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Justiça pode exigir obras emergenciais em prisões do país, decide STF
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (13) que o Judiciário pode determinar que a administração pública faça obras emergenciais em presídios para assegurar a integridade física e moral dos presos. Os ministros entenderam que uma intervenção em caso de omissão do Executivo e do Legislativo não fere a separação dos Poderes. Na sessão, os ministros discutiram o caso de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, pedindo ao Judiciário que fixe a realização de reformas no prazo de seis meses no Albergue Estadual de Uruguaiana. Inicialmente, um juiz de primeiro grau acolheu o pedido e o Estado acabou condenado a realizar a reforma, com instalação de forros e de revestimentos, e a recuperar as instalações elétricas e hidrossanitárias. Foi apresentado um recurso e a decisão foi de que a previsão constitucional de garantir aos presos o respeito à integridade física e moral é uma norma programática. Foi colocado ainda que caberia apenas ao Executivo realizar as obras de acordo com as condições financeiras e as prioridades do Estado. Relator do caso, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, afirmou que é legal o Judiciário determinar esse tipo de obras quando há omissão do poder público. "É chegada a hora de o Judiciário fazer jus às suas elevadas competências que a Constituição outorga. Executivo e Legislativos estão omissos no que diz respeito à questão dos presídios", disse. Lewandowski afirmou que a situação das unidades prisionais no país é caótica. "Nossos presídios são verdadeiros depósitos de pessoas humanas". Segundo o presidente do STF, problemas financeiros não podem justificar a ausência de obras para permitir condições dignas nas cadeias. O ministro afirmou ainda que falta vontade política e que a escassez de recursos é uma "absoluta falácia". O ministro Luís Roberto Barroso defendeu que o Judiciário não poderia impor a obra que teria que ser realizada, mas que determine ao Executivo que faça um diagnóstico e apresente um plano para sanar aquela omissão sobre monitoramento do Judiciário. "Não pode ele próprio [Judiciário] dizer como é a obra", afirmou o ministro. "O Judiciário não tem visão sistêmica das demandas. No modelo ideal, quem tem que tomar essa decisão é o executivo", completou. O ministro Gilmar Mendes argumentou que o juiz tem "responsabilidade direta" na execução da pena, uma vez que norma atual atribui e é tarefa do magistrado a tarefa de "inspecionar mensalmente estabelecimentos penais, tomando providências" para garantir o bem-estar dos presos. "Não há nenhum excesso perpetrado pelo poder Judiciário ao determinar que se cumpram as normas constitucionais (...) para não falar dos tratados internacionais." O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a autorização para uma eventual intervenção do Judiciário pode representar uma mudança no quadro "vergonhoso" do sistema carcerário do país, que são comparados a "enxovias medievais". "A única maneira de se induzir essa política pública e de se seccionar parte dessa vergonha do Estado brasileiro é através de ações que induzam o Estado à adoção dessas políticas públicas", disse. O procurador-geral disse que o Brasil passou um "grande embaraço" para tentar trazer da Itália o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que fugiu do país após ser condenado no julgamento do mensalão, pela qualidade do sistema prisional. A Itália ainda discute a eventual extradição de Pizzolato. A Advocacia-Geral da União defendeu que compete ao Legislativo ao votar o Orçamento determinar gastos nas reforma dos presídios.
cotidiano
Justiça pode exigir obras emergenciais em prisões do país, decide STFO STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (13) que o Judiciário pode determinar que a administração pública faça obras emergenciais em presídios para assegurar a integridade física e moral dos presos. Os ministros entenderam que uma intervenção em caso de omissão do Executivo e do Legislativo não fere a separação dos Poderes. Na sessão, os ministros discutiram o caso de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, pedindo ao Judiciário que fixe a realização de reformas no prazo de seis meses no Albergue Estadual de Uruguaiana. Inicialmente, um juiz de primeiro grau acolheu o pedido e o Estado acabou condenado a realizar a reforma, com instalação de forros e de revestimentos, e a recuperar as instalações elétricas e hidrossanitárias. Foi apresentado um recurso e a decisão foi de que a previsão constitucional de garantir aos presos o respeito à integridade física e moral é uma norma programática. Foi colocado ainda que caberia apenas ao Executivo realizar as obras de acordo com as condições financeiras e as prioridades do Estado. Relator do caso, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, afirmou que é legal o Judiciário determinar esse tipo de obras quando há omissão do poder público. "É chegada a hora de o Judiciário fazer jus às suas elevadas competências que a Constituição outorga. Executivo e Legislativos estão omissos no que diz respeito à questão dos presídios", disse. Lewandowski afirmou que a situação das unidades prisionais no país é caótica. "Nossos presídios são verdadeiros depósitos de pessoas humanas". Segundo o presidente do STF, problemas financeiros não podem justificar a ausência de obras para permitir condições dignas nas cadeias. O ministro afirmou ainda que falta vontade política e que a escassez de recursos é uma "absoluta falácia". O ministro Luís Roberto Barroso defendeu que o Judiciário não poderia impor a obra que teria que ser realizada, mas que determine ao Executivo que faça um diagnóstico e apresente um plano para sanar aquela omissão sobre monitoramento do Judiciário. "Não pode ele próprio [Judiciário] dizer como é a obra", afirmou o ministro. "O Judiciário não tem visão sistêmica das demandas. No modelo ideal, quem tem que tomar essa decisão é o executivo", completou. O ministro Gilmar Mendes argumentou que o juiz tem "responsabilidade direta" na execução da pena, uma vez que norma atual atribui e é tarefa do magistrado a tarefa de "inspecionar mensalmente estabelecimentos penais, tomando providências" para garantir o bem-estar dos presos. "Não há nenhum excesso perpetrado pelo poder Judiciário ao determinar que se cumpram as normas constitucionais (...) para não falar dos tratados internacionais." O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a autorização para uma eventual intervenção do Judiciário pode representar uma mudança no quadro "vergonhoso" do sistema carcerário do país, que são comparados a "enxovias medievais". "A única maneira de se induzir essa política pública e de se seccionar parte dessa vergonha do Estado brasileiro é através de ações que induzam o Estado à adoção dessas políticas públicas", disse. O procurador-geral disse que o Brasil passou um "grande embaraço" para tentar trazer da Itália o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que fugiu do país após ser condenado no julgamento do mensalão, pela qualidade do sistema prisional. A Itália ainda discute a eventual extradição de Pizzolato. A Advocacia-Geral da União defendeu que compete ao Legislativo ao votar o Orçamento determinar gastos nas reforma dos presídios.
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Em curta, Médicos Sem Fronteiras retrata drama de refugiados; veja
"Desculpe, me afoguei." Essas palavras circularam pelas redes sociais em 2015 e compõem uma carta que teria sido encontrada junto ao corpo de uma refugiada síria que morreu afogada no mar Mediterrâneo naquele ano. A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras escolheu o texto para ser o fio condutor de um curta de animação sobre a crise de refugiados, coproduzido com o estúdio libanês Kawakeb. O filme, em preto e branco e com duração de seis minutos, foi exibido para pequenas plateias durante a última Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). A versão legendada em português estreia agora no site da Folha. A carta foi usada como base por "contemplar bem toda a tragédia dos milhares de refugiados que decidem se lançar ao Mediterrâneo", afirma à Folha Susana de Deus, diretora-geral da Médicos Sem Fronteiras Brasil. A narrativa é construída de modo a não identificar a trajetória de uma determinada pessoa. "Não há necessidade de colocar aqui um rosto específico. Essas pessoas não têm um perfil único, são gente como nós, de várias origens, credos, gente com pai, mãe, filhos", diz de Deus. Ela ressalta que o filme busca "chamar a atenção para o sofrimento da população" e tenta "sensibilizar não só a sociedade civil como os governos". "Não se preocupe, Departamento de Refugiados, eu não vou ser um peso para vocês", afirma um trecho da carta. A produção será exibida no Festival Curta Baixada, em Duque de Caxias (RJ), no dia 13 de setembro. A organização negocia também a exibição em cinemas do circuito comercial. RESPOSTA EUROPEIA Números da Médicos Sem Fronteiras divulgados no dia 30 de julho apontam que 11.235 pessoas morreram desde 2015 ao tentar atravessar o mar Mediterrâneo para tentar chegar à Europa. A diretora-geral da MSF Brasil avalia que a resposta dos países da União Europeia à crise de refugiados piorou. Para ela, as novas medidas adotadas pelas autoridades italianas e líbias "impedem as pessoas de buscarem segurança" e "efetivamente encurralam as pessoas na Líbia". De Deus se refere à missão naval aprovada pelo Parlamento italiano no último dia 2 para auxiliar a Guarda Costeira da Líbia a conter o fluxo de imigrantes que sai do país do norte da África. O estabelecimento de uma zona de busca e salvamento no litoral da Líbia restringiu o acesso de barcos de resgate de ONGs como a Médicos Sem Fronteiras. "A Líbia é um Estado com vários grupos criminosos, onde se pratica desde violência sexual a detenções arbitrárias em condições desumanas, tortura, maus tratos, exploração financeira e trabalho forçado de tantas pessoas que chegam ali para a travessia", lembra de Deus. "E parece que se tomou a decisão de exatamente nesse país encurralar as pessoas para que elas não cheguem às fronteiras da Europa. Isso é trágico e é muito triste que nos dias de hoje seja o melhor que a União Europeia está conseguindo fazer." Os traficantes de pessoas têm se aproveitado do caos político que assola a Líbia desde a queda do ditador Muammar Gaddafi, em 2011, para coordenar um esquema que faz com que dezenas de milhares de imigrantes saiam da costa do país rumo à Itália todo ano.
mundo
Em curta, Médicos Sem Fronteiras retrata drama de refugiados; veja"Desculpe, me afoguei." Essas palavras circularam pelas redes sociais em 2015 e compõem uma carta que teria sido encontrada junto ao corpo de uma refugiada síria que morreu afogada no mar Mediterrâneo naquele ano. A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras escolheu o texto para ser o fio condutor de um curta de animação sobre a crise de refugiados, coproduzido com o estúdio libanês Kawakeb. O filme, em preto e branco e com duração de seis minutos, foi exibido para pequenas plateias durante a última Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). A versão legendada em português estreia agora no site da Folha. A carta foi usada como base por "contemplar bem toda a tragédia dos milhares de refugiados que decidem se lançar ao Mediterrâneo", afirma à Folha Susana de Deus, diretora-geral da Médicos Sem Fronteiras Brasil. A narrativa é construída de modo a não identificar a trajetória de uma determinada pessoa. "Não há necessidade de colocar aqui um rosto específico. Essas pessoas não têm um perfil único, são gente como nós, de várias origens, credos, gente com pai, mãe, filhos", diz de Deus. Ela ressalta que o filme busca "chamar a atenção para o sofrimento da população" e tenta "sensibilizar não só a sociedade civil como os governos". "Não se preocupe, Departamento de Refugiados, eu não vou ser um peso para vocês", afirma um trecho da carta. A produção será exibida no Festival Curta Baixada, em Duque de Caxias (RJ), no dia 13 de setembro. A organização negocia também a exibição em cinemas do circuito comercial. RESPOSTA EUROPEIA Números da Médicos Sem Fronteiras divulgados no dia 30 de julho apontam que 11.235 pessoas morreram desde 2015 ao tentar atravessar o mar Mediterrâneo para tentar chegar à Europa. A diretora-geral da MSF Brasil avalia que a resposta dos países da União Europeia à crise de refugiados piorou. Para ela, as novas medidas adotadas pelas autoridades italianas e líbias "impedem as pessoas de buscarem segurança" e "efetivamente encurralam as pessoas na Líbia". De Deus se refere à missão naval aprovada pelo Parlamento italiano no último dia 2 para auxiliar a Guarda Costeira da Líbia a conter o fluxo de imigrantes que sai do país do norte da África. O estabelecimento de uma zona de busca e salvamento no litoral da Líbia restringiu o acesso de barcos de resgate de ONGs como a Médicos Sem Fronteiras. "A Líbia é um Estado com vários grupos criminosos, onde se pratica desde violência sexual a detenções arbitrárias em condições desumanas, tortura, maus tratos, exploração financeira e trabalho forçado de tantas pessoas que chegam ali para a travessia", lembra de Deus. "E parece que se tomou a decisão de exatamente nesse país encurralar as pessoas para que elas não cheguem às fronteiras da Europa. Isso é trágico e é muito triste que nos dias de hoje seja o melhor que a União Europeia está conseguindo fazer." Os traficantes de pessoas têm se aproveitado do caos político que assola a Líbia desde a queda do ditador Muammar Gaddafi, em 2011, para coordenar um esquema que faz com que dezenas de milhares de imigrantes saiam da costa do país rumo à Itália todo ano.
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Dólar sobe mais de 2% após BC dos EUA sinalizar alta dos juros; Bolsa cai
A ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), divulgada na tarde desta quarta-feira (18), sinalizou que os juros americanos podem subir já no próximo encontro de política monetária, em junho. Como resultado, o dólar ampliou a alta sobre as demais moedas. No campo doméstico, o dólar comercial terminou com ganho de mais de 2%, para o patamar de R$ 3,56. O Ibovespa caiu, acompanhando a perda de fôlego da Bolsa de Nova York. O recuo do petróleo também pressionou os mercados emergentes, associados a commodities, como o brasileiro. Conforme a ata, o Federal Reserve deve elevar os juros em junho se dados indicarem crescimento mais forte da economia americana no segundo trimestre. O documento sinaliza que o banco central está muito mais próximo de aumentar os juros novamente. Nesta terça-feira (17), depois da divulgação do índice de preços ao consumidor americano de abril —que avançou 0,4% na comparação mensal, a maior alta em mais de três anos— e de dados fortes da produção industrial, aumentaram as apostas de elevação dos juros americanos no próximo mês. "A ata do Fed refere-se ao encontro de abril, e não contempla os dados de inflação divulgados ontem (terça-feira)", destaca Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor. "Ou seja, se a ata do Fed foi altista em relação ao juros, considere-a ainda mais após os dados de inflação de abril", acrescenta. No cenário doméstico, após a nomeação da equipe econômica, o mercado aguarda as primeiras medidas concretas do governo de Michel Temer para reagir. "A situação das contas públicas parece ser pior que o novo governo esperava e isso pode tornar o ajuste ainda mais rigoroso, o que pode amargar o relacionamento com o Congresso", escreve a equipe de análise da Lerosa Investimentos. "A aceitação e o poder de negociação para que uma agenda mínima possa ser votada é crucial para a retomada da confiança interna. Enquanto isso, vai se diluindo a aposta na rápida recuperação da economia", acrescenta a Lerosa. Em reunião com líderes do Senado, o presidente interino Michel Temer disse que pretende enviar ao Congresso na segunda-feira (23) proposta de revisão da meta fiscal com elevação do deficit de R$ 96 bilhões para cerca de R$ 150 bilhões. CÂMBIO E JUROS O dólar comercial fechou em alta de 2,09%, para R$ 3,5650. O dólar à vista fechou em alta de 0,73%, a R$ 3,5316, antes da divulgação da ata do Fed. A alta da moeda americana ante o real também foi influenciada pelo leilão de US$ 1 bilhão em swap cambial reverso realizado nesta manhã pelo Banco Central, após uma pausa de três sessões. Entretanto, foi o cenário externo que ditou o rumo do câmbio. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 avançou de 13,650% para 13,685%; o DI para janeiro de 2021 subiu de 12,380% para 12,620%. O CDS (credit default swap) do Brasil, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 3,01%, para 342,580 pontos. BOLSA O Ibovespa, que ensaiava uma recuperação do tombo de 1,86% na véspera, virou e fechou em baixa de 0,55%, aos 50.561,70 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,8 bilhões. As ações PN da Petrobras caíram 1,89%, a R$ 9,32 (PN) e 3,14%, a R$ 12,01 (ON). Os papéis da Vale recuaram 3,46%, a R$ 11,97 (PNA) e 2,77%, a R$ 14,71 (ON). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN avançou 1,55%; Bradesco PN, +0,43%; Banco do Brasil ON, +0,11%; Santander unit, +0,39%. BM&FBovespa ON perdeu 1,13%. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,02%; o S&P 500, -0,02% e o Nasdaq, +0,50%. Na Europa, com exceção de Londres (-0,03%), os principais índices subiram. Na Ásia, a maior parte das Bolsas caiu com as apostas de uma alta mais rápida dos juros nos EUA. Os preços do petróleo recuavam: em Londres, o Brent perdia 1,48%, para US$ 48,55 o barril; em Nova York, o WTI caía 0,89%, para US$ 47,88 o barril.
mercado
Dólar sobe mais de 2% após BC dos EUA sinalizar alta dos juros; Bolsa caiA ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), divulgada na tarde desta quarta-feira (18), sinalizou que os juros americanos podem subir já no próximo encontro de política monetária, em junho. Como resultado, o dólar ampliou a alta sobre as demais moedas. No campo doméstico, o dólar comercial terminou com ganho de mais de 2%, para o patamar de R$ 3,56. O Ibovespa caiu, acompanhando a perda de fôlego da Bolsa de Nova York. O recuo do petróleo também pressionou os mercados emergentes, associados a commodities, como o brasileiro. Conforme a ata, o Federal Reserve deve elevar os juros em junho se dados indicarem crescimento mais forte da economia americana no segundo trimestre. O documento sinaliza que o banco central está muito mais próximo de aumentar os juros novamente. Nesta terça-feira (17), depois da divulgação do índice de preços ao consumidor americano de abril —que avançou 0,4% na comparação mensal, a maior alta em mais de três anos— e de dados fortes da produção industrial, aumentaram as apostas de elevação dos juros americanos no próximo mês. "A ata do Fed refere-se ao encontro de abril, e não contempla os dados de inflação divulgados ontem (terça-feira)", destaca Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor. "Ou seja, se a ata do Fed foi altista em relação ao juros, considere-a ainda mais após os dados de inflação de abril", acrescenta. No cenário doméstico, após a nomeação da equipe econômica, o mercado aguarda as primeiras medidas concretas do governo de Michel Temer para reagir. "A situação das contas públicas parece ser pior que o novo governo esperava e isso pode tornar o ajuste ainda mais rigoroso, o que pode amargar o relacionamento com o Congresso", escreve a equipe de análise da Lerosa Investimentos. "A aceitação e o poder de negociação para que uma agenda mínima possa ser votada é crucial para a retomada da confiança interna. Enquanto isso, vai se diluindo a aposta na rápida recuperação da economia", acrescenta a Lerosa. Em reunião com líderes do Senado, o presidente interino Michel Temer disse que pretende enviar ao Congresso na segunda-feira (23) proposta de revisão da meta fiscal com elevação do deficit de R$ 96 bilhões para cerca de R$ 150 bilhões. CÂMBIO E JUROS O dólar comercial fechou em alta de 2,09%, para R$ 3,5650. O dólar à vista fechou em alta de 0,73%, a R$ 3,5316, antes da divulgação da ata do Fed. A alta da moeda americana ante o real também foi influenciada pelo leilão de US$ 1 bilhão em swap cambial reverso realizado nesta manhã pelo Banco Central, após uma pausa de três sessões. Entretanto, foi o cenário externo que ditou o rumo do câmbio. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 avançou de 13,650% para 13,685%; o DI para janeiro de 2021 subiu de 12,380% para 12,620%. O CDS (credit default swap) do Brasil, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 3,01%, para 342,580 pontos. BOLSA O Ibovespa, que ensaiava uma recuperação do tombo de 1,86% na véspera, virou e fechou em baixa de 0,55%, aos 50.561,70 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,8 bilhões. As ações PN da Petrobras caíram 1,89%, a R$ 9,32 (PN) e 3,14%, a R$ 12,01 (ON). Os papéis da Vale recuaram 3,46%, a R$ 11,97 (PNA) e 2,77%, a R$ 14,71 (ON). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN avançou 1,55%; Bradesco PN, +0,43%; Banco do Brasil ON, +0,11%; Santander unit, +0,39%. BM&FBovespa ON perdeu 1,13%. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,02%; o S&P 500, -0,02% e o Nasdaq, +0,50%. Na Europa, com exceção de Londres (-0,03%), os principais índices subiram. Na Ásia, a maior parte das Bolsas caiu com as apostas de uma alta mais rápida dos juros nos EUA. Os preços do petróleo recuavam: em Londres, o Brent perdia 1,48%, para US$ 48,55 o barril; em Nova York, o WTI caía 0,89%, para US$ 47,88 o barril.
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Pêndulo brasileiro
Foi necessário um terremoto como o desencadeado pela Operação Lava Jato para abalar uma das máximas da política brasileira: eleições municipais seguem uma lógica própria, provinciana até, pouco influenciada pelo cenário federal. Com o resultado do segundo turno em várias das principais cidades do país, completa-se a estrondosa derrocada do PT. O partido que governou o país por 13 anos passou das 644 prefeituras que detinha em 2012 para 254 (-61%). Não há dúvida de que tal decadência decorre da corrupção revelada nos governos de Lula e Dilma, bem como da crise social resultante de sua política econômica. O eleitorado responsabiliza o PT, com acerto, pelo desastre atual. Bem mais difícil é delinear quais possam ser os ecos do cataclismo da esquerda no pleito de 2018. As análises convergem para apontar o avanço da centro-direita, um movimento pendular que se observa em vários países. No quadro brasileiro, coube ao PSDB ocupar o vácuo deixado pelo maior partido de esquerda. O número de prefeitos tucanos passa de 701 para 803, e a população governada salta de 25,8 milhões para 48,7 milhões (o PT encolheu de 38 milhões para 5,9 milhões). Dentre os tucanos, ninguém se saiu melhor que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Seus aliados venceram na capital e nas principais cidades do Estado, enquanto os petistas foram varridos pela primeira vez de seu berço histórico, a região do ABCD. Ao apresentar candidatos como gestores, a ala alckmista do tucanato explorou a irritação dos eleitores com políticos tradicionais. Com esse mote o afilhado João Doria empalmou a prefeitura paulistana no primeiro turno, um feito inédito. Discurso similar ajudou Alexandre Kalil (PHS) a derrotar João Leite (PSDB) em Belo Horizonte, segunda derrota de Aécio Neves no próprio quintal. O percalço transfere alguns tentos para Alckmin fortalecer sua aspiração presidencial. Todas essas análises, no entanto, dizem mais sobre a conjuntura do que sobre 2018. Os eleitos governarão em tempos de vacas esquálidas. Se 83% deles hoje apoiam o presidente Michel Temer (PMDB), em dois anos podem bem estar chamuscados justamente por isso. Um aspecto tem inegável caráter estrutural: reforçou-se a fragmentação partidária, com 31 dos 35 partidos representados em prefeituras, 13 deles governando capitais. O fato chama a atenção porque alcaides controlam a rede mais capilar de cabos eleitorais. Suas máquinas têm grande peso nas campanhas de deputados estaduais e federais. Pode-se prever, pois, que as Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional sairão de 2018 ainda mais divididos do que agora. Passa da hora de uma reforma que desincentive essa proliferação tão infecunda para a democracia. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Pêndulo brasileiroFoi necessário um terremoto como o desencadeado pela Operação Lava Jato para abalar uma das máximas da política brasileira: eleições municipais seguem uma lógica própria, provinciana até, pouco influenciada pelo cenário federal. Com o resultado do segundo turno em várias das principais cidades do país, completa-se a estrondosa derrocada do PT. O partido que governou o país por 13 anos passou das 644 prefeituras que detinha em 2012 para 254 (-61%). Não há dúvida de que tal decadência decorre da corrupção revelada nos governos de Lula e Dilma, bem como da crise social resultante de sua política econômica. O eleitorado responsabiliza o PT, com acerto, pelo desastre atual. Bem mais difícil é delinear quais possam ser os ecos do cataclismo da esquerda no pleito de 2018. As análises convergem para apontar o avanço da centro-direita, um movimento pendular que se observa em vários países. No quadro brasileiro, coube ao PSDB ocupar o vácuo deixado pelo maior partido de esquerda. O número de prefeitos tucanos passa de 701 para 803, e a população governada salta de 25,8 milhões para 48,7 milhões (o PT encolheu de 38 milhões para 5,9 milhões). Dentre os tucanos, ninguém se saiu melhor que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Seus aliados venceram na capital e nas principais cidades do Estado, enquanto os petistas foram varridos pela primeira vez de seu berço histórico, a região do ABCD. Ao apresentar candidatos como gestores, a ala alckmista do tucanato explorou a irritação dos eleitores com políticos tradicionais. Com esse mote o afilhado João Doria empalmou a prefeitura paulistana no primeiro turno, um feito inédito. Discurso similar ajudou Alexandre Kalil (PHS) a derrotar João Leite (PSDB) em Belo Horizonte, segunda derrota de Aécio Neves no próprio quintal. O percalço transfere alguns tentos para Alckmin fortalecer sua aspiração presidencial. Todas essas análises, no entanto, dizem mais sobre a conjuntura do que sobre 2018. Os eleitos governarão em tempos de vacas esquálidas. Se 83% deles hoje apoiam o presidente Michel Temer (PMDB), em dois anos podem bem estar chamuscados justamente por isso. Um aspecto tem inegável caráter estrutural: reforçou-se a fragmentação partidária, com 31 dos 35 partidos representados em prefeituras, 13 deles governando capitais. O fato chama a atenção porque alcaides controlam a rede mais capilar de cabos eleitorais. Suas máquinas têm grande peso nas campanhas de deputados estaduais e federais. Pode-se prever, pois, que as Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional sairão de 2018 ainda mais divididos do que agora. Passa da hora de uma reforma que desincentive essa proliferação tão infecunda para a democracia. editoriais@grupofolha.com.br
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Novas pesquisas indicam liderança de Hillary sobre Trump nos EUA
Um dia após pesquisas indicarem acirramento da corrida eleitoral norte-americana, novos levantamentos mostram que a candidata democrata Hillary Clinton mantinha leve vantagem sobre o adversário republicano Donald Trump na disputa presidencial dos Estados Unidos a menos de uma semana da eleição de 8 de novembro. A pesquisa New York Times/CBS com 1.333 eleitores registrados apontou vantagem de 3 pontos percentuais para Hillary, no limite da margem de erro do levantamento realizado entre 28 de outubro e 1º de novembro. Já o levantamento Washington Post/ABC mostrou a democrata com 2 pontos percentuais de vantagem entre os 1.767 prováveis eleitores entrevistados entre 29 de outubro e 1º de novembro. A pesquisa também tem margem de erro de 3 pontos. Os dados refletem a intenção de voto dos eleitores em nível nacional, o que tem relevância para medir o clima antes da eleição, mas que não é decisivo, já que a escolha do próximo presidente é feita de forma indireta pelo Colégio Eleitoral, eleito a partir de votos de delegados nos Estados do país. Nas pesquisas divulgadas na quarta (2), focando Estados decisivos da eleição, Hillary aparecia quatro pontos à frente na Pensilvânia e Trump tinha vantagem de cinco pontos no Arizona. O levantamento, da CNN/ORC, diz que na Flórida, Hillary aparece com 49% e Trump com 47%, em uma das mais apertadas disputas do Estado. Em Nevada, o candidato passou a oponente e registrou agora 49%, ante 43%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A reta final da campanha foi abalada por turbulência em ambos os partidos. Trump foi constrangido com revelações sobre o modo vulgar e agressivo com que tratou mulheres. Hillary é alvo de mais uma varredura pelo FBI, a polícia federal americana, que investiga e-mails da ex-secretária de Estado de uma conta pessoal.
mundo
Novas pesquisas indicam liderança de Hillary sobre Trump nos EUAUm dia após pesquisas indicarem acirramento da corrida eleitoral norte-americana, novos levantamentos mostram que a candidata democrata Hillary Clinton mantinha leve vantagem sobre o adversário republicano Donald Trump na disputa presidencial dos Estados Unidos a menos de uma semana da eleição de 8 de novembro. A pesquisa New York Times/CBS com 1.333 eleitores registrados apontou vantagem de 3 pontos percentuais para Hillary, no limite da margem de erro do levantamento realizado entre 28 de outubro e 1º de novembro. Já o levantamento Washington Post/ABC mostrou a democrata com 2 pontos percentuais de vantagem entre os 1.767 prováveis eleitores entrevistados entre 29 de outubro e 1º de novembro. A pesquisa também tem margem de erro de 3 pontos. Os dados refletem a intenção de voto dos eleitores em nível nacional, o que tem relevância para medir o clima antes da eleição, mas que não é decisivo, já que a escolha do próximo presidente é feita de forma indireta pelo Colégio Eleitoral, eleito a partir de votos de delegados nos Estados do país. Nas pesquisas divulgadas na quarta (2), focando Estados decisivos da eleição, Hillary aparecia quatro pontos à frente na Pensilvânia e Trump tinha vantagem de cinco pontos no Arizona. O levantamento, da CNN/ORC, diz que na Flórida, Hillary aparece com 49% e Trump com 47%, em uma das mais apertadas disputas do Estado. Em Nevada, o candidato passou a oponente e registrou agora 49%, ante 43%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A reta final da campanha foi abalada por turbulência em ambos os partidos. Trump foi constrangido com revelações sobre o modo vulgar e agressivo com que tratou mulheres. Hillary é alvo de mais uma varredura pelo FBI, a polícia federal americana, que investiga e-mails da ex-secretária de Estado de uma conta pessoal.
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Aviso
Excepcionalmente nesta segunda a coluna não é publicada.
colunas
AvisoExcepcionalmente nesta segunda a coluna não é publicada.
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No SubAstor, aposte no certo e se deixe levar pela trinca atrás do balcão
VERA MAGALHÃES EDITORA DO "PAINEL" Tem algum programa mais de mulherzinha que juntar as amigas num bar de drinques, de preferência no balcão, para colocar a fofoca em dia, rir ou chorar juntas e pedir dicas para o bartender-brother? Para mim, não. E o SubAstor é, desde sempre, "o" lugar desses encontros. Uma grande amiga é uma espécie de embaixadora do bar, capaz de fazer as pesadas cortinas vermelhas se abrirem num passe de mágica e o lugar mais disputado vagar repentinamente. É ela que sabe os caminhos na carta de drinques, que não nos damos nem ao trabalho de tentar desvendar, que conhece quem é quem atrás das coqueteleiras, que indica o que pedir para acompanhar as bebidas, sempre à base de gim, claro. Entra temporada e sai temporada, entra chimarrão, folha de prata e outras invencionices, não importa: o SubAstor continua nos atraindo como a chance de estar com a Leila no território dela, tirar selfies no balcão iluminado e ser guiadas pelas mãos da dupla Alê e Rogério, que brilha sob o comando estrelado do barman internacional Fabio la Pietra. Volta e meia abrem casas na cidade de mixologistas renomados, mas que pecam pelo excesso de "proposta", com preços exorbitantes. Melhor apostar no certo: a conversa com as amigas no "bar da Leila", deixando a trinca atrás do balcão sugerir a bebida. R. Delfina, 163, Vila Madalena, região oeste, tel. 3815-1364. 60 lugares. Ter. a sáb.: 20h às 3h. Valet (R$ 23). MELHOR CARTA DE DRINQUES (JÚRI)
saopaulo
No SubAstor, aposte no certo e se deixe levar pela trinca atrás do balcãoVERA MAGALHÃES EDITORA DO "PAINEL" Tem algum programa mais de mulherzinha que juntar as amigas num bar de drinques, de preferência no balcão, para colocar a fofoca em dia, rir ou chorar juntas e pedir dicas para o bartender-brother? Para mim, não. E o SubAstor é, desde sempre, "o" lugar desses encontros. Uma grande amiga é uma espécie de embaixadora do bar, capaz de fazer as pesadas cortinas vermelhas se abrirem num passe de mágica e o lugar mais disputado vagar repentinamente. É ela que sabe os caminhos na carta de drinques, que não nos damos nem ao trabalho de tentar desvendar, que conhece quem é quem atrás das coqueteleiras, que indica o que pedir para acompanhar as bebidas, sempre à base de gim, claro. Entra temporada e sai temporada, entra chimarrão, folha de prata e outras invencionices, não importa: o SubAstor continua nos atraindo como a chance de estar com a Leila no território dela, tirar selfies no balcão iluminado e ser guiadas pelas mãos da dupla Alê e Rogério, que brilha sob o comando estrelado do barman internacional Fabio la Pietra. Volta e meia abrem casas na cidade de mixologistas renomados, mas que pecam pelo excesso de "proposta", com preços exorbitantes. Melhor apostar no certo: a conversa com as amigas no "bar da Leila", deixando a trinca atrás do balcão sugerir a bebida. R. Delfina, 163, Vila Madalena, região oeste, tel. 3815-1364. 60 lugares. Ter. a sáb.: 20h às 3h. Valet (R$ 23). MELHOR CARTA DE DRINQUES (JÚRI)
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Polêmica racial encobre a ruindade do longa épico 'Deuses do Egito'
"Deuses do Egito" é mais branco que o Oscar 2016. E, nesse caso, há um agravante: o filme se passa em um país do norte da África, e não na festa da firma em Los Angeles. O "physique du rôle" do elenco principal parece mais apropriado para lenda celta do que para Egito antigo: tem escocês (Gerard Butler), inglês (Rufus Sewel), australianos (Brenton Thwaites, Geoffrey Rush) –todos brancos. A ideia de diversidade de Hollywood parece ser dividir papeis de africanos entre atores do Reino Unido –abrindo exceções para o loiro dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau e para o americano (e negro) Chadwick Boseman. Esse branqueamento histórico foi motivo de fortes críticas nos Estados Unidos. A ponto de a produtora Lionsgate e o diretor Alex Proyas (filho de gregos nascido no Egito e radicado na Austrália) terem de vir a público pedir desculpas. Eles estavam apenas se apoiando em uma velha tradição hollywoodiana: Elizabeth Taylor foi "Cleópatra" (1963), Charlton Heston encarnou Moisés em "Os Dez Mandamentos" (1956) e outro dia Jake Gyllenhaal se tornou o "Príncipe da Pérsia" (2010). Ou seja: Hollywood não mudou. E não percebeu que o mundo à volta dela sim. "Deuses do Egito" e o Oscar 2016 vieram mostrar, com o perdão do trocadilho, que isso não passará mais em branco. Para "Deuses do Egito", a polêmica do branqueamento teve um efeito colateral positivo: tirou o foco da ruindade do filme –que, após meses de ataques na imprensa e nas redes sociais, estreou nesta semana. No Brasil, ele chega com outra vantagem: o fato de estrear menos de um mês depois de "Os Dez Mandamentos" –e possibilitar a comparação com a produção brasileira– faz o filme americano parecer menos ruim do que é. O Egito hollywoodiano está mais para mitologia grega do que para Velho Testamento, mais para o filme "300" do que para novela editada da Record. Aqui, os deuses são gigantes que circulam entre os homens e sangram ouro fundido. De resto, são cruéis, ciumentos e vingativos como simples mortais. Prestes a se tornar rei, o deus Horus (Nikolaj Coster-Waldau, de "Game of Thrones") tem seus olhos arrancados por seu tio, o deus da escuridão Set (Gerard Butler, de "300"), que usurpa o trono e bane o sobrinho do reino. Para tentar recuperar a coroa, Horus contará com a ajuda de Bek (Brenton Thwaites), ladrão de bom coração dedicado a salvar sua amada, que foi mortalmente ferida e só poderá ser revivida por um rei. Essa trama é uma desculpa para uma confusa orgia de efeitos digitais de gosto duvidoso, de lutas grandiloquentes e intermináveis, de diálogos involuntariamente cômicos, da exposição fetichista (e homoerótica) de torsos masculinos. É um Egito que parece saído de uma viagem de ácido de Liberace, o cantor americano conhecido pela extravagãncia. Ok, não faz sentido pedir que um filme como "Deuses do Egito" se guie pelo conceito do "menos é mais". Mas o excesso de tudo (ação, duração, computação gráfica) torna essa suruba cinematográfica tediosa após 15 minutos. Faltam a "Deuses do Egito" não apenas alguns respiros, mas, acima de tudo, a capacidade de rir da própria megalomania, de se assumir como um entretenimento kitsch. Só um ator sabe brincar com a fantasia tresloucada do filme: Chadwick Boseman, que faz do sábio deus Toth uma versão egípcia da drag queen Ru Paul. Curiosamente ou não, é o único ator não-branco do elenco principal. O diretor Alex Proyas (de "O Corvo") já pediu desculpas pelo branqueamento de "Deuses do Egito". Agora falta vir a público para pedir perdão pelo resto do filme. DEUSES DO EGITO (Gods of Egypt) DIREÇÃO: Alex Proyas ELENCO: Nikolj Coster-Waldau, Gerard Butler, Chadwick Boseman PRODUÇÃO: EUA, 2016, 12 anos QUANDO: em cartaz
ilustrada
Polêmica racial encobre a ruindade do longa épico 'Deuses do Egito'"Deuses do Egito" é mais branco que o Oscar 2016. E, nesse caso, há um agravante: o filme se passa em um país do norte da África, e não na festa da firma em Los Angeles. O "physique du rôle" do elenco principal parece mais apropriado para lenda celta do que para Egito antigo: tem escocês (Gerard Butler), inglês (Rufus Sewel), australianos (Brenton Thwaites, Geoffrey Rush) –todos brancos. A ideia de diversidade de Hollywood parece ser dividir papeis de africanos entre atores do Reino Unido –abrindo exceções para o loiro dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau e para o americano (e negro) Chadwick Boseman. Esse branqueamento histórico foi motivo de fortes críticas nos Estados Unidos. A ponto de a produtora Lionsgate e o diretor Alex Proyas (filho de gregos nascido no Egito e radicado na Austrália) terem de vir a público pedir desculpas. Eles estavam apenas se apoiando em uma velha tradição hollywoodiana: Elizabeth Taylor foi "Cleópatra" (1963), Charlton Heston encarnou Moisés em "Os Dez Mandamentos" (1956) e outro dia Jake Gyllenhaal se tornou o "Príncipe da Pérsia" (2010). Ou seja: Hollywood não mudou. E não percebeu que o mundo à volta dela sim. "Deuses do Egito" e o Oscar 2016 vieram mostrar, com o perdão do trocadilho, que isso não passará mais em branco. Para "Deuses do Egito", a polêmica do branqueamento teve um efeito colateral positivo: tirou o foco da ruindade do filme –que, após meses de ataques na imprensa e nas redes sociais, estreou nesta semana. No Brasil, ele chega com outra vantagem: o fato de estrear menos de um mês depois de "Os Dez Mandamentos" –e possibilitar a comparação com a produção brasileira– faz o filme americano parecer menos ruim do que é. O Egito hollywoodiano está mais para mitologia grega do que para Velho Testamento, mais para o filme "300" do que para novela editada da Record. Aqui, os deuses são gigantes que circulam entre os homens e sangram ouro fundido. De resto, são cruéis, ciumentos e vingativos como simples mortais. Prestes a se tornar rei, o deus Horus (Nikolaj Coster-Waldau, de "Game of Thrones") tem seus olhos arrancados por seu tio, o deus da escuridão Set (Gerard Butler, de "300"), que usurpa o trono e bane o sobrinho do reino. Para tentar recuperar a coroa, Horus contará com a ajuda de Bek (Brenton Thwaites), ladrão de bom coração dedicado a salvar sua amada, que foi mortalmente ferida e só poderá ser revivida por um rei. Essa trama é uma desculpa para uma confusa orgia de efeitos digitais de gosto duvidoso, de lutas grandiloquentes e intermináveis, de diálogos involuntariamente cômicos, da exposição fetichista (e homoerótica) de torsos masculinos. É um Egito que parece saído de uma viagem de ácido de Liberace, o cantor americano conhecido pela extravagãncia. Ok, não faz sentido pedir que um filme como "Deuses do Egito" se guie pelo conceito do "menos é mais". Mas o excesso de tudo (ação, duração, computação gráfica) torna essa suruba cinematográfica tediosa após 15 minutos. Faltam a "Deuses do Egito" não apenas alguns respiros, mas, acima de tudo, a capacidade de rir da própria megalomania, de se assumir como um entretenimento kitsch. Só um ator sabe brincar com a fantasia tresloucada do filme: Chadwick Boseman, que faz do sábio deus Toth uma versão egípcia da drag queen Ru Paul. Curiosamente ou não, é o único ator não-branco do elenco principal. O diretor Alex Proyas (de "O Corvo") já pediu desculpas pelo branqueamento de "Deuses do Egito". Agora falta vir a público para pedir perdão pelo resto do filme. DEUSES DO EGITO (Gods of Egypt) DIREÇÃO: Alex Proyas ELENCO: Nikolj Coster-Waldau, Gerard Butler, Chadwick Boseman PRODUÇÃO: EUA, 2016, 12 anos QUANDO: em cartaz
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Homem é suspeito de matar a facadas mulher de 17 anos no Capão Redondo
Um homem é acusado de matar a facadas a companheira, de 17 anos, na madrugada deste domingo (13), no bairro do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. A Polícia Militar foi acionada às 5h da manhã. Ao chegar ao local, encontrou a jovem já morta e a filha do casal, de 1 ano, com ferimentos. O acusado, o pintor de paredes Nerisvan Sampaio dos Santos, 29, também estava ferido com cortes nas costas e no pescoço, segundo o boletim de ocorrência. Santos tentou se suicidar depois do crime, disse a mãe da jovem à polícia. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a defesa do suspeito, indiciado por homicídio. Santos está internado em um hospital da zona sul, sob escolta da PM, e não corre risco de morte. A criança foi encaminhada para o Hospital Municipal do Campo Limpo e passa bem, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
cotidiano
Homem é suspeito de matar a facadas mulher de 17 anos no Capão RedondoUm homem é acusado de matar a facadas a companheira, de 17 anos, na madrugada deste domingo (13), no bairro do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. A Polícia Militar foi acionada às 5h da manhã. Ao chegar ao local, encontrou a jovem já morta e a filha do casal, de 1 ano, com ferimentos. O acusado, o pintor de paredes Nerisvan Sampaio dos Santos, 29, também estava ferido com cortes nas costas e no pescoço, segundo o boletim de ocorrência. Santos tentou se suicidar depois do crime, disse a mãe da jovem à polícia. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a defesa do suspeito, indiciado por homicídio. Santos está internado em um hospital da zona sul, sob escolta da PM, e não corre risco de morte. A criança foi encaminhada para o Hospital Municipal do Campo Limpo e passa bem, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
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Sensação térmica no Rio passa os 44ºC e cidade deve ter Réveillon com 40ºC
A temperatura no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (28) chegou aos 39,8ºC às 14h15, em Guaratiba, na zona oeste da cidade, segundo dados do Centro do Operações da prefeitura. A sensação térmica, no entanto, passou os 40ºC, alcançando, também em Guaratiba, 44,1ºC. O forte calor lotou as praias da capital fluminense, já cheias com os turistas que vêm para passar o Réveillon em Copacabana. Segundo o governo do Estado, 27 navios com 150 mil turistas já desembarcaram na cidade. A previsão é que outras 565 mil pessoas cheguem ao Rio por via marítima até o fim da temporada de cruzeiros, em abril. De acordo com o Centro de Operações, a temperatura deve continuar alta também nos próximos dias. No dia 31, os termômetros devem variar entre 23ºC e 39ºC, chegando aos 40ºC no dia 1º. Esse verão promete ser um dos mais quentes de todos os tempos no Brasil, com as temperaturas ultrapassando facilmente os 40ºC por vários dias seguidos. Segundo meteorologistas, os termômetros podem registrar calor até quatro graus Celsius acima da média. O calor se deve à combinação inédita entre a elevação da temperatura média do planeta por conta do aquecimento global e um fenômeno El Niño muito intenso. De acordo com especialistas, o mundo já está 0,8 grau Celsius mais quente por conta do aquecimento global provocado pela ação humana. E tudo indica que 2015 deverá ser o ano mais quente já registrado. O El Niño está relacionado ao aquecimento das águas do Pacífico Sul e, em geral, à elevação das temperaturas globais. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o El Niño deste ano pode ser tornar um dos quatro mais quentes dos últimos 65 anos.
cotidiano
Sensação térmica no Rio passa os 44ºC e cidade deve ter Réveillon com 40ºCA temperatura no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (28) chegou aos 39,8ºC às 14h15, em Guaratiba, na zona oeste da cidade, segundo dados do Centro do Operações da prefeitura. A sensação térmica, no entanto, passou os 40ºC, alcançando, também em Guaratiba, 44,1ºC. O forte calor lotou as praias da capital fluminense, já cheias com os turistas que vêm para passar o Réveillon em Copacabana. Segundo o governo do Estado, 27 navios com 150 mil turistas já desembarcaram na cidade. A previsão é que outras 565 mil pessoas cheguem ao Rio por via marítima até o fim da temporada de cruzeiros, em abril. De acordo com o Centro de Operações, a temperatura deve continuar alta também nos próximos dias. No dia 31, os termômetros devem variar entre 23ºC e 39ºC, chegando aos 40ºC no dia 1º. Esse verão promete ser um dos mais quentes de todos os tempos no Brasil, com as temperaturas ultrapassando facilmente os 40ºC por vários dias seguidos. Segundo meteorologistas, os termômetros podem registrar calor até quatro graus Celsius acima da média. O calor se deve à combinação inédita entre a elevação da temperatura média do planeta por conta do aquecimento global e um fenômeno El Niño muito intenso. De acordo com especialistas, o mundo já está 0,8 grau Celsius mais quente por conta do aquecimento global provocado pela ação humana. E tudo indica que 2015 deverá ser o ano mais quente já registrado. O El Niño está relacionado ao aquecimento das águas do Pacífico Sul e, em geral, à elevação das temperaturas globais. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o El Niño deste ano pode ser tornar um dos quatro mais quentes dos últimos 65 anos.
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Mega-Sena acumula e pode pagar prêmio de R$ 11 milhões no sábado
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 1.723 da Mega-Sena, realizado na noite desta quarta-feira (15) em Osasco, na Grande SP. Com isso, o sorteio no próximo sábado (18) pode pagar um prêmio de R$ 11 milhões ao ganhador. Os números sorteados foram: 14 - 27 - 30 - 46 - 52 - 60. Apesar de ninguém ter acertado as seis dezenas, 54 apostadores fizeram a quina e vão levar R$ 38.128,57 cada um. Outros 3.169 fizeram a quadra e ganharão R$ 928,16 cada um. A aposta mínima, de seis números, custa R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer uma das mais de 13 mil lotéricas do país. A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. Acompanhe o resultados das loterias
cotidiano
Mega-Sena acumula e pode pagar prêmio de R$ 11 milhões no sábadoNenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 1.723 da Mega-Sena, realizado na noite desta quarta-feira (15) em Osasco, na Grande SP. Com isso, o sorteio no próximo sábado (18) pode pagar um prêmio de R$ 11 milhões ao ganhador. Os números sorteados foram: 14 - 27 - 30 - 46 - 52 - 60. Apesar de ninguém ter acertado as seis dezenas, 54 apostadores fizeram a quina e vão levar R$ 38.128,57 cada um. Outros 3.169 fizeram a quadra e ganharão R$ 928,16 cada um. A aposta mínima, de seis números, custa R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer uma das mais de 13 mil lotéricas do país. A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. Acompanhe o resultados das loterias
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Governo do Afeganistão culpa talibãs por bombardeio a hospital do MSF
O governo do Afeganistão culpou os talibãs pelo bombardeio neste sábado (3) a um hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no norte do país, por terem decidido se esconder no edifício durante os confrontos com as tropas afegãs, que contavam com apoio aéreo americano. "Acreditamos categoricamente que os terroristas entraram no complexo do hospital para se esconderem das forças de segurança", afirmou o porta-voz do Ministério do Interior, Seddiq Seddiqi, em entrevista coletiva na capital Cabul. "Foi terrível ver a perda de vidas de médicos do MSF, mas infelizmente os terroristas decidiram se esconder no hospital." Segundo o porta-voz, entre 10 e 15 terroristas se refugiaram no hospital, nesta madrugada, quando foi tomada a decisão de bombardear o centro, o que causou "a morte de todos os terroristas e de pelo menos três médicos afegãos". Em um comunicado, a MSF tinha elevado para nove o número de mortos no bombardeio, todos membros de seu pessoal, além de 37 feridos, 19 deles faziam parte da organização humanitária. Mais tarde, a organização disse que o número de mortos tinha chegado a ao menos a 22. O porta-voz afirmou que os 80 membros da MSF no centro, sendo 15 estrangeiros, foram transferidos para um lugar seguro. Segundo ele, havia também 105 pacientes, mas não especificou se também foram realocados. "Estamos fazendo tudo o que está em nossas mãos para avaliar os danos e ver se há vítimas também entre os pacientes, mas por enquanto desconhecemos por estarmos no meio de uma investigação", disse Seddiqi. Assista A Médicos Sem Fronteiras criticou o fato de "o bombardeio ter continuado durante mais de 30 minutos depois de as autoridades militares americanas e afegãs terem sido informadas em Cabul e em Washington". Na segunda-feira, os talibãs tomaram Kunduz, cidade estratégica para as comunicações do norte do país, a vitória mais importante dos insurgentes desde que foram desalojados do poder em 2001. As tropas afegãs declararam ter retomado a cidade na quinta-feira em um contra-ataque que contou com apoio aéreo dos Estados Unidos, mas desde então continua a batalha.
mundo
Governo do Afeganistão culpa talibãs por bombardeio a hospital do MSFO governo do Afeganistão culpou os talibãs pelo bombardeio neste sábado (3) a um hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no norte do país, por terem decidido se esconder no edifício durante os confrontos com as tropas afegãs, que contavam com apoio aéreo americano. "Acreditamos categoricamente que os terroristas entraram no complexo do hospital para se esconderem das forças de segurança", afirmou o porta-voz do Ministério do Interior, Seddiq Seddiqi, em entrevista coletiva na capital Cabul. "Foi terrível ver a perda de vidas de médicos do MSF, mas infelizmente os terroristas decidiram se esconder no hospital." Segundo o porta-voz, entre 10 e 15 terroristas se refugiaram no hospital, nesta madrugada, quando foi tomada a decisão de bombardear o centro, o que causou "a morte de todos os terroristas e de pelo menos três médicos afegãos". Em um comunicado, a MSF tinha elevado para nove o número de mortos no bombardeio, todos membros de seu pessoal, além de 37 feridos, 19 deles faziam parte da organização humanitária. Mais tarde, a organização disse que o número de mortos tinha chegado a ao menos a 22. O porta-voz afirmou que os 80 membros da MSF no centro, sendo 15 estrangeiros, foram transferidos para um lugar seguro. Segundo ele, havia também 105 pacientes, mas não especificou se também foram realocados. "Estamos fazendo tudo o que está em nossas mãos para avaliar os danos e ver se há vítimas também entre os pacientes, mas por enquanto desconhecemos por estarmos no meio de uma investigação", disse Seddiqi. Assista A Médicos Sem Fronteiras criticou o fato de "o bombardeio ter continuado durante mais de 30 minutos depois de as autoridades militares americanas e afegãs terem sido informadas em Cabul e em Washington". Na segunda-feira, os talibãs tomaram Kunduz, cidade estratégica para as comunicações do norte do país, a vitória mais importante dos insurgentes desde que foram desalojados do poder em 2001. As tropas afegãs declararam ter retomado a cidade na quinta-feira em um contra-ataque que contou com apoio aéreo dos Estados Unidos, mas desde então continua a batalha.
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'Salões de Paris' reúne crônicas inéditas de Proust no Brasil
Poucos foram os escritores que conseguiram penetrar no espírito decadente e tagarela de sua época como o francês Marcel Proust, em sua notável obra que é "Em Busca do Tempo Perdido", que começou a ser publicada em 1913. Seu trabalho de Penélope da reminiscência, para usar uma expressão de Walter Benjamin, fez com que ele se fechasse num "quarto escuro, sob uma luz artificial, no afã de não deixar escapar nenhum dos arabescos entrelaçados", como escreveu o filósofo. Na rememoração desse passado, nos deparamos com um obra cuja síntese continua impressionando, principalmente por nela participarem um vasto conhecimento do mundo e dos mundanismos e sua capacidade de retirar desse meio parisiense decadente do século 19 o que Benjamin chamou de "as mais extraordinárias confidências". No entanto, antes de se lançar a tal empreitada, o jovem Proust também escreveu contos e colaborou com a imprensa francesa, principalmente no jornal "Le Figaro", onde estampava crônicas mundanas sobre os salões que frequentava e sobre outros assuntos de ocasião. Neste belo "Salões de Paris", com cuidadosa tradução de Caroline Fretin de Freitas e Celina Olga de Souza, encontramos o Proust jornalista, descrevendo para o leitor a agitação frenética e um tanto neurastênica dessa alta sociedade e todo seu esnobismo. São 21 crônicas publicadas principalmente no "Le Figaro" e também em periódicos como "Le Mensuel", "Revue d'Art Dramatique" e "Revue Blanche", entre 1890 e 1913. Algumas delas saíram originalmente sob pseudônimo e todas elas estavam inéditas no Brasil. A organização do volume infelizmente não é cronológica e, sim, temática. Infelizmente, pois o mais interessante na leitura conjunta desses textos é perceber como Proust foi elaborando a sua matéria e a sua linguagem, indo da anotação mundana quase que direta, com uma fileira de nomes de condes e princesas, para um olhar mais irônico desse mesmo universo. Do bajulador, como nota Guilherme Ignácio da Silva, na introdução ao volume, para o qual ninguém passa sem um adjetivo simpático, ao observador fino que, diante de uma notícia de jornal, do chamado "fait divers", passa a uma incrível reflexão sobre os mecanismos da memória e da imaginação. Esse é o caso do famoso artigo "Sentimentos Filiais de um Parricida", publicado em fevereiro de 1907 (na edição brasileira, foi incluído um último parágrafo, com base na edição das obras completas de Proust pela coleção Pléiade, que havia sido suprimido pelos editores do "Figaro"). Nele, Proust começa com uma informação mundana —uma carta de condolências que enviara a Henri van Blarenberghe, quando o pai deste morrera− e reproduz a delicada carta que recebera como resposta. Suas relações com Henri não eram profundas, ou melhor, como ele mesmo diz, eram "relações mundanas bem banais". No entanto, suficientes para que sua memória fosse ativada e ele se lembrasse do olhar do amigo e de "sua boca entreaberta após ter lançado um sutil gracejo". Com essa anotação frívola, ele chega aos olhos, ou melhor, como ele mesmo registra, à participação do olho "nessa exploração ativa do passado que se chama recordação". Entramos no assunto proustiano por excelência, ou seja, a memória que desperta com seus "estranhos instantâneos". Observar alguém que se lembra de algo é ver como o próprio olho, esse "telescópio do invisível", se esforça nessa busca. Recordando um outro episódio, ele nos diz: "Eu era tomado por uma impressão de sobrenatural nesses momentos em que meu olhar encontrava o seu, que, com uma linha curta e misteriosa, em uma atividade de ressurreição, unia o presente ao passado". A beleza dessa crônica não fica por aí. Seu amigo de jantares sociais tornara-se notícia policial: assassinara a mãe e se matara na sequência. Evocando o pobre infeliz do Édipo e também um desesperado Lear, Proust tece mais uma de sua série de reflexões sobre a existência. Se arejou o quarto do crime com um drama grego e citou as delicadas cartas de um filho amoroso, como ele mesmo diz, foi para escavar a alma humana, a nossa alma: "No fundo, envelhecemos, matamos todos os que nos amam pelas preocupações que lhes causamos, pela própria inquieta ternura que inspiramos e colocamos constantemente em alerta". Um tema que o absorverá em "Em Busca do Tempo Perdido". A edição traz ainda outras belas crônicas sobre as igrejas de vilarejos, sobre a relação material com os livros e a leitura, sobre sua infância e tantos outros assuntos que o perseguiram durante toda a vida. Se cabe ainda algum comentário ao volume lançado pela editora Carambaia, vai para o projeto gráfico sofisticado. Mas nem sempre essa sofisticação encontra guarida no acabamento gráfico. Em pouco tempo, a capa preta de cartão, que vai amassando nas pontas com o uso, desgruda-se do miolo do livro. E o melhor a fazer é lançá-la num canto, pois o que interessa ao leitor é continuar mergulhado nessas "terras reconquistadas do esquecimento que se ressecam e se reconstroem". AUTOR: Marcel Proust ORGANIZAÇÃO: Graziella Beting TRADUÇÃO: Caroline Fretin de Freitas e Celina Olga de Souza EDITORA: Carambaia QUANTO: R$ 75,90 (208 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo
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'Salões de Paris' reúne crônicas inéditas de Proust no BrasilPoucos foram os escritores que conseguiram penetrar no espírito decadente e tagarela de sua época como o francês Marcel Proust, em sua notável obra que é "Em Busca do Tempo Perdido", que começou a ser publicada em 1913. Seu trabalho de Penélope da reminiscência, para usar uma expressão de Walter Benjamin, fez com que ele se fechasse num "quarto escuro, sob uma luz artificial, no afã de não deixar escapar nenhum dos arabescos entrelaçados", como escreveu o filósofo. Na rememoração desse passado, nos deparamos com um obra cuja síntese continua impressionando, principalmente por nela participarem um vasto conhecimento do mundo e dos mundanismos e sua capacidade de retirar desse meio parisiense decadente do século 19 o que Benjamin chamou de "as mais extraordinárias confidências". No entanto, antes de se lançar a tal empreitada, o jovem Proust também escreveu contos e colaborou com a imprensa francesa, principalmente no jornal "Le Figaro", onde estampava crônicas mundanas sobre os salões que frequentava e sobre outros assuntos de ocasião. Neste belo "Salões de Paris", com cuidadosa tradução de Caroline Fretin de Freitas e Celina Olga de Souza, encontramos o Proust jornalista, descrevendo para o leitor a agitação frenética e um tanto neurastênica dessa alta sociedade e todo seu esnobismo. São 21 crônicas publicadas principalmente no "Le Figaro" e também em periódicos como "Le Mensuel", "Revue d'Art Dramatique" e "Revue Blanche", entre 1890 e 1913. Algumas delas saíram originalmente sob pseudônimo e todas elas estavam inéditas no Brasil. A organização do volume infelizmente não é cronológica e, sim, temática. Infelizmente, pois o mais interessante na leitura conjunta desses textos é perceber como Proust foi elaborando a sua matéria e a sua linguagem, indo da anotação mundana quase que direta, com uma fileira de nomes de condes e princesas, para um olhar mais irônico desse mesmo universo. Do bajulador, como nota Guilherme Ignácio da Silva, na introdução ao volume, para o qual ninguém passa sem um adjetivo simpático, ao observador fino que, diante de uma notícia de jornal, do chamado "fait divers", passa a uma incrível reflexão sobre os mecanismos da memória e da imaginação. Esse é o caso do famoso artigo "Sentimentos Filiais de um Parricida", publicado em fevereiro de 1907 (na edição brasileira, foi incluído um último parágrafo, com base na edição das obras completas de Proust pela coleção Pléiade, que havia sido suprimido pelos editores do "Figaro"). Nele, Proust começa com uma informação mundana —uma carta de condolências que enviara a Henri van Blarenberghe, quando o pai deste morrera− e reproduz a delicada carta que recebera como resposta. Suas relações com Henri não eram profundas, ou melhor, como ele mesmo diz, eram "relações mundanas bem banais". No entanto, suficientes para que sua memória fosse ativada e ele se lembrasse do olhar do amigo e de "sua boca entreaberta após ter lançado um sutil gracejo". Com essa anotação frívola, ele chega aos olhos, ou melhor, como ele mesmo registra, à participação do olho "nessa exploração ativa do passado que se chama recordação". Entramos no assunto proustiano por excelência, ou seja, a memória que desperta com seus "estranhos instantâneos". Observar alguém que se lembra de algo é ver como o próprio olho, esse "telescópio do invisível", se esforça nessa busca. Recordando um outro episódio, ele nos diz: "Eu era tomado por uma impressão de sobrenatural nesses momentos em que meu olhar encontrava o seu, que, com uma linha curta e misteriosa, em uma atividade de ressurreição, unia o presente ao passado". A beleza dessa crônica não fica por aí. Seu amigo de jantares sociais tornara-se notícia policial: assassinara a mãe e se matara na sequência. Evocando o pobre infeliz do Édipo e também um desesperado Lear, Proust tece mais uma de sua série de reflexões sobre a existência. Se arejou o quarto do crime com um drama grego e citou as delicadas cartas de um filho amoroso, como ele mesmo diz, foi para escavar a alma humana, a nossa alma: "No fundo, envelhecemos, matamos todos os que nos amam pelas preocupações que lhes causamos, pela própria inquieta ternura que inspiramos e colocamos constantemente em alerta". Um tema que o absorverá em "Em Busca do Tempo Perdido". A edição traz ainda outras belas crônicas sobre as igrejas de vilarejos, sobre a relação material com os livros e a leitura, sobre sua infância e tantos outros assuntos que o perseguiram durante toda a vida. Se cabe ainda algum comentário ao volume lançado pela editora Carambaia, vai para o projeto gráfico sofisticado. Mas nem sempre essa sofisticação encontra guarida no acabamento gráfico. Em pouco tempo, a capa preta de cartão, que vai amassando nas pontas com o uso, desgruda-se do miolo do livro. E o melhor a fazer é lançá-la num canto, pois o que interessa ao leitor é continuar mergulhado nessas "terras reconquistadas do esquecimento que se ressecam e se reconstroem". AUTOR: Marcel Proust ORGANIZAÇÃO: Graziella Beting TRADUÇÃO: Caroline Fretin de Freitas e Celina Olga de Souza EDITORA: Carambaia QUANTO: R$ 75,90 (208 págs.) AVALIAÇÃO: ótimo
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Procuradoria denuncia 443 por 'farra das passagens' na Câmara, diz site
O Ministério Público Federal denunciou na última sexta-feira (28) 443 ex-deputados federais que tiveram o nome envolvido no escândalo conhecido como a "farra das passagens aéreas", afirmou na noite desta quarta-feira (2) o site "Congresso em Foco", que revelou o caso em 2009. A Folha não conseguiu na noite desta quarta contato com a Procuradoria da República da 1ª Região para confirmar a informação. Segundo o site, a iniciativa da Procuradoria, tomada sete anos após o escândalo vir à tona, atinge entre outros o hoje secretário do Programa de Parcerias de Investimentos do governo, Moreira Franco, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o ex-ministro Ciro Gomes, que tenta viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2018. O crime atribuído, ainda de acordo com o site, é o de peculato (desvio de dinheiro público em proveito próprio ou de terceiros), com pena de 2 a 12 anos de prisão. Eles só se tornarão réus, entretanto, se a Justiça acolher a denúncia do Ministério Público. Ciro Gomes disse à Folha que a acusação contra ele "é uma mentira, cabalmente esclarecida à época." Após o seu nome ser citado, a TAM afirmou em 2009 que errou na cobrança das passagens aéreas dele e de sua mãe, Maria José Gomes, para um voo de São Paulo para Nova York. A companhia aérea afirmou ter inadvertidamente cobrado as passagens da mãe da cota do deputado." Moreira respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que não fez uso indevido da verba e que isso ficará claro. ACM Neto classificou a denúncia como "descabida, improcedente e inaceitável". A defesa do prefeito de Salvador afirmou que, na época, o caso foi arquivado no STF (Supremo Tribunal Federal) a pedido do próprio Ministério Público, "que reconheceu que não houve nenhum crime". "Já ficou comprovado que não houve crime. Se o STF já arquivou a ação, tenho certeza de que vai acontecer a mesma coisa na instância inferior", disse. TURISMO O escândalo veio à tona em 2009, quando foi revelado que parlamentares usavam suas verbas de passagem aérea para custear viagens particulares no Brasil e no exterior –deles, de parentes e de outras pessoas. Relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou, na ocasião, "ser flagrante que a utilização de passagens aéreas para viagens de férias com a família e turismo internacional, como nos casos reportados pela imprensa, caracteriza afronta aos princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade." Apesar disso, nenhum parlamentar foi punido. Na ocasião, o argumento dos congressistas foi o de que não havia, entre as normas que regulavam o uso da cota, uma vedação explícita à prática. Os únicos efeitos foram a edição de regra proibindo a doação dos bilhetes aéreos para parentes e terceiros, além da divulgação dos dados sobre o uso das passagens na internet. O presidente da República, Michel Temer, comandava a Câmara na ocasião e também teve seu nome envolvido no escândalo. Ele usou sua cota para viagem de turismo a Porto Seguro (BA) com a mulher, familiares e amigos. À época Temer afirmou que "o crédito era do parlamentar, inexistindo regras claras definindo os limites da sua utilização". Temer e outros atuais deputados que também usaram a cota para fins particulares, porém, só podem ser alvos de investigação da Procuradoria-Geral da República devido ao foro privilegiado vinculado aos cargos que ocupam.
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Procuradoria denuncia 443 por 'farra das passagens' na Câmara, diz siteO Ministério Público Federal denunciou na última sexta-feira (28) 443 ex-deputados federais que tiveram o nome envolvido no escândalo conhecido como a "farra das passagens aéreas", afirmou na noite desta quarta-feira (2) o site "Congresso em Foco", que revelou o caso em 2009. A Folha não conseguiu na noite desta quarta contato com a Procuradoria da República da 1ª Região para confirmar a informação. Segundo o site, a iniciativa da Procuradoria, tomada sete anos após o escândalo vir à tona, atinge entre outros o hoje secretário do Programa de Parcerias de Investimentos do governo, Moreira Franco, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o ex-ministro Ciro Gomes, que tenta viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2018. O crime atribuído, ainda de acordo com o site, é o de peculato (desvio de dinheiro público em proveito próprio ou de terceiros), com pena de 2 a 12 anos de prisão. Eles só se tornarão réus, entretanto, se a Justiça acolher a denúncia do Ministério Público. Ciro Gomes disse à Folha que a acusação contra ele "é uma mentira, cabalmente esclarecida à época." Após o seu nome ser citado, a TAM afirmou em 2009 que errou na cobrança das passagens aéreas dele e de sua mãe, Maria José Gomes, para um voo de São Paulo para Nova York. A companhia aérea afirmou ter inadvertidamente cobrado as passagens da mãe da cota do deputado." Moreira respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que não fez uso indevido da verba e que isso ficará claro. ACM Neto classificou a denúncia como "descabida, improcedente e inaceitável". A defesa do prefeito de Salvador afirmou que, na época, o caso foi arquivado no STF (Supremo Tribunal Federal) a pedido do próprio Ministério Público, "que reconheceu que não houve nenhum crime". "Já ficou comprovado que não houve crime. Se o STF já arquivou a ação, tenho certeza de que vai acontecer a mesma coisa na instância inferior", disse. TURISMO O escândalo veio à tona em 2009, quando foi revelado que parlamentares usavam suas verbas de passagem aérea para custear viagens particulares no Brasil e no exterior –deles, de parentes e de outras pessoas. Relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou, na ocasião, "ser flagrante que a utilização de passagens aéreas para viagens de férias com a família e turismo internacional, como nos casos reportados pela imprensa, caracteriza afronta aos princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade." Apesar disso, nenhum parlamentar foi punido. Na ocasião, o argumento dos congressistas foi o de que não havia, entre as normas que regulavam o uso da cota, uma vedação explícita à prática. Os únicos efeitos foram a edição de regra proibindo a doação dos bilhetes aéreos para parentes e terceiros, além da divulgação dos dados sobre o uso das passagens na internet. O presidente da República, Michel Temer, comandava a Câmara na ocasião e também teve seu nome envolvido no escândalo. Ele usou sua cota para viagem de turismo a Porto Seguro (BA) com a mulher, familiares e amigos. À época Temer afirmou que "o crédito era do parlamentar, inexistindo regras claras definindo os limites da sua utilização". Temer e outros atuais deputados que também usaram a cota para fins particulares, porém, só podem ser alvos de investigação da Procuradoria-Geral da República devido ao foro privilegiado vinculado aos cargos que ocupam.
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Economista, filho de Luiz Carlos Prestes exalta bicheiros em livro
Uma obra que exalta o papel de quatro contraventores do Rio de Janeiro –Anísio Abraão David, Capitão Guimarães, Luizinho Drummond e Carlinhos Maracanã–, dois deles condenados pela Justiça, na construção do Carnaval da cidade. É esse o tema de "O Maior Espetáculo da Terra - 30 anos de Carnaval Carioca" (ed. Lacre, R$ 25,90, 140 págs.), livro do economista Luiz Carlos Prestes Filho, filho do líder comunista. O lançamento está previsto para a quinta-feira (17), às 19h, na Livraria da Travessa do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), do Rio de Janeiro. O prefácio do livro –que traz na capa fotos dos quatro bicheiros– é do ex-executivo da TV Globo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, homenageado em 2014 pela Beija-Flor de Nilópolis, escola de samba da qual Anísio é patrono. A orelha é de Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES. A obra sai no mesmo momento que "Os Porões da Contravenção" (Record), dos jornalistas Chico Otávio e Aloy Jupiara. Na obra, a dupla mostra como três bicheiros (Anísio Abrahão, Capitão Guimarães e Castor de Andrade) saíram dos aparelhos de repressão do regime militar, levando o que aprenderam nas forças armadas para estruturar o jogo do bicho no Rio. "Fiquei surpreso [com o lançamento do livro de Prestes Filho]. É no mínimo uma incrível coincidência que seja uma capa parecida com a do nosso livro", diz Chico Otávio, repórter do jornal "O Globo". "É livre o direito de você exprimir a sua opinião. O que não se pode é atropelar os fatos. Existem duas condenações [Anísio e Capitão Guimarães]." O jornalista se refere aos julgamentos na sequência da Operação Furacão, de 2007, em que a Polícia Federal e o Ministério Público desmontaram uma rede de corrupção envolvendo bicheiros e membros do Judiciário. Em março de 2012, Capitão Guimarães e Anísio Abraão foram condenados a 48 anos de prisão pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio. Em maio do mesmo ano, o Supremo Tribunal Federal concedeu habeas corpus aos dois. Para Prestes Filho, as relações de seus quatro personagens com o jogo do bicho "são questões de atividades particulares deles". "A versão do Chico Otávio e do Aloy Jupiara é só a versão deles", diz. "Agora vem um jornalista de 'O Globo' dizer que as pessoas que apoiaram o carnaval tiveram relação com a ditadura?" Chegaram a circular rumores de que o CCBB cancelaria o lançamento ao ver o conteúdo do livro. A Livraria da Travessa, porém, esclarece que a noite de autógrafos vai acontecer. Boni disse que só conhece os personagens do livro como "pessoas do Carnaval". "Nesse aspecto, tenho a maior admiração, o resto eu não conheço. Não jogo no bicho nem nunca vi ninguém jogar."
ilustrada
Economista, filho de Luiz Carlos Prestes exalta bicheiros em livroUma obra que exalta o papel de quatro contraventores do Rio de Janeiro –Anísio Abraão David, Capitão Guimarães, Luizinho Drummond e Carlinhos Maracanã–, dois deles condenados pela Justiça, na construção do Carnaval da cidade. É esse o tema de "O Maior Espetáculo da Terra - 30 anos de Carnaval Carioca" (ed. Lacre, R$ 25,90, 140 págs.), livro do economista Luiz Carlos Prestes Filho, filho do líder comunista. O lançamento está previsto para a quinta-feira (17), às 19h, na Livraria da Travessa do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), do Rio de Janeiro. O prefácio do livro –que traz na capa fotos dos quatro bicheiros– é do ex-executivo da TV Globo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, homenageado em 2014 pela Beija-Flor de Nilópolis, escola de samba da qual Anísio é patrono. A orelha é de Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES. A obra sai no mesmo momento que "Os Porões da Contravenção" (Record), dos jornalistas Chico Otávio e Aloy Jupiara. Na obra, a dupla mostra como três bicheiros (Anísio Abrahão, Capitão Guimarães e Castor de Andrade) saíram dos aparelhos de repressão do regime militar, levando o que aprenderam nas forças armadas para estruturar o jogo do bicho no Rio. "Fiquei surpreso [com o lançamento do livro de Prestes Filho]. É no mínimo uma incrível coincidência que seja uma capa parecida com a do nosso livro", diz Chico Otávio, repórter do jornal "O Globo". "É livre o direito de você exprimir a sua opinião. O que não se pode é atropelar os fatos. Existem duas condenações [Anísio e Capitão Guimarães]." O jornalista se refere aos julgamentos na sequência da Operação Furacão, de 2007, em que a Polícia Federal e o Ministério Público desmontaram uma rede de corrupção envolvendo bicheiros e membros do Judiciário. Em março de 2012, Capitão Guimarães e Anísio Abraão foram condenados a 48 anos de prisão pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio. Em maio do mesmo ano, o Supremo Tribunal Federal concedeu habeas corpus aos dois. Para Prestes Filho, as relações de seus quatro personagens com o jogo do bicho "são questões de atividades particulares deles". "A versão do Chico Otávio e do Aloy Jupiara é só a versão deles", diz. "Agora vem um jornalista de 'O Globo' dizer que as pessoas que apoiaram o carnaval tiveram relação com a ditadura?" Chegaram a circular rumores de que o CCBB cancelaria o lançamento ao ver o conteúdo do livro. A Livraria da Travessa, porém, esclarece que a noite de autógrafos vai acontecer. Boni disse que só conhece os personagens do livro como "pessoas do Carnaval". "Nesse aspecto, tenho a maior admiração, o resto eu não conheço. Não jogo no bicho nem nunca vi ninguém jogar."
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Para poupar energia, setor público terá 'semana de 2 dias' na Venezuela
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou estender de um para três dias por semana a folga do setor público para enfrentar a severa crise de eletricidade que afeta o país petroleiro, anunciou o governo nesta quarta-feira (26). "Quarta, quinta e sexta-feira não se trabalhará no setor público à exceção daquelas tarefas que são fundamentais, que são necessárias", declarou o vice-presidente Aristóbulo Isturiz em uma transmissão televisiva da Central Hidroelétrica de Guri, em Bolívar (sudeste). "Peço a máxima compreensão, apoio, solidariedade, ação e consciência", disse Maduro sobre as novas medidas, durante seu programa semanal de TV. Maduro avaliou que ao menos por duas semanas os funcionários públicos não trabalharão na quarta, quinta e sexta-feira, exceto nas tarefas consideradas fundamentais para o funcionamento do país. Os cerca de dois milhões de funcionários públicos afetados pela medida já não trabalhavam nas sextas-feiras e cumpriam uma jornada diária reduzida de seis horas para poupar energia. Até o momento, a medida envolvendo o funcionalismo não afetava o setor da educação, mas nesta terça-feira Maduro determinou que as escolas do ensino fundamental e médio não funcionem nas sextas-feiras. O governo afirma que a seca causada pelo fenômeno climático El Niño é a pior dos últimos 40 anos, o que secou as represas e ameaça a Central Hidroelétrica El Guri, em Bolívar, que gera 70% da eletricidade do país. APAGÕES AUMENTAM IRRITAÇÃO POPULAR Como parte do plano para poupar energia, o governo iniciou na segunda-feira um programa de racionamento elétrico com cortes programados de quatro horas diárias na metade dos estados do país, durante os próximos 40 dias. Os cortes de energia já eram frequentes no interior do país, mas agora atingem diversas grandes cidades, ampliando a irritação entre uma população que já enfrenta a disparada da inflação e a falta de produtos básicos. Na noite de segunda-feira ocorreram protestos em Maracaibo, segunda cidade do país e capital do estado de Zulia, durante o corte no fornecimento. A região da Grande Caracas foi poupada do racionamento de energia. "É uma situação extrema, El Niño não é uma brincadeira, peço a máxima consciência nacional para que sigamos com muita serenidade e paz social enfrentando isto", disse Maduro na noite desta terça. O presidente advertiu que "quem tentar a violência diante destas circunstâncias, sob o decreto de emergência (econômica) que está vigente, sofrerá todo o peso da lei". A partir de 1º de maio, os relógios serão adiantados em 30 minutos, voltando para o fuso horário de quatro horas a menos em relação ao meridiano de Greenwich para tirar proveito da luz do dia. O governo também exigiu dos grandes consumidores, como shoppings e hotéis, que gerem sua própria energia, o que tem feito com que vários estabelecimentos fechem mais cedo. Apesar do racionamento, a Central Hidroelétrica de Guri está apenas 1,5 metro acima do nível mínimo, e segue perdendo 10 centímetros diários. "Estamos pedindo ajuda internacional de emergência para o processo de recuperação (...) da represa de El Guri, ajuda técnica, assessoria, cooperação financeira para realizar obras", disse Maduro. A oposição, que controla o Parlamento, acusa o governo de não ter planejamento. "São incapazes e seguem aumentando os dias de folga. A crise piora a cada dia", escreveu o presidente do Legislativo, Henry Ramos Allup.
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Para poupar energia, setor público terá 'semana de 2 dias' na VenezuelaO presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou estender de um para três dias por semana a folga do setor público para enfrentar a severa crise de eletricidade que afeta o país petroleiro, anunciou o governo nesta quarta-feira (26). "Quarta, quinta e sexta-feira não se trabalhará no setor público à exceção daquelas tarefas que são fundamentais, que são necessárias", declarou o vice-presidente Aristóbulo Isturiz em uma transmissão televisiva da Central Hidroelétrica de Guri, em Bolívar (sudeste). "Peço a máxima compreensão, apoio, solidariedade, ação e consciência", disse Maduro sobre as novas medidas, durante seu programa semanal de TV. Maduro avaliou que ao menos por duas semanas os funcionários públicos não trabalharão na quarta, quinta e sexta-feira, exceto nas tarefas consideradas fundamentais para o funcionamento do país. Os cerca de dois milhões de funcionários públicos afetados pela medida já não trabalhavam nas sextas-feiras e cumpriam uma jornada diária reduzida de seis horas para poupar energia. Até o momento, a medida envolvendo o funcionalismo não afetava o setor da educação, mas nesta terça-feira Maduro determinou que as escolas do ensino fundamental e médio não funcionem nas sextas-feiras. O governo afirma que a seca causada pelo fenômeno climático El Niño é a pior dos últimos 40 anos, o que secou as represas e ameaça a Central Hidroelétrica El Guri, em Bolívar, que gera 70% da eletricidade do país. APAGÕES AUMENTAM IRRITAÇÃO POPULAR Como parte do plano para poupar energia, o governo iniciou na segunda-feira um programa de racionamento elétrico com cortes programados de quatro horas diárias na metade dos estados do país, durante os próximos 40 dias. Os cortes de energia já eram frequentes no interior do país, mas agora atingem diversas grandes cidades, ampliando a irritação entre uma população que já enfrenta a disparada da inflação e a falta de produtos básicos. Na noite de segunda-feira ocorreram protestos em Maracaibo, segunda cidade do país e capital do estado de Zulia, durante o corte no fornecimento. A região da Grande Caracas foi poupada do racionamento de energia. "É uma situação extrema, El Niño não é uma brincadeira, peço a máxima consciência nacional para que sigamos com muita serenidade e paz social enfrentando isto", disse Maduro na noite desta terça. O presidente advertiu que "quem tentar a violência diante destas circunstâncias, sob o decreto de emergência (econômica) que está vigente, sofrerá todo o peso da lei". A partir de 1º de maio, os relógios serão adiantados em 30 minutos, voltando para o fuso horário de quatro horas a menos em relação ao meridiano de Greenwich para tirar proveito da luz do dia. O governo também exigiu dos grandes consumidores, como shoppings e hotéis, que gerem sua própria energia, o que tem feito com que vários estabelecimentos fechem mais cedo. Apesar do racionamento, a Central Hidroelétrica de Guri está apenas 1,5 metro acima do nível mínimo, e segue perdendo 10 centímetros diários. "Estamos pedindo ajuda internacional de emergência para o processo de recuperação (...) da represa de El Guri, ajuda técnica, assessoria, cooperação financeira para realizar obras", disse Maduro. A oposição, que controla o Parlamento, acusa o governo de não ter planejamento. "São incapazes e seguem aumentando os dias de folga. A crise piora a cada dia", escreveu o presidente do Legislativo, Henry Ramos Allup.
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Michel Temer cobra apoio do PT a medidas do ajuste fiscal
O vice-presidente Michel Temer, principal articulador político do governo, vai cobrar do Palácio do Planalto empenho para garantir o apoio do PT às medidas do pacote fiscal, que terão uma semana decisiva no Senado. Temer, que preside o PMDB, pediu uma conversa nesta segunda-feira (25) pela manhã com a presidente Dilma Rousseff. Segundo relatou a interlocutores, ele pretende saber "para onde o governo deseja ir, para o lado do PT ou do ajuste fiscal". Amigos do vice-presidente dizem que ele teme o risco de o governo sair derrotado das votações previstas para esta semana, quando o Senado analisará as medidas provisórias 664 e 665, que restringem benefícios trabalhistas e previdenciários e já foram aprovadas pela Câmara. Na conversa com Dilma, antes de ela embarcar em viagem oficial ao México, Temer pretende expor as dificuldades que encontrará para exigir o apoio dos demais partidos da base governista se o PT não se comprometer com as medidas do ajuste fiscal. Na semana passada, petistas criticaram publicamente as propostas, forçando o adiamento das votações no plenário do Senado. Dois senadores do PT apoiaram um manifesto contra as medidas, e um deles, Lindbergh Farias (RJ), defendeu a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Neste domingo, Temer desabafou numa de suas conversas: "Quando vejo o PT trabalhando contra o ajuste, eu me pergunto se isso é coisa só do PT ou conta com o apoio de setores do governo". Um dos interlocutores do vice-presidente disse à Folha que ele quer "informação segura" da presidente sobre o caminho a adotar nas votações, para não ser culpado depois por uma eventual derrota como articulador político. Assessores do vice-presidente relatam ainda que ele ficou contrariado por não ter sido chamado para a reunião realizada na última sexta (22) em que Dilma discutiu a situação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros que também atuam na articulação com o Congresso. Segundo o assessor, Temer recebeu informações de que ali se debateu a condução da votação do ajuste fiscal, com alguns participantes defendendo concessões ao PT. O vice-presidente acha que o debate não deveria ter ocorrido sem sua participação. SINAIS CONTRADITÓRIOS O ministro Joaquim Levy também manifestou no fim de semana insatisfação com o rumo das votações das medidas provisórias do pacote fiscal, que vão caducar e perder seus efeitos se não forem aprovadas até o fim desta semana. Levy, que na sexta-feira faltou ao anúncio do corte feito no orçamento do governo federal para este ano e causou mal-estar no Palácio do Planalto, está preocupado com a desidratação das medidas que o Senado irá votar, que não deverão render mais do que R$ 5 bilhões dos R$ 18 bilhões previstos inicialmente. Levy teme que as mudanças feitas pelo Congresso nas medidas tenham impacto negativo nas expectativas do mercado, adiando a recuperação da atividade econômica. Na opinião do ministro da Fazenda, todo mundo estava preparado para apertar cintos acreditando na mensagem de austeridade do governo, mas os sinais contraditórios emitidos pelos petistas lançaram dúvidas sobre o compromisso do governo com as medidas. Em suas conversas nos bastidores, o ministro Levy segue defendendo Temer e a presidente Dilma, que descreve como a "campeã do ajuste". Mas ele se queixa das negociações em torno do projeto que reduz benefícios da desoneração da folha de pagamento, elevando alíquotas da contribuição que várias empresas pagam sobre o faturamento. Na sexta-feira, o governo anunciou corte de R$ 70 bilhões no orçamento previsto para este ano, que tinha sido inflado pelo Congresso. Mesmo que o corte ocorra, as despesas do governo devem superar as do ano passado.
poder
Michel Temer cobra apoio do PT a medidas do ajuste fiscalO vice-presidente Michel Temer, principal articulador político do governo, vai cobrar do Palácio do Planalto empenho para garantir o apoio do PT às medidas do pacote fiscal, que terão uma semana decisiva no Senado. Temer, que preside o PMDB, pediu uma conversa nesta segunda-feira (25) pela manhã com a presidente Dilma Rousseff. Segundo relatou a interlocutores, ele pretende saber "para onde o governo deseja ir, para o lado do PT ou do ajuste fiscal". Amigos do vice-presidente dizem que ele teme o risco de o governo sair derrotado das votações previstas para esta semana, quando o Senado analisará as medidas provisórias 664 e 665, que restringem benefícios trabalhistas e previdenciários e já foram aprovadas pela Câmara. Na conversa com Dilma, antes de ela embarcar em viagem oficial ao México, Temer pretende expor as dificuldades que encontrará para exigir o apoio dos demais partidos da base governista se o PT não se comprometer com as medidas do ajuste fiscal. Na semana passada, petistas criticaram publicamente as propostas, forçando o adiamento das votações no plenário do Senado. Dois senadores do PT apoiaram um manifesto contra as medidas, e um deles, Lindbergh Farias (RJ), defendeu a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Neste domingo, Temer desabafou numa de suas conversas: "Quando vejo o PT trabalhando contra o ajuste, eu me pergunto se isso é coisa só do PT ou conta com o apoio de setores do governo". Um dos interlocutores do vice-presidente disse à Folha que ele quer "informação segura" da presidente sobre o caminho a adotar nas votações, para não ser culpado depois por uma eventual derrota como articulador político. Assessores do vice-presidente relatam ainda que ele ficou contrariado por não ter sido chamado para a reunião realizada na última sexta (22) em que Dilma discutiu a situação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros que também atuam na articulação com o Congresso. Segundo o assessor, Temer recebeu informações de que ali se debateu a condução da votação do ajuste fiscal, com alguns participantes defendendo concessões ao PT. O vice-presidente acha que o debate não deveria ter ocorrido sem sua participação. SINAIS CONTRADITÓRIOS O ministro Joaquim Levy também manifestou no fim de semana insatisfação com o rumo das votações das medidas provisórias do pacote fiscal, que vão caducar e perder seus efeitos se não forem aprovadas até o fim desta semana. Levy, que na sexta-feira faltou ao anúncio do corte feito no orçamento do governo federal para este ano e causou mal-estar no Palácio do Planalto, está preocupado com a desidratação das medidas que o Senado irá votar, que não deverão render mais do que R$ 5 bilhões dos R$ 18 bilhões previstos inicialmente. Levy teme que as mudanças feitas pelo Congresso nas medidas tenham impacto negativo nas expectativas do mercado, adiando a recuperação da atividade econômica. Na opinião do ministro da Fazenda, todo mundo estava preparado para apertar cintos acreditando na mensagem de austeridade do governo, mas os sinais contraditórios emitidos pelos petistas lançaram dúvidas sobre o compromisso do governo com as medidas. Em suas conversas nos bastidores, o ministro Levy segue defendendo Temer e a presidente Dilma, que descreve como a "campeã do ajuste". Mas ele se queixa das negociações em torno do projeto que reduz benefícios da desoneração da folha de pagamento, elevando alíquotas da contribuição que várias empresas pagam sobre o faturamento. Na sexta-feira, o governo anunciou corte de R$ 70 bilhões no orçamento previsto para este ano, que tinha sido inflado pelo Congresso. Mesmo que o corte ocorra, as despesas do governo devem superar as do ano passado.
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Mortes: Ucraniana, fugiu dos gulags soviéticos para São Paulo
Em 1943, sob a sombra dos campos soviéticos de trabalho forçado, o casal Tamara e Nicola fugiu com a filha bebê da Ucrânia. Foram parar em um campo de refugiados na Áustria, onde conviveram com as explosões de bombas nos arredores e com o preconceito. Grávida da segunda filha e com fome, deparou-se com uma vendedora de maçãs numa estação de trem. Viu o cesto cheio e pediu uma –negada. Apontou outra, no chão. A mulher fez não com a cabeça. A família seguiria para a Itália. Em Roma, Nicola vendeu chocolates e cigarros nas ruas, e Tamara trabalhou em casas de famílias. As dificuldades deste período marcaram a jovem. Pelo resto da vida, trabalharia duro e seria uma pessoa generosa com os necessitados. Não raro, emprestava dinheiro para pessoas próximas que passavam por dificuldades. Terminaram a rota de fuga pegando um navio para Buenos Aires, mas a mulher adoeceu e desceram no Rio, onde viram pela primeira vez coisas como banana e café. No início, Tamara tinha medo daquele líquido preto. Atrás de emprego, foram para São Paulo, em 1946. Viveram no depósito de um posto de gasolina, e ela passou a vender, nas feiras e de porta em porta, as roupas que a dona de uma pequena confecção produzia. A renda a permitiu abrir um pequeno comércio, um armarinho ao qual se dedicou até o fim da vida. Mesmo no dia em que nasceu a terceira filha, Tamara trabalhou. Morreu no dia 8, aos 94, após uma pneumonia. Deixa as filhas Elena e Halina, Natalia (em memória), quatro netos e cinco bisnetos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: Ucraniana, fugiu dos gulags soviéticos para São PauloEm 1943, sob a sombra dos campos soviéticos de trabalho forçado, o casal Tamara e Nicola fugiu com a filha bebê da Ucrânia. Foram parar em um campo de refugiados na Áustria, onde conviveram com as explosões de bombas nos arredores e com o preconceito. Grávida da segunda filha e com fome, deparou-se com uma vendedora de maçãs numa estação de trem. Viu o cesto cheio e pediu uma –negada. Apontou outra, no chão. A mulher fez não com a cabeça. A família seguiria para a Itália. Em Roma, Nicola vendeu chocolates e cigarros nas ruas, e Tamara trabalhou em casas de famílias. As dificuldades deste período marcaram a jovem. Pelo resto da vida, trabalharia duro e seria uma pessoa generosa com os necessitados. Não raro, emprestava dinheiro para pessoas próximas que passavam por dificuldades. Terminaram a rota de fuga pegando um navio para Buenos Aires, mas a mulher adoeceu e desceram no Rio, onde viram pela primeira vez coisas como banana e café. No início, Tamara tinha medo daquele líquido preto. Atrás de emprego, foram para São Paulo, em 1946. Viveram no depósito de um posto de gasolina, e ela passou a vender, nas feiras e de porta em porta, as roupas que a dona de uma pequena confecção produzia. A renda a permitiu abrir um pequeno comércio, um armarinho ao qual se dedicou até o fim da vida. Mesmo no dia em que nasceu a terceira filha, Tamara trabalhou. Morreu no dia 8, aos 94, após uma pneumonia. Deixa as filhas Elena e Halina, Natalia (em memória), quatro netos e cinco bisnetos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Ministério Público cobra segurança em barragens que serão construídas em SP
José Candido da Silva Filho, 66, não tem dormido muito bem desde o último dia 5, quando uma barragem da mineradora Samarco se rompeu em Mariana (MG), deixando um rastro de destruição e mortes. Ele está preocupado porque o governo de São Paulo pretende construir uma das duas barragens das bacias dos rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) a 1.500 metros acima da casa onde ele mora, no bairro rural Duas Pontes, entre Amparo e Pedreira, na região de Campinas. Diferentemente da barragem da Samarco, feita para rejeitos da mineração, o empreendimento paulista visa reservar água para abastecer empresas e cerca de 5 milhões de pessoas no interior do Estado. "Moro aqui há nove anos com a minha mulher, três filhos, uma nora e cinco netos. Evidente que eu fico preocupado [com a construção da barragem], principalmente depois do ocorrido lá em Mariana", disse ele. A barragem Duas Pontes será construída em terra, como a da Samarco, no rio Camanducaia, e terá 36 metros de altura, com capacidade para reservar até 43,5 bilhões de litros de água -o equivalente à metade da represa Atibainha, a segunda maior do sistema Cantareira. Já a outra barragem, Pedreira, será construída por enrocamento (base de rochas) no rio Jaguari e terá 49 metros de altura, com condições para reservar até 32,7 bilhões de litros de água -o equivalente a 47% da represa Cachoeira, também do Cantareira. O maior medo é que as barragens não suportem a força da água. "Gostaria que alguém me respondesse sobre quais consequências teríamos caso houvesse um rompimento. É motivo para ficar preocupado?", disse. O Ministério Público abriu um inquérito para apurar a regularidade e a legalidade do licenciamento das obras. O promotor Rodrigo Sanches Garcia, de Campinas, já cobrou do Estado a elaboração do plano de segurança das barragens. De acordo com laudo feito por técnicos da Prefeitura de Campinas, as barragens oferecem dano potencial alto para as famílias que moram ao redor e podem causar impactos ambientais e socieconômicos na região. "Já fui a favor da barragem, mas procurei saber sobre o assunto e hoje sou totalmente contra porque os danos serão muito maiores que os benefícios", disse o aposentado Paulo José Atílio Lenci, 52, de Pedreira. Ele tem um sítio junto com a família às margens do rio Jaguari, a cerca de 1 km de onde será construída a barragem Pedreira. É o primeiro imóvel após o paredão que será erguido no meio do rio, entre as montanhas da região. "Mariana é um alerta. Estamos muito próximos da barragem e não tem plano emergencial que consiga retirar a população se algum acidente vier a acontecer", disse Lenci. Laura Maria Canno Ferreira Fais, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), afirmou que o risco sempre vai existir, mas que os critérios da Política Nacional de Segurança de Barragens devem ser rigorosamente seguidos para evitar problemas. "Após construídas, as barragens precisam ter constante monitoramento e vistorias e também investimentos para ver se há movimentação, porque a gente lida com eventos hidrológicos e a força da água pode ser extrema", afirmou. O estudo e relatório de impacto ambiental das barragens são avaliados pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). A expectativa é de que as obras sejam iniciadas em 2016. OUTRO LADO O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) informou, por meio de sua assessoria, que o plano de segurança das barragens encontra-se em fase de conclusão junto com o projeto executivo das obras e que ele atende a todas as especificações e normas vigentes. O órgão também informou que as barragens têm por objetivo criar uma reserva hídrica estratégica nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, principalmente para períodos de estiagem. A assessoria informou ainda que a localização das barragens foi apontada após estudo por apresentar os melhores resultados para a região e que o Daee permanece à disposição da Promotoria para esclarecimentos.
cotidiano
Ministério Público cobra segurança em barragens que serão construídas em SPJosé Candido da Silva Filho, 66, não tem dormido muito bem desde o último dia 5, quando uma barragem da mineradora Samarco se rompeu em Mariana (MG), deixando um rastro de destruição e mortes. Ele está preocupado porque o governo de São Paulo pretende construir uma das duas barragens das bacias dos rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) a 1.500 metros acima da casa onde ele mora, no bairro rural Duas Pontes, entre Amparo e Pedreira, na região de Campinas. Diferentemente da barragem da Samarco, feita para rejeitos da mineração, o empreendimento paulista visa reservar água para abastecer empresas e cerca de 5 milhões de pessoas no interior do Estado. "Moro aqui há nove anos com a minha mulher, três filhos, uma nora e cinco netos. Evidente que eu fico preocupado [com a construção da barragem], principalmente depois do ocorrido lá em Mariana", disse ele. A barragem Duas Pontes será construída em terra, como a da Samarco, no rio Camanducaia, e terá 36 metros de altura, com capacidade para reservar até 43,5 bilhões de litros de água -o equivalente à metade da represa Atibainha, a segunda maior do sistema Cantareira. Já a outra barragem, Pedreira, será construída por enrocamento (base de rochas) no rio Jaguari e terá 49 metros de altura, com condições para reservar até 32,7 bilhões de litros de água -o equivalente a 47% da represa Cachoeira, também do Cantareira. O maior medo é que as barragens não suportem a força da água. "Gostaria que alguém me respondesse sobre quais consequências teríamos caso houvesse um rompimento. É motivo para ficar preocupado?", disse. O Ministério Público abriu um inquérito para apurar a regularidade e a legalidade do licenciamento das obras. O promotor Rodrigo Sanches Garcia, de Campinas, já cobrou do Estado a elaboração do plano de segurança das barragens. De acordo com laudo feito por técnicos da Prefeitura de Campinas, as barragens oferecem dano potencial alto para as famílias que moram ao redor e podem causar impactos ambientais e socieconômicos na região. "Já fui a favor da barragem, mas procurei saber sobre o assunto e hoje sou totalmente contra porque os danos serão muito maiores que os benefícios", disse o aposentado Paulo José Atílio Lenci, 52, de Pedreira. Ele tem um sítio junto com a família às margens do rio Jaguari, a cerca de 1 km de onde será construída a barragem Pedreira. É o primeiro imóvel após o paredão que será erguido no meio do rio, entre as montanhas da região. "Mariana é um alerta. Estamos muito próximos da barragem e não tem plano emergencial que consiga retirar a população se algum acidente vier a acontecer", disse Lenci. Laura Maria Canno Ferreira Fais, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), afirmou que o risco sempre vai existir, mas que os critérios da Política Nacional de Segurança de Barragens devem ser rigorosamente seguidos para evitar problemas. "Após construídas, as barragens precisam ter constante monitoramento e vistorias e também investimentos para ver se há movimentação, porque a gente lida com eventos hidrológicos e a força da água pode ser extrema", afirmou. O estudo e relatório de impacto ambiental das barragens são avaliados pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). A expectativa é de que as obras sejam iniciadas em 2016. OUTRO LADO O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) informou, por meio de sua assessoria, que o plano de segurança das barragens encontra-se em fase de conclusão junto com o projeto executivo das obras e que ele atende a todas as especificações e normas vigentes. O órgão também informou que as barragens têm por objetivo criar uma reserva hídrica estratégica nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, principalmente para períodos de estiagem. A assessoria informou ainda que a localização das barragens foi apontada após estudo por apresentar os melhores resultados para a região e que o Daee permanece à disposição da Promotoria para esclarecimentos.
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Erramos: 'Caminhos Cruzados' intercala histórias da dança e do país nos anos 1970
O crédito correto da foto do bailarino João Maurício publicada na reportagem "Livro intercala histórias da dança e do país nos anos 1970" é Emidio Luisi/Arquivo Multimeios/Centro Cultural São Paulo. O crédito incorreto foi divulgado pela assessoria de imprensa do lançamento. Publicado na versão impressa e no site da Folha (Ilustrada - 09/01/2015 - 02h40), o texto foi corrigido.
ilustrada
Erramos: 'Caminhos Cruzados' intercala histórias da dança e do país nos anos 1970O crédito correto da foto do bailarino João Maurício publicada na reportagem "Livro intercala histórias da dança e do país nos anos 1970" é Emidio Luisi/Arquivo Multimeios/Centro Cultural São Paulo. O crédito incorreto foi divulgado pela assessoria de imprensa do lançamento. Publicado na versão impressa e no site da Folha (Ilustrada - 09/01/2015 - 02h40), o texto foi corrigido.
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Shoppings e supermercados ampliam horário para compras de Natal
Shoppings e hipermercados já esticam horários de funcionamento na capital paulista e Grande São Paulo para atender consumidores que deixaram para fazer as compras nos últimos dias antes do Natal. A ampliação do horário do comércio acompanha também a expectativa de aumento da circulação de consumidores após o término do prazo para as empresas depositarem a segunda parcela do 13º, que venceu na terça-feira (20). Os shoppings optaram por estender em uma ou duas horas o período de atendimento, mas não há padrão para abertura e fechamento dos centros de compras. Para não correr o risco de não conseguir fazer as compras, o consumidor deve verificar como é a programação de cada estabelecimento. Entre quarta-feira (21) e sexta-feira (23), alguns locais estarão abertos ao público entre 9h e 23h, como é o caso do Shopping Penha (zona leste). Outros optaram por ficar mais tempo funcionando à noite, como o Center Norte, aberto das 10h até a meia-noite. Na véspera de Natal, a maior parte dos estabelecimentos atenderá das 9h às 17h ou das 10h às 20h. Os hipermercados Extra e Carrefour terão algumas de suas unidades funcionando 24 horas nos próximos dias. Veja abaixo a programação de alguns locais. Shoppings e hipermercados da capital e Grande São Paulo funcionam em horário especial na semana do Natal SHOPPINGS zona norte - Veja horário de funcionamento de shoppings da região zona leste - Veja horário de funcionamento dos shoppings da região zona sul - Veja o funcionamento dos shoppings da região zona oeste - Veja horário de funcionamento dos shoppings da região região central - Veja horário de funcionamento dos shoppings grande são paulo - Veja horário de funcionamento dos shoppings SUPERMERCADOS extra - Veja horário de funcionamento das unidades do supermercado carrefour - Veja horário de funcionamento das unidades do supermercado CRISE Apesar do esforço para atender os clientes de última hora, os empresários do comércio estão pessimistas quanto às vendas para o Natal, segundo a CNC (confederação do comércio). Segundo pesquisa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), assim como ocorreu em 2015, a crise afetou a intenção dos paulistanos em presentear no Natal. No total, 57,3% dos paulistanos pretendem dar presentes neste Natal, patamar muito próximo aos 56,8% do ano passado. De acordo com a FecomercioSP, no período entre os anos de 2009 e 2016, a intenção de presentear atingiu o seu nível mais baixo nos últimos dois anos. Essa proporção, que atingiu seu ápice em 2012, quando cerca de 84% dos paulistanos pretendiam presentear no Natal, caiu para 67% em 2013, 60% em 2014 e agora permanece no patamar de 57% O valor médio do presente subiu 5% de R$ 56 para R$ 59. A proporção de consumidores que pretendem gastar menos em relação ao ano anterior atingiu 53,5%, estável em relação a 2015. Já a proporção que planeja gastar mais caiu de 26,4% para 21,8%, o menor nível desde 2009. A escolha de presentear com roupas, calçados e acessórios continua no topo da lista (65,4%). Em seguida estão brinquedos (28,3%), perfumes e cosméticos (18,9%) e telefone celular (4,4%). MAIORIA NÃO PAGOU CONTAS DE 2015 Apesar do elevado número de endividados no Brasil, as compras de presentes de Natal continuam, mesmo que isso agrave ainda mais a situação das famílias. Segundo o educador financeiro José Vignolli, do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), uma pesquisa revelou que 54% dos consumidores que fizeram compras no Natal do ano passado ainda estão endividados por conta disso. De acordo com o especialista, são consumidores que devem ter se excedido nas compras de Natal e passaram este ano no vermelho. O principal a ter em mente nessa reta final das compras de Natal é não comprar por impulso e lembrar-se das despesas de início de ano. Até na hora de pagar as dívidas é preciso ter cautela. Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, da DSOP Educação Financeira, antes de sair pagando as dívidas, é preciso saber o valor total, os juros e os prazos para tentar renegociar com o credor.
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Shoppings e supermercados ampliam horário para compras de NatalShoppings e hipermercados já esticam horários de funcionamento na capital paulista e Grande São Paulo para atender consumidores que deixaram para fazer as compras nos últimos dias antes do Natal. A ampliação do horário do comércio acompanha também a expectativa de aumento da circulação de consumidores após o término do prazo para as empresas depositarem a segunda parcela do 13º, que venceu na terça-feira (20). Os shoppings optaram por estender em uma ou duas horas o período de atendimento, mas não há padrão para abertura e fechamento dos centros de compras. Para não correr o risco de não conseguir fazer as compras, o consumidor deve verificar como é a programação de cada estabelecimento. Entre quarta-feira (21) e sexta-feira (23), alguns locais estarão abertos ao público entre 9h e 23h, como é o caso do Shopping Penha (zona leste). Outros optaram por ficar mais tempo funcionando à noite, como o Center Norte, aberto das 10h até a meia-noite. Na véspera de Natal, a maior parte dos estabelecimentos atenderá das 9h às 17h ou das 10h às 20h. Os hipermercados Extra e Carrefour terão algumas de suas unidades funcionando 24 horas nos próximos dias. Veja abaixo a programação de alguns locais. Shoppings e hipermercados da capital e Grande São Paulo funcionam em horário especial na semana do Natal SHOPPINGS zona norte - Veja horário de funcionamento de shoppings da região zona leste - Veja horário de funcionamento dos shoppings da região zona sul - Veja o funcionamento dos shoppings da região zona oeste - Veja horário de funcionamento dos shoppings da região região central - Veja horário de funcionamento dos shoppings grande são paulo - Veja horário de funcionamento dos shoppings SUPERMERCADOS extra - Veja horário de funcionamento das unidades do supermercado carrefour - Veja horário de funcionamento das unidades do supermercado CRISE Apesar do esforço para atender os clientes de última hora, os empresários do comércio estão pessimistas quanto às vendas para o Natal, segundo a CNC (confederação do comércio). Segundo pesquisa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), assim como ocorreu em 2015, a crise afetou a intenção dos paulistanos em presentear no Natal. No total, 57,3% dos paulistanos pretendem dar presentes neste Natal, patamar muito próximo aos 56,8% do ano passado. De acordo com a FecomercioSP, no período entre os anos de 2009 e 2016, a intenção de presentear atingiu o seu nível mais baixo nos últimos dois anos. Essa proporção, que atingiu seu ápice em 2012, quando cerca de 84% dos paulistanos pretendiam presentear no Natal, caiu para 67% em 2013, 60% em 2014 e agora permanece no patamar de 57% O valor médio do presente subiu 5% de R$ 56 para R$ 59. A proporção de consumidores que pretendem gastar menos em relação ao ano anterior atingiu 53,5%, estável em relação a 2015. Já a proporção que planeja gastar mais caiu de 26,4% para 21,8%, o menor nível desde 2009. A escolha de presentear com roupas, calçados e acessórios continua no topo da lista (65,4%). Em seguida estão brinquedos (28,3%), perfumes e cosméticos (18,9%) e telefone celular (4,4%). MAIORIA NÃO PAGOU CONTAS DE 2015 Apesar do elevado número de endividados no Brasil, as compras de presentes de Natal continuam, mesmo que isso agrave ainda mais a situação das famílias. Segundo o educador financeiro José Vignolli, do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), uma pesquisa revelou que 54% dos consumidores que fizeram compras no Natal do ano passado ainda estão endividados por conta disso. De acordo com o especialista, são consumidores que devem ter se excedido nas compras de Natal e passaram este ano no vermelho. O principal a ter em mente nessa reta final das compras de Natal é não comprar por impulso e lembrar-se das despesas de início de ano. Até na hora de pagar as dívidas é preciso ter cautela. Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, da DSOP Educação Financeira, antes de sair pagando as dívidas, é preciso saber o valor total, os juros e os prazos para tentar renegociar com o credor.
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Sociologia do mimimi
Você sabe o que é "ficar de mimimi"? Imagino que sim. Mas, posso explicar: minimi é o que todo mundo hoje faz porque se ofende fácil e exige algo em troca. Mimimi é derivado do ressentimento. Mas, existem dois tipos de mimimi. O do senso comum, "frescurinha básica" (não vou falar dele aqui) e existe o sofisticado, sustentado em alguma teoria besta derivada da maior picaretagem intelectual dos últimos 250 anos: refiro-me a famosa teoria picareta (que será comparada por nossos descendentes a leitura medieval de vísceras animais como mapa do futuro) segundo a qual o mundo está dividido entre opressores e oprimidos. Quer um exemplo? Imagine que você dá seu lugar para uma mulher no metrô. Daí, aparece um cara e pergunta para você a razão de você fazer aquilo. Você explica que foi educado dessa forma. Deve-se dar o lugar para as mulheres. Aqui abrem-se várias linhas de argumentação mimimi, e todas elas poderiam ser sustentadas em aulas de sociologia nas faculdades e nas escolas por aí. A primeira, a do cara que te interpela, podemos chamar de novíssimo sintoma do mimimi geral que tomou conta de grande parte das ciências humanas dominadas pela teoria picareta descrita acima. Refiro-me ao novo espécime, "o machinho mimimi". O carinha te pergunta, afinal de contas, por que as mulheres deveriam receber tratamento especial no metrô uma vez que todos ali são cidadãos iguais e que competem no mesmo mercado de trabalho. Nosso machinho mimimi avançaria, então, na direção de que dar lugar para uma mulher, por ser simplesmente mulher, seria uma forma de discriminação contra os machinhos como ele, deixando, inclusive, que ela tivesse mais descanso do que eles, e fazendo dela, assim, uma competidora mais "descansada". Sei o que você está pensando: "Que mundo ridículo é esse que você está descrevendo hoje?". Mas, sim, a "crítica social" fez das pessoas "críticas" seres meio ridículos mesmo, não? Quando me convidam para um jantar onde estarão pessoas "críticas", prefiro Netflix. Por trás da fala de nosso machinho mimimi está a ideia de que eles e elas têm o mesmo direito ao seu lugar no metrô. E aí você tem a (super) infeliz ideia de dizer que as mulheres são mais frágeis e por isso precisam descansar mais no trajeto Santana-Paraíso do metrô. Nesse instante, salta uma menina de uns 20 anos, carregando nas mãos o livro "O Segundo Sexo" da Beauvoir (uma Bíblia das mina mimimi), com olhos de fúria contra você. Como você pode ceder o lugar para aquela moça, se você a oprime há séculos por meios que você nem imagina?! E a oprimirá sempre com presentinhos assim! E aí, usa aquela palavra, que, como "energia", serve para tudo: "Seu machista!". Aliás, a mina mimimi (que faz sociais "somewhere") diz mesmo que o ato de você dar o lugar para a moça (que aceitou, agradeceu e sorriu aquele sorriso doce que só uma mulher sabe dar, e que faz o dia de um cara ficar mais azul...) é um ato opressor porque, além de enganá-la com sua falsa bondade, era um presente por ela aceitar ser oprimida e ficar feliz com seu lugarzinho na linha azul do metrô. A moça que aceitara seu lugar, coitada, que, apesar de não vir das classes abastadas, vestia-se muito melhor do que nossa furiosa das sociais (que andava de metrô por ser um ato político e não por necessidade) e era muito mais bonita e interessante do que a furiosa, começa a se sentir acuada pelo olhar inquisidor de sua "libertadora". Sendo a menina sentada mais bonita do que a outra, prontamente alguém indaga do fundo do vagão a razão de você ter cedido seu lugar justamente para uma mina que era gostosa e que usava uma calça um tanto justa. Xeque-mate. Você tinha mesmo observado, antes de ceder seu lugar, que a beneficiária de sua oferta era a mais gatinha do vagão. De repente, todos discutem se seu ato era ou não um ato de opressão contra todos os outros passageiros do vagão. Ainda bem que chegou a sua estação, e que, por sorte, era a mesma da gatinha gostosinha. Seu mundo, pelo menos por enquanto, estava salvo da invasão zumbi.
colunas
Sociologia do mimimiVocê sabe o que é "ficar de mimimi"? Imagino que sim. Mas, posso explicar: minimi é o que todo mundo hoje faz porque se ofende fácil e exige algo em troca. Mimimi é derivado do ressentimento. Mas, existem dois tipos de mimimi. O do senso comum, "frescurinha básica" (não vou falar dele aqui) e existe o sofisticado, sustentado em alguma teoria besta derivada da maior picaretagem intelectual dos últimos 250 anos: refiro-me a famosa teoria picareta (que será comparada por nossos descendentes a leitura medieval de vísceras animais como mapa do futuro) segundo a qual o mundo está dividido entre opressores e oprimidos. Quer um exemplo? Imagine que você dá seu lugar para uma mulher no metrô. Daí, aparece um cara e pergunta para você a razão de você fazer aquilo. Você explica que foi educado dessa forma. Deve-se dar o lugar para as mulheres. Aqui abrem-se várias linhas de argumentação mimimi, e todas elas poderiam ser sustentadas em aulas de sociologia nas faculdades e nas escolas por aí. A primeira, a do cara que te interpela, podemos chamar de novíssimo sintoma do mimimi geral que tomou conta de grande parte das ciências humanas dominadas pela teoria picareta descrita acima. Refiro-me ao novo espécime, "o machinho mimimi". O carinha te pergunta, afinal de contas, por que as mulheres deveriam receber tratamento especial no metrô uma vez que todos ali são cidadãos iguais e que competem no mesmo mercado de trabalho. Nosso machinho mimimi avançaria, então, na direção de que dar lugar para uma mulher, por ser simplesmente mulher, seria uma forma de discriminação contra os machinhos como ele, deixando, inclusive, que ela tivesse mais descanso do que eles, e fazendo dela, assim, uma competidora mais "descansada". Sei o que você está pensando: "Que mundo ridículo é esse que você está descrevendo hoje?". Mas, sim, a "crítica social" fez das pessoas "críticas" seres meio ridículos mesmo, não? Quando me convidam para um jantar onde estarão pessoas "críticas", prefiro Netflix. Por trás da fala de nosso machinho mimimi está a ideia de que eles e elas têm o mesmo direito ao seu lugar no metrô. E aí você tem a (super) infeliz ideia de dizer que as mulheres são mais frágeis e por isso precisam descansar mais no trajeto Santana-Paraíso do metrô. Nesse instante, salta uma menina de uns 20 anos, carregando nas mãos o livro "O Segundo Sexo" da Beauvoir (uma Bíblia das mina mimimi), com olhos de fúria contra você. Como você pode ceder o lugar para aquela moça, se você a oprime há séculos por meios que você nem imagina?! E a oprimirá sempre com presentinhos assim! E aí, usa aquela palavra, que, como "energia", serve para tudo: "Seu machista!". Aliás, a mina mimimi (que faz sociais "somewhere") diz mesmo que o ato de você dar o lugar para a moça (que aceitou, agradeceu e sorriu aquele sorriso doce que só uma mulher sabe dar, e que faz o dia de um cara ficar mais azul...) é um ato opressor porque, além de enganá-la com sua falsa bondade, era um presente por ela aceitar ser oprimida e ficar feliz com seu lugarzinho na linha azul do metrô. A moça que aceitara seu lugar, coitada, que, apesar de não vir das classes abastadas, vestia-se muito melhor do que nossa furiosa das sociais (que andava de metrô por ser um ato político e não por necessidade) e era muito mais bonita e interessante do que a furiosa, começa a se sentir acuada pelo olhar inquisidor de sua "libertadora". Sendo a menina sentada mais bonita do que a outra, prontamente alguém indaga do fundo do vagão a razão de você ter cedido seu lugar justamente para uma mina que era gostosa e que usava uma calça um tanto justa. Xeque-mate. Você tinha mesmo observado, antes de ceder seu lugar, que a beneficiária de sua oferta era a mais gatinha do vagão. De repente, todos discutem se seu ato era ou não um ato de opressão contra todos os outros passageiros do vagão. Ainda bem que chegou a sua estação, e que, por sorte, era a mesma da gatinha gostosinha. Seu mundo, pelo menos por enquanto, estava salvo da invasão zumbi.
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Promotoria do PR denuncia homem que se apresenta como primo de Richa
O Ministério Público do Paraná ofereceu nesta sexta-feira (27) denúncia contra sete pessoas suspeitas de formação de organização criminosa, falsidade ideológica e fraude à licitação. Segundo a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Londrina, o grupo é liderado pelo empresário Luiz Abi Antoun, que se apresenta como primo do governador Beto Richa (PSDB), e desviou recursos públicos ao obter ilegalmente contratos para consertar carros oficiais do Estado, do início de 2013 até este mês. A Promotoria afirma que eles constituíram uma empresa, chamada Providence, especialmente para prestar o serviço. Ela estaria registrada em nome de um "testa de ferro", mas, de acordo com a investigação, pertenceria a Abi Antoun e outro sócio. Inicialmente, a Providence foi contratada de forma emergencial, com dispensa de licitação. Depois do prazo de vigência desse acordo, uma outra empresa venceu a concorrência do governo para a manutenção dos veículos. O grupo de Abi Antoun teria então feito um acordo para que a Providence fosse subcontratada, permitindo, segundo a denúncia, "a permanência do sistema de enriquecimento ilícito". Abi Antoun foi preso no último dia 16, quando o Gaeco deflagrou a Operação Voldemort, e solto uma semana depois, quando a Justiça lhe concedeu um habeas corpus. Durante o período de sua detenção, ele não ficou em uma penitenciária. O juiz da Vara de Execuções Penais de Londrina determinou que ele fosse transferido para um quartel do Corpo de Bombeiros, porque o parentesco com o governador poderia colocar sua segurança em risco num estabelecimento prisional. O empresário é conhecido na região por se apresentar como primo de Richa e usaria a proximidade com o tucano para demonstrar influência política. O governo do Paraná negou que eles sejam parentes. A gestão diz que a bisavó do tucano era irmã da avó de Abi Antoun e que, de acordo com o Código Civil, isso não configura relacionamento familiar. DOAÇÃO ELEITORAL A Folha apurou que o Ministério Público também pretende investigar uma doação eleitoral de R$ 100 mil que a empresa de reciclagem Alumpar Alumínios fez para a campanha de reeleição de Richa, em 2014. Segundo a imprensa paranaense, um dos filhos de Abi Antoun é sócio da Alumpar. Na última segunda-feira (23), o PSDB-PR divulgou nota ressaltando que todas as doações à campanha de Richa foram legais e voluntárias e que a Justiça Eleitoral aprovou as contas do tucano. A reportagem não conseguiu localizar Abi Antoun nem falar com seus advogados.
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Promotoria do PR denuncia homem que se apresenta como primo de RichaO Ministério Público do Paraná ofereceu nesta sexta-feira (27) denúncia contra sete pessoas suspeitas de formação de organização criminosa, falsidade ideológica e fraude à licitação. Segundo a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Londrina, o grupo é liderado pelo empresário Luiz Abi Antoun, que se apresenta como primo do governador Beto Richa (PSDB), e desviou recursos públicos ao obter ilegalmente contratos para consertar carros oficiais do Estado, do início de 2013 até este mês. A Promotoria afirma que eles constituíram uma empresa, chamada Providence, especialmente para prestar o serviço. Ela estaria registrada em nome de um "testa de ferro", mas, de acordo com a investigação, pertenceria a Abi Antoun e outro sócio. Inicialmente, a Providence foi contratada de forma emergencial, com dispensa de licitação. Depois do prazo de vigência desse acordo, uma outra empresa venceu a concorrência do governo para a manutenção dos veículos. O grupo de Abi Antoun teria então feito um acordo para que a Providence fosse subcontratada, permitindo, segundo a denúncia, "a permanência do sistema de enriquecimento ilícito". Abi Antoun foi preso no último dia 16, quando o Gaeco deflagrou a Operação Voldemort, e solto uma semana depois, quando a Justiça lhe concedeu um habeas corpus. Durante o período de sua detenção, ele não ficou em uma penitenciária. O juiz da Vara de Execuções Penais de Londrina determinou que ele fosse transferido para um quartel do Corpo de Bombeiros, porque o parentesco com o governador poderia colocar sua segurança em risco num estabelecimento prisional. O empresário é conhecido na região por se apresentar como primo de Richa e usaria a proximidade com o tucano para demonstrar influência política. O governo do Paraná negou que eles sejam parentes. A gestão diz que a bisavó do tucano era irmã da avó de Abi Antoun e que, de acordo com o Código Civil, isso não configura relacionamento familiar. DOAÇÃO ELEITORAL A Folha apurou que o Ministério Público também pretende investigar uma doação eleitoral de R$ 100 mil que a empresa de reciclagem Alumpar Alumínios fez para a campanha de reeleição de Richa, em 2014. Segundo a imprensa paranaense, um dos filhos de Abi Antoun é sócio da Alumpar. Na última segunda-feira (23), o PSDB-PR divulgou nota ressaltando que todas as doações à campanha de Richa foram legais e voluntárias e que a Justiça Eleitoral aprovou as contas do tucano. A reportagem não conseguiu localizar Abi Antoun nem falar com seus advogados.
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Mississippi sanciona lei que permite a empresas negar atendimento a gays
Phil Bryant, governador do Estado do Mississippi, nos Estados Unidos, promulgou uma lei que permite que empresas públicas e privadas neguem atendimento a gays com base nas crenças religiosas de seus empregados. Mesmo com a oposição de associações de defesa dos direitos gays e de algumas empresas, como a montadora de carros Nissan, Bryant assinou a norma nesta terça (5). Por outro lado, a decisão é apoiada por grupos conservadores e religiosos. A intenção da medida, segundo o Estado, é proteger aqueles que creem que o casamento deve ser constituído apenas por um homem e uma mulher, que as relações sexuais só devem ocorrer dentro do matrimônio e que masculino e feminino são gêneros imutáveis. "Este projeto de lei apenas reforça os direitos de liberdade religiosa que existem atualmente, como está indicado na Primeira Emenda da Constituição dos EUA", escreveu o governador republicano em uma publicação em sua conta no Twitter. A lei permite que igrejas, instituições religiosas de caridade e empresas privadas neguem atendimento a pessoas cujo estilo de vida violem essas crenças. Funcionários públicos também podem optar por não realizar trabalhos a casais gays, embora a medida afirme que os governos ainda devem prestar serviços. "Esta lei não limita nenhum direito ou ação constitucionalmente protegidos sob as leis federais ou estaduais de qualquer cidadão deste Estado", disse Bryant. "A medida não tenta desafiar as leis federais, mesmo aquelas que estão em conflito com a Constituição do Mississippi, já que a legislatura reconhece a proeminência da lei federal em algumas circunstâncias limitadas." A lei faz parte de uma série de iniciativas similares em Estados conservadores em resposta à decisão da Suprema Corte americana, em junho de 2015, de legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. Enquanto a Carolina do Norte promulgou uma lei que, entre outros pontos, obriga as pessoas a usarem os banheiros públicos de acordo com seu sexo de nascimento, o que irritou transgêneros, governadores na Geórgia e na Dakota do Sul vetaram propostas. "Esta lei vai contra princípios norte-americanos básicos de equidade, justiça e igualdade e não irá proteger a liberdade religiosa de ninguém", diz, em comunicado, Jennifer Riley-Collins, diretor-executivo da American Civil Liberties Union of Mississippi. "Longe de proteger alguém de 'discriminação do governo', como a lei reivindica, trata-se de um ataque contra os cidadãos de nosso Estado e vai servir como emblema da vergonha do Estado do Mississippi." Diversos grupos econômicos e esportivos pedem que a lei seja revogada, enquanto várias organizações, entre elas a influente associação de defesa das liberdades civis ACLU, recorreram aos tribunais.
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Mississippi sanciona lei que permite a empresas negar atendimento a gaysPhil Bryant, governador do Estado do Mississippi, nos Estados Unidos, promulgou uma lei que permite que empresas públicas e privadas neguem atendimento a gays com base nas crenças religiosas de seus empregados. Mesmo com a oposição de associações de defesa dos direitos gays e de algumas empresas, como a montadora de carros Nissan, Bryant assinou a norma nesta terça (5). Por outro lado, a decisão é apoiada por grupos conservadores e religiosos. A intenção da medida, segundo o Estado, é proteger aqueles que creem que o casamento deve ser constituído apenas por um homem e uma mulher, que as relações sexuais só devem ocorrer dentro do matrimônio e que masculino e feminino são gêneros imutáveis. "Este projeto de lei apenas reforça os direitos de liberdade religiosa que existem atualmente, como está indicado na Primeira Emenda da Constituição dos EUA", escreveu o governador republicano em uma publicação em sua conta no Twitter. A lei permite que igrejas, instituições religiosas de caridade e empresas privadas neguem atendimento a pessoas cujo estilo de vida violem essas crenças. Funcionários públicos também podem optar por não realizar trabalhos a casais gays, embora a medida afirme que os governos ainda devem prestar serviços. "Esta lei não limita nenhum direito ou ação constitucionalmente protegidos sob as leis federais ou estaduais de qualquer cidadão deste Estado", disse Bryant. "A medida não tenta desafiar as leis federais, mesmo aquelas que estão em conflito com a Constituição do Mississippi, já que a legislatura reconhece a proeminência da lei federal em algumas circunstâncias limitadas." A lei faz parte de uma série de iniciativas similares em Estados conservadores em resposta à decisão da Suprema Corte americana, em junho de 2015, de legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. Enquanto a Carolina do Norte promulgou uma lei que, entre outros pontos, obriga as pessoas a usarem os banheiros públicos de acordo com seu sexo de nascimento, o que irritou transgêneros, governadores na Geórgia e na Dakota do Sul vetaram propostas. "Esta lei vai contra princípios norte-americanos básicos de equidade, justiça e igualdade e não irá proteger a liberdade religiosa de ninguém", diz, em comunicado, Jennifer Riley-Collins, diretor-executivo da American Civil Liberties Union of Mississippi. "Longe de proteger alguém de 'discriminação do governo', como a lei reivindica, trata-se de um ataque contra os cidadãos de nosso Estado e vai servir como emblema da vergonha do Estado do Mississippi." Diversos grupos econômicos e esportivos pedem que a lei seja revogada, enquanto várias organizações, entre elas a influente associação de defesa das liberdades civis ACLU, recorreram aos tribunais.
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Vitória de Renan é o ápice do 'jeitinho brasileiro' na política, diz leitor
AFASTAMENTO DE RENAN Mais uma extraordinária vitória de Renan Calheiros. Nunca se viu uma forma tão eminente e pernóstica do "jeitinho brasileiro" para salvar um político. Ele desrespeita olimpicamente ordem judicial e nada lhe acontece. A forma como se distribui justiça neste país nos incha de orgulho. CLARILTON RIBAS (Florianópolis, SC) * O STF ajoelha-se perante Renan. O senador tem um cargo de alta responsabilidade na República, é presidente do Congresso. Isso bastaria para afastá-lo. No entanto o STF decide que Renan pode exercer sua posição mesmo sendo réu. A decisão ridiculariza a Justiça brasileira perante o mundo e abre precedente grave. Pior. Prova que o tribunal faz acordão político, gosta de tapetão e age por conveniência. HUMBERTO M. DO NASCIMENTO (Campinas, SP) * Lamento a decisão do STF. Não ser réu parece-me uma exigência mais que razoável para alguém exercer qualquer cargo, ainda mais a presidência do Senado. Princípios deveriam ser inegociáveis. Nosso padrão ético está muito baixo. FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP) * Não é possível que um cidadão que responde a 11 inquéritos, sendo oito da Lava Jato, saia impune e continue a presidir o Senado. Não há como justificar a permanência de Renan Calheiros depois que milhares de brasileiros saíram às ruas pedindo a sua saída do cenário político atual. Sinto-me envergonhado por ter um STF venal e mergulhado numa crise de indignidade, se abstendo de sua principal missão: ser o guardião da Constituição. HÉLIO DE ALMEIDA ROCHA (Piracicaba, SP) * Os integrantes do STF vão ter de dar muitas explicações. A sentença corre o risco de ser interpretada como acordão, o que os coloca na mira de quem faz críticas à classe política, acusada de ser useira e vezeira em promover conchavos para defender situações que são de interesse de grupos, e não da população. Por certo um fato lamentável. URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP) * O STF mais uma vez prestou, na minha humilde opinião, um desserviço ao Brasil e à Constituição. Ao manter Renan, réu, no cargo de presidente do Senado, mas não na escala sucessória, e imaginando a possibilidade dos presidentes da Câmara e da República também se tornarem réus, não haverá sucessor para o presidente da República. Depois, não puniu o senador pelo desacato. Lamentável. OTAVIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP) * O Supremo Tribunal Federal continua fatiando a Constituição. Grande "pizza a la Supreme". ALROGER LUIZ GOMES (Cotia, SP) * Michel Temer, que se diz e se apresenta há décadas como constitucionalista, agora vem com essa de articular para salvar um réu, que responde a outros 11 inquéritos, para que este permaneça ocupando o cargo de presidente do Senado. APARECIDO JOSÉ GOMES DA SILVA (Santana de Parnaíba, SP) * O Ministério Público deveria investigar de onde vem todo o poder de Renan Calheiros, Geddel Vieira Lima, José Sarney, Fernando Collor e Severino Cavalcanti. O Brasil precisa entender por que o presidente da República tem tanto pavor de contrariar os interesses dessa trupe que nunca acrescentou nada de relevante à nação, mas tem o poder de fazer o governo borrar as calças de medo só de pensar em contrariá-la. MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP) * Ridícula a decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello. Quis ser dono do Brasil. Renan tem mais é que ser investigado, processado e punido (com prisão, de preferência). No entanto, enquanto tiver a investidura constitucional de presidente do Senado, não pode ser simplesmente enxotado por uma determinação desmedida, monocrática. Ministro do STF não é Deus. Impeachment para ele. THIAGO MEIRELES PESSANHA (Rio de Janeiro, RJ) * Ninguém tinha se dado conta, mas Luís 14, o Rei Sol, reencarnou no Brasil, em Alagoas, e veio viver em Brasília para reinar no Planalto Central. ARY BRAGA PACHECO FILHO (Brasília, DF) - JANTAR PARA ALIADOS Que exemplo o presidente Temer está dando ao povo brasileiro com gastos de R$ 42 mil em jantares para a base aliada para que votem em suas propostas. Os cardápios foram regados a vinhos estrangeiros, salmão e outras guloseimas. Tudo isso em um período de recessão e ajuste fiscal rigoroso. MARIA HELENA BEAUCHAMP (São Paulo, SP) - REFORMA DE PREVIDÊNCIA O Planalto não tem credibilidade suficiente para falar em rombo na Previdência nem impor sacrifícios ao trabalhador. Recentemente, o próprio presidente Temer sancionou a lei 13.327/16, cujo teor isenta de contribuição previdenciária os honorários advocatícios de procuradores federais. Privilégios seletivos não comprometem a receita? LAFAYETTE PONDÉ FILHO (Salvador, BA) - AÉCIO E MORO É no mínimo estranho ver o todo-poderoso juiz Moro, tão implacável com os petistas, de tititi e sorrisinhos com a alta cúpula dos tucanos. JEFFERSON C VIEIRA (São Paulo, SP) - QUADRINHOS A obra de Adão descreve com engraçada exatidão o que milhões de brasileiros estão sentindo com relação à carreira profissional na atualidade. Infelizmente, agora trabalho é questão de "salve-se quem puder". É melhor rir do que chorar, não é? MARCIEL DINIZ (S. Miguel do Iguaçu, PR) - CRISE NA USP Em resposta à reportagem "Após corte de gastos, USP voltará a contratar professores em 2017", o aumento nos gastos com pessoal da USP deveu-se a vários fatores entre os quais, a progressão horizontal dos docentes e a carreira dos funcionários, aprovadas pelo Conselho Universitário, em 2009 e 2011. Apesar disso, os docentes da USP continuaram ganhando menos que os das universidades federais e a remuneração dos funcionários nunca foi exagerada. Com a queda na arrecadação do ICMS (meados de 2013), o gasto percentual mensal com folha de pagamento aumentou. Nem os atuais reitor e vice-reitor da USP, pró-reitores, com mandato, na gestão 2010/2013; nem ninguém, à época, denunciou as correções acima. Os cerca de três bilhões de reais, que vem complementando os gastos, foram deixadas pela gestão 2010/2013. Trata-se de problema conjuntural, por ser similar a situação da USP, Unicamp e Unesp. Tanto mais que a correção salarial delas é decidida pelo CRUESP - Conselho das Universidades Paulistas. JOÃO GRANDINO RODAS, ex-reitor da USP (São Paulo, SP) - CRACOLÂNDIA Sobre a carta da prefeitura, prefeito Fernando Haddad reconheceu, em entrevista à Folha, que a criminalidade havia sido reduzida na região da Nova Luz por conta da eficiência policial. Prestes a encerrar o mandato, a administração quer justificar suas falhas transferindo para outras esferas responsabilidades que sempre foram suas, como o enfrentamento ao uso do crack e aos pancadões – jamais fiscalizados pela atual administração –, com base na lei 15.777, de 2013, que proíbe a poluição sonora. O governo municipal contribuiria mais com a cidade se se ocupasse com suas próprias obrigações. CLEBER MATA, coordenador de imprensa da Subsecretaria de Comunicação do governo estadual (São Paulo, SP) - GESTÃO DORIA Sobre "Primeiro escalão da futura gestão Doria tem dois réus e um investigado", a MV esclarece e reafirma que a sua contratação pelo Hospital das Clínicas, IAMSPE e Santa Casa ocorreu na mais completa observância da legislação e dos ditames éticos. A investigação mencionada tem origem em denúncia anônima e caluniosa, em que já foram prestados todos os esclarecimentos necessários, estando a MV segura de que o MP-SP concluirá pela sua lisura nas contratações. DEISE REGUS, gerente de Marketing e Comunicação da MV (Recife, PE) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Vitória de Renan é o ápice do 'jeitinho brasileiro' na política, diz leitorAFASTAMENTO DE RENAN Mais uma extraordinária vitória de Renan Calheiros. Nunca se viu uma forma tão eminente e pernóstica do "jeitinho brasileiro" para salvar um político. Ele desrespeita olimpicamente ordem judicial e nada lhe acontece. A forma como se distribui justiça neste país nos incha de orgulho. CLARILTON RIBAS (Florianópolis, SC) * O STF ajoelha-se perante Renan. O senador tem um cargo de alta responsabilidade na República, é presidente do Congresso. Isso bastaria para afastá-lo. No entanto o STF decide que Renan pode exercer sua posição mesmo sendo réu. A decisão ridiculariza a Justiça brasileira perante o mundo e abre precedente grave. Pior. Prova que o tribunal faz acordão político, gosta de tapetão e age por conveniência. HUMBERTO M. DO NASCIMENTO (Campinas, SP) * Lamento a decisão do STF. Não ser réu parece-me uma exigência mais que razoável para alguém exercer qualquer cargo, ainda mais a presidência do Senado. Princípios deveriam ser inegociáveis. Nosso padrão ético está muito baixo. FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP) * Não é possível que um cidadão que responde a 11 inquéritos, sendo oito da Lava Jato, saia impune e continue a presidir o Senado. Não há como justificar a permanência de Renan Calheiros depois que milhares de brasileiros saíram às ruas pedindo a sua saída do cenário político atual. Sinto-me envergonhado por ter um STF venal e mergulhado numa crise de indignidade, se abstendo de sua principal missão: ser o guardião da Constituição. HÉLIO DE ALMEIDA ROCHA (Piracicaba, SP) * Os integrantes do STF vão ter de dar muitas explicações. A sentença corre o risco de ser interpretada como acordão, o que os coloca na mira de quem faz críticas à classe política, acusada de ser useira e vezeira em promover conchavos para defender situações que são de interesse de grupos, e não da população. Por certo um fato lamentável. URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP) * O STF mais uma vez prestou, na minha humilde opinião, um desserviço ao Brasil e à Constituição. Ao manter Renan, réu, no cargo de presidente do Senado, mas não na escala sucessória, e imaginando a possibilidade dos presidentes da Câmara e da República também se tornarem réus, não haverá sucessor para o presidente da República. Depois, não puniu o senador pelo desacato. Lamentável. OTAVIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP) * O Supremo Tribunal Federal continua fatiando a Constituição. Grande "pizza a la Supreme". ALROGER LUIZ GOMES (Cotia, SP) * Michel Temer, que se diz e se apresenta há décadas como constitucionalista, agora vem com essa de articular para salvar um réu, que responde a outros 11 inquéritos, para que este permaneça ocupando o cargo de presidente do Senado. APARECIDO JOSÉ GOMES DA SILVA (Santana de Parnaíba, SP) * O Ministério Público deveria investigar de onde vem todo o poder de Renan Calheiros, Geddel Vieira Lima, José Sarney, Fernando Collor e Severino Cavalcanti. O Brasil precisa entender por que o presidente da República tem tanto pavor de contrariar os interesses dessa trupe que nunca acrescentou nada de relevante à nação, mas tem o poder de fazer o governo borrar as calças de medo só de pensar em contrariá-la. MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP) * Ridícula a decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello. Quis ser dono do Brasil. Renan tem mais é que ser investigado, processado e punido (com prisão, de preferência). No entanto, enquanto tiver a investidura constitucional de presidente do Senado, não pode ser simplesmente enxotado por uma determinação desmedida, monocrática. Ministro do STF não é Deus. Impeachment para ele. THIAGO MEIRELES PESSANHA (Rio de Janeiro, RJ) * Ninguém tinha se dado conta, mas Luís 14, o Rei Sol, reencarnou no Brasil, em Alagoas, e veio viver em Brasília para reinar no Planalto Central. ARY BRAGA PACHECO FILHO (Brasília, DF) - JANTAR PARA ALIADOS Que exemplo o presidente Temer está dando ao povo brasileiro com gastos de R$ 42 mil em jantares para a base aliada para que votem em suas propostas. Os cardápios foram regados a vinhos estrangeiros, salmão e outras guloseimas. Tudo isso em um período de recessão e ajuste fiscal rigoroso. MARIA HELENA BEAUCHAMP (São Paulo, SP) - REFORMA DE PREVIDÊNCIA O Planalto não tem credibilidade suficiente para falar em rombo na Previdência nem impor sacrifícios ao trabalhador. Recentemente, o próprio presidente Temer sancionou a lei 13.327/16, cujo teor isenta de contribuição previdenciária os honorários advocatícios de procuradores federais. Privilégios seletivos não comprometem a receita? LAFAYETTE PONDÉ FILHO (Salvador, BA) - AÉCIO E MORO É no mínimo estranho ver o todo-poderoso juiz Moro, tão implacável com os petistas, de tititi e sorrisinhos com a alta cúpula dos tucanos. JEFFERSON C VIEIRA (São Paulo, SP) - QUADRINHOS A obra de Adão descreve com engraçada exatidão o que milhões de brasileiros estão sentindo com relação à carreira profissional na atualidade. Infelizmente, agora trabalho é questão de "salve-se quem puder". É melhor rir do que chorar, não é? MARCIEL DINIZ (S. Miguel do Iguaçu, PR) - CRISE NA USP Em resposta à reportagem "Após corte de gastos, USP voltará a contratar professores em 2017", o aumento nos gastos com pessoal da USP deveu-se a vários fatores entre os quais, a progressão horizontal dos docentes e a carreira dos funcionários, aprovadas pelo Conselho Universitário, em 2009 e 2011. Apesar disso, os docentes da USP continuaram ganhando menos que os das universidades federais e a remuneração dos funcionários nunca foi exagerada. Com a queda na arrecadação do ICMS (meados de 2013), o gasto percentual mensal com folha de pagamento aumentou. Nem os atuais reitor e vice-reitor da USP, pró-reitores, com mandato, na gestão 2010/2013; nem ninguém, à época, denunciou as correções acima. Os cerca de três bilhões de reais, que vem complementando os gastos, foram deixadas pela gestão 2010/2013. Trata-se de problema conjuntural, por ser similar a situação da USP, Unicamp e Unesp. Tanto mais que a correção salarial delas é decidida pelo CRUESP - Conselho das Universidades Paulistas. JOÃO GRANDINO RODAS, ex-reitor da USP (São Paulo, SP) - CRACOLÂNDIA Sobre a carta da prefeitura, prefeito Fernando Haddad reconheceu, em entrevista à Folha, que a criminalidade havia sido reduzida na região da Nova Luz por conta da eficiência policial. Prestes a encerrar o mandato, a administração quer justificar suas falhas transferindo para outras esferas responsabilidades que sempre foram suas, como o enfrentamento ao uso do crack e aos pancadões – jamais fiscalizados pela atual administração –, com base na lei 15.777, de 2013, que proíbe a poluição sonora. O governo municipal contribuiria mais com a cidade se se ocupasse com suas próprias obrigações. CLEBER MATA, coordenador de imprensa da Subsecretaria de Comunicação do governo estadual (São Paulo, SP) - GESTÃO DORIA Sobre "Primeiro escalão da futura gestão Doria tem dois réus e um investigado", a MV esclarece e reafirma que a sua contratação pelo Hospital das Clínicas, IAMSPE e Santa Casa ocorreu na mais completa observância da legislação e dos ditames éticos. A investigação mencionada tem origem em denúncia anônima e caluniosa, em que já foram prestados todos os esclarecimentos necessários, estando a MV segura de que o MP-SP concluirá pela sua lisura nas contratações. DEISE REGUS, gerente de Marketing e Comunicação da MV (Recife, PE) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Trump acusa ex-diretor do FBI de mentir em depoimento ao Senado
Em uma nova crítica ao ex-diretor do FBI (polícia federal americana) nesta sexta-feira (9), o presidente Donald Trump acusou James Comey de mentir sob juramento no depoimento que deu ao Senado na quinta-feira (8). "James Comey confirmou muito do que eu disse, e algumas coisas que ele disse apenas não eram verdade", afirmou Trump, durante entrevista coletiva nos jardins da Casa Branca, acompanhado do presidente da Romênia, Klaus Iohannis, na tarde desta sexta. "Ontem [quinta] não mostrou nenhuma conspiração, nenhuma obstrução", disse o presidente, que classificou o depoimento de Comey como "uma desculpa dos democratas, que perderam a eleição que não deveriam". Mais cedo, Trump já havia acusado Comey de ser um "vazador". "Apesar de tantas mentiras e declarações falsas, justificação total e completa... e UAU, Comey é um vazador!" As acusações de Trump marcam um novo capítulo da disputa com Comey, cujas declarações a senadores na quinta-feira reforçam a tese de que o presidente tentou obstruir a Justiça, crime passível de impeachment. Comey, que foi demitido do comando do FBI no início de maio, se referia a uma conversa que teve em fevereiro com Trump, na qual o presidente o teria "orientado" a abandonar uma investigação contra o ex-assessor Michael Flynn, acusado de manter contatos irregulares com a Rússia. O ex-diretor do FBI confessou ter registrado por escrito o conteúdo das conversas que teve com Trump e tomado a decisão de vazá-lo à imprensa, por meio de um amigo, por temer interferências da Casa Branca na investigação sobre os supostos elos da equipe de campanha do republicano com Moscou. Comey disse aos senadores que começou a registrar o teor de seus encontros com Trump porque estava "realmente preocupado que ele poderia mentir sobre a natureza" das conversas. Dois dias após o jornal "New York Times" publicar sobre a existência das notas redigidas por Comey, o Departamento de Justiça apontou o ex-diretor do FBI Robert Mueller para acompanhar a investigação como conselheiro especial, reforçando a independência do inquérito. O advogado pessoal do presidente, Mark Kasowitz, sugeriu na quinta-feira que Comey poderia ser investigado por vazar para a imprensa as notas sobre a conversa na Casa Branca. Nesta sexta (9), a equipe de advogados do presidente prometeu entrar com uma reclamação formal no Departamento de Justiça. Trump emparedado
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Trump acusa ex-diretor do FBI de mentir em depoimento ao SenadoEm uma nova crítica ao ex-diretor do FBI (polícia federal americana) nesta sexta-feira (9), o presidente Donald Trump acusou James Comey de mentir sob juramento no depoimento que deu ao Senado na quinta-feira (8). "James Comey confirmou muito do que eu disse, e algumas coisas que ele disse apenas não eram verdade", afirmou Trump, durante entrevista coletiva nos jardins da Casa Branca, acompanhado do presidente da Romênia, Klaus Iohannis, na tarde desta sexta. "Ontem [quinta] não mostrou nenhuma conspiração, nenhuma obstrução", disse o presidente, que classificou o depoimento de Comey como "uma desculpa dos democratas, que perderam a eleição que não deveriam". Mais cedo, Trump já havia acusado Comey de ser um "vazador". "Apesar de tantas mentiras e declarações falsas, justificação total e completa... e UAU, Comey é um vazador!" As acusações de Trump marcam um novo capítulo da disputa com Comey, cujas declarações a senadores na quinta-feira reforçam a tese de que o presidente tentou obstruir a Justiça, crime passível de impeachment. Comey, que foi demitido do comando do FBI no início de maio, se referia a uma conversa que teve em fevereiro com Trump, na qual o presidente o teria "orientado" a abandonar uma investigação contra o ex-assessor Michael Flynn, acusado de manter contatos irregulares com a Rússia. O ex-diretor do FBI confessou ter registrado por escrito o conteúdo das conversas que teve com Trump e tomado a decisão de vazá-lo à imprensa, por meio de um amigo, por temer interferências da Casa Branca na investigação sobre os supostos elos da equipe de campanha do republicano com Moscou. Comey disse aos senadores que começou a registrar o teor de seus encontros com Trump porque estava "realmente preocupado que ele poderia mentir sobre a natureza" das conversas. Dois dias após o jornal "New York Times" publicar sobre a existência das notas redigidas por Comey, o Departamento de Justiça apontou o ex-diretor do FBI Robert Mueller para acompanhar a investigação como conselheiro especial, reforçando a independência do inquérito. O advogado pessoal do presidente, Mark Kasowitz, sugeriu na quinta-feira que Comey poderia ser investigado por vazar para a imprensa as notas sobre a conversa na Casa Branca. Nesta sexta (9), a equipe de advogados do presidente prometeu entrar com uma reclamação formal no Departamento de Justiça. Trump emparedado
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Plano de Energia Limpa de Obama será revogado, diz agência ambiental
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai revogar o plano de seu antecessor, o democrata Barack Obama, voltado para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, anunciou o diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, nesta segunda-feira (9). "Amanhã [terça], vou assinar uma proposta para acabar com o Clean Power Plan [Plano de Energia Limpa] da administração passada", disse Pruitt em um evento político em Kentucky, referindo-se ao plano que impunha redução nas emissões de CO2 das centrais térmicas do país. O Clean Power Plan buscou, pela primeira vez, reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) nos Estados Unidos a partir das usinas de energia, com reduções previstas de 32% para 2030 em relação a 2005. "A administração passada estava usando cada pedacinho de poder e autoridade para usar a EPA para escolher vencedores e perdedores e a forma como geramos eletricidade neste país. Isso é errado", disse Pruitt sobre o plano, promulgado em 2015. Se o plano tivesse entrado em vigor, teria provocado o fechamento de muitas das usinas a carvão mais antigas e mais poluentes. No entanto, está bloqueado pela justiça, a pedido de cerca de 30 estados, em sua maioria republicanos. Trump assinou, em março, um decreto sobre a "independência energética", que ordenava revisar o plano de Obama sobre o clima para determinar se este excedia a autoridade do governo quando exigia limites de emissão mais estritos. Os planos mais recentes da EPA, contidos em um documento intitulado "Revogação de diretrizes de emissão de poluição de carbono para fontes estacionárias existentes", dizem que a agência recorrerá à opinião pública sobre como reduzir as emissões das usinas de energia. A EPA não emitiu, como era amplamente esperado, uma versão revisada e mais fraca do Clean Power Plan. O presidente, que questionou a existência do aquecimento global e que as atividades humanas tenha um impacto negativo no planeta, prometeu impulsar a indústria do carvão para dar trabalho aos mineiros. No início de junho, Trump anunciou sua intenção de abandonar o acordo de Paris sobre o clima, assinado em dezembro de 2015 por 195 países para limitar o aquecimento global. Antes da finalização das regras, em agosto de 2015, as usinas de energia, que representam cerca de 40% das emissões de carbono, "eram autorizadas a despejar quantidades ilimitadas de poluição de carbono na atmosfera", disse a Union of Concerned Scientists, uma ONG que faz uma revisão crítica das políticas governamentais em questões de ciência e tecnologia. "Não existiam regras que limitassem suas emissões de dióxido de carbono, o principal motor do aquecimento global", disse em seu site. Os padrões foram desenvolvidos sob uma lei do Congresso, chamada de Lei do Ar Limpo. No entanto, o Plano de energia limpa estava suspenso desde fevereiro de 2016, quando o Supremo Tribunal dos Estados Unidos interrompeu sua implementação até que os tribunais pudessem decidir se ele era legalmente válido. Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, depois da China.
ambiente
Plano de Energia Limpa de Obama será revogado, diz agência ambientalO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai revogar o plano de seu antecessor, o democrata Barack Obama, voltado para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, anunciou o diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, nesta segunda-feira (9). "Amanhã [terça], vou assinar uma proposta para acabar com o Clean Power Plan [Plano de Energia Limpa] da administração passada", disse Pruitt em um evento político em Kentucky, referindo-se ao plano que impunha redução nas emissões de CO2 das centrais térmicas do país. O Clean Power Plan buscou, pela primeira vez, reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) nos Estados Unidos a partir das usinas de energia, com reduções previstas de 32% para 2030 em relação a 2005. "A administração passada estava usando cada pedacinho de poder e autoridade para usar a EPA para escolher vencedores e perdedores e a forma como geramos eletricidade neste país. Isso é errado", disse Pruitt sobre o plano, promulgado em 2015. Se o plano tivesse entrado em vigor, teria provocado o fechamento de muitas das usinas a carvão mais antigas e mais poluentes. No entanto, está bloqueado pela justiça, a pedido de cerca de 30 estados, em sua maioria republicanos. Trump assinou, em março, um decreto sobre a "independência energética", que ordenava revisar o plano de Obama sobre o clima para determinar se este excedia a autoridade do governo quando exigia limites de emissão mais estritos. Os planos mais recentes da EPA, contidos em um documento intitulado "Revogação de diretrizes de emissão de poluição de carbono para fontes estacionárias existentes", dizem que a agência recorrerá à opinião pública sobre como reduzir as emissões das usinas de energia. A EPA não emitiu, como era amplamente esperado, uma versão revisada e mais fraca do Clean Power Plan. O presidente, que questionou a existência do aquecimento global e que as atividades humanas tenha um impacto negativo no planeta, prometeu impulsar a indústria do carvão para dar trabalho aos mineiros. No início de junho, Trump anunciou sua intenção de abandonar o acordo de Paris sobre o clima, assinado em dezembro de 2015 por 195 países para limitar o aquecimento global. Antes da finalização das regras, em agosto de 2015, as usinas de energia, que representam cerca de 40% das emissões de carbono, "eram autorizadas a despejar quantidades ilimitadas de poluição de carbono na atmosfera", disse a Union of Concerned Scientists, uma ONG que faz uma revisão crítica das políticas governamentais em questões de ciência e tecnologia. "Não existiam regras que limitassem suas emissões de dióxido de carbono, o principal motor do aquecimento global", disse em seu site. Os padrões foram desenvolvidos sob uma lei do Congresso, chamada de Lei do Ar Limpo. No entanto, o Plano de energia limpa estava suspenso desde fevereiro de 2016, quando o Supremo Tribunal dos Estados Unidos interrompeu sua implementação até que os tribunais pudessem decidir se ele era legalmente válido. Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, depois da China.
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Após Kátia Abreu, PMDB agora pede expulsão de Pansera
Após a seção baiana do PMDB pedir a expulsão da ministra Kátia Abreu (Agricultura) por "afronta" à decisão de romper com o governo Dilma Rousseff, outros dois Estados formalizaram nesta segunda-feira (4) solicitação para que Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) seja alvo do mesmo processo. O pedido de expulsão de Pansera foi feito pelos diretórios do PMDB de Santa Catarina e do Acre. Eles também alegam que o ministro, aliado de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), desobedeceu a determinação da sigla de abandonar os postos da administração federal. Os dois casos serão encaminhados pela direção nacional do PMDB à comissão de ética da legenda.
poder
Após Kátia Abreu, PMDB agora pede expulsão de PanseraApós a seção baiana do PMDB pedir a expulsão da ministra Kátia Abreu (Agricultura) por "afronta" à decisão de romper com o governo Dilma Rousseff, outros dois Estados formalizaram nesta segunda-feira (4) solicitação para que Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) seja alvo do mesmo processo. O pedido de expulsão de Pansera foi feito pelos diretórios do PMDB de Santa Catarina e do Acre. Eles também alegam que o ministro, aliado de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), desobedeceu a determinação da sigla de abandonar os postos da administração federal. Os dois casos serão encaminhados pela direção nacional do PMDB à comissão de ética da legenda.
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Estádio rival e pênaltis desafiam São Paulo em jogo contra Audax
Além de um adversário duro, o São Paulo vai ter que superar uma de suas duas principais dificuldades para se classificar às semifinais do Paulista : vencer fora de casa ou converter pênaltis. Ainda sem uma vitória sequer como visitante neste ano, o time tricolor é o único dos quatro grandes a jogar as quartas de final do Estadual na casa do adversário. Neste domingo (17), a equipe vai a Osasco enfrentar o Audax, que terminou a fase de grupos dois pontos na frente do São Paulo. O jogo será às 18h30, no estádio Prefeito José Liberatti. Contra o envolvente time do técnico Fernando Diniz, conhecido por não permitir que suas equipes dêem chutões, mesmo quando pressionadas, o São Paulo terá que se preocupar mais do que nunca com o setor defensivo. O Audax tem o melhor ataque entre os pequenos do Estado, com 25 gols, atrás apenas de Santos, com 28, e Corinthians, 26. São oito gols a mais que a equipe do Morumbi, que tem apenas 17. No entanto, terminar a partida sem sofrer gols, simplesmente, pode não bastar para o São Paulo. Em caso de empate, o confronto vai para os pênaltis, uma das maiores dificuldades desde a saída de Rogério Ceni. Neste ano, foram sete chances de converter penalidades e cinco erros. DE VOLTA O São Paulo deve ter a volta do zagueiro Lugano e do volante Thiago Mendes ao time titular. Os dois começaram jogando na última partida da fase de grupos do Paulista, domingo (10), na derrota por 1 a 0 para o São Bento, em Sorocaba, mas têm ficado de fora dos principais jogos. Desde que chegou, Lugano tem participado de um rodízio com Maicon e Rodrigo Caio, mas perdeu espaço. Já Thiago Mendes, que foi um dos poucos destaques do time em 2015, havia perdido a posição para o jovem João Schmidt, 22, revelado pelas categorias de base do clube. Mas, contra o River Plate, na quarta (13), o volante sofreu entorse no joelho direito e aguarda avaliação. AUDAX Sião; Rodolfo, Francis, André Castro e Velicka; Camacho, Tchê Tchê e Juninho; Mike, Bruno Paulo e Ytalo. T: F. Diniz SÃO PAULO Denis; Bruno, Lugano (Maicon), Rodrigo Caio e Mena; Thiago Mendes e Hudson; Kelvin, Ganso, Michel Bastos; Calleri. T: Edgardo Bauza Estádio: Pref. José Liberatti/Árbitro: José Cláudio Rocha Filho /TV: 18h30/SporTV
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Estádio rival e pênaltis desafiam São Paulo em jogo contra AudaxAlém de um adversário duro, o São Paulo vai ter que superar uma de suas duas principais dificuldades para se classificar às semifinais do Paulista : vencer fora de casa ou converter pênaltis. Ainda sem uma vitória sequer como visitante neste ano, o time tricolor é o único dos quatro grandes a jogar as quartas de final do Estadual na casa do adversário. Neste domingo (17), a equipe vai a Osasco enfrentar o Audax, que terminou a fase de grupos dois pontos na frente do São Paulo. O jogo será às 18h30, no estádio Prefeito José Liberatti. Contra o envolvente time do técnico Fernando Diniz, conhecido por não permitir que suas equipes dêem chutões, mesmo quando pressionadas, o São Paulo terá que se preocupar mais do que nunca com o setor defensivo. O Audax tem o melhor ataque entre os pequenos do Estado, com 25 gols, atrás apenas de Santos, com 28, e Corinthians, 26. São oito gols a mais que a equipe do Morumbi, que tem apenas 17. No entanto, terminar a partida sem sofrer gols, simplesmente, pode não bastar para o São Paulo. Em caso de empate, o confronto vai para os pênaltis, uma das maiores dificuldades desde a saída de Rogério Ceni. Neste ano, foram sete chances de converter penalidades e cinco erros. DE VOLTA O São Paulo deve ter a volta do zagueiro Lugano e do volante Thiago Mendes ao time titular. Os dois começaram jogando na última partida da fase de grupos do Paulista, domingo (10), na derrota por 1 a 0 para o São Bento, em Sorocaba, mas têm ficado de fora dos principais jogos. Desde que chegou, Lugano tem participado de um rodízio com Maicon e Rodrigo Caio, mas perdeu espaço. Já Thiago Mendes, que foi um dos poucos destaques do time em 2015, havia perdido a posição para o jovem João Schmidt, 22, revelado pelas categorias de base do clube. Mas, contra o River Plate, na quarta (13), o volante sofreu entorse no joelho direito e aguarda avaliação. AUDAX Sião; Rodolfo, Francis, André Castro e Velicka; Camacho, Tchê Tchê e Juninho; Mike, Bruno Paulo e Ytalo. T: F. Diniz SÃO PAULO Denis; Bruno, Lugano (Maicon), Rodrigo Caio e Mena; Thiago Mendes e Hudson; Kelvin, Ganso, Michel Bastos; Calleri. T: Edgardo Bauza Estádio: Pref. José Liberatti/Árbitro: José Cláudio Rocha Filho /TV: 18h30/SporTV
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Com 'pneu' no último set, Djokovic é penta no Aberto da Austrália
O sérvio Novak Djokovic, número um do mundo, derrotou o britânico Andy Murray neste domingo (1º) e conquistou o título do Aberto da Austrália pela quinta vez na sua carreira. Djokovic precisou de mais de três horas para derrotar o rival, sexto no ranking. O britânico dificultou nos primeiros sets, mas não conseguiu manter o nível no restante da partida e acabou derrotado por 7/6 (5), 6/7 (4), 6/3 e 6/0. O sérvio, que já havia conquistado o título em 2008, 2011, 2012 e 2013, agora é o maior vencedor do torneio na era aberta do tênis, que contabiliza as competições desde 1969. No geral, fica atrás apenas do australiano Roy Emerson, com seis troféus. Neste domingo, os dois primeiros sets só foram decididos no tie-break. Os atletas não tentaram segurar o jogo, partindo com intensidade para ganhar cada ponto. Assim, manter o serviço ficou difícil e os dois revezaram as quebras. Djokovic levou o primeiro set e Murray ficou com o segundo. A partida foi paralisada durante o segundo set devido a invasão de alguns torcedores em quadra. Eles levaram faixas e vestiam camisetas com os dizeres "Aberto da Austrália para refugiados". A partir do terceiro set, falou mais alto a concentração do número um do mundo, que melhorou o aproveitamento de segundo serviço para ficar em vantagem de sets. Murray não conseguia acertar as jogadas e quebrou a raquete em um momento de nervoso. No quarto set, o britânico não reagiu e apenas assistiu à aula de tênis do adversário, marcando apenas 11 pontos, contra 25 do sérvio. Djokovic jogou com tranquilidade e fechou a partida com um pneu, 6 a 0 sobre o adversário. Este foi o 49º título na carreira do número um do mundo, enquanto Murray soma agora quatro vice-campeonatos na Austrália. No ranking mundial, o britânico subiu da sexta para a quarta colocação. Esta foi a quinta final de Grand Slam entre os dois, com vantagem para Djokovic, que venceu também na Austrália em 2011 e 2013. Murray venceu no Aberto dos Estados Unidos em 2012 e Wimbledon, em 2013.
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Com 'pneu' no último set, Djokovic é penta no Aberto da AustráliaO sérvio Novak Djokovic, número um do mundo, derrotou o britânico Andy Murray neste domingo (1º) e conquistou o título do Aberto da Austrália pela quinta vez na sua carreira. Djokovic precisou de mais de três horas para derrotar o rival, sexto no ranking. O britânico dificultou nos primeiros sets, mas não conseguiu manter o nível no restante da partida e acabou derrotado por 7/6 (5), 6/7 (4), 6/3 e 6/0. O sérvio, que já havia conquistado o título em 2008, 2011, 2012 e 2013, agora é o maior vencedor do torneio na era aberta do tênis, que contabiliza as competições desde 1969. No geral, fica atrás apenas do australiano Roy Emerson, com seis troféus. Neste domingo, os dois primeiros sets só foram decididos no tie-break. Os atletas não tentaram segurar o jogo, partindo com intensidade para ganhar cada ponto. Assim, manter o serviço ficou difícil e os dois revezaram as quebras. Djokovic levou o primeiro set e Murray ficou com o segundo. A partida foi paralisada durante o segundo set devido a invasão de alguns torcedores em quadra. Eles levaram faixas e vestiam camisetas com os dizeres "Aberto da Austrália para refugiados". A partir do terceiro set, falou mais alto a concentração do número um do mundo, que melhorou o aproveitamento de segundo serviço para ficar em vantagem de sets. Murray não conseguia acertar as jogadas e quebrou a raquete em um momento de nervoso. No quarto set, o britânico não reagiu e apenas assistiu à aula de tênis do adversário, marcando apenas 11 pontos, contra 25 do sérvio. Djokovic jogou com tranquilidade e fechou a partida com um pneu, 6 a 0 sobre o adversário. Este foi o 49º título na carreira do número um do mundo, enquanto Murray soma agora quatro vice-campeonatos na Austrália. No ranking mundial, o britânico subiu da sexta para a quarta colocação. Esta foi a quinta final de Grand Slam entre os dois, com vantagem para Djokovic, que venceu também na Austrália em 2011 e 2013. Murray venceu no Aberto dos Estados Unidos em 2012 e Wimbledon, em 2013.
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Trabalho de graduação reúne histórias de jornalistas que sofreram violência
Um trabalho de conclusão de curso de estudantes de jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi reúne histórias de jornalistas que sofreram ameaças, agressões ou outros tipos de intimidação ao exercerem a profissão. A reportagem final, publicada no site "Silenciados - A violência contra o jornalista do Brasil", aborda diferentes casos de intimidação –grande parte por matérias de denúncia– e comenta a situação do Brasil, que ocupa posições baixas em índices de organizações que zelam pela liberdade de expressão e de imprensa. De acordo com o jornalista recém-formado Marcos Mortari, um dos oito autores do trabalho, seu grupo se interessou pelo tema pois pretendia "acrescentar algo na sociedade em relação à cidadania, à democracia". "Todos os assuntos da sociedade estão representados no tema de violência contra os jornalistas", argumenta. Mortari diz que o caso do cinegrafista Santiago Andrade, morto em fevereiro do ano passado após ser atingido por um rojão no Rio de Janeiro, foi um dos fatores que influenciou a escolha do tema. Para realizar a reportagem, apresentada à banca em novembro, foram entrevistadas mais de 30 pessoas. O produto final, criado ao longo de um ano letivo, é um texto de mais de 45 mil caracteres que contém vídeos e áudios de entrevistas, além de infográficos. Um dos casos de intimidação destacados pelos jovens foi o de André Caramante, que foi repórter da Folha e atuou especialmente na cobertura de segurança pública. Caramante foi alvo de ameaças que levaram ele e sua família a passarem meses fora do país.
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Trabalho de graduação reúne histórias de jornalistas que sofreram violênciaUm trabalho de conclusão de curso de estudantes de jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi reúne histórias de jornalistas que sofreram ameaças, agressões ou outros tipos de intimidação ao exercerem a profissão. A reportagem final, publicada no site "Silenciados - A violência contra o jornalista do Brasil", aborda diferentes casos de intimidação –grande parte por matérias de denúncia– e comenta a situação do Brasil, que ocupa posições baixas em índices de organizações que zelam pela liberdade de expressão e de imprensa. De acordo com o jornalista recém-formado Marcos Mortari, um dos oito autores do trabalho, seu grupo se interessou pelo tema pois pretendia "acrescentar algo na sociedade em relação à cidadania, à democracia". "Todos os assuntos da sociedade estão representados no tema de violência contra os jornalistas", argumenta. Mortari diz que o caso do cinegrafista Santiago Andrade, morto em fevereiro do ano passado após ser atingido por um rojão no Rio de Janeiro, foi um dos fatores que influenciou a escolha do tema. Para realizar a reportagem, apresentada à banca em novembro, foram entrevistadas mais de 30 pessoas. O produto final, criado ao longo de um ano letivo, é um texto de mais de 45 mil caracteres que contém vídeos e áudios de entrevistas, além de infográficos. Um dos casos de intimidação destacados pelos jovens foi o de André Caramante, que foi repórter da Folha e atuou especialmente na cobertura de segurança pública. Caramante foi alvo de ameaças que levaram ele e sua família a passarem meses fora do país.
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Vamos continuar a recolher corpos de mulheres mutilados e carbonizados?
O corpo de Caroline, 28, foi encontrado com um corte na barriga. Estava grávida de cinco meses e recorreu uma clínica clandestina de aborto em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Escondeu a gravidez da família e decidiu interromper a gravidez em comum acordo com o namorado. Pegou um ônibus sozinha em Paraíba do Sul, centro fluminense, onde morava com a família, na madrugada do dia 19. Duas horas depois, chegava à rodoviária do Rio. O corpo foi encontrado na noite do mesmo dia. O caso está na 21ª DP (Bonsucesso). A morte de Carolina se soma a de Jandira Cruz, 27, e de Elisângela Barbosa, 32, que em 2014 também morreram no Rio após abortos clandestinos. O corpo de Jandira foi encontrado carbonizado. O de Elisângela, numa vala. A autópsia encontrou um tubo plástico no interior do útero. A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que a cada dois dias uma mulher brasileira morra vítima de aborto ilegal. Há estudos que mostram que até 1 milhão de abortos ilegais são feitos todos os anos no Brasil. Os números são imprecisos já que a clandestinidade define esse submundo. Mas as mortes que chegam à imprensa são suficientes para revelar o sintoma gravíssimo de saúde pública que o aborto representa no país. Diante de uma população na maioria católica e evangélica, o debate público praticamente inexiste. Gestores e políticos, mais preocupados com interesses eleitorais, também pouco se importam com essas mulheres pobres que morrem desamparadas. Ou com aquelas que ficarão para sempre com sequelas físicas e emocionais. Claro. Com suas mulheres, suas filhas e suas irmãs, isso dificilmente vai acontecer, já que, caso elas decidam abortar, podem contar com a melhor assistência. É obrigação do Estado laico proteger a saúde de suas mulheres, para que não morram em procedimentos clandestinos. O tema não pode continuar objeto de barganha para apoio e voto religioso. Mulheres de todas as classes sociais, muitas vezes casadas e com religião, fazem aborto. Isso é fato, referendado por muitos estudos. O fato de ser crime não diminui as ocorrências, pelo contrário, só piora. Provoca mortes e esterilidade daquelas que, sem condições de pagar por uma assistência médica segura, recorre à clandestinidade. No Uruguai, onde a prática deixou de ser crime em 2012, não houve mais mortes por aborto, segundo dados do governo. O número de procedimentos também caiu, de 33 mil por ano para 6.700. São sinais de que trazer o aborto para debate amplia a discussão de métodos anticoncepcionais e planejamento familiar. AMPLIAÇÃO DO ABORTO LEGAL Em tempos de zika e que um grupo pede nesta quarta (24) a ampliação do aborto legal para as mulheres infectadas pelo vírus da zika, a discussão ganha força. Um ótimo momento para cada um de nós fazer a seguinte pergunta: vamos continuar assistindo impassíveis a entrega das nossas mulheres aos carniceiros e depois recolher seus corpos mutilados e carbonizados?
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Vamos continuar a recolher corpos de mulheres mutilados e carbonizados?O corpo de Caroline, 28, foi encontrado com um corte na barriga. Estava grávida de cinco meses e recorreu uma clínica clandestina de aborto em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Escondeu a gravidez da família e decidiu interromper a gravidez em comum acordo com o namorado. Pegou um ônibus sozinha em Paraíba do Sul, centro fluminense, onde morava com a família, na madrugada do dia 19. Duas horas depois, chegava à rodoviária do Rio. O corpo foi encontrado na noite do mesmo dia. O caso está na 21ª DP (Bonsucesso). A morte de Carolina se soma a de Jandira Cruz, 27, e de Elisângela Barbosa, 32, que em 2014 também morreram no Rio após abortos clandestinos. O corpo de Jandira foi encontrado carbonizado. O de Elisângela, numa vala. A autópsia encontrou um tubo plástico no interior do útero. A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que a cada dois dias uma mulher brasileira morra vítima de aborto ilegal. Há estudos que mostram que até 1 milhão de abortos ilegais são feitos todos os anos no Brasil. Os números são imprecisos já que a clandestinidade define esse submundo. Mas as mortes que chegam à imprensa são suficientes para revelar o sintoma gravíssimo de saúde pública que o aborto representa no país. Diante de uma população na maioria católica e evangélica, o debate público praticamente inexiste. Gestores e políticos, mais preocupados com interesses eleitorais, também pouco se importam com essas mulheres pobres que morrem desamparadas. Ou com aquelas que ficarão para sempre com sequelas físicas e emocionais. Claro. Com suas mulheres, suas filhas e suas irmãs, isso dificilmente vai acontecer, já que, caso elas decidam abortar, podem contar com a melhor assistência. É obrigação do Estado laico proteger a saúde de suas mulheres, para que não morram em procedimentos clandestinos. O tema não pode continuar objeto de barganha para apoio e voto religioso. Mulheres de todas as classes sociais, muitas vezes casadas e com religião, fazem aborto. Isso é fato, referendado por muitos estudos. O fato de ser crime não diminui as ocorrências, pelo contrário, só piora. Provoca mortes e esterilidade daquelas que, sem condições de pagar por uma assistência médica segura, recorre à clandestinidade. No Uruguai, onde a prática deixou de ser crime em 2012, não houve mais mortes por aborto, segundo dados do governo. O número de procedimentos também caiu, de 33 mil por ano para 6.700. São sinais de que trazer o aborto para debate amplia a discussão de métodos anticoncepcionais e planejamento familiar. AMPLIAÇÃO DO ABORTO LEGAL Em tempos de zika e que um grupo pede nesta quarta (24) a ampliação do aborto legal para as mulheres infectadas pelo vírus da zika, a discussão ganha força. Um ótimo momento para cada um de nós fazer a seguinte pergunta: vamos continuar assistindo impassíveis a entrega das nossas mulheres aos carniceiros e depois recolher seus corpos mutilados e carbonizados?
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Rio-2016 vai punir comitês de outros países por cambismo
O Comitê Organizador dos Jogos de 2016 vai tentar coibir a atuação de cambistas durante o evento. A estratégia da entidade é responsabilizar os comitês olímpicos nacionais pela comercialização ilegal dos ingressos. Para isso, os organizadores da competição vão identificar todos os ingressos que serão vendidos fora do Brasil com o nome do respectivo comitê. A punição prevista é uma multa ao país responsável pela entrada, com valor de até 100 vezes o preço registrado no bilhete. O ingresso mais barato para os Jogos do Rio custará R$ 40. Já o valor mais alto, R$ 4.600, é de uma entrada categoria A para a cerimônia de abertura no Maracanã. Pelo sistema de venda de ingressos, os 204 países envolvidos na competição serão responsáveis pelas venda dos bilhetes em seus países. Os comitês poderão escolher empresas locais para vender os ingressos no mercado local. "A nossa intenção é fazer com o que o fã tenha direito a comprar o ingresso de forma transparente e segura", disse Donovan Ferreti, diretor de ingressos da Rio-2016. Ao todo, 7,5 milhões de ingressos serão colocados à venda para os Jogos Olímpicos do Rio, sendo 3,8 milhões por até R$ 70. ESCÂNDALOS As últimas edições dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo protagonizaram escândalos com cambistas que envolveram dirigentes. Em julho, a polícia do Rio prendeu 11 pessoas com um esquema de cambismo de entradas do Mundial. De acordo com investigadores, o grupo lucrava pelo menos R$ 1 milhão por jogo. O empresário inglês Raymond Whelan foi um dos presos. Ele é diretor da Match Services, parceira comercial da Fifa que tinha a exclusividade dos direitos de venda de pacotes da Copa de 2014. Whelan foi denunciado pelos crimes de cambismo, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e sonegação. Na ocasião, Humberto Mario Grondona, que era técnico da seleção argentina sub-20, admitiu ter revendido ingressos da Copa do Mundo. Ele é o filho mais velho do então presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino) e vice da Fifa, Julio Grondona. Julio morreu logo após a realização do Mundial. Em 2012, o secretário geral do Comitê Olímpico Ucraniano foi flagrado por jornalistas da BBC tentando vender ingressos dos Jogos de Londres de forma ilegal.
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Rio-2016 vai punir comitês de outros países por cambismoO Comitê Organizador dos Jogos de 2016 vai tentar coibir a atuação de cambistas durante o evento. A estratégia da entidade é responsabilizar os comitês olímpicos nacionais pela comercialização ilegal dos ingressos. Para isso, os organizadores da competição vão identificar todos os ingressos que serão vendidos fora do Brasil com o nome do respectivo comitê. A punição prevista é uma multa ao país responsável pela entrada, com valor de até 100 vezes o preço registrado no bilhete. O ingresso mais barato para os Jogos do Rio custará R$ 40. Já o valor mais alto, R$ 4.600, é de uma entrada categoria A para a cerimônia de abertura no Maracanã. Pelo sistema de venda de ingressos, os 204 países envolvidos na competição serão responsáveis pelas venda dos bilhetes em seus países. Os comitês poderão escolher empresas locais para vender os ingressos no mercado local. "A nossa intenção é fazer com o que o fã tenha direito a comprar o ingresso de forma transparente e segura", disse Donovan Ferreti, diretor de ingressos da Rio-2016. Ao todo, 7,5 milhões de ingressos serão colocados à venda para os Jogos Olímpicos do Rio, sendo 3,8 milhões por até R$ 70. ESCÂNDALOS As últimas edições dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo protagonizaram escândalos com cambistas que envolveram dirigentes. Em julho, a polícia do Rio prendeu 11 pessoas com um esquema de cambismo de entradas do Mundial. De acordo com investigadores, o grupo lucrava pelo menos R$ 1 milhão por jogo. O empresário inglês Raymond Whelan foi um dos presos. Ele é diretor da Match Services, parceira comercial da Fifa que tinha a exclusividade dos direitos de venda de pacotes da Copa de 2014. Whelan foi denunciado pelos crimes de cambismo, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e sonegação. Na ocasião, Humberto Mario Grondona, que era técnico da seleção argentina sub-20, admitiu ter revendido ingressos da Copa do Mundo. Ele é o filho mais velho do então presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino) e vice da Fifa, Julio Grondona. Julio morreu logo após a realização do Mundial. Em 2012, o secretário geral do Comitê Olímpico Ucraniano foi flagrado por jornalistas da BBC tentando vender ingressos dos Jogos de Londres de forma ilegal.
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Menos burocrática, inscrição para edital Rumos começa nesta segunda
O instituto Itaú Cultural anunciou nesta segunda-feira (31) a abertura das inscrições para a nova edição do edital Rumos, que contemplará projetos de diferentes áreas culturais com um orçamento total de R$ 15 milhões. O valor é superior ao programa do ano passado, que despendeu ao todo R$ 13,9 milhões em 104 projetos. Também em relação a 2014, a 17ª edição do edital não terá teto máximo de gasto com uma proposta —em 2013/2014, havia o limite de R$ 400 mil por projeto selecionado. Por sua vez, as 13 modalidades de produção cultural criadas em 2014 —que substituíram as áreas específicas, como artes visuais, música e audiovisual— foram reduzidas para apenas três campos: criação e desenvolvimento, documentação e pesquisa. Para os organizadores do evento, as alterações pretendem desburocratizar os modelos de editais de cultura no país. "É um desafio monstruoso olhar para o país com as proporções que ele tem, o que tem muito a ver com nossa proposta de desburocratizar, fazer a inscrição pela internet, contemplar pessoas além daquelas que sempre ganham os editais", disse Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, em entrevista concedida a jornalistas no instituto. "Não queríamos que as pessoas se inscrevessem no formato caixinha, mas que percebessem onde seus projetos se encaixam", acrescentou Ana Sousa, gerente de comunicação do órgão. Segundo eles, o novo modelo, adotado no ano passado, permitiu abarcar uma variedade muito maior de projetos e interessados —de acordo com uma pesquisa realizada pelo Observatório do Itaú Cultural, 30% dos mais de 15 mil inscritos em 2014 nunca tinham participado de um processo seletivo para um edital, por não preencherem os requisitos, e 97% dos inscritos consideraram a simplicidade a maior vantagem do edital. RECORDES Outra novidade no processo de seleção para o edital 2015-2016 foi a criação de um comitê de 30 avaliadores, não relacionados ao instituto —e cujos nomes serão mantidos sob sigilo— que farão uma pré-seleção dos projetos antes da avaliação realizada pela comissão de fato. Cada proposta será lida por ao menos três desses profissionais. Um deles, de preferência, que atue na área artística do projeto. Na segunda fase, haverá a seleção de outra comissão, formada por 11 profissionais externos ao Itaú Cultural —entre eles o cineasta Jeferson De e o crítico teatral Valmis Santos—, além de nove gerentes do Itaú Cultural. Há também uma preocupação maior agora com transparência, refletida na exigência de prestação de contas formal —antes havia apenas um acompanhamento por parte do instituto. Com as mudanças no modelo de financiamento e inscrição, o edital recebeu um número recorde de inscritos no ano passado: 15.120, ante 2,6 mil da edição anterior. Entre os selecionados de 2014, estavam o espetáculo teatral "Janelas do Minhocão", do grupo Esparrama, e o programa "Hip Hop Cozinha", de Zinho Trindade. Inscrições podem ser feitas até dia 6 de novembro pelo site www.rumositaucultural.org.br.
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Menos burocrática, inscrição para edital Rumos começa nesta segundaO instituto Itaú Cultural anunciou nesta segunda-feira (31) a abertura das inscrições para a nova edição do edital Rumos, que contemplará projetos de diferentes áreas culturais com um orçamento total de R$ 15 milhões. O valor é superior ao programa do ano passado, que despendeu ao todo R$ 13,9 milhões em 104 projetos. Também em relação a 2014, a 17ª edição do edital não terá teto máximo de gasto com uma proposta —em 2013/2014, havia o limite de R$ 400 mil por projeto selecionado. Por sua vez, as 13 modalidades de produção cultural criadas em 2014 —que substituíram as áreas específicas, como artes visuais, música e audiovisual— foram reduzidas para apenas três campos: criação e desenvolvimento, documentação e pesquisa. Para os organizadores do evento, as alterações pretendem desburocratizar os modelos de editais de cultura no país. "É um desafio monstruoso olhar para o país com as proporções que ele tem, o que tem muito a ver com nossa proposta de desburocratizar, fazer a inscrição pela internet, contemplar pessoas além daquelas que sempre ganham os editais", disse Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, em entrevista concedida a jornalistas no instituto. "Não queríamos que as pessoas se inscrevessem no formato caixinha, mas que percebessem onde seus projetos se encaixam", acrescentou Ana Sousa, gerente de comunicação do órgão. Segundo eles, o novo modelo, adotado no ano passado, permitiu abarcar uma variedade muito maior de projetos e interessados —de acordo com uma pesquisa realizada pelo Observatório do Itaú Cultural, 30% dos mais de 15 mil inscritos em 2014 nunca tinham participado de um processo seletivo para um edital, por não preencherem os requisitos, e 97% dos inscritos consideraram a simplicidade a maior vantagem do edital. RECORDES Outra novidade no processo de seleção para o edital 2015-2016 foi a criação de um comitê de 30 avaliadores, não relacionados ao instituto —e cujos nomes serão mantidos sob sigilo— que farão uma pré-seleção dos projetos antes da avaliação realizada pela comissão de fato. Cada proposta será lida por ao menos três desses profissionais. Um deles, de preferência, que atue na área artística do projeto. Na segunda fase, haverá a seleção de outra comissão, formada por 11 profissionais externos ao Itaú Cultural —entre eles o cineasta Jeferson De e o crítico teatral Valmis Santos—, além de nove gerentes do Itaú Cultural. Há também uma preocupação maior agora com transparência, refletida na exigência de prestação de contas formal —antes havia apenas um acompanhamento por parte do instituto. Com as mudanças no modelo de financiamento e inscrição, o edital recebeu um número recorde de inscritos no ano passado: 15.120, ante 2,6 mil da edição anterior. Entre os selecionados de 2014, estavam o espetáculo teatral "Janelas do Minhocão", do grupo Esparrama, e o programa "Hip Hop Cozinha", de Zinho Trindade. Inscrições podem ser feitas até dia 6 de novembro pelo site www.rumositaucultural.org.br.
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Em ato normativo, procurador-geral muda salários no Ministério Público de SP
Um ato do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, alterou os vencimentos de servidores do Ministério Público que haviam sido aprovados pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), responsável por votar o orçamento do órgão. Publicadas em duas edições do "Diário Oficial", em 23 e em 24 de agosto, as tabelas com vencimentos e gratificações que passaram a valer desde então diferem das quantias registradas na lei complementar nº 1.302, sancionada pelo Legislativo e promulgada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 21 de julho. As principais alterações dizem respeito às gratificações oferecidas aos servidores comissionados. Houve aumento, em média, de 20% do benefício previsto na lei. A medida pode atingir 359 servidores em 15 carreiras, segundo a folha de pagamento de julho. Por outro lado, o ato reduziu em torno de 1% as gratificações possíveis para 4.625 funcionários concursados. Os servidores em cargo de confiança estão em minoria. No entanto, a média salarial dessa categoria é maior: R$ 8.637,19, quase o dobro dos efetivos (R$ 4.976,48). A diferença entre o ato normativo e o salário aprovado pelo Legislativo e pelo Executivo chega, por exemplo, a R$ 2.032,94 para o cargo de assessor especial do Ministério Público. Esse valor representa a soma do vencimento (R$ 9.017,67) com o eventual pagamento de gratificação de 99,53%, segundo a atualização do procurador-geral. CANETA A legislação garante autonomia ao procurador-geral de Justiça para tomar decisões administrativas. Porém, os vencimentos precisam ser aprovados pela Assembleia Legislativa, pois impactam o orçamento do Estado. Especialistas em direito administrativo e advogados da Assembleia consultados pela reportagem entendem que ele não poderia ter alterado dispositivos da lei por conta própria. Caso contrário, dizem, os deputados estariam oferecendo um "cheque em branco" para promover mudanças no órgão. Para eles, o ato de Smanio não apresenta justificativas sólidas para essas mudanças. Nos preâmbulos, o procurador-geral considera "a necessidade de promover ajustes necessários para a preservação da remuneração final" e que é "indispensável rever" as gratificações para "preservar o alinhamento e a proporcionalidade" das carreiras. Em nota publicada em seu site, o Sindicato dos Servidores do Ministério Público de São Paulo afirma que pediu uma reunião com a direção da instituição por entender que é necessária a "argumentação, reavaliação e análise mais profunda desses novos índices apresentados". A data, segundo a associação, ainda não foi agendada. Jacira Costa, presidente do sindicato, diz que o ato do procurador-geral é "estranho" e que a indignação co entre os servidores é "geral". "Houve diminuição nos percentuais de alguns cargos, enquanto outros foram muito elevados. Foi o caso dos comissionados, que tiveram um aumento substancial e já fazem jus a um alto salário", comenta a dirigente. Em abril, a Folha noticiou que gratificações, auxílios e indenizações pagos a promotores e procuradores do Ministério Público de São Paulo fazem com que eles recebam vencimentos acima do teto, hoje de R$ 33,7 mil. Em 2015, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas, 97% dos membros da instituição receberam acima desse valor –esse grupo não inclui os servidores. OUTRO LADO Em resposta a questionamento da reportagem, o Ministério Público de São Paulo afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o ato regulamentar cumpre as determinações legais e que os questionamentos da reportagem partem de uma "premissa falsa". Segundo a Promotoria paulista, não houve aumento ou redução nos salários, mas uma readequação: "Não houve mudança nos vencimentos por decreto, mas sim o reenquadramento e o realinhamento do quadro de funcionários e das respectivas remunerações pelo ato normativo em estrito cumprimento do comando legal". O Ministério Público se São Paulo diz, ainda, que a a lei aprovada pela Assembleia "contou com a colaboração das associações que representam os servidores" e "determinou o reenquadramento do quadro de funcionários da instituição, bem como o realinhamento das remunerações". No entanto, não explicou, mesmo após insistência da reportagem, porque os valores que constam no "Diário Oficial" são diferentes dos publicados na ocasião em que a lei foi promulgada.
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Em ato normativo, procurador-geral muda salários no Ministério Público de SPUm ato do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, alterou os vencimentos de servidores do Ministério Público que haviam sido aprovados pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), responsável por votar o orçamento do órgão. Publicadas em duas edições do "Diário Oficial", em 23 e em 24 de agosto, as tabelas com vencimentos e gratificações que passaram a valer desde então diferem das quantias registradas na lei complementar nº 1.302, sancionada pelo Legislativo e promulgada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 21 de julho. As principais alterações dizem respeito às gratificações oferecidas aos servidores comissionados. Houve aumento, em média, de 20% do benefício previsto na lei. A medida pode atingir 359 servidores em 15 carreiras, segundo a folha de pagamento de julho. Por outro lado, o ato reduziu em torno de 1% as gratificações possíveis para 4.625 funcionários concursados. Os servidores em cargo de confiança estão em minoria. No entanto, a média salarial dessa categoria é maior: R$ 8.637,19, quase o dobro dos efetivos (R$ 4.976,48). A diferença entre o ato normativo e o salário aprovado pelo Legislativo e pelo Executivo chega, por exemplo, a R$ 2.032,94 para o cargo de assessor especial do Ministério Público. Esse valor representa a soma do vencimento (R$ 9.017,67) com o eventual pagamento de gratificação de 99,53%, segundo a atualização do procurador-geral. CANETA A legislação garante autonomia ao procurador-geral de Justiça para tomar decisões administrativas. Porém, os vencimentos precisam ser aprovados pela Assembleia Legislativa, pois impactam o orçamento do Estado. Especialistas em direito administrativo e advogados da Assembleia consultados pela reportagem entendem que ele não poderia ter alterado dispositivos da lei por conta própria. Caso contrário, dizem, os deputados estariam oferecendo um "cheque em branco" para promover mudanças no órgão. Para eles, o ato de Smanio não apresenta justificativas sólidas para essas mudanças. Nos preâmbulos, o procurador-geral considera "a necessidade de promover ajustes necessários para a preservação da remuneração final" e que é "indispensável rever" as gratificações para "preservar o alinhamento e a proporcionalidade" das carreiras. Em nota publicada em seu site, o Sindicato dos Servidores do Ministério Público de São Paulo afirma que pediu uma reunião com a direção da instituição por entender que é necessária a "argumentação, reavaliação e análise mais profunda desses novos índices apresentados". A data, segundo a associação, ainda não foi agendada. Jacira Costa, presidente do sindicato, diz que o ato do procurador-geral é "estranho" e que a indignação co entre os servidores é "geral". "Houve diminuição nos percentuais de alguns cargos, enquanto outros foram muito elevados. Foi o caso dos comissionados, que tiveram um aumento substancial e já fazem jus a um alto salário", comenta a dirigente. Em abril, a Folha noticiou que gratificações, auxílios e indenizações pagos a promotores e procuradores do Ministério Público de São Paulo fazem com que eles recebam vencimentos acima do teto, hoje de R$ 33,7 mil. Em 2015, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas, 97% dos membros da instituição receberam acima desse valor –esse grupo não inclui os servidores. OUTRO LADO Em resposta a questionamento da reportagem, o Ministério Público de São Paulo afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o ato regulamentar cumpre as determinações legais e que os questionamentos da reportagem partem de uma "premissa falsa". Segundo a Promotoria paulista, não houve aumento ou redução nos salários, mas uma readequação: "Não houve mudança nos vencimentos por decreto, mas sim o reenquadramento e o realinhamento do quadro de funcionários e das respectivas remunerações pelo ato normativo em estrito cumprimento do comando legal". O Ministério Público se São Paulo diz, ainda, que a a lei aprovada pela Assembleia "contou com a colaboração das associações que representam os servidores" e "determinou o reenquadramento do quadro de funcionários da instituição, bem como o realinhamento das remunerações". No entanto, não explicou, mesmo após insistência da reportagem, porque os valores que constam no "Diário Oficial" são diferentes dos publicados na ocasião em que a lei foi promulgada.
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Viola Davis recebe prêmio de Artista do Ano da Universidade Harvard
Uma semana após levar o Oscar de melhor atriz coadjuvante por "Um Limite Entre Nós", Viola Davis subiu ao palco novamente, desta vez para receber o prêmio de Artista do Ano da Universidade Harvard. A entrega da honraria aconteceu neste sábado (4), durante o 32° festival Cultural Rhythms, que conta com shows de alunos da instituição. "Meu Deus, esses cantores e dançarinos são maravilhosos. Me pergunto 'quem é essa tal de Viola Davis'", brincou a atriz, segundo o jornal "The Boston Globe". Sobre seu ofício, Davis afirmou que "o palco e a tela são lugares sagrados". Com o prêmio, a atriz entrou para um grupo que inclui nomes como Matt Damon, Denzel Washington, Laurence Fishburne e Salma Hayek.
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Viola Davis recebe prêmio de Artista do Ano da Universidade HarvardUma semana após levar o Oscar de melhor atriz coadjuvante por "Um Limite Entre Nós", Viola Davis subiu ao palco novamente, desta vez para receber o prêmio de Artista do Ano da Universidade Harvard. A entrega da honraria aconteceu neste sábado (4), durante o 32° festival Cultural Rhythms, que conta com shows de alunos da instituição. "Meu Deus, esses cantores e dançarinos são maravilhosos. Me pergunto 'quem é essa tal de Viola Davis'", brincou a atriz, segundo o jornal "The Boston Globe". Sobre seu ofício, Davis afirmou que "o palco e a tela são lugares sagrados". Com o prêmio, a atriz entrou para um grupo que inclui nomes como Matt Damon, Denzel Washington, Laurence Fishburne e Salma Hayek.
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Lublin é uma encruzilhada de culturas na Polônia 'lado B'
Com uma população de 700 mil habitantes na área metropolitana, Lublin é a principal cidade do leste polonês. Esta parte do país é chamada, pelos próprios habitantes, "Polônia B" –é o lado que, mesmo após a queda do comunismo, não buscou uma maior ocidentalização, permanecendo mais eslavo. É um dos segredos bem guardados do país. Seu centro histórico inclui arquitetura antiga polonesa e está inteiramente preservado. Sem automóveis circulando e sem turismo de massa, o ritmo da cidade não tem nada de frenético e lhe confere uma aura "oriental" (pelo menos no sentido europeu da palavra). Suas maiores atrações são a capela real da Santíssima Trindade (no interior do castelo real), o próprio castelo, os pórticos de Cracóvia (via de entrada no calçadão da cidade velha) e dos Judeus, e o museu do antigo campo de concentração de Majdanek, nos arredores da cidade. O Castelo Real e a Capela da Santíssima Trindade ficam na saída norte do centro velho, passando pelo Pórtico Grodzka, também conhecido como Portão dos Judeus, por servir de passagem entre o bairro hebreu e a cidade velha, e podem ser facilmente alcançados a pé a partir do centro. No pátio do castelo estão a torre românica, do século 12, e a Capela Real, que data do início do século 15. Seu interior exibe afrescos únicos, num estilo eclético que conjuga influências das tradições artísticas bizantinas, russas e católicas. O Pórtico de Cracóvia, na entrada da cidade velha, tem este nome por ser o início da antiga estrada para Cracóvia. É uma das entradas originais da cidade, erguida em estilo gótico no século 14. É um dos principais ícones de Lublin e a partir dele se pode, pela rua Krakowskie Przedmieście, aproveitar o calçadão de pedestres com bares e restaurantes, sorveterias, lanchonetes e outras atrações. Lublin tem uma atmosfera mais oriental do que Varsóvia, Cracóvia ou Wróclaw, de fato, constitui uma ponte da Polônia estendida para a Europa oriental, incluindo especialmente a Rússia, a grande potência do Leste Europeu. Por sua localização estratégica, Lublin tem sido historicamente uma encruzilhada de diferentes culturas e povos. O maior tesouro artístico da cidade, a Capela Real, é um exemplo disso; seus afrescos têm um estilo único, com aportes de diversas procedências. Não por acaso, Lublin foi um destacado centro do Judaísmo europeu. Desde os primórdios da Polônia, no século 10, até meados do século 17 que as comunidades judaicas gozaram de liberdade de culto e autonomia social. A Polônia era conhecida como "Paradisus Iudaeorum", o paraíso dos judeus. Daí até a invasão nazista, em 1939, o país abrigou a maior comunidade judaica do mundo e foi um território privilegiado de tolerância religiosa na Europa. Ademais, era um centro teológico e espiritual notável; a yeshivá (escola tradicional mosaica) mais prestigiosa de então ficava em Lublin. Estudantes de todo o continente afluíam à cidade para estudar; Lublin era conhecida como a "Oxford hebreia". Três milhões de judeus viviam na Polônia nas vésperas da Segunda Guerra. O nazismo eliminou um quinto da população polonesa (cerca de 6 milhões), metade (3 milhões) judeus polacos. Mas, embora o racismo antijudaico tenha se manifestado em especial na Polônia ocupada pelo nazismo, houve pouco "colaboracionismo" de seus cidadãos. Agrupados por nacionalidade, os poloneses foram os que mais resgataram judeus durante a agressão nazista, segundo dados do Museu do Holocausto de Jerusalém (Yad Vashem). O histórico polonês é o mais positivo dos países ocupados; a Polônia nunca organizou divisão autóctone da SS e poloneses tampouco trabalharam como guardas em campos de concentração. Como notou o jornalista Michael Moynihan, da revista judaica norte-americana Tablet, "é inegável que a nação polonesa não foi cúmplice do Holocausto, que o país resistiu ferozmente à invasão e ocupação, que a Polônia não se envolveu na matança massiva de judeus e que os poloneses frequentemente mostraram enorme coragem moral ao proteger cidadãos judeus". Desde o colapso do regime comunista na Polônia, em 1989, tem havido um renascimento da cultura judaica no país, com destaque para a sinagoga Nozyk e o Museu da História dos Judeus Poloneses. Lublin traduz em forma de cidade a ideia da convivência das diferenças, sejam elas religiosas, nacionais ou culturais. A tolerância faz parte de seus alicerces. De Varsóvia, a melhor maneira de chegar a Lublin é por trem; são apenas 2h30 de viagem. A Polônia tem um sistema ferroviário excelente, que cobre todo o país. Lublin é famosa por suas vodcas, algumas de gosto único, como a Zoladkowa Gorzka, que é produzida só lá e tem sabor adocicado. Ou a Zubrovka, destilada de centeio e com gosto original de erva aromática. A tradição cervejeira local também é forte, com destaque para a cerveja Perla, saborosa lager de tipo pilsen. Frios e embutidos gozam igualmente de reputação. Para comer, os melhores lugares são o centro antigo e o calçadão da Krakowskie Przedmieście. Há comida polaca tradicional e contemporânea, judaica, do leste europeu e italiana. Uma das especialidades locais é o cebularz, um tablete de cebola, muito popular por lá e que foi trazido para o Brasil pelos imigrantes judeus. O pierogi de Lublin também é apreciado, recheado com queijo cottage, kasha e hortelã. Sopas quentes e frias como borsch, peixes como carpas e arenques, e carne de pato e porco também estão disponíveis. Num dos cantos da praça principal da cidade velha, o restaurante Mandrágora (Stare Miasto, 9) serve pratos saborosos da culinária judaica, num ambiente acolhedor e com bons preços.
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Lublin é uma encruzilhada de culturas na Polônia 'lado B'Com uma população de 700 mil habitantes na área metropolitana, Lublin é a principal cidade do leste polonês. Esta parte do país é chamada, pelos próprios habitantes, "Polônia B" –é o lado que, mesmo após a queda do comunismo, não buscou uma maior ocidentalização, permanecendo mais eslavo. É um dos segredos bem guardados do país. Seu centro histórico inclui arquitetura antiga polonesa e está inteiramente preservado. Sem automóveis circulando e sem turismo de massa, o ritmo da cidade não tem nada de frenético e lhe confere uma aura "oriental" (pelo menos no sentido europeu da palavra). Suas maiores atrações são a capela real da Santíssima Trindade (no interior do castelo real), o próprio castelo, os pórticos de Cracóvia (via de entrada no calçadão da cidade velha) e dos Judeus, e o museu do antigo campo de concentração de Majdanek, nos arredores da cidade. O Castelo Real e a Capela da Santíssima Trindade ficam na saída norte do centro velho, passando pelo Pórtico Grodzka, também conhecido como Portão dos Judeus, por servir de passagem entre o bairro hebreu e a cidade velha, e podem ser facilmente alcançados a pé a partir do centro. No pátio do castelo estão a torre românica, do século 12, e a Capela Real, que data do início do século 15. Seu interior exibe afrescos únicos, num estilo eclético que conjuga influências das tradições artísticas bizantinas, russas e católicas. O Pórtico de Cracóvia, na entrada da cidade velha, tem este nome por ser o início da antiga estrada para Cracóvia. É uma das entradas originais da cidade, erguida em estilo gótico no século 14. É um dos principais ícones de Lublin e a partir dele se pode, pela rua Krakowskie Przedmieście, aproveitar o calçadão de pedestres com bares e restaurantes, sorveterias, lanchonetes e outras atrações. Lublin tem uma atmosfera mais oriental do que Varsóvia, Cracóvia ou Wróclaw, de fato, constitui uma ponte da Polônia estendida para a Europa oriental, incluindo especialmente a Rússia, a grande potência do Leste Europeu. Por sua localização estratégica, Lublin tem sido historicamente uma encruzilhada de diferentes culturas e povos. O maior tesouro artístico da cidade, a Capela Real, é um exemplo disso; seus afrescos têm um estilo único, com aportes de diversas procedências. Não por acaso, Lublin foi um destacado centro do Judaísmo europeu. Desde os primórdios da Polônia, no século 10, até meados do século 17 que as comunidades judaicas gozaram de liberdade de culto e autonomia social. A Polônia era conhecida como "Paradisus Iudaeorum", o paraíso dos judeus. Daí até a invasão nazista, em 1939, o país abrigou a maior comunidade judaica do mundo e foi um território privilegiado de tolerância religiosa na Europa. Ademais, era um centro teológico e espiritual notável; a yeshivá (escola tradicional mosaica) mais prestigiosa de então ficava em Lublin. Estudantes de todo o continente afluíam à cidade para estudar; Lublin era conhecida como a "Oxford hebreia". Três milhões de judeus viviam na Polônia nas vésperas da Segunda Guerra. O nazismo eliminou um quinto da população polonesa (cerca de 6 milhões), metade (3 milhões) judeus polacos. Mas, embora o racismo antijudaico tenha se manifestado em especial na Polônia ocupada pelo nazismo, houve pouco "colaboracionismo" de seus cidadãos. Agrupados por nacionalidade, os poloneses foram os que mais resgataram judeus durante a agressão nazista, segundo dados do Museu do Holocausto de Jerusalém (Yad Vashem). O histórico polonês é o mais positivo dos países ocupados; a Polônia nunca organizou divisão autóctone da SS e poloneses tampouco trabalharam como guardas em campos de concentração. Como notou o jornalista Michael Moynihan, da revista judaica norte-americana Tablet, "é inegável que a nação polonesa não foi cúmplice do Holocausto, que o país resistiu ferozmente à invasão e ocupação, que a Polônia não se envolveu na matança massiva de judeus e que os poloneses frequentemente mostraram enorme coragem moral ao proteger cidadãos judeus". Desde o colapso do regime comunista na Polônia, em 1989, tem havido um renascimento da cultura judaica no país, com destaque para a sinagoga Nozyk e o Museu da História dos Judeus Poloneses. Lublin traduz em forma de cidade a ideia da convivência das diferenças, sejam elas religiosas, nacionais ou culturais. A tolerância faz parte de seus alicerces. De Varsóvia, a melhor maneira de chegar a Lublin é por trem; são apenas 2h30 de viagem. A Polônia tem um sistema ferroviário excelente, que cobre todo o país. Lublin é famosa por suas vodcas, algumas de gosto único, como a Zoladkowa Gorzka, que é produzida só lá e tem sabor adocicado. Ou a Zubrovka, destilada de centeio e com gosto original de erva aromática. A tradição cervejeira local também é forte, com destaque para a cerveja Perla, saborosa lager de tipo pilsen. Frios e embutidos gozam igualmente de reputação. Para comer, os melhores lugares são o centro antigo e o calçadão da Krakowskie Przedmieście. Há comida polaca tradicional e contemporânea, judaica, do leste europeu e italiana. Uma das especialidades locais é o cebularz, um tablete de cebola, muito popular por lá e que foi trazido para o Brasil pelos imigrantes judeus. O pierogi de Lublin também é apreciado, recheado com queijo cottage, kasha e hortelã. Sopas quentes e frias como borsch, peixes como carpas e arenques, e carne de pato e porco também estão disponíveis. Num dos cantos da praça principal da cidade velha, o restaurante Mandrágora (Stare Miasto, 9) serve pratos saborosos da culinária judaica, num ambiente acolhedor e com bons preços.
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Após derrota na Justiça, governo libera R$ 376 mi para pagamento do Fies
O Ministério da Fazenda informou, nesta sexta-feira (13), que liberou R$ 376,2 milhões para o pagamento do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). O valor deverá ser usado pelas instituições de ensino superior que participam do programa para quitar tributos federais. A portaria que autorizou o repasse foi publicada hoje no Diário Oficial da União - quatro dias depois de a Justiça determinar o cumprimento do cronograma do programa, sob pena de multa diária. Essa decisão se referia a um grupo de instituições de ensino superior que ingressou com ação para receber o pagamento do Fies referente a dezembro do ano passado. "Não pode o governo deixar de pagar por serviço já prestado satisfatoriamente, no prazo estipulado, sob pena de enriquecimento ilícito", afirma decisão da juíza federal Sabrina Ferreira, da 23ª vara da Justiça Federal do DF. Foi a segunda liberação de verba do programa neste ano. Em janeiro, o repasse foi de R$ 84 milhões. No ano passado, o orçamento do Fies foi de R$ 13,7 bilhões. HISTÓRICO O setor privado reagiu a medidas do governo que alteraram, no final do ano passado, a quantidade de repasses às empresas mantenedoras para pagamento do Fies. Se antes isso ocorria a cada 30 dias, agora o repasse acontece a cada 45 dias. O que as instituições alegam, no entanto, é que nem mesmo esse cronograma foi cumprido pelo governo federal. Com a liberação da verba ocorrida hoje, fica quitado então o pagamento do Fies do ano de 2014, bem como o pagamento das primeiras parcelas de 2015.
educacao
Após derrota na Justiça, governo libera R$ 376 mi para pagamento do FiesO Ministério da Fazenda informou, nesta sexta-feira (13), que liberou R$ 376,2 milhões para o pagamento do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). O valor deverá ser usado pelas instituições de ensino superior que participam do programa para quitar tributos federais. A portaria que autorizou o repasse foi publicada hoje no Diário Oficial da União - quatro dias depois de a Justiça determinar o cumprimento do cronograma do programa, sob pena de multa diária. Essa decisão se referia a um grupo de instituições de ensino superior que ingressou com ação para receber o pagamento do Fies referente a dezembro do ano passado. "Não pode o governo deixar de pagar por serviço já prestado satisfatoriamente, no prazo estipulado, sob pena de enriquecimento ilícito", afirma decisão da juíza federal Sabrina Ferreira, da 23ª vara da Justiça Federal do DF. Foi a segunda liberação de verba do programa neste ano. Em janeiro, o repasse foi de R$ 84 milhões. No ano passado, o orçamento do Fies foi de R$ 13,7 bilhões. HISTÓRICO O setor privado reagiu a medidas do governo que alteraram, no final do ano passado, a quantidade de repasses às empresas mantenedoras para pagamento do Fies. Se antes isso ocorria a cada 30 dias, agora o repasse acontece a cada 45 dias. O que as instituições alegam, no entanto, é que nem mesmo esse cronograma foi cumprido pelo governo federal. Com a liberação da verba ocorrida hoje, fica quitado então o pagamento do Fies do ano de 2014, bem como o pagamento das primeiras parcelas de 2015.
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Com vaga na semi, São Paulo garante ao menos R$ 4,4 mi extra no caixa
A derrota do São Paulo para o Atlético-MG por 2 a 1, nesta quarta-feira (18), em Belo Horizonte, deu ao time não só a classificação às semifinais da Libertadores, mas garantiu também pelo menos R$ 4,4 milhões ao caixa são-paulino. Esse é o valor que a Conmebol paga aos times que chegam na fase semifinal da competição continental. Caso o São Paulo chegue à final, receberá mais US$ 1,5 mi (R$ 5,3 mi), valor que será dobrado em caso de título. Até as quartas de final, o time tricolor já havia arrecadado US$ 3,9 mi (R$ 13,8 mi), somente com premiações. E se a renda dos jogos do clube na competição for somada a esse valor, o montante chega a R$ 23,3 mi. Na última partida do São Paulo pela Libertadores no Morumbi, contra o Atlético-MG, o clube teve o recorde de público no ano no Brasil –61.297 pagantes– e renda de R$ 4.137.596. Mesmo com a queda da grade, que deixou 16 torcedores feridos no primeiro jogo contra o Atlético-MG, o São Paulo deve mandar a partida da semifinal no Morumbi. Caso a renda seja similar, o clube poderá arrecadar mais de R$ 8,5 mi. O valor é significativo para o clube que apresentou déficit de aproximadamente R$ 72 milhões no ano passado. A Polícia Militar liberou o Morumbi para receber o jogo entre São Paulo e Internacional, no próximo domingo (22), pelo Campeonato Brasileiro. Haverá, porém, alguma restrição (ainda não definida) no setor térreo, por causa do acidente. SEMIFINAL Na semifinal, o São Paulo deve pegar o vencedor de Atlético Nacional (COL) e Rosario Central (ARG), que jogam às 22h45 desta quinta (19), em Medellín —o time argentino venceu na ida (1 a 0). Porém, caso Rosario e Boca Juniors (ARG) passem, os argentinos se enfrentarão obrigatoriamente na semifinal —aí, o São Paulo pegará o vencedor de Independiente del Valle (EQU) e Pumas (MEX). Na primeira partida, os equatorianos venceram por 2 a 1. As semifinais e as finais da competição serão realizadas em julho.
esporte
Com vaga na semi, São Paulo garante ao menos R$ 4,4 mi extra no caixaA derrota do São Paulo para o Atlético-MG por 2 a 1, nesta quarta-feira (18), em Belo Horizonte, deu ao time não só a classificação às semifinais da Libertadores, mas garantiu também pelo menos R$ 4,4 milhões ao caixa são-paulino. Esse é o valor que a Conmebol paga aos times que chegam na fase semifinal da competição continental. Caso o São Paulo chegue à final, receberá mais US$ 1,5 mi (R$ 5,3 mi), valor que será dobrado em caso de título. Até as quartas de final, o time tricolor já havia arrecadado US$ 3,9 mi (R$ 13,8 mi), somente com premiações. E se a renda dos jogos do clube na competição for somada a esse valor, o montante chega a R$ 23,3 mi. Na última partida do São Paulo pela Libertadores no Morumbi, contra o Atlético-MG, o clube teve o recorde de público no ano no Brasil –61.297 pagantes– e renda de R$ 4.137.596. Mesmo com a queda da grade, que deixou 16 torcedores feridos no primeiro jogo contra o Atlético-MG, o São Paulo deve mandar a partida da semifinal no Morumbi. Caso a renda seja similar, o clube poderá arrecadar mais de R$ 8,5 mi. O valor é significativo para o clube que apresentou déficit de aproximadamente R$ 72 milhões no ano passado. A Polícia Militar liberou o Morumbi para receber o jogo entre São Paulo e Internacional, no próximo domingo (22), pelo Campeonato Brasileiro. Haverá, porém, alguma restrição (ainda não definida) no setor térreo, por causa do acidente. SEMIFINAL Na semifinal, o São Paulo deve pegar o vencedor de Atlético Nacional (COL) e Rosario Central (ARG), que jogam às 22h45 desta quinta (19), em Medellín —o time argentino venceu na ida (1 a 0). Porém, caso Rosario e Boca Juniors (ARG) passem, os argentinos se enfrentarão obrigatoriamente na semifinal —aí, o São Paulo pegará o vencedor de Independiente del Valle (EQU) e Pumas (MEX). Na primeira partida, os equatorianos venceram por 2 a 1. As semifinais e as finais da competição serão realizadas em julho.
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Atacantes brilham, e São Paulo abre boa vantagem contra o Vasco
A prioridade no São Paulo é a Copa do Brasil. E o time provou isso na noite desta quarta-feira (23). Derrotou o Vasco da Gama por 3 a 0, no Morumbi, no primeiro confronto das quartas de final. O atacante Alexandre Pato foi o autor de dois gols. Luis Fabiano fez o terceiro. Eles garantiram ao São Paulo a vantagem de jogar por um empate ou até derrota por dois gols de diferença na próxima quarta-feira (30), em São Januário, no Rio, para avançar à semifinal. Caso marque, pode perder por três gols de diferença. O São Paulo teve força máxima para enfrentar o Vasco. O técnico Juan Carlos Osorio escalou entre os titulares Rogério Ceni, Michel Bastos, Paulo Henrique Ganso, Pato e Luis Fabiano, os principais nomes do elenco tricolor. O treinador chegou a declarar que a briga pelo título da Copa do Brasil é a prioridade do São Paulo. O que o fez poupar alguns titulares na derrota para o Avaí, no domingo (20), pelo Brasileiro. São Paulo 3 x 0 Vasco O Vasco, que tenta escapar do rebaixamento no Nacional, também estava com seus principais jogadores. E dificultou a vida tricolor nos minutos iniciais do confronto. Bem fechado defensivamente, não deu chances para o São Paulo finalizar nos minutos iniciais da partida. Para abrir o placar valeu o talento de Pato. Livre de marcação na meia direita, ele chutou com força de fora da área, aos 26 min do primeiro tempo. A bola subiu e entrou do lado esquerdo do gol, quase no ângulo. Um golaço. Onze minutos depois, o atacante voltou a marcar. Dessa vez fez um gol "feio". Aproveitou rebote do goleiro Martín Silva em defesa de chute de Luis Fabiano e marcou. O companheiro de Pato chegou, criou até mais chances para marcar, mas conseguiu anotar apenas uma vez. Aos 30 min do segundo tempo, Luis Fabiano aproveitou cruzamento de Wilder e fez o dele. Pouco depois, ele caiu no gramado, após sentir dores abdominais, foi retirado de maca e deixou o São Paulo com dez -todas as alterações já tinham sido feitas. O atacante foi encaminhado ao hospital com suspeita de trauma no tórax. Quem também teve atuação destacada foi o meia Ganso. A maioria das jogadas ofensivas começaram ou passaram pelos pés do camisa 10. Pato e Ganso devem estar em campo neste domingo (27), diante do Palmeiras, em jogo pelo Brasileiro. Apesar de priorizar a Copa do Brasil, Osorio não pretende desprezar o Nacional, uma vez que o time briga por vaga no G4. PATO NA HISTÓRIA Autor de 24 gols nesta temporada, Pato gravou o nome dele na história do Morumbi na vitória sobre o Vasco. O seu primeiro gol foi o de número 3.000 do estádio, o que coloca o atacante ao lado de Peixinho (1960) e Sidnei (1985), autores do primeiro e do milésimo gols no Morumbi, respectivamente. O gol de número 2.000 foi contra, do lateral direito Moura, do Vitória, em 2000. No total, 374 jogadores já fizeram gols pelo São Paulo no Morumbi. O recordista é Serginho Chulapa, autor de 135. Luis Fabiano é o segundo neste ranking, com 121.
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Atacantes brilham, e São Paulo abre boa vantagem contra o VascoA prioridade no São Paulo é a Copa do Brasil. E o time provou isso na noite desta quarta-feira (23). Derrotou o Vasco da Gama por 3 a 0, no Morumbi, no primeiro confronto das quartas de final. O atacante Alexandre Pato foi o autor de dois gols. Luis Fabiano fez o terceiro. Eles garantiram ao São Paulo a vantagem de jogar por um empate ou até derrota por dois gols de diferença na próxima quarta-feira (30), em São Januário, no Rio, para avançar à semifinal. Caso marque, pode perder por três gols de diferença. O São Paulo teve força máxima para enfrentar o Vasco. O técnico Juan Carlos Osorio escalou entre os titulares Rogério Ceni, Michel Bastos, Paulo Henrique Ganso, Pato e Luis Fabiano, os principais nomes do elenco tricolor. O treinador chegou a declarar que a briga pelo título da Copa do Brasil é a prioridade do São Paulo. O que o fez poupar alguns titulares na derrota para o Avaí, no domingo (20), pelo Brasileiro. São Paulo 3 x 0 Vasco O Vasco, que tenta escapar do rebaixamento no Nacional, também estava com seus principais jogadores. E dificultou a vida tricolor nos minutos iniciais do confronto. Bem fechado defensivamente, não deu chances para o São Paulo finalizar nos minutos iniciais da partida. Para abrir o placar valeu o talento de Pato. Livre de marcação na meia direita, ele chutou com força de fora da área, aos 26 min do primeiro tempo. A bola subiu e entrou do lado esquerdo do gol, quase no ângulo. Um golaço. Onze minutos depois, o atacante voltou a marcar. Dessa vez fez um gol "feio". Aproveitou rebote do goleiro Martín Silva em defesa de chute de Luis Fabiano e marcou. O companheiro de Pato chegou, criou até mais chances para marcar, mas conseguiu anotar apenas uma vez. Aos 30 min do segundo tempo, Luis Fabiano aproveitou cruzamento de Wilder e fez o dele. Pouco depois, ele caiu no gramado, após sentir dores abdominais, foi retirado de maca e deixou o São Paulo com dez -todas as alterações já tinham sido feitas. O atacante foi encaminhado ao hospital com suspeita de trauma no tórax. Quem também teve atuação destacada foi o meia Ganso. A maioria das jogadas ofensivas começaram ou passaram pelos pés do camisa 10. Pato e Ganso devem estar em campo neste domingo (27), diante do Palmeiras, em jogo pelo Brasileiro. Apesar de priorizar a Copa do Brasil, Osorio não pretende desprezar o Nacional, uma vez que o time briga por vaga no G4. PATO NA HISTÓRIA Autor de 24 gols nesta temporada, Pato gravou o nome dele na história do Morumbi na vitória sobre o Vasco. O seu primeiro gol foi o de número 3.000 do estádio, o que coloca o atacante ao lado de Peixinho (1960) e Sidnei (1985), autores do primeiro e do milésimo gols no Morumbi, respectivamente. O gol de número 2.000 foi contra, do lateral direito Moura, do Vitória, em 2000. No total, 374 jogadores já fizeram gols pelo São Paulo no Morumbi. O recordista é Serginho Chulapa, autor de 135. Luis Fabiano é o segundo neste ranking, com 121.
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Leitores comentam manobras fiscais na Caixa Econômica Federal
Diferentemente do que dizem os responsáveis da Caixa, as pedaladas não eram "transações", mas sim uma modalidade de empréstimos de curto prazo muito comum e conhecida por "cheque especial" (Para dirigente do banco, transações não são empréstimos, "Poder", 26/4). Alegar que as transações não ficaram no negativo por mais de 30 dias ou que os volumes eram pequenos é uma desculpa inválida. ULF HERMANN MONDL (Florianópolis, SC) * * Se ficar no vermelho não é empréstimo, por que cobram juros, altíssimos, no cheque especial? RAMON PEREZ (Curitiba, PR) * A utilização das manobras fiscais, consistentes em atrasar o envio de dinheiro do Tesouro principalmente à CEF para quitação de obrigações do governo (e consequente não contabilização de sua saída, evitando o aparecimento de deficits) é pratica antiga, também utilizada pelos governos de FHC e de Lula, embora em menor escala se comparada à do atual governo de Dilma Roussef. Sendo essa prática legalmente proibida, ficaram os três governantes sujeitos às penas dos crimes de responsabilidade. Mas nunca ninguém foi punido, nem sequer aventada essa hipótese até agora, quando Dilma, em declínio recorde de popularidade, em razão de inconfessáveis (para ela) erros de gestão, passou a ser a primeira acusada. Claro que FHC, cujos governos não foram melhores (e até piores em aspectos como letargia, desemprego em massa e manobras continuístas), desaprova o impeachment da colega por esse motivo. E dificilmente sem a autorização dele, como ocorreu por ocasião do mensalão, com Lula, o processo terá curso exitoso. ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores comentam manobras fiscais na Caixa Econômica FederalDiferentemente do que dizem os responsáveis da Caixa, as pedaladas não eram "transações", mas sim uma modalidade de empréstimos de curto prazo muito comum e conhecida por "cheque especial" (Para dirigente do banco, transações não são empréstimos, "Poder", 26/4). Alegar que as transações não ficaram no negativo por mais de 30 dias ou que os volumes eram pequenos é uma desculpa inválida. ULF HERMANN MONDL (Florianópolis, SC) * * Se ficar no vermelho não é empréstimo, por que cobram juros, altíssimos, no cheque especial? RAMON PEREZ (Curitiba, PR) * A utilização das manobras fiscais, consistentes em atrasar o envio de dinheiro do Tesouro principalmente à CEF para quitação de obrigações do governo (e consequente não contabilização de sua saída, evitando o aparecimento de deficits) é pratica antiga, também utilizada pelos governos de FHC e de Lula, embora em menor escala se comparada à do atual governo de Dilma Roussef. Sendo essa prática legalmente proibida, ficaram os três governantes sujeitos às penas dos crimes de responsabilidade. Mas nunca ninguém foi punido, nem sequer aventada essa hipótese até agora, quando Dilma, em declínio recorde de popularidade, em razão de inconfessáveis (para ela) erros de gestão, passou a ser a primeira acusada. Claro que FHC, cujos governos não foram melhores (e até piores em aspectos como letargia, desemprego em massa e manobras continuístas), desaprova o impeachment da colega por esse motivo. E dificilmente sem a autorização dele, como ocorreu por ocasião do mensalão, com Lula, o processo terá curso exitoso. ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Dunga convocará duas seleções ao mesmo tempo a partir de setembro
O projeto de convocar atletas da seleção olímpica (sub-23) em paralelo ao time principal nas datas-Fifa vai permanecer, mesmo com Dunga como técnico dos dois times. A partir de setembro, o treinador fará duas convocações: uma da seleção principal e outra de atletas com idade olímpica, para amistosos. "Ele convocará o time olímpico, e terá a ajuda do [Rogério] Micale na preparação do time, sempre com Dunga participando de tudo", disse à Folha Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções da CBF. Micale é técnico do sub-20 e foi vice-campeão mundial na semana passada. O projeto iniciado com Alexandre Gallo ficou em xeque com sua demissão, no início de maio, já que Dunga assumiu também o time olímpico e não poderia treinar as duas equipes ao mesmo tempo. As datas-Fifa são os períodos de dez dias, em alguns meses do ano, em que os clubes são obrigados a liberar atletas para a seleção. Como a maioria dos jogadores com idade olímpica estão fora do Brasil, é nesse período que o técnico tem tempo para reunir o elenco e treinar. Rogério Micale, que estava na base do Atlético-MG, foi contratado como técnico da seleção sub-20 também em maio, às véspera do início dos treinamentos para o Mundial, que aconteceu do fim de maio a junho na Nova Zelândia. O vice-campeonato, perdendo a final na prorrogação para a Sérvia, foi muito bem avaliado dentro da CBF, e Micale ganhou a confiança de Dunga para ajudá-lo no trabalho do time olímpico –ele, provavelmente, será um dos auxiliares durante o torneio, que acontecerá no Brasil, em 2016. Esse é o único título que falta ao futebol brasileiro. Outra mudança será que os jogos não acontecerão apenas no Brasil, como vinha acontecendo. A ideia de tornar atletas jovens e que saíram cedo do país conhecidos no Brasil foi abandonada em troca da possibilidade de fazer amistosos contra adversários mais fortes na Europa. Infográfico Seleções na Copa América
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Dunga convocará duas seleções ao mesmo tempo a partir de setembroO projeto de convocar atletas da seleção olímpica (sub-23) em paralelo ao time principal nas datas-Fifa vai permanecer, mesmo com Dunga como técnico dos dois times. A partir de setembro, o treinador fará duas convocações: uma da seleção principal e outra de atletas com idade olímpica, para amistosos. "Ele convocará o time olímpico, e terá a ajuda do [Rogério] Micale na preparação do time, sempre com Dunga participando de tudo", disse à Folha Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções da CBF. Micale é técnico do sub-20 e foi vice-campeão mundial na semana passada. O projeto iniciado com Alexandre Gallo ficou em xeque com sua demissão, no início de maio, já que Dunga assumiu também o time olímpico e não poderia treinar as duas equipes ao mesmo tempo. As datas-Fifa são os períodos de dez dias, em alguns meses do ano, em que os clubes são obrigados a liberar atletas para a seleção. Como a maioria dos jogadores com idade olímpica estão fora do Brasil, é nesse período que o técnico tem tempo para reunir o elenco e treinar. Rogério Micale, que estava na base do Atlético-MG, foi contratado como técnico da seleção sub-20 também em maio, às véspera do início dos treinamentos para o Mundial, que aconteceu do fim de maio a junho na Nova Zelândia. O vice-campeonato, perdendo a final na prorrogação para a Sérvia, foi muito bem avaliado dentro da CBF, e Micale ganhou a confiança de Dunga para ajudá-lo no trabalho do time olímpico –ele, provavelmente, será um dos auxiliares durante o torneio, que acontecerá no Brasil, em 2016. Esse é o único título que falta ao futebol brasileiro. Outra mudança será que os jogos não acontecerão apenas no Brasil, como vinha acontecendo. A ideia de tornar atletas jovens e que saíram cedo do país conhecidos no Brasil foi abandonada em troca da possibilidade de fazer amistosos contra adversários mais fortes na Europa. Infográfico Seleções na Copa América
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Susana Vieira diz que posaria nua: 'Podem convidar'
A passagem de Susana Vieira em direção à concentração da Grande Rio provoca alvoroço. "Linda, gostosa!", gritam pessoas do alto de um viaduto. Ela agradece, desobedece aos guarda-costas e para o cortejo para tirar fotos. * "O corpo ficou assim porque Deus existe!", diverte-se Susana, de "meias da Beyoncé", que torneiam as pernas e disfarçam celulite. "Quem é mais poderosa? Beyoncé, meu amor. Ainda não cheguei lá! Mas eu levo um pouquinho de Beyoncé na vida no coração." * Diz que achou "ótimo" a revista "Playboy" parar de pagar às estrelas de capa. * "Eu já saí quatro vezes na 'Playboy' e não recebi nada. Antes, a gente ficava nua artisticamente. Não tava vendendo o corpo para a revista, mas se mostrando nua." * Conta que uma vez pediu dinheiro para dar entrevista à publicação, que se recusou a pagar. "Eu falei: então o meu corpo tem preço, e a minha cabeça vale muito mais que meu corpo. Então eu não vou dar entrevista de graça." * Lili, a integrante da escola que é a "babá" dela no desfile, oferece água e dá uma banana na boca da atriz pouco antes de ela entrar para desfilar na avenida. "Nem sei pra que é! Tudo que ela me dá eu aceito", diz, risonha. * Aos 73 anos de idade, diz que posaria nua outra vez. "Lógico, não tenho o menor problema! Podem convidar. Meu amor, hoje em dia até as garotas de 12 anos estão usando muito o Photoshop. Então poderiam fazer o que quisessem comigo que eu tô totalmente disponível."
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Susana Vieira diz que posaria nua: 'Podem convidar'A passagem de Susana Vieira em direção à concentração da Grande Rio provoca alvoroço. "Linda, gostosa!", gritam pessoas do alto de um viaduto. Ela agradece, desobedece aos guarda-costas e para o cortejo para tirar fotos. * "O corpo ficou assim porque Deus existe!", diverte-se Susana, de "meias da Beyoncé", que torneiam as pernas e disfarçam celulite. "Quem é mais poderosa? Beyoncé, meu amor. Ainda não cheguei lá! Mas eu levo um pouquinho de Beyoncé na vida no coração." * Diz que achou "ótimo" a revista "Playboy" parar de pagar às estrelas de capa. * "Eu já saí quatro vezes na 'Playboy' e não recebi nada. Antes, a gente ficava nua artisticamente. Não tava vendendo o corpo para a revista, mas se mostrando nua." * Conta que uma vez pediu dinheiro para dar entrevista à publicação, que se recusou a pagar. "Eu falei: então o meu corpo tem preço, e a minha cabeça vale muito mais que meu corpo. Então eu não vou dar entrevista de graça." * Lili, a integrante da escola que é a "babá" dela no desfile, oferece água e dá uma banana na boca da atriz pouco antes de ela entrar para desfilar na avenida. "Nem sei pra que é! Tudo que ela me dá eu aceito", diz, risonha. * Aos 73 anos de idade, diz que posaria nua outra vez. "Lógico, não tenho o menor problema! Podem convidar. Meu amor, hoje em dia até as garotas de 12 anos estão usando muito o Photoshop. Então poderiam fazer o que quisessem comigo que eu tô totalmente disponível."
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Sem cobradores de destaque, despenca média de gols de falta no Brasileiro
As cobranças de faltas próximas da grande área faziam o torcedor ficar em pé na arquibancada e esfregar as mãos na esperança de um gol. Ultimamente, porém, já não há motivos para o entusiasmo, ao menos no Campeonato Brasileiro. Levantamento da Folha mostra que a atual edição do torneio registra a pior média de gols de faltas diretas da década. A pesquisa levou em conta apenas cobranças com um toque na bola. Nas 34 rodadas disputadas até o momento, somente 14 vezes a rede balançou desta maneira, o que dá uma média de 0,41 gols. Gustavo Scarpa, do Fluminense, foi o único jogador que marcou mais de uma vez assim. O futebol brasileiro já contou com exímios batedores de falta, como Zico, Roberto Carlos, Marcos Assunção, Ronaldinho Gaúcho, Marcelinho Carioca e Rogério Ceni. O ex-goleiro, por exemplo, fez quatro gols no Brasileiro-2006, quando o São Paulo conquistou o seu primeiro título nos pontos corridos. Contemporâneo de Ceni, o ex-palmeirense Marcos Assunção fez 12 gols em duas edições do torneio –cinco em 2010 e sete em 2011. Os dois anos registraram as maiores média da década: 1,15 gols por rodada, o que representa quase o triplo deste ano. "Falta aos jogadores treinarem mais cobranças. Falta quererem um pouquinho mais", diz o ex-volante. "No Palmeiras, eu pedia para os funcionários aumentarem o grau de dificuldade. Pedia para aumentar a altura da barreira de treinamento. Elas têm 1,80 m, mas no jogo enfrentamos jogadores que têm mais de 1,90 m de altura", conta Assunção, que afirma que repetia 150 cobranças por treino. Assim como Assunção, Marcelinho Carioca credita seu sucesso nas faltas à insistência nos treinamentos. "Eu usava a mesma chuteira que utilizaria na partida e procurava criar dificuldades nos treinamentos, como diminuir a distância da barreira, além de analisar o posicionamento do goleiro", afirma o meia, 45, autor de quatro gols de falta no título brasileiro conquistado pelo Corinthians em 1998. Outro que cita a importância da repetição antes dos jogos é o ex-meia Alex, 39, ex-Palmeiras e Coritiba. Gols de falta no Brasileiro é o pior da década - "O que eu fazia era treinar com a barreira mais perto, uns seis ou sete metros, para dar uma facilitada na hora do jogo. Os meninos que estão surgindo agora precisam treinar para quando estiverem com 23, 24 anos encontrem a batida certa", afirma. Milton Cruz, que trabalhou com Rogério Ceni por mais de 15 anos, diz que o ex-goleiro treinava de 80 a 100 faltas por dia. Ele acumulou 132 gols de bola parada em sua carreira dedicada ao São Paulo. "Ele chegava antes do treino e colocava o colete no travessão e ficava cobrando falta. Nos jogos, o Ceni tinha um truque. Ele esperava o árbitro contar os passos da barreira e ajeitava a bola um passo para trás, já que sabia que a barreira ia andar", conta Cruz. Para Oswaldo de Oliveira, atual técnico do Corinthians, os jogadores continuam "treinando normalmente". O que mudou foi a forma com que as partidas se desenvolvem. "Como a frente do gol tem sido muito bloqueada, as equipes têm jogado mais pelas laterais. Diminuiu muito o fluxo na frente da área. É muito difícil você ver alguém correndo atrás de jogador naquela região. Com isso, diminuiu o número de faltas na entrada da área", analisa. O último gol de falta na atual edição do Campeonato Brasileiro foi marcado pelo meia-atacante do Altético-MG, o venezuelano Otero, na 32ª rodada. Artilheiros por ano -
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Sem cobradores de destaque, despenca média de gols de falta no BrasileiroAs cobranças de faltas próximas da grande área faziam o torcedor ficar em pé na arquibancada e esfregar as mãos na esperança de um gol. Ultimamente, porém, já não há motivos para o entusiasmo, ao menos no Campeonato Brasileiro. Levantamento da Folha mostra que a atual edição do torneio registra a pior média de gols de faltas diretas da década. A pesquisa levou em conta apenas cobranças com um toque na bola. Nas 34 rodadas disputadas até o momento, somente 14 vezes a rede balançou desta maneira, o que dá uma média de 0,41 gols. Gustavo Scarpa, do Fluminense, foi o único jogador que marcou mais de uma vez assim. O futebol brasileiro já contou com exímios batedores de falta, como Zico, Roberto Carlos, Marcos Assunção, Ronaldinho Gaúcho, Marcelinho Carioca e Rogério Ceni. O ex-goleiro, por exemplo, fez quatro gols no Brasileiro-2006, quando o São Paulo conquistou o seu primeiro título nos pontos corridos. Contemporâneo de Ceni, o ex-palmeirense Marcos Assunção fez 12 gols em duas edições do torneio –cinco em 2010 e sete em 2011. Os dois anos registraram as maiores média da década: 1,15 gols por rodada, o que representa quase o triplo deste ano. "Falta aos jogadores treinarem mais cobranças. Falta quererem um pouquinho mais", diz o ex-volante. "No Palmeiras, eu pedia para os funcionários aumentarem o grau de dificuldade. Pedia para aumentar a altura da barreira de treinamento. Elas têm 1,80 m, mas no jogo enfrentamos jogadores que têm mais de 1,90 m de altura", conta Assunção, que afirma que repetia 150 cobranças por treino. Assim como Assunção, Marcelinho Carioca credita seu sucesso nas faltas à insistência nos treinamentos. "Eu usava a mesma chuteira que utilizaria na partida e procurava criar dificuldades nos treinamentos, como diminuir a distância da barreira, além de analisar o posicionamento do goleiro", afirma o meia, 45, autor de quatro gols de falta no título brasileiro conquistado pelo Corinthians em 1998. Outro que cita a importância da repetição antes dos jogos é o ex-meia Alex, 39, ex-Palmeiras e Coritiba. Gols de falta no Brasileiro é o pior da década - "O que eu fazia era treinar com a barreira mais perto, uns seis ou sete metros, para dar uma facilitada na hora do jogo. Os meninos que estão surgindo agora precisam treinar para quando estiverem com 23, 24 anos encontrem a batida certa", afirma. Milton Cruz, que trabalhou com Rogério Ceni por mais de 15 anos, diz que o ex-goleiro treinava de 80 a 100 faltas por dia. Ele acumulou 132 gols de bola parada em sua carreira dedicada ao São Paulo. "Ele chegava antes do treino e colocava o colete no travessão e ficava cobrando falta. Nos jogos, o Ceni tinha um truque. Ele esperava o árbitro contar os passos da barreira e ajeitava a bola um passo para trás, já que sabia que a barreira ia andar", conta Cruz. Para Oswaldo de Oliveira, atual técnico do Corinthians, os jogadores continuam "treinando normalmente". O que mudou foi a forma com que as partidas se desenvolvem. "Como a frente do gol tem sido muito bloqueada, as equipes têm jogado mais pelas laterais. Diminuiu muito o fluxo na frente da área. É muito difícil você ver alguém correndo atrás de jogador naquela região. Com isso, diminuiu o número de faltas na entrada da área", analisa. O último gol de falta na atual edição do Campeonato Brasileiro foi marcado pelo meia-atacante do Altético-MG, o venezuelano Otero, na 32ª rodada. Artilheiros por ano -
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Escritoras americanas defendem o fim das desculpas
As crianças são ensinadas a pedir desculpas às pessoas que elas machucam ou ofendem, mas muitos jovens veem nessa prática uma injustiça ocasional: "Mas eu não me sinto culpado!", protestam. Mesmo os adultos ainda têm dificuldades sobre quando e como dizer "desculpe". Para Sloane Crosley, as mulheres com frequência pedem desculpas por coisas que não são sua culpa. Para entender a razão disso, ela recorreu a um estudo na revista "Psychological Science" que relatava que as mulheres tinham "um limiar mais baixo do que representa um comportamento ofensivo". Ainda assim, ela não ficou convencida. "Algo incongruente acontece no comportamento das mulheres que não pode ser creditado à polidez reflexiva", escreveu no jornal "The New York Times". Fazendo uma refeição em um restaurante, Crosley encontrou terra em sua salada. Então, ela se desculpou ao garçom e pediu para ver novamente o cardápio. Esse raciocínio, propôs ela, é uma tentativa de chamar a atenção para o fato de que quem ouve o pedido é quem deveria realmente pedir desculpas. É a mesma disposição mental usada quando você pede desculpas a alguém que esbarrou em você. Infelizmente, essa tática raramente traz a consequência desejada. "Então deveríamos parar com isso", escreveu Crosley, porque esses pedidos de desculpas sem sentido estão "ocupando um tempo que deveria ser usado para fazer declarações lógicas, expressar opiniões e transmitir impressões exatas do que queremos". Laura Zigman é uma autointitulada "terrível não desculpadora". Ela tem um estilo próprio de desculpas quando não sente culpa, mesmo quando deveria sentir remorso por ser, de fato, culpada do que a acusam. Ela deixou o tanque do carro quase vazio quando seu marido precisava viajar? Sua resposta: "Desculpe-me por não ser tão obcecada pelo nível do combustível quanto você!", escreveu. "Esses falsos pedidos de desculpas são tão embaraçosos que eles deveriam nos revoltar por mostrar nosso comportamento infantil e nossa falta de personalidade. Antes de pronunciar um deles, deveríamos parar e imediatamente (talvez até sinceramente) manifestar vergonha e remorso", escreveu ela. No entanto, não é isso que acontece. Buscando uma solução, ela pediu o conselho de Marjorie Ingall, fundadora do site Sorrywatch.com. A resposta de Ingall foi "pense no pedido de desculpas como um ato de decência e coragem, porque ele o é". A melhor maneira de abordá-lo, aconselhou Ingall, é "respirar fundo e saltar, como se você estivesse mergulhando de um trampolim pela primeira vez". Isso não parece se aplicar a muitos namoros de hoje. Porque se amar significa nunca ter de pedir desculpas, então não estar apaixonado significa não ter de dizer nada. Em vez disso, você pode se apoiar na muleta do "ghosting". Como explicou o "NYT", "ghosting" [algo como "virar fantasma"] "significa encerrar um relacionamento romântico cortando todo contato e ignorando as tentativas de aproximação do(a) ex-parceiro(a)". Se alguém que você namorou ou com quem teve uma relação romântica lhe enviar uma mensagem de texto e você decidir que não quer mais ver ou falar com essa pessoa, o "ghosting" manda que você dê à pessoa o tratamento do silêncio. Não mais telefonemas, não mais mensagens. O silêncio falará mil palavras -mas não esta: "Desculpe".
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Escritoras americanas defendem o fim das desculpasAs crianças são ensinadas a pedir desculpas às pessoas que elas machucam ou ofendem, mas muitos jovens veem nessa prática uma injustiça ocasional: "Mas eu não me sinto culpado!", protestam. Mesmo os adultos ainda têm dificuldades sobre quando e como dizer "desculpe". Para Sloane Crosley, as mulheres com frequência pedem desculpas por coisas que não são sua culpa. Para entender a razão disso, ela recorreu a um estudo na revista "Psychological Science" que relatava que as mulheres tinham "um limiar mais baixo do que representa um comportamento ofensivo". Ainda assim, ela não ficou convencida. "Algo incongruente acontece no comportamento das mulheres que não pode ser creditado à polidez reflexiva", escreveu no jornal "The New York Times". Fazendo uma refeição em um restaurante, Crosley encontrou terra em sua salada. Então, ela se desculpou ao garçom e pediu para ver novamente o cardápio. Esse raciocínio, propôs ela, é uma tentativa de chamar a atenção para o fato de que quem ouve o pedido é quem deveria realmente pedir desculpas. É a mesma disposição mental usada quando você pede desculpas a alguém que esbarrou em você. Infelizmente, essa tática raramente traz a consequência desejada. "Então deveríamos parar com isso", escreveu Crosley, porque esses pedidos de desculpas sem sentido estão "ocupando um tempo que deveria ser usado para fazer declarações lógicas, expressar opiniões e transmitir impressões exatas do que queremos". Laura Zigman é uma autointitulada "terrível não desculpadora". Ela tem um estilo próprio de desculpas quando não sente culpa, mesmo quando deveria sentir remorso por ser, de fato, culpada do que a acusam. Ela deixou o tanque do carro quase vazio quando seu marido precisava viajar? Sua resposta: "Desculpe-me por não ser tão obcecada pelo nível do combustível quanto você!", escreveu. "Esses falsos pedidos de desculpas são tão embaraçosos que eles deveriam nos revoltar por mostrar nosso comportamento infantil e nossa falta de personalidade. Antes de pronunciar um deles, deveríamos parar e imediatamente (talvez até sinceramente) manifestar vergonha e remorso", escreveu ela. No entanto, não é isso que acontece. Buscando uma solução, ela pediu o conselho de Marjorie Ingall, fundadora do site Sorrywatch.com. A resposta de Ingall foi "pense no pedido de desculpas como um ato de decência e coragem, porque ele o é". A melhor maneira de abordá-lo, aconselhou Ingall, é "respirar fundo e saltar, como se você estivesse mergulhando de um trampolim pela primeira vez". Isso não parece se aplicar a muitos namoros de hoje. Porque se amar significa nunca ter de pedir desculpas, então não estar apaixonado significa não ter de dizer nada. Em vez disso, você pode se apoiar na muleta do "ghosting". Como explicou o "NYT", "ghosting" [algo como "virar fantasma"] "significa encerrar um relacionamento romântico cortando todo contato e ignorando as tentativas de aproximação do(a) ex-parceiro(a)". Se alguém que você namorou ou com quem teve uma relação romântica lhe enviar uma mensagem de texto e você decidir que não quer mais ver ou falar com essa pessoa, o "ghosting" manda que você dê à pessoa o tratamento do silêncio. Não mais telefonemas, não mais mensagens. O silêncio falará mil palavras -mas não esta: "Desculpe".
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Palmeiras anuncia contratação de meia Ryder Matos, da Fiorentina
Após oficializar as contratações do zagueiro Jackson e do meia Alan Patrick, o Palmeiras anunciou na noite desta segunda-feira (19) a contratação do meia Ryder Matos, da Fiorentina. O jogador assinou contrato de empréstimo com duração de um ano. "Estou muito feliz por estar em um clube grande como o Palmeiras. Quando soube dessa sondagem, fiquei muito contente e agora vou procurar conquistar o meu espaço nos treinamentos para, quando tiver oportunidade, fazer grandes coisas aqui no Palmeiras", afirmou o atleta. Formado nas categorias de base do Vitória, Matos transferiu-se para a Fiorentina, da Itália, aos 14 anos, e até hoje tem seus direito econômicos vinculados ao clube. Em 2014, ele jogou pelo Córdoba, da Espanha. "Fui muito novo para fora do país, fiquei muito tempo na Fiorentina e depois tive um período de seis meses no Córdoba, da Espanha, e acho que adquiri bastante experiência tanto taticamente como tecnicamente. Acho que isso vai me ajudar a fazer um bom campeonato", disse. "Já conhecia o Kelvin, joguei com ele na base da seleção brasileira e já estou me ambientando. Ele também saiu muito novo, então somos dois que vamos nos acostumar ao futebol daqui", completou. "Sou um jogador muito rápido, gosto de partir pra cima e sou bem no drible. Sempre que possível, chego à área para fazer gols", finalizou o meia com passagens pelas categorias de base da seleção brasileira.
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Palmeiras anuncia contratação de meia Ryder Matos, da FiorentinaApós oficializar as contratações do zagueiro Jackson e do meia Alan Patrick, o Palmeiras anunciou na noite desta segunda-feira (19) a contratação do meia Ryder Matos, da Fiorentina. O jogador assinou contrato de empréstimo com duração de um ano. "Estou muito feliz por estar em um clube grande como o Palmeiras. Quando soube dessa sondagem, fiquei muito contente e agora vou procurar conquistar o meu espaço nos treinamentos para, quando tiver oportunidade, fazer grandes coisas aqui no Palmeiras", afirmou o atleta. Formado nas categorias de base do Vitória, Matos transferiu-se para a Fiorentina, da Itália, aos 14 anos, e até hoje tem seus direito econômicos vinculados ao clube. Em 2014, ele jogou pelo Córdoba, da Espanha. "Fui muito novo para fora do país, fiquei muito tempo na Fiorentina e depois tive um período de seis meses no Córdoba, da Espanha, e acho que adquiri bastante experiência tanto taticamente como tecnicamente. Acho que isso vai me ajudar a fazer um bom campeonato", disse. "Já conhecia o Kelvin, joguei com ele na base da seleção brasileira e já estou me ambientando. Ele também saiu muito novo, então somos dois que vamos nos acostumar ao futebol daqui", completou. "Sou um jogador muito rápido, gosto de partir pra cima e sou bem no drible. Sempre que possível, chego à área para fazer gols", finalizou o meia com passagens pelas categorias de base da seleção brasileira.
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'O Planeta dos Macacos' reflete sobre nossa própria existência
Primeiro, uma nave espacial viaja à velocidade da luz, o que produz um efeito vertiginoso: enquanto os astronautas, Charlton Heston à frente, estão lá, na boa, aqui na Terra se passaram centenas de anos. Estamos em "O Planeta dos Macacos" (1968, 12 anos, Futura, 22h). Num planeta bem parecido com a Terra (e por que não seria a própria Terra?), encontram uma situação estranha: ali os macacos é que dominam os homens –e estes é que não sabem falar. Símios são criaturas inquietantes, por sua estranha semelhança com os humanos. Mais inquietante ainda é saber que a evolução poderia se inverter: que nós homens seríamos um momento da evolução, e não seu ponto máximo... O que primeiro sugere o filme do diretor americano Franklin Schaffner, inspirado no livro do francês Pierre Boulle, é uma reflexão sobre quem somos: origens e evolução. Mas a questão também pode ser sobre o que nós, homens, fazemos a nós mesmos: como nos destruímos, como podemos involuir.
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'O Planeta dos Macacos' reflete sobre nossa própria existênciaPrimeiro, uma nave espacial viaja à velocidade da luz, o que produz um efeito vertiginoso: enquanto os astronautas, Charlton Heston à frente, estão lá, na boa, aqui na Terra se passaram centenas de anos. Estamos em "O Planeta dos Macacos" (1968, 12 anos, Futura, 22h). Num planeta bem parecido com a Terra (e por que não seria a própria Terra?), encontram uma situação estranha: ali os macacos é que dominam os homens –e estes é que não sabem falar. Símios são criaturas inquietantes, por sua estranha semelhança com os humanos. Mais inquietante ainda é saber que a evolução poderia se inverter: que nós homens seríamos um momento da evolução, e não seu ponto máximo... O que primeiro sugere o filme do diretor americano Franklin Schaffner, inspirado no livro do francês Pierre Boulle, é uma reflexão sobre quem somos: origens e evolução. Mas a questão também pode ser sobre o que nós, homens, fazemos a nós mesmos: como nos destruímos, como podemos involuir.
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Mãe e irmã de promotor morto são interrogadas pela Justiça na Argentina
A mãe e a irmã do promotor argentino Alberto Nisman, que apareceu morto em janeiro deste ano em um caso ainda sem solução, foram intimadas a depor na Justiça nesta sexta-feira (28). Ela são investigadas em uma causa paralela, que apura supostas operações de lavagem de dinheiro feitas por Nisman. A suspeita apareceu quando a ex-mulher do promotor, a juíza Sandra Arroyo Salgado, revelou a existência de uma conta corrente, em nome de Nisman, no banco americano Merril Lynch, no valor de US$ 667 mil. Além do promotor, seriam beneficiários da conta a sua mãe, Sara Garfunkel, sua irmã, Sandra Nisman, e o seu assistente, Diego Lagomarsino. Salgado desconfia que a morte de Nisman poderia ter sido motivada por questões financeiras. Lagomarsino foi a última pessoa a ver Nisman com vida. Ele admitiu ter emprestado a arma que matou o promotor, mas nega envolvimento com a sua morte. Segundo sua versão, Nisman lhe pediu o revólver porque queria proteger sua família e não confiava em sua escolta oficial. A promotoria ainda não chegou a uma conclusão sobre se Nisman foi vítima de um assassinato ou se suicidou. Ele acusava a presidente Cristina Kirchner e aliados de proteger suspeitos iranianos responsáveis pelo atentado à bomba contra a entidade judaica Amia, em 1994, em Buenos Aires. Oitenta e cinco pessoas morreram na explosão. Com a decisão desta sexta (28), além das parentes de Nisman, serão interrogados Lagomarsino e o empresário Alejandro Picón, dono do Audi Q3 que o promotor usava quando apareceu morto. Eles deverão se apresentar à Justiça na próxima semana. O juiz que conduz a investigação, Rodolfo Canicoba Corral, desconfia que a conta nos EUA e as propriedades em nome de Nisman não sejam compatíveis com o salário que recebia o promotor. A acusação sobre o suposto enriquecimento de Nisman foi utilizada pelo governo para desqualificar a denúncia após a morte do promotor. O caso contra Cristina Kirchner acabou arquivado pela Justiça.
mundo
Mãe e irmã de promotor morto são interrogadas pela Justiça na ArgentinaA mãe e a irmã do promotor argentino Alberto Nisman, que apareceu morto em janeiro deste ano em um caso ainda sem solução, foram intimadas a depor na Justiça nesta sexta-feira (28). Ela são investigadas em uma causa paralela, que apura supostas operações de lavagem de dinheiro feitas por Nisman. A suspeita apareceu quando a ex-mulher do promotor, a juíza Sandra Arroyo Salgado, revelou a existência de uma conta corrente, em nome de Nisman, no banco americano Merril Lynch, no valor de US$ 667 mil. Além do promotor, seriam beneficiários da conta a sua mãe, Sara Garfunkel, sua irmã, Sandra Nisman, e o seu assistente, Diego Lagomarsino. Salgado desconfia que a morte de Nisman poderia ter sido motivada por questões financeiras. Lagomarsino foi a última pessoa a ver Nisman com vida. Ele admitiu ter emprestado a arma que matou o promotor, mas nega envolvimento com a sua morte. Segundo sua versão, Nisman lhe pediu o revólver porque queria proteger sua família e não confiava em sua escolta oficial. A promotoria ainda não chegou a uma conclusão sobre se Nisman foi vítima de um assassinato ou se suicidou. Ele acusava a presidente Cristina Kirchner e aliados de proteger suspeitos iranianos responsáveis pelo atentado à bomba contra a entidade judaica Amia, em 1994, em Buenos Aires. Oitenta e cinco pessoas morreram na explosão. Com a decisão desta sexta (28), além das parentes de Nisman, serão interrogados Lagomarsino e o empresário Alejandro Picón, dono do Audi Q3 que o promotor usava quando apareceu morto. Eles deverão se apresentar à Justiça na próxima semana. O juiz que conduz a investigação, Rodolfo Canicoba Corral, desconfia que a conta nos EUA e as propriedades em nome de Nisman não sejam compatíveis com o salário que recebia o promotor. A acusação sobre o suposto enriquecimento de Nisman foi utilizada pelo governo para desqualificar a denúncia após a morte do promotor. O caso contra Cristina Kirchner acabou arquivado pela Justiça.
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Iraque prepara nova ofensiva para expulsar o Estado Islâmico de Mossul
As Forças Armadas Iraquianas iniciam neste sábado (27) aquele que pode ser o ataque final para a completa retomada de Mossul dos terroristas do Estado Islâmico. Desde o início de maio as tropas iraquianas estão encurralando os extremistas nas partes antigas de Mossul, área mais densamente povoada da cidade e onde os combates devem ser mais duros. Com ruas estreitas e elevação, os soldados não poderão contar com blindados e tanques. A estratégia do Exército é reduzir o número de combatentes ao menor possível para evitar ainda mais baixas em suas fileiras. A data do reinício dos ataques coincide com o começo do Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos. Neste momento, os militantes do Estado Islâmico estão concentrados em uma área de pouco mais de 10 km², mas ainda repleta de civis. Ao longo dos últimos dias, aviões americanos e iraquianos despejaram milhares de folhetos sobre a cidade pedindo que a população abandone suas casas e siga para os campos de refugiados por causa da batalha iminente. Moradores que conseguem escapar das áreas conflagradas, porém, afirmam serem impedidos pelo Estado Islâmico de deixar suas casas. "A situação está muito complicada para nós", diz Ibhahim Mahmood, um padeiro que conseguiu escapar com a mulher, três filhos e seus pais idosos do bairro de 17 Tamous, um dos maiores da cidade, na segunda (22). "Se tentamos fugir, os franco-atiradores do Estado Islâmico nos matam; se ficamos, os ataques aéreos nos matam", diz ele poucos minutos após fugir do porão de sua casa com a ajuda de soldados iraquianos. "Além disso, não há comida, não há água." CERCADOS A ONU estima que ao menos 200 mil pessoas estejam presas nos bairros que ainda estão sob controle do EI. Em declarações ao Conselho de Segurança da ONU, o enviado da entidade ao Iraque, Jan Kubis, informou que há provas de que o EI ampliou de forma significativa o uso de civis como escudo humano nesta fase de combate. Segundo declarações do porta voz da coalizão internacional liderada pelos EUA para combater o EI no Iraque e na Síria, coronel Ryan Dillon, o grande número de civis dificulta o avanço das tropas. "Mossul é a operação militar em ambiente urbano mais complexa das últimas décadas, é impossível determinar uma data para o fim dos combates", afirmou. Quando as batalhas para expulsar o EI de Mossul tiveram início, em outubro de 2016, a expectativa da coalizão e do governo iraquiano era que Mossul fosse retomada em apenas três meses. Apesar das repetidas declarações de preocupação com a população civil pelos militares, tem crescido o número de mortos, sobretudo em ataques aéreos. A ONG Iraq Body Count contabiliza quase 2.000 mortos na cidade nos últimos três meses por causa dos bombardeios aéreos. O uso de artilharia pesada em áreas densamente povoadas também cobra um preço alto à população civil. O recente pedido de esvaziamento das áreas sob domínio do EI pode indicar que as forças iraquianas planejam ampliar os ataques aéreos. Em 17 Tamous, nesta semana, a destruição é total, com grandes crateras nas ruas, carros incendiados e casas reduzidas a escombros. Militares iraquianos também têm sido acusados de assassinatos, prisões indiscriminadas, estupros e tortura. Uma reportagem publicada pela revista alemã "Der Spiegel" nesta semana mostra fotografias e vídeos de soldados da Divisão de Resposta Rápida, uma força de elite treinada pelos EUA, praticando crimes contra civis acusados de pertencerem ao EI. O governo iraquiano prometeu investigar o caso. Assista ao vídeo O Ministério do Interior, porém, afirmou que as fotografias eram montagens. Na segunda (22), a reportagem da Folha testemunhou militares do Exército iraquiano agredindo um civil. Ele estava sob custódia dos soldados da 16ª Divisão do Exército havia três dias. Preso em uma casa a dezenas de metros do front, o homem apresentava ferimentos na orelha direita, típicos de quem teve o lóbulo perfurado por uma faca, tipo de tortura tradicional no Iraque. Diante da reportagem, soldados deram socos em sua cabeça e chutes em suas pernas com naturalidade. O homem, apavorado, dizia ser inocente e fugir do campo de batalha como outros civis. "O pé dele está muito machucado, como alguém que não tirou o sapato por muito tempo, e as mãos estão ressecadas", afirmou o capitão responsável pela unidade que detinha o homem, explicando o motivo da prisão. "Além disso, ele tem cheiro de Daesh, nós conhecemos esse cheiro", disse, aludindo ao acrônimo em árabe para a milícia, antes de perguntar: "O que você acha que devo fazer com ele?"
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Iraque prepara nova ofensiva para expulsar o Estado Islâmico de MossulAs Forças Armadas Iraquianas iniciam neste sábado (27) aquele que pode ser o ataque final para a completa retomada de Mossul dos terroristas do Estado Islâmico. Desde o início de maio as tropas iraquianas estão encurralando os extremistas nas partes antigas de Mossul, área mais densamente povoada da cidade e onde os combates devem ser mais duros. Com ruas estreitas e elevação, os soldados não poderão contar com blindados e tanques. A estratégia do Exército é reduzir o número de combatentes ao menor possível para evitar ainda mais baixas em suas fileiras. A data do reinício dos ataques coincide com o começo do Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos. Neste momento, os militantes do Estado Islâmico estão concentrados em uma área de pouco mais de 10 km², mas ainda repleta de civis. Ao longo dos últimos dias, aviões americanos e iraquianos despejaram milhares de folhetos sobre a cidade pedindo que a população abandone suas casas e siga para os campos de refugiados por causa da batalha iminente. Moradores que conseguem escapar das áreas conflagradas, porém, afirmam serem impedidos pelo Estado Islâmico de deixar suas casas. "A situação está muito complicada para nós", diz Ibhahim Mahmood, um padeiro que conseguiu escapar com a mulher, três filhos e seus pais idosos do bairro de 17 Tamous, um dos maiores da cidade, na segunda (22). "Se tentamos fugir, os franco-atiradores do Estado Islâmico nos matam; se ficamos, os ataques aéreos nos matam", diz ele poucos minutos após fugir do porão de sua casa com a ajuda de soldados iraquianos. "Além disso, não há comida, não há água." CERCADOS A ONU estima que ao menos 200 mil pessoas estejam presas nos bairros que ainda estão sob controle do EI. Em declarações ao Conselho de Segurança da ONU, o enviado da entidade ao Iraque, Jan Kubis, informou que há provas de que o EI ampliou de forma significativa o uso de civis como escudo humano nesta fase de combate. Segundo declarações do porta voz da coalizão internacional liderada pelos EUA para combater o EI no Iraque e na Síria, coronel Ryan Dillon, o grande número de civis dificulta o avanço das tropas. "Mossul é a operação militar em ambiente urbano mais complexa das últimas décadas, é impossível determinar uma data para o fim dos combates", afirmou. Quando as batalhas para expulsar o EI de Mossul tiveram início, em outubro de 2016, a expectativa da coalizão e do governo iraquiano era que Mossul fosse retomada em apenas três meses. Apesar das repetidas declarações de preocupação com a população civil pelos militares, tem crescido o número de mortos, sobretudo em ataques aéreos. A ONG Iraq Body Count contabiliza quase 2.000 mortos na cidade nos últimos três meses por causa dos bombardeios aéreos. O uso de artilharia pesada em áreas densamente povoadas também cobra um preço alto à população civil. O recente pedido de esvaziamento das áreas sob domínio do EI pode indicar que as forças iraquianas planejam ampliar os ataques aéreos. Em 17 Tamous, nesta semana, a destruição é total, com grandes crateras nas ruas, carros incendiados e casas reduzidas a escombros. Militares iraquianos também têm sido acusados de assassinatos, prisões indiscriminadas, estupros e tortura. Uma reportagem publicada pela revista alemã "Der Spiegel" nesta semana mostra fotografias e vídeos de soldados da Divisão de Resposta Rápida, uma força de elite treinada pelos EUA, praticando crimes contra civis acusados de pertencerem ao EI. O governo iraquiano prometeu investigar o caso. Assista ao vídeo O Ministério do Interior, porém, afirmou que as fotografias eram montagens. Na segunda (22), a reportagem da Folha testemunhou militares do Exército iraquiano agredindo um civil. Ele estava sob custódia dos soldados da 16ª Divisão do Exército havia três dias. Preso em uma casa a dezenas de metros do front, o homem apresentava ferimentos na orelha direita, típicos de quem teve o lóbulo perfurado por uma faca, tipo de tortura tradicional no Iraque. Diante da reportagem, soldados deram socos em sua cabeça e chutes em suas pernas com naturalidade. O homem, apavorado, dizia ser inocente e fugir do campo de batalha como outros civis. "O pé dele está muito machucado, como alguém que não tirou o sapato por muito tempo, e as mãos estão ressecadas", afirmou o capitão responsável pela unidade que detinha o homem, explicando o motivo da prisão. "Além disso, ele tem cheiro de Daesh, nós conhecemos esse cheiro", disse, aludindo ao acrônimo em árabe para a milícia, antes de perguntar: "O que você acha que devo fazer com ele?"
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Evento em SP tem vinhos com descontos de até 20%
Será realizada, nesta terça-feira (21), a sexta edição do Encontro de Vinhos Off. O evento vai contar com cerca de 30 produtores nacionais e internacionais e importadoras, como Casa Valduga, Expand e Vinos & Vinos. Visitantes poderão degustar os vinhos em exposição, conversar com os produtores e assistir a palestras sobre a bebida. O preço dos rótulos deve variar de R$ 30 a R$ 600 –muitos terão descontos, em torno de 20%. Além de produtores e importadores, o evento terá a participação de food trucks e expositores como o empório Mestre Queijeiro, de queijos artesanais brasileiros. O encontro será na Casa da Fazenda Morumbi, na zona sul de São Paulo, e o ingresso custa R$ 80. Depois, segue para Ribeirão Preto, Campinas (SP), Belo Horizonte e Curitiba. Também na semana que vem será realizada a feira ExpoVinis, no Expo Center Norte. ENCONTRO DE VINHOS OFF QUANDO terça-feira (21) ONDE Casa da Fazenda Morumbi: av. Morumbi, 5.594 QUANTO R$ 80
comida
Evento em SP tem vinhos com descontos de até 20%Será realizada, nesta terça-feira (21), a sexta edição do Encontro de Vinhos Off. O evento vai contar com cerca de 30 produtores nacionais e internacionais e importadoras, como Casa Valduga, Expand e Vinos & Vinos. Visitantes poderão degustar os vinhos em exposição, conversar com os produtores e assistir a palestras sobre a bebida. O preço dos rótulos deve variar de R$ 30 a R$ 600 –muitos terão descontos, em torno de 20%. Além de produtores e importadores, o evento terá a participação de food trucks e expositores como o empório Mestre Queijeiro, de queijos artesanais brasileiros. O encontro será na Casa da Fazenda Morumbi, na zona sul de São Paulo, e o ingresso custa R$ 80. Depois, segue para Ribeirão Preto, Campinas (SP), Belo Horizonte e Curitiba. Também na semana que vem será realizada a feira ExpoVinis, no Expo Center Norte. ENCONTRO DE VINHOS OFF QUANDO terça-feira (21) ONDE Casa da Fazenda Morumbi: av. Morumbi, 5.594 QUANTO R$ 80
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Síria arranca empate com a Austrália e mantém sonho de disputar a Copa-18
Com um gol de pênalti no final do segundo tempo, a Síria empatou com a Austrália por 1 a 1, nesta quinta-feira (5), em Krubong, na Malásia, no jogo de ida da repescagem das eliminatórias da Ásia para a Copa do Mundo de 2018. Com o resultado, a Síria precisa vencer o jogo de volta, marcado para a próxima terça-feira (10), em Sydney, na Austrália. Já os australianos se classificam com um empate por 0 a 0. O classificado enfrentará o quarto colocado das eliminatórias da Concacaf, para, aí sim, carimbar o passaporte A Austrália abriu o placar no final da etapa inicial. Aos 40 minutos, Kruse fez grande jogada individual pela direita e chutou cruzado. Leckie apareceu para desviar e marcar. Na etapa final, os sírios se lançaram ao ataque e deram espaço para os australianos, que tiveram diversas chances para ampliar o marcador. Aos 40 minutos, a Síria chegou ao empate com Al Somah em uma cobrança de pênalti. ZEBRA A Síria é a zebra. A seleção jamais esteve em uma Copa. A Austrália disputou os últimos três torneios. Devastada pela guerra civil iniciada em 2011, a Síria não atua em casa desde 2010. Quase foi retirada das eliminatórias por causa disso. Qatar e Emirados Árabes, dois países consultados para abrigar os jogos da seleção, recusaram. Não queriam estar associados a Bashar al-Assad, presidente acusado de usar armas químicas contra seu próprio povo. O governo sírio nega as acusações. Até hoje, o conflito matou cerca de 400 mil pessoas. A uma hora do prazo final para a Síria conseguir uma casa, a Malásia aceitou o pedido. Se declinasse, a equipe não poderia jogar. Para os jogadores que atuam na Síria, o governo garante o pagamento do salário mínimo (R$ 230 mensais), custeia as viagens e hospedagens para os jogos.
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Síria arranca empate com a Austrália e mantém sonho de disputar a Copa-18Com um gol de pênalti no final do segundo tempo, a Síria empatou com a Austrália por 1 a 1, nesta quinta-feira (5), em Krubong, na Malásia, no jogo de ida da repescagem das eliminatórias da Ásia para a Copa do Mundo de 2018. Com o resultado, a Síria precisa vencer o jogo de volta, marcado para a próxima terça-feira (10), em Sydney, na Austrália. Já os australianos se classificam com um empate por 0 a 0. O classificado enfrentará o quarto colocado das eliminatórias da Concacaf, para, aí sim, carimbar o passaporte A Austrália abriu o placar no final da etapa inicial. Aos 40 minutos, Kruse fez grande jogada individual pela direita e chutou cruzado. Leckie apareceu para desviar e marcar. Na etapa final, os sírios se lançaram ao ataque e deram espaço para os australianos, que tiveram diversas chances para ampliar o marcador. Aos 40 minutos, a Síria chegou ao empate com Al Somah em uma cobrança de pênalti. ZEBRA A Síria é a zebra. A seleção jamais esteve em uma Copa. A Austrália disputou os últimos três torneios. Devastada pela guerra civil iniciada em 2011, a Síria não atua em casa desde 2010. Quase foi retirada das eliminatórias por causa disso. Qatar e Emirados Árabes, dois países consultados para abrigar os jogos da seleção, recusaram. Não queriam estar associados a Bashar al-Assad, presidente acusado de usar armas químicas contra seu próprio povo. O governo sírio nega as acusações. Até hoje, o conflito matou cerca de 400 mil pessoas. A uma hora do prazo final para a Síria conseguir uma casa, a Malásia aceitou o pedido. Se declinasse, a equipe não poderia jogar. Para os jogadores que atuam na Síria, o governo garante o pagamento do salário mínimo (R$ 230 mensais), custeia as viagens e hospedagens para os jogos.
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Procuradoria-Geral deve pedir inquérito contra Geddel ao STF
O depoimento de Marcelo Calero à Polícia Federal deve levar a Procuradoria-Geral da República (PGR) a pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma abertura de inquérito contra o ministro Geddel Vieira Lima. A inclusão do nome do presidente Michel Temer e do ministro Eliseu Padilha neste pedido ao STF é cogitada na Procuradoria, mas, segundo a Folha apurou, dependerá de análise mais profunda do contexto em que ambos são mencionados sobre atos praticados no exercício de suas funções. No caso de Geddel, os investigadores já avaliam haver indícios para um inquérito. Uma investigação permitirá a realização de diligências, a quebra de sigilos, entre outras coisas que aprofundem a busca por informações. O depoimento de Calero foi enviado pela PF ao STF, que, na tarde desta quinta-feira (24), o remeteu para a PGR. No despacho ao Supremo, a PF já solicita a abertura de uma investigação contra Geddel, acusado por Calero de pressioná-lo a rever decisão do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) que impede a construção de um empreendimento imobiliário onde o ministro da Secretaria de Governo adquiriu apartamento. Em análise preliminar do caso, integrantes da Procuradoria destacam, reservadamente, dois crimes que podem ser alvo de investigação contra o trio Geddel, Temer e Padilha. Um deles é a advocacia administrativa, tipificada pelo artigo 321 do Código Penal. Trata-se do ato de "patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário". Em sua nota de defesa das acusações de Calero, Temer admitiu que discutiu o tema do Iphan, do interesse de Geddel, em reunião com o ex-ministro da Cultura. O peemedebista alega que "buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia Geral da União". No caso de Geddel, os indícios são maiores porque ele admite ter tratado de um tema de seu interesse privado com Calero, embora negue qualquer tipo de pressão. Outro delito a ser analisado pela PGR é o de crime de responsabilidade, que pode ser atribuído ao presidente da República e aos dois ministros citados por Calero. O crime já é mencionado na representação que a oposição fez à PGR no começo da semana em que pede investigação contra Geddel. O depoimento do ex-ministro da Cultura, aliás, será avaliado junto com essa solicitação dos parlamentares. A PGR não tem prazo para dar seu parecer ao STF, que será então analisado pelo ministro responsável, cujo nome ainda não está definido.
poder
Procuradoria-Geral deve pedir inquérito contra Geddel ao STFO depoimento de Marcelo Calero à Polícia Federal deve levar a Procuradoria-Geral da República (PGR) a pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma abertura de inquérito contra o ministro Geddel Vieira Lima. A inclusão do nome do presidente Michel Temer e do ministro Eliseu Padilha neste pedido ao STF é cogitada na Procuradoria, mas, segundo a Folha apurou, dependerá de análise mais profunda do contexto em que ambos são mencionados sobre atos praticados no exercício de suas funções. No caso de Geddel, os investigadores já avaliam haver indícios para um inquérito. Uma investigação permitirá a realização de diligências, a quebra de sigilos, entre outras coisas que aprofundem a busca por informações. O depoimento de Calero foi enviado pela PF ao STF, que, na tarde desta quinta-feira (24), o remeteu para a PGR. No despacho ao Supremo, a PF já solicita a abertura de uma investigação contra Geddel, acusado por Calero de pressioná-lo a rever decisão do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) que impede a construção de um empreendimento imobiliário onde o ministro da Secretaria de Governo adquiriu apartamento. Em análise preliminar do caso, integrantes da Procuradoria destacam, reservadamente, dois crimes que podem ser alvo de investigação contra o trio Geddel, Temer e Padilha. Um deles é a advocacia administrativa, tipificada pelo artigo 321 do Código Penal. Trata-se do ato de "patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário". Em sua nota de defesa das acusações de Calero, Temer admitiu que discutiu o tema do Iphan, do interesse de Geddel, em reunião com o ex-ministro da Cultura. O peemedebista alega que "buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia Geral da União". No caso de Geddel, os indícios são maiores porque ele admite ter tratado de um tema de seu interesse privado com Calero, embora negue qualquer tipo de pressão. Outro delito a ser analisado pela PGR é o de crime de responsabilidade, que pode ser atribuído ao presidente da República e aos dois ministros citados por Calero. O crime já é mencionado na representação que a oposição fez à PGR no começo da semana em que pede investigação contra Geddel. O depoimento do ex-ministro da Cultura, aliás, será avaliado junto com essa solicitação dos parlamentares. A PGR não tem prazo para dar seu parecer ao STF, que será então analisado pelo ministro responsável, cujo nome ainda não está definido.
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Senado termina debate e votação do impeachment será a partir das 11h
Depois de 14 horas de reunião, o Senado concluiu na madrugada desta quarta-feira (31) a última etapa de discussão do processo de impeachment antes do início do processo de votação, marcado para a manhã desta quarta. A sessão começou com debate entre defesa e acusação e, em seguida, 63 senadores discursaram, por até 10 minutos cada um, sobre o processo. A sessão começou às 10h26 desta terça-feira (30) e terminou após as 2h30 desta quarta, após dois intervalos que somaram cerca de duas horas. Às 11h, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, reabrirá a sessão para o início do processo de votação. O placar da Folha aponta que o Senado deve aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, já que pelo menos 54 senadores já declararam que votarão a favor do afastamento. Esse é o número mínimo de votos necessários para confirmar a cassação da presidente petista, eleita pela primeira vez em 2010 e reeleita em 2014. Durante a terça-feira, a equipe do presidente interino, Michel Temer, calculava que teria cerca de 60 votos a favor do afastamento de Dilma. Na madrugada, senadores aliados ao peemedebista cravavam que os votos pelo impeachment somariam 59. Com a confirmação do impeachment, Temer tomará posse em solenidade no Congresso Nacional, ainda nesta quarta. O presidente interino pretende viajar ainda nesta quarta para a China, onde vai participar do encontro do G20 (grupo das maiores economias do mundo). Com a concretização do impeachment, o PMDB volta à Presidência de forma indireta. A última vez que isso aconteceu foi em 1985, quando o então vice José Sarney assumiu após Tancredo Neves morrer antes de tomar posse. Impeachment dia a dia
poder
Senado termina debate e votação do impeachment será a partir das 11hDepois de 14 horas de reunião, o Senado concluiu na madrugada desta quarta-feira (31) a última etapa de discussão do processo de impeachment antes do início do processo de votação, marcado para a manhã desta quarta. A sessão começou com debate entre defesa e acusação e, em seguida, 63 senadores discursaram, por até 10 minutos cada um, sobre o processo. A sessão começou às 10h26 desta terça-feira (30) e terminou após as 2h30 desta quarta, após dois intervalos que somaram cerca de duas horas. Às 11h, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, reabrirá a sessão para o início do processo de votação. O placar da Folha aponta que o Senado deve aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, já que pelo menos 54 senadores já declararam que votarão a favor do afastamento. Esse é o número mínimo de votos necessários para confirmar a cassação da presidente petista, eleita pela primeira vez em 2010 e reeleita em 2014. Durante a terça-feira, a equipe do presidente interino, Michel Temer, calculava que teria cerca de 60 votos a favor do afastamento de Dilma. Na madrugada, senadores aliados ao peemedebista cravavam que os votos pelo impeachment somariam 59. Com a confirmação do impeachment, Temer tomará posse em solenidade no Congresso Nacional, ainda nesta quarta. O presidente interino pretende viajar ainda nesta quarta para a China, onde vai participar do encontro do G20 (grupo das maiores economias do mundo). Com a concretização do impeachment, o PMDB volta à Presidência de forma indireta. A última vez que isso aconteceu foi em 1985, quando o então vice José Sarney assumiu após Tancredo Neves morrer antes de tomar posse. Impeachment dia a dia
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Idoso é achado em casa semidestruída 13 dias após terremoto no Equador
Um homem de 72 anos foi encontrado por socorristas venezuelanos 13 dias depois do forte terremoto de 7,8 de magnitude que atingiu o Equador. A informação foi divulgada pela embaixada da Venezuela em Quito, neste sábado (30). Manuel Vásquez foi encontrado na sexta-feira (29) por uma equipe humanitária da Venezuela em uma casa parcialmente destruída, relatou a embaixada em sua página na internet. O caso ocorreu em Jaramijó, na província de Manabí (oeste), quando os socorristas inspecionavam possíveis riscos na área. A equipe foi alertada "por sons provenientes de uma estrutura parcialmente em colapso", quando encontraram Vásquez. De acordo com os socorristas venezuelanos, o idoso foi levado para um hospital, com quadro de insuficiência renal crônica, obstrução das vias urinárias, amputação dos dedos do pé, desidratação, desnutrição e desorientação. No entanto, ao jornal equatoriano "El Universo", a família do idoso negou que ele tenha ficado desassistido desde o terremoto. Segundo eles, ainda que a casa de Vásquez estivesse parcialmente destruída, ele era visitado todos os dias por parentes ou vizinhos que lhe davam comida. Depois do terremoto, o Equador recebeu centenas de socorristas, bombeiros, médicos e especialistas de países como Colômbia, Chile, México, Venezuela e Espanha. Até o momento, o terremoto registrado no Equador deixou 660 mortos, 32 desaparecidos e mais de 20 mil desabrigados. As equipes de socorro resgataram 113 pessoas, segundo o balanço oficial mais recente.
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Idoso é achado em casa semidestruída 13 dias após terremoto no EquadorUm homem de 72 anos foi encontrado por socorristas venezuelanos 13 dias depois do forte terremoto de 7,8 de magnitude que atingiu o Equador. A informação foi divulgada pela embaixada da Venezuela em Quito, neste sábado (30). Manuel Vásquez foi encontrado na sexta-feira (29) por uma equipe humanitária da Venezuela em uma casa parcialmente destruída, relatou a embaixada em sua página na internet. O caso ocorreu em Jaramijó, na província de Manabí (oeste), quando os socorristas inspecionavam possíveis riscos na área. A equipe foi alertada "por sons provenientes de uma estrutura parcialmente em colapso", quando encontraram Vásquez. De acordo com os socorristas venezuelanos, o idoso foi levado para um hospital, com quadro de insuficiência renal crônica, obstrução das vias urinárias, amputação dos dedos do pé, desidratação, desnutrição e desorientação. No entanto, ao jornal equatoriano "El Universo", a família do idoso negou que ele tenha ficado desassistido desde o terremoto. Segundo eles, ainda que a casa de Vásquez estivesse parcialmente destruída, ele era visitado todos os dias por parentes ou vizinhos que lhe davam comida. Depois do terremoto, o Equador recebeu centenas de socorristas, bombeiros, médicos e especialistas de países como Colômbia, Chile, México, Venezuela e Espanha. Até o momento, o terremoto registrado no Equador deixou 660 mortos, 32 desaparecidos e mais de 20 mil desabrigados. As equipes de socorro resgataram 113 pessoas, segundo o balanço oficial mais recente.
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Saiba se é a hora certa de vender seus títulos do Tesouro Direto
O turbulento cenário político e econômico abriu uma oportunidade para quem tem títulos do Tesouro e pensa em vendê-los para reforçar o caixa nesse momento de crise. Em fevereiro, os analistas do mercado passaram a considerar a saída da presidente Dilma no cálculo da rentabilidade dos investimentos de seus clientes. Resultado: as taxas de juros futuros, que disparavam no ano passado com os problemas fiscais do governo, passaram a cair. Os juros e a inflação balizam a rentabilidade dos títulos públicos. E o preço desses papéis é inversamente proporcional ao retorno que oferecem. Por isso, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado valorizaram-se desde dezembro do ano passado. Quem comprou um título do Tesouro IPCA em dezembro por R$ 713,15, hoje venderia por R$ 856,69, alta de 20,13%. No Tesouro Prefixado o aumento foi de 14,42%. Mas não é só a valorização do papel que deve ser levada em conta na hora de decidir se desfazer dele. É preciso considerar qual será a rentabilidade no futuro. A venda desses títulos só faz sentido com a aposta de que haverá um agravamento da recessão. Caso o governo recupere o rumo da economia, pode ser mais interessante manter o investimento. Isso porque, dificilmente, será possível comprar o mesmo título lá na frente com a rentabilidade do papel vendido. O retorno será mais baixo. "Se o investidor já pretendia resgatar os recursos em um ano, é hora de vender. Mas se é para aposentadoria, por exemplo, não", afirma Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper. CENÁRIO Economistas ouvidos pelo Banco Central estimam que a Selic, atualmente em 14,25% ao ano, vai terminar o ano em 13,75%. Para 2017, a estimativa é de 12,50%. Isso indica que poderá ser mais difícil para um investidor encontrar rentabilidade equivalente à que tem hoje, contratada durante a crise. "Se vender agora, o investidor poderá abrir mão de rendimento de 7% ao ano mais o IPCA", afirma Daniel Chiavenato Mazza, planejador financeiro. Hoje o Tesouro IPCA+ paga ao redor de 6,5% ao ano mais variação da inflação, estimada por economistas para terminar o ano em 7,28%. O índice oficial de inflação (IPCA) em 12 meses até março ficou em 9,39%. No ano passado, foi de 10,67%. O Tesouro Prefixado remunera até 14% ao ano, mas chegou a pagar mais de 16% no fim do ano passado. Fábio Colombo, administrador de investimentos, sugere a quem tem títulos rendendo mais de 7% ao ano só vender o papel caso a rentabilidade do título caia para cerca de 5%. CUSTO ELEVADO Comprar e vender títulos do Tesouro no curto prazo pode sair caro para o pequeno investidor. A alíquota de Imposto de Renda, cobrada sobre o lucro na venda, é regressiva: parte de 22,5%, para aplicações de até 180 dias, e chega a 15%, depois de dois anos. Nos resgates em menos de um mês incide ainda IOF. Há ainda as taxas. A BM&Bovespa cobra 0,30% ao ano pela custódia do papel. O valor é proporcional ao tempo de aplicação. É preciso considerar também a taxa de corretagem das corretoras. Algumas ainda oferecem isenção desse custo. "Vender um título tem taxa, tem 'spread' [a diferença entre o preço de compra e de venda], tem que ficar acompanhando a melhora para comprar", diz Viriato.
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Saiba se é a hora certa de vender seus títulos do Tesouro DiretoO turbulento cenário político e econômico abriu uma oportunidade para quem tem títulos do Tesouro e pensa em vendê-los para reforçar o caixa nesse momento de crise. Em fevereiro, os analistas do mercado passaram a considerar a saída da presidente Dilma no cálculo da rentabilidade dos investimentos de seus clientes. Resultado: as taxas de juros futuros, que disparavam no ano passado com os problemas fiscais do governo, passaram a cair. Os juros e a inflação balizam a rentabilidade dos títulos públicos. E o preço desses papéis é inversamente proporcional ao retorno que oferecem. Por isso, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado valorizaram-se desde dezembro do ano passado. Quem comprou um título do Tesouro IPCA em dezembro por R$ 713,15, hoje venderia por R$ 856,69, alta de 20,13%. No Tesouro Prefixado o aumento foi de 14,42%. Mas não é só a valorização do papel que deve ser levada em conta na hora de decidir se desfazer dele. É preciso considerar qual será a rentabilidade no futuro. A venda desses títulos só faz sentido com a aposta de que haverá um agravamento da recessão. Caso o governo recupere o rumo da economia, pode ser mais interessante manter o investimento. Isso porque, dificilmente, será possível comprar o mesmo título lá na frente com a rentabilidade do papel vendido. O retorno será mais baixo. "Se o investidor já pretendia resgatar os recursos em um ano, é hora de vender. Mas se é para aposentadoria, por exemplo, não", afirma Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper. CENÁRIO Economistas ouvidos pelo Banco Central estimam que a Selic, atualmente em 14,25% ao ano, vai terminar o ano em 13,75%. Para 2017, a estimativa é de 12,50%. Isso indica que poderá ser mais difícil para um investidor encontrar rentabilidade equivalente à que tem hoje, contratada durante a crise. "Se vender agora, o investidor poderá abrir mão de rendimento de 7% ao ano mais o IPCA", afirma Daniel Chiavenato Mazza, planejador financeiro. Hoje o Tesouro IPCA+ paga ao redor de 6,5% ao ano mais variação da inflação, estimada por economistas para terminar o ano em 7,28%. O índice oficial de inflação (IPCA) em 12 meses até março ficou em 9,39%. No ano passado, foi de 10,67%. O Tesouro Prefixado remunera até 14% ao ano, mas chegou a pagar mais de 16% no fim do ano passado. Fábio Colombo, administrador de investimentos, sugere a quem tem títulos rendendo mais de 7% ao ano só vender o papel caso a rentabilidade do título caia para cerca de 5%. CUSTO ELEVADO Comprar e vender títulos do Tesouro no curto prazo pode sair caro para o pequeno investidor. A alíquota de Imposto de Renda, cobrada sobre o lucro na venda, é regressiva: parte de 22,5%, para aplicações de até 180 dias, e chega a 15%, depois de dois anos. Nos resgates em menos de um mês incide ainda IOF. Há ainda as taxas. A BM&Bovespa cobra 0,30% ao ano pela custódia do papel. O valor é proporcional ao tempo de aplicação. É preciso considerar também a taxa de corretagem das corretoras. Algumas ainda oferecem isenção desse custo. "Vender um título tem taxa, tem 'spread' [a diferença entre o preço de compra e de venda], tem que ficar acompanhando a melhora para comprar", diz Viriato.
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Fundo de investimentos do FGTS quer vender participação em empresas
O FI-FGTS, o bilionário fundo que aplica em infraestrutura recursos do trabalhador, está vendendo participações em empresas que podem render R$ 4 bilhões. O dinheiro será usado nos leilões do PPI (Programa de Parceria em Investimentos). A decisão faz parte das novas diretrizes que serão submetidas ao comitê de investimento do fundo neste mês. No entanto, a Caixa, responsável pela gestão desses recursos, já conversa com potenciais compradores. Considerados "maduros" –porque estão garantindo retorno ao acionista e poderiam seguir adiante sem o fundo participando do comando–, esses projetos hoje representam 30% do patrimônio do FI-FGTS –que é de R$ 32 bilhões. A nova diretriz de investimento do fundo é baixar esse índice para 10% –R$ 3 bilhões. A participação na Alupar Investimentos é uma das que estão à venda. Desde 2009, quando o FI-FGTS comprou 18% da empresa, ela já abriu o capital na Bolsa e vem se expandindo no ramo de geração e transmissão. Hoje, tem seis hidrelétricas e mais de 22 linhas de transmissão, carros-chefe de um negócio que gera receitas anuais de R$ 1,5 bilhão. A venda da Alupar poderia render R$ 450 milhões. Na prática, a saída da Alupar já começou. Neste ano, a própria companhia comprou participações minoritárias do FI-FGTS nas suas pequenas centrais hidrelétricas –algo em torno de R$ 30 milhões. Também estão à venda os cerca de 5% do fundo na hidrelétrica de Santo Antônio (RO), hoje avaliada em R$ 800 milhões pelo mercado. O projeto consumiu mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos do FI-FGTS, desde 2009. De lá para cá, houve problemas que exigiram mais recursos dos sócios e culminaram com o envolvimento da Odebrecht –líder do projeto– na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O fundo também vai se retirar de empresas que hoje têm cláusula de saída ("put option"), como a J.Malucelli Energia, em que investiu R$ 300 milhões, em 2009. Esses prazos contratuais de venda de participação começam a vencer neste ano e, pelas regras, a companhia deve comprar a fatia do FI-FGTS. Também devem ser vendidas as ações do Banco do Brasil recebidas em garantia pelas perdas do investimento na Sete Brasil, empresa de sondas da Petrobras que está em recuperação judicial. Com a valorização dos papéis, o fundo mais que cobriu o investimento realizado. A venda deve ser feita em etapas e movimentar cerca de R$ 2 bilhões. O DINHEIRO DO FUNDO - Para onde vai o dinheiro do FI-FGTS, em R$ bilhões LEILÕES Se todas as vendas forem aprovadas pelo comitê de investimento do FI-FGTS, será possível levantar R$ 4 bilhões. Com esse dinheiro, o fundo não precisará contar com os R$ 5 bilhões adicionais que o conselho curador do FGTS já aprovou para a nova rodada de financiamentos anunciados pelo Programa de Parcerias de Investimentos). Como a Folha revelou em setembro, as novas diretrizes do fundo vetarão investimentos em participações de empresas. A partir de agora, o FI-FGTS só vai liberar financiamentos para projetos, exigindo pelo menos 20% de participação direta do empreendedor, que poderá emitir debêntures (títulos de dívida) no mercado. O limite do FI-FGTS será de até 50% do valor do projeto. Também serão exigidas garantias firmes contratadas por bancos privados para a fase pré-operacional dos empreendimentos (prazo em que as obras são feitas e, por isso, não geram receita). A Caixa disse que cabe ao comitê de investimento do FI-FGTS a deliberação de cada proposta de desinvestimento. O banco afirmou que "eventual matéria nesse sentido [venda de participações] será de conhecimento via publicação da pauta da reunião [do comitê], disponibilizada no site do FGTS. Os principais investimentos - Valores, em R$ bilhões
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Fundo de investimentos do FGTS quer vender participação em empresasO FI-FGTS, o bilionário fundo que aplica em infraestrutura recursos do trabalhador, está vendendo participações em empresas que podem render R$ 4 bilhões. O dinheiro será usado nos leilões do PPI (Programa de Parceria em Investimentos). A decisão faz parte das novas diretrizes que serão submetidas ao comitê de investimento do fundo neste mês. No entanto, a Caixa, responsável pela gestão desses recursos, já conversa com potenciais compradores. Considerados "maduros" –porque estão garantindo retorno ao acionista e poderiam seguir adiante sem o fundo participando do comando–, esses projetos hoje representam 30% do patrimônio do FI-FGTS –que é de R$ 32 bilhões. A nova diretriz de investimento do fundo é baixar esse índice para 10% –R$ 3 bilhões. A participação na Alupar Investimentos é uma das que estão à venda. Desde 2009, quando o FI-FGTS comprou 18% da empresa, ela já abriu o capital na Bolsa e vem se expandindo no ramo de geração e transmissão. Hoje, tem seis hidrelétricas e mais de 22 linhas de transmissão, carros-chefe de um negócio que gera receitas anuais de R$ 1,5 bilhão. A venda da Alupar poderia render R$ 450 milhões. Na prática, a saída da Alupar já começou. Neste ano, a própria companhia comprou participações minoritárias do FI-FGTS nas suas pequenas centrais hidrelétricas –algo em torno de R$ 30 milhões. Também estão à venda os cerca de 5% do fundo na hidrelétrica de Santo Antônio (RO), hoje avaliada em R$ 800 milhões pelo mercado. O projeto consumiu mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos do FI-FGTS, desde 2009. De lá para cá, houve problemas que exigiram mais recursos dos sócios e culminaram com o envolvimento da Odebrecht –líder do projeto– na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O fundo também vai se retirar de empresas que hoje têm cláusula de saída ("put option"), como a J.Malucelli Energia, em que investiu R$ 300 milhões, em 2009. Esses prazos contratuais de venda de participação começam a vencer neste ano e, pelas regras, a companhia deve comprar a fatia do FI-FGTS. Também devem ser vendidas as ações do Banco do Brasil recebidas em garantia pelas perdas do investimento na Sete Brasil, empresa de sondas da Petrobras que está em recuperação judicial. Com a valorização dos papéis, o fundo mais que cobriu o investimento realizado. A venda deve ser feita em etapas e movimentar cerca de R$ 2 bilhões. O DINHEIRO DO FUNDO - Para onde vai o dinheiro do FI-FGTS, em R$ bilhões LEILÕES Se todas as vendas forem aprovadas pelo comitê de investimento do FI-FGTS, será possível levantar R$ 4 bilhões. Com esse dinheiro, o fundo não precisará contar com os R$ 5 bilhões adicionais que o conselho curador do FGTS já aprovou para a nova rodada de financiamentos anunciados pelo Programa de Parcerias de Investimentos). Como a Folha revelou em setembro, as novas diretrizes do fundo vetarão investimentos em participações de empresas. A partir de agora, o FI-FGTS só vai liberar financiamentos para projetos, exigindo pelo menos 20% de participação direta do empreendedor, que poderá emitir debêntures (títulos de dívida) no mercado. O limite do FI-FGTS será de até 50% do valor do projeto. Também serão exigidas garantias firmes contratadas por bancos privados para a fase pré-operacional dos empreendimentos (prazo em que as obras são feitas e, por isso, não geram receita). A Caixa disse que cabe ao comitê de investimento do FI-FGTS a deliberação de cada proposta de desinvestimento. O banco afirmou que "eventual matéria nesse sentido [venda de participações] será de conhecimento via publicação da pauta da reunião [do comitê], disponibilizada no site do FGTS. Os principais investimentos - Valores, em R$ bilhões
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Integrantes da máfia italiana são detidos por manipulação de jogos
Vários integrantes de um grupo da Camorra, a máfia napolitana, foram detidos nesta segunda-feira (23) em uma investigação sobre apostas e partidas manipuladas na segunda divisão do futebol italiano. Dos 10 detidos, sete estão na prisão e três em prisão domiciliar. A investigação teria permitido descobrir duas partidas da Série B da temporada 2013-2014 com resultados que podem ter sido combinados com os mafiosos. Segundo o site do jornal Gazzetta dello Sport, as duas partidas seriam Modena x Avellino, em 17 de março de 2014, e Avellino x Reggina, em 25 de maio do mesmo ano. Na primeira partida, os integrantes do grupo mafioso teriam feito um pagamento a um jogador do Avellino, Francesco Millesi, por meio do ex-jogador Luca Pini. Millesi, que atualmente joga em um time da quarta divisão, teria utilizado o dinheiro para corromper outros jogadores do Avellino. O grupo teria apostado 400.000 euros na partida (aproximadamente R$ 1.588.000), com lucro de 60.000 euros (R$ 238.200). No segundo jogo, a máfia teria obtido lucro de 110.000 euros (R$ 436.700) com uma aposta de € 400.000. Armando Izzo, zagueiro do Genoa, que estava no grupo de 30 jogadores convocados pelo técnico Antonio Conte para uma primeira fase de treinos visando a Eurocopa, foi acusado, mas sem ser detido, por causas não reveladas.
esporte
Integrantes da máfia italiana são detidos por manipulação de jogosVários integrantes de um grupo da Camorra, a máfia napolitana, foram detidos nesta segunda-feira (23) em uma investigação sobre apostas e partidas manipuladas na segunda divisão do futebol italiano. Dos 10 detidos, sete estão na prisão e três em prisão domiciliar. A investigação teria permitido descobrir duas partidas da Série B da temporada 2013-2014 com resultados que podem ter sido combinados com os mafiosos. Segundo o site do jornal Gazzetta dello Sport, as duas partidas seriam Modena x Avellino, em 17 de março de 2014, e Avellino x Reggina, em 25 de maio do mesmo ano. Na primeira partida, os integrantes do grupo mafioso teriam feito um pagamento a um jogador do Avellino, Francesco Millesi, por meio do ex-jogador Luca Pini. Millesi, que atualmente joga em um time da quarta divisão, teria utilizado o dinheiro para corromper outros jogadores do Avellino. O grupo teria apostado 400.000 euros na partida (aproximadamente R$ 1.588.000), com lucro de 60.000 euros (R$ 238.200). No segundo jogo, a máfia teria obtido lucro de 110.000 euros (R$ 436.700) com uma aposta de € 400.000. Armando Izzo, zagueiro do Genoa, que estava no grupo de 30 jogadores convocados pelo técnico Antonio Conte para uma primeira fase de treinos visando a Eurocopa, foi acusado, mas sem ser detido, por causas não reveladas.
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Com invasão de pássaro, Djokovic estreia com vitória; Feijão é eliminado
O sérvio Novak Djokovic estreou com vitória em Wimbledon, terceiro Grand Slam da temporada. Nesta segunda-feira (29), o número um do mundo venceu o alemão Philipp Kohlschreiber, 33º do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/4 e 6/4. Atual campeão, Djokovic busca seu terceiro título em Wimbledon –também ganhou em 2011. Na segunda rodada, enfrentará o ganhador do duelo entre o australiano Lleyton Hewitt e o finlandês Jarkko Nieminen. No duelo entre Djokovic e Philipp Kohlschreiber, um pequeno pássaro posou no lado da quadra do sérvio, que tentou tirá-lo da quadra. FEIJÃO Primeiro brasileiro a entrar em quadra, o tenista João Souza, o Feijão, 92º do ranking da ATP, foi eliminado logo na estreia de Wimbledon. Ele foi derrotado pelo colombiano Santiago Giraldo, 54º do mundo, por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/3 e 6/2. Na chave de simples, o Brasil ainda conta com Thomaz Bellucci e Teliana Pereira, que ainda não estrearam na competição. SERENA E IVANOVIC VENCEM Favorita ao título, a norte-americana Serera Williams também estreou com vitória em Wimbledon. Ela venceu a russa Margarita Gasparyan, 113ª colocada, por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/1 em uma hora e 22 minutos de jogo. Serena agora enfrenta a húngara Timea Babos, 93ª do ranking da WTA, que ganhou da tcheca Petra Cetkovska por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7-4) e 6/3. Sob o olhar do namorado Bastian Schweinsteiger, jogador da seleção alemã, a sérvia Ana Ivanovic venceu a chinesa Yu-Fan Xu, 176ª colocada no ranking mundial, por duplo 6/1.
esporte
Com invasão de pássaro, Djokovic estreia com vitória; Feijão é eliminadoO sérvio Novak Djokovic estreou com vitória em Wimbledon, terceiro Grand Slam da temporada. Nesta segunda-feira (29), o número um do mundo venceu o alemão Philipp Kohlschreiber, 33º do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/4 e 6/4. Atual campeão, Djokovic busca seu terceiro título em Wimbledon –também ganhou em 2011. Na segunda rodada, enfrentará o ganhador do duelo entre o australiano Lleyton Hewitt e o finlandês Jarkko Nieminen. No duelo entre Djokovic e Philipp Kohlschreiber, um pequeno pássaro posou no lado da quadra do sérvio, que tentou tirá-lo da quadra. FEIJÃO Primeiro brasileiro a entrar em quadra, o tenista João Souza, o Feijão, 92º do ranking da ATP, foi eliminado logo na estreia de Wimbledon. Ele foi derrotado pelo colombiano Santiago Giraldo, 54º do mundo, por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/3 e 6/2. Na chave de simples, o Brasil ainda conta com Thomaz Bellucci e Teliana Pereira, que ainda não estrearam na competição. SERENA E IVANOVIC VENCEM Favorita ao título, a norte-americana Serera Williams também estreou com vitória em Wimbledon. Ela venceu a russa Margarita Gasparyan, 113ª colocada, por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/1 em uma hora e 22 minutos de jogo. Serena agora enfrenta a húngara Timea Babos, 93ª do ranking da WTA, que ganhou da tcheca Petra Cetkovska por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7-4) e 6/3. Sob o olhar do namorado Bastian Schweinsteiger, jogador da seleção alemã, a sérvia Ana Ivanovic venceu a chinesa Yu-Fan Xu, 176ª colocada no ranking mundial, por duplo 6/1.
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Moro não usurpou competência do STF em grampos de Lula, diz Janot
Em manifestação enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou que irregularidades nas interceptações telefônicas feitas pela força-tarefa da Lava Jato sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pessoas próximas. Segundo o procurador, apesar dos grampos terem alcançado a presidente afastada Dilma Rousseff, não houve usurpação de competência pelo juiz Sergio Moro, do Paraná, uma vez que não existiam indícios mínimos de crime da petista no momento da gravação. "É preciso enfatizar à exaustão: só poderia se cogitar da violação da competência [do STF] se, diante da prova produzida, (mesmo que licitamente, como no caso) a reclamação indicasse a partir destes elementos mínimos da prática de fato que pudesse em princípio caracterizar crime por parte da presidente da República", escreveu Janot. "Se não aponta esses elementos (como de fato não se diz na reclamação nem na decisão que deferiu a liminar), a reclamação não tem como ser acolhida", completou. O parecer de Janot é uma resposta a uma ação protocolada em março por Dilma pedindo a anulação da decisão de Moro que derrubou o sigilo dos grampos e autorizou a divulgação dos diálogos de Lula. A PGR (Procurador-Geral da República) pede que a ação seja rejeitada pelo Supremo. Foi a partir desta ação que o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, determinou que Moro enviasse ao STF as investigações sobre o ex-presidente Lula ao STF e ainda decretou sigilo em interceptações telefônicas envolvendo o petista, que atingiram a presidente Dilma Rousseff. O relator considerou ilegal a divulgação das interceptações e quer avaliar de quem é a competência para continuar as apurações envolvendo Lula: se o caso ficará no Supremo ou se permanecerá na Justiça do Paraná. Serão analisadas investigações como as ações da 24ª fase da Lava Jato, que tiveram o petista, pessoas próximas, empresas e imóveis como alvo, além de casos conexos. A decisão do ministro foi motivada porque pessoas com o chamado foro privilegiado, que só podem ser investigadas com aval do STF, foram alcançadas nas apurações da força-tarefa da Lava Jato, especialmente a presidente. Para Janot, no entanto, "mesmo se admitido eventual irregularidade no levantamento do sigilo [dos grampos] e não se faz qualquer juízo de mérito nessa parte, o fato é que esse elemento, por si só, igualmente não caracteriza violação de competência criminal do STF". Em julgamento em março no STF, Teori afirmou que não cabia a Moro avaliar se existiam ou não indícios de que pessoas com foro cometeram crimes, sendo atribuição do Supremo fazer essa análise. "Quem tem que decidir isso é o Supremo. Não se pode tirar do Supremo essa competência. É o Supremo que tem que fazer esse juízo". O ministro afirmou que, como o telefonema de Dilma dizendo que mandaria o termo de posse para Lula foi gravado após a Justiça mandar parar a interceptação, haverá dificuldades para confirmar esta prova. "A validade da gravação não está em causa, embora aparentemente uma das mais importantes conversas foi gravada depois de ter sido suspensa a ordem de interceptação. Será difícil convalidar a validade dessa prova", disse Teori. A Procuradoria chegou a pedir ao STF abertura de inquérito para investigar Dilma, Lula e o ex-ministro José Eduardo Cardozo por suspeita de obstrução da Lava Jato. O pedido está em sigilo. Segundo a Folha apurou, a linha de investigação requerida pela Procuradoria leva em consideração a delação do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), a tentativa de evitar que o parlamentar fechasse acordo de delação com o Ministério Público Federal, a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil e a nomeação de ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).
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Moro não usurpou competência do STF em grampos de Lula, diz JanotEm manifestação enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou que irregularidades nas interceptações telefônicas feitas pela força-tarefa da Lava Jato sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pessoas próximas. Segundo o procurador, apesar dos grampos terem alcançado a presidente afastada Dilma Rousseff, não houve usurpação de competência pelo juiz Sergio Moro, do Paraná, uma vez que não existiam indícios mínimos de crime da petista no momento da gravação. "É preciso enfatizar à exaustão: só poderia se cogitar da violação da competência [do STF] se, diante da prova produzida, (mesmo que licitamente, como no caso) a reclamação indicasse a partir destes elementos mínimos da prática de fato que pudesse em princípio caracterizar crime por parte da presidente da República", escreveu Janot. "Se não aponta esses elementos (como de fato não se diz na reclamação nem na decisão que deferiu a liminar), a reclamação não tem como ser acolhida", completou. O parecer de Janot é uma resposta a uma ação protocolada em março por Dilma pedindo a anulação da decisão de Moro que derrubou o sigilo dos grampos e autorizou a divulgação dos diálogos de Lula. A PGR (Procurador-Geral da República) pede que a ação seja rejeitada pelo Supremo. Foi a partir desta ação que o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, determinou que Moro enviasse ao STF as investigações sobre o ex-presidente Lula ao STF e ainda decretou sigilo em interceptações telefônicas envolvendo o petista, que atingiram a presidente Dilma Rousseff. O relator considerou ilegal a divulgação das interceptações e quer avaliar de quem é a competência para continuar as apurações envolvendo Lula: se o caso ficará no Supremo ou se permanecerá na Justiça do Paraná. Serão analisadas investigações como as ações da 24ª fase da Lava Jato, que tiveram o petista, pessoas próximas, empresas e imóveis como alvo, além de casos conexos. A decisão do ministro foi motivada porque pessoas com o chamado foro privilegiado, que só podem ser investigadas com aval do STF, foram alcançadas nas apurações da força-tarefa da Lava Jato, especialmente a presidente. Para Janot, no entanto, "mesmo se admitido eventual irregularidade no levantamento do sigilo [dos grampos] e não se faz qualquer juízo de mérito nessa parte, o fato é que esse elemento, por si só, igualmente não caracteriza violação de competência criminal do STF". Em julgamento em março no STF, Teori afirmou que não cabia a Moro avaliar se existiam ou não indícios de que pessoas com foro cometeram crimes, sendo atribuição do Supremo fazer essa análise. "Quem tem que decidir isso é o Supremo. Não se pode tirar do Supremo essa competência. É o Supremo que tem que fazer esse juízo". O ministro afirmou que, como o telefonema de Dilma dizendo que mandaria o termo de posse para Lula foi gravado após a Justiça mandar parar a interceptação, haverá dificuldades para confirmar esta prova. "A validade da gravação não está em causa, embora aparentemente uma das mais importantes conversas foi gravada depois de ter sido suspensa a ordem de interceptação. Será difícil convalidar a validade dessa prova", disse Teori. A Procuradoria chegou a pedir ao STF abertura de inquérito para investigar Dilma, Lula e o ex-ministro José Eduardo Cardozo por suspeita de obstrução da Lava Jato. O pedido está em sigilo. Segundo a Folha apurou, a linha de investigação requerida pela Procuradoria leva em consideração a delação do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), a tentativa de evitar que o parlamentar fechasse acordo de delação com o Ministério Público Federal, a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil e a nomeação de ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).
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Medo de atentados causou queda de 10% no turismo estrangeiro na França
O número de noites passadas por turistas estrangeiros em hotéis franceses caiu 10% de janeiro a junho, comparado ao mesmo período do ano passado. O ministro de Turismo francês atribuiu a queda ao medo de novos atentados terroristas no país. Em menos de dois anos, o país foi alvo de quatro ataques. Em janeiro de 2015, homens armados invadiram a redação do semanário satírico "Charlie Hebdo", em Paris, e mataram 12 pessoas. Em 13 de novembro do mesmo ano, atentados deixaram 130 mortos na capital francesa e imediações. Em 14 de julho último, 85 foram mortos em Nice por um caminhão. Doze dias depois, um padre foi degolado na Normandia. Segundo o ministro Matthias Fekl, turistas que costumam gastar bastante, como os americanos, asiáticos e do golfo árabe, foram os que mais deixaram de vir ao país, que tem na indústria turística uma parcela importante de sua economia. Isso fez com que os hotéis de alta classe tenham sofrido mais do que os outros. Feki disse que turistas de outros países europeus, que representam 80% do total, não deixaram de vir à França. O impacto da queda no turismo foi sentido principalmente na capital Paris e nos seus arredores. Em outras regiões do país, o número de turistas estrangeiros cresceu 2% no primeiro semestre. A fuga dos turistas contribuiu para a queda na receita do grupo francês de hotelaria Accor. Executivos da companhia aérea Air France-KLM disseram esperar que seus lucros caiam no período de julho e agosto, ápice do verão europeu, devido à situação na França.
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Medo de atentados causou queda de 10% no turismo estrangeiro na FrançaO número de noites passadas por turistas estrangeiros em hotéis franceses caiu 10% de janeiro a junho, comparado ao mesmo período do ano passado. O ministro de Turismo francês atribuiu a queda ao medo de novos atentados terroristas no país. Em menos de dois anos, o país foi alvo de quatro ataques. Em janeiro de 2015, homens armados invadiram a redação do semanário satírico "Charlie Hebdo", em Paris, e mataram 12 pessoas. Em 13 de novembro do mesmo ano, atentados deixaram 130 mortos na capital francesa e imediações. Em 14 de julho último, 85 foram mortos em Nice por um caminhão. Doze dias depois, um padre foi degolado na Normandia. Segundo o ministro Matthias Fekl, turistas que costumam gastar bastante, como os americanos, asiáticos e do golfo árabe, foram os que mais deixaram de vir ao país, que tem na indústria turística uma parcela importante de sua economia. Isso fez com que os hotéis de alta classe tenham sofrido mais do que os outros. Feki disse que turistas de outros países europeus, que representam 80% do total, não deixaram de vir à França. O impacto da queda no turismo foi sentido principalmente na capital Paris e nos seus arredores. Em outras regiões do país, o número de turistas estrangeiros cresceu 2% no primeiro semestre. A fuga dos turistas contribuiu para a queda na receita do grupo francês de hotelaria Accor. Executivos da companhia aérea Air France-KLM disseram esperar que seus lucros caiam no período de julho e agosto, ápice do verão europeu, devido à situação na França.
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Índios instalam câmeras com sensores para flagrar desmatamento ilegal
Amanhece no último pedaço de floresta amazônica que resta no Maranhão. A neblina cobre a terra vermelha, o sol forte ainda não apareceu, e os Ka'apor se preparam para uma novidade na rotina de proteger seu território: pela primeira vez usaram câmeras com sensores de movimento, instaladas na mata, para flagrar possíveis invasores. A verificação do equipamento gera expectativas, todos se aglomeram para ver o que foi registrado, mas apenas o vento e as a plantas balançando aparecem nos vídeos. A proposta é que as gravações, feitas com apoio financeiro do Greenpeace, sirvam de prova contra a extração ilegal de madeira. A organização forneceu tanto suporte técnico como treinamento. A atividade continua. Eles usam uniformes: camisa verde de gola amarela com listras pretas. No peito, o bordado "Ka Usak Ha", que significa "Guardas Florestais". É assim que se autodenominam os Ka'apor que fazem o trabalho de vigiar seu território. Normalmente o grupo de vigilantes tem entre 30 e 60 índios — ao todo a etinia tem 2.200 integrantes— para 530 mil hectares (quatro vezes e meia o tamanho da cidade do Rio de Janeiro). Nos dias em que a Folha esteve na região, porém, apenas 12 acompanham a reportagem. O motivo: o medo de mostrar o rosto, já que grande parte diz estar ameaçado de morte pelos madeireiros. No trajeto, várias e pequenas trilhas em meio à mata fechada. Elas levam a troncos de árvores cortados ilegalmente. "Dá raiva, a gente sente também", reclama o líder Miraté, apoiado sobre uma tora cortada de árvore que demora mais de 500 anos para crescer. Próximo aos limites da terra indígena, mais madeira é encontrada. Eles amontoam tudo e derramam um líquido inflamável sobre as toras. Em pouco tempo, todas estão em chamas —um esforço para intimidar a extração ilegal, o mesmo adotado no combate oficial. Nos últimos meses, só em decorrência da ação de defesa, oito novos acampamentos foram construídos, beirando a TI (terra indígena). É o método é "ocupar para defender". Uma delas é a Jaxi Puxi Rendá, onde há um ano, no mesmo lugar, funcionava um pátio de madeireiros. CONFLITO A tensão entre os Ka'apor e madeireiros, grileiros e fazendeiros se prolonga por mais de 25 anos. A TI Alto Turiassú, homologada em 1982, que fica no Estado com o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil, já tem 103 mil hectares do seu território desmatados. Toda área ao redor foi convertida em pastos e campos de arroz. Em setembro de 2014, a etnia ficou conhecida no mundo com as fotografias divulgadas pela agencia Reuters, de índios cercando madeireiros imobilizados e seminus. O Ministério Público move uma ação desde de 2013, determinando que a Funai e o Ibama instalem postos de vigilância. Nada foi feito até agora. Segundo o Superintendente do Ibama no Maranhão, Pedro Leão Soares, a ação ainda sob avaliação da Justiça, e a implementação teria um alto custo. "É uma atitude louvável [a dos índios], porém muito perigosa". Procurada, a diretoria regional da Funai informou que o responsável estava em viagem. Assim, sem ajuda das entidades competentes e sem suporte financeiro do governo, os Kaapor decidiram proteger seu território sozinhos. Segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), a violência se intensificou desde então. Em março deste ano, os índios fecharam todos os ramais (estradas abertas por madeireiros). Pouco depois, em abril, o líder Eusébio Kaapor, 42, foi morto a tiros. De acordo com a PF (Polícia Federal), tratou-se de um caso de latrocínio —homens encapuzados estariam interessados na moto em que ele estava. Para os índios, foi uma morte executada pelos madeireiros. Soares endossa a posição de que a morte tem ligação com a máfia local. "Eles estão dispostos a tudo nessa região", diz o superintendente.
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Índios instalam câmeras com sensores para flagrar desmatamento ilegalAmanhece no último pedaço de floresta amazônica que resta no Maranhão. A neblina cobre a terra vermelha, o sol forte ainda não apareceu, e os Ka'apor se preparam para uma novidade na rotina de proteger seu território: pela primeira vez usaram câmeras com sensores de movimento, instaladas na mata, para flagrar possíveis invasores. A verificação do equipamento gera expectativas, todos se aglomeram para ver o que foi registrado, mas apenas o vento e as a plantas balançando aparecem nos vídeos. A proposta é que as gravações, feitas com apoio financeiro do Greenpeace, sirvam de prova contra a extração ilegal de madeira. A organização forneceu tanto suporte técnico como treinamento. A atividade continua. Eles usam uniformes: camisa verde de gola amarela com listras pretas. No peito, o bordado "Ka Usak Ha", que significa "Guardas Florestais". É assim que se autodenominam os Ka'apor que fazem o trabalho de vigiar seu território. Normalmente o grupo de vigilantes tem entre 30 e 60 índios — ao todo a etinia tem 2.200 integrantes— para 530 mil hectares (quatro vezes e meia o tamanho da cidade do Rio de Janeiro). Nos dias em que a Folha esteve na região, porém, apenas 12 acompanham a reportagem. O motivo: o medo de mostrar o rosto, já que grande parte diz estar ameaçado de morte pelos madeireiros. No trajeto, várias e pequenas trilhas em meio à mata fechada. Elas levam a troncos de árvores cortados ilegalmente. "Dá raiva, a gente sente também", reclama o líder Miraté, apoiado sobre uma tora cortada de árvore que demora mais de 500 anos para crescer. Próximo aos limites da terra indígena, mais madeira é encontrada. Eles amontoam tudo e derramam um líquido inflamável sobre as toras. Em pouco tempo, todas estão em chamas —um esforço para intimidar a extração ilegal, o mesmo adotado no combate oficial. Nos últimos meses, só em decorrência da ação de defesa, oito novos acampamentos foram construídos, beirando a TI (terra indígena). É o método é "ocupar para defender". Uma delas é a Jaxi Puxi Rendá, onde há um ano, no mesmo lugar, funcionava um pátio de madeireiros. CONFLITO A tensão entre os Ka'apor e madeireiros, grileiros e fazendeiros se prolonga por mais de 25 anos. A TI Alto Turiassú, homologada em 1982, que fica no Estado com o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil, já tem 103 mil hectares do seu território desmatados. Toda área ao redor foi convertida em pastos e campos de arroz. Em setembro de 2014, a etnia ficou conhecida no mundo com as fotografias divulgadas pela agencia Reuters, de índios cercando madeireiros imobilizados e seminus. O Ministério Público move uma ação desde de 2013, determinando que a Funai e o Ibama instalem postos de vigilância. Nada foi feito até agora. Segundo o Superintendente do Ibama no Maranhão, Pedro Leão Soares, a ação ainda sob avaliação da Justiça, e a implementação teria um alto custo. "É uma atitude louvável [a dos índios], porém muito perigosa". Procurada, a diretoria regional da Funai informou que o responsável estava em viagem. Assim, sem ajuda das entidades competentes e sem suporte financeiro do governo, os Kaapor decidiram proteger seu território sozinhos. Segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), a violência se intensificou desde então. Em março deste ano, os índios fecharam todos os ramais (estradas abertas por madeireiros). Pouco depois, em abril, o líder Eusébio Kaapor, 42, foi morto a tiros. De acordo com a PF (Polícia Federal), tratou-se de um caso de latrocínio —homens encapuzados estariam interessados na moto em que ele estava. Para os índios, foi uma morte executada pelos madeireiros. Soares endossa a posição de que a morte tem ligação com a máfia local. "Eles estão dispostos a tudo nessa região", diz o superintendente.
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Florestas plantadas na Integração Lavoura, Pecuária e Florestas
Ainda que incipiente no Brasil, o interesse pelo modelo de produção integrada sustentável (integração lavoura, pecuária e floresta - IPLF), em que produção agrícola, criação de gado e manejo de florestas plantadas ocorrem em uma mesma propriedade rural, vem crescendo; e está entre as contribuições brasileiras para o acordo do clima, feito em dezembro de 2015 durante a COP21, em Paris. Há muito a se fazer para que a IPLF atinja a meta de cerca de 5 milhões de hectares (contra os atuais 2 milhões de hectares, segundo a Embrapa) de forma a contribuir para melhorar o quadro socioeconômico e ambiental das propriedades; aumentar os estoques de carbono na pecuária brasileira pelo cultivo de árvores; além de promover a mudança do sistema de uso do solo e aumentar o índice de produtividade. Dos 851 milhões de hectares do território nacional, cerca de 66% estão cobertos por hábitats naturais, 23% ocupados por pastagens, 6,2% por agricultura e 3,5% por redes de infraestrutura e áreas urbanas, além de 0,9% de florestas plantadas. Portanto, é um mercado que tem muito para crescer e benefícios a gerar. A diversificação da produção contribui para o aumento da renda dos produtores, que tem possibilidade de colheita em diferentes épocas, e favorece a proteção do solo, com culturas de diferentes idades em mosaico. O eucalipto é uma das espécies de árvores mais utilizadas na ILPF devido ao seu crescimento rápido e a disposição de sua copa que permite a insolação para as culturas agrícolas e pastagens. As florestas plantadas representam uma estratégia de aproveitamento de áreas marginais que beneficiam tanto a agricultura quanto a criação de gado, além de promover a inclusão dos produtores nos programas de fomento, iniciativa que oferece assistência técnica e garantia de compra da matéria-prima produzida pelo produtor rural. Com estudos, pesquisas e tecnologia de produção sendo desenvolvidos nesta área, entende-se que a ILPF pode ser uma alternativa relevante para aumentar a produção de alimentos e a pecuária, sem necessitar de novas áreas, pela sinergia e forma complementar de uso da terra entre os componentes vegetais e animais. Os passos nesta direção já foram dados, com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) criando redes de fomento e parcerias com o setor privado para acelerar a adoção por produtores rurais da integração lavoura-pecuária-floresta. Os incentivos do País exigirão muita pesquisa para entender as demandas de cada região onde a ILPF será adotada, como o tipo de pecuária, as culturas agrícolas, as espécies florestais e se há mercado para os diversos usos da madeira A Integração Lavoura, Pecuária e Florestas representa um grande compromisso do país e deve gerar diversos benefícios. O sistema planejado é ecologicamente adequado, pois melhora a forma de uso da terra; economicamente viável, uma vez que é praticado de acordo com o perfil e os objetivos de cada produtor rural; e socialmente justo, pois dá a oportunidade de diversificar a produção e agregar valor a qualquer tamanho de propriedade. As áreas de fomento florestal, onde muitas vezes as empresas apoiam a ILPF, possibilitam uma maior independência dos produtores rurais, que deixam de ter sua renda e atividade vinculada a uma única atividade, além de contribuírem decisivamente para a fixação do homem no campo, pelos ciclos mais curtos das culturas agrícolas. Para chegar à meta proposta pelo governo e obter os benefícios do uso do sistema ILPF, faz-se necessária a implementação de políticas públicas de incentivos à produção, como aumento de crédito, diminuição de taxas de juros, seguro agrícola amplo e eficiente e remuneração por serviços ambientais. ELIZABETH DE CARVALHAES é presidente-executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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Florestas plantadas na Integração Lavoura, Pecuária e FlorestasAinda que incipiente no Brasil, o interesse pelo modelo de produção integrada sustentável (integração lavoura, pecuária e floresta - IPLF), em que produção agrícola, criação de gado e manejo de florestas plantadas ocorrem em uma mesma propriedade rural, vem crescendo; e está entre as contribuições brasileiras para o acordo do clima, feito em dezembro de 2015 durante a COP21, em Paris. Há muito a se fazer para que a IPLF atinja a meta de cerca de 5 milhões de hectares (contra os atuais 2 milhões de hectares, segundo a Embrapa) de forma a contribuir para melhorar o quadro socioeconômico e ambiental das propriedades; aumentar os estoques de carbono na pecuária brasileira pelo cultivo de árvores; além de promover a mudança do sistema de uso do solo e aumentar o índice de produtividade. Dos 851 milhões de hectares do território nacional, cerca de 66% estão cobertos por hábitats naturais, 23% ocupados por pastagens, 6,2% por agricultura e 3,5% por redes de infraestrutura e áreas urbanas, além de 0,9% de florestas plantadas. Portanto, é um mercado que tem muito para crescer e benefícios a gerar. A diversificação da produção contribui para o aumento da renda dos produtores, que tem possibilidade de colheita em diferentes épocas, e favorece a proteção do solo, com culturas de diferentes idades em mosaico. O eucalipto é uma das espécies de árvores mais utilizadas na ILPF devido ao seu crescimento rápido e a disposição de sua copa que permite a insolação para as culturas agrícolas e pastagens. As florestas plantadas representam uma estratégia de aproveitamento de áreas marginais que beneficiam tanto a agricultura quanto a criação de gado, além de promover a inclusão dos produtores nos programas de fomento, iniciativa que oferece assistência técnica e garantia de compra da matéria-prima produzida pelo produtor rural. Com estudos, pesquisas e tecnologia de produção sendo desenvolvidos nesta área, entende-se que a ILPF pode ser uma alternativa relevante para aumentar a produção de alimentos e a pecuária, sem necessitar de novas áreas, pela sinergia e forma complementar de uso da terra entre os componentes vegetais e animais. Os passos nesta direção já foram dados, com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) criando redes de fomento e parcerias com o setor privado para acelerar a adoção por produtores rurais da integração lavoura-pecuária-floresta. Os incentivos do País exigirão muita pesquisa para entender as demandas de cada região onde a ILPF será adotada, como o tipo de pecuária, as culturas agrícolas, as espécies florestais e se há mercado para os diversos usos da madeira A Integração Lavoura, Pecuária e Florestas representa um grande compromisso do país e deve gerar diversos benefícios. O sistema planejado é ecologicamente adequado, pois melhora a forma de uso da terra; economicamente viável, uma vez que é praticado de acordo com o perfil e os objetivos de cada produtor rural; e socialmente justo, pois dá a oportunidade de diversificar a produção e agregar valor a qualquer tamanho de propriedade. As áreas de fomento florestal, onde muitas vezes as empresas apoiam a ILPF, possibilitam uma maior independência dos produtores rurais, que deixam de ter sua renda e atividade vinculada a uma única atividade, além de contribuírem decisivamente para a fixação do homem no campo, pelos ciclos mais curtos das culturas agrícolas. Para chegar à meta proposta pelo governo e obter os benefícios do uso do sistema ILPF, faz-se necessária a implementação de políticas públicas de incentivos à produção, como aumento de crédito, diminuição de taxas de juros, seguro agrícola amplo e eficiente e remuneração por serviços ambientais. ELIZABETH DE CARVALHAES é presidente-executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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Com golaço de Ricardo Oliveira, Santos vence o Audax e garante liderança
Em jogo cheio de alternativas no Pacaembu, o Santos venceu o Audax por 1 a 0, em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Paulista. A vitória garante o time comandado por Marcelo Fernandes na primeira posição do Grupo 4, com 29 pontos, 17 à frente do Penapolense, restando somente quatro rodadas. Com a marcação adiantada desde o início do jogo, o Santos não deu espaços para que o Audax utilizasse sua principal qualidade, o toque de bola. Essa pressão forçou o time de Fernando Diniz a errar muitos passes em seu campo de defesa. E foi justamente numa bola roubada que saiu o primeiro gol da partida. Ricardo Oliveira foi lançado nas costas da zaga, deu um chapéu no goleiro Felipe Alves e completou de cabeça para abrir o marcador, aos 18 min. Este foi o quinto gol do camisa 9 no Estadual. Veja vídeo O Santos ainda teve três chances de aumentar no primeiro tempo. Na primeira Renato invadiu a área do Audax e foi derrubado por André Castro, aos 27 minutos. Geuvânio bateu fraco no canto esquerdo, o goleiro Felipe saltou para defender e mandar a bola para escanteio. O meia Lucas Lima, em cobrança de falta da entrada da área, acertou o travessão do Audax, aos 38 minutos. No lance seguinte foi a vez de Ricardo Oliveira bater falta com muito perigo e a bola passou a poucos centímetros da trave direita. Se o primeiro tempo foi todo do Santos, na etapa complementar quem comandou as ações foi o Audax em busca do empate. Com a equipe alvinegra recuada, o time de Osasco partiu para cima e criou ao menos cinco oportunidades de gol nos primeiros 20 minutos, obrigando o goleiro Vanderlei a fazer ótimas defesas para segurar o placar. Na mais clara delas, Camacho arriscou de fora da área, o goleiro santista fez a defesa parcial, Ytalo finalizou no rebote e o camisa 1 teve que fazer nova intervenção. A grande chance do Santos no segundo tempo foi com Robinho. O atacante recebeu passe preciso de Lucas Lima nas costas da zaga e bateu colocado no canto. O goleiro Felipe Alves pulou para defender e evitar o gol santista. Com o resultado de hoje e 16 pontos no Grupo 2, o Audax segue sonhando com a vaga nas quartas de final, mas pode ver a Ponte Preta, que enfrenta o Bragantino amanhã, abrir cinco de vantagem, com apenas mais quatro rodadas a serem disputadas. Os times voltam a campo no meio da próxima semana. O Audax recebe o Capivariano no quarta-feira (25), às 19h30, no estádio Prof. José Liberatti. Em Campinas, o Santos duela com a Ponte Preta na quinta-feira (26), 21 horas, no Moisés Lucarelli.
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Com golaço de Ricardo Oliveira, Santos vence o Audax e garante liderançaEm jogo cheio de alternativas no Pacaembu, o Santos venceu o Audax por 1 a 0, em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Paulista. A vitória garante o time comandado por Marcelo Fernandes na primeira posição do Grupo 4, com 29 pontos, 17 à frente do Penapolense, restando somente quatro rodadas. Com a marcação adiantada desde o início do jogo, o Santos não deu espaços para que o Audax utilizasse sua principal qualidade, o toque de bola. Essa pressão forçou o time de Fernando Diniz a errar muitos passes em seu campo de defesa. E foi justamente numa bola roubada que saiu o primeiro gol da partida. Ricardo Oliveira foi lançado nas costas da zaga, deu um chapéu no goleiro Felipe Alves e completou de cabeça para abrir o marcador, aos 18 min. Este foi o quinto gol do camisa 9 no Estadual. Veja vídeo O Santos ainda teve três chances de aumentar no primeiro tempo. Na primeira Renato invadiu a área do Audax e foi derrubado por André Castro, aos 27 minutos. Geuvânio bateu fraco no canto esquerdo, o goleiro Felipe saltou para defender e mandar a bola para escanteio. O meia Lucas Lima, em cobrança de falta da entrada da área, acertou o travessão do Audax, aos 38 minutos. No lance seguinte foi a vez de Ricardo Oliveira bater falta com muito perigo e a bola passou a poucos centímetros da trave direita. Se o primeiro tempo foi todo do Santos, na etapa complementar quem comandou as ações foi o Audax em busca do empate. Com a equipe alvinegra recuada, o time de Osasco partiu para cima e criou ao menos cinco oportunidades de gol nos primeiros 20 minutos, obrigando o goleiro Vanderlei a fazer ótimas defesas para segurar o placar. Na mais clara delas, Camacho arriscou de fora da área, o goleiro santista fez a defesa parcial, Ytalo finalizou no rebote e o camisa 1 teve que fazer nova intervenção. A grande chance do Santos no segundo tempo foi com Robinho. O atacante recebeu passe preciso de Lucas Lima nas costas da zaga e bateu colocado no canto. O goleiro Felipe Alves pulou para defender e evitar o gol santista. Com o resultado de hoje e 16 pontos no Grupo 2, o Audax segue sonhando com a vaga nas quartas de final, mas pode ver a Ponte Preta, que enfrenta o Bragantino amanhã, abrir cinco de vantagem, com apenas mais quatro rodadas a serem disputadas. Os times voltam a campo no meio da próxima semana. O Audax recebe o Capivariano no quarta-feira (25), às 19h30, no estádio Prof. José Liberatti. Em Campinas, o Santos duela com a Ponte Preta na quinta-feira (26), 21 horas, no Moisés Lucarelli.
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Na véspera da posse de Trump, dólar cai com ação do BC; Bolsa recua
Um dia antes da posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, o real destoou das principais moedas e teve a maior valorização ante o dólar nesta quinta-feira (19). A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, fechou em queda de 0,85%, a R$ 3,1950. O dólar comercial, usado em contratos de comércio exterior, recuou 0,46%, a R$ 3,2040. O câmbio doméstico reagiu à ampliação da atuação do Banco Central. A autoridade monetária elevou nesta sessão a rolagem diária de contratos de swap cambial tradicional com vencimento em fevereiro de 12 mil (US$ 600 milhões) para 15 mil lotes (US$ 750 milhões). A operação equivale à venda futura de dólares ao mercado, e a renovação de contratos que vencem no início de fevereiro começou na última terça-feira (17). De acordo com analistas da Guide Investimentos, caso mantenha esse novo ritmo, o BC conseguirá fazer a rolagem integral desses contratos até a próxima quarta-feira (25). "O BC está provendo liquidez para o mercado, mas pode estar se preparando para um movimento mais forte de valorização do dólar, com possíveis reações ao discurso da posse de Trump", diz a Guide, em relatório. O dólar subiu mundialmente também por causa de indicadores que confirmam a força da economia americana. A leitura do mercado é que, sob Trump, o ritmo de aumento dos juros americanos se intensificará por causa de um possível aumento da inflação com o aquecimento da economia. No fim da tarde desta quarta-feira (18), a presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Janet Yellen, afirmou durante um evento que a demora para elevar as taxas de juros pode gerar riscos para a inflação. "Mas mesmo que os juros subam nos Estados Unidos e caiam no Brasil, o nosso juro real continuará alto, garantindo o interesse de investidores", diz Paulo Henrique Correa, operador de câmbio da corretora MultiMoney. JUROS No mercado de juros futuros negociados na BM&FBovespa, o contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2018 caiu de 11,035% para 10,975% ao ano; o contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 10,800% para 10,700%; e o contrato para janeiro de 2026 cedeu de 11,210% para 11,135%. Neste mercado, investidores buscam proteção contra flutuações dos juros negociando contratos para diferentes vencimentos. A queda dos juros futuros refletiu o resultado do IPCA-15 de janeiro, que veio abaixo do esperado por analistas e reforçou as expectativas de corte da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em fevereiro. A prévia da inflação oficial subiu 0,31% em janeiro, informou o IBGE, acima da alta de 0,19% de dezembro, mas no menor patamar para janeiro desde 1994, ano em que foi criado o Plano Real. BOLSA Em meio à cautela com o novo presidente americano, o Ibovespa fechou em baixa de 0,31%, aos 63.950,86 pontos, seguindo o movimento das Bolsas internacionais. O giro financeiro foi de R$ 6,9 bilhões. As ações da Vale caíram 2,54%, a R$ 28,69 (PNA), e 1,99%, a R$ 31,47 (ON), devolvendo parte da forte alta da véspera. Nesta quarta-feira, os papéis da mineradora subiram com a notícia de poderia haver uma única classe de ações, apenas ordinárias, no novo acordo de acionistas da companhia. Em resposta a questionamento da BM&FBovespa, a mineradora informou nesta quinta-feira que "não há qualquer discussão ou deliberação no âmbito da Vale sobre eventual unificação das ações de sua emissão". O minério de ferro na China recuou mais de 1% nesta sessão, contribuindo para a queda das ações da companhia. As ações PN da Bradespar, acionista da Vale, cederam 3,55%, a R$ 19,81. A lista das maiores quedas do índice foi liderada por Metalúrgica Gerdau PN, com -4,52%, seguida por Gerdau PN (-4,04%). Os papéis PNA da Suzano tiveram a maior alta do Ibovespa, com +5,39%, após a companhia anunciar o reajuste do preço da celulose. As ações ON das concorrentes Fibria e Klabin seguiram o movimento, com +4,36% e 2,31%, respectivamente. Já as ações da Petrobras terminaram em leve baixa; os papéis de bancos fecharam com sinais mistos.
mercado
Na véspera da posse de Trump, dólar cai com ação do BC; Bolsa recuaUm dia antes da posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, o real destoou das principais moedas e teve a maior valorização ante o dólar nesta quinta-feira (19). A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, fechou em queda de 0,85%, a R$ 3,1950. O dólar comercial, usado em contratos de comércio exterior, recuou 0,46%, a R$ 3,2040. O câmbio doméstico reagiu à ampliação da atuação do Banco Central. A autoridade monetária elevou nesta sessão a rolagem diária de contratos de swap cambial tradicional com vencimento em fevereiro de 12 mil (US$ 600 milhões) para 15 mil lotes (US$ 750 milhões). A operação equivale à venda futura de dólares ao mercado, e a renovação de contratos que vencem no início de fevereiro começou na última terça-feira (17). De acordo com analistas da Guide Investimentos, caso mantenha esse novo ritmo, o BC conseguirá fazer a rolagem integral desses contratos até a próxima quarta-feira (25). "O BC está provendo liquidez para o mercado, mas pode estar se preparando para um movimento mais forte de valorização do dólar, com possíveis reações ao discurso da posse de Trump", diz a Guide, em relatório. O dólar subiu mundialmente também por causa de indicadores que confirmam a força da economia americana. A leitura do mercado é que, sob Trump, o ritmo de aumento dos juros americanos se intensificará por causa de um possível aumento da inflação com o aquecimento da economia. No fim da tarde desta quarta-feira (18), a presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Janet Yellen, afirmou durante um evento que a demora para elevar as taxas de juros pode gerar riscos para a inflação. "Mas mesmo que os juros subam nos Estados Unidos e caiam no Brasil, o nosso juro real continuará alto, garantindo o interesse de investidores", diz Paulo Henrique Correa, operador de câmbio da corretora MultiMoney. JUROS No mercado de juros futuros negociados na BM&FBovespa, o contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2018 caiu de 11,035% para 10,975% ao ano; o contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 10,800% para 10,700%; e o contrato para janeiro de 2026 cedeu de 11,210% para 11,135%. Neste mercado, investidores buscam proteção contra flutuações dos juros negociando contratos para diferentes vencimentos. A queda dos juros futuros refletiu o resultado do IPCA-15 de janeiro, que veio abaixo do esperado por analistas e reforçou as expectativas de corte da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em fevereiro. A prévia da inflação oficial subiu 0,31% em janeiro, informou o IBGE, acima da alta de 0,19% de dezembro, mas no menor patamar para janeiro desde 1994, ano em que foi criado o Plano Real. BOLSA Em meio à cautela com o novo presidente americano, o Ibovespa fechou em baixa de 0,31%, aos 63.950,86 pontos, seguindo o movimento das Bolsas internacionais. O giro financeiro foi de R$ 6,9 bilhões. As ações da Vale caíram 2,54%, a R$ 28,69 (PNA), e 1,99%, a R$ 31,47 (ON), devolvendo parte da forte alta da véspera. Nesta quarta-feira, os papéis da mineradora subiram com a notícia de poderia haver uma única classe de ações, apenas ordinárias, no novo acordo de acionistas da companhia. Em resposta a questionamento da BM&FBovespa, a mineradora informou nesta quinta-feira que "não há qualquer discussão ou deliberação no âmbito da Vale sobre eventual unificação das ações de sua emissão". O minério de ferro na China recuou mais de 1% nesta sessão, contribuindo para a queda das ações da companhia. As ações PN da Bradespar, acionista da Vale, cederam 3,55%, a R$ 19,81. A lista das maiores quedas do índice foi liderada por Metalúrgica Gerdau PN, com -4,52%, seguida por Gerdau PN (-4,04%). Os papéis PNA da Suzano tiveram a maior alta do Ibovespa, com +5,39%, após a companhia anunciar o reajuste do preço da celulose. As ações ON das concorrentes Fibria e Klabin seguiram o movimento, com +4,36% e 2,31%, respectivamente. Já as ações da Petrobras terminaram em leve baixa; os papéis de bancos fecharam com sinais mistos.
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'Não financio mais políticos; não tenho dinheiro na pessoa física', diz Joesley
O empresário Joesley Batista afirmou à Folha que, com a proibição de doações eleitorais por empresas, não pretende mais contribuir com políticos: "É que eu não tenho dinheiro na pessoa física. Aí é fácil". Nesse trecho da entrevista, ele diz que a J&F Investimentos e suas controladas faziam doações eleitorais milionárias porque era permitido por lei. Em 2014, foi o grupo que mais doou a candidatos pelo país. "A partir do momento que é permitido, o candidato te pede", disse, ao ser questionado sobre o que motivava o grupo a fazer tantos desembolsos. * Folha - Uma questão que costuma aparecer, quando fala-se sobre a empresa, é o volume muito grande de doações eleitorais. É um valor expressivo. Joesley Batista - É alto. Na última eleição foi o grupo que mais doou. Foi o que mais doou oficialmente. Por que fazer tantas doações? Doações milionárias. É muito dinheiro... [Pausa]. É muito dinheiro. É legal. Não fiz doações que não fossem oficiais, todas estão lá, é aquilo. Se fizer uma análise, são doações proporcionais aos partidos, ao tamanho dos partidos, proporcionais à quantidade de candidatos, em termos dos Estados, das representações dos Estados. Um Estado maior foi mais. Um menor foi menos. Percentualmente, teve gente que doou muito mais. Para o tamanho da empresa, é muito dinheiro no absoluto, mas no relativo não é tanto. Mas por que fazer doações tão expressivas e tão amplas? O que vocês ganham? O simples fato de ser permitido é a explicação. Porque a partir do momento que é permitido, o candidato te pede. E a partir do momento que é permitido e ele te pede Hoje é simples, mudou, não é permitido, então está resolvido. Se é permitido, o candidato te pede. Você participa da sociedade lá, seja no Tocantins, seja no Acre. Como não vai participar do processo? Mas qual o objetivo de fazer doação para todos? Não ter problema com ninguém? A resposta mais simples e objetiva é "Eu doei porque é permitido", e isso faz muita diferença. Você é casada? Se é permitido teu menino ir na piscina, por que é que você não vai deixar? Você vai ser uma má mãe. "Pô, mãe, mas pode! Por que a senhora não deixa?". Agora, se não é permitido... "Meu filho, você não vai porque não pode". Mas, se o filho não sabe nadar, a mãe não deixa nem que seja permitido. Mas é que se uma empresa do nosso tamanho, com a diversificação da nossa, não participar do processo que é legal, de que todo mundo participa Nós, certos ou errados, tomamos a decisão de participar. E com a proibição, pretende continuar participando como pessoa física? Não, está tudo resolvido agora. O senhor é a favor da proibição? É uma ótima medida, porque esse negócio é proibido, pronto, então não há discussão. Mas é permitido doar na pessoa física, e nada impede que os candidatos venham lhe pedir. Qual será o argumento para negar? É que eu não tenho dinheiro na pessoa física. Aí é fácil, porque não tenho dinheiro [risos]. Ninguém vai acreditar no senhor. Mas é sério, dinheiro, não tenho. Tenho patrimônio. A questão de ter mudado por si só já é um avanço. Nas contas de vocês, quando vem a recuperação econômica? Neste ano para de cair. Quando estivermos no segundo semestre, olhando para 2018, já vamos ter as perspectivas econômicas bem positivas. Vamos ver um Brasil de um segundo semestre bem melhor que o do primeiro semestre de 2017, porque quando estivermos olhando 2018 vai ser bastante animador. Está falando de reaquecimento do consumo? Não, de expectativa. Consumo, mesmo, acho que volta só em 2018, 2019. Mas as perspectivas, Bolsa já subindo, fluxo de capital vindo Volta investimento? Vai demorar um pouco, porque a indústria está com muita capacidade ociosa. Vai começar a voltar o emprego. Quando ocupar a capacidade ociosa, que está muito baixa Como está a capacidade de vocês? Nós não temos capacidade ociosa. Não demitimos, não encolhemos, todas as empresas fecharam acima do orçamento no ano passado, com todo barulho. Apesar de que, dá porta pra fora, há esses barulhos com que temos que lidar, queremos mais é ter certeza de que, da porta para dentro, estamos crescendo, produzindo, ganhando market share [participação de mercado]. E isso está acontecendo. Crescemos em volume, preço e market share em praticamente todas as divisões. A eleição de Donald Trump afetou seus negócios nos Estados Unidos? Estamos muito otimistas com os EUA. A economia está aquecendo rapidamente. O desemprego está caindo, o consumo está aquecido. As empresas estão gerando caixa. Os salários estão começando a subir, vai ter um pouco de inflação. Tudo isso na sua operação? Sim. Então vai haver pressão de custos? Sim, mas o preço está bom, porque o consumo está na frente. O consumo de frango, boi e porco está crescendo acima da produção. Com o desemprego baixíssimo, começa a haver dificuldade na produção, limitante por falta de capacidade de mão de obra. Mas há muito consumo, as margens melhoram. Quando será a abertura de capital ? Depois da publicação do balanço, em março ou abril. Em isso acontecendo, marcam-se dez anos de que a companhia é de capital aberto, e confirma-se toda a nossa tese de investimento de 2007, quando fomos para os EUA porque lá estava muito barato e aqui estava caro, e isso iria mudar no futuro. Vai ser a realização de uma estratégia concebida há dez anos. E aí finalmente o senhor vai ter dinheiro na pessoa física? [risos] [risos]. É curioso, mas realmente não temos a tradição de ter a pessoa física e a jurídica. Não tenho coisas na minha pessoa física, tenho ações da empresa. O dinheiro é o pró-labore, os dividendos, mas para viver, para consumir. Na pessoa física só tenho uma casa, um carro. Nós somos o seguinte: nós trabalhamos, os amigos nossos são do trabalho, a gente tira férias com gente do trabalho, trabalha com gente que tirou férias, não tem partido político, a gente sai aos fins de semana, tira poucas férias, não temos dinheiro na pessoa física, somos como eu chamaria isso somos bem descomplicados Falando no IPO, já conseguiram tranquilizar o BNDES, que vetou a primeira operação e falou em desnacionalização da empresa? Nunca entramos no motivo da decisão. Havia um acordo de acionistas, e o BNDES exerceu o direito dele de vetar. Nunca fomos lá perguntar o motivo. Ele tem o direito, ele vetou. Para nós, o motivo que eles deram não faz a menor diferença. Falou-se também em uma mudança de postura que não houve. Na administração anterior foi longamente discutido tecnicamente e na troca de administração não havia conclusão. Quem tomou a decisão não foi a nova diretoria, foram os mesmos técnicos que já vinham estudando. Acha que não houve mudança de orientação no BNDES com a troca de administração? No nosso caso, não houve. Tratamos tecnicamente, fizemos apresentações, e com a antiga administração não existia acordo ou sinalização, nada. Não atribuo o veto à esta administração. O BNDES tem uma governança que funciona, do que a gente conhece. A operação de lá já é maior, mas ainda tem uma imagem de empresa brasileira que ganhou o mundo. Será que isso vai mudar quando houver o IPO nos Estados Unidos? Se tivesse feito, sim. Porque seria verdade. Ia desnacionalizar mesmo. O fato de desnacionalizar ou não sob o olhar dele pode ter relevância, porque é um banco de desenvolvimento. Sob o olhar do investidor, o investidor quer ver o preço subir. Por isso, na época o preço das ações caiu.
mercado
'Não financio mais políticos; não tenho dinheiro na pessoa física', diz JoesleyO empresário Joesley Batista afirmou à Folha que, com a proibição de doações eleitorais por empresas, não pretende mais contribuir com políticos: "É que eu não tenho dinheiro na pessoa física. Aí é fácil". Nesse trecho da entrevista, ele diz que a J&F Investimentos e suas controladas faziam doações eleitorais milionárias porque era permitido por lei. Em 2014, foi o grupo que mais doou a candidatos pelo país. "A partir do momento que é permitido, o candidato te pede", disse, ao ser questionado sobre o que motivava o grupo a fazer tantos desembolsos. * Folha - Uma questão que costuma aparecer, quando fala-se sobre a empresa, é o volume muito grande de doações eleitorais. É um valor expressivo. Joesley Batista - É alto. Na última eleição foi o grupo que mais doou. Foi o que mais doou oficialmente. Por que fazer tantas doações? Doações milionárias. É muito dinheiro... [Pausa]. É muito dinheiro. É legal. Não fiz doações que não fossem oficiais, todas estão lá, é aquilo. Se fizer uma análise, são doações proporcionais aos partidos, ao tamanho dos partidos, proporcionais à quantidade de candidatos, em termos dos Estados, das representações dos Estados. Um Estado maior foi mais. Um menor foi menos. Percentualmente, teve gente que doou muito mais. Para o tamanho da empresa, é muito dinheiro no absoluto, mas no relativo não é tanto. Mas por que fazer doações tão expressivas e tão amplas? O que vocês ganham? O simples fato de ser permitido é a explicação. Porque a partir do momento que é permitido, o candidato te pede. E a partir do momento que é permitido e ele te pede Hoje é simples, mudou, não é permitido, então está resolvido. Se é permitido, o candidato te pede. Você participa da sociedade lá, seja no Tocantins, seja no Acre. Como não vai participar do processo? Mas qual o objetivo de fazer doação para todos? Não ter problema com ninguém? A resposta mais simples e objetiva é "Eu doei porque é permitido", e isso faz muita diferença. Você é casada? Se é permitido teu menino ir na piscina, por que é que você não vai deixar? Você vai ser uma má mãe. "Pô, mãe, mas pode! Por que a senhora não deixa?". Agora, se não é permitido... "Meu filho, você não vai porque não pode". Mas, se o filho não sabe nadar, a mãe não deixa nem que seja permitido. Mas é que se uma empresa do nosso tamanho, com a diversificação da nossa, não participar do processo que é legal, de que todo mundo participa Nós, certos ou errados, tomamos a decisão de participar. E com a proibição, pretende continuar participando como pessoa física? Não, está tudo resolvido agora. O senhor é a favor da proibição? É uma ótima medida, porque esse negócio é proibido, pronto, então não há discussão. Mas é permitido doar na pessoa física, e nada impede que os candidatos venham lhe pedir. Qual será o argumento para negar? É que eu não tenho dinheiro na pessoa física. Aí é fácil, porque não tenho dinheiro [risos]. Ninguém vai acreditar no senhor. Mas é sério, dinheiro, não tenho. Tenho patrimônio. A questão de ter mudado por si só já é um avanço. Nas contas de vocês, quando vem a recuperação econômica? Neste ano para de cair. Quando estivermos no segundo semestre, olhando para 2018, já vamos ter as perspectivas econômicas bem positivas. Vamos ver um Brasil de um segundo semestre bem melhor que o do primeiro semestre de 2017, porque quando estivermos olhando 2018 vai ser bastante animador. Está falando de reaquecimento do consumo? Não, de expectativa. Consumo, mesmo, acho que volta só em 2018, 2019. Mas as perspectivas, Bolsa já subindo, fluxo de capital vindo Volta investimento? Vai demorar um pouco, porque a indústria está com muita capacidade ociosa. Vai começar a voltar o emprego. Quando ocupar a capacidade ociosa, que está muito baixa Como está a capacidade de vocês? Nós não temos capacidade ociosa. Não demitimos, não encolhemos, todas as empresas fecharam acima do orçamento no ano passado, com todo barulho. Apesar de que, dá porta pra fora, há esses barulhos com que temos que lidar, queremos mais é ter certeza de que, da porta para dentro, estamos crescendo, produzindo, ganhando market share [participação de mercado]. E isso está acontecendo. Crescemos em volume, preço e market share em praticamente todas as divisões. A eleição de Donald Trump afetou seus negócios nos Estados Unidos? Estamos muito otimistas com os EUA. A economia está aquecendo rapidamente. O desemprego está caindo, o consumo está aquecido. As empresas estão gerando caixa. Os salários estão começando a subir, vai ter um pouco de inflação. Tudo isso na sua operação? Sim. Então vai haver pressão de custos? Sim, mas o preço está bom, porque o consumo está na frente. O consumo de frango, boi e porco está crescendo acima da produção. Com o desemprego baixíssimo, começa a haver dificuldade na produção, limitante por falta de capacidade de mão de obra. Mas há muito consumo, as margens melhoram. Quando será a abertura de capital ? Depois da publicação do balanço, em março ou abril. Em isso acontecendo, marcam-se dez anos de que a companhia é de capital aberto, e confirma-se toda a nossa tese de investimento de 2007, quando fomos para os EUA porque lá estava muito barato e aqui estava caro, e isso iria mudar no futuro. Vai ser a realização de uma estratégia concebida há dez anos. E aí finalmente o senhor vai ter dinheiro na pessoa física? [risos] [risos]. É curioso, mas realmente não temos a tradição de ter a pessoa física e a jurídica. Não tenho coisas na minha pessoa física, tenho ações da empresa. O dinheiro é o pró-labore, os dividendos, mas para viver, para consumir. Na pessoa física só tenho uma casa, um carro. Nós somos o seguinte: nós trabalhamos, os amigos nossos são do trabalho, a gente tira férias com gente do trabalho, trabalha com gente que tirou férias, não tem partido político, a gente sai aos fins de semana, tira poucas férias, não temos dinheiro na pessoa física, somos como eu chamaria isso somos bem descomplicados Falando no IPO, já conseguiram tranquilizar o BNDES, que vetou a primeira operação e falou em desnacionalização da empresa? Nunca entramos no motivo da decisão. Havia um acordo de acionistas, e o BNDES exerceu o direito dele de vetar. Nunca fomos lá perguntar o motivo. Ele tem o direito, ele vetou. Para nós, o motivo que eles deram não faz a menor diferença. Falou-se também em uma mudança de postura que não houve. Na administração anterior foi longamente discutido tecnicamente e na troca de administração não havia conclusão. Quem tomou a decisão não foi a nova diretoria, foram os mesmos técnicos que já vinham estudando. Acha que não houve mudança de orientação no BNDES com a troca de administração? No nosso caso, não houve. Tratamos tecnicamente, fizemos apresentações, e com a antiga administração não existia acordo ou sinalização, nada. Não atribuo o veto à esta administração. O BNDES tem uma governança que funciona, do que a gente conhece. A operação de lá já é maior, mas ainda tem uma imagem de empresa brasileira que ganhou o mundo. Será que isso vai mudar quando houver o IPO nos Estados Unidos? Se tivesse feito, sim. Porque seria verdade. Ia desnacionalizar mesmo. O fato de desnacionalizar ou não sob o olhar dele pode ter relevância, porque é um banco de desenvolvimento. Sob o olhar do investidor, o investidor quer ver o preço subir. Por isso, na época o preço das ações caiu.
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Domingo com previsão de chuva tem feira de noivas e festival de doces no Club Homs
DE SÃO PAULO São Paulo, 23 de outubro de 2016. Domingo. Bom dia para você que hoje vai comer aquele prato que te fez passar a semana inteira aguando de tanta vontade. Veja o que precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Feira para casar | É o último dia da Expo Noivas & Festas, que reúne cerca de 200 empresas para apresentar o que há de novo em produtos, serviços e tendências para casamentos e festas de debutantes. Entre as novidades está um "robô pajem" que, além de levar as alianças ao altar, pode ser utilizado para entreter convidados. Entradas custam de R$ 12 a R$ 30 na bilheteria ou pelo site www.exponoivas.com.br Rimas | O rapper paulista Rashid apresenta músicas de seu disco de estreia, "A Coragem da Luz (2015), no Sesc Pinheiros. Destaque para as faixas "Depois da Tempestade" e "Ruaterapia" –que conta com participação de Max de Castro e de Mano Brown, este último um dos integrantes do Racionais MC's. Ingressos custam de R$ 12 a R$ 40. Veja mais aqui. Intercâmbio | Sob a regência de Nelson Ayres e Tiago Costa, a Orquestra Jovem Tom Jobim convida músicos da Juilliard School, de Nova York, para concerto no Auditório Ibirapuera que presta homenagem aos compositores Moacir Santos e Duke Ellington com a interpretação de repertório que transita por músicas da MPB e do jazz. Ingressos custam R$ 20. Saiba mais aqui. Última chance | Termina neste domingo a peça "A Reunificação das Duas Coreias", encenada no teatro Morumbi Shopping. Em 18 cenas independentes, os atores do espetáculo mostram o amor sob diversos pontos de vista, salientando o cômico e o trágico das relações. Uma das histórias é sobre um homem que precisa conviver com sua mulher, que perdeu a memória. Ingressos custam de R$ 50 a R$ 70. Saiba mais aqui. Feito de açúcar | O Club Homs recebe festival de doces no qual vende receitas de quitutes por até R$ 10. Este é o preço, por exemplo, do mil folhas, mas também estarão à disposição cannolis (R$ 5), brownies e brigadeiros (R$ 3). O evento ocorre das 10h às 22h. Veja mais informações aqui. * PARA TER ASSUNTO Estádios | Parece que a Lava Jato vai chegar ao Corinthians. Em negociação de acordo de delação premiada, Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração do grupo, afirmou que o estádio construído pela empreiteira em Itaquera foi um presente ao ex-presidente Lula, torcedor do time. Teria sido um agrado em retribuição à suposta ajuda do petista ao grupo nos oito anos em que esteve na Presidência da República. O time paulistano, aliás, enfrenta o Flamengo, às 17h, no retorno dos clubes e do campeonato Brasileiro ao estádio do Maracanã após a Olimpíada e a Paraolimpíada. Símbolo | Na Amazônia, nenhuma intervenção humana provoca tantas mudanças como uma rodovia. E nenhuma rodovia causa tanto impacto na maior floresta tropical do mundo como a Transamazônica. Aos 40 anos, a estrada, um dos maiores símbolos da ditadura militar (1964-1985) no Brasil, vive hoje situação precária. Menos de 10% de seus 1.751 quilômetros estão asfaltados. Tornou-se rota do crime e, em seus arredores, vê pulularem episódios de desmatamento ilegal, grilagem e violência. Retomada | Após mais de cinco anos de duração e quase 500 mil vítimas, a guerra civil na Síria chega a um ponto decisivo. Após um bem-sucedido cerco, as tropas do ditador Bashar al-Assad estão muito perto de retomar dos rebeldes o controle de Aleppo, a segunda maior cidade do país, gerando inclusive a expectativa do fim do conflito. Amplamente apoiada pela Rússia, a operação, porém, deixa sufocadas e sem acesso a água, alimentos, medicamentos ou atendimento médico entre 200 mil e 300 mil pessoas. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista para este domingo é de 25ºC. A mínima é de 16ºC, e há previsão de pancadas de chuva. Zona norte | A av. Cruzeiro do Sul, na zona norte, terá três faixas interditadas no sentido bairro entre as ruas Alferes Magalhães e Darzan das 6h às 14h deste domingo para o estacionamento de um guindaste. Zona oeste | A Rua Barbalha, no Alto da Lapa, será interditada das 7h30 às 16h deste para a realização de trabalho de remoção de árvore de grande porte. Zona sul | A Rua Desembargador Aguiar Valim será interditada, entre a av. Santo Amaro e a rua João Cachoeira, das 6h às 14h deste domingo para o estacionamento de um guindaste. Zona sul 2 | Bloqueada na segunda (24), a pista sentido bairro da av. Santo Amaro segue interditada entre a av. Roque Petroni Junior e a rua São Sebastião para a realização de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio tem duração prevista de 15 dias. Zona leste | Duas faixas da av. Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo seguem interditadas entre as ruas Ibitirama e Oliveira Gouveia na pista sentido bairro pelo mesmo motivo. O bloqueio tem duração prevista de 18 meses.
saopaulo
Domingo com previsão de chuva tem feira de noivas e festival de doces no Club HomsDE SÃO PAULO São Paulo, 23 de outubro de 2016. Domingo. Bom dia para você que hoje vai comer aquele prato que te fez passar a semana inteira aguando de tanta vontade. Veja o que precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Feira para casar | É o último dia da Expo Noivas & Festas, que reúne cerca de 200 empresas para apresentar o que há de novo em produtos, serviços e tendências para casamentos e festas de debutantes. Entre as novidades está um "robô pajem" que, além de levar as alianças ao altar, pode ser utilizado para entreter convidados. Entradas custam de R$ 12 a R$ 30 na bilheteria ou pelo site www.exponoivas.com.br Rimas | O rapper paulista Rashid apresenta músicas de seu disco de estreia, "A Coragem da Luz (2015), no Sesc Pinheiros. Destaque para as faixas "Depois da Tempestade" e "Ruaterapia" –que conta com participação de Max de Castro e de Mano Brown, este último um dos integrantes do Racionais MC's. Ingressos custam de R$ 12 a R$ 40. Veja mais aqui. Intercâmbio | Sob a regência de Nelson Ayres e Tiago Costa, a Orquestra Jovem Tom Jobim convida músicos da Juilliard School, de Nova York, para concerto no Auditório Ibirapuera que presta homenagem aos compositores Moacir Santos e Duke Ellington com a interpretação de repertório que transita por músicas da MPB e do jazz. Ingressos custam R$ 20. Saiba mais aqui. Última chance | Termina neste domingo a peça "A Reunificação das Duas Coreias", encenada no teatro Morumbi Shopping. Em 18 cenas independentes, os atores do espetáculo mostram o amor sob diversos pontos de vista, salientando o cômico e o trágico das relações. Uma das histórias é sobre um homem que precisa conviver com sua mulher, que perdeu a memória. Ingressos custam de R$ 50 a R$ 70. Saiba mais aqui. Feito de açúcar | O Club Homs recebe festival de doces no qual vende receitas de quitutes por até R$ 10. Este é o preço, por exemplo, do mil folhas, mas também estarão à disposição cannolis (R$ 5), brownies e brigadeiros (R$ 3). O evento ocorre das 10h às 22h. Veja mais informações aqui. * PARA TER ASSUNTO Estádios | Parece que a Lava Jato vai chegar ao Corinthians. Em negociação de acordo de delação premiada, Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração do grupo, afirmou que o estádio construído pela empreiteira em Itaquera foi um presente ao ex-presidente Lula, torcedor do time. Teria sido um agrado em retribuição à suposta ajuda do petista ao grupo nos oito anos em que esteve na Presidência da República. O time paulistano, aliás, enfrenta o Flamengo, às 17h, no retorno dos clubes e do campeonato Brasileiro ao estádio do Maracanã após a Olimpíada e a Paraolimpíada. Símbolo | Na Amazônia, nenhuma intervenção humana provoca tantas mudanças como uma rodovia. E nenhuma rodovia causa tanto impacto na maior floresta tropical do mundo como a Transamazônica. Aos 40 anos, a estrada, um dos maiores símbolos da ditadura militar (1964-1985) no Brasil, vive hoje situação precária. Menos de 10% de seus 1.751 quilômetros estão asfaltados. Tornou-se rota do crime e, em seus arredores, vê pulularem episódios de desmatamento ilegal, grilagem e violência. Retomada | Após mais de cinco anos de duração e quase 500 mil vítimas, a guerra civil na Síria chega a um ponto decisivo. Após um bem-sucedido cerco, as tropas do ditador Bashar al-Assad estão muito perto de retomar dos rebeldes o controle de Aleppo, a segunda maior cidade do país, gerando inclusive a expectativa do fim do conflito. Amplamente apoiada pela Rússia, a operação, porém, deixa sufocadas e sem acesso a água, alimentos, medicamentos ou atendimento médico entre 200 mil e 300 mil pessoas. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista para este domingo é de 25ºC. A mínima é de 16ºC, e há previsão de pancadas de chuva. Zona norte | A av. Cruzeiro do Sul, na zona norte, terá três faixas interditadas no sentido bairro entre as ruas Alferes Magalhães e Darzan das 6h às 14h deste domingo para o estacionamento de um guindaste. Zona oeste | A Rua Barbalha, no Alto da Lapa, será interditada das 7h30 às 16h deste para a realização de trabalho de remoção de árvore de grande porte. Zona sul | A Rua Desembargador Aguiar Valim será interditada, entre a av. Santo Amaro e a rua João Cachoeira, das 6h às 14h deste domingo para o estacionamento de um guindaste. Zona sul 2 | Bloqueada na segunda (24), a pista sentido bairro da av. Santo Amaro segue interditada entre a av. Roque Petroni Junior e a rua São Sebastião para a realização de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio tem duração prevista de 15 dias. Zona leste | Duas faixas da av. Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo seguem interditadas entre as ruas Ibitirama e Oliveira Gouveia na pista sentido bairro pelo mesmo motivo. O bloqueio tem duração prevista de 18 meses.
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Outro Canal: Em novela, Adriana Esteves copia visual de Glória Pires
VITOR MORENO (INTERINO) Os perfis das duas vilãs de "Babilônia", próxima novela das 21h da Globo, serão muito diferentes. O folhetim de Gilberto Braga e Ricardo Linhares vai reunir Adriana Esteves (a Carminha de "Avenida Brasil") e Glória Pires (a ... Leia post completo no blog
ilustrada
Outro Canal: Em novela, Adriana Esteves copia visual de Glória PiresVITOR MORENO (INTERINO) Os perfis das duas vilãs de "Babilônia", próxima novela das 21h da Globo, serão muito diferentes. O folhetim de Gilberto Braga e Ricardo Linhares vai reunir Adriana Esteves (a Carminha de "Avenida Brasil") e Glória Pires (a ... Leia post completo no blog
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Giorgio Moroder, pioneiro da era disco, lança álbum
A sala de Giorgio Moroder exibe com orgulho as lembranças de sua carreira como pioneiro da música disco e pop -carreira que Moroder, 75, está prestes a retomar. Sobre uma mesa de vidro, ficam dois Oscars, dois Globos de Ouro, um prêmio People's Choice e três Grammys. Nas paredes, há álbuns de ouro, platina e multiplatina na forma de vinil, CDs e até mesmo cassetes. São os resultados do trabalho de compositor e produtor dos hits de Donna Summer, da trilha sonora de "Flashdance" e de "Take My Breath Away", balada da banda Berlin para o filme "Top Gun: Ases Indomáveis". No final da década de 1980, Moroder acumulava no currículo clássicos da música disco, grandes sucessos do pop e trilhas originais para filmes como "Expresso da Meia-Noite" e "Scarface". Porém, durante grande parte dos anos 1990 e 2000, ele praticamente se aposentou da música, produzindo poucas canções. Ultimamente, com o resgate das batidas e do clima da era disco em faixas de Pharrell e Robin Thicke, Moroder encontrou uma leva de admiradores mais jovens. Neste mês, ele lança o primeiro álbum próprio em 30 anos: "Déjà Vu", com vocais de Sia, Britney Spears, Charli XCX, Kelis, Mikky Ekko e outros. "Déjà Vu" é um álbum dance-pop do começo ao fim -uma mistura reluzente, efervescente e cuidadosa da música disco que deu os primeiros hits a Moroder com a dance music eletrônica, que há décadas vem amplificando suas ideias. O mesmo vale para o senso de melodia e contraponto, de tensão e relaxamento, dos naipes de cordas e das guitarras brincando com as batidas. O single promocional do disco, "Right Here, Right Now", com Kylie Minogue, foi a música dance número um nos EUA em abril, segundo a lista da "Billboard". Os hits disco que Moroder compôs e produziu na década de 1970 com Summer são marcos da dance music. Ela era uma cantora americana radicada em Munique. Ele, um jovem compositor pop da província do Tirol do Sul, no norte da Itália, com ambições no mercado internacional. Para fortalecer o ritmo no primeiro sucesso internacional de Summer, "Love to Love You Baby", de 1975, Moroder colocou um bumbo em cada batida -fundamento que qualquer DJ hoje em dia conhece como "four-on-the-floor". Dois anos mais tarde, Moroder tentou imaginar como seria a música do futuro e criou um arranjo com sintetizadores para "I Feel Love", também de Donna Summer. Seu timbre mecânico, com sons ostensivamente artificiais, fez dessa música um sucesso instantâneo. Sua batida e sua linha de baixo, com o contraste entre a voz humana e a propulsão sintética, ecoam na música dance desde então. "Nisso que todos atualmente chamam de EDM (sigla em inglês para "música eletrônica para dançar"), as pessoas mais influentes provavelmente foram Giorgio Moroder e o Kraftwerk", disse o DJ e produtor David Guetta, cujo single "Hey Mama" é atualmente o número um na parada Hot Dance / Eletrônica da "Billboard". "Muitos desses garotos que hoje são grandes DJs nem sabem da influência dessa gente." Hoje Moroder trabalha na trilha sonora de um filme que ele não revela qual é. Ele também está começando a compor um musical que incluiria alguns de seus hits e meia dúzia de outras canções. Ainda não tem título, disse, "mas provavelmente terá a palavra 'disco'".
ilustrada
Giorgio Moroder, pioneiro da era disco, lança álbumA sala de Giorgio Moroder exibe com orgulho as lembranças de sua carreira como pioneiro da música disco e pop -carreira que Moroder, 75, está prestes a retomar. Sobre uma mesa de vidro, ficam dois Oscars, dois Globos de Ouro, um prêmio People's Choice e três Grammys. Nas paredes, há álbuns de ouro, platina e multiplatina na forma de vinil, CDs e até mesmo cassetes. São os resultados do trabalho de compositor e produtor dos hits de Donna Summer, da trilha sonora de "Flashdance" e de "Take My Breath Away", balada da banda Berlin para o filme "Top Gun: Ases Indomáveis". No final da década de 1980, Moroder acumulava no currículo clássicos da música disco, grandes sucessos do pop e trilhas originais para filmes como "Expresso da Meia-Noite" e "Scarface". Porém, durante grande parte dos anos 1990 e 2000, ele praticamente se aposentou da música, produzindo poucas canções. Ultimamente, com o resgate das batidas e do clima da era disco em faixas de Pharrell e Robin Thicke, Moroder encontrou uma leva de admiradores mais jovens. Neste mês, ele lança o primeiro álbum próprio em 30 anos: "Déjà Vu", com vocais de Sia, Britney Spears, Charli XCX, Kelis, Mikky Ekko e outros. "Déjà Vu" é um álbum dance-pop do começo ao fim -uma mistura reluzente, efervescente e cuidadosa da música disco que deu os primeiros hits a Moroder com a dance music eletrônica, que há décadas vem amplificando suas ideias. O mesmo vale para o senso de melodia e contraponto, de tensão e relaxamento, dos naipes de cordas e das guitarras brincando com as batidas. O single promocional do disco, "Right Here, Right Now", com Kylie Minogue, foi a música dance número um nos EUA em abril, segundo a lista da "Billboard". Os hits disco que Moroder compôs e produziu na década de 1970 com Summer são marcos da dance music. Ela era uma cantora americana radicada em Munique. Ele, um jovem compositor pop da província do Tirol do Sul, no norte da Itália, com ambições no mercado internacional. Para fortalecer o ritmo no primeiro sucesso internacional de Summer, "Love to Love You Baby", de 1975, Moroder colocou um bumbo em cada batida -fundamento que qualquer DJ hoje em dia conhece como "four-on-the-floor". Dois anos mais tarde, Moroder tentou imaginar como seria a música do futuro e criou um arranjo com sintetizadores para "I Feel Love", também de Donna Summer. Seu timbre mecânico, com sons ostensivamente artificiais, fez dessa música um sucesso instantâneo. Sua batida e sua linha de baixo, com o contraste entre a voz humana e a propulsão sintética, ecoam na música dance desde então. "Nisso que todos atualmente chamam de EDM (sigla em inglês para "música eletrônica para dançar"), as pessoas mais influentes provavelmente foram Giorgio Moroder e o Kraftwerk", disse o DJ e produtor David Guetta, cujo single "Hey Mama" é atualmente o número um na parada Hot Dance / Eletrônica da "Billboard". "Muitos desses garotos que hoje são grandes DJs nem sabem da influência dessa gente." Hoje Moroder trabalha na trilha sonora de um filme que ele não revela qual é. Ele também está começando a compor um musical que incluiria alguns de seus hits e meia dúzia de outras canções. Ainda não tem título, disse, "mas provavelmente terá a palavra 'disco'".
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Porteiro de loja mata cliente com quatro tiros na Grande SP, diz polícia
O vendedor José Gabriel Souza de Oliveira, 19, morreu após ser baleado quatro vezes nas costas durante uma discussão com um porteiro no domingo (3), em um shopping de Embu das Artes (Grande SP), segundo a polícia. Dois primos da vítima também foram atingidos por disparos. Um deles continua internado em estado grave. A confusão no shopping começou por volta das 17h. Oliveira comprou presente para a mãe e foi informado de que não poderia pagar os R$ 12 de estacionamento com cartão de banco. Curta a página de Cotidiano no Facebook Segundo a polícia, o jovem foi até o carro, onde estava um amigo da família, um adolescente de 16 anos. Ao retornar à loja, Oliveira teve a primeira discussão com o porteiro Fernando Pereira, 36, que impediu sua entrada no local alegando que já estava fechado. Após bate-boca, o jovem empurrou Pereira e foi até onde estavam os primos para pegar um cartão de banco e ir até o caixa eletrônico sacar dinheiro. Mas, novamente, encontrou o suspeito, na versão da polícia. Após nova discussão, Pereira sacou uma arma e teria disparado contra as vítimas. Um dos primos de Oliveira, um barman de 26 anos, foi baleado três vezes no peito e seguia internado. O outro primo do vendedor, um motorista de 23 anos, teve a mão direita ferida a bala, foi atendido em um hospital e liberado logo em seguida. O porteiro seguia foragido até a madrugada desta terça-feira (5) desta edição. A Polícia Civil foi até a casa dele e diz ter encontrado armários vazios. O veículo de Pereira, uma Toyota Hilux prata, foi deixado em um posto de gasolina no centro de Embu das Artes. A Justiça decretou ontem a prisão temporária de Pereira por cinco dias. O porteiro tem uma passagem criminal, em 1998, por porte ilegal de arma, de acordo com a polícia. OUTRO LADO Os advogados da loja onde ocorreu o crime informaram que o porteiro era contratado de uma empresa terceirizada apenas para fazer o serviço de portaria no local. Os defensores da loja afirmam que o porteiro não tinha autorização para portar arma. A empresa terceirizada para a qual trabalhava Pereira não foi encontrada para comentar o caso até a conclusão desta edição. Alegando luto, a rede de lojas não abriu ontem e se colocou à disposição da família de Oliveira. A reportagem não conseguiu localizar advogados ou familiares de Pereira, que seguia foragido até a conclusão desta edição. ENTERRO Pai de um menino de dois meses, Oliveira é descrito por familiares como uma pessoa alegre e sonhadora. Um de seus objetivos para este ano era começar a fazer faculdade. "Como pode, morrer por causa de R$ 12? Só podemos esperar que a justiça seja feita, que esse monstro pague pelo crime que cometeu", disse um familiar, que não quis se identificar, com medo de represálias. "Infelizmente esse homem continua à solta por aí. Estamos receosos." A família toda mora na região do Campo Limpo (zona sul) e ia constantemente comprar roupas em Embu. O velório e o enterro foram realizados ontem, em Congonhas (zona sul de SP).
cotidiano
Porteiro de loja mata cliente com quatro tiros na Grande SP, diz políciaO vendedor José Gabriel Souza de Oliveira, 19, morreu após ser baleado quatro vezes nas costas durante uma discussão com um porteiro no domingo (3), em um shopping de Embu das Artes (Grande SP), segundo a polícia. Dois primos da vítima também foram atingidos por disparos. Um deles continua internado em estado grave. A confusão no shopping começou por volta das 17h. Oliveira comprou presente para a mãe e foi informado de que não poderia pagar os R$ 12 de estacionamento com cartão de banco. Curta a página de Cotidiano no Facebook Segundo a polícia, o jovem foi até o carro, onde estava um amigo da família, um adolescente de 16 anos. Ao retornar à loja, Oliveira teve a primeira discussão com o porteiro Fernando Pereira, 36, que impediu sua entrada no local alegando que já estava fechado. Após bate-boca, o jovem empurrou Pereira e foi até onde estavam os primos para pegar um cartão de banco e ir até o caixa eletrônico sacar dinheiro. Mas, novamente, encontrou o suspeito, na versão da polícia. Após nova discussão, Pereira sacou uma arma e teria disparado contra as vítimas. Um dos primos de Oliveira, um barman de 26 anos, foi baleado três vezes no peito e seguia internado. O outro primo do vendedor, um motorista de 23 anos, teve a mão direita ferida a bala, foi atendido em um hospital e liberado logo em seguida. O porteiro seguia foragido até a madrugada desta terça-feira (5) desta edição. A Polícia Civil foi até a casa dele e diz ter encontrado armários vazios. O veículo de Pereira, uma Toyota Hilux prata, foi deixado em um posto de gasolina no centro de Embu das Artes. A Justiça decretou ontem a prisão temporária de Pereira por cinco dias. O porteiro tem uma passagem criminal, em 1998, por porte ilegal de arma, de acordo com a polícia. OUTRO LADO Os advogados da loja onde ocorreu o crime informaram que o porteiro era contratado de uma empresa terceirizada apenas para fazer o serviço de portaria no local. Os defensores da loja afirmam que o porteiro não tinha autorização para portar arma. A empresa terceirizada para a qual trabalhava Pereira não foi encontrada para comentar o caso até a conclusão desta edição. Alegando luto, a rede de lojas não abriu ontem e se colocou à disposição da família de Oliveira. A reportagem não conseguiu localizar advogados ou familiares de Pereira, que seguia foragido até a conclusão desta edição. ENTERRO Pai de um menino de dois meses, Oliveira é descrito por familiares como uma pessoa alegre e sonhadora. Um de seus objetivos para este ano era começar a fazer faculdade. "Como pode, morrer por causa de R$ 12? Só podemos esperar que a justiça seja feita, que esse monstro pague pelo crime que cometeu", disse um familiar, que não quis se identificar, com medo de represálias. "Infelizmente esse homem continua à solta por aí. Estamos receosos." A família toda mora na região do Campo Limpo (zona sul) e ia constantemente comprar roupas em Embu. O velório e o enterro foram realizados ontem, em Congonhas (zona sul de SP).
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Ministro Cardozo vai tentar pôr fim às divergências entre Procuradoria e PF
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que conversará com os principais comandantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para tentar aparar as arestas criadas entre os dois órgãos recentemente. Nesta quarta (15), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu depoimentos relacionados a sete inquéritos da Operação Lava Jato. A intervenção de Janot irritou parte da cúpula da Polícia Federal e agentes envolvidos na investigação do esquema de corrupção da Petrobras, criando uma forte divergência nos bastidores –e gerando críticas até de ministros do Supremo Tribunal Federal. Cardozo pretende se reunir ainda nesta quinta-feira (16) com Leandro Daiello, diretor-geral da PF, e, em seguida, com Janot. Perguntado se a cizânia não põe em risco o andamento das investigações sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, Cardozo disse acreditar tratar-se apenas de algo pontual. "Tenho certeza que isso será resolvido. Não pouparemos esforços para que a harmonia continue acontecendo da melhor forma possível", afirmou Cardozo. Os procuradores ficaram incomodados com a ação da PF ema marcar depoimentos, sem consulta prévia à PGR. A medida foi interpretada como uma movimentação dos policiais para medir forças e buscar autonomia. Em nota divulgada nesta quinta (15), a Associação dos Delegados da Polícia Federal repudiou "a tentativa do Ministério Público Federal de interferir nas apurações" da PF. Os delegados criticaram o MPF e dizem que esta movimentação é comandada por Janot. "A autonomia defendida amplia os níveis de controle interno, externo e social das atividades da Polícia Federal, o que a entidade rejeita é a intenção de um controle exclusivo do Ministério Público Federal sobre a PF. Tendência essa cada vez mais evidenciada na postura institucional do Ministério Público Federal de promover o esvaziamento e o enfraquecimento da Polícia Federal com o nítido objetivo de transformá-la de uma Polícia Judiciária da União em uma verdadeira Polícia Ministerial sob o comando de Janot", afirmou a associação. 2013 A briga entre procuradores e policiais sobre competências para investigar casos é antiga e ganhou fôlego em 2013, quando policias reforçaram o movimento pela aprovação do projeto que retirava poderes de investigação do Ministério Público, que estava em discussão no Congresso. Com os protestos de junho que sacudiram as ruas no país naquela época, no entanto, a Câmara rejeitou a proposta. As duas categorias protagonizam estranhamento desde então. Não há informações de quantos ou quais depoimentos da Lava Jato foram cancelados, mas a expectativa é de que sejam retomados na próxima semana. Segundo procuradores que acompanham o caso, o Ministério Público recorreu ao STF para frear as apurações numa tentativa de "retomar as rédeas" e redefinir as estratégias do caso. Em um despacho de março, Zavascki definiu que o controle do processo, que implica no direcionamento de todas as ações referentes ao caso, estava nas mãos da Procuradoria. Os procuradores ficaram incomodados com a ação da PF para marcar depoimentos, decidir quem e quando seriam ouvidos, sem consulta prévia ao Ministério Público. A medida foi interpretada como uma movimentação dos investigadores da PF para medir forças e buscar autonomia. A Folha apurou que, numa contraofensiva, o Ministério Público passou a ligar para os políticos e oferecer que os depoimentos também poderiam ocorrer com os procuradores. As cúpulas dos dois órgãos teriam se desentendido. Investigadores da PF ouvidos pela Folha afirmam que os procuradores estão atuando de forma extremamente agressiva para manter as rédeas da operação e estariam irritados com as articulações da categoria para conquistar autonomia funcional e orçamentária.
poder
Ministro Cardozo vai tentar pôr fim às divergências entre Procuradoria e PFO ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que conversará com os principais comandantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para tentar aparar as arestas criadas entre os dois órgãos recentemente. Nesta quarta (15), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu depoimentos relacionados a sete inquéritos da Operação Lava Jato. A intervenção de Janot irritou parte da cúpula da Polícia Federal e agentes envolvidos na investigação do esquema de corrupção da Petrobras, criando uma forte divergência nos bastidores –e gerando críticas até de ministros do Supremo Tribunal Federal. Cardozo pretende se reunir ainda nesta quinta-feira (16) com Leandro Daiello, diretor-geral da PF, e, em seguida, com Janot. Perguntado se a cizânia não põe em risco o andamento das investigações sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, Cardozo disse acreditar tratar-se apenas de algo pontual. "Tenho certeza que isso será resolvido. Não pouparemos esforços para que a harmonia continue acontecendo da melhor forma possível", afirmou Cardozo. Os procuradores ficaram incomodados com a ação da PF ema marcar depoimentos, sem consulta prévia à PGR. A medida foi interpretada como uma movimentação dos policiais para medir forças e buscar autonomia. Em nota divulgada nesta quinta (15), a Associação dos Delegados da Polícia Federal repudiou "a tentativa do Ministério Público Federal de interferir nas apurações" da PF. Os delegados criticaram o MPF e dizem que esta movimentação é comandada por Janot. "A autonomia defendida amplia os níveis de controle interno, externo e social das atividades da Polícia Federal, o que a entidade rejeita é a intenção de um controle exclusivo do Ministério Público Federal sobre a PF. Tendência essa cada vez mais evidenciada na postura institucional do Ministério Público Federal de promover o esvaziamento e o enfraquecimento da Polícia Federal com o nítido objetivo de transformá-la de uma Polícia Judiciária da União em uma verdadeira Polícia Ministerial sob o comando de Janot", afirmou a associação. 2013 A briga entre procuradores e policiais sobre competências para investigar casos é antiga e ganhou fôlego em 2013, quando policias reforçaram o movimento pela aprovação do projeto que retirava poderes de investigação do Ministério Público, que estava em discussão no Congresso. Com os protestos de junho que sacudiram as ruas no país naquela época, no entanto, a Câmara rejeitou a proposta. As duas categorias protagonizam estranhamento desde então. Não há informações de quantos ou quais depoimentos da Lava Jato foram cancelados, mas a expectativa é de que sejam retomados na próxima semana. Segundo procuradores que acompanham o caso, o Ministério Público recorreu ao STF para frear as apurações numa tentativa de "retomar as rédeas" e redefinir as estratégias do caso. Em um despacho de março, Zavascki definiu que o controle do processo, que implica no direcionamento de todas as ações referentes ao caso, estava nas mãos da Procuradoria. Os procuradores ficaram incomodados com a ação da PF para marcar depoimentos, decidir quem e quando seriam ouvidos, sem consulta prévia ao Ministério Público. A medida foi interpretada como uma movimentação dos investigadores da PF para medir forças e buscar autonomia. A Folha apurou que, numa contraofensiva, o Ministério Público passou a ligar para os políticos e oferecer que os depoimentos também poderiam ocorrer com os procuradores. As cúpulas dos dois órgãos teriam se desentendido. Investigadores da PF ouvidos pela Folha afirmam que os procuradores estão atuando de forma extremamente agressiva para manter as rédeas da operação e estariam irritados com as articulações da categoria para conquistar autonomia funcional e orçamentária.
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Maranhão discutiu com Cardozo e Dino anular trâmite do impeachment
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), esteve com "emissários" do Palácio do Planalto, com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), na véspera de decidir anular as sessões que aprovaram o impeachment de Dilma Rousseff na Casa. O AGU é autor do pedido que deu base para a decisão do pepista e que criou uma reviravolta no processo de afastamento de Dilma. A informação foi confirmada à Folha por três fontes da Câmara e uma do governo. O encontro com Cardozo ocorreu na noite deste domingo (8) após Maranhão retornar a Brasília na companhia do governador Dino. Segundo um interlocutor de Maranhão, "desde a manhã de quinta-feira" (5), quando tomou posse interina na presidência da Câmara, Maranhão tem estudado a hipótese da anulação do impeachment e conversou "diversas vezes" com Cardozo. Flávio Dino, por sua vez, admitiu nesta segunda ter dado conselhos a Maranhão. O governador afirmou em suas redes sociais que é "natural que o deputado Waldir Maranhão, sendo do meu Estado, peça minha opinião sobre temas relevantes. Como eu peço a ele também". O governador é um dos principais porta-vozes do movimento de governadores contra o impeachment e foi o responsável por virar o voto de Maranhão de a favor para contra o afastamento na véspera da votação na Câmara. Dino ainda defendeu o teor da decisão de Maranhão e voltar a falar que os defensores do impeachment trabalham por um "golpe". "Juridicamente, a decisão do deputado Waldir Maranhão é centenas de vezes mais consistente do que o pedido do tal 'impeachment'", disse Dino. Procurado pela Folha, o governador negou que tenha redigido a decisão apresentada por Maranhão. "Não, não escrevi nada. Absurdo isso", disse à reportagem. Maranhão, que é veterinário, não pediu ajuda à assessoria da Câmara ou a seus advogados para redigir a peça que anulou a sessão do impeachment. A área técnica da Câmara considerou um equívoco o despacho do presidente interino da Casa. RETALIAÇÃO Além das razões objetivas apontadas em nota à imprensa divulgada no início da tarde desta segunda-feira (9), também pesaram na decisão de Waldir Maranhão questões regionais. Após ter votado contra o impeachment de Dilma, no dia 17 de abril, Maranhão sofreu forte retaliação do presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), favorável ao afastamento da presidente. No dia seguinte à votação, Nogueira determinou uma intervenção no diretório estadual do PP maranhense, até então presidido por Maranhão. Diversos apoiadores do presidente interino da Câmara na sigla estadual tiveram sua funções alteradas no diretório, perdendo prestígio e poder. Nos últimos anos Maranhão também se tornou adversário político do grupo político do ex-presidente José Sarney, cujo partido, o PMDB, apoia o impeachment e a posterior posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). A Folha procurou a assessoria de Cardozo, que não respondeu o questionamento até a publicação desta reportagem. A reportagem também apurou que Maranhão não pediu o auxílio de técnicos da Câmara para elaborar seu parecer, o que reforça a tese de que ele discutiu o assunto com o AGU.
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Maranhão discutiu com Cardozo e Dino anular trâmite do impeachmentO presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), esteve com "emissários" do Palácio do Planalto, com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), na véspera de decidir anular as sessões que aprovaram o impeachment de Dilma Rousseff na Casa. O AGU é autor do pedido que deu base para a decisão do pepista e que criou uma reviravolta no processo de afastamento de Dilma. A informação foi confirmada à Folha por três fontes da Câmara e uma do governo. O encontro com Cardozo ocorreu na noite deste domingo (8) após Maranhão retornar a Brasília na companhia do governador Dino. Segundo um interlocutor de Maranhão, "desde a manhã de quinta-feira" (5), quando tomou posse interina na presidência da Câmara, Maranhão tem estudado a hipótese da anulação do impeachment e conversou "diversas vezes" com Cardozo. Flávio Dino, por sua vez, admitiu nesta segunda ter dado conselhos a Maranhão. O governador afirmou em suas redes sociais que é "natural que o deputado Waldir Maranhão, sendo do meu Estado, peça minha opinião sobre temas relevantes. Como eu peço a ele também". O governador é um dos principais porta-vozes do movimento de governadores contra o impeachment e foi o responsável por virar o voto de Maranhão de a favor para contra o afastamento na véspera da votação na Câmara. Dino ainda defendeu o teor da decisão de Maranhão e voltar a falar que os defensores do impeachment trabalham por um "golpe". "Juridicamente, a decisão do deputado Waldir Maranhão é centenas de vezes mais consistente do que o pedido do tal 'impeachment'", disse Dino. Procurado pela Folha, o governador negou que tenha redigido a decisão apresentada por Maranhão. "Não, não escrevi nada. Absurdo isso", disse à reportagem. Maranhão, que é veterinário, não pediu ajuda à assessoria da Câmara ou a seus advogados para redigir a peça que anulou a sessão do impeachment. A área técnica da Câmara considerou um equívoco o despacho do presidente interino da Casa. RETALIAÇÃO Além das razões objetivas apontadas em nota à imprensa divulgada no início da tarde desta segunda-feira (9), também pesaram na decisão de Waldir Maranhão questões regionais. Após ter votado contra o impeachment de Dilma, no dia 17 de abril, Maranhão sofreu forte retaliação do presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), favorável ao afastamento da presidente. No dia seguinte à votação, Nogueira determinou uma intervenção no diretório estadual do PP maranhense, até então presidido por Maranhão. Diversos apoiadores do presidente interino da Câmara na sigla estadual tiveram sua funções alteradas no diretório, perdendo prestígio e poder. Nos últimos anos Maranhão também se tornou adversário político do grupo político do ex-presidente José Sarney, cujo partido, o PMDB, apoia o impeachment e a posterior posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). A Folha procurou a assessoria de Cardozo, que não respondeu o questionamento até a publicação desta reportagem. A reportagem também apurou que Maranhão não pediu o auxílio de técnicos da Câmara para elaborar seu parecer, o que reforça a tese de que ele discutiu o assunto com o AGU.
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Ganso não descarta Santos e diz que futuro depende do São Paulo
O meia Paulo Henrique Ganso falou nesta quinta-feira (3) a respeito do interesse do Santos em tê-lo de volta a partir de 2016. O camisa dez do São Paulo não fechou as portas para retornar ao clube pelo qual foi revelado e, quando perguntado se já tinha sido procurado, jogou a bola para Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo. "Não tem que chegar nada para mim, tem que chegar para o presidente do São Paulo. E ele que vai optar, se sou um jogador negociável ou não. Não dá para ter uma vontade se você não tem nenhuma proposta. Eu tenho contrato com o São Paulo e me apresento aqui no dia 5 de janeiro para me preparar para 2016" afirmou Ganso. O meia são-paulino tem contrato com a equipe até setembro de 2017. Ganso chegou ao Morumbi em 2012, ano em que conquistou a Copa Sul-Americana, único título pelo clube. O atleta não treinou nesta quinta-feira, mas deve jogar contra o Goiás, no próximo domingo, em Goiânia, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. O São Paulo precisa de um empate para se garantir na Copa Libertadores.
esporte
Ganso não descarta Santos e diz que futuro depende do São PauloO meia Paulo Henrique Ganso falou nesta quinta-feira (3) a respeito do interesse do Santos em tê-lo de volta a partir de 2016. O camisa dez do São Paulo não fechou as portas para retornar ao clube pelo qual foi revelado e, quando perguntado se já tinha sido procurado, jogou a bola para Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo. "Não tem que chegar nada para mim, tem que chegar para o presidente do São Paulo. E ele que vai optar, se sou um jogador negociável ou não. Não dá para ter uma vontade se você não tem nenhuma proposta. Eu tenho contrato com o São Paulo e me apresento aqui no dia 5 de janeiro para me preparar para 2016" afirmou Ganso. O meia são-paulino tem contrato com a equipe até setembro de 2017. Ganso chegou ao Morumbi em 2012, ano em que conquistou a Copa Sul-Americana, único título pelo clube. O atleta não treinou nesta quinta-feira, mas deve jogar contra o Goiás, no próximo domingo, em Goiânia, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. O São Paulo precisa de um empate para se garantir na Copa Libertadores.
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Com repertório variado, festival eletrônico reuniu 90 mil pessoas
O congestionamento para chegar no Autódromo de Interlagos foi um indício do sucesso do EDC Brasil. A organização do festival de música eletrônica, realizada no último fim de semana, contou mais de 90 mil pessoas na megabalada. A festa se dividia em três (gigantescos) palcos. O NeonGarden tinha cara do clube D-EDGE. O palco surrealista Kinetic Cathedral, com suas corujas gigantes, era dedicado à EDM (música eletrônica mais comercial), e o palco BassPod ia do trap ao dubstep. O line-up contemplava a todos. Uma turma mais moderna se jogava no palco Neon Garden, mais orientado para a house music. A dupla inglesa Gorgon City investiu nos seus hits e o ápice foi a poperô "Ready For Your Love". Enquanto isso, no palco principal, o DJ prodígio Martin Garrix, sem pudores, tocou uma versão bate-cabelo de "Hello"–hino melancólico da cantora Adele. Delírio na plateia, que finalmente deixou os brinquedos do parque de diversões para cair na pista. No segundo dia, a breve chuva não atrapalhou o DJ Skrillex. Com uma camisa do Corinthians, o americano apostou nas batidas agressivas e nos hits que produziu para o Jack Ü, projeto que criou com o produtor Diplo. EDC BRASIL AVALIAÇÃO bom
ilustrada
Com repertório variado, festival eletrônico reuniu 90 mil pessoasO congestionamento para chegar no Autódromo de Interlagos foi um indício do sucesso do EDC Brasil. A organização do festival de música eletrônica, realizada no último fim de semana, contou mais de 90 mil pessoas na megabalada. A festa se dividia em três (gigantescos) palcos. O NeonGarden tinha cara do clube D-EDGE. O palco surrealista Kinetic Cathedral, com suas corujas gigantes, era dedicado à EDM (música eletrônica mais comercial), e o palco BassPod ia do trap ao dubstep. O line-up contemplava a todos. Uma turma mais moderna se jogava no palco Neon Garden, mais orientado para a house music. A dupla inglesa Gorgon City investiu nos seus hits e o ápice foi a poperô "Ready For Your Love". Enquanto isso, no palco principal, o DJ prodígio Martin Garrix, sem pudores, tocou uma versão bate-cabelo de "Hello"–hino melancólico da cantora Adele. Delírio na plateia, que finalmente deixou os brinquedos do parque de diversões para cair na pista. No segundo dia, a breve chuva não atrapalhou o DJ Skrillex. Com uma camisa do Corinthians, o americano apostou nas batidas agressivas e nos hits que produziu para o Jack Ü, projeto que criou com o produtor Diplo. EDC BRASIL AVALIAÇÃO bom
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Uma encrenca amazônica
BRASÍLIA - Depois de um mês de protestos, Michel Temer desistiu de extinguir a reserva nacional do cobre. O episódio ilustra o funcionamento da usina de crises do Planalto. O governo fabrica encrencas para si próprio, tenta ignorar as reações negativas e só joga a toalha quando o desgaste já está consumado. A sequência de erros começou com uma canetada. Sem consultar ninguém, o presidente decretou o fim de uma reserva mineral do tamanho do Espírito Santo. A medida alegrou as mineradoras, mas uniu artistas, celebridades e ambientalistas num levante contra o governo. A grita rearticulou setores que buscavam um novo mote para atualizar o "Fora, Temer". A modelo Gisele Bündchen ampliou a mobilização no exterior ao tuitar que o governo estava "leiloando a Amazônia". A primeira resposta do Planalto foi marcada pela soberba. O ministro Eliseu Padilha, que responde a inquérito no Supremo por suspeita de crime ambiental, tentou reduzir as críticas a "desinformação e sacanagem". O presidente declarou ao SBT que seria "um equívoco" associar o decreto ao desmatamento. Na mesma entrevista, ele defendeu os encontros do Jaburu dizendo que conversa "com quem quiser, na hora que achar mais oportuna e onde quiser". Como o governo julgou desnecessário ouvir o Congresso, sua tropa passou dias sem saber como defendê-lo. O Planalto também dispensou os conselhos de Sarney Filho, o ministro decorativo do Meio Ambiente. Com a crise instalada, Temer alegou que a extinção da reserva não seria um salvo-conduto para as motosserras. Seu retrospecto conspirou contra o discurso. Ele já legalizou terras de grileiros e tentou reduzir unidades de conservação na floresta. Diante do bombardeio, o presidente ensaiou suspender o decreto. Não colou. Depois editou um novo texto. Voltou a apanhar. Agora corria o risco de ver o Senado derrubar a medida. Restou a saída de revogá-la, já com o leite derramado.
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Uma encrenca amazônicaBRASÍLIA - Depois de um mês de protestos, Michel Temer desistiu de extinguir a reserva nacional do cobre. O episódio ilustra o funcionamento da usina de crises do Planalto. O governo fabrica encrencas para si próprio, tenta ignorar as reações negativas e só joga a toalha quando o desgaste já está consumado. A sequência de erros começou com uma canetada. Sem consultar ninguém, o presidente decretou o fim de uma reserva mineral do tamanho do Espírito Santo. A medida alegrou as mineradoras, mas uniu artistas, celebridades e ambientalistas num levante contra o governo. A grita rearticulou setores que buscavam um novo mote para atualizar o "Fora, Temer". A modelo Gisele Bündchen ampliou a mobilização no exterior ao tuitar que o governo estava "leiloando a Amazônia". A primeira resposta do Planalto foi marcada pela soberba. O ministro Eliseu Padilha, que responde a inquérito no Supremo por suspeita de crime ambiental, tentou reduzir as críticas a "desinformação e sacanagem". O presidente declarou ao SBT que seria "um equívoco" associar o decreto ao desmatamento. Na mesma entrevista, ele defendeu os encontros do Jaburu dizendo que conversa "com quem quiser, na hora que achar mais oportuna e onde quiser". Como o governo julgou desnecessário ouvir o Congresso, sua tropa passou dias sem saber como defendê-lo. O Planalto também dispensou os conselhos de Sarney Filho, o ministro decorativo do Meio Ambiente. Com a crise instalada, Temer alegou que a extinção da reserva não seria um salvo-conduto para as motosserras. Seu retrospecto conspirou contra o discurso. Ele já legalizou terras de grileiros e tentou reduzir unidades de conservação na floresta. Diante do bombardeio, o presidente ensaiou suspender o decreto. Não colou. Depois editou um novo texto. Voltou a apanhar. Agora corria o risco de ver o Senado derrubar a medida. Restou a saída de revogá-la, já com o leite derramado.
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Alemão que viveu por três meses em Cumbica embarca para seu país
O alemão Stephen Brode, 44, que viveu por cerca de três meses no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, embarcou em um voo da Lufthansa de volta para a Alemanha no início da noite deste  domingo (26). Um carro saiu das porta dos fundos da delegacia da Polícia Federal no aeroporto e o levou à área de embarque. Brode entrou antes de todos os passageiros. O voo estava marcado para às 18h15. Três membros do consulado alemão acompanham o alemão para Frankfurt. Ele havia sido detido na última sexta (24) como início do processo de deportação, após o vencimento do seu visto de turista (de 90 dias). A PF informou, no entanto, que a passagem foi paga pelo governo alemão, e o valor pago será ressarcido pela família de Brode. Ele chegou em novembro do ano passado ao Brasil, vindo de um voo de Casablanca, no Marrocos. Ele faria uma conexão para Nova York e retornaria a Frankfurt, mas acabou perdendo a conexão. Como não conseguiu pagar para remarcar o voo, passou a viver no aeroporto de Cumbica. Sem comida, o estrangeiro mexia nos cestos de lixo do aeroporto e espalhava sujeira pelo local. Também apresentava comportamento violento em alguns momentos, sendo flagrado por câmeras do aeroporto agredindo ao menos sete pessoas. Sem nenhum registro de boletim de ocorrência das vítimas, o alemão não foi detido pelas agressões. Segundo a Polícia Civil, mesmo com os BOs, ele não seria preso por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo. Ao "Jornal Hoje", da TV Globo, ele negou qualquer agressão. "Não sou boxeador", disse.
cotidiano
Alemão que viveu por três meses em Cumbica embarca para seu paísO alemão Stephen Brode, 44, que viveu por cerca de três meses no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, embarcou em um voo da Lufthansa de volta para a Alemanha no início da noite deste  domingo (26). Um carro saiu das porta dos fundos da delegacia da Polícia Federal no aeroporto e o levou à área de embarque. Brode entrou antes de todos os passageiros. O voo estava marcado para às 18h15. Três membros do consulado alemão acompanham o alemão para Frankfurt. Ele havia sido detido na última sexta (24) como início do processo de deportação, após o vencimento do seu visto de turista (de 90 dias). A PF informou, no entanto, que a passagem foi paga pelo governo alemão, e o valor pago será ressarcido pela família de Brode. Ele chegou em novembro do ano passado ao Brasil, vindo de um voo de Casablanca, no Marrocos. Ele faria uma conexão para Nova York e retornaria a Frankfurt, mas acabou perdendo a conexão. Como não conseguiu pagar para remarcar o voo, passou a viver no aeroporto de Cumbica. Sem comida, o estrangeiro mexia nos cestos de lixo do aeroporto e espalhava sujeira pelo local. Também apresentava comportamento violento em alguns momentos, sendo flagrado por câmeras do aeroporto agredindo ao menos sete pessoas. Sem nenhum registro de boletim de ocorrência das vítimas, o alemão não foi detido pelas agressões. Segundo a Polícia Civil, mesmo com os BOs, ele não seria preso por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo. Ao "Jornal Hoje", da TV Globo, ele negou qualquer agressão. "Não sou boxeador", disse.
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Dandara pedia por mim, diz mãe de travesti assassinada no Ceará
RESUMO Em 15 de fevereiro, a filha da aposentada Francisca Ferreira de Vasconcelos, 74, foi agredida e assassinada a tiros, em Fortaleza (CE). Nascida Antônio Cleilson Ferreira de Vasconcelos, 42, adotou o nome Dandara Kethlen. Cinco homens foram presos e outros quatro adolescentes apreendidos, suspeitos de participarem da morte da travesti. Eles gravaram um vídeo com as agressões, que viralizou na internet. Doze pessoas ao todo foram identificadas como envolvidas na ação –três ainda estão foragidas. * Está difícil viver nessa casa, pretendo vendê-la. Morava aqui [imóvel de seis cômodos no bairro Conjunto Ceará, na zona oeste de Fortaleza] com Cleilson, a Dandara, com mais uma filha e uma neta. Tudo me lembra ele. Ainda estão aqui as roupas que meu filho vendia. Roupas usadas, que ganhava de amigos. Ele era muito querido. Neste mais de um mês desde que ele morreu, já chorei muito, já fiquei com raiva, dei muitas entrevistas, já falei com o governador [Camilo Santana, do PT, que recebeu Francisca no Palácio da Abolição, no dia 10 de março], mas o que mais me deixa agoniada é que Cleilson me pediu para ter um animal de estimação, um gato, e não deixei. Isso me agonia agora. As lembranças dessa casa são também de meu outro filho que morreu, o Alisson. Ele também era travesti, se chamava de Sheila. Ele morreu numa queda. Ele tinha convulsões, e em uma delas acabou caindo, batendo a cabeça e morrendo. Em maio agora faz dois anos. NASCEU MULHER O Cleilson, a Dandara, era extrovertido. Falava "que já havia nascido mulher". Estudou só até a oitava série. Tinha uma veia de humorista. Pessoas vinham até em casa para ouvi-lo contar piadas. Eu sempre achei que ele seria humorista. Uma vez perguntei por que havia escolhido Dandara, e ele disse que era um nome internacional. Era Dandara Kethlen. Não entendo até agora porque a imprensa escreve Dandara dos Santos, esse dos Santos nunca existiu. Uma das minhas netas disse que é porque agora o Cleilson vai virar um santo. Nós, familiares, só o chamávamos de Cleilson. Os amigos o chamavam de Dandara. O Alisson era mais fechado. Ele era sete anos mais novo que Cleilson, mas quando completou 25 decidiu ir para São Paulo. Disse que um amigo arrumaria emprego. Lá colocou silicone, fui contra. Ele gastou R$ 6.500, e tentou ir para a Espanha, dizia que trabalharia por lá. Olha só o que falaram para o meu filho Alisson: que ele chegasse lá no aeroporto, em Barcelona, e falasse que passaria férias na Espanha, em um hotel cinco estrelas. Mas ele tinha R$ 900 no bolso. Na entrevista no aeroporto viram o pouco dinheiro, não acreditaram na história, e o deportaram. AIDS E PRECONCEITO O Cleilson também morou em São Paulo e no Rio. Mas os dois acabaram voltando para casa, principalmente quando ficavam doentes. Eles tinham HIV. Eu gostava de tê-los aqui perto, nunca achei que algum mal aconteceria, apesar de todo o preconceito por eles terem assumido a homossexualidade. Nunca percebi que os dois poderiam ser homossexuais, quando crianças. Nenhum dos dois me contou diretamente, eu descobri. No caso do Cleilson, uma menina um dia veio aqui e pediu para falar com ele. Ficaram ali dentro mais de uma hora. De repente ela saiu chorando. Me falou que se declarou, mas ele disse que não gostava de meninas, gostava de homens. Tinha 17 anos. "Não sinto atração por mulheres, mãe", ele me dizia assim desde então. Nunca rejeitei meus filhos, sempre tive muito carinho por eles. O que vamos fazer, matá-los pela opção que escolheram seguir? Meu ex-marido foi embora faz 20 anos. Ele sempre teve uma relação distante com os filhos, mas anos depois uma colega me disse que ouviu da boca dele que iria embora porque dois dos filhos estavam virando 'baitolas'. MORTES Eu tive dez filhos. Três já morreram. Além de Cleilson e do Alisson, perdi uma garotinha quando ainda era pequena. Tenho 23 netos e três bisnetos. A família é grande, mas agora tenho um vazio. Meu filho estava debaixo de umas árvores, que ficam aqui no fim da rua, depois do almoço. Pegaram ele lá e levaram para o Bom Jardim [bairro distante 4 km do Conjunto Ceará]. É um bairro bonito, mas falam que está muito perigoso. Muito. Estava em casa, quando um homem chegou e pediu para ver uma foto do Cleilson. Mostrei, ele disse que não era o homem morto no Bom Jardim, mas vi que ele mentia. Depois ele cochichou com os vizinhos e eu soube. Me dói que eu não estava lá. Falam que ele pedia por mim, que ele pedia água. Os moradores do local onde ele morreu se esconderam nas casas, mas ligaram para a polícia, que chegou só tempos depois, e porque os moradores diziam que os bandidos ateariam fogo no corpo. Eles atiraram pedra no meu filho, chutaram, bateram. O caixão precisou ficar fechado no velório e no enterro, ele estava desfigurado. MENTIRAS Não vi todo o vídeo, só uma cena, quando participei de um programa [de TV em São Paulo]. Ouvi muitas mentiras, de que meu filho tinha dívida por droga, de que havia brigado. Meu filho vendia roupas usadas para me ajudar, e dizia que o sonho era poder ter dinheiro para terminar essa casa. Morreu por ódio e preconceito. Foi ainda mais dor para enterrá-lo. O único lugar inicialmente que teríamos para enterrá-lo era num cemitério no Bom Jardim, justamente no bairro em que ele morreu. Quando o Alisson se foi, o [jazigo] que temos em Antônio Bezerra [bairro da zona oeste de Fortaleza] já estava cheio, então tivemos que enterrá-lo em um emprestado lá no Bom Jardim. O Alisson continua lá, vai ficar mais três anos até eu poder tirá-lo. Mas o Cleilson não queria colocar lá. Conseguimos dinheiro emprestado, R$ 1.500, para enterrá-lo em um cemitério novo. Seria horrível ter que voltar ao Bom Jardim toda vez que quisesse visitar meu filho. Espero Justiça, que todos que fizeram mal ao meu filho paguem por isso. E que seja algo que faça as autoridades olharem mais para o preconceito e o ódio. O pior é o ódio que sentiam pelo meu filho. O que ele fez para merecer morrer desse jeito?
cotidiano
Dandara pedia por mim, diz mãe de travesti assassinada no CearáRESUMO Em 15 de fevereiro, a filha da aposentada Francisca Ferreira de Vasconcelos, 74, foi agredida e assassinada a tiros, em Fortaleza (CE). Nascida Antônio Cleilson Ferreira de Vasconcelos, 42, adotou o nome Dandara Kethlen. Cinco homens foram presos e outros quatro adolescentes apreendidos, suspeitos de participarem da morte da travesti. Eles gravaram um vídeo com as agressões, que viralizou na internet. Doze pessoas ao todo foram identificadas como envolvidas na ação –três ainda estão foragidas. * Está difícil viver nessa casa, pretendo vendê-la. Morava aqui [imóvel de seis cômodos no bairro Conjunto Ceará, na zona oeste de Fortaleza] com Cleilson, a Dandara, com mais uma filha e uma neta. Tudo me lembra ele. Ainda estão aqui as roupas que meu filho vendia. Roupas usadas, que ganhava de amigos. Ele era muito querido. Neste mais de um mês desde que ele morreu, já chorei muito, já fiquei com raiva, dei muitas entrevistas, já falei com o governador [Camilo Santana, do PT, que recebeu Francisca no Palácio da Abolição, no dia 10 de março], mas o que mais me deixa agoniada é que Cleilson me pediu para ter um animal de estimação, um gato, e não deixei. Isso me agonia agora. As lembranças dessa casa são também de meu outro filho que morreu, o Alisson. Ele também era travesti, se chamava de Sheila. Ele morreu numa queda. Ele tinha convulsões, e em uma delas acabou caindo, batendo a cabeça e morrendo. Em maio agora faz dois anos. NASCEU MULHER O Cleilson, a Dandara, era extrovertido. Falava "que já havia nascido mulher". Estudou só até a oitava série. Tinha uma veia de humorista. Pessoas vinham até em casa para ouvi-lo contar piadas. Eu sempre achei que ele seria humorista. Uma vez perguntei por que havia escolhido Dandara, e ele disse que era um nome internacional. Era Dandara Kethlen. Não entendo até agora porque a imprensa escreve Dandara dos Santos, esse dos Santos nunca existiu. Uma das minhas netas disse que é porque agora o Cleilson vai virar um santo. Nós, familiares, só o chamávamos de Cleilson. Os amigos o chamavam de Dandara. O Alisson era mais fechado. Ele era sete anos mais novo que Cleilson, mas quando completou 25 decidiu ir para São Paulo. Disse que um amigo arrumaria emprego. Lá colocou silicone, fui contra. Ele gastou R$ 6.500, e tentou ir para a Espanha, dizia que trabalharia por lá. Olha só o que falaram para o meu filho Alisson: que ele chegasse lá no aeroporto, em Barcelona, e falasse que passaria férias na Espanha, em um hotel cinco estrelas. Mas ele tinha R$ 900 no bolso. Na entrevista no aeroporto viram o pouco dinheiro, não acreditaram na história, e o deportaram. AIDS E PRECONCEITO O Cleilson também morou em São Paulo e no Rio. Mas os dois acabaram voltando para casa, principalmente quando ficavam doentes. Eles tinham HIV. Eu gostava de tê-los aqui perto, nunca achei que algum mal aconteceria, apesar de todo o preconceito por eles terem assumido a homossexualidade. Nunca percebi que os dois poderiam ser homossexuais, quando crianças. Nenhum dos dois me contou diretamente, eu descobri. No caso do Cleilson, uma menina um dia veio aqui e pediu para falar com ele. Ficaram ali dentro mais de uma hora. De repente ela saiu chorando. Me falou que se declarou, mas ele disse que não gostava de meninas, gostava de homens. Tinha 17 anos. "Não sinto atração por mulheres, mãe", ele me dizia assim desde então. Nunca rejeitei meus filhos, sempre tive muito carinho por eles. O que vamos fazer, matá-los pela opção que escolheram seguir? Meu ex-marido foi embora faz 20 anos. Ele sempre teve uma relação distante com os filhos, mas anos depois uma colega me disse que ouviu da boca dele que iria embora porque dois dos filhos estavam virando 'baitolas'. MORTES Eu tive dez filhos. Três já morreram. Além de Cleilson e do Alisson, perdi uma garotinha quando ainda era pequena. Tenho 23 netos e três bisnetos. A família é grande, mas agora tenho um vazio. Meu filho estava debaixo de umas árvores, que ficam aqui no fim da rua, depois do almoço. Pegaram ele lá e levaram para o Bom Jardim [bairro distante 4 km do Conjunto Ceará]. É um bairro bonito, mas falam que está muito perigoso. Muito. Estava em casa, quando um homem chegou e pediu para ver uma foto do Cleilson. Mostrei, ele disse que não era o homem morto no Bom Jardim, mas vi que ele mentia. Depois ele cochichou com os vizinhos e eu soube. Me dói que eu não estava lá. Falam que ele pedia por mim, que ele pedia água. Os moradores do local onde ele morreu se esconderam nas casas, mas ligaram para a polícia, que chegou só tempos depois, e porque os moradores diziam que os bandidos ateariam fogo no corpo. Eles atiraram pedra no meu filho, chutaram, bateram. O caixão precisou ficar fechado no velório e no enterro, ele estava desfigurado. MENTIRAS Não vi todo o vídeo, só uma cena, quando participei de um programa [de TV em São Paulo]. Ouvi muitas mentiras, de que meu filho tinha dívida por droga, de que havia brigado. Meu filho vendia roupas usadas para me ajudar, e dizia que o sonho era poder ter dinheiro para terminar essa casa. Morreu por ódio e preconceito. Foi ainda mais dor para enterrá-lo. O único lugar inicialmente que teríamos para enterrá-lo era num cemitério no Bom Jardim, justamente no bairro em que ele morreu. Quando o Alisson se foi, o [jazigo] que temos em Antônio Bezerra [bairro da zona oeste de Fortaleza] já estava cheio, então tivemos que enterrá-lo em um emprestado lá no Bom Jardim. O Alisson continua lá, vai ficar mais três anos até eu poder tirá-lo. Mas o Cleilson não queria colocar lá. Conseguimos dinheiro emprestado, R$ 1.500, para enterrá-lo em um cemitério novo. Seria horrível ter que voltar ao Bom Jardim toda vez que quisesse visitar meu filho. Espero Justiça, que todos que fizeram mal ao meu filho paguem por isso. E que seja algo que faça as autoridades olharem mais para o preconceito e o ódio. O pior é o ódio que sentiam pelo meu filho. O que ele fez para merecer morrer desse jeito?
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Ex-Guns N' Roses, Slash volta ao país como estrela da banda
Acostumado a dividir atenções no palco, o guitarrista Slash volta ao Brasil com uma novidade: agora, ele é a estrela da própria banda. Aos 49 anos, ele diz estar bem com os Conspirators, grupo comandado pelo vocalista Myles Kennedy e com quem ele lançou em 2014 seu terceiro disco solo, "World on Fire". "Nesse ponto da minha carreira, foi um alívio encontrar Myles e os rapazes", disse o britânico à Folha. "É bom estar com quem você tem vontade de trabalhar." Embora sem precisar dizê-lo, Slash faz alusão aos climas conturbados que viveu em suas bandas no passado. Alçado ao estrelato com o Guns N' Roses no fim da década de 1980, o músico deixou a banda em 1996, após desavenças com o cantor Axl Rose. No início dos anos 2000, Slash se reuniu com alguns dos ex-parceiros de Guns e com o vocalista Scott Weiland, do Stone Temple Pilots, para formar outro grupo de sucesso, o Velvet Revolver. Os problemas com Weiland, porém, deixaram a banda sem cantor e num hiato que dura desde 2008. Não é de se estranhar, portanto, que Slash tenha se lançado como artista solo depois disso, com seu primeiro disco saindo em 2010 e o segundo, em 2012. Os três álbuns têm em comum sua longa duração, algo raro na música pop. "World on Fire", por exemplo, tem em torno de 1h15. "Eu não faço meus trabalhos me baseando no que é considerado descolado atualmente", afirma. Para ele, a satisfação com as composições é tão grande que não há necessidade de cortar músicas do disco, e aponta a afinidade com a banda atual como a razão por trás disso. "Qualquer coisa que eu crio, eles conseguem acompanhar. Não importa quão louca seja minha ideia." Por isso, "World on Fire" é um disco tão diverso, com estilos que vão do hard rock ao heavy metal, passando por baladas mais lentas. NA ATIVA Os seis shows de Slash no Brasil (Rio, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e SP) refletem bem o espírito de disposição do músico. No último ano, por exemplo, ele fez uma turnê de verão com o Aerosmith e se apresentou na Câmara dos Comuns, no Parlamento britânico, numa ação para divulgar um projeto musical do governo local. Além disso, em 2013 ele lançou "Nothing Left to Fear", a primeira obra de sua produtora de filmes de terror, a Slasher Films. A trilha sonora é de sua autoria e já há um novo longa para este ano. A correria faz com que o músico tenha que apelar ao próprio celular para compor. Todas as músicas de "World on Fire" surgiram na estrada, e algumas foram gravadas no aparelho, de maneira improvisada. "Meu celular é como minha guitarra, está sempre comigo." Por estar tão produtivo nos últimos anos, parece não gostar muito de falar sobre o passado. O Velvet Revolver, segundo conta, não voltou a se reunir ainda pela ausência de um vocalista. "Mas há sempre uma possibilidade", diz, seco. Sobre o Guns, Slash diz apenas se cansar de responder as mesmas perguntas. "Quando são fãs me perguntando sobre isso, eu não ligo. O problema é que normalmente são jornalistas sem assunto." SLASH EM SP QUANDO 22 de março ONDE Espaço das Américas, r. Tagipuru, 795, (11) 3864-5566 QUANTO R$ 240 a R$ 420, pelo www.ticket360.com.br ou na bilheteria CLASSIFICAÇÃO 16 anos; menores de 12 a 15 anos acompanhados
ilustrada
Ex-Guns N' Roses, Slash volta ao país como estrela da bandaAcostumado a dividir atenções no palco, o guitarrista Slash volta ao Brasil com uma novidade: agora, ele é a estrela da própria banda. Aos 49 anos, ele diz estar bem com os Conspirators, grupo comandado pelo vocalista Myles Kennedy e com quem ele lançou em 2014 seu terceiro disco solo, "World on Fire". "Nesse ponto da minha carreira, foi um alívio encontrar Myles e os rapazes", disse o britânico à Folha. "É bom estar com quem você tem vontade de trabalhar." Embora sem precisar dizê-lo, Slash faz alusão aos climas conturbados que viveu em suas bandas no passado. Alçado ao estrelato com o Guns N' Roses no fim da década de 1980, o músico deixou a banda em 1996, após desavenças com o cantor Axl Rose. No início dos anos 2000, Slash se reuniu com alguns dos ex-parceiros de Guns e com o vocalista Scott Weiland, do Stone Temple Pilots, para formar outro grupo de sucesso, o Velvet Revolver. Os problemas com Weiland, porém, deixaram a banda sem cantor e num hiato que dura desde 2008. Não é de se estranhar, portanto, que Slash tenha se lançado como artista solo depois disso, com seu primeiro disco saindo em 2010 e o segundo, em 2012. Os três álbuns têm em comum sua longa duração, algo raro na música pop. "World on Fire", por exemplo, tem em torno de 1h15. "Eu não faço meus trabalhos me baseando no que é considerado descolado atualmente", afirma. Para ele, a satisfação com as composições é tão grande que não há necessidade de cortar músicas do disco, e aponta a afinidade com a banda atual como a razão por trás disso. "Qualquer coisa que eu crio, eles conseguem acompanhar. Não importa quão louca seja minha ideia." Por isso, "World on Fire" é um disco tão diverso, com estilos que vão do hard rock ao heavy metal, passando por baladas mais lentas. NA ATIVA Os seis shows de Slash no Brasil (Rio, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e SP) refletem bem o espírito de disposição do músico. No último ano, por exemplo, ele fez uma turnê de verão com o Aerosmith e se apresentou na Câmara dos Comuns, no Parlamento britânico, numa ação para divulgar um projeto musical do governo local. Além disso, em 2013 ele lançou "Nothing Left to Fear", a primeira obra de sua produtora de filmes de terror, a Slasher Films. A trilha sonora é de sua autoria e já há um novo longa para este ano. A correria faz com que o músico tenha que apelar ao próprio celular para compor. Todas as músicas de "World on Fire" surgiram na estrada, e algumas foram gravadas no aparelho, de maneira improvisada. "Meu celular é como minha guitarra, está sempre comigo." Por estar tão produtivo nos últimos anos, parece não gostar muito de falar sobre o passado. O Velvet Revolver, segundo conta, não voltou a se reunir ainda pela ausência de um vocalista. "Mas há sempre uma possibilidade", diz, seco. Sobre o Guns, Slash diz apenas se cansar de responder as mesmas perguntas. "Quando são fãs me perguntando sobre isso, eu não ligo. O problema é que normalmente são jornalistas sem assunto." SLASH EM SP QUANDO 22 de março ONDE Espaço das Américas, r. Tagipuru, 795, (11) 3864-5566 QUANTO R$ 240 a R$ 420, pelo www.ticket360.com.br ou na bilheteria CLASSIFICAÇÃO 16 anos; menores de 12 a 15 anos acompanhados
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PGR busca focar denúncia contra Temer em propina entregue a assessor
A PGR (Procuradoria Geral da República) busca denunciar o presidente Michel Temer ao STF (Supremo Tribunal Federal) com base na mala de dinheiro entregue pela JBS ao deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e na relação de Temer com o coronel João Baptista Lima Filho, citado nas delações. Segundo a Folha apurou, procuradores consideram que a gravação da conversa entre Temer e o empresário da JBS Joesley Batista, feita em 7 de março no Palácio do Jaburu, é dispensável para a continuidade do processo. Nos últimos dias, a gravação foi alvo de perícias não oficiais, contratadas por veículos de imprensa, inclusive a Folha, e pela defesa do presidente, que ora indicaram ter havido edições em seu conteúdo, ora não. Quando pediu ao STF a abertura de inquérito sobre Temer, a própria PGR havia dado ênfase à gravação. A JBS negou, em nota, ter havido edições no áudio. A conversa gravada mostra que Rocha Loures foi indicado pelo presidente para atender o dono da JBS. Investigadores avaliam que a relação entre Temer e Rocha Loures está comprovada em outras interceptações telefônicas, feitas na fase em que a Polícia Federal passou a acompanhar o caso –a fase das ações controladas–, e que prová-la não depende da gravação feita pelo empresário. A defesa de Temer, por outro lado, tem sustentado que o áudio, de qualidade ruim, é a principal prova de que dispõe a investigação. Rocha Loures poderia ter sido preso em flagrante ao receber a mala de dinheiro em uma pizzaria em São Paulo. A intervenção, porém, foi postergada para que mais provas fossem coletadas. O resultado, no entendimento dos investigadores, é que as provas relativas ao deputado são muito boas e inéditas até mesmo no âmbito da Lava Jato, porque é raríssimo que se consiga rastrear a entrega de dinheiro vivo. Os possíveis crimes de Temer Um dos pontos mais polêmicos da gravação feita por Joesley é o suposto aval de Temer para o pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba, o que configuraria obstrução da Justiça por parte do presidente. Apesar de ter sido um dos mais explorados desde que as investigações vieram à tona, hoje é apontado como secundário pelos investigadores. A estratégia principal da acusação é provar o suposto crime de corrupção passiva praticado por Temer por meio de seus dois prepostos: Rocha Loures, que "até pouco tempo ocupava cargo de confiança na Presidência, sendo considerada uma das pessoas mais próximas ao atual presidente", segundo definição da PGR, e o coronel Lima, amigo de Temer. Lima é aposentado da Polícia Militar de SP e foi assessor de Temer quando o hoje presidente ocupava a Secretaria da Segurança Pública paulista entre os anos 1980 e 1990. O coronel é dono da Argeplan, empresa de engenharia que já naquela época contratava com a Secretaria da Segurança de São Paulo e cuja sede foi usada, segundo as delações da JBS, para entrega de R$ 1 milhão em propina destinada ao presidente. Tanto a sede da Argeplan como a casa do coronel Lima foram alvos de busca e apreensão no último dia 19.
poder
PGR busca focar denúncia contra Temer em propina entregue a assessorA PGR (Procuradoria Geral da República) busca denunciar o presidente Michel Temer ao STF (Supremo Tribunal Federal) com base na mala de dinheiro entregue pela JBS ao deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e na relação de Temer com o coronel João Baptista Lima Filho, citado nas delações. Segundo a Folha apurou, procuradores consideram que a gravação da conversa entre Temer e o empresário da JBS Joesley Batista, feita em 7 de março no Palácio do Jaburu, é dispensável para a continuidade do processo. Nos últimos dias, a gravação foi alvo de perícias não oficiais, contratadas por veículos de imprensa, inclusive a Folha, e pela defesa do presidente, que ora indicaram ter havido edições em seu conteúdo, ora não. Quando pediu ao STF a abertura de inquérito sobre Temer, a própria PGR havia dado ênfase à gravação. A JBS negou, em nota, ter havido edições no áudio. A conversa gravada mostra que Rocha Loures foi indicado pelo presidente para atender o dono da JBS. Investigadores avaliam que a relação entre Temer e Rocha Loures está comprovada em outras interceptações telefônicas, feitas na fase em que a Polícia Federal passou a acompanhar o caso –a fase das ações controladas–, e que prová-la não depende da gravação feita pelo empresário. A defesa de Temer, por outro lado, tem sustentado que o áudio, de qualidade ruim, é a principal prova de que dispõe a investigação. Rocha Loures poderia ter sido preso em flagrante ao receber a mala de dinheiro em uma pizzaria em São Paulo. A intervenção, porém, foi postergada para que mais provas fossem coletadas. O resultado, no entendimento dos investigadores, é que as provas relativas ao deputado são muito boas e inéditas até mesmo no âmbito da Lava Jato, porque é raríssimo que se consiga rastrear a entrega de dinheiro vivo. Os possíveis crimes de Temer Um dos pontos mais polêmicos da gravação feita por Joesley é o suposto aval de Temer para o pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba, o que configuraria obstrução da Justiça por parte do presidente. Apesar de ter sido um dos mais explorados desde que as investigações vieram à tona, hoje é apontado como secundário pelos investigadores. A estratégia principal da acusação é provar o suposto crime de corrupção passiva praticado por Temer por meio de seus dois prepostos: Rocha Loures, que "até pouco tempo ocupava cargo de confiança na Presidência, sendo considerada uma das pessoas mais próximas ao atual presidente", segundo definição da PGR, e o coronel Lima, amigo de Temer. Lima é aposentado da Polícia Militar de SP e foi assessor de Temer quando o hoje presidente ocupava a Secretaria da Segurança Pública paulista entre os anos 1980 e 1990. O coronel é dono da Argeplan, empresa de engenharia que já naquela época contratava com a Secretaria da Segurança de São Paulo e cuja sede foi usada, segundo as delações da JBS, para entrega de R$ 1 milhão em propina destinada ao presidente. Tanto a sede da Argeplan como a casa do coronel Lima foram alvos de busca e apreensão no último dia 19.
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Por que o uso do amianto ainda é permitido no Brasil?
Setenta e cinco países do mundo já baniram o amianto por ser uma substância extremamente tóxica e cancerígena. A lista inclui a União Europeia e países vizinhos como Chile, Argentina e Uruguai. No Brasil, o amianto popularizou-se graças à fabricação de telhas, caixas d'água e uma numerosa lista de produtos que vão das pastilhas de freio a roupas que protegem do fogo. Mas a prosperidade dessa indústria por aqui começou a ruir diante das evidências -confirmadas pela Organização Mundial da Saúde- de que o amianto é cancerígeno em todas as suas variações geológicas e que não há meios de se promover o uso 100% seguro da fibra. Sabe-se que pequenas frações de pó de amianto desprendidas na fabricação, no comércio ou na manipulação desse material podem causar doenças terríveis como câncer de pulmão, câncer da pleura (mesotelioma) e asbestose (fibrose pulmonar). Estudos da OMS indicam que as doenças associadas ao amianto provocam a morte de aproximadamente 107 mil pessoas por ano e que uma em cada três mortes por câncer ocupacional está associada a substância. A Organização Internacional do Trabalho, por sua vez, já determinou -em uma convenção assinada pelo Brasil- que se priorize a substituição do amianto por materiais alternativos, o que já acontece na maioria das unidades industriais brasileiras. Mas por que, apesar de todas as evidências, ainda se permite o uso dessa substância no Brasil? A questão é que o lobby do amianto faz barulho em favor de uma lei federal de 1995 que autoriza o uso controlado da fibra. Sustentado pelos setores mais atrasados da indústria e por políticos de Goiás (que protegem a maior mina de amianto do país situada naquele Estado), o grupo trava agora mais uma luta no STF. É incrível que desde 2001 a mais alta corte do Brasil já tenha promovido mais de 20 sessões em que o assunto foi o amianto. Enquanto o STF patina, dez Estados já aprovaram leis banindo a "fibra assassina"ou "fibra do Diabo". Os ministros Dias Toffoli e Rosa Weber já declararam seus votos contra a lei federal que autoriza o uso controlado do amianto. Enquanto aguardamos os votos dos demais ministros, é bom lembrar que o tão esperado banimento do amianto no Brasil não resolve o problema. É preciso desarmar a bomba-relógio das milhões de toneladas dessa fibra espalhadas pelo país e que continuam oferecendo riscos reais de contaminação às pessoas e ao ambiente. Deve-se assegurar também tratamento digno aos que vierem a adoecer pelo amianto sem que para isso seja necessário brigar na Justiça. A bola agora está com o STF.
colunas
Por que o uso do amianto ainda é permitido no Brasil?Setenta e cinco países do mundo já baniram o amianto por ser uma substância extremamente tóxica e cancerígena. A lista inclui a União Europeia e países vizinhos como Chile, Argentina e Uruguai. No Brasil, o amianto popularizou-se graças à fabricação de telhas, caixas d'água e uma numerosa lista de produtos que vão das pastilhas de freio a roupas que protegem do fogo. Mas a prosperidade dessa indústria por aqui começou a ruir diante das evidências -confirmadas pela Organização Mundial da Saúde- de que o amianto é cancerígeno em todas as suas variações geológicas e que não há meios de se promover o uso 100% seguro da fibra. Sabe-se que pequenas frações de pó de amianto desprendidas na fabricação, no comércio ou na manipulação desse material podem causar doenças terríveis como câncer de pulmão, câncer da pleura (mesotelioma) e asbestose (fibrose pulmonar). Estudos da OMS indicam que as doenças associadas ao amianto provocam a morte de aproximadamente 107 mil pessoas por ano e que uma em cada três mortes por câncer ocupacional está associada a substância. A Organização Internacional do Trabalho, por sua vez, já determinou -em uma convenção assinada pelo Brasil- que se priorize a substituição do amianto por materiais alternativos, o que já acontece na maioria das unidades industriais brasileiras. Mas por que, apesar de todas as evidências, ainda se permite o uso dessa substância no Brasil? A questão é que o lobby do amianto faz barulho em favor de uma lei federal de 1995 que autoriza o uso controlado da fibra. Sustentado pelos setores mais atrasados da indústria e por políticos de Goiás (que protegem a maior mina de amianto do país situada naquele Estado), o grupo trava agora mais uma luta no STF. É incrível que desde 2001 a mais alta corte do Brasil já tenha promovido mais de 20 sessões em que o assunto foi o amianto. Enquanto o STF patina, dez Estados já aprovaram leis banindo a "fibra assassina"ou "fibra do Diabo". Os ministros Dias Toffoli e Rosa Weber já declararam seus votos contra a lei federal que autoriza o uso controlado do amianto. Enquanto aguardamos os votos dos demais ministros, é bom lembrar que o tão esperado banimento do amianto no Brasil não resolve o problema. É preciso desarmar a bomba-relógio das milhões de toneladas dessa fibra espalhadas pelo país e que continuam oferecendo riscos reais de contaminação às pessoas e ao ambiente. Deve-se assegurar também tratamento digno aos que vierem a adoecer pelo amianto sem que para isso seja necessário brigar na Justiça. A bola agora está com o STF.
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Janot deu aval para divulgação de áudios de Lula
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi avisado e deu aval para a divulgação das conversas telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva horas antes de os procuradores da Lava Jato, em Curitiba, pedirem o fim do sigilo sobre a investigação do petista. O aviso foi feito pelos investigadores de Curitiba na manhã da última quarta (16), dia em que os grampos vieram a público. O primeiro a ser informado sobre a existência das interceptações telefônicas e da disposição dos investigadores de Curitiba de pedirem o fim da decretação do sigilo dos áudios foi o chefe de gabinete de Janot, Eduardo Pelella. Os grampos de Lula elevaram a temperatura política da crise e levantaram a suspeita de que Dilma Rousseff e Jaques Wagner, então chefe da Casa Civil, podem ter agido para blindar o petista. No momento da conversa dos investigadores de Brasília e Curitiba, ainda no início da tarde de quarta, o áudio em que a presidente combinava com Lula a entrega do termo de posse da Casa Civil, ainda não havia sido anexado aos autos pela Polícia Federal. Pelella, que integra o grupo da PGR que apura o envolvimento de políticos com o petrolão, informou a Janot, que está em viagem pela Europa. "Foi avisado de que a interceptação ia ser encerrada e dissemos apenas que Curitiba deveria seguir o padrão até então, que é de dar publicidade aos autos quando as investigações se encerram", disse o chefe de gabinete de Janot. Segundo ele, a informação dos procuradores de Curitiba foi genérica. "Informaram apenas que havia pessoas com foro que ligaram para o telefone do alvo e que havia menções a Janot e ao Eugênio Aragão [subprocurador-geral da República, novo ministro da Justiça]", contou. Consultado por Pelella, Janot deu sua anuência para o pedido de fim do sigilo, "seguindo o padrão da Lava Jato". Segundo o chefe de gabinete, foi apenas uma recomendação para que o padrão da operação fosse seguido, o pedido de levantamento do sigilo após o fim da diligência. Segundo a Folha apurou junto a investigadores de Curitiba, primeiro foram avisados integrantes do grupo da PGR sobre a existência e o conteúdo geral dos áudios envolvendo Lula. A informação teria chegado a Janot, que deu o sinal verde para procuradores de Curitiba pedirem o fim do sigilo sobre o conteúdo dos grampos do ex-presidente. O pedido de fim do sigilo foi protocolado na Justiça Federal de Curitiba às 13h39 –sete minutos depois que a conversa de Dilma e Lula foi captada, às 13h32. No momento da formalização da petição dos procuradores, o áudio de pouco mais de um minuto com a presidente ainda não havia sido anexado aos autos. Moro decretou o fim do sigilo às 16h21. O sistema da Justiça Federal do Paraná na internet contém o ofício em que Moro comunica à direção da Claro sobre a interrupção das "interceptação e gravação" das ligações de Lula. O documento foi emitido às 12h18 de quarta. Em Paris, Janot disse que a gravação entre Dilma e Lula é válida até o momento em que a operadora telefônica foi notificada da decisão judicial de interromper os grampos. Segundo a PF, a Claro só acatou a decisão às 23h33. A legalidade dos áudios está sendo questionada pelo Palácio do Planalto e advogados de defesa. A conversa entre Dilma e Lula foi gravada após o juiz Moro ter determinado o fim das interceptações. No caso de Wagner, então chefe da Casa Civil e detentor de prerrogativa de foro no STF (Supremo Tribunal Federal), as primeiras interceptações em que aparece são ainda de fevereiro. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também afirmou que a quebra de sigilo telefônico do advogado de Lula, Roberto Teixeira, autorizada por Moro, também viola as prerrogativas da advocacia e pode anular o grampo.
poder
Janot deu aval para divulgação de áudios de LulaO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi avisado e deu aval para a divulgação das conversas telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva horas antes de os procuradores da Lava Jato, em Curitiba, pedirem o fim do sigilo sobre a investigação do petista. O aviso foi feito pelos investigadores de Curitiba na manhã da última quarta (16), dia em que os grampos vieram a público. O primeiro a ser informado sobre a existência das interceptações telefônicas e da disposição dos investigadores de Curitiba de pedirem o fim da decretação do sigilo dos áudios foi o chefe de gabinete de Janot, Eduardo Pelella. Os grampos de Lula elevaram a temperatura política da crise e levantaram a suspeita de que Dilma Rousseff e Jaques Wagner, então chefe da Casa Civil, podem ter agido para blindar o petista. No momento da conversa dos investigadores de Brasília e Curitiba, ainda no início da tarde de quarta, o áudio em que a presidente combinava com Lula a entrega do termo de posse da Casa Civil, ainda não havia sido anexado aos autos pela Polícia Federal. Pelella, que integra o grupo da PGR que apura o envolvimento de políticos com o petrolão, informou a Janot, que está em viagem pela Europa. "Foi avisado de que a interceptação ia ser encerrada e dissemos apenas que Curitiba deveria seguir o padrão até então, que é de dar publicidade aos autos quando as investigações se encerram", disse o chefe de gabinete de Janot. Segundo ele, a informação dos procuradores de Curitiba foi genérica. "Informaram apenas que havia pessoas com foro que ligaram para o telefone do alvo e que havia menções a Janot e ao Eugênio Aragão [subprocurador-geral da República, novo ministro da Justiça]", contou. Consultado por Pelella, Janot deu sua anuência para o pedido de fim do sigilo, "seguindo o padrão da Lava Jato". Segundo o chefe de gabinete, foi apenas uma recomendação para que o padrão da operação fosse seguido, o pedido de levantamento do sigilo após o fim da diligência. Segundo a Folha apurou junto a investigadores de Curitiba, primeiro foram avisados integrantes do grupo da PGR sobre a existência e o conteúdo geral dos áudios envolvendo Lula. A informação teria chegado a Janot, que deu o sinal verde para procuradores de Curitiba pedirem o fim do sigilo sobre o conteúdo dos grampos do ex-presidente. O pedido de fim do sigilo foi protocolado na Justiça Federal de Curitiba às 13h39 –sete minutos depois que a conversa de Dilma e Lula foi captada, às 13h32. No momento da formalização da petição dos procuradores, o áudio de pouco mais de um minuto com a presidente ainda não havia sido anexado aos autos. Moro decretou o fim do sigilo às 16h21. O sistema da Justiça Federal do Paraná na internet contém o ofício em que Moro comunica à direção da Claro sobre a interrupção das "interceptação e gravação" das ligações de Lula. O documento foi emitido às 12h18 de quarta. Em Paris, Janot disse que a gravação entre Dilma e Lula é válida até o momento em que a operadora telefônica foi notificada da decisão judicial de interromper os grampos. Segundo a PF, a Claro só acatou a decisão às 23h33. A legalidade dos áudios está sendo questionada pelo Palácio do Planalto e advogados de defesa. A conversa entre Dilma e Lula foi gravada após o juiz Moro ter determinado o fim das interceptações. No caso de Wagner, então chefe da Casa Civil e detentor de prerrogativa de foro no STF (Supremo Tribunal Federal), as primeiras interceptações em que aparece são ainda de fevereiro. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também afirmou que a quebra de sigilo telefônico do advogado de Lula, Roberto Teixeira, autorizada por Moro, também viola as prerrogativas da advocacia e pode anular o grampo.
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Proibição de festa contra adversários de Haddad favorece conservadorismo, diz organização
A organização do festival #ResisteSP diz que a decisão da Justiça Eleitoral de proibir o evento, marcado para a véspera da eleição na praça Roosevelt, favorece "o avanço do conservadorismo e da intolerância". O Ministério Público Eleitoral pediu à Justiça Eleitoral para cancelar o evento, como antecipou a Folha. O juiz auxiliar da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Sergio da Costa Leite, aceitou o argumento da ação e considerou que "está claro o cunho eleitoral da reunião". O festival de música, no sábado (1º), seria crítico aos candidatos João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB). Nas pesquisas, os três estão à frente do prefeito Fernando Haddad (PT), que tenta a reeleição. A página do evento no Facebook descrevia inicialmente o encontro como um ato para combater a "ameaça" representada por Doria, Russomanno e Marta, "com seus retrocessos". Esse trecho foi depois apagado. "Não se trata de ato de campanha. A liminar é tendenciosa e favorável ao avanço do conservadorismo e da intolerância", afirmam os organizadores, em nota. A decisão do juiz se baseou no item do Código Eleitoral que proíbe reuniões públicas, com caráter eleitoral, no período de até 48 horas antes da votação. Para Leite, ficou "óbvio" que "se pretende realizar, no mínimo, propaganda eleitoral negativa no período vedado". O evento foi autorizado pela prefeitura e tinha, até esta quinta (29), mais de 40 atrações confirmadas. Entre elas, artistas como Tiê, Edgard Scandurra, Otto e Renegado. Mais de 3.000 pessoas já tinham confirmado presença pelo Facebook. O movimento diz que o festival não está ligado a nenhum partido e que vai entrar com pedido de liminar na Justiça para conseguir realizá-lo.
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Proibição de festa contra adversários de Haddad favorece conservadorismo, diz organizaçãoA organização do festival #ResisteSP diz que a decisão da Justiça Eleitoral de proibir o evento, marcado para a véspera da eleição na praça Roosevelt, favorece "o avanço do conservadorismo e da intolerância". O Ministério Público Eleitoral pediu à Justiça Eleitoral para cancelar o evento, como antecipou a Folha. O juiz auxiliar da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Sergio da Costa Leite, aceitou o argumento da ação e considerou que "está claro o cunho eleitoral da reunião". O festival de música, no sábado (1º), seria crítico aos candidatos João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB). Nas pesquisas, os três estão à frente do prefeito Fernando Haddad (PT), que tenta a reeleição. A página do evento no Facebook descrevia inicialmente o encontro como um ato para combater a "ameaça" representada por Doria, Russomanno e Marta, "com seus retrocessos". Esse trecho foi depois apagado. "Não se trata de ato de campanha. A liminar é tendenciosa e favorável ao avanço do conservadorismo e da intolerância", afirmam os organizadores, em nota. A decisão do juiz se baseou no item do Código Eleitoral que proíbe reuniões públicas, com caráter eleitoral, no período de até 48 horas antes da votação. Para Leite, ficou "óbvio" que "se pretende realizar, no mínimo, propaganda eleitoral negativa no período vedado". O evento foi autorizado pela prefeitura e tinha, até esta quinta (29), mais de 40 atrações confirmadas. Entre elas, artistas como Tiê, Edgard Scandurra, Otto e Renegado. Mais de 3.000 pessoas já tinham confirmado presença pelo Facebook. O movimento diz que o festival não está ligado a nenhum partido e que vai entrar com pedido de liminar na Justiça para conseguir realizá-lo.
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Economistas veem queda maior do PIB neste ano e cortam inflação em 2017
A pesquisa semanal do Banco Central com economistas e instituições financeiras voltou a mostrar contração maior da atividade econômica neste ano e alívio na inflação em 2017, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (16). Segundo o Boletim Focus, o PIB (Produto Interno Bruto) deve recuar 3,88% neste ano, enquanto na semana passada a estimativa era de queda de 3,86%. Quatro semanas antes, o mercado via contração de 3,80% da atividade econômica em 2016. Para o próximo ano, a perspectiva de crescimento foi mantida em 0,50%. Boletim Focus Na sexta-feira (13), IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central, mostrou que a atividade econômica do país recuou 1,44% no primeiro trimestre do ano. Em março, a queda foi de 0,36% em relação a fevereiro, enquanto na comparação com o mesmo mês de 2015 o recuo foi de 6,64%. Em 12 meses, o índice cai 5,11%. A projeção para o IPCA (índice oficial de inflação) neste ano foi mantida em 7%, mas a de 2017 foi cortada de 5,62% na pesquisa passada para 5,50% neste boletim. Em relação ao câmbio, a projeção para o dólar no final deste ano foi mantida em R$ 3,70 e permaneceu em R$ 3,90 em 2017. A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) também foi mantida em 13% neste ano e cortada de 11,75% para 11,50% no próximo.
mercado
Economistas veem queda maior do PIB neste ano e cortam inflação em 2017A pesquisa semanal do Banco Central com economistas e instituições financeiras voltou a mostrar contração maior da atividade econômica neste ano e alívio na inflação em 2017, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (16). Segundo o Boletim Focus, o PIB (Produto Interno Bruto) deve recuar 3,88% neste ano, enquanto na semana passada a estimativa era de queda de 3,86%. Quatro semanas antes, o mercado via contração de 3,80% da atividade econômica em 2016. Para o próximo ano, a perspectiva de crescimento foi mantida em 0,50%. Boletim Focus Na sexta-feira (13), IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central, mostrou que a atividade econômica do país recuou 1,44% no primeiro trimestre do ano. Em março, a queda foi de 0,36% em relação a fevereiro, enquanto na comparação com o mesmo mês de 2015 o recuo foi de 6,64%. Em 12 meses, o índice cai 5,11%. A projeção para o IPCA (índice oficial de inflação) neste ano foi mantida em 7%, mas a de 2017 foi cortada de 5,62% na pesquisa passada para 5,50% neste boletim. Em relação ao câmbio, a projeção para o dólar no final deste ano foi mantida em R$ 3,70 e permaneceu em R$ 3,90 em 2017. A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) também foi mantida em 13% neste ano e cortada de 11,75% para 11,50% no próximo.
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Em entrevista à TV Folha, Aécio afirma que PSDB "vai correr os riscos"
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou em entrevista à "TV Folha" nesta quarta-feira (11) que o seu partido "vai correr os riscos" e apoiará a agenda de um eventual governo Michel Temer (PMDB). "Vamos correr os riscos. Vamos apoiar essa agenda", disse ele, ao ser questionado sobre como se posicionará o partido em um eventual governo Michel Temer (PMDB). "Temer não tem tempo a perder. Ele tem que surpreender positivamente o Brasil e contará com o PSDB ao seu lado." Segundo o senador, não se espera pouco do governo Michel Temer: "Ele tem que corresponder a todas as expectativas". Para Aécio, o apoio do partido não depende de cargos no governo. "O apoio do PSDB tem como base nossa responsabilidade com o Brasil." Aécio afirmou que é preciso que Temer "surpreenda" na formação do novo governo e na ousadia das propostas enviadas ao Congresso já nos próximos dias. "Estaremos ao lado dele." NOVOS MINISTROS Os nomes do partido que foram apontados como possíveis ministros de Temer são totalmente apoiados pelos demais quadros da sigla, segundo Aécio. O senador José Serra é cotado para o Ministério das Relações Exteriores e o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, para o da Justiça e Direitos Humanos. Moraes inclusive já embarcou para Brasília. "São nomes altamente qualificados. O PSDB não colocará nenhuma objeção a nomes desse nível. Ao contrário, o partido aplaude nomes qualificados, como o do Serra, o do próprio Alexandre e outros que venham, independentemente de partido político" O senador tucano disse ainda que "o PSDB continua tendo projeto de país. O partido acredita nesse projeto e o apresentará em 2018".
poder
Em entrevista à TV Folha, Aécio afirma que PSDB "vai correr os riscos"O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou em entrevista à "TV Folha" nesta quarta-feira (11) que o seu partido "vai correr os riscos" e apoiará a agenda de um eventual governo Michel Temer (PMDB). "Vamos correr os riscos. Vamos apoiar essa agenda", disse ele, ao ser questionado sobre como se posicionará o partido em um eventual governo Michel Temer (PMDB). "Temer não tem tempo a perder. Ele tem que surpreender positivamente o Brasil e contará com o PSDB ao seu lado." Segundo o senador, não se espera pouco do governo Michel Temer: "Ele tem que corresponder a todas as expectativas". Para Aécio, o apoio do partido não depende de cargos no governo. "O apoio do PSDB tem como base nossa responsabilidade com o Brasil." Aécio afirmou que é preciso que Temer "surpreenda" na formação do novo governo e na ousadia das propostas enviadas ao Congresso já nos próximos dias. "Estaremos ao lado dele." NOVOS MINISTROS Os nomes do partido que foram apontados como possíveis ministros de Temer são totalmente apoiados pelos demais quadros da sigla, segundo Aécio. O senador José Serra é cotado para o Ministério das Relações Exteriores e o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, para o da Justiça e Direitos Humanos. Moraes inclusive já embarcou para Brasília. "São nomes altamente qualificados. O PSDB não colocará nenhuma objeção a nomes desse nível. Ao contrário, o partido aplaude nomes qualificados, como o do Serra, o do próprio Alexandre e outros que venham, independentemente de partido político" O senador tucano disse ainda que "o PSDB continua tendo projeto de país. O partido acredita nesse projeto e o apresentará em 2018".
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Galeria Leme abre na quarta (23) mostra de aquarelas de Antonio Malta Campos
DE SÃO PAULO O artista e arquiteto Antonio Malta Campos, um dos nomes em cartaz na 32ª Bienal de São Paulo, apresenta a partir de quarta-feira (23) uma individual na Galeria Leme. A mostra reúne uma série de aquarelas inéditas, criadas entre 2010 e 2016. Textos sobre a produção do paulistano, assinados por nomes como Dudi Maia Rosa e Jac Leirner, convidados pela galeria, servem de fio condutor para as telas. Campos pesquisa as possibilidades abstratas e figurativas da pintura, com elementos de origem modernista. Galeria Leme. Av. Valdemar Ferreira, 130, Butantã, tel. 3093-8184. Ter. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. Até 21/1. Livre. - LEDA CATUNDA - I LOVE YOU BABY É a primeira mostra do projeto Nossas Artistas, que traz individuais de mulheres importantes para a arte brasileira. A paulistana Leda Catunda, da geração de 1980, exibe mais de cem trabalhos, entre pinturas, colagens e gravuras, realizados de 2003 a 2016. Instituto Tomie Ohtake. R. dos Coropés, 88, Pinheiros, tel. 2245-1900. Ter. a dom.: 11h às 20h. Até 15/1. Livre Ingr. p/ institutotomieohtake.org.br. * OCUPAÇÃO ABDIAS NASCIMENTO O escritor, artista visual e ativista dos direitos de populações negras (1914-2011) é o homenageado da vez na série do Itaú Cultural. Sua trajetória é contada a partir de pinturas, documentos, cartas, fotos e depoimentos. Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, Bela Vista, tel. 2168-1777. Ter. a sex.: 9h às 20h. Sáb. e dom.: 11h às 20h. Até 15/1. 12 anos. * CAIHÓNG - SHU LIN A mostra, cujo nome em chinês significa "arco-íris", reúne obras de Shu Lin, artista chinesa radicada no Brasil. São exibidas pinturas que discutem questões como o mercado de arte e a política. Galeria Sancovsky. Pça. Benedito Calixto, 103, Pinheiros, tel. 3086-0784. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. Até 3/12. Livre. * POP, NOVA FIGURAÇÃO E APÓS A coletiva apresenta cerca de 60 obras de 25 artistas brasileiros que transitaram pela pop art e pela figuração a partir dos anos 1960. Há trabalhos de Mira Schendel, Ivald Granato, Wesley Duke Lee e Antonio Dias, entre outros. Ricardo Camargo Galeria. R. Frei Galvão, 121, Jd. Paulistano, tel. 3031-3879. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 14h. Até 31/1. Livre Ingr. p/ rcamargoarte.com.br. * CAIO MON AMOUR A mostra celebra o escritor gaúcho Caio Fernando Abreu (1948-1996). Há fotos, textos e ações interativas: num mimeógrafo, visitantes podem imprimir poesias do autor. Museu da Diversidade Sexual. R. do Arouche, 24, República, região central, tel. 3882-8080. Ter. a dom.: 10h às 18h. Até 28/1. Livre. * EM NOME DO PIXO A individual do pichador paulistano Cripta Djan inaugurou o espaço de arte Humanar. Ele apresenta mais de cem telas que trazem a estética que construiu nas ruas. Humanar. R. Brig. Galvão, 996, Barra Funda, tel. 3047-3047. Sáb. e dom.: 11h30 às 18h30. Até 27/11.
saopaulo
Galeria Leme abre na quarta (23) mostra de aquarelas de Antonio Malta CamposDE SÃO PAULO O artista e arquiteto Antonio Malta Campos, um dos nomes em cartaz na 32ª Bienal de São Paulo, apresenta a partir de quarta-feira (23) uma individual na Galeria Leme. A mostra reúne uma série de aquarelas inéditas, criadas entre 2010 e 2016. Textos sobre a produção do paulistano, assinados por nomes como Dudi Maia Rosa e Jac Leirner, convidados pela galeria, servem de fio condutor para as telas. Campos pesquisa as possibilidades abstratas e figurativas da pintura, com elementos de origem modernista. Galeria Leme. Av. Valdemar Ferreira, 130, Butantã, tel. 3093-8184. Ter. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. Até 21/1. Livre. - LEDA CATUNDA - I LOVE YOU BABY É a primeira mostra do projeto Nossas Artistas, que traz individuais de mulheres importantes para a arte brasileira. A paulistana Leda Catunda, da geração de 1980, exibe mais de cem trabalhos, entre pinturas, colagens e gravuras, realizados de 2003 a 2016. Instituto Tomie Ohtake. R. dos Coropés, 88, Pinheiros, tel. 2245-1900. Ter. a dom.: 11h às 20h. Até 15/1. Livre Ingr. p/ institutotomieohtake.org.br. * OCUPAÇÃO ABDIAS NASCIMENTO O escritor, artista visual e ativista dos direitos de populações negras (1914-2011) é o homenageado da vez na série do Itaú Cultural. Sua trajetória é contada a partir de pinturas, documentos, cartas, fotos e depoimentos. Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, Bela Vista, tel. 2168-1777. Ter. a sex.: 9h às 20h. Sáb. e dom.: 11h às 20h. Até 15/1. 12 anos. * CAIHÓNG - SHU LIN A mostra, cujo nome em chinês significa "arco-íris", reúne obras de Shu Lin, artista chinesa radicada no Brasil. São exibidas pinturas que discutem questões como o mercado de arte e a política. Galeria Sancovsky. Pça. Benedito Calixto, 103, Pinheiros, tel. 3086-0784. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. Até 3/12. Livre. * POP, NOVA FIGURAÇÃO E APÓS A coletiva apresenta cerca de 60 obras de 25 artistas brasileiros que transitaram pela pop art e pela figuração a partir dos anos 1960. Há trabalhos de Mira Schendel, Ivald Granato, Wesley Duke Lee e Antonio Dias, entre outros. Ricardo Camargo Galeria. R. Frei Galvão, 121, Jd. Paulistano, tel. 3031-3879. Seg. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 14h. Até 31/1. Livre Ingr. p/ rcamargoarte.com.br. * CAIO MON AMOUR A mostra celebra o escritor gaúcho Caio Fernando Abreu (1948-1996). Há fotos, textos e ações interativas: num mimeógrafo, visitantes podem imprimir poesias do autor. Museu da Diversidade Sexual. R. do Arouche, 24, República, região central, tel. 3882-8080. Ter. a dom.: 10h às 18h. Até 28/1. Livre. * EM NOME DO PIXO A individual do pichador paulistano Cripta Djan inaugurou o espaço de arte Humanar. Ele apresenta mais de cem telas que trazem a estética que construiu nas ruas. Humanar. R. Brig. Galvão, 996, Barra Funda, tel. 3047-3047. Sáb. e dom.: 11h30 às 18h30. Até 27/11.
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Aos 70, Lula ainda faz história
Uma das maiores virtudes do ex-presidente Lula, que completou 70 na última terça (27), é ter mantido, ao longo da vida, um coerente compromisso com suas origens sociais. Sua trajetória é, toda ela, vinculada às lutas da classe trabalhadora e da população mais humilde por melhores condições de vida, por um país mais igual, mais justo, verdadeiramente democrático. A história do Brasil, desde a luta pela redemocratização na década de 1970, não se escreve sem ressaltar seu protagonismo. Lula é um desses raros personagens que encarnam a alma de seu povo e as lutas de sua época. O movimento do novo sindicalismo, independente, combativo e sustentado no "chão da fábrica", como se dizia, já seria suficiente para garantir a Lula e a seus companheiros um lugar na história. As grandes greves de 1979 e 1980 e a organização independente dos trabalhadores, que daria origem à CUT, conferiram uma nova qualidade para a luta pela democracia. Ao entrar em cena, os trabalhadores não apenas confrontaram corajosamente a ditadura militar mas também elevaram a pauta democrática, incluindo a liberdade de organização sindical e a luta por direitos sociais. Tornaram-se atores inesperados, e fundamentais, do grande movimento da sociedade brasileira pela redemocratização. Lula voltou a surpreender o país com a criação do Partido dos Trabalhadores, em 1980. Atuando sempre em conjunto com seus companheiros, dialogando e ampliando a interlocução –e esta é outra de suas grandes qualidades–, Lula aglutinou em torno do PT sindicalistas da cidade e do campo, intelectuais, comunidades de base da igreja, setores da classe média assalariada. Assim como o novo sindicalismo, a criação do PT, amplo, vivo, presente nas lutas populares e nucleado pela base, não estava nos planos das elites políticas de então. Pode-se afirmar que o protagonismo político dos trabalhadores impediu que a transição do Brasil para a democracia se desse totalmente "por cima", que se tornasse mais um pacto de elites em nossa história. As forças populares apresentaram sua própria agenda, que se refletiria nos avanços conquistados na Constituição de 1988. Mantendo-se fiel a seus compromissos sociais e percorrendo o Brasil, para falar e ouvir, nas caravanas da cidadania e como candidato à Presidência, Lula consolidou-se como símbolo da esperança e dos anseios por uma grande transformação do país. Lula fez história mais uma vez ao se tornar, em 2002, o primeiro presidente do Brasil originado das classes populares e comprometido com elas. Seus dois mandatos provaram que é possível governar com diálogo e participação, governar para todos, com especial atenção aos que mais precisam. Por isso, nesses quase 13 anos de governo do PT e dos nossos aliados, o Brasil tornou-se uma das maiores economias do mundo, um país respeitado internacionalmente; vencemos a fome e nossa população conheceu a maior ascensão social de todos os tempos. Por tudo isso, Lula é o maior líder popular do país e resiste, hoje, à mais sórdida campanha que as elites e sua imprensa já desencadearam contra um brasileiro. A virulência dessa campanha, que visa desarticular, atingindo seu líder, o campo popular e democrático, atesta a vitalidade política de Lula. É a candidatura de Lula em 2018 –algo que ainda não está resolvido, mas tem meu decidido apoio– que essa campanha tenta atingir. Aos 70 anos, Lula ainda tem muito a contribuir para a história do Brasil. RUI FALCÃO, 71, formado em direito pela USP, é presidente nacional do PT * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Aos 70, Lula ainda faz históriaUma das maiores virtudes do ex-presidente Lula, que completou 70 na última terça (27), é ter mantido, ao longo da vida, um coerente compromisso com suas origens sociais. Sua trajetória é, toda ela, vinculada às lutas da classe trabalhadora e da população mais humilde por melhores condições de vida, por um país mais igual, mais justo, verdadeiramente democrático. A história do Brasil, desde a luta pela redemocratização na década de 1970, não se escreve sem ressaltar seu protagonismo. Lula é um desses raros personagens que encarnam a alma de seu povo e as lutas de sua época. O movimento do novo sindicalismo, independente, combativo e sustentado no "chão da fábrica", como se dizia, já seria suficiente para garantir a Lula e a seus companheiros um lugar na história. As grandes greves de 1979 e 1980 e a organização independente dos trabalhadores, que daria origem à CUT, conferiram uma nova qualidade para a luta pela democracia. Ao entrar em cena, os trabalhadores não apenas confrontaram corajosamente a ditadura militar mas também elevaram a pauta democrática, incluindo a liberdade de organização sindical e a luta por direitos sociais. Tornaram-se atores inesperados, e fundamentais, do grande movimento da sociedade brasileira pela redemocratização. Lula voltou a surpreender o país com a criação do Partido dos Trabalhadores, em 1980. Atuando sempre em conjunto com seus companheiros, dialogando e ampliando a interlocução –e esta é outra de suas grandes qualidades–, Lula aglutinou em torno do PT sindicalistas da cidade e do campo, intelectuais, comunidades de base da igreja, setores da classe média assalariada. Assim como o novo sindicalismo, a criação do PT, amplo, vivo, presente nas lutas populares e nucleado pela base, não estava nos planos das elites políticas de então. Pode-se afirmar que o protagonismo político dos trabalhadores impediu que a transição do Brasil para a democracia se desse totalmente "por cima", que se tornasse mais um pacto de elites em nossa história. As forças populares apresentaram sua própria agenda, que se refletiria nos avanços conquistados na Constituição de 1988. Mantendo-se fiel a seus compromissos sociais e percorrendo o Brasil, para falar e ouvir, nas caravanas da cidadania e como candidato à Presidência, Lula consolidou-se como símbolo da esperança e dos anseios por uma grande transformação do país. Lula fez história mais uma vez ao se tornar, em 2002, o primeiro presidente do Brasil originado das classes populares e comprometido com elas. Seus dois mandatos provaram que é possível governar com diálogo e participação, governar para todos, com especial atenção aos que mais precisam. Por isso, nesses quase 13 anos de governo do PT e dos nossos aliados, o Brasil tornou-se uma das maiores economias do mundo, um país respeitado internacionalmente; vencemos a fome e nossa população conheceu a maior ascensão social de todos os tempos. Por tudo isso, Lula é o maior líder popular do país e resiste, hoje, à mais sórdida campanha que as elites e sua imprensa já desencadearam contra um brasileiro. A virulência dessa campanha, que visa desarticular, atingindo seu líder, o campo popular e democrático, atesta a vitalidade política de Lula. É a candidatura de Lula em 2018 –algo que ainda não está resolvido, mas tem meu decidido apoio– que essa campanha tenta atingir. Aos 70 anos, Lula ainda tem muito a contribuir para a história do Brasil. RUI FALCÃO, 71, formado em direito pela USP, é presidente nacional do PT * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Assim como há transgressão sexual na China, há caretice na França
Às vezes as mentes abertas aparecem onde menos se espera. Veja o caso de Li Yinhe, socióloga de Pequim que há muito tempo desafia as sensibilidades chinesas sobre todas as questões sexuais. Sexo gay. Sadomasoquismo. Swinging. Ela incentiva tudo isso, para desprazer das autoridades comunistas, desde os anos 1980, quando voltou de quase uma década nos EUA para descobrir que a moral puritana imposta por Mao havia sobrevivido. Mas, recentemente, Li começou a forçar um novo limite, desta vez pessoal: anunciou que seu parceiro, Zhang Hongxia, é um homem transexual. Apesar de a maioria dos chineses pouco saber sobre homens transexuais, o interesse pelo casal foi forte e a reação calorosa. "Todo mundo é único de alguma maneira, por isso vamos trabalhar para que a sociedade acompanhe a ciência", disse o "Diário do Povo", um dos principais canais de notícias do Partido Comunista. "Respeitar as opções de pessoas como Li Yinhe é respeitar a nós mesmos." Li disse ao jornal "The New York Times" que há muito tempo acreditava que a maioria dos chineses tinha atitudes diferentes das de seus líderes sobre essas questões. "Eu acho as pessoas aqui muito abertas e liberadas", disse ela. Às vezes a restrição sexual aparece onde menos se espera. Considere a França: presidentes trapaceiros, orgias de ricos e famosos, o "ménage à trois". Quando forasteiros pensam nos franceses, a palavra "puritano" não vem à mente. Mas acontece que há limites. O site de namoros on-line Gleeden descobriu isso quando colocou anúncios em ônibus de várias cidades francesas. O Gleeden não é um site de encontros do tipo inocente, embora seus anúncios lembrem o jardim do Éden. Ele é voltado para mulheres que procuram casos extraconjugais. Muitas francesas foram instigadas pelos anúncios, mas não da maneira desejada. "Fiquei chocada e enojada", disse Aude Ducros, porta-voz das Associações de Famílias Católicas. "A infidelidade polui o casal e a família e destrói o tecido social da França." Sete cidades recusaram os anúncios. A mídia social fervilhou. "Fidelidade não se vende!", escreveu um homem no Twitter. O que o Gleeden está vendendo, disse Solène Paillet, uma porta-voz, é justiça para as francesas, que há séculos suportam homens infiéis. "Em 2015, organizações religiosas católicas ou outras não podem ditar a moral dos franceses." A liberdade sexual encontrou outra resistência na França, com a oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O fotógrafo Olivier Ciappa, que irritou algumas pessoas com suas imagens de celebridades homossexuais, disse que a França é "muito mais reacionária do que as pessoas pensam". Às vezes, as atitudes simplesmente mudam. Veja Michael J. Bowers, advogado americano. Nos anos 1980, como secretário de Justiça da Geórgia, ele ganhou nome defendendo uma lei estadual contra a sodomia, que levou a uma decisão da Suprema Corte que manteve essas leis em todo o país. O tribunal voltou atrás em 2013 e Bowers, 73, fez o mesmo. Hoje ele faz lobby para um grupo de direitos gays contra legislações que, segundo ele, justificariam a discriminação. Bowers não tem certeza de como ou por quê, mas diz que mudou. "Não sou tão mesquinho quanto era antes."
equilibrioesaude
Assim como há transgressão sexual na China, há caretice na FrançaÀs vezes as mentes abertas aparecem onde menos se espera. Veja o caso de Li Yinhe, socióloga de Pequim que há muito tempo desafia as sensibilidades chinesas sobre todas as questões sexuais. Sexo gay. Sadomasoquismo. Swinging. Ela incentiva tudo isso, para desprazer das autoridades comunistas, desde os anos 1980, quando voltou de quase uma década nos EUA para descobrir que a moral puritana imposta por Mao havia sobrevivido. Mas, recentemente, Li começou a forçar um novo limite, desta vez pessoal: anunciou que seu parceiro, Zhang Hongxia, é um homem transexual. Apesar de a maioria dos chineses pouco saber sobre homens transexuais, o interesse pelo casal foi forte e a reação calorosa. "Todo mundo é único de alguma maneira, por isso vamos trabalhar para que a sociedade acompanhe a ciência", disse o "Diário do Povo", um dos principais canais de notícias do Partido Comunista. "Respeitar as opções de pessoas como Li Yinhe é respeitar a nós mesmos." Li disse ao jornal "The New York Times" que há muito tempo acreditava que a maioria dos chineses tinha atitudes diferentes das de seus líderes sobre essas questões. "Eu acho as pessoas aqui muito abertas e liberadas", disse ela. Às vezes a restrição sexual aparece onde menos se espera. Considere a França: presidentes trapaceiros, orgias de ricos e famosos, o "ménage à trois". Quando forasteiros pensam nos franceses, a palavra "puritano" não vem à mente. Mas acontece que há limites. O site de namoros on-line Gleeden descobriu isso quando colocou anúncios em ônibus de várias cidades francesas. O Gleeden não é um site de encontros do tipo inocente, embora seus anúncios lembrem o jardim do Éden. Ele é voltado para mulheres que procuram casos extraconjugais. Muitas francesas foram instigadas pelos anúncios, mas não da maneira desejada. "Fiquei chocada e enojada", disse Aude Ducros, porta-voz das Associações de Famílias Católicas. "A infidelidade polui o casal e a família e destrói o tecido social da França." Sete cidades recusaram os anúncios. A mídia social fervilhou. "Fidelidade não se vende!", escreveu um homem no Twitter. O que o Gleeden está vendendo, disse Solène Paillet, uma porta-voz, é justiça para as francesas, que há séculos suportam homens infiéis. "Em 2015, organizações religiosas católicas ou outras não podem ditar a moral dos franceses." A liberdade sexual encontrou outra resistência na França, com a oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O fotógrafo Olivier Ciappa, que irritou algumas pessoas com suas imagens de celebridades homossexuais, disse que a França é "muito mais reacionária do que as pessoas pensam". Às vezes, as atitudes simplesmente mudam. Veja Michael J. Bowers, advogado americano. Nos anos 1980, como secretário de Justiça da Geórgia, ele ganhou nome defendendo uma lei estadual contra a sodomia, que levou a uma decisão da Suprema Corte que manteve essas leis em todo o país. O tribunal voltou atrás em 2013 e Bowers, 73, fez o mesmo. Hoje ele faz lobby para um grupo de direitos gays contra legislações que, segundo ele, justificariam a discriminação. Bowers não tem certeza de como ou por quê, mas diz que mudou. "Não sou tão mesquinho quanto era antes."
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Conselho apoia uso de nome social por médicos transgêneros em documentos
O CFM (Conselho Federal de Medicina) divulga nesta quinta (15) seu apoio ao uso de nome social por médicos transgêneros em documentos administrativos. Mas a decisão não atende por completo à demanda do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP), que há meses pede da entidade nacional um posicionamento. PONTO DE VISTA O Cremesp defende que o nome social possa constar na carteira profissional. Ele seria incluído na identificação, e o nome de registro ficaria restrito a trâmites internos no órgão de classe. O CFM, no entanto, entende que é preciso autorização judicial para alterar o documento, por se tratar de "identificação civil das pessoas". QUESTÃO DE RESPEITO Outras entidades de classe, como a OAB, permitem a mudança na carteira sem que o interessado tenha que entrar na Justiça. O Cremesp, que já recebeu três pedidos de associados para usar nome social –o mais recente na semana passada, de uma médica transexual da capita–, diz que vai insistir no pleito, como forma de "combate ao constrangimento e ao sofrimento" de profissionais. Leia a coluna completa aqui.
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Conselho apoia uso de nome social por médicos transgêneros em documentosO CFM (Conselho Federal de Medicina) divulga nesta quinta (15) seu apoio ao uso de nome social por médicos transgêneros em documentos administrativos. Mas a decisão não atende por completo à demanda do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP), que há meses pede da entidade nacional um posicionamento. PONTO DE VISTA O Cremesp defende que o nome social possa constar na carteira profissional. Ele seria incluído na identificação, e o nome de registro ficaria restrito a trâmites internos no órgão de classe. O CFM, no entanto, entende que é preciso autorização judicial para alterar o documento, por se tratar de "identificação civil das pessoas". QUESTÃO DE RESPEITO Outras entidades de classe, como a OAB, permitem a mudança na carteira sem que o interessado tenha que entrar na Justiça. O Cremesp, que já recebeu três pedidos de associados para usar nome social –o mais recente na semana passada, de uma médica transexual da capita–, diz que vai insistir no pleito, como forma de "combate ao constrangimento e ao sofrimento" de profissionais. Leia a coluna completa aqui.
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Prêmio Octavio Frias de Oliveira será entregue nesta terça
A cerimônia de entrega do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, iniciativa do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), em parceria com o Grupo Folha, ocorrerá nesta terça (9), às 19h, no teatro da Faculdade de Medicina da USP. A láurea, que leva o nome do então publisher da Folha, morto em 2007, busca reconhecer e estimular contribuições na área oncológica. Neste ano, na categoria pesquisa, venceu estudo que mostrou que a saliva ajuda a avaliar cânceres de boca. Em inovação tecnológica, pesquisa aponta que uma proteína do carrapato-estrela teve ação antitumoral em testes in vitro. O médico Aristides Pereira Maltez Filho, presidente da Liga Bahiana contra o Câncer, será premiado Personalidade de Destaque. Cada escolhido receberá R$ 16 mil e um certificado.
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Prêmio Octavio Frias de Oliveira será entregue nesta terçaA cerimônia de entrega do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, iniciativa do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), em parceria com o Grupo Folha, ocorrerá nesta terça (9), às 19h, no teatro da Faculdade de Medicina da USP. A láurea, que leva o nome do então publisher da Folha, morto em 2007, busca reconhecer e estimular contribuições na área oncológica. Neste ano, na categoria pesquisa, venceu estudo que mostrou que a saliva ajuda a avaliar cânceres de boca. Em inovação tecnológica, pesquisa aponta que uma proteína do carrapato-estrela teve ação antitumoral em testes in vitro. O médico Aristides Pereira Maltez Filho, presidente da Liga Bahiana contra o Câncer, será premiado Personalidade de Destaque. Cada escolhido receberá R$ 16 mil e um certificado.
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Quadrilha rouba 60 armas e munição de empresa de segurança em Campinas
Cerca de seis criminosos integrantes de uma quadrilha roubaram 60 armas, equipamentos e munição de uma empresa de segurança em Campinas (a 93 km da capital paulista), no domingo (1º), após se passarem por policiais federais. Segundo vigilantes, por volta das 22h os ladrões chegaram à portaria vestindo falsos uniformes da Polícia Federal e disseram que tinham um mandado de busca e apreensão. Quando a entrada foi liberada, eles anunciaram o roubo. No total, 20 espingardas de calibre ponto 12, 40 revólveres de calibre 38, 60 coletes à prova de balas, silenciadores e munição foram levados. Nenhuma vítima se feriu na ação, que durou cerca de 15 minutos. De acordo com testemunhas, um dos bandidos levou um choque ao tentar pular o muro da empresa, que é equipado com cerca elétrica. A polícia afirma que procura imagens de câmeras de segurança da região. Ninguém havia sido preso até a noite desta segunda-feira (2). GOLPE DA PF É a segunda vez que se tem notícia nas últimas semanas de criminosos que utilizam os trajes da Polícia Federal e conseguem acesso ao local do crime com um falso mandado de busca e apreensão. Em 14 de abril, um grupo utilizou a mesma estratégia para fazer um arrastão no prédio do empresário preso na Lava Jato Ronan Maria Pinto, em Santo André (SP). MEGA-ASSALTOS Na cidade de Campinas, onde ocorreu o roubo das 60 armas no domingo, duas transportadoras de valores foram alvo de mega-assaltos nos últimos meses. Um em novembro, na Prosegur, e outro em março, na Protege. A rotina de assaltos de grande porte, com utilização de armamento pesado, tem sido recorrente no interior paulista. Em geral o alvo são transportadoras de valores, que comportam quantidade vultosas de dinheiro. Crimes assim ocorreram também em abril na rodovia Anhanguera e em Santos. A prática não é exclusiva de São Paulo, no entanto. Ações criminosas semelhantes foram registradas nos últimos meses em ao menos outros seis Estados (Pernambuco, Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Sul e Espírito Santo).
cotidiano
Quadrilha rouba 60 armas e munição de empresa de segurança em CampinasCerca de seis criminosos integrantes de uma quadrilha roubaram 60 armas, equipamentos e munição de uma empresa de segurança em Campinas (a 93 km da capital paulista), no domingo (1º), após se passarem por policiais federais. Segundo vigilantes, por volta das 22h os ladrões chegaram à portaria vestindo falsos uniformes da Polícia Federal e disseram que tinham um mandado de busca e apreensão. Quando a entrada foi liberada, eles anunciaram o roubo. No total, 20 espingardas de calibre ponto 12, 40 revólveres de calibre 38, 60 coletes à prova de balas, silenciadores e munição foram levados. Nenhuma vítima se feriu na ação, que durou cerca de 15 minutos. De acordo com testemunhas, um dos bandidos levou um choque ao tentar pular o muro da empresa, que é equipado com cerca elétrica. A polícia afirma que procura imagens de câmeras de segurança da região. Ninguém havia sido preso até a noite desta segunda-feira (2). GOLPE DA PF É a segunda vez que se tem notícia nas últimas semanas de criminosos que utilizam os trajes da Polícia Federal e conseguem acesso ao local do crime com um falso mandado de busca e apreensão. Em 14 de abril, um grupo utilizou a mesma estratégia para fazer um arrastão no prédio do empresário preso na Lava Jato Ronan Maria Pinto, em Santo André (SP). MEGA-ASSALTOS Na cidade de Campinas, onde ocorreu o roubo das 60 armas no domingo, duas transportadoras de valores foram alvo de mega-assaltos nos últimos meses. Um em novembro, na Prosegur, e outro em março, na Protege. A rotina de assaltos de grande porte, com utilização de armamento pesado, tem sido recorrente no interior paulista. Em geral o alvo são transportadoras de valores, que comportam quantidade vultosas de dinheiro. Crimes assim ocorreram também em abril na rodovia Anhanguera e em Santos. A prática não é exclusiva de São Paulo, no entanto. Ações criminosas semelhantes foram registradas nos últimos meses em ao menos outros seis Estados (Pernambuco, Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Sul e Espírito Santo).
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Dilma é convidada para cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
GUSTAVO URIBE DE BRASÍLIA A presidente afastada, Dilma Rousseff, recebeu convite para participar da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no dia 05 de agosto, no estádio do Maracanã. O envelope enviado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) chegou nesta segunda-feira (11) no Palácio do Alvorada. A petista não decidiu ainda, contudo, se irá comparecer. Em entrevista, no mês passado, ela disse que gostaria de estar na cerimônia de abertura, mas tem sido aconselhada por assessores e aliados a não marcar presença. O receio é de que, assim, ela passe a imagem de resignação com um afastamento definitivo do cargo, uma vez que a abertura oficial da competição internacional será feita pelo presidente interino, Michel Temer. O peemedebista anunciará a abertura dos Jogos Olímpicos, mas deve evitar discurso diante do risco de vaias. Caso a petista compareça, a ideia da organização do evento é que ela fique em uma tribuna de honra com autoridades estrangeiras. Além dela, devem ser convidados também para a cerimônia de abertura ex-presidente como Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney. Os cantores Gilberto Gil, Caetano Veloso e Anitta irão se apresentar em um dos shows da cerimônia de abertura.
esporte
Dilma é convidada para cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos GUSTAVO URIBE DE BRASÍLIA A presidente afastada, Dilma Rousseff, recebeu convite para participar da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no dia 05 de agosto, no estádio do Maracanã. O envelope enviado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) chegou nesta segunda-feira (11) no Palácio do Alvorada. A petista não decidiu ainda, contudo, se irá comparecer. Em entrevista, no mês passado, ela disse que gostaria de estar na cerimônia de abertura, mas tem sido aconselhada por assessores e aliados a não marcar presença. O receio é de que, assim, ela passe a imagem de resignação com um afastamento definitivo do cargo, uma vez que a abertura oficial da competição internacional será feita pelo presidente interino, Michel Temer. O peemedebista anunciará a abertura dos Jogos Olímpicos, mas deve evitar discurso diante do risco de vaias. Caso a petista compareça, a ideia da organização do evento é que ela fique em uma tribuna de honra com autoridades estrangeiras. Além dela, devem ser convidados também para a cerimônia de abertura ex-presidente como Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney. Os cantores Gilberto Gil, Caetano Veloso e Anitta irão se apresentar em um dos shows da cerimônia de abertura.
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Em rede social, prefeito do Rio fala para morador insatisfeito se mudar
Em resposta a críticas no Twitter, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), sugeriu a um morador insatisfeito que se mude da cidade. O morador, identificado na rede social como Caio Dantas, escreveu em sua página que "90% do nojo" que tem pela cidade é responsabilidade de Paes. Tweet Eduardo Paes "Se muda, pô!", rebateu o prefeito, que passou o fim da tarde deste domingo (10) interagindo no Twitter. Uma hora depois, ao ser questionado por outro usuário da rede social, Paes tentou amenizar: "(Ele) disse que quer se mudar. Por mim, fica". Tweet Eduardo Paes Mas reclamou das críticas ao tom de suas respostas. "Deixa de ser mal humorado, pô. Toma um chope, joga uma pelada, dorme cedo, vai à igreja, dá uma namorada. Domingo pode". Em outra resposta, a uma mulher que lhe perguntou sobre viagens a Paris, disse que "está me confundindo". Tweet Eduardo Paes Fotos tiradas na capital francesa escancaram as relações entre o ex-governador Sergio Cabral e o empreiteiro Fernando Cavendish, preso pela Operação Lava Jato. Na manhã deste domingo, Paes recebeu alta do Hospital Samaritano, na zona sul, onde realizou cirurgia para retirada de pedra no rim. Tweet Eduardo Paes MARICÁ, 'UMA MERDA DE LUGAR' Em março deste ano, Paes pediu desculpas à população pelos termos usados em conversa por telefone que teve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi tornada pública no âmbito da Operação Lava Jato. Na conversa, o prefeito do Rio disse que Lula tinha "alma de pobre" por supostamente ter um sítio em Atibaia (SP), que a cidade de Maricá é uma "merda de lugar", que a presidente Dilma e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), são mal-humorados e que este último tem "uma mão gorda". "Agora, da próxima vez, o senhor me para com essa vida de pobre, com essa tua alma de pobre, comprando esses barcos de merda, sitiozinho vagabundo", disse o prefeito no telefonema. Paes continuou: "Eu, todo mundo fala aqui no meio, eu falo o seguinte: imagina se fosse aqui no Rio esse sítio dele, não é em Petrópolis, não é em Itaipava, é como se fosse em Maricá". Em seu pedido de desculpas, Paes disse que a conversa foi feita em caráter privado, em tom de brincadeira e como uma gentileza a Lula. Ele considerou que suas palavras foram de "profundo mau gosto" e disse que teceu "comentários que não fazem parte de sua personalidade". O prefeito afirmou que suas declarações lhe geram "arrependimento", "vergonha" e "constrangimento". Dias depois da revelação da conversa, moradores de Maricá (RJ), na região metropolitana do Rio, aproveitaram o Sábado de Aleluia para demonstrar que não aceitaram o pedido de desculpas feito por Paes (PMDB). Os moradores fizeram a malhação de Judas com boneco de Eduardo Paes.
cotidiano
Em rede social, prefeito do Rio fala para morador insatisfeito se mudarEm resposta a críticas no Twitter, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), sugeriu a um morador insatisfeito que se mude da cidade. O morador, identificado na rede social como Caio Dantas, escreveu em sua página que "90% do nojo" que tem pela cidade é responsabilidade de Paes. Tweet Eduardo Paes "Se muda, pô!", rebateu o prefeito, que passou o fim da tarde deste domingo (10) interagindo no Twitter. Uma hora depois, ao ser questionado por outro usuário da rede social, Paes tentou amenizar: "(Ele) disse que quer se mudar. Por mim, fica". Tweet Eduardo Paes Mas reclamou das críticas ao tom de suas respostas. "Deixa de ser mal humorado, pô. Toma um chope, joga uma pelada, dorme cedo, vai à igreja, dá uma namorada. Domingo pode". Em outra resposta, a uma mulher que lhe perguntou sobre viagens a Paris, disse que "está me confundindo". Tweet Eduardo Paes Fotos tiradas na capital francesa escancaram as relações entre o ex-governador Sergio Cabral e o empreiteiro Fernando Cavendish, preso pela Operação Lava Jato. Na manhã deste domingo, Paes recebeu alta do Hospital Samaritano, na zona sul, onde realizou cirurgia para retirada de pedra no rim. Tweet Eduardo Paes MARICÁ, 'UMA MERDA DE LUGAR' Em março deste ano, Paes pediu desculpas à população pelos termos usados em conversa por telefone que teve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi tornada pública no âmbito da Operação Lava Jato. Na conversa, o prefeito do Rio disse que Lula tinha "alma de pobre" por supostamente ter um sítio em Atibaia (SP), que a cidade de Maricá é uma "merda de lugar", que a presidente Dilma e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), são mal-humorados e que este último tem "uma mão gorda". "Agora, da próxima vez, o senhor me para com essa vida de pobre, com essa tua alma de pobre, comprando esses barcos de merda, sitiozinho vagabundo", disse o prefeito no telefonema. Paes continuou: "Eu, todo mundo fala aqui no meio, eu falo o seguinte: imagina se fosse aqui no Rio esse sítio dele, não é em Petrópolis, não é em Itaipava, é como se fosse em Maricá". Em seu pedido de desculpas, Paes disse que a conversa foi feita em caráter privado, em tom de brincadeira e como uma gentileza a Lula. Ele considerou que suas palavras foram de "profundo mau gosto" e disse que teceu "comentários que não fazem parte de sua personalidade". O prefeito afirmou que suas declarações lhe geram "arrependimento", "vergonha" e "constrangimento". Dias depois da revelação da conversa, moradores de Maricá (RJ), na região metropolitana do Rio, aproveitaram o Sábado de Aleluia para demonstrar que não aceitaram o pedido de desculpas feito por Paes (PMDB). Os moradores fizeram a malhação de Judas com boneco de Eduardo Paes.
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Nina Simone embalará androginia da grife Uma na São Paulo Fashion Week
Sucessos de 31 álbuns da cantora Nina Simone (1933-2003), símbolo da força negra nos anos 1970, embalarão o desfile de verão 2016 de Raquel Davwidovicz, estilista da grife Uma, na edição da São Paulo Fashion Week, que começa nesta segunda (13). A escolha não é à toa. O poder feminino guiará a coleção da marca, a ser apresentada nesta segunda-feira (13), às 17h30, no parque Candido Portinari, e cujo mote são os limites entre os genêros masculino e feminino. "Mostraremos uma androginia sensualizada. As modelagens, apesar de terem como base a alfaiataria e as construções das roupas dos homens, serão acinturadas e com proporções descoladas do corpo", diz Dawidovicz. Conjuntos de preto e branco e estampas com motivos inspirados na obra do pintor americano Jackson Pollock (1912-1956) compõem os 32 looks para esse desfile. "Exploraremos imagens de masculinidade e feminilidade que se sobrepõem, numa espécie de novo feminismo", diz a estilista. Além das modelos mulheres, Dawidovicz colocará homens trajados com sua nova coleção de roupas masculinas. * PROGRAMAÇÃO DA SPFW SEGUNDA-FEIRA (13/4) Animale - 16h Uma Raquel Davidowicz - 17h30 TNG - 18h30 PatBo - 19h30 Cavalera - 20h30 TERÇA-FEIRA (14/4) Paula Raia - 10h Osklen - 11h30 Ellus - 15h Água de Coco por Liana Thomaz - 16h Lilly Sarti - 17h15 Sacada - 18h30 Juliana Jabour - 19h45 Triya - 21h QUARTA-FEIRA (15/4) Isabela Capeto - 10h Reinaldo Lourenço - 11h30 Alexandre Herchcovitch - 13h30 Ronaldo Fraga - 15h Lolitta - 16h Salinas - 17h Vitorino Campos - 18h João Pimenta - 19h Colcci - 20h30 QUINTA-FEIRA (16/4) Giuliana Romanno - 10h Lino Villaventura - 11h30 Patrícia Vieira - 13h Acquastudio - 15h30 Lenny Niemeyer - 16h30 GIG Couture - 17h30 Têca por Helô Rocha - 18h30 Iódice - 19h30 Samuel Cirnansck - 20h30 SEXTA-FEIRA (17/4) FH por Fause Haten - 10h Africa Africans Moda - 11h30 Apartamento 03 - 15h Gloria Coelho - 16h Adriana Degreas - 17h Wagner Kallieno - 18h Amapô - 19h 2nd Floor - 20h
ilustrada
Nina Simone embalará androginia da grife Uma na São Paulo Fashion WeekSucessos de 31 álbuns da cantora Nina Simone (1933-2003), símbolo da força negra nos anos 1970, embalarão o desfile de verão 2016 de Raquel Davwidovicz, estilista da grife Uma, na edição da São Paulo Fashion Week, que começa nesta segunda (13). A escolha não é à toa. O poder feminino guiará a coleção da marca, a ser apresentada nesta segunda-feira (13), às 17h30, no parque Candido Portinari, e cujo mote são os limites entre os genêros masculino e feminino. "Mostraremos uma androginia sensualizada. As modelagens, apesar de terem como base a alfaiataria e as construções das roupas dos homens, serão acinturadas e com proporções descoladas do corpo", diz Dawidovicz. Conjuntos de preto e branco e estampas com motivos inspirados na obra do pintor americano Jackson Pollock (1912-1956) compõem os 32 looks para esse desfile. "Exploraremos imagens de masculinidade e feminilidade que se sobrepõem, numa espécie de novo feminismo", diz a estilista. Além das modelos mulheres, Dawidovicz colocará homens trajados com sua nova coleção de roupas masculinas. * PROGRAMAÇÃO DA SPFW SEGUNDA-FEIRA (13/4) Animale - 16h Uma Raquel Davidowicz - 17h30 TNG - 18h30 PatBo - 19h30 Cavalera - 20h30 TERÇA-FEIRA (14/4) Paula Raia - 10h Osklen - 11h30 Ellus - 15h Água de Coco por Liana Thomaz - 16h Lilly Sarti - 17h15 Sacada - 18h30 Juliana Jabour - 19h45 Triya - 21h QUARTA-FEIRA (15/4) Isabela Capeto - 10h Reinaldo Lourenço - 11h30 Alexandre Herchcovitch - 13h30 Ronaldo Fraga - 15h Lolitta - 16h Salinas - 17h Vitorino Campos - 18h João Pimenta - 19h Colcci - 20h30 QUINTA-FEIRA (16/4) Giuliana Romanno - 10h Lino Villaventura - 11h30 Patrícia Vieira - 13h Acquastudio - 15h30 Lenny Niemeyer - 16h30 GIG Couture - 17h30 Têca por Helô Rocha - 18h30 Iódice - 19h30 Samuel Cirnansck - 20h30 SEXTA-FEIRA (17/4) FH por Fause Haten - 10h Africa Africans Moda - 11h30 Apartamento 03 - 15h Gloria Coelho - 16h Adriana Degreas - 17h Wagner Kallieno - 18h Amapô - 19h 2nd Floor - 20h
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Empresa planeja elevador que abre atalho para o espaço
Uma empresa do Canadá patenteou uma ideia que pode simplificar as viagens espaciais do futuro: um elevador para a estratosfera. Do alto de uma torre inflável de 20 quilômetros de altura, astronautas teriam um caminho consideravelmente mais curto até o espaço. A ideia da Thoth Technology Inc. patenteada na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos poderia economizar até 30% do combustível usado em viagens espaciais, segundo a empresa. "Astronautas subiriam 20 quilômetros de elevador elétrico. Do alto da torre, aviões espaciais poderiam ser postos em órbita em um estágio único, retornando para o alto da torre para reabastecer e voar novamente", afirmou o inventor do sistema, Brendan Quine. PROPULSÃO A grande inovação do elevador espacial é a eficiência com que seria possível chegar até altitudes extremas, acima de 50 quilômetros. Atualmente, para superar a gravidade, é necessária uma enorme propulsão, que apenas foguetes que expelem massa em alta velocidade são capazes de produzir. Quine diz que o elevador precisaria de muito menos energia para isso, já que não precisaria transportar esta massa de combustível usada como propulsão por foguetes. Com a torre, a maior parte do voo vertical necessário para uma viagem espacial seria eliminada. A partir dos 20 quilômetros de altitude, seria necessário apenas voar na horizontal para entrar em órbita. Embora o conceito de usar torres como atalho para o espaço não seja novo, ele sempre esbarrava na falta de materiais capazes de suportar o próprio peso em tamanha altitude. O projeto de Quine elimina este problema ao utilizar uma estrutura leve, inflável e pressurizada. Ela seria guiada a partir da sua base e poderia, segundo a empresa, ser usada para geração de energia eólica e comunicações. A presidente da Thoth Technology, Caroline Roberts, afirmou que a torre, aliada a novas tecnologias de foguetes em desenvolvimento por outras empresas, vão revolucionar o conceito de viagem espacial. "Pousar em uma balsa no nível do mar é um grande feito, mas pousar 12 milhas (20 quilômetros) acima do nível do mar vai tornar viagens espaciais cada vez mais parecidas com viagens de avião."
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Empresa planeja elevador que abre atalho para o espaçoUma empresa do Canadá patenteou uma ideia que pode simplificar as viagens espaciais do futuro: um elevador para a estratosfera. Do alto de uma torre inflável de 20 quilômetros de altura, astronautas teriam um caminho consideravelmente mais curto até o espaço. A ideia da Thoth Technology Inc. patenteada na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos poderia economizar até 30% do combustível usado em viagens espaciais, segundo a empresa. "Astronautas subiriam 20 quilômetros de elevador elétrico. Do alto da torre, aviões espaciais poderiam ser postos em órbita em um estágio único, retornando para o alto da torre para reabastecer e voar novamente", afirmou o inventor do sistema, Brendan Quine. PROPULSÃO A grande inovação do elevador espacial é a eficiência com que seria possível chegar até altitudes extremas, acima de 50 quilômetros. Atualmente, para superar a gravidade, é necessária uma enorme propulsão, que apenas foguetes que expelem massa em alta velocidade são capazes de produzir. Quine diz que o elevador precisaria de muito menos energia para isso, já que não precisaria transportar esta massa de combustível usada como propulsão por foguetes. Com a torre, a maior parte do voo vertical necessário para uma viagem espacial seria eliminada. A partir dos 20 quilômetros de altitude, seria necessário apenas voar na horizontal para entrar em órbita. Embora o conceito de usar torres como atalho para o espaço não seja novo, ele sempre esbarrava na falta de materiais capazes de suportar o próprio peso em tamanha altitude. O projeto de Quine elimina este problema ao utilizar uma estrutura leve, inflável e pressurizada. Ela seria guiada a partir da sua base e poderia, segundo a empresa, ser usada para geração de energia eólica e comunicações. A presidente da Thoth Technology, Caroline Roberts, afirmou que a torre, aliada a novas tecnologias de foguetes em desenvolvimento por outras empresas, vão revolucionar o conceito de viagem espacial. "Pousar em uma balsa no nível do mar é um grande feito, mas pousar 12 milhas (20 quilômetros) acima do nível do mar vai tornar viagens espaciais cada vez mais parecidas com viagens de avião."
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Imposto kafkiano
Em boa hora, o Supremo Tribunal Federal suspendeu provisoriamente a validade de parte de uma norma que alterou o modo de pagamento do ICMS. O regulamento vinha atazanando, em particular, micro e pequenas empresas dedicadas ao comércio eletrônico. Conforme entendimento dos secretários estaduais de Fazenda, tais empreendimentos deveriam se adequar à determinação, aprovada em 2015 pelo Congresso, de que o imposto devido nas transações de venda pela internet seja partilhado entre o Estado de origem e o de destino das mercadorias. Com isso, as empresas inscritas no Simples, que em circunstâncias normais apenas recolhem ao fisco uma parcela fixa de sua receita, tiveram de gastar tempo e dinheiro em uma rotina kafkiana de impressão de múltiplas guias de pagamento e consulta às tabelas de alíquotas do ICMS, que variam de Estado para Estado. Por pequeno que pareça, o episódio é ilustrativo da instabilidade legal e do inferno burocrático que caracterizam o sistema tributário brasileiro, líder mundial em tarefas exigidas dos contribuintes –para nada falar da carga equivalente a mais de um terço da renda nacional, extravagante para um país emergente. Tributo de maior arrecadação do país e principal fonte de receita dos Estados, o ICMS é alvo contumaz de propostas de reforma que se acumulam há décadas nos escaninhos do Congresso. A complexidade desse e de outros impostos e contribuições sociais impõe o custo da criação de departamentos grandes de administração tributária. Energias empresariais se voltam à faina de reivindicação de regimes especiais nos lobbies brasilienses. A alocação do capital é distorcida pelos favores concedidos por União, Estados e municípios: benesses estatais, não as condições de mercado, acabam por reger decisões de investimento. Estímulos fiscais dos tempos de bonança precisam ser revertidos em tempos de vacas magras como os atuais. Nesse edifício precário e insalubre de puxadinhos legais ampara-se o sistema tributário brasileiro, causa de ineficiência e de atraso. Dadas a penúria orçamentária, a pequenez e a falta de visão dos governantes, tão cedo não vai se dar cabo dessa barafunda. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Imposto kafkianoEm boa hora, o Supremo Tribunal Federal suspendeu provisoriamente a validade de parte de uma norma que alterou o modo de pagamento do ICMS. O regulamento vinha atazanando, em particular, micro e pequenas empresas dedicadas ao comércio eletrônico. Conforme entendimento dos secretários estaduais de Fazenda, tais empreendimentos deveriam se adequar à determinação, aprovada em 2015 pelo Congresso, de que o imposto devido nas transações de venda pela internet seja partilhado entre o Estado de origem e o de destino das mercadorias. Com isso, as empresas inscritas no Simples, que em circunstâncias normais apenas recolhem ao fisco uma parcela fixa de sua receita, tiveram de gastar tempo e dinheiro em uma rotina kafkiana de impressão de múltiplas guias de pagamento e consulta às tabelas de alíquotas do ICMS, que variam de Estado para Estado. Por pequeno que pareça, o episódio é ilustrativo da instabilidade legal e do inferno burocrático que caracterizam o sistema tributário brasileiro, líder mundial em tarefas exigidas dos contribuintes –para nada falar da carga equivalente a mais de um terço da renda nacional, extravagante para um país emergente. Tributo de maior arrecadação do país e principal fonte de receita dos Estados, o ICMS é alvo contumaz de propostas de reforma que se acumulam há décadas nos escaninhos do Congresso. A complexidade desse e de outros impostos e contribuições sociais impõe o custo da criação de departamentos grandes de administração tributária. Energias empresariais se voltam à faina de reivindicação de regimes especiais nos lobbies brasilienses. A alocação do capital é distorcida pelos favores concedidos por União, Estados e municípios: benesses estatais, não as condições de mercado, acabam por reger decisões de investimento. Estímulos fiscais dos tempos de bonança precisam ser revertidos em tempos de vacas magras como os atuais. Nesse edifício precário e insalubre de puxadinhos legais ampara-se o sistema tributário brasileiro, causa de ineficiência e de atraso. Dadas a penúria orçamentária, a pequenez e a falta de visão dos governantes, tão cedo não vai se dar cabo dessa barafunda. editoriais@grupofolha.com.br
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Presidente da Alerj pede garantias à União para votar teto de gastos no Rio
O presidente da Alerj (Assembleia legislativa do Rio de Janeiro) Jorge Picciani (PMDB) admitiu nesta segunda (26) votar nova proposta de teto nos gastos públicos proposta pelo governo Luiz Fernando Pezão, mas pediu garantias à União de que não serão feitas novas exigências para socorrer o Estado. A nova proposta de teto de gastos foi negociada na sexta (23) entre Pezão e representantes do Judiciário estadual, amenizando os termos do primeiro texto que havia sido rejeitado pela Alerj. A falta de medidas para controlar os gastos vem dificultando a adesão do Rio ao regime de recuperação fiscal dos Estados. De acordo nota publicada pela Alerj, Picciani diz que a nova pode ser colocado em pauta nesta semana. Caso contrário, os deputados podem ser convocados durante o recesso de julho para apreciar a matéria. Segundo ele, a Alerj não será empecilho para o acordo de socorro financeiro. As declarações representam um recuo com relação á posição adotada na semana passada, quando Picciani enviou carta ao líder da bancada governista na Alerj, Edson Albertassi (PMDB), reclamando da abertura de negociações para aprovação do teto. No texto, ele diz que o governador Pezão "incompetente" e não soube negociar o socorro com o governo federal. Na nota divulgada nesta segunda, ele reforçou que considera o teto desnecessário, já que os repasses do governo para os poderes passaram a acompanhar a receita líquida e não o orçamento aprovado. A nova proposta negociada na sexta usa como base para o teto a despesa líquida de 2015, acrescida da inflação daquele ano, que foi de 10,67%. O valor será reajustado pela inflação ou pelo crescimento da receita líquida, o que for menor. A proposta anterior tinha como base a despesa líquida de 2016, quando o Estado já sofria forte impacto da crise econômica. O Rio depende da aprovação do limite de gastos para assinar o acordo, que lhe garante a suspensão do pagamento de dívidas com a União e autorização para pegar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões usando como garantia as ações da Cedae (Companhia Estadual e Água e Esgoto). Com os recursos, o Estado espera pagar salários atrasados.
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Presidente da Alerj pede garantias à União para votar teto de gastos no RioO presidente da Alerj (Assembleia legislativa do Rio de Janeiro) Jorge Picciani (PMDB) admitiu nesta segunda (26) votar nova proposta de teto nos gastos públicos proposta pelo governo Luiz Fernando Pezão, mas pediu garantias à União de que não serão feitas novas exigências para socorrer o Estado. A nova proposta de teto de gastos foi negociada na sexta (23) entre Pezão e representantes do Judiciário estadual, amenizando os termos do primeiro texto que havia sido rejeitado pela Alerj. A falta de medidas para controlar os gastos vem dificultando a adesão do Rio ao regime de recuperação fiscal dos Estados. De acordo nota publicada pela Alerj, Picciani diz que a nova pode ser colocado em pauta nesta semana. Caso contrário, os deputados podem ser convocados durante o recesso de julho para apreciar a matéria. Segundo ele, a Alerj não será empecilho para o acordo de socorro financeiro. As declarações representam um recuo com relação á posição adotada na semana passada, quando Picciani enviou carta ao líder da bancada governista na Alerj, Edson Albertassi (PMDB), reclamando da abertura de negociações para aprovação do teto. No texto, ele diz que o governador Pezão "incompetente" e não soube negociar o socorro com o governo federal. Na nota divulgada nesta segunda, ele reforçou que considera o teto desnecessário, já que os repasses do governo para os poderes passaram a acompanhar a receita líquida e não o orçamento aprovado. A nova proposta negociada na sexta usa como base para o teto a despesa líquida de 2015, acrescida da inflação daquele ano, que foi de 10,67%. O valor será reajustado pela inflação ou pelo crescimento da receita líquida, o que for menor. A proposta anterior tinha como base a despesa líquida de 2016, quando o Estado já sofria forte impacto da crise econômica. O Rio depende da aprovação do limite de gastos para assinar o acordo, que lhe garante a suspensão do pagamento de dívidas com a União e autorização para pegar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões usando como garantia as ações da Cedae (Companhia Estadual e Água e Esgoto). Com os recursos, o Estado espera pagar salários atrasados.
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Caracas tem marcha de mulheres por referendo contra Nicolás Maduro
"Venezuela, corajosa, será libertada!", gritaram mulheres que marcham neste sábado (22), em Caracas, em protesto pela suspensão do processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. "Vamos aparecer nas ruas e lutar pelo revogatório", disse à imprensa Lilian Tintori, mulher do opositor preso Leopoldo López, uma das principais promotoras da mobilização. "Você pode ficar todo dia na fila para comprar comida e, ainda assim, não conseguir o que precisa (...), e o governo bloqueia as soluções para a crise", reclamou Nayiber Bracho, 30, uma das manifestantes, em entrevista à AFP. Convocada por Tintori e por outras lideranças da oposição, como a ex-deputada María Corina Machado, a marcha das "corajosas" saiu de quatro pontos diferentes de Caracas para chegar à estrada Francisco Fajardo, principal artéria da cidade. "Hoje começa uma nova etapa de luta contra a ditadura, a etapa definitiva", disse María Corina. "Vamos fazer valer a maioria que o povo, que nos elegeu, nos deu", afirmou a deputada Gabriela Arellano, em discurso em um dos pontos de concentração para a manifestação deste sábado. Na sexta-feira (22), a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) advertiu que "chegou a hora" de definições no país, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) voltou a adiar a coleta de quatro milhões de assinaturas necessárias para convocar a consulta contra Maduro. Em nome da MUD, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles anunciou ontem uma grande mobilização nacional para a próxima quarta-feira: "Vamos tomar a Venezuela de ponta a ponta". DIÁLOGO Ao suspender o processo para a realização do referendo, o CNE disse "acatar" sentenças judiciais de tribunais regionais que anularam a coleta anterior de assinaturas sob alegação de fraude, após milhares de recursos legais terem sido apresentados por dirigentes do chavismo. Nesse clima, o Parlamento, de maioria opositora, prepara uma sessão especial para este domingo (23), durante a qual promete anunciar medidas concretas contra a paralisação do processo. Em meio a essa nova escalada de tensões, o vice-presidente, Aristóbulo Istúriz, informou que delegados da situação e da oposição vão se reunir em separado, neste fim de semana, com uma missão internacional liderada pelo ex-chefe de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero. O objetivo é conseguir estabelecer um diálogo. Em nota divulgada neste sábado pelo ministério argentino das Relações Exteriores, 12 países da Organização dos Estados Americanos (OEA) mostraram sua preocupação com a suspensão do referendo na Venezuela e pediram ao governo Maduro que encontre caminhos para dialogar. "Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Honduras, Guatemala, México, Peru e Uruguai (...) expressam sua profunda preocupação com a decisão adotada pelo Conselho Nacional Eleitoral da República Bolivariana da Venezuela de adiar o processo de coleta de 20% do padrão eleitoral", denunciou o texto. Na sexta (21), o presidente do Parlamento de maioria opositora, Henry Ramos Allup, anunciou que dirigentes da MUD viajarão para Washington "nos próximos dias" para pedir ao secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que aplique a Carta Democrática Interamericana à Venezuela. O instrumento prevê sanções internacionais no caso de ruptura da ordem democrática.
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Caracas tem marcha de mulheres por referendo contra Nicolás Maduro"Venezuela, corajosa, será libertada!", gritaram mulheres que marcham neste sábado (22), em Caracas, em protesto pela suspensão do processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. "Vamos aparecer nas ruas e lutar pelo revogatório", disse à imprensa Lilian Tintori, mulher do opositor preso Leopoldo López, uma das principais promotoras da mobilização. "Você pode ficar todo dia na fila para comprar comida e, ainda assim, não conseguir o que precisa (...), e o governo bloqueia as soluções para a crise", reclamou Nayiber Bracho, 30, uma das manifestantes, em entrevista à AFP. Convocada por Tintori e por outras lideranças da oposição, como a ex-deputada María Corina Machado, a marcha das "corajosas" saiu de quatro pontos diferentes de Caracas para chegar à estrada Francisco Fajardo, principal artéria da cidade. "Hoje começa uma nova etapa de luta contra a ditadura, a etapa definitiva", disse María Corina. "Vamos fazer valer a maioria que o povo, que nos elegeu, nos deu", afirmou a deputada Gabriela Arellano, em discurso em um dos pontos de concentração para a manifestação deste sábado. Na sexta-feira (22), a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) advertiu que "chegou a hora" de definições no país, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) voltou a adiar a coleta de quatro milhões de assinaturas necessárias para convocar a consulta contra Maduro. Em nome da MUD, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles anunciou ontem uma grande mobilização nacional para a próxima quarta-feira: "Vamos tomar a Venezuela de ponta a ponta". DIÁLOGO Ao suspender o processo para a realização do referendo, o CNE disse "acatar" sentenças judiciais de tribunais regionais que anularam a coleta anterior de assinaturas sob alegação de fraude, após milhares de recursos legais terem sido apresentados por dirigentes do chavismo. Nesse clima, o Parlamento, de maioria opositora, prepara uma sessão especial para este domingo (23), durante a qual promete anunciar medidas concretas contra a paralisação do processo. Em meio a essa nova escalada de tensões, o vice-presidente, Aristóbulo Istúriz, informou que delegados da situação e da oposição vão se reunir em separado, neste fim de semana, com uma missão internacional liderada pelo ex-chefe de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero. O objetivo é conseguir estabelecer um diálogo. Em nota divulgada neste sábado pelo ministério argentino das Relações Exteriores, 12 países da Organização dos Estados Americanos (OEA) mostraram sua preocupação com a suspensão do referendo na Venezuela e pediram ao governo Maduro que encontre caminhos para dialogar. "Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Honduras, Guatemala, México, Peru e Uruguai (...) expressam sua profunda preocupação com a decisão adotada pelo Conselho Nacional Eleitoral da República Bolivariana da Venezuela de adiar o processo de coleta de 20% do padrão eleitoral", denunciou o texto. Na sexta (21), o presidente do Parlamento de maioria opositora, Henry Ramos Allup, anunciou que dirigentes da MUD viajarão para Washington "nos próximos dias" para pedir ao secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que aplique a Carta Democrática Interamericana à Venezuela. O instrumento prevê sanções internacionais no caso de ruptura da ordem democrática.
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Veja os lançamentos da área jurídica em destaque nesta semana
A Folha seleciona semanalmente sugestões de livros jurídicos. Confira os destaques: * O CORPO É O CÓDIGO Autores Mariana G. Valente, Natália Neris, Juliana P. Ruiz e Lucas Bulgarelli Editora InternetLAB / (11) 8980-8674 Quanto gratuito (199 págs.) O subtítulo precisa o conteúdo do livro digital: "estratégias jurídicas de enfrentamento do revenge porn no Brasil". É uma análise teórico-empírica refinada sobre a violência de gênero na internet. Vários métodos de pesquisa são utilizados. Altamente recomendado. - POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS Autora Tatiana Barreto Serra Editora Verbatim / (11) 5533-0692 Quanto R$ 69 (254 págs.) O subtítulo sugere uma análise interdisciplinar ("gestão econômica, responsável e ambientalmente adequada"). A autora explora, criticamente e minuciosamente, o tratamento jurídico de resíduos sólidos pela Lei 12.305/2010. O tema é relevante. Leitura para profissionais e interessados. - PENAS ALTERNATIVAS - TEORIA E PRÁTICA Autor Jamil Chaim Alves Editora Del Rey / (31) 3273-2971 Quanto R$ 126 (352 págs.) A obra trata da legislação sobre cárcere e da reestruturação do sistema de penas alternativas, com destaque para seu histórico. O autor identifica medidas aplicadas e executadas. Ele ainda constrói uma crítica que relaciona regra abstrata e sua aplicação concreta. Leitura interessante. - COMENTÁRIOS À LEI DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Autores Daniel M. da Rocha e José Paulo Baltazar Junior Editora Atlas / (11) 5080-0770 Quanto R$ 184 (872 págs.) É um manual de fácil consulta, que apresenta anotações para cada artigo. Há identificação do contexto histórico da regra e sua relação com princípios, referências a normas correlatas e decisões judiciais relevantes. Prático.
cotidiano
Veja os lançamentos da área jurídica em destaque nesta semanaA Folha seleciona semanalmente sugestões de livros jurídicos. Confira os destaques: * O CORPO É O CÓDIGO Autores Mariana G. Valente, Natália Neris, Juliana P. Ruiz e Lucas Bulgarelli Editora InternetLAB / (11) 8980-8674 Quanto gratuito (199 págs.) O subtítulo precisa o conteúdo do livro digital: "estratégias jurídicas de enfrentamento do revenge porn no Brasil". É uma análise teórico-empírica refinada sobre a violência de gênero na internet. Vários métodos de pesquisa são utilizados. Altamente recomendado. - POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS Autora Tatiana Barreto Serra Editora Verbatim / (11) 5533-0692 Quanto R$ 69 (254 págs.) O subtítulo sugere uma análise interdisciplinar ("gestão econômica, responsável e ambientalmente adequada"). A autora explora, criticamente e minuciosamente, o tratamento jurídico de resíduos sólidos pela Lei 12.305/2010. O tema é relevante. Leitura para profissionais e interessados. - PENAS ALTERNATIVAS - TEORIA E PRÁTICA Autor Jamil Chaim Alves Editora Del Rey / (31) 3273-2971 Quanto R$ 126 (352 págs.) A obra trata da legislação sobre cárcere e da reestruturação do sistema de penas alternativas, com destaque para seu histórico. O autor identifica medidas aplicadas e executadas. Ele ainda constrói uma crítica que relaciona regra abstrata e sua aplicação concreta. Leitura interessante. - COMENTÁRIOS À LEI DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Autores Daniel M. da Rocha e José Paulo Baltazar Junior Editora Atlas / (11) 5080-0770 Quanto R$ 184 (872 págs.) É um manual de fácil consulta, que apresenta anotações para cada artigo. Há identificação do contexto histórico da regra e sua relação com princípios, referências a normas correlatas e decisões judiciais relevantes. Prático.
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Emenda de Cunha beneficiou doador de Michel Temer, diz jornal
Emenda apresentada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a uma medida provisória de 2012 que estabeleceu novas regras para a gestão dos portos no país favoreceu um doador de campanha do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), segundo o jornal "O Estado de S.Paulo". A medida autorizava a renovação de contratos de exploração de terminais portuários por empresas privadas em troca de novos investimentos, mas vetava a possibilidade a concessionários que estivessem inadimplentes com o governo. Uma emenda apresentada por Cunha, aprovada pelo Congresso e sancionada por Dilma abriu a possibilidade de empresas devedoras dirimirem seus débitos por meio de um procedimento de arbitragem não-judicial, passando a ter direito à renovação. Segundo o jornal, a mudança favoreceu o Grupo Libra, arrendatário de uma área no Porto de Santos e que tinha uma dívida, questionada na Justiça, de mais de R$ 500 milhões com o governo. A concessão do grupo empresarial foi renovada em setembro de 2015 pelo então ministro da Secretaria de Portos, Edinho Araújo (PMDB), aliado de Temer. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, dois membros do conselho de administração do Libra, Ana Carolina Torrealba Affonso e Rodrigo Torrealba doaram, cada um, R$ 500 mil ao diretório nacional do PMDB em 2014. OUTRO LADO Ao "Estado de S. Paulo", Temer e Araújo negaram que a renovação da concessão do Grupo Libra tenha relação com a doação eleitoral e descartaram a hipótese de favorecimento à empresa. A assessoria de Temer afirmou que ele não recebeu os recursos da doação e que a verba foi direcionada a 12 candidatos a deputado e um diretório estadual do PMDB. Ao jornal, o Grupo Libra negou estar inadimplente com a União e que o processo de arbitragem está relacionado a "débitos e créditos de parte a parte –Libra Terminal e Companhia das Docas do Estado de São Paulo". Cunha disse que não se manifestaria sobre o caso.
poder
Emenda de Cunha beneficiou doador de Michel Temer, diz jornalEmenda apresentada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a uma medida provisória de 2012 que estabeleceu novas regras para a gestão dos portos no país favoreceu um doador de campanha do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), segundo o jornal "O Estado de S.Paulo". A medida autorizava a renovação de contratos de exploração de terminais portuários por empresas privadas em troca de novos investimentos, mas vetava a possibilidade a concessionários que estivessem inadimplentes com o governo. Uma emenda apresentada por Cunha, aprovada pelo Congresso e sancionada por Dilma abriu a possibilidade de empresas devedoras dirimirem seus débitos por meio de um procedimento de arbitragem não-judicial, passando a ter direito à renovação. Segundo o jornal, a mudança favoreceu o Grupo Libra, arrendatário de uma área no Porto de Santos e que tinha uma dívida, questionada na Justiça, de mais de R$ 500 milhões com o governo. A concessão do grupo empresarial foi renovada em setembro de 2015 pelo então ministro da Secretaria de Portos, Edinho Araújo (PMDB), aliado de Temer. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, dois membros do conselho de administração do Libra, Ana Carolina Torrealba Affonso e Rodrigo Torrealba doaram, cada um, R$ 500 mil ao diretório nacional do PMDB em 2014. OUTRO LADO Ao "Estado de S. Paulo", Temer e Araújo negaram que a renovação da concessão do Grupo Libra tenha relação com a doação eleitoral e descartaram a hipótese de favorecimento à empresa. A assessoria de Temer afirmou que ele não recebeu os recursos da doação e que a verba foi direcionada a 12 candidatos a deputado e um diretório estadual do PMDB. Ao jornal, o Grupo Libra negou estar inadimplente com a União e que o processo de arbitragem está relacionado a "débitos e créditos de parte a parte –Libra Terminal e Companhia das Docas do Estado de São Paulo". Cunha disse que não se manifestaria sobre o caso.
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Após 12 anos, presidente da Fundação Casa deixa cargo em São Paulo
Após 12 anos no cargo, a procuradora Berenice Giannella não é mais a presidente da Fundação Casa de São Paulo. A saída dela foi confirmada na noite desta quarta-feira (5) pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), que elogiou o trabalho de Berenice, mas não explicou os motivos da não recondução. Em nota, o Palácio dos Bandeirantes disse que a agora ex-presidente "conclui seu mandato à frente da Fundação Casa, depois de 12 anos de exitosa gestão e inegáveis conquistas no trabalho de socioeducação e de estruturação da Fundação." Ainda segundo a nota, a fundação será presidida pelo pelo secretário de Justiça e Defesa da Cidadania, Márcio Elias Rosa, que "dará continuidade a todas as ações em curso e a Fundação." Segundo a Folha apurou, Berenice já tinha a intenção de deixar a presidência da Fundação Casa, mas não gostou da forma como a sua saída foi conduzida pelo governo Alckmin. Teria deixado a unidade sem se despedir dos colegas de trabalho. Pessoas que tiveram contato com ela anteriormente afirmam Berenice tinha a expectativa de ser convidada para ocupar outro posto na administração estadual, até como reconhecimento de seu serviço prestado. Dizem que seria o esperado diante do fato de ela ter "segurado o rojão" por mais de uma década. Berenice assumiu a instituição em 9 de junho de 2005, após conturbada administração de Alexandre de Moraes, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal. Conseguiu reduzir o número de rebeliões, de um patamar de 80 por ano para cerca de cinco. Também teria recebido uma instituição com problemas financeiros e conseguido equilibrar as contas. Nos últimos meses, porém, a Fundação Casa registrou fugas de internos e até resgate de adolescentes na unidade de Guaianases, na zona leste. Também há reclamações de superlotação de algumas unidades no Estado, que chegaram a recusar internações determinadas pela Justiça.
cotidiano
Após 12 anos, presidente da Fundação Casa deixa cargo em São PauloApós 12 anos no cargo, a procuradora Berenice Giannella não é mais a presidente da Fundação Casa de São Paulo. A saída dela foi confirmada na noite desta quarta-feira (5) pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), que elogiou o trabalho de Berenice, mas não explicou os motivos da não recondução. Em nota, o Palácio dos Bandeirantes disse que a agora ex-presidente "conclui seu mandato à frente da Fundação Casa, depois de 12 anos de exitosa gestão e inegáveis conquistas no trabalho de socioeducação e de estruturação da Fundação." Ainda segundo a nota, a fundação será presidida pelo pelo secretário de Justiça e Defesa da Cidadania, Márcio Elias Rosa, que "dará continuidade a todas as ações em curso e a Fundação." Segundo a Folha apurou, Berenice já tinha a intenção de deixar a presidência da Fundação Casa, mas não gostou da forma como a sua saída foi conduzida pelo governo Alckmin. Teria deixado a unidade sem se despedir dos colegas de trabalho. Pessoas que tiveram contato com ela anteriormente afirmam Berenice tinha a expectativa de ser convidada para ocupar outro posto na administração estadual, até como reconhecimento de seu serviço prestado. Dizem que seria o esperado diante do fato de ela ter "segurado o rojão" por mais de uma década. Berenice assumiu a instituição em 9 de junho de 2005, após conturbada administração de Alexandre de Moraes, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal. Conseguiu reduzir o número de rebeliões, de um patamar de 80 por ano para cerca de cinco. Também teria recebido uma instituição com problemas financeiros e conseguido equilibrar as contas. Nos últimos meses, porém, a Fundação Casa registrou fugas de internos e até resgate de adolescentes na unidade de Guaianases, na zona leste. Também há reclamações de superlotação de algumas unidades no Estado, que chegaram a recusar internações determinadas pela Justiça.
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Mais ardilosa e realista, 'House of Cards' volta com Frank sob pressão
Frank Underwood conseguiu o que queria. Chegar ao poder, porém, é mais fácil do que se manter nele, e isso o protagonista escroque do drama político "House of Cards" aprenderá a contragosto na terceira temporada da série, que o Netflix colocou inteira no ar nesta sexta (27). Azar de Frank (Kevin Spacey, já consagrado por este trabalho), sorte do espectador. Ao mostrar a vulnerabilidade do personagem, até então um anti-herói ambicioso e invencível, o enredo expõe as origens shakespereanas e ganha em profundidade, sutileza e verossimilhança. A nova temporada começa com Frank onde ele sempre quis estar, na Casa Branca, acompanhado da cúmplice Claire (a espetacular Robin Wright). Ao contrário do que esperava, ele não é um presidente amado -seus índices de popularidade são deploráveis- e muito menos temido -seus adversários o tratam como mero tapa-buraco. A pressão vem de todos os lados: da oposição republicana; do próprio partido Democrata; da Rússia (com direito a participação da banda de protesto Pussy Riot); de uma primeira-dama cujas ambições ainda não foram saciadas; de ex-aliados e até de sua consciência (sim, há uma) e de uma suposta força divina. Ninguém tem fé em Frank. Em uma lista de melhores séries sobre Washington feita pela revista política "Foreign Affairs", "House of Cards" ocupou o terceiro lugar, mas recebeu nota cinco no quesito precisão, atrás da comédia "Veep". Esse presidente acuado que protagoniza a nova temporada, assombrado por um Congresso arredio que de tempos em tempos torna o país ingovernável e pelo decorrente temor de não deixar legado nenhum, aproxima a ficção da realidade (esforço selado pela participação de estrelas do jornalismo americano). Um Frank apequenado também dá chance para que outros cresçam. Claire, que roubava parte das cenas, se mostra a personagem mais imprevisível, seduzindo, manipulando e, quem diria, perdendo o controle. Uma nova rival torna a sobrevivência dos Underwood muito mais incerta. Até as novas repórteres fictícias, Ayla (Mozhan Marnò) e Kate (Kim Dickens, a policial de "Garota Exemplar"), redimem a profissão da deplorável Zoe (Kate Mara, atriz ruim para personagem péssima). Mas é Doug (Michael Kelly), o leal chefe de gabinete e capanga-mor de Frank, a melhor das surpresas. Amargurado pelas limitações físicas e psicológicas trazidas pelos incidentes da última temporada, Doug é um caldo de ressentimento que esquenta aos poucos, alimentado pela falta de apreço do ex-patrão, por seu talento para atividades políticas escusas e pela obsessão pela prostituta Rachel (Rachel Posner), além de algum álcool. Se explodir (a Folha só teve acesso antecipado aos seis primeiros episódios até a conclusão desta coluna), Frank Underwood pode se ver diante do medo maior de qualquer político: ser ofuscado.
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Mais ardilosa e realista, 'House of Cards' volta com Frank sob pressãoFrank Underwood conseguiu o que queria. Chegar ao poder, porém, é mais fácil do que se manter nele, e isso o protagonista escroque do drama político "House of Cards" aprenderá a contragosto na terceira temporada da série, que o Netflix colocou inteira no ar nesta sexta (27). Azar de Frank (Kevin Spacey, já consagrado por este trabalho), sorte do espectador. Ao mostrar a vulnerabilidade do personagem, até então um anti-herói ambicioso e invencível, o enredo expõe as origens shakespereanas e ganha em profundidade, sutileza e verossimilhança. A nova temporada começa com Frank onde ele sempre quis estar, na Casa Branca, acompanhado da cúmplice Claire (a espetacular Robin Wright). Ao contrário do que esperava, ele não é um presidente amado -seus índices de popularidade são deploráveis- e muito menos temido -seus adversários o tratam como mero tapa-buraco. A pressão vem de todos os lados: da oposição republicana; do próprio partido Democrata; da Rússia (com direito a participação da banda de protesto Pussy Riot); de uma primeira-dama cujas ambições ainda não foram saciadas; de ex-aliados e até de sua consciência (sim, há uma) e de uma suposta força divina. Ninguém tem fé em Frank. Em uma lista de melhores séries sobre Washington feita pela revista política "Foreign Affairs", "House of Cards" ocupou o terceiro lugar, mas recebeu nota cinco no quesito precisão, atrás da comédia "Veep". Esse presidente acuado que protagoniza a nova temporada, assombrado por um Congresso arredio que de tempos em tempos torna o país ingovernável e pelo decorrente temor de não deixar legado nenhum, aproxima a ficção da realidade (esforço selado pela participação de estrelas do jornalismo americano). Um Frank apequenado também dá chance para que outros cresçam. Claire, que roubava parte das cenas, se mostra a personagem mais imprevisível, seduzindo, manipulando e, quem diria, perdendo o controle. Uma nova rival torna a sobrevivência dos Underwood muito mais incerta. Até as novas repórteres fictícias, Ayla (Mozhan Marnò) e Kate (Kim Dickens, a policial de "Garota Exemplar"), redimem a profissão da deplorável Zoe (Kate Mara, atriz ruim para personagem péssima). Mas é Doug (Michael Kelly), o leal chefe de gabinete e capanga-mor de Frank, a melhor das surpresas. Amargurado pelas limitações físicas e psicológicas trazidas pelos incidentes da última temporada, Doug é um caldo de ressentimento que esquenta aos poucos, alimentado pela falta de apreço do ex-patrão, por seu talento para atividades políticas escusas e pela obsessão pela prostituta Rachel (Rachel Posner), além de algum álcool. Se explodir (a Folha só teve acesso antecipado aos seis primeiros episódios até a conclusão desta coluna), Frank Underwood pode se ver diante do medo maior de qualquer político: ser ofuscado.
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