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Líderes do PMDB buscam apoio para fortalecer Temer
Líderes do PMDB começaram a trabalhar em várias frentes na última semana para dar ao vice-presidente Michel Temer condições de governar se o aprofundamento da crise política em que o governo Dilma Rousseff mergulhou levar ao afastamento da presidente antes da conclusão do seu mandato. Os articuladores desse movimento estão em busca de apoio do empresariado e começaram a dialogar com líderes da oposição, numa tentativa de construir um caminho político que aponte Temer como alternativa mais segura para superar a crise. Os aliados de Temer admitem que esse movimento ainda não está maduro, mas acreditam ter colhido uma primeira resposta positiva na quarta-feira (5), quando as federações estaduais das indústrias de São Paulo e Rio expressaram publicamente apoio ao vice, um dia depois de ele fazer um apelo por união para superar a crise. Um dos responsáveis pela iniciativa, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é filiado ao PMDB e comemorou seu aniversário em um almoço com Temer na sexta (7). No campo político, tanto petistas que estão no governo como nomes da oposição apontam o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como um dos entusiastas e artífices da articulação pró-Temer. Na terça (4), Jucá participou de reunião entre líderes de PMDB e PSDB. Segundo relatos de três participantes, deixou evidente que não vê mais saída para a crise com Dilma no Planalto. Ministros próximos à petista temem que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também embarque no movimento pró-Temer, o que poderia enfraquecer ainda mais a presidente. Políticos que estiveram com Renan na última semana disseram que ele ainda adota postura muito cautelosa e se diz disposto a colaborar com o governo, barrando ações da Câmara que ameacem o ajuste fiscal. Enquanto líderes do Congresso tratam do assunto com reserva, aliados de Temer fora de Brasília têm assumido atitude mais agressiva. Amigo do vice, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) reproduziu nas redes sociais vídeo que diz que "o impeachment de Dilma Rousseff só depende do PMDB". O locutor do vídeo afirma que "o povo" quer que o PMDB escolha entre os "comparsas petistas" ou "o Brasil". "O PT quebrou o Brasil. O PMDB só tem uma escolha. Impeachment, já." O filme foi noticiado pelo colunista do UOL Josias de Souza. Sempre que aborda o assunto publicamente, Temer desautoriza esse tipo de ação e afirma que trabalha pela governabilidade com Dilma. "Ele não conspira e não pode parecer que faz isso", diz um aliado. "Ele precisa ser naturalmente visto pelos políticos, pela sociedade e pelo empresariado como único agente capaz de reagrupar o país, e a pecha de conspirador não cabe nesse cenário." Nesta semana, Temer fez o movimento mais explícito desde o início da crise, ao falar em união nacional. Ao saber que ministros próximos a Dilma avaliaram que seu gesto contribuiu para enfraquecer a presidente, Temer disse que poderia entregar o cargo de articulador político do governo, o que não foi aceito por Dilma. No PT, decidiu-se que ele não será atacado publicamente, mas há uma operação em curso para reduzir o espaço de atuação do vice, estimulando agentes do PT a também dialogar com deputados da base sobre cargos e recursos para projetos em seus redutos eleitorais. No PSDB, a reação ao avanço da operação pró-Temer veio da boca de aliados do senador Aécio Neves (MG). Os líderes da sigla no Congresso convocaram a imprensa, sem consultar os colegas de bancada, para indicar que não aceitarão compor com o vice. Um risco para o movimento pró-Temer é o avanço da Operação Lava Jato. Apontado como o elo entre a corrupção na Petrobras e caciques do PMDB, o lobista Fernando Baiano começou a negociar um acordo de delação. Aliados de Temer dizem que ele não tem preocupação pessoal com o assunto, mas acham que o vice pode sair chamuscado se revelações atingirem a cúpula do PMDB. Renan, Jucá e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são investigados. Editoria de Arte/Ilustrações Alpino
poder
Líderes do PMDB buscam apoio para fortalecer TemerLíderes do PMDB começaram a trabalhar em várias frentes na última semana para dar ao vice-presidente Michel Temer condições de governar se o aprofundamento da crise política em que o governo Dilma Rousseff mergulhou levar ao afastamento da presidente antes da conclusão do seu mandato. Os articuladores desse movimento estão em busca de apoio do empresariado e começaram a dialogar com líderes da oposição, numa tentativa de construir um caminho político que aponte Temer como alternativa mais segura para superar a crise. Os aliados de Temer admitem que esse movimento ainda não está maduro, mas acreditam ter colhido uma primeira resposta positiva na quarta-feira (5), quando as federações estaduais das indústrias de São Paulo e Rio expressaram publicamente apoio ao vice, um dia depois de ele fazer um apelo por união para superar a crise. Um dos responsáveis pela iniciativa, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é filiado ao PMDB e comemorou seu aniversário em um almoço com Temer na sexta (7). No campo político, tanto petistas que estão no governo como nomes da oposição apontam o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como um dos entusiastas e artífices da articulação pró-Temer. Na terça (4), Jucá participou de reunião entre líderes de PMDB e PSDB. Segundo relatos de três participantes, deixou evidente que não vê mais saída para a crise com Dilma no Planalto. Ministros próximos à petista temem que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também embarque no movimento pró-Temer, o que poderia enfraquecer ainda mais a presidente. Políticos que estiveram com Renan na última semana disseram que ele ainda adota postura muito cautelosa e se diz disposto a colaborar com o governo, barrando ações da Câmara que ameacem o ajuste fiscal. Enquanto líderes do Congresso tratam do assunto com reserva, aliados de Temer fora de Brasília têm assumido atitude mais agressiva. Amigo do vice, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) reproduziu nas redes sociais vídeo que diz que "o impeachment de Dilma Rousseff só depende do PMDB". O locutor do vídeo afirma que "o povo" quer que o PMDB escolha entre os "comparsas petistas" ou "o Brasil". "O PT quebrou o Brasil. O PMDB só tem uma escolha. Impeachment, já." O filme foi noticiado pelo colunista do UOL Josias de Souza. Sempre que aborda o assunto publicamente, Temer desautoriza esse tipo de ação e afirma que trabalha pela governabilidade com Dilma. "Ele não conspira e não pode parecer que faz isso", diz um aliado. "Ele precisa ser naturalmente visto pelos políticos, pela sociedade e pelo empresariado como único agente capaz de reagrupar o país, e a pecha de conspirador não cabe nesse cenário." Nesta semana, Temer fez o movimento mais explícito desde o início da crise, ao falar em união nacional. Ao saber que ministros próximos a Dilma avaliaram que seu gesto contribuiu para enfraquecer a presidente, Temer disse que poderia entregar o cargo de articulador político do governo, o que não foi aceito por Dilma. No PT, decidiu-se que ele não será atacado publicamente, mas há uma operação em curso para reduzir o espaço de atuação do vice, estimulando agentes do PT a também dialogar com deputados da base sobre cargos e recursos para projetos em seus redutos eleitorais. No PSDB, a reação ao avanço da operação pró-Temer veio da boca de aliados do senador Aécio Neves (MG). Os líderes da sigla no Congresso convocaram a imprensa, sem consultar os colegas de bancada, para indicar que não aceitarão compor com o vice. Um risco para o movimento pró-Temer é o avanço da Operação Lava Jato. Apontado como o elo entre a corrupção na Petrobras e caciques do PMDB, o lobista Fernando Baiano começou a negociar um acordo de delação. Aliados de Temer dizem que ele não tem preocupação pessoal com o assunto, mas acham que o vice pode sair chamuscado se revelações atingirem a cúpula do PMDB. Renan, Jucá e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são investigados. Editoria de Arte/Ilustrações Alpino
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Cármen Lúcia determina que tribunais divulguem salários de magistrados
A ministra Carmen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), assinou nesta sexta (18) uma portaria que obriga os tribunais a divulgarem a folha de pagamento dos magistrados. Cármen Lúcia determinou que os tribunais enviem em dez dias úteis as informações relativas a 2017, de janeiro a agosto, "especificando os valores relativos a subsídio e eventuais verbas especiais de qualquer natureza e o título sob o qual foi realizado o pagamento". A partir de setembro os tribunais terão de enviar os documentos em até cinco dias após o pagamento aos magistrados. O CNJ vai reservar um espaço no site para publicar e atualizar essas informações. Já é obrigatório que os tribunais repassem informações sobre folha de pagamento ao CNJ, porém Cármen Lúcia quer informações detalhadas. Alguns tribunais hoje não informam o valor total pago, só os salários, sem os benefícios. O Conselho vai abrir um procedimento de correição especial no tribunal que desrespeite o prazo. No começo desta semana, Cármen Lúcia chamou o corregedor do CNJ, João Otávio de Noronha, para conversar sobre os salários nos tribunais. A questão entrou na pauta depois que veio à público que o presidente do TJ-MT (Tribunal de Justiça do Mato Grosso) autorizou pagamentos de cerca de meio milhão de reais a juízes. MATO GROSSO O Tribunal de Justiça de Mato Grosso encaminhou, nesta sexta-feira (18), todos os documentos e informações referentes aos pagamentos de 84 magistrados que receberam no mês de julho "supersalários" acima de R$ 100 mil. A medida ocorreu após o Poder Judiciária ter sido notificado pelo corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, que solicitou a suspensão de possíveis futuros pagamentos e informações sobre o caso. "Todos os documentos necessários para a comprovação legal do repasse dos passivos aos magistrados foram enviados ao ministro corregedor do CNJ, João Otávio de Noronha", disse o presidente do TJ de MT, desembargador Rui Ramos, por meio de sua assessoria de imprensa. Agora o CNJ deverá analisar se os pagamentos aos juízes mato-grossenses são válidos. Caso contrário, os 84 magistrados terão de devolver os recursos. "Agora vamos aguardar a decisão do CNJ. Se terão que devolver ou não, o que receberam, caberá ao corregedor decidir, o que deverá ocorrer em até 15 dias.", explicou a assessoria. Rui Ramos chegou a se reunir com o ministro Noronha na quarta (16), onde deu explicações sobre os pagamentos. Ramos garantiu que os pagamentos estão dentro da legalidade e que não houve má-fé por parte da gestão. Ele diz que o TJ fez o pagamento de passivos relativos ao trabalho dos juízes no período de 2004 a 2009. Naqueles anos, segundo o tribunal, a corte deixou de pagar diferenças salariais a juízes que atuaram fora de suas comarcas ou em outras instâncias. MEIO MILHÃO O juiz da 6ª Vara de Sinop (500 km de Cuiabá), Mirko Vicenzo Gianotte, disse que os R$ 503,9 mil que recebeu em julho estão de acordo com a lei. "Estou tranquilo em relação a isso, até porque é um direto meu, assim como de outros juízes. Está dentro da legislação e devo receber outros valores que estão sub judice. Acredito na Justiça.", disse o magistrado. "Desde que isso veio à tona venho recebendo várias mensagens nas redes sociais. A maioria é me parabenizando por ter lutado pelo direito. Alguns me criticaram, mas sem saber. É claro que quando olham no Portal Transparência e veem aquele valor, eles acabam achando que aquilo é o meu salário. Mas não é." O salário recebido por Mirko é de R$ 28,9 mil. O rendimento ao longo dos anos inclui uma remuneração de R$ 300 mil, indenização de R$ 137,5 mil, mais R$ 40,3 mil de vantagens eventuais e R$ 25,7 mil de gratificações. Após a divulgação do salário pago ao magistrado, a Associação Mato-Grossense de Magistrados (AMAM) fez a defesa dele e revelou que outros 84 magistrados no Estado receberam vantagens desse tipo, que se referem ao pagamento das diferenças de entrância. Ressalta que esse valor nunca foi pago, pois a Lei Orgânica da Magistratura Nacional não vinha sendo cumprida até que o CNJ e o Supremo Tribunal Federal reconheceram a legalidade desse vencimento, que passaram a ser pagos a partir de 2010. Já o corregedor nacional de Justiça nega que tenha havido autorização por parte da Corregedoria para pagamentos de valores feitos pelo Tribunal de Justiça.
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Cármen Lúcia determina que tribunais divulguem salários de magistradosA ministra Carmen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), assinou nesta sexta (18) uma portaria que obriga os tribunais a divulgarem a folha de pagamento dos magistrados. Cármen Lúcia determinou que os tribunais enviem em dez dias úteis as informações relativas a 2017, de janeiro a agosto, "especificando os valores relativos a subsídio e eventuais verbas especiais de qualquer natureza e o título sob o qual foi realizado o pagamento". A partir de setembro os tribunais terão de enviar os documentos em até cinco dias após o pagamento aos magistrados. O CNJ vai reservar um espaço no site para publicar e atualizar essas informações. Já é obrigatório que os tribunais repassem informações sobre folha de pagamento ao CNJ, porém Cármen Lúcia quer informações detalhadas. Alguns tribunais hoje não informam o valor total pago, só os salários, sem os benefícios. O Conselho vai abrir um procedimento de correição especial no tribunal que desrespeite o prazo. No começo desta semana, Cármen Lúcia chamou o corregedor do CNJ, João Otávio de Noronha, para conversar sobre os salários nos tribunais. A questão entrou na pauta depois que veio à público que o presidente do TJ-MT (Tribunal de Justiça do Mato Grosso) autorizou pagamentos de cerca de meio milhão de reais a juízes. MATO GROSSO O Tribunal de Justiça de Mato Grosso encaminhou, nesta sexta-feira (18), todos os documentos e informações referentes aos pagamentos de 84 magistrados que receberam no mês de julho "supersalários" acima de R$ 100 mil. A medida ocorreu após o Poder Judiciária ter sido notificado pelo corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, que solicitou a suspensão de possíveis futuros pagamentos e informações sobre o caso. "Todos os documentos necessários para a comprovação legal do repasse dos passivos aos magistrados foram enviados ao ministro corregedor do CNJ, João Otávio de Noronha", disse o presidente do TJ de MT, desembargador Rui Ramos, por meio de sua assessoria de imprensa. Agora o CNJ deverá analisar se os pagamentos aos juízes mato-grossenses são válidos. Caso contrário, os 84 magistrados terão de devolver os recursos. "Agora vamos aguardar a decisão do CNJ. Se terão que devolver ou não, o que receberam, caberá ao corregedor decidir, o que deverá ocorrer em até 15 dias.", explicou a assessoria. Rui Ramos chegou a se reunir com o ministro Noronha na quarta (16), onde deu explicações sobre os pagamentos. Ramos garantiu que os pagamentos estão dentro da legalidade e que não houve má-fé por parte da gestão. Ele diz que o TJ fez o pagamento de passivos relativos ao trabalho dos juízes no período de 2004 a 2009. Naqueles anos, segundo o tribunal, a corte deixou de pagar diferenças salariais a juízes que atuaram fora de suas comarcas ou em outras instâncias. MEIO MILHÃO O juiz da 6ª Vara de Sinop (500 km de Cuiabá), Mirko Vicenzo Gianotte, disse que os R$ 503,9 mil que recebeu em julho estão de acordo com a lei. "Estou tranquilo em relação a isso, até porque é um direto meu, assim como de outros juízes. Está dentro da legislação e devo receber outros valores que estão sub judice. Acredito na Justiça.", disse o magistrado. "Desde que isso veio à tona venho recebendo várias mensagens nas redes sociais. A maioria é me parabenizando por ter lutado pelo direito. Alguns me criticaram, mas sem saber. É claro que quando olham no Portal Transparência e veem aquele valor, eles acabam achando que aquilo é o meu salário. Mas não é." O salário recebido por Mirko é de R$ 28,9 mil. O rendimento ao longo dos anos inclui uma remuneração de R$ 300 mil, indenização de R$ 137,5 mil, mais R$ 40,3 mil de vantagens eventuais e R$ 25,7 mil de gratificações. Após a divulgação do salário pago ao magistrado, a Associação Mato-Grossense de Magistrados (AMAM) fez a defesa dele e revelou que outros 84 magistrados no Estado receberam vantagens desse tipo, que se referem ao pagamento das diferenças de entrância. Ressalta que esse valor nunca foi pago, pois a Lei Orgânica da Magistratura Nacional não vinha sendo cumprida até que o CNJ e o Supremo Tribunal Federal reconheceram a legalidade desse vencimento, que passaram a ser pagos a partir de 2010. Já o corregedor nacional de Justiça nega que tenha havido autorização por parte da Corregedoria para pagamentos de valores feitos pelo Tribunal de Justiça.
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Teste nuclear da Coreia do Norte é muito desestabilizador, diz ONU
O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, condenou, neste domingo (3), o teste nuclear da Coreia do Norte, que qualificou como um evento "profundamente desestabilizador" para a segurança regional e pediu a Pyongyang para interromper essas ações. "Esse ato é, ainda, outra séria violação das obrigações internacionais da Coreia do Norte e mina os esforços internacionais para a não proliferação (nuclear) e o desarmamento", disse Guterres em um comunicado. "Esse ato também é profundamente desestabilizador para a segurança regional", completou o diplomata português, destacando que a Coreia do Norte é o único país que continua rompendo normas contra testes nucleares. O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta segunda-feira (4) de manhã para discutir o teste nuclear a pedido de Estados Unidos, Japão, Grã-Bretanha, França e Coreia do Sul, disse a missão americana em comunicado neste domingo. A Coreia do Norte disse, neste domingo (3), ter testado com êxito uma bomba H, despertando críticas no mundo todo. Guterres também pediu a Pyongyang para "interromper esses atos e cumprir completamente suas obrigações internacionais". Resoluções do Conselho de Segurança da ONU proíbem o regime norte-coreano de realizar testes nucleares e de mísseis. Bomba H TENSÃO INTERNACIONAL O presidente dos EUA, Donald Trump, se reunirá com o Conselho de Segurança Nacional neste domingo. Ao mesmo tempo, seu governo prepara um novo pacote de sanções a serem aplicadas contra o governo do ditador Kim Jong-un, da Coreia do Norte. Trump estuda encerrar comércio com todo país que fizer negócios com a Coreia do Norte. Em uma série de tuítes da manhã, Trump afirmou que eram "hostis" e "perigosas" as ações de Pyongyang e considerou que uma política de "apaziguamento" com o regime comunista norte-coreano não funcionaria. "A Coreia do Norte realizou um grande teste nuclear", disse ele. "Suas palavras e ações permanecem muito hostis e perigosas para os EUA." O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou à Fox News que "preparará um pacote de sanções e enviará ao presidente para consideração". "Aqueles que fazem negócios com eles [Coreia do Norte] não poderão fazê-lo conosco", disse ele. "Trabalharemos em conjunto com nossos aliados. Trabalharemos com a China." A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, foram favoráveis ​​durante uma conversa telefônica sobre um "aperto" de sanções já aplicadas pela União Europeia contra a Coreia do Norte, informou o governo alemão. O encontro do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) também condenou os testes nucleares norte-coreanos e pedirá reforço do diálogo com o país oriental. O Conselho de Segurança da ONU no início de agosto aprovou o sétimo pacote de sanções contra Pyongyang com o objetivo de privar o regime de cerca de US$ 1 bilhão de receita de suas exportações de chumbo, ferro e outros minerais, bem como peixe e frutos do mar.
mundo
Teste nuclear da Coreia do Norte é muito desestabilizador, diz ONUO secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, condenou, neste domingo (3), o teste nuclear da Coreia do Norte, que qualificou como um evento "profundamente desestabilizador" para a segurança regional e pediu a Pyongyang para interromper essas ações. "Esse ato é, ainda, outra séria violação das obrigações internacionais da Coreia do Norte e mina os esforços internacionais para a não proliferação (nuclear) e o desarmamento", disse Guterres em um comunicado. "Esse ato também é profundamente desestabilizador para a segurança regional", completou o diplomata português, destacando que a Coreia do Norte é o único país que continua rompendo normas contra testes nucleares. O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta segunda-feira (4) de manhã para discutir o teste nuclear a pedido de Estados Unidos, Japão, Grã-Bretanha, França e Coreia do Sul, disse a missão americana em comunicado neste domingo. A Coreia do Norte disse, neste domingo (3), ter testado com êxito uma bomba H, despertando críticas no mundo todo. Guterres também pediu a Pyongyang para "interromper esses atos e cumprir completamente suas obrigações internacionais". Resoluções do Conselho de Segurança da ONU proíbem o regime norte-coreano de realizar testes nucleares e de mísseis. Bomba H TENSÃO INTERNACIONAL O presidente dos EUA, Donald Trump, se reunirá com o Conselho de Segurança Nacional neste domingo. Ao mesmo tempo, seu governo prepara um novo pacote de sanções a serem aplicadas contra o governo do ditador Kim Jong-un, da Coreia do Norte. Trump estuda encerrar comércio com todo país que fizer negócios com a Coreia do Norte. Em uma série de tuítes da manhã, Trump afirmou que eram "hostis" e "perigosas" as ações de Pyongyang e considerou que uma política de "apaziguamento" com o regime comunista norte-coreano não funcionaria. "A Coreia do Norte realizou um grande teste nuclear", disse ele. "Suas palavras e ações permanecem muito hostis e perigosas para os EUA." O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou à Fox News que "preparará um pacote de sanções e enviará ao presidente para consideração". "Aqueles que fazem negócios com eles [Coreia do Norte] não poderão fazê-lo conosco", disse ele. "Trabalharemos em conjunto com nossos aliados. Trabalharemos com a China." A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, foram favoráveis ​​durante uma conversa telefônica sobre um "aperto" de sanções já aplicadas pela União Europeia contra a Coreia do Norte, informou o governo alemão. O encontro do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) também condenou os testes nucleares norte-coreanos e pedirá reforço do diálogo com o país oriental. O Conselho de Segurança da ONU no início de agosto aprovou o sétimo pacote de sanções contra Pyongyang com o objetivo de privar o regime de cerca de US$ 1 bilhão de receita de suas exportações de chumbo, ferro e outros minerais, bem como peixe e frutos do mar.
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Em jogo isolado do Paulista, Ituano empata em 0 a 0 com Capivariano
No único jogo do Campeonato Paulista neste domingo (15) de Carnaval o resultado foi 0 a 0. O empate sem gols entre Ituano e Capivariano teve um protagonista: Douglas, goleiro da equipe de Capivari, fechou o gol e evitou uma possível goleada do atual campeão estadual no Novelli Júnior. Com o resultado, o time de Itu chega a oito pontos conquistados, na quarta colocação do grupo A. Já o Capivariano estaciona na terceira posição da chave D, com três pontos. As duas equipes voltam a campo no próximo fim de semana. O Capivariano recebe o Marília, no sábado, às 17h. Já o Ituano, no domingo, encara o Corinthians, às 16h, novamente em casa.
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Em jogo isolado do Paulista, Ituano empata em 0 a 0 com CapivarianoNo único jogo do Campeonato Paulista neste domingo (15) de Carnaval o resultado foi 0 a 0. O empate sem gols entre Ituano e Capivariano teve um protagonista: Douglas, goleiro da equipe de Capivari, fechou o gol e evitou uma possível goleada do atual campeão estadual no Novelli Júnior. Com o resultado, o time de Itu chega a oito pontos conquistados, na quarta colocação do grupo A. Já o Capivariano estaciona na terceira posição da chave D, com três pontos. As duas equipes voltam a campo no próximo fim de semana. O Capivariano recebe o Marília, no sábado, às 17h. Já o Ituano, no domingo, encara o Corinthians, às 16h, novamente em casa.
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Enquete com moradores do centro aponta lixo entre principais problemas
O lixo nas ruas é um dos principais problemas da região central, segundo enquete feita pelo Renova Centro 20/30, movimento de pessoas que moram, mantêm negócios, trabalham ou estudam na área. A enquete ouviu 142 pessoas da região em outubro do ano passado. Jorge Duarte, presidente do Conselho de Desenvolvimento Local da Fecomercio, participa do grupo e explica que tudo começou há um ano, com o objetivo de mapear desafios da região, desenhar propostas e encaminhá-las. O estudo aponta que o descarte de lixo é mal feito. Além disso, faltam lixeiras. O movimento também cobra do poder público o mapeamento dos grandes geradores de lixo, para que se exija deles o cumprimento da lei. Eduardo Odloak, que comanda a Prefeitura Regional da Sé, diz que a varrição e a coleta de lixo no centro são satisfatórias e que o problema está numa cadeia que envolve a forma de descarte praticada por comerciantes e sucateiros clandestinos. "A coleta urbana é voltada ao lixo doméstico. Os grandes geradores de lixo são obrigados por lei a contratar uma empresa, e muitas vezes não o fazem", afirma. A resposta tem sido orientar os fiscais e aumentar a fiscalização, diz Odloak. "O sucateiro irregular abre o lixo, recolhe o que interessa e descarta o restante em qualquer lugar ou deixa aberto na rua." Quem compra esse lixo também está na mira da prefeitura. "Já fechamos 14 áreas irregulares que compram esse tipo de lixo", diz Odloak. As calçadas são outra prioridade do Renova Centro 20/30, em razão dos buracos e da baixa acessibilidade. Para dar visibilidade ao problema, o grupo prepara caminhada para o dia 21 de outubro que deve envolver pessoas com deficiência física e registrar as dificuldades. Segundo Duarte, falta um "diálogo permanente" entre poder público e comunidade. QUARTEIRÕES ADOTADOS A necessidade de envolver a comunidade e de fazer a ponte com o poder público motivou o Instituto Porto Seguro a criar a Associação Campos Elíseos Mais Gentil. A Porto Seguro, que tem sede em Campos Elíseos, incentiva seus funcionários a praticar o voluntariado, liberando-os duas horas por semana para esse tipo de trabalho. Nesse âmbito nasceu a ideia de adotar 32 quarteirões ao redor da empresa e mapear problemas de zeladoria, como vazamentos, buracos em ruas e calçadas, lixo e falta de iluminação, entre outros. A associação criou um site e um aplicativo por meio dos quais os cidadãos podem reportar os problemas. A entidade abre a reclamação na prefeitura e monitora o atendimento até a resolução. A taxa de sucesso é alta. No ano passado foram registrados 1.256 protocolos na Prefeitura Regional da Sé, com 80% das questões resolvidas, informa Fabio Luchetti, CEO da Porto Seguro. Luchetti percebe, entretanto, uma crise de confiança nos procedimentos oficiais para a resolução de problemas. Na sua visão, as trocas de governo geram grande oscilação na interlocução e na condução dos trabalhos. "Alguns assuntos deveriam ser apartidários, como a questão da calçada", diz
seminariosfolha
Enquete com moradores do centro aponta lixo entre principais problemasO lixo nas ruas é um dos principais problemas da região central, segundo enquete feita pelo Renova Centro 20/30, movimento de pessoas que moram, mantêm negócios, trabalham ou estudam na área. A enquete ouviu 142 pessoas da região em outubro do ano passado. Jorge Duarte, presidente do Conselho de Desenvolvimento Local da Fecomercio, participa do grupo e explica que tudo começou há um ano, com o objetivo de mapear desafios da região, desenhar propostas e encaminhá-las. O estudo aponta que o descarte de lixo é mal feito. Além disso, faltam lixeiras. O movimento também cobra do poder público o mapeamento dos grandes geradores de lixo, para que se exija deles o cumprimento da lei. Eduardo Odloak, que comanda a Prefeitura Regional da Sé, diz que a varrição e a coleta de lixo no centro são satisfatórias e que o problema está numa cadeia que envolve a forma de descarte praticada por comerciantes e sucateiros clandestinos. "A coleta urbana é voltada ao lixo doméstico. Os grandes geradores de lixo são obrigados por lei a contratar uma empresa, e muitas vezes não o fazem", afirma. A resposta tem sido orientar os fiscais e aumentar a fiscalização, diz Odloak. "O sucateiro irregular abre o lixo, recolhe o que interessa e descarta o restante em qualquer lugar ou deixa aberto na rua." Quem compra esse lixo também está na mira da prefeitura. "Já fechamos 14 áreas irregulares que compram esse tipo de lixo", diz Odloak. As calçadas são outra prioridade do Renova Centro 20/30, em razão dos buracos e da baixa acessibilidade. Para dar visibilidade ao problema, o grupo prepara caminhada para o dia 21 de outubro que deve envolver pessoas com deficiência física e registrar as dificuldades. Segundo Duarte, falta um "diálogo permanente" entre poder público e comunidade. QUARTEIRÕES ADOTADOS A necessidade de envolver a comunidade e de fazer a ponte com o poder público motivou o Instituto Porto Seguro a criar a Associação Campos Elíseos Mais Gentil. A Porto Seguro, que tem sede em Campos Elíseos, incentiva seus funcionários a praticar o voluntariado, liberando-os duas horas por semana para esse tipo de trabalho. Nesse âmbito nasceu a ideia de adotar 32 quarteirões ao redor da empresa e mapear problemas de zeladoria, como vazamentos, buracos em ruas e calçadas, lixo e falta de iluminação, entre outros. A associação criou um site e um aplicativo por meio dos quais os cidadãos podem reportar os problemas. A entidade abre a reclamação na prefeitura e monitora o atendimento até a resolução. A taxa de sucesso é alta. No ano passado foram registrados 1.256 protocolos na Prefeitura Regional da Sé, com 80% das questões resolvidas, informa Fabio Luchetti, CEO da Porto Seguro. Luchetti percebe, entretanto, uma crise de confiança nos procedimentos oficiais para a resolução de problemas. Na sua visão, as trocas de governo geram grande oscilação na interlocução e na condução dos trabalhos. "Alguns assuntos deveriam ser apartidários, como a questão da calçada", diz
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Rússia anuncia acordo com rebeldes para terceira zona de trégua na Síria
Uma trégua na província de Homs, no centro da Síria, entrará em vigor nesta quinta-feira pela manhã, após um acordo entre o exército russo e rebeldes sírios para criar uma terceira zona de distensão na Síria. O acordo, negociado no fim de julho no Cairo, estipula que "os grupos da oposição moderada e as forças governamentais devem deter os disparos completamente na terceira zona de distensão", situada ao norte da cidade de Homs, afirmou o porta-voz do ministério russo da Defesa, o general Igor Konachenkov. A zona inclui 84 localidades com uma população de mais de 147.000 habitantes, segundo a mesma fonte. Entre elas figuram Ratsanm, Talbiesseh e Al-Hula, algumas das primeiras a participar na rebelião contra o governo de Bashar al-Assad em 2011, indicou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A oposição conquistou essas cidades em 2012. Esta é a terceira zona de "distensão", após a do sudoeste da Síria e a da Ghuta Oriental, perto de Damasco. Uma quarta zona deve ser criada na região de Idlib (noroeste), como estipula o acordo concluído no início de julho em Astana, capital do Cazaquistão, entre Rússia, Irã e Turquia. A Rússia vai instalar dois postos de controle e três postos de vigilância da polícia militar para supervisionar o cessar-fogo.
mundo
Rússia anuncia acordo com rebeldes para terceira zona de trégua na SíriaUma trégua na província de Homs, no centro da Síria, entrará em vigor nesta quinta-feira pela manhã, após um acordo entre o exército russo e rebeldes sírios para criar uma terceira zona de distensão na Síria. O acordo, negociado no fim de julho no Cairo, estipula que "os grupos da oposição moderada e as forças governamentais devem deter os disparos completamente na terceira zona de distensão", situada ao norte da cidade de Homs, afirmou o porta-voz do ministério russo da Defesa, o general Igor Konachenkov. A zona inclui 84 localidades com uma população de mais de 147.000 habitantes, segundo a mesma fonte. Entre elas figuram Ratsanm, Talbiesseh e Al-Hula, algumas das primeiras a participar na rebelião contra o governo de Bashar al-Assad em 2011, indicou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A oposição conquistou essas cidades em 2012. Esta é a terceira zona de "distensão", após a do sudoeste da Síria e a da Ghuta Oriental, perto de Damasco. Uma quarta zona deve ser criada na região de Idlib (noroeste), como estipula o acordo concluído no início de julho em Astana, capital do Cazaquistão, entre Rússia, Irã e Turquia. A Rússia vai instalar dois postos de controle e três postos de vigilância da polícia militar para supervisionar o cessar-fogo.
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Cielo vê fim de ciclo e diz que não está surpreso por ficar fora da Rio-2016
DE SÃO PAULO O paulista Cesar Cielo, 29, disse que o fato de estar fora da Olimpíada do Rio de 2016 não é uma grande surpresa. Nesta quarta-feira (20), o velocista chegou na terceira posição na final da prova dos 50 m livre no Troféu Maria Lenk, no Rio, disputado dentro do novo centro aquático erguido no Parque Olímpico da Barra, e não conseguiu se classificar para os Jogos. Ítalo Duarte e Bruno Fratus serão os representantes do Brasil nos 50 m. "Não estou nadando bem faz tempo. Não foi uma completa surpresa para mim. Eu tinha uma margem para trabalhar e classificar. Perdi para mim mesmo. Vacilei mesmo. Meus tempos são muito abaixo do que nadei hoje", disse Cielo. "Ano passado foi muito ruim, e não tive força para levantar. É preciso evoluir de forma orgânica para continuar no topo", afirmou. Pela manhã, o paulista havia nadado 21s99 e obtido o melhor tempo entre os oito classificados para a final. À tarde, ele até melhorou a marca (21s91), mas foi superado por Duarte (21s82), que terminou na segunda posição. Fratus venceu a prova com 21s74. Para Cielo, a natação do Brasil passa por uma reformulação. Ele até citou Thiago Pereira, que vai participar da Olimpíada do Rio. "Esse ciclo Thiago e Cesar já estava chegando ao fim. E para mim chegou ao fim meio que no ano passado. O Thiago [Pereira] vai ter a chance de representar o Brasil e pegar medalhas. Agora é a vez do Bruno [Fratus], do Ítalo [Duarte], do Matheus Santana... Espero que a geração nova represente a natação como nós fizemos", afirmou. "Espero que seja uma grande campanha para a natação e para o esporte em geral. Agora, é virar torcedor. Faz parte do esporte. Algumas horas dá certo, outras horas nem tanto. Neste último ano e meio, não nadei bem", disse. Cielo afirmou também que ainda não sabe se vai se aposentar. "Por enquanto não quero decidir nada. Mas com certeza vou dar um certo tempo de treino. É relaxar agora, tentar absorver da melhor forma possível. Eu já tive momentos muito piores do que este aqui. Vou sentar com minha família para decidir", disse. Que esporte é esse? - Natação
esporte
Cielo vê fim de ciclo e diz que não está surpreso por ficar fora da Rio-2016 DE SÃO PAULO O paulista Cesar Cielo, 29, disse que o fato de estar fora da Olimpíada do Rio de 2016 não é uma grande surpresa. Nesta quarta-feira (20), o velocista chegou na terceira posição na final da prova dos 50 m livre no Troféu Maria Lenk, no Rio, disputado dentro do novo centro aquático erguido no Parque Olímpico da Barra, e não conseguiu se classificar para os Jogos. Ítalo Duarte e Bruno Fratus serão os representantes do Brasil nos 50 m. "Não estou nadando bem faz tempo. Não foi uma completa surpresa para mim. Eu tinha uma margem para trabalhar e classificar. Perdi para mim mesmo. Vacilei mesmo. Meus tempos são muito abaixo do que nadei hoje", disse Cielo. "Ano passado foi muito ruim, e não tive força para levantar. É preciso evoluir de forma orgânica para continuar no topo", afirmou. Pela manhã, o paulista havia nadado 21s99 e obtido o melhor tempo entre os oito classificados para a final. À tarde, ele até melhorou a marca (21s91), mas foi superado por Duarte (21s82), que terminou na segunda posição. Fratus venceu a prova com 21s74. Para Cielo, a natação do Brasil passa por uma reformulação. Ele até citou Thiago Pereira, que vai participar da Olimpíada do Rio. "Esse ciclo Thiago e Cesar já estava chegando ao fim. E para mim chegou ao fim meio que no ano passado. O Thiago [Pereira] vai ter a chance de representar o Brasil e pegar medalhas. Agora é a vez do Bruno [Fratus], do Ítalo [Duarte], do Matheus Santana... Espero que a geração nova represente a natação como nós fizemos", afirmou. "Espero que seja uma grande campanha para a natação e para o esporte em geral. Agora, é virar torcedor. Faz parte do esporte. Algumas horas dá certo, outras horas nem tanto. Neste último ano e meio, não nadei bem", disse. Cielo afirmou também que ainda não sabe se vai se aposentar. "Por enquanto não quero decidir nada. Mas com certeza vou dar um certo tempo de treino. É relaxar agora, tentar absorver da melhor forma possível. Eu já tive momentos muito piores do que este aqui. Vou sentar com minha família para decidir", disse. Que esporte é esse? - Natação
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Leitora critica silêncio do Itamaraty sobre conflito ucraniano
Lideranças mundiais se posicionam contra a Rússia (No quintal do Kremlin ) na tentativa de barrar a sangrenta batalha que busca a anexação da Crimeia e do leste ucraniano, onde milhares estão perdendo a vida. O Palácio do Planalto, por sua vez, se abstém de posicionamento político, certamente para não obstar possíveis acordos comerciais, promovendo o silêncio do Itamaraty. Apoiar a Ucrânia neste difícil momento parece não render os dividendos vislumbrados por nossos diplomatas. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitora critica silêncio do Itamaraty sobre conflito ucranianoLideranças mundiais se posicionam contra a Rússia (No quintal do Kremlin ) na tentativa de barrar a sangrenta batalha que busca a anexação da Crimeia e do leste ucraniano, onde milhares estão perdendo a vida. O Palácio do Planalto, por sua vez, se abstém de posicionamento político, certamente para não obstar possíveis acordos comerciais, promovendo o silêncio do Itamaraty. Apoiar a Ucrânia neste difícil momento parece não render os dividendos vislumbrados por nossos diplomatas. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Daniel Dias sobra e conquista terceira medalha de ouro no Rio de Janeiro
DO UOL Daniel Dias provou mais uma vez por que é considerado um dos melhores para-atletas da natação de todos os tempos. Nesta sexta-feira (16), o brasileiro conquistou sua terceira medalha de ouro na Paraolimpíada do Rio de Janeiro ao vencer com sobras a final dos 50 m costas, da classe S5, com o tempo de 35s40. O britânico Andrew Mullen (37s94) e o húngaro Zsolt Vereckzei (38s92) completaram o pódio com a prata e o bronze, respectivamente. Com mais essa conquista, Daniel Dias chega a sua sétima medalha no Rio de Janeiro. Além dos três ouros conquistados, o nadador brasileiro já faturou outras três pratas e um bronze. Assim, Daniel segue em busca de se tornar o maior medalhista da natação em Jogos Paraolímpicos da história, recorde que pertence ao australiano Matthew Cowdrey, com 23. Como possui 22, o brasileiro precisa subiu ao pódio das suas últimas duas provas no Rio para ultrapassar o para-atleta da Oceania. Ele ainda terá a oportunidade nos 100 m livre, no qual é recordista paraolímpico e mundial, e no revezamento 4 x 100 medley.
esporte
Daniel Dias sobra e conquista terceira medalha de ouro no Rio de Janeiro DO UOL Daniel Dias provou mais uma vez por que é considerado um dos melhores para-atletas da natação de todos os tempos. Nesta sexta-feira (16), o brasileiro conquistou sua terceira medalha de ouro na Paraolimpíada do Rio de Janeiro ao vencer com sobras a final dos 50 m costas, da classe S5, com o tempo de 35s40. O britânico Andrew Mullen (37s94) e o húngaro Zsolt Vereckzei (38s92) completaram o pódio com a prata e o bronze, respectivamente. Com mais essa conquista, Daniel Dias chega a sua sétima medalha no Rio de Janeiro. Além dos três ouros conquistados, o nadador brasileiro já faturou outras três pratas e um bronze. Assim, Daniel segue em busca de se tornar o maior medalhista da natação em Jogos Paraolímpicos da história, recorde que pertence ao australiano Matthew Cowdrey, com 23. Como possui 22, o brasileiro precisa subiu ao pódio das suas últimas duas provas no Rio para ultrapassar o para-atleta da Oceania. Ele ainda terá a oportunidade nos 100 m livre, no qual é recordista paraolímpico e mundial, e no revezamento 4 x 100 medley.
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'Não lido com o cofre', diz ministra do STF sobre judicialização da saúde
O Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciaram, nesta segunda-feira (7), o lançamento de uma plataforma em parceria com o hospital privado Sírio-Libanês para auxiliar magistrados em processos envolvendo a saúde. A iniciativa ocorre em meio à votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a cessão obrigatória pelo governo de remédios de alto custo sem registro no Brasil –a sessão foi suspensa em setembro após pedido de vista do ministro Teori Zavascki. Presente ao lançamento do projeto no Sírio-Libanês, em São Paulo, a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, não adiantou o seu voto na decisão do Supremo, mas manifestou simpatia pelo acesso aos medicamentos. AUMENTO DA JUDICIALIZAÇÃO - Gastos do Ministério da Saúde com ações judiciais, em R$ bilhões* Ela comentou sobre a garantia do acesso universal à saúde e a dificuldade de compatibilizar isso com os recursos disponíveis. "Estamos aqui para tornar efetivo aquilo que a Constituição nos garante. A dor tem pressa. Eu lido com o humano, eu não lido com o cofre", disse. "O que o juiz fala quando a gente discute (o tema) é que há uma judicialização da saúde. Não. Há a democratização da sociedade brasileira, do cidadão que até a década de 1980 morria sem saber que tinha direito à saúde e que podia reivindicar esse direito. Como juíza, o meu papel é garantir esse direito", afirmou. SEM RECURSOS Já para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o aumento na judicialização da saúde desestrutura o planejamento de gastos da pasta. "A ação judicial não cria recurso, ela desloca recurso previsto para outra ação programada", disse Barros. Em 2015, de acordo com o ministro, foi destinado R$ 1,1 bilhão em 14.940 ações que demandaram tratamentos e medicamentos. A projeção para 2016 é que R$ 1,6 bilhão seja alocado com a judicialização. Até setembro, já havia sido gasto R$ 1,05 bilhão, com 16.301 ações até julho. Nesse contexto, a parceria com o hospital privado paulista, segundo Barros, é "importante para suprir a deficiência orçamentária". A medida conjunta resultará em um banco público de dados já analisados que servirá como base para decisões da Justiça. Além do acesso público, magistrados poderão solicitar notas técnicas para aperfeiçoar suas decisões. A previsão é que o resultado das primeiras oficinas entre juízes que ocorrem nestas segunda e terça-feira (8) já estejam disponíveis para consulta em 60 dias. O programa deve ter duração de três anos, com outras oficinas para ampliar a base. AUMENTO DA JUDICIALIZAÇÃO - Condenações do Estado de SP MÁ-FÉ O ministro da Saúde afirmou ainda que em um dos dez medicamentos mais demandados, 80% das ações partiram de um mesmo escritório de advocacia, o que mostra que há uma "articulação" para obter a judicialização. Barros disse que todas as decisões estão sendo averiguadas para garantir que os atendimentos sejam de interesse público. Ele evitou nomear diretamente indícios de ilegalidade, mas citou casos de uso indevido. "Já houveram casos em que o laboratório foi buscar de volta o medicamento na casa do cidadão porque não estavam sendo usados", disse. "Há convênios de laboratórios fabricantes com laboratórios de análises clínicas, e este laboratório fabricante paga o de análise para fazer um exame que comprove a necessidade daquela pessoa ter o medicamento que ela fabrica, que vira uma decisão judicial", afirmou o ministro. Nesta segunda, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo iniciou também uma parceria com o Ministério Público do Estado para identificar fraudes em ações judiciais contra a pasta. Promotores poderão consultar as ações para aferir se há ocorrência de desvios. "Sigilosamente, nos casos em que nós entendermos que há corrupção o Ministério Público vai nos auxiliar", afirmou o secretário, David Uip. Como exemplo, Uip cita o medicamento para hipercolesterolemia homozigótica, doença rara. "Passamos a perceber que ele estava sendo receitado em algumas cidades do Estado a um custo de mil dólares o comprimido. Em 30 dias são 30 mil dólares. Isso custou R$ 36 milhões ao Estado e na absoluta maioria não havia sequer a indicação da doença", disse. "Os médicos ganhavam para prescrever", afirmou. No Estado, a judicialização custa R$ 1,2 bilhão por ano. Desde 2011 são 90 mil ações –53 mil estão ativas. Para Uip, a proximidade entre a Saúde e o Judiciário é "fundamental para se dar razão ao que é pertinente". "Eu não posso judicializar, por exemplo, um transplante do coração, porque existe uma fila, existe um doador, existe um receptor e você quebraria todos os paradigmas". AUMENTO DA JUDICIALIZAÇÃO - Número de ações por 100 mil habitantes*
cotidiano
'Não lido com o cofre', diz ministra do STF sobre judicialização da saúdeO Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciaram, nesta segunda-feira (7), o lançamento de uma plataforma em parceria com o hospital privado Sírio-Libanês para auxiliar magistrados em processos envolvendo a saúde. A iniciativa ocorre em meio à votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a cessão obrigatória pelo governo de remédios de alto custo sem registro no Brasil –a sessão foi suspensa em setembro após pedido de vista do ministro Teori Zavascki. Presente ao lançamento do projeto no Sírio-Libanês, em São Paulo, a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, não adiantou o seu voto na decisão do Supremo, mas manifestou simpatia pelo acesso aos medicamentos. AUMENTO DA JUDICIALIZAÇÃO - Gastos do Ministério da Saúde com ações judiciais, em R$ bilhões* Ela comentou sobre a garantia do acesso universal à saúde e a dificuldade de compatibilizar isso com os recursos disponíveis. "Estamos aqui para tornar efetivo aquilo que a Constituição nos garante. A dor tem pressa. Eu lido com o humano, eu não lido com o cofre", disse. "O que o juiz fala quando a gente discute (o tema) é que há uma judicialização da saúde. Não. Há a democratização da sociedade brasileira, do cidadão que até a década de 1980 morria sem saber que tinha direito à saúde e que podia reivindicar esse direito. Como juíza, o meu papel é garantir esse direito", afirmou. SEM RECURSOS Já para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o aumento na judicialização da saúde desestrutura o planejamento de gastos da pasta. "A ação judicial não cria recurso, ela desloca recurso previsto para outra ação programada", disse Barros. Em 2015, de acordo com o ministro, foi destinado R$ 1,1 bilhão em 14.940 ações que demandaram tratamentos e medicamentos. A projeção para 2016 é que R$ 1,6 bilhão seja alocado com a judicialização. Até setembro, já havia sido gasto R$ 1,05 bilhão, com 16.301 ações até julho. Nesse contexto, a parceria com o hospital privado paulista, segundo Barros, é "importante para suprir a deficiência orçamentária". A medida conjunta resultará em um banco público de dados já analisados que servirá como base para decisões da Justiça. Além do acesso público, magistrados poderão solicitar notas técnicas para aperfeiçoar suas decisões. A previsão é que o resultado das primeiras oficinas entre juízes que ocorrem nestas segunda e terça-feira (8) já estejam disponíveis para consulta em 60 dias. O programa deve ter duração de três anos, com outras oficinas para ampliar a base. AUMENTO DA JUDICIALIZAÇÃO - Condenações do Estado de SP MÁ-FÉ O ministro da Saúde afirmou ainda que em um dos dez medicamentos mais demandados, 80% das ações partiram de um mesmo escritório de advocacia, o que mostra que há uma "articulação" para obter a judicialização. Barros disse que todas as decisões estão sendo averiguadas para garantir que os atendimentos sejam de interesse público. Ele evitou nomear diretamente indícios de ilegalidade, mas citou casos de uso indevido. "Já houveram casos em que o laboratório foi buscar de volta o medicamento na casa do cidadão porque não estavam sendo usados", disse. "Há convênios de laboratórios fabricantes com laboratórios de análises clínicas, e este laboratório fabricante paga o de análise para fazer um exame que comprove a necessidade daquela pessoa ter o medicamento que ela fabrica, que vira uma decisão judicial", afirmou o ministro. Nesta segunda, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo iniciou também uma parceria com o Ministério Público do Estado para identificar fraudes em ações judiciais contra a pasta. Promotores poderão consultar as ações para aferir se há ocorrência de desvios. "Sigilosamente, nos casos em que nós entendermos que há corrupção o Ministério Público vai nos auxiliar", afirmou o secretário, David Uip. Como exemplo, Uip cita o medicamento para hipercolesterolemia homozigótica, doença rara. "Passamos a perceber que ele estava sendo receitado em algumas cidades do Estado a um custo de mil dólares o comprimido. Em 30 dias são 30 mil dólares. Isso custou R$ 36 milhões ao Estado e na absoluta maioria não havia sequer a indicação da doença", disse. "Os médicos ganhavam para prescrever", afirmou. No Estado, a judicialização custa R$ 1,2 bilhão por ano. Desde 2011 são 90 mil ações –53 mil estão ativas. Para Uip, a proximidade entre a Saúde e o Judiciário é "fundamental para se dar razão ao que é pertinente". "Eu não posso judicializar, por exemplo, um transplante do coração, porque existe uma fila, existe um doador, existe um receptor e você quebraria todos os paradigmas". AUMENTO DA JUDICIALIZAÇÃO - Número de ações por 100 mil habitantes*
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Jack Black diz que não é preciso ler os livros para amar 'Goosebumps'
LUIZA WOLF DE SÃO PAULO Jack Black é um ator versátil. Marca presença em filmes independentes, como "Rebobine, Por Favor" (2008), blockbusters (a exemplo de "King Kong", de 2005) e filmes infantis, caso de "Escola de Rock" (2003), que o consagrou. Agora o ator volta a entreter as crianças em "Goosebumps - Monstros e Arrepios", que estreia nesta quinta (22). Em passagem por São Paulo, Black comentou aspectos do longa, baseado na série de livros de terror infantil escrita por R.L. Stine na década de 1990. "Não é preciso ler os livros para amar o filme", afirma. O próprio ator confessa que só leu alguns volumes depois de ser escalado para o elenco. "Na época, eu já estava na faculdade, ouvindo Nirvana", justifica. Na trama, Black interpreta o próprio autor R.L. Stine. Ele se muda para uma nova cidade com a filha, Hannah (Odeya Rush). O problema é que ela faz amizade com o vizinho, Zach (Dylan Minnette), e ele acaba descobrindo o maior segredo de Stine: o escritor trancafiou os monstros criados por ele em livros, que ficam em uma estante. Quando as obras são abertas, as criaturas escapam e pretendem se vingar de seu criador, para que não sejam trancadas novamente. A revolução é comandada pelo sombrio Slappy, um boneco de ventriloquia —que também é dublado por Black. O ator conta que conviveu com Stine no set de filmagem. "Eu queria interpretá-lo bem, mas não quis imitá-lo", diz. "Por conta da carga dramática do filme, escolhi fazê-lo de um jeito diferente. Até porque, no começo do longa, ele parece ser o vilão. Mas a questão é que ele é um homem recluso, que sofreu bullying na infância. Na verdade, ele é sensível e se esconde entre paredes". Black lembra que também interpretou outro vilão na carreira. "Foi em 'História Sem Fim 3' [1994]. Mas eu não recomendo para ninguém assistir", brinca. Perguntado sobre uma possível sequência para "Goosebumps", o protagonista afirma que é uma possibilidade remota —já que todos os monstros foram usados de uma vez em um só longa. "Deveríamos ter feito que nem "Os Vingadores" e juntado todos só no filme final. Bom, agora já foi. Então acho difícil ter uma continuação", diz. Mas o ator afirma que, apesar de ser um filme infantil, "Goosebumps" lhe trouxe grande satisfação artística. Veja o trailer do filme abaixo Vídeo
saopaulo
Jack Black diz que não é preciso ler os livros para amar 'Goosebumps'LUIZA WOLF DE SÃO PAULO Jack Black é um ator versátil. Marca presença em filmes independentes, como "Rebobine, Por Favor" (2008), blockbusters (a exemplo de "King Kong", de 2005) e filmes infantis, caso de "Escola de Rock" (2003), que o consagrou. Agora o ator volta a entreter as crianças em "Goosebumps - Monstros e Arrepios", que estreia nesta quinta (22). Em passagem por São Paulo, Black comentou aspectos do longa, baseado na série de livros de terror infantil escrita por R.L. Stine na década de 1990. "Não é preciso ler os livros para amar o filme", afirma. O próprio ator confessa que só leu alguns volumes depois de ser escalado para o elenco. "Na época, eu já estava na faculdade, ouvindo Nirvana", justifica. Na trama, Black interpreta o próprio autor R.L. Stine. Ele se muda para uma nova cidade com a filha, Hannah (Odeya Rush). O problema é que ela faz amizade com o vizinho, Zach (Dylan Minnette), e ele acaba descobrindo o maior segredo de Stine: o escritor trancafiou os monstros criados por ele em livros, que ficam em uma estante. Quando as obras são abertas, as criaturas escapam e pretendem se vingar de seu criador, para que não sejam trancadas novamente. A revolução é comandada pelo sombrio Slappy, um boneco de ventriloquia —que também é dublado por Black. O ator conta que conviveu com Stine no set de filmagem. "Eu queria interpretá-lo bem, mas não quis imitá-lo", diz. "Por conta da carga dramática do filme, escolhi fazê-lo de um jeito diferente. Até porque, no começo do longa, ele parece ser o vilão. Mas a questão é que ele é um homem recluso, que sofreu bullying na infância. Na verdade, ele é sensível e se esconde entre paredes". Black lembra que também interpretou outro vilão na carreira. "Foi em 'História Sem Fim 3' [1994]. Mas eu não recomendo para ninguém assistir", brinca. Perguntado sobre uma possível sequência para "Goosebumps", o protagonista afirma que é uma possibilidade remota —já que todos os monstros foram usados de uma vez em um só longa. "Deveríamos ter feito que nem "Os Vingadores" e juntado todos só no filme final. Bom, agora já foi. Então acho difícil ter uma continuação", diz. Mas o ator afirma que, apesar de ser um filme infantil, "Goosebumps" lhe trouxe grande satisfação artística. Veja o trailer do filme abaixo Vídeo
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Uber e 99Taxis dividem a preferência dos paulistanos nas corridas
GABRIELA TERENZI DE SÃO PAULO No último ano, muita coisa aconteceu com o Uber, principalmente em São Paulo. O aplicativo de transporte particular foi alvo de protestos de taxistas, chegou a ser proibido, foi defendido em abaixo-assinado e, no início de maio, acabou liberado pelo prefeito Fernando Haddad (PT). No mesmo período, saiu do anonimato ao topo da preferência dos paulistanos na categoria aplicativo para táxi, segundo pesquisa Datafolha, com 24% das citações. Ao lado do Uber, o aplicativo 99Taxis também está na liderança, com a preferência de 26% dos entrevistados, o dobro do registrado em 2015. Empatadas, as duas empresas lidam com diferentes desafios para aprimorar os seus serviços. As balas e a água mineral viraram marcas registradas do Uber. Quem as oferece é o motorista, que também confere se o ar-condicionado e o volume do rádio estão de acordo com o gosto do freguês. Para trabalhar para a empresa, não é preciso colocar os pés no seu escritório: basta ter uma carteira de habilitação e um carro. O treinamento dos condutores é feito com vídeos. Entre eles, há empresários, profissionais liberais e desempregados, entre outros que se juntaram ao Uber para complementar a renda. A maioria não é motorista profissional e tem o GPS como grande aliado. Já a 99 batalha para ajustar uma cultura profissional de décadas. A empresa admite que os taxistas ainda são vistos com desconfiança por parte da população, ao mesmo tempo que exalta sua "mão de obra especializada", que conhece a cidade como a palma da mão. "Todo mundo fala que o serviço oferecido pelo táxi é ruim, mas ele melhorou muito por causa dos aplicativos", avalia a diretora de marketing da 99, Maria Elisa Silva. Diferentemente da rival, a empresa brasileira ressalta que investe na proximidade com seus motoristas cadastrados. Em São Paulo, conta com dois centros de atendimento para os taxistas, onde os sócios costumam aparecer. Em comum, os dois aplicativos buscam o cliente premium. A 99 lançou, em fevereiro, o 99top, cujos motoristas passam por treinamento presencial de duas horas e fazem um teste. Eles dirigem os recém-lançados táxis pretos. O Uber também trabalha com duas categorias: uberX e uberBlack. Essa última só aceita motoristas com carros mais sofisticados e de fabricação em 2012 ou ano posterior. Outra semelhança: ambas recorreram a estratégias de mercado agressivas no ano passado. A 99 deu 20% de desconto em todas as corridas feitas pelo aplicativo por quatro meses, e o Uber reduziu em 15% a tarifa na cidade de São Paulo em novembro. O Uber afirma não concorrer diretamente com os táxis. Seus clientes, informa, são pessoas que optam por deixar o carro em casa. Para a 99Taxis, tudo não passa de uma "competição saudável". No próximo ano, porém, o tom dessa conversa, ao que tudo indica, deve subir. Isso porque o decreto que regularizou o Uber legalizou outros serviços. Neste mês, a espanhola Cabify começou a recrutar motoristas na cidade de São Paulo. Empresas de compartilhamento de carros também comemoraram a decisão do prefeito Fernando Haddad. Para completar, a pesquisa Datafolha mostra que 43% dos entrevistados não souberam citar uma empresa nesse segmento —contra 65% em 2015. É o roteiro perfeito para ainda mais reviravoltas. * PARA SABER + Uber 99Taxis * Downloads do aplicativo no Brasil * Isso é 99Taxis... "O que era pegar um táxi antes e depois dos aplicativos? A cultura dos taxistas foi completamente revolucionada. Agora, existe supervisão do serviço. Se alguém dá uma avaliação de uma estrela a um taxista no 99Taxis, ele nunca mais atenderá aquela pessoa. Nosso serviço avaliará a reclamação, passará uma advertência e, se for grave, expulsará o motorista" Maria Elisa Silva, diretora de marketing da 99Taxis Isso é Uber... "O Uber proporciona um aumento das viagens de transporte individual de passageiros, de maneira complementar aos diversos modais na cidade, e não compete diretamente com táxis. Qualquer pessoa que tenha um smartphone, cartão de crédito e queira se deslocar pela cidade com o toque de um botão, em um transporte seguro e economicamente acessível, é um potencial cliente do Uber" Em nota
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Uber e 99Taxis dividem a preferência dos paulistanos nas corridasGABRIELA TERENZI DE SÃO PAULO No último ano, muita coisa aconteceu com o Uber, principalmente em São Paulo. O aplicativo de transporte particular foi alvo de protestos de taxistas, chegou a ser proibido, foi defendido em abaixo-assinado e, no início de maio, acabou liberado pelo prefeito Fernando Haddad (PT). No mesmo período, saiu do anonimato ao topo da preferência dos paulistanos na categoria aplicativo para táxi, segundo pesquisa Datafolha, com 24% das citações. Ao lado do Uber, o aplicativo 99Taxis também está na liderança, com a preferência de 26% dos entrevistados, o dobro do registrado em 2015. Empatadas, as duas empresas lidam com diferentes desafios para aprimorar os seus serviços. As balas e a água mineral viraram marcas registradas do Uber. Quem as oferece é o motorista, que também confere se o ar-condicionado e o volume do rádio estão de acordo com o gosto do freguês. Para trabalhar para a empresa, não é preciso colocar os pés no seu escritório: basta ter uma carteira de habilitação e um carro. O treinamento dos condutores é feito com vídeos. Entre eles, há empresários, profissionais liberais e desempregados, entre outros que se juntaram ao Uber para complementar a renda. A maioria não é motorista profissional e tem o GPS como grande aliado. Já a 99 batalha para ajustar uma cultura profissional de décadas. A empresa admite que os taxistas ainda são vistos com desconfiança por parte da população, ao mesmo tempo que exalta sua "mão de obra especializada", que conhece a cidade como a palma da mão. "Todo mundo fala que o serviço oferecido pelo táxi é ruim, mas ele melhorou muito por causa dos aplicativos", avalia a diretora de marketing da 99, Maria Elisa Silva. Diferentemente da rival, a empresa brasileira ressalta que investe na proximidade com seus motoristas cadastrados. Em São Paulo, conta com dois centros de atendimento para os taxistas, onde os sócios costumam aparecer. Em comum, os dois aplicativos buscam o cliente premium. A 99 lançou, em fevereiro, o 99top, cujos motoristas passam por treinamento presencial de duas horas e fazem um teste. Eles dirigem os recém-lançados táxis pretos. O Uber também trabalha com duas categorias: uberX e uberBlack. Essa última só aceita motoristas com carros mais sofisticados e de fabricação em 2012 ou ano posterior. Outra semelhança: ambas recorreram a estratégias de mercado agressivas no ano passado. A 99 deu 20% de desconto em todas as corridas feitas pelo aplicativo por quatro meses, e o Uber reduziu em 15% a tarifa na cidade de São Paulo em novembro. O Uber afirma não concorrer diretamente com os táxis. Seus clientes, informa, são pessoas que optam por deixar o carro em casa. Para a 99Taxis, tudo não passa de uma "competição saudável". No próximo ano, porém, o tom dessa conversa, ao que tudo indica, deve subir. Isso porque o decreto que regularizou o Uber legalizou outros serviços. Neste mês, a espanhola Cabify começou a recrutar motoristas na cidade de São Paulo. Empresas de compartilhamento de carros também comemoraram a decisão do prefeito Fernando Haddad. Para completar, a pesquisa Datafolha mostra que 43% dos entrevistados não souberam citar uma empresa nesse segmento —contra 65% em 2015. É o roteiro perfeito para ainda mais reviravoltas. * PARA SABER + Uber 99Taxis * Downloads do aplicativo no Brasil * Isso é 99Taxis... "O que era pegar um táxi antes e depois dos aplicativos? A cultura dos taxistas foi completamente revolucionada. Agora, existe supervisão do serviço. Se alguém dá uma avaliação de uma estrela a um taxista no 99Taxis, ele nunca mais atenderá aquela pessoa. Nosso serviço avaliará a reclamação, passará uma advertência e, se for grave, expulsará o motorista" Maria Elisa Silva, diretora de marketing da 99Taxis Isso é Uber... "O Uber proporciona um aumento das viagens de transporte individual de passageiros, de maneira complementar aos diversos modais na cidade, e não compete diretamente com táxis. Qualquer pessoa que tenha um smartphone, cartão de crédito e queira se deslocar pela cidade com o toque de um botão, em um transporte seguro e economicamente acessível, é um potencial cliente do Uber" Em nota
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Para especialistas, Janot citou dado errado e defendeu a criminalização
"Noventa por cento das pessoas expostas à maconha se tornam viciadas", sustentou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quarta-feira (19), no Supremo Tribunal Federal, em argumentação contrária à descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. O dado causou estranheza e até perplexidade entre especialistas em dependência química. "Essa informação parece piada, do ponto de vista médico", diz Artur Guerra, presidente do ICAA (Conselho Internacional de Álcool e Dependências, na sigla em inglês). Ele aponta que grande parte dos estudos internacionais mostra que um em cada dez, ou seja, 10% dos que experimentam maconha se tornam dependentes -exatamente o contrário daquilo citado por Janot. "Não acredito que [Janot] tenha sido alimentado com dados inconsistentes. Como faltam estudos brasileiros, cada uma aceita o que quer de acordo com suas convicções. Precisamos de mais dados e de menos paixões", diz.. Dartiu Xavier da Silveira, professor da Universidade Federal de São Paulo e especialista em dependência química, avalia a informação usada por Janot como "absurda" e diz ser difícil não pensar em má-fé. "Numa situação tão delicada, o sujeito vai falar de um dado sem verificá-lo antes?", questiona. Segundo estudo da Universidade John Hopkins, nos EUA, citado por Silveira, 9% de quem usa maconha se torna dependente. No caso do álcool, o percentual sobe para 15%. No do tabaco, 33%. Dados oficiais do Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC) apontam que 20% dos usuários de psicoativos do mundo consomem 80% das drogas no mercado, enquanto 80% dos usuários consomem 20% das drogas. "Isso quer dizer que 80% dos consumidores de drogas não são problemáticos e seu consumo não acarreta problemas graves", explica Rafael Franzini, represente do UNODOC no Brasil. Clique na infografia: Entenda a descriminalização das drogas
cotidiano
Para especialistas, Janot citou dado errado e defendeu a criminalização"Noventa por cento das pessoas expostas à maconha se tornam viciadas", sustentou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quarta-feira (19), no Supremo Tribunal Federal, em argumentação contrária à descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. O dado causou estranheza e até perplexidade entre especialistas em dependência química. "Essa informação parece piada, do ponto de vista médico", diz Artur Guerra, presidente do ICAA (Conselho Internacional de Álcool e Dependências, na sigla em inglês). Ele aponta que grande parte dos estudos internacionais mostra que um em cada dez, ou seja, 10% dos que experimentam maconha se tornam dependentes -exatamente o contrário daquilo citado por Janot. "Não acredito que [Janot] tenha sido alimentado com dados inconsistentes. Como faltam estudos brasileiros, cada uma aceita o que quer de acordo com suas convicções. Precisamos de mais dados e de menos paixões", diz.. Dartiu Xavier da Silveira, professor da Universidade Federal de São Paulo e especialista em dependência química, avalia a informação usada por Janot como "absurda" e diz ser difícil não pensar em má-fé. "Numa situação tão delicada, o sujeito vai falar de um dado sem verificá-lo antes?", questiona. Segundo estudo da Universidade John Hopkins, nos EUA, citado por Silveira, 9% de quem usa maconha se torna dependente. No caso do álcool, o percentual sobe para 15%. No do tabaco, 33%. Dados oficiais do Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC) apontam que 20% dos usuários de psicoativos do mundo consomem 80% das drogas no mercado, enquanto 80% dos usuários consomem 20% das drogas. "Isso quer dizer que 80% dos consumidores de drogas não são problemáticos e seu consumo não acarreta problemas graves", explica Rafael Franzini, represente do UNODOC no Brasil. Clique na infografia: Entenda a descriminalização das drogas
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Preço da compra do HSBC pelo Bradesco não foi exagerado
O Bradesco finalmente anunciou a compra do HSBC por US$ 5,2 bilhões (R$ 17,6 bilhões), acirrando a disputa pela liderança entre os bancos e fortalecendo o sistema bancário brasileiro. Na aquisição foram incluídos, além do negócio de varejo, os segmentos de alta renda, com 1 milhão de clientes, e de atacado, grande atrativo do HSBC. O Bradesco ambém ficou com a operação da financeira Losango, que tem mais de 6.000 pontos de atendimento no país e aproximadamente 4 milhões de clientes, e as áreas de previdência, seguros e capitalização do HSBC. Com os R$ 170 bilhões em ativos do HSBC, o Bradesco totaliza R$ 1,202 trilhão e encosta no Itaú, maior banco privado do país com R$ 1,294 trilhão em ativos, fazendo cair essa diferença para 7,1%. Antes da fusão do Itaú com o Unibanco, o Bradesco liderava em ativos totais com uma margem de 5,9% e, após a fusão, ficou 18,2% abaixo. O valor pago de R$ 17,6 bilhões representa um múltiplo de 1,6 em relação ao patrimônio líquido de R$ 11,2 bilhões do HSBC, o que fica em linha com as últimas aquisições ocorridas, como pode ser visto na tabela. A aquisição do HSBC, sétimo maior banco no Brasil, pelo Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro, não representa concentração. A concentração já existe no sistema bancário nacional e, nesse ponto, o HSBC não faz diferença, porque não conseguia crescer organicamente e estava perdendo participação de mercado. Após essa aquisição não existem outros ativos relevantes disponíveis, e a compra do HSBC pelo Bradesco fará com que a competição entre as duas maiores instituições do País se acirre e aconteça de forma orgânica. Quem tiver a melhor estratégia, vai ter a liderança de mercado.
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Preço da compra do HSBC pelo Bradesco não foi exageradoO Bradesco finalmente anunciou a compra do HSBC por US$ 5,2 bilhões (R$ 17,6 bilhões), acirrando a disputa pela liderança entre os bancos e fortalecendo o sistema bancário brasileiro. Na aquisição foram incluídos, além do negócio de varejo, os segmentos de alta renda, com 1 milhão de clientes, e de atacado, grande atrativo do HSBC. O Bradesco ambém ficou com a operação da financeira Losango, que tem mais de 6.000 pontos de atendimento no país e aproximadamente 4 milhões de clientes, e as áreas de previdência, seguros e capitalização do HSBC. Com os R$ 170 bilhões em ativos do HSBC, o Bradesco totaliza R$ 1,202 trilhão e encosta no Itaú, maior banco privado do país com R$ 1,294 trilhão em ativos, fazendo cair essa diferença para 7,1%. Antes da fusão do Itaú com o Unibanco, o Bradesco liderava em ativos totais com uma margem de 5,9% e, após a fusão, ficou 18,2% abaixo. O valor pago de R$ 17,6 bilhões representa um múltiplo de 1,6 em relação ao patrimônio líquido de R$ 11,2 bilhões do HSBC, o que fica em linha com as últimas aquisições ocorridas, como pode ser visto na tabela. A aquisição do HSBC, sétimo maior banco no Brasil, pelo Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro, não representa concentração. A concentração já existe no sistema bancário nacional e, nesse ponto, o HSBC não faz diferença, porque não conseguia crescer organicamente e estava perdendo participação de mercado. Após essa aquisição não existem outros ativos relevantes disponíveis, e a compra do HSBC pelo Bradesco fará com que a competição entre as duas maiores instituições do País se acirre e aconteça de forma orgânica. Quem tiver a melhor estratégia, vai ter a liderança de mercado.
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Promessa de medalha, lutadora deixou a família aos 18 para seguir no taekwondo
ADRIANO MANEO DE SÃO PAULO "Ela tem bastante autonomia. Às vezes toma decisões diferentes da nossa. Tem vez que acaba dando certo." De acordo com o treinador, Diego Guimarães, 29, esse é o perfil de Iris Tang Sing, 24, lutadora de taekwondo. Promessa de medalha na Rio-2016 na categoria até 49 kg, disputada nesta quarta (17) a partir das 9h, Sing teve a autonomia como trunfo para seguir no taekwondo e chegar aos Jogos entre as melhores do mundo. Com apenas 18 anos, teve que sair de casa porque a mãe não aceitava a vontade que a filha tinha de seguir carreira no esporte. "No início, a carreira de atleta não dava dinheiro, e a mãe não via futuro", conta o treinador. Atualmente, as duas se falam normalmente e a mãe estará no Rio para assistir a filha. Quando saiu de casa, Sing foi acolhida pela família de Guimarães. Segundo ele, a atleta só deu um salto esportivo e financeiro após entrar para o exército. "Ela entrou em 2011. Foi aí que passou a ter um suporte financeiro e estrutural, porque antes ela só recebia o Bolsa Atleta", diz Guimarães. No ano passado, a lutadora conquistou bronze em seu primeiro Mundial, na Rússia, na categoria até 46 kg, e no Pan de Toronto, na categoria até 49kg - no Pan e nos Jogos, não há a categoria até 46 kg. No Rio, ela tenta ao menos repetir o bronze de Natalia Falavigna, em Pequim-2008. "O objetivo é uma medalha. Queremos o ouro, mas não é a prioridade", afirma Guimarães. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
esporte
Promessa de medalha, lutadora deixou a família aos 18 para seguir no taekwondo ADRIANO MANEO DE SÃO PAULO "Ela tem bastante autonomia. Às vezes toma decisões diferentes da nossa. Tem vez que acaba dando certo." De acordo com o treinador, Diego Guimarães, 29, esse é o perfil de Iris Tang Sing, 24, lutadora de taekwondo. Promessa de medalha na Rio-2016 na categoria até 49 kg, disputada nesta quarta (17) a partir das 9h, Sing teve a autonomia como trunfo para seguir no taekwondo e chegar aos Jogos entre as melhores do mundo. Com apenas 18 anos, teve que sair de casa porque a mãe não aceitava a vontade que a filha tinha de seguir carreira no esporte. "No início, a carreira de atleta não dava dinheiro, e a mãe não via futuro", conta o treinador. Atualmente, as duas se falam normalmente e a mãe estará no Rio para assistir a filha. Quando saiu de casa, Sing foi acolhida pela família de Guimarães. Segundo ele, a atleta só deu um salto esportivo e financeiro após entrar para o exército. "Ela entrou em 2011. Foi aí que passou a ter um suporte financeiro e estrutural, porque antes ela só recebia o Bolsa Atleta", diz Guimarães. No ano passado, a lutadora conquistou bronze em seu primeiro Mundial, na Rússia, na categoria até 46 kg, e no Pan de Toronto, na categoria até 49kg - no Pan e nos Jogos, não há a categoria até 46 kg. No Rio, ela tenta ao menos repetir o bronze de Natalia Falavigna, em Pequim-2008. "O objetivo é uma medalha. Queremos o ouro, mas não é a prioridade", afirma Guimarães. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Previsível, menor adesão revela narrativa diferente da de 92
A menor concentração de manifestantes em favor do impeachment de Dilma Rousseff neste domingo (13), ainda que previsível dado o tempo exíguo para a organização dos eventos, explicita a narrativa algo não-linear da crise de 2015. Afinal de contas, a presidente está hoje mais próxima de ser impedida do que estava no auge dos protestos, em março passado. Isso desafia a parcela da oposição que sonha em uma repetição do roteiro que levou Fernando Collor ao chão em 1992. Só que a realidade política, social e de comunicação interpessoal é totalmente diversa 23 anos depois, assim esses opositores de Dilma terão de achar um novo discurso. Dizer que "impeachment precisa de rua" pode ser um tiro no pé: não derrubou Dilma em março, não derrubaria agora. A dinâmica das redes sociais e o fato de que pode haver gente disposta a ir para a rua em favor da petista como não havia no tempo de Collor são elementos na equação. Nesse sentido, será interessante acompanhar a aposta dos movimentos mais organizados em uma data de protestos para março de 2016. Até lá, o impeachment poderá ter prosperado ou ter sido enterrado, ao menos na forma atual. Na primeira hipótese, é factível achar que a "rua" à frente do Congresso possa fazer diferença. Na segunda, tudo terá de recomeçar do zero. Por isso a maior parte da oposição gostaria de ver o recesso parlamentar ocorrendo integralmente, para jogar com o desgaste progressivo de um governo cuja economia mal para em pé, e que enfrentará mais más notícias em janeiro. Para os governistas, não haver um rugido mais forte hoje nas ruas encoraja a tentativa de fazer uma pausa mais curta, mas tudo isso dependerá da sessão do Supremo na quarta (16) que discutirá o rito do impeachment e poderá forçar um calendário por questões práticas -pedidos de vista, demora em decisões etc. Não que o Planalto tenha muito a comemorar, ainda que o domingo não lhe tenha sido desastroso. Está cristalizado o cenário da manifestação constante. São alguns milhares dispostos a dispensar o domingo de bom tempo em parte do país para gritar o "Fora, Dilma", e a capilaridade dos atos parece ter sido maior do que a ocorrida em agosto passado. De resto, as pesquisas de opinião reprovam cabalmente o governo e indicam uma maioria a favor do impedimento. Um fator carece aqui de análise estatística, mas pode ter também ajudado a esvaziar os atos deste domingo: Eduardo Cunha. Os atos recentes do peemedebista para tentar se manter à frente da Câmara são confundidos facilmente, e o governo aposta nessa tática, com o fato de que é dele a condução da Casa que admitiu analisar o processo do impeachment neste momento. Uma parcela dos que vão à rua, particularmente o estrato mais bem informado, empunha uma bandeira ética e pode estar constrangido, temer ser confundido com apoiador de Cunha. No mundo político, contudo, tal raciocínio está superado pela semana em que avançou o divórcio do PMDB com o governo, e Dilma perdeu apoios importantes. Ao fim, a "rua" poderá perder parte da mística que a acompanha no debate político, para bem e para mal, embora março de 2015 e junho de 2013 estejam na memória para confrontar essa hipótese.
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Previsível, menor adesão revela narrativa diferente da de 92A menor concentração de manifestantes em favor do impeachment de Dilma Rousseff neste domingo (13), ainda que previsível dado o tempo exíguo para a organização dos eventos, explicita a narrativa algo não-linear da crise de 2015. Afinal de contas, a presidente está hoje mais próxima de ser impedida do que estava no auge dos protestos, em março passado. Isso desafia a parcela da oposição que sonha em uma repetição do roteiro que levou Fernando Collor ao chão em 1992. Só que a realidade política, social e de comunicação interpessoal é totalmente diversa 23 anos depois, assim esses opositores de Dilma terão de achar um novo discurso. Dizer que "impeachment precisa de rua" pode ser um tiro no pé: não derrubou Dilma em março, não derrubaria agora. A dinâmica das redes sociais e o fato de que pode haver gente disposta a ir para a rua em favor da petista como não havia no tempo de Collor são elementos na equação. Nesse sentido, será interessante acompanhar a aposta dos movimentos mais organizados em uma data de protestos para março de 2016. Até lá, o impeachment poderá ter prosperado ou ter sido enterrado, ao menos na forma atual. Na primeira hipótese, é factível achar que a "rua" à frente do Congresso possa fazer diferença. Na segunda, tudo terá de recomeçar do zero. Por isso a maior parte da oposição gostaria de ver o recesso parlamentar ocorrendo integralmente, para jogar com o desgaste progressivo de um governo cuja economia mal para em pé, e que enfrentará mais más notícias em janeiro. Para os governistas, não haver um rugido mais forte hoje nas ruas encoraja a tentativa de fazer uma pausa mais curta, mas tudo isso dependerá da sessão do Supremo na quarta (16) que discutirá o rito do impeachment e poderá forçar um calendário por questões práticas -pedidos de vista, demora em decisões etc. Não que o Planalto tenha muito a comemorar, ainda que o domingo não lhe tenha sido desastroso. Está cristalizado o cenário da manifestação constante. São alguns milhares dispostos a dispensar o domingo de bom tempo em parte do país para gritar o "Fora, Dilma", e a capilaridade dos atos parece ter sido maior do que a ocorrida em agosto passado. De resto, as pesquisas de opinião reprovam cabalmente o governo e indicam uma maioria a favor do impedimento. Um fator carece aqui de análise estatística, mas pode ter também ajudado a esvaziar os atos deste domingo: Eduardo Cunha. Os atos recentes do peemedebista para tentar se manter à frente da Câmara são confundidos facilmente, e o governo aposta nessa tática, com o fato de que é dele a condução da Casa que admitiu analisar o processo do impeachment neste momento. Uma parcela dos que vão à rua, particularmente o estrato mais bem informado, empunha uma bandeira ética e pode estar constrangido, temer ser confundido com apoiador de Cunha. No mundo político, contudo, tal raciocínio está superado pela semana em que avançou o divórcio do PMDB com o governo, e Dilma perdeu apoios importantes. Ao fim, a "rua" poderá perder parte da mística que a acompanha no debate político, para bem e para mal, embora março de 2015 e junho de 2013 estejam na memória para confrontar essa hipótese.
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Câmara articula aprovar substitutivo com anistia a caixa 2, diz deputado
Após uma reunião que começou no início da noite de quarta-feira (23) e se estendeu até 2h desta quinta-feira (24), deputados traçaram com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um plano para aprovar um novo texto de medidas anticorrupção com direito a anistia para quem cometeu crime de caixa dois e punição mais severa para magistrados e integrantes do Ministério Público. A estratégia, segundo o deputado Vicente Cândido (SP), vice-líder do PT e próximo a Rodrigo Maia, é rejeitar o texto do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), aprovado por unanimidade na comissão especial, e apresentar um substitutivo costurado durante esta madrugada. A sessão está marcada para as 9h. "(Rejeita) na íntegra. Rejeita inclusive o relator", disse o deputado ao deixar a reunião com Maia. Segundo o petista, ainda não foi definido quem apresentará o substitutivo. A expectativa dos parlamentares é que, aprovado, o texto siga para o Senado e seja apreciado imediatamente. Deputados e senadores correm contra o tempo para que as alterações na lei sejam aprovadas antes que a delação premiada de executivos da Odebrecht faça as primeiras vítimas no Congresso. Esses executivos começam a assinar até esta quinta os acordos com a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a força tarefa da Lava Jato, em Curitiba. ALTERAÇÕES De acordo com Cândido, se a anistia não for incluída na nova redação, será apreciada como emenda de plenário. "Criminaliza a partir de agora e isenta quem cometeu aquele tipo penal. Se não entrar no texto, entra como emenda. Um texto de lei tem que ser sempre muito claro, o conteúdo", disse Vicente Cândido nesta quinta-feira. O estabelecimento de pena para juízes e membros do Ministério Público que cometerem crime de responsabilidade virá na nova redação. A proposta estava no texto original de Lorenzoni, mas foi descartada após pressão de procuradores. Deputados também pressionaram para que o relator retomasse este artigo, o que não aconteceu. De acordo com Vicente Cândido, o novo texto foi acordado com quase todos os partidos, com exceção da Rede e do PSOL, e estava sendo redigido por assessores durante a madrugada. "Até agora, está tudo certo. É que meia hora aqui às vezes é muito tempo. Como todo mundo foi dormir agora, acho que até as 8h está resolvido", ironizou o deputado. O PT, que estava rachado, também resolveu apoiar o novo texto, segundo Vicente Cândido. "A maioria (da bancada do PT) apoia. Chegamos a um acordo que não precisa de assinatura, tem apoio da maioria", afirmou o parlamentar. DESCONVERSANDO Antes de Vicente Cândido explicar o plano acordado com Rodrigo Maia, o presidente da Câmara tentou desconversar, respondendo de forma ríspida quando questionado sobre a votação em plenário. "Não acabou a comissão? A partir daí eu posso colocar para o plenário. É só o plenário decidir pela urgência", disse o presidente da Câmara. Maia voltou a dizer que a comissão aprovou um texto que não conhecia. "Eu não conheço o texto do relator (Onyx Lorenzoni). O relator votou um texto sem o relatório apresentado. Regimentalmente eu não sei nem se é possível o que ele fez", afirmou. Deputados estavam revoltados com Lorenzoni. Em reserva, afirmaram que o texto do relator defende apenas os interesses do Ministério Público, que ele fez "jogo duplo", dizendo uma coisa aos líderes e apresentando outra à comissão, e que o gaúcho fez todos de "idiotas". Maia negou que haja um debate sobre anistia a quem cometeu crime de caixa dois. "Essa medida veio nas dez medidas (apresentadas pelo Ministério Público). Não tem anistia, porque, se você aprova a tipificação, se você está tipificando um crime, é porque esse crime não existe. Então, não tem anistia. As pessoas estão interpretando de forma equivocada a proposta." O presidente da Câmara negou que o pacote de medidas anticorrupção esteja sendo votado de afogadilho. "Nada é afobado. Está sendo discutido há quatro meses, não tem mais o que se discutir nessa matéria. Vocês são a favor ou contra essas medidas? Nós passamos quatro meses discutindo essas medidas. Agora está na hora de votar", disse Maia. Questionado sobre o acordo com o Senado para que a proposta seja apreciada nas duas Casas no mesmo dia, Rodrigo Maia aconselhou a reportagem a procurar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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Câmara articula aprovar substitutivo com anistia a caixa 2, diz deputadoApós uma reunião que começou no início da noite de quarta-feira (23) e se estendeu até 2h desta quinta-feira (24), deputados traçaram com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um plano para aprovar um novo texto de medidas anticorrupção com direito a anistia para quem cometeu crime de caixa dois e punição mais severa para magistrados e integrantes do Ministério Público. A estratégia, segundo o deputado Vicente Cândido (SP), vice-líder do PT e próximo a Rodrigo Maia, é rejeitar o texto do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), aprovado por unanimidade na comissão especial, e apresentar um substitutivo costurado durante esta madrugada. A sessão está marcada para as 9h. "(Rejeita) na íntegra. Rejeita inclusive o relator", disse o deputado ao deixar a reunião com Maia. Segundo o petista, ainda não foi definido quem apresentará o substitutivo. A expectativa dos parlamentares é que, aprovado, o texto siga para o Senado e seja apreciado imediatamente. Deputados e senadores correm contra o tempo para que as alterações na lei sejam aprovadas antes que a delação premiada de executivos da Odebrecht faça as primeiras vítimas no Congresso. Esses executivos começam a assinar até esta quinta os acordos com a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a força tarefa da Lava Jato, em Curitiba. ALTERAÇÕES De acordo com Cândido, se a anistia não for incluída na nova redação, será apreciada como emenda de plenário. "Criminaliza a partir de agora e isenta quem cometeu aquele tipo penal. Se não entrar no texto, entra como emenda. Um texto de lei tem que ser sempre muito claro, o conteúdo", disse Vicente Cândido nesta quinta-feira. O estabelecimento de pena para juízes e membros do Ministério Público que cometerem crime de responsabilidade virá na nova redação. A proposta estava no texto original de Lorenzoni, mas foi descartada após pressão de procuradores. Deputados também pressionaram para que o relator retomasse este artigo, o que não aconteceu. De acordo com Vicente Cândido, o novo texto foi acordado com quase todos os partidos, com exceção da Rede e do PSOL, e estava sendo redigido por assessores durante a madrugada. "Até agora, está tudo certo. É que meia hora aqui às vezes é muito tempo. Como todo mundo foi dormir agora, acho que até as 8h está resolvido", ironizou o deputado. O PT, que estava rachado, também resolveu apoiar o novo texto, segundo Vicente Cândido. "A maioria (da bancada do PT) apoia. Chegamos a um acordo que não precisa de assinatura, tem apoio da maioria", afirmou o parlamentar. DESCONVERSANDO Antes de Vicente Cândido explicar o plano acordado com Rodrigo Maia, o presidente da Câmara tentou desconversar, respondendo de forma ríspida quando questionado sobre a votação em plenário. "Não acabou a comissão? A partir daí eu posso colocar para o plenário. É só o plenário decidir pela urgência", disse o presidente da Câmara. Maia voltou a dizer que a comissão aprovou um texto que não conhecia. "Eu não conheço o texto do relator (Onyx Lorenzoni). O relator votou um texto sem o relatório apresentado. Regimentalmente eu não sei nem se é possível o que ele fez", afirmou. Deputados estavam revoltados com Lorenzoni. Em reserva, afirmaram que o texto do relator defende apenas os interesses do Ministério Público, que ele fez "jogo duplo", dizendo uma coisa aos líderes e apresentando outra à comissão, e que o gaúcho fez todos de "idiotas". Maia negou que haja um debate sobre anistia a quem cometeu crime de caixa dois. "Essa medida veio nas dez medidas (apresentadas pelo Ministério Público). Não tem anistia, porque, se você aprova a tipificação, se você está tipificando um crime, é porque esse crime não existe. Então, não tem anistia. As pessoas estão interpretando de forma equivocada a proposta." O presidente da Câmara negou que o pacote de medidas anticorrupção esteja sendo votado de afogadilho. "Nada é afobado. Está sendo discutido há quatro meses, não tem mais o que se discutir nessa matéria. Vocês são a favor ou contra essas medidas? Nós passamos quatro meses discutindo essas medidas. Agora está na hora de votar", disse Maia. Questionado sobre o acordo com o Senado para que a proposta seja apreciada nas duas Casas no mesmo dia, Rodrigo Maia aconselhou a reportagem a procurar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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Dez músicas sobre a água, em tempos de seca e enchentes
Fortes chuvas castigaram São Paulo nesta quinta (19) e sexta (20), afastando da memória o fato de que a região Sudeste vive a sua pior crise hídrica em 84 anos. No sábado (21), os reservatórios do sistema Cantareira tiveram alta e conseguiram bater a média histórica para o mês de março. Neste domingo (22), o mundo celebra o 23º Dia Mundial da Água e encerra a "Década da Água para a Vida", que havia sido instituída pela ONU em 2005. Enquanto algumas pessoas sofrem pela falta de água e outras pelo excesso, o certo é que a demanda mundial pelo recurso crescerá em 55% até 2050. E a água continuará servindo de inspiração para muitas canções, como estas dez que a Folha selecionou abaixo. * A seca prolongada de São Paulo e o colapso do sistema cantareira foram inspirações para Will Butler, músico da banda Arcade Fire compor a música. Arcade Fire - You Must Be Kidding O clássico do carioca Jorge Ben Jor deve ter sido uma das músicas mais lembradas pelos paulistanos ao longo da semana. Arcade Fire - You Must Be Kidding Pra quem gosta de MPB, difícil esquecer que toda essa chuva veio pra "fechar o verão", como cantaram Elis Regina e Tom Jobim. Águas de Março Embora a chuva seja bem vinda, por conta da crise hídrica, ela bem que poderia vir mais espaçada, como nos faz lembrar esse reggae do grupo Planta & Raiz. Oh chuva Ou na versão forró, do grupo Falamansa. Oh chuva Clássica música de Guilherme Arantes, nos lembra que cerca de 70% do planeta é coberto de água, embora apenas uma pequena parte esteja disponível para consumo humano. Planeta Água Até hoje, cidades como Baraúna (PB ) sofrem os efeitos de viver em áreas sem água encanada ou com pouca chuva. É dessa realidade nordestina que canta o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Asa Branca Um dos sucessos de Gilberto Gil, aqui interpretada com outro ícone da música brasileira, Dominguinhos. Tenho sede "Ó chuva vem me dizer, se posso ir lá em cima pra derramar você", canta Marisa Monte, em uma de suas canções mais conhecidas. Segue o seco "Ontem faltou água, anteontem faltou luz", canta Renato Russo, nessa canção da Legião Urbana. A maioria dos brasileiros defende racionar água e energia, apontou o Datafolha, mas vamos torcer para que a crise não se agrave tanto. Eu era um lobisomem juvenil "E choveu uma semana e eu não vi o meu amor", canta Djavan. A canção se popularizou por ter sido trilha sonora da novela "O Rei do Gado", que atualmente está sendo reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" da TV Globo, batendo recordes de audiência. Correnteza * Escute também as dez músicas que a Folha selecionou para ouvir num dia chuvoso.
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Dez músicas sobre a água, em tempos de seca e enchentesFortes chuvas castigaram São Paulo nesta quinta (19) e sexta (20), afastando da memória o fato de que a região Sudeste vive a sua pior crise hídrica em 84 anos. No sábado (21), os reservatórios do sistema Cantareira tiveram alta e conseguiram bater a média histórica para o mês de março. Neste domingo (22), o mundo celebra o 23º Dia Mundial da Água e encerra a "Década da Água para a Vida", que havia sido instituída pela ONU em 2005. Enquanto algumas pessoas sofrem pela falta de água e outras pelo excesso, o certo é que a demanda mundial pelo recurso crescerá em 55% até 2050. E a água continuará servindo de inspiração para muitas canções, como estas dez que a Folha selecionou abaixo. * A seca prolongada de São Paulo e o colapso do sistema cantareira foram inspirações para Will Butler, músico da banda Arcade Fire compor a música. Arcade Fire - You Must Be Kidding O clássico do carioca Jorge Ben Jor deve ter sido uma das músicas mais lembradas pelos paulistanos ao longo da semana. Arcade Fire - You Must Be Kidding Pra quem gosta de MPB, difícil esquecer que toda essa chuva veio pra "fechar o verão", como cantaram Elis Regina e Tom Jobim. Águas de Março Embora a chuva seja bem vinda, por conta da crise hídrica, ela bem que poderia vir mais espaçada, como nos faz lembrar esse reggae do grupo Planta & Raiz. Oh chuva Ou na versão forró, do grupo Falamansa. Oh chuva Clássica música de Guilherme Arantes, nos lembra que cerca de 70% do planeta é coberto de água, embora apenas uma pequena parte esteja disponível para consumo humano. Planeta Água Até hoje, cidades como Baraúna (PB ) sofrem os efeitos de viver em áreas sem água encanada ou com pouca chuva. É dessa realidade nordestina que canta o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Asa Branca Um dos sucessos de Gilberto Gil, aqui interpretada com outro ícone da música brasileira, Dominguinhos. Tenho sede "Ó chuva vem me dizer, se posso ir lá em cima pra derramar você", canta Marisa Monte, em uma de suas canções mais conhecidas. Segue o seco "Ontem faltou água, anteontem faltou luz", canta Renato Russo, nessa canção da Legião Urbana. A maioria dos brasileiros defende racionar água e energia, apontou o Datafolha, mas vamos torcer para que a crise não se agrave tanto. Eu era um lobisomem juvenil "E choveu uma semana e eu não vi o meu amor", canta Djavan. A canção se popularizou por ter sido trilha sonora da novela "O Rei do Gado", que atualmente está sendo reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" da TV Globo, batendo recordes de audiência. Correnteza * Escute também as dez músicas que a Folha selecionou para ouvir num dia chuvoso.
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Donos não tem ideia de quantos bichos seus gatos matam, dizem estudos
Jennifer McDonald é bióloga por profissão e uma pessoa que gosta de gatos por vocação. Alguns anos atrás, Tiggy, seu gato de pelo curto amarelo e branco, trazia para casa camundongos e musaranhos recém-mortos para sua apreciação. Jennifer, que hoje é pesquisadora do Centro para Ecologia e Conservação da Universidade de Exeter na Inglaterra, ficou curiosa sobre o impacto de gatos domésticos como Tiggy na vida selvagem. Menos camundongos pode ser uma coisa boa. Mas gatos, caçadores naturais, também atacam pássaros e até mesmo animais maiores, como os coelhos. Leia reportagem completa em http://folha.com/no1666509
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Donos não tem ideia de quantos bichos seus gatos matam, dizem estudosJennifer McDonald é bióloga por profissão e uma pessoa que gosta de gatos por vocação. Alguns anos atrás, Tiggy, seu gato de pelo curto amarelo e branco, trazia para casa camundongos e musaranhos recém-mortos para sua apreciação. Jennifer, que hoje é pesquisadora do Centro para Ecologia e Conservação da Universidade de Exeter na Inglaterra, ficou curiosa sobre o impacto de gatos domésticos como Tiggy na vida selvagem. Menos camundongos pode ser uma coisa boa. Mas gatos, caçadores naturais, também atacam pássaros e até mesmo animais maiores, como os coelhos. Leia reportagem completa em http://folha.com/no1666509
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Filme 'Que Viva Eisenstein!' nega intelectualidade do cineasta russo
É preciso um certo grau de desapego para apreciar "Que Viva Eisenstein!", a visão de Peter Greenaway para o período em que o cineasta russo passou em Guanajuato, no México, onde rodou "Que Viva México!", em 1930. O Eisenstein de Greenaway é uma invenção e não parece ser o intelectual que revolucionou a montagem cinematográfica em filmes como "O Encouraçado Potemkin". Na visão do diretor britânico, Eisenstein é quase um artista performático, de presença cênica exuberante e, por vezes, no limiar do fútil. Greenaway defende a tese -questionável- de que, ao se deparar com a cultura mexicana, o cineasta abandonou sua aproximação conceitual e voltou seu cinema para a condição humana. O britânico atrela essa transição a uma revolução que se passa em seu próprio corpo, diretamente ligada ao exercício da sexualidade. Greenaway recusa a reverência ao grande artista e filma de forma frontal suas experiências sexuais com Palomino Caledo (Luis Alberti), seu guia em Guanajuato. Uma sequência particularmente explícita causou frisson no Festival de Berlim. Mas é interessante como Greenaway consegue juntar o factual -como os eventos que levaram Eisenstein ao México e a atribulada produção do filme- e a invenção, realizando seu filme mais interessante e divertido em anos. QUE VIVA EISENSTEIN! (EISENSTEIN IN GUANAJUATO) DIRETOR Peter Greenaway PRODUÇÃO Holanda/México/Finlândia/Bélgica, 2015, 18 anos MOSTRA segunda (2), 21h45, Cinearte 1 AVALIAÇÃO bom
ilustrada
Filme 'Que Viva Eisenstein!' nega intelectualidade do cineasta russoÉ preciso um certo grau de desapego para apreciar "Que Viva Eisenstein!", a visão de Peter Greenaway para o período em que o cineasta russo passou em Guanajuato, no México, onde rodou "Que Viva México!", em 1930. O Eisenstein de Greenaway é uma invenção e não parece ser o intelectual que revolucionou a montagem cinematográfica em filmes como "O Encouraçado Potemkin". Na visão do diretor britânico, Eisenstein é quase um artista performático, de presença cênica exuberante e, por vezes, no limiar do fútil. Greenaway defende a tese -questionável- de que, ao se deparar com a cultura mexicana, o cineasta abandonou sua aproximação conceitual e voltou seu cinema para a condição humana. O britânico atrela essa transição a uma revolução que se passa em seu próprio corpo, diretamente ligada ao exercício da sexualidade. Greenaway recusa a reverência ao grande artista e filma de forma frontal suas experiências sexuais com Palomino Caledo (Luis Alberti), seu guia em Guanajuato. Uma sequência particularmente explícita causou frisson no Festival de Berlim. Mas é interessante como Greenaway consegue juntar o factual -como os eventos que levaram Eisenstein ao México e a atribulada produção do filme- e a invenção, realizando seu filme mais interessante e divertido em anos. QUE VIVA EISENSTEIN! (EISENSTEIN IN GUANAJUATO) DIRETOR Peter Greenaway PRODUÇÃO Holanda/México/Finlândia/Bélgica, 2015, 18 anos MOSTRA segunda (2), 21h45, Cinearte 1 AVALIAÇÃO bom
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Governo indica que dará cargos ao PMDB para aprovar pacote fiscal
Após amargar derrotas no Legislativo nas últimas semanas, o Palácio do Planalto sinalizou nesta segunda (23) que está disposto a fazer concessões ao PMDB para aprovar no Congresso o ajuste fiscal com mudanças em leis trabalhistas e previdenciárias. O governo indicou que pretende contemplar seu principal aliado com nomeações nos cargos de segundo escalão e conferir mais peso à sigla nas decisões do governo. A ofensiva em busca de apoio para o pacote fiscal começou com um almoço entre o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), desafeto de Dilma. No encontro com Cunha, segundo a Folha apurou, Mercadante perguntou sobre o segundo escalão. O presidente da Câmara disse que o vice-presidente, Michel Temer, é quem iria coordenar tratativas sobre o assunto. A lista de desejos do PMDB e outros aliados inclui as diretorias do setor elétrico, como Eletrobras e Furnas. Mercadante foi o primeiro emissário da presidente Dilma Rousseff a buscar uma articulação direta com Cunha, que derrotou o candidato do PT, Arlindo Chinaglia, na eleição à presidência da Casa. A tentativa de aproximar o Planalto de Cunha ocorre após o ex-presidente Lula aconselhar Dilma a apaziguar a relação com o presidente da Câmara. Em outro aceno ao PMDB, os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Tombini (Banco Central) passaram quase três horas tratando do pacote em jantar com peemedebistas promovido por Temer na noite desta segunda. DEFESA DO AJUSTE No encontro com o PMDB, o ministro da Fazenda saiu em defesa do ajuste alegando que a economia brasileira precisa de uma correção de rumo, especialmente para corrigir alguns pontos da política anticíclica do primeiro mandato de Dilma, que teria afetado as contas públicas e arranhado a credibilidade do país. Ele argumentou ainda que o cenário internacional mostra que países que não passaram por adequações semelhantes foram levados a crises. A mobilização dos assessores de Dilma pelo ajuste fiscal é motivada pela resistência das centrais sindicais e dos governistas às medidas. O Planalto quer preservar a essência do pacote que muda regras para concessão de seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e seguro-defeso para pescadores artesanais. A economia será de R$ 18 bilhões neste ano. A ministra Kátia Abreu (Agricultura) afirmou que a cúpula do PMDB se comprometeu em apoiar o ajuste. Segundo ela, o partido não discutiu os termos do apoio, mas ele será na "forma que o ajuste fiscal exige". Segundo relatos, parte da reunião foi marcada por reclamações de peemedebistas sobre a falta de peso do partido nas decisões do governo.
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Governo indica que dará cargos ao PMDB para aprovar pacote fiscalApós amargar derrotas no Legislativo nas últimas semanas, o Palácio do Planalto sinalizou nesta segunda (23) que está disposto a fazer concessões ao PMDB para aprovar no Congresso o ajuste fiscal com mudanças em leis trabalhistas e previdenciárias. O governo indicou que pretende contemplar seu principal aliado com nomeações nos cargos de segundo escalão e conferir mais peso à sigla nas decisões do governo. A ofensiva em busca de apoio para o pacote fiscal começou com um almoço entre o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), desafeto de Dilma. No encontro com Cunha, segundo a Folha apurou, Mercadante perguntou sobre o segundo escalão. O presidente da Câmara disse que o vice-presidente, Michel Temer, é quem iria coordenar tratativas sobre o assunto. A lista de desejos do PMDB e outros aliados inclui as diretorias do setor elétrico, como Eletrobras e Furnas. Mercadante foi o primeiro emissário da presidente Dilma Rousseff a buscar uma articulação direta com Cunha, que derrotou o candidato do PT, Arlindo Chinaglia, na eleição à presidência da Casa. A tentativa de aproximar o Planalto de Cunha ocorre após o ex-presidente Lula aconselhar Dilma a apaziguar a relação com o presidente da Câmara. Em outro aceno ao PMDB, os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Tombini (Banco Central) passaram quase três horas tratando do pacote em jantar com peemedebistas promovido por Temer na noite desta segunda. DEFESA DO AJUSTE No encontro com o PMDB, o ministro da Fazenda saiu em defesa do ajuste alegando que a economia brasileira precisa de uma correção de rumo, especialmente para corrigir alguns pontos da política anticíclica do primeiro mandato de Dilma, que teria afetado as contas públicas e arranhado a credibilidade do país. Ele argumentou ainda que o cenário internacional mostra que países que não passaram por adequações semelhantes foram levados a crises. A mobilização dos assessores de Dilma pelo ajuste fiscal é motivada pela resistência das centrais sindicais e dos governistas às medidas. O Planalto quer preservar a essência do pacote que muda regras para concessão de seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e seguro-defeso para pescadores artesanais. A economia será de R$ 18 bilhões neste ano. A ministra Kátia Abreu (Agricultura) afirmou que a cúpula do PMDB se comprometeu em apoiar o ajuste. Segundo ela, o partido não discutiu os termos do apoio, mas ele será na "forma que o ajuste fiscal exige". Segundo relatos, parte da reunião foi marcada por reclamações de peemedebistas sobre a falta de peso do partido nas decisões do governo.
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Apenas clima favorável ou a média da produtividade da soja sobe?
Pelo terceiro ano consecutivo, a produtividade norte-americana de soja consegue superar os 3.000 quilos por hectare. A produtividade estimada para a safra 2016/17 é de 3.403 quilos. Um recorde. O Brasil também já teve produtividade média nacional superior a 3.000 quilos, o mesmo ocorrendo com a Argentina. Mas a produtividade da oleaginosa está estacionada nos 3.000 quilos (50 sacas de 60 quilos) por hectare e não consegue avançar de forma sistemática, apesar de toda a tecnologia nova disponível. Daniele Siqueira, analista da AgRural, diz que essa superação de 50 sacas nessas regiões está ocorrendo mais pelo bom clima do que por uma mudança definitiva de patamar. A produtividade só consegue ser elevada em anos em que, como ocorre nesta safra nos Estados Undos, dá tudo certo com o clima, diz ela. Mas, se a produtividade não avança na média nesses que são os principais produtores mundiais de soja, vai bem em várias regiões específicas. É o caso do Estado de Illinois, nos Estados Unidos, onde a produtividade média desta safra deverá atingir 4.104 quilos por hectare. Em alguns Estados do país, no entanto, mesmo com a produção recorde prevista para este ano, a média de produção fica inferior a 50 sacas. O mesmo ocorre no Brasil. A safra 2015/16 foi um período para o produtor brasileiro esquecer, devido aos sérios problemas climáticos ocorridos no país. Mesmo assim, a produtividade na região Centro-Oeste ficou nos 3.000 quilos, com a Norte e Nordeste recuando para 2.000 quilos. Santa Catarina, o Estado líder, conseguiu 3.341 quilos, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Na Argentina, embora a média nacional da safra passada tenha ficado abaixo de 3.000 quilos, as regiões de Córdoba e de La Pampa atingiram 3.400 quilos. Corrientes e Entre Rios puxaram a média nacional para baixo, recuando para 1.900 quilos. A tecnologia utilizada no campo ainda tem de evoluir muito para a produtividade média mundial sair dos 3.000 quilos, principalmente nas regiões de fronteira, onde o manejo das terras também é fundamental para a expansão da produtividade. Apesar disso, os números atuais são bem distantes dos de há algumas décadas. Os Estados Unidos produziam apenas 1.531 quilos por hectare nos meados da década de 1960. Só conseguiram 2.000 quilos em 1978, atingindo 2.500 em 1993. Já o Brasil tinha uma produtividade de apenas 1.748 quilos há 40 anos. Embora já atinge produção de até 5.000 quilos em regiões específicas, como em algumas áreas do Paraná, ainda não se firmou nos 3.000 quilos na média do país.
colunas
Apenas clima favorável ou a média da produtividade da soja sobe?Pelo terceiro ano consecutivo, a produtividade norte-americana de soja consegue superar os 3.000 quilos por hectare. A produtividade estimada para a safra 2016/17 é de 3.403 quilos. Um recorde. O Brasil também já teve produtividade média nacional superior a 3.000 quilos, o mesmo ocorrendo com a Argentina. Mas a produtividade da oleaginosa está estacionada nos 3.000 quilos (50 sacas de 60 quilos) por hectare e não consegue avançar de forma sistemática, apesar de toda a tecnologia nova disponível. Daniele Siqueira, analista da AgRural, diz que essa superação de 50 sacas nessas regiões está ocorrendo mais pelo bom clima do que por uma mudança definitiva de patamar. A produtividade só consegue ser elevada em anos em que, como ocorre nesta safra nos Estados Undos, dá tudo certo com o clima, diz ela. Mas, se a produtividade não avança na média nesses que são os principais produtores mundiais de soja, vai bem em várias regiões específicas. É o caso do Estado de Illinois, nos Estados Unidos, onde a produtividade média desta safra deverá atingir 4.104 quilos por hectare. Em alguns Estados do país, no entanto, mesmo com a produção recorde prevista para este ano, a média de produção fica inferior a 50 sacas. O mesmo ocorre no Brasil. A safra 2015/16 foi um período para o produtor brasileiro esquecer, devido aos sérios problemas climáticos ocorridos no país. Mesmo assim, a produtividade na região Centro-Oeste ficou nos 3.000 quilos, com a Norte e Nordeste recuando para 2.000 quilos. Santa Catarina, o Estado líder, conseguiu 3.341 quilos, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Na Argentina, embora a média nacional da safra passada tenha ficado abaixo de 3.000 quilos, as regiões de Córdoba e de La Pampa atingiram 3.400 quilos. Corrientes e Entre Rios puxaram a média nacional para baixo, recuando para 1.900 quilos. A tecnologia utilizada no campo ainda tem de evoluir muito para a produtividade média mundial sair dos 3.000 quilos, principalmente nas regiões de fronteira, onde o manejo das terras também é fundamental para a expansão da produtividade. Apesar disso, os números atuais são bem distantes dos de há algumas décadas. Os Estados Unidos produziam apenas 1.531 quilos por hectare nos meados da década de 1960. Só conseguiram 2.000 quilos em 1978, atingindo 2.500 em 1993. Já o Brasil tinha uma produtividade de apenas 1.748 quilos há 40 anos. Embora já atinge produção de até 5.000 quilos em regiões específicas, como em algumas áreas do Paraná, ainda não se firmou nos 3.000 quilos na média do país.
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Opinião: Candidato pró-reformas precisará esconder Temer
BRASÍLIA - A euforia gerada pelas previsões de aceleração da recuperação econômica deu tração a esperanças do mercado e de parte do mundo político de que a agenda de reformas de Michel Temer poderá sair vitoriosa das urnas em 2018. A aposta em um discurso de continuidade, porém, esbarra em um paradoxo óbvio. Mesmo que se mostre bem-sucedida, essa pauta enfrenta enorme oposição e terá como garoto-propaganda um dos presidentes mais impopulares da história, acusado de corrupção e considerado eleitoralmente tóxico por alguns aliados. Políticos impopulares raramente elegem sucessores —e não é à toa que a próxima disputa se aproxima sem um candidato situacionista óbvio. Partidos fortes da coalizão de Temer, como PSDB e DEM, contam os dias para deixar o governo e tentar se descontaminar a tempo da campanha. Não há dúvidas entre dirigentes dessas siglas de que será necessário entregar cargos e assumir uma posição de independência em 2018. Mesmo que a coalizão que sustenta o governo se una para lançar um candidato que prometa manter a política econômica, esse presidenciável precisará defender a gestão Temer, mas esconder o próprio Temer. Essa aparente incoerência se torna mais complexa diante dos abalos sofridos pelo presidente e seus aliados no curso da Lava Jato. O candidato apoiado pela máquina do governo vai bater no grupo de Temer ou enfrentar o desgaste de defendê-lo? O desejo da elite política é encontrar um candidato que consiga se equilibrar sobre essas contradições e desvencilhar sua imagem do presidente enquanto empunha, orgulhoso, bandeiras também impopulares. Apresentar-se com figurino impróprio é arriscado. José Serra tentou se descolar do mal-avaliado FHC em 2002 e perdeu. Oito anos depois, foi derrotado ao se apresentar como um opositor que manteria as políticas de Lula. O desafio de um candidato situacionista em 2018 será vender continuidade, mas fingindo ser diferente.
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Opinião: Candidato pró-reformas precisará esconder TemerBRASÍLIA - A euforia gerada pelas previsões de aceleração da recuperação econômica deu tração a esperanças do mercado e de parte do mundo político de que a agenda de reformas de Michel Temer poderá sair vitoriosa das urnas em 2018. A aposta em um discurso de continuidade, porém, esbarra em um paradoxo óbvio. Mesmo que se mostre bem-sucedida, essa pauta enfrenta enorme oposição e terá como garoto-propaganda um dos presidentes mais impopulares da história, acusado de corrupção e considerado eleitoralmente tóxico por alguns aliados. Políticos impopulares raramente elegem sucessores —e não é à toa que a próxima disputa se aproxima sem um candidato situacionista óbvio. Partidos fortes da coalizão de Temer, como PSDB e DEM, contam os dias para deixar o governo e tentar se descontaminar a tempo da campanha. Não há dúvidas entre dirigentes dessas siglas de que será necessário entregar cargos e assumir uma posição de independência em 2018. Mesmo que a coalizão que sustenta o governo se una para lançar um candidato que prometa manter a política econômica, esse presidenciável precisará defender a gestão Temer, mas esconder o próprio Temer. Essa aparente incoerência se torna mais complexa diante dos abalos sofridos pelo presidente e seus aliados no curso da Lava Jato. O candidato apoiado pela máquina do governo vai bater no grupo de Temer ou enfrentar o desgaste de defendê-lo? O desejo da elite política é encontrar um candidato que consiga se equilibrar sobre essas contradições e desvencilhar sua imagem do presidente enquanto empunha, orgulhoso, bandeiras também impopulares. Apresentar-se com figurino impróprio é arriscado. José Serra tentou se descolar do mal-avaliado FHC em 2002 e perdeu. Oito anos depois, foi derrotado ao se apresentar como um opositor que manteria as políticas de Lula. O desafio de um candidato situacionista em 2018 será vender continuidade, mas fingindo ser diferente.
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Por que o celular esquenta demais - e como evitar que isso ocorra
BBC Mundo Seu smartphone solta fumaça? Isso pode ocorrer por vários motivos. Você está perdido em algum lugar. Pega o smartphone e aciona o GPS para se localizar no mapa. Mas na metade do caminho é obrigado a largar o telefone de repente. Não é possível usá-lo: está muito quente! "A temperatura do iPhone deve diminuir antes que possa usá-lo", diz a mensagem na tela. Já passou por isso? A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, conta o que fazer nessa hora. E o que aconteceu? O telefone estragou? Não, não estragou. Ainda que de vez em quando circulem imagens pelas redes sociais de telefones queimados por superaquecimento, como o caso recente de um Samsung Galaxy S4 de um usuário da Arábia Saudita com a parte inferior deformada por calor. Essa é uma consequência extrema do aquecimento de um celular. Pode haver outras, como a redução da vida útil da bateria. O objetivo do aviso na tela é exatamente evitar um superaquecimento, e ocorre por força de um mecanismo de segurança que protege os componentes do aparelho. Se essa mensagem aparecer, você deve desligar o dispositivo, levá-lo a um ambiente mais frio e deixar que a temperatura baixe antes de voltar a usá-lo. A temperatura recomendada por especialistas para um smartphone fica entre 0 e 35º C. Por que o aparelho esquenta demais? Talvez tenha sido afetado por uma onda de calor de mais de 40º C. E expor o aparelho à luz solar por longos períodos também influencia no aquecimento. Deixar o celular no carro durante muito tempo traria as mesmas consequências. O aquecimento, contudo, nem sempre se deve à temperatura ambiente. O uso do GPS no carro por longas distâncias pode gerar efeito de aquecimento. O uso de carregadores de bateria que proporcionam mais corrente elétrica do que o necessário pode causar o mesmo efeito. Assim como a utilização de GPS, já que quanto mais o celular trabalha mais ele esquenta, ao transformar em energia térmica as operações matemáticas que efetua. Ao usar o GPS, o aparelho deve usar o sensor durante 100% do tempo, com a tela acesa e conectado à internet. Da mesma maneira, o uso intensivo de jogos de alta qualidade gráfica ou muito pesados para a memória RAM e para as características do seu celular também podem levar ao aquecimento excessivo do aparelho. Como evitar o problema então? No último dos casos acima, vale a pena avaliar as condições do hardware do celular antes de baixar um jogo com tais características. Também é importante verificar se está executando aplicativos ou programas sem que tenha conhecimento. E se perceber um aumento rápido da temperatura, desligue funções como Bluetooth e conexão wifi. Você evitará assim uma sobrecarga de processos. Reduzir o brilho da tela também é recomendável ao rodar jogos ou filmes por muito tempo. Não é recomendável deixar o smartphone por muito tempo em locais pouco ventilados. E, sobretudo, é importante não deixar o smartphone em locais com pouca ventilação, como debaixo de uma almofada, principalmente se estiver carregando a bateria ou baixando algum aplicativo. Controlar a temperatura com aplicativos Há no mercado várias aplicações para smartphones que, uma vez instaladas, escaneiam todo o dispositivo para determinar sua temperatura em cada momento. Um dos mais populares para iOS é o iStat 2, um app que monitora toda a atividade de um iPhone. Além da temperatura, mostra a quantidade de dados consumida e a velocidade restante. Outra opção para dispositivos Apple é o sistema Status Lite, que reconhece e pode apagar os aplicativos que geram maior carga de energia. E se você possui smartphone com sistema Android, pode optar pelo app gratuito Cooler Master. O programa escaneia o aparelho para determinar a temperatura no momento, identifica os serviços que geram superaquecimento e os apaga. Também há outras opções no mercado para telefones com Android, o sistema operacional do Google. Entre os mais interessantes estão Phone Overheat Alert, TempMonitor e Cpu Gauge. Com esses recursos não será preciso esperar o celular chegar ao ponto crítico de aquecimento. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Por que o celular esquenta demais - e como evitar que isso ocorraBBC Mundo Seu smartphone solta fumaça? Isso pode ocorrer por vários motivos. Você está perdido em algum lugar. Pega o smartphone e aciona o GPS para se localizar no mapa. Mas na metade do caminho é obrigado a largar o telefone de repente. Não é possível usá-lo: está muito quente! "A temperatura do iPhone deve diminuir antes que possa usá-lo", diz a mensagem na tela. Já passou por isso? A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, conta o que fazer nessa hora. E o que aconteceu? O telefone estragou? Não, não estragou. Ainda que de vez em quando circulem imagens pelas redes sociais de telefones queimados por superaquecimento, como o caso recente de um Samsung Galaxy S4 de um usuário da Arábia Saudita com a parte inferior deformada por calor. Essa é uma consequência extrema do aquecimento de um celular. Pode haver outras, como a redução da vida útil da bateria. O objetivo do aviso na tela é exatamente evitar um superaquecimento, e ocorre por força de um mecanismo de segurança que protege os componentes do aparelho. Se essa mensagem aparecer, você deve desligar o dispositivo, levá-lo a um ambiente mais frio e deixar que a temperatura baixe antes de voltar a usá-lo. A temperatura recomendada por especialistas para um smartphone fica entre 0 e 35º C. Por que o aparelho esquenta demais? Talvez tenha sido afetado por uma onda de calor de mais de 40º C. E expor o aparelho à luz solar por longos períodos também influencia no aquecimento. Deixar o celular no carro durante muito tempo traria as mesmas consequências. O aquecimento, contudo, nem sempre se deve à temperatura ambiente. O uso do GPS no carro por longas distâncias pode gerar efeito de aquecimento. O uso de carregadores de bateria que proporcionam mais corrente elétrica do que o necessário pode causar o mesmo efeito. Assim como a utilização de GPS, já que quanto mais o celular trabalha mais ele esquenta, ao transformar em energia térmica as operações matemáticas que efetua. Ao usar o GPS, o aparelho deve usar o sensor durante 100% do tempo, com a tela acesa e conectado à internet. Da mesma maneira, o uso intensivo de jogos de alta qualidade gráfica ou muito pesados para a memória RAM e para as características do seu celular também podem levar ao aquecimento excessivo do aparelho. Como evitar o problema então? No último dos casos acima, vale a pena avaliar as condições do hardware do celular antes de baixar um jogo com tais características. Também é importante verificar se está executando aplicativos ou programas sem que tenha conhecimento. E se perceber um aumento rápido da temperatura, desligue funções como Bluetooth e conexão wifi. Você evitará assim uma sobrecarga de processos. Reduzir o brilho da tela também é recomendável ao rodar jogos ou filmes por muito tempo. Não é recomendável deixar o smartphone por muito tempo em locais pouco ventilados. E, sobretudo, é importante não deixar o smartphone em locais com pouca ventilação, como debaixo de uma almofada, principalmente se estiver carregando a bateria ou baixando algum aplicativo. Controlar a temperatura com aplicativos Há no mercado várias aplicações para smartphones que, uma vez instaladas, escaneiam todo o dispositivo para determinar sua temperatura em cada momento. Um dos mais populares para iOS é o iStat 2, um app que monitora toda a atividade de um iPhone. Além da temperatura, mostra a quantidade de dados consumida e a velocidade restante. Outra opção para dispositivos Apple é o sistema Status Lite, que reconhece e pode apagar os aplicativos que geram maior carga de energia. E se você possui smartphone com sistema Android, pode optar pelo app gratuito Cooler Master. O programa escaneia o aparelho para determinar a temperatura no momento, identifica os serviços que geram superaquecimento e os apaga. Também há outras opções no mercado para telefones com Android, o sistema operacional do Google. Entre os mais interessantes estão Phone Overheat Alert, TempMonitor e Cpu Gauge. Com esses recursos não será preciso esperar o celular chegar ao ponto crítico de aquecimento. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Papa Francisco e os movimentos populares
Como é bom reconhecer os homens raros ou de "alma nobre", como dizia Nietzsche. O papa Francisco tem demonstrado esses valores nas suas ações, atitudes e posicionamento perante o mundo. Não somente isso, mas a racionalidade e a tolerância com que tem apresentado os problemas e os desafios são notáveis no que tange às questões como a sustentabilidade do planeta e a defesa dos mais pobres e excluídos. Nos últimos meses, o papa tem causado grande admiração por parte de alguns e espanto para outros com a apresentação da encíclica (Laudato Si), construída por meio das diversas contribuições de teólogos, cientistas, filósofos e organizações sociais. Ela permite uma reflexão profunda de questões importantes como o meio ambiente, a ecologia, a política e a economia mundial. Um dos pontos que chama atenção dessa carta de abordagem holística diz respeito à preocupação com o ser humano, em especial aos mais pobres. É destacado: "O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se em conjunto; e não podemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com a degradação humana e social. De fato, a deterioração do meio ambiente e a da sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta: Tanto a experiência comum da vida quotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais graves de todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres". Além de apresentar os problemas sociais e ambientais do planeta e a importância da sustentabilidade, a encíclica também aponta para o despertar de uma nova consciência que tem se expandido nas nações. A sociedade civil tem apresentado respostas positivas em propor ações a curto e médio prazo. Nas viagens realizadas para os países da América Latina, o papa ressaltou o importante papel e contribuição dos movimentos populares na luta por justiça social. Chamou a atenção para os trabalhadores excluídos, as famílias sem teto, os jovens desempregados, os imigrantes, a exploração do trabalho infantil, a violência urbana, entre outras questões sociais. Destacou: "Felicito-vos por isso. É imprescindível que, a par da reivindicação dos seus legítimos direitos, os povos e as suas organizações sociais construam uma alternativa humana à globalização exclusiva. Vós sois semeadores de mudança. Que Deus vos dê coragem, alegria, perseverança e paixão para continuar a semear. Podeis ter a certeza de que, mais cedo ou mais tarde, vamos ver os frutos. Peço aos dirigentes: sede criativos e nunca percais o apego às coisas próximas, porque o pai da mentira sabe usurpar palavras nobres, promover modas intelectuais e adotar posições ideológicas, mas se construirdes sobre bases sólidas, sobre as necessidades reais e a experiência viva dos vossos irmãos, de camponeses e indígenas, de trabalhadores excluídos e famílias marginalizadas, de certeza não vos equivocareis." E a encíclica papal continua sobre o papel da igreja que, segundo ele, "não pode nem deve ser alheia a este processo no anúncio do Evangelho. Muitos sacerdotes e agentes pastorais realizam uma tarefa imensa acompanhando e promovendo os excluídos em todo o mundo, ao lado de cooperativas ou dando impulso a empreendimentos, construindo casas, trabalhando abnegadamente nas áreas da saúde, desporto e educação. Estou convencido de que a cooperação amistosa com os movimentos populares pode robustecer estes esforços e fortalecer os processos de mudança". Por fim, o papa propôs três tarefas para os movimentos populares: a economia ao serviço dos povos; união dos povos no caminho da paz e da justiça; defesa da Mãe Terra. Papa Francisco tem contribuído de maneira ativa e corajosa para a reflexão e entendimento da mudança urgente na maneira dos homens se relacionarem entre si e com a natureza. Infelizmente, ele tem incomodado e tem sido alvo de críticas e ameaças por parte dos intolerantes e ignorantes do século 21. Nietzsche tinha razão quando afirmava que os homens raros sempre serão vistos aos olhos dos rebanhos como seres excêntricos ou loucos. Papa Francisco não é nem uma coisa ou outra, é um homem raro e dotado de virtudes que para muitos é algo estranho e confuso, em um mundo de grandes rebanhos covardes, intolerantes, individualistas e superficiais. "É chamado de espírito livre aquele que pensa de modo diverso do que se esperaria com base em sua procedência, seu meio, sua posição e função, ou com base nas opiniões que predominam em seu tempo", como define Friedrich Nietzsche (1844-1900). MÁRCIA MOUSSALLEM, doutora em serviço social e sócia da Merege & Moussallem Consultores
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Papa Francisco e os movimentos popularesComo é bom reconhecer os homens raros ou de "alma nobre", como dizia Nietzsche. O papa Francisco tem demonstrado esses valores nas suas ações, atitudes e posicionamento perante o mundo. Não somente isso, mas a racionalidade e a tolerância com que tem apresentado os problemas e os desafios são notáveis no que tange às questões como a sustentabilidade do planeta e a defesa dos mais pobres e excluídos. Nos últimos meses, o papa tem causado grande admiração por parte de alguns e espanto para outros com a apresentação da encíclica (Laudato Si), construída por meio das diversas contribuições de teólogos, cientistas, filósofos e organizações sociais. Ela permite uma reflexão profunda de questões importantes como o meio ambiente, a ecologia, a política e a economia mundial. Um dos pontos que chama atenção dessa carta de abordagem holística diz respeito à preocupação com o ser humano, em especial aos mais pobres. É destacado: "O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se em conjunto; e não podemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com a degradação humana e social. De fato, a deterioração do meio ambiente e a da sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta: Tanto a experiência comum da vida quotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais graves de todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres". Além de apresentar os problemas sociais e ambientais do planeta e a importância da sustentabilidade, a encíclica também aponta para o despertar de uma nova consciência que tem se expandido nas nações. A sociedade civil tem apresentado respostas positivas em propor ações a curto e médio prazo. Nas viagens realizadas para os países da América Latina, o papa ressaltou o importante papel e contribuição dos movimentos populares na luta por justiça social. Chamou a atenção para os trabalhadores excluídos, as famílias sem teto, os jovens desempregados, os imigrantes, a exploração do trabalho infantil, a violência urbana, entre outras questões sociais. Destacou: "Felicito-vos por isso. É imprescindível que, a par da reivindicação dos seus legítimos direitos, os povos e as suas organizações sociais construam uma alternativa humana à globalização exclusiva. Vós sois semeadores de mudança. Que Deus vos dê coragem, alegria, perseverança e paixão para continuar a semear. Podeis ter a certeza de que, mais cedo ou mais tarde, vamos ver os frutos. Peço aos dirigentes: sede criativos e nunca percais o apego às coisas próximas, porque o pai da mentira sabe usurpar palavras nobres, promover modas intelectuais e adotar posições ideológicas, mas se construirdes sobre bases sólidas, sobre as necessidades reais e a experiência viva dos vossos irmãos, de camponeses e indígenas, de trabalhadores excluídos e famílias marginalizadas, de certeza não vos equivocareis." E a encíclica papal continua sobre o papel da igreja que, segundo ele, "não pode nem deve ser alheia a este processo no anúncio do Evangelho. Muitos sacerdotes e agentes pastorais realizam uma tarefa imensa acompanhando e promovendo os excluídos em todo o mundo, ao lado de cooperativas ou dando impulso a empreendimentos, construindo casas, trabalhando abnegadamente nas áreas da saúde, desporto e educação. Estou convencido de que a cooperação amistosa com os movimentos populares pode robustecer estes esforços e fortalecer os processos de mudança". Por fim, o papa propôs três tarefas para os movimentos populares: a economia ao serviço dos povos; união dos povos no caminho da paz e da justiça; defesa da Mãe Terra. Papa Francisco tem contribuído de maneira ativa e corajosa para a reflexão e entendimento da mudança urgente na maneira dos homens se relacionarem entre si e com a natureza. Infelizmente, ele tem incomodado e tem sido alvo de críticas e ameaças por parte dos intolerantes e ignorantes do século 21. Nietzsche tinha razão quando afirmava que os homens raros sempre serão vistos aos olhos dos rebanhos como seres excêntricos ou loucos. Papa Francisco não é nem uma coisa ou outra, é um homem raro e dotado de virtudes que para muitos é algo estranho e confuso, em um mundo de grandes rebanhos covardes, intolerantes, individualistas e superficiais. "É chamado de espírito livre aquele que pensa de modo diverso do que se esperaria com base em sua procedência, seu meio, sua posição e função, ou com base nas opiniões que predominam em seu tempo", como define Friedrich Nietzsche (1844-1900). MÁRCIA MOUSSALLEM, doutora em serviço social e sócia da Merege & Moussallem Consultores
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Professora lamenta que desfile de 7 de Setembro perca visibilidade
Foi muito triste constatar, após rodar todos os mais de 200 canais na TV, que apenas um transmitia o desfile militar de 7 de Setembro. A meu ver, é uma importante forma de formação cívica. É uma pena que misturemos essa festa da pátria com governo, partidos políticos ou militarismo –que coisa anacrônica. É um equívoco que impossibilita mostrar aos jovens que podem sentir orgulho do nosso país. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Professora lamenta que desfile de 7 de Setembro perca visibilidadeFoi muito triste constatar, após rodar todos os mais de 200 canais na TV, que apenas um transmitia o desfile militar de 7 de Setembro. A meu ver, é uma importante forma de formação cívica. É uma pena que misturemos essa festa da pátria com governo, partidos políticos ou militarismo –que coisa anacrônica. É um equívoco que impossibilita mostrar aos jovens que podem sentir orgulho do nosso país. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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É possível implementar uma agenda de desenvolvimento sustentável no país?
O desenvolvimento sustentável é um dos grandes desafios contemporâneos. Além da extrema complexidade que o caracteriza enquanto paradigma para toda e qualquer atividade humana, vivemos hoje no Brasil um cenário ainda mais desafiador marcado por austeridade fiscal, restrições orçamentárias e uma crise política que se alonga. A expectativa dos cidadãos por melhores serviços públicos, no entanto, cresce a cada dia, assim como a exigência de que aqueles que representam a população em todas as instâncias dos governos estejam extremamente atentos às demandas dos cidadãos. Desde as manifestações de 2013, diversos problemas complexos da nossa sociedade ganharam maior visibilidade e tornaram-se questões latentes neste início dos novos mandatos municipais. Diante de uma conjuntura tão adversa, qual a viabilidade de se estabelecer uma agenda que priorize a melhoria da oferta, do acesso e da qualidade de serviços públicos municipais? Esta é a grande questão por trás da implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), compromisso assumido em 2015 pelo Brasil e outros 192 países. São metas e indicadores com temas que vão da erradicação da pobreza até o consumo responsável, passando pela igualdade de gênero, o combate às mudanças climáticas e o fortalecimento das instituições democráticas. Os ODS exigem forte protagonismo dos governos municipais, além de apresentarem um grande desafio para a administração pública brasileira: a necessidade de uma abordagem integrada desses problemas. Para solucionar uma questão tão complexa quanto a desigualdade, por exemplo, é necessário pensar as diversas facetas deste problema: desenvolvimento econômico, acesso e qualidade dos serviços de saúde e educação, mobilidade e padrões de habitação, condições ambientais e tantas outras. Os problemas não apresentam uma única dimensão e não cabem em uma caixinha específica da administração pública, exigindo a interação entre muitas áreas dentro do próprio governo e também deste com os demais atores sociais, como o setor privado e a sociedade civil. Porém, o entrave está justamente aqui: os diferentes setores não estão acostumados a trabalhar em conjunto, além de terem propósitos e interesses distintos que representam obstáculos conhecidos. Então como podemos estimular essa cooperação? É exatamente para resolver esse entrave que os ODS atuam como ferramenta indispensável: por se tratarem de uma agenda com grande legitimidade para promover diálogos, construir convergências e iniciativas intersetoriais sustentadas por indicadores e metas, os ODS têm se mostrado um mecanismo poderoso de colaboração que ainda permite monitorar o impacto das ações construídas coletivamente. Dentro desse contexto, uma das experiências que a Agenda Pública está desenvolvendo para promover esse mecanismo e criar um espaço de cooperação é o ODSlab, um laboratório de solução de problemas complexos e sistêmicos de desenvolvimento. É a oportunidade para que representantes dos três setores sentem à mesa e, juntos, construam caminhos, alternativas e parcerias para solucionar problemas reais nos mais diversos municípios brasileiros. Partindo de um problema específico de um território, o laboratório reúne, durante dois dias, um grupo selecionado de atores que são parte do problema e também parte da solução, construindo em conjunto caminhos a serem colocados em prática no curto, médio e longo prazos. As soluções estão fundamentadas em um diagnóstico elaborado a partir de diferentes pontos de vista, incluindo governo, sociedade civil e setor privado locais. A análise conjunta do problema também permite definir ações de impacto rápido e um modelo de governança para o acompanhamento da agenda. A metodologia foi desenvolvida para inspirar e subsidiar outras organizações públicas e privadas na implementação dos ODS. A experiência proposta pelo ODSlab demonstra que os esforços para evitar retrocessos nos indicadores de desenvolvimento e promover melhorias na oferta dos serviços públicos podem encontrar na colaboração multissetorial um caminho promissor. Colaborar é preciso! SERGIO ANDRADE, fundador da Agenda Pública, diretor executivo da Escola de Políticas Públicas, é cientista político, mestre em Gestão e Políticas Públicas pela FGV/SP e integra a Rede Folha de Empreendedores Socioambientais
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É possível implementar uma agenda de desenvolvimento sustentável no país?O desenvolvimento sustentável é um dos grandes desafios contemporâneos. Além da extrema complexidade que o caracteriza enquanto paradigma para toda e qualquer atividade humana, vivemos hoje no Brasil um cenário ainda mais desafiador marcado por austeridade fiscal, restrições orçamentárias e uma crise política que se alonga. A expectativa dos cidadãos por melhores serviços públicos, no entanto, cresce a cada dia, assim como a exigência de que aqueles que representam a população em todas as instâncias dos governos estejam extremamente atentos às demandas dos cidadãos. Desde as manifestações de 2013, diversos problemas complexos da nossa sociedade ganharam maior visibilidade e tornaram-se questões latentes neste início dos novos mandatos municipais. Diante de uma conjuntura tão adversa, qual a viabilidade de se estabelecer uma agenda que priorize a melhoria da oferta, do acesso e da qualidade de serviços públicos municipais? Esta é a grande questão por trás da implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), compromisso assumido em 2015 pelo Brasil e outros 192 países. São metas e indicadores com temas que vão da erradicação da pobreza até o consumo responsável, passando pela igualdade de gênero, o combate às mudanças climáticas e o fortalecimento das instituições democráticas. Os ODS exigem forte protagonismo dos governos municipais, além de apresentarem um grande desafio para a administração pública brasileira: a necessidade de uma abordagem integrada desses problemas. Para solucionar uma questão tão complexa quanto a desigualdade, por exemplo, é necessário pensar as diversas facetas deste problema: desenvolvimento econômico, acesso e qualidade dos serviços de saúde e educação, mobilidade e padrões de habitação, condições ambientais e tantas outras. Os problemas não apresentam uma única dimensão e não cabem em uma caixinha específica da administração pública, exigindo a interação entre muitas áreas dentro do próprio governo e também deste com os demais atores sociais, como o setor privado e a sociedade civil. Porém, o entrave está justamente aqui: os diferentes setores não estão acostumados a trabalhar em conjunto, além de terem propósitos e interesses distintos que representam obstáculos conhecidos. Então como podemos estimular essa cooperação? É exatamente para resolver esse entrave que os ODS atuam como ferramenta indispensável: por se tratarem de uma agenda com grande legitimidade para promover diálogos, construir convergências e iniciativas intersetoriais sustentadas por indicadores e metas, os ODS têm se mostrado um mecanismo poderoso de colaboração que ainda permite monitorar o impacto das ações construídas coletivamente. Dentro desse contexto, uma das experiências que a Agenda Pública está desenvolvendo para promover esse mecanismo e criar um espaço de cooperação é o ODSlab, um laboratório de solução de problemas complexos e sistêmicos de desenvolvimento. É a oportunidade para que representantes dos três setores sentem à mesa e, juntos, construam caminhos, alternativas e parcerias para solucionar problemas reais nos mais diversos municípios brasileiros. Partindo de um problema específico de um território, o laboratório reúne, durante dois dias, um grupo selecionado de atores que são parte do problema e também parte da solução, construindo em conjunto caminhos a serem colocados em prática no curto, médio e longo prazos. As soluções estão fundamentadas em um diagnóstico elaborado a partir de diferentes pontos de vista, incluindo governo, sociedade civil e setor privado locais. A análise conjunta do problema também permite definir ações de impacto rápido e um modelo de governança para o acompanhamento da agenda. A metodologia foi desenvolvida para inspirar e subsidiar outras organizações públicas e privadas na implementação dos ODS. A experiência proposta pelo ODSlab demonstra que os esforços para evitar retrocessos nos indicadores de desenvolvimento e promover melhorias na oferta dos serviços públicos podem encontrar na colaboração multissetorial um caminho promissor. Colaborar é preciso! SERGIO ANDRADE, fundador da Agenda Pública, diretor executivo da Escola de Políticas Públicas, é cientista político, mestre em Gestão e Políticas Públicas pela FGV/SP e integra a Rede Folha de Empreendedores Socioambientais
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Vizinhos ficam chocados com prisão de mulher acusada por morte de marido
Em Aparecida, referência do catolicismo brasileiro, a 180 km de São Paulo, todos tentam entender uma morte. Eliana Areco Barreto, 46, professora de português da rede estadual na cidade, foi presa sob a acusação de mandar matar seu marido, com quem vivia há 18 anos. O empresário Luiz Eduardo Barreto, 49, foi assassinado quando saía de seu escritório na av. Engenheiro Luiz Carlos Berrini, coração financeiro da zona sul paulistana. A polícia acusou a professora e seu amante, o chefe de segurança Marcos Fábio Zeitunsian, 56, de encomendarem a morte –pagando R$ 3.000 ao ex-presidiário Eliezer Aragão, 46, que matou Luiz com três tiros. "Todo mundo ficou chocado, eu mesmo não dormi à noite. Quando vi na TV que minha vizinha tinha matado o marido, não acreditei", afirma o empresário Américo Assis, 69, vizinho do casal no Jardim Paraíba, bairro mais nobre de Aparecida. Na quarta (3), a rua calma cheia de casas –muitas com missionários e padres– recebeu carros da polícia, que levaram Eliana presa. VIAGENS A professora e o marido pareciam um casal feliz, segundo amigos e vizinhos. Ela é de Guaratinguetá, cidade da vizinhança e onde, segundo a polícia, pretendia abrir uma loja com o amante caso recebesse a quantia de R$ 500 mil do seguro de vida que o marido havia feito. A polícia diz que o dinheiro foi o real motivo do crime. "Mas ela tinha tudo, o que ela queria o marido dava", disse à reportagem um dos amigos da família, que pediu para não ser identificado. Luiz gostava de presentear a mulher com viagens nas férias: em uma delas, foram para Nova York, onde passearam de helicóptero. Em 2013, comprou para ela uma picape Mitsubishi L200 Triton zero quilômetro –uma nova custa ao menos R$ 84 mil. A residência do casal, um sobrado branco com grades na frente, tem vista privilegiada da basílica de Aparecida, que já recebeu dois papas. Quando conheceu Eliana, Luiz ainda tentava acertar a vida: tinha um lava-rápido no quintal de casa. "Na época, ele me disse: que sorte eu tive de encontrar essa mulher", conta outro amigo, que também pediu anonimato. SEPARADOS O que despertava algum desconforto na vizinhança era a vida separada do casal em cidades diferentes. Nos últimos dez anos, Luiz foi viver em SP por causa dos negócios. Voltava a Aparecida nos fins de semana. A mulher dava aulas num colégio estadual. "Eles viviam separados, mas, quando juntos, pareciam felizes. Ele dizia que era feliz porque conseguia dar tudo aos filhos e à mulher", diz um dos amigos. O casal tem dois filhos, de 14 e 16 anos. Em meio ao casamento, Eliana se relacionava com Marcos Fábio, com quem ficou durante 12 anos. "Ela chutou o paraíso e caiu no inferno. A vida dela acabou. Sinto pena. Foi enganada pelo amante. Até rezei por ela", disse o vizinho Américo Assis, em frente à casa. Os dois planejaram por um ano a morte do empresário, diz a polícia –que não informou se ela tem advogado. Nesta quinta (4), um missionário observa a casa. "É difícil entender porque alguém mata uma pessoa. E logo daqui, de Aparecida, onde todo mundo celebra a vida."
cotidiano
Vizinhos ficam chocados com prisão de mulher acusada por morte de maridoEm Aparecida, referência do catolicismo brasileiro, a 180 km de São Paulo, todos tentam entender uma morte. Eliana Areco Barreto, 46, professora de português da rede estadual na cidade, foi presa sob a acusação de mandar matar seu marido, com quem vivia há 18 anos. O empresário Luiz Eduardo Barreto, 49, foi assassinado quando saía de seu escritório na av. Engenheiro Luiz Carlos Berrini, coração financeiro da zona sul paulistana. A polícia acusou a professora e seu amante, o chefe de segurança Marcos Fábio Zeitunsian, 56, de encomendarem a morte –pagando R$ 3.000 ao ex-presidiário Eliezer Aragão, 46, que matou Luiz com três tiros. "Todo mundo ficou chocado, eu mesmo não dormi à noite. Quando vi na TV que minha vizinha tinha matado o marido, não acreditei", afirma o empresário Américo Assis, 69, vizinho do casal no Jardim Paraíba, bairro mais nobre de Aparecida. Na quarta (3), a rua calma cheia de casas –muitas com missionários e padres– recebeu carros da polícia, que levaram Eliana presa. VIAGENS A professora e o marido pareciam um casal feliz, segundo amigos e vizinhos. Ela é de Guaratinguetá, cidade da vizinhança e onde, segundo a polícia, pretendia abrir uma loja com o amante caso recebesse a quantia de R$ 500 mil do seguro de vida que o marido havia feito. A polícia diz que o dinheiro foi o real motivo do crime. "Mas ela tinha tudo, o que ela queria o marido dava", disse à reportagem um dos amigos da família, que pediu para não ser identificado. Luiz gostava de presentear a mulher com viagens nas férias: em uma delas, foram para Nova York, onde passearam de helicóptero. Em 2013, comprou para ela uma picape Mitsubishi L200 Triton zero quilômetro –uma nova custa ao menos R$ 84 mil. A residência do casal, um sobrado branco com grades na frente, tem vista privilegiada da basílica de Aparecida, que já recebeu dois papas. Quando conheceu Eliana, Luiz ainda tentava acertar a vida: tinha um lava-rápido no quintal de casa. "Na época, ele me disse: que sorte eu tive de encontrar essa mulher", conta outro amigo, que também pediu anonimato. SEPARADOS O que despertava algum desconforto na vizinhança era a vida separada do casal em cidades diferentes. Nos últimos dez anos, Luiz foi viver em SP por causa dos negócios. Voltava a Aparecida nos fins de semana. A mulher dava aulas num colégio estadual. "Eles viviam separados, mas, quando juntos, pareciam felizes. Ele dizia que era feliz porque conseguia dar tudo aos filhos e à mulher", diz um dos amigos. O casal tem dois filhos, de 14 e 16 anos. Em meio ao casamento, Eliana se relacionava com Marcos Fábio, com quem ficou durante 12 anos. "Ela chutou o paraíso e caiu no inferno. A vida dela acabou. Sinto pena. Foi enganada pelo amante. Até rezei por ela", disse o vizinho Américo Assis, em frente à casa. Os dois planejaram por um ano a morte do empresário, diz a polícia –que não informou se ela tem advogado. Nesta quinta (4), um missionário observa a casa. "É difícil entender porque alguém mata uma pessoa. E logo daqui, de Aparecida, onde todo mundo celebra a vida."
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Rio de Janeiro e Praia Clube decidem Superliga
Um duelo de times com histórias bastante diferentes marca neste domingo (3) a decisão da Superliga feminina de vôlei, a partir das 9h, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, em partida única. De um lado, o megavencedor Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho, que chega à final do torneio pela 12ª vez consecutiva –nas 11 vezes anteriores, venceu oito (perdeu outras três para o Osasco, a quem eliminou na semifinal da edição deste ano). Atual tricampeã (com dez títulos no total), a equipe de Bernardinho jogou dez das 11 decisões anteriores contra o rival paulista —a outra final foi contra o Sesi-SP. Do outro lado na decisão deste domingo, está a novidade Praia Clube, de Uberlândia, que pela primeira vez chega à final da competição. Para chegar à decisão, a equipe bateu um rival local, o Minas na disputa das semifinais. O duelo marca o encontro das irmãs gêmeas Monique, do Rio, e Michele, do Praia, que foram eleitas as melhores das partidas que definiram as vagas para suas equipes à grande final. Elas já jogaram juntas no Macaé e no próprio Rio, mas também atuaram separadas no Minas, Brasília e Sesi. "Tivemos de nos acostumar a ficar separadas. Mas, por outro lado, estamos mostrando nosso potencial individualmente", diz Monique, que pode ser convocada por Bernardinho para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio. Aos 29 anos, a ponta Regiane Bidias, capitã da equipe de Bernardinho, é a jogadora com mais tempo no elenco –ela faz a sua 12ª decisão consecutiva de Superliga. HOMENS A decisão masculina da Superliga acontece no próximo domingo (dia 10), também no ginásio Nilson Nelson, na capital federal, e, como a feminina, em partida única. O duelo será entre o atual campeão Cruzeiro e o vencedor do confronto entre Taubaté e Campinas, que será decidido na terça (5), às 21h, em Taubaté. A série está empatada em 1 a 1 –cada time venceu uma partida em casa. NA TV Rio x Praia Clube 9h - SporTV
esporte
Rio de Janeiro e Praia Clube decidem SuperligaUm duelo de times com histórias bastante diferentes marca neste domingo (3) a decisão da Superliga feminina de vôlei, a partir das 9h, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, em partida única. De um lado, o megavencedor Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho, que chega à final do torneio pela 12ª vez consecutiva –nas 11 vezes anteriores, venceu oito (perdeu outras três para o Osasco, a quem eliminou na semifinal da edição deste ano). Atual tricampeã (com dez títulos no total), a equipe de Bernardinho jogou dez das 11 decisões anteriores contra o rival paulista —a outra final foi contra o Sesi-SP. Do outro lado na decisão deste domingo, está a novidade Praia Clube, de Uberlândia, que pela primeira vez chega à final da competição. Para chegar à decisão, a equipe bateu um rival local, o Minas na disputa das semifinais. O duelo marca o encontro das irmãs gêmeas Monique, do Rio, e Michele, do Praia, que foram eleitas as melhores das partidas que definiram as vagas para suas equipes à grande final. Elas já jogaram juntas no Macaé e no próprio Rio, mas também atuaram separadas no Minas, Brasília e Sesi. "Tivemos de nos acostumar a ficar separadas. Mas, por outro lado, estamos mostrando nosso potencial individualmente", diz Monique, que pode ser convocada por Bernardinho para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio. Aos 29 anos, a ponta Regiane Bidias, capitã da equipe de Bernardinho, é a jogadora com mais tempo no elenco –ela faz a sua 12ª decisão consecutiva de Superliga. HOMENS A decisão masculina da Superliga acontece no próximo domingo (dia 10), também no ginásio Nilson Nelson, na capital federal, e, como a feminina, em partida única. O duelo será entre o atual campeão Cruzeiro e o vencedor do confronto entre Taubaté e Campinas, que será decidido na terça (5), às 21h, em Taubaté. A série está empatada em 1 a 1 –cada time venceu uma partida em casa. NA TV Rio x Praia Clube 9h - SporTV
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Ex-funcionário do Banco do Brasil diz que pediu empréstimo a doleira
Um ex-funcionário do Banco do Brasil condenado em uma das fases iniciais da Operação Lava Jato, Rinaldo Gonçalves de Carvalho, afirmou nesta terça-feira (18) à CPI da Petrobras que os dois pagamentos de R$ 2.000 feitos a ele pela doleira Nelma Kodama foram um "empréstimo". Esse pagamento e o relacionamento que manteve com a organização da doleira Nelma Kodama, atendendo suas contas no Banco do Brasil, foram as razões da condenação de Rinaldo por corrupção passiva. Rinaldo afirma que exercia a função de assistente. Ele foi demitido por causa desse caso. Em seu depoimento, ele admitiu que deveria ter "procurado saber" quem eram a doleira e seus funcionários, mas diz que não era sua atribuição informar ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre suspeitas de lavagem de dinheiro. Segundo ele, isso deveria ser feito pelo gerente da conta. "Pelo movimento [financeiro], a gente acha estranho, mas a obrigação de fazer a visita à empresa, a denúncia ao Coaf, é toda do gerente", disse Rinaldo. Sobre o pagamento recebido de Nelma, ele afirmou: "A dona Nelma sempre comprou muito [os serviços do banco], sempre foi muito solícita a isso. E eu fiz algo que não se deve fazer, que é proibido, o banco proíbe, que é pedir dinheiro emprestado pro cliente, e eu fiz isso, e ela me emprestou". Rinaldo foi condenado a uma pena de 2 anos e oito meses de reclusão, e recorre em liberdade. A doleira Nelma atualmente está presa em Curitiba, tendo sido condenada em outubro a 18 anos de prisão por crimes financeiros. COMUNICAÇÕES O gerente da agência onde Rinaldo trabalhava, José Eiras, declarou à CPI também nesta terça (18) que todas as movimentações atípicas foram informadas ao Coaf. Ele disse ainda que rejeitou um pedido da doleira Nelma para fazer operação de câmbio por meio de uma empresa que tinha aberto conta há pouco tempo no banco, porque era necessário que fosse cliente há pelo menos um ano. Eiras contou também que o banco foi conhecer in loco a empresa do doleiro Raul Sour, uma corretora de câmbio, e constatou que a movimentação financeira era compatível com seu porte, já que tinha várias lojas de câmbio em São Paulo. "Quando ocorreu essa situação da prisão do Rinaldo, o banco começou a apurar os fatos, e eu acabei também sendo afastado para as investigações, e nesse momento, eu como via que não tinha mais condições nem clima para retornar ao trabalho, acabei pedindo a minha aposentadoria", declarou.
poder
Ex-funcionário do Banco do Brasil diz que pediu empréstimo a doleiraUm ex-funcionário do Banco do Brasil condenado em uma das fases iniciais da Operação Lava Jato, Rinaldo Gonçalves de Carvalho, afirmou nesta terça-feira (18) à CPI da Petrobras que os dois pagamentos de R$ 2.000 feitos a ele pela doleira Nelma Kodama foram um "empréstimo". Esse pagamento e o relacionamento que manteve com a organização da doleira Nelma Kodama, atendendo suas contas no Banco do Brasil, foram as razões da condenação de Rinaldo por corrupção passiva. Rinaldo afirma que exercia a função de assistente. Ele foi demitido por causa desse caso. Em seu depoimento, ele admitiu que deveria ter "procurado saber" quem eram a doleira e seus funcionários, mas diz que não era sua atribuição informar ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre suspeitas de lavagem de dinheiro. Segundo ele, isso deveria ser feito pelo gerente da conta. "Pelo movimento [financeiro], a gente acha estranho, mas a obrigação de fazer a visita à empresa, a denúncia ao Coaf, é toda do gerente", disse Rinaldo. Sobre o pagamento recebido de Nelma, ele afirmou: "A dona Nelma sempre comprou muito [os serviços do banco], sempre foi muito solícita a isso. E eu fiz algo que não se deve fazer, que é proibido, o banco proíbe, que é pedir dinheiro emprestado pro cliente, e eu fiz isso, e ela me emprestou". Rinaldo foi condenado a uma pena de 2 anos e oito meses de reclusão, e recorre em liberdade. A doleira Nelma atualmente está presa em Curitiba, tendo sido condenada em outubro a 18 anos de prisão por crimes financeiros. COMUNICAÇÕES O gerente da agência onde Rinaldo trabalhava, José Eiras, declarou à CPI também nesta terça (18) que todas as movimentações atípicas foram informadas ao Coaf. Ele disse ainda que rejeitou um pedido da doleira Nelma para fazer operação de câmbio por meio de uma empresa que tinha aberto conta há pouco tempo no banco, porque era necessário que fosse cliente há pelo menos um ano. Eiras contou também que o banco foi conhecer in loco a empresa do doleiro Raul Sour, uma corretora de câmbio, e constatou que a movimentação financeira era compatível com seu porte, já que tinha várias lojas de câmbio em São Paulo. "Quando ocorreu essa situação da prisão do Rinaldo, o banco começou a apurar os fatos, e eu acabei também sendo afastado para as investigações, e nesse momento, eu como via que não tinha mais condições nem clima para retornar ao trabalho, acabei pedindo a minha aposentadoria", declarou.
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Petrobras procura credores para blindar eventual atraso no balanço
A diretoria da Petrobras iniciou uma rodada de negociações com seus principais credores sobre a possibilidade de adiar por seis meses o prazo para entrega de seu balanço, segundo apurou a Folha com integrantes da alta administração da companhia e banqueiros procurados pela estatal. Por contrato, bancos e detentores de títulos da dívida da empresa podem pedir o pagamento antecipado de seus empréstimos caso a companhia não divulgue o balanço do terceiro trimestre e o resultado anual de 2014 até o dia 31 de maio. Nas últimas semanas, cerca de 15 instituições foram procuradas pela estatal. O plano foi pensado para dar uma "margem de segurança" à Petrobras, que desde novembro adia a entrega dos resultados, enquanto tenta calcular os prejuízos causados pelo esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato. A prioridade da diretoria da estatal, comandada por Aldemir Bendine, ainda é entregar os resultados no prazo. Mas a empresa quer um acordo com os bancos para se proteger caso não consiga. Em troca do adiamento do prazo por seis meses, a Petrobras discute uma remuneração adicional aos bancos, que pode ser comissão ou juros mais altos que os fixados nos contratos de dívida. A estatal ainda está fazendo as contas para saber se vale a pena pagar por essa proteção. Esse tipo de negociação, conhecido no mercado como "consent solicitation", é muito usada nos Estados Unidos, onde estão alguns dos principais credores. Banqueiros ouvidos pela Folha dizem que o plano pode ser bem-sucedido, já que há oportunidade de ganho adicional. Além disso, eles reconhecem que a cobrança antecipada da dívida poderia ferir ainda mais a companhia. De acordo com a Moody´s, cerca de US$ 110 bilhões em dívidas, ou quase tudo que a empresa deve em dólar, podem ter seu vencimento antecipado caso a estatal não apresente o resultado anual até o final de maio. O prazo vence em 30 dia de abril, mas o contrato prevê 30 dias de tolerância. A ideia de buscar o prazo adicional surgiu ainda durante a gestão de Graça Foster. O ex-diretor financeiro, Almir Barbassa, havia levado o tema ao conselho de administração, que considerou "prudente" tomar a medida. O ex-executivo, contudo, não levou o plano adiante. Com a posse da atual diretoria, o novo diretor financeiro, Ivan Monteiro, colocou a ideia em prática. Bem relacionado, entrou em contato com os banqueiros mais próximos e escalou sua equipe para negociar com os demais. DIFICULDADES O principal problema da Petrobras no momento é chegar a um número confiável para as perdas provocadas pelo esquema de pagamento de propina a ex-funcionários e políticos em troca de contratos na estatal. A auditoria independente PWC recusou-se a assinar o balanço diante da ausência do cálculo. A estatal também precisa esclarecer ao mercado quanto valem alguns de seus principais ativos hoje, como as refinarias Abreu e Lima e Comperj, cujas obras foram superfaturadas de acordo com as investigações da Polícia Federal. A estimativa, contudo, não é simples. A estatal montou uma força-tarefa para analisar os depoimentos dos delatores para chegar a uma média das propinas pagas.
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Petrobras procura credores para blindar eventual atraso no balançoA diretoria da Petrobras iniciou uma rodada de negociações com seus principais credores sobre a possibilidade de adiar por seis meses o prazo para entrega de seu balanço, segundo apurou a Folha com integrantes da alta administração da companhia e banqueiros procurados pela estatal. Por contrato, bancos e detentores de títulos da dívida da empresa podem pedir o pagamento antecipado de seus empréstimos caso a companhia não divulgue o balanço do terceiro trimestre e o resultado anual de 2014 até o dia 31 de maio. Nas últimas semanas, cerca de 15 instituições foram procuradas pela estatal. O plano foi pensado para dar uma "margem de segurança" à Petrobras, que desde novembro adia a entrega dos resultados, enquanto tenta calcular os prejuízos causados pelo esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato. A prioridade da diretoria da estatal, comandada por Aldemir Bendine, ainda é entregar os resultados no prazo. Mas a empresa quer um acordo com os bancos para se proteger caso não consiga. Em troca do adiamento do prazo por seis meses, a Petrobras discute uma remuneração adicional aos bancos, que pode ser comissão ou juros mais altos que os fixados nos contratos de dívida. A estatal ainda está fazendo as contas para saber se vale a pena pagar por essa proteção. Esse tipo de negociação, conhecido no mercado como "consent solicitation", é muito usada nos Estados Unidos, onde estão alguns dos principais credores. Banqueiros ouvidos pela Folha dizem que o plano pode ser bem-sucedido, já que há oportunidade de ganho adicional. Além disso, eles reconhecem que a cobrança antecipada da dívida poderia ferir ainda mais a companhia. De acordo com a Moody´s, cerca de US$ 110 bilhões em dívidas, ou quase tudo que a empresa deve em dólar, podem ter seu vencimento antecipado caso a estatal não apresente o resultado anual até o final de maio. O prazo vence em 30 dia de abril, mas o contrato prevê 30 dias de tolerância. A ideia de buscar o prazo adicional surgiu ainda durante a gestão de Graça Foster. O ex-diretor financeiro, Almir Barbassa, havia levado o tema ao conselho de administração, que considerou "prudente" tomar a medida. O ex-executivo, contudo, não levou o plano adiante. Com a posse da atual diretoria, o novo diretor financeiro, Ivan Monteiro, colocou a ideia em prática. Bem relacionado, entrou em contato com os banqueiros mais próximos e escalou sua equipe para negociar com os demais. DIFICULDADES O principal problema da Petrobras no momento é chegar a um número confiável para as perdas provocadas pelo esquema de pagamento de propina a ex-funcionários e políticos em troca de contratos na estatal. A auditoria independente PWC recusou-se a assinar o balanço diante da ausência do cálculo. A estatal também precisa esclarecer ao mercado quanto valem alguns de seus principais ativos hoje, como as refinarias Abreu e Lima e Comperj, cujas obras foram superfaturadas de acordo com as investigações da Polícia Federal. A estimativa, contudo, não é simples. A estatal montou uma força-tarefa para analisar os depoimentos dos delatores para chegar a uma média das propinas pagas.
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Rodolfo Lucena: Narcotráfico mata três e impede realização de ultra Caballo Blanco
A ultramaratona Caballo Blanco, uma das mais emblemáticas corridas do planeta, realizada no território dos índios mexicanos tarahumara, foi cancelada sábado (28.2) porque a cidade-sede fora invadida por narcotraficantes, que mataram três pessoas. O ataque é mais uma evidência de... Leia post completo no blog
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Rodolfo Lucena: Narcotráfico mata três e impede realização de ultra Caballo BlancoA ultramaratona Caballo Blanco, uma das mais emblemáticas corridas do planeta, realizada no território dos índios mexicanos tarahumara, foi cancelada sábado (28.2) porque a cidade-sede fora invadida por narcotraficantes, que mataram três pessoas. O ataque é mais uma evidência de... Leia post completo no blog
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Ajuste completo
A finalidade última de qualquer política econômica é promover o aumento consistente da renda e do emprego. Isso vale também para um ajuste fiscal. Mesmo que seja contracionista no curto prazo, no final do processo ele visa o crescimento. É importante, portanto, que o ajuste seja parte de um plano de desenvolvimento econômico. Estudos mostram que, num país com níveis baixos de renda e desenvolvimento, é necessário identificar as questões fundamentais e implementar reformas focadas e persistentes que levem a soluções eficazes e duradouras. Como em vários países, é grande a lista de problemas de crescimento no Brasil. Os mais relevantes são a questão fiscal, a baixa produtividade, a infraestrutura deficiente, a baixa qualidade da educação e do ambiente de negócios. Defendi aqui a ideia de estabelecer teto às despesas públicas como solução duradoura à instabilidade fiscal. Mas, para isso, seriam necessárias alterações legais e constitucionais. É correto dizer, porém, que a atual crise política deixa claro que essas mudanças são muito difíceis. Mas para problemas difíceis não há soluções fáceis. Se houvessem, já estariam resolvidos. Medidas parciais podem acomodar e adiar os problemas, mas não os resolvem e podem até aumentá-los. Na questão fiscal, a "solução" das últimas décadas foi mais imposto, dadas a dificuldade de cortar despesas públicas e, mais que isso, a demanda política pelo seu aumento baseada em preocupações legítimas com a desigualdade, interesses específicos como os dos servidores públicos, demandas empresariais por subsídios etc. Mas, com a pesada carga tributária atual, elevar impostos reduz o crescimento, o que reduz a arrecadação. Por essas dificuldades, debatemos a questão fiscal há décadas. Há avanços de tempos em tempos, mas não são sustentáveis. A vitória contra a inflação –que teve seus fundamentos construídos nos anos 1990 e foi consolidada na década passada– e a redução em alguns períodos da divida pública, que, combinados, levaram à queda de juros, mostram como, com foco e determinação, podemos adotar soluções difíceis, mas indispensáveis para melhorar a vida dos brasileiros. O entendimento correto do efeito da estabilização no aumento do PIB e do emprego na década passada pode criar bases para a construção de amplo apoio social e político pelas reformas. A fiscal vem primeiro, dada a urgência. Mas ela deve ser seguida por revisão das normas de concessão em infraestrutura, investimentos na qualidade da educação e melhoria no ambiente de negócios que resultem no aumento da produtividade. O caminho para o Brasil que queremos está traçado, desde que haja liderança e visão clara de onde queremos chegar.
colunas
Ajuste completoA finalidade última de qualquer política econômica é promover o aumento consistente da renda e do emprego. Isso vale também para um ajuste fiscal. Mesmo que seja contracionista no curto prazo, no final do processo ele visa o crescimento. É importante, portanto, que o ajuste seja parte de um plano de desenvolvimento econômico. Estudos mostram que, num país com níveis baixos de renda e desenvolvimento, é necessário identificar as questões fundamentais e implementar reformas focadas e persistentes que levem a soluções eficazes e duradouras. Como em vários países, é grande a lista de problemas de crescimento no Brasil. Os mais relevantes são a questão fiscal, a baixa produtividade, a infraestrutura deficiente, a baixa qualidade da educação e do ambiente de negócios. Defendi aqui a ideia de estabelecer teto às despesas públicas como solução duradoura à instabilidade fiscal. Mas, para isso, seriam necessárias alterações legais e constitucionais. É correto dizer, porém, que a atual crise política deixa claro que essas mudanças são muito difíceis. Mas para problemas difíceis não há soluções fáceis. Se houvessem, já estariam resolvidos. Medidas parciais podem acomodar e adiar os problemas, mas não os resolvem e podem até aumentá-los. Na questão fiscal, a "solução" das últimas décadas foi mais imposto, dadas a dificuldade de cortar despesas públicas e, mais que isso, a demanda política pelo seu aumento baseada em preocupações legítimas com a desigualdade, interesses específicos como os dos servidores públicos, demandas empresariais por subsídios etc. Mas, com a pesada carga tributária atual, elevar impostos reduz o crescimento, o que reduz a arrecadação. Por essas dificuldades, debatemos a questão fiscal há décadas. Há avanços de tempos em tempos, mas não são sustentáveis. A vitória contra a inflação –que teve seus fundamentos construídos nos anos 1990 e foi consolidada na década passada– e a redução em alguns períodos da divida pública, que, combinados, levaram à queda de juros, mostram como, com foco e determinação, podemos adotar soluções difíceis, mas indispensáveis para melhorar a vida dos brasileiros. O entendimento correto do efeito da estabilização no aumento do PIB e do emprego na década passada pode criar bases para a construção de amplo apoio social e político pelas reformas. A fiscal vem primeiro, dada a urgência. Mas ela deve ser seguida por revisão das normas de concessão em infraestrutura, investimentos na qualidade da educação e melhoria no ambiente de negócios que resultem no aumento da produtividade. O caminho para o Brasil que queremos está traçado, desde que haja liderança e visão clara de onde queremos chegar.
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Casarão de julgamentos na ditadura militar vai virar memorial da Justiça
Um casarão no centro de São Paulo onde ocorriam julgamentos políticos na ditadura militar (1964-1985) deve dar lugar, até 2019, a um Memorial da Luta pela Justiça. Iniciativa da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo e do Núcleo de Preservação da Memória Política, o espaço vai celebrar a democracia e a advocacia. No local funcionaram as auditorias militares, "varas criminais" com um juiz civil e quatro nomeados pelo regime. Com o Doi-Codi e o Dops, esses conselhos compunham a estrutura judiciária da repressão. "Os acusados eram levados ao Doi-Codi e ao Dops, onde eram torturados em busca de informações. Quem sobrevivesse era julgado nas auditorias." Quem explica é Marcos da Costa, 53, presidente da OAB-SP, um dos porta-vozes do projeto. Veja o projeto do memorial O memorial vai resgatar as atuações de profissionais que denunciaram crimes dos militares diante de um Judiciário controlado. A despeito da inexperiência muitos estavam em início de carreira e das raras absolvições ou reduções de penas, eles salvaram vidas naquele local. Afinal, as petições e os discursos notificavam desaparecimentos, obrigando o Estado a admitir que pessoas haviam sido detidas e chamando a atenção da comunidade internacional. "Quisessem os militares tomar registro ou não, muitos homens e mulheres corajosos dedicavam suas sustentações orais para narrar os horrores que as pessoas estavam sofrendo", afirma o advogado Belisário dos Santos Jr., 69. Ele recorda vitórias marcantes, como a soltura de Altino Rodrigues Dantas Jr., acusado de pertencer à Ação Popular, e a rendição negociada de Monir Tahan Sab, da ALN, ferido de morte ao tentar roubar um carro. Hoje à frente da iniciativa, Maurice Politi, 67, diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política, foi julgado no casarão após dois anos preso e torturado. "Havia absolvidos, mas era uma minoria; a injustiça predominava", ele recorda. Defendido por Mario de Passos Simas, Politi foi condenado a dez anos de prisão, pena depois reduzida a quatro anos na segunda instância militar. Outros casos marcantes do período ditatorial tiveram o local como palco. Um exemplo é o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 1981, então figura de ponta de um incipiente Partido dos Trabalhadores, acusado de liderar greves de metalúrgicos. "Comecei a advogar naquele prédio, logo depois do AI-5. Defendi mais de 500 perseguidos políticos", lembra o advogado do caso, José Carlos Dias, 78. Seis anos antes, na defesa do jornalista Rodolfo Konder (1938-2014), Dias foi o responsável pela primeira denúncia de que os militares haviam matado o também jornalista Vladimir Herzog (1937-1975). "Konder esteve preso junto com o Herzog, testemunhou a execução e me relatou o que viu. Eu li esse depoimento na auditoria", afirma o advogado. CRIATIVIDADE À época, vigoravam o arbítrio, como em buscas e prisões na madrugada, sem registros, e o caráter tendencioso e quase protocolar dos julgamentos. Em meio a um ambiente de medo e perseguição e desafiada pela supressão de direitos e garantias, a advocacia foi obrigada a inovar. Sem o habeas corpus, suspenso para "crimes políticos" desde 1968, "corajosamente peticionava-se denunciando o sumiço, mas não se chamava de habeas corpus", explica Costa, da OAB. Disfarçado de "representação", o pedido obrigava as autoridades a procurar a pessoa desaparecida em seus porões, ainda que a liberdade fosse negada. Quando não dava para defender, o jeito era preservar. Grande exemplo foi Raimundo Pascoal Barbosa, conhecido como "o advogado dos advogados", pelas muitas defesas que fez de colegas presos. Morto em 2002, aos 81 anos, Barbosa costumava ter o primeiro contato com o preso a poucos instantes da sessão de julgamento, vigiado por soldados com metralhadoras. Nas ocasiões, elevava-se em discurso quase moralista "Jovem, conte tudo! Diga somente a verdade, aqui é a casa da Justiça!", mas o fazia gesticulando com as mãos abertas, nas palmas das quais estava escrito, em caneta, "NEGUE TUDO". Também não foram raros episódios em que advogados ajudaram clientes a fugir. Foi assim com o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa. Convocado a dar informações, apresentou-se ao Dops, mas foi retirado da recepção direto para o exílio após seu defensor descobrir, nos bastidores, que ele seria preso e torturado. Essa postura combativa não saiu ilesa. Em um contexto de exceção, advogados e seus familiares eram ameaçados, e vários foram detidos. Os episódios pareciam sinalizar um recrudescimento, à semelhança da Argentina, onde defensores foram mortos, exilados ou desapareceram. "Foi um tempo difícil como advogada e mulher. Fiquei emocionada ao entrar naquele prédio e lembrar das pessoas", recorda Maria Regina Pasquale, 73. Ela foi presa duas vezes, ambas no Doi-Codi, por defender presos políticos. Dias e Belisário também foram presos, mas o caso mais grave foi o do dramaturgo Idibal Pivetta. Então ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, ele ficou mais de três meses detido por sua atuação como advogado de presos políticos. INUSITADA ESPERANÇA Muitos desses instantes e personagens serão recuperados no Memorial em vídeos, sons e documentos. Uma reforma prevista para durar 20 meses, ao custo de R$ 7,9 milhões, já em captação pela Lei Rouanet, vai restaurar e ampliar o prédio, que ganhará um anexo com auditório para cem pessoas e acessibilidade aos três andares. O corredor de entrada, por onde detentos eram arrastados até uma prisão nos fundos, será reconstituído e ganhará projeções de nomes dos presos. Uma "sala dos testemunhos" vai apresentar depoimentos de advogados que atuaram no prédio. Outro ambiente reunirá documentos e gravações de audiências secretas de quase 700 processos políticos, obtidos junto ao Superior Tribunal Militar. O local terá ainda uma reprodução das celas onde acusados aguardavam suas sentenças, e espaços para exposições. "Será um lugar para jovens e crianças entenderem a história de nosso país", diz o presidente da OAB-SP. "A democracia te obriga a passar por momentos como o atual e aprender pelos erros", resume Costa, traçando paralelo com a crise política vigente. Para Maurice Politi, a iniciativa combate o "grande risco do esquecimento". "Tenho sobrinhos-netos que pouco sabem", corrobora a advogada Pasquale. Resgatar os horrores do autoritarismo é também oportunidade para celebrar a resistência e a esperança. "O Idibal tinha uma brincadeira com o escrivão da primeira auditoria. Antes de entrar na sessão, ligava pro cara do orelhão e falava numa voz soturna: 'Dias, o prédio está cercado. Renda-se, Dias! Nós vamos invadir!'." "Hoje", completa Belisário, "a profecia dele se cumpriu: a democracia invadiu o prédio da Justiça Militar."
poder
Casarão de julgamentos na ditadura militar vai virar memorial da JustiçaUm casarão no centro de São Paulo onde ocorriam julgamentos políticos na ditadura militar (1964-1985) deve dar lugar, até 2019, a um Memorial da Luta pela Justiça. Iniciativa da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo e do Núcleo de Preservação da Memória Política, o espaço vai celebrar a democracia e a advocacia. No local funcionaram as auditorias militares, "varas criminais" com um juiz civil e quatro nomeados pelo regime. Com o Doi-Codi e o Dops, esses conselhos compunham a estrutura judiciária da repressão. "Os acusados eram levados ao Doi-Codi e ao Dops, onde eram torturados em busca de informações. Quem sobrevivesse era julgado nas auditorias." Quem explica é Marcos da Costa, 53, presidente da OAB-SP, um dos porta-vozes do projeto. Veja o projeto do memorial O memorial vai resgatar as atuações de profissionais que denunciaram crimes dos militares diante de um Judiciário controlado. A despeito da inexperiência muitos estavam em início de carreira e das raras absolvições ou reduções de penas, eles salvaram vidas naquele local. Afinal, as petições e os discursos notificavam desaparecimentos, obrigando o Estado a admitir que pessoas haviam sido detidas e chamando a atenção da comunidade internacional. "Quisessem os militares tomar registro ou não, muitos homens e mulheres corajosos dedicavam suas sustentações orais para narrar os horrores que as pessoas estavam sofrendo", afirma o advogado Belisário dos Santos Jr., 69. Ele recorda vitórias marcantes, como a soltura de Altino Rodrigues Dantas Jr., acusado de pertencer à Ação Popular, e a rendição negociada de Monir Tahan Sab, da ALN, ferido de morte ao tentar roubar um carro. Hoje à frente da iniciativa, Maurice Politi, 67, diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política, foi julgado no casarão após dois anos preso e torturado. "Havia absolvidos, mas era uma minoria; a injustiça predominava", ele recorda. Defendido por Mario de Passos Simas, Politi foi condenado a dez anos de prisão, pena depois reduzida a quatro anos na segunda instância militar. Outros casos marcantes do período ditatorial tiveram o local como palco. Um exemplo é o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 1981, então figura de ponta de um incipiente Partido dos Trabalhadores, acusado de liderar greves de metalúrgicos. "Comecei a advogar naquele prédio, logo depois do AI-5. Defendi mais de 500 perseguidos políticos", lembra o advogado do caso, José Carlos Dias, 78. Seis anos antes, na defesa do jornalista Rodolfo Konder (1938-2014), Dias foi o responsável pela primeira denúncia de que os militares haviam matado o também jornalista Vladimir Herzog (1937-1975). "Konder esteve preso junto com o Herzog, testemunhou a execução e me relatou o que viu. Eu li esse depoimento na auditoria", afirma o advogado. CRIATIVIDADE À época, vigoravam o arbítrio, como em buscas e prisões na madrugada, sem registros, e o caráter tendencioso e quase protocolar dos julgamentos. Em meio a um ambiente de medo e perseguição e desafiada pela supressão de direitos e garantias, a advocacia foi obrigada a inovar. Sem o habeas corpus, suspenso para "crimes políticos" desde 1968, "corajosamente peticionava-se denunciando o sumiço, mas não se chamava de habeas corpus", explica Costa, da OAB. Disfarçado de "representação", o pedido obrigava as autoridades a procurar a pessoa desaparecida em seus porões, ainda que a liberdade fosse negada. Quando não dava para defender, o jeito era preservar. Grande exemplo foi Raimundo Pascoal Barbosa, conhecido como "o advogado dos advogados", pelas muitas defesas que fez de colegas presos. Morto em 2002, aos 81 anos, Barbosa costumava ter o primeiro contato com o preso a poucos instantes da sessão de julgamento, vigiado por soldados com metralhadoras. Nas ocasiões, elevava-se em discurso quase moralista "Jovem, conte tudo! Diga somente a verdade, aqui é a casa da Justiça!", mas o fazia gesticulando com as mãos abertas, nas palmas das quais estava escrito, em caneta, "NEGUE TUDO". Também não foram raros episódios em que advogados ajudaram clientes a fugir. Foi assim com o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa. Convocado a dar informações, apresentou-se ao Dops, mas foi retirado da recepção direto para o exílio após seu defensor descobrir, nos bastidores, que ele seria preso e torturado. Essa postura combativa não saiu ilesa. Em um contexto de exceção, advogados e seus familiares eram ameaçados, e vários foram detidos. Os episódios pareciam sinalizar um recrudescimento, à semelhança da Argentina, onde defensores foram mortos, exilados ou desapareceram. "Foi um tempo difícil como advogada e mulher. Fiquei emocionada ao entrar naquele prédio e lembrar das pessoas", recorda Maria Regina Pasquale, 73. Ela foi presa duas vezes, ambas no Doi-Codi, por defender presos políticos. Dias e Belisário também foram presos, mas o caso mais grave foi o do dramaturgo Idibal Pivetta. Então ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, ele ficou mais de três meses detido por sua atuação como advogado de presos políticos. INUSITADA ESPERANÇA Muitos desses instantes e personagens serão recuperados no Memorial em vídeos, sons e documentos. Uma reforma prevista para durar 20 meses, ao custo de R$ 7,9 milhões, já em captação pela Lei Rouanet, vai restaurar e ampliar o prédio, que ganhará um anexo com auditório para cem pessoas e acessibilidade aos três andares. O corredor de entrada, por onde detentos eram arrastados até uma prisão nos fundos, será reconstituído e ganhará projeções de nomes dos presos. Uma "sala dos testemunhos" vai apresentar depoimentos de advogados que atuaram no prédio. Outro ambiente reunirá documentos e gravações de audiências secretas de quase 700 processos políticos, obtidos junto ao Superior Tribunal Militar. O local terá ainda uma reprodução das celas onde acusados aguardavam suas sentenças, e espaços para exposições. "Será um lugar para jovens e crianças entenderem a história de nosso país", diz o presidente da OAB-SP. "A democracia te obriga a passar por momentos como o atual e aprender pelos erros", resume Costa, traçando paralelo com a crise política vigente. Para Maurice Politi, a iniciativa combate o "grande risco do esquecimento". "Tenho sobrinhos-netos que pouco sabem", corrobora a advogada Pasquale. Resgatar os horrores do autoritarismo é também oportunidade para celebrar a resistência e a esperança. "O Idibal tinha uma brincadeira com o escrivão da primeira auditoria. Antes de entrar na sessão, ligava pro cara do orelhão e falava numa voz soturna: 'Dias, o prédio está cercado. Renda-se, Dias! Nós vamos invadir!'." "Hoje", completa Belisário, "a profecia dele se cumpriu: a democracia invadiu o prédio da Justiça Militar."
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Governo 'desidrata' plano de ajuda a companhias aéreas para voo regional
A Secretaria de Aviação Civil deve anunciar na primeira semana de outubro um novo plano de subsídio às companhias aéreas para estimular voos regionais. O plano começará com pelo menos dez cidades pequenas na Amazônia Legal, disse à Folha o secretário de Aviação Civil, Dario Lopes. A ideia é fazer chamamento público às companhias aéreas interessadas em oferecer voos a partir dessas cidades com destino ao aeroporto mais próximo que tenha voos regulares. A companhia vencedora definirá o destino. Um passageiro que embarcar em Lábrea (AM), por exemplo, poderia ser levado para três aeroportos: Rio Branco (AC), Manaus (AM) ou Porto Velho (RO). De lá, segue para outros destinos oferecidos pela companhia aérea. Vencerá a empresa que pedir o menor subsídio, que será dado pela União, para aquela cidade. O valor máximo oferecido pelo governo é o custo do combustível necessário para bancar até 60 passageiros por voo no trecho. Estima-se que, em um voo entre cidades distantes 550 quilômetros uma da outra, o subsídio para três voos por semana seja de cerca de R$ 1,3 milhão por ano. Em 2014, o governo Dilma chegou a falar em dar R$ 1 bilhão por ano para um programa que abrangeria todos os aeroportos com até 800 mil passageiros/ano. Agora, o governo pretende gastar cerca de R$ 50 milhões por ano. Pelos cálculos da Secretaria de Aviação Civil, esse subsídio permitirá reduzir, em média, cerca de 37% do custo operacional da empresa. Como os preços das passagens são livres, não há garantia de que isso será repassado ao consumidor. Por isso, o governo quer testar como esse plano vai funcionar. FORA DA AMAZÔNIA Se der certo, a política de subsídio será levada para outras cidades, inclusive fora da Amazônia. A lei criada em 2014 e ainda não aplicada permite subsídio até 60 passageiros por voo na região amazônica. Fora dessa área, o subsídio é o menor número entre 60 assentos por voo e metade da capacidade do voo. As cidades fora da região amazônica seguirão uma regra diferente. O governo dará o subsídio, mas quer que os Estados contemplados com o programa também ofereçam descontos do ICMS para o combustível. Os governadores que derem desconto maior terão mais benefícios.
mercado
Governo 'desidrata' plano de ajuda a companhias aéreas para voo regionalA Secretaria de Aviação Civil deve anunciar na primeira semana de outubro um novo plano de subsídio às companhias aéreas para estimular voos regionais. O plano começará com pelo menos dez cidades pequenas na Amazônia Legal, disse à Folha o secretário de Aviação Civil, Dario Lopes. A ideia é fazer chamamento público às companhias aéreas interessadas em oferecer voos a partir dessas cidades com destino ao aeroporto mais próximo que tenha voos regulares. A companhia vencedora definirá o destino. Um passageiro que embarcar em Lábrea (AM), por exemplo, poderia ser levado para três aeroportos: Rio Branco (AC), Manaus (AM) ou Porto Velho (RO). De lá, segue para outros destinos oferecidos pela companhia aérea. Vencerá a empresa que pedir o menor subsídio, que será dado pela União, para aquela cidade. O valor máximo oferecido pelo governo é o custo do combustível necessário para bancar até 60 passageiros por voo no trecho. Estima-se que, em um voo entre cidades distantes 550 quilômetros uma da outra, o subsídio para três voos por semana seja de cerca de R$ 1,3 milhão por ano. Em 2014, o governo Dilma chegou a falar em dar R$ 1 bilhão por ano para um programa que abrangeria todos os aeroportos com até 800 mil passageiros/ano. Agora, o governo pretende gastar cerca de R$ 50 milhões por ano. Pelos cálculos da Secretaria de Aviação Civil, esse subsídio permitirá reduzir, em média, cerca de 37% do custo operacional da empresa. Como os preços das passagens são livres, não há garantia de que isso será repassado ao consumidor. Por isso, o governo quer testar como esse plano vai funcionar. FORA DA AMAZÔNIA Se der certo, a política de subsídio será levada para outras cidades, inclusive fora da Amazônia. A lei criada em 2014 e ainda não aplicada permite subsídio até 60 passageiros por voo na região amazônica. Fora dessa área, o subsídio é o menor número entre 60 assentos por voo e metade da capacidade do voo. As cidades fora da região amazônica seguirão uma regra diferente. O governo dará o subsídio, mas quer que os Estados contemplados com o programa também ofereçam descontos do ICMS para o combustível. Os governadores que derem desconto maior terão mais benefícios.
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Grupo quer reconstruir 'maravilha do mundo' 5 vezes maior que a original
Um grupo de arquitetos europeus pretende construir um novo colosso de Rodes. A estátua original, destruída por um terremoto no ano 226, é considerada uma das sete maravilhas da Antiguidade. A nova criação, que também ficaria na ilha de Rodes, mas nos arredores da cidade, não será meramente uma réplica da anterior, mas uma versão atualizada, com 150 metros –o equivalente a um prédio de 50 andares e cinco vezes o tamanho da estátua original, de 30 metros. O novo colosso, revestido com painéis de energia solar, deve abrigar um museu, uma livraria, um centro cultural e um farol para orientar os navios que chegarem ao porto. Para evitar o mesmo destino do monumento original, a construção terá duas estruturas –uma de concreto e outra de metal–, separadas por molas, para mantê-la de pé e resistente a tremores de terra. Para mais sustentação, ela também será montada em um tripé, formado pelas duas pernas do deus e sua capa. Segundo o projeto, a construção deve custar cerca de € 260 milhões (mais de R$ 1 bilhão) e levaria três ou quatro anos para ficar pronta. Outras tentativas de reconstruir o colosso nos últimos anos falharam justamente pelo alto custo envolvido. O grupo de arquitetos, com representantes gregos, espanhóis e italianos, pretende encontrar investidores para bancar o projeto e considera usar até mesmo uma campanha de financiamento coletivo pela internet para obter o valor necessário. Segundo um estudo feito pelo próprio grupo, o novo colosso poderia render até € 2 bilhões de euros de receita por ano para a Grécia. O colosso de Rodes original, que, acredita-se, foi construído pelo escultor Carés de Lindos cerca de 300 anos antes do nascimento de Cristo, era uma homenagem ao deus grego Hélio, que simboliza o Sol. As outras maravilhas da Antiguidade são o templo de Ártemis, os jardins suspensos da Babilônia, o mausoléu de Halicarnassus, o farol de Alexandria, a estátua de Zeus e a Grande Pirâmide de Gizé. Apenas a última ainda existe. Projeto do novo colosso de Rodes
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Grupo quer reconstruir 'maravilha do mundo' 5 vezes maior que a originalUm grupo de arquitetos europeus pretende construir um novo colosso de Rodes. A estátua original, destruída por um terremoto no ano 226, é considerada uma das sete maravilhas da Antiguidade. A nova criação, que também ficaria na ilha de Rodes, mas nos arredores da cidade, não será meramente uma réplica da anterior, mas uma versão atualizada, com 150 metros –o equivalente a um prédio de 50 andares e cinco vezes o tamanho da estátua original, de 30 metros. O novo colosso, revestido com painéis de energia solar, deve abrigar um museu, uma livraria, um centro cultural e um farol para orientar os navios que chegarem ao porto. Para evitar o mesmo destino do monumento original, a construção terá duas estruturas –uma de concreto e outra de metal–, separadas por molas, para mantê-la de pé e resistente a tremores de terra. Para mais sustentação, ela também será montada em um tripé, formado pelas duas pernas do deus e sua capa. Segundo o projeto, a construção deve custar cerca de € 260 milhões (mais de R$ 1 bilhão) e levaria três ou quatro anos para ficar pronta. Outras tentativas de reconstruir o colosso nos últimos anos falharam justamente pelo alto custo envolvido. O grupo de arquitetos, com representantes gregos, espanhóis e italianos, pretende encontrar investidores para bancar o projeto e considera usar até mesmo uma campanha de financiamento coletivo pela internet para obter o valor necessário. Segundo um estudo feito pelo próprio grupo, o novo colosso poderia render até € 2 bilhões de euros de receita por ano para a Grécia. O colosso de Rodes original, que, acredita-se, foi construído pelo escultor Carés de Lindos cerca de 300 anos antes do nascimento de Cristo, era uma homenagem ao deus grego Hélio, que simboliza o Sol. As outras maravilhas da Antiguidade são o templo de Ártemis, os jardins suspensos da Babilônia, o mausoléu de Halicarnassus, o farol de Alexandria, a estátua de Zeus e a Grande Pirâmide de Gizé. Apenas a última ainda existe. Projeto do novo colosso de Rodes
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PSDB não precisa de plano B, diz prefeito próximo a Alckmin
O PSDB não precisa de um plano B, o prefeito João Doria fará melhor ao país se ficar quatro anos no cargo para que foi eleito e o candidato tucano a presidente em 2018 deve ser o governador Geraldo Alckmin (SP). A sentença resume o pensamento de um dos porta-vozes do grupo de Alckmin, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Aos 38 anos, ele é o principal expoente da "ala jovem", ou "cabeça preta", em contraposição ao grisalho dos partidários mais velhos, do PSDB de São Paulo. Está na linha de frente de um movimento de prefeitos que busca agora nacionalizar-se, dando capilaridade à ideia de que Alckmin é viável como candidato e tem a máquina a seu favor. Estão no time os prefeitos de São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Santo André, São José dos Campos, Jundiaí e outros. Sua fala é um manifesto dessa ala. Alckmin foi acusado por delatores na Operação Lava Jato de ter recebido R$ 10,7 milhões pelo caixa dois em 2010 e 2014, o que nega. "Ele terá sua idoneidade provada", diz Barbosa, reeleito em 2016 e que ostenta altos índices de popularidade segundo pesquisas locais. No vácuo de lideranças do PSDB, já que o senador Aécio Neves (MG) foi atingido ainda mais duramente que Alckmin pelas denúncias, emerge o nome do prefeito paulistano. Doria, cria de Alckmin, tem se estranhado com o criador ao divergir sobre temas como a concessão de vias em São Paulo. Barbosa dá a senha do grupo alckimista, dizendo que Doria precisa mostrar serviço, e fazer isso na prefeitura em quatro anos, para daí alçar "voo muito maior na política nacional". Resta combinar com os russos: Doria tem intenções de voto superiores à do governador na mais recente pesquisa Datafolha (11% contra 8%, nos melhores cenários), e rejeição inferior (16% versus 28%). Vestindo jeans e camisa social, Barbosa falou à Folha na manhã da sexta (12) em seu gabinete no Palácio José Bonifácio (1939), sede da prefeitura da principal cidade litorânea de São Paulo. * Folha - Como o sr. avalia o impacto da Lava Jato no PSDB? Paulo Alexandre Barbosa - Acho que a Lava Jato tem uma importância fundamental para a história do país. Ao final do processo, respeitando o direito de defesa, teremos a oportunidade de separar o joio do trigo. Eu acredito que a reputação é algo que você constrói dentro de uma trajetória. O Geraldo Alckmin, por exemplo, é uma pessoa correta ao longo dos seus 40 anos de vida pública. Um homem honesto, de vida modesta, não tenho dúvida: ele jamais cometeu um deslize ético. Ele terá sua idoneidade comprovada, sua reputação ética vai ficar reforçada. Mas o tempo da política não é o mesmo tempo da Justiça, pensando em 2018. Uma denúncia de delatores que cometeram atos criminosos não pode destruir a reputação de quem tem uma carreira. E a sociedade irá julgar isso no momento correto, na hora da eleição. O sr. acha que o PSDB fecharia com Alckmin candidato ? O Brasil hoje vive o reflexo de políticas populistas, irresponsabilidade fiscal, e estamos pagando o preço por tudo isso. Tudo o que o Brasil precisa é de estabilidade, austeridade, o caminho que São Paulo vem percorrendo há muitos anos. Chegou a hora de o Brasil provar o que São Paulo provou e aprovou. O Brasil precisa experimentar esse caminho de estabilidade. Não é à toa que São Paulo tenha a posição de destaque que tem na gestão fiscal. Isso começou com [o governador tucano] Mário Covas e é conduzido pelo Geraldo. Ninguém é escolhido quatro vezes governador do maior Estado do país, tendo em vista a seletividade de sua população, se não tiver todos esse predicados. A Presidência não é um desejo pessoal, não é vontade própria, é uma construção. E o Geraldo se preparou ao longo de sua vida para essa função. Não tenho dúvida de que no tempo certo ele será o candidato do PSDB. Como o sr. avalia o movimento em torno do nome do prefeito João Doria? O Doria teve uma eleição extraordinária, com apoio incondicional do governador. Até pela eleição que teve, criou uma enorme expectativa. Acho que durante esses quatro anos ele vai retribuir essa expectativa, não tenho dúvida de que ele será o melhor prefeito da história de São Paulo. Melhor que a eleição dele, só uma boa gestão de quatro anos. E Doria é correto, tem falado de sua lealdade ao governador o tempo todo, ele faz parte de um grupo. Não há por que duvidar do Doria. Eu acho que a melhor contribuição que ele tem a dar para um projeto de país é ser o melhor prefeito da cidade mais importante do Brasil. Se Doria estiver mais bem colocado ao fim do ano, numa posição mais confortável do que outros pré-candidatos, o partido poderia apoiá-lo? Pesquisa é fotografia do momento. A própria experiência do Doria reflete isso. O que constrói uma candidatura são vários fatores: a questão da trajetória, do preparo. O PSDB não precisa de um plano B. O partido tem a clareza de que a melhor opção para o Brasil é o Geraldo, que se preparou para isso. O arco de alianças é importante. Falando nas alianças, como fica o PSB? Todas as especulações estaduais no PSDB só levam em conta nomes tucanos, o que leva ao sentimento no PSB de que ele está excluído dos planos. Como o sr. vê isso? O PSB é um aliado estratégico. O [vice] Márcio França é um aliado leal do governador, um parceiro importante. Vamos trabalhar para que a aliança possa se manter, ser preservada nas eleições de 2018. O momento certo para decisões é o ano que vem. França pode então ser candidato a governador? O mais importante é manter a aliança. A discussão de nomes é secundária. O programa de TV do PSDB defendeu uma nova política, mas por outro lado há a necessidade de fazer a defesa de nomes mais tradicionais. Não há uma tensão nessa dicotomia? O que a população espera, em função de tudo o que aconteceu, são novas práticas. Fazer diferente. Para isso, é preciso ter pessoas com princípios, valores, não necessariamente ligadas a uma cronologia, uma idade. No fim, a população vai escolher quem está mais preparado para implantar valores e novos princípios. O sr. está no centro de uma movimentação de prefeitos tucanos para definir uma linha de atuação para 2018. O sr. pode elaborar sobre isso? O [governador Franco] Montoro dizia que o cidadão não vive na União, no Estado, e sim no município. A política começa na cidade, ela deve ser a base para a transformação do país. Estamos então dialogando para construir um projeto nacional com referência no trabalho do Geraldo. O PSDB está maduro. O sr. fala em novas práticas. O PSDB está envolvido com denúncias de caixa dois e corrupção, e adotou um discurso de mea culpa. O sr. concorda? Não se deve ter compromisso com o erro. É importante fazer os ajustes, as correções, e seguir em frente. Como a experiência em São Paulo pode ser vendida nacionalmente? Eleição é expectativa, e agora temos a cobrança da população por melhora na saúde, na educação, na mobilidade. A grande referência desse sucesso eleitoral de 2016 é a cidade de São Paulo. Por isso é tão importante para todos nós, prefeitos, o trabalho que o Doria vai fazer nesses próximos quatro anos. Vai ser uma referência para o país, e vai credenciá-lo para um plano de voo muito maior na política nacional depois desses quatro anos. Até aqui houve citações, como no caso de Alckmin e do [João Paulo] Papa [antecessor de Barbosa], mas vocês estão preparados para quando a onda de novas delações, pelo que se sabe, atingir o Estado? A tranquilidade é total. Eu ponho a mão no fogo pelo governador. Qualquer tipo de questionamento que surgir será respondido com toda a transparência. Não há o que temer. Vamos dar todo o apoio a ele, confiamos na sua trajetória, no exemplo de de vida que ele traz.
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PSDB não precisa de plano B, diz prefeito próximo a AlckminO PSDB não precisa de um plano B, o prefeito João Doria fará melhor ao país se ficar quatro anos no cargo para que foi eleito e o candidato tucano a presidente em 2018 deve ser o governador Geraldo Alckmin (SP). A sentença resume o pensamento de um dos porta-vozes do grupo de Alckmin, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Aos 38 anos, ele é o principal expoente da "ala jovem", ou "cabeça preta", em contraposição ao grisalho dos partidários mais velhos, do PSDB de São Paulo. Está na linha de frente de um movimento de prefeitos que busca agora nacionalizar-se, dando capilaridade à ideia de que Alckmin é viável como candidato e tem a máquina a seu favor. Estão no time os prefeitos de São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Santo André, São José dos Campos, Jundiaí e outros. Sua fala é um manifesto dessa ala. Alckmin foi acusado por delatores na Operação Lava Jato de ter recebido R$ 10,7 milhões pelo caixa dois em 2010 e 2014, o que nega. "Ele terá sua idoneidade provada", diz Barbosa, reeleito em 2016 e que ostenta altos índices de popularidade segundo pesquisas locais. No vácuo de lideranças do PSDB, já que o senador Aécio Neves (MG) foi atingido ainda mais duramente que Alckmin pelas denúncias, emerge o nome do prefeito paulistano. Doria, cria de Alckmin, tem se estranhado com o criador ao divergir sobre temas como a concessão de vias em São Paulo. Barbosa dá a senha do grupo alckimista, dizendo que Doria precisa mostrar serviço, e fazer isso na prefeitura em quatro anos, para daí alçar "voo muito maior na política nacional". Resta combinar com os russos: Doria tem intenções de voto superiores à do governador na mais recente pesquisa Datafolha (11% contra 8%, nos melhores cenários), e rejeição inferior (16% versus 28%). Vestindo jeans e camisa social, Barbosa falou à Folha na manhã da sexta (12) em seu gabinete no Palácio José Bonifácio (1939), sede da prefeitura da principal cidade litorânea de São Paulo. * Folha - Como o sr. avalia o impacto da Lava Jato no PSDB? Paulo Alexandre Barbosa - Acho que a Lava Jato tem uma importância fundamental para a história do país. Ao final do processo, respeitando o direito de defesa, teremos a oportunidade de separar o joio do trigo. Eu acredito que a reputação é algo que você constrói dentro de uma trajetória. O Geraldo Alckmin, por exemplo, é uma pessoa correta ao longo dos seus 40 anos de vida pública. Um homem honesto, de vida modesta, não tenho dúvida: ele jamais cometeu um deslize ético. Ele terá sua idoneidade comprovada, sua reputação ética vai ficar reforçada. Mas o tempo da política não é o mesmo tempo da Justiça, pensando em 2018. Uma denúncia de delatores que cometeram atos criminosos não pode destruir a reputação de quem tem uma carreira. E a sociedade irá julgar isso no momento correto, na hora da eleição. O sr. acha que o PSDB fecharia com Alckmin candidato ? O Brasil hoje vive o reflexo de políticas populistas, irresponsabilidade fiscal, e estamos pagando o preço por tudo isso. Tudo o que o Brasil precisa é de estabilidade, austeridade, o caminho que São Paulo vem percorrendo há muitos anos. Chegou a hora de o Brasil provar o que São Paulo provou e aprovou. O Brasil precisa experimentar esse caminho de estabilidade. Não é à toa que São Paulo tenha a posição de destaque que tem na gestão fiscal. Isso começou com [o governador tucano] Mário Covas e é conduzido pelo Geraldo. Ninguém é escolhido quatro vezes governador do maior Estado do país, tendo em vista a seletividade de sua população, se não tiver todos esse predicados. A Presidência não é um desejo pessoal, não é vontade própria, é uma construção. E o Geraldo se preparou ao longo de sua vida para essa função. Não tenho dúvida de que no tempo certo ele será o candidato do PSDB. Como o sr. avalia o movimento em torno do nome do prefeito João Doria? O Doria teve uma eleição extraordinária, com apoio incondicional do governador. Até pela eleição que teve, criou uma enorme expectativa. Acho que durante esses quatro anos ele vai retribuir essa expectativa, não tenho dúvida de que ele será o melhor prefeito da história de São Paulo. Melhor que a eleição dele, só uma boa gestão de quatro anos. E Doria é correto, tem falado de sua lealdade ao governador o tempo todo, ele faz parte de um grupo. Não há por que duvidar do Doria. Eu acho que a melhor contribuição que ele tem a dar para um projeto de país é ser o melhor prefeito da cidade mais importante do Brasil. Se Doria estiver mais bem colocado ao fim do ano, numa posição mais confortável do que outros pré-candidatos, o partido poderia apoiá-lo? Pesquisa é fotografia do momento. A própria experiência do Doria reflete isso. O que constrói uma candidatura são vários fatores: a questão da trajetória, do preparo. O PSDB não precisa de um plano B. O partido tem a clareza de que a melhor opção para o Brasil é o Geraldo, que se preparou para isso. O arco de alianças é importante. Falando nas alianças, como fica o PSB? Todas as especulações estaduais no PSDB só levam em conta nomes tucanos, o que leva ao sentimento no PSB de que ele está excluído dos planos. Como o sr. vê isso? O PSB é um aliado estratégico. O [vice] Márcio França é um aliado leal do governador, um parceiro importante. Vamos trabalhar para que a aliança possa se manter, ser preservada nas eleições de 2018. O momento certo para decisões é o ano que vem. França pode então ser candidato a governador? O mais importante é manter a aliança. A discussão de nomes é secundária. O programa de TV do PSDB defendeu uma nova política, mas por outro lado há a necessidade de fazer a defesa de nomes mais tradicionais. Não há uma tensão nessa dicotomia? O que a população espera, em função de tudo o que aconteceu, são novas práticas. Fazer diferente. Para isso, é preciso ter pessoas com princípios, valores, não necessariamente ligadas a uma cronologia, uma idade. No fim, a população vai escolher quem está mais preparado para implantar valores e novos princípios. O sr. está no centro de uma movimentação de prefeitos tucanos para definir uma linha de atuação para 2018. O sr. pode elaborar sobre isso? O [governador Franco] Montoro dizia que o cidadão não vive na União, no Estado, e sim no município. A política começa na cidade, ela deve ser a base para a transformação do país. Estamos então dialogando para construir um projeto nacional com referência no trabalho do Geraldo. O PSDB está maduro. O sr. fala em novas práticas. O PSDB está envolvido com denúncias de caixa dois e corrupção, e adotou um discurso de mea culpa. O sr. concorda? Não se deve ter compromisso com o erro. É importante fazer os ajustes, as correções, e seguir em frente. Como a experiência em São Paulo pode ser vendida nacionalmente? Eleição é expectativa, e agora temos a cobrança da população por melhora na saúde, na educação, na mobilidade. A grande referência desse sucesso eleitoral de 2016 é a cidade de São Paulo. Por isso é tão importante para todos nós, prefeitos, o trabalho que o Doria vai fazer nesses próximos quatro anos. Vai ser uma referência para o país, e vai credenciá-lo para um plano de voo muito maior na política nacional depois desses quatro anos. Até aqui houve citações, como no caso de Alckmin e do [João Paulo] Papa [antecessor de Barbosa], mas vocês estão preparados para quando a onda de novas delações, pelo que se sabe, atingir o Estado? A tranquilidade é total. Eu ponho a mão no fogo pelo governador. Qualquer tipo de questionamento que surgir será respondido com toda a transparência. Não há o que temer. Vamos dar todo o apoio a ele, confiamos na sua trajetória, no exemplo de de vida que ele traz.
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Dilma declara guerra a Ricardo Pessoa e diz que vai provar que ele mentiu na delação
A presidente Dilma Rousseff declarou guerra ao empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC. Em reuniões internas com integrantes do governo, ela se diz disposta a "anular os benefícios da delação premiada" do empresário, "provando" que ele mente em relação às doações feitas à sua campanha em 2014. GUERRA 2 "Eu não tenho rabo preso com ninguém", disse Dilma em um dos encontros internos, segundo duas testemunhas relataram à coluna. GUERRA 3 Antes de fazer acordo de delação premiada, por sua vez, Ricardo Pessoa disparou vários recados. Ainda preso, ele fez chegar ao governo e a outros empresários a informação de que estava contrariado com uma suposta paralisia de Dilma Rousseff em relação às investigações. GUERRA 4 Empreiteiros investigados na Lava Jato reclamavam que Dilma não se interessava pela Lava Jato por acreditar que a operação ficaria restrita às empresas, sem atingir o governo. Alguns deles acreditavam que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, poderia ter papel mais ativo para "coibir abusos" de policiais e até da Justiça, nas palavras de um empresário. GUERRA 5 Marcelo Odebrecht, por exemplo, foi preso contrariado com a presidente. Ministros que acompanham de perto o caso dizem que interlocutores da família Odebrecht sinalizam que a contrariedade só faz aumentar. GUERRA 6 O ex-tesoureiro do PT João Vaccari também tem emitido sinais de que está se sentindo "abandonado" na prisão de Curitiba. O partido recentemente saiu em sua defesa. EU QUERO É PAZ No meio do tiroteio, José Eduardo Cardozo já dá sinais de esgotamento, segundo amigos próximos. Sentindo-se pressionado pelas empreiteiras, o ministro ficou ainda mais incomodado com a ameaça do PT –o partido diz que vai "convidá-lo" para dar explicações sobre as ações da Polícia Federal, subordinada a ele. CABO DE AÇO A hipótese de Cardozo deixar o governo neste momento, no entanto, é remota, pela relação de extrema confiança que ele tem com a presidente Dilma Rousseff. 'NÃO QUERO CAUSAR ÓDIO', DIZ MARIETA SEVERO Marieta Severo, que divergiu de Fausto Silva no programa dele de domingo (28), diz que "não saiu em defesa de governo" ao exaltar a "inclusão social dos últimos anos". No ar, a atriz rebateu a afirmação do apresentador da Globo de que o Brasil é "o país da desesperança". Folha - Você defendeu o governo federal? Marieta Severo - Não defendi governo, não defendi nada. Foi uma resposta à maneira como ele falou, de que é um momento de desesperança, que a única coisa organizada no Brasil é o crime. Eu não concordo. Estamos num momento muito difícil sim, com problemas na política, no governo, na economia. Não sou cega nem uma otimista tola. Mas já vivemos muitas crises e vamos sair de mais uma. Por que falou de inclusão? A questão da desigualdade social é importante para mim. Isso conta para mim... Não saí em defesa. Só não saí querendo atacar tudo. Você conversou com Faustão após o programa? Não. Fui direto para o aeroporto [em São Paulo] e voltei para o Rio. Democracia é isso. Ele deu a opinião dele de uma forma que eu não poderia concordar, porque não concordo. Aí simplesmente coloquei o meu otimismo de que as coisas serão resolvidas. Viu a repercussão? Não sou muito de internet, mas minhas filhas comentaram comigo. Não quero polemizar. Estamos num momento complicado, de discussões e ódio. E tudo que eu menos quero causar neste momento é mais discussão e ódio. * ANTÍDOTO Chiquinho Scarpa vai se filiar ao PRB (Partido Republicano Brasileiro) nesta quinta-feira (2). Pré-candidato a vereador em São Paulo, ele afirma que sua vontade "é ajudar o país". O morador dos Jardins diz estar "de saco cheio da roubalheira" e decidiu entrar para a política porque "nunca antes o Brasil esteve nessa situação". "Eu não tenho por que roubar. Já possuo tudo que quero. Meu avô era rico, meu pai era rico, eu sou rico." UM DIA DE DOMINGO A apresentadora Sabrina Sato assistiu aos cantores Ivete Sangalo e Criolo interpretando músicas de Tim Maia, no domingo (30), em Santana. A atriz Paloma Bernardi, as cantoras Tulipa Ruiz e Paula Lima e os estilistas Walério Araújo e Patricia Bonaldi também viram o show, promovido pela Nivea. DISPUTA TERRITORIAL Um bate-boca na audiência sobre a lei de zoneamento em SP vai parar no comitê de ética da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A advogada Geraldine Maia, do Movimento Zoneamento Real, vai entrar com uma representação na ordem contra a também advogada Patrizia Tommasini de Souza Coelho, que a chamou de "defensora de infratores" na reunião, na semana passada. DISPUTA 2 "Tentam me desqualificar como profissional, é totalmente antiético", diz Geraldine, que defende a ampliação do comércio nos Jardins, como prevê a prefeitura. Patrizia é contrária à mudança. "Não citei o nome dela e estava na audiência como moradora do bairro, não como advogada", diz. "A gente se acalora, tem vaia e reclamação, mas não a ofendi. Tenho direito de defender meus interesses", completa Patrizia. BELAS E FERAS A modelo Isabel Hickmann foi à festa junina da Way Model, na sexta (26), na sede da agência. Os atores Paulo Gustavo e Marcus Majella e as modelos Amalia Wust e Alicia Kuczman passaram por lá. O apresentador PC Siqueira e o stylist Paulo Martinez também foram ao evento. CURTO-CIRCUITO Paula Toller faz show nesta terça (30), a partir das 21h30, no Teatro Bradesco. 14 anos. A Urban Arts abre nesta terça (30) a exposição "O Milagre dos Peixes", do artista Verdeee, na rua Oscar Freire. A atriz Beatriz Segall participa da edição de estreia do programa "Persona em Foco", nesta terça (30), às 23h30, na TV Cultura. Barbara Ohana canta nesta terça (30), às 21h, no Sesc Pompeia. Grátis. Livre. Brunete Fraccaroli apresenta uma cor que desenvolveu para a marca Silestone, nesta terça (30), às 18h, na Casa Cor. Bandas de música de Minas poderão comprar instrumentos com edital de R$ 1 milhão que o governo estadual lança nesta semana. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Dilma declara guerra a Ricardo Pessoa e diz que vai provar que ele mentiu na delaçãoA presidente Dilma Rousseff declarou guerra ao empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC. Em reuniões internas com integrantes do governo, ela se diz disposta a "anular os benefícios da delação premiada" do empresário, "provando" que ele mente em relação às doações feitas à sua campanha em 2014. GUERRA 2 "Eu não tenho rabo preso com ninguém", disse Dilma em um dos encontros internos, segundo duas testemunhas relataram à coluna. GUERRA 3 Antes de fazer acordo de delação premiada, por sua vez, Ricardo Pessoa disparou vários recados. Ainda preso, ele fez chegar ao governo e a outros empresários a informação de que estava contrariado com uma suposta paralisia de Dilma Rousseff em relação às investigações. GUERRA 4 Empreiteiros investigados na Lava Jato reclamavam que Dilma não se interessava pela Lava Jato por acreditar que a operação ficaria restrita às empresas, sem atingir o governo. Alguns deles acreditavam que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, poderia ter papel mais ativo para "coibir abusos" de policiais e até da Justiça, nas palavras de um empresário. GUERRA 5 Marcelo Odebrecht, por exemplo, foi preso contrariado com a presidente. Ministros que acompanham de perto o caso dizem que interlocutores da família Odebrecht sinalizam que a contrariedade só faz aumentar. GUERRA 6 O ex-tesoureiro do PT João Vaccari também tem emitido sinais de que está se sentindo "abandonado" na prisão de Curitiba. O partido recentemente saiu em sua defesa. EU QUERO É PAZ No meio do tiroteio, José Eduardo Cardozo já dá sinais de esgotamento, segundo amigos próximos. Sentindo-se pressionado pelas empreiteiras, o ministro ficou ainda mais incomodado com a ameaça do PT –o partido diz que vai "convidá-lo" para dar explicações sobre as ações da Polícia Federal, subordinada a ele. CABO DE AÇO A hipótese de Cardozo deixar o governo neste momento, no entanto, é remota, pela relação de extrema confiança que ele tem com a presidente Dilma Rousseff. 'NÃO QUERO CAUSAR ÓDIO', DIZ MARIETA SEVERO Marieta Severo, que divergiu de Fausto Silva no programa dele de domingo (28), diz que "não saiu em defesa de governo" ao exaltar a "inclusão social dos últimos anos". No ar, a atriz rebateu a afirmação do apresentador da Globo de que o Brasil é "o país da desesperança". Folha - Você defendeu o governo federal? Marieta Severo - Não defendi governo, não defendi nada. Foi uma resposta à maneira como ele falou, de que é um momento de desesperança, que a única coisa organizada no Brasil é o crime. Eu não concordo. Estamos num momento muito difícil sim, com problemas na política, no governo, na economia. Não sou cega nem uma otimista tola. Mas já vivemos muitas crises e vamos sair de mais uma. Por que falou de inclusão? A questão da desigualdade social é importante para mim. Isso conta para mim... Não saí em defesa. Só não saí querendo atacar tudo. Você conversou com Faustão após o programa? Não. Fui direto para o aeroporto [em São Paulo] e voltei para o Rio. Democracia é isso. Ele deu a opinião dele de uma forma que eu não poderia concordar, porque não concordo. Aí simplesmente coloquei o meu otimismo de que as coisas serão resolvidas. Viu a repercussão? Não sou muito de internet, mas minhas filhas comentaram comigo. Não quero polemizar. Estamos num momento complicado, de discussões e ódio. E tudo que eu menos quero causar neste momento é mais discussão e ódio. * ANTÍDOTO Chiquinho Scarpa vai se filiar ao PRB (Partido Republicano Brasileiro) nesta quinta-feira (2). Pré-candidato a vereador em São Paulo, ele afirma que sua vontade "é ajudar o país". O morador dos Jardins diz estar "de saco cheio da roubalheira" e decidiu entrar para a política porque "nunca antes o Brasil esteve nessa situação". "Eu não tenho por que roubar. Já possuo tudo que quero. Meu avô era rico, meu pai era rico, eu sou rico." UM DIA DE DOMINGO A apresentadora Sabrina Sato assistiu aos cantores Ivete Sangalo e Criolo interpretando músicas de Tim Maia, no domingo (30), em Santana. A atriz Paloma Bernardi, as cantoras Tulipa Ruiz e Paula Lima e os estilistas Walério Araújo e Patricia Bonaldi também viram o show, promovido pela Nivea. DISPUTA TERRITORIAL Um bate-boca na audiência sobre a lei de zoneamento em SP vai parar no comitê de ética da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A advogada Geraldine Maia, do Movimento Zoneamento Real, vai entrar com uma representação na ordem contra a também advogada Patrizia Tommasini de Souza Coelho, que a chamou de "defensora de infratores" na reunião, na semana passada. DISPUTA 2 "Tentam me desqualificar como profissional, é totalmente antiético", diz Geraldine, que defende a ampliação do comércio nos Jardins, como prevê a prefeitura. Patrizia é contrária à mudança. "Não citei o nome dela e estava na audiência como moradora do bairro, não como advogada", diz. "A gente se acalora, tem vaia e reclamação, mas não a ofendi. Tenho direito de defender meus interesses", completa Patrizia. BELAS E FERAS A modelo Isabel Hickmann foi à festa junina da Way Model, na sexta (26), na sede da agência. Os atores Paulo Gustavo e Marcus Majella e as modelos Amalia Wust e Alicia Kuczman passaram por lá. O apresentador PC Siqueira e o stylist Paulo Martinez também foram ao evento. CURTO-CIRCUITO Paula Toller faz show nesta terça (30), a partir das 21h30, no Teatro Bradesco. 14 anos. A Urban Arts abre nesta terça (30) a exposição "O Milagre dos Peixes", do artista Verdeee, na rua Oscar Freire. A atriz Beatriz Segall participa da edição de estreia do programa "Persona em Foco", nesta terça (30), às 23h30, na TV Cultura. Barbara Ohana canta nesta terça (30), às 21h, no Sesc Pompeia. Grátis. Livre. Brunete Fraccaroli apresenta uma cor que desenvolveu para a marca Silestone, nesta terça (30), às 18h, na Casa Cor. Bandas de música de Minas poderão comprar instrumentos com edital de R$ 1 milhão que o governo estadual lança nesta semana. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Frustração de Hillary cresce conforme corrida das primárias se arrasta
Hillary se irritou com manifestante do grupo ambientalista Greenpeace. Ela comparou o rival democrata Bernie Sanders aos republicanos conservadores do Tea Party. E ela reagiu com raiva quando quase duas dezenas de apoiadores de Sanders caminhavam em um evento perto de sua casa nos arredores de Nova York gritando "se ela ganhar, nós perdemos". "Eles não querem ouvir mais ninguém", ela gritou de volta. "Na verdade, temos que fazer alguma coisa. Não apenas reclamar do que está acontecendo." Após um ano de campanha, meses de debates e 35 eleições primárias, Sanders está finalmente incomodando Hillary na corrida presidencial democrata. Hillary passou semanas ignorando Sanders totalmente e tentando focar no principal candidato republicano, Donald Trump. Agora, após várias derrotas nas primárias e com a perspectiva de uma luta dura em Nova York no final deste mês, Hillary está mostrando momentos de frustração com o senador de Vermont —uma irritação que poderia prejudicar seus esforços para unir o partido em torno de sua candidatura. De acordo com os democratas próximos de Hillary e com o ex-presidente Bill Clinton, ambos estão frustrados com a habilidade de Sanders de se colocar acima da política comum, mesmo disparando o que eles consideram ser ataques enganosos. Os Clinton estão ainda mais irritados porque a abordagem de Sanders parece estar reunindo —e mantendo— jovens eleitores a seu lado. Enquanto a equipe de Hillary Clinton defende que sua nomeação é "quase insuperável", a campanha frequentemente reclama que Sanders não enfrentou o mesmo nível de escrutínio que a ex-secretária de Estado, ex-senadora por Nova York e ex-primeira-dama. Os assessores dela reclamam da retórica de Sanders, alegando que ele está quebrando sua promessa de evitar ataques pessoais, procurando seus discursos pagos e seus laços com Wall Street, e apontam para ações de apoiadores de Sanders vaiando o nome Hillary em seus comícios. O discurso de 15 minutos da atriz Rosario Dawson em um comício de Nova York na quinta-feira —no qual ela reuniu uma multidão gritando "que vergonha, Hillary" e observou que Hillary poderia enfrentar em breve uma investigação do FBI sobre o uso de um servidor de e-mail privado quando estava no Departamento de Estado— destacou as crescentes tensões entre as campanhas. Hillary espera que grandes vitórias em Nova York em 19 de abril e em cinco Estados do Nordeste uma semana depois lhe permitam fechar a nomeação até o final do mês. Mas assessores reconhecem que Sanders, que levantou US$ 109 milhões (R$ 401 milhões) este ano e se comprometeu a levar sua campanha para a convenção do partido em julho, provavelmente não vá sentir pressão política ou financeira significativa para sair da corrida, mesmo se ficar claro que ele não pode ganhar a nomeação. Hillary esteve na disputa de 2008 contra Barack Obama até o amargo fim, embora sua vantagem inicial com superdelegados, que mais tarde passaram para o então senador por Illinois, tenha lhe dado um argumento mais forte para a nomeação. Ao contrário de oito anos atrás, quando a senadora pela Califórnia Dianne Feinstein trouxe Hillary e Obama juntos para uma reunião, poucos democratas estão em posição de negociar a paz entre ela e Sanders. Na maior parte de sua carreira política, Sanders, que se autodescreve como um socialista democrático, se identificava como independente —não como um democrata— deixando-o com laços muito mais fracos com os detentores do poder do partido. Sanders se comprometeu a apoiar Hillary se ela for a candidata. De acordo com uma análise de Associated Press, Sanders deve ganhar 67% dos delegados remanescentes e dos superdelegados não comprometidos —os líderes e funcionários do partido que podem apoiar qualquer candidato— até de junho para ser capaz de conquistar a nomeação democrata. Até agora ele só está ganhando 37%. Joel Benenson, estrategista-chefe de Hillary, disse: "Nós vamos chegar a um ponto no final de abril onde simplesmente não há espaço suficiente para ele superar a vantagem que nós construímos." Ainda assim, qualquer tipo de trégua provavelmente levará semanas, se não meses. ATRASO Por enquanto, Sanders está custando a Hillary tempo, dinheiro e capital político significativos. Suas vitórias nas últimas disputas no Oeste sublinharam as fraquezas dela entre os eleitores mais jovens e brancos da classe trabalhadora, elementos importantes da coalizão democrata. Ele será favorecido nas primárias de Wisconsin nesta terça-feira (5). Sanders está atraindo multidões consideráveis ​​em Nova York, levando 18,5 mil pessoas a um comício no South Bronx na quinta-feira. Uma vitória nesse Estado, que Hillary representou por dois mandatos no Senado, seria um golpe psicológico significativo para a campanha dela, sacudindo democratas já preocupados com seus altos índices nacionais de desaprovação. Hillary é mais dependente da captação tradicional de recursos do que Sanders, que levantou a maior parte de seu dinheiro por pequenas doações on-line. Mesmo se preparando para a primária de Nova York, agendou campanhas de arrecadação de fundos antes disso em Denver, Virginia, Miami e Los Angeles —na casa do ator George Clooney. Ela precisa continuar levantando dólares nas primárias porque as disputas de Junho na Califórnia e em Nova Jersey vão ser caras. Sanders enfrenta menos ansiedades financeiras. O assessor de Sanders, Tad Devine, disse que o senador não estava incentivando seus partidários a perturbar eventos de Hillary e ficou focado em sua própria mensagem. Mas ele também disse que a campanha iria responder quando Hillary deturpasse a campanha e as posições de Sanders. Seus ataques, disse ele, só ajudam Sanders. "Quando seus ataques contra o adversário alimentam a maior fraqueza que você tem, você está prejudicando a si mesmo", afirmou Devine. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
mundo
Frustração de Hillary cresce conforme corrida das primárias se arrastaHillary se irritou com manifestante do grupo ambientalista Greenpeace. Ela comparou o rival democrata Bernie Sanders aos republicanos conservadores do Tea Party. E ela reagiu com raiva quando quase duas dezenas de apoiadores de Sanders caminhavam em um evento perto de sua casa nos arredores de Nova York gritando "se ela ganhar, nós perdemos". "Eles não querem ouvir mais ninguém", ela gritou de volta. "Na verdade, temos que fazer alguma coisa. Não apenas reclamar do que está acontecendo." Após um ano de campanha, meses de debates e 35 eleições primárias, Sanders está finalmente incomodando Hillary na corrida presidencial democrata. Hillary passou semanas ignorando Sanders totalmente e tentando focar no principal candidato republicano, Donald Trump. Agora, após várias derrotas nas primárias e com a perspectiva de uma luta dura em Nova York no final deste mês, Hillary está mostrando momentos de frustração com o senador de Vermont —uma irritação que poderia prejudicar seus esforços para unir o partido em torno de sua candidatura. De acordo com os democratas próximos de Hillary e com o ex-presidente Bill Clinton, ambos estão frustrados com a habilidade de Sanders de se colocar acima da política comum, mesmo disparando o que eles consideram ser ataques enganosos. Os Clinton estão ainda mais irritados porque a abordagem de Sanders parece estar reunindo —e mantendo— jovens eleitores a seu lado. Enquanto a equipe de Hillary Clinton defende que sua nomeação é "quase insuperável", a campanha frequentemente reclama que Sanders não enfrentou o mesmo nível de escrutínio que a ex-secretária de Estado, ex-senadora por Nova York e ex-primeira-dama. Os assessores dela reclamam da retórica de Sanders, alegando que ele está quebrando sua promessa de evitar ataques pessoais, procurando seus discursos pagos e seus laços com Wall Street, e apontam para ações de apoiadores de Sanders vaiando o nome Hillary em seus comícios. O discurso de 15 minutos da atriz Rosario Dawson em um comício de Nova York na quinta-feira —no qual ela reuniu uma multidão gritando "que vergonha, Hillary" e observou que Hillary poderia enfrentar em breve uma investigação do FBI sobre o uso de um servidor de e-mail privado quando estava no Departamento de Estado— destacou as crescentes tensões entre as campanhas. Hillary espera que grandes vitórias em Nova York em 19 de abril e em cinco Estados do Nordeste uma semana depois lhe permitam fechar a nomeação até o final do mês. Mas assessores reconhecem que Sanders, que levantou US$ 109 milhões (R$ 401 milhões) este ano e se comprometeu a levar sua campanha para a convenção do partido em julho, provavelmente não vá sentir pressão política ou financeira significativa para sair da corrida, mesmo se ficar claro que ele não pode ganhar a nomeação. Hillary esteve na disputa de 2008 contra Barack Obama até o amargo fim, embora sua vantagem inicial com superdelegados, que mais tarde passaram para o então senador por Illinois, tenha lhe dado um argumento mais forte para a nomeação. Ao contrário de oito anos atrás, quando a senadora pela Califórnia Dianne Feinstein trouxe Hillary e Obama juntos para uma reunião, poucos democratas estão em posição de negociar a paz entre ela e Sanders. Na maior parte de sua carreira política, Sanders, que se autodescreve como um socialista democrático, se identificava como independente —não como um democrata— deixando-o com laços muito mais fracos com os detentores do poder do partido. Sanders se comprometeu a apoiar Hillary se ela for a candidata. De acordo com uma análise de Associated Press, Sanders deve ganhar 67% dos delegados remanescentes e dos superdelegados não comprometidos —os líderes e funcionários do partido que podem apoiar qualquer candidato— até de junho para ser capaz de conquistar a nomeação democrata. Até agora ele só está ganhando 37%. Joel Benenson, estrategista-chefe de Hillary, disse: "Nós vamos chegar a um ponto no final de abril onde simplesmente não há espaço suficiente para ele superar a vantagem que nós construímos." Ainda assim, qualquer tipo de trégua provavelmente levará semanas, se não meses. ATRASO Por enquanto, Sanders está custando a Hillary tempo, dinheiro e capital político significativos. Suas vitórias nas últimas disputas no Oeste sublinharam as fraquezas dela entre os eleitores mais jovens e brancos da classe trabalhadora, elementos importantes da coalizão democrata. Ele será favorecido nas primárias de Wisconsin nesta terça-feira (5). Sanders está atraindo multidões consideráveis ​​em Nova York, levando 18,5 mil pessoas a um comício no South Bronx na quinta-feira. Uma vitória nesse Estado, que Hillary representou por dois mandatos no Senado, seria um golpe psicológico significativo para a campanha dela, sacudindo democratas já preocupados com seus altos índices nacionais de desaprovação. Hillary é mais dependente da captação tradicional de recursos do que Sanders, que levantou a maior parte de seu dinheiro por pequenas doações on-line. Mesmo se preparando para a primária de Nova York, agendou campanhas de arrecadação de fundos antes disso em Denver, Virginia, Miami e Los Angeles —na casa do ator George Clooney. Ela precisa continuar levantando dólares nas primárias porque as disputas de Junho na Califórnia e em Nova Jersey vão ser caras. Sanders enfrenta menos ansiedades financeiras. O assessor de Sanders, Tad Devine, disse que o senador não estava incentivando seus partidários a perturbar eventos de Hillary e ficou focado em sua própria mensagem. Mas ele também disse que a campanha iria responder quando Hillary deturpasse a campanha e as posições de Sanders. Seus ataques, disse ele, só ajudam Sanders. "Quando seus ataques contra o adversário alimentam a maior fraqueza que você tem, você está prejudicando a si mesmo", afirmou Devine. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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Maternar: Editorial aborda medidas do governo para reduzir cesáreas
Sugiro que mães e pais interessados na discussão sobre as medidas do governo para reduzir o número de cesáreas leiam editorial de hoje da Folha sobre o tema. Assunto é polêmico e costuma dividir opiniões. Clique e leia o editorial ... Leia post completo no blog
cotidiano
Maternar: Editorial aborda medidas do governo para reduzir cesáreasSugiro que mães e pais interessados na discussão sobre as medidas do governo para reduzir o número de cesáreas leiam editorial de hoje da Folha sobre o tema. Assunto é polêmico e costuma dividir opiniões. Clique e leia o editorial ... Leia post completo no blog
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Líbia intercepta 500 imigrantes em barcos a caminho da Europa
A Guarda Costeira da Líbia interceptou neste domingo (3) cinco embarcações com cerca de 500 imigrantes a bordo que tentavam atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa. Os navios foram localizados a oito milhas náuticas da costa líbia, e receberam a ordem de regressar a Misrata, a leste da capital, Trípoli, onde as autoridades instalaram um centro de detenção, informou à AFP o coronel Reda Isa. O episódio é o último de um final de semana marcado por várias operações de salvamento no Mediterrâneo. Mais de 3.700 pessoas foram resgatadas neste sábado (2) e uma dezena foi encontrada morta. A cada dia, centenas de imigrantes embarcam na costa líbia em embarcações precárias com a esperança de chegar ao continente europeu: na travessia, extremamente perigosa, morreram somente no mês de abril 1.200 pessoas, 800 delas em uma das piores tragédias marítimas em décadas. Após a tragédia ocorrida, a UE decidiu reforçar sua presença no mar e triplicar seu orçamento de salvamento marítimo, mas a instável situação política na Líbia favorece a utilização de seu litoral como uma das grandes rotas de trânsito para a Europa.
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Líbia intercepta 500 imigrantes em barcos a caminho da EuropaA Guarda Costeira da Líbia interceptou neste domingo (3) cinco embarcações com cerca de 500 imigrantes a bordo que tentavam atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa. Os navios foram localizados a oito milhas náuticas da costa líbia, e receberam a ordem de regressar a Misrata, a leste da capital, Trípoli, onde as autoridades instalaram um centro de detenção, informou à AFP o coronel Reda Isa. O episódio é o último de um final de semana marcado por várias operações de salvamento no Mediterrâneo. Mais de 3.700 pessoas foram resgatadas neste sábado (2) e uma dezena foi encontrada morta. A cada dia, centenas de imigrantes embarcam na costa líbia em embarcações precárias com a esperança de chegar ao continente europeu: na travessia, extremamente perigosa, morreram somente no mês de abril 1.200 pessoas, 800 delas em uma das piores tragédias marítimas em décadas. Após a tragédia ocorrida, a UE decidiu reforçar sua presença no mar e triplicar seu orçamento de salvamento marítimo, mas a instável situação política na Líbia favorece a utilização de seu litoral como uma das grandes rotas de trânsito para a Europa.
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Cinco quilos mais magro, Milton Cruz deixa de ser técnico do São Paulo
Milton Cruz se despediu nesta quarta-feira (3) do cargo de técnico do São Paulo. Desde que assumiu a equipe, após a saída de Muricy Ramalho, em 26 de março, ele ganhou oito partidas. Em compensação, perdeu cinco quilos. "Eu não estou nem me exercitando, porque se não eu vou sumir. Agora vou tentar recuperar, jogar uma pelada... Faz dois meses que não vejo meus amigos", brincou o treinador, comentando como a pressão de ser técnico do São Paulo afetou sua vida particular. Apesar da pressão, Milton conseguiu dar conta do recado e sai da função deixando o São Paulo bem posicionado no quarto lugar do Brasileiro, com 10 pontos, e com o apoio da torcida, que gritou seu nome antes e depois da vitória por 3 a 2 sobre o Santos, no Morumbi. Nesta última passagem como técnico da equipe –a mais longa de suas 15–, Milton conseguiu aproveitamento de 69,4% dos pontos. Em 12 jogos foram oito vitórias, um empate e três derrotas, com 20 gols marcados e oito sofridos. "Foi gratificante esse período que eu fiquei aqui. Tenho que agradecer à diretoria, que confiou no meu trabalho; à torcida, que sempre me apoiou; aos jogadores, pelo companheirismo e cumplicidade que tiveram comigo; e à minha família, que foi muito positiva comigo, mesmo com toda a correria de ser técnico", afirmou, emocionado, em tom de despedida. Apesar de admitir que já estava tomando gosto pelo cargo de técnico, Milton disse que, com a entrada de Juan Carlos Osorio, voltará às suas antigas atribuições no clube. Ocupando o cargo de coordenador técnico, ele auxiliará Osorio em sua adaptação à equipe. Além disso, trabalhará na prospecção de novos jogadores para o clube e fazendo a ponte entre a equipe sub-20 e a principal. A partir do próximo sábado (6), quando o São Paulo enfrenta o Grêmio, no Morumbi, o time será comandado pelo colombiano. O técnico, que assistiu à partida contra o Santos das tribunas do estádio, teve seu visto de trabalho regularizado pelas autoridades brasileiras. "Eu aprendi com todos os treinadores que passaram pelo São Paulo. Agora, com ele, vou aprender muito mais", disse o aluno Milton, depois de sentir o gosto de ser professor.
esporte
Cinco quilos mais magro, Milton Cruz deixa de ser técnico do São PauloMilton Cruz se despediu nesta quarta-feira (3) do cargo de técnico do São Paulo. Desde que assumiu a equipe, após a saída de Muricy Ramalho, em 26 de março, ele ganhou oito partidas. Em compensação, perdeu cinco quilos. "Eu não estou nem me exercitando, porque se não eu vou sumir. Agora vou tentar recuperar, jogar uma pelada... Faz dois meses que não vejo meus amigos", brincou o treinador, comentando como a pressão de ser técnico do São Paulo afetou sua vida particular. Apesar da pressão, Milton conseguiu dar conta do recado e sai da função deixando o São Paulo bem posicionado no quarto lugar do Brasileiro, com 10 pontos, e com o apoio da torcida, que gritou seu nome antes e depois da vitória por 3 a 2 sobre o Santos, no Morumbi. Nesta última passagem como técnico da equipe –a mais longa de suas 15–, Milton conseguiu aproveitamento de 69,4% dos pontos. Em 12 jogos foram oito vitórias, um empate e três derrotas, com 20 gols marcados e oito sofridos. "Foi gratificante esse período que eu fiquei aqui. Tenho que agradecer à diretoria, que confiou no meu trabalho; à torcida, que sempre me apoiou; aos jogadores, pelo companheirismo e cumplicidade que tiveram comigo; e à minha família, que foi muito positiva comigo, mesmo com toda a correria de ser técnico", afirmou, emocionado, em tom de despedida. Apesar de admitir que já estava tomando gosto pelo cargo de técnico, Milton disse que, com a entrada de Juan Carlos Osorio, voltará às suas antigas atribuições no clube. Ocupando o cargo de coordenador técnico, ele auxiliará Osorio em sua adaptação à equipe. Além disso, trabalhará na prospecção de novos jogadores para o clube e fazendo a ponte entre a equipe sub-20 e a principal. A partir do próximo sábado (6), quando o São Paulo enfrenta o Grêmio, no Morumbi, o time será comandado pelo colombiano. O técnico, que assistiu à partida contra o Santos das tribunas do estádio, teve seu visto de trabalho regularizado pelas autoridades brasileiras. "Eu aprendi com todos os treinadores que passaram pelo São Paulo. Agora, com ele, vou aprender muito mais", disse o aluno Milton, depois de sentir o gosto de ser professor.
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Arquiteto do Itaquerão reclama de atrasos e vê obra com roteiro caótico
Arquiteto do escritório responsável pelo projeto do Itaquerão e contratado pelo Corinthians, Anibal Coutinho avalia o andamento das obras do estádio, a cargo da empreiteira Odebrecht, como um "roteiro caótico". Diz que operação acentua "o aspecto de obra sem fim" e aponta um cenário geral "desrespeitoso e de descalabro". Essas observações constam de um relatório de acompanhamento das obras da Arena Corinthians enviado pelo arquiteto para a diretoria do clube em agosto. O documento, ao qual a Folha teve acesso, revela um quadro de tensão entre o Corinthians e a construtora. Embora faltem poucos dias para o fim dos trabalhos da empresa no estádio, o Itaquerão ainda tem dezenas de itens incompletos, de acordo com ele, que não vê perspectiva de conclusão das obras. Além dos centros de convenções não acabados, muitas partes de acabamento foram deixadas para trás, aponta o parecer. Segundo o arquiteto, o atraso na conclusão do estádio é irregular, considerando o contrato firmado entre o clube e a construtora. O principal problema é que impede a geração de receitas. "Esses prejuízos atingiram principalmente as propriedades de direitos de nomeação, desde o nome do estádio, das áreas VIP, dos camarotes de festas, etc., as quais, progressivamente têm menos valor, tal o desgaste provocado", afirma Anibal em sua análise. De acordo com o ex-presidente do clube, Andrés Sanchez, que supervisiona as obras desde o início, o acompanhamento realizado por Coutinho é uma função estabelecida em contrato. Sanchez, contudo, não quis comentar as críticas. "Para agravar a situação, a implementação das obras segue um roteiro caótico e randômico", descreve Coutinho. Na conclusão, pede "imediata apuração das responsabilidades pelos fatos", dizendo também que a somar-se aos prejuízos já "brutalmente" causados à geração de receitas da arena, está adição de juros. Explica-se: o Corinthians tenta aumentar o prazo de carência do pagamento, para começar a quitar o empréstimo do BNDES em fevereiro do próximo ano. Sendo assim, haverá mais juros, já que as parcelas terminarão mais tarde do que o previsto. Enquanto não sabe se vai conseguir a extensão do prazo, o clube, por meio do fundo que administra a arena, tem de desembolsar R$ 5 milhões por mês para quitar o financiamento. O tempo máximo para o pagamento do empréstimo do BNDES, de R$ 400 milhões, é de 180 meses, ou seja, 15 anos. O valor do estádio, em contrato com a Odebrecht, é de R$ 985 milhões. Com juros, o custo ao Corinthians para erguer sua casa própria é de cerca de R$ 1,2 bilhão. Procurado, o arquiteto não quis comentar o relatório. OUTRO LADO Procurada pela reportagem para comentar o relatório do arquiteto do Corinthians, Aníbal Coutinho, que faz críticas contundentes ao andamento das obras da Arena Corinthians, a Odebrecht enviou uma nota. A construtora "reitera que concluirá até o final deste mês as poucas obras de acabamento que ainda faltam na Arena Corinthians. Nos referimos, obviamente, às obras que estão sob nossa responsabilidade". A Odebrecht afirma ainda que "um dos poucos espaços ainda não finalizados é o centro de convenções, que já está quase pronto. Todas as etapas da obra foram estabelecidas de comum acordo com nosso único cliente neste contrato, que é o Sport Club Corinthians Paulista". A construtora conclui: "Assim sendo, não podemos responder a questionamentos de outras empresas ou pessoas que não sejam representantes do SCCP [em referência ao Corinthians]".
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Arquiteto do Itaquerão reclama de atrasos e vê obra com roteiro caóticoArquiteto do escritório responsável pelo projeto do Itaquerão e contratado pelo Corinthians, Anibal Coutinho avalia o andamento das obras do estádio, a cargo da empreiteira Odebrecht, como um "roteiro caótico". Diz que operação acentua "o aspecto de obra sem fim" e aponta um cenário geral "desrespeitoso e de descalabro". Essas observações constam de um relatório de acompanhamento das obras da Arena Corinthians enviado pelo arquiteto para a diretoria do clube em agosto. O documento, ao qual a Folha teve acesso, revela um quadro de tensão entre o Corinthians e a construtora. Embora faltem poucos dias para o fim dos trabalhos da empresa no estádio, o Itaquerão ainda tem dezenas de itens incompletos, de acordo com ele, que não vê perspectiva de conclusão das obras. Além dos centros de convenções não acabados, muitas partes de acabamento foram deixadas para trás, aponta o parecer. Segundo o arquiteto, o atraso na conclusão do estádio é irregular, considerando o contrato firmado entre o clube e a construtora. O principal problema é que impede a geração de receitas. "Esses prejuízos atingiram principalmente as propriedades de direitos de nomeação, desde o nome do estádio, das áreas VIP, dos camarotes de festas, etc., as quais, progressivamente têm menos valor, tal o desgaste provocado", afirma Anibal em sua análise. De acordo com o ex-presidente do clube, Andrés Sanchez, que supervisiona as obras desde o início, o acompanhamento realizado por Coutinho é uma função estabelecida em contrato. Sanchez, contudo, não quis comentar as críticas. "Para agravar a situação, a implementação das obras segue um roteiro caótico e randômico", descreve Coutinho. Na conclusão, pede "imediata apuração das responsabilidades pelos fatos", dizendo também que a somar-se aos prejuízos já "brutalmente" causados à geração de receitas da arena, está adição de juros. Explica-se: o Corinthians tenta aumentar o prazo de carência do pagamento, para começar a quitar o empréstimo do BNDES em fevereiro do próximo ano. Sendo assim, haverá mais juros, já que as parcelas terminarão mais tarde do que o previsto. Enquanto não sabe se vai conseguir a extensão do prazo, o clube, por meio do fundo que administra a arena, tem de desembolsar R$ 5 milhões por mês para quitar o financiamento. O tempo máximo para o pagamento do empréstimo do BNDES, de R$ 400 milhões, é de 180 meses, ou seja, 15 anos. O valor do estádio, em contrato com a Odebrecht, é de R$ 985 milhões. Com juros, o custo ao Corinthians para erguer sua casa própria é de cerca de R$ 1,2 bilhão. Procurado, o arquiteto não quis comentar o relatório. OUTRO LADO Procurada pela reportagem para comentar o relatório do arquiteto do Corinthians, Aníbal Coutinho, que faz críticas contundentes ao andamento das obras da Arena Corinthians, a Odebrecht enviou uma nota. A construtora "reitera que concluirá até o final deste mês as poucas obras de acabamento que ainda faltam na Arena Corinthians. Nos referimos, obviamente, às obras que estão sob nossa responsabilidade". A Odebrecht afirma ainda que "um dos poucos espaços ainda não finalizados é o centro de convenções, que já está quase pronto. Todas as etapas da obra foram estabelecidas de comum acordo com nosso único cliente neste contrato, que é o Sport Club Corinthians Paulista". A construtora conclui: "Assim sendo, não podemos responder a questionamentos de outras empresas ou pessoas que não sejam representantes do SCCP [em referência ao Corinthians]".
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Socuerro! A Dilma foi presa!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! A DILMA FOI PRESA! Olha essa: "Dilma é presa com maconha em Bandeirantes". O problema é que a Dilma não fuma maconha, só sente o efeito! Rarará! E em Curitiba tem um homem que anda no Jardim Botânico de costas. E foi apelidado de: "Brasil da Dilma!" Rarará! E tô adorando a mulher do Cunha. Que usou milhares de dólares das contas da Suiça pra pagar aulas de tênis. E valeu a pena: virou especialista em saques! Só teve aula de saques! E só saca na Suíça! Saca na Suíça e rebate no Brasil! E adorei o nome fantasia da conta: KOEK. Baton na Koek! Rarará! E um leitor me disse que o Cunha Cunheco se formou pela Escola Maluf de Direito! Rarará! E o chargista Pelicano revela a diferença e a semelhança entre Dilma e Cunha. Dilma: "Droga, não consigo aprovar as minhas contas". Cunha: "E eu não consigo esconder as minhas contas!" Os dois são ruins de contas! Rarará! E essa: "Prefeita ostentação será liberada e monitorada por tornozeleira eletrônica". Da Gucci com cristais Swarovski. Tornozeleira é tendência! Se eu for preso, quero tornozeleira da Prada e algemas de sex shop. De pelúcia de oncinha. E se a Marta ganhar, ela não vai ser a prefeita ostentação, vai ser a perfeita ostentação! Rarará! E aí você se cansa da corrupção na politica, vai ver futebol e essa: "Messi será julgado e pode ser preso". Até o Messi? Tem Lava Jato na Espanha? O Messi não tem cara de quem frauda o fisco, o Messi tem cara de quem falsifica uísque. Com aquela cara de garçom de puteiro. Aquele que leva a bandeja com uísque falsificado. Rarará! E como dizia aquela bichinha de língua plesa fã do Messi: "Messeu com o Messi, messeu comigo!" Rarará! Messi, Neymar, Platini, Blatter, Valcke, Aidar! Não tem virgem na zona. Ops, não tem virgem no futebol. Aliás, muito menos no futebol. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Socuerro! A Dilma foi presa!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! A DILMA FOI PRESA! Olha essa: "Dilma é presa com maconha em Bandeirantes". O problema é que a Dilma não fuma maconha, só sente o efeito! Rarará! E em Curitiba tem um homem que anda no Jardim Botânico de costas. E foi apelidado de: "Brasil da Dilma!" Rarará! E tô adorando a mulher do Cunha. Que usou milhares de dólares das contas da Suiça pra pagar aulas de tênis. E valeu a pena: virou especialista em saques! Só teve aula de saques! E só saca na Suíça! Saca na Suíça e rebate no Brasil! E adorei o nome fantasia da conta: KOEK. Baton na Koek! Rarará! E um leitor me disse que o Cunha Cunheco se formou pela Escola Maluf de Direito! Rarará! E o chargista Pelicano revela a diferença e a semelhança entre Dilma e Cunha. Dilma: "Droga, não consigo aprovar as minhas contas". Cunha: "E eu não consigo esconder as minhas contas!" Os dois são ruins de contas! Rarará! E essa: "Prefeita ostentação será liberada e monitorada por tornozeleira eletrônica". Da Gucci com cristais Swarovski. Tornozeleira é tendência! Se eu for preso, quero tornozeleira da Prada e algemas de sex shop. De pelúcia de oncinha. E se a Marta ganhar, ela não vai ser a prefeita ostentação, vai ser a perfeita ostentação! Rarará! E aí você se cansa da corrupção na politica, vai ver futebol e essa: "Messi será julgado e pode ser preso". Até o Messi? Tem Lava Jato na Espanha? O Messi não tem cara de quem frauda o fisco, o Messi tem cara de quem falsifica uísque. Com aquela cara de garçom de puteiro. Aquele que leva a bandeja com uísque falsificado. Rarará! E como dizia aquela bichinha de língua plesa fã do Messi: "Messeu com o Messi, messeu comigo!" Rarará! Messi, Neymar, Platini, Blatter, Valcke, Aidar! Não tem virgem na zona. Ops, não tem virgem no futebol. Aliás, muito menos no futebol. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Erramos: PMDB indica delegado do caso Farah a secretaria municipal de segurança
Diferentemente do que afirmou o texto "PMDB indica delegado do caso Farah a secretaria municipal de segurança" (Cotidiano - 26/03/2015 - 12h51), Francisco Costa Rocha, apelidado de Chico Picadinho, foi representante comercial e corretor de imóveis, e não médico. O texto já foi corrigido.
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Erramos: PMDB indica delegado do caso Farah a secretaria municipal de segurançaDiferentemente do que afirmou o texto "PMDB indica delegado do caso Farah a secretaria municipal de segurança" (Cotidiano - 26/03/2015 - 12h51), Francisco Costa Rocha, apelidado de Chico Picadinho, foi representante comercial e corretor de imóveis, e não médico. O texto já foi corrigido.
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Legião Urbana empolga público em Santos em início de turnê
O músico e ator André Frateschi tinha o plano de ser um regente ao interpretar Renato Russo. Colocado em prática em Santos, litoral paulista, nesta sexta-feira (23), o plano deu muito certo. O show inaugura a turnê em homenagem aos 30 anos do lançamento do primeiro disco da Legião Urbana. "Vocês estão prontos?", perguntou o cantor antes de a apresentação começar, às 23h37, com o hit "Será", incendiando a plateia lotada: o público cantou junto, com as mãos para o alto, no Mendes Convention Center. Assim como faz quando interpreta David Bowie, Frateschi apresentou uma performance teatral. O ator escolheu valorizar o que é dito nas músicas e não buscou ser uma cópia fiel de Renato Russo (1960-96). A sinergia com o público foi automática. "Ele [Frateschi] emocionou todos nós. Envolveu todo mundo que é legionário", disse à Folha a dentista Aline Wander Haagen Cunha, 34. Frateschi dançou como Iggy Pop, mas em alguns momentos também deu passos que lembravam os de Russo, chacoalhando os braços. Na primeira parte do show, a banda apresentou as 11 canções do primeiro álbum, que leva o nome do grupo. Além da música de abertura, foram pontos altos "Ainda É Cedo" –cantada por Marcelo Bonfá–, "Teorema" e "Por Enquanto". Déjà-vu A segunda parte teve músicas de diversas fases da banda. Em "Pais e Filhos", Bonfá cantou de novo, mas desta vez trocou de lugar com Frateschi, que foi para a bateria. Antes do início da música, Dado Villa-Lobos disse que o show era um "déjà-vu coletivo", porque a última apresentação da Legião foi realizada em Santos, em 1995. O titã Paulo Miklos, convidado para cantar "Mais do Mesmo" e "Conexão Amazônica", disse que o show era "um momento histórico". Dado também fez vocais principais. Em "Tempo Perdido" –com Bonfá–, "O Teatro dos Vampiros" e "Índios". Bonfá e Dado se reuniram pela última vez em 2012, quando o ator Wagner Moura assumiu os vocais para um especial da MTV. O bis teve "Faroeste Caboclo", "Perfeição" e "Que País É Este". A última música do espetáculo foi seguida por um insulto da plateia à presidente Dilma Rousseff (PT). A banda se apresenta em Belém (PA), Campo Grande (MS), Pelotas (RS), Itacaré (BA) e outras cidades, algumas pelas quais a formação original nunca passou. O show em São Paulo é no dia 7/11. - SETLIST "Será" "A Dança" "Petróleo do Futuro" "Ainda é Cedo" "Perdidos no Espaço" "Geração Coca-Cola" "O Reggae" "Baader-Meinhof Blues" "Soldados" "Teorema" "Por Enquanto" —- "Tempo Perdido" "Daniel na Cova dos Leões" "Há Tempos" "Dezesseis" "Fábrica" "Eu Sei" "Mais do Mesmo" "Conexão Amazônica" "Pais e Filhos" "Angra dos Reis" "O Teatro dos Vampiros" "Quase Sem Querer" "Índios" Bis "Faroeste Cabloco" "Perfeição" "Que País é Esse?"
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Legião Urbana empolga público em Santos em início de turnêO músico e ator André Frateschi tinha o plano de ser um regente ao interpretar Renato Russo. Colocado em prática em Santos, litoral paulista, nesta sexta-feira (23), o plano deu muito certo. O show inaugura a turnê em homenagem aos 30 anos do lançamento do primeiro disco da Legião Urbana. "Vocês estão prontos?", perguntou o cantor antes de a apresentação começar, às 23h37, com o hit "Será", incendiando a plateia lotada: o público cantou junto, com as mãos para o alto, no Mendes Convention Center. Assim como faz quando interpreta David Bowie, Frateschi apresentou uma performance teatral. O ator escolheu valorizar o que é dito nas músicas e não buscou ser uma cópia fiel de Renato Russo (1960-96). A sinergia com o público foi automática. "Ele [Frateschi] emocionou todos nós. Envolveu todo mundo que é legionário", disse à Folha a dentista Aline Wander Haagen Cunha, 34. Frateschi dançou como Iggy Pop, mas em alguns momentos também deu passos que lembravam os de Russo, chacoalhando os braços. Na primeira parte do show, a banda apresentou as 11 canções do primeiro álbum, que leva o nome do grupo. Além da música de abertura, foram pontos altos "Ainda É Cedo" –cantada por Marcelo Bonfá–, "Teorema" e "Por Enquanto". Déjà-vu A segunda parte teve músicas de diversas fases da banda. Em "Pais e Filhos", Bonfá cantou de novo, mas desta vez trocou de lugar com Frateschi, que foi para a bateria. Antes do início da música, Dado Villa-Lobos disse que o show era um "déjà-vu coletivo", porque a última apresentação da Legião foi realizada em Santos, em 1995. O titã Paulo Miklos, convidado para cantar "Mais do Mesmo" e "Conexão Amazônica", disse que o show era "um momento histórico". Dado também fez vocais principais. Em "Tempo Perdido" –com Bonfá–, "O Teatro dos Vampiros" e "Índios". Bonfá e Dado se reuniram pela última vez em 2012, quando o ator Wagner Moura assumiu os vocais para um especial da MTV. O bis teve "Faroeste Caboclo", "Perfeição" e "Que País É Este". A última música do espetáculo foi seguida por um insulto da plateia à presidente Dilma Rousseff (PT). A banda se apresenta em Belém (PA), Campo Grande (MS), Pelotas (RS), Itacaré (BA) e outras cidades, algumas pelas quais a formação original nunca passou. O show em São Paulo é no dia 7/11. - SETLIST "Será" "A Dança" "Petróleo do Futuro" "Ainda é Cedo" "Perdidos no Espaço" "Geração Coca-Cola" "O Reggae" "Baader-Meinhof Blues" "Soldados" "Teorema" "Por Enquanto" —- "Tempo Perdido" "Daniel na Cova dos Leões" "Há Tempos" "Dezesseis" "Fábrica" "Eu Sei" "Mais do Mesmo" "Conexão Amazônica" "Pais e Filhos" "Angra dos Reis" "O Teatro dos Vampiros" "Quase Sem Querer" "Índios" Bis "Faroeste Cabloco" "Perfeição" "Que País é Esse?"
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Ex-líder dos Smiths, Morrissey começa turnê pelo Brasil nesta terça-feira
A terceira turnê de Morrissey no Brasil, que começa nesta terça-feira (17) em São Paulo, pode ser uma das últimas chances dos fãs para ver o ex-líder do grupo britânico The Smiths ao vivo. Em entrevista à Folha, em outubro, o cantor de 56 anos disse não ter planos concretos para a carreira e que sua vida, a partir de janeiro de 2016, é uma incógnita. Até lá, ele roda o mundo com os shows de "World Peace Is None of Your Business", seu álbum mais recente, lançado em 2014. Os ingressos para a apresentação desta terça, no Teatro Renault, estão esgotados, mas ainda há entradas para o sábado (21), no Citibank Hall. O cantor fará outros dois shows no Brasil: no Rio, na próxima terça (24), e em Brasília, no dia 29 de novembro. Em São Paulo, os shows acontecem em dois formatos diferentes. Na terça, Morrissey toca no Teatro Renault para uma plateia sentada, em lugares pré-determinados. No sábado, o público o assistirá em pé, na pista –até a conclusão desta edição, só não havia mais entradas para os setores pista premium, camarote e plateia superior 1. Se seguir o repertório de seu último show –no sábado (14), no Chile–, Morrissey privilegiará músicas de "World Peace Is None of Your Business". Seis canções do show devem sair desse álbum, entre elas a música-título, o single "Kiss me a Lot", "Istanbul" e "The Bullfighter Dies". No mais, deve cantar clássicos da carreira solo, como "Suedehead" (1988), e dos Smiths –"How Soon Is Now?" e "Meat Is Murder" (1985). MORRISSEY QUANDO ter. (17), às 22h ONDE Teatro Renault, av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, tel. (11) 4003-5588 QUANTO ingressos esgotados CLASSIFICAÇÃO 14 anos QUANDO sáb. (21), às 22h ONDE Citibank Hall, av. das Nações Unidas, 17.955, tel. (11) 4003-5588 QUANTO disponíveis: R$ 550 (camarote setor 2), R$ 200 (plateia superior 2), R$ 180 (plateia superior 3) e R$ 270 (pista) CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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Ex-líder dos Smiths, Morrissey começa turnê pelo Brasil nesta terça-feiraA terceira turnê de Morrissey no Brasil, que começa nesta terça-feira (17) em São Paulo, pode ser uma das últimas chances dos fãs para ver o ex-líder do grupo britânico The Smiths ao vivo. Em entrevista à Folha, em outubro, o cantor de 56 anos disse não ter planos concretos para a carreira e que sua vida, a partir de janeiro de 2016, é uma incógnita. Até lá, ele roda o mundo com os shows de "World Peace Is None of Your Business", seu álbum mais recente, lançado em 2014. Os ingressos para a apresentação desta terça, no Teatro Renault, estão esgotados, mas ainda há entradas para o sábado (21), no Citibank Hall. O cantor fará outros dois shows no Brasil: no Rio, na próxima terça (24), e em Brasília, no dia 29 de novembro. Em São Paulo, os shows acontecem em dois formatos diferentes. Na terça, Morrissey toca no Teatro Renault para uma plateia sentada, em lugares pré-determinados. No sábado, o público o assistirá em pé, na pista –até a conclusão desta edição, só não havia mais entradas para os setores pista premium, camarote e plateia superior 1. Se seguir o repertório de seu último show –no sábado (14), no Chile–, Morrissey privilegiará músicas de "World Peace Is None of Your Business". Seis canções do show devem sair desse álbum, entre elas a música-título, o single "Kiss me a Lot", "Istanbul" e "The Bullfighter Dies". No mais, deve cantar clássicos da carreira solo, como "Suedehead" (1988), e dos Smiths –"How Soon Is Now?" e "Meat Is Murder" (1985). MORRISSEY QUANDO ter. (17), às 22h ONDE Teatro Renault, av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, tel. (11) 4003-5588 QUANTO ingressos esgotados CLASSIFICAÇÃO 14 anos QUANDO sáb. (21), às 22h ONDE Citibank Hall, av. das Nações Unidas, 17.955, tel. (11) 4003-5588 QUANTO disponíveis: R$ 550 (camarote setor 2), R$ 200 (plateia superior 2), R$ 180 (plateia superior 3) e R$ 270 (pista) CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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Jackie Chan será homenageado com Oscar pelo conjunto da carreira
O ator e especialista em artes marciais Jackie Chan irá receber um Oscar pelo conjunto de sua obra, anunciou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos nesta quinta-feira (1º). Chan, astro de 62 anos nascido em Hong Kong que estrelou filmes de Hollywood como "Karatê Kid" e a franquia "A Hora do Rush", irá se juntar ao documentarista Frederick Wiseman, à editora de filmes britânica Anne V. Coates e ao diretor de elenco Lynn Stalmaster, todos contemplados com o prêmio Governors Awards de 2016. Cada um deles receberá uma estatueta honorária do Oscar em reconhecimento à sua contribuição de toda uma vida ao cinema em uma cerimônia de gala em Los Angeles, em novembro. Em um comunicado, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, os classificou como "verdadeiros pioneiros e lendas de seu ofício". Chan estreou nos filmes aos 8 anos de idade e atuou, e às vezes escreveu e dirigiu, em mais de 30 filmes de artes marciais em Hong Kong. Ele jamais ganhou um Oscar. Em agosto, ele foi avaliado como o segundo ator mais bem pago do mundo pela revista Forbes, com ganhos estimados de 61 milhões de dólares em 2016, só ficando atrás de Dwayne Johnson, de "Velozes e Furiosos".
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Jackie Chan será homenageado com Oscar pelo conjunto da carreiraO ator e especialista em artes marciais Jackie Chan irá receber um Oscar pelo conjunto de sua obra, anunciou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos nesta quinta-feira (1º). Chan, astro de 62 anos nascido em Hong Kong que estrelou filmes de Hollywood como "Karatê Kid" e a franquia "A Hora do Rush", irá se juntar ao documentarista Frederick Wiseman, à editora de filmes britânica Anne V. Coates e ao diretor de elenco Lynn Stalmaster, todos contemplados com o prêmio Governors Awards de 2016. Cada um deles receberá uma estatueta honorária do Oscar em reconhecimento à sua contribuição de toda uma vida ao cinema em uma cerimônia de gala em Los Angeles, em novembro. Em um comunicado, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, os classificou como "verdadeiros pioneiros e lendas de seu ofício". Chan estreou nos filmes aos 8 anos de idade e atuou, e às vezes escreveu e dirigiu, em mais de 30 filmes de artes marciais em Hong Kong. Ele jamais ganhou um Oscar. Em agosto, ele foi avaliado como o segundo ator mais bem pago do mundo pela revista Forbes, com ganhos estimados de 61 milhões de dólares em 2016, só ficando atrás de Dwayne Johnson, de "Velozes e Furiosos".
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Grupo curdo abandona negociações de paz na Síria
A principal delegação da oposição na Síria viajou neste sábado (30) da Arábia Saudita para Genebra, na Suiça, onde as Nações Unidas promovem uma rodada de negociações para tentar pôr fim à guerra civil iniciada em 2011. Ainda não está claro, porém, se a delegação vai participar de diálogos diretos com o regime do ditador sírio, Bashar al-Assad. As negociações indiretas começaram nesta sexta-feira (29), com um encontro entre o enviado das Nações Unidas, Staffan de Mistura, e a delegação do governo sírio. O Alto Comitê de Negociações, que reúne as entidades oposicionistas sírias, havia ameaçado boicotar o encontro até que um conjunto de exigências preliminares fosse atendido –libertação de prisioneiros, suspensão dos ataques aéreos a civis pelas forças da Rússia e da Síria e fim do bloqueio do Exército sírio a áreas controladas por rebeldes. Mais tarde, o comitê concordou em enviar a delegação a Genebra, embora ainda insista que não negociará enquanto suas demandas não forem atendidas. Esta é a primeira tentativa de chegar a um acordo para encerrar o conflito desde as fracassadas negociações de 2014. Também neste sábado, integrantes do maior grupo curdo da Sìria deixaram a Suíça após terem sido excluídos das negociações. O copresidente do Partido da União Democrática (PUD), Saleh Muslim, abandonou o encontro quando ficou claro que ele não seria convidado a tomar parte dos diálogos, disse seu porta-voz Nawaf Khalil. A participação dos curdos no diálogo tem sido objeto de polêmica desde antes da reunião de Genebra. A Turquia, que luta contra separatistas curdos em seu território, considera o PUD um grupo terrorista, e o comitê da oposição síria vê o partido como próximo demais do regime de Assad. Diferentemente de outros grupos convidados à reunião, o partido curdo não fora chamado a participar pelo enviado especial da ONU.
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Grupo curdo abandona negociações de paz na SíriaA principal delegação da oposição na Síria viajou neste sábado (30) da Arábia Saudita para Genebra, na Suiça, onde as Nações Unidas promovem uma rodada de negociações para tentar pôr fim à guerra civil iniciada em 2011. Ainda não está claro, porém, se a delegação vai participar de diálogos diretos com o regime do ditador sírio, Bashar al-Assad. As negociações indiretas começaram nesta sexta-feira (29), com um encontro entre o enviado das Nações Unidas, Staffan de Mistura, e a delegação do governo sírio. O Alto Comitê de Negociações, que reúne as entidades oposicionistas sírias, havia ameaçado boicotar o encontro até que um conjunto de exigências preliminares fosse atendido –libertação de prisioneiros, suspensão dos ataques aéreos a civis pelas forças da Rússia e da Síria e fim do bloqueio do Exército sírio a áreas controladas por rebeldes. Mais tarde, o comitê concordou em enviar a delegação a Genebra, embora ainda insista que não negociará enquanto suas demandas não forem atendidas. Esta é a primeira tentativa de chegar a um acordo para encerrar o conflito desde as fracassadas negociações de 2014. Também neste sábado, integrantes do maior grupo curdo da Sìria deixaram a Suíça após terem sido excluídos das negociações. O copresidente do Partido da União Democrática (PUD), Saleh Muslim, abandonou o encontro quando ficou claro que ele não seria convidado a tomar parte dos diálogos, disse seu porta-voz Nawaf Khalil. A participação dos curdos no diálogo tem sido objeto de polêmica desde antes da reunião de Genebra. A Turquia, que luta contra separatistas curdos em seu território, considera o PUD um grupo terrorista, e o comitê da oposição síria vê o partido como próximo demais do regime de Assad. Diferentemente de outros grupos convidados à reunião, o partido curdo não fora chamado a participar pelo enviado especial da ONU.
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Governadores fazem pressão para reduzir exigências da União
Insatisfeitos com a proposta do governo para socorrer os Estados em dificuldade financeira, governadores mobilizaram mais uma vez deputados em Brasília para diminuir as contrapartidas exigidas em troca da ajuda federal. No esforço coletivo, pilotado pelos maiores interessados no programa de socorro —Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul—, os governadores conseguiram emplacar, pela terceira vez, alterações no projeto que deverá ser votado na Câmara. O programa de socorro permite que Estados em calamidade financeira deixem de pagar suas dívida com a União e os bancos estatais, como o Banco do Brasil e o BNDES, por três anos. Como contrapartida, eles teriam que cumprir um rigoroso ajuste fiscal, que prevê privatização de empresas estaduais, congelamento de salários de servidores e menos empréstimos novos, entre outras exigências. Os governadores reclamam, porém, que as contrapartidas são muito elevadas para os três Estados que já decretaram calamidade financeira. Para outros em dificuldade e que poderiam aderir ao programa, as exigências representam uma barreira. Por sugestão dos governadores, o relator do projeto na Câmara, deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), ampliou a lista de ativos que podem ser privatizados sob supervisão da União. Além de empresas de energia, saneamento e bancos, o texto incluiu o item "outros", o que abriria a possibilidade de entrega de imóveis ao governo federal. A obrigação de privatizar estatais enfrenta resistência em Minas e no Rio Grande do Sul. No Rio, a avaliação é que a venda da companhia estadual de saneamento, a Cedae, seria insuficiente para arrumar as contas do Estado. Sob patrocínio do governador José Ivo Sartori (PMDB-RS), o projeto do relator também retira a exigência de congelar benefícios e vantagens de servidores durante a vigência do programa de socorro, para os Estados que aprovarem leis locais de responsabilidade fiscal. Os governadores também conseguiram reduzir de 20% para 10% o corte de incentivos fiscais concedidos, outra exigência feita pelo governo. Antes do início da votação, na noite desta quarta-feira (4), Pedro Paulo afirmou que retiraria exigência de que novos empréstimos tivessem tratamento similar aos do passado. Segundo ele, isso poderia atrapalhar a obtenção de novos financiamentos. O texto da Câmara também cria o status de "pré-acordo", a ser adotado por Estados que têm interesse em aderir ao programa mas ainda não entregaram as contrapartidas à União, como é o caso do Rio. INSATISFAÇÃO Até a conclusão desta edição, os deputados ainda discutiam o texto que modifica o programa de socorro financeiro aos Estados. Outras emendas ao texto do relator estavam na fila de apreciação. A principal delas foi apresentada por Minas Gerais, que aproveitou o clima de insatisfação e falta de dinheiro generalizada dos governadores para ganhar apoio para sua proposta de acerto de contas dos Estados com a União. Importante exportador de minério de ferro, Minas propõe que o governo federal abata da dívida o que o Estado tem a receber da União, R$ 135 bilhões em benefícios fiscais concedidos a exportadores por força de uma lei conhecida como Lei Kandir. A legislação permite que os exportadores deixem de pagar ICMS, o principal imposto estadual, mas prevê que os Estados sejam ressarcidos pela União. O ressarcimento, porém, está emperrado há anos. O vice-presidente da Câmara Fábio Ramalho (PMDB-MG) afirmou que os recursos da Lei Kandir interessam a mais de 20 Estados e que, se fosse levado à votação da maioria da Casa, seria aprovado. O relator Pedro Paulo não contemplou o pleito de Minas no texto, mas Ramalho ainda trabalha para reverter isso. As dívidas Lei sancionada pelo presidente Temer em dezembro permite renegociar dívidas de Estados e municípios com a União, alongando o prazo por 20 anos e reduzindo juros O programa Temer vetou a criação de um programa de recuperação especial para Estados falidos, porque a Câmara retirou contrapartidas que seriam exigidas dos Estados A negociação O governo negociou um pacote de socorro ao Rio, mas o acordo depende da aprovação do novo programa de recuperação proposto ao Congresso
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Governadores fazem pressão para reduzir exigências da UniãoInsatisfeitos com a proposta do governo para socorrer os Estados em dificuldade financeira, governadores mobilizaram mais uma vez deputados em Brasília para diminuir as contrapartidas exigidas em troca da ajuda federal. No esforço coletivo, pilotado pelos maiores interessados no programa de socorro —Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul—, os governadores conseguiram emplacar, pela terceira vez, alterações no projeto que deverá ser votado na Câmara. O programa de socorro permite que Estados em calamidade financeira deixem de pagar suas dívida com a União e os bancos estatais, como o Banco do Brasil e o BNDES, por três anos. Como contrapartida, eles teriam que cumprir um rigoroso ajuste fiscal, que prevê privatização de empresas estaduais, congelamento de salários de servidores e menos empréstimos novos, entre outras exigências. Os governadores reclamam, porém, que as contrapartidas são muito elevadas para os três Estados que já decretaram calamidade financeira. Para outros em dificuldade e que poderiam aderir ao programa, as exigências representam uma barreira. Por sugestão dos governadores, o relator do projeto na Câmara, deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), ampliou a lista de ativos que podem ser privatizados sob supervisão da União. Além de empresas de energia, saneamento e bancos, o texto incluiu o item "outros", o que abriria a possibilidade de entrega de imóveis ao governo federal. A obrigação de privatizar estatais enfrenta resistência em Minas e no Rio Grande do Sul. No Rio, a avaliação é que a venda da companhia estadual de saneamento, a Cedae, seria insuficiente para arrumar as contas do Estado. Sob patrocínio do governador José Ivo Sartori (PMDB-RS), o projeto do relator também retira a exigência de congelar benefícios e vantagens de servidores durante a vigência do programa de socorro, para os Estados que aprovarem leis locais de responsabilidade fiscal. Os governadores também conseguiram reduzir de 20% para 10% o corte de incentivos fiscais concedidos, outra exigência feita pelo governo. Antes do início da votação, na noite desta quarta-feira (4), Pedro Paulo afirmou que retiraria exigência de que novos empréstimos tivessem tratamento similar aos do passado. Segundo ele, isso poderia atrapalhar a obtenção de novos financiamentos. O texto da Câmara também cria o status de "pré-acordo", a ser adotado por Estados que têm interesse em aderir ao programa mas ainda não entregaram as contrapartidas à União, como é o caso do Rio. INSATISFAÇÃO Até a conclusão desta edição, os deputados ainda discutiam o texto que modifica o programa de socorro financeiro aos Estados. Outras emendas ao texto do relator estavam na fila de apreciação. A principal delas foi apresentada por Minas Gerais, que aproveitou o clima de insatisfação e falta de dinheiro generalizada dos governadores para ganhar apoio para sua proposta de acerto de contas dos Estados com a União. Importante exportador de minério de ferro, Minas propõe que o governo federal abata da dívida o que o Estado tem a receber da União, R$ 135 bilhões em benefícios fiscais concedidos a exportadores por força de uma lei conhecida como Lei Kandir. A legislação permite que os exportadores deixem de pagar ICMS, o principal imposto estadual, mas prevê que os Estados sejam ressarcidos pela União. O ressarcimento, porém, está emperrado há anos. O vice-presidente da Câmara Fábio Ramalho (PMDB-MG) afirmou que os recursos da Lei Kandir interessam a mais de 20 Estados e que, se fosse levado à votação da maioria da Casa, seria aprovado. O relator Pedro Paulo não contemplou o pleito de Minas no texto, mas Ramalho ainda trabalha para reverter isso. As dívidas Lei sancionada pelo presidente Temer em dezembro permite renegociar dívidas de Estados e municípios com a União, alongando o prazo por 20 anos e reduzindo juros O programa Temer vetou a criação de um programa de recuperação especial para Estados falidos, porque a Câmara retirou contrapartidas que seriam exigidas dos Estados A negociação O governo negociou um pacote de socorro ao Rio, mas o acordo depende da aprovação do novo programa de recuperação proposto ao Congresso
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Superavit do setor público cai 26% no primeiro trimestre
A economia do setor público para reduzir a dívida pública foi de R$ 19 bilhões no primeiro trimestre de 2015, segundo o Banco Central, uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos nominais, esse é o menor valor desde 2009. A meta de economia para o ano é de R$ 66,3 bilhões. A maior parte do resultado veio dos Estados, que economizaram R$ 12,2 bilhões no período. O governo federal (incluindo BC e INSS) teve superavit de R$ 4,9 bilhões. O restante se refere aos resultados de municípios e estatais (exceto Petrobras e Eletrobras). No acumulado em 12 meses, o setor público registra deficit de R$ 39,2 bilhões (0,70% do PIB). O número piorou em relação ao verificado no final do ano passado, quando o resultado negativo acumulado era de R$ 32,5 bilhões (0,59% do PIB). Esse é o maior deficit em 12 meses em percentual do PIB para a série histórica iniciada em novembro de 2002. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prometeu entregar um superavit de 1,2% do PIB neste ano. O setor público registrou superavit de R$ 239 milhões em março, pior resultado para meses de março desde 2010, quando houve deficit. Entre dezembro e março, a dívida líquida do setor público passou de 34,1% para 33,1% do PIB. A queda se deve à desvalorização do real. A dívida bruta, por outro lado, subiu de 58,9% para 62,4% do PIB. Esse é o maior valor desde que o BC passou a calcular esse indicador com a metodologia atual, em dezembro de 2006. Pela regra anterior, que é a mesma utilizada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), a dívida bruta está em 67% do PIB, maior desde novembro de 2005. Um dos fatores que ajudaram a aumentar a dívida no ano foi a elevação na despesa com juros. As operações do BC no mercado de câmbio por meio de contratos de swap geraram uma despesa de R$ 51 bilhões no trimestre. Isso equivale a mais de um terço do gasto com juros de R$ 144 bilhões no período.
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Superavit do setor público cai 26% no primeiro trimestreA economia do setor público para reduzir a dívida pública foi de R$ 19 bilhões no primeiro trimestre de 2015, segundo o Banco Central, uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos nominais, esse é o menor valor desde 2009. A meta de economia para o ano é de R$ 66,3 bilhões. A maior parte do resultado veio dos Estados, que economizaram R$ 12,2 bilhões no período. O governo federal (incluindo BC e INSS) teve superavit de R$ 4,9 bilhões. O restante se refere aos resultados de municípios e estatais (exceto Petrobras e Eletrobras). No acumulado em 12 meses, o setor público registra deficit de R$ 39,2 bilhões (0,70% do PIB). O número piorou em relação ao verificado no final do ano passado, quando o resultado negativo acumulado era de R$ 32,5 bilhões (0,59% do PIB). Esse é o maior deficit em 12 meses em percentual do PIB para a série histórica iniciada em novembro de 2002. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prometeu entregar um superavit de 1,2% do PIB neste ano. O setor público registrou superavit de R$ 239 milhões em março, pior resultado para meses de março desde 2010, quando houve deficit. Entre dezembro e março, a dívida líquida do setor público passou de 34,1% para 33,1% do PIB. A queda se deve à desvalorização do real. A dívida bruta, por outro lado, subiu de 58,9% para 62,4% do PIB. Esse é o maior valor desde que o BC passou a calcular esse indicador com a metodologia atual, em dezembro de 2006. Pela regra anterior, que é a mesma utilizada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), a dívida bruta está em 67% do PIB, maior desde novembro de 2005. Um dos fatores que ajudaram a aumentar a dívida no ano foi a elevação na despesa com juros. As operações do BC no mercado de câmbio por meio de contratos de swap geraram uma despesa de R$ 51 bilhões no trimestre. Isso equivale a mais de um terço do gasto com juros de R$ 144 bilhões no período.
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Procuradoria pede laudo de vazamento em reservatório em PE
O Ministério Público Federal pediu ao Ministério da Integração Nacional a elaboração de um laudo pericial em cinco dias que assegure que o reservatório de Barreiros, em Sertânia (PE), não teve sua estrutura danificada. Após uma semana da inauguração, a barragem, que faz parte da Transposição do rio São Francisco, começou a vazar nesta sexta-feira (3), destruindo estradas e obrigando 60 famílias a se desalojarem. O vazamento só foi totalmente contido neste sábado (4). A recomendação enviada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica, em Brasília, quer a garantia de que a vazão de água gerada pelo vazamento não afetará outras barragens, como a de Poções e Camalaú, na Paraíba. Assim como Barreiros, ambas são parte do eixo leste da Transposição. "Esses açudes são antigos, mantidos e operados de maneira diferenciada em relação ao sistema operacional a ser adotado pelo novo empreendimento, sendo preciso realizar ações com vistas à recuperação e atualização desses barramentos", diz a procuradora da República Janaína Andrade de Sousa. A procuradora recomenda ainda que barragens com estruturas mais altas que 15 metros ou com capacidade de acumulação igual ou superior a 3 milhões de metros cúbicos sigam a Política Nacional de Barragens e que todos os 21 açudes inseridos na transposição se enquadrem nessas condições. Até o momento, não foi identificado nenhum risco estrutural ao reservatório, que deveria ter sido entregue em 2012. "A barragem está íntegra, permitindo, inclusive, o tráfego de caminhões", diz uma nota do ministério. O reservatório de Barreiros recebe água da estação de bombeamento 5 (EBV-5) e alimenta a estação 6 (EBV-6), que manda água para Monteiro (PB). TRANSPOSIÇÃO Maior obra de infraestrutura hídrica do país, o projeto de integração do rio São Francisco levará água para mais de 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A estrutura é composta por dois eixos: Norte, com 260 km, e o Leste, com 217 km. Todas as obras físicas necessárias à passagem da água no eixo leste foram finalizadas em dezembro de 2016. Com 94,52% de execução, o eixo norte está previsto para ser concluído no segundo semestre deste ano. Inicialmente, a obra, que deveria ter sido concluída há cinco anos, custaria R$ 4,5 bilhões, mas o valor agora está orçado em R$ 8,2 bilhões.
cotidiano
Procuradoria pede laudo de vazamento em reservatório em PEO Ministério Público Federal pediu ao Ministério da Integração Nacional a elaboração de um laudo pericial em cinco dias que assegure que o reservatório de Barreiros, em Sertânia (PE), não teve sua estrutura danificada. Após uma semana da inauguração, a barragem, que faz parte da Transposição do rio São Francisco, começou a vazar nesta sexta-feira (3), destruindo estradas e obrigando 60 famílias a se desalojarem. O vazamento só foi totalmente contido neste sábado (4). A recomendação enviada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica, em Brasília, quer a garantia de que a vazão de água gerada pelo vazamento não afetará outras barragens, como a de Poções e Camalaú, na Paraíba. Assim como Barreiros, ambas são parte do eixo leste da Transposição. "Esses açudes são antigos, mantidos e operados de maneira diferenciada em relação ao sistema operacional a ser adotado pelo novo empreendimento, sendo preciso realizar ações com vistas à recuperação e atualização desses barramentos", diz a procuradora da República Janaína Andrade de Sousa. A procuradora recomenda ainda que barragens com estruturas mais altas que 15 metros ou com capacidade de acumulação igual ou superior a 3 milhões de metros cúbicos sigam a Política Nacional de Barragens e que todos os 21 açudes inseridos na transposição se enquadrem nessas condições. Até o momento, não foi identificado nenhum risco estrutural ao reservatório, que deveria ter sido entregue em 2012. "A barragem está íntegra, permitindo, inclusive, o tráfego de caminhões", diz uma nota do ministério. O reservatório de Barreiros recebe água da estação de bombeamento 5 (EBV-5) e alimenta a estação 6 (EBV-6), que manda água para Monteiro (PB). TRANSPOSIÇÃO Maior obra de infraestrutura hídrica do país, o projeto de integração do rio São Francisco levará água para mais de 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A estrutura é composta por dois eixos: Norte, com 260 km, e o Leste, com 217 km. Todas as obras físicas necessárias à passagem da água no eixo leste foram finalizadas em dezembro de 2016. Com 94,52% de execução, o eixo norte está previsto para ser concluído no segundo semestre deste ano. Inicialmente, a obra, que deveria ter sido concluída há cinco anos, custaria R$ 4,5 bilhões, mas o valor agora está orçado em R$ 8,2 bilhões.
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Nova biografia de Steve Jobs chega ao Brasil; veja lançamentos da semana
O Cifras & Letras seleciona semanalmente lançamentos mais recentes na área de negócios e economia. Confira abaixo os destaques desta semana: NACIONAIS Como Steve Jobs Virou Steve Jobs AUTORES Brent Schlender e Rick Tetzeli EDITORA Intrínseca QUANTO R$ 49,90 (480 págs.) Jornalistas relatam a trajetória do cofundador da Apple, destacando seu amadurecimento após ser expulso da companhia nos anos 1980 e seu retorno a ela. Comunicar para Liderar AUTORES Mílton Jung e Leny Kyrillos EDITORA Contexto QUANTO R$ 39,90 (192 págs.) Jornalista e fonoaudióloga oferecem dicas para que líderes se comuniquem melhor em diferentes situações. Destacam questões como o olhar, a postura, o humor, a roupa e a fala. O Segredo do Sucesso AUTOR David Portes EDITORA Inspira QUANTO R$ 32 (160 págs.) Empresário que iniciou sua carreira vendendo balas oferece 60 dicas para ter sucesso nos negócios. Entre os tópicos do livro estão "Faça da Segunda-Feira o Dia Mais Feliz da Semana" e "Contato é Tudo". Não é Como Nem O Que, Mas Quem AUTOR Claudio Fernandéz-Aráoz EDITORA HSM QUANTO R$ 43 (240 págs.) Consultor especializado na seleção de executivos dá orientações para ter melhores resultados na escolha de profissionais –chamada por ele de "A Grande Decisão"– e sobre como desenvolvê-los. INTERNACIONAIS Clay Water Brick AUTORA Jessica Jackley EDITORA Autopublicação QUANTO US$ 15 na Amazon (226 págs.) Cofundadora do site Kiva, de empréstimos para empreendedores de países pobres, relata histórias e lições de quem iniciou negócios em meio a adversidades. Why Did Europe Conquer The World? AUTOR Philip T. Hoffman EDITORA Princeton University Press QUANTO US$ 29,40 na Amazon (288 págs.) Analisa os motivos que levaram a Europa a conquistar 82% do mundo entre 1492 e 1914, sem ser o continente com tecnologia mais avançada.
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Nova biografia de Steve Jobs chega ao Brasil; veja lançamentos da semanaO Cifras & Letras seleciona semanalmente lançamentos mais recentes na área de negócios e economia. Confira abaixo os destaques desta semana: NACIONAIS Como Steve Jobs Virou Steve Jobs AUTORES Brent Schlender e Rick Tetzeli EDITORA Intrínseca QUANTO R$ 49,90 (480 págs.) Jornalistas relatam a trajetória do cofundador da Apple, destacando seu amadurecimento após ser expulso da companhia nos anos 1980 e seu retorno a ela. Comunicar para Liderar AUTORES Mílton Jung e Leny Kyrillos EDITORA Contexto QUANTO R$ 39,90 (192 págs.) Jornalista e fonoaudióloga oferecem dicas para que líderes se comuniquem melhor em diferentes situações. Destacam questões como o olhar, a postura, o humor, a roupa e a fala. O Segredo do Sucesso AUTOR David Portes EDITORA Inspira QUANTO R$ 32 (160 págs.) Empresário que iniciou sua carreira vendendo balas oferece 60 dicas para ter sucesso nos negócios. Entre os tópicos do livro estão "Faça da Segunda-Feira o Dia Mais Feliz da Semana" e "Contato é Tudo". Não é Como Nem O Que, Mas Quem AUTOR Claudio Fernandéz-Aráoz EDITORA HSM QUANTO R$ 43 (240 págs.) Consultor especializado na seleção de executivos dá orientações para ter melhores resultados na escolha de profissionais –chamada por ele de "A Grande Decisão"– e sobre como desenvolvê-los. INTERNACIONAIS Clay Water Brick AUTORA Jessica Jackley EDITORA Autopublicação QUANTO US$ 15 na Amazon (226 págs.) Cofundadora do site Kiva, de empréstimos para empreendedores de países pobres, relata histórias e lições de quem iniciou negócios em meio a adversidades. Why Did Europe Conquer The World? AUTOR Philip T. Hoffman EDITORA Princeton University Press QUANTO US$ 29,40 na Amazon (288 págs.) Analisa os motivos que levaram a Europa a conquistar 82% do mundo entre 1492 e 1914, sem ser o continente com tecnologia mais avançada.
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Câmara altera proposta de regularização de recursos não declarados
A comissão da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei para regularizar recursos não declarados à Receita aprovou a versão final do texto proposto pelo relator Manoel Júnior (PMDB-PB). A proposta aprovada, que ainda será apreciada pelo plenário, tem mudanças significativas em relação ao texto original enviado pelo Executivo. A versão aprovada pela comissão estabelece que os contribuintes que aderirem ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (Rerct) terão os recursos declarados taxados em 30%, sendo 15% de imposto de renda e 15% de multa. A proposta original do governo era uma tributação de 35%, com divisão das alíquotas em 17,5%. Além disso, o governo queria destinar as receitas das multas a dois fundos, instituídos pela Medida Provisória 683, para compensar Estados prejudicados com as mudanças no ICMS. Mas a Câmara fez uma alteração destinando esses recursos aos Fundos de Participação de Estados e Municípios. "É um ganho fundamental, um socorro para eles [governos regionais]", disse o relator da proposta. Na avaliação dos parlamentares, a mudança na destinação é necessária, uma vez que a tramitação da MP 683 está praticamente parada. Os deputados acreditam que a MP perderá a validade em breve, pois não há entendimento para conversão da medida em lei. A tramitação do projeto de lei deve ser rápida, na avaliação de deputados envolvidos na proposta. Como possui caráter de urgência, o projeto tranca a pauta de votações da Câmara a partir de hoje. Há uma chance de votação no plenário na próxima terça-feira. "As mudanças estavam sendo discutidas, haviam opiniões diferentes, mas foi uma negociação onde alguns pontos prevaleceu a opinião da Receita e da Fazenda e em outros o relator", disse o presidente da comissão, José Mentor (PT-SP). A versão final do texto foi fechada nesta madrugada, após reunião dos parlamentares com o ministro Levy e técnicos da Receita Federal. A regularização de ativos no exterior é uma das frentes de arrecadação do governo federal, que sofre com as baixas receitas causadas pelo cenário econômico. A proposta sugere que contribuintes que façam adesão ao regime fiquem livres do risco de serem processados por crimes contra a ordem financeira e o sistema tributário. O prazo de adesão será de 180 dias contados após a regulamentação do programa. A proposta prevê que pessoas físicas e jurídicas apresentem uma declaração de regularização, especificando quais ativos estejam em sua posse sem regularização, considerando a data limite de 31 de dezembro de 2014. Na mensagem encaminhada ao Congresso com o projeto, o governo disse que estimativas indicam que a arrecadação aos cofres da União pode atingir cerca de R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões com o programa e que o total de ativos de brasileiros no exterior não declarados pode somar US$ 400 bilhões. Entretanto, com as alterações propostas pelos parlamentares na comissão, deve haver uma frustração nessas receitas estimadas, caso esta versão seja aprovada pela Câmara.
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Câmara altera proposta de regularização de recursos não declaradosA comissão da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei para regularizar recursos não declarados à Receita aprovou a versão final do texto proposto pelo relator Manoel Júnior (PMDB-PB). A proposta aprovada, que ainda será apreciada pelo plenário, tem mudanças significativas em relação ao texto original enviado pelo Executivo. A versão aprovada pela comissão estabelece que os contribuintes que aderirem ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (Rerct) terão os recursos declarados taxados em 30%, sendo 15% de imposto de renda e 15% de multa. A proposta original do governo era uma tributação de 35%, com divisão das alíquotas em 17,5%. Além disso, o governo queria destinar as receitas das multas a dois fundos, instituídos pela Medida Provisória 683, para compensar Estados prejudicados com as mudanças no ICMS. Mas a Câmara fez uma alteração destinando esses recursos aos Fundos de Participação de Estados e Municípios. "É um ganho fundamental, um socorro para eles [governos regionais]", disse o relator da proposta. Na avaliação dos parlamentares, a mudança na destinação é necessária, uma vez que a tramitação da MP 683 está praticamente parada. Os deputados acreditam que a MP perderá a validade em breve, pois não há entendimento para conversão da medida em lei. A tramitação do projeto de lei deve ser rápida, na avaliação de deputados envolvidos na proposta. Como possui caráter de urgência, o projeto tranca a pauta de votações da Câmara a partir de hoje. Há uma chance de votação no plenário na próxima terça-feira. "As mudanças estavam sendo discutidas, haviam opiniões diferentes, mas foi uma negociação onde alguns pontos prevaleceu a opinião da Receita e da Fazenda e em outros o relator", disse o presidente da comissão, José Mentor (PT-SP). A versão final do texto foi fechada nesta madrugada, após reunião dos parlamentares com o ministro Levy e técnicos da Receita Federal. A regularização de ativos no exterior é uma das frentes de arrecadação do governo federal, que sofre com as baixas receitas causadas pelo cenário econômico. A proposta sugere que contribuintes que façam adesão ao regime fiquem livres do risco de serem processados por crimes contra a ordem financeira e o sistema tributário. O prazo de adesão será de 180 dias contados após a regulamentação do programa. A proposta prevê que pessoas físicas e jurídicas apresentem uma declaração de regularização, especificando quais ativos estejam em sua posse sem regularização, considerando a data limite de 31 de dezembro de 2014. Na mensagem encaminhada ao Congresso com o projeto, o governo disse que estimativas indicam que a arrecadação aos cofres da União pode atingir cerca de R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões com o programa e que o total de ativos de brasileiros no exterior não declarados pode somar US$ 400 bilhões. Entretanto, com as alterações propostas pelos parlamentares na comissão, deve haver uma frustração nessas receitas estimadas, caso esta versão seja aprovada pela Câmara.
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Suspeito de matar turista argentina a facadas tem prisão decretada no Rio
A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Douglas Menelick Gonzaga, 32, um dos acusados de matar a facadas uma turista argentina na madrugada de quarta (17), na praia de Copacabana, zona sul . Laura Pâmela Vianna, 25, e três amigas estavam na areia da praia quando foram abordadas por dois criminosos por volta das 2h30. Elas tentaram fugir. Laura sofreu uma facada no tórax. A turista chegou a ser socorrida e levada para o hospital municipal Miguel Couto, na zona sul do Rio, mas não resistiu ao ferimento. Douglas foi preso com o outro acusado, Paulo Henrique Coelho Moreira, 21, na mesma madrugada, acusados de participar do crime. A arma do crime não foi encontrada. Segundo a Justiça do Rio, Douglas estava em liberdade provisória. Em 11 de janeiro, ele foi preso por roubo, mas obteve a liberdade provisória por ser considerado "réu primário em crime de menor gravidade". Ao determinar a prisão preventiva, na sexta-feira (19), o juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal, considerou a reincidência e o dolo (intenção) do crime. "A nova prisão em flagrante do acusado constitui forte indício de que o mesmo continuou praticando crimes da mesma natureza, havendo, inclusive, reconhecimento das vítimas", escreveu o juiz num trecho da decisão. O corpo da turista foi levado para o país na quinta-feira, segundo o site argentino "La Nácion". Laura era casada e mãe de um menino de quatro anos. Por decisão do pai, ele saberia da morte apenas na Argentina, acompanhado de psicólogos.
cotidiano
Suspeito de matar turista argentina a facadas tem prisão decretada no RioA Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Douglas Menelick Gonzaga, 32, um dos acusados de matar a facadas uma turista argentina na madrugada de quarta (17), na praia de Copacabana, zona sul . Laura Pâmela Vianna, 25, e três amigas estavam na areia da praia quando foram abordadas por dois criminosos por volta das 2h30. Elas tentaram fugir. Laura sofreu uma facada no tórax. A turista chegou a ser socorrida e levada para o hospital municipal Miguel Couto, na zona sul do Rio, mas não resistiu ao ferimento. Douglas foi preso com o outro acusado, Paulo Henrique Coelho Moreira, 21, na mesma madrugada, acusados de participar do crime. A arma do crime não foi encontrada. Segundo a Justiça do Rio, Douglas estava em liberdade provisória. Em 11 de janeiro, ele foi preso por roubo, mas obteve a liberdade provisória por ser considerado "réu primário em crime de menor gravidade". Ao determinar a prisão preventiva, na sexta-feira (19), o juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal, considerou a reincidência e o dolo (intenção) do crime. "A nova prisão em flagrante do acusado constitui forte indício de que o mesmo continuou praticando crimes da mesma natureza, havendo, inclusive, reconhecimento das vítimas", escreveu o juiz num trecho da decisão. O corpo da turista foi levado para o país na quinta-feira, segundo o site argentino "La Nácion". Laura era casada e mãe de um menino de quatro anos. Por decisão do pai, ele saberia da morte apenas na Argentina, acompanhado de psicólogos.
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Como o comunismo usou neon para afastar fantasmas do stalinismo na Polônia
Na Polônia comunista do final dos anos 50, o colorido das luzes de neon —emblema do capitalismo no Ocidente— foi uma das armas usadas pelo regime para apagar a memória do negro período stalinista e acalmar uma população ansiosa por mudanças. A história, pouco documentada, está conservada entre as paredes de tijolos vermelhos de uma antiga fábrica de biscoitos convertida no Museu do Neon por um casal de britânicos. "Houve uma 'campanha de neonização' bem planejada", explicou à BBC Brasil o artista gráfico David Hill, que criou o espaço há dez anos junto com sua parceira, Ilona Karwinska, fotógrafa de origem polaca. Hill, que pesquisou o tema durante muitos anos, afirma que a campanha foi confiada a arquitetos e artistas poloneses renomados, que tinham a missão de redefinir a paisagem urbana e a imagem visual do regime comunista. "As autoridades acreditavam que, com a banalização dos painéis de neon, podiam levar um pouco da magia ocidental às cidades polonesas e satisfazer, de uma certa forma, o desejo de modernização". Para o governo, os painéis, inteiramente concebidos e produzidos no país, funcionavam como mais uma exibição da força e do talento dos trabalhadores da República Popular da Polônia. Hill destaca a "alta qualidade do trabalho, tanto técnico como gráfico". "Os traços daqueles painéis da Guerra Fria são modernos até para nossa época. Para mim, são pura arte eletrográfica. Mas há uma relação fascinante entre a arte soviética e o uso que o regime fazia dela", afirma. 'LAS VEGAS SOCIALISTA' Em poucos anos, a campanha de "neonização" daria a Varsóvia uma imagem noturna comparável a de grandes centros capitalistas do ocidente, como Nova York ou Las Vegas. Entre os anos 60 e 70, a Avenida Pulawska, uma das principais artérias no sul da capital polonesa, tinha mais de mil painéis coloridos brilhando entre os blocos de concreto soviéticos de 14,5 quilômetros de extensão. Na cidade de Poznan, a sede da Orquestra Filarmônica ganhou um painel animado de 25 metros de extensão no qual dezenas de pássaros coloridos se alternavam cantando sobre uma nota musical. Diferentemente do Ocidente, os neons poloneses não estavam associados a marcas comerciais, mas a símbolos comunistas: um elefante rosa para a loteria nacional; a sereia, símbolo de Varsóvia, coroando um livro na entrada das bibliotecas municipais; uma vaca na porta dos centros de distribuição de leite. "O neon era controlado pelo governo, era publicidade socialista cobrindo todas as ruas das principais cidades", observa Hill. A abundância e variedade das placas luminosas contrastavam com os poucos produtos disponíveis nos estabelecimentos que anunciavam. Ele cita uma pequena loja de flores "controlada por duas senhoras velhinhas que deveria ter umas oitenta plantas à venda, nada mais, e quase nenhum cliente". "Mas a fachada da floricultura era inteiramente coberta de flores de neon coloridas. Quer dizer: tinha mais investimento no neon do que na loja em si", revela. PEÇAS DE MUSEU Os painéis de neon perderam espaço com a decadência do regime comunista durante os anos 80, e com a abertura política. "Houve um desejo de modernização e de romper com tudo o que ligava o país ao passado comunista. Os painéis de neon eram um símbolo forte desse período. Então pouca gente tinha interesse ou dinheiro para restaurar e manter esses painéis, o que é caro e complicado. A política os criou e a política os destruiu", afirma Hill. Foi o desejo de conservar esse aspecto da história polonesa que o levou a abrir o Museu do Neon, que reúne hoje cerca de 200 painéis, todos do período da Guerra Fria, alguns deles acompanhados de fotos de época e de reproduções dos projetos originais. As peças da coleção foram todas doadas por proprietários que queriam se desfazer da herança comunista.
mundo
Como o comunismo usou neon para afastar fantasmas do stalinismo na PolôniaNa Polônia comunista do final dos anos 50, o colorido das luzes de neon —emblema do capitalismo no Ocidente— foi uma das armas usadas pelo regime para apagar a memória do negro período stalinista e acalmar uma população ansiosa por mudanças. A história, pouco documentada, está conservada entre as paredes de tijolos vermelhos de uma antiga fábrica de biscoitos convertida no Museu do Neon por um casal de britânicos. "Houve uma 'campanha de neonização' bem planejada", explicou à BBC Brasil o artista gráfico David Hill, que criou o espaço há dez anos junto com sua parceira, Ilona Karwinska, fotógrafa de origem polaca. Hill, que pesquisou o tema durante muitos anos, afirma que a campanha foi confiada a arquitetos e artistas poloneses renomados, que tinham a missão de redefinir a paisagem urbana e a imagem visual do regime comunista. "As autoridades acreditavam que, com a banalização dos painéis de neon, podiam levar um pouco da magia ocidental às cidades polonesas e satisfazer, de uma certa forma, o desejo de modernização". Para o governo, os painéis, inteiramente concebidos e produzidos no país, funcionavam como mais uma exibição da força e do talento dos trabalhadores da República Popular da Polônia. Hill destaca a "alta qualidade do trabalho, tanto técnico como gráfico". "Os traços daqueles painéis da Guerra Fria são modernos até para nossa época. Para mim, são pura arte eletrográfica. Mas há uma relação fascinante entre a arte soviética e o uso que o regime fazia dela", afirma. 'LAS VEGAS SOCIALISTA' Em poucos anos, a campanha de "neonização" daria a Varsóvia uma imagem noturna comparável a de grandes centros capitalistas do ocidente, como Nova York ou Las Vegas. Entre os anos 60 e 70, a Avenida Pulawska, uma das principais artérias no sul da capital polonesa, tinha mais de mil painéis coloridos brilhando entre os blocos de concreto soviéticos de 14,5 quilômetros de extensão. Na cidade de Poznan, a sede da Orquestra Filarmônica ganhou um painel animado de 25 metros de extensão no qual dezenas de pássaros coloridos se alternavam cantando sobre uma nota musical. Diferentemente do Ocidente, os neons poloneses não estavam associados a marcas comerciais, mas a símbolos comunistas: um elefante rosa para a loteria nacional; a sereia, símbolo de Varsóvia, coroando um livro na entrada das bibliotecas municipais; uma vaca na porta dos centros de distribuição de leite. "O neon era controlado pelo governo, era publicidade socialista cobrindo todas as ruas das principais cidades", observa Hill. A abundância e variedade das placas luminosas contrastavam com os poucos produtos disponíveis nos estabelecimentos que anunciavam. Ele cita uma pequena loja de flores "controlada por duas senhoras velhinhas que deveria ter umas oitenta plantas à venda, nada mais, e quase nenhum cliente". "Mas a fachada da floricultura era inteiramente coberta de flores de neon coloridas. Quer dizer: tinha mais investimento no neon do que na loja em si", revela. PEÇAS DE MUSEU Os painéis de neon perderam espaço com a decadência do regime comunista durante os anos 80, e com a abertura política. "Houve um desejo de modernização e de romper com tudo o que ligava o país ao passado comunista. Os painéis de neon eram um símbolo forte desse período. Então pouca gente tinha interesse ou dinheiro para restaurar e manter esses painéis, o que é caro e complicado. A política os criou e a política os destruiu", afirma Hill. Foi o desejo de conservar esse aspecto da história polonesa que o levou a abrir o Museu do Neon, que reúne hoje cerca de 200 painéis, todos do período da Guerra Fria, alguns deles acompanhados de fotos de época e de reproduções dos projetos originais. As peças da coleção foram todas doadas por proprietários que queriam se desfazer da herança comunista.
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Hospital e UPA passam madrugada sem energia no Campo Limpo
O Hospital Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, está sem energia desde as 21h30 de quinta-feira (1º), e funcionando apenas com o uso de gerador. Apenas atendimentos básicos estão sendo realizados. Segundo a administração do hospital, choveu muito no fim da tarde e toda a região está sem luz. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que fica ao lado, está sem gerador. As pessoas que procuram o atendimento na unidade são direcionadas ao hospital, que está superlotado. Pacientes que precisam realizar exames complexos, como tomografias, são levados por uma ambulância até o Hospital do M'Boi Mirim, no Jardim Ângela, já que o gerador não consegue abastecer o equipamento. Até às 4h desta sexta-feira (2), três pacientes já tinham sido encaminhados para o outro hospital. A administração afirmou que ainda não conseguiu contato com a Eletropaulo desde que o problema começou. E que chegaram a ficar mais 40 minutos na fila de atendimento telefônico. Segundo a Eletropaulo, eles não tinham recebido nenhuma informação sobre falta de luz no hospital. Após o contato da imprensa, a assessoria informou que a companhia enviou imediatamente uma equipe ao local. A Secretaria Municipal da Saúde informou que a UPA ficou sem energia elétrica das 21h40 desta quinta (1º) até às 3h10 desta sexta por conta de um problema do gerador. A pasta disse que a empresa responsável pelo aparelho foi comunicada e um técnico foi acionado para reparar a falha. Casos de gravidade foram transferidos para o Hospital do Campo Limpo, que não teve problema com o gerador. Em nota a secretaria afirmou que "houve duas quedas de energia elétrica na rede, a primeira ocorrendo entre 16h e 20h, sendo que não houve prejuízo no atendimento tanto na UPA quanto no hospital, por conta do funcionamento dos geradores. Na segunda queda de energia, das 21h40 e 5h45, ocorreu o problema do gerador na UPA, sendo resolvido às 3h10."
cotidiano
Hospital e UPA passam madrugada sem energia no Campo LimpoO Hospital Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, está sem energia desde as 21h30 de quinta-feira (1º), e funcionando apenas com o uso de gerador. Apenas atendimentos básicos estão sendo realizados. Segundo a administração do hospital, choveu muito no fim da tarde e toda a região está sem luz. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que fica ao lado, está sem gerador. As pessoas que procuram o atendimento na unidade são direcionadas ao hospital, que está superlotado. Pacientes que precisam realizar exames complexos, como tomografias, são levados por uma ambulância até o Hospital do M'Boi Mirim, no Jardim Ângela, já que o gerador não consegue abastecer o equipamento. Até às 4h desta sexta-feira (2), três pacientes já tinham sido encaminhados para o outro hospital. A administração afirmou que ainda não conseguiu contato com a Eletropaulo desde que o problema começou. E que chegaram a ficar mais 40 minutos na fila de atendimento telefônico. Segundo a Eletropaulo, eles não tinham recebido nenhuma informação sobre falta de luz no hospital. Após o contato da imprensa, a assessoria informou que a companhia enviou imediatamente uma equipe ao local. A Secretaria Municipal da Saúde informou que a UPA ficou sem energia elétrica das 21h40 desta quinta (1º) até às 3h10 desta sexta por conta de um problema do gerador. A pasta disse que a empresa responsável pelo aparelho foi comunicada e um técnico foi acionado para reparar a falha. Casos de gravidade foram transferidos para o Hospital do Campo Limpo, que não teve problema com o gerador. Em nota a secretaria afirmou que "houve duas quedas de energia elétrica na rede, a primeira ocorrendo entre 16h e 20h, sendo que não houve prejuízo no atendimento tanto na UPA quanto no hospital, por conta do funcionamento dos geradores. Na segunda queda de energia, das 21h40 e 5h45, ocorreu o problema do gerador na UPA, sendo resolvido às 3h10."
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Brilho inútil
Reluz na cidade de São Raimundo Nonato, interior do Piauí, o novíssimo Aeroporto Internacional Serra da Capivara. A obra, cuja construção consumiu quase R$ 20 milhões em recursos federais e estaduais e se arrastou por longos 12 anos deveria, em tese, servir para incrementar o desenvolvimento da região e facilitar o acesso de turistas ao parque nacional de mesmo nome. Quatro meses após a inauguração, entretanto, o aeroporto ainda não recebeu nenhum voo comercial. A calmaria só é quebrada por aeronaves particulares, que trazem cerca de 80 passageiros por mês. Segundo o secretário de Turismo do Piauí, as companhias aéreas alegam que não há demanda. Nem mesmo a disposição do governo local de oferecer isenção de tarifas e até patrocinar voos com publicidade nas aeronaves conseguiu reverter a situação. Se a as companhias nacionais não aterrissam no local, certamente não serão as estrangeiras que o farão. Apesar da denominação do aeroporto, sua pista não só é muito curta para receber voos internacionais como não há estrutura para aduana e imigração. A situação levanta dúvidas óbvias sobre a qualidade do projeto executivo do empreendimento, bem como dos estudos de viabilidade que o ampararam –ou será que se imaginou que a mera oferta criaria sua própria demanda? Os problemas não param por aí. De acordo com o Ministério Público Federal, são fortes os indícios de corrupção na execução das obras do aeroporto. O órgão também aponta que falhas na construção da faixa de decolagem podem reduzir sua vida útil e até danificar os aviões que a utilizarem. Como se tudo isso não bastasse, o aeroporto de São Raimundo Nonato é ainda uma proeza da falta perdulária de planejamento. Enquanto se dava a construção da pista, a razão principal de sua criação, o Parque Nacional Serra da Capivara, se degradava pela carência de recursos. Criada em 1979, a unidade de conservação abriga a maior concentração de sítios arqueológicos do país e é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Segundo a arqueóloga Niède Guidon, principal responsável pela existência do complexo, na última década o número de funcionários reduziu-se de 270 para 40. Das 28 guaritas de segurança, diz ela, apenas seis estão funcionando. Em vez de amparo ao parque ora em decadência, o aeroporto piauiense se converteu em exposição didática dos vícios do investimento público nacional. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Brilho inútilReluz na cidade de São Raimundo Nonato, interior do Piauí, o novíssimo Aeroporto Internacional Serra da Capivara. A obra, cuja construção consumiu quase R$ 20 milhões em recursos federais e estaduais e se arrastou por longos 12 anos deveria, em tese, servir para incrementar o desenvolvimento da região e facilitar o acesso de turistas ao parque nacional de mesmo nome. Quatro meses após a inauguração, entretanto, o aeroporto ainda não recebeu nenhum voo comercial. A calmaria só é quebrada por aeronaves particulares, que trazem cerca de 80 passageiros por mês. Segundo o secretário de Turismo do Piauí, as companhias aéreas alegam que não há demanda. Nem mesmo a disposição do governo local de oferecer isenção de tarifas e até patrocinar voos com publicidade nas aeronaves conseguiu reverter a situação. Se a as companhias nacionais não aterrissam no local, certamente não serão as estrangeiras que o farão. Apesar da denominação do aeroporto, sua pista não só é muito curta para receber voos internacionais como não há estrutura para aduana e imigração. A situação levanta dúvidas óbvias sobre a qualidade do projeto executivo do empreendimento, bem como dos estudos de viabilidade que o ampararam –ou será que se imaginou que a mera oferta criaria sua própria demanda? Os problemas não param por aí. De acordo com o Ministério Público Federal, são fortes os indícios de corrupção na execução das obras do aeroporto. O órgão também aponta que falhas na construção da faixa de decolagem podem reduzir sua vida útil e até danificar os aviões que a utilizarem. Como se tudo isso não bastasse, o aeroporto de São Raimundo Nonato é ainda uma proeza da falta perdulária de planejamento. Enquanto se dava a construção da pista, a razão principal de sua criação, o Parque Nacional Serra da Capivara, se degradava pela carência de recursos. Criada em 1979, a unidade de conservação abriga a maior concentração de sítios arqueológicos do país e é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Segundo a arqueóloga Niède Guidon, principal responsável pela existência do complexo, na última década o número de funcionários reduziu-se de 270 para 40. Das 28 guaritas de segurança, diz ela, apenas seis estão funcionando. Em vez de amparo ao parque ora em decadência, o aeroporto piauiense se converteu em exposição didática dos vícios do investimento público nacional. editoriais@grupofolha.com.br
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Fióti indica Mocotó, Sala São Paulo e mais três espaços para curtir SP
DE SÃO PAULO Está sem ideia o que fazer em São Paulo nesta semana? Confira cinco dicas do músico Fióti, 28, para curtir a cidade. Morador de Santana, na zona norte, ele sugere locais como a Sala São Paulo e a Casa de Francisca. 1. Mocotó Gosto muito do baião de dois e dos dadinhos de tapioca da casa. Ah! E tem o purê de mandioca e as cachaças, que são incríveis, além das cervejas artesanais que eles mesmo produzem. Av. Nsa. Sra. do Lorêto, 1100, Vila Medeiros, tel. 2951-3056. * 2. Discopédia A festa rola semanalmente na Trackers e curto o ambiente bem underground, cheio de amigos. Dan Dan, Marco e Nyack são os DJs residents. Só rola discotecagem com disco de vinil. E tem tudo isso sem contar que a maioria das festas é superbarata e acessível. R. Dom José de Barros, 337, República, tel. 3337-5750. * 3. Casa de Francisca O novo espaço, assim como o anterior, é incrível. Ocorrem uns shows ótimos, diversificados, e o cardápio de comidas e bebidas é muito bom. Os vinhos africanos são raros, e vale muito experimentar o nhoque. R. Quintino Bocaiúva, 22, Sé, tel. 3052-0547. * 4. Bar Bambu É um dos melhores botecos da zona norte, cheio de quitutes, como o bolinho de mandioca batida —eles a trituram, deixando-a supermacia e saborosa. As cervejas e cachaças são o ponto alto. Para quem gosta de bagunça, sexta é o dia. R. Cons. Moreira de Barros, 1.084, Santana, tel. 2283-4350. * 5. Sala São Paulo É o melhor lugar da cidade para ver shows —eu mesmo já vi vários, que foram lindos. O Emicida [meu irmão] se apresentou lá com uma orquestra! E há aquele projeto que aos domingos uma apresentação custa R$ 1! Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, tel. 3367-9500.
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Fióti indica Mocotó, Sala São Paulo e mais três espaços para curtir SPDE SÃO PAULO Está sem ideia o que fazer em São Paulo nesta semana? Confira cinco dicas do músico Fióti, 28, para curtir a cidade. Morador de Santana, na zona norte, ele sugere locais como a Sala São Paulo e a Casa de Francisca. 1. Mocotó Gosto muito do baião de dois e dos dadinhos de tapioca da casa. Ah! E tem o purê de mandioca e as cachaças, que são incríveis, além das cervejas artesanais que eles mesmo produzem. Av. Nsa. Sra. do Lorêto, 1100, Vila Medeiros, tel. 2951-3056. * 2. Discopédia A festa rola semanalmente na Trackers e curto o ambiente bem underground, cheio de amigos. Dan Dan, Marco e Nyack são os DJs residents. Só rola discotecagem com disco de vinil. E tem tudo isso sem contar que a maioria das festas é superbarata e acessível. R. Dom José de Barros, 337, República, tel. 3337-5750. * 3. Casa de Francisca O novo espaço, assim como o anterior, é incrível. Ocorrem uns shows ótimos, diversificados, e o cardápio de comidas e bebidas é muito bom. Os vinhos africanos são raros, e vale muito experimentar o nhoque. R. Quintino Bocaiúva, 22, Sé, tel. 3052-0547. * 4. Bar Bambu É um dos melhores botecos da zona norte, cheio de quitutes, como o bolinho de mandioca batida —eles a trituram, deixando-a supermacia e saborosa. As cervejas e cachaças são o ponto alto. Para quem gosta de bagunça, sexta é o dia. R. Cons. Moreira de Barros, 1.084, Santana, tel. 2283-4350. * 5. Sala São Paulo É o melhor lugar da cidade para ver shows —eu mesmo já vi vários, que foram lindos. O Emicida [meu irmão] se apresentou lá com uma orquestra! E há aquele projeto que aos domingos uma apresentação custa R$ 1! Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, tel. 3367-9500.
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'Nossas putarias têm que continuar', escreveu ex-secretário de Cabral
O ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio Côrtes, o empresário Miguel Iskin e Sergio Vianna Junior foram alvos nesta quarta-feira (3) de denúncia do Ministério Público Federal sob acusação de obstrução da Justiça. De acordo com a procuradoria, os dois agiram para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. De acordo com a denúncia, o ex-secretário de Saúde e o empresário agiram, usando Vianna como intermediário, para constranger o ex-subsecretário Cesar Romero a alterar o conteúdo de sua delação premiada, que se encontrava ainda em fase de negociação com o MPF, oferendo inclusive dinheiro. Eles tentavam combinar entre si versões a serem apresentadas, buscando dificultar as apurações dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro praticados no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) e na Secretaria Estadual de Saúde do Rio. E-mail de Côrtes para Iskin interceptado pela investigação aponta, segundo o MPF, que os dois tentaram combinar versões a serem apresentadas à Justiça, bem como uma tentativa de manter a operação do esquema criminoso. "Meu chapa, você pode tentar negociar uma coisa ligada à campanha. Pode salvar seu negócio. Podemos passar pouco tempo na cadeia... Mas nossas putarias têm que continuar", escreveu Côrtes para Iskin, segundo a procuradoria. "A preocupação entre os denunciados em estancar as investigações ou pelo menos impedir que chegassem com força às suas condutas era evidente", diz o MPF na denúncia. Os três acusados estão presos em decorrência da deflagração da Operação Fratura Exposta, desdobramento da Lava Jato no Rio, que apura fraudes em licitações e pagamento de propina na aquisição de equipamentos de saúde para a estadual.
poder
'Nossas putarias têm que continuar', escreveu ex-secretário de CabralO ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio Côrtes, o empresário Miguel Iskin e Sergio Vianna Junior foram alvos nesta quarta-feira (3) de denúncia do Ministério Público Federal sob acusação de obstrução da Justiça. De acordo com a procuradoria, os dois agiram para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. De acordo com a denúncia, o ex-secretário de Saúde e o empresário agiram, usando Vianna como intermediário, para constranger o ex-subsecretário Cesar Romero a alterar o conteúdo de sua delação premiada, que se encontrava ainda em fase de negociação com o MPF, oferendo inclusive dinheiro. Eles tentavam combinar entre si versões a serem apresentadas, buscando dificultar as apurações dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro praticados no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) e na Secretaria Estadual de Saúde do Rio. E-mail de Côrtes para Iskin interceptado pela investigação aponta, segundo o MPF, que os dois tentaram combinar versões a serem apresentadas à Justiça, bem como uma tentativa de manter a operação do esquema criminoso. "Meu chapa, você pode tentar negociar uma coisa ligada à campanha. Pode salvar seu negócio. Podemos passar pouco tempo na cadeia... Mas nossas putarias têm que continuar", escreveu Côrtes para Iskin, segundo a procuradoria. "A preocupação entre os denunciados em estancar as investigações ou pelo menos impedir que chegassem com força às suas condutas era evidente", diz o MPF na denúncia. Os três acusados estão presos em decorrência da deflagração da Operação Fratura Exposta, desdobramento da Lava Jato no Rio, que apura fraudes em licitações e pagamento de propina na aquisição de equipamentos de saúde para a estadual.
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Erramos: Aneel aprova reajustes de até 32% em tarifas de energia em seis Estados
A reportagem Aneel aprova reajustes de até 32% em tarifas de energia em seis Estados (Mercado - 07/04/2015 - 15h34), sofreu as seguintes correções: o aumento anteriormente aprovado para a CPFL Jaguari foi de 18,79% para as residências e de 25,01% das indústrias, e não de 39,49% e 48,85%, respectivamente; o valor aprovado anteriormente para a CPFL Mococa foi de 13,97% para residências e o de 23,84% para indústria, e não de 27,21% e 35,37%, respectivamente; o reajuste aprovado previamente para a CPFL Leste Paulista foi de 17,55% das residências e o de 24,74% da indústria, e não de 24,73% e 25,30%, respectivamente; o reajuste aprovado previamente para a CPFL Santa Cruz foi de 9,78% para residências e 10,53% para indústrias, e não de 28,99% e 26,15%, respectivamente; o reajuste aprovado previamente para a CPFL Sul Paulista foi de 13,86% para residências e de 37,67% para a indústria, e não de 25,8% e 33,71%, respectivamente; e o reajuste aprovado previamente para a CPFL Borborema foi de 5,03% para residências e de 6,89% para indústria, e não de 40,19% e 38,62%, respectivamente. Os dados já foram corrigidos.
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Erramos: Aneel aprova reajustes de até 32% em tarifas de energia em seis EstadosA reportagem Aneel aprova reajustes de até 32% em tarifas de energia em seis Estados (Mercado - 07/04/2015 - 15h34), sofreu as seguintes correções: o aumento anteriormente aprovado para a CPFL Jaguari foi de 18,79% para as residências e de 25,01% das indústrias, e não de 39,49% e 48,85%, respectivamente; o valor aprovado anteriormente para a CPFL Mococa foi de 13,97% para residências e o de 23,84% para indústria, e não de 27,21% e 35,37%, respectivamente; o reajuste aprovado previamente para a CPFL Leste Paulista foi de 17,55% das residências e o de 24,74% da indústria, e não de 24,73% e 25,30%, respectivamente; o reajuste aprovado previamente para a CPFL Santa Cruz foi de 9,78% para residências e 10,53% para indústrias, e não de 28,99% e 26,15%, respectivamente; o reajuste aprovado previamente para a CPFL Sul Paulista foi de 13,86% para residências e de 37,67% para a indústria, e não de 25,8% e 33,71%, respectivamente; e o reajuste aprovado previamente para a CPFL Borborema foi de 5,03% para residências e de 6,89% para indústria, e não de 40,19% e 38,62%, respectivamente. Os dados já foram corrigidos.
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Dilma, vete!
Um dos problemas mais complicados –principalmente nas "ciências" sociais– é o estabelecimento de relações de causalidade. O festejado aumento recente de protagonismo do Poder Legislativo, essencial à consolidação do processo democrático no regime presidencialista, é a causa eficiente da visível irresponsabilidade fiscal que ele tem revelado? O maior equilíbrio de forças entre o Executivo, que formula o Orçamento, e o Legislativo, que o modifica, aprova e fiscaliza a sua execução, é necessariamente um mal? Por que um projeto proposto por um deputado ou senador é sujeito a mais desconfiança do que quando ele mesmo é submetido, pelos nebulosos caminhos da burocracia, na proposta orçamentária? É impossível proibir, sem anular o Poder Legislativo, emendas ou modificações de gastos dentro das boas regras orçamentárias universais. Elas exigem que (1) caibam no teto técnica e honestamente estabelecido para a receita total, ou seja, apenas substituam outras de valor equivalente, que, (2) quando o teto é violado, sejam acompanhadas pela aprovação de aumento da receita (imposto ou contribuição) igual e simultâneo, que (3) despesas de caráter permanente não sejam financiadas por aumento de receitas eventuais ou aleatórias e que (4) se considere que o investimento de hoje é despesa de custeio permanente de amanhã. Essas regras têm sido abusadas pelos três Poderes, num conluio permissivo preocupante que ameaça a estabilidade financeira do país. Seguramente, não foi o aumento do protagonismo do Legislativo, que, aliás, ajudou a aprovar boa parte do "ajuste" proposto pelo governo, que produziu a irresponsabilidade. Foi a visível e crescente desorientação do Executivo e do PT que estimularam a oportunística "farra fiscal" à qual não faltou, sequer, o Poder Legislativo! Dá tristeza e preocupação assistir ao que poderia ser um enorme avanço civilizatório, uma Câmara independente funcional e ágil, revelar-se uma assembleia de diretório acadêmico, onde a repetitiva gritaria ignorante de um esquerdismo infantil e o abuso de uma direita troglodita prevalecem sobre o bom senso. Presidente Dilma, enfrente o "panelaço" que lhe cabe! Não sofra calada à desresponsabilização do Legislativo e do Judiciário no aumento das despesas. Vete os gastos propostos de quase R$ 80 bilhões nos próximos três anos, que nas últimas semanas foram postos no seu caminho. E vá à televisão mostrar à sociedade, com clareza, que, para desgastá-la, alguns oportunistas recusam os caminhos institucionais e ensaiam jogar o Brasil no caos financeiro. ideias.consult@uol.com.br
colunas
Dilma, vete!Um dos problemas mais complicados –principalmente nas "ciências" sociais– é o estabelecimento de relações de causalidade. O festejado aumento recente de protagonismo do Poder Legislativo, essencial à consolidação do processo democrático no regime presidencialista, é a causa eficiente da visível irresponsabilidade fiscal que ele tem revelado? O maior equilíbrio de forças entre o Executivo, que formula o Orçamento, e o Legislativo, que o modifica, aprova e fiscaliza a sua execução, é necessariamente um mal? Por que um projeto proposto por um deputado ou senador é sujeito a mais desconfiança do que quando ele mesmo é submetido, pelos nebulosos caminhos da burocracia, na proposta orçamentária? É impossível proibir, sem anular o Poder Legislativo, emendas ou modificações de gastos dentro das boas regras orçamentárias universais. Elas exigem que (1) caibam no teto técnica e honestamente estabelecido para a receita total, ou seja, apenas substituam outras de valor equivalente, que, (2) quando o teto é violado, sejam acompanhadas pela aprovação de aumento da receita (imposto ou contribuição) igual e simultâneo, que (3) despesas de caráter permanente não sejam financiadas por aumento de receitas eventuais ou aleatórias e que (4) se considere que o investimento de hoje é despesa de custeio permanente de amanhã. Essas regras têm sido abusadas pelos três Poderes, num conluio permissivo preocupante que ameaça a estabilidade financeira do país. Seguramente, não foi o aumento do protagonismo do Legislativo, que, aliás, ajudou a aprovar boa parte do "ajuste" proposto pelo governo, que produziu a irresponsabilidade. Foi a visível e crescente desorientação do Executivo e do PT que estimularam a oportunística "farra fiscal" à qual não faltou, sequer, o Poder Legislativo! Dá tristeza e preocupação assistir ao que poderia ser um enorme avanço civilizatório, uma Câmara independente funcional e ágil, revelar-se uma assembleia de diretório acadêmico, onde a repetitiva gritaria ignorante de um esquerdismo infantil e o abuso de uma direita troglodita prevalecem sobre o bom senso. Presidente Dilma, enfrente o "panelaço" que lhe cabe! Não sofra calada à desresponsabilização do Legislativo e do Judiciário no aumento das despesas. Vete os gastos propostos de quase R$ 80 bilhões nos próximos três anos, que nas últimas semanas foram postos no seu caminho. E vá à televisão mostrar à sociedade, com clareza, que, para desgastá-la, alguns oportunistas recusam os caminhos institucionais e ensaiam jogar o Brasil no caos financeiro. ideias.consult@uol.com.br
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Chilenas desenvolvem dispositivo que usa planta para carregar celular
Nada de tomadas. Em um futuro próximo, talvez você recorra a um vaso de plantas para carregar seu celular ou seu tablet. Chamado "E-Kaia", um dispositivo criado por três jovens engenheiras do Chile só precisa de uma planta bem cuidada para obter energia suficiente para recarregar baterias e vem sendo considerado uma alternativa sustentável aos usuários de smartphones e tablets. Por mais inverossímil que pareça, na prática, é preciso "ligar" o dispositivo enterrando-o em um vaso ou canteiro. Como o E-Kaia ainda está em processo de registro de patente, suas criadoras não revelam muitos detalhes de seu funcionamento. SEGREDOS Mas mesmo com tantos segredos, a engenheira industrial Carolina Guerrero, a engenheira de computação Camila Rupish e a engenheira eletrônica Evelyn Aravena conseguiram provar a eficiência das invenção delas. O mecanismo funciona como um circuito que gera 5 volts e 600 miliamperes e se conecta ao celular ou o tablet por meio de um cabo USB. Durante o processo de fotossíntese, a planta produz matéria orgânica que transforma energia da luz em energia química. Ao redor das raízes, os micro-organismos se encarregam de processar essa energia que a planta utiliza para crescer e também para gerar elétrons como produtos secundários. A criadoras do E-Kaia, Carolina Guerrero, Camila Rupcich e Evelyn Aravena, que foram premiadas em 2014 O dispositivo captura os elétrons que a planta não precisa - e por isso ela não é afetada - para gerar a energia que o equipamento precisa. Isso permite que em uma hora e meio seja possível dar uma carga completa em um celular ou um tablet. Evelyn Aravena afirmou à imprensa local que "a ideia agora é deixar o dispositivo mais bonito, para torná-lo mais comerciável e também para que seja portátil e resistente". ESTUDANTES A ideia nasceu em 2009, quando as três estavam na universidade. Com o projeto, elas ganharam um prêmio de inovação do governo chileno, em 2014. E também foram semifinalistas em um concurso internacional, The International Business Model Competition, organizado por universidades de ponta, como Harvard e Stanford. Neste ano, elas ganharam outro prêmio e um respaldo financeiro de um órgão do governo chileno para criarem o protótipo. Há outras iniciativas similares no mundo. Na Holanda, um projeto usa o mesmo conceito, mas em uma escala distinta. A Plant-e usa amplas áreas plantadas como fonte de energia limpa. Sua co-fundadora, Marjolein Helder, diz que estamos prestes a entrar a uma verdadeira revolução com esse tipo de energia. Desafio agora é conseguir baratear o custo do dispositivo e seu preço se aproxime dos carregadores atuais O projeto holandês também absorve os elétrons e os transfere para um dispositivo, que é ligado ao celular ou tablet. Segundo Helder, com 1 metro quadrado de jardim pode-se produzir 28 quilowatt/hora em um ano. Baseado em dados de consumo médio de um lar americano, seriam necessários 372 metros quadrados de área verde para fornecer energia a essa casa. Agora, Plant-e quer implementar seu processo de geração de eletricidade não só em terra firma, mas também em pântanos e plantações de arroz. CUSTOS O custo de venda do carregador chileno ainda não foi calculado, mas as engenheiras já estão pesquisando materiais mais econômicos para produzi-lo. O protótipo custou US$ 504, um valor inacessível para a maior parte desse mercado. A ideia é dar início a uma produção pequena, para gerar recursos e, depois, realizar um projeto em grande escala. Mas até lá, você já pode olhar vasos de plantas com outros olhos.
bbc
Chilenas desenvolvem dispositivo que usa planta para carregar celularNada de tomadas. Em um futuro próximo, talvez você recorra a um vaso de plantas para carregar seu celular ou seu tablet. Chamado "E-Kaia", um dispositivo criado por três jovens engenheiras do Chile só precisa de uma planta bem cuidada para obter energia suficiente para recarregar baterias e vem sendo considerado uma alternativa sustentável aos usuários de smartphones e tablets. Por mais inverossímil que pareça, na prática, é preciso "ligar" o dispositivo enterrando-o em um vaso ou canteiro. Como o E-Kaia ainda está em processo de registro de patente, suas criadoras não revelam muitos detalhes de seu funcionamento. SEGREDOS Mas mesmo com tantos segredos, a engenheira industrial Carolina Guerrero, a engenheira de computação Camila Rupish e a engenheira eletrônica Evelyn Aravena conseguiram provar a eficiência das invenção delas. O mecanismo funciona como um circuito que gera 5 volts e 600 miliamperes e se conecta ao celular ou o tablet por meio de um cabo USB. Durante o processo de fotossíntese, a planta produz matéria orgânica que transforma energia da luz em energia química. Ao redor das raízes, os micro-organismos se encarregam de processar essa energia que a planta utiliza para crescer e também para gerar elétrons como produtos secundários. A criadoras do E-Kaia, Carolina Guerrero, Camila Rupcich e Evelyn Aravena, que foram premiadas em 2014 O dispositivo captura os elétrons que a planta não precisa - e por isso ela não é afetada - para gerar a energia que o equipamento precisa. Isso permite que em uma hora e meio seja possível dar uma carga completa em um celular ou um tablet. Evelyn Aravena afirmou à imprensa local que "a ideia agora é deixar o dispositivo mais bonito, para torná-lo mais comerciável e também para que seja portátil e resistente". ESTUDANTES A ideia nasceu em 2009, quando as três estavam na universidade. Com o projeto, elas ganharam um prêmio de inovação do governo chileno, em 2014. E também foram semifinalistas em um concurso internacional, The International Business Model Competition, organizado por universidades de ponta, como Harvard e Stanford. Neste ano, elas ganharam outro prêmio e um respaldo financeiro de um órgão do governo chileno para criarem o protótipo. Há outras iniciativas similares no mundo. Na Holanda, um projeto usa o mesmo conceito, mas em uma escala distinta. A Plant-e usa amplas áreas plantadas como fonte de energia limpa. Sua co-fundadora, Marjolein Helder, diz que estamos prestes a entrar a uma verdadeira revolução com esse tipo de energia. Desafio agora é conseguir baratear o custo do dispositivo e seu preço se aproxime dos carregadores atuais O projeto holandês também absorve os elétrons e os transfere para um dispositivo, que é ligado ao celular ou tablet. Segundo Helder, com 1 metro quadrado de jardim pode-se produzir 28 quilowatt/hora em um ano. Baseado em dados de consumo médio de um lar americano, seriam necessários 372 metros quadrados de área verde para fornecer energia a essa casa. Agora, Plant-e quer implementar seu processo de geração de eletricidade não só em terra firma, mas também em pântanos e plantações de arroz. CUSTOS O custo de venda do carregador chileno ainda não foi calculado, mas as engenheiras já estão pesquisando materiais mais econômicos para produzi-lo. O protótipo custou US$ 504, um valor inacessível para a maior parte desse mercado. A ideia é dar início a uma produção pequena, para gerar recursos e, depois, realizar um projeto em grande escala. Mas até lá, você já pode olhar vasos de plantas com outros olhos.
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Salário mínimo deve subir 50% menos no segundo mandato de Dilma
Com a decisão de manter as atuais regras de reajuste, o ritmo de valorização do salário mínimo deve cair em mais de 50% do primeiro para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o mínimo foi elevado em 2,9% ao ano, em média, acima da inflação –uma taxa já modesta se comparada às dos governos Lula e FHC. Como a política em vigor vincula os ganhos à expansão da economia do país, a conjuntura desfavorável resultará em um aumento em torno de 1,2% ao ano entre 2015 e 2018, de acordo com as projeções mais consensuais no mercado. Nesse cenário, a alta real do mínimo nos dois mandatos de Dilma dificilmente ficará muito acima dos 2%, em média, ante 4,7% no período de FHC e 5,5% no de Lula. Em valores de hoje, é como se o piso salarial subisse dos atuais R$ 788 para R$ 807 dentro de três anos –o valor nominal, obviamente, será maior, devido à inflação. Os cálculos não dependem de muita futurologia: a fórmula de reajustes, adotada desde o segundo governo Lula, estabelece ganhos equivalentes ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, além da correção da inflação. O aumento do próximo ano, portanto, será equivalente ao crescimento do ano passado. Há poucas dúvidas sobre a taxa, que deve ser algo entre 0% e 0,2%. As perspectivas para a variação do PIB neste ano, que determinará o reajuste do salário mínimo em 2017, também não são objeto de grande divergência. As expectativas dos analistas, em tendência de queda, estão hoje em 0,5% –e o governo não tem encorajado maior otimismo. Afinal, os juros do Banco Central estão em alta para esfriar o consumo e a inflação (que está perto do teto da meta, de 6,5%), enquanto os ministérios da Fazenda e do Planejamento preparam cortes de gastos e, provavelmente, elevações de tributos. As dúvidas e esperanças se limitam, assim, ao desempenho econômico de 2016 e o aumento do piso salarial no último ano de Dilma. Atualmente, espera-se uma ligeira recuperação, com expansão do PIB de 1,8%. DISSONÂNCIA Os números ajudam a entender o desconforto da administração petista com o tema –que produziu a primeira dissonância entre a presidente e a sua nova equipe. Na semana passada, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) deu a entender que uma regra diferente de valorização do piso salarial seria proposta ao Congresso. Ele não deu detalhes do novo cálculo, mas disse que a valorização acima da inflação seria mantida. Depois, por imposição do Planalto, o ministro divulgou uma nota afirmando que a fórmula atual será mantida. Apesar dos reajustes baixos, os gastos do governo com programas sociais vinculados ao mínimo, especialmente aposentadorias e pensões, estão em alta devido ao envelhecimento da população. Por isso, eventuais mudanças poderiam resultar em aumentos ainda menores. Desde o Plano Real, o poder de compra do salário mínimo subiu cerca de 150%. Para economistas de orientação mais ortodoxa, a necessidade de equilibrar as contas públicas impõe uma moderação dessa trajetória.
mercado
Salário mínimo deve subir 50% menos no segundo mandato de DilmaCom a decisão de manter as atuais regras de reajuste, o ritmo de valorização do salário mínimo deve cair em mais de 50% do primeiro para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o mínimo foi elevado em 2,9% ao ano, em média, acima da inflação –uma taxa já modesta se comparada às dos governos Lula e FHC. Como a política em vigor vincula os ganhos à expansão da economia do país, a conjuntura desfavorável resultará em um aumento em torno de 1,2% ao ano entre 2015 e 2018, de acordo com as projeções mais consensuais no mercado. Nesse cenário, a alta real do mínimo nos dois mandatos de Dilma dificilmente ficará muito acima dos 2%, em média, ante 4,7% no período de FHC e 5,5% no de Lula. Em valores de hoje, é como se o piso salarial subisse dos atuais R$ 788 para R$ 807 dentro de três anos –o valor nominal, obviamente, será maior, devido à inflação. Os cálculos não dependem de muita futurologia: a fórmula de reajustes, adotada desde o segundo governo Lula, estabelece ganhos equivalentes ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, além da correção da inflação. O aumento do próximo ano, portanto, será equivalente ao crescimento do ano passado. Há poucas dúvidas sobre a taxa, que deve ser algo entre 0% e 0,2%. As perspectivas para a variação do PIB neste ano, que determinará o reajuste do salário mínimo em 2017, também não são objeto de grande divergência. As expectativas dos analistas, em tendência de queda, estão hoje em 0,5% –e o governo não tem encorajado maior otimismo. Afinal, os juros do Banco Central estão em alta para esfriar o consumo e a inflação (que está perto do teto da meta, de 6,5%), enquanto os ministérios da Fazenda e do Planejamento preparam cortes de gastos e, provavelmente, elevações de tributos. As dúvidas e esperanças se limitam, assim, ao desempenho econômico de 2016 e o aumento do piso salarial no último ano de Dilma. Atualmente, espera-se uma ligeira recuperação, com expansão do PIB de 1,8%. DISSONÂNCIA Os números ajudam a entender o desconforto da administração petista com o tema –que produziu a primeira dissonância entre a presidente e a sua nova equipe. Na semana passada, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) deu a entender que uma regra diferente de valorização do piso salarial seria proposta ao Congresso. Ele não deu detalhes do novo cálculo, mas disse que a valorização acima da inflação seria mantida. Depois, por imposição do Planalto, o ministro divulgou uma nota afirmando que a fórmula atual será mantida. Apesar dos reajustes baixos, os gastos do governo com programas sociais vinculados ao mínimo, especialmente aposentadorias e pensões, estão em alta devido ao envelhecimento da população. Por isso, eventuais mudanças poderiam resultar em aumentos ainda menores. Desde o Plano Real, o poder de compra do salário mínimo subiu cerca de 150%. Para economistas de orientação mais ortodoxa, a necessidade de equilibrar as contas públicas impõe uma moderação dessa trajetória.
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Chef espanhol cancela abertura de restaurante em hotel de Trump
O chef espanhol José Andrés se uniu à lista de empresas que decidiram cortar seus vínculos com o magnata Donald Trump, pré-candidato à presidência pelo partido Republicano, por seus comentários ofensivos sobre os imigrantes mexicanos. José Andrés tinha chegado a um acordo com Trump para dirigir o restaurante do novo Trump International Hotel, que o magnata deve abrir no centro da capital americana ano que vem. "As recentes declarações de Donald Trump menosprezando os imigrantes tornam impossível que minha companhia e eu possamos continuar com a abertura de um bem-sucedido restaurante espanhol no próximo hotel Trump de Washington", afirmou José Andrés em comunicado enviado à Agência Efe. Em suas declarações, o magnata imobiliário acusou o México de estar enviando aos EUA "gente com um montão de problemas. Estão trazendo drogas, crime, estupradores. Mas reconheço que alguns são bons". José Andrés, que dirige 18 restaurantes nos Estados Unidos, onde vive há mais de duas décadas e recentemente obteve cidadania, destacou que "mais da metade" dos componentes de sua equipe são latinos, "como muitos dos meus clientes". "E como um orgulhoso imigrante espanhol e recentemente naturalizado cidadão americano, acredito que todos os seres humanos merecem respeito, sem levar em conta sua condição migratória", concluiu o chef, que é dono dos populares restaurantes Jaleo e Oyamel em Washington. Até agora a polêmica custou a Trump a perda de contratos com as emissoras de televisão Univisión, NBC, Ora TV, Televisa, a gigante do varejo Macy's, e a Nascar. Além disso, personalidades como Roselyn Sánchez, América Ferrera, Paulina Vega e o rival de Trump nas primárias do partido, Jeb Bush, criticaram os comentários xenófobos, e México, Panamá e Costa Rica anunciaram que não participarão do concurso de beleza Miss Universo, organizado por Trump. O magnata não pediu desculpas e reafirmou mais de uma vez seu comentário, alegando que suas palavras sobre o México foram "distorcidas pela imprensa" e que eram críticas eram ao governo do país, não contra os mexicanos
comida
Chef espanhol cancela abertura de restaurante em hotel de TrumpO chef espanhol José Andrés se uniu à lista de empresas que decidiram cortar seus vínculos com o magnata Donald Trump, pré-candidato à presidência pelo partido Republicano, por seus comentários ofensivos sobre os imigrantes mexicanos. José Andrés tinha chegado a um acordo com Trump para dirigir o restaurante do novo Trump International Hotel, que o magnata deve abrir no centro da capital americana ano que vem. "As recentes declarações de Donald Trump menosprezando os imigrantes tornam impossível que minha companhia e eu possamos continuar com a abertura de um bem-sucedido restaurante espanhol no próximo hotel Trump de Washington", afirmou José Andrés em comunicado enviado à Agência Efe. Em suas declarações, o magnata imobiliário acusou o México de estar enviando aos EUA "gente com um montão de problemas. Estão trazendo drogas, crime, estupradores. Mas reconheço que alguns são bons". José Andrés, que dirige 18 restaurantes nos Estados Unidos, onde vive há mais de duas décadas e recentemente obteve cidadania, destacou que "mais da metade" dos componentes de sua equipe são latinos, "como muitos dos meus clientes". "E como um orgulhoso imigrante espanhol e recentemente naturalizado cidadão americano, acredito que todos os seres humanos merecem respeito, sem levar em conta sua condição migratória", concluiu o chef, que é dono dos populares restaurantes Jaleo e Oyamel em Washington. Até agora a polêmica custou a Trump a perda de contratos com as emissoras de televisão Univisión, NBC, Ora TV, Televisa, a gigante do varejo Macy's, e a Nascar. Além disso, personalidades como Roselyn Sánchez, América Ferrera, Paulina Vega e o rival de Trump nas primárias do partido, Jeb Bush, criticaram os comentários xenófobos, e México, Panamá e Costa Rica anunciaram que não participarão do concurso de beleza Miss Universo, organizado por Trump. O magnata não pediu desculpas e reafirmou mais de uma vez seu comentário, alegando que suas palavras sobre o México foram "distorcidas pela imprensa" e que eram críticas eram ao governo do país, não contra os mexicanos
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Cunha diz que combaterá novo partido de Kassab 'de todas as formas'
Afirmando que o Planalto patrocina nos bastidores uma ação para minar o PMDB, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (25) que combaterá na Justiça e na política, "de todas as formas", a tentativa do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), de recriar o Partido Liberal. O ressurgimento da legenda é o novo foco de atrito entre o PMDB e o Palácio do Planalto. Cunha e caciques peemedebistas dizem que Kassab patrocina uma operação para tirar parlamentares do partido. "Com certeza absoluta isso é um projeto de enfraquecimento do PMDB. Vamos combater de todas as formas, na Justiça, na política, de todas as maneiras", afirmou Cunha. Segundo o presidente da Câmara, o Congresso vai trabalhar também "com todas as forças" para derrubar vetos da presidente Dilma Rousseff, divulgados nesta quarta, ao projeto aprovado para dificultar a criação de partidos. "Não deveria ter tido nenhum veto. Estranho, vamos trabalhar com toda a força para derrubar esse veto, isso mostra mais uma vez que o governo está empenhado na criação desse partido", acrescentou o peemedebista. A sanção do projeto foi um dos debates centrais da reunião da bancada do PMDB na Câmara. O líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), ouviu uma série de reclamações e duras críticas à postura do governo e da presidente Dilma Rousseff. Parlamentares críticos ao Planalto chegaram a acusar a presidente de ter promovido um "golpe" ao realizar uma dobradinha com Kassab, prologando a sanção da lei até que o ex-prefeito apresentasse o pedido. A avaliação é de que o Planalto criou uma confusão jurídica para atender ao ministro. Picciani minimizou o desgaste na relação. "A atitude de não sancionar a lei abre margem para a interpretações, mas ela agiu dentro do prazo". Embora negue publicamente relação com o PL, Kassab é o principal articulador da nova sigla. Sua intenção é, em um segundo momento, fundi-lo com o seu PSD, formando uma sigla governista de porte para rivalizar com o PMDB. Diante desse cenário, o partido do vice-presidente Michel Temer se aliou à oposição e aprovou no início de março projeto para dificultar a criação de partidos e barrar as pretensões de Kassab. Só que Dilma usou o prazo máximo para sancionar a nova lei (15 dias úteis), com alguns vetos, permitindo aos aliados de Kassab protocolar na segunda-feira (23), no Tribunal Superior Eleitoral, pedido de registro da nova agremiação. A interpretação dos aliados do ex-prefeito de São Paulo é de que, como na segunda a lei não havia ainda sido sancionada, o PL estará livre das novas amarras. O PMDB e o oposicionista DEM irão à Justiça questionar essa interpretação, entre outros pontos. "Vamos questionar ponto a ponto, não podemos discutir no Brasil uma reforma política com seriedade e deixar que partidos sejam feitos dessa maneira. Houve uma estrutura de governo que deixou para o último dia a sanção, programada, e o Kassab se aproveitou e protocolou [o pedido de registro do PL] na véspera", afirmou Cunha. "Tem uma manancial de briga jurídica pela frente." Embora reconheça que os que buscam a recriação do PL são aliados, Kassab voltou a negar nesta quarta relação com o processo ou com eventual tentativa de enfraquecimento do PMDB. "Nós não temos nenhuma relação, direta ou indireta. (...) O PSD e o PMDB são partidos parceiros."
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Cunha diz que combaterá novo partido de Kassab 'de todas as formas'Afirmando que o Planalto patrocina nos bastidores uma ação para minar o PMDB, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (25) que combaterá na Justiça e na política, "de todas as formas", a tentativa do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), de recriar o Partido Liberal. O ressurgimento da legenda é o novo foco de atrito entre o PMDB e o Palácio do Planalto. Cunha e caciques peemedebistas dizem que Kassab patrocina uma operação para tirar parlamentares do partido. "Com certeza absoluta isso é um projeto de enfraquecimento do PMDB. Vamos combater de todas as formas, na Justiça, na política, de todas as maneiras", afirmou Cunha. Segundo o presidente da Câmara, o Congresso vai trabalhar também "com todas as forças" para derrubar vetos da presidente Dilma Rousseff, divulgados nesta quarta, ao projeto aprovado para dificultar a criação de partidos. "Não deveria ter tido nenhum veto. Estranho, vamos trabalhar com toda a força para derrubar esse veto, isso mostra mais uma vez que o governo está empenhado na criação desse partido", acrescentou o peemedebista. A sanção do projeto foi um dos debates centrais da reunião da bancada do PMDB na Câmara. O líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), ouviu uma série de reclamações e duras críticas à postura do governo e da presidente Dilma Rousseff. Parlamentares críticos ao Planalto chegaram a acusar a presidente de ter promovido um "golpe" ao realizar uma dobradinha com Kassab, prologando a sanção da lei até que o ex-prefeito apresentasse o pedido. A avaliação é de que o Planalto criou uma confusão jurídica para atender ao ministro. Picciani minimizou o desgaste na relação. "A atitude de não sancionar a lei abre margem para a interpretações, mas ela agiu dentro do prazo". Embora negue publicamente relação com o PL, Kassab é o principal articulador da nova sigla. Sua intenção é, em um segundo momento, fundi-lo com o seu PSD, formando uma sigla governista de porte para rivalizar com o PMDB. Diante desse cenário, o partido do vice-presidente Michel Temer se aliou à oposição e aprovou no início de março projeto para dificultar a criação de partidos e barrar as pretensões de Kassab. Só que Dilma usou o prazo máximo para sancionar a nova lei (15 dias úteis), com alguns vetos, permitindo aos aliados de Kassab protocolar na segunda-feira (23), no Tribunal Superior Eleitoral, pedido de registro da nova agremiação. A interpretação dos aliados do ex-prefeito de São Paulo é de que, como na segunda a lei não havia ainda sido sancionada, o PL estará livre das novas amarras. O PMDB e o oposicionista DEM irão à Justiça questionar essa interpretação, entre outros pontos. "Vamos questionar ponto a ponto, não podemos discutir no Brasil uma reforma política com seriedade e deixar que partidos sejam feitos dessa maneira. Houve uma estrutura de governo que deixou para o último dia a sanção, programada, e o Kassab se aproveitou e protocolou [o pedido de registro do PL] na véspera", afirmou Cunha. "Tem uma manancial de briga jurídica pela frente." Embora reconheça que os que buscam a recriação do PL são aliados, Kassab voltou a negar nesta quarta relação com o processo ou com eventual tentativa de enfraquecimento do PMDB. "Nós não temos nenhuma relação, direta ou indireta. (...) O PSD e o PMDB são partidos parceiros."
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Defesa faz números de Carille serem melhores do que indicados da Fifa
O técnico Fabio Carille foi questionado nesta sexta (18) sobre a relação dos 12 finalistas para o prêmio da Fifa de melhor técnico do mundo. "Eu não estou na lista?", perguntou, de forma jocosa. Apenas um treinador que não trabalha no futebol europeu foi escolhido pela entidade: Tite, que comanda a seleção brasileira. Pelos números, a brincadeira de Carille não é tão brincadeira assim. O Corinthians de 2017 tem desempenho mais positivos do que vários dos demais finalistas. No quesito número de derrotas e gols sofridos, é melhor do que todos. Ele pode confirmar isso neste sábado (19), quando a equipe enfrenta o Vitória, às 16h, no Itaquerão, pelo Campeonato Brasileiro. Além de Tite, há outro treinador de seleção na lista: Joachim Löw, da Alemanha. Os outros dez são de clubes: Antonio Conte (Chelsea-ING), Carlo Ancelotti (Bayern de Munique-ALE), Diego Simeone (Atlético de Madri-ESP), Pep Guardiola (Manchester City-ING), José Mourinho (Manchester United-ING), Leonardo Jardim (Monaco-FRA), Massimiliano Allegri (Juventus-ITA), Luis Enrique (Barcelona-ESP), Mauricio Pochettino (Tottenham Hotspur-ING) e Zinedine Zidane (Real Madrid-ESP). Carille diz que se pudesse votaria em Tite, de quem foi auxiliar-técnico no Corinthians por cinco anos. "Votaria no brasileiro pela dificuldade que é ser treinador no Brasil. Quantos times o Tite teve de fazer no Corinthians? Na Inglaterra você recebe time forte e ainda tem milhões para investir", disse. A queixa da falta de reconhecimento é comum a outros técnicos do país. Pelos números de Carille, efetivado pelo Corinthians no final de 2016, é possível compará-lo com os selecionados pela Fifa. Em 2017, o time paulista fez 47 partidas e foi derrotado em apenas duas. Jogou mais e perdeu menos do que qualquer um dos dez técnicos de clubes finalistas do prêmio. No número de derrotas, os que mais chegam perto são Ancelotti, Pochettino e Guardiola, com quatro resultados negativos cada. Carille, com o Corinthians em 2017, tem maior aproveitamento de pontos (73%) do que Guardiola (71%), Simeone (67,6%) e Mourinho (65%). Empata com Ancelotti. Os 24 gols sofridos no ano, com média de 0,51 por jogo, é estatística não igualada pelos técnicos de times escolhidos pela Fifa como melhores do planeta na temporada. Supera o desempenho de Mourinho com o Manchester United, que sofreu 21 gols em 31 partidas (média de 0,56). Líder invicto do Campeonato Brasileiro, o Corinthians não teve sua posição ameaçada nem com a folga na última rodada da competição. Por causa da viagem da Chapecoense para a Copa Suruga, no Japão, o Corinthians vai enfrentar a equipe catarinense no próximo dia 23. Com um jogo a menos, a distância para o Grêmio, segundo colocado, é de oito pontos. Recuperado de fratura de duas costelas e lesão pulmonar, Jadson voltou a ser relacionado após um mês, mas vai começar na reserva. A armação será dividida pelos meias Clayson e Rodriguiho.
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Defesa faz números de Carille serem melhores do que indicados da FifaO técnico Fabio Carille foi questionado nesta sexta (18) sobre a relação dos 12 finalistas para o prêmio da Fifa de melhor técnico do mundo. "Eu não estou na lista?", perguntou, de forma jocosa. Apenas um treinador que não trabalha no futebol europeu foi escolhido pela entidade: Tite, que comanda a seleção brasileira. Pelos números, a brincadeira de Carille não é tão brincadeira assim. O Corinthians de 2017 tem desempenho mais positivos do que vários dos demais finalistas. No quesito número de derrotas e gols sofridos, é melhor do que todos. Ele pode confirmar isso neste sábado (19), quando a equipe enfrenta o Vitória, às 16h, no Itaquerão, pelo Campeonato Brasileiro. Além de Tite, há outro treinador de seleção na lista: Joachim Löw, da Alemanha. Os outros dez são de clubes: Antonio Conte (Chelsea-ING), Carlo Ancelotti (Bayern de Munique-ALE), Diego Simeone (Atlético de Madri-ESP), Pep Guardiola (Manchester City-ING), José Mourinho (Manchester United-ING), Leonardo Jardim (Monaco-FRA), Massimiliano Allegri (Juventus-ITA), Luis Enrique (Barcelona-ESP), Mauricio Pochettino (Tottenham Hotspur-ING) e Zinedine Zidane (Real Madrid-ESP). Carille diz que se pudesse votaria em Tite, de quem foi auxiliar-técnico no Corinthians por cinco anos. "Votaria no brasileiro pela dificuldade que é ser treinador no Brasil. Quantos times o Tite teve de fazer no Corinthians? Na Inglaterra você recebe time forte e ainda tem milhões para investir", disse. A queixa da falta de reconhecimento é comum a outros técnicos do país. Pelos números de Carille, efetivado pelo Corinthians no final de 2016, é possível compará-lo com os selecionados pela Fifa. Em 2017, o time paulista fez 47 partidas e foi derrotado em apenas duas. Jogou mais e perdeu menos do que qualquer um dos dez técnicos de clubes finalistas do prêmio. No número de derrotas, os que mais chegam perto são Ancelotti, Pochettino e Guardiola, com quatro resultados negativos cada. Carille, com o Corinthians em 2017, tem maior aproveitamento de pontos (73%) do que Guardiola (71%), Simeone (67,6%) e Mourinho (65%). Empata com Ancelotti. Os 24 gols sofridos no ano, com média de 0,51 por jogo, é estatística não igualada pelos técnicos de times escolhidos pela Fifa como melhores do planeta na temporada. Supera o desempenho de Mourinho com o Manchester United, que sofreu 21 gols em 31 partidas (média de 0,56). Líder invicto do Campeonato Brasileiro, o Corinthians não teve sua posição ameaçada nem com a folga na última rodada da competição. Por causa da viagem da Chapecoense para a Copa Suruga, no Japão, o Corinthians vai enfrentar a equipe catarinense no próximo dia 23. Com um jogo a menos, a distância para o Grêmio, segundo colocado, é de oito pontos. Recuperado de fratura de duas costelas e lesão pulmonar, Jadson voltou a ser relacionado após um mês, mas vai começar na reserva. A armação será dividida pelos meias Clayson e Rodriguiho.
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Identificação dos mortos em ataques de Bruxelas pode demorar semanas
A identificação dos 31 mortos nos ataques de Bruxelas pode demorar semanas em razão da gravidade dos ferimentos causados pelos destroços das bombas nos corpos, disse nesta sexta (25) o porta-voz da polícia federal da Bélgica, Michael Jonnois. Três dias após os atentados, o governo ainda não divulgou oficialmente nenhuma lista de vítimas. Jonnois afirmou que o fato de não haver uma lista de passageiros de um vagão de metrô ou no check-in de um aeroporto dificulta mais o trabalho dos peritos. "Isso vira uma catástrofe 'aberta'." Soma-se o fato de haver registros de vítimas, entre mortos e feridos, de pelo menos 40 países. Quando, por exemplo, legistas pedem a parentes que deem algum objeto da vítima para exames de DNA, precisam esperar dias até o material chegar à Bélgica. De acordo com o porta-voz, os peritos coletaram todos os objetos pessoais na cena da explosão, como carteiras e joias, e estão checando detalhes como altura e cor do cabelo com os parentes que já se apresentaram à equipe de identificação. "Queremos ter 100% de certeza. Não podemos nos permitir ter a menor dúvida", afirmou Jonnois. O legista Philippe Boxho, que participa da força-tarefa, disse à AFP que as vítimas mais próximas da explosão tiveram seu corpo desfeito, dado o poder do explosivo. A confirmação de mortes nos ataques tem vindo de governos de outros países. Nesta sexta (25), funcionários dos EUA revelaram que dois americanos estão entre as vítimas. Segundo a rede CBS, eles são os irmãos Sascha e Alexander Pinczowski. Os dois haviam visitado parentes na Holanda e estavam voltando para os EUA. Ainda de acordo com a emissora americana, eles estavam falando ao telefone com sua mãe quando ela ouviu um forte estrondo e a ligação caiu. Também foram dados como mortos uma pessoa de nacionalidade chinesa, uma britânica e ao menos duas holandesas. O britânico é o programador David Dixon, 51. Já se sabia da morte da peruana Adelma Tapia Ruiz, 37, e dos belgas Leopold Hecht, 20, e Olivier Delespesse, cuja idade não foi divulgada. SOBREVIVENTE O missionário americano Mason Wells, 19, ferido no aeroporto, disse que "Deus o ajudou" a manter a calma. "A explosão foi muito forte. Tive sensações quentes e frias, estava coberto de sangue –não necessariamente meu." Segundo a família, Wells estava perto do local do atentado à maratona de Boston (2013) e vivia em Paris nos ataques de novembro.
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Identificação dos mortos em ataques de Bruxelas pode demorar semanasA identificação dos 31 mortos nos ataques de Bruxelas pode demorar semanas em razão da gravidade dos ferimentos causados pelos destroços das bombas nos corpos, disse nesta sexta (25) o porta-voz da polícia federal da Bélgica, Michael Jonnois. Três dias após os atentados, o governo ainda não divulgou oficialmente nenhuma lista de vítimas. Jonnois afirmou que o fato de não haver uma lista de passageiros de um vagão de metrô ou no check-in de um aeroporto dificulta mais o trabalho dos peritos. "Isso vira uma catástrofe 'aberta'." Soma-se o fato de haver registros de vítimas, entre mortos e feridos, de pelo menos 40 países. Quando, por exemplo, legistas pedem a parentes que deem algum objeto da vítima para exames de DNA, precisam esperar dias até o material chegar à Bélgica. De acordo com o porta-voz, os peritos coletaram todos os objetos pessoais na cena da explosão, como carteiras e joias, e estão checando detalhes como altura e cor do cabelo com os parentes que já se apresentaram à equipe de identificação. "Queremos ter 100% de certeza. Não podemos nos permitir ter a menor dúvida", afirmou Jonnois. O legista Philippe Boxho, que participa da força-tarefa, disse à AFP que as vítimas mais próximas da explosão tiveram seu corpo desfeito, dado o poder do explosivo. A confirmação de mortes nos ataques tem vindo de governos de outros países. Nesta sexta (25), funcionários dos EUA revelaram que dois americanos estão entre as vítimas. Segundo a rede CBS, eles são os irmãos Sascha e Alexander Pinczowski. Os dois haviam visitado parentes na Holanda e estavam voltando para os EUA. Ainda de acordo com a emissora americana, eles estavam falando ao telefone com sua mãe quando ela ouviu um forte estrondo e a ligação caiu. Também foram dados como mortos uma pessoa de nacionalidade chinesa, uma britânica e ao menos duas holandesas. O britânico é o programador David Dixon, 51. Já se sabia da morte da peruana Adelma Tapia Ruiz, 37, e dos belgas Leopold Hecht, 20, e Olivier Delespesse, cuja idade não foi divulgada. SOBREVIVENTE O missionário americano Mason Wells, 19, ferido no aeroporto, disse que "Deus o ajudou" a manter a calma. "A explosão foi muito forte. Tive sensações quentes e frias, estava coberto de sangue –não necessariamente meu." Segundo a família, Wells estava perto do local do atentado à maratona de Boston (2013) e vivia em Paris nos ataques de novembro.
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Decreto anti-imigração de Trump já é contestado na véspera de vigorar
Previsto para entrar em vigor nesta quinta-feira (16), o novo decreto do presidente Donald Trump que restringe a entrada nos EUA de cidadãos de seis países de maioria muçulmana é alvo de uma série de ações judiciais que tentam impedir sua validade. O primeiro decreto sobre o tema, assinado em 27 de janeiro, foi suspenso por uma liminar do juiz federal de Seattle James Robart, posteriormente confirmada pelo 9º Tribunal de Apelações do país. A nova versão é uma tentativa política do presidente de implementar, como prometeu em campanha, uma linha mais dura e restritiva em relação à imigração, procurando contornar os pontos vulneráveis, do ponto de vista legal, do texto anterior. O decreto exclui o Iraque (que oficialmente coopera com a presença militar americana) da lista inicial de países atingidos, mantendo a proibição de ingresso, por 90 dias, de cidadãos de Síria, Líbia, Irã, Iêmen, Somália e Sudão. Também foram eliminadas as restrições a estudantes, profissionais e turistas desses países que já possuam visto válido para visitar ou trabalhar nos EUA —uma das causas do caos em aeroportos e da forte indignação causada pelo primeiro decreto. A ordem executiva também suspende por 120 dias o acolhimento de refugiados e revoga a proibição de entrada por tempo indeterminado daqueles oriundos da Síria. O texto autoriza autoridades a tomar decisões caso a caso em situações que possam causar "sofrimento indevido", deixando uma janela aberta para aceitação de refugiados em condições consideradas excepcionais. A escolha dos seis países, que os críticos consideram discriminatória e ineficaz para conter atentados em território americano, foi justificada pelo secretário de Justiça, Jeff Sessions, com a alegação de que os governos enquadrados pelo decreto ou apoiam o terrorismo ou são incapazes de providenciar triagem de viajantes e fornecer informações que satisfaçam as demandas das autoridades dos EUA. Para evitar acusações de discriminação religiosa, o decreto também excluiu medidas que favoreceriam a entrada de refugiados cristãos. OPOSIÇÃO As correções de rumo não convenceram a oposição, entidades de defesa de direitos humanos e algumas autoridades estaduais. As ações contra o decreto, que contam com a adesão de um grupo de Estados (Washington Califórnia, Maryland, Massachusetts, Nova York, Oregon e Havaí) tentam caracterizá-lo como um ato inconstitucional de preconceito religioso, sob pretexto de proteger a segurança nacional, que poderá causar danos a empresas, universidades e comunidades muçulmanas no país. Embora controverso e contestável do ponto de vista político, a segunda versão cercou-se de precauções para assegurar embasamento legal e dificultar sua suspensão pelos tribunais. A Lei de Imigração prevê que o presidente "pode, por proclamação e durante o período que julgar necessário, suspender a entrada de todos os estrangeiros ou qualquer classe de estrangeiros como imigrantes ou não imigrantes, ou impor à entrada de estrangeiros quaisquer restrições que ele possa julgar apropriado". Além disso, estrangeiros desprovidos de visto não têm prerrogativas asseguradas e não teriam como mover ações na Justiça americana para reivindicar um suposto direito de admissão no país. O fato dos vetos serem transitórios também cria dificuldades para considerar que as medidas causarão dano irreparável a quem quer que seja. Por fim, o governo federal contesta a legalidade da adesão de Estados a ações judiciais contra o decreto e aponta como apenas especulativa a presunção de alguns deles, como o Havaí, de que as restrições vão prejudicar a população muçulmana local e causar danos ao turismo.
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Decreto anti-imigração de Trump já é contestado na véspera de vigorarPrevisto para entrar em vigor nesta quinta-feira (16), o novo decreto do presidente Donald Trump que restringe a entrada nos EUA de cidadãos de seis países de maioria muçulmana é alvo de uma série de ações judiciais que tentam impedir sua validade. O primeiro decreto sobre o tema, assinado em 27 de janeiro, foi suspenso por uma liminar do juiz federal de Seattle James Robart, posteriormente confirmada pelo 9º Tribunal de Apelações do país. A nova versão é uma tentativa política do presidente de implementar, como prometeu em campanha, uma linha mais dura e restritiva em relação à imigração, procurando contornar os pontos vulneráveis, do ponto de vista legal, do texto anterior. O decreto exclui o Iraque (que oficialmente coopera com a presença militar americana) da lista inicial de países atingidos, mantendo a proibição de ingresso, por 90 dias, de cidadãos de Síria, Líbia, Irã, Iêmen, Somália e Sudão. Também foram eliminadas as restrições a estudantes, profissionais e turistas desses países que já possuam visto válido para visitar ou trabalhar nos EUA —uma das causas do caos em aeroportos e da forte indignação causada pelo primeiro decreto. A ordem executiva também suspende por 120 dias o acolhimento de refugiados e revoga a proibição de entrada por tempo indeterminado daqueles oriundos da Síria. O texto autoriza autoridades a tomar decisões caso a caso em situações que possam causar "sofrimento indevido", deixando uma janela aberta para aceitação de refugiados em condições consideradas excepcionais. A escolha dos seis países, que os críticos consideram discriminatória e ineficaz para conter atentados em território americano, foi justificada pelo secretário de Justiça, Jeff Sessions, com a alegação de que os governos enquadrados pelo decreto ou apoiam o terrorismo ou são incapazes de providenciar triagem de viajantes e fornecer informações que satisfaçam as demandas das autoridades dos EUA. Para evitar acusações de discriminação religiosa, o decreto também excluiu medidas que favoreceriam a entrada de refugiados cristãos. OPOSIÇÃO As correções de rumo não convenceram a oposição, entidades de defesa de direitos humanos e algumas autoridades estaduais. As ações contra o decreto, que contam com a adesão de um grupo de Estados (Washington Califórnia, Maryland, Massachusetts, Nova York, Oregon e Havaí) tentam caracterizá-lo como um ato inconstitucional de preconceito religioso, sob pretexto de proteger a segurança nacional, que poderá causar danos a empresas, universidades e comunidades muçulmanas no país. Embora controverso e contestável do ponto de vista político, a segunda versão cercou-se de precauções para assegurar embasamento legal e dificultar sua suspensão pelos tribunais. A Lei de Imigração prevê que o presidente "pode, por proclamação e durante o período que julgar necessário, suspender a entrada de todos os estrangeiros ou qualquer classe de estrangeiros como imigrantes ou não imigrantes, ou impor à entrada de estrangeiros quaisquer restrições que ele possa julgar apropriado". Além disso, estrangeiros desprovidos de visto não têm prerrogativas asseguradas e não teriam como mover ações na Justiça americana para reivindicar um suposto direito de admissão no país. O fato dos vetos serem transitórios também cria dificuldades para considerar que as medidas causarão dano irreparável a quem quer que seja. Por fim, o governo federal contesta a legalidade da adesão de Estados a ações judiciais contra o decreto e aponta como apenas especulativa a presunção de alguns deles, como o Havaí, de que as restrições vão prejudicar a população muçulmana local e causar danos ao turismo.
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Olimpíada não tem comida, não tem transporte, mas tem Lohaynny
Bruce Southwick é um fotógrafo de Fiji que veio para o Rio só para cobrir a seleção do seu país no rúgbi. Southwick está hospedado em Botafogo. Os jogos de rúgbi se realizam no centro olímpico de Deodoro. Ele gasta cinco horas todos os dias para ir e voltar até lá. São três ônibus diferentes e um metrô. Cinco horas. O casal de australianos Ross Ibell, 75, e Patricia, 71, veio da Austrália para acompanhar o hóquei na grama. São fissurados e estão assistindo a todos os jogos. No sábado (6), primeiro dia de jogos, eles passaram fome para ver suas equipes favoritas. Nenhuma das lojas de alimentação no estádio de hóquei estava aberta e eles ficaram em jejum das 10h às 23h. Chamada - Rio 2016 No dia seguinte, as lojas abriram. Mas às 15h, tinha acabado tudo. Só sobrou sanduíche de linguiça. Alimentação e transporte são os maiores problemas da Olimpíada no Rio. Chegar até os locais das competições é difícil e demorado. Turistas estrangeiros sofrem mais ainda, porque pouquíssima gente fala inglês, e quem sabe o idioma, não sabe dar informação. Comida é outro drama. A logística das barracas de alimentação é péssima —os produtos acabam e não são repostos. Os preços são ofensivos: uma garrafa pequena de Coca Cola custa R$ 10. Falta comida e falta transporte na Rio 2016. Mas tem Lohaynny. Nesta quinta-feira (11), mais de 300 pessoas, a maioria da favela da Chacrinha, foi ao Riocentro para se orgulhar de Lohaynny Vicente, 20, o fenômeno do badminton. Lohaynny teve infância dura. Seu pai era traficante no morro do Chapadão e foi morto pela polícia quando ela tinha 4 anos. Ela aprendeu a jogar no projeto Miratus, na favela da Chacrinha, que forma dezenas de atletas de badminton. "O dia de hoje representa todo meu esforço: valeu a pena treinar descalça, sem raquete e sem peteca boa. Às vezes eu pensava em desistir, mas lutei pelo meu sonho e consegui, este momento vai ficar sempre na minha memória", disse Lohaynny após o jogo. Ela enfrentou a indiana Saina Nehwal, 26, que é a número 3 do mundo. Lohaynny é número 70. Mas fez bonito. Marcou 34 pontos (em dois sets) contra uma das melhores do mundo. A cada lance, o público vibrava: "Eu acredito". Lohaynny perdeu, mas isso não tinha a menor importância. Quando acabou o jogo, os brasileiros nas arquibancadas continuaram de pé, aplaudindo, e gritando: "Lohaynny! Brasil!"
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Olimpíada não tem comida, não tem transporte, mas tem LohaynnyBruce Southwick é um fotógrafo de Fiji que veio para o Rio só para cobrir a seleção do seu país no rúgbi. Southwick está hospedado em Botafogo. Os jogos de rúgbi se realizam no centro olímpico de Deodoro. Ele gasta cinco horas todos os dias para ir e voltar até lá. São três ônibus diferentes e um metrô. Cinco horas. O casal de australianos Ross Ibell, 75, e Patricia, 71, veio da Austrália para acompanhar o hóquei na grama. São fissurados e estão assistindo a todos os jogos. No sábado (6), primeiro dia de jogos, eles passaram fome para ver suas equipes favoritas. Nenhuma das lojas de alimentação no estádio de hóquei estava aberta e eles ficaram em jejum das 10h às 23h. Chamada - Rio 2016 No dia seguinte, as lojas abriram. Mas às 15h, tinha acabado tudo. Só sobrou sanduíche de linguiça. Alimentação e transporte são os maiores problemas da Olimpíada no Rio. Chegar até os locais das competições é difícil e demorado. Turistas estrangeiros sofrem mais ainda, porque pouquíssima gente fala inglês, e quem sabe o idioma, não sabe dar informação. Comida é outro drama. A logística das barracas de alimentação é péssima —os produtos acabam e não são repostos. Os preços são ofensivos: uma garrafa pequena de Coca Cola custa R$ 10. Falta comida e falta transporte na Rio 2016. Mas tem Lohaynny. Nesta quinta-feira (11), mais de 300 pessoas, a maioria da favela da Chacrinha, foi ao Riocentro para se orgulhar de Lohaynny Vicente, 20, o fenômeno do badminton. Lohaynny teve infância dura. Seu pai era traficante no morro do Chapadão e foi morto pela polícia quando ela tinha 4 anos. Ela aprendeu a jogar no projeto Miratus, na favela da Chacrinha, que forma dezenas de atletas de badminton. "O dia de hoje representa todo meu esforço: valeu a pena treinar descalça, sem raquete e sem peteca boa. Às vezes eu pensava em desistir, mas lutei pelo meu sonho e consegui, este momento vai ficar sempre na minha memória", disse Lohaynny após o jogo. Ela enfrentou a indiana Saina Nehwal, 26, que é a número 3 do mundo. Lohaynny é número 70. Mas fez bonito. Marcou 34 pontos (em dois sets) contra uma das melhores do mundo. A cada lance, o público vibrava: "Eu acredito". Lohaynny perdeu, mas isso não tinha a menor importância. Quando acabou o jogo, os brasileiros nas arquibancadas continuaram de pé, aplaudindo, e gritando: "Lohaynny! Brasil!"
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Dólar volta para R$ 3,17 com alívio por definição de data para revisão da meta
O dólar voltou para a casa de R$ 3,17 nesta terça-feira (15), refletindo o alívio dos investidores com a definição de uma data para a revisão da meta de deficit fiscal. A Bolsa acompanhou a indefinição nos mercados americanos e fechou praticamente estável. O dólar comercial teve queda de 0,87%, para R$ 3,175. O dólar à vista, que fecha mais cedo, subiu 0,18%, para R$ 3,189. O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, avançou 0,10%, para 68.355 pontos, renovando o maior patamar desde 16 de maio. Depois de muita incerteza, o governo decidiu anunciar as novas metas fiscais para 2017 e para 2018 às 18h desta terça. A definição tira uma indefinição do radar dos investidores, após seguidos adiamentos por impasse entre a equipe econômica e a ala política do governo. A frustração com as receitas e com a recuperação da economia obrigou o governo a rever suas projeções para 2017 e 2018. Os deficits de R$ 139 bilhões (2017) e R$ 129 bilhões (2018) devem ser ampliados para R$ 159 bilhões para os dois anos. "A desvalorização do dólar ganhou força após a definição da data para resolver a questão da meta. Tirou a falta de certeza em relação ao momento do anúncio. O mercado acabava especulando em relação às dificuldades que o governo poderia estar enfrentando para definir o número", diz Mauricio Nakahodo, economista do Mitsubishi UFJ Financial Group no Brasil. Para ele, o tamanho do rombo pode mexer com o mercado. "A magnitude é importante, se a meta revista for muito maior que a esperada pelos investidores pode haver um impacto ruim no mercado", diz. "A gente sabe que o cenário fiscal é desafiador do lado das despesas e das receitas. Não tem receitas extraordinárias neste ano, é um componente importante para a recuperação de impostos. É preciso saber se o governo está trabalhando com um cenário factível", ressalta. No exterior, o dólar iniciou o dia em alta após a divulgação dos dados de julho de venda no varejo nos EUA, que subiram 0,6%, após alta de 0,3% em junho. O resultado indica que o mercado consumidor americano está se fortalecendo, embora não a ponto de pressionar os preços ao consumidor, na avaliação de especialistas. Ainda assim, o dólar perdeu força ante 23 das 31 principais moedas mundiais. O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco) do Brasil recuou 1,59%, para 201,3 pontos. No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados recuaram. O com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 8,155% para 8,135%. O contrato para janeiro de 2019 passou de 8,060% para 8,040%. AÇÕES Das 58 ações do Ibovespa, 31 subiram e 27 fecharam em baixa. No dia, destaque para o avanço das ações da Estácio Participações e da Kroton, que divulgou seu balanço do segundo trimestre, com alta de 14,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os papéis subiram, respectivamente, 4,25% e 3,31%. Os papéis da Petrobras fecharam em alta, com ajuda do avanço dos preços do petróleo. Os papéis mais negociados da estatal subiram 0,54%, para R$ 13,15. As ações que dão direito a voto tiveram ganho de 0,15%, para R$ 13,62. As ações da mineradora Vale caíram, alinhadas com a desvalorização de 1,38% dos preços do minério de ferro. Os papéis ordinários da Vale recuaram 0,58%, para R$ 31,12. As ações preferenciais perderam 0,07%. No setor financeiro, os papéis de bancos fecharam com sinais mistos. As ações do Itaú Unibanco caíram 0,58%. Os papéis preferenciais do Bradesco subiram 0,25%, e os ordinários avançaram 0,64%. As ações do Banco do Brasil recuaram 0,48%. As units –conjunto de ações– do Santander Brasil perderam 0,97%.
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Dólar volta para R$ 3,17 com alívio por definição de data para revisão da metaO dólar voltou para a casa de R$ 3,17 nesta terça-feira (15), refletindo o alívio dos investidores com a definição de uma data para a revisão da meta de deficit fiscal. A Bolsa acompanhou a indefinição nos mercados americanos e fechou praticamente estável. O dólar comercial teve queda de 0,87%, para R$ 3,175. O dólar à vista, que fecha mais cedo, subiu 0,18%, para R$ 3,189. O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, avançou 0,10%, para 68.355 pontos, renovando o maior patamar desde 16 de maio. Depois de muita incerteza, o governo decidiu anunciar as novas metas fiscais para 2017 e para 2018 às 18h desta terça. A definição tira uma indefinição do radar dos investidores, após seguidos adiamentos por impasse entre a equipe econômica e a ala política do governo. A frustração com as receitas e com a recuperação da economia obrigou o governo a rever suas projeções para 2017 e 2018. Os deficits de R$ 139 bilhões (2017) e R$ 129 bilhões (2018) devem ser ampliados para R$ 159 bilhões para os dois anos. "A desvalorização do dólar ganhou força após a definição da data para resolver a questão da meta. Tirou a falta de certeza em relação ao momento do anúncio. O mercado acabava especulando em relação às dificuldades que o governo poderia estar enfrentando para definir o número", diz Mauricio Nakahodo, economista do Mitsubishi UFJ Financial Group no Brasil. Para ele, o tamanho do rombo pode mexer com o mercado. "A magnitude é importante, se a meta revista for muito maior que a esperada pelos investidores pode haver um impacto ruim no mercado", diz. "A gente sabe que o cenário fiscal é desafiador do lado das despesas e das receitas. Não tem receitas extraordinárias neste ano, é um componente importante para a recuperação de impostos. É preciso saber se o governo está trabalhando com um cenário factível", ressalta. No exterior, o dólar iniciou o dia em alta após a divulgação dos dados de julho de venda no varejo nos EUA, que subiram 0,6%, após alta de 0,3% em junho. O resultado indica que o mercado consumidor americano está se fortalecendo, embora não a ponto de pressionar os preços ao consumidor, na avaliação de especialistas. Ainda assim, o dólar perdeu força ante 23 das 31 principais moedas mundiais. O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco) do Brasil recuou 1,59%, para 201,3 pontos. No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados recuaram. O com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 8,155% para 8,135%. O contrato para janeiro de 2019 passou de 8,060% para 8,040%. AÇÕES Das 58 ações do Ibovespa, 31 subiram e 27 fecharam em baixa. No dia, destaque para o avanço das ações da Estácio Participações e da Kroton, que divulgou seu balanço do segundo trimestre, com alta de 14,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os papéis subiram, respectivamente, 4,25% e 3,31%. Os papéis da Petrobras fecharam em alta, com ajuda do avanço dos preços do petróleo. Os papéis mais negociados da estatal subiram 0,54%, para R$ 13,15. As ações que dão direito a voto tiveram ganho de 0,15%, para R$ 13,62. As ações da mineradora Vale caíram, alinhadas com a desvalorização de 1,38% dos preços do minério de ferro. Os papéis ordinários da Vale recuaram 0,58%, para R$ 31,12. As ações preferenciais perderam 0,07%. No setor financeiro, os papéis de bancos fecharam com sinais mistos. As ações do Itaú Unibanco caíram 0,58%. Os papéis preferenciais do Bradesco subiram 0,25%, e os ordinários avançaram 0,64%. As ações do Banco do Brasil recuaram 0,48%. As units –conjunto de ações– do Santander Brasil perderam 0,97%.
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A Liga
Você que gosta de acompanhar campeonatos pelo mundo afora já se deu conta de que há uma palavrinha comum em todos eles? O rico futebol inglês, de gramados impecáveis e estádios sempre lotados, são organizados por uma tal Premier League. O melhor futebol do mundo, o alemão, está abrigado na Bundesliga. Na Espanha de Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, quem comanda é a Liga das Estrelas, La Liga. Está ligado (com trocadilho)? Tem também a Liga Italiana e, é claro, a Liga dos Campeões da Europa, a cereja do bolo. Nem precisa falar sobre aquilo que você vê pelas ruas brasileiras, meninas e meninos com camisas de clubes estrangeiros, adultas e adultos. Notou a palavrinha comum? Liga! No Brasil já temos uma, muito bem-sucedida, a Liga do Nordeste, que se não fosse interrompida por interesses menores durante mais de dez anos provavelmente teria permitido ao futebol da região estar menos defasado do que ainda está na relação com o eixo Rio-São Paulo-Minas-Sul. Pois eis que surge agora a Liga Sul-Minas-Rio uma nova luz no horizonte do atrasado futebol brasileiro. Que terá a direção profissional de um cartola briguento, polêmico, com muitos vícios que deveriam estar enterrados, mas um leão na luta por seus objetivos, carne de pescoço, quem já o enfrentou bem sabe: Alexandre Kalil, o presidente que se aliou até ao diabo para dar ao Galo sua primeira Libertadores. Agora, quando a CBF está mais enfraquecida do que nunca, é ele quem empunhará uma das lanças da modernização inevitável, a ruptura que a vanguarda do atraso teme a tal ponto que em suas teorizações pedestres confunde o Brasil Colônia com o Brasil Império. A Liga que ora nasce não é ainda a solução, porque sem os clubes grandes paulistas e sem os das demais regiões do país. Mas é um passo, um passo adiante na direção de termos aqui o que tem o mundo avançado do futebol, onde as Ligas comandam os campeonatos de clubes e as associações nacionais tomam conta das seleções, em pacífica convivência, porque não há outra escolha, com as Ligas. Por mais que se debatam, as federações estaduais e seus campeonatos, como hoje os conhecemos, estão sentenciados de morte, e não é por outra razão que a Federação Paulista de Futebol tenta se distinguir das demais num desesperado esforço de sobrevivência –certamente em vão quando os cinco grandes do Estado perceberem o que estão perdendo. O apodrecimento da Fifa, e dos que a cercam, revela que a mudança urge e não será dirigida dos presídios suíços ou americanos. Já basta o PCC. Patrocinadores que sempre alegaram não patrocinar a Fifa, mas as populares Copas do Mundos, ou não patrocinar a CBF, mas a vitoriosa seleção brasileira, hoje temem ver suas marcas associadas ao mundo do crime, aos cartolas presos ou denunciados ou a um futebol que levou de 7 a 1. Quem tem nome a zelar quer mudar. Mudemos pois!
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A LigaVocê que gosta de acompanhar campeonatos pelo mundo afora já se deu conta de que há uma palavrinha comum em todos eles? O rico futebol inglês, de gramados impecáveis e estádios sempre lotados, são organizados por uma tal Premier League. O melhor futebol do mundo, o alemão, está abrigado na Bundesliga. Na Espanha de Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, quem comanda é a Liga das Estrelas, La Liga. Está ligado (com trocadilho)? Tem também a Liga Italiana e, é claro, a Liga dos Campeões da Europa, a cereja do bolo. Nem precisa falar sobre aquilo que você vê pelas ruas brasileiras, meninas e meninos com camisas de clubes estrangeiros, adultas e adultos. Notou a palavrinha comum? Liga! No Brasil já temos uma, muito bem-sucedida, a Liga do Nordeste, que se não fosse interrompida por interesses menores durante mais de dez anos provavelmente teria permitido ao futebol da região estar menos defasado do que ainda está na relação com o eixo Rio-São Paulo-Minas-Sul. Pois eis que surge agora a Liga Sul-Minas-Rio uma nova luz no horizonte do atrasado futebol brasileiro. Que terá a direção profissional de um cartola briguento, polêmico, com muitos vícios que deveriam estar enterrados, mas um leão na luta por seus objetivos, carne de pescoço, quem já o enfrentou bem sabe: Alexandre Kalil, o presidente que se aliou até ao diabo para dar ao Galo sua primeira Libertadores. Agora, quando a CBF está mais enfraquecida do que nunca, é ele quem empunhará uma das lanças da modernização inevitável, a ruptura que a vanguarda do atraso teme a tal ponto que em suas teorizações pedestres confunde o Brasil Colônia com o Brasil Império. A Liga que ora nasce não é ainda a solução, porque sem os clubes grandes paulistas e sem os das demais regiões do país. Mas é um passo, um passo adiante na direção de termos aqui o que tem o mundo avançado do futebol, onde as Ligas comandam os campeonatos de clubes e as associações nacionais tomam conta das seleções, em pacífica convivência, porque não há outra escolha, com as Ligas. Por mais que se debatam, as federações estaduais e seus campeonatos, como hoje os conhecemos, estão sentenciados de morte, e não é por outra razão que a Federação Paulista de Futebol tenta se distinguir das demais num desesperado esforço de sobrevivência –certamente em vão quando os cinco grandes do Estado perceberem o que estão perdendo. O apodrecimento da Fifa, e dos que a cercam, revela que a mudança urge e não será dirigida dos presídios suíços ou americanos. Já basta o PCC. Patrocinadores que sempre alegaram não patrocinar a Fifa, mas as populares Copas do Mundos, ou não patrocinar a CBF, mas a vitoriosa seleção brasileira, hoje temem ver suas marcas associadas ao mundo do crime, aos cartolas presos ou denunciados ou a um futebol que levou de 7 a 1. Quem tem nome a zelar quer mudar. Mudemos pois!
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Colisão de galáxias permite que físicos detectem matéria escura
Um grupo internacional de astrônomos encontrou numa colisão de galáxias a mais de um bilhão de anos-luz de distância os primeiros sinais de que a matéria escura talvez não seja totalmente escura. O achado anima a possibilidade de que uma detecção direta da misteriosa substância, que responde por cerca de 85% de toda matéria existente no Universo. Até então, as únicas evidências que tínhamos de sua existência eram gravitacionais –como se houvesse uma quantidade enorme de matéria invisível, mas capaz de gerar gravidade, envolvendo as galáxias e acelerando o movimento de suas estrelas mais periféricas. Agora, os pesquisadores encontraram dados que sugerem que a matéria escura não só interage gravitacionalmente, como também parece ser capaz de interagir consigo mesma por meio de alguma outra força da natureza. Para isso, o pesquisador Richard Massey, da Universidade de Durham, no Reino Unido, e seus colegas utilizaram observações foram feitas com o VLT, maior complexo de telescópios ópticos do ESO (Observatório Europeu do Sul), e com o Hubble, que acabou de completar 25 anos de operação no espaço. Os instrumentos foram apontados para o aglomerado galáctico Abell 3827, no centro do qual quatro grandes galáxias estão em processo de colisão. A concentração de matéria na região distorce a luz que vem de mais longe, produzindo o fenômeno conhecido como lente gravitacional. Ao analisar esse padrão de distorção, os cientistas podem criar um mapa da distribuição total de matéria a produzir a lente –seja ela escura ou convencional. E então, ao comparar a distribuição de matéria visível nas imagens e o mapa produzido a partir do padrão de lentes gravitacionais, os físicos identificaram uma grande concentração de matéria escura de uma das galáxias que parece ter ficado para trás. Em meio à colisão, ela está deslocada cerca de 5.000 anos-luz com relação à galáxia a que pertencia. "Talvez se arrastando durante a queda por causa de uma força de arrasto criada por auto-interações de matéria escura", escrevem os pesquisadores, em artigo publicado no periódico "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society". FECHANDO O CERCO "Essa descoberta é muito importante", diz Rogério Rosenfeld, físico da Unesp que trabalha em modelos que tentam explicar o que é, afinal, a matéria escura. Mas faz uma ressalva: "É necessário saber o grau de confiança nessa medida". Caso as conclusões sejam confirmadas, isso por si só já exclui explicações que tratam a matéria escura como algo de fato completamente escuro, ou seja, incapaz de interagir de outro modo que não fosse o gravitacional. Além disso, o achado abre a possibilidade de que encontremos produtos dessa "autointeração" entre partículas de matéria escura, fechando ainda mais o cerco sobre o que ela pode ser. No último dia 15, no Cern (centro europeu de física de partículas), em Genebra, o físico Samuel Ting apresentou os últimos resultados colhidos pelo experimento AMS, embarcado na Estação Espacial Internacional. É basicamente um detector de raios cósmicos, e os resultados até agora apontam algumas anomalias inesperadas no fluxo de partículas. Ainda não é possível dizer qual é a causa, mas uma das possibilidades é que elas sejam produto de colisão de partículas de matéria escura no espaço profundo. Da mesma forma que o bóson de Higgs foi descoberto pela detecção dos produtos mais estáveis de seu decaimento, os físicos esperam desvendar a natureza da matéria escura por meio de sinais secundários de sua existência. O LHC (Grande Colisor de Hádrons), maior acelerador de partículas do mundo, está voltando a operar (primeiras colisões marcadas para junho) e pode ajudar a montar o quebra-cabeça. Entre observações astronômicas, detectores de raios cósmicos e aceleradores de partículas, cientistas nunca estiveram tão perto de desvendar o mistério. Quando eles vão chegar lá? Aí já são outros 500.
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Colisão de galáxias permite que físicos detectem matéria escuraUm grupo internacional de astrônomos encontrou numa colisão de galáxias a mais de um bilhão de anos-luz de distância os primeiros sinais de que a matéria escura talvez não seja totalmente escura. O achado anima a possibilidade de que uma detecção direta da misteriosa substância, que responde por cerca de 85% de toda matéria existente no Universo. Até então, as únicas evidências que tínhamos de sua existência eram gravitacionais –como se houvesse uma quantidade enorme de matéria invisível, mas capaz de gerar gravidade, envolvendo as galáxias e acelerando o movimento de suas estrelas mais periféricas. Agora, os pesquisadores encontraram dados que sugerem que a matéria escura não só interage gravitacionalmente, como também parece ser capaz de interagir consigo mesma por meio de alguma outra força da natureza. Para isso, o pesquisador Richard Massey, da Universidade de Durham, no Reino Unido, e seus colegas utilizaram observações foram feitas com o VLT, maior complexo de telescópios ópticos do ESO (Observatório Europeu do Sul), e com o Hubble, que acabou de completar 25 anos de operação no espaço. Os instrumentos foram apontados para o aglomerado galáctico Abell 3827, no centro do qual quatro grandes galáxias estão em processo de colisão. A concentração de matéria na região distorce a luz que vem de mais longe, produzindo o fenômeno conhecido como lente gravitacional. Ao analisar esse padrão de distorção, os cientistas podem criar um mapa da distribuição total de matéria a produzir a lente –seja ela escura ou convencional. E então, ao comparar a distribuição de matéria visível nas imagens e o mapa produzido a partir do padrão de lentes gravitacionais, os físicos identificaram uma grande concentração de matéria escura de uma das galáxias que parece ter ficado para trás. Em meio à colisão, ela está deslocada cerca de 5.000 anos-luz com relação à galáxia a que pertencia. "Talvez se arrastando durante a queda por causa de uma força de arrasto criada por auto-interações de matéria escura", escrevem os pesquisadores, em artigo publicado no periódico "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society". FECHANDO O CERCO "Essa descoberta é muito importante", diz Rogério Rosenfeld, físico da Unesp que trabalha em modelos que tentam explicar o que é, afinal, a matéria escura. Mas faz uma ressalva: "É necessário saber o grau de confiança nessa medida". Caso as conclusões sejam confirmadas, isso por si só já exclui explicações que tratam a matéria escura como algo de fato completamente escuro, ou seja, incapaz de interagir de outro modo que não fosse o gravitacional. Além disso, o achado abre a possibilidade de que encontremos produtos dessa "autointeração" entre partículas de matéria escura, fechando ainda mais o cerco sobre o que ela pode ser. No último dia 15, no Cern (centro europeu de física de partículas), em Genebra, o físico Samuel Ting apresentou os últimos resultados colhidos pelo experimento AMS, embarcado na Estação Espacial Internacional. É basicamente um detector de raios cósmicos, e os resultados até agora apontam algumas anomalias inesperadas no fluxo de partículas. Ainda não é possível dizer qual é a causa, mas uma das possibilidades é que elas sejam produto de colisão de partículas de matéria escura no espaço profundo. Da mesma forma que o bóson de Higgs foi descoberto pela detecção dos produtos mais estáveis de seu decaimento, os físicos esperam desvendar a natureza da matéria escura por meio de sinais secundários de sua existência. O LHC (Grande Colisor de Hádrons), maior acelerador de partículas do mundo, está voltando a operar (primeiras colisões marcadas para junho) e pode ajudar a montar o quebra-cabeça. Entre observações astronômicas, detectores de raios cósmicos e aceleradores de partículas, cientistas nunca estiveram tão perto de desvendar o mistério. Quando eles vão chegar lá? Aí já são outros 500.
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Pra que ciclovia em SP?
Porque é preciso alternativas de locomoção urbana. Porque já se instaurou uma cultura de bicicleta, com cada vez mais adeptos. Segundo associações de cicloativismo e a Prefeitura de São Paulo, mais de 500 mil ciclistas usam a bike como meio de transporte diário. Porque é saudável. Pessoas menos sedentárias são mais felizes e dão menos gastos à saúde pública. Porque é democrático. Em cima de uma bicicleta somos mais parecidos uns com os outros. Porque com mais pessoas na rua temos menos violência. Porque é mais barato construir ciclovias do que qualquer outra infraestrutura de transporte. Porque ciclovias atraem famílias e é fundamental no processo de educação e cidadania das crianças. A criança que anda de bicicleta, e vive de fato a cidade e a rua, será um adulto mais comprometido com seu planeta, mais engajado. Porque é sustentável. Porque menos carro gera menos poluição. Porque o excesso de automóveis paralisa a cidade, afeta a economia e a qualidade de vida. Porque estimula o comércio local. Porque é autoritário e egoísta que, em São Paulo, os carros ocupem 80% do espaço das vias, levando apenas 20% das pessoas que se deslocam. Porque segundo o plano da CET, as vias para bikes ocuparão as faixas de estacionamento, e não as vias de rolamento dos carros: o espaço destinado para o estacionamento de veículos é público. Porque a CET faz estudos técnicos de implantação das ciclovias há mais de duas décadas. Porque foi amplamente discutido em diversas audiências públicas do Conselho Municipal de Transportes. Porque mesmo com uma topografia cheia de sobe e desce, existem alternativas de rotas e a possibilidade de usar o metrô e o ônibus em horários especiais, num sistema misto de locomoção. Porque temos o direito à segurança, diariamente tenho medo de morrer indo para o meu estúdio pedalando. Porque é um direito previsto pelo Código Brasileiro de Trânsito. Porque ajuda a construir identidade urbana e sentimento de pertencimento. Pedalando sorrimos mais, olhamos nos olhos, devolvemos a verdadeira escala que a cidade deve ter, a cidade para pessoas.
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Pra que ciclovia em SP?Porque é preciso alternativas de locomoção urbana. Porque já se instaurou uma cultura de bicicleta, com cada vez mais adeptos. Segundo associações de cicloativismo e a Prefeitura de São Paulo, mais de 500 mil ciclistas usam a bike como meio de transporte diário. Porque é saudável. Pessoas menos sedentárias são mais felizes e dão menos gastos à saúde pública. Porque é democrático. Em cima de uma bicicleta somos mais parecidos uns com os outros. Porque com mais pessoas na rua temos menos violência. Porque é mais barato construir ciclovias do que qualquer outra infraestrutura de transporte. Porque ciclovias atraem famílias e é fundamental no processo de educação e cidadania das crianças. A criança que anda de bicicleta, e vive de fato a cidade e a rua, será um adulto mais comprometido com seu planeta, mais engajado. Porque é sustentável. Porque menos carro gera menos poluição. Porque o excesso de automóveis paralisa a cidade, afeta a economia e a qualidade de vida. Porque estimula o comércio local. Porque é autoritário e egoísta que, em São Paulo, os carros ocupem 80% do espaço das vias, levando apenas 20% das pessoas que se deslocam. Porque segundo o plano da CET, as vias para bikes ocuparão as faixas de estacionamento, e não as vias de rolamento dos carros: o espaço destinado para o estacionamento de veículos é público. Porque a CET faz estudos técnicos de implantação das ciclovias há mais de duas décadas. Porque foi amplamente discutido em diversas audiências públicas do Conselho Municipal de Transportes. Porque mesmo com uma topografia cheia de sobe e desce, existem alternativas de rotas e a possibilidade de usar o metrô e o ônibus em horários especiais, num sistema misto de locomoção. Porque temos o direito à segurança, diariamente tenho medo de morrer indo para o meu estúdio pedalando. Porque é um direito previsto pelo Código Brasileiro de Trânsito. Porque ajuda a construir identidade urbana e sentimento de pertencimento. Pedalando sorrimos mais, olhamos nos olhos, devolvemos a verdadeira escala que a cidade deve ter, a cidade para pessoas.
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Levy tem que ser 'tratado como Cristo', afirma Temer
Se para a presidente Dilma Rousseff o ministro Joaquim Levy não pode ser visto como um Judas, por liderar as medidas impopulares de ajuste fiscal, para o vice-presidente Michel Temer, o titular da Fazenda "tem que ser tratado como Cristo". "[Jesus] sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária, na medida em que deixou um exemplo magnífico, extraordinário para todo o mundo", afirmou Temer nesta segunda-feira (8). Em entrevista publicada no jornal "O Estado de São Paulo", a presidente afirmou ser injustas as críticas ao ministro da Fazenda, alvo dos próprios petistas. Nesta semana, o partido fará um Congresso Nacional, onde é esperada nova onda de críticas a Levy. O vice-presidente, no entanto, preferiu apontar qualidades do nome escolhido por Dilma para a função. "O ajuste fiscal que o Levy está levando adiante vai representar exatamente isso: num primeiro momento, parece uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os melhores resultados. Muito menos Judas e muito mais Cristo", concluiu o vice. Até esta quarta-feira (10), Temer vai manter reuniões com líderes do Senado e da Câmara para afinar o apoio ao Palácio do Planalto em votações pendentes no Congresso, como a lei de desonerações e o projeto que aumenta os salários dos servidores do Judiciário federal.
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Levy tem que ser 'tratado como Cristo', afirma TemerSe para a presidente Dilma Rousseff o ministro Joaquim Levy não pode ser visto como um Judas, por liderar as medidas impopulares de ajuste fiscal, para o vice-presidente Michel Temer, o titular da Fazenda "tem que ser tratado como Cristo". "[Jesus] sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária, na medida em que deixou um exemplo magnífico, extraordinário para todo o mundo", afirmou Temer nesta segunda-feira (8). Em entrevista publicada no jornal "O Estado de São Paulo", a presidente afirmou ser injustas as críticas ao ministro da Fazenda, alvo dos próprios petistas. Nesta semana, o partido fará um Congresso Nacional, onde é esperada nova onda de críticas a Levy. O vice-presidente, no entanto, preferiu apontar qualidades do nome escolhido por Dilma para a função. "O ajuste fiscal que o Levy está levando adiante vai representar exatamente isso: num primeiro momento, parece uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os melhores resultados. Muito menos Judas e muito mais Cristo", concluiu o vice. Até esta quarta-feira (10), Temer vai manter reuniões com líderes do Senado e da Câmara para afinar o apoio ao Palácio do Planalto em votações pendentes no Congresso, como a lei de desonerações e o projeto que aumenta os salários dos servidores do Judiciário federal.
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Pelo fim dos privilégios da nobreza
A recente decisão do Supremo de acabar com a censura às biografias não autorizadas corrigiu distorção gritante e restaurou a liberdade de expressão. Apesar desse avanço, continuamos a ser uma sociedade marcada por leis inexplicáveis, expressões de autoritarismo e atraso. Uma delas é a instituição da prisão especial, que parece ter sua raiz nos privilégios da nobreza em tempos medievais. Em pleno século 21, somos uma democracia na qual aqueles que completaram curso universitário (assim como o extenso rol de autoridades) têm o direito de, se presos, receberem acomodação especial, separada das celas nas quais estão "cidadãos comuns". A Constituição afirma que todos são iguais perante a lei. A Declaração dos Direitos do Homem e outros documentos fundacionais da democracia moderna, também. O nosso senso de justiça, idem. Tudo muito bonito e reconfortante. Mas, na realidade, assim que um indivíduo é preso no Brasil a igualdade é chutada para escanteio. Passa a valer o poder do doutor. A Constituição, tão elevada nos seus preceitos, encontra um poder maior, concreto e pragmático. Há quem atenue a injustiça e o preconceito inerentes à prisão especial observando que ela só vale até um processo transitar em julgado. É fato. Como também é fato de que mais de 70% dos presos brasileiros ainda não tiveram processos transitados em julgados. Também é fato que, com os embargos, recursos e incontáveis medidas protelatórias da nossa bizantina sistemática judicial, dificilmente um acusado com um bom advogado estará vivo, para não dizer preso, quando o seu processo transitar na última instância. Ou seja, a prisão especial faz toda a diferença. Outro argumento usado para tentar justificar melhores condições na prisão para os mais educados é o desconforto e aversão que seriam provocados pela aplicação de um critério estritamente igualitário. Nestes dias sombrios, em que nas nossas prisões milhares se amontoam sem as mínimas condições de dignidade, há quem pondere que seria inconcebível que pessoas bem educadas, pais de família fossem sujeitas à tamanha iniquidade. Essa forma de pensar não é apenas imoral. Ela não apenas viola um preceito constitucional. Ela é um dos motivos pelos quais nada, ou muito pouco, é feito para corrigir as condições às quais são submetidos os presos comuns. Vamos admitir: dificilmente o status quo vigente persistiria se advogados, jornalistas, economistas, psicólogos, empresários, deputados e outros doutores, se presos, fossem abrigados com outras centenas de detentos, amontoados em celas dilapidadas e mal cheirosas. Os mais de 600 mil presos comuns em nossas prisões, que, citando Caetano Veloso, são na maioria, pobres, pretos e pardos, não têm a capacidade de mobilizar o interesse do ministro da Justiça ou de nossos deputados e senadores. Estes aprovaram recentemente um aumento salarial de 78% para o Judiciário, mas não demonstram a inclinação de alocar recursos escassos para reformar nossas prisões. Muito menos a intenção de acabar com a prisão especial e eliminar privilégio que marca o país como uma sociedade arcaica e autoritária. ROBERTO FEITH, 62, jornalista, é vice-presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livro. Foi diretor da editora Objetiva * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Pelo fim dos privilégios da nobrezaA recente decisão do Supremo de acabar com a censura às biografias não autorizadas corrigiu distorção gritante e restaurou a liberdade de expressão. Apesar desse avanço, continuamos a ser uma sociedade marcada por leis inexplicáveis, expressões de autoritarismo e atraso. Uma delas é a instituição da prisão especial, que parece ter sua raiz nos privilégios da nobreza em tempos medievais. Em pleno século 21, somos uma democracia na qual aqueles que completaram curso universitário (assim como o extenso rol de autoridades) têm o direito de, se presos, receberem acomodação especial, separada das celas nas quais estão "cidadãos comuns". A Constituição afirma que todos são iguais perante a lei. A Declaração dos Direitos do Homem e outros documentos fundacionais da democracia moderna, também. O nosso senso de justiça, idem. Tudo muito bonito e reconfortante. Mas, na realidade, assim que um indivíduo é preso no Brasil a igualdade é chutada para escanteio. Passa a valer o poder do doutor. A Constituição, tão elevada nos seus preceitos, encontra um poder maior, concreto e pragmático. Há quem atenue a injustiça e o preconceito inerentes à prisão especial observando que ela só vale até um processo transitar em julgado. É fato. Como também é fato de que mais de 70% dos presos brasileiros ainda não tiveram processos transitados em julgados. Também é fato que, com os embargos, recursos e incontáveis medidas protelatórias da nossa bizantina sistemática judicial, dificilmente um acusado com um bom advogado estará vivo, para não dizer preso, quando o seu processo transitar na última instância. Ou seja, a prisão especial faz toda a diferença. Outro argumento usado para tentar justificar melhores condições na prisão para os mais educados é o desconforto e aversão que seriam provocados pela aplicação de um critério estritamente igualitário. Nestes dias sombrios, em que nas nossas prisões milhares se amontoam sem as mínimas condições de dignidade, há quem pondere que seria inconcebível que pessoas bem educadas, pais de família fossem sujeitas à tamanha iniquidade. Essa forma de pensar não é apenas imoral. Ela não apenas viola um preceito constitucional. Ela é um dos motivos pelos quais nada, ou muito pouco, é feito para corrigir as condições às quais são submetidos os presos comuns. Vamos admitir: dificilmente o status quo vigente persistiria se advogados, jornalistas, economistas, psicólogos, empresários, deputados e outros doutores, se presos, fossem abrigados com outras centenas de detentos, amontoados em celas dilapidadas e mal cheirosas. Os mais de 600 mil presos comuns em nossas prisões, que, citando Caetano Veloso, são na maioria, pobres, pretos e pardos, não têm a capacidade de mobilizar o interesse do ministro da Justiça ou de nossos deputados e senadores. Estes aprovaram recentemente um aumento salarial de 78% para o Judiciário, mas não demonstram a inclinação de alocar recursos escassos para reformar nossas prisões. Muito menos a intenção de acabar com a prisão especial e eliminar privilégio que marca o país como uma sociedade arcaica e autoritária. ROBERTO FEITH, 62, jornalista, é vice-presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livro. Foi diretor da editora Objetiva * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Redes antissociais
Jamais pensei que toparia com o filósofo alemão Jürgen Habermas citado nas páginas do periódico "Science", muito menos em conexão com o Facebook (FB). Para ver de tudo acontecer, porém, basta viver o bastante. A citação está num artigo de David Lazer, da Universidade Harvard, que comentava pesquisa publicada na mesma revista por Eytan Bakshy, da empresa FB. Lazer comparou o uso das redes sociais com a função que Habermas atribuíra aos salões parisienses do século 19. Nessas rodas elegantes a discussão de temas públicos era intensa, e dessa ebulição se destilava aos poucos alguma dose de convicções convergentes, a opinião pública. Sim, na Belle Époque ela cabia inteira em alguns salões seletos. O FB é muito mais democrático –com alguns senões. Qualquer pessoa pode ter conta nessa rede social e ali divulgar o que pensa e escreve –ou reproduzir ideias e textos de outros. Basta ter um telefone celular. O que as pessoas encontram e leem no FB são outros 500. Como elas têm centenas ou milhares de "amigos" na rede social, sua linha do tempo se converteria numa Babel enervante se as notas não fossem selecionadas de alguma maneira. Esse trabalho é feito por algoritmos, rotinas informatizadas desenvolvidas pela empresa que tentam adivinhar os interesses do cliente e dar-lhes prioridade na exibição. Chega à tela de cada um só aquilo que o FB escolheu mostrar. Cada vez mais as pessoas veem só as informações que encontram nas redes sociais. O risco disso, sob o império dos algoritmos, é que acabem ouvindo apenas as ideias semelhantes às suas, como numa câmara de eco. Aí entra o estudo de Eytan Bakshy. Dando o devido desconto para o fato de ele trabalhar no FB, seu trabalho parece sério. E vem chancelado pela Universidade de Michigan, onde também trabalha Lada Adamic, um dos três autores. Eles tiraram proveito do fato de vários clientes da rede social declararem voluntariamente sua orientação política. Na polarizada cena ideológica dos EUA, a maioria ou é conservadora ou é liberal (progressista). O primeiro passo foi reunir seis meses de interações na rede por mais de 10 milhões desses internautas autorrotulados. A equipe deixou de lado as postagens de entretenimento, como bichos fofos, e se concentrou em coisas sérias, como notícias. O passo seguinte foi categorizar politicamente essas notas, como conservadoras ou liberais. Usou-se o seguinte critério: o link precisava ser compartilhado por pelo menos 20 pessoas de mesma ideologia. Restaram 226 mil itens na amostra. A primeira providência foi analisar quantos dos posts que apareciam na linha do tempo de cada usuário tinham origem política diferente da sua. Ou seja, se os algoritmos estavam ou não impedindo um coxinha de topar com uma nota de jeitão petralha. A segunda medida foi registrar a orientação dos links em que os conservadores e liberais decidiam clicar. Para resumir a ópera, eles verificaram que ocorre muito menos "censura" por ação dos algoritmos do que nas próprias escolhas do cidadão. Não são tanto as redes as antissociais, mas sim quem as usa. Os salões virtuais da Nouvelle Époque estão lotados de gente surda, e a opinião pública anda meio calada.
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Redes antissociaisJamais pensei que toparia com o filósofo alemão Jürgen Habermas citado nas páginas do periódico "Science", muito menos em conexão com o Facebook (FB). Para ver de tudo acontecer, porém, basta viver o bastante. A citação está num artigo de David Lazer, da Universidade Harvard, que comentava pesquisa publicada na mesma revista por Eytan Bakshy, da empresa FB. Lazer comparou o uso das redes sociais com a função que Habermas atribuíra aos salões parisienses do século 19. Nessas rodas elegantes a discussão de temas públicos era intensa, e dessa ebulição se destilava aos poucos alguma dose de convicções convergentes, a opinião pública. Sim, na Belle Époque ela cabia inteira em alguns salões seletos. O FB é muito mais democrático –com alguns senões. Qualquer pessoa pode ter conta nessa rede social e ali divulgar o que pensa e escreve –ou reproduzir ideias e textos de outros. Basta ter um telefone celular. O que as pessoas encontram e leem no FB são outros 500. Como elas têm centenas ou milhares de "amigos" na rede social, sua linha do tempo se converteria numa Babel enervante se as notas não fossem selecionadas de alguma maneira. Esse trabalho é feito por algoritmos, rotinas informatizadas desenvolvidas pela empresa que tentam adivinhar os interesses do cliente e dar-lhes prioridade na exibição. Chega à tela de cada um só aquilo que o FB escolheu mostrar. Cada vez mais as pessoas veem só as informações que encontram nas redes sociais. O risco disso, sob o império dos algoritmos, é que acabem ouvindo apenas as ideias semelhantes às suas, como numa câmara de eco. Aí entra o estudo de Eytan Bakshy. Dando o devido desconto para o fato de ele trabalhar no FB, seu trabalho parece sério. E vem chancelado pela Universidade de Michigan, onde também trabalha Lada Adamic, um dos três autores. Eles tiraram proveito do fato de vários clientes da rede social declararem voluntariamente sua orientação política. Na polarizada cena ideológica dos EUA, a maioria ou é conservadora ou é liberal (progressista). O primeiro passo foi reunir seis meses de interações na rede por mais de 10 milhões desses internautas autorrotulados. A equipe deixou de lado as postagens de entretenimento, como bichos fofos, e se concentrou em coisas sérias, como notícias. O passo seguinte foi categorizar politicamente essas notas, como conservadoras ou liberais. Usou-se o seguinte critério: o link precisava ser compartilhado por pelo menos 20 pessoas de mesma ideologia. Restaram 226 mil itens na amostra. A primeira providência foi analisar quantos dos posts que apareciam na linha do tempo de cada usuário tinham origem política diferente da sua. Ou seja, se os algoritmos estavam ou não impedindo um coxinha de topar com uma nota de jeitão petralha. A segunda medida foi registrar a orientação dos links em que os conservadores e liberais decidiam clicar. Para resumir a ópera, eles verificaram que ocorre muito menos "censura" por ação dos algoritmos do que nas próprias escolhas do cidadão. Não são tanto as redes as antissociais, mas sim quem as usa. Os salões virtuais da Nouvelle Époque estão lotados de gente surda, e a opinião pública anda meio calada.
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CNJ vai priorizar julgamentos em que há pedidos de vista
O Conselho Nacional de Justiça realiza sessão ordinária nesta terça (9), devendo dar prioridade –por determinação do presidente do órgão, ministro Ricardo Lewandowski– ao julgamento de itens sob vista regimental e recursos administrativos. Está na pauta de 149 itens, entre outros, o processo em que são investigados os desembargadores Gilberto Rodrigues Jordan e Nery da Costa Júnior, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com vista regimental da ministra Nancy Andrighi. Eles são acusados de forjar em 2011 uma "força tarefa" em Ponta Porã (MS), com o propósito de beneficiar o Grupo Torlim, que atua no ramo de frigoríficos, promovendo a liberação de bens apreendidos pela Justiça. Na sessão de 27 de maio, o conselheiro Gilberto Martins –divergindo da relatora, conselheira Deborah Ciocci– votou pela aplicação da aposentadoria compulsória dos dois magistrados. Ciocci entendeu que não há provas contra Nery Júnior e Jordan.
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CNJ vai priorizar julgamentos em que há pedidos de vistaO Conselho Nacional de Justiça realiza sessão ordinária nesta terça (9), devendo dar prioridade –por determinação do presidente do órgão, ministro Ricardo Lewandowski– ao julgamento de itens sob vista regimental e recursos administrativos. Está na pauta de 149 itens, entre outros, o processo em que são investigados os desembargadores Gilberto Rodrigues Jordan e Nery da Costa Júnior, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com vista regimental da ministra Nancy Andrighi. Eles são acusados de forjar em 2011 uma "força tarefa" em Ponta Porã (MS), com o propósito de beneficiar o Grupo Torlim, que atua no ramo de frigoríficos, promovendo a liberação de bens apreendidos pela Justiça. Na sessão de 27 de maio, o conselheiro Gilberto Martins –divergindo da relatora, conselheira Deborah Ciocci– votou pela aplicação da aposentadoria compulsória dos dois magistrados. Ciocci entendeu que não há provas contra Nery Júnior e Jordan.
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Relator deve sugerir idade mínima de 68 anos para benefício assistencial
Em reunião com o presidente Michel Temer na noite deste domingo (16), líderes da base aliada sugeriram ao governo e ao relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), que seja fixada em 68 anos a idade mínima para o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos com renda familiar de até 25% do salário mínimo por pessoa. Para as pessoas com deficiência, não há um corte de idade. Integrantes da reunião informaram à Folha que o relator deve incluir essa previsão no parecer que será apresentado nesta terça-feira (18) aos deputados da base e à comissão especial que analisa a reforma. Neste modelo, o benefício seria de um salário mínimo, sem redutor. A proposta original do governo não só colocava 70 anos como idade mínima para os idosos, como desvinculava o benefício do salário mínimo. Diante de críticas de parlamentares inclusive da base, estava em estudo uma proposta alternativa. O modelo alternativo que a equipe técnica desenhava até os últimos dias consistia em permitir que o benefício fosse pago a idosos a partir de 65 anos, mas com um valor correspondente a 50% do valor do salário mínimo. Esse percentual aumentaria 10 pontos a cada ano, de forma que aos 70 anos o benefício corresponderia ao valor do salário mínimo. No caso das pessoas com deficiência, há um consenso há algumas semanas de que o benefício deve permanecer vinculado ao salário mínimo. Todas as mudanças no texto dependem de aprovação do Congresso. Na terça (18), o relator apresentará o parecer à comissão especial da Câmara. A expectativa é que a votação na comissão aconteça na última semana de abril. Se for aprovado, ainda tem de ser votado em dois turnos pelos plenários da Câmara e do Senado. Antes da promulgação, nenhuma mudança pode entrar em vigor. - O QUE É Benefício no valor de um salário mínimo pago a idosos com mais de 65 anos ou deficientes, sem limite de idade, de baixa renda EXIGÊNCIAS Renda por pessoa da família menor que 1/4 do salário mínimo. O beneficiário não pode estar recebendo outro benefício da Previdência Social R$ 40 BILHÕES foram gastos com pagamentos do BPC em 2015 R$ 85,8 BILHÕES foi o rombo da Previdência Social em 2015 R$ 123,9 BILHÕES é o rombo de janeiro a outubro de 2016 O QUE PODE MUDAR NA REFORMA IDADE MÍNIMA O governo propõe aumento gradual da idade mínima para obtenção do benefício de 65 anos para 70 anos. O aumento será de um ano a cada dois anos. Depois disso, a idade mínima pode subir um ano a cada vez que o IBGE apontar aumento de um ano na expectativa de sobrevida a partir dos 65 anos SALÁRIO MÍNIMO O BPC deixará de ser vinculado ao mínimo e deverá ser corrigido pela inflação, mas governo ainda não definiu como será o cálculo
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Relator deve sugerir idade mínima de 68 anos para benefício assistencialEm reunião com o presidente Michel Temer na noite deste domingo (16), líderes da base aliada sugeriram ao governo e ao relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), que seja fixada em 68 anos a idade mínima para o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos com renda familiar de até 25% do salário mínimo por pessoa. Para as pessoas com deficiência, não há um corte de idade. Integrantes da reunião informaram à Folha que o relator deve incluir essa previsão no parecer que será apresentado nesta terça-feira (18) aos deputados da base e à comissão especial que analisa a reforma. Neste modelo, o benefício seria de um salário mínimo, sem redutor. A proposta original do governo não só colocava 70 anos como idade mínima para os idosos, como desvinculava o benefício do salário mínimo. Diante de críticas de parlamentares inclusive da base, estava em estudo uma proposta alternativa. O modelo alternativo que a equipe técnica desenhava até os últimos dias consistia em permitir que o benefício fosse pago a idosos a partir de 65 anos, mas com um valor correspondente a 50% do valor do salário mínimo. Esse percentual aumentaria 10 pontos a cada ano, de forma que aos 70 anos o benefício corresponderia ao valor do salário mínimo. No caso das pessoas com deficiência, há um consenso há algumas semanas de que o benefício deve permanecer vinculado ao salário mínimo. Todas as mudanças no texto dependem de aprovação do Congresso. Na terça (18), o relator apresentará o parecer à comissão especial da Câmara. A expectativa é que a votação na comissão aconteça na última semana de abril. Se for aprovado, ainda tem de ser votado em dois turnos pelos plenários da Câmara e do Senado. Antes da promulgação, nenhuma mudança pode entrar em vigor. - O QUE É Benefício no valor de um salário mínimo pago a idosos com mais de 65 anos ou deficientes, sem limite de idade, de baixa renda EXIGÊNCIAS Renda por pessoa da família menor que 1/4 do salário mínimo. O beneficiário não pode estar recebendo outro benefício da Previdência Social R$ 40 BILHÕES foram gastos com pagamentos do BPC em 2015 R$ 85,8 BILHÕES foi o rombo da Previdência Social em 2015 R$ 123,9 BILHÕES é o rombo de janeiro a outubro de 2016 O QUE PODE MUDAR NA REFORMA IDADE MÍNIMA O governo propõe aumento gradual da idade mínima para obtenção do benefício de 65 anos para 70 anos. O aumento será de um ano a cada dois anos. Depois disso, a idade mínima pode subir um ano a cada vez que o IBGE apontar aumento de um ano na expectativa de sobrevida a partir dos 65 anos SALÁRIO MÍNIMO O BPC deixará de ser vinculado ao mínimo e deverá ser corrigido pela inflação, mas governo ainda não definiu como será o cálculo
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Britânico que aparece em decapitações do EI é identificado, diz imprensa
A rede de televisão britânica BBC e os jornais americanos "The Washington Post" e "The New York Times" informaram nesta quinta-feira (26) que foi identificado o homem que aparece nos vídeos de decapitação de reféns do Estado Islâmico. Segundo integrantes da polícia britânica, o extremista, que é conhecido como "Jihadi John" (João Jihadista, em inglês), se chama Mohammed Emwazi, 27, kuaitiano com cidadania britânica que morava no Queen's Park, região oeste de Londres. As autoridades afirmam que ele era de uma família de classe média londrina e é formado em programação de computadores na Universidade de Westminster em 2009. A partir daí, começou a se radicalizar até que viajou à Síria em 2012. Jihadi John Os agentes acreditam que, durante o período de radicalização, o homem se aproximou de um britânico que viajou à Somália em 2006 e era um intermediário do grupo radical Al Shabaab, vinculado à Al Qaeda, para recrutamento e financiamento. Oficialmente, a polícia não confirmará neste momento o nome do extremista. "Não vamos confirmar a identidade de ninguém nem dar detalhes sobre a investigação", disse Richard Walton, comandante da divisão antiterrorismo da Polícia Metropolitana de Londres. O extremista identificado como "Jihadi John" apareceu pela primeira vez em agosto, no vídeo em que ameaçou decapitar o jornalista americano James Foley, que foi morto pelo extremista dias depois. Ele ainda é o mensageiro da milícia radical nas gravações das decapitações de outros dois americanos –o jornalista Steven Sotloff e o trabalhador assistencial e o trabalhador humanitário Peter Kassig, dos britânicos David Haines e Alan Henning e dos japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto. Em agosto, o jornal britânico "Sunday Times" chegou a afirmar que o extremista era o rapper britânico Abdel-Majed Abdel Bary, 23, também da região oeste de Londres, mas a informação não chegou a ser confirmada pelas autoridades britânicas. RADICALIZAÇÃO Com base em entrevistas de amigos, o jornal "Washington Post" diz que o processo de radicalização de Enwazi começou em 2009, em uma viagem para um safári na Tanzânia logo após ter se formado na Universidade de Westminster. Eles e outros dois amigos convertidos ao islã foram presos ao chegar a Dar-es-Salaam e extraditados para a Europa. O radical teria seguido para Amsterdã, onde foi acusado por um agente britânico de envolvimento com o Al Shabaab. Na época, ele negou as acusações e, por falta de provas, conseguiu voltar ao Reino Unido. Em seguida, procurou ajuda na ONG CAGE, que dá apoio a vítimas da guerra ao terrorismo, segundo seu diretor de pesquisa, Asim Qureshi. "Ele ficou bastante irritado com o tratamento que teve [dos agentes britânicos em sua detenção em Amsterdã], que considerou injusto". Meses depois, ele tentou se mudar para o Kuait, onde trabalharia como funcionário de uma empresa de informática. Em 2010, ele voltou a ser preso pelas autoridades britânicas em Londres quando tentava voltar ao país do golfo Pérsico. Com isso, acabou perdendo o trabalho e o casamento que faria com uma kuaitiana. Amigos dizem que a perseguição que sofria na capital britânica o fez tentar de todos modos sair do Reino Unido. Em 2012, Enwazi conseguiu chegar à Síria, embora não se saiba de que modo ele fez isso. Lá, ele se uniu a milícias radicais que vieram dar origem ao Estado Islâmico na província de Idlib e se tornou carcereiro de reféns ocidentais.
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Britânico que aparece em decapitações do EI é identificado, diz imprensaA rede de televisão britânica BBC e os jornais americanos "The Washington Post" e "The New York Times" informaram nesta quinta-feira (26) que foi identificado o homem que aparece nos vídeos de decapitação de reféns do Estado Islâmico. Segundo integrantes da polícia britânica, o extremista, que é conhecido como "Jihadi John" (João Jihadista, em inglês), se chama Mohammed Emwazi, 27, kuaitiano com cidadania britânica que morava no Queen's Park, região oeste de Londres. As autoridades afirmam que ele era de uma família de classe média londrina e é formado em programação de computadores na Universidade de Westminster em 2009. A partir daí, começou a se radicalizar até que viajou à Síria em 2012. Jihadi John Os agentes acreditam que, durante o período de radicalização, o homem se aproximou de um britânico que viajou à Somália em 2006 e era um intermediário do grupo radical Al Shabaab, vinculado à Al Qaeda, para recrutamento e financiamento. Oficialmente, a polícia não confirmará neste momento o nome do extremista. "Não vamos confirmar a identidade de ninguém nem dar detalhes sobre a investigação", disse Richard Walton, comandante da divisão antiterrorismo da Polícia Metropolitana de Londres. O extremista identificado como "Jihadi John" apareceu pela primeira vez em agosto, no vídeo em que ameaçou decapitar o jornalista americano James Foley, que foi morto pelo extremista dias depois. Ele ainda é o mensageiro da milícia radical nas gravações das decapitações de outros dois americanos –o jornalista Steven Sotloff e o trabalhador assistencial e o trabalhador humanitário Peter Kassig, dos britânicos David Haines e Alan Henning e dos japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto. Em agosto, o jornal britânico "Sunday Times" chegou a afirmar que o extremista era o rapper britânico Abdel-Majed Abdel Bary, 23, também da região oeste de Londres, mas a informação não chegou a ser confirmada pelas autoridades britânicas. RADICALIZAÇÃO Com base em entrevistas de amigos, o jornal "Washington Post" diz que o processo de radicalização de Enwazi começou em 2009, em uma viagem para um safári na Tanzânia logo após ter se formado na Universidade de Westminster. Eles e outros dois amigos convertidos ao islã foram presos ao chegar a Dar-es-Salaam e extraditados para a Europa. O radical teria seguido para Amsterdã, onde foi acusado por um agente britânico de envolvimento com o Al Shabaab. Na época, ele negou as acusações e, por falta de provas, conseguiu voltar ao Reino Unido. Em seguida, procurou ajuda na ONG CAGE, que dá apoio a vítimas da guerra ao terrorismo, segundo seu diretor de pesquisa, Asim Qureshi. "Ele ficou bastante irritado com o tratamento que teve [dos agentes britânicos em sua detenção em Amsterdã], que considerou injusto". Meses depois, ele tentou se mudar para o Kuait, onde trabalharia como funcionário de uma empresa de informática. Em 2010, ele voltou a ser preso pelas autoridades britânicas em Londres quando tentava voltar ao país do golfo Pérsico. Com isso, acabou perdendo o trabalho e o casamento que faria com uma kuaitiana. Amigos dizem que a perseguição que sofria na capital britânica o fez tentar de todos modos sair do Reino Unido. Em 2012, Enwazi conseguiu chegar à Síria, embora não se saiba de que modo ele fez isso. Lá, ele se uniu a milícias radicais que vieram dar origem ao Estado Islâmico na província de Idlib e se tornou carcereiro de reféns ocidentais.
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Do mais barato ao luxuoso, veja dicas de lojas especializadas em enxoval
JULIA BENVENUTO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA CASA ALMEIDA A empresa, que nasceu em 1894, hoje pertence ao grupo Buddemeyer. Por isso, há coleções exclusivas de cama, mesa e banho na seleção de produtos da loja. Os conjuntos são refinados e luxuosos. O jogo de cama de seda "queen size" custa R$ 2.790, enquanto a opção de linho sai por R$ 1.399. www.casaalmeida.com.br. R. da Consolação, 3.452, Cerqueira César, região oeste, tel. 3082-1538. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 12h às 18h. CC: AE, D, E, M e V. Estac. grátis. CASA DA SOGRA ENXOVAIS O endereço é uma boa dica para garimpar roupas de cama, toalhas e outros itens do enxoval. Os produtos de confecção da marca são, geralmente, mais baratos. O estoque também conta com coleções da Teka, Dyuri, Santista e Karsten, além de cortinas e tapetes. Algumas linhas disponíveis podem ser personalizadas com o nome do cliente (a partir de R$ 10). www.casadasograenxovais.com.br. R. Maria Marcolina, 146, Brás, região leste, tel. 2692-7722 e 2796-8599. Seg. a sex.: 8h às 18h. Sáb.: 8h às 17h. CC: AE, D, E, H, M e V. MMARTAN Estampas coloridas e florais dominam o mostruário da marca, que acaba de lançar a sua coleção de verão. Os produtos de cama, mesa e banho são todos produzidos pela empresa, que tem fábrica em Vinhedo, no interior de SP. Se a intenção é vestir a cama, há lençóis avulsos, edredom de dupla face e capa para travesseiros. Na linha de banho, destaque para os confortáveis chinelos de microfibra (R$ 39,90). www.mmartan.com.br. Av. Rebouças, 2.036, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3060-9022. Seg. a sex.: 9h às 19h. Sáb.: 9h às 20h. dom.: 10h às 18h. CC: AE, D, M e V. MARLENE Há 26 anos, a grife produz a sua própria linha de enxoval. As criações são delicadas e luxuosas, como os jogos de cama e almofadas que levam pedras Swarovski em seu acabamento. Também é representante da tradicional marca italiana Frette, cujas criações estão entre as preferidas das famílias reais europeias. www.portalmarlene.com. R. Afonso Braz, 355, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3045-8218. Seg. a sex.: 9h às 19h. Sáb.: 9h às 18h. CC: AE, D, E, M e V. Estac. c/ manob. grátis. MUNDO DO ENXOVAL A grife de enxoval tem linhas completas destinadas aos adultos e também às crianças. O conjunto de lençol infantil de trenzinho é produzido em tamanhos especiais para berço e para mini-camas (a partir de R$ 164,70).Não deixe de explorar a seção de produtos para a mesa, que possui uma boa variedade de guardanapos bordados e toalhas de renda. www.mundodoenxoval.com.br. Av. Lavandisca, 223, Indianópolis, região sul, tel. 5051-3732. Seg. a sex.: 9h às 20h. Sáb.: 9h30 às 19h. CC: AE, D, E, G, M e V. Estac. c/ manob. grátis. ZÊLO Com linhas exclusivas assinadas pelo estilista Alexandre Herchcovitch e licenciadas pelo São Paulo Futebol Clube e pelo Corinthians, a empresa ficou conhecida pela produção de edredons (a partir de R$ 59,90 no tamanho de casal). Além da coleção que leva o nome da marca, o cliente encontra itens das marcas Santista, Sulta, Karsten, Camesa e outras. www.zelo.com.br. R. Estados Unidos esq. c/ av. Nove de Julho, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3898-2501. Seg. a sáb.: 9h30 às 20h. Dom.: 10h às 16h. CC: AE, Au, D, E, H, M e V. Estac.grátis.
saopaulo
Do mais barato ao luxuoso, veja dicas de lojas especializadas em enxovalJULIA BENVENUTO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA CASA ALMEIDA A empresa, que nasceu em 1894, hoje pertence ao grupo Buddemeyer. Por isso, há coleções exclusivas de cama, mesa e banho na seleção de produtos da loja. Os conjuntos são refinados e luxuosos. O jogo de cama de seda "queen size" custa R$ 2.790, enquanto a opção de linho sai por R$ 1.399. www.casaalmeida.com.br. R. da Consolação, 3.452, Cerqueira César, região oeste, tel. 3082-1538. Seg. a sáb.: 10h às 20h. Dom.: 12h às 18h. CC: AE, D, E, M e V. Estac. grátis. CASA DA SOGRA ENXOVAIS O endereço é uma boa dica para garimpar roupas de cama, toalhas e outros itens do enxoval. Os produtos de confecção da marca são, geralmente, mais baratos. O estoque também conta com coleções da Teka, Dyuri, Santista e Karsten, além de cortinas e tapetes. Algumas linhas disponíveis podem ser personalizadas com o nome do cliente (a partir de R$ 10). www.casadasograenxovais.com.br. R. Maria Marcolina, 146, Brás, região leste, tel. 2692-7722 e 2796-8599. Seg. a sex.: 8h às 18h. Sáb.: 8h às 17h. CC: AE, D, E, H, M e V. MMARTAN Estampas coloridas e florais dominam o mostruário da marca, que acaba de lançar a sua coleção de verão. Os produtos de cama, mesa e banho são todos produzidos pela empresa, que tem fábrica em Vinhedo, no interior de SP. Se a intenção é vestir a cama, há lençóis avulsos, edredom de dupla face e capa para travesseiros. Na linha de banho, destaque para os confortáveis chinelos de microfibra (R$ 39,90). www.mmartan.com.br. Av. Rebouças, 2.036, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3060-9022. Seg. a sex.: 9h às 19h. Sáb.: 9h às 20h. dom.: 10h às 18h. CC: AE, D, M e V. MARLENE Há 26 anos, a grife produz a sua própria linha de enxoval. As criações são delicadas e luxuosas, como os jogos de cama e almofadas que levam pedras Swarovski em seu acabamento. Também é representante da tradicional marca italiana Frette, cujas criações estão entre as preferidas das famílias reais europeias. www.portalmarlene.com. R. Afonso Braz, 355, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3045-8218. Seg. a sex.: 9h às 19h. Sáb.: 9h às 18h. CC: AE, D, E, M e V. Estac. c/ manob. grátis. MUNDO DO ENXOVAL A grife de enxoval tem linhas completas destinadas aos adultos e também às crianças. O conjunto de lençol infantil de trenzinho é produzido em tamanhos especiais para berço e para mini-camas (a partir de R$ 164,70).Não deixe de explorar a seção de produtos para a mesa, que possui uma boa variedade de guardanapos bordados e toalhas de renda. www.mundodoenxoval.com.br. Av. Lavandisca, 223, Indianópolis, região sul, tel. 5051-3732. Seg. a sex.: 9h às 20h. Sáb.: 9h30 às 19h. CC: AE, D, E, G, M e V. Estac. c/ manob. grátis. ZÊLO Com linhas exclusivas assinadas pelo estilista Alexandre Herchcovitch e licenciadas pelo São Paulo Futebol Clube e pelo Corinthians, a empresa ficou conhecida pela produção de edredons (a partir de R$ 59,90 no tamanho de casal). Além da coleção que leva o nome da marca, o cliente encontra itens das marcas Santista, Sulta, Karsten, Camesa e outras. www.zelo.com.br. R. Estados Unidos esq. c/ av. Nove de Julho, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3898-2501. Seg. a sáb.: 9h30 às 20h. Dom.: 10h às 16h. CC: AE, Au, D, E, H, M e V. Estac.grátis.
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Torcedor ficha limpa
Lembra do caso das privadas arremessadas por "diversão" no Estádio do Arruda, em Recife, que matou Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26? Pois bem, os três torcedores foram condenados a penas de 22 a 28 anos. Ainda que a defesa tenha dito que "não era possível medir a intenção de alguém de matar", o júri entendeu que ninguém joga uma privada pelos ares sem medir consequência. Eu não chacoalho nem a tolha na varanda, porque ninguém merece uma chuva de migalha de pão, imagine uma privada. O que espanta é que apenas quando morre alguém é que medidas punitivas sejam adotadas. Enquanto isso, continuamos vendo bandidos frequentando estádio, fazendo bandidagem, às vezes, sendo preso, mas liberados no dia seguinte. Alguns ficam proibidos de assistir a poucos jogos para voltarem livres, leves e bandidos para fazer a mesma coisa. Como se fossem crianças marotas suspensas na escola por colar chiclete sob a carteira. Na semana passada, 14 torcedores do São Paulo foram presos depois de um confronto com a Tropa de Choque da PM. Carregavam rojões, pedras, spray de pichação. Passaram a noite no xilindró e estavam na rua no dia seguinte. Recentemente, Leandro Oliveira, uma figura conhecida da torcida corintiana e também das páginas policiais, foi preso com mais 16 torcedores no aeroporto de Natal, acusados de agredir e roubar vascaínos. Para quem não se lembra, ele ficou cinco meses preso na Bolívia por causa da morte do menino Kevin Espada, atingido por um sinalizador, lançado pela torcida do Corinthians, em jogo pela Libertadores, em 2013. Outro detido em Natal é indiciado por homicídio qualificado, mas, como responde em liberdade, foi solto. Ele, Leandro e todos os outros. Dá para acreditar que esses tipos não apenas continuam soltos por aí, mas continuam entrando sem problema algum nos estádios? Gente que sai de casa com rojão, pedras, facas ou o que for para ver um jogo de futebol não é torcedor, é bandido. E bandidos deveriam ser banidos para sempre das arenas. De que adianta tentar proibir torcidas organizadas, uma medida que não funciona, se individualmente os marginais não são punidos? O delinquente tem ficha suja até o nariz, mas no mundo do futebol, onde ele mais apronta, segue com ficha limpa. A condenação de três pessoas é um excelente começo. Mas o que as confederações deveriam fazer é coibir toda violência ao se antecipar a ela. Instituir uma ficha limpa para o torcedor e punir severamente os delinquentes. Fichar gente que briga dentro ou fora de estádio, destrói patrimônio nas arenas e nas ruas, xinga jogador de macaco, é flagrado com qualquer tipo de material que sirva para ferir alguém. Torcedor-bandido deveria ser proibido de pisar em estádios ou no raio de muitos quilômetros em torno deles por longos períodos ou para sempre. É aquela velha história, não sabe brincar não desce pro play. Até quando vamos tolerar marginais que acham que violência faz parte do jogo?
colunas
Torcedor ficha limpaLembra do caso das privadas arremessadas por "diversão" no Estádio do Arruda, em Recife, que matou Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26? Pois bem, os três torcedores foram condenados a penas de 22 a 28 anos. Ainda que a defesa tenha dito que "não era possível medir a intenção de alguém de matar", o júri entendeu que ninguém joga uma privada pelos ares sem medir consequência. Eu não chacoalho nem a tolha na varanda, porque ninguém merece uma chuva de migalha de pão, imagine uma privada. O que espanta é que apenas quando morre alguém é que medidas punitivas sejam adotadas. Enquanto isso, continuamos vendo bandidos frequentando estádio, fazendo bandidagem, às vezes, sendo preso, mas liberados no dia seguinte. Alguns ficam proibidos de assistir a poucos jogos para voltarem livres, leves e bandidos para fazer a mesma coisa. Como se fossem crianças marotas suspensas na escola por colar chiclete sob a carteira. Na semana passada, 14 torcedores do São Paulo foram presos depois de um confronto com a Tropa de Choque da PM. Carregavam rojões, pedras, spray de pichação. Passaram a noite no xilindró e estavam na rua no dia seguinte. Recentemente, Leandro Oliveira, uma figura conhecida da torcida corintiana e também das páginas policiais, foi preso com mais 16 torcedores no aeroporto de Natal, acusados de agredir e roubar vascaínos. Para quem não se lembra, ele ficou cinco meses preso na Bolívia por causa da morte do menino Kevin Espada, atingido por um sinalizador, lançado pela torcida do Corinthians, em jogo pela Libertadores, em 2013. Outro detido em Natal é indiciado por homicídio qualificado, mas, como responde em liberdade, foi solto. Ele, Leandro e todos os outros. Dá para acreditar que esses tipos não apenas continuam soltos por aí, mas continuam entrando sem problema algum nos estádios? Gente que sai de casa com rojão, pedras, facas ou o que for para ver um jogo de futebol não é torcedor, é bandido. E bandidos deveriam ser banidos para sempre das arenas. De que adianta tentar proibir torcidas organizadas, uma medida que não funciona, se individualmente os marginais não são punidos? O delinquente tem ficha suja até o nariz, mas no mundo do futebol, onde ele mais apronta, segue com ficha limpa. A condenação de três pessoas é um excelente começo. Mas o que as confederações deveriam fazer é coibir toda violência ao se antecipar a ela. Instituir uma ficha limpa para o torcedor e punir severamente os delinquentes. Fichar gente que briga dentro ou fora de estádio, destrói patrimônio nas arenas e nas ruas, xinga jogador de macaco, é flagrado com qualquer tipo de material que sirva para ferir alguém. Torcedor-bandido deveria ser proibido de pisar em estádios ou no raio de muitos quilômetros em torno deles por longos períodos ou para sempre. É aquela velha história, não sabe brincar não desce pro play. Até quando vamos tolerar marginais que acham que violência faz parte do jogo?
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PMs são presos após vídeo mostrar policial jogando suspeito de telhado
A Corregedoria da Polícia Militar prendeu policiais após a divulgação de um vídeo que mostra um PM jogando um homem do telhado de uma casa no Butantã, na zona oeste de São Paulo. As imagens foram gravadas no último dia 7 de setembro e exibidas no sábado (12) pela TV Globo. Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Militar não informou quantos e quem são os policiais presos. Na última sexta-feira (11), cinco policiais militares foram presos após um outro vídeo, registrado na mesma ocorrência, mostrar trechos da abordagem de um suspeito. Pelas imagens, a Corregedoria suspeita que ele foi morto pelos policiais. A nova gravação mostra Fernando da Silva sendo rendido por um policial no telhado de uma casa. Após levantar as mãos, ele é dominado e empurrado pelo policial nos fundos do imóvel. As imagens não mostram quem está no quintal da casa nem o que acontece com Silva. No entanto, enquanto o policial desce do telhado é possível ouvir o barulho de ao menos dois tiros. O policial Fábio Gambale da Silva relatou no boletim de ocorrência versão diferente da registrada pelas imagens. Ele disse ter entrado na casa, acompanhado de outro PM, após uma moradora avisar que um homem estava no local. O policial falou que eles foram surpreendidos pelo suspeito, que havia pulado no quintal vindo de uma casa vizinha. Os policiais também disseram ao delegado que atiraram porque o suspeito reagiu à prisão. A mesma versão foi contada por outros militares que prenderam o comparsa dele, Paulo Henrique Porto, que estava escondido atrás de lixeiras. Silva e Porto fugiam da polícia depois de tentar roubar uma moto. VÍDEO O primeiro vídeo captou o momento em que Porto, que estava desarmado, se entregou aos policiais. Ele sentou no chão, ergueu os braços, foi imobilizado por um policial e algemado. Momentos depois, policiais retiraram as algemas dele, o fazem levantar e seguir para trás de um muro. Na sequência, um policial sem nada nas mãos vai até um carro da PM e volta com uma arma para onde estava o suspeito. A Corregedoria suspeita que o suspeito foi morto e que o PM colocou a arma ao lado do corpo para simular que ele estava armado. Veja vídeo
cotidiano
PMs são presos após vídeo mostrar policial jogando suspeito de telhadoA Corregedoria da Polícia Militar prendeu policiais após a divulgação de um vídeo que mostra um PM jogando um homem do telhado de uma casa no Butantã, na zona oeste de São Paulo. As imagens foram gravadas no último dia 7 de setembro e exibidas no sábado (12) pela TV Globo. Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Militar não informou quantos e quem são os policiais presos. Na última sexta-feira (11), cinco policiais militares foram presos após um outro vídeo, registrado na mesma ocorrência, mostrar trechos da abordagem de um suspeito. Pelas imagens, a Corregedoria suspeita que ele foi morto pelos policiais. A nova gravação mostra Fernando da Silva sendo rendido por um policial no telhado de uma casa. Após levantar as mãos, ele é dominado e empurrado pelo policial nos fundos do imóvel. As imagens não mostram quem está no quintal da casa nem o que acontece com Silva. No entanto, enquanto o policial desce do telhado é possível ouvir o barulho de ao menos dois tiros. O policial Fábio Gambale da Silva relatou no boletim de ocorrência versão diferente da registrada pelas imagens. Ele disse ter entrado na casa, acompanhado de outro PM, após uma moradora avisar que um homem estava no local. O policial falou que eles foram surpreendidos pelo suspeito, que havia pulado no quintal vindo de uma casa vizinha. Os policiais também disseram ao delegado que atiraram porque o suspeito reagiu à prisão. A mesma versão foi contada por outros militares que prenderam o comparsa dele, Paulo Henrique Porto, que estava escondido atrás de lixeiras. Silva e Porto fugiam da polícia depois de tentar roubar uma moto. VÍDEO O primeiro vídeo captou o momento em que Porto, que estava desarmado, se entregou aos policiais. Ele sentou no chão, ergueu os braços, foi imobilizado por um policial e algemado. Momentos depois, policiais retiraram as algemas dele, o fazem levantar e seguir para trás de um muro. Na sequência, um policial sem nada nas mãos vai até um carro da PM e volta com uma arma para onde estava o suspeito. A Corregedoria suspeita que o suspeito foi morto e que o PM colocou a arma ao lado do corpo para simular que ele estava armado. Veja vídeo
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Com menor preço desde 2008, queda do minério testa grandes mineradoras
O tombo dos preços do minério de ferro já forçou pequenas mineradoras a fechar, mas previsões de maior deterioração no mercado podem testar a persistência até mesmo das mega mineradoras de menor custo que ainda obtêm lucros. O minério de ferro atingiu US$ 37,50 a tonelada na terça-feira (15), segundo o The Steel Index (TSI). Ele tocou US$ 37 na sexta-feira (11), menor preço desde que a TSI começou a compilar dados em 2008. "Podemos facilmente ver o preço atingir US$ 30 a tonelada", disse o analista Gavin Wendt, da MineLife. A maior produtora, a brasileira Vale, tem um preço de equilíbrio de US$ 33,40 a tonelada, segundo o Citi, enquanto a segunda maior mineradora, Rio Tinto, e a BHP Billiton ficam em US$ 29,20 e US$ 29,40, respectivamente. A outra grande produtora, Fortescue Metals, estabeleceu seus custos de equilíbrio em cerca de US$ 37 a tonelada, perigosamente perto do atual preço. "Ao menos as três grandes estão com uma margem líquida de US$ 5 a US$ 9 ferropor tonelada", disse o Citi em nota. "A Fortescue está quase no equilíbrio e todo o restante está queimando caixa." A BC Iron suspendeu na semana passada sua joint venture de mineração Nullagine com a Fortescue, já que não podia mais produzir por menos que o preço de venda. Para Vale, Rio e BHP, ainda rentáveis, apesar do encolhimento das margens, está sendo possível produzir mais –excedendo um total de 1 bilhão de toneladas em 2017– mesmo com o crescente excesso de oferta pesando sobre o preço. "Alguns pessimistas estão prevendo um preço de US$ 25 a tonelada", disse o analista Keith Goode, da Eagle Mining.
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Com menor preço desde 2008, queda do minério testa grandes mineradorasO tombo dos preços do minério de ferro já forçou pequenas mineradoras a fechar, mas previsões de maior deterioração no mercado podem testar a persistência até mesmo das mega mineradoras de menor custo que ainda obtêm lucros. O minério de ferro atingiu US$ 37,50 a tonelada na terça-feira (15), segundo o The Steel Index (TSI). Ele tocou US$ 37 na sexta-feira (11), menor preço desde que a TSI começou a compilar dados em 2008. "Podemos facilmente ver o preço atingir US$ 30 a tonelada", disse o analista Gavin Wendt, da MineLife. A maior produtora, a brasileira Vale, tem um preço de equilíbrio de US$ 33,40 a tonelada, segundo o Citi, enquanto a segunda maior mineradora, Rio Tinto, e a BHP Billiton ficam em US$ 29,20 e US$ 29,40, respectivamente. A outra grande produtora, Fortescue Metals, estabeleceu seus custos de equilíbrio em cerca de US$ 37 a tonelada, perigosamente perto do atual preço. "Ao menos as três grandes estão com uma margem líquida de US$ 5 a US$ 9 ferropor tonelada", disse o Citi em nota. "A Fortescue está quase no equilíbrio e todo o restante está queimando caixa." A BC Iron suspendeu na semana passada sua joint venture de mineração Nullagine com a Fortescue, já que não podia mais produzir por menos que o preço de venda. Para Vale, Rio e BHP, ainda rentáveis, apesar do encolhimento das margens, está sendo possível produzir mais –excedendo um total de 1 bilhão de toneladas em 2017– mesmo com o crescente excesso de oferta pesando sobre o preço. "Alguns pessimistas estão prevendo um preço de US$ 25 a tonelada", disse o analista Keith Goode, da Eagle Mining.
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STF precisa impedir desmandos de Eduardo Cunha, diz leitor
OPERAÇÃO LAVA JATO Renan renunciou à presidência do Senado para não ser cassado. Jucá vinha sendo processado pelo STF. Ambos são investigados na Lava Jato. A licitação para a construção da ferrovia Norte-Sul, na Presidência de Sarney, teve o resultado publicado na Folha, por Janio de Freitas, dias antes de abertas as propostas. Sobre Cunha nem é preciso falar. Já sobre Janot não vi em lugar nenhum qualquer fato desabonador. VALDIR SANCHES (Guarulhos, SP) * Renan Calheiros chamou Rodrigo Janot de "mau-caráter". E o que acontece se forem comprovadas as afirmações de Janot? Quem será o mau-caráter? MOACIR RODRIGUES MARQUES (São José do Rio Preto, SP) * Por que usar de dois pesos e duas medidas? Quando as gravações prejudicaram Delcídio do Amaral, cassação! Quando as gravações prejudicaram Romero Jucá e Renan Calheiros, arquivamento? Não há como negar tamanho favorecimento. É triste que o Senado Federal se preste a um papel tão "mesquinho". RAFAEL DE MEDEIROS VASCONCELOS (Petrópolis, RJ) * Com as manobras de Eduardo Cunha e de seus aliados na Câmara, a absolvição é certa. Infelizmente, os malfeitores vão vencer os bons. Será que o Supremo Tribunal Federal não vai fazer nada? Estamos acéfalos, órfãos? Sem pai nem mãe? Em nome da honra de todo o país, a prisão desse deputado tem que sair logo! É a única saída! Ou será que o guardião da Carta Magna e da moralidade do país está sem moral? JOÃO COELHO VÍTOLA (Brasília, DF) * A prisão recente do chamado "Japonês da Federal", policial que ficou famoso por ser um dos condutores mais constantes dos investigados na Operação Lava Jato deveria servir de exemplo. Ele foi investigado, julgado, com direito a ampla defesa e condenado agora em segunda instância. Esse é um procedimento legal que evita problemas futuros para quem é acusado e consegue provar a inocência, e em muitos casos, é massacrado por seus adversários que tomam como base delações premiadas, nem sempre merecedoras de credibilidade. URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP) - GREVE NA USP Ao afirmar que os recursos previstos em lei "são repassados integralmente às universidades, sem qualquer desconto", o coordenador de comunicação da Secretaria da Fazenda repete a narrativa diversionista do governo Geraldo Alckmin. Ao dizer que a LDO destina às universidades "9,57% da quota-parte do ICMS e não de receitas associadas à cobrança do tributo", omite que os municípios recebem repasse integral da quota-parte! Por fim, cala-se quanto ao desconto, no cálculo, de 1% da Habitação. CÉSAR MINTO, professor (São Paulo, SP) * A USP foi novamente privatizada momentaneamente com o "trancaço" dos portões por sindicatos de funcionários e estudantes. Sob o olhar complacente das autoridades, pequenos grupos impuseram seu totalitarismo. Asseguro à população que ainda há aqueles que se dedicam à atividade subversiva de promover o conhecimento na universidade, resistindo com tenacidade ao obscurantismo sindical. PAULO A. NUSSENZVEIG (São Paulo, SP) - IMPEACHMENT Dá engulho assistir à sessão da Comissão do Impeachment no Senado. Os pró-Dilma parecem uma turma de adolescentes sem educação e agem claramente para postergar a finalização do processo. Com tanto despreparo, pergunto-me como chegaram ao Senado Federal. LEILA E. LEITÃO (São Paulo, SP) - Será que voltamos a viver numa ditadura? Agora a ditadura da toga. Os magistrados que se indispuseram com os jornalistas da "Gazeta do Povo" talvez tenham que entender que o princípio da publicidade está insculpido na Constituição. A sociedade tem todo o direito de saber quanto custa um juiz, que muitas vezes não dá o devido retorno a uma Justiça que é muito cara, nos dois sentidos da palavra. PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR) - ACIDENTE EM SP Não foi um acidente que matou 18 estudantes, foi o Brasil. O Brasil que faz estudantes se deslocarem quilômetros para estudar, que tem estradas precárias e sem sinalização, que libera ônibus sem condições de transportar passageiros. O Brasil que faz com que motoristas trabalhem turnos sem fim para ganhar pouco mais do que o mínimo. SÉRGIO GODOY, publicitário (São Paulo, SP) - NOME SOCIAL Em 2014, a Universidade Federal de São Carlos (UFScar) regulamentou o direito de uso do nome social a estudantes, servidores ou qualquer outra pessoa transexual ou travesti que tenha vínculo temporário ou estável com a universidade. O reconhecimento do nome social é um direito, garante a dignidade da pessoa humana e assegura o pleno respeito à identidade de gênero. MARIA WALDENEZ DE OLIVEIRA, secretária de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da UFSCar (São Carlos, SP) - POLÍCIA MILITAR Luciana Temer diz que o caso do menino Italo deve ser investigado, mas assume que não se pode culpar a polícia porque o menor estava "armado em um carro furtado". Mas não é exatamente isso que precisa ser investigado? A única testemunha – o outro garoto — disse à corregedoria da PM que o revólver foi plantado pelos policiais. Esse caso tem vários pontos nebulosos, mas a secretária da Assistência e Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo já inocentou a PM. MÁRCIO FONSECA (São Paulo, SP) - FUNK E MACHISMO Preconceituosas e machistas as colocações de Marcelo Coelho sobre dançarinas de funk. Ele não consegue admitir que a maioria das meninas está apenas dançando. Se a forma de dançar das moças não segue os padrões estéticos do articulista, isso não lhe dá o direito de falar em "furor uterino", em "sugar pela pélvis o asfalto do chão" e outras colocações de baixo calão. As mulheres têm o direito de usar seus corpos do jeito que acharem melhor. ISNALDO PIEDADE DE FARIA (Brasília, DF) - REPRESENTAÇÃO Um dos mitos da esquerda é que ela tem a exclusividade da representação dos gays. Ledo engano, pois eles têm seus perfis políticos diversificados, e há quem também se inclua no segmento liberal, no qual está Bolsonaro. Jean Wyllys apenas representa uma pequena parcela, havendo diversas manifestações desfavoráveis ao deputado radical. ULF HERMANN MONDL (Florianópolis, SC) - CONCURSOS A razão principal para a farra dos concursos é óbvia: a baixíssima produtividade do setor público. Conforme rankings internacionais, a produtividade da iniciativa privada brasileira não só é baixa como vem caindo. Como o setor público é menos eficiente que o privado, a situação é ainda pior. A solução é aumentar a produtividade, mas isso dá trabalho. Fácil é botar gente para dentro, e o contribuinte que pague a conta. ZANDOR FERREIRA (Goiânia, GO) - COLUNISTAS Se a Folha é pela diversidade, espero que Hélio Schwartsman e Vinicius Mota sejam corintianos. Um são-paulino na página A2 já é demais. De qualquer forma, saúdo a chegada de Roberto Dias. ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP) - FUTEBOL Neymar ainda não fez nada pela seleção brasileira mas, em mordomia, já superou em muito o rei Pelé. ÁLVARO MUNIZ (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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STF precisa impedir desmandos de Eduardo Cunha, diz leitorOPERAÇÃO LAVA JATO Renan renunciou à presidência do Senado para não ser cassado. Jucá vinha sendo processado pelo STF. Ambos são investigados na Lava Jato. A licitação para a construção da ferrovia Norte-Sul, na Presidência de Sarney, teve o resultado publicado na Folha, por Janio de Freitas, dias antes de abertas as propostas. Sobre Cunha nem é preciso falar. Já sobre Janot não vi em lugar nenhum qualquer fato desabonador. VALDIR SANCHES (Guarulhos, SP) * Renan Calheiros chamou Rodrigo Janot de "mau-caráter". E o que acontece se forem comprovadas as afirmações de Janot? Quem será o mau-caráter? MOACIR RODRIGUES MARQUES (São José do Rio Preto, SP) * Por que usar de dois pesos e duas medidas? Quando as gravações prejudicaram Delcídio do Amaral, cassação! Quando as gravações prejudicaram Romero Jucá e Renan Calheiros, arquivamento? Não há como negar tamanho favorecimento. É triste que o Senado Federal se preste a um papel tão "mesquinho". RAFAEL DE MEDEIROS VASCONCELOS (Petrópolis, RJ) * Com as manobras de Eduardo Cunha e de seus aliados na Câmara, a absolvição é certa. Infelizmente, os malfeitores vão vencer os bons. Será que o Supremo Tribunal Federal não vai fazer nada? Estamos acéfalos, órfãos? Sem pai nem mãe? Em nome da honra de todo o país, a prisão desse deputado tem que sair logo! É a única saída! Ou será que o guardião da Carta Magna e da moralidade do país está sem moral? JOÃO COELHO VÍTOLA (Brasília, DF) * A prisão recente do chamado "Japonês da Federal", policial que ficou famoso por ser um dos condutores mais constantes dos investigados na Operação Lava Jato deveria servir de exemplo. Ele foi investigado, julgado, com direito a ampla defesa e condenado agora em segunda instância. Esse é um procedimento legal que evita problemas futuros para quem é acusado e consegue provar a inocência, e em muitos casos, é massacrado por seus adversários que tomam como base delações premiadas, nem sempre merecedoras de credibilidade. URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP) - GREVE NA USP Ao afirmar que os recursos previstos em lei "são repassados integralmente às universidades, sem qualquer desconto", o coordenador de comunicação da Secretaria da Fazenda repete a narrativa diversionista do governo Geraldo Alckmin. Ao dizer que a LDO destina às universidades "9,57% da quota-parte do ICMS e não de receitas associadas à cobrança do tributo", omite que os municípios recebem repasse integral da quota-parte! Por fim, cala-se quanto ao desconto, no cálculo, de 1% da Habitação. CÉSAR MINTO, professor (São Paulo, SP) * A USP foi novamente privatizada momentaneamente com o "trancaço" dos portões por sindicatos de funcionários e estudantes. Sob o olhar complacente das autoridades, pequenos grupos impuseram seu totalitarismo. Asseguro à população que ainda há aqueles que se dedicam à atividade subversiva de promover o conhecimento na universidade, resistindo com tenacidade ao obscurantismo sindical. PAULO A. NUSSENZVEIG (São Paulo, SP) - IMPEACHMENT Dá engulho assistir à sessão da Comissão do Impeachment no Senado. Os pró-Dilma parecem uma turma de adolescentes sem educação e agem claramente para postergar a finalização do processo. Com tanto despreparo, pergunto-me como chegaram ao Senado Federal. LEILA E. LEITÃO (São Paulo, SP) - Será que voltamos a viver numa ditadura? Agora a ditadura da toga. Os magistrados que se indispuseram com os jornalistas da "Gazeta do Povo" talvez tenham que entender que o princípio da publicidade está insculpido na Constituição. A sociedade tem todo o direito de saber quanto custa um juiz, que muitas vezes não dá o devido retorno a uma Justiça que é muito cara, nos dois sentidos da palavra. PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR) - ACIDENTE EM SP Não foi um acidente que matou 18 estudantes, foi o Brasil. O Brasil que faz estudantes se deslocarem quilômetros para estudar, que tem estradas precárias e sem sinalização, que libera ônibus sem condições de transportar passageiros. O Brasil que faz com que motoristas trabalhem turnos sem fim para ganhar pouco mais do que o mínimo. SÉRGIO GODOY, publicitário (São Paulo, SP) - NOME SOCIAL Em 2014, a Universidade Federal de São Carlos (UFScar) regulamentou o direito de uso do nome social a estudantes, servidores ou qualquer outra pessoa transexual ou travesti que tenha vínculo temporário ou estável com a universidade. O reconhecimento do nome social é um direito, garante a dignidade da pessoa humana e assegura o pleno respeito à identidade de gênero. MARIA WALDENEZ DE OLIVEIRA, secretária de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da UFSCar (São Carlos, SP) - POLÍCIA MILITAR Luciana Temer diz que o caso do menino Italo deve ser investigado, mas assume que não se pode culpar a polícia porque o menor estava "armado em um carro furtado". Mas não é exatamente isso que precisa ser investigado? A única testemunha – o outro garoto — disse à corregedoria da PM que o revólver foi plantado pelos policiais. Esse caso tem vários pontos nebulosos, mas a secretária da Assistência e Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo já inocentou a PM. MÁRCIO FONSECA (São Paulo, SP) - FUNK E MACHISMO Preconceituosas e machistas as colocações de Marcelo Coelho sobre dançarinas de funk. Ele não consegue admitir que a maioria das meninas está apenas dançando. Se a forma de dançar das moças não segue os padrões estéticos do articulista, isso não lhe dá o direito de falar em "furor uterino", em "sugar pela pélvis o asfalto do chão" e outras colocações de baixo calão. As mulheres têm o direito de usar seus corpos do jeito que acharem melhor. ISNALDO PIEDADE DE FARIA (Brasília, DF) - REPRESENTAÇÃO Um dos mitos da esquerda é que ela tem a exclusividade da representação dos gays. Ledo engano, pois eles têm seus perfis políticos diversificados, e há quem também se inclua no segmento liberal, no qual está Bolsonaro. Jean Wyllys apenas representa uma pequena parcela, havendo diversas manifestações desfavoráveis ao deputado radical. ULF HERMANN MONDL (Florianópolis, SC) - CONCURSOS A razão principal para a farra dos concursos é óbvia: a baixíssima produtividade do setor público. Conforme rankings internacionais, a produtividade da iniciativa privada brasileira não só é baixa como vem caindo. Como o setor público é menos eficiente que o privado, a situação é ainda pior. A solução é aumentar a produtividade, mas isso dá trabalho. Fácil é botar gente para dentro, e o contribuinte que pague a conta. ZANDOR FERREIRA (Goiânia, GO) - COLUNISTAS Se a Folha é pela diversidade, espero que Hélio Schwartsman e Vinicius Mota sejam corintianos. Um são-paulino na página A2 já é demais. De qualquer forma, saúdo a chegada de Roberto Dias. ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP) - FUTEBOL Neymar ainda não fez nada pela seleção brasileira mas, em mordomia, já superou em muito o rei Pelé. ÁLVARO MUNIZ (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Itamaraty estuda atualizar critérios de seu programa de bolsas para negros
O Instituto Rio Branco, responsável pela formação dos diplomatas brasileiros, estuda atualizar seu Programa de Ação Afirmativa para compatibilizá-lo com a verificação realizada no concurso de admissão à carreira de diplomata. Como mostrou reportagem desta Folha, a comissão incumbida de corroborar a autodeclaração dos candidatos que se inscreveram como negros no concurso reprovou 47 das cem pessoas que compareceram à entrevista. Alguns reprovados haviam sido beneficiários do Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco, que concede bolsas de R$ 25 mil a quem se declare negro e passe por uma prova objetiva e banca de verificação. Alguns reprovados foram beneficiários do Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco, que concede bolsas de R$ 25 mil a quem se declare negro e passe por prova objetiva e banca de verificação. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirma que "até o Programa de Ação Afirmativa de 2013, falava-se em 'afrodescendente (negro)', o que incluía a ascendência negra do candidato, ou seja, seu genótipo. Hoje, o critério para seleção de negros deve ser exclusivamente 'os aspectos fenotípicos do candidato'", diz o texto. O Itamaraty também esclarece que "a experiência como negro é apenas um dos seis critérios analisados na entrevista" para a concessão das bolsas de ação afirmativa. Tanto a destinação para negros de 20% das vagas do concurso para a admissão à carreira de diplomata quanto o estabelecimento da autodeclaração seguem as regras estipuladas na lei 12.990 (2014) para concursos públicos. Já a comissão de verificação obedece norma fixada pelo Ministério do Planejamento no início de agosto. Segundo ela, cada órgão deve se comprometer a criar uma banca para verificar as autodeclarações. Os critérios devem considerar só a aparência do candidato. Recentemente, um dos candidatos conseguiu uma liminar para assistir às aulas do curso de formação após passar no concurso e ter sua autodeclaração negada.
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Itamaraty estuda atualizar critérios de seu programa de bolsas para negrosO Instituto Rio Branco, responsável pela formação dos diplomatas brasileiros, estuda atualizar seu Programa de Ação Afirmativa para compatibilizá-lo com a verificação realizada no concurso de admissão à carreira de diplomata. Como mostrou reportagem desta Folha, a comissão incumbida de corroborar a autodeclaração dos candidatos que se inscreveram como negros no concurso reprovou 47 das cem pessoas que compareceram à entrevista. Alguns reprovados haviam sido beneficiários do Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco, que concede bolsas de R$ 25 mil a quem se declare negro e passe por uma prova objetiva e banca de verificação. Alguns reprovados foram beneficiários do Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco, que concede bolsas de R$ 25 mil a quem se declare negro e passe por prova objetiva e banca de verificação. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirma que "até o Programa de Ação Afirmativa de 2013, falava-se em 'afrodescendente (negro)', o que incluía a ascendência negra do candidato, ou seja, seu genótipo. Hoje, o critério para seleção de negros deve ser exclusivamente 'os aspectos fenotípicos do candidato'", diz o texto. O Itamaraty também esclarece que "a experiência como negro é apenas um dos seis critérios analisados na entrevista" para a concessão das bolsas de ação afirmativa. Tanto a destinação para negros de 20% das vagas do concurso para a admissão à carreira de diplomata quanto o estabelecimento da autodeclaração seguem as regras estipuladas na lei 12.990 (2014) para concursos públicos. Já a comissão de verificação obedece norma fixada pelo Ministério do Planejamento no início de agosto. Segundo ela, cada órgão deve se comprometer a criar uma banca para verificar as autodeclarações. Os critérios devem considerar só a aparência do candidato. Recentemente, um dos candidatos conseguiu uma liminar para assistir às aulas do curso de formação após passar no concurso e ter sua autodeclaração negada.
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Paes pede que Lula deixe de ter 'alma de pobre' ao comprar 'sítio vagabundo'
Em conversa por telefone com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, pediu ao petista para deixar de ter "alma de pobre" ao comprar "sitiozinho vagabundo". "Agora, da próxima vez, o senhor me para com essa vida de pobre, com essa tua alma de pobre, comprando esses barcos de merda, sitiozinho vagabundo", disse o prefeito no telefonema. O áudio da conversa foi divulgado nesta quarta-feira (16) após o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, derrubar o sigilo do grampo do petista. O ex-presidente riu do comentário do prefeito do Rio, que ligou em 7 de março ao para prestar solidariedade poucos dias após a 24ª fase da Operação Lava-Jato. Paes continuou: "Eu, todo mundo fala aqui no meio, eu falo o seguinte: imagina se fosse aqui no Rio esse sítio dele, não é em Petrópolis, não é em Itaipava, é como se fosse em Maricá". O ex-presidente disse que o prefeito do Rio seria "abençoado por Deus" por causa das Olimpíadas. O prefeito respondeu em tom de brincadeira: "Presidente, se tiver Olimpíadas com Vossa Excelência e com Sérgio Cabral é uma coisa. Segurar com aquele bom humor da Dilma e do Pezão, sabe", disse Paes. Paes se diz ainda um "soldado" de Lula e conta que, por causa das investigações, está com medo de receber representantes de empreiteiras que atuam em obras no Rio. O prefeito e o ex-presidente, no diálogo, criticam os investigadores. "Eles se sentem enviados de Deus", diz Lula. "Mas eles são todos crentes. Os caras do Ministério Público são crentes, né." Lula diz que criou "instituições sérias" e que acha que precisa "colocá-los" no seu devido lugar. "Mas tem que ter limites, tem que ter regras." CONVERSA INFORMAL Procurado, o prefeito disse que a autorização para quebra de sigilo seria algo normal e que, no telefonema, estava em conversa informal com o presidente, com quem sempre teve uma "relação carinhosa". "Liguei para ele uns dias depois da condução coercitiva, era uma pessoa que foi muito correta comigo, ajudou muito ao Rio, liguei para prestar solidariedade. Foi uma conversa absolutamente jocosa, brinco com o mau humor da Dilma e do Pezão e com essa história da origem humilde dele." O prefeito do Rio não quis se manifestar sobre o futuro do governo Dilma, do ex-presidente Lula e sobre a posição que o PMDB fluminense adotará em relação ao governo federal.
poder
Paes pede que Lula deixe de ter 'alma de pobre' ao comprar 'sítio vagabundo'Em conversa por telefone com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, pediu ao petista para deixar de ter "alma de pobre" ao comprar "sitiozinho vagabundo". "Agora, da próxima vez, o senhor me para com essa vida de pobre, com essa tua alma de pobre, comprando esses barcos de merda, sitiozinho vagabundo", disse o prefeito no telefonema. O áudio da conversa foi divulgado nesta quarta-feira (16) após o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, derrubar o sigilo do grampo do petista. O ex-presidente riu do comentário do prefeito do Rio, que ligou em 7 de março ao para prestar solidariedade poucos dias após a 24ª fase da Operação Lava-Jato. Paes continuou: "Eu, todo mundo fala aqui no meio, eu falo o seguinte: imagina se fosse aqui no Rio esse sítio dele, não é em Petrópolis, não é em Itaipava, é como se fosse em Maricá". O ex-presidente disse que o prefeito do Rio seria "abençoado por Deus" por causa das Olimpíadas. O prefeito respondeu em tom de brincadeira: "Presidente, se tiver Olimpíadas com Vossa Excelência e com Sérgio Cabral é uma coisa. Segurar com aquele bom humor da Dilma e do Pezão, sabe", disse Paes. Paes se diz ainda um "soldado" de Lula e conta que, por causa das investigações, está com medo de receber representantes de empreiteiras que atuam em obras no Rio. O prefeito e o ex-presidente, no diálogo, criticam os investigadores. "Eles se sentem enviados de Deus", diz Lula. "Mas eles são todos crentes. Os caras do Ministério Público são crentes, né." Lula diz que criou "instituições sérias" e que acha que precisa "colocá-los" no seu devido lugar. "Mas tem que ter limites, tem que ter regras." CONVERSA INFORMAL Procurado, o prefeito disse que a autorização para quebra de sigilo seria algo normal e que, no telefonema, estava em conversa informal com o presidente, com quem sempre teve uma "relação carinhosa". "Liguei para ele uns dias depois da condução coercitiva, era uma pessoa que foi muito correta comigo, ajudou muito ao Rio, liguei para prestar solidariedade. Foi uma conversa absolutamente jocosa, brinco com o mau humor da Dilma e do Pezão e com essa história da origem humilde dele." O prefeito do Rio não quis se manifestar sobre o futuro do governo Dilma, do ex-presidente Lula e sobre a posição que o PMDB fluminense adotará em relação ao governo federal.
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Conti critica meu trabalho de maneira descontextualizada
No comentário "Os olhos, ah, os olhos", de 5 de julho, Mario Sergio Conti critica o livro "A Resistência ao Golpe de 2016" num texto que se limita a citar em tom depreciativo fragmentos do livro, descontextualizados e sem indicação de autoria. Em duas linhas, sem citar o meu trabalho "O Juiz como Protagonista do Espetáculo: a Paranoia como Metáfora para Pensar essa Posição", ele assim pretende refutá-lo: "A caricatura aparece num ensaio que sataniza Sergio Moro. O autor tem a risível audácia de comparar o juiz paranaense ao paranoico clássico analisado por Freud, Daniel Schreber –aquele que, ao comer, jurava que engolia pedaços da língua...". Caracterizar Schreber como "aquele que, ao comer, jurava que engolia pedaços da língua" é desconhecer aquilo de que trata o famoso caso clínico de Freud. O que interessa a Freud e a mim, no meu artigo, são os traços estruturais da paranoia, como a "certeza absoluta e delirante; inacessibilidade à dúvida e à autocorreção; falta de acesso ao princípio de realidade e à retificação racional; missão redentora que não raro se apresenta também como sagrada". O delírio de Schreber consistia na crença de que era imperiosa sua transformação em mulher para conceber filhos de Deus, fazendo nascer nova raça de homens para redimir a humanidade. Só evoquei o detalhe de "engolir pedaços da língua", um mero acidente alucinatório, para ilustrar a falta de acesso ao princípio de realidade. A certeza de que engolia partes da língua enquanto comia era tão inabalável que não adiantaria mostrar-lhe ao espelho a língua íntegra: ele engolira, sim, e se agora aparecia inteira, era por "milagre divino". A certeza ficava preservada e quaisquer contra-argumentos eram ignorados. Não afirmo que Moro seja um paranoico nesse sentido psicótico. Ao contrário, deixo claro que não considero que o seja. O seu "delírio" é de outra natureza. Mas também comporta a certeza prévia da culpa de acusados da prática de crime, ainda que muitas vezes sem prova cabal que sustente a convicção. O processo carrega desde a origem presunção de culpa. Essa certeza prévia, como ocorria com Schreber, não cede diante de argumentos em contrário, e a partir dela são buscadas a todo custo as provas que pareçam corroborá-la, desprezando-se a presunção de inocência e o devido processo legal, aceitando-se "provas" obtidas ilegalmente ou mediante o recurso a práticas semelhantes à tortura, como o prolongamento da prisão provisória para pressionar o sujeito a fazer o "acordo" de delação, vazando-se, para a imprensa informações obtidas mediante escutas ilegais, para induzir a opinião pública a pressionar os julgadores nas instâncias superiores a manterem as sentenças de primeira instância. O combate à corrupção serviria de justificativa para práticas judicantes abusivas. Foi nesse contexto que tomei traços da paranoia como metáforas para pensar a atuação do juiz Moro e também do aparato chamado de força-tarefa que sustenta a prática desses atos abusivos e que abrange membros da PF, do Ministério Público Federal e da grande imprensa, com destaque às versões que se sobrepõem aos fatos nos noticiários da TV Globo. Se o paralelo que fiz é risível, como diz o jornalista, isso é questão de ponto de vista. Afinal, todos podem rir ou chorar do que quer que seja. Se é audacioso, assumo a audácia de dirigir críticas a autoridades e sistemas de poder, se as julgar pertinentes. AGOSTINHO RAMALHO MARQUES NETO é psicanalista e professor de filosofia do direito
poder
Conti critica meu trabalho de maneira descontextualizadaNo comentário "Os olhos, ah, os olhos", de 5 de julho, Mario Sergio Conti critica o livro "A Resistência ao Golpe de 2016" num texto que se limita a citar em tom depreciativo fragmentos do livro, descontextualizados e sem indicação de autoria. Em duas linhas, sem citar o meu trabalho "O Juiz como Protagonista do Espetáculo: a Paranoia como Metáfora para Pensar essa Posição", ele assim pretende refutá-lo: "A caricatura aparece num ensaio que sataniza Sergio Moro. O autor tem a risível audácia de comparar o juiz paranaense ao paranoico clássico analisado por Freud, Daniel Schreber –aquele que, ao comer, jurava que engolia pedaços da língua...". Caracterizar Schreber como "aquele que, ao comer, jurava que engolia pedaços da língua" é desconhecer aquilo de que trata o famoso caso clínico de Freud. O que interessa a Freud e a mim, no meu artigo, são os traços estruturais da paranoia, como a "certeza absoluta e delirante; inacessibilidade à dúvida e à autocorreção; falta de acesso ao princípio de realidade e à retificação racional; missão redentora que não raro se apresenta também como sagrada". O delírio de Schreber consistia na crença de que era imperiosa sua transformação em mulher para conceber filhos de Deus, fazendo nascer nova raça de homens para redimir a humanidade. Só evoquei o detalhe de "engolir pedaços da língua", um mero acidente alucinatório, para ilustrar a falta de acesso ao princípio de realidade. A certeza de que engolia partes da língua enquanto comia era tão inabalável que não adiantaria mostrar-lhe ao espelho a língua íntegra: ele engolira, sim, e se agora aparecia inteira, era por "milagre divino". A certeza ficava preservada e quaisquer contra-argumentos eram ignorados. Não afirmo que Moro seja um paranoico nesse sentido psicótico. Ao contrário, deixo claro que não considero que o seja. O seu "delírio" é de outra natureza. Mas também comporta a certeza prévia da culpa de acusados da prática de crime, ainda que muitas vezes sem prova cabal que sustente a convicção. O processo carrega desde a origem presunção de culpa. Essa certeza prévia, como ocorria com Schreber, não cede diante de argumentos em contrário, e a partir dela são buscadas a todo custo as provas que pareçam corroborá-la, desprezando-se a presunção de inocência e o devido processo legal, aceitando-se "provas" obtidas ilegalmente ou mediante o recurso a práticas semelhantes à tortura, como o prolongamento da prisão provisória para pressionar o sujeito a fazer o "acordo" de delação, vazando-se, para a imprensa informações obtidas mediante escutas ilegais, para induzir a opinião pública a pressionar os julgadores nas instâncias superiores a manterem as sentenças de primeira instância. O combate à corrupção serviria de justificativa para práticas judicantes abusivas. Foi nesse contexto que tomei traços da paranoia como metáforas para pensar a atuação do juiz Moro e também do aparato chamado de força-tarefa que sustenta a prática desses atos abusivos e que abrange membros da PF, do Ministério Público Federal e da grande imprensa, com destaque às versões que se sobrepõem aos fatos nos noticiários da TV Globo. Se o paralelo que fiz é risível, como diz o jornalista, isso é questão de ponto de vista. Afinal, todos podem rir ou chorar do que quer que seja. Se é audacioso, assumo a audácia de dirigir críticas a autoridades e sistemas de poder, se as julgar pertinentes. AGOSTINHO RAMALHO MARQUES NETO é psicanalista e professor de filosofia do direito
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Escola de arte municipal adia início das aulas, mas manterá professores
Palco de manifestações no último fim de semana, a Escola Municipal de Iniciação Artística (Emia), na zona sul de São Paulo, vai retomar suas atividades no dia 6 de março sem cortes de professores. Docentes e pais de alunos temiam que a instituição adiasse o início das aulas, previsto para esta segunda, e demitisse até um terço dos professores. Em entrevista à Folha, o secretário municipal da Cultura, André Sturm, confirma o atraso no ano letivo e esclarece que, por um equívoco na Câmara, a Emia passou para outra área do orçamento, deixando a categoria de "atividade" (que tem recursos garantidos) para a de "projeto" (que pode ter toda a sua verba congelada). Na atual gestão do tucano João Doria, recursos destinados à cultura foram contingenciados em 43,5%, o que fez com que tudo que estivesse na categoria de projetos sofresse congelamento, o que aconteceu com a Emia. "Com esse erro na Câmara, a Emia passou a ser vista como coisa nova", afirma Sturm. "A gente descobriu que tínhamos inúmeras atividades equivocadamente marcadas como projetos. Não podíamos contratar os professores e confirmar o início das aulas sem dinheiro." NOVA DIREÇÃO Sturm acrescenta que conseguiu, no entanto, liberar os cerca de R$ 2 milhões de orçamento anual da Emia junto à Secretaria Municipal da Fazenda, garantindo as atividades da escola neste ano. Ele também trocou a direção da instituição, exonerando Andréa Fraga e nomeando para o cargo Luciana Schwinder. Fraga, que dirigiu a Emia ao longo dos últimos três anos, confirma o que diz o secretário, esclarecendo que os docentes foram informados que não haverá demissões de professores. Sturm afirma que alguns profissionais poderão ser substituídos, mas acrescenta que não haverá corte de vagas por motivos orçamentários. "Não vai haver nenhuma mudança no projeto. Não haverá nenhuma demissão", diz Fraga, que se reuniu nesta segunda com a nova diretora da escola. "A confusão foi da própria Câmara. Essa é a confusão que gerou essa situação." Fundada em 1980, a Emia tem como base do ensino as áreas de artes visuais, dança, música e teatro. Ela ocupa três casas no parque Lina e Paulo Raia no Jabaquara e hoje atende cerca de 1.200 alunos com 43 professores.
ilustrada
Escola de arte municipal adia início das aulas, mas manterá professoresPalco de manifestações no último fim de semana, a Escola Municipal de Iniciação Artística (Emia), na zona sul de São Paulo, vai retomar suas atividades no dia 6 de março sem cortes de professores. Docentes e pais de alunos temiam que a instituição adiasse o início das aulas, previsto para esta segunda, e demitisse até um terço dos professores. Em entrevista à Folha, o secretário municipal da Cultura, André Sturm, confirma o atraso no ano letivo e esclarece que, por um equívoco na Câmara, a Emia passou para outra área do orçamento, deixando a categoria de "atividade" (que tem recursos garantidos) para a de "projeto" (que pode ter toda a sua verba congelada). Na atual gestão do tucano João Doria, recursos destinados à cultura foram contingenciados em 43,5%, o que fez com que tudo que estivesse na categoria de projetos sofresse congelamento, o que aconteceu com a Emia. "Com esse erro na Câmara, a Emia passou a ser vista como coisa nova", afirma Sturm. "A gente descobriu que tínhamos inúmeras atividades equivocadamente marcadas como projetos. Não podíamos contratar os professores e confirmar o início das aulas sem dinheiro." NOVA DIREÇÃO Sturm acrescenta que conseguiu, no entanto, liberar os cerca de R$ 2 milhões de orçamento anual da Emia junto à Secretaria Municipal da Fazenda, garantindo as atividades da escola neste ano. Ele também trocou a direção da instituição, exonerando Andréa Fraga e nomeando para o cargo Luciana Schwinder. Fraga, que dirigiu a Emia ao longo dos últimos três anos, confirma o que diz o secretário, esclarecendo que os docentes foram informados que não haverá demissões de professores. Sturm afirma que alguns profissionais poderão ser substituídos, mas acrescenta que não haverá corte de vagas por motivos orçamentários. "Não vai haver nenhuma mudança no projeto. Não haverá nenhuma demissão", diz Fraga, que se reuniu nesta segunda com a nova diretora da escola. "A confusão foi da própria Câmara. Essa é a confusão que gerou essa situação." Fundada em 1980, a Emia tem como base do ensino as áreas de artes visuais, dança, música e teatro. Ela ocupa três casas no parque Lina e Paulo Raia no Jabaquara e hoje atende cerca de 1.200 alunos com 43 professores.
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Livro defende importância dos agrotóxicos; veja lançamentos
O Cifras & Letras seleciona semanalmente lançamentos nacionais e internacionais na área de negócios e economia. Um dos destaques é o livro do jornalista Nicholas Vital "Agradeça Aos Agrotóxicos Por Estar Vivo". Na obra, o autor faz uma crítica ao mercado de orgânicos, questionando sua capacidade de produzir alimentos em escala suficiente para atender as necessidades da população mundial. Já a obra "Cultura do Consumo: Fundamentos e Formas Contemporâneas", de Isleide Arruda Fontenelle, avalia como essa cultura se desenvolveu desde o Século 19 e os dilemas atuais gerados por ela, como a questão ambiental. veja abaixo: - Teoria e Análise 1º (1º) Rápido e Devagar - Daniel Kahneman (Objetiva) - R$ 54,90 2º (5º) Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre Economia - Alfred Mill (Gente) - R$ 28,90 3º (-) A Riqueza Das Nações - Adam Smith (Nova Fronteira) - R$ 59,90 4º (-) Sprint - Jake Knapp, John Zeratsky e Braden Kowitz (Intrínseca) - R$ 39,90 5º (3º) Scrum - Jeff Sutherland (LeYa) - R$ 34,90 Práticas e Pessoas 1º (1º) O Poder da Ação - Paulo Vieira (Gente) R$ 29,90 2º (3º) Do Zero ao Milhão - Carlos Wizard (Buzz) - R$ 39,90 3º (-) O Poder do Hábito - Charles Duhigg (Objetiva) - R$ 49,90 4º (4º) Por que Fazemos o que Fazemos? - Mario Sergio Cortella (Planeta) R$ 31,90 5º (5º) Os Segredos da Mente Milionária - T. Harv Eker (Sextante) R$ 29,90 Lista feita com amostra informada pelas livrarias Saraiva, Curitiba, Martins Fontes, Fnac, Livraria da Vila, Livraria Cultura e Argumento; os preços são referência do mercado e podem variar; semana entre 2/7 e 8/7; entre parênteses, a posição na semana anterior
mercado
Livro defende importância dos agrotóxicos; veja lançamentosO Cifras & Letras seleciona semanalmente lançamentos nacionais e internacionais na área de negócios e economia. Um dos destaques é o livro do jornalista Nicholas Vital "Agradeça Aos Agrotóxicos Por Estar Vivo". Na obra, o autor faz uma crítica ao mercado de orgânicos, questionando sua capacidade de produzir alimentos em escala suficiente para atender as necessidades da população mundial. Já a obra "Cultura do Consumo: Fundamentos e Formas Contemporâneas", de Isleide Arruda Fontenelle, avalia como essa cultura se desenvolveu desde o Século 19 e os dilemas atuais gerados por ela, como a questão ambiental. veja abaixo: - Teoria e Análise 1º (1º) Rápido e Devagar - Daniel Kahneman (Objetiva) - R$ 54,90 2º (5º) Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre Economia - Alfred Mill (Gente) - R$ 28,90 3º (-) A Riqueza Das Nações - Adam Smith (Nova Fronteira) - R$ 59,90 4º (-) Sprint - Jake Knapp, John Zeratsky e Braden Kowitz (Intrínseca) - R$ 39,90 5º (3º) Scrum - Jeff Sutherland (LeYa) - R$ 34,90 Práticas e Pessoas 1º (1º) O Poder da Ação - Paulo Vieira (Gente) R$ 29,90 2º (3º) Do Zero ao Milhão - Carlos Wizard (Buzz) - R$ 39,90 3º (-) O Poder do Hábito - Charles Duhigg (Objetiva) - R$ 49,90 4º (4º) Por que Fazemos o que Fazemos? - Mario Sergio Cortella (Planeta) R$ 31,90 5º (5º) Os Segredos da Mente Milionária - T. Harv Eker (Sextante) R$ 29,90 Lista feita com amostra informada pelas livrarias Saraiva, Curitiba, Martins Fontes, Fnac, Livraria da Vila, Livraria Cultura e Argumento; os preços são referência do mercado e podem variar; semana entre 2/7 e 8/7; entre parênteses, a posição na semana anterior
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Após eleição nos EUA, escolas lidam com trauma e insegurança de crianças
Várias escolas americanas estão oferecendo aconselhamento psicológico para as crianças lidarem com o trauma causado pela inesperada vitória de Donald Trump na eleição. Diretores e supervisores em Estados que votaram majoritariamente na democrata Hillary Clinton enviaram e-mails aos pais pedindo calma. Na Calhoun, uma escola particular em Nova York, o diretor orientou os professores a conversarem com os alunos sobre a eleição, em vez de darem aula. E os psicólogos receberam muitas crianças ao longo do dia. "A última vez que eu vi esse choque e silêncio em Nova York foi no 11 de setembro", disse a psicóloga Fernanda Couto, orientadora da Calhoun. "Muitos pais me ligaram avisando que seria um dia difícil." No colégio, alunos são filhos de pais gays ou imigrantes. Os banheiros são unissex e se chamam "banheiro das pessoas", para transgêneros. Um menino que é negro e muçulmano disse a ela que o pai havia dado um folheto explicando como lidar com revistas da polícia. "Eles estavam com medo por causa das reações dos adultos, que estavam assustados." Helena D'Alessandro, 13, assistiu à apuração das eleições pelo canal CNN até a meia-noite. No dia seguinte, quando seu pai contou que Hillary tinha perdido, ela não se surpreendeu. Mesmo assim, chorou um pouco. "Acho que vai ser muito difícil com o Trump. Ele falou na TV que vai mudar tudo no primeiro dia, vai acabar com tudo que o Obama fez e vai construir um muro no México e expulsar os imigrantes ilegais", disse Helena, que nasceu nos Estados Unidos, mas é filha de brasileiros. Na escola pública onde ela estuda, em Nova York, a professora passou para as crianças um texto da revista "New Yorker", "Uma tragédia americana", sobre o resultado. "Praticamente não teve aula na quarta-feira (9). Todo mundo só falava da eleição." O superintendente das escolas públicas de Saint Paul, em Minnesota, mandou um e-mail às famílias, no qual afirmou que "os EUA passaram por uma mudança histórica. Muitos ainda estão processando os resultados". "Na escola, muitos alunos estão expressando seus sentimentos a respeito da eleição. Eu escrevo para relembrá-los de que nossas escolas são totalmente comprometidas com os valores de igualdade e inclusão racial." Em Boston, o sistema de escolas públicas disponibilizou o serviço de aconselhamento psicológico. Em Portland, Oregon, uma clínica criou um "grupo de apoio pós-eleição", e haveria sessões de emergência para famílias já na sexta-feira.
mundo
Após eleição nos EUA, escolas lidam com trauma e insegurança de criançasVárias escolas americanas estão oferecendo aconselhamento psicológico para as crianças lidarem com o trauma causado pela inesperada vitória de Donald Trump na eleição. Diretores e supervisores em Estados que votaram majoritariamente na democrata Hillary Clinton enviaram e-mails aos pais pedindo calma. Na Calhoun, uma escola particular em Nova York, o diretor orientou os professores a conversarem com os alunos sobre a eleição, em vez de darem aula. E os psicólogos receberam muitas crianças ao longo do dia. "A última vez que eu vi esse choque e silêncio em Nova York foi no 11 de setembro", disse a psicóloga Fernanda Couto, orientadora da Calhoun. "Muitos pais me ligaram avisando que seria um dia difícil." No colégio, alunos são filhos de pais gays ou imigrantes. Os banheiros são unissex e se chamam "banheiro das pessoas", para transgêneros. Um menino que é negro e muçulmano disse a ela que o pai havia dado um folheto explicando como lidar com revistas da polícia. "Eles estavam com medo por causa das reações dos adultos, que estavam assustados." Helena D'Alessandro, 13, assistiu à apuração das eleições pelo canal CNN até a meia-noite. No dia seguinte, quando seu pai contou que Hillary tinha perdido, ela não se surpreendeu. Mesmo assim, chorou um pouco. "Acho que vai ser muito difícil com o Trump. Ele falou na TV que vai mudar tudo no primeiro dia, vai acabar com tudo que o Obama fez e vai construir um muro no México e expulsar os imigrantes ilegais", disse Helena, que nasceu nos Estados Unidos, mas é filha de brasileiros. Na escola pública onde ela estuda, em Nova York, a professora passou para as crianças um texto da revista "New Yorker", "Uma tragédia americana", sobre o resultado. "Praticamente não teve aula na quarta-feira (9). Todo mundo só falava da eleição." O superintendente das escolas públicas de Saint Paul, em Minnesota, mandou um e-mail às famílias, no qual afirmou que "os EUA passaram por uma mudança histórica. Muitos ainda estão processando os resultados". "Na escola, muitos alunos estão expressando seus sentimentos a respeito da eleição. Eu escrevo para relembrá-los de que nossas escolas são totalmente comprometidas com os valores de igualdade e inclusão racial." Em Boston, o sistema de escolas públicas disponibilizou o serviço de aconselhamento psicológico. Em Portland, Oregon, uma clínica criou um "grupo de apoio pós-eleição", e haveria sessões de emergência para famílias já na sexta-feira.
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O que o 'currículo do fracasso' revela sobre revezes em uma carreira
Johannes Haushofer, professor assistente de psicologia na Universidade Princeton, publicou no mês passado um currículo que registra todos os fracassos profissionais de sua carreira, até hoje. Listou os cursos nos quais não foi aceito na universidade. Os empregos acadêmicos que não conseguiu. Os estudos acadêmicos que escreveu e foram rejeitados para publicação. As bolsas de pesquisa que foram concedidas a colegas mas não a ele. O "currículo do fracasso" resultante se tornou um sucesso no Twitter e a história foi veiculada por jornais do mundo todo. Que humildade! Que inspiração! Que coragem!, foi o veredicto. A coisa toda se provou tão popular que se tornou, na avaliação do professor Haushofer, um metafracasso —já que atraiu mais atenção do que toda a sua produção acadêmica combinada. Ainda que divertido, o currículo dele não me parece minimamente corajoso. Se você leciona em Princeton, listar seus fracassos não requer grande bravura. Dizer que você foi rejeitado pela Escola de Economia de Estocolmo parece mais uma revanche: vejam só o que vocês perderam. O currículo não é uma demonstração de humildade, mas de falsa humildade. Para demonstrar como é fácil ser blasé sobre o fracasso quando você obteve algum sucesso, na semana passada sentei-me à mesa alegremente para preparar o meu currículo pessoal de rejeições. Tive de me esforçar, porque minha memória me fez o favor de esquecer a maior parte dos fracassos que tive nos últimos 40 anos, mas, pelo menos até onde me lembro, a lista é a seguinte: Em 1977, não fui aceita pelas universidades de Essex, York e Sussex para o curso de graduação em Economia. Em 1981, o Boston Consulting Group, BP, Bain, Shell e o Tesouro britânico me rejeitaram como trainee. Dois anos mais tarde, não consegui emprego no "Times", "Telegraph" e no "Evening Standard". Por volta de 1985, fui recusada pela "Economist", e em 1987 não obtive uma bolsa de pesquisa Laurence Stern do "Washington Post". Em 2004 e 2010, dois romances diferentes foram rejeitados por numerosas editoras de diversos países. Em 2015, fui entrevistada para possíveis postos nos conselhos da ITV, British Land e Belmond —e recusada em todos os casos. E de 1985 para cá, deixei de conquistar tantos prêmios de jornalismo que listá-los ocuparia metade deste jornal. Ao estudar meu currículo de fracassos, a coisa mais interessante é o período muito longo em que pareço não ter fracassado em coisa alguma. De cerca de 1991 a cerca de 2004, praticamente não tive rejeições. Mas longe de ser a parte mais bem sucedida de minha carreira, esses foram meus anos mais lentos. Eu estava cuidando de filhos pequenos, tentando manter minha posição no "Financial Times" e em geral simplesmente batalhando para levar as coisas em frente. Isso demonstra que, se o seu currículo de fracassos é muito curto, isso em si é um fracasso - você não está tentando tanto quanto deveria. Se, por outro lado, ele for muito longo, pode ser que você seja simplesmente um caso perdido. Ou que tenha ambições elevadas demais. Para cada um de nós, existe uma razão perfeita entre rejeições e aceitação —provavelmente de cerca de quatro para uma; se sua proporção for mais baixa que isso, é provável que você não esteja se colocando à prova como deveria. A próxima coisa que me ocorre é que nem todas as rejeições são iguais. Algumas machucam muito (como quando um rival detestado conquistou um prêmio que eu queria muito ganhar) e outras não doem nem um pouco. Fracassos seguidos por sucessos deixam de incomodar muito rápido. Já que você só pode buscar um diploma ou manter um emprego de cada vez, aqueles que você não obteve se tornam irrelevantes. Não conseguir emprego na "Economist" me incomodou até que eu conseguisse emprego no "Financial Times"; e depois disso, deixou totalmente de fazê-lo. De fato, a única rejeição que ainda dói depois de quase meio século nem mesmo consta da lista. Eu tinha 10 anos e não consegui nem mesmo um papel coadjuvante na peça "The Boy Friend", que minha turma de escola encenou no final do curso primário. Quando perguntei aos meus colegas sobre seus currículos de fracassos, muitos reportaram coisa parecida. Nenhum deles parece ter se incomodado com variadas rejeições pela BBC ou Secretaria do Exterior, mas rejeições sofridas na escola —muitas vezes no mundo do esporte— ainda incomodam. Meu marido sempre dizia que não conseguir vaga no time titular de rúgbi em Eton foi a coisa mais dolorosa que aconteceu a ele, e o fez rejeitar a classe dominante pelos 20 anos seguintes. O currículo de fracassos apresentado secamente nada diz sobre a dor, e não oferece explicações. O professor Haushofer propõe a reconfortante ideia de que a maioria dos fracassos acontece apenas por má sorte, porque o mundo é estocástico, candidaturas são apostas, e comitês de seleção muitas vezes cometem erros. Não estou certa de que essa seja a maneira certa de encarar a questão. Quando recordo meus fracassos, lembro-me de ter criado histórias consoladoras que os explicassem; eu me dizia que o processo todo era arbitrário, ou que eu tinha falado mais do que deveria, ou que era simplesmente a vez de alguma outra pessoa. Mas ao contemplar meu currículo de fracassos hoje, uma explicação mais plausível me ocorre. Fracassei, em quase todos os casos, simplesmente porque havia outra pessoa lá que apresentou candidatura mais forte ou se saiu melhor na entrevista. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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O que o 'currículo do fracasso' revela sobre revezes em uma carreiraJohannes Haushofer, professor assistente de psicologia na Universidade Princeton, publicou no mês passado um currículo que registra todos os fracassos profissionais de sua carreira, até hoje. Listou os cursos nos quais não foi aceito na universidade. Os empregos acadêmicos que não conseguiu. Os estudos acadêmicos que escreveu e foram rejeitados para publicação. As bolsas de pesquisa que foram concedidas a colegas mas não a ele. O "currículo do fracasso" resultante se tornou um sucesso no Twitter e a história foi veiculada por jornais do mundo todo. Que humildade! Que inspiração! Que coragem!, foi o veredicto. A coisa toda se provou tão popular que se tornou, na avaliação do professor Haushofer, um metafracasso —já que atraiu mais atenção do que toda a sua produção acadêmica combinada. Ainda que divertido, o currículo dele não me parece minimamente corajoso. Se você leciona em Princeton, listar seus fracassos não requer grande bravura. Dizer que você foi rejeitado pela Escola de Economia de Estocolmo parece mais uma revanche: vejam só o que vocês perderam. O currículo não é uma demonstração de humildade, mas de falsa humildade. Para demonstrar como é fácil ser blasé sobre o fracasso quando você obteve algum sucesso, na semana passada sentei-me à mesa alegremente para preparar o meu currículo pessoal de rejeições. Tive de me esforçar, porque minha memória me fez o favor de esquecer a maior parte dos fracassos que tive nos últimos 40 anos, mas, pelo menos até onde me lembro, a lista é a seguinte: Em 1977, não fui aceita pelas universidades de Essex, York e Sussex para o curso de graduação em Economia. Em 1981, o Boston Consulting Group, BP, Bain, Shell e o Tesouro britânico me rejeitaram como trainee. Dois anos mais tarde, não consegui emprego no "Times", "Telegraph" e no "Evening Standard". Por volta de 1985, fui recusada pela "Economist", e em 1987 não obtive uma bolsa de pesquisa Laurence Stern do "Washington Post". Em 2004 e 2010, dois romances diferentes foram rejeitados por numerosas editoras de diversos países. Em 2015, fui entrevistada para possíveis postos nos conselhos da ITV, British Land e Belmond —e recusada em todos os casos. E de 1985 para cá, deixei de conquistar tantos prêmios de jornalismo que listá-los ocuparia metade deste jornal. Ao estudar meu currículo de fracassos, a coisa mais interessante é o período muito longo em que pareço não ter fracassado em coisa alguma. De cerca de 1991 a cerca de 2004, praticamente não tive rejeições. Mas longe de ser a parte mais bem sucedida de minha carreira, esses foram meus anos mais lentos. Eu estava cuidando de filhos pequenos, tentando manter minha posição no "Financial Times" e em geral simplesmente batalhando para levar as coisas em frente. Isso demonstra que, se o seu currículo de fracassos é muito curto, isso em si é um fracasso - você não está tentando tanto quanto deveria. Se, por outro lado, ele for muito longo, pode ser que você seja simplesmente um caso perdido. Ou que tenha ambições elevadas demais. Para cada um de nós, existe uma razão perfeita entre rejeições e aceitação —provavelmente de cerca de quatro para uma; se sua proporção for mais baixa que isso, é provável que você não esteja se colocando à prova como deveria. A próxima coisa que me ocorre é que nem todas as rejeições são iguais. Algumas machucam muito (como quando um rival detestado conquistou um prêmio que eu queria muito ganhar) e outras não doem nem um pouco. Fracassos seguidos por sucessos deixam de incomodar muito rápido. Já que você só pode buscar um diploma ou manter um emprego de cada vez, aqueles que você não obteve se tornam irrelevantes. Não conseguir emprego na "Economist" me incomodou até que eu conseguisse emprego no "Financial Times"; e depois disso, deixou totalmente de fazê-lo. De fato, a única rejeição que ainda dói depois de quase meio século nem mesmo consta da lista. Eu tinha 10 anos e não consegui nem mesmo um papel coadjuvante na peça "The Boy Friend", que minha turma de escola encenou no final do curso primário. Quando perguntei aos meus colegas sobre seus currículos de fracassos, muitos reportaram coisa parecida. Nenhum deles parece ter se incomodado com variadas rejeições pela BBC ou Secretaria do Exterior, mas rejeições sofridas na escola —muitas vezes no mundo do esporte— ainda incomodam. Meu marido sempre dizia que não conseguir vaga no time titular de rúgbi em Eton foi a coisa mais dolorosa que aconteceu a ele, e o fez rejeitar a classe dominante pelos 20 anos seguintes. O currículo de fracassos apresentado secamente nada diz sobre a dor, e não oferece explicações. O professor Haushofer propõe a reconfortante ideia de que a maioria dos fracassos acontece apenas por má sorte, porque o mundo é estocástico, candidaturas são apostas, e comitês de seleção muitas vezes cometem erros. Não estou certa de que essa seja a maneira certa de encarar a questão. Quando recordo meus fracassos, lembro-me de ter criado histórias consoladoras que os explicassem; eu me dizia que o processo todo era arbitrário, ou que eu tinha falado mais do que deveria, ou que era simplesmente a vez de alguma outra pessoa. Mas ao contemplar meu currículo de fracassos hoje, uma explicação mais plausível me ocorre. Fracassei, em quase todos os casos, simplesmente porque havia outra pessoa lá que apresentou candidatura mais forte ou se saiu melhor na entrevista. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Fazenda afirma ser possível retomada do crescimento ainda neste ano
Diante da confirmação de retração do PIB no ano passado, o Ministério da Fazenda afirmou, por meio de uma nota, que a economia poderá voltar a crescer ainda neste ano. "A economia poderá se estabilizar no terceiro trimestre e apresentar crescimento positivo a partir do quarto trimestre deste ano", diz a nota. O IBGE revelou nesta quinta-feira (3) uma queda na atividade econômica de 3,8% em 2015. De acordo com a Fazenda, entre os fatores que mais influíram para esse cenário estão: queda no preço das commodities, crise hídrica e consequente problema de abastecimento, desinvestimentos da cadeia de petróleo, gás e construção civil, realinhamento de preços relativos na economia e ajuste macroeconômico. A aposta do ministro Nelson Barbosa para uma recuperação ainda neste ano se baseia na crença de que esses fatores não devem se repetir "na mesma intensidade" em 2016. A retração do PIB decorreu da contribuição negativa da demanda doméstica de 6,5%, enquanto a demanda externa contribuiu com crescimento positivo de 2,7%, diz a nota. "O grande desafio do crescimento é recuperar a demanda interna. Nesse sentido, o governo tem realizado uma série de iniciativas que permitirão a retomada do crescimento e a estabilização da renda e do emprego." O ministro cita o esforço de ajuste fiscal, que aconteceu no ano passado e persistirá em 2016 –o corte em gastos discricionários previsto no Orçamento deste ano será de R$ 23,4 bilhões. MEDIDAS Em função da queda da atividade econômica, o governo vai solicitar ao Congresso Nacional a possibilidade de redução da meta de resultado primário em caso de frustração de receitas, pagamento de restos a pagar de investimentos e ações em saúde, lembrou a nota. O ministro ainda mencionou a reforma da Previdência, que o governo pretende encaminhar ao Congresso em abril, e a proposta de reforma fiscal de longo prazo com limites para a expansão do gasto público e mecanismos de reversão da tendência de crescimento da despesa em porcentagem do PIB. Outra medida para reequilibrar as contas do governo mencionadas na nota é a negociação em torno do alongamento dos contratos de dívida dos Estados, com exigência de contrapartidas para reduzir o crescimento das despesas. Do lado do investimento, a nota lembra as medidas de estímulo ao crédito anunciadas no início do ano, que têm potencial de destravar até R$ 83 bilhões em investimentos, e fala de programas de infraestrutura, como o PIL (Plano de Investimento e Logística). "O governo tem adotado todas as ações necessárias para recuperar a economia. No momento em que as medidas produzirem efeitos, será possível retomar o crescimento econômico, com geração de renda e emprego em bases mais sustentáveis", conclui a nota.
mercado
Fazenda afirma ser possível retomada do crescimento ainda neste anoDiante da confirmação de retração do PIB no ano passado, o Ministério da Fazenda afirmou, por meio de uma nota, que a economia poderá voltar a crescer ainda neste ano. "A economia poderá se estabilizar no terceiro trimestre e apresentar crescimento positivo a partir do quarto trimestre deste ano", diz a nota. O IBGE revelou nesta quinta-feira (3) uma queda na atividade econômica de 3,8% em 2015. De acordo com a Fazenda, entre os fatores que mais influíram para esse cenário estão: queda no preço das commodities, crise hídrica e consequente problema de abastecimento, desinvestimentos da cadeia de petróleo, gás e construção civil, realinhamento de preços relativos na economia e ajuste macroeconômico. A aposta do ministro Nelson Barbosa para uma recuperação ainda neste ano se baseia na crença de que esses fatores não devem se repetir "na mesma intensidade" em 2016. A retração do PIB decorreu da contribuição negativa da demanda doméstica de 6,5%, enquanto a demanda externa contribuiu com crescimento positivo de 2,7%, diz a nota. "O grande desafio do crescimento é recuperar a demanda interna. Nesse sentido, o governo tem realizado uma série de iniciativas que permitirão a retomada do crescimento e a estabilização da renda e do emprego." O ministro cita o esforço de ajuste fiscal, que aconteceu no ano passado e persistirá em 2016 –o corte em gastos discricionários previsto no Orçamento deste ano será de R$ 23,4 bilhões. MEDIDAS Em função da queda da atividade econômica, o governo vai solicitar ao Congresso Nacional a possibilidade de redução da meta de resultado primário em caso de frustração de receitas, pagamento de restos a pagar de investimentos e ações em saúde, lembrou a nota. O ministro ainda mencionou a reforma da Previdência, que o governo pretende encaminhar ao Congresso em abril, e a proposta de reforma fiscal de longo prazo com limites para a expansão do gasto público e mecanismos de reversão da tendência de crescimento da despesa em porcentagem do PIB. Outra medida para reequilibrar as contas do governo mencionadas na nota é a negociação em torno do alongamento dos contratos de dívida dos Estados, com exigência de contrapartidas para reduzir o crescimento das despesas. Do lado do investimento, a nota lembra as medidas de estímulo ao crédito anunciadas no início do ano, que têm potencial de destravar até R$ 83 bilhões em investimentos, e fala de programas de infraestrutura, como o PIL (Plano de Investimento e Logística). "O governo tem adotado todas as ações necessárias para recuperar a economia. No momento em que as medidas produzirem efeitos, será possível retomar o crescimento econômico, com geração de renda e emprego em bases mais sustentáveis", conclui a nota.
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Técnico campeão em 1978 diz que sem Messi, Argentina não vai à Copa
Criticado por jornalistas e torcedores após o vice-campeonato da Argentina na Copa América, o atacante Messi recebeu nesta terça-feira (7) o apoio de César Luis Menotti, técnico campeão mundial pela seleção do país em 1978. Para ele, só o camisa 10 do Barcelona pode levar a equipe ao Mundial de 2018. "Temos que cuidar de Messi, não criticá-lo, caso contrário, não vamos à Copa do Mundo de 2018. Uma sinfônica não funciona com apenas um piano brilhante. É preciso a harmonia com violinos e instrumentos de corda", afirmou o ex-treinador, em artigo publicado no jornal "La Vanguardia", de Barcelona. De acordo com Menotti, o desempenho de Messi pela seleção argentina foi prejudicado pela maratona de jogos na reta final da temporada europeia. Para ele, o editorial do "Olé" que pede a retirada da braçadeira de capitão do jogador é equivocado. "Ele estava em campo quando poderia estar de férias com a família. É ridículo alguém que está fora do grupo se pronunciar contra a escolha do capitão. O treinador e os jogadores que decidem, não os jornalistas e analistas", disse.
esporte
Técnico campeão em 1978 diz que sem Messi, Argentina não vai à CopaCriticado por jornalistas e torcedores após o vice-campeonato da Argentina na Copa América, o atacante Messi recebeu nesta terça-feira (7) o apoio de César Luis Menotti, técnico campeão mundial pela seleção do país em 1978. Para ele, só o camisa 10 do Barcelona pode levar a equipe ao Mundial de 2018. "Temos que cuidar de Messi, não criticá-lo, caso contrário, não vamos à Copa do Mundo de 2018. Uma sinfônica não funciona com apenas um piano brilhante. É preciso a harmonia com violinos e instrumentos de corda", afirmou o ex-treinador, em artigo publicado no jornal "La Vanguardia", de Barcelona. De acordo com Menotti, o desempenho de Messi pela seleção argentina foi prejudicado pela maratona de jogos na reta final da temporada europeia. Para ele, o editorial do "Olé" que pede a retirada da braçadeira de capitão do jogador é equivocado. "Ele estava em campo quando poderia estar de férias com a família. É ridículo alguém que está fora do grupo se pronunciar contra a escolha do capitão. O treinador e os jogadores que decidem, não os jornalistas e analistas", disse.
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Banda do filme 'The Wonders' se reúne e canta 'That Thing You Do'
O elenco do filme "The Wonders - O Sonho Não Acabou", composto por Ethan Embry, Tom Everett Scott, John Schaech, se reuniu para cantar o hit "That Thing You Do!" em Los Angeles nesta terça-feira (25). Dirigido e escrito por Tom Hanks, o filme foi um sucesso em 1996. Grupo "The Onoders" reunido No 20º aniversário do longa, em 2016, Embry disse ao site "Entertaiment Weekly" que "odeia a música". "Eu lembro de ter atingido um ponto de dizer: 'eu não posso tocar essa música nem uma vez mais'", disse o ator. Post de Josh Schaech "The Wonders" foi o primeiro filme da atriz Charlize Theron, que fez parte de filmes como "Velozes e Furiosos", "Branca de Neve e o Caçador" e "Mad Max: Estrada da Fúria". Tom Everett Scott esteve no sucesso de bilheteria "La La Land", no qual interpretou o marido de Mia, personagem de Emma Stone. O filme que marcou época faz sucesso até hoje e tem 93% do site "Rotten Tomatoes" que compila avaliações publicadas na mídia. Ouça versão do filme: That Thing You Do
ilustrada
Banda do filme 'The Wonders' se reúne e canta 'That Thing You Do'O elenco do filme "The Wonders - O Sonho Não Acabou", composto por Ethan Embry, Tom Everett Scott, John Schaech, se reuniu para cantar o hit "That Thing You Do!" em Los Angeles nesta terça-feira (25). Dirigido e escrito por Tom Hanks, o filme foi um sucesso em 1996. Grupo "The Onoders" reunido No 20º aniversário do longa, em 2016, Embry disse ao site "Entertaiment Weekly" que "odeia a música". "Eu lembro de ter atingido um ponto de dizer: 'eu não posso tocar essa música nem uma vez mais'", disse o ator. Post de Josh Schaech "The Wonders" foi o primeiro filme da atriz Charlize Theron, que fez parte de filmes como "Velozes e Furiosos", "Branca de Neve e o Caçador" e "Mad Max: Estrada da Fúria". Tom Everett Scott esteve no sucesso de bilheteria "La La Land", no qual interpretou o marido de Mia, personagem de Emma Stone. O filme que marcou época faz sucesso até hoje e tem 93% do site "Rotten Tomatoes" que compila avaliações publicadas na mídia. Ouça versão do filme: That Thing You Do
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Após sucesso como podcast, 'Serial' será adaptado para a TV
Fenômeno em 2014, a audiossérie "Serial", idealizada, produzida e apresentada pela jornalista americana Sarah Koenig, migrará para a televisão. O programa –que vai para sua segunda temporada em áudio– será adaptado pelos produtores-diretores Chris Miller e Phil Lord, informou o site americano "Deadline". A versão televisiva seguirá a produção do podcast conforme segue um caso, ainda não decidido. Em sua versão original, "Serial" investigou o assassinato da jovem Hae Min Lee, 17, em janeiro de 1999. Seu ex-namorado, Adnan Syed, foi condenado à prisão perpétua pelo crime. O projeto foi apresentado à Fox 21 Television Studios, cujo presidente Bert Salke já desenvolve um projeto com a equipe do "This American Life", programa de áudio semanal do qual "Serial" se derivou e onde Sarah Koenig trabalha como produtora. "Desde a primeira semana de 'Serial', todos na Fox 21 TVS estão obcecados com este podcast. Um ano depois, graças à paixão de Chris e Phil, nós seguiremos em frente com esse projeto animador. Estamos confiantes de que ele atrairá um roteirista espetacular e estamos ansiosos para começar a vender o projeto para os grandes canais muito em breve", disse Salke. Sarah Koenig e Julie Snyder (que também trabalhou na audiossérie) atuarão como produtoras executivas do projeto com Alissa Shipp, Ira Glass e Seth Cohen.
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Após sucesso como podcast, 'Serial' será adaptado para a TVFenômeno em 2014, a audiossérie "Serial", idealizada, produzida e apresentada pela jornalista americana Sarah Koenig, migrará para a televisão. O programa –que vai para sua segunda temporada em áudio– será adaptado pelos produtores-diretores Chris Miller e Phil Lord, informou o site americano "Deadline". A versão televisiva seguirá a produção do podcast conforme segue um caso, ainda não decidido. Em sua versão original, "Serial" investigou o assassinato da jovem Hae Min Lee, 17, em janeiro de 1999. Seu ex-namorado, Adnan Syed, foi condenado à prisão perpétua pelo crime. O projeto foi apresentado à Fox 21 Television Studios, cujo presidente Bert Salke já desenvolve um projeto com a equipe do "This American Life", programa de áudio semanal do qual "Serial" se derivou e onde Sarah Koenig trabalha como produtora. "Desde a primeira semana de 'Serial', todos na Fox 21 TVS estão obcecados com este podcast. Um ano depois, graças à paixão de Chris e Phil, nós seguiremos em frente com esse projeto animador. Estamos confiantes de que ele atrairá um roteirista espetacular e estamos ansiosos para começar a vender o projeto para os grandes canais muito em breve", disse Salke. Sarah Koenig e Julie Snyder (que também trabalhou na audiossérie) atuarão como produtoras executivas do projeto com Alissa Shipp, Ira Glass e Seth Cohen.
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Dengue, zika e chikungunya atingem cerca de 2 milhões de pessoas em 2016
Transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, dengue, zika e chikungunya, juntas, cerca de 2 milhões de pessoas em 2016, segundo dados de novo boletim do Ministério da Saúde. Destas, chama a atenção o avanço dos casos de chikungunya no país. Ao todo, foram notificados pelos serviços de saúde 271.824 casos prováveis da doença no ano passado, um aumento de 606% em relação a 2015, quando houve 38.499 registros. Também cresceu o número de mortes confirmadas: passou de 14, em 2015, para 196 no último ano. Com alguns sintomas parecidos à dengue e zika, essa doença se diferencia principalmente pelas fortes dores que provoca nas articulações, e que podem se estender por meses. A situação explica como, além do atual surto de febre amarela silvestre em algumas regiões, a chikungunya se transformou em um dos principais alertas de autoridades de saúde para este verão, período em que aumenta a infestação do mosquito Aedes aegypti. "Nossa expectativa é que dengue e zika se estabilizem e que chikungunya tenha um número maior de casos neste ano", afirma o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Ele minimiza, porém, a possibilidade de que haja um aumento semelhante ao ocorrido no último ano. "Deve haver um crescimento, não exponencial como esse, mas sim um pequeno crescimento", diz. DENGUE E ZIKA Apesar da preocupação diante de um possível novo avanço da chikungunya, os dados de 2016 mostram que o alerta de novos casos de dengue e zika não pode ser deixado a segundo plano. Em todo o ano passado, foram ao menos 1,5 milhão de casos de dengue –uma redução de apenas 11% em relação ao ano anterior, quando o Brasil registrou recorde de casos da doença. Entre os casos, houve 642 mortes confirmadas. Já a zika atingiu 215.319 notificações -no ano anterior, não havia registro de casos prováveis da doença. Os Estados com maior número de casos foram Rio de Janeiro, com cerca de 68 mil registros, Bahia e Mato Grosso, com 52 mil e 22 mil casos, respectivamente.
cotidiano
Dengue, zika e chikungunya atingem cerca de 2 milhões de pessoas em 2016Transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, dengue, zika e chikungunya, juntas, cerca de 2 milhões de pessoas em 2016, segundo dados de novo boletim do Ministério da Saúde. Destas, chama a atenção o avanço dos casos de chikungunya no país. Ao todo, foram notificados pelos serviços de saúde 271.824 casos prováveis da doença no ano passado, um aumento de 606% em relação a 2015, quando houve 38.499 registros. Também cresceu o número de mortes confirmadas: passou de 14, em 2015, para 196 no último ano. Com alguns sintomas parecidos à dengue e zika, essa doença se diferencia principalmente pelas fortes dores que provoca nas articulações, e que podem se estender por meses. A situação explica como, além do atual surto de febre amarela silvestre em algumas regiões, a chikungunya se transformou em um dos principais alertas de autoridades de saúde para este verão, período em que aumenta a infestação do mosquito Aedes aegypti. "Nossa expectativa é que dengue e zika se estabilizem e que chikungunya tenha um número maior de casos neste ano", afirma o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Ele minimiza, porém, a possibilidade de que haja um aumento semelhante ao ocorrido no último ano. "Deve haver um crescimento, não exponencial como esse, mas sim um pequeno crescimento", diz. DENGUE E ZIKA Apesar da preocupação diante de um possível novo avanço da chikungunya, os dados de 2016 mostram que o alerta de novos casos de dengue e zika não pode ser deixado a segundo plano. Em todo o ano passado, foram ao menos 1,5 milhão de casos de dengue –uma redução de apenas 11% em relação ao ano anterior, quando o Brasil registrou recorde de casos da doença. Entre os casos, houve 642 mortes confirmadas. Já a zika atingiu 215.319 notificações -no ano anterior, não havia registro de casos prováveis da doença. Os Estados com maior número de casos foram Rio de Janeiro, com cerca de 68 mil registros, Bahia e Mato Grosso, com 52 mil e 22 mil casos, respectivamente.
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Ricardo Oliveira diz que não está na seleção para aguardar chance
Convocado para substituir Roberto Firmino, o atacante Ricardo Oliveira não fez cerimônia na seleção. Artilheiro do Campeonato Brasileiro, o veterano de 35 anos disse que está pronto para ser titular na partida contra o Chile, nesta quinta (8), no Estádio Nacional, na rodada de abertura das eliminatórias. "Estou preparado. Vim para cá pelo que fiz no Santos neste ano. Não cheguei aqui para aguardar [a chance no banco]. Se tiver que jogar, estou pronto", afirmou o atacante, que já marcou 17 gols no Brasileiro. Ricardo Oliveira disputa a vaga com Hulk, que atuou como um "falso centroavante" nos últimos dois amistosos da seleção, disputados em setembro, nos EUA. O time de Dunga venceu os dois confrontos. O santista sempre foi um coadjuvante no time nacional. Ele ficou na reserva da seleção nas conquistas da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações, em 2005. No Mundial da Alemanha, em 2006, ele ficou de fora por causa de uma contusão. Fred herdou a sua vaga. Pela seleção, o atacante marcou quatro gols nas 13 partidas que disputou. Apesar da vontade de enfrentar os chilenos, Oliveira disse que vai respeitar a decisão de Dunga. "Espero ajudar o time dentro de campo, mas também vou contribuir do lado de fora passando confiança ao grupo", afirmou o santista. Nesta terça (6), o treinador decidiu fechar o treino para os jornalistas. Por causa da atribulada apresentação dos jogadores, Dunga tentará fazer o único coletivo para o jogo contra o Chile. Nesta manhã, os últimos cinco convocados (Kaká, David Luiz, Marquinhos, Lucas e Douglas Costa) chegaram a Santiago.
esporte
Ricardo Oliveira diz que não está na seleção para aguardar chanceConvocado para substituir Roberto Firmino, o atacante Ricardo Oliveira não fez cerimônia na seleção. Artilheiro do Campeonato Brasileiro, o veterano de 35 anos disse que está pronto para ser titular na partida contra o Chile, nesta quinta (8), no Estádio Nacional, na rodada de abertura das eliminatórias. "Estou preparado. Vim para cá pelo que fiz no Santos neste ano. Não cheguei aqui para aguardar [a chance no banco]. Se tiver que jogar, estou pronto", afirmou o atacante, que já marcou 17 gols no Brasileiro. Ricardo Oliveira disputa a vaga com Hulk, que atuou como um "falso centroavante" nos últimos dois amistosos da seleção, disputados em setembro, nos EUA. O time de Dunga venceu os dois confrontos. O santista sempre foi um coadjuvante no time nacional. Ele ficou na reserva da seleção nas conquistas da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações, em 2005. No Mundial da Alemanha, em 2006, ele ficou de fora por causa de uma contusão. Fred herdou a sua vaga. Pela seleção, o atacante marcou quatro gols nas 13 partidas que disputou. Apesar da vontade de enfrentar os chilenos, Oliveira disse que vai respeitar a decisão de Dunga. "Espero ajudar o time dentro de campo, mas também vou contribuir do lado de fora passando confiança ao grupo", afirmou o santista. Nesta terça (6), o treinador decidiu fechar o treino para os jornalistas. Por causa da atribulada apresentação dos jogadores, Dunga tentará fazer o único coletivo para o jogo contra o Chile. Nesta manhã, os últimos cinco convocados (Kaká, David Luiz, Marquinhos, Lucas e Douglas Costa) chegaram a Santiago.
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Para juízes, cota para negro não terá efeito
A reserva de vagas destinadas aos negros nos concursos para a magistratura, aprovada e anunciada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) como um avanço histórico, pode ter efeitos limitados ou enfrentar obstáculos legais. Para magistrados ouvidos pela Folha, como somente os aprovados em concurso podem assumir as vagas, a cota de 20% para negros pode não ter efeito prático. Segundo o juiz Marco Augusto Ghisi Machado, da comarca de Palhoça (SC), "sempre sobram vagas nos concursos para a magistratura, e a reserva de algumas delas não vai ter efeito prático, é meramente cosmética". "O negro não é inferior intelectualmente", diz Machado, casado com uma médica baiana, que tem ascendência parda na família. Segundo o juiz, "as cotas deveriam favorecer as pessoas que não têm condições para ascender na escala social". Machado concorda com o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para quem as cotas deveriam priorizar os aspectos socioeconômicos, e não apenas a questão étnica. "Para cargos burocráticos, pode-se usar cotas. Eu não aceito para juiz, tem que colocar os mais capazes", diz a ministra aposentada do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ex-corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon. "Existe muito proselitismo no sentido de igualar. Eu acho um horror", afirma. Presidente da comissão do último concurso de ingresso do Tribunal de Justiça de São Paulo, o desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco diz que "os candidatos serão submetidos a provas e somente os aprovados serão nomeados, independentemente da origem". No último concurso do TJ-SP, o maior do país, foram abertas 215 vagas e apenas 112 candidatos passaram para a segunda fase, de exame oral. "O conhecimento continuará sendo o fator de importância no preenchimento dos cargos", diz Pinheiro Franco. O presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), Jayme Martins de Oliveira Neto, acha que o CNJ deveria ter ouvido a sociedade. "Entendo que a decisão não poderia ter sido tomada por resolução, mas por lei. Acho que os candidatos podem questionar essa regra, abrindo margem para ser derrubada", diz. Ele ressalta que a Apamagis, entidade com forte presença de juízes do primeiro grau, ainda não tem uma posição oficial sobre o tema. ERRO HISTÓRICO Na sessão que aprovou a cota para negros, o presidente do CNJ, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que o órgão estava "contribuindo para a pacificação e a integração" do país, e que, de certa forma, o órgão reparava um erro histórico em relação aos afrodescendentes. No último dia 3, a presidência do Tribunal de Justiça da Bahia, antecipando-se ao CNJ, enviou à comissão de reforma do regimento interno do colegiado a proposta de reservar aos afrodescendentes 20% das vagas nos futuros concursos públicos para cargos de servidores e magistrados. "Entendemos que há uma necessidade de se resgatar uma dívida social que é imensa", diz o presidente do TJ da Bahia, desembargador Eserval Rocha. Rocha lembra que a Bahia é o Estado com maior número de pessoas que se autodeclaram negros no país, e Salvador, a cidade com maior número de habitantes negros fora da África. Para o presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho, Germano Siqueira, a preocupação do CNJ com o resgate social merece elogios, mas "deve se ter em conta que, geralmente, as vagas abertas em concursos de ingresso à magistratura não são preenchidas mesmo sem cotas". "Simplesmente rebaixar notas de corte, como se chegou a sugerir, poderia comprometer a própria qualidade da prestação jurisdicional", diz. "A expectativa é que, com o tempo, descubram-se outras medidas mais eficazes", diz Siqueira. - "Entendo que a decisão [de instituir cotas para negros nos concursos para juiz] não poderia ter sido tomada por resolução [do CNJ], mas por lei. Acho que os candidatos podem questionar essa regra, abrindo margem para ser derrubada" Jayme Martins de Oliveira Neto, presidente da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) * "Para cargos burocráticos, pode-se usar cotas. Eu não aceito para juiz, tem que colocar os mais capazes. Existe muito proselitismo no sentido de igualar. Eu acho um horror" Eliana Calmon, ministra aposentada do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ex-corregedora nacional de Justiça * "É a primeira vez que um dos poderes da República reservará uma cota para cidadãos oriundos de mais de 50% da população que não têm acesso aos cargos de poder nesse país. Esse é um passo histórico muito relevante" Ricardo Lewandowski presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), na terça (9)
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Para juízes, cota para negro não terá efeitoA reserva de vagas destinadas aos negros nos concursos para a magistratura, aprovada e anunciada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) como um avanço histórico, pode ter efeitos limitados ou enfrentar obstáculos legais. Para magistrados ouvidos pela Folha, como somente os aprovados em concurso podem assumir as vagas, a cota de 20% para negros pode não ter efeito prático. Segundo o juiz Marco Augusto Ghisi Machado, da comarca de Palhoça (SC), "sempre sobram vagas nos concursos para a magistratura, e a reserva de algumas delas não vai ter efeito prático, é meramente cosmética". "O negro não é inferior intelectualmente", diz Machado, casado com uma médica baiana, que tem ascendência parda na família. Segundo o juiz, "as cotas deveriam favorecer as pessoas que não têm condições para ascender na escala social". Machado concorda com o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para quem as cotas deveriam priorizar os aspectos socioeconômicos, e não apenas a questão étnica. "Para cargos burocráticos, pode-se usar cotas. Eu não aceito para juiz, tem que colocar os mais capazes", diz a ministra aposentada do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ex-corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon. "Existe muito proselitismo no sentido de igualar. Eu acho um horror", afirma. Presidente da comissão do último concurso de ingresso do Tribunal de Justiça de São Paulo, o desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco diz que "os candidatos serão submetidos a provas e somente os aprovados serão nomeados, independentemente da origem". No último concurso do TJ-SP, o maior do país, foram abertas 215 vagas e apenas 112 candidatos passaram para a segunda fase, de exame oral. "O conhecimento continuará sendo o fator de importância no preenchimento dos cargos", diz Pinheiro Franco. O presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), Jayme Martins de Oliveira Neto, acha que o CNJ deveria ter ouvido a sociedade. "Entendo que a decisão não poderia ter sido tomada por resolução, mas por lei. Acho que os candidatos podem questionar essa regra, abrindo margem para ser derrubada", diz. Ele ressalta que a Apamagis, entidade com forte presença de juízes do primeiro grau, ainda não tem uma posição oficial sobre o tema. ERRO HISTÓRICO Na sessão que aprovou a cota para negros, o presidente do CNJ, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que o órgão estava "contribuindo para a pacificação e a integração" do país, e que, de certa forma, o órgão reparava um erro histórico em relação aos afrodescendentes. No último dia 3, a presidência do Tribunal de Justiça da Bahia, antecipando-se ao CNJ, enviou à comissão de reforma do regimento interno do colegiado a proposta de reservar aos afrodescendentes 20% das vagas nos futuros concursos públicos para cargos de servidores e magistrados. "Entendemos que há uma necessidade de se resgatar uma dívida social que é imensa", diz o presidente do TJ da Bahia, desembargador Eserval Rocha. Rocha lembra que a Bahia é o Estado com maior número de pessoas que se autodeclaram negros no país, e Salvador, a cidade com maior número de habitantes negros fora da África. Para o presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho, Germano Siqueira, a preocupação do CNJ com o resgate social merece elogios, mas "deve se ter em conta que, geralmente, as vagas abertas em concursos de ingresso à magistratura não são preenchidas mesmo sem cotas". "Simplesmente rebaixar notas de corte, como se chegou a sugerir, poderia comprometer a própria qualidade da prestação jurisdicional", diz. "A expectativa é que, com o tempo, descubram-se outras medidas mais eficazes", diz Siqueira. - "Entendo que a decisão [de instituir cotas para negros nos concursos para juiz] não poderia ter sido tomada por resolução [do CNJ], mas por lei. Acho que os candidatos podem questionar essa regra, abrindo margem para ser derrubada" Jayme Martins de Oliveira Neto, presidente da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) * "Para cargos burocráticos, pode-se usar cotas. Eu não aceito para juiz, tem que colocar os mais capazes. Existe muito proselitismo no sentido de igualar. Eu acho um horror" Eliana Calmon, ministra aposentada do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ex-corregedora nacional de Justiça * "É a primeira vez que um dos poderes da República reservará uma cota para cidadãos oriundos de mais de 50% da população que não têm acesso aos cargos de poder nesse país. Esse é um passo histórico muito relevante" Ricardo Lewandowski presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), na terça (9)
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Pedidos de refúgio de venezuelanos no Brasil saltam em quatro meses
O número de pedidos de asilo de venezuelanos no Brasil até abril já se aproxima do total registrado em todo o ano de 2016, mostra levantamento do Comitê Nacional de Refugiados feito pela Polícia Federal (PF) a pedido da Folha. As estatísticas, recebidas nesta segunda-feira (29), mostram que 3.181 cidadãos caribenhos fizeram o pedido nos quatro primeiros meses do ano, contra 3.375 de janeiro a dezembro de 2016. São computados nesse total todas as solicitações, sem especificar o status. O processo de refúgio completo costuma durar mais de um ano, e ao longo dele o candidato pode permanecer no Brasil. No ano passado, a Venezuela foi o país de origem de 30% dos solicitantes de refúgio no país —entre 2010 e 2013 a liderança era ocupada por países africanos, e em 2014 e 2015, pela Síria. Outro exemplo do fluxo intenso rumo ao Brasil é a quantidade de entradas de venezuelanos, incluindo turistas e moradores da fronteira. Segundo a PF, foram 575 mil registros de ingresso no território nacional até o fim de abril, contra 947 mil em 2016. A crise, porém, ainda não influenciou a emissão da carteira de identidade de estrangeiro. Houve 87.545 requerimentos no ano passado e 21.015 nos quatro meses. As estatísticas também não mostram os efeitos resolução do Conselho Nacional de Imigração que libera a residência automática de dois anos aos venezuelanos e aos cidadãos de Guiana e Suriname, anunciada em março pelo governo de Michel Temer. CRISE HUMANITÁRIA O crescimento é uma das consequências do agravamento da crise humanitária no país governado pelo presidente Nicolás Maduro. Relatório da ONG Human Rights Watch divulgado em abril revelou que a maioria dos imigrantes deixa sua terra natal em busca de atendimento médico e comida. O intenso fluxo dos cidadãos do país vizinho levou ao colapso dos sistemas de saúde e de assistência social em Roraima e já começa a afetar o vizinho Amazonas. Os números da PF também não mostram os efeitos na imigração dos dois meses da onda de protestos da oposição contra Maduro, que já deixaram 61 mortos. Rivais e aliados do chavista voltaram às ruas nesta segunda-feira. Em discurso no fim da tarde, o presidente disse que a Assembleia Constituinte que deseja fazer é "Hugo Chávez vivo, doa a quem doer". Ele responde às críticas de ex-aliados, como a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz e dois juízes do Tribunal Supremo de Justiça, que consideram a troca da lei máxima uma violação do legado chavista.
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Pedidos de refúgio de venezuelanos no Brasil saltam em quatro mesesO número de pedidos de asilo de venezuelanos no Brasil até abril já se aproxima do total registrado em todo o ano de 2016, mostra levantamento do Comitê Nacional de Refugiados feito pela Polícia Federal (PF) a pedido da Folha. As estatísticas, recebidas nesta segunda-feira (29), mostram que 3.181 cidadãos caribenhos fizeram o pedido nos quatro primeiros meses do ano, contra 3.375 de janeiro a dezembro de 2016. São computados nesse total todas as solicitações, sem especificar o status. O processo de refúgio completo costuma durar mais de um ano, e ao longo dele o candidato pode permanecer no Brasil. No ano passado, a Venezuela foi o país de origem de 30% dos solicitantes de refúgio no país —entre 2010 e 2013 a liderança era ocupada por países africanos, e em 2014 e 2015, pela Síria. Outro exemplo do fluxo intenso rumo ao Brasil é a quantidade de entradas de venezuelanos, incluindo turistas e moradores da fronteira. Segundo a PF, foram 575 mil registros de ingresso no território nacional até o fim de abril, contra 947 mil em 2016. A crise, porém, ainda não influenciou a emissão da carteira de identidade de estrangeiro. Houve 87.545 requerimentos no ano passado e 21.015 nos quatro meses. As estatísticas também não mostram os efeitos resolução do Conselho Nacional de Imigração que libera a residência automática de dois anos aos venezuelanos e aos cidadãos de Guiana e Suriname, anunciada em março pelo governo de Michel Temer. CRISE HUMANITÁRIA O crescimento é uma das consequências do agravamento da crise humanitária no país governado pelo presidente Nicolás Maduro. Relatório da ONG Human Rights Watch divulgado em abril revelou que a maioria dos imigrantes deixa sua terra natal em busca de atendimento médico e comida. O intenso fluxo dos cidadãos do país vizinho levou ao colapso dos sistemas de saúde e de assistência social em Roraima e já começa a afetar o vizinho Amazonas. Os números da PF também não mostram os efeitos na imigração dos dois meses da onda de protestos da oposição contra Maduro, que já deixaram 61 mortos. Rivais e aliados do chavista voltaram às ruas nesta segunda-feira. Em discurso no fim da tarde, o presidente disse que a Assembleia Constituinte que deseja fazer é "Hugo Chávez vivo, doa a quem doer". Ele responde às críticas de ex-aliados, como a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz e dois juízes do Tribunal Supremo de Justiça, que consideram a troca da lei máxima uma violação do legado chavista.
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