde seu governo tem enfrentado derrotas, e nomeou um acadêmico para substituir na Educação um político que saiu após brigar no Congresso. Pela manhã, depois do anúncio de que a economia ficou estagnada no ano passado e agora caminha para a recessão, Dilma divulgou o nome do petista Edinho Silva, que foi seu tesoureiro de campanha, para comandar a Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência. No início da noite, oficializou a escolha do professor da USP Renato Janine Ribeiro para substituir Cid Gomes, que deixou o governo depois de um embate com a base aliada do governo em sessão tumultuada no Congresso. Fez ainda um gesto na direção da bancada do PMDB na Câmara, comandada pelo deputado Eduardo Cunha (RJ), e convidou oficialmente o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o Ministério do Turismo. A nota confirmando a indicação do peemedebista estava praticamente pronta, mas a divulgação foi suspensa à noite porque faltava um sinal verde vindo do PMDB de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não vai se opor à escolha, já que Eduardo Alves irá ocupar o lugar de Vinicius Lages, afilhado político de Renan. Edinho substitui o jornalista Thomas Traumann, que pediu demissão na quarta (25) depois do vazamento de uma análise interna da secretaria com críticas ao PT e à comunicação do governo. Ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-deputado estadual, Edinho atualmente estava dando aulas em uma faculdade particular. Ele aceitou o convite depois de se reunir com Dilma no Palácio do Planalto. Sua posse está marcada para a próxima terça (31). À Folha o novo ministro afirmou que a presidente pediu a ele a implantação de uma "política de diálogo" com os meios de comunicação e elogiou seu antecessor. Sobre o desejo do PT de controlar a distribuição de verbas publicitárias da área de comunicação para beneficiar grupos simpáticos ao governo, Edinho disse que a presidente foi clara na orientação para "manter critérios técnicos" na distribuição das verbas publicitárias do governo. "Só quem não me conhece pode imaginar que eu assumiria um posto desta importância para fazer algum tipo de manipulação. Os critérios são técnicos e vão continuar assim", afirmou Edinho. Na Educação, área considerada prioritária por Dilma, a presidente optou por um ministro com perfil oposto ao de Cid Gomes, que construiu sua carreira na política e não "media as palavras", segundo seus próprios aliados, quando discordava de algo. Janine fez carreira na academia. Professor de Ética e Filosofia Política na USP (Universidade de São Paulo), ele trabalhou no governo Lula de 2004 a 2008 como diretor de Avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação. Sua escolha surpreendeu porque a pasta da Educação era disputada por petistas e peemedebistas e, recentemente, ele fez críticas duras tanto a Dilma como ao PT. Em entrevista à edição de março da revista "Brasileiros", Janine criticou o fato de os avanços sociais do país nos últimos anos terem ocorrido pela via do consumo e disse que a presidente Dilma está isolada porque não dialoga. Ele também criticou a falta de uma explicação mais clara do governo para as medidas do ajuste fiscal e disse que Dilma não dá autonomia aos integrantes de sua equipe. "Os ministros continuam tendo as orelhas puxadas cada vez que falam uma coisa de que ela não gosta", disse. A oficialização do nome de Henrique Eduardo Alves esbarrava, dentro do PMDB, em dois aspectos. Renan Calheiros, que esteve na quinta-feira (26) com o ex-presidente Lula, quer uma compensação pela eventual perda da pasta do Turismo. Gostaria de indicar um nome para o Ministério da Integração Nacional. Além disto, a entrega de um ministério neste momento a um expoente do PMDB contraria o discurso de Renan e Eduardo Cunha, que em público passaram a defender o corte de metade dos ministérios. A assessores, a presidente disse que estava tudo em suspenso, depois de ter acertado a indicação com o próprio Henrique Alves. Leia a íntegra da nota sobre o Ministério da Educação: A presidenta da República Dilma Rousseff convidou nesta sexta-feira (27) o professor doutor Renato Janine Ribeiro para assumir o cargo de ministro da Educação. A posse do novo ministro será no dia 6 de abril. Perfil Renato Janine Ribeiro tem formação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado pela Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne, doutorado pela USP e pós-doutorado pela British Library. É professor titular de Ética e Filosofia Política da USP. Tem 18 livros editados, além de inúmeros ensaios e artigos em publicações científicas. Em 2001, recebeu o prêmio Jabuti de melhor ensaio. O novo ministro foi membro do Conselho Deliberativo do CNPq (1993-1997), do Conselho da SBPC (1997-1999), secretário da SBPC (1999-2001) e diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (2004-2008). Além disso, atuou como membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados da USP e é membro do Conselho Superior de Estudos Avançados da FIESP. Secretaria de Imprensa Presidência da República
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Aviso
Excepcionalmente, o colunista não escreve neste sábado (24).
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Após derrota para EUA, Argentina se despede da sua geração de ouro
ÉDER FANTONI ENVIADO ESPECIAL AO RIO A derrota para os Estados Unidos nesta quarta-feira (17), na Arena Carioca 1, não acabou apenas com o sonho da Argentina de conquistar uma medalha na Rio-2016. O revés colocou também um ponto final na geração dourada da seleção. Campeões em Atenas-2004, quando bateram justamente os Estados Unidos na semifinal, os alas Manu Ginóbili, 39, e Andrés Nocioni, 36, anunciaram que esta foi a última partida pela equipe nacional. "Sou muito sortudo de ter vivido tudo isso. Não estou triste, porque isso não faria sentido. Sou muito feliz pelo o que fiz por esta seleção", disse Ginóbili, que não conseguiu segurar as lágrimas. Ao fundo, ecoava os gritos da torcida argentina (olê, olê, olê, Manu, Manu...). O ala do San Antonio Spurs joga pela seleção do seu país desde 1998. Além do ouro em Atenas, ganhou também o bronze em Pequim-2008, a prata no Mundial de 2002 e o ouro da Copa América de 2001 e 2011. "Foram anos espetaculares, experiências incríveis. Foram 104 partidas. E mesmo com 39 anos, ainda consegui contribuir para a equipe", disse Ginóbili. Nocioni, outro que estava em Atenas-2004 e que acabou com o Brasil na Rio-2016, ao marcar 37 pontos contra o maior rival, também anunciou a sua despedida da seleção. "Foi o nosso último jogo juntos. Mas é assim mesmo. Tem que terminar em algum momento. Ainda tivemos o privilégio de jogar mais um torneio juntos. Essa geração dourada significa muito para nós. Eu me sinto realizado por ter feito parte deste ciclo histórico", afirmou Nocioni. Os alas Carlos Delfino, 33, e Luis Scola, 36, são os outros dois jogadores que também devem dizer adeus à seleção por causa da idade. Agora, assim como deve acontecer no Brasil, que foi eliminado na primeira fase da Rio-2016, é hora dos jovens na Argentina.
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Após derrota para EUA, Argentina se despede da sua geração de ouro ÉDER FANTONI ENVIADO ESPECIAL AO RIO A derrota para os Estados Unidos nesta quarta-feira (17), na Arena Carioca 1, não acabou apenas com o sonho da Argentina de conquistar uma medalha na Rio-2016. O revés colocou também um ponto final na geração dourada da seleção. Campeões em Atenas-2004, quando bateram justamente os Estados Unidos na semifinal, os alas Manu Ginóbili, 39, e Andrés Nocioni, 36, anunciaram que esta foi a última partida pela equipe nacional. "Sou muito sortudo de ter vivido tudo isso. Não estou triste, porque isso não faria sentido. Sou muito feliz pelo o que fiz por esta seleção", disse Ginóbili, que não conseguiu segurar as lágrimas. Ao fundo, ecoava os gritos da torcida argentina (olê, olê, olê, Manu, Manu...). O ala do San Antonio Spurs joga pela seleção do seu país desde 1998. Além do ouro em Atenas, ganhou também o bronze em Pequim-2008, a prata no Mundial de 2002 e o ouro da Copa América de 2001 e 2011. "Foram anos espetaculares, experiências incríveis. Foram 104 partidas. E mesmo com 39 anos, ainda consegui contribuir para a equipe", disse Ginóbili. Nocioni, outro que estava em Atenas-2004 e que acabou com o Brasil na Rio-2016, ao marcar 37 pontos contra o maior rival, também anunciou a sua despedida da seleção. "Foi o nosso último jogo juntos. Mas é assim mesmo. Tem que terminar em algum momento. Ainda tivemos o privilégio de jogar mais um torneio juntos. Essa geração dourada significa muito para nós. Eu me sinto realizado por ter feito parte deste ciclo histórico", afirmou Nocioni. Os alas Carlos Delfino, 33, e Luis Scola, 36, são os outros dois jogadores que também devem dizer adeus à seleção por causa da idade. Agora, assim como deve acontecer no Brasil, que foi eliminado na primeira fase da Rio-2016, é hora dos jovens na Argentina.
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Ueba! Levy um e pague dois!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta: "Homem flagrado invadindo casa em Santos diz que só queria tomar banho". Isso não é desculpa, é crime hediondo! Invadir casa pra tomar banho é prisão perpétua. Cadeira elétrica! Rarará! E essa: "Protesto de caminhoneiros faz faltar pipoca doce nos cinemas de Curitiba". Nããão, sem pipoca doce eu não vivo. Se amanhã faltar Halls, eu me mato! Rarará! E o Pacotaço da Granda Chefa Toura Sentada Dilma? Diz que o Pacotaço Fiscal da Dilma é assim: Levy um e pague dois! Rarará! E um amigo disse que a Dilma emagreceu, mas está usando as mesmas roupas de quando era gorda! Rarará. E o meu amigo Paulo Tadeu diz que a lista do Janot tá mais tensa que a lista de convocados pra Copa! Ele acha que o Janot vai de Vaccari, Cunha, Renan, Temer e Anastasia. Pallocci, Roseana, Gleisi e Lobão. Lindenbergh e André Vargas! O Janot tá dando uma de Dunga! Rarará! E a manchete do "Piauí Herald": "Cunha concede cota de produtos Jequiti para esposa de deputados". E um vale-compras na Riachuelo, auxílio-botox e uma biribinha toda terça à noite! Rarará. E os puteiros de Brasília vão fechar! E outra: "Cunha concede Netflix vitalício para esposas de deputados". Rarará. Deve ser para elas assistirem a "House of Cards". Cunha concede par de chifres para esposas de deputados. Rarará. É mole? É molem mas sobe! Os Predestinados! Mais três para a minha série Os Predestinados! Geriatra do hospital Santa Catarina: Luis Carlos Velho! Melhor, uma amiga minha estava procurando um geriatra pro marido e encontrou: José Carlos Aquino Velho. Rarará. Devia ser separado AQUI NO VELHO! Ai, doutor, dá um jeito aqui no velho! Rarará! E eu estava assistindo a "AutoEsporte" quando aparece um especialista em polimentos: Paulo Cera. Rarará. E o povo ainda acha que eu invento esses nomes! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! Levy um e pague dois!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta: "Homem flagrado invadindo casa em Santos diz que só queria tomar banho". Isso não é desculpa, é crime hediondo! Invadir casa pra tomar banho é prisão perpétua. Cadeira elétrica! Rarará! E essa: "Protesto de caminhoneiros faz faltar pipoca doce nos cinemas de Curitiba". Nããão, sem pipoca doce eu não vivo. Se amanhã faltar Halls, eu me mato! Rarará! E o Pacotaço da Granda Chefa Toura Sentada Dilma? Diz que o Pacotaço Fiscal da Dilma é assim: Levy um e pague dois! Rarará! E um amigo disse que a Dilma emagreceu, mas está usando as mesmas roupas de quando era gorda! Rarará. E o meu amigo Paulo Tadeu diz que a lista do Janot tá mais tensa que a lista de convocados pra Copa! Ele acha que o Janot vai de Vaccari, Cunha, Renan, Temer e Anastasia. Pallocci, Roseana, Gleisi e Lobão. Lindenbergh e André Vargas! O Janot tá dando uma de Dunga! Rarará! E a manchete do "Piauí Herald": "Cunha concede cota de produtos Jequiti para esposa de deputados". E um vale-compras na Riachuelo, auxílio-botox e uma biribinha toda terça à noite! Rarará. E os puteiros de Brasília vão fechar! E outra: "Cunha concede Netflix vitalício para esposas de deputados". Rarará. Deve ser para elas assistirem a "House of Cards". Cunha concede par de chifres para esposas de deputados. Rarará. É mole? É molem mas sobe! Os Predestinados! Mais três para a minha série Os Predestinados! Geriatra do hospital Santa Catarina: Luis Carlos Velho! Melhor, uma amiga minha estava procurando um geriatra pro marido e encontrou: José Carlos Aquino Velho. Rarará. Devia ser separado AQUI NO VELHO! Ai, doutor, dá um jeito aqui no velho! Rarará! E eu estava assistindo a "AutoEsporte" quando aparece um especialista em polimentos: Paulo Cera. Rarará. E o povo ainda acha que eu invento esses nomes! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Mega Artesanal traz feira e oficinas para aprendizes e artesãos
LUIZA WOLF DE SÃO PAULO A partir de quarta (13), a Mega Artesanal chega ao São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. Trata-se de uma feira com 338 estandes em que são expostos e vendidos produtos para quem quer pintar, bordar e costurar, entre outras modalidades de artesanato. Os espaços também oferecem cursos para aprendizado ou aperfeiçoamento de técnicas. Algumas oficinas são cobradas a parte: é o caso do espaço da Confeitaria & Festa, que ensina a decorar e a rechear bolos (R$ 15 por aula). Há cursos rápidos e gratuitos, para os quais não é necessária inscrição prévia. No estante da Filiperson, por exemplo, é possível aprender a fazer origamis e dobraduras de flores. Já no box da Plastcover, aprende-se a criar objetos como carteiras, caixas e porta celulares. São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. Pavilhão 1 e 2 - rod. dos Imigrantes, região sul, s/nº, km. 1,5, Cursino, tel. 5067-1717. Qua. a sáb.: 11h às 19h. Dom.: 11h às 17h. Abertura: 13/7. Até 17/7. Ingr.: R$ 20. Saiba mais.
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Mega Artesanal traz feira e oficinas para aprendizes e artesãosLUIZA WOLF DE SÃO PAULO A partir de quarta (13), a Mega Artesanal chega ao São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. Trata-se de uma feira com 338 estandes em que são expostos e vendidos produtos para quem quer pintar, bordar e costurar, entre outras modalidades de artesanato. Os espaços também oferecem cursos para aprendizado ou aperfeiçoamento de técnicas. Algumas oficinas são cobradas a parte: é o caso do espaço da Confeitaria & Festa, que ensina a decorar e a rechear bolos (R$ 15 por aula). Há cursos rápidos e gratuitos, para os quais não é necessária inscrição prévia. No estante da Filiperson, por exemplo, é possível aprender a fazer origamis e dobraduras de flores. Já no box da Plastcover, aprende-se a criar objetos como carteiras, caixas e porta celulares. São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. Pavilhão 1 e 2 - rod. dos Imigrantes, região sul, s/nº, km. 1,5, Cursino, tel. 5067-1717. Qua. a sáb.: 11h às 19h. Dom.: 11h às 17h. Abertura: 13/7. Até 17/7. Ingr.: R$ 20. Saiba mais.
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Professor condenado por ligação com terror é substituído em aulas da UFRJ
A aula de física das 8h na sala 423 do Instituto de Física na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) teve um novo professor nesta segunda-feira. Adléne Hicheur, titular neste horário, foi substituído por outra profissional escalada pela instituição. Condenado na França por "associação com criminosos com vistas de planejar um atentado terrorista", Hicheur foi afastado pela direção da UFRJ na semana passada, após a repercussão alcançada pela notícia de sua presença na universidade —divulgada pela revista "Época". Nesta manhã, dez alunos compareceram a aula de Física Experimental 2 e, logo na chegada, foram orientados pela professora substituta a não dar declarações para a imprensa sobre o trabalho de Hicheur na instituição. Ela disse aos alunos de Hicheur no momento "não pode aparecer" e alertou que seria importante não comentar o caso para evitar a exposição pública do professor. Um dos alunos presentes na classe, que pediu para não ser identificado, disse à Folha que os profissionais do Departamento de Física estão empenhados em evitar a repercussão do caso. Ele acrescentou que houve reiterados pedidos por parte dos docentes para que os alunos não fizessem comentários sobre o professor. Hicheur foi descrito por outro estudante como um profissional exigente e rígido, que não dava abertura aos alunos para conversas informais. O mesmo aluno o avaliou como um excelente professor. Um grupo de alunos criou um abaixo-assinado on-line a favor da presença de Hicheur no Brasil. Com 120 assinaturas até o momento, o documento deve ser encaminhado ao reitor da UFRJ e ao ministro da Educação. A professora que substituiu Hicheur na aula desta segunda classificou como uma perda para a universidade a saída do professor. CASO HICHEUR O físico foi preso em 2009 por trocar e-mails que mencionavam atentados terroristas. Hicheur foi condenado em 2012 a cinco anos de prisão, que incluíam o tempo já passado na cadeia. Poucos meses após a condenação, porém, teve a pena reduzida e foi libertado —seu advogado, Patrick Baudouin, afirmou à Folha que o veredicto contrário a seu cliente teria, a seu ver, a função exclusiva de avalizar os anos de detenção. A Justiça francesa o condenou com base em mensagens eletrônicas trocadas com supostos integrantes da rede terrorista Al Qaeda na Argélia. Em 11 de janeiro, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse que Hicheur não deveria ter entrado no Brasil. "É lógico que (Hicheur) deveria ter sido bloqueado. Uma pessoa que foi condenada por prática de terrorismo não nos interessa para ser professor no Brasil. Não temos nenhum interesse neste tipo de pessoa", afirmou Mercadante.
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Professor condenado por ligação com terror é substituído em aulas da UFRJA aula de física das 8h na sala 423 do Instituto de Física na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) teve um novo professor nesta segunda-feira. Adléne Hicheur, titular neste horário, foi substituído por outra profissional escalada pela instituição. Condenado na França por "associação com criminosos com vistas de planejar um atentado terrorista", Hicheur foi afastado pela direção da UFRJ na semana passada, após a repercussão alcançada pela notícia de sua presença na universidade —divulgada pela revista "Época". Nesta manhã, dez alunos compareceram a aula de Física Experimental 2 e, logo na chegada, foram orientados pela professora substituta a não dar declarações para a imprensa sobre o trabalho de Hicheur na instituição. Ela disse aos alunos de Hicheur no momento "não pode aparecer" e alertou que seria importante não comentar o caso para evitar a exposição pública do professor. Um dos alunos presentes na classe, que pediu para não ser identificado, disse à Folha que os profissionais do Departamento de Física estão empenhados em evitar a repercussão do caso. Ele acrescentou que houve reiterados pedidos por parte dos docentes para que os alunos não fizessem comentários sobre o professor. Hicheur foi descrito por outro estudante como um profissional exigente e rígido, que não dava abertura aos alunos para conversas informais. O mesmo aluno o avaliou como um excelente professor. Um grupo de alunos criou um abaixo-assinado on-line a favor da presença de Hicheur no Brasil. Com 120 assinaturas até o momento, o documento deve ser encaminhado ao reitor da UFRJ e ao ministro da Educação. A professora que substituiu Hicheur na aula desta segunda classificou como uma perda para a universidade a saída do professor. CASO HICHEUR O físico foi preso em 2009 por trocar e-mails que mencionavam atentados terroristas. Hicheur foi condenado em 2012 a cinco anos de prisão, que incluíam o tempo já passado na cadeia. Poucos meses após a condenação, porém, teve a pena reduzida e foi libertado —seu advogado, Patrick Baudouin, afirmou à Folha que o veredicto contrário a seu cliente teria, a seu ver, a função exclusiva de avalizar os anos de detenção. A Justiça francesa o condenou com base em mensagens eletrônicas trocadas com supostos integrantes da rede terrorista Al Qaeda na Argélia. Em 11 de janeiro, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse que Hicheur não deveria ter entrado no Brasil. "É lógico que (Hicheur) deveria ter sido bloqueado. Uma pessoa que foi condenada por prática de terrorismo não nos interessa para ser professor no Brasil. Não temos nenhum interesse neste tipo de pessoa", afirmou Mercadante.
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Federação de vela pede teste diário de água da baía de Guanabara
O chefe de competição da Isaf (Federação Internacional de Vela), Alastair Fox, afirmou nesta sexta-feira (14) que pediu teste de qualidade diário durante o evento-teste da Olimpíada da competição de vela. O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, afirmou que a pasta tem uma rotina semanal, com testes toda quinta-feira. O governo estadual, junto com o comitê organizador, fez uma reunião com os chefes de equipe das principais equipes para detalhar a qualidade da água da baía. A qualidade da água é alvo de questionamento desde a escolha do Rio como sede da Olimpíada. No mês passado, reportagem da AP (Associated Press) mostrou que os níveis de vírus presentes nos locais de competição da baía eram altos. O COI (Comitê Olímpico Internacional) afirmou que as águas nas raias de competição são seguras. A presidente da comissão de coordenação do COI para os Jogos de 2016, a marroquina Nawal El Moutawakel, prometeu mergulhar na baía na Olimpíada. "Ficou muito claro [na apresentação] que todas as partes querem ser transparentes. Os times estão pedindo isso. Pedimos mais coleta de informações [sobre a qualidade da água], com coleta diária nas raias da baía", disse Fox. O representante da Isaf afirmou que o evento-teste é o momento ideal "para cometer erros". "Assim, podemos identificá-los e corrigi-los". Os ecobarcos que "varrem" o espelho d'água –e evitar prejuízo da competição– contam com o apoio de helicópteros, de onde agentes apontam eventuais locais com sujeiras. Três atletas que participaram da coletiva afirmaram que, ao longo dos dois anos de treinamento na baía, nunca ficaram doentes. Eles reconheceram que a água não é a melhor, mas que é possível competir na baía. "Temos muitos lugares piores e melhores do que o Rio. Em Pequim, houve dias que não podíamos sequer treinar por causa das algas. A poluição é um problema que acontece em todo mundo e que temos que lutar para melhorar", disse o francês Jonathon Lobert, medalhista de bronze em Londres-12 na classe Finn.
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Federação de vela pede teste diário de água da baía de GuanabaraO chefe de competição da Isaf (Federação Internacional de Vela), Alastair Fox, afirmou nesta sexta-feira (14) que pediu teste de qualidade diário durante o evento-teste da Olimpíada da competição de vela. O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, afirmou que a pasta tem uma rotina semanal, com testes toda quinta-feira. O governo estadual, junto com o comitê organizador, fez uma reunião com os chefes de equipe das principais equipes para detalhar a qualidade da água da baía. A qualidade da água é alvo de questionamento desde a escolha do Rio como sede da Olimpíada. No mês passado, reportagem da AP (Associated Press) mostrou que os níveis de vírus presentes nos locais de competição da baía eram altos. O COI (Comitê Olímpico Internacional) afirmou que as águas nas raias de competição são seguras. A presidente da comissão de coordenação do COI para os Jogos de 2016, a marroquina Nawal El Moutawakel, prometeu mergulhar na baía na Olimpíada. "Ficou muito claro [na apresentação] que todas as partes querem ser transparentes. Os times estão pedindo isso. Pedimos mais coleta de informações [sobre a qualidade da água], com coleta diária nas raias da baía", disse Fox. O representante da Isaf afirmou que o evento-teste é o momento ideal "para cometer erros". "Assim, podemos identificá-los e corrigi-los". Os ecobarcos que "varrem" o espelho d'água –e evitar prejuízo da competição– contam com o apoio de helicópteros, de onde agentes apontam eventuais locais com sujeiras. Três atletas que participaram da coletiva afirmaram que, ao longo dos dois anos de treinamento na baía, nunca ficaram doentes. Eles reconheceram que a água não é a melhor, mas que é possível competir na baía. "Temos muitos lugares piores e melhores do que o Rio. Em Pequim, houve dias que não podíamos sequer treinar por causa das algas. A poluição é um problema que acontece em todo mundo e que temos que lutar para melhorar", disse o francês Jonathon Lobert, medalhista de bronze em Londres-12 na classe Finn.
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Retratos da pindaíba
Tantas são as notícias de escândalos e mumunhas políticas que até o tão dramático ajuste fiscal tem andado meio esquecido. O assunto continua dramático, porém. No primeiro quarto do ano, a arrecadação federal caiu 2%, já descontada a inflação. Não é pouco. Extrapolando o resultado do trimestre para o ano inteiro, daria pouco mais de 0,4% do PIB. Recorde-se que o governo federal pretende deixar de gastar 1% do PIB, afora as despesas com juros, que serão outra vez especialmente horrorosas neste ano. Note-se ainda que algum dinheiro dos aumentos de impostos deste ano já começou a pingar (IOF e Cide, que no entanto decepcionaram, devido à lerdeza econômica). Além do desvio de atenção provocado pelo noticiário deprimente de sensacional, essa conversa do ajuste anda meio esquecida porque as raras pessoas que se ocupam rotineiramente do assunto também estão meio deixando como está para ver como é que fica, antes de dizer se a coisa desanda. Primeiro, porque ainda ninguém sabe como vai ser a programação financeira do governo, que está para sair, em maio. Segundo, porque o governo ainda não fechou as contas do primeiro trimestre. Terceiro, porque o pacote de arrocho, de corte de gastos e aumento de receitas, ainda deve começar a tramitar no Congresso, talvez nesta semana. Quarto, muita gente acredita que Joaquim Levy vai cortar o que for preciso, mesmo a machadadas, não importa o tamanho da receita de impostos ou de que tamanho o pacote fiscal vá sair do Congresso. Se for preciso, vai cortar até os lenços em que outros ministros enxugariam as lágrimas do choro que virá, nos próximos dias, quando virem o talho nos seus orçamentos. No entanto, muita gente boa do ramo estima que Levy não vai conseguir entregar um superavit primário de 1% do PIB. Feitas as contas mês a mês, um otimista pode dizer que a arrecadação do governo está despiorando, que o resultado horroroso de janeiro contaminou o trimestre, tendo havido aumentou real de receita em fevereiro e março (quase 0,5%, ante o mesmo mês do ano anterior). Mas estamos ainda apenas no outono da recessão. O inverno ainda virá. Considere-se o caso da arrecadação da Previdência, que tem levado tombos feios, mês a mês deste ano, quedas de 2% a 4%. Isso ainda é resultado de desoneração (baixa de contribuição previdenciária das empresas). Mas deve ser também desemprego e informalização do trabalho (o saldo de empregos formais está no vermelho pela primeira vez em cerca de 15 anos). Infelizmente, ainda haverá mais desemprego. Do lado da despesa, convém esperar ao menos pelos resultados de março. Mas a gente fica a se perguntar se o economistas de Dilma 2 vão continuar a regularizar a pendura dos economistas de Dilma 1, pedaladas e restos a pagar em geral, atitude correta que no entanto vai fazer com que as contas pareçam ainda mais esburacadas, mesmo que o presente governo seja mão fechada. Dados os bafafás jurídico e político causados pelas pedaladas e esqueletos deixados por Dilma 1, talvez Dilma 2 se sinta mais inclinado a apresentar contas mais limpinhas. Melhor assim, mas o balanço no curto prazo vai parecer mais feio.
colunas
Retratos da pindaíbaTantas são as notícias de escândalos e mumunhas políticas que até o tão dramático ajuste fiscal tem andado meio esquecido. O assunto continua dramático, porém. No primeiro quarto do ano, a arrecadação federal caiu 2%, já descontada a inflação. Não é pouco. Extrapolando o resultado do trimestre para o ano inteiro, daria pouco mais de 0,4% do PIB. Recorde-se que o governo federal pretende deixar de gastar 1% do PIB, afora as despesas com juros, que serão outra vez especialmente horrorosas neste ano. Note-se ainda que algum dinheiro dos aumentos de impostos deste ano já começou a pingar (IOF e Cide, que no entanto decepcionaram, devido à lerdeza econômica). Além do desvio de atenção provocado pelo noticiário deprimente de sensacional, essa conversa do ajuste anda meio esquecida porque as raras pessoas que se ocupam rotineiramente do assunto também estão meio deixando como está para ver como é que fica, antes de dizer se a coisa desanda. Primeiro, porque ainda ninguém sabe como vai ser a programação financeira do governo, que está para sair, em maio. Segundo, porque o governo ainda não fechou as contas do primeiro trimestre. Terceiro, porque o pacote de arrocho, de corte de gastos e aumento de receitas, ainda deve começar a tramitar no Congresso, talvez nesta semana. Quarto, muita gente acredita que Joaquim Levy vai cortar o que for preciso, mesmo a machadadas, não importa o tamanho da receita de impostos ou de que tamanho o pacote fiscal vá sair do Congresso. Se for preciso, vai cortar até os lenços em que outros ministros enxugariam as lágrimas do choro que virá, nos próximos dias, quando virem o talho nos seus orçamentos. No entanto, muita gente boa do ramo estima que Levy não vai conseguir entregar um superavit primário de 1% do PIB. Feitas as contas mês a mês, um otimista pode dizer que a arrecadação do governo está despiorando, que o resultado horroroso de janeiro contaminou o trimestre, tendo havido aumentou real de receita em fevereiro e março (quase 0,5%, ante o mesmo mês do ano anterior). Mas estamos ainda apenas no outono da recessão. O inverno ainda virá. Considere-se o caso da arrecadação da Previdência, que tem levado tombos feios, mês a mês deste ano, quedas de 2% a 4%. Isso ainda é resultado de desoneração (baixa de contribuição previdenciária das empresas). Mas deve ser também desemprego e informalização do trabalho (o saldo de empregos formais está no vermelho pela primeira vez em cerca de 15 anos). Infelizmente, ainda haverá mais desemprego. Do lado da despesa, convém esperar ao menos pelos resultados de março. Mas a gente fica a se perguntar se o economistas de Dilma 2 vão continuar a regularizar a pendura dos economistas de Dilma 1, pedaladas e restos a pagar em geral, atitude correta que no entanto vai fazer com que as contas pareçam ainda mais esburacadas, mesmo que o presente governo seja mão fechada. Dados os bafafás jurídico e político causados pelas pedaladas e esqueletos deixados por Dilma 1, talvez Dilma 2 se sinta mais inclinado a apresentar contas mais limpinhas. Melhor assim, mas o balanço no curto prazo vai parecer mais feio.
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Rildo interessa e pode assinar com o Corinthians nesta segunda
Treinando separado do grupo principal da Ponte Preta, o atacante Rildo, 26, deve assinar com o Corinthians até o final do ano, nesta segunda-feira (22). A negociação avançou neste fim de semana, depois de ter esfriado. Isso porque Rildo tinha vínculo com a Ponte Preta até o final deste ano e, temendo perdê-lo de graça, a Ponte Preta só aceitava vendê-lo –a multa rescisória é de cerca de R$ 9 milhões. Mas um grupo de investidores comprou metade dos direitos dele e, assim, Rildo estendeu o vínculo com a Ponte Preta até o final da próxima temporada. Por isso o empréstimo é aceito. A concretização do acordo dependerá do Corinthians. Nesta segunda (22), o jogador deve fazer exames médicos, mas já tem o aval da comissão técnica corintiana. Reforçar o ataque é uma das preocupações do time após perder os atacantes Paolo Guerrero e Emerson por fim de contrato. Hoje, o setor conta com Vágner Love, Malcom, Luciano e Mendoza. Rildo já passou pelo Santos e tem como marca principal a velocidade. Na Ponte Preta, não foi aproveitado pelo técnico Guto Ferreira e já disse que deseja trocar de clube.
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Rildo interessa e pode assinar com o Corinthians nesta segundaTreinando separado do grupo principal da Ponte Preta, o atacante Rildo, 26, deve assinar com o Corinthians até o final do ano, nesta segunda-feira (22). A negociação avançou neste fim de semana, depois de ter esfriado. Isso porque Rildo tinha vínculo com a Ponte Preta até o final deste ano e, temendo perdê-lo de graça, a Ponte Preta só aceitava vendê-lo –a multa rescisória é de cerca de R$ 9 milhões. Mas um grupo de investidores comprou metade dos direitos dele e, assim, Rildo estendeu o vínculo com a Ponte Preta até o final da próxima temporada. Por isso o empréstimo é aceito. A concretização do acordo dependerá do Corinthians. Nesta segunda (22), o jogador deve fazer exames médicos, mas já tem o aval da comissão técnica corintiana. Reforçar o ataque é uma das preocupações do time após perder os atacantes Paolo Guerrero e Emerson por fim de contrato. Hoje, o setor conta com Vágner Love, Malcom, Luciano e Mendoza. Rildo já passou pelo Santos e tem como marca principal a velocidade. Na Ponte Preta, não foi aproveitado pelo técnico Guto Ferreira e já disse que deseja trocar de clube.
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Exercícios e emagrecimento
Emagrecer às custas de exercícios sem reduzir as calorias ingeridas é tarefa inglória. Passar horas na academia não é passe livre para comer à vontade, como reconhecem os que lutam contra a balança. Há muito, os estudiosos defendem a teoria de que nossos ancestrais das cavernas queimavam mais calorias do que os cidadãos das metrópoles de hoje. A diminuição do gasto energético diário, inerente à vida sedentária, explicaria a epidemia de obesidade que assola boa parte do mundo. Graças ao desenvolvimento de um método conhecido como "água duplamente marcada", esse paradigma tem sido questionado. O método consiste em administrar determinado volume de água enriquecida com isótopos de hidrogênio e oxigênio, coletar amostras de urina e encaminhá-las ao laboratório para calcular com precisão as calorias gastas diariamente. O antropólogo americano Herman Pontzer publicou vários artigos sobre o tema, sintetizados no "Scientific American" de fevereiro deste ano. Ele estudou uma das últimas populações de caçadores-coletores que sobreviveram: os hazdas, habitantes das savanas do norte da Tanzânia. A vida entre os hazdas não é propriamente um mar de rosas. Os homens percorrem quilômetros e quilômetros à caça de animais e a procura de mel para alimentar a comunidade, enquanto as mulheres saem em grupos para desenterrar tubérculos e colher vegetais e frutos selvagens. Fica por conta das crianças buscar água em poços geralmente distantes. Depois de uma temporada entre os hazdas, Pontzer retornou ao Baylor College of Medicine com as amostras de urina. Os testes revelaram que os homens queimam em média 2.600 calorias por dia, enquanto as mulheres, 1.900 calorias. Foi uma enorme surpresa: esses números não diferem significativamente do gasto energético diário de mulheres e homens europeus ou americanos, gente que ganha a vida sentada em escritórios com ar-condicionado. Resultados semelhantes tinham sido obtidos em pequenos estudos realizados em populações tradicionais da Guatemala, da Gâmbia e da Bolívia. Em 2008, por exemplo, foi feita uma comparação entre os gastos energéticos de mulheres nigerianas da zona rural e os de afro-americanas residentes em Chicago. Apesar do desnível na intensidade da atividade física entre os dois grupos, o número de calorias gastas diariamente foi muito semelhante. Uma metanálise de 98 estudos conduzidos em diversas partes do mundo concluiu que o gasto energético diário nos países mais ricos não é diferente daquele encontrado em populações obrigadas a despender energia em atividades essenciais à sobrevivência. Como o corpo humano consegue manter o total de gasto energético diário sob controle, mesmo quando a prática de exercícios é de grande intensidade? É possível que aqueles mais ativos economizem energia em outros momentos, graças a modificações sutis de comportamento: sentando em vez de permanecer em pé, movimentando-se menos, dormindo mais profundamente. Essas adaptações comportamentais, no entanto, são incapazes de explicar a constância do gasto energético em populações com hábitos tão díspares. É mais provável que o organismo abra espaço para as exigências energéticas da atividade física, reduzindo as calorias consumidas em excesso pelos processos metabólicos responsáveis por algumas funções celulares. Por exemplo, diminuindo a atividade inflamatória excessiva e a produção de hormônios e mediadores químicos inúteis ou nefastos ao organismo. Se o gasto energético diário não variou significativamente no curso da evolução de nossa espécie, como explicar que nossos antepassados fossem magros, enquanto nos tornamos cada vez mais obesos? A resposta é óbvia: comemos acima de nossas necessidades. Quando se trata de perder ou ganhar peso, dieta e atividade física são consideradas complementares. A razão decisiva para praticar exercícios não deve ser o emagrecimento, mas os inúmeros benefícios que eles trazem ao coração, ao sistema imunológico, às cartilagens e ao esqueleto, às funções cognitivas e ao funcionamento do aparelho digestivo e de outros órgãos. E, acima de tudo, porque deixar o corpo parado faz mal à saúde.
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Exercícios e emagrecimentoEmagrecer às custas de exercícios sem reduzir as calorias ingeridas é tarefa inglória. Passar horas na academia não é passe livre para comer à vontade, como reconhecem os que lutam contra a balança. Há muito, os estudiosos defendem a teoria de que nossos ancestrais das cavernas queimavam mais calorias do que os cidadãos das metrópoles de hoje. A diminuição do gasto energético diário, inerente à vida sedentária, explicaria a epidemia de obesidade que assola boa parte do mundo. Graças ao desenvolvimento de um método conhecido como "água duplamente marcada", esse paradigma tem sido questionado. O método consiste em administrar determinado volume de água enriquecida com isótopos de hidrogênio e oxigênio, coletar amostras de urina e encaminhá-las ao laboratório para calcular com precisão as calorias gastas diariamente. O antropólogo americano Herman Pontzer publicou vários artigos sobre o tema, sintetizados no "Scientific American" de fevereiro deste ano. Ele estudou uma das últimas populações de caçadores-coletores que sobreviveram: os hazdas, habitantes das savanas do norte da Tanzânia. A vida entre os hazdas não é propriamente um mar de rosas. Os homens percorrem quilômetros e quilômetros à caça de animais e a procura de mel para alimentar a comunidade, enquanto as mulheres saem em grupos para desenterrar tubérculos e colher vegetais e frutos selvagens. Fica por conta das crianças buscar água em poços geralmente distantes. Depois de uma temporada entre os hazdas, Pontzer retornou ao Baylor College of Medicine com as amostras de urina. Os testes revelaram que os homens queimam em média 2.600 calorias por dia, enquanto as mulheres, 1.900 calorias. Foi uma enorme surpresa: esses números não diferem significativamente do gasto energético diário de mulheres e homens europeus ou americanos, gente que ganha a vida sentada em escritórios com ar-condicionado. Resultados semelhantes tinham sido obtidos em pequenos estudos realizados em populações tradicionais da Guatemala, da Gâmbia e da Bolívia. Em 2008, por exemplo, foi feita uma comparação entre os gastos energéticos de mulheres nigerianas da zona rural e os de afro-americanas residentes em Chicago. Apesar do desnível na intensidade da atividade física entre os dois grupos, o número de calorias gastas diariamente foi muito semelhante. Uma metanálise de 98 estudos conduzidos em diversas partes do mundo concluiu que o gasto energético diário nos países mais ricos não é diferente daquele encontrado em populações obrigadas a despender energia em atividades essenciais à sobrevivência. Como o corpo humano consegue manter o total de gasto energético diário sob controle, mesmo quando a prática de exercícios é de grande intensidade? É possível que aqueles mais ativos economizem energia em outros momentos, graças a modificações sutis de comportamento: sentando em vez de permanecer em pé, movimentando-se menos, dormindo mais profundamente. Essas adaptações comportamentais, no entanto, são incapazes de explicar a constância do gasto energético em populações com hábitos tão díspares. É mais provável que o organismo abra espaço para as exigências energéticas da atividade física, reduzindo as calorias consumidas em excesso pelos processos metabólicos responsáveis por algumas funções celulares. Por exemplo, diminuindo a atividade inflamatória excessiva e a produção de hormônios e mediadores químicos inúteis ou nefastos ao organismo. Se o gasto energético diário não variou significativamente no curso da evolução de nossa espécie, como explicar que nossos antepassados fossem magros, enquanto nos tornamos cada vez mais obesos? A resposta é óbvia: comemos acima de nossas necessidades. Quando se trata de perder ou ganhar peso, dieta e atividade física são consideradas complementares. A razão decisiva para praticar exercícios não deve ser o emagrecimento, mas os inúmeros benefícios que eles trazem ao coração, ao sistema imunológico, às cartilagens e ao esqueleto, às funções cognitivas e ao funcionamento do aparelho digestivo e de outros órgãos. E, acima de tudo, porque deixar o corpo parado faz mal à saúde.
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Após uma semana internado, sambista Arlindo Cruz acorda
O sambista Arlindo Cruz, que sofreu um AVC na última sexta-feira (17) e está internado na Casa de Saúde São José, acordou, de acordo com a rede social do seu filho, Arlindo Neto (Arlindinho). Ele informou através do Facebook, nesta quinta-feira (23), que seu pai acordou. "Arlindão acordou, e minha mãe pediu pra ele abrir a boca e ele malandramente obedeceu a sua esposa, obrigado por mais essa benção senhor. #forçaarlindocruz", escreveu. Post do filho do sambista, Arlindo Neto Ao sofrer um AVC hemorrágico, na sexta feira (17), o cantor foi submetido a uma cirurgia para a instalação de um cateter cerebral com o objetivo de monitorar a sua pressão intracraniana. O procedimento foi realizado com sucesso, segundo o hospital. Socorrido no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, o cantor foi transferido para a Casa de Saúde São José. Seu perfil oficial no Twitter postou a hashtag #ForçaArlindoCruz logo após a notícia sobre a internação se espalhar. O artista tem viajado o país ao lado do filho, no projeto "Pagode 2 Arlindos", em que eles se apresentam juntos. Frequentador da roda de samba histórica do Cacique de Ramos, com artistas como Zeca Pagodinho e Beth Carvalho, ele passou a fazer parte do histórico grupo Fundo de Quintal após a saída de Jorge Aragão, onde tocou por 12 anos. Como compositor, tem centenas de sambas gravados por diversos artistas e é conhecido por suas habilidades com o banjo. Ele também já foi o compositor vitorioso de sambas-enredo em diversas escolas de samba, como o Império Serrano, a Grande Rio e a Vila Isabel.
ilustrada
Após uma semana internado, sambista Arlindo Cruz acordaO sambista Arlindo Cruz, que sofreu um AVC na última sexta-feira (17) e está internado na Casa de Saúde São José, acordou, de acordo com a rede social do seu filho, Arlindo Neto (Arlindinho). Ele informou através do Facebook, nesta quinta-feira (23), que seu pai acordou. "Arlindão acordou, e minha mãe pediu pra ele abrir a boca e ele malandramente obedeceu a sua esposa, obrigado por mais essa benção senhor. #forçaarlindocruz", escreveu. Post do filho do sambista, Arlindo Neto Ao sofrer um AVC hemorrágico, na sexta feira (17), o cantor foi submetido a uma cirurgia para a instalação de um cateter cerebral com o objetivo de monitorar a sua pressão intracraniana. O procedimento foi realizado com sucesso, segundo o hospital. Socorrido no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, o cantor foi transferido para a Casa de Saúde São José. Seu perfil oficial no Twitter postou a hashtag #ForçaArlindoCruz logo após a notícia sobre a internação se espalhar. O artista tem viajado o país ao lado do filho, no projeto "Pagode 2 Arlindos", em que eles se apresentam juntos. Frequentador da roda de samba histórica do Cacique de Ramos, com artistas como Zeca Pagodinho e Beth Carvalho, ele passou a fazer parte do histórico grupo Fundo de Quintal após a saída de Jorge Aragão, onde tocou por 12 anos. Como compositor, tem centenas de sambas gravados por diversos artistas e é conhecido por suas habilidades com o banjo. Ele também já foi o compositor vitorioso de sambas-enredo em diversas escolas de samba, como o Império Serrano, a Grande Rio e a Vila Isabel.
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Deslocamento de placas tectônicas 'carrega' Austrália para o norte
Sabe aquele mapa da Austrália que você tem? Está errado. E o país inteiro vai mudar oficialmente de lugar para corrigir o erro. O problema é causado pela tectônica de placas, o deslocamento de grandes placas da superfície da Terra. A Austrália, por acaso, fica sobre uma das placas que se movimenta mais rapidamente, e, pelos padrões geológicos, está quase voando: ela se desloca 6,85 centímetros para o norte a cada ano, com uma ligeira rotação em sentido horário, também. As pessoas em terra podem não se dar conta disso, mas o GPS (Sistema de Posicionamento Global, na sigla em inglês), sim. Por isso a Austrália precisa ajustar suas longitudes e latitudes, para que estejam de acordo com as coordenadas dadas pelo GPS. A Austrália modificou as coordenadas oficiais de tudo no país quatro vezes nos últimos 50 anos, para torná-las mais precisas, incluindo correções para compensar por outras fontes de erro além do deslocamento continental. O último ajuste, em 1994, foi extraordinário: cerca de 200 metros, o suficiente para dar ao entregador de suas compras um álibi por ter tocado a campainha de seu vizinho, em vez da sua. "Você pode pensar 'ei, cadê minha pizza?'", comentou Dan Jaksa, da Geoscience Australia, a agência governamental preocupada com as coordenadas. Mas ele explicou que há algo maior em jogo: sistemas de transporte inteligentes que dependem de precisão maior serão lançadas com a próxima geração de tecnologia de GPS. PRÓXIMA GERAÇÃO O próximo ajuste na posição da Austrália, previsto para o final do ano, será de cerca de 1,5 metro. É uma discrepância que não chega a ser suficiente para perturbar os sistemas de navegação por satélite voltados ao consumidor, que geralmente funcionam com margem de precisão entre 4,5 metros e 9 metros. Mas a próxima geração de aparelhos de GPS, que vai usar tanto satélites quanto estações em terra, terá precisão de centímetros ou menos, e novas tecnologias que dependem de localização precisa serão importantes para o futuro da Austrália. A empresa de mineração Rio Tinto já tem 71 imensos caminhões de minério de ferro que se deslocam entre as minas da região remota de Pilbara, no Estado da Austrália Ocidental, e são guiados remotamente a partir de um escritório em Perth, a 1.500 km de distância. Os pilotos que patrulham o rancho de gado de Anna Creek, no Estado da Austrália do Sul, precisam localizar pequenos poços perfurados no meio dos 23 mil quilômetros quadrados de pasto seco do rancho, uma superfície maior que a de Israel, onde pequenos erros podem resultar em grandes equívocos. "Quando contratamos um piloto novo, ele depende do GPS até aprender a identificar os pontos de referência", explicou o administrador do rancho, Norm Sims. E isso sem falar em carros que andam sem motorista. "Um erro de 1,5 metro pode significar que você está na pista errada", disse Jaksa. Tradução de CLARA ALLAIN
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Deslocamento de placas tectônicas 'carrega' Austrália para o norteSabe aquele mapa da Austrália que você tem? Está errado. E o país inteiro vai mudar oficialmente de lugar para corrigir o erro. O problema é causado pela tectônica de placas, o deslocamento de grandes placas da superfície da Terra. A Austrália, por acaso, fica sobre uma das placas que se movimenta mais rapidamente, e, pelos padrões geológicos, está quase voando: ela se desloca 6,85 centímetros para o norte a cada ano, com uma ligeira rotação em sentido horário, também. As pessoas em terra podem não se dar conta disso, mas o GPS (Sistema de Posicionamento Global, na sigla em inglês), sim. Por isso a Austrália precisa ajustar suas longitudes e latitudes, para que estejam de acordo com as coordenadas dadas pelo GPS. A Austrália modificou as coordenadas oficiais de tudo no país quatro vezes nos últimos 50 anos, para torná-las mais precisas, incluindo correções para compensar por outras fontes de erro além do deslocamento continental. O último ajuste, em 1994, foi extraordinário: cerca de 200 metros, o suficiente para dar ao entregador de suas compras um álibi por ter tocado a campainha de seu vizinho, em vez da sua. "Você pode pensar 'ei, cadê minha pizza?'", comentou Dan Jaksa, da Geoscience Australia, a agência governamental preocupada com as coordenadas. Mas ele explicou que há algo maior em jogo: sistemas de transporte inteligentes que dependem de precisão maior serão lançadas com a próxima geração de tecnologia de GPS. PRÓXIMA GERAÇÃO O próximo ajuste na posição da Austrália, previsto para o final do ano, será de cerca de 1,5 metro. É uma discrepância que não chega a ser suficiente para perturbar os sistemas de navegação por satélite voltados ao consumidor, que geralmente funcionam com margem de precisão entre 4,5 metros e 9 metros. Mas a próxima geração de aparelhos de GPS, que vai usar tanto satélites quanto estações em terra, terá precisão de centímetros ou menos, e novas tecnologias que dependem de localização precisa serão importantes para o futuro da Austrália. A empresa de mineração Rio Tinto já tem 71 imensos caminhões de minério de ferro que se deslocam entre as minas da região remota de Pilbara, no Estado da Austrália Ocidental, e são guiados remotamente a partir de um escritório em Perth, a 1.500 km de distância. Os pilotos que patrulham o rancho de gado de Anna Creek, no Estado da Austrália do Sul, precisam localizar pequenos poços perfurados no meio dos 23 mil quilômetros quadrados de pasto seco do rancho, uma superfície maior que a de Israel, onde pequenos erros podem resultar em grandes equívocos. "Quando contratamos um piloto novo, ele depende do GPS até aprender a identificar os pontos de referência", explicou o administrador do rancho, Norm Sims. E isso sem falar em carros que andam sem motorista. "Um erro de 1,5 metro pode significar que você está na pista errada", disse Jaksa. Tradução de CLARA ALLAIN
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Vídeo mostra perseguição da GCM antes de tiro que matou menino em SP
Um vídeo obtido com exclusividade pela Folha mostra uma cena da perseguição de carro da GCM (Guarda Civil Metropolitana) ao veículo em que estava o menino Waldik, 11, que foi morto por disparos da guarda na noite de sábado (25), em São Paulo.O vídeo foi feito na rua Inácio Monteiro, a cerca de 2 kms do local em que o carro acabou parando. Nas imagens, gravadas por câmera de segurança às 21h59, é possível ver a hora em que o trânsito na rua para, no sentido da casa de Waldik e dos demais ocupantes do carro. O motorista entra na contramão e é seguido de perto por um carro da GCM. Em fuga, o carro chega a frear para ultrapassar uma lombada.Leia a reportagem
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Vídeo mostra perseguição da GCM antes de tiro que matou menino em SPUm vídeo obtido com exclusividade pela Folha mostra uma cena da perseguição de carro da GCM (Guarda Civil Metropolitana) ao veículo em que estava o menino Waldik, 11, que foi morto por disparos da guarda na noite de sábado (25), em São Paulo.O vídeo foi feito na rua Inácio Monteiro, a cerca de 2 kms do local em que o carro acabou parando. Nas imagens, gravadas por câmera de segurança às 21h59, é possível ver a hora em que o trânsito na rua para, no sentido da casa de Waldik e dos demais ocupantes do carro. O motorista entra na contramão e é seguido de perto por um carro da GCM. Em fuga, o carro chega a frear para ultrapassar uma lombada.Leia a reportagem
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Cuidar das delações
Para sorte de todos os brasileiros que desejam um país melhor, a Operação Lava Jato alterou o paradigma de combate à corrupção. Com o apoio da teoria dos jogos, embutida no sistema de delações premiadas, procuradores têm conseguindo revelar os meandros dos esquemas de propina. De forma inédita, condenam-se dirigentes de grandes empreiteiras, enquanto políticos de alta patente se tornam alvo de investigações. Como seria de esperar, forças poderosas mostram-se dispostas a pôr freio nas operações. Atuam tanto nas sombras -onde, ao que parece, têm fracassado- quanto à luz do dia, por meio de projetos destinados a modificar as leis em vigor. Se transações escusas merecem apenas a firme repulsa da sociedade, as iniciativas legislativas por vezes suscitam debates oportunos. Discutem-se, em resumo, três pontos: fixar prazo de 45 dias para o delator apresentar provas documentais; proibir colaboração de quem estiver preso; revogar o segredo de justiça (ou até anular) de delações que vazem para a imprensa. Não se ignora que o sistema de colaboração premiada dá margem a abusos, e os dois primeiros aspectos tocam em questões sensíveis. É preciso cuidar para que os delatores não relatem à Justiça meras fofocas ou, pior, exercícios de imaginação interessada. Exigir que os depoimentos se façam acompanhar de elementos concretos é mais que necessário. Ocorre que nem tudo comporta provas documentais. Se o réu não entregar indícios materiais, mas apontar o caminho para que os investigadores os obtenham, terá feito contribuição relevante. Regras muito rígidas poderiam inviabilizar apurações promissoras. Quanto à sugestão de proibir delação de presos, trata-se de remédio que só à primeira vista parece adequado. Sabe-se que a Justiça brasileira abusa das detenções cautelares, o que torna ponderável a suspeita de que alguns procuradores se valham do encarceramento processual para forçar a colaboração de investigados. Ocorre que a delação é antes de tudo arma da defesa. Os indivíduos mais comprometidos com os esquemas escolhem contar tudo o que sabem em troca de uma redução de pena. Negar-lhes essa possibilidade equivale a privá-los de um direito -e, como desdobramento, significa manietar a apuração. Sobre depoimentos "vazados" há pouco a dizer, pois a proposta carece de sentido. A publicação do conteúdo de uma delação não compromete sua qualidade, não havendo motivo para alterar seu status jurídico -se há prejuízo, aliás, é para a investigação, que nesses casos perde o elemento surpresa. É fundamental zelar para que as delações premiadas não se convertam numa máquina de produzir denúncias irresponsáveis, mas desse esforço não pode resultar a mutilação de um mecanismo tão valioso no combate ao crime. editoriais@uol.com.br
opiniao
Cuidar das delaçõesPara sorte de todos os brasileiros que desejam um país melhor, a Operação Lava Jato alterou o paradigma de combate à corrupção. Com o apoio da teoria dos jogos, embutida no sistema de delações premiadas, procuradores têm conseguindo revelar os meandros dos esquemas de propina. De forma inédita, condenam-se dirigentes de grandes empreiteiras, enquanto políticos de alta patente se tornam alvo de investigações. Como seria de esperar, forças poderosas mostram-se dispostas a pôr freio nas operações. Atuam tanto nas sombras -onde, ao que parece, têm fracassado- quanto à luz do dia, por meio de projetos destinados a modificar as leis em vigor. Se transações escusas merecem apenas a firme repulsa da sociedade, as iniciativas legislativas por vezes suscitam debates oportunos. Discutem-se, em resumo, três pontos: fixar prazo de 45 dias para o delator apresentar provas documentais; proibir colaboração de quem estiver preso; revogar o segredo de justiça (ou até anular) de delações que vazem para a imprensa. Não se ignora que o sistema de colaboração premiada dá margem a abusos, e os dois primeiros aspectos tocam em questões sensíveis. É preciso cuidar para que os delatores não relatem à Justiça meras fofocas ou, pior, exercícios de imaginação interessada. Exigir que os depoimentos se façam acompanhar de elementos concretos é mais que necessário. Ocorre que nem tudo comporta provas documentais. Se o réu não entregar indícios materiais, mas apontar o caminho para que os investigadores os obtenham, terá feito contribuição relevante. Regras muito rígidas poderiam inviabilizar apurações promissoras. Quanto à sugestão de proibir delação de presos, trata-se de remédio que só à primeira vista parece adequado. Sabe-se que a Justiça brasileira abusa das detenções cautelares, o que torna ponderável a suspeita de que alguns procuradores se valham do encarceramento processual para forçar a colaboração de investigados. Ocorre que a delação é antes de tudo arma da defesa. Os indivíduos mais comprometidos com os esquemas escolhem contar tudo o que sabem em troca de uma redução de pena. Negar-lhes essa possibilidade equivale a privá-los de um direito -e, como desdobramento, significa manietar a apuração. Sobre depoimentos "vazados" há pouco a dizer, pois a proposta carece de sentido. A publicação do conteúdo de uma delação não compromete sua qualidade, não havendo motivo para alterar seu status jurídico -se há prejuízo, aliás, é para a investigação, que nesses casos perde o elemento surpresa. É fundamental zelar para que as delações premiadas não se convertam numa máquina de produzir denúncias irresponsáveis, mas desse esforço não pode resultar a mutilação de um mecanismo tão valioso no combate ao crime. editoriais@uol.com.br
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Corrupção na ditadura
Não são apenas civis, caro leitor, os envolvidos em corrupção. A democracia pode ser "o mais estúpido de todos os mitos", segundo Fernando Pessoa. Apesar disso, iguala tudo e todos, e por isso vale a pena. Recentemente, um almirante da reserva foi preso sob a acusação de ter recebido R$ 4,5 milhões em propina de empreiteiras, enquanto presidente da Eletronuclear. A importância dessa prisão vai além de sua dimensão ética. Por ser disseminada a ideia de que os militares deveriam voltar ao poder porque "no tempo da Revolução" (assim dizia quem estava a favor do golpe militar) não havia corrupção. Lenda. Pouco depois de 31 de março de 1964, o Brasil já conhecia sua primeira Comissão Geral de Investigações (CGI). Ainda não servia para combater a corrupção. Era apenas um instrumento para demitir servidores que tivessem vitaliciedade ou estabilidade e os que ficaram contra o golpe, nem seria preciso dizer. A segunda CGI, de 1968, entretanto, foi criada para promover o confisco dos bens adquiridos de maneira ilícita, no exercício de função pública. Por serem muitos casos, era necessário fazer algo. O enriquecimento ilícito é definido como "aquisição de bens, direitos ou valores [...] sem idoneidade financeira para fazê-lo [...] ou quando não houver comprovação de sua legitimidade". Essa segunda CGI tinha poderes para apurar quaisquer atos de corrupção –sem que se conheça hoje as investigações realizadas. No Recife, ficou famoso um general, diretor de banco do governo, que enriqueceu apostando com um empresário que seus empréstimos a juros simbólicos seriam liberados. A evidência de corrupção ampla no período não para por aí. No início de 1969, nascia a Oban (Operação Bandeirante), pensada para ser o braço clandestino dos órgãos de segurança e responsável por parte das torturas e desaparecimentos. O ato –informal– que celebrou sua criação deu-se em 1º de julho de 1969, contando inclusive com a presença de figuras das elites políticas, como Abreu Sodré e Paulo Maluf, e empresários de São Paulo. Tanto foi o sucesso do empreendimento (na versão das forças de segurança) que, em fevereiro de 1970, o major Waldyr Coelho, chefe de Coordenação de Execução da Central de Operações da Oban, sugeriu ao Comando do 2º Exército a criação de uma Oban específica contra a corrupção (ACE 16.645""70, Arquivo Nacional), mas não teve êxito. Naquele tempo, a ideia de combater a corrupção se limitava a punir só quem recebia dinheiro, sem atingir empreiteiros ou militares envolvidos. Talvez porque fossem velhos companheiros da ditadura. Hoje é diferente. Nossas prisões passaram a ser frequentadas por donos de empreiteiras e políticos. Corrupção, pois, havia, sim. E muita. Maquiavel dizia que "a história é cíclica". Marx completou: "A primeira vez como tragédia, a segunda como farsa". Agora, a história se revela, em seu cruel esplendor, como repetição do passado. Tragédia ou farsa, pouco importa. No fundo, a corrupção é um desvio da natureza humana praticado indistintamente por civis e militares. Só que, durante a ditadura militar, não se sabia dos submundos do poder porque havia censura. Hoje, felizmente, a liberdade nos permite saber. Essa é a diferença. JOSÉ PAULO CAVALCANTI FILHO, 67, advogado no Recife, integrou a Comissão Nacional da Verdade * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Corrupção na ditaduraNão são apenas civis, caro leitor, os envolvidos em corrupção. A democracia pode ser "o mais estúpido de todos os mitos", segundo Fernando Pessoa. Apesar disso, iguala tudo e todos, e por isso vale a pena. Recentemente, um almirante da reserva foi preso sob a acusação de ter recebido R$ 4,5 milhões em propina de empreiteiras, enquanto presidente da Eletronuclear. A importância dessa prisão vai além de sua dimensão ética. Por ser disseminada a ideia de que os militares deveriam voltar ao poder porque "no tempo da Revolução" (assim dizia quem estava a favor do golpe militar) não havia corrupção. Lenda. Pouco depois de 31 de março de 1964, o Brasil já conhecia sua primeira Comissão Geral de Investigações (CGI). Ainda não servia para combater a corrupção. Era apenas um instrumento para demitir servidores que tivessem vitaliciedade ou estabilidade e os que ficaram contra o golpe, nem seria preciso dizer. A segunda CGI, de 1968, entretanto, foi criada para promover o confisco dos bens adquiridos de maneira ilícita, no exercício de função pública. Por serem muitos casos, era necessário fazer algo. O enriquecimento ilícito é definido como "aquisição de bens, direitos ou valores [...] sem idoneidade financeira para fazê-lo [...] ou quando não houver comprovação de sua legitimidade". Essa segunda CGI tinha poderes para apurar quaisquer atos de corrupção –sem que se conheça hoje as investigações realizadas. No Recife, ficou famoso um general, diretor de banco do governo, que enriqueceu apostando com um empresário que seus empréstimos a juros simbólicos seriam liberados. A evidência de corrupção ampla no período não para por aí. No início de 1969, nascia a Oban (Operação Bandeirante), pensada para ser o braço clandestino dos órgãos de segurança e responsável por parte das torturas e desaparecimentos. O ato –informal– que celebrou sua criação deu-se em 1º de julho de 1969, contando inclusive com a presença de figuras das elites políticas, como Abreu Sodré e Paulo Maluf, e empresários de São Paulo. Tanto foi o sucesso do empreendimento (na versão das forças de segurança) que, em fevereiro de 1970, o major Waldyr Coelho, chefe de Coordenação de Execução da Central de Operações da Oban, sugeriu ao Comando do 2º Exército a criação de uma Oban específica contra a corrupção (ACE 16.645""70, Arquivo Nacional), mas não teve êxito. Naquele tempo, a ideia de combater a corrupção se limitava a punir só quem recebia dinheiro, sem atingir empreiteiros ou militares envolvidos. Talvez porque fossem velhos companheiros da ditadura. Hoje é diferente. Nossas prisões passaram a ser frequentadas por donos de empreiteiras e políticos. Corrupção, pois, havia, sim. E muita. Maquiavel dizia que "a história é cíclica". Marx completou: "A primeira vez como tragédia, a segunda como farsa". Agora, a história se revela, em seu cruel esplendor, como repetição do passado. Tragédia ou farsa, pouco importa. No fundo, a corrupção é um desvio da natureza humana praticado indistintamente por civis e militares. Só que, durante a ditadura militar, não se sabia dos submundos do poder porque havia censura. Hoje, felizmente, a liberdade nos permite saber. Essa é a diferença. JOSÉ PAULO CAVALCANTI FILHO, 67, advogado no Recife, integrou a Comissão Nacional da Verdade * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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'Exterminar Odebrecht do Peru seria péssimo', diz chefe latino-americano
O executivo brasileiro Maurício Cruz, 42, presidente da Odebrecht Latinvest, braço do grupo focado em investimentos em concessões de infraestrutura na América Latina, defendeu, em entrevista à Folha, que a empresa não saia do território peruano, onde atua há 37 anos. Na terça (24), o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou que o grupo baiano deveria vender os projetos locais e abandonar o país. "Eles estão contaminados pela corrupção", afirmou. "Eles têm que ir embora. Acabou", disse. Assim como em outros países, incluindo o Brasil, a Odebrecht negocia um acordo de delação premiada com as autoridades peruanas. No Peru, segundo o Departamento de Justiça americano, foram pagos US$ 29 milhões em propina desde 2005. Cruz classificou como uma "sentença de morte" a possibilidade de a empresa ter de deixar o Peru. * Folha - A Odebrecht sairá Peru, conforme quer o presidente Kuczynski? Cruz - Não faz sentido que uma empresa que adere à colaboração por livre e espontânea vontade tenha uma sentença de morte depois. Seria um desincentivo à colaboração. Entendemos que num primeiro momento as pessoas ainda enxergam a Odebrecht do lado da corrupção e demoram a perceber que, quando tenta um acordo, o objetivo é mudar de lado, deixar aqueles com os quais praticava ilícitos para passar para o lado de quem luta contra a corrupção. A Odebrecht no Peru está no início desse processo. Como a empresa é vista no país? Como uma empresa que participou de ilícitos e que deveria deixar de ter o direito de trabalhar porque muitos entendem que dessa forma acabaria com a corrupção. Só que queremos explicar o contrário: a melhor forma de tentar combater a corrupção é que essas empresas possam se motivar a colaborar. Se todas as empresas e todos os setores colaborassem, acabaria a corrupção porque todos os participantes seriam denunciados. Exterminar uma empresa 20 dias depois que começou esse processo é um sinal péssimo. Então o interesse da Odebrecht é continuar no Peru? Nossa intenção jamais será confrontar o presidente. Estamos tentado, pacificamente, explicar que temos uma experiência, passamos muitos meses nessa negociação no Brasil, e hoje compreendemos que somos um agente que contribui na luta contra a corrupção. Queremos pacificamente explicar que somos aliados, e não mais um inimigo. E esperamos que isso seja compreendido. A Odebrecht quer permanecer no Peru atuando de forma diferente, transparente. O que achou da frase do presidente dizendo que o grupo está contaminado pela corrupção? Nos coloca o desafio de mostrar que não é assim. Em 37 anos fizemos quase 70 projetos no Peru, muitos sem corrupção. Foram licitações que ganhamos por capacidade técnica. Infelizmente a empresa cometeu o erro de, para participar de alguns processos onde era exigida corrupção, ceder. Poderia muito bem não ter participado. Temos que demonstrar que a empresa não é só isso, que no Peru, no final de 2015, éramos 20 mil integrantes, e uma quantidade muito pequena, cinco, seis, cometeu esses atos. Em que estágio está o acordo da Odebrecht com os procuradores do Peru? Foi firmado um pré-acordo para dar início ao processo de colaboração. Estamos na fase de a empresa entregar toda a documentação e as provas dos ilícitos. Pessoas da empresa foram motivadas a se tornarem colaboradores para explicar como as coisas funcionaram. Esperamos que pelo menos seja fase seja concluída nas próximas semanas. Acredito que em algumas semanas concluímos essa parte de entrega de material ao MP. O acordo assinado garante que a Odebrecht permaneça no Peru? Não existe garantia, ninguém vai nos assegurar e temos a expectativa de conquistar isso mostrando que mudamos a postura, o caminho. A palavra negociação não se aplica bem ao nosso caso, porque para negociar as duas partes estão pedindo algo. Nós estamos dando nossa colaboração sem pedir nada em troca. Para o Ministério Público, a empresa no final normalmente não é condenada. Nossa expectativa é que a atuação seja da mesma forma como no Brasil. O Ministério Público não vai querer tomar uma atitude para acabar com a empresa. Nossa luta é mostrar para os outros poderes e para a sociedade que merecemos o direito de existir, continuar trabalhando e agora fazendo negócios 100% de forma lícita. A suspensão da licitação do Gasoduto Sur Peruano liderada pela Odebrecht e as declarações do presidente são indícios de que o acordo não está indo bem? Existe uma separação entre os poderes. Estamos num processo de colaboração com o Ministério Público, mas o Poder Executivo não tem informações detalhadas sobre essas tratativas. Por isso alguns comentários são feitos. As palavras do presidente fazem parte desse estresse inicial, o assunto está muito politizado, e ainda existe uma percepção errada em relação ao que deve ser feito com a empresa colaboradora. Nossa meta é demonstrar que o ideal para quem quer manter a luta contra a corrupção é passar a mensagem contrária da que tem sido passada agora, de que uma empresa quando começa a colaborar tem que ser exterminada e expulsa do país. Então qual lógica deveria ser aplicada? Pense num exemplo: um funcionário cometeu corrupção, procurou a procuradoria e disse que está arrependido, quer pagar a pena e colaborar dando informações. Após 20 dias, ele recebe como resposta que será submetido a uma pena de morte ou choque elétrico. Além de isso não ser justo, qualquer outra pessoa que poderia colaborar iria se afastar. Essa lógica deve se aplicar para as empresas. O que a Odebrecht espera das pessoas? Que um dia quem tem feito passeata e protestos para que a empresa seja penalizada radicalmente perceba que deveria fazer uma vigília na porta da empresa para dizer: 'permitam que ela termine de falar porque está colaborando com o processo de combate à corrupção'. Pedimos desculpas públicas diversas vezes reiteradamente à sociedade, estamos dispostos a pagar as multas, reparar os danos, trabalhar em outro sistema, e mostrar que estamos agora do mesmo lado, nós mudamos de lado. Quantos são os executivos da Odebrecht que se tornaram delatores no Peru? O acordo de colaboração é feito separadamente entre a empresa e as pessoas. A Odebrecht firmou um pré-acordo em que se comprometeu a ceder essa documentação existente. As pessoas que querem ser colaboradores individualmente tem que procurar o Ministério Público e firmar acordos. Não sabemos quantos irão aderir. Acreditamos que serão poucos, pois a corrupção aconteceu em poucas obras e num período curto comparado ao tempo que estamos no país. Qual o impacto da decisão de suspender a licitação do gasoduto no caixa da empresa? Gostaria de não comentar sobre o assunto, pois temos sócios no projeto. Tem ideia do valor final da multa que será paga no acordo no Peru? O número será calculado. Uma parte será referente ao ressarcimento do ilícito e a outra é a reparação civil. Isso será definido depois que analisarem todas as provas e relatos. Quais os entraves no acordo? A dificuldade hoje é comunicar com a sociedade nossa postura e o que pretendemos daqui em diante. Em teoria essa não deveria ser a parte mais difícil. A pergunta é simples e a resposta deveria ser também: se fosse um cidadão peruano, ia querer que a empresa continuasse colaborando ou o ideal é fechar as portas, tacar fogo no edifício e expulsá-la do país? A resposta é simples, estamos do lado daqueles que hoje lutam contra a corrupção. A empresa corre o risco de quebrar? Não sei. Estou muito focado na atuação do Peru, não acompanho o andamento da empresa nos outros países.
poder
'Exterminar Odebrecht do Peru seria péssimo', diz chefe latino-americanoO executivo brasileiro Maurício Cruz, 42, presidente da Odebrecht Latinvest, braço do grupo focado em investimentos em concessões de infraestrutura na América Latina, defendeu, em entrevista à Folha, que a empresa não saia do território peruano, onde atua há 37 anos. Na terça (24), o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou que o grupo baiano deveria vender os projetos locais e abandonar o país. "Eles estão contaminados pela corrupção", afirmou. "Eles têm que ir embora. Acabou", disse. Assim como em outros países, incluindo o Brasil, a Odebrecht negocia um acordo de delação premiada com as autoridades peruanas. No Peru, segundo o Departamento de Justiça americano, foram pagos US$ 29 milhões em propina desde 2005. Cruz classificou como uma "sentença de morte" a possibilidade de a empresa ter de deixar o Peru. * Folha - A Odebrecht sairá Peru, conforme quer o presidente Kuczynski? Cruz - Não faz sentido que uma empresa que adere à colaboração por livre e espontânea vontade tenha uma sentença de morte depois. Seria um desincentivo à colaboração. Entendemos que num primeiro momento as pessoas ainda enxergam a Odebrecht do lado da corrupção e demoram a perceber que, quando tenta um acordo, o objetivo é mudar de lado, deixar aqueles com os quais praticava ilícitos para passar para o lado de quem luta contra a corrupção. A Odebrecht no Peru está no início desse processo. Como a empresa é vista no país? Como uma empresa que participou de ilícitos e que deveria deixar de ter o direito de trabalhar porque muitos entendem que dessa forma acabaria com a corrupção. Só que queremos explicar o contrário: a melhor forma de tentar combater a corrupção é que essas empresas possam se motivar a colaborar. Se todas as empresas e todos os setores colaborassem, acabaria a corrupção porque todos os participantes seriam denunciados. Exterminar uma empresa 20 dias depois que começou esse processo é um sinal péssimo. Então o interesse da Odebrecht é continuar no Peru? Nossa intenção jamais será confrontar o presidente. Estamos tentado, pacificamente, explicar que temos uma experiência, passamos muitos meses nessa negociação no Brasil, e hoje compreendemos que somos um agente que contribui na luta contra a corrupção. Queremos pacificamente explicar que somos aliados, e não mais um inimigo. E esperamos que isso seja compreendido. A Odebrecht quer permanecer no Peru atuando de forma diferente, transparente. O que achou da frase do presidente dizendo que o grupo está contaminado pela corrupção? Nos coloca o desafio de mostrar que não é assim. Em 37 anos fizemos quase 70 projetos no Peru, muitos sem corrupção. Foram licitações que ganhamos por capacidade técnica. Infelizmente a empresa cometeu o erro de, para participar de alguns processos onde era exigida corrupção, ceder. Poderia muito bem não ter participado. Temos que demonstrar que a empresa não é só isso, que no Peru, no final de 2015, éramos 20 mil integrantes, e uma quantidade muito pequena, cinco, seis, cometeu esses atos. Em que estágio está o acordo da Odebrecht com os procuradores do Peru? Foi firmado um pré-acordo para dar início ao processo de colaboração. Estamos na fase de a empresa entregar toda a documentação e as provas dos ilícitos. Pessoas da empresa foram motivadas a se tornarem colaboradores para explicar como as coisas funcionaram. Esperamos que pelo menos seja fase seja concluída nas próximas semanas. Acredito que em algumas semanas concluímos essa parte de entrega de material ao MP. O acordo assinado garante que a Odebrecht permaneça no Peru? Não existe garantia, ninguém vai nos assegurar e temos a expectativa de conquistar isso mostrando que mudamos a postura, o caminho. A palavra negociação não se aplica bem ao nosso caso, porque para negociar as duas partes estão pedindo algo. Nós estamos dando nossa colaboração sem pedir nada em troca. Para o Ministério Público, a empresa no final normalmente não é condenada. Nossa expectativa é que a atuação seja da mesma forma como no Brasil. O Ministério Público não vai querer tomar uma atitude para acabar com a empresa. Nossa luta é mostrar para os outros poderes e para a sociedade que merecemos o direito de existir, continuar trabalhando e agora fazendo negócios 100% de forma lícita. A suspensão da licitação do Gasoduto Sur Peruano liderada pela Odebrecht e as declarações do presidente são indícios de que o acordo não está indo bem? Existe uma separação entre os poderes. Estamos num processo de colaboração com o Ministério Público, mas o Poder Executivo não tem informações detalhadas sobre essas tratativas. Por isso alguns comentários são feitos. As palavras do presidente fazem parte desse estresse inicial, o assunto está muito politizado, e ainda existe uma percepção errada em relação ao que deve ser feito com a empresa colaboradora. Nossa meta é demonstrar que o ideal para quem quer manter a luta contra a corrupção é passar a mensagem contrária da que tem sido passada agora, de que uma empresa quando começa a colaborar tem que ser exterminada e expulsa do país. Então qual lógica deveria ser aplicada? Pense num exemplo: um funcionário cometeu corrupção, procurou a procuradoria e disse que está arrependido, quer pagar a pena e colaborar dando informações. Após 20 dias, ele recebe como resposta que será submetido a uma pena de morte ou choque elétrico. Além de isso não ser justo, qualquer outra pessoa que poderia colaborar iria se afastar. Essa lógica deve se aplicar para as empresas. O que a Odebrecht espera das pessoas? Que um dia quem tem feito passeata e protestos para que a empresa seja penalizada radicalmente perceba que deveria fazer uma vigília na porta da empresa para dizer: 'permitam que ela termine de falar porque está colaborando com o processo de combate à corrupção'. Pedimos desculpas públicas diversas vezes reiteradamente à sociedade, estamos dispostos a pagar as multas, reparar os danos, trabalhar em outro sistema, e mostrar que estamos agora do mesmo lado, nós mudamos de lado. Quantos são os executivos da Odebrecht que se tornaram delatores no Peru? O acordo de colaboração é feito separadamente entre a empresa e as pessoas. A Odebrecht firmou um pré-acordo em que se comprometeu a ceder essa documentação existente. As pessoas que querem ser colaboradores individualmente tem que procurar o Ministério Público e firmar acordos. Não sabemos quantos irão aderir. Acreditamos que serão poucos, pois a corrupção aconteceu em poucas obras e num período curto comparado ao tempo que estamos no país. Qual o impacto da decisão de suspender a licitação do gasoduto no caixa da empresa? Gostaria de não comentar sobre o assunto, pois temos sócios no projeto. Tem ideia do valor final da multa que será paga no acordo no Peru? O número será calculado. Uma parte será referente ao ressarcimento do ilícito e a outra é a reparação civil. Isso será definido depois que analisarem todas as provas e relatos. Quais os entraves no acordo? A dificuldade hoje é comunicar com a sociedade nossa postura e o que pretendemos daqui em diante. Em teoria essa não deveria ser a parte mais difícil. A pergunta é simples e a resposta deveria ser também: se fosse um cidadão peruano, ia querer que a empresa continuasse colaborando ou o ideal é fechar as portas, tacar fogo no edifício e expulsá-la do país? A resposta é simples, estamos do lado daqueles que hoje lutam contra a corrupção. A empresa corre o risco de quebrar? Não sei. Estou muito focado na atuação do Peru, não acompanho o andamento da empresa nos outros países.
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MC Carol denuncia a violência policial e critica a Lava Jato em música; ouça
Em setembro passado, duas centenas de pessoas do Morro do Preventório queimaram três ônibus em Niterói. Pranteavam o conterrâneo Felipe de Oliveira Pinna, então com 25 anos, baleado por fuzil em uma operação da Polícia Militar na comunidade. Segundo familiares, ele voltava de consulta médica. Indignação semelhante à dos manifestantes move a música de Carolina de Oliveira Lourenço, a MC Carol. Criada no Preventório, a funkeira conquistou dos bailes na favela às baladinhas universitárias com o feminismo de "Meu Namorado é o Maior Otário" e a denúncia do genocídio dos povos indígenas de "Não Foi Cabral". Mantendo a verve crítica, a MC se debruçou sobre uma realidade que vê de perto em sua nova faixa, "Delação Premiada". "É um funk proibidão, mas demos uma camuflada, porque eu não quero ser tachada como cantora de proibidão —quando os policiais pegam esses funkeiros, agridem, levam preso, às vezes matam", afirma Carol em entrevista à Folha. Sobre uma batida de trap funk, ela dispara versos sobre casos de violência e abuso de poder por parte de policiais —"É negro e favelado/ Então tava de pistola"— e relembra casos que comoveram a opinião pública, como o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, levado a uma Unidade de Polícia Pacificadora em 2013 e nunca mais visto. "O funk é uma libertação, uma forma do favelado se comunicar e mostrar o que acontece dentro da comunidade para as pessoas que não sabem. Quero contar coisas que acontecem lá todos os dias: um morador inocente que é morto, uma criança que leva uma bala na cabeça. Não são todos os casos que vão parar na televisão", diz a cantora. LAVA JATO O título da faixa é uma reprimenda à diferença de tratamento policial entre infratores da favela e criminosos de colarinho branco, em especial os investigados pela Operação Lava Jato. "Você vê esses bandidos ricos [investigados da Lava Jato], eles muitas vezes nem são algemados, só colocam a mão para trás para entrar na viatura", critica. "Para o favelado abrir a boca, é choque e porrada. O rico, se falar a verdade, ganha recompensa. Delação premiada de pobre é tortura." A funkeira também faz coro às críticas do afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo. "O Brasil é um país corrupto desde a chegada de Cabral. Quem entra na Presidência, mesmo que seja honesto, não tem força para mudar nada de verdade. Eu espero que a Dilma volte. É a menos pior [da classe política]."
ilustrada
MC Carol denuncia a violência policial e critica a Lava Jato em música; ouçaEm setembro passado, duas centenas de pessoas do Morro do Preventório queimaram três ônibus em Niterói. Pranteavam o conterrâneo Felipe de Oliveira Pinna, então com 25 anos, baleado por fuzil em uma operação da Polícia Militar na comunidade. Segundo familiares, ele voltava de consulta médica. Indignação semelhante à dos manifestantes move a música de Carolina de Oliveira Lourenço, a MC Carol. Criada no Preventório, a funkeira conquistou dos bailes na favela às baladinhas universitárias com o feminismo de "Meu Namorado é o Maior Otário" e a denúncia do genocídio dos povos indígenas de "Não Foi Cabral". Mantendo a verve crítica, a MC se debruçou sobre uma realidade que vê de perto em sua nova faixa, "Delação Premiada". "É um funk proibidão, mas demos uma camuflada, porque eu não quero ser tachada como cantora de proibidão —quando os policiais pegam esses funkeiros, agridem, levam preso, às vezes matam", afirma Carol em entrevista à Folha. Sobre uma batida de trap funk, ela dispara versos sobre casos de violência e abuso de poder por parte de policiais —"É negro e favelado/ Então tava de pistola"— e relembra casos que comoveram a opinião pública, como o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, levado a uma Unidade de Polícia Pacificadora em 2013 e nunca mais visto. "O funk é uma libertação, uma forma do favelado se comunicar e mostrar o que acontece dentro da comunidade para as pessoas que não sabem. Quero contar coisas que acontecem lá todos os dias: um morador inocente que é morto, uma criança que leva uma bala na cabeça. Não são todos os casos que vão parar na televisão", diz a cantora. LAVA JATO O título da faixa é uma reprimenda à diferença de tratamento policial entre infratores da favela e criminosos de colarinho branco, em especial os investigados pela Operação Lava Jato. "Você vê esses bandidos ricos [investigados da Lava Jato], eles muitas vezes nem são algemados, só colocam a mão para trás para entrar na viatura", critica. "Para o favelado abrir a boca, é choque e porrada. O rico, se falar a verdade, ganha recompensa. Delação premiada de pobre é tortura." A funkeira também faz coro às críticas do afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo. "O Brasil é um país corrupto desde a chegada de Cabral. Quem entra na Presidência, mesmo que seja honesto, não tem força para mudar nada de verdade. Eu espero que a Dilma volte. É a menos pior [da classe política]."
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No Comitê Olímpico Internacional, 1 em cada 10 membros é da nobreza
BRUNO VILLAS BÔAS DO RIO Um em cada dez membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) ostenta sobrenome nobre. São reis, príncipes, princesas e xeques (líder muçulmano religioso) entre aqueles que integram a instituição responsável pela organização das Olimpíadas. Dos 128 membros, incluindo na lista participantes honorários e seu presidente, 14 carregam títulos de nobreza em seus nomes, segundo levantamento da Folha no site oficial do comitê olímpico. Um deles é justamente o que está há mais tempo no comitê: o grão-duque Jean de Luxemburgo, 95. Nascido no castelo Berg, na cidade de Colmar-Berg, ele se tornou membro em 1946. Apontado como patrono de diversas federações esportivas, o grão-duque Jean reinou de 1964 a 2000, quando abdicou do trono em favor do filho, o grão-duque Henri de Luxemburgo, também membro do COI. Essa lista da realeza segue com a princesa Anne, da família real britânica (irmã do príncipe Charles); a princesa Nora de Liechtenstein; o príncipe Albert II de Mônaco; e o príncipe Frederik, da Dinamarca. O príncipe Albert, por exemplo, tem uma fortuna estimada em US$ 1 bilhão pela revista "Forbes". Essa fortuna inclui a Société des Bains de Mer de Mônaco, controladora do Monte Carlo Cassino, Ópera de Monte-Carlo e o Hotel Paris, em Monte Carlo. Em 2011, o casamento Albert e Charlene Wittstock provocou até uma mudança no calendário do COI, que atrasou em um dia a decisão da sede dos Jogos de Inverno de 2018. Outros membros queriam ir à cerimônia. No site do comitê, a entidade informa que os membros são eleitos pela maioria em assembleia. A entidade informa que recruta e elege seus membros entre as pessoas que considera mais qualificadas para a função. "Os membros do COI incluem atletas ativos, atletas aposentados e os presidentes ou líderes das federações internacionais de esportes ou organizações internacionais reconhecidas pelo COI", diz no site. A lista de membros de "sangue azul" tem também um rei sem trono: Constantino II, da Grécia. A monarquia foi abolida no país em 1974. Membro do comitê desde 1963, pouco antes de ascender ao trono, é hoje membro honorário. MUÇULMANOS O hall não se limita, porém, ao velho continente. O príncipe da Jordânia, Faisal Bin Al-Hussein, 52, foi eleito em 2010 para a entidade. Irmão do rei da Jordânia, acredita-se ser herdeiro do profeta Maomé. Já o xeque Ahmad al-Fahad al-Sabah, membro da família real do Kuait, se tornou membro do COI após a morte de seu pai, em 1990. Ele é presidente do Conselho Olímpico da Ásia e membro do comitê da Fifa. Segundo reportagem do "New York Times", a família al-Sabah tem atividades no setor de petróleo. Seu parentes ocupam posições importantes no governo e nas forças armadas. Ele é uma figura influente. Outro xeque da lista é Tamim bin Hamad al-Thani, emir do Qatar. Ele tem usado o esporte para aumentar o prestígio internacional do país. Ele fundou a Qatar Sport Investments, dona do clube Paris Saint German com outros investidores. Nobreza no COI
esporte
No Comitê Olímpico Internacional, 1 em cada 10 membros é da nobreza BRUNO VILLAS BÔAS DO RIO Um em cada dez membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) ostenta sobrenome nobre. São reis, príncipes, princesas e xeques (líder muçulmano religioso) entre aqueles que integram a instituição responsável pela organização das Olimpíadas. Dos 128 membros, incluindo na lista participantes honorários e seu presidente, 14 carregam títulos de nobreza em seus nomes, segundo levantamento da Folha no site oficial do comitê olímpico. Um deles é justamente o que está há mais tempo no comitê: o grão-duque Jean de Luxemburgo, 95. Nascido no castelo Berg, na cidade de Colmar-Berg, ele se tornou membro em 1946. Apontado como patrono de diversas federações esportivas, o grão-duque Jean reinou de 1964 a 2000, quando abdicou do trono em favor do filho, o grão-duque Henri de Luxemburgo, também membro do COI. Essa lista da realeza segue com a princesa Anne, da família real britânica (irmã do príncipe Charles); a princesa Nora de Liechtenstein; o príncipe Albert II de Mônaco; e o príncipe Frederik, da Dinamarca. O príncipe Albert, por exemplo, tem uma fortuna estimada em US$ 1 bilhão pela revista "Forbes". Essa fortuna inclui a Société des Bains de Mer de Mônaco, controladora do Monte Carlo Cassino, Ópera de Monte-Carlo e o Hotel Paris, em Monte Carlo. Em 2011, o casamento Albert e Charlene Wittstock provocou até uma mudança no calendário do COI, que atrasou em um dia a decisão da sede dos Jogos de Inverno de 2018. Outros membros queriam ir à cerimônia. No site do comitê, a entidade informa que os membros são eleitos pela maioria em assembleia. A entidade informa que recruta e elege seus membros entre as pessoas que considera mais qualificadas para a função. "Os membros do COI incluem atletas ativos, atletas aposentados e os presidentes ou líderes das federações internacionais de esportes ou organizações internacionais reconhecidas pelo COI", diz no site. A lista de membros de "sangue azul" tem também um rei sem trono: Constantino II, da Grécia. A monarquia foi abolida no país em 1974. Membro do comitê desde 1963, pouco antes de ascender ao trono, é hoje membro honorário. MUÇULMANOS O hall não se limita, porém, ao velho continente. O príncipe da Jordânia, Faisal Bin Al-Hussein, 52, foi eleito em 2010 para a entidade. Irmão do rei da Jordânia, acredita-se ser herdeiro do profeta Maomé. Já o xeque Ahmad al-Fahad al-Sabah, membro da família real do Kuait, se tornou membro do COI após a morte de seu pai, em 1990. Ele é presidente do Conselho Olímpico da Ásia e membro do comitê da Fifa. Segundo reportagem do "New York Times", a família al-Sabah tem atividades no setor de petróleo. Seu parentes ocupam posições importantes no governo e nas forças armadas. Ele é uma figura influente. Outro xeque da lista é Tamim bin Hamad al-Thani, emir do Qatar. Ele tem usado o esporte para aumentar o prestígio internacional do país. Ele fundou a Qatar Sport Investments, dona do clube Paris Saint German com outros investidores. Nobreza no COI
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Tire-dúvidas de como funciona a Zona Azul por aplicativo em São Paulo
A partir desta segunda-feira (11), a gestão Fernando Haddad (PT) iniciou a cobrança de Zona Azul por meio de aplicativo de celular. Em vez de comprar bilhetes de papel, motoristas de São Paulo podem estacionar em vagas de Zona Azul comprando créditos por meio de dois aplicativos. Um terceiro começará a operar no dia 18. A intenção da prefeitura é acabar com o papel, porém, não há previsão para que isso ocorra. * Abaixo, um tira-dúvidas sobre o novo serviço. 1. Como funciona a Zona Azul por celular? O motorista precisa baixar os aplicativos no smartphone e fazer um cadastro, inserindo dados pessoais, como nome, CPF, email, números do celular, do cartão de crédito e das placas dos veículos que usarão o serviço. 2. Quanto vai custar? Cada hora de crédito custa R$ 5. Se o motorista opta pela compra de 10 créditos, terá um desconto (R$ 45) –como já é no modelo de papel. 3. Como faço para baixar? Há três tipos de aplicativos disponíveis, que foram selecionados pela prefeitura. O Vaga Inteligente (Estapar) pode ser baixado por meio dos smartphones de tecnologias Android e IOS (IPhone). Já o Estacionamento Eletrônico (Sertell) está disponível só para Android, por enquanto. O Digipare começa a operar no dia 18 de julho, e também deve estar disponível nas duas tecnologias. 4. Após instalado, como usar? Com o aplicativo, assim que o motorista para na vaga, basta autorizar a cobrança, informando o tempo de estacionamento. 5. Qual é a forma de pagamento? Cartão de crédito, mas a ideia é que futuramente possa ser pago com cartão de débito. 6. Como o agente da CET fiscaliza? Os mesmos palm tops usados pelos marronzinhos para aplicar multas servirá para fiscalizar a Zona Azul eletrônica. O sistema informa o agente se o carro pagou ou não pelo estacionamento quando ele digitar o número da placa no palm top. 7. Haverá fracionamento do valor de acordo com o tempo de permanência? Em princípio, não. Ou seja, por enquanto, a pessoa pagará R$ 5 pela hora parada se o carro ficar tanto uma hora como dez minutos na vaga. 8. Posso programar os créditos? Sim. Após estacioná-lo, se o período vencer, o dono do carro poderá programar mais créditos de onde estiver. 9. O motorista será avisado do fim do período? Sim, o aplicativo emite alarmes por meio de mensagem de texto, informando que o período está acabando. 10. Os créditos comprados sem utilização expiram? Não. 11. A Zona Azul de papel acaba? A ideia da prefeitura é essa, mas isso deve ocorrer a longo prazo, após avaliação da aceitação do modelo eletrônico. Ou seja, os modelos de papel continuarão à venda. 12. Haverá outros meios de cobrança sem papel? Sim, num prazo de aproximadamente um mês, começarão a ser instalados pontos de venda (PDVs). Nesse modelo, o motorista poderá comprar créditos num estabelecimento comercial –banca de jornal, por exemplo– que fará o registro eletrônico, sem que seja necessário deixar o bilhete no carro, como é hoje. 13. Quanto isso custará para a prefeitura? O custo do desenvolvimento do projeto foi das empresas, que lucrarão 10% sobre cada crédito. As empresas devem comprar um mínimo de 30 mil créditos da administração pública para poder revendê-los por aplicativo aos motoristas. Infográfico: Raio-X da Zona Azul
cotidiano
Tire-dúvidas de como funciona a Zona Azul por aplicativo em São PauloA partir desta segunda-feira (11), a gestão Fernando Haddad (PT) iniciou a cobrança de Zona Azul por meio de aplicativo de celular. Em vez de comprar bilhetes de papel, motoristas de São Paulo podem estacionar em vagas de Zona Azul comprando créditos por meio de dois aplicativos. Um terceiro começará a operar no dia 18. A intenção da prefeitura é acabar com o papel, porém, não há previsão para que isso ocorra. * Abaixo, um tira-dúvidas sobre o novo serviço. 1. Como funciona a Zona Azul por celular? O motorista precisa baixar os aplicativos no smartphone e fazer um cadastro, inserindo dados pessoais, como nome, CPF, email, números do celular, do cartão de crédito e das placas dos veículos que usarão o serviço. 2. Quanto vai custar? Cada hora de crédito custa R$ 5. Se o motorista opta pela compra de 10 créditos, terá um desconto (R$ 45) –como já é no modelo de papel. 3. Como faço para baixar? Há três tipos de aplicativos disponíveis, que foram selecionados pela prefeitura. O Vaga Inteligente (Estapar) pode ser baixado por meio dos smartphones de tecnologias Android e IOS (IPhone). Já o Estacionamento Eletrônico (Sertell) está disponível só para Android, por enquanto. O Digipare começa a operar no dia 18 de julho, e também deve estar disponível nas duas tecnologias. 4. Após instalado, como usar? Com o aplicativo, assim que o motorista para na vaga, basta autorizar a cobrança, informando o tempo de estacionamento. 5. Qual é a forma de pagamento? Cartão de crédito, mas a ideia é que futuramente possa ser pago com cartão de débito. 6. Como o agente da CET fiscaliza? Os mesmos palm tops usados pelos marronzinhos para aplicar multas servirá para fiscalizar a Zona Azul eletrônica. O sistema informa o agente se o carro pagou ou não pelo estacionamento quando ele digitar o número da placa no palm top. 7. Haverá fracionamento do valor de acordo com o tempo de permanência? Em princípio, não. Ou seja, por enquanto, a pessoa pagará R$ 5 pela hora parada se o carro ficar tanto uma hora como dez minutos na vaga. 8. Posso programar os créditos? Sim. Após estacioná-lo, se o período vencer, o dono do carro poderá programar mais créditos de onde estiver. 9. O motorista será avisado do fim do período? Sim, o aplicativo emite alarmes por meio de mensagem de texto, informando que o período está acabando. 10. Os créditos comprados sem utilização expiram? Não. 11. A Zona Azul de papel acaba? A ideia da prefeitura é essa, mas isso deve ocorrer a longo prazo, após avaliação da aceitação do modelo eletrônico. Ou seja, os modelos de papel continuarão à venda. 12. Haverá outros meios de cobrança sem papel? Sim, num prazo de aproximadamente um mês, começarão a ser instalados pontos de venda (PDVs). Nesse modelo, o motorista poderá comprar créditos num estabelecimento comercial –banca de jornal, por exemplo– que fará o registro eletrônico, sem que seja necessário deixar o bilhete no carro, como é hoje. 13. Quanto isso custará para a prefeitura? O custo do desenvolvimento do projeto foi das empresas, que lucrarão 10% sobre cada crédito. As empresas devem comprar um mínimo de 30 mil créditos da administração pública para poder revendê-los por aplicativo aos motoristas. Infográfico: Raio-X da Zona Azul
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Tecnologia alavanca o crescimento do agronegócio no mercado de franquias
É com o uso da tecnologia que o agronegócio começa a encontrar seu espaço no mercado de franquias no Brasil. Das 2.700 redes que operam no país filiadas à ABF (Associação Brasileira de Franquias), apenas três são ligadas diretamente ao setor. Mas a tendência é que esse número cresça. "Este ainda é um setor que vê a produção, e não o varejo, como objetivo final. É uma questão histórica, mas que muda cada vez mais rápido", diz o consultor de negócios Marcus Rizzo. A MasterGeo, de Divinópolis, e a Geaap, de Uberlândia, ambas em Minas Gerais, passaram a operar como franqueadoras neste ano. A Geaap oferece serviços de agricultura de precisão. Por meio de análises científicas, ajuda o agricultor a otimizar o uso de seu terreno para o plantio de diferentes culturas, graças ao mapeamento do solo. Para realizar a tarefa, utiliza drones e vants (veículos aéreos não tripulados), para sobrevoo e aplicação de pesticidas, por exemplo. Possui também um laboratório para análise das amostras. Os drones servem também para ajudar pecuaristas a calcularem o tamanho de seus rebanhos. A taxa para tornar-se franqueado da Geaap é de R$ 281 mil. A expectativa da empresa é encerrar 2016 com 12 unidades. Hoje, já há duas em operação. "Com a crescente pressão por sustentabilidade e preservação dos recursos, a precisão científica é fundamental. As franquias são o meio mais fácil de se replicar esse conhecimento", diz Estevão Parreira, diretor da empresa. A MasterGeo, que presta serviços de engenharia, tem como um de seus focos a topografia, com medição e análise de relevo de terrenos para plantações e outros tipos de empreendimentos. Faz também inventário de flora e fauna e estudos de impacto ambiental, com o uso de drones no processo. A empresa se formou como rede de franquias em abril deste ano e, há um mês no mercado para captar franqueados, diz já ter interessados em investir R$ 80 mil para iniciar a operar. A H2Orta foi a pioneira no segmento. Especializada em agricultura hidropônica, a rede do empresário Ricardo Rotta produz hortaliças sem uso de solo, o que torna o processo mais barato. Por R$ 39 mil é possível tornar-se um agricultor de rúcula, alface e outras culturas folhosas. No mercado desde 2011, Rotta espera chegar a sete franqueados até o fim do ano que vem -hoje, são quatro. INCENTIVO Para acelerar o crescimento do setor de agronegócios no mundo das franquias, a ABF e o Sebrae estão buscando no interior do país as empresas com potencial para o modelo. "Nós ajudamos as empresas a entenderem se têm um tipo de negócio ou produto replicável e viável", diz Alessandra Simões, do Sebrae. "O processo de ratificação leva cerca de 18 meses", acrescenta Danyelle Van Stratten, diretora da ABF-MG. Diferentemente de alguns outros tipos de franquias, as empresas de agronegócio quase sempre demandam do franqueado um conhecimento técnico do assunto. "Em Paracatu [MG], um dono de loja de roupas se interessou, mas tivemos de declinar. Sem conhecer a área, não há como", explica Estevão Parreira, da Geaap. Andrea Orsi é um bom exemplo do perfil necessário para atuar no setor. Primeira franqueada da Incotec, multinacional holandesa especializada no melhoramento científico de sementes, ela já atuava no segmento comercializando esse item. A tradição brasileira no mercado de franquias fez com que a Incotec, que opera em mercados como EUA, Japão, entre outros, escolhesse o país como balão de ensaio para o modelo de negócios, segundo explicou Bruno Hoeltgebaum, gerente de novos negócios da empresa. O investimento para ser um franqueado da Incotec varia entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões. Existem hoje quatro franqueados da companhia no país. * EMPRESA EM SÉRIE O que é preciso ter para se tornar franquia DIFERENÇAS Se o negócio não oferecer um diferencial competitivo em relação aos concorrentes, pode não dar certo como rede, mesmo que prospere como empreendimento único. Pode ser uma maneira diferente de realizar um processo ou um produto exclusivo, por exemplo PROCESSOS Além das características requeridas pela lei de franquias, como transparência nos resultados, a empresa tem que tornar mais claros e ágeis os seus processos internos, como pagamentos e distribuição de mercadorias GEOGRAFIA Nem todo empreendimento é replicável nacionalmente. Há empresas que não funcionam em Estados mais frios ou mais quentes, por exemplo. Entender o potencial geográfico do empreendimento é fundamental para virar rede
mercado
Tecnologia alavanca o crescimento do agronegócio no mercado de franquiasÉ com o uso da tecnologia que o agronegócio começa a encontrar seu espaço no mercado de franquias no Brasil. Das 2.700 redes que operam no país filiadas à ABF (Associação Brasileira de Franquias), apenas três são ligadas diretamente ao setor. Mas a tendência é que esse número cresça. "Este ainda é um setor que vê a produção, e não o varejo, como objetivo final. É uma questão histórica, mas que muda cada vez mais rápido", diz o consultor de negócios Marcus Rizzo. A MasterGeo, de Divinópolis, e a Geaap, de Uberlândia, ambas em Minas Gerais, passaram a operar como franqueadoras neste ano. A Geaap oferece serviços de agricultura de precisão. Por meio de análises científicas, ajuda o agricultor a otimizar o uso de seu terreno para o plantio de diferentes culturas, graças ao mapeamento do solo. Para realizar a tarefa, utiliza drones e vants (veículos aéreos não tripulados), para sobrevoo e aplicação de pesticidas, por exemplo. Possui também um laboratório para análise das amostras. Os drones servem também para ajudar pecuaristas a calcularem o tamanho de seus rebanhos. A taxa para tornar-se franqueado da Geaap é de R$ 281 mil. A expectativa da empresa é encerrar 2016 com 12 unidades. Hoje, já há duas em operação. "Com a crescente pressão por sustentabilidade e preservação dos recursos, a precisão científica é fundamental. As franquias são o meio mais fácil de se replicar esse conhecimento", diz Estevão Parreira, diretor da empresa. A MasterGeo, que presta serviços de engenharia, tem como um de seus focos a topografia, com medição e análise de relevo de terrenos para plantações e outros tipos de empreendimentos. Faz também inventário de flora e fauna e estudos de impacto ambiental, com o uso de drones no processo. A empresa se formou como rede de franquias em abril deste ano e, há um mês no mercado para captar franqueados, diz já ter interessados em investir R$ 80 mil para iniciar a operar. A H2Orta foi a pioneira no segmento. Especializada em agricultura hidropônica, a rede do empresário Ricardo Rotta produz hortaliças sem uso de solo, o que torna o processo mais barato. Por R$ 39 mil é possível tornar-se um agricultor de rúcula, alface e outras culturas folhosas. No mercado desde 2011, Rotta espera chegar a sete franqueados até o fim do ano que vem -hoje, são quatro. INCENTIVO Para acelerar o crescimento do setor de agronegócios no mundo das franquias, a ABF e o Sebrae estão buscando no interior do país as empresas com potencial para o modelo. "Nós ajudamos as empresas a entenderem se têm um tipo de negócio ou produto replicável e viável", diz Alessandra Simões, do Sebrae. "O processo de ratificação leva cerca de 18 meses", acrescenta Danyelle Van Stratten, diretora da ABF-MG. Diferentemente de alguns outros tipos de franquias, as empresas de agronegócio quase sempre demandam do franqueado um conhecimento técnico do assunto. "Em Paracatu [MG], um dono de loja de roupas se interessou, mas tivemos de declinar. Sem conhecer a área, não há como", explica Estevão Parreira, da Geaap. Andrea Orsi é um bom exemplo do perfil necessário para atuar no setor. Primeira franqueada da Incotec, multinacional holandesa especializada no melhoramento científico de sementes, ela já atuava no segmento comercializando esse item. A tradição brasileira no mercado de franquias fez com que a Incotec, que opera em mercados como EUA, Japão, entre outros, escolhesse o país como balão de ensaio para o modelo de negócios, segundo explicou Bruno Hoeltgebaum, gerente de novos negócios da empresa. O investimento para ser um franqueado da Incotec varia entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões. Existem hoje quatro franqueados da companhia no país. * EMPRESA EM SÉRIE O que é preciso ter para se tornar franquia DIFERENÇAS Se o negócio não oferecer um diferencial competitivo em relação aos concorrentes, pode não dar certo como rede, mesmo que prospere como empreendimento único. Pode ser uma maneira diferente de realizar um processo ou um produto exclusivo, por exemplo PROCESSOS Além das características requeridas pela lei de franquias, como transparência nos resultados, a empresa tem que tornar mais claros e ágeis os seus processos internos, como pagamentos e distribuição de mercadorias GEOGRAFIA Nem todo empreendimento é replicável nacionalmente. Há empresas que não funcionam em Estados mais frios ou mais quentes, por exemplo. Entender o potencial geográfico do empreendimento é fundamental para virar rede
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Lula é ovacionado em ato de sindicalistas em frente à sua casa
Sindicatos ligados ao PT realizaram neste sábado (5) um ato em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em frente a sua casa em São Bernardo do Campo, um dia depois do petista ter sido obrigado pela Polícia Federal a depor na Operação Lava Jato. Até as 12h, a manifestação reunia cerca de 300 pessoas, segundo estimativa da reportagem –nem a Polícia Militar nem a organização do evento divulgaram números. O ex-presidente Lula apareceu na portaria de seu prédio às 13h, cumprimentou o público e foi ovacionado. Ele chegou a ser convidado para discursar em cim a de um carro de som, mas rejeitou a ideia porque o prédio onde mora fica ao lado de um hospital. A presidente Dilma Rousseff chegou às 13h25 de carro, acompanhada do ministro Jaques Wagner (Casa Civil), e sob gritos dos manifestantes de "não vai ter golpe". O carro da presidente entrou pela garagem do prédio. Da janela de seu apartamento, Lula saudou seus apoiadores e, ao lado de Dilma, ergueu o braço da aliada. Além de gritar em apoio a Lula, os presentes protestaram contra o Grupo Globo –"o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo", " Fora Globo" e "ei, Globo, pague seu imposto" foram algumas das palavras de ordem. O juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, também foi lembrado em cartazes que criticavam sua atuação e o chamavam de "tucano". A postura hostil contra a emissora e o magistrado ecoa o discurso do próprio ex-presidente, que nesta sexta (4) classificou a operação realizada em sua casa como uma orquestração da polícia, dos procuradores da Lava Jato e da imprensa para atingi-lo. Além dos mandados de condução coercitiva, foram executadas ordens de busca e apreensão no apartamento em São Bernardo, nas casas dos filhos de Lula e no sítio em Atibaia que o petista frequenta. Os procedimentos foram parte da 24a fase da Lava Jato, batizada de Aletheia, que apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações. Figuras do PT paulista, como os deputados Vicentinho e Ana do Carmo estiveram presentes no ato deste sábado. Não houve violência física, mas uma mulher que passou na frente dos petistas com uma camiseta de movimentos pró-impeachment foi hostilizada – "golpista", "piranha" e "vagabunda" foram alguns dos adjetivos usados"- e teve que ser escoltada pela PM. Segundo a organização, a manifestação não sairia do lugar e deveria acabar no início da tarde. Não havia previsão de público. "A participação é voluntária e não fizemos convocação. Sabemos que a luta será longa e precisamos de gás", disse Brás Marinho, presidente municipal do PT em São Bernardo. Além do partido, organizam o protesto os sindicatos dos bancários, dos metalúrgicos, dos gráficos, dos químicos, entre outros. Este foi o segundo dia de protestos na frente da casa de Lula. Na sexta, pouco tempo depois do depoimento do ex-presidente, grupos pró e anti-PT entraram em confronto no local.
poder
Lula é ovacionado em ato de sindicalistas em frente à sua casaSindicatos ligados ao PT realizaram neste sábado (5) um ato em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em frente a sua casa em São Bernardo do Campo, um dia depois do petista ter sido obrigado pela Polícia Federal a depor na Operação Lava Jato. Até as 12h, a manifestação reunia cerca de 300 pessoas, segundo estimativa da reportagem –nem a Polícia Militar nem a organização do evento divulgaram números. O ex-presidente Lula apareceu na portaria de seu prédio às 13h, cumprimentou o público e foi ovacionado. Ele chegou a ser convidado para discursar em cim a de um carro de som, mas rejeitou a ideia porque o prédio onde mora fica ao lado de um hospital. A presidente Dilma Rousseff chegou às 13h25 de carro, acompanhada do ministro Jaques Wagner (Casa Civil), e sob gritos dos manifestantes de "não vai ter golpe". O carro da presidente entrou pela garagem do prédio. Da janela de seu apartamento, Lula saudou seus apoiadores e, ao lado de Dilma, ergueu o braço da aliada. Além de gritar em apoio a Lula, os presentes protestaram contra o Grupo Globo –"o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo", " Fora Globo" e "ei, Globo, pague seu imposto" foram algumas das palavras de ordem. O juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, também foi lembrado em cartazes que criticavam sua atuação e o chamavam de "tucano". A postura hostil contra a emissora e o magistrado ecoa o discurso do próprio ex-presidente, que nesta sexta (4) classificou a operação realizada em sua casa como uma orquestração da polícia, dos procuradores da Lava Jato e da imprensa para atingi-lo. Além dos mandados de condução coercitiva, foram executadas ordens de busca e apreensão no apartamento em São Bernardo, nas casas dos filhos de Lula e no sítio em Atibaia que o petista frequenta. Os procedimentos foram parte da 24a fase da Lava Jato, batizada de Aletheia, que apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações. Figuras do PT paulista, como os deputados Vicentinho e Ana do Carmo estiveram presentes no ato deste sábado. Não houve violência física, mas uma mulher que passou na frente dos petistas com uma camiseta de movimentos pró-impeachment foi hostilizada – "golpista", "piranha" e "vagabunda" foram alguns dos adjetivos usados"- e teve que ser escoltada pela PM. Segundo a organização, a manifestação não sairia do lugar e deveria acabar no início da tarde. Não havia previsão de público. "A participação é voluntária e não fizemos convocação. Sabemos que a luta será longa e precisamos de gás", disse Brás Marinho, presidente municipal do PT em São Bernardo. Além do partido, organizam o protesto os sindicatos dos bancários, dos metalúrgicos, dos gráficos, dos químicos, entre outros. Este foi o segundo dia de protestos na frente da casa de Lula. Na sexta, pouco tempo depois do depoimento do ex-presidente, grupos pró e anti-PT entraram em confronto no local.
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ONU suspende ajuda a restauração de casas em Gaza por falta de verbas
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta terça-feira (27) que a ajuda para que milhares de palestinos que reconstruíssem suas casas ou pagassem algum aluguel em Gaza depois da guerra com Israel, ocorrida em meados de 2014 foi suspensa por falta de dinheiro. A instituição alega que seus doadores não cumpriram seus compromissos financeiros. Em outubro, numa conferência no Cairo, foram prometidos US$ 5.4 bilhões (R$ 14 bi) para a reconstrução do território, mas a ajuda nunca chegou a Gaza. "É doloroso e inaceitável", disse em comunicado Robert Turner, diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa). A agência faz um chamado urgente para arrecadar US$ 100 milhões (R$ 259 mi) para o primeiro trimestre deste ano. Segundo o órgão, mais de 96 mil casas foram completa ou parcialmente destruídas durante a guerra. "Faltam US$ 720 milhões (R$ 1.8 bi) para responder às necessidades", lamenta Turner, que acrescenta que até agora a Unrwa só recebeu US$ 135 milhões (R$ 350 mi). Turner também alerta para uma possível desestabilização do enclave, que é controlado pelo grupo extremista Hamás. A Unrwa também informa que ainda há dinheiro para a reconstrução de casas completamente destruídas, mas o destinado à reparação das parcialmente danificadas e aos alugueis das pessoas que ficaram sem lar após os conflitos se esgotou.
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ONU suspende ajuda a restauração de casas em Gaza por falta de verbasA Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta terça-feira (27) que a ajuda para que milhares de palestinos que reconstruíssem suas casas ou pagassem algum aluguel em Gaza depois da guerra com Israel, ocorrida em meados de 2014 foi suspensa por falta de dinheiro. A instituição alega que seus doadores não cumpriram seus compromissos financeiros. Em outubro, numa conferência no Cairo, foram prometidos US$ 5.4 bilhões (R$ 14 bi) para a reconstrução do território, mas a ajuda nunca chegou a Gaza. "É doloroso e inaceitável", disse em comunicado Robert Turner, diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa). A agência faz um chamado urgente para arrecadar US$ 100 milhões (R$ 259 mi) para o primeiro trimestre deste ano. Segundo o órgão, mais de 96 mil casas foram completa ou parcialmente destruídas durante a guerra. "Faltam US$ 720 milhões (R$ 1.8 bi) para responder às necessidades", lamenta Turner, que acrescenta que até agora a Unrwa só recebeu US$ 135 milhões (R$ 350 mi). Turner também alerta para uma possível desestabilização do enclave, que é controlado pelo grupo extremista Hamás. A Unrwa também informa que ainda há dinheiro para a reconstrução de casas completamente destruídas, mas o destinado à reparação das parcialmente danificadas e aos alugueis das pessoas que ficaram sem lar após os conflitos se esgotou.
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Maitê Proença simpatiza com 'Huck presidente' em evento sobre renovação política
Maitê Proença está esperançosa. "São idealistas, né?" A atriz foi nesta sexta-feira (6) ao lançamento do Renova Brasil, um "fundo cívico para a renovação política" que se propõe a bancar cerca de 150 "bolsistas" interessados em disputar eleições. Estima-se que o valor varie entre R$ 5.000 e R$ 8.000, a depender da região do país, espelhando a média paga em "programas de trainees". Na linha de frente dos simpatizantes vêm o apresentador Luciano Huck, o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, o publicitário Nizan Guanaes, o empresário Abilio Diniz e o ex-técnico de vôlei Bernardinho. A ideia do Luciano político, aliás, é uma que Maitê "gosta muito". Com seu nome na bolsa de apostas para presidenciável, o global "tem todos os traquejos, é honesto, saberia fazer", afirma a artista. Já sobre um amigo comum dos dois, que por pouco não virou presidente do Brasil em 2014, Maitê Proença prefere silenciar. "É muito ruim falar dos amigos da gente. Na hora em que pisam nos pântanos, a gente tem que se recolher", diz Maitê sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG), cujo afastamento do cargo após denúncias de corrupção virou fonte de atritos entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal. Mas Maitê não quer falar de Aécio. Aposta suas fichas, agora, em "gente fazedora" que venha da sociedade civil. "Parece ser o caminho que nos sobrou". O empresário Eduardo Mufarej se diz disposto a pavimentar essa via cívica, como diz no Campus Google em São Paulo. Ele apresenta seu Renova Brasil como uma iniciativa capaz de formar quadros hoje excluídos do tabuleiro político "por falta de estrutura". "É como se eles tivessem que escalar um Everest, enquanto o outro está andando de carro na rodovia dos Imigrantes". Escancarado fica o apreço do grupo por certos movimentos (MBL, Acredito, Vem Pra Rua) e partidos (Novo, Rede), que têm seus logos estampados no telão. SUSPENSÃO Antes da apresentação, Mufarej –sócio da Tarpon Investimentos e presidente da Somos Educação S.A.– rebate um pedido de investigação contra seu ainda inativo fundo, feito pelo deputado Jorge Solla (PT-BA) à procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O petista questiona os "reais objetivos" do projeto e defende sua suspensão, por acreditar que ele é uma forma de driblar o veto a doações de empresas a campanhas eleitorais. A proibição, de 2015, partiu do Supremo. Bobagem, diz Mufarej. "Não é financiamento de jeito nenhum. A gente está apresentando hoje o projeto. Achei inusitado que já tem quem queira investigá-lo". O que é o Renova Brasil então, nas palavras de seu idealizador: a formação de lideranças que eventualmente queiram se candidatar. Esta "academia de formação", com funcionamento previsto para o período de janeiro a junho de 2018, contará com "blending learning" (sistema de ensino semipresencial) e matérias eletivas (em campos como segurança pública e educação), segundo o empresário. Será um "coaching" para novos líderes –que precisam ter 21 anos ou mais, ficha limpa e zero mandato nas costas. Uma das candidatas ao processo seletivo para ganhar a Bolsa Eleição é Carla Zambelli, capitã do Nas Ruas, movimento que lutou pelo impeachment de Dilma Rousseff. A neófita eleitoral se filiou dias atrás ao Partido Novo e está de olho na Câmara dos Deputados. "O que tinha para fazer aqui fora já se esgotou", diz, balançado a pulseira de miçangas que formam a bandeira brasileira. QUEM SÃO? Dois jovens concorrentes falaram à plateia no Google, exato um ano antes das eleições de 2018. Com diploma de Yale (relações internacionais), Daniel Oliveira, 29, também é do Novo. Diz ter vindo de "uma realidade muito simples", caçula de 11 irmãos e filho de uma ex-diarista que hoje estuda para o Enem. "Minha mãe ficou mais assustada [com a ambição política] do que quando fui trabalhar com refugiados no Oriente Médio". Alessandra Monteiro, 31, tentou uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo três anos atrás, pelo PSB. Os 16 mil votos não bastaram. Agora na Rede, ela conta que seu despertar político envolve um dia chuvoso em que ficou encharcada num ponto de ônibus sem telhado. "De saltinho", foi "um caos chegar no trabalho" naquelas condições. "Precisava ter teto [na parada]. Nesses momentos, a gente começar a pensar em como a política impacta sua qualidade de vida, sim". Empolgada com o mote "renovação", Maitê Proença discorria sobre a debacle brasileira no café da manhã que antecedeu o evento, à base de pão de queijo, bombinhas de chocolate e suco de caixa. Seja por "falta de conhecimento, preguiça ou conforto", a sociedade civil não pode se eximir da responsabilidade, diz. "A gente não sabe votar, a gente que botou essa gente lá. A culpa é nossa! A gente colocou essa gente ali!"
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Maitê Proença simpatiza com 'Huck presidente' em evento sobre renovação políticaMaitê Proença está esperançosa. "São idealistas, né?" A atriz foi nesta sexta-feira (6) ao lançamento do Renova Brasil, um "fundo cívico para a renovação política" que se propõe a bancar cerca de 150 "bolsistas" interessados em disputar eleições. Estima-se que o valor varie entre R$ 5.000 e R$ 8.000, a depender da região do país, espelhando a média paga em "programas de trainees". Na linha de frente dos simpatizantes vêm o apresentador Luciano Huck, o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, o publicitário Nizan Guanaes, o empresário Abilio Diniz e o ex-técnico de vôlei Bernardinho. A ideia do Luciano político, aliás, é uma que Maitê "gosta muito". Com seu nome na bolsa de apostas para presidenciável, o global "tem todos os traquejos, é honesto, saberia fazer", afirma a artista. Já sobre um amigo comum dos dois, que por pouco não virou presidente do Brasil em 2014, Maitê Proença prefere silenciar. "É muito ruim falar dos amigos da gente. Na hora em que pisam nos pântanos, a gente tem que se recolher", diz Maitê sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG), cujo afastamento do cargo após denúncias de corrupção virou fonte de atritos entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal. Mas Maitê não quer falar de Aécio. Aposta suas fichas, agora, em "gente fazedora" que venha da sociedade civil. "Parece ser o caminho que nos sobrou". O empresário Eduardo Mufarej se diz disposto a pavimentar essa via cívica, como diz no Campus Google em São Paulo. Ele apresenta seu Renova Brasil como uma iniciativa capaz de formar quadros hoje excluídos do tabuleiro político "por falta de estrutura". "É como se eles tivessem que escalar um Everest, enquanto o outro está andando de carro na rodovia dos Imigrantes". Escancarado fica o apreço do grupo por certos movimentos (MBL, Acredito, Vem Pra Rua) e partidos (Novo, Rede), que têm seus logos estampados no telão. SUSPENSÃO Antes da apresentação, Mufarej –sócio da Tarpon Investimentos e presidente da Somos Educação S.A.– rebate um pedido de investigação contra seu ainda inativo fundo, feito pelo deputado Jorge Solla (PT-BA) à procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O petista questiona os "reais objetivos" do projeto e defende sua suspensão, por acreditar que ele é uma forma de driblar o veto a doações de empresas a campanhas eleitorais. A proibição, de 2015, partiu do Supremo. Bobagem, diz Mufarej. "Não é financiamento de jeito nenhum. A gente está apresentando hoje o projeto. Achei inusitado que já tem quem queira investigá-lo". O que é o Renova Brasil então, nas palavras de seu idealizador: a formação de lideranças que eventualmente queiram se candidatar. Esta "academia de formação", com funcionamento previsto para o período de janeiro a junho de 2018, contará com "blending learning" (sistema de ensino semipresencial) e matérias eletivas (em campos como segurança pública e educação), segundo o empresário. Será um "coaching" para novos líderes –que precisam ter 21 anos ou mais, ficha limpa e zero mandato nas costas. Uma das candidatas ao processo seletivo para ganhar a Bolsa Eleição é Carla Zambelli, capitã do Nas Ruas, movimento que lutou pelo impeachment de Dilma Rousseff. A neófita eleitoral se filiou dias atrás ao Partido Novo e está de olho na Câmara dos Deputados. "O que tinha para fazer aqui fora já se esgotou", diz, balançado a pulseira de miçangas que formam a bandeira brasileira. QUEM SÃO? Dois jovens concorrentes falaram à plateia no Google, exato um ano antes das eleições de 2018. Com diploma de Yale (relações internacionais), Daniel Oliveira, 29, também é do Novo. Diz ter vindo de "uma realidade muito simples", caçula de 11 irmãos e filho de uma ex-diarista que hoje estuda para o Enem. "Minha mãe ficou mais assustada [com a ambição política] do que quando fui trabalhar com refugiados no Oriente Médio". Alessandra Monteiro, 31, tentou uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo três anos atrás, pelo PSB. Os 16 mil votos não bastaram. Agora na Rede, ela conta que seu despertar político envolve um dia chuvoso em que ficou encharcada num ponto de ônibus sem telhado. "De saltinho", foi "um caos chegar no trabalho" naquelas condições. "Precisava ter teto [na parada]. Nesses momentos, a gente começar a pensar em como a política impacta sua qualidade de vida, sim". Empolgada com o mote "renovação", Maitê Proença discorria sobre a debacle brasileira no café da manhã que antecedeu o evento, à base de pão de queijo, bombinhas de chocolate e suco de caixa. Seja por "falta de conhecimento, preguiça ou conforto", a sociedade civil não pode se eximir da responsabilidade, diz. "A gente não sabe votar, a gente que botou essa gente lá. A culpa é nossa! A gente colocou essa gente ali!"
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Alzheimer pode ser transmissível, diz estudo
Em um estudo publicado na revista científica "Nature", cientistas da University College London argumentam que instrumentos cirúrgicos e agulhas poderiam apresentar um raro, mas potencial, risco de contágio. É importante ressaltar que se trata de uma estimativa ainda teórica, feita com base em autópsias de cérebros de oito pacientes. Outros especialistas já refutaram os resultados do estudo, dizendo que eles são inconclusivos e que não significam que o Alzheimer possa ser contagioso. Também não existem evidências de transmissão do Alzheimer entre pessoas, ou seja, não é possível pegar Alzheimer pelo contato com pessoas que tenham a doença. O Alzheimer é um tipo de demência que é mais comum em pessoas de idade avançada. Trata-se de uma "morte" de células cerebrais e de um encolhimento do órgão, o que afeta muitas de suas funções. Cerca de 35 milhões de pessoas no mundo sofrem de Alzheimer. No Brasil, estima-se que a doença degenerativa afete cerca de 1,2 milhão de pessoas, muitas delas ainda não diagnosticadas. A Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) pode afetar pessoas mais jovens. Há dois grandes sinais do Alzheimer que podem ser detectados por cientistas. O primeiro é um aglomerado de fragmentos proteicos da proteína beta-amiloide, chamados de placas amiloides. O outro é a presença de emaranhados de uma proteína conhecida como tau. Quando a equipe de cientistas comandada por John Collinge estudou os cérebros de pacientes recém-falecidos em função da Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD, na sigla inglesa), topou justamente com essas pistas. Todos os pacientes tinham contraído a doença através de injeções de hormônio de crescimento que receberam quando crianças. Entre os oito corpos estudados, sete tinham depósitos amiloides, algo surpreendente por causa da idade relativamente jovem (entre 31 e 51 anos) porque eles não tinham histórico familiar de Alzheimer. Para Collinge, a descoberta sugere que os hormônios podem ter passado pequenas quantidades –ou "sementes"– de beta-amiloides, além das proteínas que causaram o CJD. Isso significa que, em teoria, amiloides podem ser espalhados acidentalmente em procedimentos médicos e cirúrgicos e "semear" o Alzheimer. Estudos feitos em animais corroboram a tese, mas é preciso cautela. Nenhum dos pacientes analisados teve diagnóstico de Alzheimer e não está claro se desenvolveriam demência. Também não há provas de que o acúmulo de amiloides estava diretamente ligado às injeções de hormônios. Collinge, por sinal, afirma que mais estudos precisam ser feitos. Ele diz já ter contactado o Ministério da Saúde do Reino Unido para checar se existem antigos estoques de hormônio de crescimento que podem ser examinados para detectar a presença de amiloides. "Não acho que seja causa para alarme. Ninguém precisa adiar ou cancelar cirurgias", disse o cientista. Tratamentos com injeções de hormônio de crescimento –extraídos de cadáveres humanos– foram interrompidos em 1985 depois de descoberto o risco de contágio com CJD. Testes especiais passaram a ser feito em hospitais para minimizar os riscos. Para o médico Eric Karran, diretor da Alzheimer Research UK, entidade que promove pesquisas sobre a doença, as atuais medidas de profilaxia hospitalar já tornam o risco de contágio com CJD extremamente baixo, e mesmo que se confirme o risco de transmissão do Alzheimer, há fatores mais determinantes. "Os principais fatores de risco do Alzheimer ainda são idade, genética e hábitos", afirma Karran. ANÁLISE Estudos como este talvez precisassem vir com um aviso: "pode causar alarme desnecessário". Dizer isso não significa desacreditar seu valor científico –os resultados são interessantes e importantes para aprofundar o conhecimento. Mas eles devem ser interpretados com cautela: há muitos "se" para que seja possível chegar a qualquer conclusão firme. Os cérebros observados são de um pequeno grupo de pacientes submetidos, anteriormente, a um tipo de tratamento que já foi abandonado há muitos anos. Embora ainda não esteja claro o motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvam o Alzheimer e outras não, especialistas concordam que não é possível "pegar" a doença, como se fosse uma gripe.
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Alzheimer pode ser transmissível, diz estudoEm um estudo publicado na revista científica "Nature", cientistas da University College London argumentam que instrumentos cirúrgicos e agulhas poderiam apresentar um raro, mas potencial, risco de contágio. É importante ressaltar que se trata de uma estimativa ainda teórica, feita com base em autópsias de cérebros de oito pacientes. Outros especialistas já refutaram os resultados do estudo, dizendo que eles são inconclusivos e que não significam que o Alzheimer possa ser contagioso. Também não existem evidências de transmissão do Alzheimer entre pessoas, ou seja, não é possível pegar Alzheimer pelo contato com pessoas que tenham a doença. O Alzheimer é um tipo de demência que é mais comum em pessoas de idade avançada. Trata-se de uma "morte" de células cerebrais e de um encolhimento do órgão, o que afeta muitas de suas funções. Cerca de 35 milhões de pessoas no mundo sofrem de Alzheimer. No Brasil, estima-se que a doença degenerativa afete cerca de 1,2 milhão de pessoas, muitas delas ainda não diagnosticadas. A Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) pode afetar pessoas mais jovens. Há dois grandes sinais do Alzheimer que podem ser detectados por cientistas. O primeiro é um aglomerado de fragmentos proteicos da proteína beta-amiloide, chamados de placas amiloides. O outro é a presença de emaranhados de uma proteína conhecida como tau. Quando a equipe de cientistas comandada por John Collinge estudou os cérebros de pacientes recém-falecidos em função da Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD, na sigla inglesa), topou justamente com essas pistas. Todos os pacientes tinham contraído a doença através de injeções de hormônio de crescimento que receberam quando crianças. Entre os oito corpos estudados, sete tinham depósitos amiloides, algo surpreendente por causa da idade relativamente jovem (entre 31 e 51 anos) porque eles não tinham histórico familiar de Alzheimer. Para Collinge, a descoberta sugere que os hormônios podem ter passado pequenas quantidades –ou "sementes"– de beta-amiloides, além das proteínas que causaram o CJD. Isso significa que, em teoria, amiloides podem ser espalhados acidentalmente em procedimentos médicos e cirúrgicos e "semear" o Alzheimer. Estudos feitos em animais corroboram a tese, mas é preciso cautela. Nenhum dos pacientes analisados teve diagnóstico de Alzheimer e não está claro se desenvolveriam demência. Também não há provas de que o acúmulo de amiloides estava diretamente ligado às injeções de hormônios. Collinge, por sinal, afirma que mais estudos precisam ser feitos. Ele diz já ter contactado o Ministério da Saúde do Reino Unido para checar se existem antigos estoques de hormônio de crescimento que podem ser examinados para detectar a presença de amiloides. "Não acho que seja causa para alarme. Ninguém precisa adiar ou cancelar cirurgias", disse o cientista. Tratamentos com injeções de hormônio de crescimento –extraídos de cadáveres humanos– foram interrompidos em 1985 depois de descoberto o risco de contágio com CJD. Testes especiais passaram a ser feito em hospitais para minimizar os riscos. Para o médico Eric Karran, diretor da Alzheimer Research UK, entidade que promove pesquisas sobre a doença, as atuais medidas de profilaxia hospitalar já tornam o risco de contágio com CJD extremamente baixo, e mesmo que se confirme o risco de transmissão do Alzheimer, há fatores mais determinantes. "Os principais fatores de risco do Alzheimer ainda são idade, genética e hábitos", afirma Karran. ANÁLISE Estudos como este talvez precisassem vir com um aviso: "pode causar alarme desnecessário". Dizer isso não significa desacreditar seu valor científico –os resultados são interessantes e importantes para aprofundar o conhecimento. Mas eles devem ser interpretados com cautela: há muitos "se" para que seja possível chegar a qualquer conclusão firme. Os cérebros observados são de um pequeno grupo de pacientes submetidos, anteriormente, a um tipo de tratamento que já foi abandonado há muitos anos. Embora ainda não esteja claro o motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvam o Alzheimer e outras não, especialistas concordam que não é possível "pegar" a doença, como se fosse uma gripe.
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7 batutas: Veja performance de maestros consagrados
Este vídeo acima mostra de frente sete maestros que você geralmente só vê de costas enquanto regem algumas das principais orquestras sinfônicas de São Paulo. Veja mais em especial
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7 batutas: Veja performance de maestros consagradosEste vídeo acima mostra de frente sete maestros que você geralmente só vê de costas enquanto regem algumas das principais orquestras sinfônicas de São Paulo. Veja mais em especial
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Polícia ouvirá ex-pacientes do Einstein atendidos por médicos sob suspeita
A Polícia Civil de São Paulo vai convocar ex-pacientes do hospital Albert Einstein que tenham sido submetidos a cirurgias cardíacas sob o comando de médicos suspeitos de ligação com empresa fornecedora de próteses. Os investigadores querem saber se alguma dessas pessoas recebeu implante de prótese cardíaca sem necessidade. Um grupo de médicos do IML (Instituto Médico Legal) do Estado poderá ajudar a polícia nessa apuração. Como a Folha revelou nesta terça (13), o Einstein apresentou à polícia denúncia contra dois médicos do hospital suspeitos de receber pagamentos e favorecer uma fornecedora de próteses. Os médicos investigados, Marco Antonio Perin e Fábio Sandoli de Brito Júnior, comandavam até junho deste ano o Centro de Intervenção Cardiovascular do hospital –especializado em tratamento por cateterismo como angioplastia e implante de stent. Perin foi demitido do Einstein, e Brito Júnior, afastado do comando do centro de cardiologia. Ambos negam terem cometido irregularidades. A empresa supostamente envolvida no esquema, a CIC Cardiovascular, teve um aumento de 541% nas vendas de stents para o hospital entre 2012 e 2013 e, desde então, teve "clara preferência" dos médicos –segundo representação do Einstein à polícia. As suspeitas contra os cardiologistas foram levantadas por investigação interna do próprio Einstein após receber denúncias de "envolvimento espúrio" entre profissionais do hospital com fornecedores. Análise de e-mails corporativos dos médicos encontrou informações sobre repasses de dinheiro na conta pessoal deles de até R$ 200 mil, além de viagens e presentes. FICHAS De acordo com a polícia, fichas médicas de pacientes deverão ser solicitadas à direção do hospital já nesta quarta (14), assim como outros documentos de interesse na investigação. O número de ex-pacientes a serem ouvidos ainda não está definido porque vai depender da quantidade de intervenções realizadas pelos médicos no hospital. Segundo informações disponíveis na plataforma Lattes (banco de dados de pesquisadores), Perin trabalhava no Einstein desde 1992; Brito Júnior, desde 1997. A Folha apurou que uma auditoria interna por amostragem em cirurgias cardíacas feitas por esses profissionais não detectou intervenções desnecessárias. Os dados dessa auditoria, além de uma sindicância interna da instituição, também serão solicitados pelos policiais. Os dois médicos denunciados pelo Einstein serão ouvidos nos próximos dias. Primeiro, a polícia quer entender o funcionamento do sistema de compras do hospital –se os dois cardiologistas tinham poderes para fechar contratos ou apenas faziam indicação do produto. OUTRO LADO O hospital Albert Einstein, na zona oeste de São Paulo, afirmou nesta quarta-feira (14) que a instituição sempre exigiu de seus profissionais uma conduta ética irrepreensível e que sempre prezou pela transparência em todas as suas relações. Perin foi procurado novamente nesta terça, mas também não quis se pronunciar, assim como já havia ocorrido na segunda-feira (12). De acordo com representação do Einstein, os profissionais alegam terem feito empréstimo à CIC e, nos últimos anos, estariam recebendo a devolução desse dinheiro. Assim, para eles, não haveria nenhuma irregularidade. À Folha, em entrevista anterior, Brito Jr. disse não ter envolvimento com fornecedores. "Não tenho absolutamente nada a ver com isso. Nunca recebi nada [de fornecedor]", afirmou. Disse ainda que explicou ao hospital seu posicionamento. "Continuo trabalhando no Einstein todos os dias. Fazendo angioplastia, cateterismo. Continuo normalmente trabalhando lá." A CIC não se manifestou.
cotidiano
Polícia ouvirá ex-pacientes do Einstein atendidos por médicos sob suspeitaA Polícia Civil de São Paulo vai convocar ex-pacientes do hospital Albert Einstein que tenham sido submetidos a cirurgias cardíacas sob o comando de médicos suspeitos de ligação com empresa fornecedora de próteses. Os investigadores querem saber se alguma dessas pessoas recebeu implante de prótese cardíaca sem necessidade. Um grupo de médicos do IML (Instituto Médico Legal) do Estado poderá ajudar a polícia nessa apuração. Como a Folha revelou nesta terça (13), o Einstein apresentou à polícia denúncia contra dois médicos do hospital suspeitos de receber pagamentos e favorecer uma fornecedora de próteses. Os médicos investigados, Marco Antonio Perin e Fábio Sandoli de Brito Júnior, comandavam até junho deste ano o Centro de Intervenção Cardiovascular do hospital –especializado em tratamento por cateterismo como angioplastia e implante de stent. Perin foi demitido do Einstein, e Brito Júnior, afastado do comando do centro de cardiologia. Ambos negam terem cometido irregularidades. A empresa supostamente envolvida no esquema, a CIC Cardiovascular, teve um aumento de 541% nas vendas de stents para o hospital entre 2012 e 2013 e, desde então, teve "clara preferência" dos médicos –segundo representação do Einstein à polícia. As suspeitas contra os cardiologistas foram levantadas por investigação interna do próprio Einstein após receber denúncias de "envolvimento espúrio" entre profissionais do hospital com fornecedores. Análise de e-mails corporativos dos médicos encontrou informações sobre repasses de dinheiro na conta pessoal deles de até R$ 200 mil, além de viagens e presentes. FICHAS De acordo com a polícia, fichas médicas de pacientes deverão ser solicitadas à direção do hospital já nesta quarta (14), assim como outros documentos de interesse na investigação. O número de ex-pacientes a serem ouvidos ainda não está definido porque vai depender da quantidade de intervenções realizadas pelos médicos no hospital. Segundo informações disponíveis na plataforma Lattes (banco de dados de pesquisadores), Perin trabalhava no Einstein desde 1992; Brito Júnior, desde 1997. A Folha apurou que uma auditoria interna por amostragem em cirurgias cardíacas feitas por esses profissionais não detectou intervenções desnecessárias. Os dados dessa auditoria, além de uma sindicância interna da instituição, também serão solicitados pelos policiais. Os dois médicos denunciados pelo Einstein serão ouvidos nos próximos dias. Primeiro, a polícia quer entender o funcionamento do sistema de compras do hospital –se os dois cardiologistas tinham poderes para fechar contratos ou apenas faziam indicação do produto. OUTRO LADO O hospital Albert Einstein, na zona oeste de São Paulo, afirmou nesta quarta-feira (14) que a instituição sempre exigiu de seus profissionais uma conduta ética irrepreensível e que sempre prezou pela transparência em todas as suas relações. Perin foi procurado novamente nesta terça, mas também não quis se pronunciar, assim como já havia ocorrido na segunda-feira (12). De acordo com representação do Einstein, os profissionais alegam terem feito empréstimo à CIC e, nos últimos anos, estariam recebendo a devolução desse dinheiro. Assim, para eles, não haveria nenhuma irregularidade. À Folha, em entrevista anterior, Brito Jr. disse não ter envolvimento com fornecedores. "Não tenho absolutamente nada a ver com isso. Nunca recebi nada [de fornecedor]", afirmou. Disse ainda que explicou ao hospital seu posicionamento. "Continuo trabalhando no Einstein todos os dias. Fazendo angioplastia, cateterismo. Continuo normalmente trabalhando lá." A CIC não se manifestou.
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Serviços de mapas em smartphones começam a ser oferecidos off-line
Usar seu smartphone para procurar o endereço de um museu ou obter instruções detalhadas sobre como chegar de carro a algum lugar em uma cidade desconhecida pode terminar custando uma fortuna em tarifas de dados. Mas as pessoas que baixarem o novo Google Offline Maps não precisarão pagar um centavo. O app permite que o usuário que esteja em um lugar sem acesso à Internet –seja uma calçada na cidade de Nova York, seja uma estrada rural da Toscana– consulte um mapa que permite que obtenha instruções de voz detalhadas sobre como chegar a algum lugar, e que busque por lugares (como galerias de arte, restaurantes, hotéis), números de telefone e resenhas. O Offline Maps, lançado este mês, é um dentre algumas ferramentas que o Google está lançando para estender seu alcance no mercado de viagens. A companhia também começou recentemente a promover um programa de fidelidade para pessoas que postem resenhas e dicas online sobre restaurantes, salas de espetáculos, jardins botânicos, hotéis, lojas, mercados, museus e praticamente qualquer outro lugar a que desejem ir, como parte do serviço Local Guides. E em julho, a companhia anunciou que exibiria gráficos em seu serviço de buscas que mostram os horários mais e menos populares para visitar lugares como monumentos, aquários, cinemas, lojas e outros destinos, para que os visitantes possam planejar. Juntas, essas ferramentas ajudarão milhares de viajantes a descobrir aonde ir, quando ir e como chegar lá. OFFLINE MAPS Os usuários do Google Maps antes já podiam consultar off-line mapas baixados por wi-fi. Mas a possibilidade de recorrer às instruções de voz ou buscar galerias, cafés e outros destinos, bem como detalhes sobre eles, enquanto estão off-line é novidade. (Mesmo o recurso de preenchimento automático da caixa de buscas do app agora funciona off-line.) Usar o Google Maps off-line requer planejamento mínimo. Quando você estiver em um lugar que tenha wi-fi, simplesmente baixe um mapa para seu smartphone abrindo o app, indo a "offline areas" e apertando o botão de "+". Alternativamente, você pode buscar uma cidade, região ou país e apertar o botão de "download". É só. Há limites para o tamanho do mapa off-line que se pode baixar, mas é possível baixar múltiplos mapas. Assim, se o usuário deseja, por exemplo, mapas de todo um país, pode salvar múltiplos mapas de múltiplas áreas. O mais provável é que a pessoa deseje encontrar mapas de uma grande região metropolitana, por exemplo San Francisco ou Nova York. Digamos que o usuário tenha baixado mapas de Dublin. Depois disso, quando estiver em uma área desprovida de conexão com a Internet, ou se estiver em um bar cuja conexão seja precária, o Google Maps automaticamente passará a funcionar em modo off-line. Quando ele estiver de volta a um lugar onde haja wi-fi, o Google volta a funcionar on-line. Mas o serviço do Google de maneira alguma é a única opção. As lojas de apps estão repletas de mapas off-line detalhados que podem ser baixados para seu smartphone, incluindo o Maps.me, City Maps 2Go e Pocket Earth Pro. Diversos apps desse tipo permitem busca de ruas e de pontos de interesse próximo, seja um restaurante de fast food ou planetário. Alguns deles oferecem resenhas. Diversos são gratuitos. Ou você pode ser retrô e apelar a um mapa de papel. Muita gente está acostumada a navegar com o Google Maps, porém. O app é gratuito e, diferente de alguns concorrentes, seus novos mapas off-line oferecem instruções de voz, bem como resenhas e outras informações sobre museus e restaurantes (obtidos de uma base de audiência maior do que a maioria dos mapas). No momento, o Google Offline Maps está disponível para usuários do Android; os usuários do iOS provavelmente terão acesso a ele antes do final do ano. GUIAS LOCAIS Este mês o Google anunciou a expansão de seu programa Local Guides, cujos membros oferecem resenhas sobre lugares como restaurantes e hotéis, no Google Maps e no serviço de buscas do Google. Para encorajar pessoas a compartilhar informações sobre os lugares que visitam, há um programa de recompensas. Depois de assinar para o serviço em Google.com/local/guides/signup, os membros podem ganhar pontos escrevendo resenhas, subindo fotos, respondendo a perguntas e atualizando informações. Os pontos podem ser usados para recompensas que incluem acesso antecipado a novos produtos e armazenagem online de dados. O programa tem cinco níveis. O mais baixo, nível um (zero a quatro pontos), permite que usuários ingressem em concursos para coisas como os mais recentes produtos do Google. Os usuários nível dois (cinco a 49 pontos) têm acesso antecipado a novos produtos e recursos do Google. Para aqueles que desejam que seus conhecimentos especializados sejam reconhecidos, os usuários nível três (50 a 199 pontos) aparecem no app do Google Maps com um distintivo do Local Guides. Os usuários nível quatro (200 a 499 pontos) recebem 1 terabyte de armazenagem gratuita de dados no Google Drive. E os usuários nível cinco (500 pontos ou mais) podem se inscrever para o que o Google vem descrevendo como "uma conferência de cúpula inaugural", no ano que vem, em um lugar ainda não anunciado, na qual "o usuário poderá conhecer os outros guias de mais alta pontuação em todo o mundo, visitar a sede do Google e obter as mais recentes informações sobre o Google Maps" (a companhia informou que oferecerá detalhes adicionais no ano que vem). O RECURSO POPULAR TIMES Assim que você descobrir os lugares a que deseja ir, há a questão de quando fazê-lo. No passado, você ia e contava com a sorte. Hoje em dia, quando você usa o Google para procurar o museu de Madame Tussaud ou o Shake Yack, ocasionalmente verá em seus resultados de busca um gráfico que mostra o nível de movimento em cada local em diferentes horários de cada dia da semana, com base no número histórico de visitantes. (O gráfico surge no caso de locais e dias em que haja dados adequados.) Nova-iorquinos e turistas podem descobrir, por exemplo, que em uma terça-feira o Museu Metropolitano de Arte de Nova York fica mais vazio na hora da abertura, às 10h, enquanto se você for entre as 13h30 e 15h30, a fila diante do "Trigal com Ciprestes", de Van Gogh, será mais longa. Para comprar ingressos da Broadway com desconto, a fila na cabine da TKTS no South Street Seaport é mais longa no horário de abertura (11h), e por isso se você está determinado a assistir a uma peça específica, chegue cedo. Se está disposto a correr o risco, vá às 16h ou 17h quando a multidão se dispersa. Quanto ao High Line, o parque elevado na parte oeste de Manhattan, vá no começo ou no final do dia. A menos, claro, que todo mundo comece a usar a ferramenta "popular times". Tradução de PAULO MIGLIACCI
turismo
Serviços de mapas em smartphones começam a ser oferecidos off-lineUsar seu smartphone para procurar o endereço de um museu ou obter instruções detalhadas sobre como chegar de carro a algum lugar em uma cidade desconhecida pode terminar custando uma fortuna em tarifas de dados. Mas as pessoas que baixarem o novo Google Offline Maps não precisarão pagar um centavo. O app permite que o usuário que esteja em um lugar sem acesso à Internet –seja uma calçada na cidade de Nova York, seja uma estrada rural da Toscana– consulte um mapa que permite que obtenha instruções de voz detalhadas sobre como chegar a algum lugar, e que busque por lugares (como galerias de arte, restaurantes, hotéis), números de telefone e resenhas. O Offline Maps, lançado este mês, é um dentre algumas ferramentas que o Google está lançando para estender seu alcance no mercado de viagens. A companhia também começou recentemente a promover um programa de fidelidade para pessoas que postem resenhas e dicas online sobre restaurantes, salas de espetáculos, jardins botânicos, hotéis, lojas, mercados, museus e praticamente qualquer outro lugar a que desejem ir, como parte do serviço Local Guides. E em julho, a companhia anunciou que exibiria gráficos em seu serviço de buscas que mostram os horários mais e menos populares para visitar lugares como monumentos, aquários, cinemas, lojas e outros destinos, para que os visitantes possam planejar. Juntas, essas ferramentas ajudarão milhares de viajantes a descobrir aonde ir, quando ir e como chegar lá. OFFLINE MAPS Os usuários do Google Maps antes já podiam consultar off-line mapas baixados por wi-fi. Mas a possibilidade de recorrer às instruções de voz ou buscar galerias, cafés e outros destinos, bem como detalhes sobre eles, enquanto estão off-line é novidade. (Mesmo o recurso de preenchimento automático da caixa de buscas do app agora funciona off-line.) Usar o Google Maps off-line requer planejamento mínimo. Quando você estiver em um lugar que tenha wi-fi, simplesmente baixe um mapa para seu smartphone abrindo o app, indo a "offline areas" e apertando o botão de "+". Alternativamente, você pode buscar uma cidade, região ou país e apertar o botão de "download". É só. Há limites para o tamanho do mapa off-line que se pode baixar, mas é possível baixar múltiplos mapas. Assim, se o usuário deseja, por exemplo, mapas de todo um país, pode salvar múltiplos mapas de múltiplas áreas. O mais provável é que a pessoa deseje encontrar mapas de uma grande região metropolitana, por exemplo San Francisco ou Nova York. Digamos que o usuário tenha baixado mapas de Dublin. Depois disso, quando estiver em uma área desprovida de conexão com a Internet, ou se estiver em um bar cuja conexão seja precária, o Google Maps automaticamente passará a funcionar em modo off-line. Quando ele estiver de volta a um lugar onde haja wi-fi, o Google volta a funcionar on-line. Mas o serviço do Google de maneira alguma é a única opção. As lojas de apps estão repletas de mapas off-line detalhados que podem ser baixados para seu smartphone, incluindo o Maps.me, City Maps 2Go e Pocket Earth Pro. Diversos apps desse tipo permitem busca de ruas e de pontos de interesse próximo, seja um restaurante de fast food ou planetário. Alguns deles oferecem resenhas. Diversos são gratuitos. Ou você pode ser retrô e apelar a um mapa de papel. Muita gente está acostumada a navegar com o Google Maps, porém. O app é gratuito e, diferente de alguns concorrentes, seus novos mapas off-line oferecem instruções de voz, bem como resenhas e outras informações sobre museus e restaurantes (obtidos de uma base de audiência maior do que a maioria dos mapas). No momento, o Google Offline Maps está disponível para usuários do Android; os usuários do iOS provavelmente terão acesso a ele antes do final do ano. GUIAS LOCAIS Este mês o Google anunciou a expansão de seu programa Local Guides, cujos membros oferecem resenhas sobre lugares como restaurantes e hotéis, no Google Maps e no serviço de buscas do Google. Para encorajar pessoas a compartilhar informações sobre os lugares que visitam, há um programa de recompensas. Depois de assinar para o serviço em Google.com/local/guides/signup, os membros podem ganhar pontos escrevendo resenhas, subindo fotos, respondendo a perguntas e atualizando informações. Os pontos podem ser usados para recompensas que incluem acesso antecipado a novos produtos e armazenagem online de dados. O programa tem cinco níveis. O mais baixo, nível um (zero a quatro pontos), permite que usuários ingressem em concursos para coisas como os mais recentes produtos do Google. Os usuários nível dois (cinco a 49 pontos) têm acesso antecipado a novos produtos e recursos do Google. Para aqueles que desejam que seus conhecimentos especializados sejam reconhecidos, os usuários nível três (50 a 199 pontos) aparecem no app do Google Maps com um distintivo do Local Guides. Os usuários nível quatro (200 a 499 pontos) recebem 1 terabyte de armazenagem gratuita de dados no Google Drive. E os usuários nível cinco (500 pontos ou mais) podem se inscrever para o que o Google vem descrevendo como "uma conferência de cúpula inaugural", no ano que vem, em um lugar ainda não anunciado, na qual "o usuário poderá conhecer os outros guias de mais alta pontuação em todo o mundo, visitar a sede do Google e obter as mais recentes informações sobre o Google Maps" (a companhia informou que oferecerá detalhes adicionais no ano que vem). O RECURSO POPULAR TIMES Assim que você descobrir os lugares a que deseja ir, há a questão de quando fazê-lo. No passado, você ia e contava com a sorte. Hoje em dia, quando você usa o Google para procurar o museu de Madame Tussaud ou o Shake Yack, ocasionalmente verá em seus resultados de busca um gráfico que mostra o nível de movimento em cada local em diferentes horários de cada dia da semana, com base no número histórico de visitantes. (O gráfico surge no caso de locais e dias em que haja dados adequados.) Nova-iorquinos e turistas podem descobrir, por exemplo, que em uma terça-feira o Museu Metropolitano de Arte de Nova York fica mais vazio na hora da abertura, às 10h, enquanto se você for entre as 13h30 e 15h30, a fila diante do "Trigal com Ciprestes", de Van Gogh, será mais longa. Para comprar ingressos da Broadway com desconto, a fila na cabine da TKTS no South Street Seaport é mais longa no horário de abertura (11h), e por isso se você está determinado a assistir a uma peça específica, chegue cedo. Se está disposto a correr o risco, vá às 16h ou 17h quando a multidão se dispersa. Quanto ao High Line, o parque elevado na parte oeste de Manhattan, vá no começo ou no final do dia. A menos, claro, que todo mundo comece a usar a ferramenta "popular times". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Reeleição de Maia consolida poder de Temer no Congresso
A reeleição em primeiro turno de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados ajuda a consolidar a base aliada do governo, enfraquece o chamado "centrão" e abre caminho para a aprovação das reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB). Um dos principais aliados de Temer no Congresso, Maia, 46, foi reeleito nesta quinta-feira (2) para o cargo que o coloca como primeiro na linha sucessória da Presidência da República nos próximos dois anos. O deputado teve 293 votos, contra 206 de seus adversários somados. Aliados avaliam que a manifestação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello indeferindo ações que tentavam inviabilizar juridicamente a candidatura de Maia garantiram alguns votos a mais ao deputado, o que fez a disputa ser resolvida no primeiro turno. O resultado é um baque no chamado "centrão", grupo de legendas médias que se formou em torno do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que, nesta quinta, não conseguiu dar mais do que 105 votos ao principal adversário de Maia, Jovair Arantes (PTB-GO). O grupo, que é governista, tende a se diluir. Votação para presidente da Câmara - O Palácio do Planalto aposta que, em questão de dias, irá aparar essas arestas e pacificar sua base. "Tivemos uma disputa na base, o que é mais ou menos compreensível quando temos uma base de 88% do Congresso, mas não houve, de nenhuma forma, um rompimento com o governo", minimizou o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). Já aliados de Jovair prometem troco em votações. A oposição lançou dois candidatos, André Figueiredo (PDT-CE), que teve 59 votos, e Luiza Erundina (PSOL-SP), com 10. Segunda maior bancada da Casa com 58 cadeiras, o PT apoiou Figueiredo. A votação foi secreta. Maia tem contra si a acusação de um executivo da Odebrecht de que –sob o apelido "Botafogo"–, foi beneficiário de R$ 600 mil. Ele nega qualquer irregularidade. Nos pouco mais de seis meses de seu mandato-tampão –ele assumiu o cargo em julho após a renúncia de Cunha–, Maia se notabilizou pela grande afinidade com o Planalto, sendo classificado por adversários e aliados mais como líder do governo do que presidente da Câmara. Ele integrou a linha de frente da defesa e aprovação da principal proposta legislativa de Temer em 2016, a emenda à Constituição que congela os gastos federais pelos próximos 20 anos. O deputado promete manter a harmonia com o governo e liderar as reformas de Temer. Na primeira entrevista após a eleição, confirmou os nomes dos relatores das reformas previdenciária e trabalhista e disse esperar vê-las aprovadas até o meio do ano. "A Câmara precisa ser protagonista neste processo. Precisamos terminar 2018 com a certeza de que a Câmara comanda a reforma do Estado brasileiro. Este é meu objetivo e da maioria da Casa." Filho do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, Rodrigo Maia nasceu no Chile quando o pai estava exilado e está no quinto mandato consecutivo de deputado federal. O novo comando do Congresso
poder
Reeleição de Maia consolida poder de Temer no CongressoA reeleição em primeiro turno de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados ajuda a consolidar a base aliada do governo, enfraquece o chamado "centrão" e abre caminho para a aprovação das reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB). Um dos principais aliados de Temer no Congresso, Maia, 46, foi reeleito nesta quinta-feira (2) para o cargo que o coloca como primeiro na linha sucessória da Presidência da República nos próximos dois anos. O deputado teve 293 votos, contra 206 de seus adversários somados. Aliados avaliam que a manifestação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello indeferindo ações que tentavam inviabilizar juridicamente a candidatura de Maia garantiram alguns votos a mais ao deputado, o que fez a disputa ser resolvida no primeiro turno. O resultado é um baque no chamado "centrão", grupo de legendas médias que se formou em torno do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que, nesta quinta, não conseguiu dar mais do que 105 votos ao principal adversário de Maia, Jovair Arantes (PTB-GO). O grupo, que é governista, tende a se diluir. Votação para presidente da Câmara - O Palácio do Planalto aposta que, em questão de dias, irá aparar essas arestas e pacificar sua base. "Tivemos uma disputa na base, o que é mais ou menos compreensível quando temos uma base de 88% do Congresso, mas não houve, de nenhuma forma, um rompimento com o governo", minimizou o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). Já aliados de Jovair prometem troco em votações. A oposição lançou dois candidatos, André Figueiredo (PDT-CE), que teve 59 votos, e Luiza Erundina (PSOL-SP), com 10. Segunda maior bancada da Casa com 58 cadeiras, o PT apoiou Figueiredo. A votação foi secreta. Maia tem contra si a acusação de um executivo da Odebrecht de que –sob o apelido "Botafogo"–, foi beneficiário de R$ 600 mil. Ele nega qualquer irregularidade. Nos pouco mais de seis meses de seu mandato-tampão –ele assumiu o cargo em julho após a renúncia de Cunha–, Maia se notabilizou pela grande afinidade com o Planalto, sendo classificado por adversários e aliados mais como líder do governo do que presidente da Câmara. Ele integrou a linha de frente da defesa e aprovação da principal proposta legislativa de Temer em 2016, a emenda à Constituição que congela os gastos federais pelos próximos 20 anos. O deputado promete manter a harmonia com o governo e liderar as reformas de Temer. Na primeira entrevista após a eleição, confirmou os nomes dos relatores das reformas previdenciária e trabalhista e disse esperar vê-las aprovadas até o meio do ano. "A Câmara precisa ser protagonista neste processo. Precisamos terminar 2018 com a certeza de que a Câmara comanda a reforma do Estado brasileiro. Este é meu objetivo e da maioria da Casa." Filho do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, Rodrigo Maia nasceu no Chile quando o pai estava exilado e está no quinto mandato consecutivo de deputado federal. O novo comando do Congresso
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Del Nero volta ao comando da CBF após Fifa enfraquecer
Com a Fifa enfraquecida, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, reassumiu o comando da entidade. Ele se afastou do cargo pela primeira vez no dia 3 de dezembro, quando o FBI o acusou de ser um dos beneficiários de esquema de recebimento de propina na venda de direitos de torneios no país e no exterior. No mesmo dia, o Comitê de Ética da Fifa também abriu investigação contra o cartola. De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, ele voltou ao cargo na quinta (7), mas a informação só foi confirmada oficialmente nesta segunda (11). Em janeiro, Del Nero reassumiu por apenas um dia para trocar seu substituto. Agora, decidiu voltar ao poder após constatar a rápida queda de prestígio do novo chefe da Fifa, o suíço Gianni Infantino. Del Nero decidiu voltar ao poder oficialmente após constatar a rápida queda de prestígio do novo presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino. O dirigente brasileiro pretendia ficar fora do poder até julho, mas acelerou o retorno após o enfraquecimento do suíço. No mês passado, a Fifa havia pedido, em comunicado para a Justiça dos EUA, para receber parte do dinheiro recuperado pela autoridades norte-americanas no escândalo envolvendo dirigentes da entidade. A Fifa queria que Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero devolvam US$ 5,3 milhões (quase R$ 20 milhões). Após o cartola recorrer, a Fifa recuou da cobrança. Na terça (5), Infantino levou o mais duro golpe. Ele foi um dos citados no "Panamá Papers", que mostra como o escritório Mossack Fonseca ajudava vários personalidades na abertura de empresas offshore pelo mundo. O objetivo muitas vezes era sonegar impostos ou lavar dinheiro. Infantino aparece assinando acordos de direitos televisivos da época que trabalhava na Uefa, entre 2003 e 2006. No dia seguinte, a Polícia Federal da Suíça realizou buscas na sede da Uefa (que controla o futebol europeu), em Nyon, para colher documentos dos contratos de direitos televisivos da entidade com a empresa Cross Trading. Na sequência, o Ministério Público da Suíça informou que há "suspeita de gestão criminosa" em negociações de venda de direitos de televisão de competições organizadas pela entidade europeia. MÃO DE FERRO Apesar de ter se licenciado, o dirigente comandou com mão de ferro a entidade neste período. O presidente da Federação Paraense de Futebol, coronel Nunes, que o substituiu desde janeiro, tinha função apenas protocolar Na terça (5), del Nero se reuniu com Dunga, fez cobranças ao treinador e o garantiu no comando da equipe nacional até a Copa América, em junho, nos EUA. No mês passado, a Folha revelou que o dirigente continuava usando o helicóptero e o avião da CBF, mesmo fora do poder. Ele inclusive viajou de avião para Brasília, onde é alvo de uma investigação no Senado.
esporte
Del Nero volta ao comando da CBF após Fifa enfraquecerCom a Fifa enfraquecida, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, reassumiu o comando da entidade. Ele se afastou do cargo pela primeira vez no dia 3 de dezembro, quando o FBI o acusou de ser um dos beneficiários de esquema de recebimento de propina na venda de direitos de torneios no país e no exterior. No mesmo dia, o Comitê de Ética da Fifa também abriu investigação contra o cartola. De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, ele voltou ao cargo na quinta (7), mas a informação só foi confirmada oficialmente nesta segunda (11). Em janeiro, Del Nero reassumiu por apenas um dia para trocar seu substituto. Agora, decidiu voltar ao poder após constatar a rápida queda de prestígio do novo chefe da Fifa, o suíço Gianni Infantino. Del Nero decidiu voltar ao poder oficialmente após constatar a rápida queda de prestígio do novo presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino. O dirigente brasileiro pretendia ficar fora do poder até julho, mas acelerou o retorno após o enfraquecimento do suíço. No mês passado, a Fifa havia pedido, em comunicado para a Justiça dos EUA, para receber parte do dinheiro recuperado pela autoridades norte-americanas no escândalo envolvendo dirigentes da entidade. A Fifa queria que Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero devolvam US$ 5,3 milhões (quase R$ 20 milhões). Após o cartola recorrer, a Fifa recuou da cobrança. Na terça (5), Infantino levou o mais duro golpe. Ele foi um dos citados no "Panamá Papers", que mostra como o escritório Mossack Fonseca ajudava vários personalidades na abertura de empresas offshore pelo mundo. O objetivo muitas vezes era sonegar impostos ou lavar dinheiro. Infantino aparece assinando acordos de direitos televisivos da época que trabalhava na Uefa, entre 2003 e 2006. No dia seguinte, a Polícia Federal da Suíça realizou buscas na sede da Uefa (que controla o futebol europeu), em Nyon, para colher documentos dos contratos de direitos televisivos da entidade com a empresa Cross Trading. Na sequência, o Ministério Público da Suíça informou que há "suspeita de gestão criminosa" em negociações de venda de direitos de televisão de competições organizadas pela entidade europeia. MÃO DE FERRO Apesar de ter se licenciado, o dirigente comandou com mão de ferro a entidade neste período. O presidente da Federação Paraense de Futebol, coronel Nunes, que o substituiu desde janeiro, tinha função apenas protocolar Na terça (5), del Nero se reuniu com Dunga, fez cobranças ao treinador e o garantiu no comando da equipe nacional até a Copa América, em junho, nos EUA. No mês passado, a Folha revelou que o dirigente continuava usando o helicóptero e o avião da CBF, mesmo fora do poder. Ele inclusive viajou de avião para Brasília, onde é alvo de uma investigação no Senado.
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Órgão dos EUA impõe multa à Deloitte de US$ 8 milhões por auditoria da Gol
A agência norte-americana que regulamenta as empresas de auditoria impôs à subsidiária brasileira da Deloitte uma multa recorde de US$ 8 milhões. Segundo a agência, a Deloitte foi punida por falsificar relatórios de auditoria envolvendo a empresa aérea Gol, alterar documentos e prestar falsos depoimentos durante uma investigação que revelou o que a agência descreve como sua "mais grave" constatação de irregularidades. O Conselho de Fiscalização da Contabilidade de Empresas de Capital Aberto (PCAOB) também impôs sanções a 12 antigos sócios da empresa. O caso da Deloitte Brasil é a primeira vez que o PCAOB acusa de fraude uma das quatro grandes empresas mundiais de auditoria. Ao aceitar um acordo para encerrar o caso, a Deloitte Brasil admitiu ter violado padrões de controle de qualidade e não ter cooperado com a inspeção das autoridades norte-americanas e com a investigação subsequente. "Trata-se do mais sério delito de conduta que já descobrimos. Houve acobertamento atrás de acobertamento atrás de acobertamento", disse Claudius Modesti, diretor de fiscalização do PCAOB. Além da multa, a Deloitte aceitou ser submetida a monitoração independente e foi proibida de assinar com novos clientes até que cumpra as metas corretivas. O PCAOB diz que a Deloitte estava ciente de que a Gol não tinha comprovação suficiente para sustentar "montante potencialmente importante de depósitos de manutenção" que estava reportando. Os auditores da Deloitte também sabiam que a contabilidade da empresa estava sendo revisada em busca de declarações incorretas, mas ainda assim divulgaram seu relatório de auditoria e verificaram como corretas as informações financeiras prestadas pela companhia. Em 2012, inspetores da PCAOB estudaram as auditorias da Gol durante sua revisão do trabalho da Deloitte Brasil. O sócio que respondia pela conta da Gol teria supostamente instruído sua equipe a alterar os documentos de trabalho. Em uma conversa, o sócio disse a um colega que "qualquer prova que você tiver sobre isso, remova-a de sua máquina". "Tudo que você me contou, tudo que discutimos, nunca ocorreu", completou. A Deloitte conduziu uma investigação interna, depois que os fiscais revelaram suas preocupações sobre documentos alterados, e foram localizados 70 documentos de trabalho alterados nas auditorias da Gol. O PCAOB diz que os líderes da empresa também obstruíram os investigadores quando estes tentaram estudar o caso de um segundo cliente. OUTRO LADO Procurada pela Folha, a Gol disse, em comunicado, que "não há nenhum indício de benefício à companhia em decorrência dos itens indicados ou qualquer impacto dos mesmos em suas demonstrações financeiras". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Órgão dos EUA impõe multa à Deloitte de US$ 8 milhões por auditoria da GolA agência norte-americana que regulamenta as empresas de auditoria impôs à subsidiária brasileira da Deloitte uma multa recorde de US$ 8 milhões. Segundo a agência, a Deloitte foi punida por falsificar relatórios de auditoria envolvendo a empresa aérea Gol, alterar documentos e prestar falsos depoimentos durante uma investigação que revelou o que a agência descreve como sua "mais grave" constatação de irregularidades. O Conselho de Fiscalização da Contabilidade de Empresas de Capital Aberto (PCAOB) também impôs sanções a 12 antigos sócios da empresa. O caso da Deloitte Brasil é a primeira vez que o PCAOB acusa de fraude uma das quatro grandes empresas mundiais de auditoria. Ao aceitar um acordo para encerrar o caso, a Deloitte Brasil admitiu ter violado padrões de controle de qualidade e não ter cooperado com a inspeção das autoridades norte-americanas e com a investigação subsequente. "Trata-se do mais sério delito de conduta que já descobrimos. Houve acobertamento atrás de acobertamento atrás de acobertamento", disse Claudius Modesti, diretor de fiscalização do PCAOB. Além da multa, a Deloitte aceitou ser submetida a monitoração independente e foi proibida de assinar com novos clientes até que cumpra as metas corretivas. O PCAOB diz que a Deloitte estava ciente de que a Gol não tinha comprovação suficiente para sustentar "montante potencialmente importante de depósitos de manutenção" que estava reportando. Os auditores da Deloitte também sabiam que a contabilidade da empresa estava sendo revisada em busca de declarações incorretas, mas ainda assim divulgaram seu relatório de auditoria e verificaram como corretas as informações financeiras prestadas pela companhia. Em 2012, inspetores da PCAOB estudaram as auditorias da Gol durante sua revisão do trabalho da Deloitte Brasil. O sócio que respondia pela conta da Gol teria supostamente instruído sua equipe a alterar os documentos de trabalho. Em uma conversa, o sócio disse a um colega que "qualquer prova que você tiver sobre isso, remova-a de sua máquina". "Tudo que você me contou, tudo que discutimos, nunca ocorreu", completou. A Deloitte conduziu uma investigação interna, depois que os fiscais revelaram suas preocupações sobre documentos alterados, e foram localizados 70 documentos de trabalho alterados nas auditorias da Gol. O PCAOB diz que os líderes da empresa também obstruíram os investigadores quando estes tentaram estudar o caso de um segundo cliente. OUTRO LADO Procurada pela Folha, a Gol disse, em comunicado, que "não há nenhum indício de benefício à companhia em decorrência dos itens indicados ou qualquer impacto dos mesmos em suas demonstrações financeiras". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Objetos
Régua Régua de cortar folhas de sulfite já impressas na frente, mas com o verso em branco, em oito pedaços iguais. Pequenos quadrados que empilho ao lado do computador e fazem as vezes de bloco de notas. Régua ecológica de não desperdiçar madeira. Régua mais próxima das éguas. Éguas reais que atravessam os sonhos. Que agora circulam no meu escritório. E talvez nem dependam desta régua banal. Latas Latas de azeite. Latas de sardinha. Latas de refrigerante. Latas de atum. Latas de salsicha. Latas de feijoada. Latas de tomate pelado. Latas de milho. Latas de sopa. Latas de pêssego em calda. Latas de tinta. Latas de querosene. Latas de aguarrás. Latas ou não latas. Latas em prateleiras. Latas com que os bateristas natos fabricam seus primeiros instrumentos. Tesoura Tenho duas tesouras em casa. E uma terceira que imagino. A tesoura perfeita, sem psicanálise. A tesoura e o besouro inoxidável. Alforriada sob a lua mansa. Vallejiana e antitumular. Copo Meu avô deixava o copo de geleia em que tomava café no canto da pia, ao lado da garrafa térmica. Bebia café das cinco da manhã às três da tarde em pequenas doses de um dedo. Usava o mesmo copo de segunda a segunda, passando uma água nele depois de cada gole. Uma vez por semana o lavava com bucha e sabão. Meu avô era um homem revoltado. Sei que não dá pra perceber. Mas as pessoas também não percebiam. Ventilador Sonho com um apartamento quase vazio: um colchão, uma mesa, duas cadeiras, um laptop sem acesso à internet e um ventilador portátil de pás verdes ou azuis. Num país latino-americano que ainda não conheço. Ou então no centro de São Paulo -contanto que nenhum amigo soubesse que estou no Brasil. Desse ventilador viriam as melhores ideias. Com seu barulho hipnótico eu me concentraria como nunca. Escrever seria o mesmo que pensar e pensar seria o mesmo que viver. Preciso desesperadamente de um ventilador assim.
colunas
ObjetosRégua Régua de cortar folhas de sulfite já impressas na frente, mas com o verso em branco, em oito pedaços iguais. Pequenos quadrados que empilho ao lado do computador e fazem as vezes de bloco de notas. Régua ecológica de não desperdiçar madeira. Régua mais próxima das éguas. Éguas reais que atravessam os sonhos. Que agora circulam no meu escritório. E talvez nem dependam desta régua banal. Latas Latas de azeite. Latas de sardinha. Latas de refrigerante. Latas de atum. Latas de salsicha. Latas de feijoada. Latas de tomate pelado. Latas de milho. Latas de sopa. Latas de pêssego em calda. Latas de tinta. Latas de querosene. Latas de aguarrás. Latas ou não latas. Latas em prateleiras. Latas com que os bateristas natos fabricam seus primeiros instrumentos. Tesoura Tenho duas tesouras em casa. E uma terceira que imagino. A tesoura perfeita, sem psicanálise. A tesoura e o besouro inoxidável. Alforriada sob a lua mansa. Vallejiana e antitumular. Copo Meu avô deixava o copo de geleia em que tomava café no canto da pia, ao lado da garrafa térmica. Bebia café das cinco da manhã às três da tarde em pequenas doses de um dedo. Usava o mesmo copo de segunda a segunda, passando uma água nele depois de cada gole. Uma vez por semana o lavava com bucha e sabão. Meu avô era um homem revoltado. Sei que não dá pra perceber. Mas as pessoas também não percebiam. Ventilador Sonho com um apartamento quase vazio: um colchão, uma mesa, duas cadeiras, um laptop sem acesso à internet e um ventilador portátil de pás verdes ou azuis. Num país latino-americano que ainda não conheço. Ou então no centro de São Paulo -contanto que nenhum amigo soubesse que estou no Brasil. Desse ventilador viriam as melhores ideias. Com seu barulho hipnótico eu me concentraria como nunca. Escrever seria o mesmo que pensar e pensar seria o mesmo que viver. Preciso desesperadamente de um ventilador assim.
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Promessa ignorada
Em dezembro de 2014, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mobilizou todos os secretários e diretores do ministério e convidou um grupo de especialistas para começar a, em conjunto, discutir a viabilidade de um pacto nacional de redução de homicídios. Dilma Rousseff acabara de ser reeleita. Tudo indicava que havia favorável clima político para se enfrentar a urgência de o governo federal liderar a reversão da vergonhosa taxa de homicídios do país. Afinal de contas, os 12 anos de governo do PT contribuíram para reduzir de forma significativa os níveis de desigualdade. Milhões de brasileiros ultrapassaram a linha da pobreza extrema. Poder-se-ia até questionar a falta de investimentos em educação básica ou na saúde, mas algumas conquistas eram inegáveis. O Brasil, porém, continuava a ser o campeão mundial de homicídios, com 56 mil mortes anuais, e o governo federal precisava propor medidas emergenciais para provocar governadores e prefeitos a rever políticas de repressão e prevenção da criminalidade violenta no país. Para começar, seria preciso propor um pacto nacional de redução de homicídios em torno do qual houvesse um compromisso claro e inequívoco de diferentes instâncias e poderes. Para tanto, precisaria ser uma prioridade política da União. Pois bem, ao longo do primeiro semestre deste ano, esse grupo de especialistas convidados pelo ministro da Justiça trabalhou junto com profissionais do governo federal no desenho de um projeto ambicioso e, mais do que isso, emergencial. Energias foram mobilizadas e diálogos iniciados. Em junho de 2015, no encontro anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Rio, Cardozo apresentou, para frustração dos profissionais que estiveram envolvidos no projeto, linhas muito gerais da proposta, sem na verdade explicar para o público ou para a mídia o que, de fato, seria o tal pacto nacional de redução de homicídios. A surpresa foi geral. A mídia pouco ou nada entendeu. Hoje, olhando para trás, podemos, nós especialistas envolvidos no trabalho, admitir que o governo federal percebeu em algum momento a necessidade de tomar em suas mãos a responsabilidade de liderar o processo em torno de tão urgente pauta. Infelizmente, um ano depois da reunião de dezembro de 2014, e quase 60 mil mortes a mais, praticamente nada aconteceu. Para além de atividades técnicas pontuais, o governo patina e deixa dúvidas: será que a crise política inviabilizou mesmo o plano ou será que o governo federal jamais teve, de fato, coragem para assumir e cobrar dos governadores compromissos efetivos para modernizar a segurança pública e reduzir a violência? Ao deixar de agir, o governo Dilma desconsidera que, segundo pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública ao Datafolha, mais de 80% da população residente nas grandes cidades brasileiras é favorável à iniciativa. Enfim, o governo Dilma precisa definitivamente admitir que, mesmo reconhecendo o momento de fragilidade vivido, reduzir a violência não é tema menor. De que adianta só reduzir desigualdades ou investir em educação se a população é refém da falta de confiança nas polícias, do medo e da insegurança? JULITA LEMGRUBER, 70, é coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania - Cesec/Ucam e ex-diretora do Sistema Penitenciário do Rio * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Promessa ignoradaEm dezembro de 2014, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mobilizou todos os secretários e diretores do ministério e convidou um grupo de especialistas para começar a, em conjunto, discutir a viabilidade de um pacto nacional de redução de homicídios. Dilma Rousseff acabara de ser reeleita. Tudo indicava que havia favorável clima político para se enfrentar a urgência de o governo federal liderar a reversão da vergonhosa taxa de homicídios do país. Afinal de contas, os 12 anos de governo do PT contribuíram para reduzir de forma significativa os níveis de desigualdade. Milhões de brasileiros ultrapassaram a linha da pobreza extrema. Poder-se-ia até questionar a falta de investimentos em educação básica ou na saúde, mas algumas conquistas eram inegáveis. O Brasil, porém, continuava a ser o campeão mundial de homicídios, com 56 mil mortes anuais, e o governo federal precisava propor medidas emergenciais para provocar governadores e prefeitos a rever políticas de repressão e prevenção da criminalidade violenta no país. Para começar, seria preciso propor um pacto nacional de redução de homicídios em torno do qual houvesse um compromisso claro e inequívoco de diferentes instâncias e poderes. Para tanto, precisaria ser uma prioridade política da União. Pois bem, ao longo do primeiro semestre deste ano, esse grupo de especialistas convidados pelo ministro da Justiça trabalhou junto com profissionais do governo federal no desenho de um projeto ambicioso e, mais do que isso, emergencial. Energias foram mobilizadas e diálogos iniciados. Em junho de 2015, no encontro anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Rio, Cardozo apresentou, para frustração dos profissionais que estiveram envolvidos no projeto, linhas muito gerais da proposta, sem na verdade explicar para o público ou para a mídia o que, de fato, seria o tal pacto nacional de redução de homicídios. A surpresa foi geral. A mídia pouco ou nada entendeu. Hoje, olhando para trás, podemos, nós especialistas envolvidos no trabalho, admitir que o governo federal percebeu em algum momento a necessidade de tomar em suas mãos a responsabilidade de liderar o processo em torno de tão urgente pauta. Infelizmente, um ano depois da reunião de dezembro de 2014, e quase 60 mil mortes a mais, praticamente nada aconteceu. Para além de atividades técnicas pontuais, o governo patina e deixa dúvidas: será que a crise política inviabilizou mesmo o plano ou será que o governo federal jamais teve, de fato, coragem para assumir e cobrar dos governadores compromissos efetivos para modernizar a segurança pública e reduzir a violência? Ao deixar de agir, o governo Dilma desconsidera que, segundo pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública ao Datafolha, mais de 80% da população residente nas grandes cidades brasileiras é favorável à iniciativa. Enfim, o governo Dilma precisa definitivamente admitir que, mesmo reconhecendo o momento de fragilidade vivido, reduzir a violência não é tema menor. De que adianta só reduzir desigualdades ou investir em educação se a população é refém da falta de confiança nas polícias, do medo e da insegurança? JULITA LEMGRUBER, 70, é coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania - Cesec/Ucam e ex-diretora do Sistema Penitenciário do Rio * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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O que mudou?
Com o cargo completando 27 anos, questionei alguns dos ex-ombudsmans quanto ao que eles consideram os principais desafios e mudanças desde que deixaram o posto. Confira as respostas a seguir. De ombudsman a leitor, como analisa as mudanças da Folha desde então? CAIO TÚLIO COSTA (24/9/1989 a 22/9/1991) Para responder à pergunta eu preciso do espaço de uns dois livros bem gordos e não conseguirei dar conta. Quando a Folha inaugurou esta função, o jornalismo ainda estava na era de Gutenberg e agora se encontra na fase chamada de pós-industrial. Mudou tudo. Hoje, duas das maiores empresas de mídia do planeta (Google e Facebook) não produzem uma linha sequer de conteúdo. Sabe lá o que é isso? Pior, os jornais não estão conseguindo acompanhar a disrupção que o meio sofre desde que a internet existe e se agravou com as redes sociais. A Folha tem a sorte de ter uma empresa irmã que está se saindo muito bem neste novo ambiente, o UOL. Mas como jornal, seja no impresso seja no digital, a Folha ainda está agarrada a um modelo de negócio que definha rapidamente. Enfim, teria muita coisa pra falar MARIO VITOR SANTOS (19/9/1991 a 19/9/1993 e 12/1/1997 a 28/12/1997) A principal mudança foi o abandono da busca da equidistância e da imparcialidade —expressa tanto nas reportagens como na edição— em troca do apoio jornalístico à derrubada, por motivações de natureza política, de uma presidente eleita, contra a qual não existe acusação de crime, seguida agora pelo apoio ao governo que resultou desse golpe. MARCELO LEITE (2/10/1994 a 5/1/1997) Acredite, faz 20 anos que meu mandato acabou. Muita coisa mudou, talvez coisas demais. O espaço e a Redação encolheram, enquanto as tarefas se multiplicaram com site, vídeos e infografia animada. Numa época em que as redes sociais amplificam a polarização ideológica, análise e interpretação jornalísticas, que deveriam abalar esses edifícios de certeza, migraram das reportagens —hoje apenas relatoriais em sua maioria— para colunas de opinião (quando não cedem à lógica maniqueísta das redes) e edições especiais. Não creio que seja apenas despreparo de jornalistas mais jovens, mas também incentivos estruturais para apurar e redigir mal: baixos salários, precariedade no emprego, sobrecarga, moral rebaixado pelas sucessivas ondas de demissão. O resultado é um jornal superficial, chato, com muitos altos e baixos. O leitor em busca de informação mais qualificada tem de se contentar com o "Valor Econômico", apesar do recorte restrito e da edição burocrática, e com a "Piauí", ou publicações estrangeiras para também ter alguma prazer durante a leitura. BERNARDO AJZENBERG (18/3/2001 a 7/3/2004) À parte o vazamento obrigatório para outros suportes —principalmente internet—, os jornais, no fundo, não mudaram muito nos últimos 15 anos. E esse é o problema. Porque todo o resto mudou. Não se pega mais o jornal para saber o que aconteceu ontem ou para ver como será o tempo e que filmes estão passando na cidade –para isso temos sites, televisão, rádio. Esse modelo está obsoleto. Qual é, então, o "valor agregado" diferenciador que ele poderia oferecer para justificar a sua existência e o seu custo hoje? Em tese, a apuração jornalística inédita, a captação de tendências, um aprofundamento dos temas —maiores ou menores— da vida cotidiana; uma contribuição equilibrada para o debate político, econômico e cultural no país; uma prestação de serviços diferentes, especiais. Se é isso, por que não radicalizar nessa direção? MÁRIO MAGALHÃES (8/4/2007 a 6/4/2008) Certo jornalismo brasileiro vem se descaracterizando, transformando-se em propaganda. Regressou ao partidarismo estouvado dos anos 1950. É crítico com uns e condescendente com outros. A opinião sufoca a informação. Muitas vezes o que na forma é reportagem no conteúdo constitui editorial. Perde o jornalismo, os cidadãos perdem muito mais. CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA (27/4/2008 a 21/2/2010) Neste período, o negócio do jornalismo sofreu em praticamente todo o mundo ocidental as maiores mudanças estruturais em mais de um século. O resultado, em geral, do ponto de vista técnico, foi uma sensível perda de qualidade, provocada pela incapacidade dos gestores dos veículos em encontrar fórmulas de permanecerem suficientemente lucrativos a ponto de sustentar os padrões de excelência tradicionais. A resposta-padrão às dificuldades financeiras foi cortar pessoal e conteúdo. A consequente deterioração do produto se tornou inescapável. A Folha não escapou desse processo. Minha avaliação impressionística (não metódica) é que o jornal piorou em relação ao que era antes. Louve-se, no entanto, seu empenho em manter, ao contrário de muitos outros pelo mundo e apesar da intensidade da crise, a função de ombudsman, comprovação de que sua atitude em relação à autocrítica e à tentativa de melhorar resistiu ao impacto dos problemas. Se fosse ombudsman hoje, qual seria sua maior preocupação e/ou desafio? CAIO TÚLIO COSTA Se eu estivesse no seu lugar, eu iria me preocupar muito sobre como o leitor quer ser informado, qual a maneira mais eficaz de levar a informação e chegar nele onde ele estiver, além de eleger a interação como o principal marco da relação entre jornalista e leitor. Não descuidaria em nenhum momento da questão central que é a de encontrar o modelo de negócio capaz de dar vida a uma publicação independente, crítica, distanciada dos centros de poder —políticos e empresariais— e com total capacidade investigativa. MARIO VITOR SANTOS Seria a inexistência de audição —equilibrada, expressa na forma das edições— de todos os lados, especialmente o que atinge os governos Lula, Dilma e o PT, e as terríveis consequências dessa prática, como a condução ao poder de um grupo envolvido diretamente em desvios na Petrobras e outros órgãos. Outra questão seria o oficialismo, ou seja, a dependência exclusiva, voluntária, orgânica e oculta ao público, do noticiário sobre a Lava Jato a fontes oficiais mantidas em sigilo, na PF, no MPF, e na Justiça. MARCELO LEITE Dar o máximo de transparência quanto à transformação profunda em curso no jornalismo e seu modelo de negócios, que pode bem acabar em morte ou coma, e indicar como essa deterioração se manifesta a cada dia nas edições que eles têm em mãos. Secundariamente, retomar a tradição de "media criticism", bem mais aguerrida quando a função foi criada, recorrendo a comparações diretas entre os meios de comunicação quanto a seu conteúdo e vieses, não tanto quanto a volume ou apresentação gráfica. Separar o joio do trigo e dar nomes aos bois. BERNARDO AJZENBERG Há uma transição em curso, sofrida e difícil, para um outro modelo, em que o jornal precisa se reinventar e enfrentar a dinâmica perversa e empobrecedora das polarizações dos algoritmos das redes sociais. Talvez o maior desafio seja, escorando-se na sensibilidade do leitorado e nos princípios de apartidarismo, criticismo, respeito ao "outro lado", credibilidade e qualidade de texto, contribuir com elementos concretos para forjar esse jornal reformulado. Por questão de sobrevivência e porque isso é do interesse do leitor. CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA A função do ombudsman, já que o consumo do jornal tem se deslocado do papel para a tela, deve se concentrar mais na edição digital, com suas caraterísticas e peculiaridades específicas, do que na impressa para atender às necessidades e demandas do público que cada vez mais a lê. Isso, sem deixar de dar prioridade para as questões de técnica jornalística (apuração, redação, correção linguística, edição) e de fidelidade aos princípios do Projeto Folha (apartidarismo, pluralismo, didatismo, espírito crítico).
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O que mudou?Com o cargo completando 27 anos, questionei alguns dos ex-ombudsmans quanto ao que eles consideram os principais desafios e mudanças desde que deixaram o posto. Confira as respostas a seguir. De ombudsman a leitor, como analisa as mudanças da Folha desde então? CAIO TÚLIO COSTA (24/9/1989 a 22/9/1991) Para responder à pergunta eu preciso do espaço de uns dois livros bem gordos e não conseguirei dar conta. Quando a Folha inaugurou esta função, o jornalismo ainda estava na era de Gutenberg e agora se encontra na fase chamada de pós-industrial. Mudou tudo. Hoje, duas das maiores empresas de mídia do planeta (Google e Facebook) não produzem uma linha sequer de conteúdo. Sabe lá o que é isso? Pior, os jornais não estão conseguindo acompanhar a disrupção que o meio sofre desde que a internet existe e se agravou com as redes sociais. A Folha tem a sorte de ter uma empresa irmã que está se saindo muito bem neste novo ambiente, o UOL. Mas como jornal, seja no impresso seja no digital, a Folha ainda está agarrada a um modelo de negócio que definha rapidamente. Enfim, teria muita coisa pra falar MARIO VITOR SANTOS (19/9/1991 a 19/9/1993 e 12/1/1997 a 28/12/1997) A principal mudança foi o abandono da busca da equidistância e da imparcialidade —expressa tanto nas reportagens como na edição— em troca do apoio jornalístico à derrubada, por motivações de natureza política, de uma presidente eleita, contra a qual não existe acusação de crime, seguida agora pelo apoio ao governo que resultou desse golpe. MARCELO LEITE (2/10/1994 a 5/1/1997) Acredite, faz 20 anos que meu mandato acabou. Muita coisa mudou, talvez coisas demais. O espaço e a Redação encolheram, enquanto as tarefas se multiplicaram com site, vídeos e infografia animada. Numa época em que as redes sociais amplificam a polarização ideológica, análise e interpretação jornalísticas, que deveriam abalar esses edifícios de certeza, migraram das reportagens —hoje apenas relatoriais em sua maioria— para colunas de opinião (quando não cedem à lógica maniqueísta das redes) e edições especiais. Não creio que seja apenas despreparo de jornalistas mais jovens, mas também incentivos estruturais para apurar e redigir mal: baixos salários, precariedade no emprego, sobrecarga, moral rebaixado pelas sucessivas ondas de demissão. O resultado é um jornal superficial, chato, com muitos altos e baixos. O leitor em busca de informação mais qualificada tem de se contentar com o "Valor Econômico", apesar do recorte restrito e da edição burocrática, e com a "Piauí", ou publicações estrangeiras para também ter alguma prazer durante a leitura. BERNARDO AJZENBERG (18/3/2001 a 7/3/2004) À parte o vazamento obrigatório para outros suportes —principalmente internet—, os jornais, no fundo, não mudaram muito nos últimos 15 anos. E esse é o problema. Porque todo o resto mudou. Não se pega mais o jornal para saber o que aconteceu ontem ou para ver como será o tempo e que filmes estão passando na cidade –para isso temos sites, televisão, rádio. Esse modelo está obsoleto. Qual é, então, o "valor agregado" diferenciador que ele poderia oferecer para justificar a sua existência e o seu custo hoje? Em tese, a apuração jornalística inédita, a captação de tendências, um aprofundamento dos temas —maiores ou menores— da vida cotidiana; uma contribuição equilibrada para o debate político, econômico e cultural no país; uma prestação de serviços diferentes, especiais. Se é isso, por que não radicalizar nessa direção? MÁRIO MAGALHÃES (8/4/2007 a 6/4/2008) Certo jornalismo brasileiro vem se descaracterizando, transformando-se em propaganda. Regressou ao partidarismo estouvado dos anos 1950. É crítico com uns e condescendente com outros. A opinião sufoca a informação. Muitas vezes o que na forma é reportagem no conteúdo constitui editorial. Perde o jornalismo, os cidadãos perdem muito mais. CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA (27/4/2008 a 21/2/2010) Neste período, o negócio do jornalismo sofreu em praticamente todo o mundo ocidental as maiores mudanças estruturais em mais de um século. O resultado, em geral, do ponto de vista técnico, foi uma sensível perda de qualidade, provocada pela incapacidade dos gestores dos veículos em encontrar fórmulas de permanecerem suficientemente lucrativos a ponto de sustentar os padrões de excelência tradicionais. A resposta-padrão às dificuldades financeiras foi cortar pessoal e conteúdo. A consequente deterioração do produto se tornou inescapável. A Folha não escapou desse processo. Minha avaliação impressionística (não metódica) é que o jornal piorou em relação ao que era antes. Louve-se, no entanto, seu empenho em manter, ao contrário de muitos outros pelo mundo e apesar da intensidade da crise, a função de ombudsman, comprovação de que sua atitude em relação à autocrítica e à tentativa de melhorar resistiu ao impacto dos problemas. Se fosse ombudsman hoje, qual seria sua maior preocupação e/ou desafio? CAIO TÚLIO COSTA Se eu estivesse no seu lugar, eu iria me preocupar muito sobre como o leitor quer ser informado, qual a maneira mais eficaz de levar a informação e chegar nele onde ele estiver, além de eleger a interação como o principal marco da relação entre jornalista e leitor. Não descuidaria em nenhum momento da questão central que é a de encontrar o modelo de negócio capaz de dar vida a uma publicação independente, crítica, distanciada dos centros de poder —políticos e empresariais— e com total capacidade investigativa. MARIO VITOR SANTOS Seria a inexistência de audição —equilibrada, expressa na forma das edições— de todos os lados, especialmente o que atinge os governos Lula, Dilma e o PT, e as terríveis consequências dessa prática, como a condução ao poder de um grupo envolvido diretamente em desvios na Petrobras e outros órgãos. Outra questão seria o oficialismo, ou seja, a dependência exclusiva, voluntária, orgânica e oculta ao público, do noticiário sobre a Lava Jato a fontes oficiais mantidas em sigilo, na PF, no MPF, e na Justiça. MARCELO LEITE Dar o máximo de transparência quanto à transformação profunda em curso no jornalismo e seu modelo de negócios, que pode bem acabar em morte ou coma, e indicar como essa deterioração se manifesta a cada dia nas edições que eles têm em mãos. Secundariamente, retomar a tradição de "media criticism", bem mais aguerrida quando a função foi criada, recorrendo a comparações diretas entre os meios de comunicação quanto a seu conteúdo e vieses, não tanto quanto a volume ou apresentação gráfica. Separar o joio do trigo e dar nomes aos bois. BERNARDO AJZENBERG Há uma transição em curso, sofrida e difícil, para um outro modelo, em que o jornal precisa se reinventar e enfrentar a dinâmica perversa e empobrecedora das polarizações dos algoritmos das redes sociais. Talvez o maior desafio seja, escorando-se na sensibilidade do leitorado e nos princípios de apartidarismo, criticismo, respeito ao "outro lado", credibilidade e qualidade de texto, contribuir com elementos concretos para forjar esse jornal reformulado. Por questão de sobrevivência e porque isso é do interesse do leitor. CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA A função do ombudsman, já que o consumo do jornal tem se deslocado do papel para a tela, deve se concentrar mais na edição digital, com suas caraterísticas e peculiaridades específicas, do que na impressa para atender às necessidades e demandas do público que cada vez mais a lê. Isso, sem deixar de dar prioridade para as questões de técnica jornalística (apuração, redação, correção linguística, edição) e de fidelidade aos princípios do Projeto Folha (apartidarismo, pluralismo, didatismo, espírito crítico).
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Médica cubana do Mais Médicos é estuprada em posto de saúde em PE
Uma médica cubana do Programa Mais Médicos foi estuprada dentro de um posto de saúde no município de Capoeiras, agreste de Pernambuco. Segundo a Polícia Civil do município, o crime ocorreu na última segunda-feira (1º). Um homem armado com uma faca entrou no posto e anunciou um assalto. No momento do crime só estavam no local a médica e outra funcionária. Não havia seguranças na unidade. Ainda segundo a polícia, os celulares das duas foram roubados. A funcionária foi isolada numa sala, e a médica violentada no consultório. Em nota, o Ministério da Saúde disse "lamentar o ocorrido" e que está providenciando a transferência da profissional para uma outra cidade até o fim da semana. Afirmou também que a médica está recebendo apoio e que foram adotadas as medidas previstas no SUS para vítimas de violência sexual, com a medicação de emergência contra gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, além de testes para detectar alguma infecção. EMBATES Ao mesmo tempo em que ganhou apoio de parte da população, o Mais Médicos se manteve nos últimos três anos como alvo frequente de embates entre governos, movimentos de saúde e entidades médicas. Criado para levar médicos a regiões onde há carência de atendimentos, o programa tem enfrentado problemas em algumas cidades, como a substituição de profissionais efetivos por bolsistas do programa, infraestrutura precária, descumprimento ou falta de controle das cargas horárias e baixa supervisão. Além disso, grupo se dividem diante de possíveis mudanças em critérios do programa. Associações médicas, por exemplo, são contrárias à prorrogação do contrato com médicos estrangeiros. "Não somos contra médicos que se formaram fora virem trabalhar aqui. Mas, a partir do momento em que não são avaliados, não temos garantia de que são bons médicos", diz o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso. Outras propostas, como a mudança nas regras que hoje ofertam a participantes brasileiros bônus de 10% na nota em provas médicas, têm ganhado apoio.
cotidiano
Médica cubana do Mais Médicos é estuprada em posto de saúde em PEUma médica cubana do Programa Mais Médicos foi estuprada dentro de um posto de saúde no município de Capoeiras, agreste de Pernambuco. Segundo a Polícia Civil do município, o crime ocorreu na última segunda-feira (1º). Um homem armado com uma faca entrou no posto e anunciou um assalto. No momento do crime só estavam no local a médica e outra funcionária. Não havia seguranças na unidade. Ainda segundo a polícia, os celulares das duas foram roubados. A funcionária foi isolada numa sala, e a médica violentada no consultório. Em nota, o Ministério da Saúde disse "lamentar o ocorrido" e que está providenciando a transferência da profissional para uma outra cidade até o fim da semana. Afirmou também que a médica está recebendo apoio e que foram adotadas as medidas previstas no SUS para vítimas de violência sexual, com a medicação de emergência contra gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, além de testes para detectar alguma infecção. EMBATES Ao mesmo tempo em que ganhou apoio de parte da população, o Mais Médicos se manteve nos últimos três anos como alvo frequente de embates entre governos, movimentos de saúde e entidades médicas. Criado para levar médicos a regiões onde há carência de atendimentos, o programa tem enfrentado problemas em algumas cidades, como a substituição de profissionais efetivos por bolsistas do programa, infraestrutura precária, descumprimento ou falta de controle das cargas horárias e baixa supervisão. Além disso, grupo se dividem diante de possíveis mudanças em critérios do programa. Associações médicas, por exemplo, são contrárias à prorrogação do contrato com médicos estrangeiros. "Não somos contra médicos que se formaram fora virem trabalhar aqui. Mas, a partir do momento em que não são avaliados, não temos garantia de que são bons médicos", diz o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso. Outras propostas, como a mudança nas regras que hoje ofertam a participantes brasileiros bônus de 10% na nota em provas médicas, têm ganhado apoio.
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Somente dois em cada dez presos trabalham no Brasil
A grande maioria das prisões brasileiras segue a máxima da "cabeça vazia, oficina do diabo": no país, só dois a cada dez presos trabalham. As mentes à toa são muitas, e as oficinas, escassas. Cerca de 80% das penitenciárias não contam com marcenarias, padarias ou fábricas. Dos 58.414 presos que trabalham -16% do total no país-, 34% exercem tarefas nos presídios como limpeza, cozinha ou biblioteca, funções que, segundo especialistas, têm baixo potencial de capacitação para um ofício. "É importante serviços que capacitem. Costurar bolas, tão comum em presídios, ou fazer artesanato não são algo a ser absorvido pelo mercado depois", diz Renato De Vitto, diretor-geral do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), do Ministério da Justiça. O TRABALHO NAS PRISÕES DO BRASIL Os dados do Depen mostram que, em alguns Estados, o índice de presos trabalhando não chega a 10%, caso de Sergipe e Rio Grande do Norte (3% cada) e Paraíba (9%). E mesmo entre os que mais dão empregos, o benefício só atinge um terço dos presos. Os dados são de junho de 2014 (os últimos disponíveis), repassados pelos governos estaduais -SP não respondeu e há dados incompletos do RJ. Santa Catarina é o Estado com o maior número de empresas privadas que montaram fábricas nas prisões. A Lei de Execução Penal garante o direito ao trabalho. O preso ganha, no mínimo, 3/4 do salário mínimo e tem descontado um dia de pena a cada três trabalhados. Segundo De Vitto, com presídios lotados e poucos agentes penitenciários, o risco à segurança é o principal argumento dos Estados para a baixa oferta de emprego. "Eles dizem que o efetivo é pouco e isso impede a movimentação segura dos presos." Para o Depen, os Estados precisam firmar mais parcerias com o setor privado. As fábricas de empresas dentro das cadeias ainda são poucas, respondendo por 19% dos detentos empregados. Em Sergipe, onde 131 dos 4.307 presos trabalham, o governo disse que o índice é baixo porque a maioria dos presos são provisórios, mas que há projetos de mais oficinas. No Rio Grande do Norte, trabalham 253 dos 7.963 detentos, em serviços como reciclagem de cartucho, marcenaria e fabricação de bolas. A atual gestão culpou as anteriores pelo baixo investimento e disse que está construindo três novos presídios. Em São Paulo, trabalham 56.161 detentos, de um total de 224.389 detentos (23%). Em nota, o governo informou que trabalha para conscientizar o setor privado, mas que "esbarra no preconceito e no receio" dos empresários de "que consumidores rejeitem produtos feitos com essa mão de obra". O governo do Rio, onde 4,7% dos 47 mil presos trabalham, afirmou, em nota, que busca parceiros para gerar novos projetos e vagas. TIPOS DE OFICINAS MAIS COMUNS SC TEM ALTO ÍNDICE DE EMPREGADOS Carlos Alexandre Plotegsker, 33, está prestes a seguir o caminho de Rogério Martins, 35, e se tornar um ex-preso com emprego garantido. Condenado por homicídio, Alexandre é um dos cerca de 200 presos que trabalham na fábrica de estofados da Berlanda, na penitenciária de São Cristóvão do Sul (SC). Em novembro de 2017, ele deve ser solto e obteve a promessa de emprego na empresa do lado de fora. Santa Catarina tem um dos índices mais expressivos de oferta de emprego a presos no país. Segundo o governo estadual, em dezembro de 2015 trabalhavam 9.300 (57% da população carcerária). "É o reconhecimento das minhas qualidades, mesmo sendo preso. Porque a visão que o pessoal de fora tem é que preso não tem qualidade nenhuma", disse, por escrito, à reportagem. Alexandre será o segundo funcionário contratado da Berlanda egresso do sistema prisional. O primeiro foi Rogério. Condenado por roubo, ele trabalhou no mesmo presídio até ser solto, há um ano e meio. Então, trabalhou por cinco meses na fábrica de colchões. Comunicativo, foi transferido e se tornou vendedor da loja no varejo. Permaneceu um ano na função, até se mudar para o litoral. Hoje trabalha em um restaurante. Ao contrário de presídios em outros Estados, oficinas de artesanato são raras -predominam as indústrias. Presos fabricam chuveiros, estofados, móveis ou fazem costura industrial. Entre as vantagens, não há encargos trabalhistas para a empresa, como FGTS. "Não ter encargos é realmente vantajoso. Mas digo que eles são funcionários dedicados, até mais do que os aqui de fora", diz o proprietário Nilso Berlanda. A Olsen, fabricante de cadeiras odontológicas, tem 17 detentos empregados no presídio de São Pedro de Alcântara (SC). "A gente nota que eles obedecem ordens e, como têm todo o tempo do mundo, fazem tudo com muito capricho", afirma o proprietário Cesar Olsen.
cotidiano
Somente dois em cada dez presos trabalham no BrasilA grande maioria das prisões brasileiras segue a máxima da "cabeça vazia, oficina do diabo": no país, só dois a cada dez presos trabalham. As mentes à toa são muitas, e as oficinas, escassas. Cerca de 80% das penitenciárias não contam com marcenarias, padarias ou fábricas. Dos 58.414 presos que trabalham -16% do total no país-, 34% exercem tarefas nos presídios como limpeza, cozinha ou biblioteca, funções que, segundo especialistas, têm baixo potencial de capacitação para um ofício. "É importante serviços que capacitem. Costurar bolas, tão comum em presídios, ou fazer artesanato não são algo a ser absorvido pelo mercado depois", diz Renato De Vitto, diretor-geral do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), do Ministério da Justiça. O TRABALHO NAS PRISÕES DO BRASIL Os dados do Depen mostram que, em alguns Estados, o índice de presos trabalhando não chega a 10%, caso de Sergipe e Rio Grande do Norte (3% cada) e Paraíba (9%). E mesmo entre os que mais dão empregos, o benefício só atinge um terço dos presos. Os dados são de junho de 2014 (os últimos disponíveis), repassados pelos governos estaduais -SP não respondeu e há dados incompletos do RJ. Santa Catarina é o Estado com o maior número de empresas privadas que montaram fábricas nas prisões. A Lei de Execução Penal garante o direito ao trabalho. O preso ganha, no mínimo, 3/4 do salário mínimo e tem descontado um dia de pena a cada três trabalhados. Segundo De Vitto, com presídios lotados e poucos agentes penitenciários, o risco à segurança é o principal argumento dos Estados para a baixa oferta de emprego. "Eles dizem que o efetivo é pouco e isso impede a movimentação segura dos presos." Para o Depen, os Estados precisam firmar mais parcerias com o setor privado. As fábricas de empresas dentro das cadeias ainda são poucas, respondendo por 19% dos detentos empregados. Em Sergipe, onde 131 dos 4.307 presos trabalham, o governo disse que o índice é baixo porque a maioria dos presos são provisórios, mas que há projetos de mais oficinas. No Rio Grande do Norte, trabalham 253 dos 7.963 detentos, em serviços como reciclagem de cartucho, marcenaria e fabricação de bolas. A atual gestão culpou as anteriores pelo baixo investimento e disse que está construindo três novos presídios. Em São Paulo, trabalham 56.161 detentos, de um total de 224.389 detentos (23%). Em nota, o governo informou que trabalha para conscientizar o setor privado, mas que "esbarra no preconceito e no receio" dos empresários de "que consumidores rejeitem produtos feitos com essa mão de obra". O governo do Rio, onde 4,7% dos 47 mil presos trabalham, afirmou, em nota, que busca parceiros para gerar novos projetos e vagas. TIPOS DE OFICINAS MAIS COMUNS SC TEM ALTO ÍNDICE DE EMPREGADOS Carlos Alexandre Plotegsker, 33, está prestes a seguir o caminho de Rogério Martins, 35, e se tornar um ex-preso com emprego garantido. Condenado por homicídio, Alexandre é um dos cerca de 200 presos que trabalham na fábrica de estofados da Berlanda, na penitenciária de São Cristóvão do Sul (SC). Em novembro de 2017, ele deve ser solto e obteve a promessa de emprego na empresa do lado de fora. Santa Catarina tem um dos índices mais expressivos de oferta de emprego a presos no país. Segundo o governo estadual, em dezembro de 2015 trabalhavam 9.300 (57% da população carcerária). "É o reconhecimento das minhas qualidades, mesmo sendo preso. Porque a visão que o pessoal de fora tem é que preso não tem qualidade nenhuma", disse, por escrito, à reportagem. Alexandre será o segundo funcionário contratado da Berlanda egresso do sistema prisional. O primeiro foi Rogério. Condenado por roubo, ele trabalhou no mesmo presídio até ser solto, há um ano e meio. Então, trabalhou por cinco meses na fábrica de colchões. Comunicativo, foi transferido e se tornou vendedor da loja no varejo. Permaneceu um ano na função, até se mudar para o litoral. Hoje trabalha em um restaurante. Ao contrário de presídios em outros Estados, oficinas de artesanato são raras -predominam as indústrias. Presos fabricam chuveiros, estofados, móveis ou fazem costura industrial. Entre as vantagens, não há encargos trabalhistas para a empresa, como FGTS. "Não ter encargos é realmente vantajoso. Mas digo que eles são funcionários dedicados, até mais do que os aqui de fora", diz o proprietário Nilso Berlanda. A Olsen, fabricante de cadeiras odontológicas, tem 17 detentos empregados no presídio de São Pedro de Alcântara (SC). "A gente nota que eles obedecem ordens e, como têm todo o tempo do mundo, fazem tudo com muito capricho", afirma o proprietário Cesar Olsen.
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'Pokémon Go' chega ao Brasil após um mês; jogadores vão à caça na Paulista
Febre em várias partes do mundo há um mês, o game "Pokémon Go" chegou oficialmente ao Brasil nesta quarta-feira (3). No jogo, disponível nas lojas virtuais da Apple e do Android, usuários têm de caçar personagens no mundo real, usando a câmera do celular.Nas primeiras horas após o lançamento do jogo no Brasil, era fácil ver na principal avenida de São Paulo pessoas andando com o celular nas mãos esperando que o aparelho vibrasse para indicar que ali havia uma criatura (quiçá rivalizando com aqueles que esperavam um Uber ou mandavam um WhatsApp).Leia mais
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'Pokémon Go' chega ao Brasil após um mês; jogadores vão à caça na PaulistaFebre em várias partes do mundo há um mês, o game "Pokémon Go" chegou oficialmente ao Brasil nesta quarta-feira (3). No jogo, disponível nas lojas virtuais da Apple e do Android, usuários têm de caçar personagens no mundo real, usando a câmera do celular.Nas primeiras horas após o lançamento do jogo no Brasil, era fácil ver na principal avenida de São Paulo pessoas andando com o celular nas mãos esperando que o aparelho vibrasse para indicar que ali havia uma criatura (quiçá rivalizando com aqueles que esperavam um Uber ou mandavam um WhatsApp).Leia mais
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Parceria dobra cirurgias de lábio em crianças no interior de São Paulo
Foi durante o parto que a família da pequena Cibelle Gomes Dias descobriu que ela tinha fissura labiopalatina, má-formação do lábio superior que pode atingir o céu da boca, deixando um buraco. "Foi um choque. O pior foi não conseguir amamentá-la. Ela tentava sugar o peito, mas não conseguia, chorava muito. As enfermeiras mandavam eu insistir e eu me sentia muito culpada. Ninguém me explicou sobre o problema", diz a mãe, Ana Paula Gomes, de Mauá, na Grande São Paulo. A família passou por vários médicos do plano de saúde até ser orientada a procurar um serviço público, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, o Centrinho de Bauru. Em julho último, a menina, agora já com 2 anos e 8 meses, passou por cirurgia de reparação do palato. "A recuperação está sendo ótima. Agora ela faz sessões de fonoaudiologia para a fala", conta a mãe. O problema, sem tratamento, afeta ainda a nutrição e a respiração. Com diagnóstico precoce, uma cirurgia de 45 minutos e cuidados médicos adequados, a criança é capaz de uma vida sem limitações. Cibelle é uma das crianças beneficiadas por uma parceria entre o Centrinho de Bauru e a Smile Train (organização internacional sem fins lucrativos) que possibilita R$ 75 mil mensais de recursos extras à instituição. Com o convênio, o hospital vai quase dobrar o número de cirurgias mensais –de 60 para 100. A ONG doará US$ 250 ao Centrinho a cada cirurgia. Segundo Maria Aparecida Machado, superintendente do hospital e diretora da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP), a situação do hospital piorou muito a partir de 2015. Cerca de cem funcionários deixaram a instituição em programas de demissão voluntária da USP, aposentadorias e mortes. Com a saída de quatro dos dez anestesiologistas, houve diminuição das cirurgias, o que gerou uma fila de espera de cem crianças. São feitas no hospital um total de 150 cirurgias craniofaciais, otorrinolaringológicas, odontológicas, de implante coclear, entre outras. Com a parceria, o hospital quer zerar a fila de espera e normalizar a rotina de casos novos, nas idades adequadas para cirurgia –três meses para reparação do lábio e aos 12 meses para a do palato. "Essa ajuda vai contribuir também para envolver os profissionais do hospital em projetos que desenvolvemos no Brasil e no mundo", diz Mariane Goes, diretora da Smile Train na América do Sul. A organização tem 35 centros parceiros fixos em 20 Estados especializados em tratamento de pessoas com fissura labiopalatina. Também atua treinando médicos para que esses centros parceiros tenham atuação independente.
cotidiano
Parceria dobra cirurgias de lábio em crianças no interior de São PauloFoi durante o parto que a família da pequena Cibelle Gomes Dias descobriu que ela tinha fissura labiopalatina, má-formação do lábio superior que pode atingir o céu da boca, deixando um buraco. "Foi um choque. O pior foi não conseguir amamentá-la. Ela tentava sugar o peito, mas não conseguia, chorava muito. As enfermeiras mandavam eu insistir e eu me sentia muito culpada. Ninguém me explicou sobre o problema", diz a mãe, Ana Paula Gomes, de Mauá, na Grande São Paulo. A família passou por vários médicos do plano de saúde até ser orientada a procurar um serviço público, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, o Centrinho de Bauru. Em julho último, a menina, agora já com 2 anos e 8 meses, passou por cirurgia de reparação do palato. "A recuperação está sendo ótima. Agora ela faz sessões de fonoaudiologia para a fala", conta a mãe. O problema, sem tratamento, afeta ainda a nutrição e a respiração. Com diagnóstico precoce, uma cirurgia de 45 minutos e cuidados médicos adequados, a criança é capaz de uma vida sem limitações. Cibelle é uma das crianças beneficiadas por uma parceria entre o Centrinho de Bauru e a Smile Train (organização internacional sem fins lucrativos) que possibilita R$ 75 mil mensais de recursos extras à instituição. Com o convênio, o hospital vai quase dobrar o número de cirurgias mensais –de 60 para 100. A ONG doará US$ 250 ao Centrinho a cada cirurgia. Segundo Maria Aparecida Machado, superintendente do hospital e diretora da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP), a situação do hospital piorou muito a partir de 2015. Cerca de cem funcionários deixaram a instituição em programas de demissão voluntária da USP, aposentadorias e mortes. Com a saída de quatro dos dez anestesiologistas, houve diminuição das cirurgias, o que gerou uma fila de espera de cem crianças. São feitas no hospital um total de 150 cirurgias craniofaciais, otorrinolaringológicas, odontológicas, de implante coclear, entre outras. Com a parceria, o hospital quer zerar a fila de espera e normalizar a rotina de casos novos, nas idades adequadas para cirurgia –três meses para reparação do lábio e aos 12 meses para a do palato. "Essa ajuda vai contribuir também para envolver os profissionais do hospital em projetos que desenvolvemos no Brasil e no mundo", diz Mariane Goes, diretora da Smile Train na América do Sul. A organização tem 35 centros parceiros fixos em 20 Estados especializados em tratamento de pessoas com fissura labiopalatina. Também atua treinando médicos para que esses centros parceiros tenham atuação independente.
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Mortes: Médico que atendia de graça quem não podia pagar
Os filhos do médico Nicolau Salama foram surpreendidos no enterro do pai pela presença de desconhecidos que lhe foram dar adeus. Eram familiares de pessoas que trabalharam com Nicolau ao longo da vida, como enfermeiros e atendentes, e que foram agradecer pelo tratamento gratuito quando não podiam pagar –hábito do médico que a família só foi conhecer no dia de seu sepultamento, conta o filho Flavio. De família de imigrantes sírios, Nicolau negou a tradição de começar cedo a trabalhar no comércio e insistiu para estudar medicina. Depois de formado, morou por quatro anos na pequena São Pedro do Turvo, a 362 quilômetros de São Paulo, onde seu sogro era prefeito e fazendeiro. Nessa época, contava, precisou fazer de tudo: de partos à luz de velas a dar orientações à população de que não deveriam usar fezes de animais para tratar feridas. Em 1972, já de volta à capital paulista, abriu a Casa da Vila Mariana, abrigo para idosos que comandou com afinco até o fim da vida. Tinha duas grandes paixões: o sítio em Santana de Parnaíba, onde dava grandes festas, e viajar –preferia países menos conhecidos no leste asiático, África e Oriente Médio (onde podia treinar o árabe que aprendeu na infância com a família). Internado desde o início do ano, trabalhou até um dia antes de morrer. Mas o paciente já era ele. "Discutia com os médicos qual era o medicamento mais adequado ao seu tratamento", diz Flavio, que lembra do pai como rígido. Morreu no último dia 21, aos 85, deixando a mulher, quatro filhos e sete netos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: Médico que atendia de graça quem não podia pagarOs filhos do médico Nicolau Salama foram surpreendidos no enterro do pai pela presença de desconhecidos que lhe foram dar adeus. Eram familiares de pessoas que trabalharam com Nicolau ao longo da vida, como enfermeiros e atendentes, e que foram agradecer pelo tratamento gratuito quando não podiam pagar –hábito do médico que a família só foi conhecer no dia de seu sepultamento, conta o filho Flavio. De família de imigrantes sírios, Nicolau negou a tradição de começar cedo a trabalhar no comércio e insistiu para estudar medicina. Depois de formado, morou por quatro anos na pequena São Pedro do Turvo, a 362 quilômetros de São Paulo, onde seu sogro era prefeito e fazendeiro. Nessa época, contava, precisou fazer de tudo: de partos à luz de velas a dar orientações à população de que não deveriam usar fezes de animais para tratar feridas. Em 1972, já de volta à capital paulista, abriu a Casa da Vila Mariana, abrigo para idosos que comandou com afinco até o fim da vida. Tinha duas grandes paixões: o sítio em Santana de Parnaíba, onde dava grandes festas, e viajar –preferia países menos conhecidos no leste asiático, África e Oriente Médio (onde podia treinar o árabe que aprendeu na infância com a família). Internado desde o início do ano, trabalhou até um dia antes de morrer. Mas o paciente já era ele. "Discutia com os médicos qual era o medicamento mais adequado ao seu tratamento", diz Flavio, que lembra do pai como rígido. Morreu no último dia 21, aos 85, deixando a mulher, quatro filhos e sete netos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Papa muda regra para permitir mulheres na cerimônia de lava-pés
O papa Francisco mudou a tradição de séculos que bania mulheres da cerimônia de lava-pés, realizada durante a Quaresma, irritando conservadores e agradando ativistas dos direitos femininos. Por muito tempo o ritual da Quinta-Feira Santa incluiu a participação de apenas 12 homens, relembrando o gesto de Jesus com os 12 apóstolos na Última Ceia. Em carta enviada ao prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Robert Sarah, Francisco considerou que não deverão ser escolhidos apenas homens para o rito litúrgico e que seja possível "os pastores da Igreja poderem escolher os participantes do rito entre todos os membros do Povo de Deus" —ou seja, mulheres também. Apesar de ser datado de 20 de dezembro, o texto se tornou público nesta quinta-feira (21) e nele o pontífice recomendou que seja dada aos fiéis "uma adequada explicação sobre o significado desse rito". Nesta quinta-feira, o Vaticano também publicou os documentos da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos de 6 de janeiro, que autorizam essas mudanças requeridas pelo pontífice para que nessa cerimônia possam participar "homens, mulheres, jovens, idosos, saudáveis, doentes, consagrados e laicos". O lava-pés para a missa de "In Coena Domini", da Quinta-Feira Santa, prevê a lavagem a "Dodici uomini scelti" (Doze homens selecionados). No ano passado, o papa já tinha quebrado essa norma quando lavou os pés de 12 detentos, seis mulheres e seis homens —incluindo um brasileiro—, que cumpriam pena na Penitenciária de Rebibbia, em Roma. Em 2014, o papa argentino lavou os pés de 12 pessoas com deficiência, incluindo um menino líbio muçulmano, em uma cerimônia em uma igreja na periferia de Roma. Na ocasião, Francisco também lavou os pés de um bebê.
mundo
Papa muda regra para permitir mulheres na cerimônia de lava-pésO papa Francisco mudou a tradição de séculos que bania mulheres da cerimônia de lava-pés, realizada durante a Quaresma, irritando conservadores e agradando ativistas dos direitos femininos. Por muito tempo o ritual da Quinta-Feira Santa incluiu a participação de apenas 12 homens, relembrando o gesto de Jesus com os 12 apóstolos na Última Ceia. Em carta enviada ao prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Robert Sarah, Francisco considerou que não deverão ser escolhidos apenas homens para o rito litúrgico e que seja possível "os pastores da Igreja poderem escolher os participantes do rito entre todos os membros do Povo de Deus" —ou seja, mulheres também. Apesar de ser datado de 20 de dezembro, o texto se tornou público nesta quinta-feira (21) e nele o pontífice recomendou que seja dada aos fiéis "uma adequada explicação sobre o significado desse rito". Nesta quinta-feira, o Vaticano também publicou os documentos da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos de 6 de janeiro, que autorizam essas mudanças requeridas pelo pontífice para que nessa cerimônia possam participar "homens, mulheres, jovens, idosos, saudáveis, doentes, consagrados e laicos". O lava-pés para a missa de "In Coena Domini", da Quinta-Feira Santa, prevê a lavagem a "Dodici uomini scelti" (Doze homens selecionados). No ano passado, o papa já tinha quebrado essa norma quando lavou os pés de 12 detentos, seis mulheres e seis homens —incluindo um brasileiro—, que cumpriam pena na Penitenciária de Rebibbia, em Roma. Em 2014, o papa argentino lavou os pés de 12 pessoas com deficiência, incluindo um menino líbio muçulmano, em uma cerimônia em uma igreja na periferia de Roma. Na ocasião, Francisco também lavou os pés de um bebê.
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Ministro de Energia argentino vende suas ações da Shell após advertência
Após ser aconselhado pelo Departamento Anticorrupção do governo a vender suas ações da Shell, o ministro de Energia da Argentina, Juan José Aranguren, informou que já se desfez dos papéis. Em nota divulgada nesta terça-feira (13), a pasta comunicou que a comercialização das ações foi feita eletronicamente diante de um escrivão público e que questões relacionadas à Shell passarão a ser tomadas pelo Ministério de Produção. Aranguren, que foi presidente da companhia no país até junho do ano passado, possuía 16 milhões de pesos (aproximadamente R$ 3,5 milhões) em papéis da empresa, de acordo com sua declaração juramentada. No documento que pedia a venda deles, o Departamento Anticorrupção afirmava que a medida devia ser adotada "por prudência", ainda que ela não fosse uma obrigação legal do ministro. A Justiça investiga Aranguren por suposta incompatibilidade de função. Para o órgão do governo federal, no entanto, ele não tomou nenhuma atitude que impactasse a Shell diretamente. A equipe ministerial do presidente Mauricio Macri é conhecida por ser formada por vários executivos do setor privado. Em protestos contra o reajuste do gás, manifestantes argentinos pediram recentemente a cabeça de Aranguren. A pressão contra ele também vem de kirchneristas, que denunciaram na Justiça o ministro por ter supostamente se beneficiado do aumento do gás —caso que está sob análise. Além de Aranguren, Guillermo Dietrich (Transportes) é um dos mais atacados pela oposição por ser sócio de uma das maiores empresas de concessionárias do país e da Localiza, de aluguel de carros. O Departamento Anticorrupção analisa ainda a situação de outros 34 membros do governo, principalmente devido a atividades empresariais realizadas antes de integrarem a equipe de Macri.
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Ministro de Energia argentino vende suas ações da Shell após advertênciaApós ser aconselhado pelo Departamento Anticorrupção do governo a vender suas ações da Shell, o ministro de Energia da Argentina, Juan José Aranguren, informou que já se desfez dos papéis. Em nota divulgada nesta terça-feira (13), a pasta comunicou que a comercialização das ações foi feita eletronicamente diante de um escrivão público e que questões relacionadas à Shell passarão a ser tomadas pelo Ministério de Produção. Aranguren, que foi presidente da companhia no país até junho do ano passado, possuía 16 milhões de pesos (aproximadamente R$ 3,5 milhões) em papéis da empresa, de acordo com sua declaração juramentada. No documento que pedia a venda deles, o Departamento Anticorrupção afirmava que a medida devia ser adotada "por prudência", ainda que ela não fosse uma obrigação legal do ministro. A Justiça investiga Aranguren por suposta incompatibilidade de função. Para o órgão do governo federal, no entanto, ele não tomou nenhuma atitude que impactasse a Shell diretamente. A equipe ministerial do presidente Mauricio Macri é conhecida por ser formada por vários executivos do setor privado. Em protestos contra o reajuste do gás, manifestantes argentinos pediram recentemente a cabeça de Aranguren. A pressão contra ele também vem de kirchneristas, que denunciaram na Justiça o ministro por ter supostamente se beneficiado do aumento do gás —caso que está sob análise. Além de Aranguren, Guillermo Dietrich (Transportes) é um dos mais atacados pela oposição por ser sócio de uma das maiores empresas de concessionárias do país e da Localiza, de aluguel de carros. O Departamento Anticorrupção analisa ainda a situação de outros 34 membros do governo, principalmente devido a atividades empresariais realizadas antes de integrarem a equipe de Macri.
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Baristas do mundo todo participam de reality em fazenda no interior paulista
PAULO PEDROSO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O italiano Francesco Sanapo, 36, barista tricampeão da Itália e proprietário de duas cafeterias em Florença, na Toscana, desembarcou em São Paulo acompanhado de uma equipe de cineastas e documentaristas. A trupe partiu em direção ao interior do Estado, onde já está sendo rodado o "Barista & Farmer", um reality show dedicado à competição entre profissionais do café. "Por ser o maior produtor e exportador de cafés do mundo, o Brasil não poderia ficar fora do nosso circuito", diz Sanapo, criador do reality. Agora, ele grava parte da terceira temporada em uma das fazendas da O'Coffee, em Pedregulho, na região da Alta Mogiana. Dez finalistas do mundo todo foram selecionados com a participação de internautas. Representantes da Polônia, Armênia, Indonésia, Porto Rico, Itália, Venezuela, Grécia, Rússia, Austrália e Brasil vão pegar no pesado: colheita às 6h, seleção de grãos, torrefação, degustação e preparo de café, além de aulas e treinamentos. Único brasileiro na disputa, Raphael Ferraz de Souza, 26, entrou no jogo na última hora, em substituição ao competidor bielorrusso, que não conseguiu vir ao país. O grupo está sendo acompanhado por câmeras 24 horas e a competição é transmitida pelo site e pelas redes sociais do reality show. "O Brasil está evoluindo bem nos últimos anos, e não só em qualidade, mas em produção sustentável, o que é quase uma obrigação para quem quer se posicionar no topo do mercado internacional", diz Tabatha Creazo, gerente de qualidade e atendimento do Octavio Café, empresa que faz parte do grupo apoiador do projeto. Ela será uma das juízas a avaliar os competidores. As provas durarão dez dias entre Pedregulho, São Paulo e Lambari, no sul de Minas Gerais, onde fica uma comunidade de cafeicultores mantida pela fundação italiana Giuseppe e Pericle Lavazza. Sanapo critica os hábitos de seus conterrâneos em relação ao café. "Os italianos engolem rapidamente seus expressos como se fosse remédio, sem ao menos prestar atenção na cor ou no aroma do que estão bebendo." Porém, afirma o barista, já há um público jovem interessado em novas experiências sensoriais, especialmente em Florença. Em suas duas cafeterias na cidade, ele serve grãos de diferentes países produtores, inclusive do Brasil. Em São Paulo, nesta quinta (12), os organizadores e parceiros do reality show darão palestras gratuitas abertas ao público no Octavio Café. Os participantes também irão pilotar as máquinas da cafeteria. 12/5 - Palestras e encontro com baristas no Octavio Café - av. Brigadeiro Faria Lima, 2.996, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3074-0110. www.baristafarmer.com
saopaulo
Baristas do mundo todo participam de reality em fazenda no interior paulistaPAULO PEDROSO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O italiano Francesco Sanapo, 36, barista tricampeão da Itália e proprietário de duas cafeterias em Florença, na Toscana, desembarcou em São Paulo acompanhado de uma equipe de cineastas e documentaristas. A trupe partiu em direção ao interior do Estado, onde já está sendo rodado o "Barista & Farmer", um reality show dedicado à competição entre profissionais do café. "Por ser o maior produtor e exportador de cafés do mundo, o Brasil não poderia ficar fora do nosso circuito", diz Sanapo, criador do reality. Agora, ele grava parte da terceira temporada em uma das fazendas da O'Coffee, em Pedregulho, na região da Alta Mogiana. Dez finalistas do mundo todo foram selecionados com a participação de internautas. Representantes da Polônia, Armênia, Indonésia, Porto Rico, Itália, Venezuela, Grécia, Rússia, Austrália e Brasil vão pegar no pesado: colheita às 6h, seleção de grãos, torrefação, degustação e preparo de café, além de aulas e treinamentos. Único brasileiro na disputa, Raphael Ferraz de Souza, 26, entrou no jogo na última hora, em substituição ao competidor bielorrusso, que não conseguiu vir ao país. O grupo está sendo acompanhado por câmeras 24 horas e a competição é transmitida pelo site e pelas redes sociais do reality show. "O Brasil está evoluindo bem nos últimos anos, e não só em qualidade, mas em produção sustentável, o que é quase uma obrigação para quem quer se posicionar no topo do mercado internacional", diz Tabatha Creazo, gerente de qualidade e atendimento do Octavio Café, empresa que faz parte do grupo apoiador do projeto. Ela será uma das juízas a avaliar os competidores. As provas durarão dez dias entre Pedregulho, São Paulo e Lambari, no sul de Minas Gerais, onde fica uma comunidade de cafeicultores mantida pela fundação italiana Giuseppe e Pericle Lavazza. Sanapo critica os hábitos de seus conterrâneos em relação ao café. "Os italianos engolem rapidamente seus expressos como se fosse remédio, sem ao menos prestar atenção na cor ou no aroma do que estão bebendo." Porém, afirma o barista, já há um público jovem interessado em novas experiências sensoriais, especialmente em Florença. Em suas duas cafeterias na cidade, ele serve grãos de diferentes países produtores, inclusive do Brasil. Em São Paulo, nesta quinta (12), os organizadores e parceiros do reality show darão palestras gratuitas abertas ao público no Octavio Café. Os participantes também irão pilotar as máquinas da cafeteria. 12/5 - Palestras e encontro com baristas no Octavio Café - av. Brigadeiro Faria Lima, 2.996, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3074-0110. www.baristafarmer.com
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Ataques do Taleban em Cabul deixam 24 mortos e mais de 90 feridos
A milícia afegã Taleban reivindicou a autoria de dois ataques suicidas nesta segunda-feira (5) na região do Ministério da Defesa do Afeganistão, em Cabul. Segundo o Ministério da Saúde, ao menos 24 pessoas morreram e 91 ficaram feridas. Um general do exército e dois comandantes da polícia estão entre os mortos, de acordo com o ministério. O atentado ocorre pouco menos de duas semanas após dezenas serem mortos em um ataque à Universidade Americana na capital. Ainda na segunda, horas depois dos atentados, uma nova explosão, seguida de troca de tiros, foi ouvida no centro da cidade. Ainda não há informações sobre mortos em decorrência e nenhum grupo reivindicou autoria da ação. O principal porta-voz do Taleban disse que uma explosão inicial próxima ao Ministério da Defesa e outros departamentos do governo nesta segunda foram seguidas de uma grande explosão, quando um homem-bomba se explodiu. O porta-voz do Ministério da Defesa, Mohammad Radmanesh, disse que o Exército e policiais, assim como civis, que correram para ajudar feridos na primeira explosão foram atingidos pela segunda bomba, próximo a um mercado movimentado da capital afegã. Após um intervalo devido à morte do ex-líder mulá Akhtar Mansour em um ataque de um drone dos EUA em maio, o Taleban intensificou sua campanha contra o governo afegão, apoiado pelo Ocidente, em Cabul, colocando forças do governo sob pressão.
mundo
Ataques do Taleban em Cabul deixam 24 mortos e mais de 90 feridosA milícia afegã Taleban reivindicou a autoria de dois ataques suicidas nesta segunda-feira (5) na região do Ministério da Defesa do Afeganistão, em Cabul. Segundo o Ministério da Saúde, ao menos 24 pessoas morreram e 91 ficaram feridas. Um general do exército e dois comandantes da polícia estão entre os mortos, de acordo com o ministério. O atentado ocorre pouco menos de duas semanas após dezenas serem mortos em um ataque à Universidade Americana na capital. Ainda na segunda, horas depois dos atentados, uma nova explosão, seguida de troca de tiros, foi ouvida no centro da cidade. Ainda não há informações sobre mortos em decorrência e nenhum grupo reivindicou autoria da ação. O principal porta-voz do Taleban disse que uma explosão inicial próxima ao Ministério da Defesa e outros departamentos do governo nesta segunda foram seguidas de uma grande explosão, quando um homem-bomba se explodiu. O porta-voz do Ministério da Defesa, Mohammad Radmanesh, disse que o Exército e policiais, assim como civis, que correram para ajudar feridos na primeira explosão foram atingidos pela segunda bomba, próximo a um mercado movimentado da capital afegã. Após um intervalo devido à morte do ex-líder mulá Akhtar Mansour em um ataque de um drone dos EUA em maio, o Taleban intensificou sua campanha contra o governo afegão, apoiado pelo Ocidente, em Cabul, colocando forças do governo sob pressão.
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Meio-irmão de Barack Obama vai a debate para apoiar Trump
Obama passou pelo último debate desta temporada presidencial, na quarta-feira (19) –e foi por Donald Trump que torceu. A afirmação pode parecer caso para o "Erramos", seção em que a Folha corrige informações incorretas. Mas é isso mesmo. Enquanto o presidente Barack Obama aconselha Trump a "parar de choramingar" sobre uma suposta fraude eleitoral, seu meio-irmão Malik, 58, foi à Universidade de Nevada, sede do confronto, apoiar o empresário. Em julho, ele afirmou ao "New York Post" que gosta de Trump "porque ele fala do coração" e tem "um ótimo slogan" ("Faça a América Grandiosa de Novo"). O anúncio de que Malik estaria no debate levantou suspeitas de que o republicano pudesse ressuscitar a polêmica do "birther", movimento que disseminava a falsa ideia de que o havaiano Barack Obama, filho de americana branca e queniano negro, não nascera nos EUA –a Constituição americana veta presidentes de origem estrangeira. Trump era fã da tese e por anos a alimentou, até admitir em setembro que ela não procedia. Já Malik incorpora vários rótulos que o empresário tentou colar em Barack: tem cidadania americana, mas veio do Quênia; é muçulmano e não morre de amores por valores ditos "de família" na América (tem entre três e 12 mulheres, segundo o "Washington Post"). Ele nasceu em Nairobi, dois anos antes de seu pai –também chamado Barack– conhecer a mãe do atual presidente, no Havaí. Já se deu melhor com o irmão. Uma foto de 1992 mostra os dois sorrindo: Barack vestindo smoking, Malik de bata tipicamente africana. O mais velho foi padrinho no casamento do caçula com Michelle. Ao britânico "Daily Mail", em entrevista de três anos atrás, o outro Obama mostrou ressentimento. "Também é meu nome. Não esqueçamos que nasci antes dele." Incomodava-o particularmente a ideia de que ele quer faturar em cima do Obama famoso. Ele já foi acusado de tentar vender duas cartas escritas a mão por Barack, US$ 15 mil cada. "Quando cheguei no Quênia para fazer pesquisas para a biografia, Malik queria controlar todas as pesquisas", tuitou o jornalista David Maraniss, autor da biografia "Barack Obama: The Story". Desde que se entende por gente, disse Malik em 2013, seu pai martelou a noção de que Obamas são predestinados a deixar uma marca no mundo. "Ele costumava dizer: 'Você é o melhor porque eu venho da melhor safra." Barack pai morreu aos 46 anos, num acidente de carro no Quênia. O filho a quem transmitiu o nome tinha dez anos quando o viu pela última vez. Os irmãos se conheceram em Washington, 31 anos atrás. "O reencontro não foi legal", conta Maraniss. Malik na época atendia por Roy, um dos 32 nomes que adotou na vida (outro foi Bobby). "Roy estava se divorciando. Barack teve de ficar num hotel péssimo, e Roy falou sobre os demônios do pai deles." Na autobiografia "Sonhos do Meu Pai" (1995), o presidente lembra com afeto do irmão três anos mais velho em seu casamento. "A pessoa que mais me deu orgulho foi Roy. Na verdade, agora podemos chamá-lo de Abongo, seu nome luo [povo queniano], já que há dois anos ele decidiu reafirmar sua origem africana. Ele se converteu ao Islã e abdicou de carne de porco, tabaco e álcool." O homem que atualmente atende por Malik também é político e já concorreu ao governo de Siaya, distrito queniano, sob o slogan "Obama cá, Obama lá". Teve 2.972 votos, 140 mil a menos do que o vencedor. Nos últimos anos, tem de fato sido Barack cá, Malik lá. O primogênito se distanciou do irmão. Reclama, por exemplo, que teve zero apoio ao abrir uma fundação com o nome do pai. Também deu entrevista a Joel Gilbert, documentarista que fez vários filmes sobre Bob Dylan e tem gosto por teorias conspiratórias –já lançou "Paul McCartney na Verdade Está Morto" e, no docudrama "Sonhos do Meu Pai Verdadeiro" (2012), sustenta que Barack é na realidade filho de um membro do Partido Comunista americano. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o presidente fala uma vez por ano, se tanto, com o irmão. A próxima conversa ainda não tem data marcada.
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Meio-irmão de Barack Obama vai a debate para apoiar TrumpObama passou pelo último debate desta temporada presidencial, na quarta-feira (19) –e foi por Donald Trump que torceu. A afirmação pode parecer caso para o "Erramos", seção em que a Folha corrige informações incorretas. Mas é isso mesmo. Enquanto o presidente Barack Obama aconselha Trump a "parar de choramingar" sobre uma suposta fraude eleitoral, seu meio-irmão Malik, 58, foi à Universidade de Nevada, sede do confronto, apoiar o empresário. Em julho, ele afirmou ao "New York Post" que gosta de Trump "porque ele fala do coração" e tem "um ótimo slogan" ("Faça a América Grandiosa de Novo"). O anúncio de que Malik estaria no debate levantou suspeitas de que o republicano pudesse ressuscitar a polêmica do "birther", movimento que disseminava a falsa ideia de que o havaiano Barack Obama, filho de americana branca e queniano negro, não nascera nos EUA –a Constituição americana veta presidentes de origem estrangeira. Trump era fã da tese e por anos a alimentou, até admitir em setembro que ela não procedia. Já Malik incorpora vários rótulos que o empresário tentou colar em Barack: tem cidadania americana, mas veio do Quênia; é muçulmano e não morre de amores por valores ditos "de família" na América (tem entre três e 12 mulheres, segundo o "Washington Post"). Ele nasceu em Nairobi, dois anos antes de seu pai –também chamado Barack– conhecer a mãe do atual presidente, no Havaí. Já se deu melhor com o irmão. Uma foto de 1992 mostra os dois sorrindo: Barack vestindo smoking, Malik de bata tipicamente africana. O mais velho foi padrinho no casamento do caçula com Michelle. Ao britânico "Daily Mail", em entrevista de três anos atrás, o outro Obama mostrou ressentimento. "Também é meu nome. Não esqueçamos que nasci antes dele." Incomodava-o particularmente a ideia de que ele quer faturar em cima do Obama famoso. Ele já foi acusado de tentar vender duas cartas escritas a mão por Barack, US$ 15 mil cada. "Quando cheguei no Quênia para fazer pesquisas para a biografia, Malik queria controlar todas as pesquisas", tuitou o jornalista David Maraniss, autor da biografia "Barack Obama: The Story". Desde que se entende por gente, disse Malik em 2013, seu pai martelou a noção de que Obamas são predestinados a deixar uma marca no mundo. "Ele costumava dizer: 'Você é o melhor porque eu venho da melhor safra." Barack pai morreu aos 46 anos, num acidente de carro no Quênia. O filho a quem transmitiu o nome tinha dez anos quando o viu pela última vez. Os irmãos se conheceram em Washington, 31 anos atrás. "O reencontro não foi legal", conta Maraniss. Malik na época atendia por Roy, um dos 32 nomes que adotou na vida (outro foi Bobby). "Roy estava se divorciando. Barack teve de ficar num hotel péssimo, e Roy falou sobre os demônios do pai deles." Na autobiografia "Sonhos do Meu Pai" (1995), o presidente lembra com afeto do irmão três anos mais velho em seu casamento. "A pessoa que mais me deu orgulho foi Roy. Na verdade, agora podemos chamá-lo de Abongo, seu nome luo [povo queniano], já que há dois anos ele decidiu reafirmar sua origem africana. Ele se converteu ao Islã e abdicou de carne de porco, tabaco e álcool." O homem que atualmente atende por Malik também é político e já concorreu ao governo de Siaya, distrito queniano, sob o slogan "Obama cá, Obama lá". Teve 2.972 votos, 140 mil a menos do que o vencedor. Nos últimos anos, tem de fato sido Barack cá, Malik lá. O primogênito se distanciou do irmão. Reclama, por exemplo, que teve zero apoio ao abrir uma fundação com o nome do pai. Também deu entrevista a Joel Gilbert, documentarista que fez vários filmes sobre Bob Dylan e tem gosto por teorias conspiratórias –já lançou "Paul McCartney na Verdade Está Morto" e, no docudrama "Sonhos do Meu Pai Verdadeiro" (2012), sustenta que Barack é na realidade filho de um membro do Partido Comunista americano. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o presidente fala uma vez por ano, se tanto, com o irmão. A próxima conversa ainda não tem data marcada.
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Brasileiro tentará último recurso para não ser fuzilado na Indonésia
A defesa de Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, entrará na segunda-feira com um outro recurso para evitar que o brasileiro seja executado na Indonésia. Ele foi condenado à morte em 2005 por tráfico de drogas. Em sinal de que a data das execuções está próxima, a Indonésia convocou representantes de embaixadas estrangeiras com cidadãos condenados à morte para que compareçam neste sábado (25) ao complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap (a 400 km da capital Jacarta). Por lei, o governo da Indonésia só é obrigado a informar o prisioneiro sobre a execução com 72 horas de antecedência –foi assim com o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, executado em janeiro. Ricky Gunawan, advogado de Rodrigo, entrou com recurso na última quarta-feira para que o brasileiro ficasse sob guarda da prima, Angelita Muxfeldt. Na segunda-feira, ele entrará com novo recurso, desta vez sob o argumento de que o brasileiro sofre de esquizofrenia e que, por isso, não pode ser executado; na Indonésia, a condenação se dá por fuzilamento. "Isso significa que há processo legal em andamento e a Procuradoria [orgão responsável pelas execuções] deveria respeitar isso. Há um outro cidadão indonésio esperando julgamento de recurso. Chamar todas as embaixadas a Cilacap significa que a Procuradoria e a Suprema Corte tem acertado que o recurso desse cidadão indonésio será rejeitado. A Procuradoria deveria esperar até a decisão da Suprema Corte ser oficializada para então tomar providências [de levar adiante a execução]", disse Gunawan. Segundo ele, a situação é "chocante e angustiante". A mãe de Rodrigo Gularte, Clarisse Muxfeldt, está no Brasil e ainda não decidiu se viaja ou não para a Indonésia.
cotidiano
Brasileiro tentará último recurso para não ser fuzilado na IndonésiaA defesa de Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, entrará na segunda-feira com um outro recurso para evitar que o brasileiro seja executado na Indonésia. Ele foi condenado à morte em 2005 por tráfico de drogas. Em sinal de que a data das execuções está próxima, a Indonésia convocou representantes de embaixadas estrangeiras com cidadãos condenados à morte para que compareçam neste sábado (25) ao complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap (a 400 km da capital Jacarta). Por lei, o governo da Indonésia só é obrigado a informar o prisioneiro sobre a execução com 72 horas de antecedência –foi assim com o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, executado em janeiro. Ricky Gunawan, advogado de Rodrigo, entrou com recurso na última quarta-feira para que o brasileiro ficasse sob guarda da prima, Angelita Muxfeldt. Na segunda-feira, ele entrará com novo recurso, desta vez sob o argumento de que o brasileiro sofre de esquizofrenia e que, por isso, não pode ser executado; na Indonésia, a condenação se dá por fuzilamento. "Isso significa que há processo legal em andamento e a Procuradoria [orgão responsável pelas execuções] deveria respeitar isso. Há um outro cidadão indonésio esperando julgamento de recurso. Chamar todas as embaixadas a Cilacap significa que a Procuradoria e a Suprema Corte tem acertado que o recurso desse cidadão indonésio será rejeitado. A Procuradoria deveria esperar até a decisão da Suprema Corte ser oficializada para então tomar providências [de levar adiante a execução]", disse Gunawan. Segundo ele, a situação é "chocante e angustiante". A mãe de Rodrigo Gularte, Clarisse Muxfeldt, está no Brasil e ainda não decidiu se viaja ou não para a Indonésia.
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Dunga começa treinos da Copa América com cargo ameaçado
Com emprego a perigo, o técnico Dunga começa a preparação da seleção brasileira nesta segunda (23) para a Copa América do Centenário, nos Estados Unidos. Em sexto nas eliminatórias para a Copa-2018 após seis rodadas, o que deixaria o Brasil fora do Mundial da Rússia, há pressão da cúpula da CBF para que a seleção vá bem no torneio que reunirá 16 seleções da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e da Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe), mas principalmente que jogue bem. A Folha apurou que na reunião que o presidente Marco Polo Del Nero, que reassumiu o cargo após licença em meados de abril teve com membros da seleção o cartola avaliou que falta padrão tático ao time e que é preciso que as atuações agradem aos torcedores. Não foi à toa, portanto, que Dunga fez um discurso de que é necessário "alegria" no dia em que fez a convocação para para a competição, em 5 de maio. "Seleção tem que ser uma equipe competitiva, em busca da vitória, e, principalmente, usar o talento. Temos que ter jogadores que driblam, buscam o gol e, principalmente, se divertir", disse o treinador. Um fracasso na Copa América – em resultado ou até chegando longe, mas com atuações ruins – pode encerrar a segunda passagem de Dunga pelo Brasil dois anos antes do objetivo final, que é a Copa da Rússia. Dois pontos, porém, colocam em dúvida uma alteração, mesmo em caso de má campanha: primeiro a falta de opções empolgantes no mercado. Tite, do Corinthians, o preferido de Del Nero, já disse que não trabalharia na seleção neste momento conturbado politicamente – o presidente da CBF é investigado por corrupção. Em segundo, há a Olimpíada. Dunga é o técnico do time sub-23 para a Rio-2016, e alguns atletas chamados para a Copa América tem idade olímpica e serão observados melhor – são eles Rodrigo Caio, Gabriel, Ederson, Douglas Santos, Fabinho, Rafinha Alcântara e Marquinhos. A cúpula da CBF avalia que o timing para troca do técnico olímpico já passou –é consenso que foi um erro deixar Dunga no comando dos dois times. Sobre Tite, há também quem ache que o discurso do treinador mudaria se o cargo estivesse vago, com Dunga demitido. Para complicar ainda mais a situação do treinador, Neymar, principal jogador brasileiro na atualidade, está fora da Copa América. Em acordo com o Barcelona, a CBF optou por tê-lo como um dos três atletas com mais de 23 anos que disputará a Olimpíada. O Barça só topou liberá-lo para o sonho do ouro se ele fosse poupado do torneio continental. "Temos outros jogadores competitivos, que já mostraram valor na seleção. Já jogamos outros jogos sem o Neymar, mas temos reservas que podem dar a resposta que queremos", disse Dunga. Os outros dois atletas veteranos que ele imagina na Rio-2016, o zagueiro Miranda, da Inter de Milão, e o meia Willian, do Chelsea, vão jogar a Copa América, mas ainda não têm a liberação de seus clubes para o torneio no Rio. APRESENTAÇÕES Dos 23 convocados, 15 já devem estar com o grupo para treinamento nesta segunda. Douglas Costa, Rafinha Alcântara e Renato Augusto estão previstos de chegar à tarde. A apresentação de Elias está prevista para terça (24) e a de Daniel Alves para quarta (25). Casemiro, do Real Madrid, e Filipe Luís, do Atlético de Madri, chegam apenas dia 30 porque no dia 28 disputam a final da Liga dos Campeões. A seleção treinará no StubHub Center, centro de treinamento do Los Angeles Galaxy, time que disputa a MLS (Major League Soccer), a principal liga dos Estados Unidos. No dia 29, o Brasil realiza amistoso contra o Panamá, em Denver, e a estreia na Copa América será dia 4 de junho, frente o Equador, no Rose Bowl, em Pasadena (Califórnia). O Brasil está no Grupo B, e enfrentará ainda na primeira fase o Haiti (dia 8 de junho, em Orlando) e o Peru (dia 12, em Boston). Os dois primeiros avançam para as quartas de final.
esporte
Dunga começa treinos da Copa América com cargo ameaçadoCom emprego a perigo, o técnico Dunga começa a preparação da seleção brasileira nesta segunda (23) para a Copa América do Centenário, nos Estados Unidos. Em sexto nas eliminatórias para a Copa-2018 após seis rodadas, o que deixaria o Brasil fora do Mundial da Rússia, há pressão da cúpula da CBF para que a seleção vá bem no torneio que reunirá 16 seleções da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e da Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe), mas principalmente que jogue bem. A Folha apurou que na reunião que o presidente Marco Polo Del Nero, que reassumiu o cargo após licença em meados de abril teve com membros da seleção o cartola avaliou que falta padrão tático ao time e que é preciso que as atuações agradem aos torcedores. Não foi à toa, portanto, que Dunga fez um discurso de que é necessário "alegria" no dia em que fez a convocação para para a competição, em 5 de maio. "Seleção tem que ser uma equipe competitiva, em busca da vitória, e, principalmente, usar o talento. Temos que ter jogadores que driblam, buscam o gol e, principalmente, se divertir", disse o treinador. Um fracasso na Copa América – em resultado ou até chegando longe, mas com atuações ruins – pode encerrar a segunda passagem de Dunga pelo Brasil dois anos antes do objetivo final, que é a Copa da Rússia. Dois pontos, porém, colocam em dúvida uma alteração, mesmo em caso de má campanha: primeiro a falta de opções empolgantes no mercado. Tite, do Corinthians, o preferido de Del Nero, já disse que não trabalharia na seleção neste momento conturbado politicamente – o presidente da CBF é investigado por corrupção. Em segundo, há a Olimpíada. Dunga é o técnico do time sub-23 para a Rio-2016, e alguns atletas chamados para a Copa América tem idade olímpica e serão observados melhor – são eles Rodrigo Caio, Gabriel, Ederson, Douglas Santos, Fabinho, Rafinha Alcântara e Marquinhos. A cúpula da CBF avalia que o timing para troca do técnico olímpico já passou –é consenso que foi um erro deixar Dunga no comando dos dois times. Sobre Tite, há também quem ache que o discurso do treinador mudaria se o cargo estivesse vago, com Dunga demitido. Para complicar ainda mais a situação do treinador, Neymar, principal jogador brasileiro na atualidade, está fora da Copa América. Em acordo com o Barcelona, a CBF optou por tê-lo como um dos três atletas com mais de 23 anos que disputará a Olimpíada. O Barça só topou liberá-lo para o sonho do ouro se ele fosse poupado do torneio continental. "Temos outros jogadores competitivos, que já mostraram valor na seleção. Já jogamos outros jogos sem o Neymar, mas temos reservas que podem dar a resposta que queremos", disse Dunga. Os outros dois atletas veteranos que ele imagina na Rio-2016, o zagueiro Miranda, da Inter de Milão, e o meia Willian, do Chelsea, vão jogar a Copa América, mas ainda não têm a liberação de seus clubes para o torneio no Rio. APRESENTAÇÕES Dos 23 convocados, 15 já devem estar com o grupo para treinamento nesta segunda. Douglas Costa, Rafinha Alcântara e Renato Augusto estão previstos de chegar à tarde. A apresentação de Elias está prevista para terça (24) e a de Daniel Alves para quarta (25). Casemiro, do Real Madrid, e Filipe Luís, do Atlético de Madri, chegam apenas dia 30 porque no dia 28 disputam a final da Liga dos Campeões. A seleção treinará no StubHub Center, centro de treinamento do Los Angeles Galaxy, time que disputa a MLS (Major League Soccer), a principal liga dos Estados Unidos. No dia 29, o Brasil realiza amistoso contra o Panamá, em Denver, e a estreia na Copa América será dia 4 de junho, frente o Equador, no Rose Bowl, em Pasadena (Califórnia). O Brasil está no Grupo B, e enfrentará ainda na primeira fase o Haiti (dia 8 de junho, em Orlando) e o Peru (dia 12, em Boston). Os dois primeiros avançam para as quartas de final.
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PF e Receita investigam fraude em importações de cavalos
A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram nesta quinta-feira (19) a Operação Sangue Impuro, que combate fraudes em importações de cavalos. Segundo a Receita, as fraudes envolvem principalmente animais destinados a competições nacionais e internacionais. Em um caso, o valor declarado pelo cavalo era de 20.000 euros, mas a fiscalização detectou que o preço do animal era de 110.000 euros. A Receita estima que tenham sido sonegados mais de R$ 106 milhões, entre tributos federais e estaduais. Além disso, foram praticados outros crimes, como estelionato, formação de quadrilha, descaminho, interposição fraudulenta, falsidade documental e lavagem de dinheiro. O valor de um cavalo é determinado por uma série de fatores, como raça, genética, tamanho, idade, temperamento, capacidade de desempenho em provas e nível de treinamento. De acordo com a Receita, um cavalo pode chegar a custar um milhão de euros. Além da fraude nos valores de compra dos animais, a Receita também descobriu o uso de laranjas, que ocultavam os nomes dos verdadeiros importadores. Ainda segundo a Receita, o mercado de comercialização de cavalos envolve empresas e pessoas físicas de grande poder aquisitivo. As ações de fiscalização já realizadas incluem aplicação de multas e perda do bem, ou seja, a posse dos cavalos importados de forma irregular. A Polícia Federal também cumpre três mandados de prisão, 36 de busca e apreensão, 15 de condução coercitiva e 5 de sequestro de bens. A operação é realizada em 16 cidades dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. A investigação, que começou em 2012, é resultado de ações de fiscalização realizadas pela Receita no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
mercado
PF e Receita investigam fraude em importações de cavalosA Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram nesta quinta-feira (19) a Operação Sangue Impuro, que combate fraudes em importações de cavalos. Segundo a Receita, as fraudes envolvem principalmente animais destinados a competições nacionais e internacionais. Em um caso, o valor declarado pelo cavalo era de 20.000 euros, mas a fiscalização detectou que o preço do animal era de 110.000 euros. A Receita estima que tenham sido sonegados mais de R$ 106 milhões, entre tributos federais e estaduais. Além disso, foram praticados outros crimes, como estelionato, formação de quadrilha, descaminho, interposição fraudulenta, falsidade documental e lavagem de dinheiro. O valor de um cavalo é determinado por uma série de fatores, como raça, genética, tamanho, idade, temperamento, capacidade de desempenho em provas e nível de treinamento. De acordo com a Receita, um cavalo pode chegar a custar um milhão de euros. Além da fraude nos valores de compra dos animais, a Receita também descobriu o uso de laranjas, que ocultavam os nomes dos verdadeiros importadores. Ainda segundo a Receita, o mercado de comercialização de cavalos envolve empresas e pessoas físicas de grande poder aquisitivo. As ações de fiscalização já realizadas incluem aplicação de multas e perda do bem, ou seja, a posse dos cavalos importados de forma irregular. A Polícia Federal também cumpre três mandados de prisão, 36 de busca e apreensão, 15 de condução coercitiva e 5 de sequestro de bens. A operação é realizada em 16 cidades dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. A investigação, que começou em 2012, é resultado de ações de fiscalização realizadas pela Receita no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
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Visto sem fim
Como efeito da crise econômica, tornou-se ainda mais distante o dia em que os brasileiros não precisarão de visto para viajar aos Estados Unidos. A constatação é de Sérgio Amaral, indicado para ser o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos, em entrevista a esta Folha publicada na última quarta (20). De acordo com o diplomata, a atual recessão levou a um crescimento do número de postulantes que tiveram a entrada nos EUA negada. O motivo é a suspeita de que intentassem se estabelecer e trabalhar ilegalmente naquele país. Com isso, o Brasil superou recentemente o percentual de rejeição de pedidos de visto abaixo de 3%, condição necessária, ainda que não suficiente, para entrar no pequeno grupo de países isentos —40 ao todo, dos quais apenas um, o Chile, está na América Latina. Se a conjuntura brasileira não ajuda, o clima político norte-americano em torno da imigração tampouco é favorável —basta notar a grande ressonância no eleitorado do discurso xenófobo promovido pelo agora candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump. A isenção de vistos entrou com força na agenda bilateral em 2012, por pressão de Brasília. Na época, a economia aquecida e o dólar barato fomentaram uma escalada do turismo brasileiro ao exterior. Naquele ano, houve 1 milhão de pedidos de vistos, um recorde até então. Do outro lado, contudo, não houve esforço para que as negociações chegassem a bom termo. Os norte-americanos evitaram dar prazos e preferiram centrar os esforços na melhoria do serviço consular —o que de fato aconteceu, embora o processo continue custoso e desagradável, principalmente para quem mora em cidades distantes. Os entendimentos foram atrasados por uma série de exigências burocráticas, como o acesso a informações tributárias dos viajantes e a liberação de nomes de pessoas investigadas pela polícia. A exigência de visto constitui uma excrescência. Mesmo com a recessão atual, a esmagadora maioria dos brasileiros tem sua entrada nos EUA autorizada. No ano passado, 2,2 milhões deles visitaram aquele país e lá gastaram US$ 13,6 bilhões, segundo o Departamento de Comércio. Pelo princípio da reciprocidade, não resta alternativa ao Itamaraty além de também exigir o visto de cidadãos norte-americanos. Em que pese o impacto negativo na indústria de turismo, trata-se de uma política condizente com o peso diplomático do Brasil no mundo. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Visto sem fimComo efeito da crise econômica, tornou-se ainda mais distante o dia em que os brasileiros não precisarão de visto para viajar aos Estados Unidos. A constatação é de Sérgio Amaral, indicado para ser o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos, em entrevista a esta Folha publicada na última quarta (20). De acordo com o diplomata, a atual recessão levou a um crescimento do número de postulantes que tiveram a entrada nos EUA negada. O motivo é a suspeita de que intentassem se estabelecer e trabalhar ilegalmente naquele país. Com isso, o Brasil superou recentemente o percentual de rejeição de pedidos de visto abaixo de 3%, condição necessária, ainda que não suficiente, para entrar no pequeno grupo de países isentos —40 ao todo, dos quais apenas um, o Chile, está na América Latina. Se a conjuntura brasileira não ajuda, o clima político norte-americano em torno da imigração tampouco é favorável —basta notar a grande ressonância no eleitorado do discurso xenófobo promovido pelo agora candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump. A isenção de vistos entrou com força na agenda bilateral em 2012, por pressão de Brasília. Na época, a economia aquecida e o dólar barato fomentaram uma escalada do turismo brasileiro ao exterior. Naquele ano, houve 1 milhão de pedidos de vistos, um recorde até então. Do outro lado, contudo, não houve esforço para que as negociações chegassem a bom termo. Os norte-americanos evitaram dar prazos e preferiram centrar os esforços na melhoria do serviço consular —o que de fato aconteceu, embora o processo continue custoso e desagradável, principalmente para quem mora em cidades distantes. Os entendimentos foram atrasados por uma série de exigências burocráticas, como o acesso a informações tributárias dos viajantes e a liberação de nomes de pessoas investigadas pela polícia. A exigência de visto constitui uma excrescência. Mesmo com a recessão atual, a esmagadora maioria dos brasileiros tem sua entrada nos EUA autorizada. No ano passado, 2,2 milhões deles visitaram aquele país e lá gastaram US$ 13,6 bilhões, segundo o Departamento de Comércio. Pelo princípio da reciprocidade, não resta alternativa ao Itamaraty além de também exigir o visto de cidadãos norte-americanos. Em que pese o impacto negativo na indústria de turismo, trata-se de uma política condizente com o peso diplomático do Brasil no mundo. editoriais@grupofolha.com.br
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Leitor lamenta falta de opções para candidatos em São Paulo
Como os políticos estão com suas imagens desgastadas, surgem no cenário radialistas, jornalistas de TV e empresários. Talvez movidos por audiências, almejam se candidatar à Prefeitura de São Paulo, que deveria ser ocupada por pessoas competentes em gestão empresarial, engenharia civil e marketing para gerir a cidade com sucesso. Infelizmente temos poucas opções. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
paineldoleitor
Leitor lamenta falta de opções para candidatos em São PauloComo os políticos estão com suas imagens desgastadas, surgem no cenário radialistas, jornalistas de TV e empresários. Talvez movidos por audiências, almejam se candidatar à Prefeitura de São Paulo, que deveria ser ocupada por pessoas competentes em gestão empresarial, engenharia civil e marketing para gerir a cidade com sucesso. Infelizmente temos poucas opções. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Vilarejo destruído vê tremor como consequência de fúria divina
"Já tinham me dado por morto, por esmagado", conta o pároco Osmar Pérez Uribe, no que sobrou da igreja de Padre Jesús, um dos sete templos arrasados pelo terremoto da última terça-feira (19) em Axochiapan. "Mas os mortos não andam, e a vida aqui segue adiante." Três dias depois da tragédia, esse povoado a 150 km da capital mexicana, epicentro do abalo, parecia se esforçar para sair do estado de choque e angústia. Enquanto o mercado de rua estava a todo vapor, com pessoas vendendo cactos, galinhas recém-degoladas, peixes frescos e verduras, o padre comandava fiéis em uma delicada operação de resgate para tirar dos escombros hóstias, cálice, lamparinas, incensários e bancos que estragariam ao relento. Na hora do tremor, a cúpula do maior templo da cidade desabou, esmagando uma mulher que rezava no momento -a única morta no vilarejo de 17 mil habitantes e uma das 295 vítimas da catástrofe. "Foi aqui que a senhora Leonor perdeu a vida", dizia o padre, apontando para um amontoado de tijolos no meio da igreja. "Todas as paredes estão rasgadas. Há fissuras em tudo. Mas guardamos todas as imagens sacras, nenhuma delas sofreu danos." Impressionam, de fato, os nichos vazios da igreja, buracos que sobraram nos afrescos rachados. Querubins deformados e janelas estraçalhadas, lembrando esporas, rodeiam pedaços de pó azul celeste, cor de rosa e dourado, antes os tons dos mantos dos anjos que agora se perdem no cinza dos escombros. "Muita gente diz que foi um aviso de Deus, porque todas as igrejas caíram", dizia Leticia Aguilar, que limpava os banheiros do templo. "Quando aconteceu o terremoto, diziam que o apocalipse tinha chegado. Alguns gritavam que era hora de os pecadores se arrependerem." Esse vilarejo sonolento, com estátuas da Virgem em redomas em cada esquina, não deixa dúvidas do grau de catolicismo do lugar -depois do Brasil, o México é o segundo país com mais seguidores da religião em todo o mundo. Em Axochiapan, homens de chapéu de caubói contemplam a destruição de suas casas e senhoras enroladas em xales fazem o sinal da cruz ao atravessar ruas minúsculas. Na praça central, enquanto a Defesa Civil se esforçava para listar todas as construções em perigo, entre elas 40 casas que se tornaram inabitáveis, moradores diziam ter certeza de que a fúria divina estava por trás da tragédia. É uma crença reforçada pela coincidência de datas. Axochiapan sofreu pouco com o terremoto de 19 de setembro de 1985, mas o abalo deste ano foi devastador. "São coisas de Deus. Ele concebe tudo no mesmo dia", dizia Lourdes Salazar, empurrando um carrinho de verduras que tentava vender numa das ruas esburacadas do povoado. "Ele vai nos levando." Salazar conta que por pouco, aliás, não perdeu o filho. Sua casa de adobe, tijolos de terra crua e água caiu pela metade. "O quarto despencou como numa trovoada", ela conta. "Todas as janelas estouraram." No quarteirão ao lado, o lavrador Antonio Rubio carregava com a ajuda de amigos os pedaços do telhado de sua casa de barro, que também desabou. A construção de mais de cem anos, nas contas dele, sobreviveu sem rachaduras ao tremor de 32 anos atrás, mas não resistiu ao do início desta semana. "São frágeis essas casas, elas não aguentam", dizia ele. "Graças a Deus ninguém se machucou, mas estamos tirando esses pedaços daqui porque é muito perigoso." Com medo, Serafín Avillar e Dorotea Goches, que esperavam o padre sair da igreja destroçada para saber onde seria a próxima missa, contavam que desde o tremor estavam dormindo na rua. "Estamos com medo de dormir, porque pode chacoalhar de novo e cair tudo", diz Avillar. "Não dava nem para andar na hora, e eu me segurei numa árvore. São coisas de Deus. Nada pode com ele."
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Vilarejo destruído vê tremor como consequência de fúria divina"Já tinham me dado por morto, por esmagado", conta o pároco Osmar Pérez Uribe, no que sobrou da igreja de Padre Jesús, um dos sete templos arrasados pelo terremoto da última terça-feira (19) em Axochiapan. "Mas os mortos não andam, e a vida aqui segue adiante." Três dias depois da tragédia, esse povoado a 150 km da capital mexicana, epicentro do abalo, parecia se esforçar para sair do estado de choque e angústia. Enquanto o mercado de rua estava a todo vapor, com pessoas vendendo cactos, galinhas recém-degoladas, peixes frescos e verduras, o padre comandava fiéis em uma delicada operação de resgate para tirar dos escombros hóstias, cálice, lamparinas, incensários e bancos que estragariam ao relento. Na hora do tremor, a cúpula do maior templo da cidade desabou, esmagando uma mulher que rezava no momento -a única morta no vilarejo de 17 mil habitantes e uma das 295 vítimas da catástrofe. "Foi aqui que a senhora Leonor perdeu a vida", dizia o padre, apontando para um amontoado de tijolos no meio da igreja. "Todas as paredes estão rasgadas. Há fissuras em tudo. Mas guardamos todas as imagens sacras, nenhuma delas sofreu danos." Impressionam, de fato, os nichos vazios da igreja, buracos que sobraram nos afrescos rachados. Querubins deformados e janelas estraçalhadas, lembrando esporas, rodeiam pedaços de pó azul celeste, cor de rosa e dourado, antes os tons dos mantos dos anjos que agora se perdem no cinza dos escombros. "Muita gente diz que foi um aviso de Deus, porque todas as igrejas caíram", dizia Leticia Aguilar, que limpava os banheiros do templo. "Quando aconteceu o terremoto, diziam que o apocalipse tinha chegado. Alguns gritavam que era hora de os pecadores se arrependerem." Esse vilarejo sonolento, com estátuas da Virgem em redomas em cada esquina, não deixa dúvidas do grau de catolicismo do lugar -depois do Brasil, o México é o segundo país com mais seguidores da religião em todo o mundo. Em Axochiapan, homens de chapéu de caubói contemplam a destruição de suas casas e senhoras enroladas em xales fazem o sinal da cruz ao atravessar ruas minúsculas. Na praça central, enquanto a Defesa Civil se esforçava para listar todas as construções em perigo, entre elas 40 casas que se tornaram inabitáveis, moradores diziam ter certeza de que a fúria divina estava por trás da tragédia. É uma crença reforçada pela coincidência de datas. Axochiapan sofreu pouco com o terremoto de 19 de setembro de 1985, mas o abalo deste ano foi devastador. "São coisas de Deus. Ele concebe tudo no mesmo dia", dizia Lourdes Salazar, empurrando um carrinho de verduras que tentava vender numa das ruas esburacadas do povoado. "Ele vai nos levando." Salazar conta que por pouco, aliás, não perdeu o filho. Sua casa de adobe, tijolos de terra crua e água caiu pela metade. "O quarto despencou como numa trovoada", ela conta. "Todas as janelas estouraram." No quarteirão ao lado, o lavrador Antonio Rubio carregava com a ajuda de amigos os pedaços do telhado de sua casa de barro, que também desabou. A construção de mais de cem anos, nas contas dele, sobreviveu sem rachaduras ao tremor de 32 anos atrás, mas não resistiu ao do início desta semana. "São frágeis essas casas, elas não aguentam", dizia ele. "Graças a Deus ninguém se machucou, mas estamos tirando esses pedaços daqui porque é muito perigoso." Com medo, Serafín Avillar e Dorotea Goches, que esperavam o padre sair da igreja destroçada para saber onde seria a próxima missa, contavam que desde o tremor estavam dormindo na rua. "Estamos com medo de dormir, porque pode chacoalhar de novo e cair tudo", diz Avillar. "Não dava nem para andar na hora, e eu me segurei numa árvore. São coisas de Deus. Nada pode com ele."
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Por PEC do Teto, Temer faz ofensiva sobre senadores simpáticos a Dilma
Na tentativa de aprovar com vantagem proposta do teto de gastos públicos, o presidente Michel Temer iniciou ofensiva nesta quarta-feira (16) sobre senadores do Norte e Nordeste que apresentam risco de votar contra a iniciativa do governo federal. A duas semanas da votação do primeiro turno da chamada PEC do Teto no Senado Federal, programada para 29 de novembro, o peemedebista abriu espaço na agenda presidencial para receber pessoalmente parlamentares que simpatizavam com o governo de Dilma Rousseff. Nesta quarta-feira (16), o presidente marcou audiências com Elmano Férrer (PTB-PI), Otto Alencar (PSD-BA) e Kátia Abreu (PMDB-TO). Os três votaram contra o afastamento definitivo da petista. Além deles, ele programou encontros com Raimundo Lira (PMDB-PB), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Vicentinho Alves (PR-TO). Eles votaram favoravelmente ao impeachment, mas contra a proibição de que a petista assuma funções públicas, posição contrária à defendida à época pelo governo federal. Para aprovar a medida em primeiro turno, são necessários 49 votos. Em uma tentativa de demonstrar força política, o Palácio do Planalto quer conseguir um placar de 65 de um total de 81 senadores. A avaliação do entorno de Michel Temer é que caso o governo federal consiga a vantagem, o Palácio do Planalto terá mais tranquilidade para enviar a reforma previdenciária no início de dezembro, antes da votação do segundo turno do teto de gastos, previsto para 13 de dezembro. Se o placar for apertado, contudo, a estratégia do governo federal será a de segurar a proposta para que ela não cause instabilidade na votação do segundo turno. Como parte do esforço para aprovar a proposta, o peemedebista realizará na noite desta quarta-feira (16), no Palácio da Alvorada, um jantar para todos os senadores da base aliada. No encontro, a equipe econômica apresentará gráficos e dados para provar a necessidade de aprovação da medida para a redução da dívida pública e o equilíbrio das contas governamentais. Pec dos gastos
mercado
Por PEC do Teto, Temer faz ofensiva sobre senadores simpáticos a DilmaNa tentativa de aprovar com vantagem proposta do teto de gastos públicos, o presidente Michel Temer iniciou ofensiva nesta quarta-feira (16) sobre senadores do Norte e Nordeste que apresentam risco de votar contra a iniciativa do governo federal. A duas semanas da votação do primeiro turno da chamada PEC do Teto no Senado Federal, programada para 29 de novembro, o peemedebista abriu espaço na agenda presidencial para receber pessoalmente parlamentares que simpatizavam com o governo de Dilma Rousseff. Nesta quarta-feira (16), o presidente marcou audiências com Elmano Férrer (PTB-PI), Otto Alencar (PSD-BA) e Kátia Abreu (PMDB-TO). Os três votaram contra o afastamento definitivo da petista. Além deles, ele programou encontros com Raimundo Lira (PMDB-PB), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Vicentinho Alves (PR-TO). Eles votaram favoravelmente ao impeachment, mas contra a proibição de que a petista assuma funções públicas, posição contrária à defendida à época pelo governo federal. Para aprovar a medida em primeiro turno, são necessários 49 votos. Em uma tentativa de demonstrar força política, o Palácio do Planalto quer conseguir um placar de 65 de um total de 81 senadores. A avaliação do entorno de Michel Temer é que caso o governo federal consiga a vantagem, o Palácio do Planalto terá mais tranquilidade para enviar a reforma previdenciária no início de dezembro, antes da votação do segundo turno do teto de gastos, previsto para 13 de dezembro. Se o placar for apertado, contudo, a estratégia do governo federal será a de segurar a proposta para que ela não cause instabilidade na votação do segundo turno. Como parte do esforço para aprovar a proposta, o peemedebista realizará na noite desta quarta-feira (16), no Palácio da Alvorada, um jantar para todos os senadores da base aliada. No encontro, a equipe econômica apresentará gráficos e dados para provar a necessidade de aprovação da medida para a redução da dívida pública e o equilíbrio das contas governamentais. Pec dos gastos
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Receita adia prazo para entrega do informe de rendimento do funcionário
A Receita Federal adiou para 27 de fevereiro o prazo para as empresas entregarem a Dirf (declaração de Imposto de Renda retido na fonte), de acordo com comunicado divulgado nesta sexta-feira (27). Inicialmente, o prazo terminava em 15 de fevereiro, mas o Fisco precisou mudar a data por causa do atraso na disponibilização dos programa usado pelas empresas para entregar a Dirf, como a Folha informou. Só nesta sexta a Receita liberou o software. Em anos anteriores, o programa estava disponível no site da Receita no primeiro dia útil do ano, e as companhias tinham até o último dia útil de fevereiro para enviar as informações. Segundo calendário da Receita, o programa do IR de 2017 poderá ser baixado no dia 23 de fevereiro, e o envio das informações começa no dia 2 de março. Desde 20 de janeiro já é possível baixar no site da Receita o carnê-leão (para profissionais liberais) e o programa de ganho de capital, que apura lucro e respectivo IR em casos de venda de bens e direitos de qualquer natureza, inclusive no recebimento de parcelas relativas a vendas a prazo, efetuada em anos anteriores, com tributação adiada. Dias para declaração do IR DOCUMENTOS PARA FAZER A DECLARAÇÃO DO IR O que é preciso ter em mãos para prestar contas ao fisco
mercado
Receita adia prazo para entrega do informe de rendimento do funcionárioA Receita Federal adiou para 27 de fevereiro o prazo para as empresas entregarem a Dirf (declaração de Imposto de Renda retido na fonte), de acordo com comunicado divulgado nesta sexta-feira (27). Inicialmente, o prazo terminava em 15 de fevereiro, mas o Fisco precisou mudar a data por causa do atraso na disponibilização dos programa usado pelas empresas para entregar a Dirf, como a Folha informou. Só nesta sexta a Receita liberou o software. Em anos anteriores, o programa estava disponível no site da Receita no primeiro dia útil do ano, e as companhias tinham até o último dia útil de fevereiro para enviar as informações. Segundo calendário da Receita, o programa do IR de 2017 poderá ser baixado no dia 23 de fevereiro, e o envio das informações começa no dia 2 de março. Desde 20 de janeiro já é possível baixar no site da Receita o carnê-leão (para profissionais liberais) e o programa de ganho de capital, que apura lucro e respectivo IR em casos de venda de bens e direitos de qualquer natureza, inclusive no recebimento de parcelas relativas a vendas a prazo, efetuada em anos anteriores, com tributação adiada. Dias para declaração do IR DOCUMENTOS PARA FAZER A DECLARAÇÃO DO IR O que é preciso ter em mãos para prestar contas ao fisco
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De Renan para Cunha
Se o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), escrevesse uma carta ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele diria algo próximo a isso: "Prezado correligionário, a pressão ficará maior a cada dia. Ela começará pequena, com os partidos de esquerda pedindo seu afastamento. Depois, juízes, intelectuais e ONGs farão manifestos por sua saída. Políticos de peso, então, pedirão carona. Se a crise não for debelada, aliados passarão a deixar de fotografar a seu lado dia após dia. Todo mundo vai sumindo. E Vossa Excelência correrá o risco de, uma hora, murchar. Seus seguidores passarão a visitá-lo à noite para não serem flagrados pela imprensa entrando na sua casa. Depois, ao sair de sua residência, alguns dirão confidencialmente a jornalistas que tentaram, sem sucesso, convencê-lo a renunciar. Precisará vender a ideia de normalidade na Câmara para conseguir se manter no cargo, pois quando se perde o controle da rotina, a contestação cresce no plenário. Se tentar se proteger pelo biombo da instituição, poderá agravar sua estabilidade no cargo. Lembre-se dos colegas que passaram por calvário semelhante. Antônio Carlos Magalhães, Severino Cavalcanti, Demóstenes Torres. E por aí vai. Resistir nem sempre é fácil. No meu caso, fui acusado pela imprensa de ter despesas pessoais pagas por um empreiteiro. No seu, é o Ministério Público quem denuncia. Não é fácil resistir. Mas também não é impossível."
colunas
De Renan para CunhaSe o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), escrevesse uma carta ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele diria algo próximo a isso: "Prezado correligionário, a pressão ficará maior a cada dia. Ela começará pequena, com os partidos de esquerda pedindo seu afastamento. Depois, juízes, intelectuais e ONGs farão manifestos por sua saída. Políticos de peso, então, pedirão carona. Se a crise não for debelada, aliados passarão a deixar de fotografar a seu lado dia após dia. Todo mundo vai sumindo. E Vossa Excelência correrá o risco de, uma hora, murchar. Seus seguidores passarão a visitá-lo à noite para não serem flagrados pela imprensa entrando na sua casa. Depois, ao sair de sua residência, alguns dirão confidencialmente a jornalistas que tentaram, sem sucesso, convencê-lo a renunciar. Precisará vender a ideia de normalidade na Câmara para conseguir se manter no cargo, pois quando se perde o controle da rotina, a contestação cresce no plenário. Se tentar se proteger pelo biombo da instituição, poderá agravar sua estabilidade no cargo. Lembre-se dos colegas que passaram por calvário semelhante. Antônio Carlos Magalhães, Severino Cavalcanti, Demóstenes Torres. E por aí vai. Resistir nem sempre é fácil. No meu caso, fui acusado pela imprensa de ter despesas pessoais pagas por um empreiteiro. No seu, é o Ministério Público quem denuncia. Não é fácil resistir. Mas também não é impossível."
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Após subir até 1,7%, Bolsa perde força com EUA e fecha no zero a zero
Depois de ter subido até 1,66% ao longo do dia, o principal índice da Bolsa brasileira perdeu força durante a tarde, acompanhando o desempenho do mercado americano, e fechou no zero a zero. A alta do índice mais cedo refletiu a repercussão positiva da fala do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmando que haverá ajustes de impostos, sem ser específico. O ministro defendeu que a decisão de preços dos combustíveis pela Petrobras deve seguir uma "avaliação empresarial", deixando implícita uma orientação de menor interferência política nesse processo. A afirmação beneficiou os papéis da estatal. O Ibovespa encerrou o dia perto da estabilidade, com leve desvalorização de 0,2%, para 48.041 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,699 bilhões. As ações preferenciais da Petrobras, sem direito a voto, subiram 1,01%, para R$ 9 cada uma. Já os papéis ordinários da companhia, com direito a voto, ganharam 0,68%, para R$ 8,83. No exterior, as Bolsas dos EUA caíram, refletindo resultados de empresas e mais uma baixa no preço do petróleo. O contrato do barril de petróleo mais negociado em Londres (Brent) cedeu 1,77%, para US$ 46,59. Em NY, o barril de petróleo WTI baixou 0,39%, para US$ 45,89. Ambos estão em seu menor nível desde 2009. O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, encerrou o pregão com baixa de 0,15%. O S&P500, que reúne papéis das 500 principais companhias listadas naquele mercado, recuou 0,26%. "O Ibovespa está sem movimento definido. No último ano, questões políticas, principalmente por causa das eleições, pesaram mais sobre seu desempenho. Agora, o mercado começa a refletir mais as perspectivas econômicas e a acompanhar os índices americanos", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos. Ações do setor elétrico fecharam no azul, após a notícia de que o Tesouro Nacional não fará aportes ao segmento neste ano e que os gastos serão custeados pelo consumidor, na forma de aumento da conta de luz. Por causa disso, o consumidor poderá ter dois aumentos em sua conta apenas este ano. Um ordinário e outro extraordinário. "É um sinal de realismo tarifário, de comprometimento com os ajustes fiscais. A ideia é que todos os gastos sejam repassados ao consumidor, o que deve pressionar a inflação, mas é fator positivo para a Bolsa e ao setor elétrico", avalia Eduardo Velho, economista-chefe da gestora INVX Global Partners. Entre as maiores altas do setor, a CPFL Energia ganhou 3,13%, para R$ 18,14, e a Cesp subiu 1,63%, para R$ 25,01. Já a ação preferencial da Eletrobras registrou valorização de 1,42%, para R$ 7,86. Os mercados internacionais também subiram mais cedo após dados comerciais da China em dezembro terem superado as expectativas. O país registrou um superavit comercial de US$ 49,6 bilhões no mês, menor do que o recorde de novembro, de US$ 54,5 bilhões. As importações chinesas de minério de ferro bateram um novo recorde em 2014, saltando 13,8%, para 932,5 milhões de toneladas. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira Vale. Diante disso, as ações preferenciais da companhia fecharam em alta de 0,86%, para R$ 19,95 cada uma. DÓLAR As declarações de compromisso fiscal de Joaquim Levy reduziram a pressão sobre o câmbio nesta terça-feira. Assim, depois de ter subido na véspera, o dólar voltou a cair. A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 1,12% sobre o real, para R$ 2,632 na venda. É o menor valor desde 10 de dezembro do ano passado, quando estava em R$ 2,611. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, recuou 1,01%, para R$ 2,640. O Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo 2.000 contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 500 contratos para 1º de setembro e 1.500 para 1º de dezembro, pelo total de US$ 98,2 milhões. A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 490,4 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 38% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões.
mercado
Após subir até 1,7%, Bolsa perde força com EUA e fecha no zero a zeroDepois de ter subido até 1,66% ao longo do dia, o principal índice da Bolsa brasileira perdeu força durante a tarde, acompanhando o desempenho do mercado americano, e fechou no zero a zero. A alta do índice mais cedo refletiu a repercussão positiva da fala do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmando que haverá ajustes de impostos, sem ser específico. O ministro defendeu que a decisão de preços dos combustíveis pela Petrobras deve seguir uma "avaliação empresarial", deixando implícita uma orientação de menor interferência política nesse processo. A afirmação beneficiou os papéis da estatal. O Ibovespa encerrou o dia perto da estabilidade, com leve desvalorização de 0,2%, para 48.041 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,699 bilhões. As ações preferenciais da Petrobras, sem direito a voto, subiram 1,01%, para R$ 9 cada uma. Já os papéis ordinários da companhia, com direito a voto, ganharam 0,68%, para R$ 8,83. No exterior, as Bolsas dos EUA caíram, refletindo resultados de empresas e mais uma baixa no preço do petróleo. O contrato do barril de petróleo mais negociado em Londres (Brent) cedeu 1,77%, para US$ 46,59. Em NY, o barril de petróleo WTI baixou 0,39%, para US$ 45,89. Ambos estão em seu menor nível desde 2009. O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, encerrou o pregão com baixa de 0,15%. O S&P500, que reúne papéis das 500 principais companhias listadas naquele mercado, recuou 0,26%. "O Ibovespa está sem movimento definido. No último ano, questões políticas, principalmente por causa das eleições, pesaram mais sobre seu desempenho. Agora, o mercado começa a refletir mais as perspectivas econômicas e a acompanhar os índices americanos", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos. Ações do setor elétrico fecharam no azul, após a notícia de que o Tesouro Nacional não fará aportes ao segmento neste ano e que os gastos serão custeados pelo consumidor, na forma de aumento da conta de luz. Por causa disso, o consumidor poderá ter dois aumentos em sua conta apenas este ano. Um ordinário e outro extraordinário. "É um sinal de realismo tarifário, de comprometimento com os ajustes fiscais. A ideia é que todos os gastos sejam repassados ao consumidor, o que deve pressionar a inflação, mas é fator positivo para a Bolsa e ao setor elétrico", avalia Eduardo Velho, economista-chefe da gestora INVX Global Partners. Entre as maiores altas do setor, a CPFL Energia ganhou 3,13%, para R$ 18,14, e a Cesp subiu 1,63%, para R$ 25,01. Já a ação preferencial da Eletrobras registrou valorização de 1,42%, para R$ 7,86. Os mercados internacionais também subiram mais cedo após dados comerciais da China em dezembro terem superado as expectativas. O país registrou um superavit comercial de US$ 49,6 bilhões no mês, menor do que o recorde de novembro, de US$ 54,5 bilhões. As importações chinesas de minério de ferro bateram um novo recorde em 2014, saltando 13,8%, para 932,5 milhões de toneladas. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira Vale. Diante disso, as ações preferenciais da companhia fecharam em alta de 0,86%, para R$ 19,95 cada uma. DÓLAR As declarações de compromisso fiscal de Joaquim Levy reduziram a pressão sobre o câmbio nesta terça-feira. Assim, depois de ter subido na véspera, o dólar voltou a cair. A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 1,12% sobre o real, para R$ 2,632 na venda. É o menor valor desde 10 de dezembro do ano passado, quando estava em R$ 2,611. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, recuou 1,01%, para R$ 2,640. O Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo 2.000 contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 500 contratos para 1º de setembro e 1.500 para 1º de dezembro, pelo total de US$ 98,2 milhões. A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 490,4 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 38% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões.
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Baixo preço do petróleo pode reduzir produção nos EUA, diz Opep
A produção de petróleo dos Estados Unidos pode começar a sofrer redução antes do fim de 2015, segundo previsão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) feita nesta segunda-feira (16). A organização deve esperar até o encontro de junho para ver se o colapso dos preços da commodity vai começar a impactar a extração americana. Em seu relatório mensal, a Opep deixou sua previsão de fornecimento para não membros em 2015 inalterada, mas disse que a produção americana pode começar a cair no fim de 2015. O mesmo documento também não faz modificações na previsão para o crescimento da demanda mundial por petróleo em 2015 a e não fez praticamente nenhuma alteração na sua estimativa da demanda por seu petróleo neste ano. "À medida que menos perfurações são feitas por conta do alto custo do processo e do baixo preço do petróleo no mercado, podemos esperar uma queda na produção no fim deste ano", diz o relatório. A Arábia Saudita informou à Opep que produziu 9,636 milhões de barris de petróleo por dia em fevereiro, uma queda em relação a janeiro, quando a produção foi de 9,68 milhões de barris por dia.
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Baixo preço do petróleo pode reduzir produção nos EUA, diz OpepA produção de petróleo dos Estados Unidos pode começar a sofrer redução antes do fim de 2015, segundo previsão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) feita nesta segunda-feira (16). A organização deve esperar até o encontro de junho para ver se o colapso dos preços da commodity vai começar a impactar a extração americana. Em seu relatório mensal, a Opep deixou sua previsão de fornecimento para não membros em 2015 inalterada, mas disse que a produção americana pode começar a cair no fim de 2015. O mesmo documento também não faz modificações na previsão para o crescimento da demanda mundial por petróleo em 2015 a e não fez praticamente nenhuma alteração na sua estimativa da demanda por seu petróleo neste ano. "À medida que menos perfurações são feitas por conta do alto custo do processo e do baixo preço do petróleo no mercado, podemos esperar uma queda na produção no fim deste ano", diz o relatório. A Arábia Saudita informou à Opep que produziu 9,636 milhões de barris de petróleo por dia em fevereiro, uma queda em relação a janeiro, quando a produção foi de 9,68 milhões de barris por dia.
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Colóquio sobre Derrida, óperas barrocas e mais quatro dicas culturais
COLÓQUIO | JACQUES DERRIDA O Instituto de Letras da Uerj e a Mediateca da Maison de France, no Rio, recebem mesas-redondas e minicursos sobre o filósofo franco-argelino Jacques Derrida (1930-2004). Os temas do perdão e da solidariedade são os fios condutores, a partir de "La Solidarité des vivants et le pardon" (Éditions Hermann), livro que reúne conferência de Derrida no Brasil (inédita em livro), entrevistas com o autor e o ensaio "Derrida au Brésil", de Evando Nascimento. Instituto de Letras da Uerj | tel.: (21) 2334-0633 | seg. (17) a qui. (20) | grátis; algumas sessões exigem inscrição * EXPOSIÇÃO | TRISTES TRÓPICOS - DENTRO DA FLORESTA, SOMOS TODOS CABAÇOS A coletiva reúne trabalhos de 38 artistas, alguns da galeria Mezanino, como Reynaldo Candia e Leo Sombra, e outros convidados, como Fernando Mira e Hugo França, que propõem uma reflexão sobre a brasilidade. Com pinturas, gravuras, esculturas, fotografias e vídeos, entre outros, a mostra apresenta obras que exploram imaginários festivos do país, vivências extremas e ativismo político. Galeria Mezanino | tel.: (11) 3436-6306 | ter. a sáb, das 11h às 19h, até 29/4 | grátis * CINEMA | RETROSPECTIVA SÉRGIO MUNIZ O cineasta brasileiro ganha retrospectiva de sua obra no festival de documentários É Tudo Verdade. Muniz participou da Caravana Farkas –movimento de cineastas, organizados em torno do fotógrafo Thomaz Farkas, que partiu para documentar o Nordeste nos anos 1960– e contribuiu para a instalação da EICTV (Escuela Internacional de Cine y TV), em Cuba, nos anos 1980. Na retrospectiva, será exibido "Você Também pode Dar um Presunto Legal". Gravado clandestinamente em 1970, o documentário faz uma reflexão sobre a atuação do Esquadrão da Morte durante a ditadura militar. Haverá também debate com Sérgio Muniz no dia 27, no Centro Cultural São Paulo. Vários locais | tel.: (11) 3064-7485 | qui. (20) a 30/4 | grátis | www.etudoverdade.com.br * LANÇAMENTO | SENÃO EU ATIRO E OUTRAS HISTÓRIAS VERÍDICAS O livro de Leusa Araújo, autora de "O Livro do Cabelo" (Leya), reúne seis contos inspirados na experiência pessoal da escritora, em histórias verídicas e em casos judiciais. As personagens aparecem em situações angustiantes, como um suicídio mal-sucedido ("A Gorda que Caiu do Céu"). A versão em e-book, da editora Estratosfera, tem uma narrativa extra e gravação da autora lendo um dos contos. Bar Canto Madalena | tel.: (11) 3813-6814 | qua. (19), às 19h Quelônio | R$ 44 ou R$ 15 (e-book) * TEATRO | TEOREMA 21 O espetáculo do Grupo XIX de Teatro foi livremente inspirado no filme "Teorema", do italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975). Na peça, os membros de uma família tentam recriar suas relações ao retornarem a seu antigo lar, mas a chegada de um estrangeiro ameaça transformar a estrutura do clã. O espetáculo é encenado em uma antiga escola de meninas desativada, na Vila Maria Zélia, zona leste de São Paulo. Erguida em 1917, a vila operária foi a primeira do Brasil e desde 2004 abriga a sede da companhia. Vila Maria Zélia - r. Mário Costa, 13 | tel.: (11) 2081-4647 | sáb. (22 e 29), às 16h | grátis * CONCERTO | PHILIPPE JAROUSSKY De registro vocal raro, o contratenor francês, conhecido por suas interpretações de obras de Antonio Vivaldi (1678-1741) e Claudio Monteverdi (1567-1643), realiza dois concertos acompanhado pela orquestra Le Concert de la Loge. Criada em 2015, a formação se apresenta pela primeira vez no Brasil. O programa terá movimentos de óperas do compositor barroco alemão Georg Friedrich Händel (1685-1759), como "Radamisto" e "Tolomeo, Rei do Egito". O concerto faz parte da temporada Cultura Artística. Sala São Paulo | tel.: (11) 3256-0223 | seg. (24) e ter. (25), às 21h | R$ 50 a R$ 430
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Colóquio sobre Derrida, óperas barrocas e mais quatro dicas culturaisCOLÓQUIO | JACQUES DERRIDA O Instituto de Letras da Uerj e a Mediateca da Maison de France, no Rio, recebem mesas-redondas e minicursos sobre o filósofo franco-argelino Jacques Derrida (1930-2004). Os temas do perdão e da solidariedade são os fios condutores, a partir de "La Solidarité des vivants et le pardon" (Éditions Hermann), livro que reúne conferência de Derrida no Brasil (inédita em livro), entrevistas com o autor e o ensaio "Derrida au Brésil", de Evando Nascimento. Instituto de Letras da Uerj | tel.: (21) 2334-0633 | seg. (17) a qui. (20) | grátis; algumas sessões exigem inscrição * EXPOSIÇÃO | TRISTES TRÓPICOS - DENTRO DA FLORESTA, SOMOS TODOS CABAÇOS A coletiva reúne trabalhos de 38 artistas, alguns da galeria Mezanino, como Reynaldo Candia e Leo Sombra, e outros convidados, como Fernando Mira e Hugo França, que propõem uma reflexão sobre a brasilidade. Com pinturas, gravuras, esculturas, fotografias e vídeos, entre outros, a mostra apresenta obras que exploram imaginários festivos do país, vivências extremas e ativismo político. Galeria Mezanino | tel.: (11) 3436-6306 | ter. a sáb, das 11h às 19h, até 29/4 | grátis * CINEMA | RETROSPECTIVA SÉRGIO MUNIZ O cineasta brasileiro ganha retrospectiva de sua obra no festival de documentários É Tudo Verdade. Muniz participou da Caravana Farkas –movimento de cineastas, organizados em torno do fotógrafo Thomaz Farkas, que partiu para documentar o Nordeste nos anos 1960– e contribuiu para a instalação da EICTV (Escuela Internacional de Cine y TV), em Cuba, nos anos 1980. Na retrospectiva, será exibido "Você Também pode Dar um Presunto Legal". Gravado clandestinamente em 1970, o documentário faz uma reflexão sobre a atuação do Esquadrão da Morte durante a ditadura militar. Haverá também debate com Sérgio Muniz no dia 27, no Centro Cultural São Paulo. Vários locais | tel.: (11) 3064-7485 | qui. (20) a 30/4 | grátis | www.etudoverdade.com.br * LANÇAMENTO | SENÃO EU ATIRO E OUTRAS HISTÓRIAS VERÍDICAS O livro de Leusa Araújo, autora de "O Livro do Cabelo" (Leya), reúne seis contos inspirados na experiência pessoal da escritora, em histórias verídicas e em casos judiciais. As personagens aparecem em situações angustiantes, como um suicídio mal-sucedido ("A Gorda que Caiu do Céu"). A versão em e-book, da editora Estratosfera, tem uma narrativa extra e gravação da autora lendo um dos contos. Bar Canto Madalena | tel.: (11) 3813-6814 | qua. (19), às 19h Quelônio | R$ 44 ou R$ 15 (e-book) * TEATRO | TEOREMA 21 O espetáculo do Grupo XIX de Teatro foi livremente inspirado no filme "Teorema", do italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975). Na peça, os membros de uma família tentam recriar suas relações ao retornarem a seu antigo lar, mas a chegada de um estrangeiro ameaça transformar a estrutura do clã. O espetáculo é encenado em uma antiga escola de meninas desativada, na Vila Maria Zélia, zona leste de São Paulo. Erguida em 1917, a vila operária foi a primeira do Brasil e desde 2004 abriga a sede da companhia. Vila Maria Zélia - r. Mário Costa, 13 | tel.: (11) 2081-4647 | sáb. (22 e 29), às 16h | grátis * CONCERTO | PHILIPPE JAROUSSKY De registro vocal raro, o contratenor francês, conhecido por suas interpretações de obras de Antonio Vivaldi (1678-1741) e Claudio Monteverdi (1567-1643), realiza dois concertos acompanhado pela orquestra Le Concert de la Loge. Criada em 2015, a formação se apresenta pela primeira vez no Brasil. O programa terá movimentos de óperas do compositor barroco alemão Georg Friedrich Händel (1685-1759), como "Radamisto" e "Tolomeo, Rei do Egito". O concerto faz parte da temporada Cultura Artística. Sala São Paulo | tel.: (11) 3256-0223 | seg. (24) e ter. (25), às 21h | R$ 50 a R$ 430
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Com Medina, Mundial de surfe busca espaço na TV do Brasil
O título mundial de surfe de Gabriel Medina, 21, em 2014, deu uma nova perspectiva para a modalidade. E o momento para expandir os seus negócios no país é agora. Hoje, nenhuma emissora do país possui os direitos para transmitir a competição. A nova temporada começa nesta sexta-feira (27), em Gold Coast, na Austrália. De acordo com Renato Hickel, um dos diretores da WSL (World Surf League), executivos da liga estiveram no Brasil no início do mês para uma reunião com membros da ESPN e da Globo. A emissora carioca disse que a reunião envolveu diretores da SporTV, que faz parte da Globosat. Por enquanto, não há nenhum acordo. As negociações continuam. "Vários canais de televisão que há alguns anos transmitiam o surfe com frequência e tinham parado de mostrar voltaram a nos procurar. Entre eles a Globo. Mas ainda não temos nada fechado", afirma. Mostrar etapas ao vivo na TV é uma missão muito difícil principalmente na TV aberta, já que um dia de disputa pode durar mais de oito horas. Isso se houver competição, já que o campeonato é totalmente refém do clima. Se não há boas ondas, não há surfe, o que atrapalha a grade de programação das emissoras. Mas isso não significa que não haja espaço para o surfe na TV aberta. Nos Estados Unidos, por exemplo, o canal ABC tem os direitos de transmissão das etapas, no entanto, em vez de mostrar ao vivo, exibe um compacto. "Quanto mais contratos tivermos com os canais de TV aberta ou a cabo, vai ajudar a crescer o esporte. Vamos ter mais exposição", diz Hickel. Se o espaço na televisão ainda é pequeno, na internet não há limites. É possível acompanhar todas as etapas do Mundial ao vivo pelo site da liga. Tanto pelo computador, como por tablets e celulares. Em 2014, a última prova do campeonato, disputado na praia de Pipeline, no Havaí, teve em média 6,2 milhões de pessoas sintonizadas. "Superou as nossas expectativas em termos de audiência. Tínhamos ciência de que a vitória do Medina seria mais benéfica para o esporte e para a liga em termos de repercussão", afirma Hickel. OUTROS PLANOS Não é só em termos de mídia que a liga pretende crescer. Sempre na carona do sucesso de Medina, a entidade também visa criar novas etapas de surfe não só no Brasil, como também em outros países da América do Sul. "Temos espaço para crescer com outros eventos, como com etapas do classificatório, do circuito júnior e do longboard. E por que não até de evento de big wave [grandes ondas]", diz Hickel. Atualmente, o Brasil conta com quatro etapas na segunda divisão do campeonato: em Saquarema, no Rio, Itacaré, na Bahia, Joaquina, em Florianópolis, e Maresias, em São Paulo. Para o Mundial, a liga pretende incluir mais uma etapa a partir de 2016, que deve ser disputada na Indonésia. Japão é a segunda opção. A elite do surfe tem atualmente 11 provas. Uma delas acontece no Rio, entre os dias 11 e 22 de maio.
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Com Medina, Mundial de surfe busca espaço na TV do BrasilO título mundial de surfe de Gabriel Medina, 21, em 2014, deu uma nova perspectiva para a modalidade. E o momento para expandir os seus negócios no país é agora. Hoje, nenhuma emissora do país possui os direitos para transmitir a competição. A nova temporada começa nesta sexta-feira (27), em Gold Coast, na Austrália. De acordo com Renato Hickel, um dos diretores da WSL (World Surf League), executivos da liga estiveram no Brasil no início do mês para uma reunião com membros da ESPN e da Globo. A emissora carioca disse que a reunião envolveu diretores da SporTV, que faz parte da Globosat. Por enquanto, não há nenhum acordo. As negociações continuam. "Vários canais de televisão que há alguns anos transmitiam o surfe com frequência e tinham parado de mostrar voltaram a nos procurar. Entre eles a Globo. Mas ainda não temos nada fechado", afirma. Mostrar etapas ao vivo na TV é uma missão muito difícil principalmente na TV aberta, já que um dia de disputa pode durar mais de oito horas. Isso se houver competição, já que o campeonato é totalmente refém do clima. Se não há boas ondas, não há surfe, o que atrapalha a grade de programação das emissoras. Mas isso não significa que não haja espaço para o surfe na TV aberta. Nos Estados Unidos, por exemplo, o canal ABC tem os direitos de transmissão das etapas, no entanto, em vez de mostrar ao vivo, exibe um compacto. "Quanto mais contratos tivermos com os canais de TV aberta ou a cabo, vai ajudar a crescer o esporte. Vamos ter mais exposição", diz Hickel. Se o espaço na televisão ainda é pequeno, na internet não há limites. É possível acompanhar todas as etapas do Mundial ao vivo pelo site da liga. Tanto pelo computador, como por tablets e celulares. Em 2014, a última prova do campeonato, disputado na praia de Pipeline, no Havaí, teve em média 6,2 milhões de pessoas sintonizadas. "Superou as nossas expectativas em termos de audiência. Tínhamos ciência de que a vitória do Medina seria mais benéfica para o esporte e para a liga em termos de repercussão", afirma Hickel. OUTROS PLANOS Não é só em termos de mídia que a liga pretende crescer. Sempre na carona do sucesso de Medina, a entidade também visa criar novas etapas de surfe não só no Brasil, como também em outros países da América do Sul. "Temos espaço para crescer com outros eventos, como com etapas do classificatório, do circuito júnior e do longboard. E por que não até de evento de big wave [grandes ondas]", diz Hickel. Atualmente, o Brasil conta com quatro etapas na segunda divisão do campeonato: em Saquarema, no Rio, Itacaré, na Bahia, Joaquina, em Florianópolis, e Maresias, em São Paulo. Para o Mundial, a liga pretende incluir mais uma etapa a partir de 2016, que deve ser disputada na Indonésia. Japão é a segunda opção. A elite do surfe tem atualmente 11 provas. Uma delas acontece no Rio, entre os dias 11 e 22 de maio.
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Guerra às drogas tira peso político de visita de Dilma à Casa Branca
Nos últimos anos, Brasil e Estados Unidos tiveram cooperação estreita no combate às drogas. Essa cooperação tem sido fundamental para o Brasil, principal entreposto comercial da cocaína sul-americana e segundo consumidor mundial da droga, depois dos Estados Unidos. Como afirma um relatório do Departamento de Estado, o Brasil não tem "capacidade necessária para conter o fluxo de narcóticos que atravessam suas fronteiras", uma área três vezes maior que a divisa entre México e Estados Unidos. Afinal, temos fronteira com os maiores produtores da droga: Colômbia, Peru e Bolívia. A cooperação brasileiro-americana evoluiu nos últimos anos. Quando os americanos pediram, o Brasil aprovou uma lei sobre crime organizado e abriu 19 postos da Polícia Federal em regiões fronteiriças. Em troca, o Tesouro americano desembolsou milhões de dólares em cooperação. Como era de se esperar, quando o Brasil não coopera, os americanos jogam duro. Por exemplo, eles usaram sanções à indústria aeronáutica e suspensão de créditos do Eximbank até quebrar a resistência de Brasília à chamada "Lei do Abate" (que autoriza o abate de aviões considerados suspeitos de transportar drogas). Agora, esse quadro está em transformação. Obama começou a denunciar a guerra às drogas como uma política cara, ineficaz e contraproducente, reformando a maneira como o resto do planeta lida com o tema. A cooperação de que o Brasil necessita para lidar com esse problema em suas fronteiras acaba de ficar mais cara e difícil. Dilma não dirá nada sobre o assunto durante a visita oficial, mas Obama tem razão. Em 40 anos de política repressiva, as drogas no mundo, em vez de encarecerem, ficaram mais baratas. Sua qualidade aumentou. A repressão ainda criou um mercado negro que alimenta corrupção entre narcotraficantes, forças de segurança e políticos mundo afora. Em países como Brasil e Estados Unidos, produziu encarceramento em massa, muitas vezes por crimes não violentos. O hemisfério ocidental está se ajustando à nova realidade. Guatemala, Uruguai e alguns Estados americanos estão descriminalizando o consumo de drogas. Na Colômbia, país onde a guerra às drogas enfraqueceu a guerrilha, mas manteve a força dos cartéis, o governo vê a velha política como "fracassada". Obama e seu sucessor vão forçar a criação de novas regras internacionais para gerir o tráfico de drogas. Alheia ao processo, a diplomacia de Brasília não terá espaço para moldar o jogo. Dilma, que poderia ser líder regional no assunto, não será. Os otimistas depositam esperança na Justiça brasileira. Em janeiro, por exemplo, liberou-se a substância ativa da maconha para uso médico contra doenças como a epilepsia. Em geral, porém, o governo continua preso ao paradigma de ontem. A descriminalização do consumo não tem apoio do Congresso Nacional nem da maioria da população. E assim, enquanto o mundo anda, nós ficamos para trás.
colunas
Guerra às drogas tira peso político de visita de Dilma à Casa BrancaNos últimos anos, Brasil e Estados Unidos tiveram cooperação estreita no combate às drogas. Essa cooperação tem sido fundamental para o Brasil, principal entreposto comercial da cocaína sul-americana e segundo consumidor mundial da droga, depois dos Estados Unidos. Como afirma um relatório do Departamento de Estado, o Brasil não tem "capacidade necessária para conter o fluxo de narcóticos que atravessam suas fronteiras", uma área três vezes maior que a divisa entre México e Estados Unidos. Afinal, temos fronteira com os maiores produtores da droga: Colômbia, Peru e Bolívia. A cooperação brasileiro-americana evoluiu nos últimos anos. Quando os americanos pediram, o Brasil aprovou uma lei sobre crime organizado e abriu 19 postos da Polícia Federal em regiões fronteiriças. Em troca, o Tesouro americano desembolsou milhões de dólares em cooperação. Como era de se esperar, quando o Brasil não coopera, os americanos jogam duro. Por exemplo, eles usaram sanções à indústria aeronáutica e suspensão de créditos do Eximbank até quebrar a resistência de Brasília à chamada "Lei do Abate" (que autoriza o abate de aviões considerados suspeitos de transportar drogas). Agora, esse quadro está em transformação. Obama começou a denunciar a guerra às drogas como uma política cara, ineficaz e contraproducente, reformando a maneira como o resto do planeta lida com o tema. A cooperação de que o Brasil necessita para lidar com esse problema em suas fronteiras acaba de ficar mais cara e difícil. Dilma não dirá nada sobre o assunto durante a visita oficial, mas Obama tem razão. Em 40 anos de política repressiva, as drogas no mundo, em vez de encarecerem, ficaram mais baratas. Sua qualidade aumentou. A repressão ainda criou um mercado negro que alimenta corrupção entre narcotraficantes, forças de segurança e políticos mundo afora. Em países como Brasil e Estados Unidos, produziu encarceramento em massa, muitas vezes por crimes não violentos. O hemisfério ocidental está se ajustando à nova realidade. Guatemala, Uruguai e alguns Estados americanos estão descriminalizando o consumo de drogas. Na Colômbia, país onde a guerra às drogas enfraqueceu a guerrilha, mas manteve a força dos cartéis, o governo vê a velha política como "fracassada". Obama e seu sucessor vão forçar a criação de novas regras internacionais para gerir o tráfico de drogas. Alheia ao processo, a diplomacia de Brasília não terá espaço para moldar o jogo. Dilma, que poderia ser líder regional no assunto, não será. Os otimistas depositam esperança na Justiça brasileira. Em janeiro, por exemplo, liberou-se a substância ativa da maconha para uso médico contra doenças como a epilepsia. Em geral, porém, o governo continua preso ao paradigma de ontem. A descriminalização do consumo não tem apoio do Congresso Nacional nem da maioria da população. E assim, enquanto o mundo anda, nós ficamos para trás.
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Temer ofendeu sua biografia e seu estilo ao chamar a tropa
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, teve toda razão quando disse que havia uma "baderna" na Esplanada dos Ministérios, com a vandalização de prédios públicos. Infelizmente, não era a única. Era a mais visível e predatória, mas nem era mais perigosa. A baderna de um governo sitiado foi pior, indicando que o palácio de Temer começa a funcionar com a lógica do bunker. Isso aconteceu com o de Dilma e deu no que deu. O maior bunker de todos os tempos foi o de Hitler. Em maio de 1945, com os russos a poucos quarteirões, a cúpula nazista lutava pelo poder, até que Martin Bormann triunfou, recebeu o testamento do Führer e foi para a rua. Andou um pouco e tomou um tiro. Na tarde de quarta-feira (24), o presidente Michel Temer assinou um decreto autorizando o uso das Forças Armadas para manter a ordem na capital. Jungmann disse que a medida havia sido pedida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Falso, retrucou Maia. Ele pedira o uso da Força Nacional de Segurança. Baderna nº 1, o Legislativo pede uma coisa e o Executivo entrega outra. Jungmann explicou que chamara a tropa do Exército porque só havia 150 homens da Força Nacional em Brasília. Baderna nº 2, não havia a tropa especifica na capital, apesar da tensão em que estava o país. Jungmann disse que botou a tropa na rua porque a Polícia Militar de Brasília perdeu o controle da situação diante da ação de mascarados. Eram 250. Baderna nº 3, pois o efetivo da PM é de 13 mil homens, a capital tem um dos melhores índices de policiamento, a Esplanada dos Ministérios é a vitrine da cidade e o governador não foi consultado. No dia seguinte, o decreto foi revogado. Em março de 2016, quando o deputado Raul Jungmann estava na oposição a Dilma Rousseff e integrava o "estado-maior informal do impeachment", ele comentou as informações de que havia conversas de militares com políticos, advertindo que "se a política não resolver a crise, a crise vai resolver a política". Sabe-se lá o que isso queria dizer. Sempre que se mexe com tropa, vale a pena lembrar o que disse o marechal Castello Branco em agosto de 1964. Ele reclamava dos civis a quem chamava de "vivandeiras alvoroçadas [que] vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias do poder militar". * BRANCOS E NEGROS É fato sabido que 60% da população carcerária brasileira é composta por negros. Em 2012, para cada grupo de 100 mil brancos havia 191 encarcerados. Para cada 100 mil negros havia 292 trancados. O Brasil mudou. A Lava Jato não prendeu um único negro. Mais: trancou brancos de sobrenomes poderosos. No século passado, a política mineira girava em torno de dois patriarcas, Tancredo Neves e José de Magalhães Pinto. A Lava Jato pegou seus netos ilustres. SEM GRAMPO Para quem quer se proteger dos grampos, aqui vão duas lições. Nursultan Nazarbayev, presidente do Cazaquistão, a terra de Borat, conversa coisa importante com dignitário estrangeiro na sauna. Fez isso nos anos 90 com o secretário de Estado americano. O doutor tem 76 anos e está no poder desde 1984, quando se tornou dono do partido comunista. Sua base de apoio quer trocar o nome da capital (Astana), batizando-a com seu nome. No Brasil, conta a lenda que no século passado o governador de Mato Grosso, Julio Campos, recebeu na piscina uma ex-namorada do senador Roberto Campos. Ela de biquíni e ele de calção, teriam conversado dentro d'água. CADÊ? Em dezembro passado, depois que o ministro Geddel Vieira Lima foi abatido por um grampo, Temer anunciou que instalaria equipamentos capazes de de evitar que as conversas em seu gabinete fossem gravadas. Informou-se que dois sistemas estavam sendo testados e nunca mais se falou no assunto. Nenhuma geringonça eletrônica salvaria Temer de Joesley Batista, porque ele o recebeu no escurinho do Jaburu. CASOS PARA A OAB A Ordem dos Advogados do Brasil, que se mete em tudo, poderia ser mais ágil diante das malfeitorias dos seus associados. No acervo da colaboração da JBS está o depoimento de Ricardo Saud, o caixeiro da empresa. Descrevendo o metabolismo das propinas, ele informou: "No final, nós vamos ter tratado com mais de cem escritórios de advocacia, todas notas falsas". Essa modalidade de disfarce para os capilés vem do século passado, mas Saud listou e documentou transações com dezenas de escritórios. Num caso, mencionou um mimo de R$ 1,2 milhão lavado com notas frias do escritório Erick Pereira Advogados. Erick Wilson Pereira esteve na lista tríplice de candidatos ao Superior Tribunal de Justiça e até a última quinta-feira seu escritório tinha página na rede, com direito a foto colorida do ex-ministro do STF Cezar Peluso intitulando-o "consultor". Crocodilagem. 6 DE JUNHO O início do julgamento da cassação da chapa de Dilma e Temer para o dia 6 de junho foi marcado pelas almas dos velhos anarquistas e socialistas do movimento operário de São Paulo. No dia 6 de junho de 1917, começou uma greve no Cotonificio Crespi. Ninguém dava nada por ela e em poucas semanas parou 40 mil trabalhadores. Há cem anos, uma das reivindicações dos grevistas era o fim das contribuições compulsórias para um Comitê Pró-Patria, da colônia italiana. Um século depois, os trabalhadores e empresários brasileiros sustentam compulsoriamente o Sistema S (R$ 16 bilhões em 2016) e a máquina dos sindicatos (R$ 3,5 bilhões). * Eremildo é um idiota e acha que sabe por que foi grampeada a conversa de Andrea Neves com o jornalista Reinaldo Azevedo. A Procuradoria-Geral da República quer investigar negócios da magistratura de uma região metida em contrabando de ouro e sua conexão angolana. Eremildo chegou a essa conclusão quando viu que numa das conversas grampeadas o principal assunto foi o perigoso poeta Alvarenga Peixoto (1744-1792), e Andrea chegou a recitar um de seus versos. Ele foi ouvidor da comarca de Rio das Mortes, meteu-se na conspiração dos mineiros e foi degredado para Angola, onde morreu. O idiota acha que a PGR pode ter visto alguma conexão entre o magistrado e os negócios angolanos das empreiteiras. Mesmo sendo um cretino, Eremildo sabe que a divulgação dos dois grampos deve ir para a conta do ministro Edson Fachin. A polícia gravou e a Procuradoria anexou a transcrição ao inquérito. Cada uma fez o seu serviço. Era Fachin quem devia cuidar da seleção e do embargo do material que não tivesse relação com o caso. Dá trabalho e toma tempo, mas o serviço deveria ter sido feito pelo seu gabinete. Esse tipo de ligeireza vem ocorrendo há tempo. Em março do ano passado, o juiz Sergio Moro divulgou uma conversa de Lula com sua filha Lurian combinando que tomariam juntos o café da manhã do dia seguinte. (Telefonema 80829474, de 9 de março de 2016.)
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Temer ofendeu sua biografia e seu estilo ao chamar a tropaO ministro da Defesa, Raul Jungmann, teve toda razão quando disse que havia uma "baderna" na Esplanada dos Ministérios, com a vandalização de prédios públicos. Infelizmente, não era a única. Era a mais visível e predatória, mas nem era mais perigosa. A baderna de um governo sitiado foi pior, indicando que o palácio de Temer começa a funcionar com a lógica do bunker. Isso aconteceu com o de Dilma e deu no que deu. O maior bunker de todos os tempos foi o de Hitler. Em maio de 1945, com os russos a poucos quarteirões, a cúpula nazista lutava pelo poder, até que Martin Bormann triunfou, recebeu o testamento do Führer e foi para a rua. Andou um pouco e tomou um tiro. Na tarde de quarta-feira (24), o presidente Michel Temer assinou um decreto autorizando o uso das Forças Armadas para manter a ordem na capital. Jungmann disse que a medida havia sido pedida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Falso, retrucou Maia. Ele pedira o uso da Força Nacional de Segurança. Baderna nº 1, o Legislativo pede uma coisa e o Executivo entrega outra. Jungmann explicou que chamara a tropa do Exército porque só havia 150 homens da Força Nacional em Brasília. Baderna nº 2, não havia a tropa especifica na capital, apesar da tensão em que estava o país. Jungmann disse que botou a tropa na rua porque a Polícia Militar de Brasília perdeu o controle da situação diante da ação de mascarados. Eram 250. Baderna nº 3, pois o efetivo da PM é de 13 mil homens, a capital tem um dos melhores índices de policiamento, a Esplanada dos Ministérios é a vitrine da cidade e o governador não foi consultado. No dia seguinte, o decreto foi revogado. Em março de 2016, quando o deputado Raul Jungmann estava na oposição a Dilma Rousseff e integrava o "estado-maior informal do impeachment", ele comentou as informações de que havia conversas de militares com políticos, advertindo que "se a política não resolver a crise, a crise vai resolver a política". Sabe-se lá o que isso queria dizer. Sempre que se mexe com tropa, vale a pena lembrar o que disse o marechal Castello Branco em agosto de 1964. Ele reclamava dos civis a quem chamava de "vivandeiras alvoroçadas [que] vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias do poder militar". * BRANCOS E NEGROS É fato sabido que 60% da população carcerária brasileira é composta por negros. Em 2012, para cada grupo de 100 mil brancos havia 191 encarcerados. Para cada 100 mil negros havia 292 trancados. O Brasil mudou. A Lava Jato não prendeu um único negro. Mais: trancou brancos de sobrenomes poderosos. No século passado, a política mineira girava em torno de dois patriarcas, Tancredo Neves e José de Magalhães Pinto. A Lava Jato pegou seus netos ilustres. SEM GRAMPO Para quem quer se proteger dos grampos, aqui vão duas lições. Nursultan Nazarbayev, presidente do Cazaquistão, a terra de Borat, conversa coisa importante com dignitário estrangeiro na sauna. Fez isso nos anos 90 com o secretário de Estado americano. O doutor tem 76 anos e está no poder desde 1984, quando se tornou dono do partido comunista. Sua base de apoio quer trocar o nome da capital (Astana), batizando-a com seu nome. No Brasil, conta a lenda que no século passado o governador de Mato Grosso, Julio Campos, recebeu na piscina uma ex-namorada do senador Roberto Campos. Ela de biquíni e ele de calção, teriam conversado dentro d'água. CADÊ? Em dezembro passado, depois que o ministro Geddel Vieira Lima foi abatido por um grampo, Temer anunciou que instalaria equipamentos capazes de de evitar que as conversas em seu gabinete fossem gravadas. Informou-se que dois sistemas estavam sendo testados e nunca mais se falou no assunto. Nenhuma geringonça eletrônica salvaria Temer de Joesley Batista, porque ele o recebeu no escurinho do Jaburu. CASOS PARA A OAB A Ordem dos Advogados do Brasil, que se mete em tudo, poderia ser mais ágil diante das malfeitorias dos seus associados. No acervo da colaboração da JBS está o depoimento de Ricardo Saud, o caixeiro da empresa. Descrevendo o metabolismo das propinas, ele informou: "No final, nós vamos ter tratado com mais de cem escritórios de advocacia, todas notas falsas". Essa modalidade de disfarce para os capilés vem do século passado, mas Saud listou e documentou transações com dezenas de escritórios. Num caso, mencionou um mimo de R$ 1,2 milhão lavado com notas frias do escritório Erick Pereira Advogados. Erick Wilson Pereira esteve na lista tríplice de candidatos ao Superior Tribunal de Justiça e até a última quinta-feira seu escritório tinha página na rede, com direito a foto colorida do ex-ministro do STF Cezar Peluso intitulando-o "consultor". Crocodilagem. 6 DE JUNHO O início do julgamento da cassação da chapa de Dilma e Temer para o dia 6 de junho foi marcado pelas almas dos velhos anarquistas e socialistas do movimento operário de São Paulo. No dia 6 de junho de 1917, começou uma greve no Cotonificio Crespi. Ninguém dava nada por ela e em poucas semanas parou 40 mil trabalhadores. Há cem anos, uma das reivindicações dos grevistas era o fim das contribuições compulsórias para um Comitê Pró-Patria, da colônia italiana. Um século depois, os trabalhadores e empresários brasileiros sustentam compulsoriamente o Sistema S (R$ 16 bilhões em 2016) e a máquina dos sindicatos (R$ 3,5 bilhões). * Eremildo é um idiota e acha que sabe por que foi grampeada a conversa de Andrea Neves com o jornalista Reinaldo Azevedo. A Procuradoria-Geral da República quer investigar negócios da magistratura de uma região metida em contrabando de ouro e sua conexão angolana. Eremildo chegou a essa conclusão quando viu que numa das conversas grampeadas o principal assunto foi o perigoso poeta Alvarenga Peixoto (1744-1792), e Andrea chegou a recitar um de seus versos. Ele foi ouvidor da comarca de Rio das Mortes, meteu-se na conspiração dos mineiros e foi degredado para Angola, onde morreu. O idiota acha que a PGR pode ter visto alguma conexão entre o magistrado e os negócios angolanos das empreiteiras. Mesmo sendo um cretino, Eremildo sabe que a divulgação dos dois grampos deve ir para a conta do ministro Edson Fachin. A polícia gravou e a Procuradoria anexou a transcrição ao inquérito. Cada uma fez o seu serviço. Era Fachin quem devia cuidar da seleção e do embargo do material que não tivesse relação com o caso. Dá trabalho e toma tempo, mas o serviço deveria ter sido feito pelo seu gabinete. Esse tipo de ligeireza vem ocorrendo há tempo. Em março do ano passado, o juiz Sergio Moro divulgou uma conversa de Lula com sua filha Lurian combinando que tomariam juntos o café da manhã do dia seguinte. (Telefonema 80829474, de 9 de março de 2016.)
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Acumulada, Mega-Sena pode pagar prêmio de R$ 105 milhões nesta quarta
O concurso 1.766 da Mega-Sena, que será realizado nesta quarta-feira (2), pode pagar um prêmio de R$ 105 milhões ao bilhete que acertar as seis dezenas sorteadas. A aposta mínima, de seis número, é de R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer uma das mais de 13 mil lotéricas do país. O sorteio será realizado a partir das 20h (horário de Brasília) em Ji-Paraná (RO). A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. De acordo com a Caixa Econômica Federal, se um apostador levar o prêmio sozinho e aplicá-lo integralmente na poupança, receberá cerca de R$ 661,8 mil em rendimentos mensais. Se ele investir o dinheiro em bens, poderá adquirir 23 imóveis no valor de R$ 4,5 milhões cada um ou comprar mais de 160 carros esportivos de luxo. No último sábado (28), nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 1.765 da Mega-Sena. Os números sorteados, em Cândido Mota (a 431 km de São Paulo), foram: 01 - 06 - 28 - 37 - 56 - 58. Apesar de ninguém ter acertado as seis dezenas, 185 apostadores fizeram a quina e vão levar R$ 28.048,25 cada um. Outros 9.138 fizeram a quadra e ganharão R$ 811,20 cada um. Acompanhe o resultado das loterias
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Acumulada, Mega-Sena pode pagar prêmio de R$ 105 milhões nesta quartaO concurso 1.766 da Mega-Sena, que será realizado nesta quarta-feira (2), pode pagar um prêmio de R$ 105 milhões ao bilhete que acertar as seis dezenas sorteadas. A aposta mínima, de seis número, é de R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer uma das mais de 13 mil lotéricas do país. O sorteio será realizado a partir das 20h (horário de Brasília) em Ji-Paraná (RO). A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. De acordo com a Caixa Econômica Federal, se um apostador levar o prêmio sozinho e aplicá-lo integralmente na poupança, receberá cerca de R$ 661,8 mil em rendimentos mensais. Se ele investir o dinheiro em bens, poderá adquirir 23 imóveis no valor de R$ 4,5 milhões cada um ou comprar mais de 160 carros esportivos de luxo. No último sábado (28), nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 1.765 da Mega-Sena. Os números sorteados, em Cândido Mota (a 431 km de São Paulo), foram: 01 - 06 - 28 - 37 - 56 - 58. Apesar de ninguém ter acertado as seis dezenas, 185 apostadores fizeram a quina e vão levar R$ 28.048,25 cada um. Outros 9.138 fizeram a quadra e ganharão R$ 811,20 cada um. Acompanhe o resultado das loterias
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Principais destaques do TCU nas contas de Dilma são pedaladas e gastos
Dos 13 pontos destacados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) para que a presidente Dilma Rousseff apresente justificativas suas contas de 2014, dois são especialmente preocupantes para o governo: as pedaladas fiscais e a ausência de cortes nas despesas discricionárias (não obrigatórias). O TCU está apontando que, mesmo mudando a Lei de Diretrizes Orçamentárias para poder gastar mais do que arrecadou (sem contar despesas com juros), a presidente teria descumprido a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), o que impediria a aprovação de suas contas. Os ministros do TCU decidiram nesta quarta-feira (17) dar o prazo para que a presidente se explique pessoalmente, por ofício, sobre irregularidades apontadas pelo órgão na prestação de contas. Será a primeira vez que o tribunal convoca um presidente a se explicar. A posição do relator das contas de gestão, ministro Augusto Nardes, de pedir explicações à Dilma, foi seguida por unanimidade pelos oito ministros votantes. O receio da corte de reprovar as contas sem ouvir a presidente era o de que o Palácio do Planalto recorresse à Justiça alegando não ter tido o amplo direito de defesa e derrubasse uma possível decisão contrária ao governo. Segundo os técnicos, o governo já sabia, desde fevereiro, que não teria a arrecadação prevista e que suas despesas obrigatórias seriam maiores que o previsto. Nesses casos, a LRF obriga a presidente a cortar despesas não obrigatórias a cada dois meses, o que não foi feito. O governo foi adiando os cortes. Em agosto, tinha feito só 1% da economia que a lei o obrigava a fazer. Para alcançar a meta, teria de cortar R$ 28 bilhões, na avaliação do TCU, mas fez o oposto. No fim do ano, o governo aumentou as despesas em mais R$ 10 bilhões e condicionou esse aumento à aprovação de uma lei que permitia ao governo não fazer a economia prevista. Para o TCU, a presidente teve "conduta omissiva" e não poderia gastar até que a lei fosse aprovada. PEDALADAS Outra parte significativa é a pedalada fiscal, quando bancos públicos assumem compromissos do governo e demoram a receber. O entendimento do TCU é de que, pelo volume e formato que alcançaram em 2014, elas não poderão mais ser consideradas só um descompasso no envio do dinheiro do governo para seus bancos. Seriam empréstimos, o que é proibido pela LRF. Ministros lembraram que vedar esses empréstimos foi o principal motivo para que a lei fosse criada, em 2000. Para o TCU, o governo escondeu R$ 40,2 bilhões de dívidas acumuladas desde 2011 com os programas Minha Casa, Minha Vida, PSI (empréstimo subsidiado a grandes empresas) e crédito agrícola. Além disso, atrasou pagamentos à Caixa pelos benefícios do Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial. Só em 2014, "para 'maquiar' as contas do resultado primário", o governo deixou de registrar R$ 7,1 bilhões desse tipo de empréstimo no seu resultado primário (gastos menos receitas, sem juros). No TCU, a convicção é de que essas artimanhas evitaram que o governo tivesse que conter despesas no ano eleitoral. É esse tipo de conduta que técnicos e parte dos ministros querem impedir no futuro, principalmente em prefeituras e Estados. Outros detalhes técnicos sobre o não cumprimento de obrigações legais –como distorções nos dados do plano de metas para quatro anos de gestão, que foi enviado ao Congresso em 2011– também terão que ser explicados. O impacto das pedaladas é grande. O deficit real nos gastos primários são estimados em R$ 95 bilhões pelo TCU. O governo só reconhece R$ 22 bilhões. Quando programou o orçamento, pretendia-se um superavit de R$ 116 bilhões. Para o relator das contas, Augusto Nardes, a forma como se chegou a esse déficit é um dos motivos para a crise econômica atual. "[Queremos] um Brasil de credibilidade, de confiança, de respeito internacional nas instituições. Precisamos de verdade para realizar esse desejo. Verdade na gestão dos recursos públicos", disse.
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Principais destaques do TCU nas contas de Dilma são pedaladas e gastosDos 13 pontos destacados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) para que a presidente Dilma Rousseff apresente justificativas suas contas de 2014, dois são especialmente preocupantes para o governo: as pedaladas fiscais e a ausência de cortes nas despesas discricionárias (não obrigatórias). O TCU está apontando que, mesmo mudando a Lei de Diretrizes Orçamentárias para poder gastar mais do que arrecadou (sem contar despesas com juros), a presidente teria descumprido a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), o que impediria a aprovação de suas contas. Os ministros do TCU decidiram nesta quarta-feira (17) dar o prazo para que a presidente se explique pessoalmente, por ofício, sobre irregularidades apontadas pelo órgão na prestação de contas. Será a primeira vez que o tribunal convoca um presidente a se explicar. A posição do relator das contas de gestão, ministro Augusto Nardes, de pedir explicações à Dilma, foi seguida por unanimidade pelos oito ministros votantes. O receio da corte de reprovar as contas sem ouvir a presidente era o de que o Palácio do Planalto recorresse à Justiça alegando não ter tido o amplo direito de defesa e derrubasse uma possível decisão contrária ao governo. Segundo os técnicos, o governo já sabia, desde fevereiro, que não teria a arrecadação prevista e que suas despesas obrigatórias seriam maiores que o previsto. Nesses casos, a LRF obriga a presidente a cortar despesas não obrigatórias a cada dois meses, o que não foi feito. O governo foi adiando os cortes. Em agosto, tinha feito só 1% da economia que a lei o obrigava a fazer. Para alcançar a meta, teria de cortar R$ 28 bilhões, na avaliação do TCU, mas fez o oposto. No fim do ano, o governo aumentou as despesas em mais R$ 10 bilhões e condicionou esse aumento à aprovação de uma lei que permitia ao governo não fazer a economia prevista. Para o TCU, a presidente teve "conduta omissiva" e não poderia gastar até que a lei fosse aprovada. PEDALADAS Outra parte significativa é a pedalada fiscal, quando bancos públicos assumem compromissos do governo e demoram a receber. O entendimento do TCU é de que, pelo volume e formato que alcançaram em 2014, elas não poderão mais ser consideradas só um descompasso no envio do dinheiro do governo para seus bancos. Seriam empréstimos, o que é proibido pela LRF. Ministros lembraram que vedar esses empréstimos foi o principal motivo para que a lei fosse criada, em 2000. Para o TCU, o governo escondeu R$ 40,2 bilhões de dívidas acumuladas desde 2011 com os programas Minha Casa, Minha Vida, PSI (empréstimo subsidiado a grandes empresas) e crédito agrícola. Além disso, atrasou pagamentos à Caixa pelos benefícios do Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial. Só em 2014, "para 'maquiar' as contas do resultado primário", o governo deixou de registrar R$ 7,1 bilhões desse tipo de empréstimo no seu resultado primário (gastos menos receitas, sem juros). No TCU, a convicção é de que essas artimanhas evitaram que o governo tivesse que conter despesas no ano eleitoral. É esse tipo de conduta que técnicos e parte dos ministros querem impedir no futuro, principalmente em prefeituras e Estados. Outros detalhes técnicos sobre o não cumprimento de obrigações legais –como distorções nos dados do plano de metas para quatro anos de gestão, que foi enviado ao Congresso em 2011– também terão que ser explicados. O impacto das pedaladas é grande. O deficit real nos gastos primários são estimados em R$ 95 bilhões pelo TCU. O governo só reconhece R$ 22 bilhões. Quando programou o orçamento, pretendia-se um superavit de R$ 116 bilhões. Para o relator das contas, Augusto Nardes, a forma como se chegou a esse déficit é um dos motivos para a crise econômica atual. "[Queremos] um Brasil de credibilidade, de confiança, de respeito internacional nas instituições. Precisamos de verdade para realizar esse desejo. Verdade na gestão dos recursos públicos", disse.
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Crustáceos invadem praias da Califórnia e formam 'tapete'
O balneário americano de San Diego, no Estado da Califórnia, foi "invadido" por milhões de espécimes de um tipo de lagostim. Levados pela maré, os crustáceos de cor avermelhada formaram em algumas localidades um "tapete" com até 40cm de espessura. O mais surpreendente é que a espécie em questão, o Pleuroncodes planipes, normalmente vive longe das praias e em grandes profundidades. Biólogos marinhos suspeitam que os lagostins tenham sido carregados para as areias por conta do aquecimento das águas do Oceano Pacífico pelo fenômeno meteorológico conhecido como El Niño. Muitos estão morrendo e de acordo com relatos de banhistas há um cheiro insuportável nas praias. Especialistas alertaram o público para não comer os lagostins, depois de vários relatos de que banhistas estariam coletando os animais. Embora não seja venenoso por si só, o Pleuroncodes planipes pode ter se alimentado de uma proliferação de algas tóxicas detectada na costa da Califórnia. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Crustáceos invadem praias da Califórnia e formam 'tapete'O balneário americano de San Diego, no Estado da Califórnia, foi "invadido" por milhões de espécimes de um tipo de lagostim. Levados pela maré, os crustáceos de cor avermelhada formaram em algumas localidades um "tapete" com até 40cm de espessura. O mais surpreendente é que a espécie em questão, o Pleuroncodes planipes, normalmente vive longe das praias e em grandes profundidades. Biólogos marinhos suspeitam que os lagostins tenham sido carregados para as areias por conta do aquecimento das águas do Oceano Pacífico pelo fenômeno meteorológico conhecido como El Niño. Muitos estão morrendo e de acordo com relatos de banhistas há um cheiro insuportável nas praias. Especialistas alertaram o público para não comer os lagostins, depois de vários relatos de que banhistas estariam coletando os animais. Embora não seja venenoso por si só, o Pleuroncodes planipes pode ter se alimentado de uma proliferação de algas tóxicas detectada na costa da Califórnia. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Imunoterapia pode fazer organismo atacar a si mesmo
Nos últimos anos, a imunoterapia vem sendo a grande aposta e esperança entre os tratamentos contra o câncer. Contudo, além do alto custo –podendo chegar a valores próximos a R$ 90 mil–, há também graves efeitos adversos possíveis. A imunoterapia, de forma geral, busca superestimular o sistema imunológico do paciente para que ele detecte e combata o câncer. Pessoas submetidas à essa terapia podem apresentar reações autoimunes –em que o organismo ataca a ele mesmo– em tecidos e órgãos. Entre os problemas mais comuns estão: manifestações cutâneas, como dermatites, erupções e, dependendo do caso, vitiligo; e alterações gastrointestinais, como diarreia e colite –inflamação no intestino. Há também relatos de problemas de hepatite e problemas endócrinos (nas glândulas que secretam hormônios), relacionados à diminuição do funcionamento da tireoide e da hipófise. Já foram encontrados raros casos de alterações neurológicas e hematológicas. "A imunoterapia, em geral, é muito mais segura que a quimioterapia, mas há alguns efeitos colaterais que podem ser mais perigosos", afirma o médico oncologista Gilberto Lopes. Lopes diz que alguns, se não tratados, podem levar a pessoa à morte. Segundo Rodrigo Munhoz, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, os efeitos colaterais autoimunes ocorrem pois o tecido cancerígeno possui proteínas e substâncias presentes em órgãos saudáveis. Desse modo, por estar super-ativado, o sistema imune acaba atacando áreas além do câncer. "No melanoma, por exemplo, tem uma relação com as substâncias que estimulam o sistema imune –os antígenos– e que são compartilhadas entre o tumor que nasce na pele e a pele saudável", afirma Munhoz. Segundo especialistas, se o tratamento utilizar um único agente imunoterápico, efeitos adversos graves, que podem levar à interrupção do tratamento, são encontrados em menos de um quarto dos pacientes. Os riscos e os efeitos colaterais, porém, aumentam com a combinação de medicamentos e terapias, ou seja, com a uso de mais de um agente imunoterápico ou com a combinação dele com quimioterapia ou radioterapia. De acordo com Raphael Brandão, coordenador científico do Grupo Oncoclínicas, na prática clínica os números podem ser maiores. "Muitas vezes somos surpreendidos. Ainda estamos aprendendo", diz Brandão. Por esse motivo, é importante grande atenção aos sintomas e aos exames. Lopes afirma que a maior parte dos efeitos colaterais podem ser controlados com medicamentos sem prejuízo do tratamento com imunoterapia. "Na fase em que estamos, de incorporação de nova tecnologia, a conscientização, não só da equipe médica, mas do próprio paciente é fundamental. É importante que a comunicação de algum efeito colateral aconteça o mais cedo possível", afirma Munhoz. O jornalista PHILLIPPE WATANABE viajou a convite da Pfizer.
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Imunoterapia pode fazer organismo atacar a si mesmoNos últimos anos, a imunoterapia vem sendo a grande aposta e esperança entre os tratamentos contra o câncer. Contudo, além do alto custo –podendo chegar a valores próximos a R$ 90 mil–, há também graves efeitos adversos possíveis. A imunoterapia, de forma geral, busca superestimular o sistema imunológico do paciente para que ele detecte e combata o câncer. Pessoas submetidas à essa terapia podem apresentar reações autoimunes –em que o organismo ataca a ele mesmo– em tecidos e órgãos. Entre os problemas mais comuns estão: manifestações cutâneas, como dermatites, erupções e, dependendo do caso, vitiligo; e alterações gastrointestinais, como diarreia e colite –inflamação no intestino. Há também relatos de problemas de hepatite e problemas endócrinos (nas glândulas que secretam hormônios), relacionados à diminuição do funcionamento da tireoide e da hipófise. Já foram encontrados raros casos de alterações neurológicas e hematológicas. "A imunoterapia, em geral, é muito mais segura que a quimioterapia, mas há alguns efeitos colaterais que podem ser mais perigosos", afirma o médico oncologista Gilberto Lopes. Lopes diz que alguns, se não tratados, podem levar a pessoa à morte. Segundo Rodrigo Munhoz, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, os efeitos colaterais autoimunes ocorrem pois o tecido cancerígeno possui proteínas e substâncias presentes em órgãos saudáveis. Desse modo, por estar super-ativado, o sistema imune acaba atacando áreas além do câncer. "No melanoma, por exemplo, tem uma relação com as substâncias que estimulam o sistema imune –os antígenos– e que são compartilhadas entre o tumor que nasce na pele e a pele saudável", afirma Munhoz. Segundo especialistas, se o tratamento utilizar um único agente imunoterápico, efeitos adversos graves, que podem levar à interrupção do tratamento, são encontrados em menos de um quarto dos pacientes. Os riscos e os efeitos colaterais, porém, aumentam com a combinação de medicamentos e terapias, ou seja, com a uso de mais de um agente imunoterápico ou com a combinação dele com quimioterapia ou radioterapia. De acordo com Raphael Brandão, coordenador científico do Grupo Oncoclínicas, na prática clínica os números podem ser maiores. "Muitas vezes somos surpreendidos. Ainda estamos aprendendo", diz Brandão. Por esse motivo, é importante grande atenção aos sintomas e aos exames. Lopes afirma que a maior parte dos efeitos colaterais podem ser controlados com medicamentos sem prejuízo do tratamento com imunoterapia. "Na fase em que estamos, de incorporação de nova tecnologia, a conscientização, não só da equipe médica, mas do próprio paciente é fundamental. É importante que a comunicação de algum efeito colateral aconteça o mais cedo possível", afirma Munhoz. O jornalista PHILLIPPE WATANABE viajou a convite da Pfizer.
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Segmento de seguros gerais registra menor crescimento em cinco anos
O mercado de seguros gerais teve no primeiro quadrimestre deste ano o pior desempenho desde, pelo menos, 2010, segundo a FenSeg (federação nacional que representa o segmento). A carteira do setor cresceu 4,4% de janeiro a abril de 2015, em relação ao mesmo período de 2014. Nos últimos cinco anos, o a performance no período vinha sendo superior a 10%. O segmento com menor ritmo de crescimento no início deste ano foi o de seguros patrimoniais, que teve alta de 1,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2014 e representa 17,7% do mercado total. "Esse resultado é reflexo do menor poder de compra das famílias, por causa do aumento do desemprego, da inflação e dos juros elevados", afirma Neival Freitas, diretor-executivo da entidade. O segmento habitacional, por outro lado, cresceu 20,8% no período, em linha com a performance registrada no acumulado do ano passado. "Nos últimos seis anos, esse mercado vem apresentando elevação superior a 20%, mas isso pode cair até o final deste ano, por causa da redução nas linhas de crédito e maiores exigências para financiamentos residenciais", afirma o executivo. A carteira de seguros de automóveis cresceu 6,6%. "Não esperávamos queda, mas também não tínhamos ideia de como seria o comportamento, por causa da crise na indústria automobilística." * A M.A.C Cosmetics, que pertence ao grupo americano Estée Lauder, abrirá cinco pontos próprios neste ano e, outros sete, em 2016, no país. A estratégia é intensificar a expansão pelas capitais das regiões Sudeste e Centro-Oeste, diz a diretora da filial brasileira, Edith Meirelles. "Ainda não sentimos os impactos da crise econômica e, por isso, decidimos manter o ritmo de crescimento", afirma. São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, e Belo Horizonte serão algumas das cidades que terão as novas lojas. O primeiro ponto a ser aberto neste ano será inaugurado no dia 7 de julho, em São Paulo. Localizado na Avenida Paulista, o espaço será o primeiro de rua e o maior da rede no Brasil. "A loja funcionará como um centro de treinamento e tendências para os produtos da marca." O grupo não divulga o investimento que fará. A operação brasileira representa 44% da receita total na América Latina e 2,4% da global. 47 é o total de lojas no Brasil 294 são os funcionários no país 106 são os países com lojas M.A.C * Avanço em cena Frederico Reder, administrador dos teatros Net São Paulo e Net Rio, vai abrir ao menos cinco casas e uma escola com cursos sobre os ofícios da arte até 2016. Com um investimento de cerca de R$ 25 milhões, parte dos novos empreendimentos ficará em bairros com menos tradição teatral, como o Tatuapé (leia relação acima). "Queria ter teatros em todas as áreas da cidade. Estamos negociando a construção de um na zona sul. Falta a Norte", diz. Aos 31 anos de idade, ex-ator, produtor e diretor de circo na Arábia Saudita, o empreendedor afirma que os recursos vêm das bilheterias, do marketing das empresas e "da coragem de tomar risco". Reder credita o resultado ao seu modelo diferente de gestão. "Trabalhamos de domingo a domingo, com shows de música de 2ª à 4ª feira. Somos coprodutores, damos subsídio, a mídia. Se a peça for boa, terá bom público." Com essa estrutura, o gasto por casa é de cerca de R$ 10 milhões ao ano, diz. Novos palcos Teatros a serem abertos Shopping Metrô Tatuapé (zona leste) 300 lugares; abertura em outubro Shopping Boulevard Tatuapé (zona leste) 1.000 lugares Shopping D. Pedro (Campinas) 1.500 lugares Centro (São Paulo) Reforma do Terra da Garoa; 330 lugares Shopping Bangu (Rio de Janeiro) 500 lugares; abertura até outubro Teatro na zona sul (São Paulo) Abertura em negociação Centro de Referência em Artes Cênicas (Campinas) Abertura em março de 2016 * Cobertura... O Estado de São Paulo foi o responsável por 71% do total de novos beneficiários de planos de assistência médica no Sudeste nos últimos 12 meses até março. Os dados são da FenaSaúde (federação nacional do segmento). ...médica Enquanto a região incorporou 1,068 milhão de novos contratantes, só em São Paulo, 759 mil aderiram aos planos. O Rio de Janeiro apareceu na sequência, com 164 mil beneficiários e, Minas Gerais, com mais 138 mil. * com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
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Segmento de seguros gerais registra menor crescimento em cinco anosO mercado de seguros gerais teve no primeiro quadrimestre deste ano o pior desempenho desde, pelo menos, 2010, segundo a FenSeg (federação nacional que representa o segmento). A carteira do setor cresceu 4,4% de janeiro a abril de 2015, em relação ao mesmo período de 2014. Nos últimos cinco anos, o a performance no período vinha sendo superior a 10%. O segmento com menor ritmo de crescimento no início deste ano foi o de seguros patrimoniais, que teve alta de 1,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2014 e representa 17,7% do mercado total. "Esse resultado é reflexo do menor poder de compra das famílias, por causa do aumento do desemprego, da inflação e dos juros elevados", afirma Neival Freitas, diretor-executivo da entidade. O segmento habitacional, por outro lado, cresceu 20,8% no período, em linha com a performance registrada no acumulado do ano passado. "Nos últimos seis anos, esse mercado vem apresentando elevação superior a 20%, mas isso pode cair até o final deste ano, por causa da redução nas linhas de crédito e maiores exigências para financiamentos residenciais", afirma o executivo. A carteira de seguros de automóveis cresceu 6,6%. "Não esperávamos queda, mas também não tínhamos ideia de como seria o comportamento, por causa da crise na indústria automobilística." * A M.A.C Cosmetics, que pertence ao grupo americano Estée Lauder, abrirá cinco pontos próprios neste ano e, outros sete, em 2016, no país. A estratégia é intensificar a expansão pelas capitais das regiões Sudeste e Centro-Oeste, diz a diretora da filial brasileira, Edith Meirelles. "Ainda não sentimos os impactos da crise econômica e, por isso, decidimos manter o ritmo de crescimento", afirma. São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, e Belo Horizonte serão algumas das cidades que terão as novas lojas. O primeiro ponto a ser aberto neste ano será inaugurado no dia 7 de julho, em São Paulo. Localizado na Avenida Paulista, o espaço será o primeiro de rua e o maior da rede no Brasil. "A loja funcionará como um centro de treinamento e tendências para os produtos da marca." O grupo não divulga o investimento que fará. A operação brasileira representa 44% da receita total na América Latina e 2,4% da global. 47 é o total de lojas no Brasil 294 são os funcionários no país 106 são os países com lojas M.A.C * Avanço em cena Frederico Reder, administrador dos teatros Net São Paulo e Net Rio, vai abrir ao menos cinco casas e uma escola com cursos sobre os ofícios da arte até 2016. Com um investimento de cerca de R$ 25 milhões, parte dos novos empreendimentos ficará em bairros com menos tradição teatral, como o Tatuapé (leia relação acima). "Queria ter teatros em todas as áreas da cidade. Estamos negociando a construção de um na zona sul. Falta a Norte", diz. Aos 31 anos de idade, ex-ator, produtor e diretor de circo na Arábia Saudita, o empreendedor afirma que os recursos vêm das bilheterias, do marketing das empresas e "da coragem de tomar risco". Reder credita o resultado ao seu modelo diferente de gestão. "Trabalhamos de domingo a domingo, com shows de música de 2ª à 4ª feira. Somos coprodutores, damos subsídio, a mídia. Se a peça for boa, terá bom público." Com essa estrutura, o gasto por casa é de cerca de R$ 10 milhões ao ano, diz. Novos palcos Teatros a serem abertos Shopping Metrô Tatuapé (zona leste) 300 lugares; abertura em outubro Shopping Boulevard Tatuapé (zona leste) 1.000 lugares Shopping D. Pedro (Campinas) 1.500 lugares Centro (São Paulo) Reforma do Terra da Garoa; 330 lugares Shopping Bangu (Rio de Janeiro) 500 lugares; abertura até outubro Teatro na zona sul (São Paulo) Abertura em negociação Centro de Referência em Artes Cênicas (Campinas) Abertura em março de 2016 * Cobertura... O Estado de São Paulo foi o responsável por 71% do total de novos beneficiários de planos de assistência médica no Sudeste nos últimos 12 meses até março. Os dados são da FenaSaúde (federação nacional do segmento). ...médica Enquanto a região incorporou 1,068 milhão de novos contratantes, só em São Paulo, 759 mil aderiram aos planos. O Rio de Janeiro apareceu na sequência, com 164 mil beneficiários e, Minas Gerais, com mais 138 mil. * com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
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Homem é morto ao tentar roubar relógio de empresário nos Jardins
Um homem foi morto na tarde desta sexta-feira (20) quando tentava roubar o relógio de um empresário na alameda Ministro Rocha de Azevedo, na região dos Jardins, em São Paulo. Segundo um jardineiro que trabalhava em um edifício em frente ao local do crime, o ladrão foi atingido por três tiros, sendo um nas costas e dois no peito. O suspeito, que morreu no local, estaria armado com uma pistola. Câmeras de segurança de um prédio registraram o momento em que o empresário caminhava com um outro homem e dois seguranças pela rua. Um dos seguranças, que seria um policial militar de folga, teria feito os disparos contra o ladrão. O policial se apresentou à polícia após o crime.
cotidiano
Homem é morto ao tentar roubar relógio de empresário nos JardinsUm homem foi morto na tarde desta sexta-feira (20) quando tentava roubar o relógio de um empresário na alameda Ministro Rocha de Azevedo, na região dos Jardins, em São Paulo. Segundo um jardineiro que trabalhava em um edifício em frente ao local do crime, o ladrão foi atingido por três tiros, sendo um nas costas e dois no peito. O suspeito, que morreu no local, estaria armado com uma pistola. Câmeras de segurança de um prédio registraram o momento em que o empresário caminhava com um outro homem e dois seguranças pela rua. Um dos seguranças, que seria um policial militar de folga, teria feito os disparos contra o ladrão. O policial se apresentou à polícia após o crime.
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Em dois anos, Haddad cumpre só 12% da meta para readequar calçadas
Motivo de reclamações frequentes dos paulistanos e causa de cerca de 20% das quedas atendidas no Hospital das Clínicas, as calçadas de São Paulo não tiveram, em dois anos, a prioridade prometida pelo prefeito Fernando Haddad (PT). Até agora, só 12% da meta de readequar, em quatro anos, 850 mil m² de passeios públicos foram cumpridos, sendo que quase o total desse percentual foi gerado com obras realizadas em 2013. Neste ano, dos R$ 52 milhões empenhados na rubrica de melhorias do calçamento, só cerca de R$ 300 mil foram empregados, segundo dados oficiais do Orçamento. A prefeitura botou parte da culpa pelo fracasso do andamento da meta no PSDB, partido de oposição que entrou com ação na Justiça para impedir o reajuste do IPTU. "Por razões alheias à sua vontade, [a prefeitura] deixou de aplicar cerca de R$ 2,5 bilhões em diversas ações planejadas para 2013 e 2014. Em grandes números, essa conta reflete a perda de arrecadação de IPTU 2014, da ordem de R$ 800 milhões, por conta da judicialização promovida pelo PSDB", informou a gestão em nota. Para a urbanista Lucila Lacreta, do movimento Defenda São Paulo, a prefeitura deveria mudar a lei para assumir a a responsabilidade de conservação dos passeios –que hoje é do cidadão. Ela afirma que, em algumas situações, poderiam ser feitas parcerias com organizações diversas para a manutenção da "área pública". "Caminhar bem e com segurança pela calçada é questão de mobilidade. A prefeitura precisa assumir isso. E não adianta apenas fazer o passeio, é preciso prever recursos para conservá-lo." NOVAS METAS A gestão Haddad fez um novo planejamento para tentar cumprir o restante dos 88% da meta de melhoria das calçadas, que envolve padronização, regularização do piso e acessibilidade. A promessa agora é readequar 320,5 mil m² em 2015 e 329,2 mil m² em 2016. Segundo a prefeitura, 98 mil m² de calçadas já foram contratados neste ano, mas as obras não foram feitas. Dados da Secretaria da Saúde do Estado indicam que 1 a cada 5 vítimas de quedas atendidas pelo Hospital das Clínicas caíram em buracos abertos em calçadas. O analista de sistemas Sandro Rodrigues, 42, já caiu duas vezes em buracos de calçadas de Cidade Ademar, na zona sul, e se machucou sem gravidade. Ele é cego e afirma que conhece "pouquíssimos" passeios na cidade que ofereçam segurança e regularidade para o pedestre. "Infelizmente, a gente acaba se acostumando às más condições. Muitas vezes, ando ao lado da sarjeta, na rua, que é menos irregular", diz. OUTRO LADO Integrante da bancada do PSDB, o vereador Andrea Matarazzo rebateu a justificativa da prefeitura pelo baixo nível de investimentos. "O problema não é falta de recursos, é incapacidade operacional. Se há dinheiro para ciclovia, para recapear as ruas, há também para os pedestres", afirma.
cotidiano
Em dois anos, Haddad cumpre só 12% da meta para readequar calçadasMotivo de reclamações frequentes dos paulistanos e causa de cerca de 20% das quedas atendidas no Hospital das Clínicas, as calçadas de São Paulo não tiveram, em dois anos, a prioridade prometida pelo prefeito Fernando Haddad (PT). Até agora, só 12% da meta de readequar, em quatro anos, 850 mil m² de passeios públicos foram cumpridos, sendo que quase o total desse percentual foi gerado com obras realizadas em 2013. Neste ano, dos R$ 52 milhões empenhados na rubrica de melhorias do calçamento, só cerca de R$ 300 mil foram empregados, segundo dados oficiais do Orçamento. A prefeitura botou parte da culpa pelo fracasso do andamento da meta no PSDB, partido de oposição que entrou com ação na Justiça para impedir o reajuste do IPTU. "Por razões alheias à sua vontade, [a prefeitura] deixou de aplicar cerca de R$ 2,5 bilhões em diversas ações planejadas para 2013 e 2014. Em grandes números, essa conta reflete a perda de arrecadação de IPTU 2014, da ordem de R$ 800 milhões, por conta da judicialização promovida pelo PSDB", informou a gestão em nota. Para a urbanista Lucila Lacreta, do movimento Defenda São Paulo, a prefeitura deveria mudar a lei para assumir a a responsabilidade de conservação dos passeios –que hoje é do cidadão. Ela afirma que, em algumas situações, poderiam ser feitas parcerias com organizações diversas para a manutenção da "área pública". "Caminhar bem e com segurança pela calçada é questão de mobilidade. A prefeitura precisa assumir isso. E não adianta apenas fazer o passeio, é preciso prever recursos para conservá-lo." NOVAS METAS A gestão Haddad fez um novo planejamento para tentar cumprir o restante dos 88% da meta de melhoria das calçadas, que envolve padronização, regularização do piso e acessibilidade. A promessa agora é readequar 320,5 mil m² em 2015 e 329,2 mil m² em 2016. Segundo a prefeitura, 98 mil m² de calçadas já foram contratados neste ano, mas as obras não foram feitas. Dados da Secretaria da Saúde do Estado indicam que 1 a cada 5 vítimas de quedas atendidas pelo Hospital das Clínicas caíram em buracos abertos em calçadas. O analista de sistemas Sandro Rodrigues, 42, já caiu duas vezes em buracos de calçadas de Cidade Ademar, na zona sul, e se machucou sem gravidade. Ele é cego e afirma que conhece "pouquíssimos" passeios na cidade que ofereçam segurança e regularidade para o pedestre. "Infelizmente, a gente acaba se acostumando às más condições. Muitas vezes, ando ao lado da sarjeta, na rua, que é menos irregular", diz. OUTRO LADO Integrante da bancada do PSDB, o vereador Andrea Matarazzo rebateu a justificativa da prefeitura pelo baixo nível de investimentos. "O problema não é falta de recursos, é incapacidade operacional. Se há dinheiro para ciclovia, para recapear as ruas, há também para os pedestres", afirma.
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TV aposta na dramaturgia ao vivo para estancar a fuga do público
Para estancar a fuga do público rumo a redes sociais, serviços de vídeo sob demanda, YouTube e afins, a televisão está voltando aos seus primórdios. O boom de programas "ao vivo", não só jornalísticos ou realities, mas cada vez mais de dramaturgia, é uma das principais tendências globais apresentadas nesta semana no MIPTV, a segunda mais importante feira do setor, realizada em Cannes (França). Nos EUA, maior produtor e exportador de conteúdo, o musical emerge como gênero preferido desse "revival". Em dezembro, "The Wiz", releitura black power de "O Mágico de Oz", teve 11,5 milhões de espectadores, número muito expressivo atualmente na TV aberta de lá. Dois meses depois, uma versão de "Grease" fez melhor (12,21 milhões). Agora, uma transmissão ao vivo da peça "A Few Good Men", que deu origem ao filme dramático "Questão de Honra" (1992), está nos planos da rede NBC. Mas é na internet e na arena dos aplicativos que o formato parece de fato concretizar seu potencial. Sites como Streamup e Splaytv e apps como Vine e Periscope viram sua audiência crescer rapidamente (sobretudo na faixa dos 18 a 34 anos) ao oferecer, além da transmissão simultânea e da sensação de urgência (o "piscou, perdeu") intrínseca a ela, a possibilidade de interação com os criadores (por meio de curtidas, comentários, assinatura de canais on-line e compartilhamento de vídeos). "Primeiro, a audiência dos reality shows da TV caiu porque eles estavam muito roteirizados, artificiais. Foi quando disparou o público dos video bloggers, que pareciam mais verdadeiros", explica Dan Biddle, do Twitter, que comprou Vine e Periscope. "Mas então esses também ficaram produzidos demais, super bem editados. As transmissões ao vivo devolvem a autenticidade perdida." COPRODUÇÕES Além da ênfase no "ao vivo", o mercado televisivo caminha para mais coproduções internacionais de ficção faladas em inglês (mirando a exportação), como "Versalhes", centrada na figura do rei francês Luís 14, ou "Medici: Mestres de Florença", sobre o clã de mecenas italianos, com Dustin Hoffman. Em paralelo, variações insólitas de premissas surradas continuam a pipocar, como esta espécie de "Namoro na TV" espanhol em que nerds despacham marmanjos mais bem apanhados para encontros com pretendentes e passam instruções/perguntas por ponto eletrônico antes de se revelar. Programas de sobrevivencia na selva e outros estrelados por animais prodígio (spoiler: aparentemente, um cão inglês sabe pilotar um avião!) também estão na ordem do dia.
ilustrada
TV aposta na dramaturgia ao vivo para estancar a fuga do públicoPara estancar a fuga do público rumo a redes sociais, serviços de vídeo sob demanda, YouTube e afins, a televisão está voltando aos seus primórdios. O boom de programas "ao vivo", não só jornalísticos ou realities, mas cada vez mais de dramaturgia, é uma das principais tendências globais apresentadas nesta semana no MIPTV, a segunda mais importante feira do setor, realizada em Cannes (França). Nos EUA, maior produtor e exportador de conteúdo, o musical emerge como gênero preferido desse "revival". Em dezembro, "The Wiz", releitura black power de "O Mágico de Oz", teve 11,5 milhões de espectadores, número muito expressivo atualmente na TV aberta de lá. Dois meses depois, uma versão de "Grease" fez melhor (12,21 milhões). Agora, uma transmissão ao vivo da peça "A Few Good Men", que deu origem ao filme dramático "Questão de Honra" (1992), está nos planos da rede NBC. Mas é na internet e na arena dos aplicativos que o formato parece de fato concretizar seu potencial. Sites como Streamup e Splaytv e apps como Vine e Periscope viram sua audiência crescer rapidamente (sobretudo na faixa dos 18 a 34 anos) ao oferecer, além da transmissão simultânea e da sensação de urgência (o "piscou, perdeu") intrínseca a ela, a possibilidade de interação com os criadores (por meio de curtidas, comentários, assinatura de canais on-line e compartilhamento de vídeos). "Primeiro, a audiência dos reality shows da TV caiu porque eles estavam muito roteirizados, artificiais. Foi quando disparou o público dos video bloggers, que pareciam mais verdadeiros", explica Dan Biddle, do Twitter, que comprou Vine e Periscope. "Mas então esses também ficaram produzidos demais, super bem editados. As transmissões ao vivo devolvem a autenticidade perdida." COPRODUÇÕES Além da ênfase no "ao vivo", o mercado televisivo caminha para mais coproduções internacionais de ficção faladas em inglês (mirando a exportação), como "Versalhes", centrada na figura do rei francês Luís 14, ou "Medici: Mestres de Florença", sobre o clã de mecenas italianos, com Dustin Hoffman. Em paralelo, variações insólitas de premissas surradas continuam a pipocar, como esta espécie de "Namoro na TV" espanhol em que nerds despacham marmanjos mais bem apanhados para encontros com pretendentes e passam instruções/perguntas por ponto eletrônico antes de se revelar. Programas de sobrevivencia na selva e outros estrelados por animais prodígio (spoiler: aparentemente, um cão inglês sabe pilotar um avião!) também estão na ordem do dia.
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Time equatoriano aposta na base e vai de amador a finalista da Libertadores
De time amador a finalista da principal competição entre times da América do Sul, o Independiente del Valle (EQU) enfrenta o Atlético Nacional (COL), nesta quarta (20), às 21h45, pela primeira partida da decisão da Libertadores, sustentado pelo trabalho feito nas categorias de base do clube. Cinco dos 11 titulares da equipe foram formados dentro do clube, e apenas um deles já ultrapassou os 23 anos de idade: o zagueiro Caicedo, 24. Entre os outros quatro, três são destaques: o camisa dez e cérebro da equipe, Sornoza, e os atacantes José Angulo, uma das maiores promessas do Equador, e Bryan Cabezas, centroavante e autor de dois dos cinco gols marcados pelo time nas semifinais contra o Boca Juniors (ARG). O trabalho nas "canteras", como são chamadas as categorias de base, tem sido um dos principais focos do clube desde que foi comprado, em 2006, e transformado, literalmente, em uma empresa: o Independiente del Valle Cía. Ltda –seu rival desta quarta, o Atlético Nacional (COL), também foi comprado por investidores. Seus compradores são empresários proeminentes de Quito, como o gerente-geral para o Equador e Venezuela da rede de fast-food KFC e atual presidente do clube, Franklin Tello, e o empresário do ramo de shoppings centers, Michelle Deller. Com a aquisição, o time mudou de nome, trocou as cores para azul e preto –antes se chamava Independiente José Terán e vestia vermelho e branco, em homenagem ao Independiente da Argentina– e chegou pela primeira vez à divisão principal do futebol equatoriano em 2010, após passar 29 anos disputando a terceira divisão e ligas amadoras. Em 2009, o clube construiu o Centro de Alto Rendimento, um imponente complexo de treinamento, com oito campos de futebol, onde treinam o time principal, as categorias de base, e onde está localizado um alojamento no qual vivem cerca de 150 atletas, e uma escola onde os garotos estudam. Além da formação tradicional, os jovens também saem com um diploma de nível técnico em esportes. CRÍTICAS A filosofia, porém, já foi alvo de críticas. No ano passado, o ex-jogador da seleção equatoriana e da LDU Ulises Cruz fez duras críticas ao Independiente, acusando o clube de pagar pais de jogadores para convencê-los a deixar seus filhos nas categorias de base do clube. "Existem clubes como o Independiente del Valle, que pagam US$ 3 mil ou US$ 5 mil aos pais, e levam os garotos para treinar. Isso é um tipo de exploração", afirmou em entrevista à rádio La Deportiva o hoje deputado federal. Como resposta, o gerente esportivo do clube, Santiago Morales, afirmou que o Independiente não faz qualquer tipo de exploração, e que dá todo o suporte necessário aos garotos das "canteras". "Temos psicólogos, médicos e toda uma engrenagem para a formação dos garotos. Nós os alimentamos. No complexo, vivem 120 garotos e todos vão se formar", afirmou Morales. "Temos alguns garotos cujos pais estão privados de liberdade, em situações muito difíceis. Há garotos que chegaram analfabetos, que fizeram o ensino fundamental acelerado e agora estão no ensino médio. Isso não é exploração. O Independiente lhes dá estudos para que, se não puderem viver do futebol, possam ter outra profissão", completou. Ao se explicar, Cruz afirmou que utilizou o Independiente como exemplo e que o mesmo acontece em outros clubes. Entretanto, prosseguiu com o questionamento. "O que me preocupa é o porquê da urgência de um garoto de nove anos em estar longe de seus pais e de seu entorno cultural. O resto do trabalho que realiza o Independiente eu aplaudo". APELO SOCIAL Assim como uma empresa, o time adotou um slogan ousado: "Futuro campeón de Ecuador". E apesar de já ter chegado próximo do sonho, ele ainda não foi concretizado. Antes disso, porém o clube vislumbra a possibilidade de um feito ainda maior: ser o segundo time do Equador a conquistar a América (a LDU foi campeã em 2008). E se a força de sua torcida quase inexistente não poderia ajudar o time na missão, uma tragédia no Equador despertou um sentimento coletivo que levou o time a superar gigantes da América na fase de mata-mata, como o River Plate nas oitavas de final, e o Boca Juniors na semifinal. Impossibilitado de receber partidas no Rumiñahui, seu modesto estádio com capacidade para 7.233 torcedores, a equipe jogou a Libertadores toda no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, que pode abrigar até 38.500 espectadores. E após um terremoto que matou ao menos 646 pessoas devastar o Equador, o time passou a atrair torcedores ao estádio com a promessa de que toda a renda das partidas seria convertida às vítimas da tragédia. Com a medida, o Independiente teve estádio lotado na semifinal contra o Boca Juniors, e nesta quarta, o estádio estará novamente tomado por torcedores de diferentes times do país.
esporte
Time equatoriano aposta na base e vai de amador a finalista da LibertadoresDe time amador a finalista da principal competição entre times da América do Sul, o Independiente del Valle (EQU) enfrenta o Atlético Nacional (COL), nesta quarta (20), às 21h45, pela primeira partida da decisão da Libertadores, sustentado pelo trabalho feito nas categorias de base do clube. Cinco dos 11 titulares da equipe foram formados dentro do clube, e apenas um deles já ultrapassou os 23 anos de idade: o zagueiro Caicedo, 24. Entre os outros quatro, três são destaques: o camisa dez e cérebro da equipe, Sornoza, e os atacantes José Angulo, uma das maiores promessas do Equador, e Bryan Cabezas, centroavante e autor de dois dos cinco gols marcados pelo time nas semifinais contra o Boca Juniors (ARG). O trabalho nas "canteras", como são chamadas as categorias de base, tem sido um dos principais focos do clube desde que foi comprado, em 2006, e transformado, literalmente, em uma empresa: o Independiente del Valle Cía. Ltda –seu rival desta quarta, o Atlético Nacional (COL), também foi comprado por investidores. Seus compradores são empresários proeminentes de Quito, como o gerente-geral para o Equador e Venezuela da rede de fast-food KFC e atual presidente do clube, Franklin Tello, e o empresário do ramo de shoppings centers, Michelle Deller. Com a aquisição, o time mudou de nome, trocou as cores para azul e preto –antes se chamava Independiente José Terán e vestia vermelho e branco, em homenagem ao Independiente da Argentina– e chegou pela primeira vez à divisão principal do futebol equatoriano em 2010, após passar 29 anos disputando a terceira divisão e ligas amadoras. Em 2009, o clube construiu o Centro de Alto Rendimento, um imponente complexo de treinamento, com oito campos de futebol, onde treinam o time principal, as categorias de base, e onde está localizado um alojamento no qual vivem cerca de 150 atletas, e uma escola onde os garotos estudam. Além da formação tradicional, os jovens também saem com um diploma de nível técnico em esportes. CRÍTICAS A filosofia, porém, já foi alvo de críticas. No ano passado, o ex-jogador da seleção equatoriana e da LDU Ulises Cruz fez duras críticas ao Independiente, acusando o clube de pagar pais de jogadores para convencê-los a deixar seus filhos nas categorias de base do clube. "Existem clubes como o Independiente del Valle, que pagam US$ 3 mil ou US$ 5 mil aos pais, e levam os garotos para treinar. Isso é um tipo de exploração", afirmou em entrevista à rádio La Deportiva o hoje deputado federal. Como resposta, o gerente esportivo do clube, Santiago Morales, afirmou que o Independiente não faz qualquer tipo de exploração, e que dá todo o suporte necessário aos garotos das "canteras". "Temos psicólogos, médicos e toda uma engrenagem para a formação dos garotos. Nós os alimentamos. No complexo, vivem 120 garotos e todos vão se formar", afirmou Morales. "Temos alguns garotos cujos pais estão privados de liberdade, em situações muito difíceis. Há garotos que chegaram analfabetos, que fizeram o ensino fundamental acelerado e agora estão no ensino médio. Isso não é exploração. O Independiente lhes dá estudos para que, se não puderem viver do futebol, possam ter outra profissão", completou. Ao se explicar, Cruz afirmou que utilizou o Independiente como exemplo e que o mesmo acontece em outros clubes. Entretanto, prosseguiu com o questionamento. "O que me preocupa é o porquê da urgência de um garoto de nove anos em estar longe de seus pais e de seu entorno cultural. O resto do trabalho que realiza o Independiente eu aplaudo". APELO SOCIAL Assim como uma empresa, o time adotou um slogan ousado: "Futuro campeón de Ecuador". E apesar de já ter chegado próximo do sonho, ele ainda não foi concretizado. Antes disso, porém o clube vislumbra a possibilidade de um feito ainda maior: ser o segundo time do Equador a conquistar a América (a LDU foi campeã em 2008). E se a força de sua torcida quase inexistente não poderia ajudar o time na missão, uma tragédia no Equador despertou um sentimento coletivo que levou o time a superar gigantes da América na fase de mata-mata, como o River Plate nas oitavas de final, e o Boca Juniors na semifinal. Impossibilitado de receber partidas no Rumiñahui, seu modesto estádio com capacidade para 7.233 torcedores, a equipe jogou a Libertadores toda no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, que pode abrigar até 38.500 espectadores. E após um terremoto que matou ao menos 646 pessoas devastar o Equador, o time passou a atrair torcedores ao estádio com a promessa de que toda a renda das partidas seria convertida às vítimas da tragédia. Com a medida, o Independiente teve estádio lotado na semifinal contra o Boca Juniors, e nesta quarta, o estádio estará novamente tomado por torcedores de diferentes times do país.
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Erramos: Doleiro pode levar R$ 10 mi se ajudar a recuperar desvios da Petrobras
A reportagem "Doleiro pode levar R$ 10 mi se ajudar a recuperar desvios da Petrobras", publicada na versão impressa e no site da Folha (Poder - 24/01/2015 - 02h00), deixou de informar que há um teto para o abatimento na multa que o doleiro Alberto Youssef terá direito a partir dos valores que ajudar a recuperar no exterior. O montante a ser abatido não pode ultrapassar o valor de um imóvel no Rio que ainda não foi avaliado.
poder
Erramos: Doleiro pode levar R$ 10 mi se ajudar a recuperar desvios da PetrobrasA reportagem "Doleiro pode levar R$ 10 mi se ajudar a recuperar desvios da Petrobras", publicada na versão impressa e no site da Folha (Poder - 24/01/2015 - 02h00), deixou de informar que há um teto para o abatimento na multa que o doleiro Alberto Youssef terá direito a partir dos valores que ajudar a recuperar no exterior. O montante a ser abatido não pode ultrapassar o valor de um imóvel no Rio que ainda não foi avaliado.
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Homem está perdido há mais de um dia em trilha na serra do litoral de SP
Um homem de 40 anos está há mais de um dia perdido em uma trilha na serra do litoral de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele se perdeu na trilha Itapanhaú por volta das 11h desta sexta-feira (27). Não foi informado se ele foi sozinho para o local nem a identidade do homem. Os bombeiros disseram que o homem entrou na mata por um acesso no km 81 da rodovia Mogi-Bertioga. Cinco carros de resgate, com 15 agentes e um cachorro, foram enviados para ajudar as buscas no local. Essa trilha é procurada principalmente por pessoas que querem visitar a cachoeira do Elefante e conhecer o trecho preservado da mata Atlântica.
cotidiano
Homem está perdido há mais de um dia em trilha na serra do litoral de SPUm homem de 40 anos está há mais de um dia perdido em uma trilha na serra do litoral de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele se perdeu na trilha Itapanhaú por volta das 11h desta sexta-feira (27). Não foi informado se ele foi sozinho para o local nem a identidade do homem. Os bombeiros disseram que o homem entrou na mata por um acesso no km 81 da rodovia Mogi-Bertioga. Cinco carros de resgate, com 15 agentes e um cachorro, foram enviados para ajudar as buscas no local. Essa trilha é procurada principalmente por pessoas que querem visitar a cachoeira do Elefante e conhecer o trecho preservado da mata Atlântica.
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São Paulo recebe festival audiovisual para crianças e adolescentes
São Paulo recebe a partir deste sábado (15) a sétima edição do Festival comKids - Prix Jeunesse Iberoamericano, uma mostra competitiva de produções audiovisuais e interativas para crianças e adolescentes que aborda temas como inclusão, gênero e diversidade. Uma das atrações do festival, que acontece até o dia 23, é a exibição gratuita de filmes aos sábados e domingos, às 14h, no Espaço Itaú Augusta. Os ingressos serão distribuído na bilheteria do cinema, com uma hora de antecedência. Entre as obras exibidas está "Quando as Maçãs Rolam" (domingo, 14h, no Espaço Itaú Augusta), que conta a história de amizade entre um gato e um rato. Outra atração é "Leve-me Para Sair" (sábado, 11h, Espaço Itaú Frei Caneca), sobre um grupo de adolescentes gays, que manifestam suas visões de mundo em temas como sexualidade e preconceito, indicado para adolescentes a partir 12 anos. Além dos filmes, o festival também vai oferecer debates e workshops com especialistas do Brasil e do exterior, para produtores, diretores, educadores e outros profissionais da área. No fim, o público presente vai eleger cinco premiados. Os vencedores ganharão uma passagem para Munique, na Alemanha, para acompanhar, em 2016, o Festival Prix Jeunesse Internacional. Há ainda um prêmio de R$ 3.000 oferecido para o ganhador. As crianças e adolescentes também terão papel importante na competição. Um júri infantil, selecionado em escolas de São Paulo, vai definir os primeiros colocados em três categorias. A programação completa do festival está na página oficial do evento. PARA CONFERIR Festival comKids ONDE Sesc Consolação, Senac Consolação, Espaço Itaú de Cinema (unidades Augusta e Frei Caneca) e Instituto Goethe da Alemanha QUANDO 15 a 23 de agosto QUANTO grátis, com inscrição prévia
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São Paulo recebe festival audiovisual para crianças e adolescentesSão Paulo recebe a partir deste sábado (15) a sétima edição do Festival comKids - Prix Jeunesse Iberoamericano, uma mostra competitiva de produções audiovisuais e interativas para crianças e adolescentes que aborda temas como inclusão, gênero e diversidade. Uma das atrações do festival, que acontece até o dia 23, é a exibição gratuita de filmes aos sábados e domingos, às 14h, no Espaço Itaú Augusta. Os ingressos serão distribuído na bilheteria do cinema, com uma hora de antecedência. Entre as obras exibidas está "Quando as Maçãs Rolam" (domingo, 14h, no Espaço Itaú Augusta), que conta a história de amizade entre um gato e um rato. Outra atração é "Leve-me Para Sair" (sábado, 11h, Espaço Itaú Frei Caneca), sobre um grupo de adolescentes gays, que manifestam suas visões de mundo em temas como sexualidade e preconceito, indicado para adolescentes a partir 12 anos. Além dos filmes, o festival também vai oferecer debates e workshops com especialistas do Brasil e do exterior, para produtores, diretores, educadores e outros profissionais da área. No fim, o público presente vai eleger cinco premiados. Os vencedores ganharão uma passagem para Munique, na Alemanha, para acompanhar, em 2016, o Festival Prix Jeunesse Internacional. Há ainda um prêmio de R$ 3.000 oferecido para o ganhador. As crianças e adolescentes também terão papel importante na competição. Um júri infantil, selecionado em escolas de São Paulo, vai definir os primeiros colocados em três categorias. A programação completa do festival está na página oficial do evento. PARA CONFERIR Festival comKids ONDE Sesc Consolação, Senac Consolação, Espaço Itaú de Cinema (unidades Augusta e Frei Caneca) e Instituto Goethe da Alemanha QUANDO 15 a 23 de agosto QUANTO grátis, com inscrição prévia
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Ator de Breaking Bad é tietado por torcedores no Itaquerão
Em dia de comemoração do aniversário e lançamento de novo uniforme, a Arena Corinthians recebeu a visita de Giancarlo Esposito, o Gus Fring, da série Breaking Bad. O ator foi reconhecido e tietado por torcedores antes de o jogo contra o Fluminense começar. Praticamente em todos os jogos do time alvinegro em Itaquera, famosos têm marcado presença. Marcelinho Huertas, jogador da seleção brasileira de basquete, próximo de um acerto com o Los Angeles Lakers, da NBA, também esteve no estádio para acompanhar o confronto.
esporte
Ator de Breaking Bad é tietado por torcedores no ItaquerãoEm dia de comemoração do aniversário e lançamento de novo uniforme, a Arena Corinthians recebeu a visita de Giancarlo Esposito, o Gus Fring, da série Breaking Bad. O ator foi reconhecido e tietado por torcedores antes de o jogo contra o Fluminense começar. Praticamente em todos os jogos do time alvinegro em Itaquera, famosos têm marcado presença. Marcelinho Huertas, jogador da seleção brasileira de basquete, próximo de um acerto com o Los Angeles Lakers, da NBA, também esteve no estádio para acompanhar o confronto.
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Brasileiro avança para as finais no arremesso de peso; veja vídeo
Veja o vídeo O brasileiro Darlan Romani passou para a final da prova masculina de arremesso de peso após alcançar a distância de 20.94 metros, quebrando o recorde nacional e terminando a eliminatória em terceiro lugar. 0:19 http://thumb.mais.uol.com.br/15964117-large.jpg?ver=2
esporte
Brasileiro avança para as finais no arremesso de peso; veja vídeo Veja o vídeo O brasileiro Darlan Romani passou para a final da prova masculina de arremesso de peso após alcançar a distância de 20.94 metros, quebrando o recorde nacional e terminando a eliminatória em terceiro lugar. 0:19 http://thumb.mais.uol.com.br/15964117-large.jpg?ver=2
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Negócios de impacto social em saúde e bem-estar participam de aceleração
A Artemisia e o Instituto Sabin selecionaram 17 negócios de impacto social focados em saúde e bem-estar para população de baixa renda para participarem da primeira edição do Artemisia Lab da área. O objetivo do programa é impulsionar o impacto dos negócios com potencial de melhorar o acesso e a qualidade de produtos e serviços em saúde para a base da pirâmide. O mapeamento do setor realizado pela Artemisia mostrou que há um mercado potencial para serviços que qualifiquem ou complementem as ofertas ligadas à saúde para a população de baixa renda. O gasto total com a saúde no Brasil representa 10% do PIB, sendo que quase metade desse montante (48%) vai para a saúde pública, principal porta de entrada para os cuidados básicos de 70% da população brasileira. A análise apontou ainda que o setor passa por um forte processo de transformação, que vai exigir muito dos gestores públicos e privados. A crise econômica afetou o setor e há também um aumento agressivo dos custos hospitalares e um impacto significativo causado pelo desemprego. Nesse contexto, a Artemisia e o Instituto Sabin criaram o programa de aceleração por concordarem que apoiar uma nova geração de empreendedores com o potencial de impactar positivamente a vida de milhares de brasileiros é necessário. Veja abaixo a lista de negócios acelerados.
empreendedorsocial
Negócios de impacto social em saúde e bem-estar participam de aceleraçãoA Artemisia e o Instituto Sabin selecionaram 17 negócios de impacto social focados em saúde e bem-estar para população de baixa renda para participarem da primeira edição do Artemisia Lab da área. O objetivo do programa é impulsionar o impacto dos negócios com potencial de melhorar o acesso e a qualidade de produtos e serviços em saúde para a base da pirâmide. O mapeamento do setor realizado pela Artemisia mostrou que há um mercado potencial para serviços que qualifiquem ou complementem as ofertas ligadas à saúde para a população de baixa renda. O gasto total com a saúde no Brasil representa 10% do PIB, sendo que quase metade desse montante (48%) vai para a saúde pública, principal porta de entrada para os cuidados básicos de 70% da população brasileira. A análise apontou ainda que o setor passa por um forte processo de transformação, que vai exigir muito dos gestores públicos e privados. A crise econômica afetou o setor e há também um aumento agressivo dos custos hospitalares e um impacto significativo causado pelo desemprego. Nesse contexto, a Artemisia e o Instituto Sabin criaram o programa de aceleração por concordarem que apoiar uma nova geração de empreendedores com o potencial de impactar positivamente a vida de milhares de brasileiros é necessário. Veja abaixo a lista de negócios acelerados.
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Líder do governo no Senado critica 'falta de mobilização' na Câmara
O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), criticou nesta quarta-feira (7) a articulação do governo na Câmara dos Deputados que não conseguiu mobilizar a base aliada para votar os vetos da presidente Dilma Rousseff a propostas com grande impacto fiscal nas contas públicas nesta quarta-feira (7). Para ele, o cancelamento da sessão foi "lamentável" e a reforma ministerial feita pelo governo para garantir a fidelidade da base aliada "não dá resultado". "Foi lamentável, não tem o que dizer. É inacreditável essa falta de mobilização e, consequentemente, apesar de o Senado ter novamente dado quórum suficiente isso não aconteceu na Câmara. Eu lamento profundamente. Foi feita uma reforma e aparentemente ela não dá nenhum resultado. Ela está dividindo mais as bancadas governistas. Quem perde é o país", afirmou o petista após a sessão. Líderes de partidos da base aliada que não se sentiram contemplados com a reforma ministerial se rebelaram para esvaziar a sessão. Os líderes do PSD, Rogério Rosso (DF), do PR, Maurício Quintela Lessa (AL), do PP, Eduardo da Fonte (PE) e Jovair Arantes (GO), do PTB, não registraram presença e, segundo parlamentares, fizeram apelos a suas bancadas para que os deputados não comparecessem. O movimento também foi formado para mostrar à presidente Dilma Rousseff que ela errou ao priorizar o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), como interlocutor do governo nas negociações da reforma ministerial. Os líderes rebelados queriam ter ampliado seus espaços na Esplanada, enquanto o PMDB acabou ganhando mais uma pasta. A sigla comanda agora sete ministérios. "Acho que alguma coisa não está funcionando. É preciso avaliar se, eventualmente, fortalecer mais um partido, se isso não trouxe desdobramentos que complicam a articulação da base governista na Câmara. [...] A desarrumação política continua. E havendo desarrumação política, você não coesiona a base, não fideliza a base e dá nisso aí. Duas tentativas em 24 horas que não surtiram nenhum efeito", afirmou Delcídio, fazendo referência também a tentativa frustrada de realizar a sessão nesta terça, que também foi encerrada sem votação por falta de quórum. Questionado se considerava que a estratégia do governo de promover mudanças nos ministérios para atender a base aliada já tinha fracassado, Delcídio afirmou que ainda é cedo para tal avaliação. "Ainda é cedo para dizer que não deu certo mas que estão ocorrendo problemas e falhas, eu não tenho dúvida nenhuma. Até porque se tivesse dado certo, teríamos liquidado a fatura ontem", disse. Para o petista, o governo agora precisa ter humildade para reconhecer a derrota e avaliar os próximos movimentos a fim de não errar. "Agora é barriga no balcão. Conversar com todo mundo, ter humildade e, nome a nome, fazer um mapeamento claro para saber qual é a base que nós temos", disse. "Agora temos que baixar a bola e conversar para não errar de novo. Isso é absolutamente ruim para o governo mas é pior para o país", completou. Delcídio se reuniu com o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), logo após o fim da sessão conjunta. De acordo com ele, o peemedebista não quis marcar uma nova sessão enquanto o governo não garantir que é capaz de ter quórum mínimo de 257 deputados para iniciar a votação dos vetos. "Não marcamos [nova sessão]. Não podemos ficar repetindo sessões para acontecer o que aconteceu hoje novamente", disse. Em plena quarta, dia de maior movimento no Congresso, a sessão foi encerrada com a presença de 223 deputados e 68 senadores. Minutos após o encerramento da sessão conjunta, a sessão da Câmara foi aberta com 428 deputados presentes.
poder
Líder do governo no Senado critica 'falta de mobilização' na CâmaraO líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), criticou nesta quarta-feira (7) a articulação do governo na Câmara dos Deputados que não conseguiu mobilizar a base aliada para votar os vetos da presidente Dilma Rousseff a propostas com grande impacto fiscal nas contas públicas nesta quarta-feira (7). Para ele, o cancelamento da sessão foi "lamentável" e a reforma ministerial feita pelo governo para garantir a fidelidade da base aliada "não dá resultado". "Foi lamentável, não tem o que dizer. É inacreditável essa falta de mobilização e, consequentemente, apesar de o Senado ter novamente dado quórum suficiente isso não aconteceu na Câmara. Eu lamento profundamente. Foi feita uma reforma e aparentemente ela não dá nenhum resultado. Ela está dividindo mais as bancadas governistas. Quem perde é o país", afirmou o petista após a sessão. Líderes de partidos da base aliada que não se sentiram contemplados com a reforma ministerial se rebelaram para esvaziar a sessão. Os líderes do PSD, Rogério Rosso (DF), do PR, Maurício Quintela Lessa (AL), do PP, Eduardo da Fonte (PE) e Jovair Arantes (GO), do PTB, não registraram presença e, segundo parlamentares, fizeram apelos a suas bancadas para que os deputados não comparecessem. O movimento também foi formado para mostrar à presidente Dilma Rousseff que ela errou ao priorizar o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), como interlocutor do governo nas negociações da reforma ministerial. Os líderes rebelados queriam ter ampliado seus espaços na Esplanada, enquanto o PMDB acabou ganhando mais uma pasta. A sigla comanda agora sete ministérios. "Acho que alguma coisa não está funcionando. É preciso avaliar se, eventualmente, fortalecer mais um partido, se isso não trouxe desdobramentos que complicam a articulação da base governista na Câmara. [...] A desarrumação política continua. E havendo desarrumação política, você não coesiona a base, não fideliza a base e dá nisso aí. Duas tentativas em 24 horas que não surtiram nenhum efeito", afirmou Delcídio, fazendo referência também a tentativa frustrada de realizar a sessão nesta terça, que também foi encerrada sem votação por falta de quórum. Questionado se considerava que a estratégia do governo de promover mudanças nos ministérios para atender a base aliada já tinha fracassado, Delcídio afirmou que ainda é cedo para tal avaliação. "Ainda é cedo para dizer que não deu certo mas que estão ocorrendo problemas e falhas, eu não tenho dúvida nenhuma. Até porque se tivesse dado certo, teríamos liquidado a fatura ontem", disse. Para o petista, o governo agora precisa ter humildade para reconhecer a derrota e avaliar os próximos movimentos a fim de não errar. "Agora é barriga no balcão. Conversar com todo mundo, ter humildade e, nome a nome, fazer um mapeamento claro para saber qual é a base que nós temos", disse. "Agora temos que baixar a bola e conversar para não errar de novo. Isso é absolutamente ruim para o governo mas é pior para o país", completou. Delcídio se reuniu com o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), logo após o fim da sessão conjunta. De acordo com ele, o peemedebista não quis marcar uma nova sessão enquanto o governo não garantir que é capaz de ter quórum mínimo de 257 deputados para iniciar a votação dos vetos. "Não marcamos [nova sessão]. Não podemos ficar repetindo sessões para acontecer o que aconteceu hoje novamente", disse. Em plena quarta, dia de maior movimento no Congresso, a sessão foi encerrada com a presença de 223 deputados e 68 senadores. Minutos após o encerramento da sessão conjunta, a sessão da Câmara foi aberta com 428 deputados presentes.
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Leitor discorda de crítica e elogia trabalho do cartunista Caco Galhardo
Discordo completamente da opinião da leitora Claudia Karem de Oliveira ao criticar o trabalho de Caco Galhardo (Painel do Leitor ). Considero seus desenhos um verdadeiro "colírio", em que se destacam categoria e sofisticação. As tirinhas mostram o que a mulher tem de mais sublime, sua feminilidade. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitor discorda de crítica e elogia trabalho do cartunista Caco GalhardoDiscordo completamente da opinião da leitora Claudia Karem de Oliveira ao criticar o trabalho de Caco Galhardo (Painel do Leitor ). Considero seus desenhos um verdadeiro "colírio", em que se destacam categoria e sofisticação. As tirinhas mostram o que a mulher tem de mais sublime, sua feminilidade. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Bradesco processa filha de delator por cheque de R$ 500 milhões
Uma das filhas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Arianna Azevedo Costa Bachmann, está sendo processada pelo Bradesco por ter, segundo o banco, se recusado a devolver um cheque de R$ 500 milhões –ela nega. O documento, ainda de acordo com o banco, foi emitido com o valor errado "por um lapso" de um empregado. No dia 30 de dezembro de 2014, Arianna foi à agência do Bradesco em que tem conta, no Rio, e requisitou dois cheques administrativos, de R$ 150 mil e R$ 500 mil. Ré em ação ligada à Operação Lava Jato, a filha de Paulo Roberto teve bens bloqueados, mas não foi impedida de realizar operações financeiras. Nesta segunda-feira (26), os advogados do Bradesco entraram com ação no Tribunal de Justiça do Rio alegando que "por um lapso do funcionário da agência encarregado de emitir os cheques administrativos (...) ocorreu um erro de preenchimento". Os defensores do banco afirmam também que Arianna se recusou a devolver o cheque e, por isso, viram-se na obrigação de entrar com o processo. A instituição requisitou que o caso corresse em segredo de Justiça, pedido negado pelo juiz titular da 3ª vara cível, Luiz Felipe Negrão. Segundo o pedido que originou o processo, o cheque de R$ 500 milhões era válido e poderia ter sido descontado, "sendo certo que eventual terceiro de boa-fé pode acabar se envolvendo em negócios jurídicos com a ré [Arianna] imaginando ser esta detentora da cifra". Esse tipo de cheque vale tanto no Brasil como em bancos do exterior. Além da anulação do cheque, o Bradesco pede no processo que Arianna devolva o documento em juízo e, caso se recuse, seja expedido mandado de busca e apreensão. O banco diz ainda que emitirá um novo cheque, entregue em juízo –desta vez, com o valor requisitado, R$ 500 mil. O juiz Negrão se manifestou na terça (27), acolhendo os argumentos dos advogados do Bradesco e considerando "verossímil a alegação (...) de que houve erro material na emissão do cheque". O magistrado também determinou, no processo, que mandados de citação, intimação e busca e apreensão fossem expedidos com urgência para que Arianna devolvesse o cheque –o que ela fez nesta quinta-feira (29). OUTRO LADO O advogado de Arianna Azevedo Costa Bachmann, João Mestieri, afirmou que ela percebeu o erro no cheque, avisou o Bradesco sobre a falha e ficou esperando que o banco providenciasse um caminho para que o cheque no valor de R$ 500 milhões fosse devolvido regularmente. Porém, ela acabou surpreendida pela ação judicial do Bradesco e em seguida entregou o documento à Justiça, segundo Mestieri. "Minha cliente foi vítima da incompetência do banco", afirmou. Questionado, o Bradesco não respondeu até a publicação desta reportagem.
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Bradesco processa filha de delator por cheque de R$ 500 milhõesUma das filhas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Arianna Azevedo Costa Bachmann, está sendo processada pelo Bradesco por ter, segundo o banco, se recusado a devolver um cheque de R$ 500 milhões –ela nega. O documento, ainda de acordo com o banco, foi emitido com o valor errado "por um lapso" de um empregado. No dia 30 de dezembro de 2014, Arianna foi à agência do Bradesco em que tem conta, no Rio, e requisitou dois cheques administrativos, de R$ 150 mil e R$ 500 mil. Ré em ação ligada à Operação Lava Jato, a filha de Paulo Roberto teve bens bloqueados, mas não foi impedida de realizar operações financeiras. Nesta segunda-feira (26), os advogados do Bradesco entraram com ação no Tribunal de Justiça do Rio alegando que "por um lapso do funcionário da agência encarregado de emitir os cheques administrativos (...) ocorreu um erro de preenchimento". Os defensores do banco afirmam também que Arianna se recusou a devolver o cheque e, por isso, viram-se na obrigação de entrar com o processo. A instituição requisitou que o caso corresse em segredo de Justiça, pedido negado pelo juiz titular da 3ª vara cível, Luiz Felipe Negrão. Segundo o pedido que originou o processo, o cheque de R$ 500 milhões era válido e poderia ter sido descontado, "sendo certo que eventual terceiro de boa-fé pode acabar se envolvendo em negócios jurídicos com a ré [Arianna] imaginando ser esta detentora da cifra". Esse tipo de cheque vale tanto no Brasil como em bancos do exterior. Além da anulação do cheque, o Bradesco pede no processo que Arianna devolva o documento em juízo e, caso se recuse, seja expedido mandado de busca e apreensão. O banco diz ainda que emitirá um novo cheque, entregue em juízo –desta vez, com o valor requisitado, R$ 500 mil. O juiz Negrão se manifestou na terça (27), acolhendo os argumentos dos advogados do Bradesco e considerando "verossímil a alegação (...) de que houve erro material na emissão do cheque". O magistrado também determinou, no processo, que mandados de citação, intimação e busca e apreensão fossem expedidos com urgência para que Arianna devolvesse o cheque –o que ela fez nesta quinta-feira (29). OUTRO LADO O advogado de Arianna Azevedo Costa Bachmann, João Mestieri, afirmou que ela percebeu o erro no cheque, avisou o Bradesco sobre a falha e ficou esperando que o banco providenciasse um caminho para que o cheque no valor de R$ 500 milhões fosse devolvido regularmente. Porém, ela acabou surpreendida pela ação judicial do Bradesco e em seguida entregou o documento à Justiça, segundo Mestieri. "Minha cliente foi vítima da incompetência do banco", afirmou. Questionado, o Bradesco não respondeu até a publicação desta reportagem.
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Titular nos últimos 5 jogos, Zé Roberto é poupado e desfalca o Palmeiras
Titular nas últimas cinco partidas do Palmeiras, o lateral/meio-campista Zé Roberto foi poupado pelo técnico Marcelo Oliveira para o duelo contra o Goiás, marcado para esta quarta-feira (2), às 22h, no estádio Serra Dourada, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de ficar vários jogos afastado da equipe, Zé Roberto retornou contra o Flamengo, quando o lateral esquerdo Egídio estava suspenso. Na sequência, atuou na derrota para o Atlético-MG, no triunfo sobre o Joinville e nas duas partidas contra o Cruzeiro pela Copa do Brasil. Por outro lado, o treinador palmeirense poderá contar com o lateral direito Lucas, recuperado de tendinite no quadril, e o atacante Cristaldo, que ficou de fora do último jogo em razão de um incômodo na coxa. CONFIRA A LISTA DE RELACIONADOS PARA O JOGO CONTRA O GOIÁS Goleiros: Fernando Prass, Aranha e Jailson Laterais: Lucas, João Pedro, Egídio e João Paulo Zagueiros: Nathan, Jackson, Victor Ramos, Vitor Hugo e Leandro Almeida Volantes: Andrei, Thiago Santos e Amaral Meias: Robinho e Allione Atacantes: Rafael Marques, Dudu, Cristaldo, Gabriel Jesus, Lucas Barrios e Alecsandro
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Titular nos últimos 5 jogos, Zé Roberto é poupado e desfalca o PalmeirasTitular nas últimas cinco partidas do Palmeiras, o lateral/meio-campista Zé Roberto foi poupado pelo técnico Marcelo Oliveira para o duelo contra o Goiás, marcado para esta quarta-feira (2), às 22h, no estádio Serra Dourada, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de ficar vários jogos afastado da equipe, Zé Roberto retornou contra o Flamengo, quando o lateral esquerdo Egídio estava suspenso. Na sequência, atuou na derrota para o Atlético-MG, no triunfo sobre o Joinville e nas duas partidas contra o Cruzeiro pela Copa do Brasil. Por outro lado, o treinador palmeirense poderá contar com o lateral direito Lucas, recuperado de tendinite no quadril, e o atacante Cristaldo, que ficou de fora do último jogo em razão de um incômodo na coxa. CONFIRA A LISTA DE RELACIONADOS PARA O JOGO CONTRA O GOIÁS Goleiros: Fernando Prass, Aranha e Jailson Laterais: Lucas, João Pedro, Egídio e João Paulo Zagueiros: Nathan, Jackson, Victor Ramos, Vitor Hugo e Leandro Almeida Volantes: Andrei, Thiago Santos e Amaral Meias: Robinho e Allione Atacantes: Rafael Marques, Dudu, Cristaldo, Gabriel Jesus, Lucas Barrios e Alecsandro
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Crítica: Primeiro filme de Jon Stewart segue cartilha do maniqueísmo
Uma vítima boa-praça e indefesa nas mãos da polícia de um regime político linha-dura é uma combinação na medida para o público que não resiste a dramas sobre injustiças. Junte-se a isso o apelo de histórias baseadas em fatos reais e está feita a receita bem-sucedida de "118 Dias". Em sua estreia na direção, o apresentador Jon Stewart transpõe o relato pessoal de Maziar Bahari, jornalista canadense nascido no Irã. Durante a cobertura que fazia das eleições iranianas em 2009, Bahari registrou em vídeo protestos contra a reeleição, suspeita de fraudulenta, do presidente Mahmoud Ahmadinejad e acabou sendo preso e torturado pelo regime durante meses sob a acusação de espionagem. O material é o suficiente para um típico filme político, em que a denúncia do autoritarismo se fortalece com a figura do jornalista como expressão do ideal de liberdade. Na primeira parte, Stewart dedica-se a replicar essa mistura de emoção e indignação aprendida na escola do thriller político de Costa-Gavras. É na prisão, contudo, que o filme ganha força, ao representar em minúcias o duelo físico e psicológico entre torturador e refém e evocar exemplos do passado. Por meio da representação do conflito numa relação que é antes de tudo de dominação, "118 Dias" consegue dar corpo a concepções opostas de crenças religiosas e ideologias sem usar apenas abstrações ou slogans. Mesmo que siga à risca a cartilha do maniqueísmo, o filme evita ser apenas um panfleto contra os maus modos do atual regime iraniano e mostra que o vigor desse autoritarismo vem de uma história e de uma tradição. 118 DIAS (Rosewater) DIREÇÃO Jon Stewart ELENCO Gael García Bernal, Kim Bodnia, Dimitri Leonidas PRODUÇÃO EUA, 2014, 14 anos QUANDO em cartaz AVALIAÇÃO bom
ilustrada
Crítica: Primeiro filme de Jon Stewart segue cartilha do maniqueísmoUma vítima boa-praça e indefesa nas mãos da polícia de um regime político linha-dura é uma combinação na medida para o público que não resiste a dramas sobre injustiças. Junte-se a isso o apelo de histórias baseadas em fatos reais e está feita a receita bem-sucedida de "118 Dias". Em sua estreia na direção, o apresentador Jon Stewart transpõe o relato pessoal de Maziar Bahari, jornalista canadense nascido no Irã. Durante a cobertura que fazia das eleições iranianas em 2009, Bahari registrou em vídeo protestos contra a reeleição, suspeita de fraudulenta, do presidente Mahmoud Ahmadinejad e acabou sendo preso e torturado pelo regime durante meses sob a acusação de espionagem. O material é o suficiente para um típico filme político, em que a denúncia do autoritarismo se fortalece com a figura do jornalista como expressão do ideal de liberdade. Na primeira parte, Stewart dedica-se a replicar essa mistura de emoção e indignação aprendida na escola do thriller político de Costa-Gavras. É na prisão, contudo, que o filme ganha força, ao representar em minúcias o duelo físico e psicológico entre torturador e refém e evocar exemplos do passado. Por meio da representação do conflito numa relação que é antes de tudo de dominação, "118 Dias" consegue dar corpo a concepções opostas de crenças religiosas e ideologias sem usar apenas abstrações ou slogans. Mesmo que siga à risca a cartilha do maniqueísmo, o filme evita ser apenas um panfleto contra os maus modos do atual regime iraniano e mostra que o vigor desse autoritarismo vem de uma história e de uma tradição. 118 DIAS (Rosewater) DIREÇÃO Jon Stewart ELENCO Gael García Bernal, Kim Bodnia, Dimitri Leonidas PRODUÇÃO EUA, 2014, 14 anos QUANDO em cartaz AVALIAÇÃO bom
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Lançamentos de imóveis caem 35% no ano até novembro em São Paulo
O mercado de imóveis residenciais da cidade de São Paulo teve entre janeiro e novembro o seu pior desempenho desde que o Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário) começou a pesquisar o setor pela metodologia atual, em 2004, informou a entidade. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Secovi-SP, foram lançados 18.510 imóveis no período, uma queda de 35% na comparação com 2014. Quando se considera apenas o mês de novembro, foram lançadas 3.446 unidades, queda de 47,5% em comparação com o mesmo mês de 2014. Com esses novos imóveis no mercado, a cidade de São Paulo encerrou novembro com 27.199 unidades residenciais à venda. A quantidade se aproxima da média do ano, de 27.000 unidades. Se o patamar se mantiver na pesquisa relativa a dezembro, São Paulo terá terminado 2015 com estoques próximos ao nível atingido no fechamento de 2014, de 27.255 imóveis —o recorde para a série histórica iniciada em 2004. Das 27.199 unidades atuais, 32,1% são imóveis de 1 dormitório; 26,7%, imóveis de 2 dormitórios; 24,1%, de 3 dormitórios; e 7,1%, de 4 dormitórios. Apesar do patamar menor do que o de novembro de 2014, os lançamentos foram 94,8% maiores do que os de outubro. IMÓVEIS COMERCIALIZADOS O estoque de imóveis em alta pode ser explicado em parte pelo mau desempenho das vendas. Entre janeiro e novembro de 2015 foram comercializados 17.283 imóveis novos, resultado 5,7% menor do que o mesmo período de 2014, ano que teve o pior desempenho da série desde 2004. Quando se considera apenas o mês de novembro, foram vendidas 2.473 unidades, volume 17,2% inferior ao do mesmo mês de 2014. O patamar é 122,4% maior do que o de outubro de 2015.
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Lançamentos de imóveis caem 35% no ano até novembro em São PauloO mercado de imóveis residenciais da cidade de São Paulo teve entre janeiro e novembro o seu pior desempenho desde que o Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário) começou a pesquisar o setor pela metodologia atual, em 2004, informou a entidade. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Secovi-SP, foram lançados 18.510 imóveis no período, uma queda de 35% na comparação com 2014. Quando se considera apenas o mês de novembro, foram lançadas 3.446 unidades, queda de 47,5% em comparação com o mesmo mês de 2014. Com esses novos imóveis no mercado, a cidade de São Paulo encerrou novembro com 27.199 unidades residenciais à venda. A quantidade se aproxima da média do ano, de 27.000 unidades. Se o patamar se mantiver na pesquisa relativa a dezembro, São Paulo terá terminado 2015 com estoques próximos ao nível atingido no fechamento de 2014, de 27.255 imóveis —o recorde para a série histórica iniciada em 2004. Das 27.199 unidades atuais, 32,1% são imóveis de 1 dormitório; 26,7%, imóveis de 2 dormitórios; 24,1%, de 3 dormitórios; e 7,1%, de 4 dormitórios. Apesar do patamar menor do que o de novembro de 2014, os lançamentos foram 94,8% maiores do que os de outubro. IMÓVEIS COMERCIALIZADOS O estoque de imóveis em alta pode ser explicado em parte pelo mau desempenho das vendas. Entre janeiro e novembro de 2015 foram comercializados 17.283 imóveis novos, resultado 5,7% menor do que o mesmo período de 2014, ano que teve o pior desempenho da série desde 2004. Quando se considera apenas o mês de novembro, foram vendidas 2.473 unidades, volume 17,2% inferior ao do mesmo mês de 2014. O patamar é 122,4% maior do que o de outubro de 2015.
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Gorila é morto após criança cair em sua jaula em zoológico dos EUA
Os guardas do zoológico de Cincinnati, no Estado americano de Ohio, atiraram e mataram um gorila neste sábado (28), depois um menino de três anos cair no fosso que circundava seu espaço. A criança transpôs a barreira e então caiu no fosso, informou o diretor do zoológico, Thane Maynard, à imprensa. Um gorila macho de 17 anos, chamado Harambe, e que pesava mais de 180 quilos, desceu e ficou próximo do menino. As testemunhas disseram que o gorila o arrastou pelo habitat, informou a imprensa local. A equipe do zoológico disparou e matou o gorila cerca de dez minutos depois. A criança foi hospitalizada com feridas que não causam riscos à vida dela, disse a polícia. A equipe do zoológico decidiu abater o gorila em vez de atingi-lo com um dardo tranquilizante, o que demoraria para fazer efeito, afirmou Maynard. "Eles salvaram a vida desse menino", acrescentou. O zoológico abriga 11 gorilas, de acordo com o site. "Nunca tínhamos passado por uma situação dessa", disse Maynard.
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Gorila é morto após criança cair em sua jaula em zoológico dos EUAOs guardas do zoológico de Cincinnati, no Estado americano de Ohio, atiraram e mataram um gorila neste sábado (28), depois um menino de três anos cair no fosso que circundava seu espaço. A criança transpôs a barreira e então caiu no fosso, informou o diretor do zoológico, Thane Maynard, à imprensa. Um gorila macho de 17 anos, chamado Harambe, e que pesava mais de 180 quilos, desceu e ficou próximo do menino. As testemunhas disseram que o gorila o arrastou pelo habitat, informou a imprensa local. A equipe do zoológico disparou e matou o gorila cerca de dez minutos depois. A criança foi hospitalizada com feridas que não causam riscos à vida dela, disse a polícia. A equipe do zoológico decidiu abater o gorila em vez de atingi-lo com um dardo tranquilizante, o que demoraria para fazer efeito, afirmou Maynard. "Eles salvaram a vida desse menino", acrescentou. O zoológico abriga 11 gorilas, de acordo com o site. "Nunca tínhamos passado por uma situação dessa", disse Maynard.
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Rival provoca e diz para Anderson Silva deixar o 'Viagra fora' da luta
O inglês Michael Bisping, 36, provocou o brasileiro Anderson Silva, 40, pelo Twitter, na quinta-feira (24), logo após o anúncio do UFC sobre a luta entre os dois. Silva e Bisping vão se enfrentar no dia 26 de fevereiro de 2016, em Londres, na Inglaterra. O combate vai marcar o retorno do brasileiro ao octógono. "Vejo você em Londres, meu amigo. Deixe o Viagra fora disso #testesurpresa", escreveu Bisping em seu Twitter. O inglês se referiu à justificativa que Silva deu sobre o doping após a luta contra o americano Nick Diaz, no UFC 183, no início deste ano. O ex-campeão dos pesos médios, que ainda cumpre suspensão pelo doping, foi obrigado a explicar, em agosto, qual suplemento estava tomando. Ele abriu o jogo e disse que era um estimulante sexual trazido da Tailândia por um amigo identificado como Marcos Fernandes. Segundo ele, foi essa a substância que apareceu como doping nos exames. "Não ia colocar que estava tomando 'Cialis'", respondeu ao ser questionado sobre porque não colocou a informação no questionário antes da luta. O lutador admitiu que tomou o remédio tailandês na semana da luta com Diaz: "Na noite que eu fui para Vegas eu tomei o remédio, na semana da luta".
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Rival provoca e diz para Anderson Silva deixar o 'Viagra fora' da lutaO inglês Michael Bisping, 36, provocou o brasileiro Anderson Silva, 40, pelo Twitter, na quinta-feira (24), logo após o anúncio do UFC sobre a luta entre os dois. Silva e Bisping vão se enfrentar no dia 26 de fevereiro de 2016, em Londres, na Inglaterra. O combate vai marcar o retorno do brasileiro ao octógono. "Vejo você em Londres, meu amigo. Deixe o Viagra fora disso #testesurpresa", escreveu Bisping em seu Twitter. O inglês se referiu à justificativa que Silva deu sobre o doping após a luta contra o americano Nick Diaz, no UFC 183, no início deste ano. O ex-campeão dos pesos médios, que ainda cumpre suspensão pelo doping, foi obrigado a explicar, em agosto, qual suplemento estava tomando. Ele abriu o jogo e disse que era um estimulante sexual trazido da Tailândia por um amigo identificado como Marcos Fernandes. Segundo ele, foi essa a substância que apareceu como doping nos exames. "Não ia colocar que estava tomando 'Cialis'", respondeu ao ser questionado sobre porque não colocou a informação no questionário antes da luta. O lutador admitiu que tomou o remédio tailandês na semana da luta com Diaz: "Na noite que eu fui para Vegas eu tomei o remédio, na semana da luta".
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Após chuva, São Paulo sai de estado de atenção; há pontos de alagamento
A cidade de São Paulo saiu do estado de atenção para enchentes após a chuva que atingiu a capital paulista na tarde deste domingo (11), informou o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência). Dois pontos na cidade tiveram alagamento intransitáveis, segundo o órgão. São eles: marginal Pinheiros, sentido Interlagos, próximo à ponte Cidade Universitária, e na ponte Eusébio Matoso, sentido bairro —altura do número 29. O estado de atenção foi determinado às 16h33 para as zonas leste, oeste, sudeste, sul, centro e marginais. De acordo com o CGE, a chuva em São Paulo foi de moderada a forte. Nas zonas oeste, centro, sul e sudeste, a chuva oscilou entre moderada e forte, inclusive com possibilidade de queda de granizo. Os bairros afetados são Morumbi, Pinheiros, Higienópolis, Perdizes, Moema, Santo Amaro, Ipiranga e Sacomã. Já na zona leste, há precipitação moderada nos bairros de Vila Formosa, Carrão, Artur Alvim, Mooca e Vila Prudente. De acordo com os meteorologistas do CGE, as próximas horas seguem com chuva e possibilidade de rajadas de vento, descargas elétricas e formação de alagamentos. PRÓXIMOS DIAS A segunda-feira (12) será mais um dia com muito sol e calor, segundo o CGE. Há previsão de chuva no final da tarde, com pancadas isoladas e até de forte intensidade. Há potencial para trovoadas, rajadas de vento e alagamentos. A mínima prevista é de 22ºC e a máxima de 34ºC. O calor deve permanecer na terça-feira (13). As temperaturas permanecem estáveis e as chuvas acontecem na forma de pancadas isoladas no fim do dia. Os termômetros oscilam entre 21ºC e 34ºC.
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Após chuva, São Paulo sai de estado de atenção; há pontos de alagamentoA cidade de São Paulo saiu do estado de atenção para enchentes após a chuva que atingiu a capital paulista na tarde deste domingo (11), informou o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência). Dois pontos na cidade tiveram alagamento intransitáveis, segundo o órgão. São eles: marginal Pinheiros, sentido Interlagos, próximo à ponte Cidade Universitária, e na ponte Eusébio Matoso, sentido bairro —altura do número 29. O estado de atenção foi determinado às 16h33 para as zonas leste, oeste, sudeste, sul, centro e marginais. De acordo com o CGE, a chuva em São Paulo foi de moderada a forte. Nas zonas oeste, centro, sul e sudeste, a chuva oscilou entre moderada e forte, inclusive com possibilidade de queda de granizo. Os bairros afetados são Morumbi, Pinheiros, Higienópolis, Perdizes, Moema, Santo Amaro, Ipiranga e Sacomã. Já na zona leste, há precipitação moderada nos bairros de Vila Formosa, Carrão, Artur Alvim, Mooca e Vila Prudente. De acordo com os meteorologistas do CGE, as próximas horas seguem com chuva e possibilidade de rajadas de vento, descargas elétricas e formação de alagamentos. PRÓXIMOS DIAS A segunda-feira (12) será mais um dia com muito sol e calor, segundo o CGE. Há previsão de chuva no final da tarde, com pancadas isoladas e até de forte intensidade. Há potencial para trovoadas, rajadas de vento e alagamentos. A mínima prevista é de 22ºC e a máxima de 34ºC. O calor deve permanecer na terça-feira (13). As temperaturas permanecem estáveis e as chuvas acontecem na forma de pancadas isoladas no fim do dia. Os termômetros oscilam entre 21ºC e 34ºC.
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