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Convênio para formação profissional no PR pagou até luz de casa na praia
Um convênio do Ministério do Trabalho destinado a formar milhares de jovens de Curitiba em cursos profissionalizantes foi apontado como irregular pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e pode gerar a devolução de R$ 10 milhões em dinheiro público. As prestações de contas de uma das ONGs responsáveis foram consideradas "caóticas". A verba federal, segundo o TCU, serviu como capital de giro para a organização, e em alguns contratos nada se executou. Entre as notas apresentadas pela Associação Reimer, estão, por exemplo, contas de luz de um apartamento na praia de Boa Viagem, no Recife, a mais de 3.000 km de distância de Curitiba. O TCU achou ainda tíquetes de pedágio de Santa Catarina, anúncios numa rádio de outro Estado (no RS) e notas de prestação de serviço com descrição vaga, no valor de até R$ 800 mil. "Há desordem administrativa e ambiente caracterizado pelo improviso amadorístico", diz o relatório do TCU. A Reimer chegou a contratar uma empresa de propriedade do seu ex-presidente para executar parte do serviço. Ela recebeu R$ 1,5 milhão. Das 7.000 vagas ofertadas, as empresas dizem que 5.700 alunos concluíram o curso. Contatados pela Prefeitura de Curitiba, porém, parte deles afirmou que nem iniciou as aulas, ou que desistiu. As aulas integravam o Projovem, do Ministério do Trabalho, programa para qualificação e inserção de jovens no mercado que existe desde 2007. O objetivo era formar 1,5 milhão de profissionais em quatro anos. No TCU, há pelo menos 66 processos que investigam indícios de irregularidades no Projovem pelo país. O Ministério do Trabalho afirma que vai instituir novas regras para o programa este ano, como a integração ao sistema nacional de convênios e a criação de um portal da transparência do Projovem. O órgão não soube dizer quantos já se formaram no programa desde seu lançamento. 'LAVAJOVEM' O convênio em Curitiba foi firmado em 2010, durante a gestão do prefeito Luciano Ducci (PSB). Há pouco mais de um mês, a prefeitura foi inquirida a apresentar mais notas que comprovem as despesas, sob pena de devolver o valor integral do repasse, de R$ 10 milhões –mais que o orçamento anual da Secretaria do Trabalho, de R$ 7 milhões. Técnicos municipais que analisaram o caso o chamam, internamente, de "Lavajovem" e "Projato", em referência à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, em curso também em Curitiba. A atual gestão pretende pedir na Justiça a responsabilização dos antigos gestores e da ONG, a fim de ser ressarcida, e enviou a documentação ao Ministério Público, para que sejam apurados crimes contra a administração. O secretário de Trabalho de Curitiba na época, Paulo Bracarense, nega irregularidades. Em nota, afirmou que houve uma "fiscalização rigorosa" do convênio, e que muitas notas foram glosadas e serviços foram refeitos. Também ressalta que as prestações parciais de contas foram aprovadas pelo Ministério do Trabalho, o que evidencia "a boa condução do programa". O ministério informou que as contas do convênio continuam em análise. Os representantes da Associação Reimer não foram localizados pela reportagem. A outra empresa responsável pelo convênio, a Sociesc, se comprometeu a apresentar notas complementares que justifiquem a prestação de contas.
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Convênio para formação profissional no PR pagou até luz de casa na praiaUm convênio do Ministério do Trabalho destinado a formar milhares de jovens de Curitiba em cursos profissionalizantes foi apontado como irregular pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e pode gerar a devolução de R$ 10 milhões em dinheiro público. As prestações de contas de uma das ONGs responsáveis foram consideradas "caóticas". A verba federal, segundo o TCU, serviu como capital de giro para a organização, e em alguns contratos nada se executou. Entre as notas apresentadas pela Associação Reimer, estão, por exemplo, contas de luz de um apartamento na praia de Boa Viagem, no Recife, a mais de 3.000 km de distância de Curitiba. O TCU achou ainda tíquetes de pedágio de Santa Catarina, anúncios numa rádio de outro Estado (no RS) e notas de prestação de serviço com descrição vaga, no valor de até R$ 800 mil. "Há desordem administrativa e ambiente caracterizado pelo improviso amadorístico", diz o relatório do TCU. A Reimer chegou a contratar uma empresa de propriedade do seu ex-presidente para executar parte do serviço. Ela recebeu R$ 1,5 milhão. Das 7.000 vagas ofertadas, as empresas dizem que 5.700 alunos concluíram o curso. Contatados pela Prefeitura de Curitiba, porém, parte deles afirmou que nem iniciou as aulas, ou que desistiu. As aulas integravam o Projovem, do Ministério do Trabalho, programa para qualificação e inserção de jovens no mercado que existe desde 2007. O objetivo era formar 1,5 milhão de profissionais em quatro anos. No TCU, há pelo menos 66 processos que investigam indícios de irregularidades no Projovem pelo país. O Ministério do Trabalho afirma que vai instituir novas regras para o programa este ano, como a integração ao sistema nacional de convênios e a criação de um portal da transparência do Projovem. O órgão não soube dizer quantos já se formaram no programa desde seu lançamento. 'LAVAJOVEM' O convênio em Curitiba foi firmado em 2010, durante a gestão do prefeito Luciano Ducci (PSB). Há pouco mais de um mês, a prefeitura foi inquirida a apresentar mais notas que comprovem as despesas, sob pena de devolver o valor integral do repasse, de R$ 10 milhões –mais que o orçamento anual da Secretaria do Trabalho, de R$ 7 milhões. Técnicos municipais que analisaram o caso o chamam, internamente, de "Lavajovem" e "Projato", em referência à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, em curso também em Curitiba. A atual gestão pretende pedir na Justiça a responsabilização dos antigos gestores e da ONG, a fim de ser ressarcida, e enviou a documentação ao Ministério Público, para que sejam apurados crimes contra a administração. O secretário de Trabalho de Curitiba na época, Paulo Bracarense, nega irregularidades. Em nota, afirmou que houve uma "fiscalização rigorosa" do convênio, e que muitas notas foram glosadas e serviços foram refeitos. Também ressalta que as prestações parciais de contas foram aprovadas pelo Ministério do Trabalho, o que evidencia "a boa condução do programa". O ministério informou que as contas do convênio continuam em análise. Os representantes da Associação Reimer não foram localizados pela reportagem. A outra empresa responsável pelo convênio, a Sociesc, se comprometeu a apresentar notas complementares que justifiquem a prestação de contas.
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Veja atrações que ficam próximas às salas da Mostra Internacional de Cinema
LUIZA WOLF MARIANA MARINHO DE SÃO PAULO Desde quinta (22) até 4/11, a cidade recebe 312 filmes que integram a Mostra Internacional de Cinema. A programação completa do evento, mais destaques e apostas dos críticos você pode consultar em folha.com/39mostra. Como cinema não combina só com pipoca, este "Guia" te ajuda a casar as sessões a outros passeios gastronômicos e culturais. A ideia é explorar os entornos das 13 principais salas de cinema que participam da Mostra —ao todo são 22. A maioria das opções fica bem pertinho dos espaços. Depois de um filme na Biblioteca Mário de Andrade, por exemplo, dá para caminhar 300 m e conhecer a Casa do Porco, novo bar de Jefferson Rueda. Se a ideia é pegar mais de uma sessão por dia, você pode ir a lugares que ficam entre uma sala e outra. A região da Consolação, que concentra o Cinearte, o CineSesc e o Caixa Belas Artes, oferece fast foods, restaurantes de chefes estrelados e até almoço em uma vila. Por fim, fique de olho: aproveitamos para relembrar e indicar algumas de nossas apostas entre os filmes da Mostra. Colaboraram: Aline Pellegrini, Amanda Nogueira, Fabiana Seragusa, Gabriela Valdanha, Maria Cortez e Wesley Klimpel - CINESALA Considerada a mais confortável sala da cidade pela avaliação feita em 2015 pelo "Guia", a Cinesala fica bem perto do bairro mais boêmio de São Paulo, a Vila Madalena, além de estar a dois minutos de caminhada da badalada e cheia de atrações rua dos Pinheiros. Mas não é preciso ir tão longe. Cinesala - r. Fradique Coutinho, 361, Pinheiros, tel. 5096-0585 Atravesse a rua Para não perder tempo, aposte no Chá Yê. É uma descontraída casa de chás inaugurada em 2015 e decorada com fotografias de viagens dos proprietários. Tem comidinhas de rua chinesas, como sanduíche de carne de porco, e opções vegetarianas. Chá Yê - r. Fradique Coutinho, 344, tel. 3360-7003. Ter. a qui.: 12h às 20h. Sex. e sáb.: 12h às 17h. * Vire à direita Se você estiver de frente para o cinema, olhando para ele, vire à direita e ande, pela mesma calçada. Em dez metros, há a Padaria Sensação, boa para um expresso. Uns 80 m depois, procure pela Doce & Cia., uma lanchonete simples comandada por uma família japonesa. Apesar do nome, é a coxinha de frango com Catupiry (R$ 3,90), pequena e saborosa, a grande pedida. Se preferir, atravessando a rua tem uma loja do famoso Pastel da Maria: o de carne e o de queijo custam R$ 5,50 cada, mas há vários outros sabores. Padaria Sensação - r. Teodoro Sampaio, 1.861, tel.: 3689-7055. Todos os dias: 6h às 22h. Doce & Cia. - r. Fradique Coutinho, 527, tel. 3819-5921. Seg. a sex.: 7h30 às 22h30. Sáb.: 7h30 às 21h. Pastel da Maria - r. Fradique Coutinho, 580, tel. 2373-7071. Seg. a sex.: 11h às 20h. Sáb.: 11h às 18h. * Vire à esquerda No sentido oposto, descendo a rua, há uma ótima sequência gastronômica. Menos de 100 m abaixo, na esquina com a rua Artur de Azevedo, há o Pastifício Primo, que, além dos produtos para levar para a casa, oferece massas para serem saboreadas ali mesmo, em balcões e bancos dispostos na calçada. Desça mais um pouquinho e encontre o restaurante Miya (palavra que significa "Templo"). É lá que o chef Flávio Miyamura mostra sua cozinha contemporânea, que flerta com a japonesa. Pastifício Primo - r. Fradique Coutinho, 211, tel. 3881-9080. Seg. a sáb.: 9h às 21h. Dom.: 9h às 15h. Miya - r. Fradique Coutinho, 47, tel. 2359-8760. 48 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sex.: 12h às 15h e 19h à 0h30. Sáb.: 13h às 16h e 20h à 0h30. Dom.: 13h às 17h. * Dê a volta no quarteirão Na rua Mourato Coelho, há duas opções para matar a fome. Antes ou depois da sessão, o Escondidinho da Amada tem boas versões da receita que traz no nome da casa (de R$ 21,90 a R$ 49,90 para duas pessoas). Ao lado, fica o Jaber, tradicional casa árabe que serve pratos e ótimos salgados, como os quibes e as esfirras (abertas e fechadas). Escondidinho da Amada - r. Mourato Coelho, 379, tel. 2306-1566. Seg. a qua.: 11h às 22h. Qui. e sex.: 11h às 23h30. Sáb.: 11h às 18h. Jaber - r. Mourato Coelho, 383, tel. 3068-9929. Seg. a sáb.: 9h às 22h. * E mais... Cine + Meditação É menos usual, mas quem estiver a fim pode visitar o Centro de Meditação Kadampa Mahabodhi, onde é possível assistir a aulas avulsas de meditação e budismo moderno, voltada para leigos e praticantes. Não precisa de agendamento prévio, basta ligar antes para saber a programação. R. Artur de Azevedo, 1.360, tel. 3476-2328. Seg. a sex.: 14h às 20h. Sáb. e dom.: 14h às 18h. * Dicas do que ver na Cinesala "Bridgend" - longa dinamarquês que é um dos destaques do Foco Nórdico - 23/10. 16h "Son of Saul" - vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes - 23/10. 18h "As Mil e Uma Noites: Volume 2, o Desolado" - escolhido de Portugal para disputar uma vaga no Oscar 2016 - 24/10. 14h - CINEARTE, CINESESC E CAIXA BELAS ARTES As salas ficam próximas às estações Consolação e Paulista do metrô. Além de aproveitar os filmes nos três espaços, o público pode curtir várias outras atrações no meio do caminho. Cinearte - av. Paulista, 2.073, Cerqueira César, tel. 3285-3696 CineSesc - r. Augusta, 2.075, Cerqueira César, tel. 3087-0500 Caixa Belas Artes - r. da Consolação, 2.423, Consolação, tel. 2894-5781 Vire à direita Se estiver no Cinearte e quiser comer algo rapidamente antes ou depois da sessão, saia pela porta da rua Augusta e desça a via em direção aos Jardins. Ali, há três fast foods na sequência -que apostam em hambúrgueres, esfirras e lanches: McDonald's, logo na esquina, Habib's e Subway, no próximo quarteirão. McDonald's - r. Augusta, 1.856. Seg. a sex.: 6h30 às 22h. Dom.: 11h às 18h. Habib's - r. Augusta, 1.894. Seg. a dom.: 24 horas. Subway - r. Augusta, 1.966. Seg. a dom.: 11h às 23h. * Continue descendo Depois de assistir a um dos longas da Mostra no CineSesc, siga descendo a rua Augusta. Para estender a noite, a Sensorial Discos fica a cerca de 300 m. É uma loja de vinil, mas faz as vezes de bar e café. Nesta sexta (23), tem show de Amanticidades e Devonts a partir das 20h30. Siga por mais 150 m para aproveitar a Villa San Pietro. É um local escondido onde dá para comer pratos de sotaque francês do Bistrot de Paris e provar os docinhos da Ópera Ganache. Gostou da ideia de descobrir vilinhas? Ande mais 15 minutos (também na descida) para chegar à Villa Mercato. Não hesite em provar as guloseimas e os crepes salgados da doceria Le Petit Nicolas nas mesinhas ao ar livre. Sensorial Discos - r. Augusta, 2.389, tel. 3333-1914. Seg. e ter.: 11h30 às 20h30. Qua. a sáb.: 11h às 24h. Villa San Pietro - r. Augusta, 2542. Bistrot de Paris. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h. Dom.: 12h às 16h. Sáb.: 12h30 às 16h e 19h30 às 24h. Ópera Ganache. Ter. a sáb.: 11h às 20h. Villa Mercato - r. Peixoto Gomide, 1801. Le Petit Nicolas. Seg a sáb.: 10h às 19h. * Atravesse a rua Saindo do Caixa Belas Artes, atravesse a rua se quiser provar drinques no balcão do Riviera Bar, que tem menu assinado por Alex Atala. Se a ideia é beber sem firulas, a Frutaria Paulista fica a 300 metros e oferece lanches e sucos naturais. Riviera Bar - av. Paulista, 2.584. Bar: seg. a qua. e dom.: 12h às 24h. Qui. a sáb.: 12h às 4h. Frutaria Paulista - r. Minas Gerais, 316. Seg. a dom.: 24 horas. * E Mais... O que fazer no Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073) "A Alma Imoral" - A peça, em cartaz no Teatro Eva Herz, é uma adaptação do livro homônimo de Nilton Bonder. Tito Martino Jazz Band - O grupo na série Jazz ao Meio Dia, na Livraria Cultura. Ter. (27): 12h30. R$ 20. 60 min. Entrada por ordem de chegada. "Um Olhar Sobre a Terra" - A artista plástica Cecília Leal exibe 20 quadros Até 31/10. GRÁTIS * Dicas do que ver nas salas Cinearte "Chronic" - vencedor do prêmio de roteiro no Festival de Cannes - 23/10. 17h15 CineSesc "O Rei da Comédia" - longa de Martin Scorsese, com Robert De Niro e Jerry Lewis - 28/10. 15h Caixa Belas Artes "Ralé" - longa da brasileira Helena Ignez - 25/10. 20h10 - ESPAÇOS ITAÚ DE CINEMA Em 2015, o Espaço Itaú de Cinema da rua Frei Caneca foi considerado pelo "Guia" o detentor da melhor programação da cidade. Ele fica a 750 metros da unidade da Augusta, que tem dois ambientes na rua, um em frente ao outro. Espaço Itaú de Cinema Augusta - r. Augusta, 1470 e 1475, Consolação, tel. 3288-6780 e 4564-7503 Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca - r. Frei Caneca, 569, 3º piso, Consolação, tel. 3472-2368 - Estender a noite Para que o passeio não termine no Espaço Itaú de Cinema da rua Frei Caneca, caminhe 300 m até o Barão de Itararé. O bar é boa pedida para tomar uma cerveja num lugar mais ajeitadinho do que os endereços da região. Mais descolado, o Z Carniceria fica a 500 metros. Não vá embora sem provar as coxinhas cremosas. Barão de Itararé - r. Peixoto Gomide, 155. Seg. a sex.: a partir das 18h. Sáb. e dom.: a partir das 17h. Z Carniceria - r. Augusta, 934. Ter. a qui.: 19h à 1h. Sex. a sáb.: 19h às 2h. Dom.: 19h às 24h. * Teatro e cerveja Numa tacada só, dá para aproveitar cinema, teatro e cervejinha com os amigos. A cerca de 600 m do Espaço Itaú de Cinema da rua Frei Caneca, o Club Noir exibe "O Balcão". A montagem é uma adaptação de Roberto Alvim da obra do dramaturgo francês Jean Genet. Ainda mais perto, a 220 m, o Cemitérios de Automóveis apresenta "O Canal", texto do americano Gary Richards com direção de Mário Bortolotto. Club Noir - r. Augusta, 331. Sex.: 21h. Sáb.: 19h e 21h. Dom.: 20h. Até 1º/11. Ingr.: R$ 20. Teatro e Bar Cemitério de Automóveis - r. Frei Caneca, 384. Qua. e qui.: 21h30. Até 1º/11. Ingr.: R$ 30 * Logo ao lado A Taquería La Sabrosa divide parede com o complexo da Augusta. Investe em comidinhas mexicanas como os tacos. É uma boa para matar a fome depois da meia-noite: às sextas e aos sábados fica aberta até as 2h. Taquería La Sabrosa - r. Augusta, 1.474. Seg. a qui. e dom.: 12h às 24h. Sex.: 12h às 2h. Sáb.: 13h às 2h. * Menos de cem metros A sessão acabou, mas quer conversar sobre o filme num lugar mais tranquilo? O Urbe Café Bar, a 63 m do Espaço Itaú de Cinema da rua Augusta, é boa pedida. Tem mesinhas na calçada e poltronas no salão. O menu oferece pratos, como o ravióli de mozarela de búfala (R$ 25), além de aperitivos, tábuas de frios, cervejas, drinques e cafés. Também boa opção para papos mais reservados, o Sancho tem culinária espanhola e clima romântico —fica a 54 m da sala. Experimente a jarra de sangria com as tapas do dia. Urbe Café Bar - r. Antônio Carlos, 404. Seg.: 12h à 0h30. Ter. a qui.: 9h à 0h30. Sex. e sáb.: 9h às 3h. Dom.: 9h à 0h30. Sancho Bar y Tapas - r. Augusta, 1.415. Seg. a qua.: 11h30 às 24h. Qui.: 11h30 à 1h. Sex.: 11h30 às 3h. Sáb.: 12h às 3h. Dom.: 17h30 às 24h. * E Mais... Cine + Compras Além de comer, beber e papear, também dá para fazer compras na Endossa, a menos de cem metros do cinema. A loja colaborativa vive apinhada de gente em busca de óculos, acessórios, roupas e outras coisas mais. Para passear por lá é só se deslocar 96 m. Endossa - r. Augusta, 1.372. Seg. a qui.: 12h às 21h. Sex. a sáb.: 12h às 22h. Dom.: 15h às 22h. * Dicas do que ver nas salas Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca "The Paradise Suite" - selecionado da Holanda para concorrer a uma vaga no Oscar 2016 - 26/10. 13h30 Espaço Itaú de Cinema - Augusta "Para o Outro Lado" - premiado na mostra Um Certo Olhar, no Festival de Cannes - 30/10. 15h30 - Biblioteca Mário de Andrade, Matilha Cultural e Cine Olido Aqui não dá para indicar a direção da sua caminhada, mas o centro é para se perder e se achar mesmo. Entre essas três salas, próximas umas da outras, tem restaurante e bar novo, clássicos da cidade e outras atrações culturais. Biblioteca Mário de Andrade - r. da Consolação, 94, República, tel. 3775-0002 Matilha Cultural - r. Rego Freitas, 542, República, tel. 3256-2636 Cine Olido - av. São João, 473, República, tel. 3331-8399 Gritos ao porco, palmas pro chef A recém-aberta Casa do Porco e o seu chef Jefferson Rueda (ex-Attimo) são os novos queridinhos da região. Em uma visita à casa, o "Guia" presenciou mesas inteiras primeiro gritando "porco, porco" e depois aplaudindo Rueda quando ele terminou de cortar uma das dezenas de receitas que faz com a carne suína. Afetação à parte, vale a pena conferir. Atenção: vá durante a semana. Sábado e domingo têm filas enormes. A Casa do Porco Bar - r. Araújo, 124, tel. 3258-2578. 50 lugares. Seg. a qua.: 11h às 24h. Qui. a sáb.: 11h à 0h30. Dom.: 11h às 17h30. * Visitando Niemeyer O famoso prédio de Oscar Niemeyer guarda boas opções gastronômicas. O Bar da Dona Onça, de Janaína Rueda (mulher do Rueda citado acima), é um programa para qualquer hora do dia. Prove as receitas com sabor caseiro, como o picadinho, e beba as caipirinhas. Já o mexicano La Central, aberto no fim do ano passado, não tem decoração típica —é modernoso, "cool". A comida é tradicional, não tex-mex. É também opção para drinques com petiscos. Além dos comes, visite por ali o espaço cultural Pivô. Bar da Dona Onça - Edifício Copan - av. Ipiranga, 200, tel. 3257-2016. Seg. a qua.: 12h às 23h30. Qui. a sáb.: 12h à 0h30. Dom.: 12h às 17h30. La Central - Edíficio Copan - av. Ipiranga, 200, tel. 3214-5360. Seg. a sex.: 12h às 15h30 e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 18h. * Trio esperto O Mandíbula, eleito neste ano pela Folha como o melhor para ir com a galera, é ótima pedida para tomar um gim tônica, ouvir rock e bater papo. Já o Paribar vale por estar em frente a praça e oferecer mesas na varanda. Tem cerveja em garrafa de 600 ml, drinques e porções clássicas de boteco. Atravessando a rua, encontre o Ramona, casa de comida variada que também tem um excelente hambúrguer com ovo frito. Peça por uma mesa no andar de cima. Mandíbula - Galeria Metrópole - pça. D. José Gaspar, 106, 2º andar, tel. 3129-3556. Ter. e qua.: 14h às 22h. Qui. e sex.: 14h às 24h. Sáb.: 14h às 18h. Paribar - pça. D. José Gaspar, 42, tel. 3237-0771. Seg.: 11h30 às 22h. Ter. a sáb.: 11h30 às 24h. Dom.: 10h às 17h. Ramona - av. São Luís, 282, tel. 3258-6385. Seg. e ter.: 12h às 24h. Qua. a sex.: 12h às 2h. Sáb.: 12h30 às 2h. Dom.: 12h30 às 17h. * Clássicos dos clássicos As três salas estão perto do Estadão, que tem o famoso lanche de pernil, e do Bar Brahma, que fica na esquina das avenidas Ipiranga e São João, eternizada por Caetano Veloso. Estadão - vd. Nove de Julho, 193, tel: 3257-7121. Seg. a dom.: 24 horas. Bar Brahma - av. São João, 677. Seg. a dom.: a partir das 11h30. * Complementares Duas casas da Vila Buarque: o Holy Burger, que oferece bons lanches, incluindo opções vegetarianas; e o Beluga Café, que tem blends especiais tirados de diferentes formas. Holy Burger - r. Dr. Cesário Mota Júnior, 527, Seg. a qui.: 12h às 16h e 18h às 24h. Sex.: 12h às 16h e 18h à 1h. Sáb.: 12h à 1h. Beluga Café - r. Dr. Cesário Mota Júnior, 379, Seg. a qui.: 10h às 19h. Sex. e sáb.: 12h às 21h. * A rua do Walter A graciosa rua concentra as casas do empresário Walter Mancini. São elas: Migalhas, para comer sanduíches; Madreperola, para frutos do mar; a cantina Famiglia Mancini; Famiglia Mancini Pizza & Pasta; e a mais refinadas, o Il Ristorante. Famiglia Mancini Pizza & Pasta - r. Avanhandava, 25. Seg. a qua.: 11h30 à 1h. Qui.: 11h30 à 1h30. Sexta e sáb.: 11h30 às 2h30. Dom.: 11h30 às 24h. * SP do alto Nos andares 41 e 42, o Bar do Terraço e o restaurante Terraço Itália são opções para beber, comer e contemplar uma das vistas mais incríveis de SP. Terraço Itália - av. Ipiranga, 344, 42º andar, tel. 2189-2929. Bar do Terraço seg. a qui.: 15h às 24h. Sex.: 15h à 1h. Sáb.: 12h à 1h. Dom.: 12h às 23h. Restaurante seg. a qui.: 12h às 24h. Sex. e sáb: 12h à 1h. Dom.: 12h às 23h. * E mais... Theatro Municipal Balé da Cidade de São Paulo com participação da Orquestra Experimental de Repertório, regida por Carlos Moreno. Pça. Ramos de Azevedo, s/n. De 27 a 31/10. Ter. a sáb.: 20h. 90 min. 10 anos. Ingr.: R$ 20 a R$ 70. Praça Roosevelt O Espaço Satyros promove duas peças inspiradas na obra de Marquês de Sade. Pça. Roosevelt, 134. "Os 120 Dias de Sodoma". Qui. e sex.: 21h. Sáb.: 24h. 90 min. 18 anos. Ingr.: R$ 40. "Juliette". Sáb. e dom.: 21h. 90 min. 18 anos. Ingr.: R$ 40. Centro Cultural Correios São Paulo Exibe a mostra "Mário de Andrade - Cartas ao Modernismo" Praça das Artes A exposição "À Flor da Pele" reúne fotos de mulheres clicadas por nomes como Bob Wolfenson e Ricardo Feldman. Av. São João, 281. Seg. à sáb., das 10h as 20h. Dom., das 10h Às 18h. Até 20/11. GRÁTIS * Dicas do que ver nas salas Cine Olido "Lo Que Lleva el Río" - escolhido da Venezuela para disputar vaga no Oscar 2016 - 24/10. 19h "Eraserhead" - restaurado pela The Film Foundation, é o 1º longa do David Lynch - 29/10. 17h Biblioteca Mário de Andrade "Rocco e Seus Irmãos" - clássico de Luchino Visconti, também restaurado - 25/10. 22h10 "Pai" - escolhido pelo Kosovo para disputar uma vaga no Oscar 2016 - 29/10. 17h50 Matilha Cultural "Visita ou Memórias e Confissões" - longa do cineasta português Manoel de Oliveira que foi guardado em segredo por mais de 30 anos e, a seu pedido, só poderia ser exibido após sua morte - 1º/11. 16h30 "Garoto" - novo filme do cineasta Júlio Bressane, inspirado em um conto do escritor argentino Jorge Luis Borges - 4/11. 17h - MASP e RESERVA CULTURAL O museu e o cinema dividem a mesma calçada da Paulista. Há passeios na própria avenida e também é possível escolher um lado da via, que separa os vizinhos Consolação e Jardins. Masp - av. Paulista, 1578, Bela Vista, tel. 3251-5644 Reserva Cultural - av. Paulista, 900, Bela Vista, tel. 3287-3529 Para regar a sessão Se a ideia é bebericar algo depois do filme, a região tem bares. Caso o tempo seja curto, prefira sair do Masp e ir ao Opção. Na varanda, é possível apreciar o chope Brahma (R$ 9) ou cervejas em garrafas de 600 ml. Perto do Reserva Cultural, está o Prainha Paulista. As mesinhas na calçada recebem chopes (R$ 10,90, Amstel; R$ 11,90, Heineken) e porções de quitutes. Já no lado da Consolação, está o Frank Bar, no hotel Maksoud Plaza. É o local ideal para quem quer tomar algo mais refinado: drinques preparados por Spencer Jr. são as estrelas do menu (de R$ 25 a R$ 33). Frank Bar - al. Campinas, 150, tel. 3145-8000. Seg. a dom.: 18h às 2h. Prainha Paulista - al. Joaquim Eugênio de Lima, 557, tel. 3562-5056. Seg. a Qua. e dom.: 11h à 1h30. Qui. a sáb.: até as 2h30. Opção - r. Carlos Comenale, 97, tel. 3288-7823. Seg. a qui. e dom.: 16h às 2h. Sex. e sáb.: 16h às 3h. * Dispense a bonbonnière Se a fome bater, a lanchonete Black Dog é a melhor opção, pois funciona 24 horas. Fica mais perto do Reserva Cultural, mas está a só dez minutos de caminhada do Masp. O cachorro-quente mais tradicional é o prensado na chapa com salsicha, vinagrete, milho, purê de batata, maionese, batata palha, queijo ralado, curry, queijo cheddar ou Catupiry e orégano (R$ 12,10). Black Dog - al. Joaquim Eugênio de Lima, 612, tel. 3554-3096. Seg. a dom.: 24 horas. * Nas alturas O Mirante Nove de Julho é um bom local para dar um tempo antes das sessões do Masp, que sempre começam às 19h30. O lugar, que já foi ponto de encontro da elite paulistana, tem janelas com vista para a avenida que lhe dá nome. No topo do hotel Maksoud Plaza, está a balada PanAm Club. Ela só abre em dias de festa, caso deste sábado (24), quando recebe a celebração Mais —é opção para quem vai assistir a algum filme no Reserva Cultural. Mirante Nove de Julho - r. Carlos Comenale, s/nº, tel.: 3111-6342. Ter. a dom.: 10h às 22h. PanAm Club - al. Campinas, 150, tel. 3111-6330. Sáb. (24): a partir das 18h. Ingr.: R$ 50 a R$ 100 (1º lote). * E mais... O que fazer no Masp "León Ferrari: Entre Ditaduras" - é inaugurada nesta sexta (23) com obras que abordam ditaduras na América do Sul (leia mais na pág. 89) - 1º subsolo. Ter. e qua. e sex. a dom.: 10h às 18h. Qui.: até as 10h. Livre. Ingr.: R$ 25 (qui., a partir das 17h, e ter.: grátis). "Arte na Moda: Coleção Masp Rhodia" - apresenta a coleção de roupas completa, composta de 79 peças doadas pela indústria francesa - 2º subsolo. Ter. e qua. e sex. a dom.: 10h às 18h. Qui.: até as 19h30. Livre. Ingr.: R$ 25 (qui., a partir das 17h, e ter.: grátis). * Dicas do que ver nas salas Masp "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" - primeiro longa da trilogia do Zé do Caixão - 28/10. 19h30 Reserva Cultural "O Abraço da Serpente" - escolhido da Colômbia para concorrer ao Oscar 2016 - 29/10. 19h30 "Sindicato de Ladrões" - do diretor Elia Kazan, restaurado pela The Film Foundation - 1º/11. 14h - MIS e USP O Museu da Imagem e do Som e a Cidade Universitária são lugares para permanência prolongada, pois, além dos filmes da Mostra de Cinema, contemplam em suas dependências restaurantes e outras atividades culturais. MIS - av. Europa, 158, Jardim Europa, tel. 2117-4777 Auditório CTR - ECA USP - av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Prédio 4 - Cidade Universitária, tel. 3091-4020 REGIÃO DO MIS Sem sair do lugar Nos próprios domínios do museu fica o restaurante Chez MIS, que tem cardápio assinado pelo chef Alejo Huerta. Vale a pena conhecer a casa ou revisitá-la. Prove o nhoque rústico de mozarela com creme de parmesão e farofa de pão (R$ 53). Entre o almoço e o jantar, opera com menu reduzido. MIS - Ter. a sex.: 12h à 1h. Sáb.: 12h30 à 1h. Dom.: 12h30 às 22h. CC: AE, D, E, M e V. Reserva (a partir das 10h). * No MuBE, ali ao lado "As Mulheres de Brecheret", oito peças em mármore feitas pelo escultor Victor Brecheret. R. Alemanha, 221, tel. 2594-2601. Ter. a dom.: 10h às 19h. Até 29/10. Livre. GRÁTIS A cantora portuguesa Eugénia Melo e Castro resgata canções e fados de sua terra natal. Qua. e qui.: 21h. Até 26/11. 70 min. Livre. Ingr.: R$ 30 Aos domingos, rola Feira de Antiguidades e Design com peças de mais de 60 antiquários. Dom.: 10h às 17h. Livre. GRÁTIS * Galeria Kunsthalle Fica a 1.300 m do museu. Até este sábado (24), dá para ver "Isle of Innocence", da artista espanhola Elena Bajo. A partir de 30/10, é a vez do belga Dennis Tyfus apresentar a mostra multimídia "Do You Want to Go On a Date With Me? No? Let's Just Be Friends?", sua primeira exposição solo no Brasil. A curadoria é de Marina Coelho. R. dos Pinheiros, 411, tel. 2339-8586. Qua. a sex.: 11h às 19h. Sáb.: 12h às 17h. Livre. GRÁTIS * E mais... Outras atrações no museu "Azul" - A artista Betina Samaia apresenta série de 20 fotos noturnas tiradas em cidades como SP e RJ. A partir de segunda (26), às 19h. "Efêmero Eterno", Cláudio Cruz expõe imagens cotidianas com luz, sombra e subjetividade. * Vá para a faculdade Quando a fome bater... Caso o objetivo seja comer muito e gastar pouco, o Restaurante Central é a melhor opção (carinhosamente chamado de "Bandejão"). Ali, não há requinte, moderação, nem pratos -a comida é servida direto nas bandejas. Os visitantes pagam R$ 12 (alunos, apenas R$ 1,90). Restaurante Central - pça. do Relógio, 300, travessa 8, tel. 3091-3318. Seg. a sex.: 11h15 às 14h15 e 17h30 às 19h45. * Pausa para a leitura Se, além de ser cinéfilo, você é amante de livros, aí vão dicas valiosas. Perto da ECA (Escola de Comunicação e Artes), está a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin —um lugar que impressiona pelo acervo e pela arquitetura. Em frente, fica a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, onde há sebos. As barracas de livros são itinerantes. Elas não têm horário fixo, mas costumam estar sempre ali e se dividem nos três edifícios do complexo: no vão de História e de Geografia, no corredor de Filosofia e na praça em frente a Letras. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin - r. da Biblioteca, s/nº, tel. 3091-1154. Seg. a sex.: das 8h30 às 17h. FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) - av. Professor Luciano Gualberto, 403/315, s/tel. * Dicas do que ver nas salas *MIS "Sabor da Vida" - novo filme da aclamada cineasta Naomi Kawase - 31/10. 16h45 "La Tola Box" - longa equatoriano que é um dos destaques entre os latinos da Mostra - 31/10. 21h30 "O Show Deve Continuar" - clássico vencedor de quatro Oscar; restaurado pela The Film Foundation - 3/11. 15h CTR ECA USP "Pais" - documentário sobre famílias que possuem crianças com deficiência - 29/10. 19h "Terra de Minas" - mostra o tratamento que soldados alemães receberam após sua rendição na Segunda Guerra Mundial - 27/10. 16h
saopaulo
Veja atrações que ficam próximas às salas da Mostra Internacional de CinemaLUIZA WOLF MARIANA MARINHO DE SÃO PAULO Desde quinta (22) até 4/11, a cidade recebe 312 filmes que integram a Mostra Internacional de Cinema. A programação completa do evento, mais destaques e apostas dos críticos você pode consultar em folha.com/39mostra. Como cinema não combina só com pipoca, este "Guia" te ajuda a casar as sessões a outros passeios gastronômicos e culturais. A ideia é explorar os entornos das 13 principais salas de cinema que participam da Mostra —ao todo são 22. A maioria das opções fica bem pertinho dos espaços. Depois de um filme na Biblioteca Mário de Andrade, por exemplo, dá para caminhar 300 m e conhecer a Casa do Porco, novo bar de Jefferson Rueda. Se a ideia é pegar mais de uma sessão por dia, você pode ir a lugares que ficam entre uma sala e outra. A região da Consolação, que concentra o Cinearte, o CineSesc e o Caixa Belas Artes, oferece fast foods, restaurantes de chefes estrelados e até almoço em uma vila. Por fim, fique de olho: aproveitamos para relembrar e indicar algumas de nossas apostas entre os filmes da Mostra. Colaboraram: Aline Pellegrini, Amanda Nogueira, Fabiana Seragusa, Gabriela Valdanha, Maria Cortez e Wesley Klimpel - CINESALA Considerada a mais confortável sala da cidade pela avaliação feita em 2015 pelo "Guia", a Cinesala fica bem perto do bairro mais boêmio de São Paulo, a Vila Madalena, além de estar a dois minutos de caminhada da badalada e cheia de atrações rua dos Pinheiros. Mas não é preciso ir tão longe. Cinesala - r. Fradique Coutinho, 361, Pinheiros, tel. 5096-0585 Atravesse a rua Para não perder tempo, aposte no Chá Yê. É uma descontraída casa de chás inaugurada em 2015 e decorada com fotografias de viagens dos proprietários. Tem comidinhas de rua chinesas, como sanduíche de carne de porco, e opções vegetarianas. Chá Yê - r. Fradique Coutinho, 344, tel. 3360-7003. Ter. a qui.: 12h às 20h. Sex. e sáb.: 12h às 17h. * Vire à direita Se você estiver de frente para o cinema, olhando para ele, vire à direita e ande, pela mesma calçada. Em dez metros, há a Padaria Sensação, boa para um expresso. Uns 80 m depois, procure pela Doce & Cia., uma lanchonete simples comandada por uma família japonesa. Apesar do nome, é a coxinha de frango com Catupiry (R$ 3,90), pequena e saborosa, a grande pedida. Se preferir, atravessando a rua tem uma loja do famoso Pastel da Maria: o de carne e o de queijo custam R$ 5,50 cada, mas há vários outros sabores. Padaria Sensação - r. Teodoro Sampaio, 1.861, tel.: 3689-7055. Todos os dias: 6h às 22h. Doce & Cia. - r. Fradique Coutinho, 527, tel. 3819-5921. Seg. a sex.: 7h30 às 22h30. Sáb.: 7h30 às 21h. Pastel da Maria - r. Fradique Coutinho, 580, tel. 2373-7071. Seg. a sex.: 11h às 20h. Sáb.: 11h às 18h. * Vire à esquerda No sentido oposto, descendo a rua, há uma ótima sequência gastronômica. Menos de 100 m abaixo, na esquina com a rua Artur de Azevedo, há o Pastifício Primo, que, além dos produtos para levar para a casa, oferece massas para serem saboreadas ali mesmo, em balcões e bancos dispostos na calçada. Desça mais um pouquinho e encontre o restaurante Miya (palavra que significa "Templo"). É lá que o chef Flávio Miyamura mostra sua cozinha contemporânea, que flerta com a japonesa. Pastifício Primo - r. Fradique Coutinho, 211, tel. 3881-9080. Seg. a sáb.: 9h às 21h. Dom.: 9h às 15h. Miya - r. Fradique Coutinho, 47, tel. 2359-8760. 48 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sex.: 12h às 15h e 19h à 0h30. Sáb.: 13h às 16h e 20h à 0h30. Dom.: 13h às 17h. * Dê a volta no quarteirão Na rua Mourato Coelho, há duas opções para matar a fome. Antes ou depois da sessão, o Escondidinho da Amada tem boas versões da receita que traz no nome da casa (de R$ 21,90 a R$ 49,90 para duas pessoas). Ao lado, fica o Jaber, tradicional casa árabe que serve pratos e ótimos salgados, como os quibes e as esfirras (abertas e fechadas). Escondidinho da Amada - r. Mourato Coelho, 379, tel. 2306-1566. Seg. a qua.: 11h às 22h. Qui. e sex.: 11h às 23h30. Sáb.: 11h às 18h. Jaber - r. Mourato Coelho, 383, tel. 3068-9929. Seg. a sáb.: 9h às 22h. * E mais... Cine + Meditação É menos usual, mas quem estiver a fim pode visitar o Centro de Meditação Kadampa Mahabodhi, onde é possível assistir a aulas avulsas de meditação e budismo moderno, voltada para leigos e praticantes. Não precisa de agendamento prévio, basta ligar antes para saber a programação. R. Artur de Azevedo, 1.360, tel. 3476-2328. Seg. a sex.: 14h às 20h. Sáb. e dom.: 14h às 18h. * Dicas do que ver na Cinesala "Bridgend" - longa dinamarquês que é um dos destaques do Foco Nórdico - 23/10. 16h "Son of Saul" - vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes - 23/10. 18h "As Mil e Uma Noites: Volume 2, o Desolado" - escolhido de Portugal para disputar uma vaga no Oscar 2016 - 24/10. 14h - CINEARTE, CINESESC E CAIXA BELAS ARTES As salas ficam próximas às estações Consolação e Paulista do metrô. Além de aproveitar os filmes nos três espaços, o público pode curtir várias outras atrações no meio do caminho. Cinearte - av. Paulista, 2.073, Cerqueira César, tel. 3285-3696 CineSesc - r. Augusta, 2.075, Cerqueira César, tel. 3087-0500 Caixa Belas Artes - r. da Consolação, 2.423, Consolação, tel. 2894-5781 Vire à direita Se estiver no Cinearte e quiser comer algo rapidamente antes ou depois da sessão, saia pela porta da rua Augusta e desça a via em direção aos Jardins. Ali, há três fast foods na sequência -que apostam em hambúrgueres, esfirras e lanches: McDonald's, logo na esquina, Habib's e Subway, no próximo quarteirão. McDonald's - r. Augusta, 1.856. Seg. a sex.: 6h30 às 22h. Dom.: 11h às 18h. Habib's - r. Augusta, 1.894. Seg. a dom.: 24 horas. Subway - r. Augusta, 1.966. Seg. a dom.: 11h às 23h. * Continue descendo Depois de assistir a um dos longas da Mostra no CineSesc, siga descendo a rua Augusta. Para estender a noite, a Sensorial Discos fica a cerca de 300 m. É uma loja de vinil, mas faz as vezes de bar e café. Nesta sexta (23), tem show de Amanticidades e Devonts a partir das 20h30. Siga por mais 150 m para aproveitar a Villa San Pietro. É um local escondido onde dá para comer pratos de sotaque francês do Bistrot de Paris e provar os docinhos da Ópera Ganache. Gostou da ideia de descobrir vilinhas? Ande mais 15 minutos (também na descida) para chegar à Villa Mercato. Não hesite em provar as guloseimas e os crepes salgados da doceria Le Petit Nicolas nas mesinhas ao ar livre. Sensorial Discos - r. Augusta, 2.389, tel. 3333-1914. Seg. e ter.: 11h30 às 20h30. Qua. a sáb.: 11h às 24h. Villa San Pietro - r. Augusta, 2542. Bistrot de Paris. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h. Dom.: 12h às 16h. Sáb.: 12h30 às 16h e 19h30 às 24h. Ópera Ganache. Ter. a sáb.: 11h às 20h. Villa Mercato - r. Peixoto Gomide, 1801. Le Petit Nicolas. Seg a sáb.: 10h às 19h. * Atravesse a rua Saindo do Caixa Belas Artes, atravesse a rua se quiser provar drinques no balcão do Riviera Bar, que tem menu assinado por Alex Atala. Se a ideia é beber sem firulas, a Frutaria Paulista fica a 300 metros e oferece lanches e sucos naturais. Riviera Bar - av. Paulista, 2.584. Bar: seg. a qua. e dom.: 12h às 24h. Qui. a sáb.: 12h às 4h. Frutaria Paulista - r. Minas Gerais, 316. Seg. a dom.: 24 horas. * E Mais... O que fazer no Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073) "A Alma Imoral" - A peça, em cartaz no Teatro Eva Herz, é uma adaptação do livro homônimo de Nilton Bonder. Tito Martino Jazz Band - O grupo na série Jazz ao Meio Dia, na Livraria Cultura. Ter. (27): 12h30. R$ 20. 60 min. Entrada por ordem de chegada. "Um Olhar Sobre a Terra" - A artista plástica Cecília Leal exibe 20 quadros Até 31/10. GRÁTIS * Dicas do que ver nas salas Cinearte "Chronic" - vencedor do prêmio de roteiro no Festival de Cannes - 23/10. 17h15 CineSesc "O Rei da Comédia" - longa de Martin Scorsese, com Robert De Niro e Jerry Lewis - 28/10. 15h Caixa Belas Artes "Ralé" - longa da brasileira Helena Ignez - 25/10. 20h10 - ESPAÇOS ITAÚ DE CINEMA Em 2015, o Espaço Itaú de Cinema da rua Frei Caneca foi considerado pelo "Guia" o detentor da melhor programação da cidade. Ele fica a 750 metros da unidade da Augusta, que tem dois ambientes na rua, um em frente ao outro. Espaço Itaú de Cinema Augusta - r. Augusta, 1470 e 1475, Consolação, tel. 3288-6780 e 4564-7503 Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca - r. Frei Caneca, 569, 3º piso, Consolação, tel. 3472-2368 - Estender a noite Para que o passeio não termine no Espaço Itaú de Cinema da rua Frei Caneca, caminhe 300 m até o Barão de Itararé. O bar é boa pedida para tomar uma cerveja num lugar mais ajeitadinho do que os endereços da região. Mais descolado, o Z Carniceria fica a 500 metros. Não vá embora sem provar as coxinhas cremosas. Barão de Itararé - r. Peixoto Gomide, 155. Seg. a sex.: a partir das 18h. Sáb. e dom.: a partir das 17h. Z Carniceria - r. Augusta, 934. Ter. a qui.: 19h à 1h. Sex. a sáb.: 19h às 2h. Dom.: 19h às 24h. * Teatro e cerveja Numa tacada só, dá para aproveitar cinema, teatro e cervejinha com os amigos. A cerca de 600 m do Espaço Itaú de Cinema da rua Frei Caneca, o Club Noir exibe "O Balcão". A montagem é uma adaptação de Roberto Alvim da obra do dramaturgo francês Jean Genet. Ainda mais perto, a 220 m, o Cemitérios de Automóveis apresenta "O Canal", texto do americano Gary Richards com direção de Mário Bortolotto. Club Noir - r. Augusta, 331. Sex.: 21h. Sáb.: 19h e 21h. Dom.: 20h. Até 1º/11. Ingr.: R$ 20. Teatro e Bar Cemitério de Automóveis - r. Frei Caneca, 384. Qua. e qui.: 21h30. Até 1º/11. Ingr.: R$ 30 * Logo ao lado A Taquería La Sabrosa divide parede com o complexo da Augusta. Investe em comidinhas mexicanas como os tacos. É uma boa para matar a fome depois da meia-noite: às sextas e aos sábados fica aberta até as 2h. Taquería La Sabrosa - r. Augusta, 1.474. Seg. a qui. e dom.: 12h às 24h. Sex.: 12h às 2h. Sáb.: 13h às 2h. * Menos de cem metros A sessão acabou, mas quer conversar sobre o filme num lugar mais tranquilo? O Urbe Café Bar, a 63 m do Espaço Itaú de Cinema da rua Augusta, é boa pedida. Tem mesinhas na calçada e poltronas no salão. O menu oferece pratos, como o ravióli de mozarela de búfala (R$ 25), além de aperitivos, tábuas de frios, cervejas, drinques e cafés. Também boa opção para papos mais reservados, o Sancho tem culinária espanhola e clima romântico —fica a 54 m da sala. Experimente a jarra de sangria com as tapas do dia. Urbe Café Bar - r. Antônio Carlos, 404. Seg.: 12h à 0h30. Ter. a qui.: 9h à 0h30. Sex. e sáb.: 9h às 3h. Dom.: 9h à 0h30. Sancho Bar y Tapas - r. Augusta, 1.415. Seg. a qua.: 11h30 às 24h. Qui.: 11h30 à 1h. Sex.: 11h30 às 3h. Sáb.: 12h às 3h. Dom.: 17h30 às 24h. * E Mais... Cine + Compras Além de comer, beber e papear, também dá para fazer compras na Endossa, a menos de cem metros do cinema. A loja colaborativa vive apinhada de gente em busca de óculos, acessórios, roupas e outras coisas mais. Para passear por lá é só se deslocar 96 m. Endossa - r. Augusta, 1.372. Seg. a qui.: 12h às 21h. Sex. a sáb.: 12h às 22h. Dom.: 15h às 22h. * Dicas do que ver nas salas Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca "The Paradise Suite" - selecionado da Holanda para concorrer a uma vaga no Oscar 2016 - 26/10. 13h30 Espaço Itaú de Cinema - Augusta "Para o Outro Lado" - premiado na mostra Um Certo Olhar, no Festival de Cannes - 30/10. 15h30 - Biblioteca Mário de Andrade, Matilha Cultural e Cine Olido Aqui não dá para indicar a direção da sua caminhada, mas o centro é para se perder e se achar mesmo. Entre essas três salas, próximas umas da outras, tem restaurante e bar novo, clássicos da cidade e outras atrações culturais. Biblioteca Mário de Andrade - r. da Consolação, 94, República, tel. 3775-0002 Matilha Cultural - r. Rego Freitas, 542, República, tel. 3256-2636 Cine Olido - av. São João, 473, República, tel. 3331-8399 Gritos ao porco, palmas pro chef A recém-aberta Casa do Porco e o seu chef Jefferson Rueda (ex-Attimo) são os novos queridinhos da região. Em uma visita à casa, o "Guia" presenciou mesas inteiras primeiro gritando "porco, porco" e depois aplaudindo Rueda quando ele terminou de cortar uma das dezenas de receitas que faz com a carne suína. Afetação à parte, vale a pena conferir. Atenção: vá durante a semana. Sábado e domingo têm filas enormes. A Casa do Porco Bar - r. Araújo, 124, tel. 3258-2578. 50 lugares. Seg. a qua.: 11h às 24h. Qui. a sáb.: 11h à 0h30. Dom.: 11h às 17h30. * Visitando Niemeyer O famoso prédio de Oscar Niemeyer guarda boas opções gastronômicas. O Bar da Dona Onça, de Janaína Rueda (mulher do Rueda citado acima), é um programa para qualquer hora do dia. Prove as receitas com sabor caseiro, como o picadinho, e beba as caipirinhas. Já o mexicano La Central, aberto no fim do ano passado, não tem decoração típica —é modernoso, "cool". A comida é tradicional, não tex-mex. É também opção para drinques com petiscos. Além dos comes, visite por ali o espaço cultural Pivô. Bar da Dona Onça - Edifício Copan - av. Ipiranga, 200, tel. 3257-2016. Seg. a qua.: 12h às 23h30. Qui. a sáb.: 12h à 0h30. Dom.: 12h às 17h30. La Central - Edíficio Copan - av. Ipiranga, 200, tel. 3214-5360. Seg. a sex.: 12h às 15h30 e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 18h. * Trio esperto O Mandíbula, eleito neste ano pela Folha como o melhor para ir com a galera, é ótima pedida para tomar um gim tônica, ouvir rock e bater papo. Já o Paribar vale por estar em frente a praça e oferecer mesas na varanda. Tem cerveja em garrafa de 600 ml, drinques e porções clássicas de boteco. Atravessando a rua, encontre o Ramona, casa de comida variada que também tem um excelente hambúrguer com ovo frito. Peça por uma mesa no andar de cima. Mandíbula - Galeria Metrópole - pça. D. José Gaspar, 106, 2º andar, tel. 3129-3556. Ter. e qua.: 14h às 22h. Qui. e sex.: 14h às 24h. Sáb.: 14h às 18h. Paribar - pça. D. José Gaspar, 42, tel. 3237-0771. Seg.: 11h30 às 22h. Ter. a sáb.: 11h30 às 24h. Dom.: 10h às 17h. Ramona - av. São Luís, 282, tel. 3258-6385. Seg. e ter.: 12h às 24h. Qua. a sex.: 12h às 2h. Sáb.: 12h30 às 2h. Dom.: 12h30 às 17h. * Clássicos dos clássicos As três salas estão perto do Estadão, que tem o famoso lanche de pernil, e do Bar Brahma, que fica na esquina das avenidas Ipiranga e São João, eternizada por Caetano Veloso. Estadão - vd. Nove de Julho, 193, tel: 3257-7121. Seg. a dom.: 24 horas. Bar Brahma - av. São João, 677. Seg. a dom.: a partir das 11h30. * Complementares Duas casas da Vila Buarque: o Holy Burger, que oferece bons lanches, incluindo opções vegetarianas; e o Beluga Café, que tem blends especiais tirados de diferentes formas. Holy Burger - r. Dr. Cesário Mota Júnior, 527, Seg. a qui.: 12h às 16h e 18h às 24h. Sex.: 12h às 16h e 18h à 1h. Sáb.: 12h à 1h. Beluga Café - r. Dr. Cesário Mota Júnior, 379, Seg. a qui.: 10h às 19h. Sex. e sáb.: 12h às 21h. * A rua do Walter A graciosa rua concentra as casas do empresário Walter Mancini. São elas: Migalhas, para comer sanduíches; Madreperola, para frutos do mar; a cantina Famiglia Mancini; Famiglia Mancini Pizza & Pasta; e a mais refinadas, o Il Ristorante. Famiglia Mancini Pizza & Pasta - r. Avanhandava, 25. Seg. a qua.: 11h30 à 1h. Qui.: 11h30 à 1h30. Sexta e sáb.: 11h30 às 2h30. Dom.: 11h30 às 24h. * SP do alto Nos andares 41 e 42, o Bar do Terraço e o restaurante Terraço Itália são opções para beber, comer e contemplar uma das vistas mais incríveis de SP. Terraço Itália - av. Ipiranga, 344, 42º andar, tel. 2189-2929. Bar do Terraço seg. a qui.: 15h às 24h. Sex.: 15h à 1h. Sáb.: 12h à 1h. Dom.: 12h às 23h. Restaurante seg. a qui.: 12h às 24h. Sex. e sáb: 12h à 1h. Dom.: 12h às 23h. * E mais... Theatro Municipal Balé da Cidade de São Paulo com participação da Orquestra Experimental de Repertório, regida por Carlos Moreno. Pça. Ramos de Azevedo, s/n. De 27 a 31/10. Ter. a sáb.: 20h. 90 min. 10 anos. Ingr.: R$ 20 a R$ 70. Praça Roosevelt O Espaço Satyros promove duas peças inspiradas na obra de Marquês de Sade. Pça. Roosevelt, 134. "Os 120 Dias de Sodoma". Qui. e sex.: 21h. Sáb.: 24h. 90 min. 18 anos. Ingr.: R$ 40. "Juliette". Sáb. e dom.: 21h. 90 min. 18 anos. Ingr.: R$ 40. Centro Cultural Correios São Paulo Exibe a mostra "Mário de Andrade - Cartas ao Modernismo" Praça das Artes A exposição "À Flor da Pele" reúne fotos de mulheres clicadas por nomes como Bob Wolfenson e Ricardo Feldman. Av. São João, 281. Seg. à sáb., das 10h as 20h. Dom., das 10h Às 18h. Até 20/11. GRÁTIS * Dicas do que ver nas salas Cine Olido "Lo Que Lleva el Río" - escolhido da Venezuela para disputar vaga no Oscar 2016 - 24/10. 19h "Eraserhead" - restaurado pela The Film Foundation, é o 1º longa do David Lynch - 29/10. 17h Biblioteca Mário de Andrade "Rocco e Seus Irmãos" - clássico de Luchino Visconti, também restaurado - 25/10. 22h10 "Pai" - escolhido pelo Kosovo para disputar uma vaga no Oscar 2016 - 29/10. 17h50 Matilha Cultural "Visita ou Memórias e Confissões" - longa do cineasta português Manoel de Oliveira que foi guardado em segredo por mais de 30 anos e, a seu pedido, só poderia ser exibido após sua morte - 1º/11. 16h30 "Garoto" - novo filme do cineasta Júlio Bressane, inspirado em um conto do escritor argentino Jorge Luis Borges - 4/11. 17h - MASP e RESERVA CULTURAL O museu e o cinema dividem a mesma calçada da Paulista. Há passeios na própria avenida e também é possível escolher um lado da via, que separa os vizinhos Consolação e Jardins. Masp - av. Paulista, 1578, Bela Vista, tel. 3251-5644 Reserva Cultural - av. Paulista, 900, Bela Vista, tel. 3287-3529 Para regar a sessão Se a ideia é bebericar algo depois do filme, a região tem bares. Caso o tempo seja curto, prefira sair do Masp e ir ao Opção. Na varanda, é possível apreciar o chope Brahma (R$ 9) ou cervejas em garrafas de 600 ml. Perto do Reserva Cultural, está o Prainha Paulista. As mesinhas na calçada recebem chopes (R$ 10,90, Amstel; R$ 11,90, Heineken) e porções de quitutes. Já no lado da Consolação, está o Frank Bar, no hotel Maksoud Plaza. É o local ideal para quem quer tomar algo mais refinado: drinques preparados por Spencer Jr. são as estrelas do menu (de R$ 25 a R$ 33). Frank Bar - al. Campinas, 150, tel. 3145-8000. Seg. a dom.: 18h às 2h. Prainha Paulista - al. Joaquim Eugênio de Lima, 557, tel. 3562-5056. Seg. a Qua. e dom.: 11h à 1h30. Qui. a sáb.: até as 2h30. Opção - r. Carlos Comenale, 97, tel. 3288-7823. Seg. a qui. e dom.: 16h às 2h. Sex. e sáb.: 16h às 3h. * Dispense a bonbonnière Se a fome bater, a lanchonete Black Dog é a melhor opção, pois funciona 24 horas. Fica mais perto do Reserva Cultural, mas está a só dez minutos de caminhada do Masp. O cachorro-quente mais tradicional é o prensado na chapa com salsicha, vinagrete, milho, purê de batata, maionese, batata palha, queijo ralado, curry, queijo cheddar ou Catupiry e orégano (R$ 12,10). Black Dog - al. Joaquim Eugênio de Lima, 612, tel. 3554-3096. Seg. a dom.: 24 horas. * Nas alturas O Mirante Nove de Julho é um bom local para dar um tempo antes das sessões do Masp, que sempre começam às 19h30. O lugar, que já foi ponto de encontro da elite paulistana, tem janelas com vista para a avenida que lhe dá nome. No topo do hotel Maksoud Plaza, está a balada PanAm Club. Ela só abre em dias de festa, caso deste sábado (24), quando recebe a celebração Mais —é opção para quem vai assistir a algum filme no Reserva Cultural. Mirante Nove de Julho - r. Carlos Comenale, s/nº, tel.: 3111-6342. Ter. a dom.: 10h às 22h. PanAm Club - al. Campinas, 150, tel. 3111-6330. Sáb. (24): a partir das 18h. Ingr.: R$ 50 a R$ 100 (1º lote). * E mais... O que fazer no Masp "León Ferrari: Entre Ditaduras" - é inaugurada nesta sexta (23) com obras que abordam ditaduras na América do Sul (leia mais na pág. 89) - 1º subsolo. Ter. e qua. e sex. a dom.: 10h às 18h. Qui.: até as 10h. Livre. Ingr.: R$ 25 (qui., a partir das 17h, e ter.: grátis). "Arte na Moda: Coleção Masp Rhodia" - apresenta a coleção de roupas completa, composta de 79 peças doadas pela indústria francesa - 2º subsolo. Ter. e qua. e sex. a dom.: 10h às 18h. Qui.: até as 19h30. Livre. Ingr.: R$ 25 (qui., a partir das 17h, e ter.: grátis). * Dicas do que ver nas salas Masp "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" - primeiro longa da trilogia do Zé do Caixão - 28/10. 19h30 Reserva Cultural "O Abraço da Serpente" - escolhido da Colômbia para concorrer ao Oscar 2016 - 29/10. 19h30 "Sindicato de Ladrões" - do diretor Elia Kazan, restaurado pela The Film Foundation - 1º/11. 14h - MIS e USP O Museu da Imagem e do Som e a Cidade Universitária são lugares para permanência prolongada, pois, além dos filmes da Mostra de Cinema, contemplam em suas dependências restaurantes e outras atividades culturais. MIS - av. Europa, 158, Jardim Europa, tel. 2117-4777 Auditório CTR - ECA USP - av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Prédio 4 - Cidade Universitária, tel. 3091-4020 REGIÃO DO MIS Sem sair do lugar Nos próprios domínios do museu fica o restaurante Chez MIS, que tem cardápio assinado pelo chef Alejo Huerta. Vale a pena conhecer a casa ou revisitá-la. Prove o nhoque rústico de mozarela com creme de parmesão e farofa de pão (R$ 53). Entre o almoço e o jantar, opera com menu reduzido. MIS - Ter. a sex.: 12h à 1h. Sáb.: 12h30 à 1h. Dom.: 12h30 às 22h. CC: AE, D, E, M e V. Reserva (a partir das 10h). * No MuBE, ali ao lado "As Mulheres de Brecheret", oito peças em mármore feitas pelo escultor Victor Brecheret. R. Alemanha, 221, tel. 2594-2601. Ter. a dom.: 10h às 19h. Até 29/10. Livre. GRÁTIS A cantora portuguesa Eugénia Melo e Castro resgata canções e fados de sua terra natal. Qua. e qui.: 21h. Até 26/11. 70 min. Livre. Ingr.: R$ 30 Aos domingos, rola Feira de Antiguidades e Design com peças de mais de 60 antiquários. Dom.: 10h às 17h. Livre. GRÁTIS * Galeria Kunsthalle Fica a 1.300 m do museu. Até este sábado (24), dá para ver "Isle of Innocence", da artista espanhola Elena Bajo. A partir de 30/10, é a vez do belga Dennis Tyfus apresentar a mostra multimídia "Do You Want to Go On a Date With Me? No? Let's Just Be Friends?", sua primeira exposição solo no Brasil. A curadoria é de Marina Coelho. R. dos Pinheiros, 411, tel. 2339-8586. Qua. a sex.: 11h às 19h. Sáb.: 12h às 17h. Livre. GRÁTIS * E mais... Outras atrações no museu "Azul" - A artista Betina Samaia apresenta série de 20 fotos noturnas tiradas em cidades como SP e RJ. A partir de segunda (26), às 19h. "Efêmero Eterno", Cláudio Cruz expõe imagens cotidianas com luz, sombra e subjetividade. * Vá para a faculdade Quando a fome bater... Caso o objetivo seja comer muito e gastar pouco, o Restaurante Central é a melhor opção (carinhosamente chamado de "Bandejão"). Ali, não há requinte, moderação, nem pratos -a comida é servida direto nas bandejas. Os visitantes pagam R$ 12 (alunos, apenas R$ 1,90). Restaurante Central - pça. do Relógio, 300, travessa 8, tel. 3091-3318. Seg. a sex.: 11h15 às 14h15 e 17h30 às 19h45. * Pausa para a leitura Se, além de ser cinéfilo, você é amante de livros, aí vão dicas valiosas. Perto da ECA (Escola de Comunicação e Artes), está a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin —um lugar que impressiona pelo acervo e pela arquitetura. Em frente, fica a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, onde há sebos. As barracas de livros são itinerantes. Elas não têm horário fixo, mas costumam estar sempre ali e se dividem nos três edifícios do complexo: no vão de História e de Geografia, no corredor de Filosofia e na praça em frente a Letras. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin - r. da Biblioteca, s/nº, tel. 3091-1154. Seg. a sex.: das 8h30 às 17h. FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) - av. Professor Luciano Gualberto, 403/315, s/tel. * Dicas do que ver nas salas *MIS "Sabor da Vida" - novo filme da aclamada cineasta Naomi Kawase - 31/10. 16h45 "La Tola Box" - longa equatoriano que é um dos destaques entre os latinos da Mostra - 31/10. 21h30 "O Show Deve Continuar" - clássico vencedor de quatro Oscar; restaurado pela The Film Foundation - 3/11. 15h CTR ECA USP "Pais" - documentário sobre famílias que possuem crianças com deficiência - 29/10. 19h "Terra de Minas" - mostra o tratamento que soldados alemães receberam após sua rendição na Segunda Guerra Mundial - 27/10. 16h
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Variedade da culinária do Uruguai é tema de volume da Coleção Folha
No próximo domingo (23), chega às bancas o 21º volume da Coleção Folha Cozinhas do Mundo (R$ 18,90), cujo tema é o Uruguai. Com uma importante história de imigração –em 1868, os imigrantes, sobretudo vindos da Europa, representavam 68% da população–, a culinária nacional contemporânea se construiu com a ajuda de seus novos habitantes. Os estrangeiros mudaram a indústria da carne, transformando-a no principal fator de desenvolvimento do país. Entre os pratos mais famosos, que o Uruguai divide com a vizinha Argentina, estão o filé à milanesa (de origem italiana), a morcilla (linguiça de sangue) e o asado (churrasco). Na parrillada, as carnes –incluindo miúdos– podem ser grelhadas ou acompanhadas de molho chimichurri, feito com alho, cebola, pimenta, ervas, especiarias e azeite. Na grelha também são preparados peixes de mar e de rio. Uma das receitas mais populares é a corvina na grelha, cuja receita está neste livro. A criação de animais também possibilitou que o Uruguai se tornasse um grande produtor de doce de leite, que é consumido puro ou como um toque em biscoitos, bolos, alfajores, churros e pudins.
ilustrada
Variedade da culinária do Uruguai é tema de volume da Coleção FolhaNo próximo domingo (23), chega às bancas o 21º volume da Coleção Folha Cozinhas do Mundo (R$ 18,90), cujo tema é o Uruguai. Com uma importante história de imigração –em 1868, os imigrantes, sobretudo vindos da Europa, representavam 68% da população–, a culinária nacional contemporânea se construiu com a ajuda de seus novos habitantes. Os estrangeiros mudaram a indústria da carne, transformando-a no principal fator de desenvolvimento do país. Entre os pratos mais famosos, que o Uruguai divide com a vizinha Argentina, estão o filé à milanesa (de origem italiana), a morcilla (linguiça de sangue) e o asado (churrasco). Na parrillada, as carnes –incluindo miúdos– podem ser grelhadas ou acompanhadas de molho chimichurri, feito com alho, cebola, pimenta, ervas, especiarias e azeite. Na grelha também são preparados peixes de mar e de rio. Uma das receitas mais populares é a corvina na grelha, cuja receita está neste livro. A criação de animais também possibilitou que o Uruguai se tornasse um grande produtor de doce de leite, que é consumido puro ou como um toque em biscoitos, bolos, alfajores, churros e pudins.
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Turquia vota neste domingo sob temores de avanço do autoritarismo
Às vésperas das eleições parlamentares que, neste domingo (7), podem abrir o caminho para uma mudança no sistema de governo na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan usou um comício para rebater críticas a seu crescente autoritarismo. "Eles dizem 'ditador'. Quem é ditador? Há 90 partidos [no país], 20 deles estão concorrendo nesta eleição. Que tipo de ditador é esse a quem se pode xingar nos jornais e nas TVs?", afirmou o presidente, na capital, Ancara, nesta sexta (5). Casos de jornalistas, ativistas, estudantes e até uma miss processados por insultá-lo em redes sociais, contudo, têm sido frequentes. Apesar de seu nome não constar nas cédulas eleitorais, Erdogan, que foi primeiro-ministro do país entre 2003 e 2014, é o principal personagem da votação de domingo e, sob críticas, percorreu o país em campanha. É ele que lidera os esforços pelo projeto de mudança do sistema parlamentarista para o presidencialista "ao estilo turco", mantendo um congresso unicameral. Pelo cenário atual, o posto de Erdogan é essencialmente simbólico –as decisões importantes devem ficar a cargo do premiê, Ahmet Davutoglu. Para mudar o sistema, seu partido, o AK (Justiça e Desenvolvimento), precisa conseguir 2/3 dos assentos nestas eleições para aprovar a emenda à Constituição. Pesquisas mostram, contudo, que uma vitória por ampla vantagem é menos provável após o crescimento do apoio ao pró-curdo HD, fundado em 2012. Em levantamento do Instituto Sonar, no fim de maio, o AK aparece com 41% das intenções de voto. O HD, com 10,4% Pesam contra Erdogan e seu partido, ainda, a desconfiança da população sobre sua tentativa de concentrar poderes e "islamizar" a Turquia e o fraco desempenho econômico do país –desemprego de 11,5%, crescimento de 2,9% em 2014 (em 2011, a economia crescera 8,8%). EXPLOSÕES Em um comício do HD em Diyarbakir, a maior cidade do sudeste turco, duas explosões mataram ao menos duas pessoas e feriram mais de cem. Erdogan declarou que os aparentes atentados são uma "provocação" feita para "minar a democracia e a atmosfera de paz e fraternidade" antes das eleições.
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Turquia vota neste domingo sob temores de avanço do autoritarismoÀs vésperas das eleições parlamentares que, neste domingo (7), podem abrir o caminho para uma mudança no sistema de governo na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan usou um comício para rebater críticas a seu crescente autoritarismo. "Eles dizem 'ditador'. Quem é ditador? Há 90 partidos [no país], 20 deles estão concorrendo nesta eleição. Que tipo de ditador é esse a quem se pode xingar nos jornais e nas TVs?", afirmou o presidente, na capital, Ancara, nesta sexta (5). Casos de jornalistas, ativistas, estudantes e até uma miss processados por insultá-lo em redes sociais, contudo, têm sido frequentes. Apesar de seu nome não constar nas cédulas eleitorais, Erdogan, que foi primeiro-ministro do país entre 2003 e 2014, é o principal personagem da votação de domingo e, sob críticas, percorreu o país em campanha. É ele que lidera os esforços pelo projeto de mudança do sistema parlamentarista para o presidencialista "ao estilo turco", mantendo um congresso unicameral. Pelo cenário atual, o posto de Erdogan é essencialmente simbólico –as decisões importantes devem ficar a cargo do premiê, Ahmet Davutoglu. Para mudar o sistema, seu partido, o AK (Justiça e Desenvolvimento), precisa conseguir 2/3 dos assentos nestas eleições para aprovar a emenda à Constituição. Pesquisas mostram, contudo, que uma vitória por ampla vantagem é menos provável após o crescimento do apoio ao pró-curdo HD, fundado em 2012. Em levantamento do Instituto Sonar, no fim de maio, o AK aparece com 41% das intenções de voto. O HD, com 10,4% Pesam contra Erdogan e seu partido, ainda, a desconfiança da população sobre sua tentativa de concentrar poderes e "islamizar" a Turquia e o fraco desempenho econômico do país –desemprego de 11,5%, crescimento de 2,9% em 2014 (em 2011, a economia crescera 8,8%). EXPLOSÕES Em um comício do HD em Diyarbakir, a maior cidade do sudeste turco, duas explosões mataram ao menos duas pessoas e feriram mais de cem. Erdogan declarou que os aparentes atentados são uma "provocação" feita para "minar a democracia e a atmosfera de paz e fraternidade" antes das eleições.
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Advogados de Doria notificam quem o ofende ou ameaça na internet
Desde o início de seu mandato, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tem enviado notificações extrajudiciais a pessoas que, no entender de sua equipe jurídica, cometeram crimes de ofensa ou incitação de violência nas redes sociais contra o prefeito/empresário. As denúncias são repassadas aos advogados por "simpatizantes" de Doria. A história foi revelada inicialmente pelo site BuzzfeedNews e confirmada pelo UOL. "Alguns simpatizantes do Doria nos mandam alguns posts. Eles printam [reproduzem] os posts e mandam para a gente verificar se há prática de ofensa ou incitação de violência. A gente confere tudo e vê que a maioria é de manifestações pacíficas", diz o advogado Guilherme Ruiz Neto, do escritório Pomini Advogados. O escritório pertence ao secretário municipal de Negócios Jurídicos, Anderson Pomini, que se afastou da empresa desde que assumiu o cargo público, e a Thiago Tommasi, que é quem, junto com Ruiz Neto, trabalha para defender Doria dos crimes virtuais. De acordo com Ruiz Neto, os honorários são pagos por Doria. A Pommini Advogados foi inicialmente contratada para a campanha de Doria à prefeitura e seguiu prestando serviços ao empresário. De acordo com Ruiz Neto, o escritório já enviou cerca de 10 notificações extrajudiciais solicitando que usuários de redes sociais retirem postagens ofensivas ao prefeito. Por enquanto, nenhuma dessas notificações virou uma ação, o que poderá acontecer no futuro. "Se não retira [o comentário], a gente promove as ações judiciais cabíveis. Mas a maioria [dos comentários] nós deixamos continuar. Conhecemos o direito de manifestação, só não aceitamos baderna nem estímulo à violência. A internet não é terra sem leis", diz o advogado, que também nega que haja uma "patrulha". "Não temos tempo para ficar fazendo isso, somos advogados", completa. Após ação assinada por Ruiz Neto e Tomassi, a Justiça chegou a determinar que o Facebook divulgasse a quem pertenciam os perfis que criaram um evento na rede social que convidava os usuários para uma "Virada Cultural" na casa do prefeito. Usuários chegaram a relatar o contato dos advogados de Doria. Em texto publicado na rede social, um dos contatados pelos advogados relatou a conversa, na qual teria dito "Triste fim de um advogado perseguir e censurar post de cidadãos comuns"
cotidiano
Advogados de Doria notificam quem o ofende ou ameaça na internetDesde o início de seu mandato, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tem enviado notificações extrajudiciais a pessoas que, no entender de sua equipe jurídica, cometeram crimes de ofensa ou incitação de violência nas redes sociais contra o prefeito/empresário. As denúncias são repassadas aos advogados por "simpatizantes" de Doria. A história foi revelada inicialmente pelo site BuzzfeedNews e confirmada pelo UOL. "Alguns simpatizantes do Doria nos mandam alguns posts. Eles printam [reproduzem] os posts e mandam para a gente verificar se há prática de ofensa ou incitação de violência. A gente confere tudo e vê que a maioria é de manifestações pacíficas", diz o advogado Guilherme Ruiz Neto, do escritório Pomini Advogados. O escritório pertence ao secretário municipal de Negócios Jurídicos, Anderson Pomini, que se afastou da empresa desde que assumiu o cargo público, e a Thiago Tommasi, que é quem, junto com Ruiz Neto, trabalha para defender Doria dos crimes virtuais. De acordo com Ruiz Neto, os honorários são pagos por Doria. A Pommini Advogados foi inicialmente contratada para a campanha de Doria à prefeitura e seguiu prestando serviços ao empresário. De acordo com Ruiz Neto, o escritório já enviou cerca de 10 notificações extrajudiciais solicitando que usuários de redes sociais retirem postagens ofensivas ao prefeito. Por enquanto, nenhuma dessas notificações virou uma ação, o que poderá acontecer no futuro. "Se não retira [o comentário], a gente promove as ações judiciais cabíveis. Mas a maioria [dos comentários] nós deixamos continuar. Conhecemos o direito de manifestação, só não aceitamos baderna nem estímulo à violência. A internet não é terra sem leis", diz o advogado, que também nega que haja uma "patrulha". "Não temos tempo para ficar fazendo isso, somos advogados", completa. Após ação assinada por Ruiz Neto e Tomassi, a Justiça chegou a determinar que o Facebook divulgasse a quem pertenciam os perfis que criaram um evento na rede social que convidava os usuários para uma "Virada Cultural" na casa do prefeito. Usuários chegaram a relatar o contato dos advogados de Doria. Em texto publicado na rede social, um dos contatados pelos advogados relatou a conversa, na qual teria dito "Triste fim de um advogado perseguir e censurar post de cidadãos comuns"
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Quem humaniza o profissional da saúde?
Propor ações envolvendo arte e cultura dentro de hospitais, era algo difícil de ser concebido há algumas décadas. Era visto com inúmeras ressalvas pelos profissionais da saúde responsáveis pelo atendimento. Afinal, o clima de leveza e descontração gerado por estas atividades em nada parecia combinar com as dificuldades naturais diariamente vividas por eles no ambiente hospitalar. Hoje, felizmente, essa realidade faz parte do passado. Cada vez mais os artistas e os educadores são requisitados em todas as áreas das instituições de saúde. É um movimento sem volta, graças à compreensão universal de que o tratamento humanizado é um processo vital na recuperação física e psicológica do indivíduo. Embora ainda haja muito a se fazer no que diz respeito à humanização das relações nos hospitais, é notável o grande avanço experimentado nos últimos anos. Porém, intriga olhar para trás e tentar entender a razão de jamais se pensar em uma humanização voltada também aos profissionais da saúde. Não parece óbvio que, para tratar os pacientes em sua plenitude, é preciso, em primeiro lugar, buscar melhorar as condições de trabalho de quem cuida deles no dia a dia? Muito pouco se faz a este respeito. O que se constata são jornadas de trabalho exaustivas, pressão psicológica em seu nível mais elevado e salários incompatíveis. O resultado disso são profissionais da saúde com estafas física e mental, recepcionista, faxineiro, cozinheiro até os médicos, passando pela equipe de enfermagem. Para os auxiliares de enfermagem, técnicos e enfermeiros, o cenário é ainda mais desafiador. São eles os responsáveis pela linha de frente do atendimento, posição estratégica e ao mesmo tempo delicada, à medida que os obriga a sofrer pressão de todos os lados. Firmou-se por aqui uma visão distorcida de humanização, como se ela se limitasse a ações esporádicas para trazer alguma leveza à dura realidade de nossas instituições de saúde. Na verdade, deve ser concebida como modelo de gestão a ser aplicado e fiscalizado no cotidiano das instituições. O sucesso de qualquer meta nessa área precisa, portanto, passar pela valorização do profissional da saúde. Para que ele de fato compreenda o seu papel na instituição, seja devidamente capacitado e saiba atuar de forma eficaz nas questões enfrentadas pelo paciente. A boa notícia é que alguns hospitais parecem estar despertando para tal realidade. Procuram levar um novo olhar aos seus profissionais. Ainda é muito pouco, obviamente, diante do panorama preocupante da saúde no país. Da mesma forma que o conceito de humanização para o paciente evoluiu nos últimos anos, é possível estender essas ações em larga escala também aos profissionais da saúde. Uma nova ordem que beneficiará a todos nós que, querendo ou não, um dia necessitaremos dos serviços desses profissionais nos hospitais. REGINA VIDIGAL GUARITA, diretora-presidente da Associação Arte Despertar, é integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais
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Quem humaniza o profissional da saúde?Propor ações envolvendo arte e cultura dentro de hospitais, era algo difícil de ser concebido há algumas décadas. Era visto com inúmeras ressalvas pelos profissionais da saúde responsáveis pelo atendimento. Afinal, o clima de leveza e descontração gerado por estas atividades em nada parecia combinar com as dificuldades naturais diariamente vividas por eles no ambiente hospitalar. Hoje, felizmente, essa realidade faz parte do passado. Cada vez mais os artistas e os educadores são requisitados em todas as áreas das instituições de saúde. É um movimento sem volta, graças à compreensão universal de que o tratamento humanizado é um processo vital na recuperação física e psicológica do indivíduo. Embora ainda haja muito a se fazer no que diz respeito à humanização das relações nos hospitais, é notável o grande avanço experimentado nos últimos anos. Porém, intriga olhar para trás e tentar entender a razão de jamais se pensar em uma humanização voltada também aos profissionais da saúde. Não parece óbvio que, para tratar os pacientes em sua plenitude, é preciso, em primeiro lugar, buscar melhorar as condições de trabalho de quem cuida deles no dia a dia? Muito pouco se faz a este respeito. O que se constata são jornadas de trabalho exaustivas, pressão psicológica em seu nível mais elevado e salários incompatíveis. O resultado disso são profissionais da saúde com estafas física e mental, recepcionista, faxineiro, cozinheiro até os médicos, passando pela equipe de enfermagem. Para os auxiliares de enfermagem, técnicos e enfermeiros, o cenário é ainda mais desafiador. São eles os responsáveis pela linha de frente do atendimento, posição estratégica e ao mesmo tempo delicada, à medida que os obriga a sofrer pressão de todos os lados. Firmou-se por aqui uma visão distorcida de humanização, como se ela se limitasse a ações esporádicas para trazer alguma leveza à dura realidade de nossas instituições de saúde. Na verdade, deve ser concebida como modelo de gestão a ser aplicado e fiscalizado no cotidiano das instituições. O sucesso de qualquer meta nessa área precisa, portanto, passar pela valorização do profissional da saúde. Para que ele de fato compreenda o seu papel na instituição, seja devidamente capacitado e saiba atuar de forma eficaz nas questões enfrentadas pelo paciente. A boa notícia é que alguns hospitais parecem estar despertando para tal realidade. Procuram levar um novo olhar aos seus profissionais. Ainda é muito pouco, obviamente, diante do panorama preocupante da saúde no país. Da mesma forma que o conceito de humanização para o paciente evoluiu nos últimos anos, é possível estender essas ações em larga escala também aos profissionais da saúde. Uma nova ordem que beneficiará a todos nós que, querendo ou não, um dia necessitaremos dos serviços desses profissionais nos hospitais. REGINA VIDIGAL GUARITA, diretora-presidente da Associação Arte Despertar, é integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais
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Carnaval na Alemanha tem carros sobre "Charlie Hebdo" e liberdade de expressão
Milhares de pessoas fantasiadas acompanharam o desfile de carros alegóricos do Carnaval de Colônia, oeste da Alemanha, apesar dos temores de um atentado terrorista que, no domingo (15), levou ao cancelamento dos festejos em Brunswick, no norte do país. A "Segunda-feira das Rosas" é o momento maior do Carnaval alemão e, na ocasião, as grandes cidade da região de Renânia do Norte/Westfália organizam gigantescas festas populares. "Estamos bem preparados", afirmou uma porta-voz da polícia de Colônia, referindo-se às medidas de segurança para o desfile. No mês passado, a prefeitura havia proibido que se fizesse referência aos atentados de Paris por questões de segurança. Mas a decisão foi revertida. Agora, à frente dos desfiles, há dois carros dedicados à liberdade de expressão. Um representa um palhaço que rega uma planta em forma de lápis, símbolo das manifestações contra o atentado na revista Charlie Hebdo e em um supermercado judeu em Paris, ao pé do qual está a cabeça cortada de um terrorista. No desfile de Dusseldorf (oeste), também houve carros dedicados à "Charlie Hebdo" e à liberdade de expressão. No domingo, a cidade alemã de Braunschweig (norte) cancelou um desfile de Carnaval em função de uma "ameaça específica de ataque islamita", conforme anunciou a polícia. O desfile foi cancelado depois de um informação fornecida por fontes da segurança de Estado, segundo comunicado da polícia. Entrevistado pelo canal de televisão alemão NDR, um dos chefes de polícia, Michael Pientka, indicou que não havia ligações entre este cancelamento e os ataques terroristas registrados no sábado em Copenhague, um mês depois dos atentados jihadistas que deixaram 17 mortos em Paris. Segundo os organizadores, as festividades de Braunschweig são as mais importantes do norte da Alemanha durante as comemoração do Carnaval, com mais de 250.000 visitantes. A decisão de cancelar o evento foi tomada pelo prefeito da cidade, Ulrich Markurth, e o diretor do desfile, Gerhard Baller.
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Carnaval na Alemanha tem carros sobre "Charlie Hebdo" e liberdade de expressãoMilhares de pessoas fantasiadas acompanharam o desfile de carros alegóricos do Carnaval de Colônia, oeste da Alemanha, apesar dos temores de um atentado terrorista que, no domingo (15), levou ao cancelamento dos festejos em Brunswick, no norte do país. A "Segunda-feira das Rosas" é o momento maior do Carnaval alemão e, na ocasião, as grandes cidade da região de Renânia do Norte/Westfália organizam gigantescas festas populares. "Estamos bem preparados", afirmou uma porta-voz da polícia de Colônia, referindo-se às medidas de segurança para o desfile. No mês passado, a prefeitura havia proibido que se fizesse referência aos atentados de Paris por questões de segurança. Mas a decisão foi revertida. Agora, à frente dos desfiles, há dois carros dedicados à liberdade de expressão. Um representa um palhaço que rega uma planta em forma de lápis, símbolo das manifestações contra o atentado na revista Charlie Hebdo e em um supermercado judeu em Paris, ao pé do qual está a cabeça cortada de um terrorista. No desfile de Dusseldorf (oeste), também houve carros dedicados à "Charlie Hebdo" e à liberdade de expressão. No domingo, a cidade alemã de Braunschweig (norte) cancelou um desfile de Carnaval em função de uma "ameaça específica de ataque islamita", conforme anunciou a polícia. O desfile foi cancelado depois de um informação fornecida por fontes da segurança de Estado, segundo comunicado da polícia. Entrevistado pelo canal de televisão alemão NDR, um dos chefes de polícia, Michael Pientka, indicou que não havia ligações entre este cancelamento e os ataques terroristas registrados no sábado em Copenhague, um mês depois dos atentados jihadistas que deixaram 17 mortos em Paris. Segundo os organizadores, as festividades de Braunschweig são as mais importantes do norte da Alemanha durante as comemoração do Carnaval, com mais de 250.000 visitantes. A decisão de cancelar o evento foi tomada pelo prefeito da cidade, Ulrich Markurth, e o diretor do desfile, Gerhard Baller.
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Lista
Medo e Delírio em Las Vegas", de Hunter Thompson; "Mãos de Cavalo", de Daniel Galera; "O Colosso de Marússia", de Henry Miller; "A Ditadura da Moda", Nina Lemos; "Um Ano na Provence", de Peter Mayle; "Paris É uma Festa", de Ernest Hemingway; "O Flâneur", de Edmund White; "Pornopopeia", de Reinaldo Moraes; "Leite Derramado", de Chico Buarque; "Cozinha Confidencial", de Anthony Bourdain; "Em Busca do Prato Perfeito", de Anthony Bourdain; "Na Pior em Paris e em Londres", de George Orwell; "O Imperador", de Ryszard Kapuściński; "O Único Final Feliz para uma História de Amor É um Acidente", de João Paulo Cuenca; "Do Fundo do Poço se Vê a Lua", de Joca Reiners Terron; "A Árvore dos Desejos", de William Faulkner; "A Dama do Cachorrinho", de Anton Tchékhov; "Iniciantes", de Raymond Carver; "Big Sur", de Jack Kerouac; "O Faroeste", de Claude Fohlen; "Os Detetives Selvagens", de Roberto Bolaño; "Noturno do Chile", de Roberto Bolaño; "Estrela Distante", de Roberto Bolaño; "As Aventuras de Huckleberry Finn", de Mark Twain; "Hell's Angels", de Hunter Thompson; "O Tempo dos Assassinos", de Henry Miller; "A Dama do Lago", de Raymond Chandler; "A Balada de Bob Dylan", de Daniel Mark Epstein; "Notre-Dame de Paris", de Victor Hugo; "Mar Morto", de Jorge Amado; "Vinho & Guerra", de Don e Petie Kladstrup; "Retratos Parisienses", de Rubem Braga; "Contos Reunidos", de João Antônio; "A Vida de Joana D'Arc", de Erico Verissimo; "A Espuma dos Dias", de Boris Vian; "Ao Sul de Lugar Nenhum", de Charles Bukowski; "Mulheres", de Charles Bukowski; "Hollywood", de Charles Bukowski; "Factótum", de Charles Bukowski; "A Paz Conjugal", de Honoré de Balzac; "Grande Sonho do Céu", de Sam Shepard; "O Irmão Alemão", de Chico Buarque; "O Cheirinho do Amor", de Reinaldo Moraes; "Macário", de B. Traven; "Três Contos", de Gustave Flaubert; "Águas-fortes Portenhas", de Roberto Arlt; "A Neve Estava Suja", de Georges Simenon; "Bola de Sebo e Outros Contos e Novelas", de Guy de Maupassant; "A Autobiografia de Alice B. Toklas", de Gertrude Stein; "O Sol Também se Levanta", de Ernest Hemingway; "200 Crônicas Escolhidas", de Rubem Braga; "O Paraíso das Damas", de Émile Zola; "Írisz: as Orquídeas", de Noemi Jaffe; "Grandes Esperanças", de Charles Dickens; "Se Liga no Som", de Ricardo Teperman; "Crônicas - Vol. 1", de Bob Dylan; "Minha Luta 1 - A morte do Pai", de Karl Ove Knausgård; "O Coração É um Caçador Solitário", de Carson McCullers; "A Balada do Café Triste", de Carson McCullers; "Trinta e Poucos", de Antonio Prata; "Walkscapes - O Caminhar como Prática Estética", de Francesco Careri. E poemas de Maiakóvski, Baudelaire, Chacal, Dylan Thomas, Rimbaud, Alberto Martins, Angélica Freitas, Fabiano Calixto, García Lorca, Marília Garcia, Eduardo Sterzi, Eucanaã Ferraz, Cecília Meireles, Antonio Cisneros e Wally Salomão. Eis a lista do que leram juntos nos últimos dez anos, nas manhãs de sábado e de domingo, ela deitada com o iPad no colo -se distraindo pra se concentrar-, ele sentado perto da janela com a página aberta onde cai a luz. De vez em quando um avião. De vez em quando os urubus.
colunas
ListaMedo e Delírio em Las Vegas", de Hunter Thompson; "Mãos de Cavalo", de Daniel Galera; "O Colosso de Marússia", de Henry Miller; "A Ditadura da Moda", Nina Lemos; "Um Ano na Provence", de Peter Mayle; "Paris É uma Festa", de Ernest Hemingway; "O Flâneur", de Edmund White; "Pornopopeia", de Reinaldo Moraes; "Leite Derramado", de Chico Buarque; "Cozinha Confidencial", de Anthony Bourdain; "Em Busca do Prato Perfeito", de Anthony Bourdain; "Na Pior em Paris e em Londres", de George Orwell; "O Imperador", de Ryszard Kapuściński; "O Único Final Feliz para uma História de Amor É um Acidente", de João Paulo Cuenca; "Do Fundo do Poço se Vê a Lua", de Joca Reiners Terron; "A Árvore dos Desejos", de William Faulkner; "A Dama do Cachorrinho", de Anton Tchékhov; "Iniciantes", de Raymond Carver; "Big Sur", de Jack Kerouac; "O Faroeste", de Claude Fohlen; "Os Detetives Selvagens", de Roberto Bolaño; "Noturno do Chile", de Roberto Bolaño; "Estrela Distante", de Roberto Bolaño; "As Aventuras de Huckleberry Finn", de Mark Twain; "Hell's Angels", de Hunter Thompson; "O Tempo dos Assassinos", de Henry Miller; "A Dama do Lago", de Raymond Chandler; "A Balada de Bob Dylan", de Daniel Mark Epstein; "Notre-Dame de Paris", de Victor Hugo; "Mar Morto", de Jorge Amado; "Vinho & Guerra", de Don e Petie Kladstrup; "Retratos Parisienses", de Rubem Braga; "Contos Reunidos", de João Antônio; "A Vida de Joana D'Arc", de Erico Verissimo; "A Espuma dos Dias", de Boris Vian; "Ao Sul de Lugar Nenhum", de Charles Bukowski; "Mulheres", de Charles Bukowski; "Hollywood", de Charles Bukowski; "Factótum", de Charles Bukowski; "A Paz Conjugal", de Honoré de Balzac; "Grande Sonho do Céu", de Sam Shepard; "O Irmão Alemão", de Chico Buarque; "O Cheirinho do Amor", de Reinaldo Moraes; "Macário", de B. Traven; "Três Contos", de Gustave Flaubert; "Águas-fortes Portenhas", de Roberto Arlt; "A Neve Estava Suja", de Georges Simenon; "Bola de Sebo e Outros Contos e Novelas", de Guy de Maupassant; "A Autobiografia de Alice B. Toklas", de Gertrude Stein; "O Sol Também se Levanta", de Ernest Hemingway; "200 Crônicas Escolhidas", de Rubem Braga; "O Paraíso das Damas", de Émile Zola; "Írisz: as Orquídeas", de Noemi Jaffe; "Grandes Esperanças", de Charles Dickens; "Se Liga no Som", de Ricardo Teperman; "Crônicas - Vol. 1", de Bob Dylan; "Minha Luta 1 - A morte do Pai", de Karl Ove Knausgård; "O Coração É um Caçador Solitário", de Carson McCullers; "A Balada do Café Triste", de Carson McCullers; "Trinta e Poucos", de Antonio Prata; "Walkscapes - O Caminhar como Prática Estética", de Francesco Careri. E poemas de Maiakóvski, Baudelaire, Chacal, Dylan Thomas, Rimbaud, Alberto Martins, Angélica Freitas, Fabiano Calixto, García Lorca, Marília Garcia, Eduardo Sterzi, Eucanaã Ferraz, Cecília Meireles, Antonio Cisneros e Wally Salomão. Eis a lista do que leram juntos nos últimos dez anos, nas manhãs de sábado e de domingo, ela deitada com o iPad no colo -se distraindo pra se concentrar-, ele sentado perto da janela com a página aberta onde cai a luz. De vez em quando um avião. De vez em quando os urubus.
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Ataques aéreos do regime sírio deixam ao menos 71 civis mortos em Aleppo
Pelo menos de 71 civis morreram neste sábado (30) e dezenas ficaram feridos após dois ataques aéreos do regime sírio com barris de explosivos na cidade de Aleppo, no norte da Síria, informou a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). "O balanço de vítimas dos ataques com barris de explosivos subiu a 71 civis mortos, 59 deles na localidade de Al Bab e 12 na cidade de Aleppo", informou o OSDH, que havia relatado anteriormente a morte de 45 pessoas. Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório, que tem sede na Grã-Bretanha, declarou que 12 pessoas morreram no bairro de Al Shaar, no leste de Aleppo, em poder dos rebeldes sírios. Oito das vítimas pertenciam à mesma família. Os corpos das vítimas jaziam nas ruas de Al Shaar cobertos por cobertores ensanguentados, informou um correspondente da agência AFP presente no local. Um grupo de voluntários civis tentava retirar os escombros com uma pá mecânica. Shahud Hussein, presente no momento do impacto das bombas, disse que elas eram tão potentes que é provável que os edifícios do bairro desabem. Na região de Al Bab, dois helicópteros atacaram um mercado popular em um momento de grande movimento e deixaram ao menos 59 mortos. Al Bab está localizado 40 quilômetros a nordeste de Aleppo e é controlado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI). As organizações de defesa dos direitos humanos criticam regularmente a utilização destes barris repletos de explosivos pelo regime do presidente Bashar al-Assad, porque se trata de uma arma particularmente destrutiva que mata às cegas. As forças do regime começaram a utilizar essas bombas de barril em 2013 contra os setores rebeldes de Aleppo, a segunda cidade do país controlada em parte pelos insurgentes. No total, as autoridades efetuaram 12.560 bombardeios desde o início de 2015, 6.686 com helicópteros que lançam barris de explosivos, e 5.874 com aviões. Desde março de 2011, a Síria vive uma guerra civil, que já deixou mais de 220 mil mortos, segundo a ONU.
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Ataques aéreos do regime sírio deixam ao menos 71 civis mortos em AleppoPelo menos de 71 civis morreram neste sábado (30) e dezenas ficaram feridos após dois ataques aéreos do regime sírio com barris de explosivos na cidade de Aleppo, no norte da Síria, informou a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). "O balanço de vítimas dos ataques com barris de explosivos subiu a 71 civis mortos, 59 deles na localidade de Al Bab e 12 na cidade de Aleppo", informou o OSDH, que havia relatado anteriormente a morte de 45 pessoas. Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório, que tem sede na Grã-Bretanha, declarou que 12 pessoas morreram no bairro de Al Shaar, no leste de Aleppo, em poder dos rebeldes sírios. Oito das vítimas pertenciam à mesma família. Os corpos das vítimas jaziam nas ruas de Al Shaar cobertos por cobertores ensanguentados, informou um correspondente da agência AFP presente no local. Um grupo de voluntários civis tentava retirar os escombros com uma pá mecânica. Shahud Hussein, presente no momento do impacto das bombas, disse que elas eram tão potentes que é provável que os edifícios do bairro desabem. Na região de Al Bab, dois helicópteros atacaram um mercado popular em um momento de grande movimento e deixaram ao menos 59 mortos. Al Bab está localizado 40 quilômetros a nordeste de Aleppo e é controlado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI). As organizações de defesa dos direitos humanos criticam regularmente a utilização destes barris repletos de explosivos pelo regime do presidente Bashar al-Assad, porque se trata de uma arma particularmente destrutiva que mata às cegas. As forças do regime começaram a utilizar essas bombas de barril em 2013 contra os setores rebeldes de Aleppo, a segunda cidade do país controlada em parte pelos insurgentes. No total, as autoridades efetuaram 12.560 bombardeios desde o início de 2015, 6.686 com helicópteros que lançam barris de explosivos, e 5.874 com aviões. Desde março de 2011, a Síria vive uma guerra civil, que já deixou mais de 220 mil mortos, segundo a ONU.
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Cadeirinha em van escolar deixa de ser obrigatória devido a 'baixa oferta'
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) suspendeu, nesta quinta-feira (1º), o uso obrigatório de cadeirinha para crianças de até sete anos e meio nos transportes escolares. A decisão, anunciada no "Diário Oficial" da União, considera a "baixa oferta no mercado" do equipamento. A cadeirinha era exigida nos veículos desde julho do ano passado. Segundo o Contran, a suspensão dura até que sejam fabricados transportes escolares com cintos de segurança e moldes adequados para fixar o acessório de crianças e haja mais equipamentos à venda no mercado. O Conselho disse, na suspensão, que não há dispositivos suficientes sendo vendidos para atender à quantidade de veículos escolares em circulação. Afirmou que há "dificuldades técnicas, econômicas e sociais para a adaptação dos veículos escolares" à exigência do equipamento. O Contran também declarou que são necessários mais estudos para avaliar a eficiência da adaptação ao uso da cadeirinha em veículos mais antigos. No "Diário Oficial", o Conselho ainda afirmou que fundamenta as decisões em duas regras da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o trânsito, em uma audiência pública sobre o uso da cadeirinha e em três sentenças judiciais. O Contran é o órgão máximo que decide sobre o Código Brasileiro de Trânsito. O Conselho é formado por representantes de nove ministérios e da Agência Nacional de Transportes Terrestres.
cotidiano
Cadeirinha em van escolar deixa de ser obrigatória devido a 'baixa oferta'O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) suspendeu, nesta quinta-feira (1º), o uso obrigatório de cadeirinha para crianças de até sete anos e meio nos transportes escolares. A decisão, anunciada no "Diário Oficial" da União, considera a "baixa oferta no mercado" do equipamento. A cadeirinha era exigida nos veículos desde julho do ano passado. Segundo o Contran, a suspensão dura até que sejam fabricados transportes escolares com cintos de segurança e moldes adequados para fixar o acessório de crianças e haja mais equipamentos à venda no mercado. O Conselho disse, na suspensão, que não há dispositivos suficientes sendo vendidos para atender à quantidade de veículos escolares em circulação. Afirmou que há "dificuldades técnicas, econômicas e sociais para a adaptação dos veículos escolares" à exigência do equipamento. O Contran também declarou que são necessários mais estudos para avaliar a eficiência da adaptação ao uso da cadeirinha em veículos mais antigos. No "Diário Oficial", o Conselho ainda afirmou que fundamenta as decisões em duas regras da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o trânsito, em uma audiência pública sobre o uso da cadeirinha e em três sentenças judiciais. O Contran é o órgão máximo que decide sobre o Código Brasileiro de Trânsito. O Conselho é formado por representantes de nove ministérios e da Agência Nacional de Transportes Terrestres.
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Livro recém-lançado no Brasil revela bastidores da criação de 'Star Wars'
Cinemas não faziam parte da infância do inglês Chris Taylor, 42. Por isso, seu primeiro contato com "Star Wars" não foi diante de uma tela, mas no verso da caixa de cereal, em 1978, um ano depois do lançamento do primeiro filme da série. "Para minha sorte, o enredo era recontado nas embalagens, onde havia imagens dos personagens principais", diz à Folha. "Depois eu me graduei nos quadrinhos e nos bonecos de brinquedo, e quando o filme foi exibido na TV britânica pela primeira vez, em 1982, eu já era um grande fã sem nunca ter visto um minuto da obra." Trinta e sete anos depois da caixa de cereal, o editor assistente do site "Mashable" lança "Como Star Wars Conquistou o Universo", o mais completo livro-reportagem sobre a franquia, que trata das influências de George Lucas, da criação da série e do possível futuro da saga. Ele parte da infância de Lucas, nascido em 1944, no fim da Segunda Guerra, e passou a juventude sob a Guerra Fria. As influências do período podem ser observadas "nas submetralhadoras UK Sterling modificadas usadas pelos stormtroopers, na Mauser C96 semiautomática alemã usada por Han Solo" e outros elementos que permeiam a obra. O detalhamento do livro serve para desvendar alguns mitos em torno do universo criado por Lucas. Um deles é sobre a relação de "Star Wars" com "A Fortaleza Escondida", de Akira Kurosawa. Taylor desmente a ideia,comum entre cinéfilos, de que "Star Wars" é baseado no filme de 1958. Também contradiz a crença de que Joseph Campbell, pioneiro no estudo da "saga do herói", tenha inspirado o primeiro filme. "É possível ver como George Lucas mudou sua história sobre aspectos do filme durante entrevistas que deu", explica. "Ele dizia 'é só um filme', mas o mundo não concordava. Então ele começou a dizer o que o mundo queria ouvir." "É só um filme" que nasceu a partir de um livro de nomes de bebês. De acordo com a obra, Lucas escolhia um nome e começava a inventar descrições. Por mais banal que pareça o exercício, ele gerou, especula Taylor, mais de US$ 40 bilhões entre 1977 e 2013, entre venda de ingressos, licenciamentos e outras receitas. Em 2012, a LucasFilm, estúdio que criou os seis títulos da série, foi vendido à Disney por US$ 4 bilhões. O sétimo episódio -"O Despertar da Força"- chega aos cinemas em 17/12. Aliás, o que Taylor acha do sabre de luz em formato de cruz invertida, motivo de tanto frisson entre os fanáticos por "Star Wars"? "Acho ótimo! Mostra que J.J. Abrams e sua equipe de designers não têm medo de tentar coisas novas. É exatamente o que você precisa fazer com a franquia: arriscar e não levar os riscos tão a sério. Estou otimista." COMO STAR WARS CONQUISTOU O UNIVERSO Autor: Chris Taylor Tradução: André Gordirro Editora: Aleph Quanto: R$ 59,90 (616 págs.) Bate-papo na Comic Con 2015: qui. (3), às 15h30; sex. (4), às 19h, no auditório Ultra
ilustrada
Livro recém-lançado no Brasil revela bastidores da criação de 'Star Wars'Cinemas não faziam parte da infância do inglês Chris Taylor, 42. Por isso, seu primeiro contato com "Star Wars" não foi diante de uma tela, mas no verso da caixa de cereal, em 1978, um ano depois do lançamento do primeiro filme da série. "Para minha sorte, o enredo era recontado nas embalagens, onde havia imagens dos personagens principais", diz à Folha. "Depois eu me graduei nos quadrinhos e nos bonecos de brinquedo, e quando o filme foi exibido na TV britânica pela primeira vez, em 1982, eu já era um grande fã sem nunca ter visto um minuto da obra." Trinta e sete anos depois da caixa de cereal, o editor assistente do site "Mashable" lança "Como Star Wars Conquistou o Universo", o mais completo livro-reportagem sobre a franquia, que trata das influências de George Lucas, da criação da série e do possível futuro da saga. Ele parte da infância de Lucas, nascido em 1944, no fim da Segunda Guerra, e passou a juventude sob a Guerra Fria. As influências do período podem ser observadas "nas submetralhadoras UK Sterling modificadas usadas pelos stormtroopers, na Mauser C96 semiautomática alemã usada por Han Solo" e outros elementos que permeiam a obra. O detalhamento do livro serve para desvendar alguns mitos em torno do universo criado por Lucas. Um deles é sobre a relação de "Star Wars" com "A Fortaleza Escondida", de Akira Kurosawa. Taylor desmente a ideia,comum entre cinéfilos, de que "Star Wars" é baseado no filme de 1958. Também contradiz a crença de que Joseph Campbell, pioneiro no estudo da "saga do herói", tenha inspirado o primeiro filme. "É possível ver como George Lucas mudou sua história sobre aspectos do filme durante entrevistas que deu", explica. "Ele dizia 'é só um filme', mas o mundo não concordava. Então ele começou a dizer o que o mundo queria ouvir." "É só um filme" que nasceu a partir de um livro de nomes de bebês. De acordo com a obra, Lucas escolhia um nome e começava a inventar descrições. Por mais banal que pareça o exercício, ele gerou, especula Taylor, mais de US$ 40 bilhões entre 1977 e 2013, entre venda de ingressos, licenciamentos e outras receitas. Em 2012, a LucasFilm, estúdio que criou os seis títulos da série, foi vendido à Disney por US$ 4 bilhões. O sétimo episódio -"O Despertar da Força"- chega aos cinemas em 17/12. Aliás, o que Taylor acha do sabre de luz em formato de cruz invertida, motivo de tanto frisson entre os fanáticos por "Star Wars"? "Acho ótimo! Mostra que J.J. Abrams e sua equipe de designers não têm medo de tentar coisas novas. É exatamente o que você precisa fazer com a franquia: arriscar e não levar os riscos tão a sério. Estou otimista." COMO STAR WARS CONQUISTOU O UNIVERSO Autor: Chris Taylor Tradução: André Gordirro Editora: Aleph Quanto: R$ 59,90 (616 págs.) Bate-papo na Comic Con 2015: qui. (3), às 15h30; sex. (4), às 19h, no auditório Ultra
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Decisivos, Rafael Marques e Ricardo Oliveira se enfrentam em clássico
O torcedor que gosta de ver gols tem um bom motivo para assistir ao confronto entre Palmeiras e Santos, no Allianz Parque, às 16h deste domingo (19), pelo Brasileiro. Um motivo, não. São dois: os atacantes Rafael Marques, 32, e Ricardo Oliveira, 35. Tanto o palmeirense quanto o santista têm feito a diferença por suas equipes em clássicos em 2015. O desempenho indica que isso pode se repetir esta tarde. Os números de Ricardo Oliveira são melhores. Iniciou a 14ª rodada como artilheiro do Brasileiro, com oito gols. No ano, jogou oito clássicos pelo Santos e marcou sete vezes. A maior vítima foi o São Paulo: três jogos e três gols. Outros dois gols foram contra o Corinthians e mais dois foram frente o Palmeiras. Os números atuais até deixaram o jogador como centro das atenções no time. "Fazer gols em clássicos tem esse efeito. Mas prefiro ver o time vencer", disse o artilheiro. "Retrospecto faz bem até começar o jogo. Na prática, sei que será muito difícil, um clássico contra um time bem montado", completou. Do outro lado, Rafael Marques disputou seis clássicos e marcou cinco vezes. O São Paulo também foi a maior vítima: três gols. O Corinthians sofreu mais dois e o Santos, curiosamente, não levou nenhum gol do artilheiro palmeirense no ano. "Rafael Marques é um jogador fundamental, que todo técnico gosta. Tem boa técnica, faz gols importantes e é um jogador tático. Jogador interessante, moderno e fundamental no processo", disse o técnico Marcelo Oliveira. A semelhança entre eles, no entanto, fica apenas no rendimento nos clássicos. O estilo de ambos é diferente. Ricardo Oliveira é o centroavante do Santos. Veterano, ele não é tão encarregado de funções táticas. A principal cobrança do técnico Dorival Júnior para ele é referente ao posicionamento. A obrigação do camisa 9 santista é fazer gol. Já estava sendo assim antes de Dorival Júnior assumir, quando o comando estava com Marcelo Fernandes. Já Rafael Marques foi centroavante durante um período na carreira, mas não gosta de atuar dessa forma. Prefere ter mais liberdade no campo e isso tem sido respeitado no Palmeiras, mesmo antes de Marcelo Oliveira assumir o comando. Rafael Marques atua pelo lado direito do ataque, com opção de completar o meio de campo, percorrer a lateral e aparecer na área. Mas ele tem mais obrigações que o rival, como acompanhar os adversários na marcação e dar passes para os companheiros terem oportunidade de gol. DESTINOS CRUZADOS Um outro atrativo no clássico será Dorival Júnior. Ele reencontra o Allianz Parque sete meses após o empate entre Palmeiras e Atlético-PR por 1 a 1, que livrou o time alviverde do rebaixamento. Ele era o técnico alviverde. Quem também ajudou o clube da capital naquela data foi o Santos, que venceu o Vitória por 1 a 0, em Salvador.
esporte
Decisivos, Rafael Marques e Ricardo Oliveira se enfrentam em clássicoO torcedor que gosta de ver gols tem um bom motivo para assistir ao confronto entre Palmeiras e Santos, no Allianz Parque, às 16h deste domingo (19), pelo Brasileiro. Um motivo, não. São dois: os atacantes Rafael Marques, 32, e Ricardo Oliveira, 35. Tanto o palmeirense quanto o santista têm feito a diferença por suas equipes em clássicos em 2015. O desempenho indica que isso pode se repetir esta tarde. Os números de Ricardo Oliveira são melhores. Iniciou a 14ª rodada como artilheiro do Brasileiro, com oito gols. No ano, jogou oito clássicos pelo Santos e marcou sete vezes. A maior vítima foi o São Paulo: três jogos e três gols. Outros dois gols foram contra o Corinthians e mais dois foram frente o Palmeiras. Os números atuais até deixaram o jogador como centro das atenções no time. "Fazer gols em clássicos tem esse efeito. Mas prefiro ver o time vencer", disse o artilheiro. "Retrospecto faz bem até começar o jogo. Na prática, sei que será muito difícil, um clássico contra um time bem montado", completou. Do outro lado, Rafael Marques disputou seis clássicos e marcou cinco vezes. O São Paulo também foi a maior vítima: três gols. O Corinthians sofreu mais dois e o Santos, curiosamente, não levou nenhum gol do artilheiro palmeirense no ano. "Rafael Marques é um jogador fundamental, que todo técnico gosta. Tem boa técnica, faz gols importantes e é um jogador tático. Jogador interessante, moderno e fundamental no processo", disse o técnico Marcelo Oliveira. A semelhança entre eles, no entanto, fica apenas no rendimento nos clássicos. O estilo de ambos é diferente. Ricardo Oliveira é o centroavante do Santos. Veterano, ele não é tão encarregado de funções táticas. A principal cobrança do técnico Dorival Júnior para ele é referente ao posicionamento. A obrigação do camisa 9 santista é fazer gol. Já estava sendo assim antes de Dorival Júnior assumir, quando o comando estava com Marcelo Fernandes. Já Rafael Marques foi centroavante durante um período na carreira, mas não gosta de atuar dessa forma. Prefere ter mais liberdade no campo e isso tem sido respeitado no Palmeiras, mesmo antes de Marcelo Oliveira assumir o comando. Rafael Marques atua pelo lado direito do ataque, com opção de completar o meio de campo, percorrer a lateral e aparecer na área. Mas ele tem mais obrigações que o rival, como acompanhar os adversários na marcação e dar passes para os companheiros terem oportunidade de gol. DESTINOS CRUZADOS Um outro atrativo no clássico será Dorival Júnior. Ele reencontra o Allianz Parque sete meses após o empate entre Palmeiras e Atlético-PR por 1 a 1, que livrou o time alviverde do rebaixamento. Ele era o técnico alviverde. Quem também ajudou o clube da capital naquela data foi o Santos, que venceu o Vitória por 1 a 0, em Salvador.
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Numa escola ocupada
Nós fomos falar de literatura, mas esperávamos que a discussão migrasse para a proposta de fechamento das 92 escolas estaduais em São Paulo, o impeachment, a crise hídrica e outros temas espinhosos do noticiário. No entanto, a conversa que eu e os amigos escritores Fabrício Corsaletti, João Paulo Cuenca, Chico Mattoso e Paulo Werneck tivemos com os alunos de uma das 196 escolas ocupadas, no último domingo, não poderia ter sido mais diferente do que imaginávamos. "Alckmin" foi pronunciado uma vez só –e por mim. A política, nesse sentido menor, mesquinho, que vem sendo praticado pelo país nos últimos 515 anos, passou longe e a literatura foi apenas o veículo que nos levou ao que realmente interessava: a Política com P maiúsculo, no sentido que os atenienses deram ao termo 2.400 anos atrás e que estes alunos e alunas da rede pública vêm resgatando desde que entraram em suas escolas de manhã cedinho, há quatro semanas, e não saíram mais. Dormem por lá, cozinham, tomam banho, fazem faxina, reparam infiltrações e recebem mais atividades extracurriculares, nestes 30 dias, do que em toda a vida escolar. "A gente nunca tinha tido um debate aqui", disse uma das alunas. "Esse ano, todo mês eu tentava trazer alguém, mas a diretora proibia." Desde a ocupação, com a ajuda de voluntários, organizaram shows, aulas de geografia, física, culinária, ioga, dança, teatro, improvisação, quadrinhos, música, debates sobre dívida pública, questões de gênero –e a lista continua. Em uma hora e meia, não ouvimos nenhum desses clichês de Facebook sobre a roubalheira petralha ou a privataria tucana. As questões saltavam o estéril Flá-Flu e aterrissavam no solo bem mais fértil da experiência cotidiana. "A gente só teve poesia no terceiro colegial, pro vestibular." "Os professores entram, botam tudo na lousa e acabou." "A diretora fica vários meses viajando e quando aparece, não tá nem aí." "Encontramos três mesas de som, tela, tinta, um monte de papéis a que a gente não tinha acesso." A ocupação começou contra a proposta de fechamento de 92 unidades de ensino (já adiada pelo governo), mas no processo os alunos descobriram questões mais importantes. Que as escolas não precisam ser ruins. Chatas. Abandonadas. Que "público" não é do governo e tampouco de ninguém, mas deles. Aprenderam, por si sós –"fazendo arroz pra cem negos" e decidindo, em assembleia, se o cigarro seria ou não liberado, lá dentro (não)–, talvez a lição mais importante que se pode levar da escola: que são donos dos próprios narizes e responsáveis pelo mundo em que vivem. Agora, se perguntam: se com pouca idade e experiência eles conseguem administrar aquele espaço tão bem, por que o Estado mais rico da oitava economia do mundo não consegue? No fim do papo, uma garota do terceiro colegial nos falou: "O que eu mais queria era tá no primeiro, pra poder estudar três anos nessa escola do jeito que ela vai ser daqui pra frente, depois da ocupação". Me deu um baita nó na garganta: ainda não sei se foi pela esperança que essa experiência me traz num momento tão trevoso da história nacional ou se pela tristeza de ver que a única resposta que o país parece ter para os anseios destes meninos é soco, cassetete, bomba e gás lacrimogêneo.
colunas
Numa escola ocupadaNós fomos falar de literatura, mas esperávamos que a discussão migrasse para a proposta de fechamento das 92 escolas estaduais em São Paulo, o impeachment, a crise hídrica e outros temas espinhosos do noticiário. No entanto, a conversa que eu e os amigos escritores Fabrício Corsaletti, João Paulo Cuenca, Chico Mattoso e Paulo Werneck tivemos com os alunos de uma das 196 escolas ocupadas, no último domingo, não poderia ter sido mais diferente do que imaginávamos. "Alckmin" foi pronunciado uma vez só –e por mim. A política, nesse sentido menor, mesquinho, que vem sendo praticado pelo país nos últimos 515 anos, passou longe e a literatura foi apenas o veículo que nos levou ao que realmente interessava: a Política com P maiúsculo, no sentido que os atenienses deram ao termo 2.400 anos atrás e que estes alunos e alunas da rede pública vêm resgatando desde que entraram em suas escolas de manhã cedinho, há quatro semanas, e não saíram mais. Dormem por lá, cozinham, tomam banho, fazem faxina, reparam infiltrações e recebem mais atividades extracurriculares, nestes 30 dias, do que em toda a vida escolar. "A gente nunca tinha tido um debate aqui", disse uma das alunas. "Esse ano, todo mês eu tentava trazer alguém, mas a diretora proibia." Desde a ocupação, com a ajuda de voluntários, organizaram shows, aulas de geografia, física, culinária, ioga, dança, teatro, improvisação, quadrinhos, música, debates sobre dívida pública, questões de gênero –e a lista continua. Em uma hora e meia, não ouvimos nenhum desses clichês de Facebook sobre a roubalheira petralha ou a privataria tucana. As questões saltavam o estéril Flá-Flu e aterrissavam no solo bem mais fértil da experiência cotidiana. "A gente só teve poesia no terceiro colegial, pro vestibular." "Os professores entram, botam tudo na lousa e acabou." "A diretora fica vários meses viajando e quando aparece, não tá nem aí." "Encontramos três mesas de som, tela, tinta, um monte de papéis a que a gente não tinha acesso." A ocupação começou contra a proposta de fechamento de 92 unidades de ensino (já adiada pelo governo), mas no processo os alunos descobriram questões mais importantes. Que as escolas não precisam ser ruins. Chatas. Abandonadas. Que "público" não é do governo e tampouco de ninguém, mas deles. Aprenderam, por si sós –"fazendo arroz pra cem negos" e decidindo, em assembleia, se o cigarro seria ou não liberado, lá dentro (não)–, talvez a lição mais importante que se pode levar da escola: que são donos dos próprios narizes e responsáveis pelo mundo em que vivem. Agora, se perguntam: se com pouca idade e experiência eles conseguem administrar aquele espaço tão bem, por que o Estado mais rico da oitava economia do mundo não consegue? No fim do papo, uma garota do terceiro colegial nos falou: "O que eu mais queria era tá no primeiro, pra poder estudar três anos nessa escola do jeito que ela vai ser daqui pra frente, depois da ocupação". Me deu um baita nó na garganta: ainda não sei se foi pela esperança que essa experiência me traz num momento tão trevoso da história nacional ou se pela tristeza de ver que a única resposta que o país parece ter para os anseios destes meninos é soco, cassetete, bomba e gás lacrimogêneo.
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Balão do Piu-Piu cai em fachada de prédio em SP e assusta moradores
Um balão com estampa do Piu-Piu caiu em cima de um prédio no bairro de Santa Cecília, centro de São Paulo, na manhã deste domingo (2). O balão caiu na fachada de um prédio da rua São Vicente de Paulo, por volta das 9h. Os moradores ficaram assustados e chamaram os bombeiros. Três viaturas foram para o local e com a ajuda do zelador retiraram o balão, segundo um vizinho do prédio, Marcello Sciarotta Zaveri, 26. "Estava dormindo. Acordei com as viaturas e fui atrás pra ver o que era", conta Zaveri. Ninguém ficou ferido, segundo a testemunha. O caso não foi registrado pelo Corpo de Bombeiros, que não soube informar se houve feridos.
cotidiano
Balão do Piu-Piu cai em fachada de prédio em SP e assusta moradoresUm balão com estampa do Piu-Piu caiu em cima de um prédio no bairro de Santa Cecília, centro de São Paulo, na manhã deste domingo (2). O balão caiu na fachada de um prédio da rua São Vicente de Paulo, por volta das 9h. Os moradores ficaram assustados e chamaram os bombeiros. Três viaturas foram para o local e com a ajuda do zelador retiraram o balão, segundo um vizinho do prédio, Marcello Sciarotta Zaveri, 26. "Estava dormindo. Acordei com as viaturas e fui atrás pra ver o que era", conta Zaveri. Ninguém ficou ferido, segundo a testemunha. O caso não foi registrado pelo Corpo de Bombeiros, que não soube informar se houve feridos.
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Delcídio diz que banqueiro topou pagar R$ 1,5 mi para calar delator
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) disse em seu acordo de delação que o banqueiro André Esteves aceitou ajudar a comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró porque temia que viessem à tona as propinas que um sócio dele pagou à BR Distribuidora para ter essa bandeira numa rede de postos de gasolina. Esteves, que está em prisão domiciliar e alegava ser vítima do maior erro da Operação Lava Jato, teria aceitado pagar R$ 1,5 milhão ao advogado que defendia Cerveró, Edson Ribeiro, segundo o relato de Delcídio. O senador afirma que "André Esteves, em principio, disse que tinha interesse nos pagamentos para o custeio da família Cerveró, em pagar os honorários advocatícios". O defensor de Cerveró chegou a preparar um contrato que seria celebrado com uma das empresas de Esteves para justificar a saída legal dos recursos, ainda de acordo com Delcídio. As negociações entre o senador e o banqueiro começaram em setembro do ano passado, depois que um dos filhos do pecuarista José Carlos Bumlai, chamado Maurício Bumlai, desistiu de ajudar Cerveró, segundo o relato de Delcídio. Maurício chegou a pagar R$ 250 mil ao advogado de Cerveró, em cinco parcelas, mas interrompeu os pagamentos quando soube que o lobista Fernando Soares, o Baiano, citara José Carlos Bumlai em sua delação. Ou seja, o silêncio de Cerveró já não servia para nada no caso de Bumlai porque um outro delator entregara o papel dele na intermediação de contratos da Petrobras, no caso o fornecimento de sonda para exploração de petróleo, negócio que rendeu R$ 1,6 bilhão para o grupo Schahin. Leia a íntegra da delação: Leia a íntegra da delação Delcídio conta que procurou a família Bumlai a pedido do ex-presidente Lula. O senador relata que Lula pediu ajuda a ele para "segurar" a delação de Cerveró porque as revelações atingiriam o seu amigo pecuarista. De acordo com o senador, "o motivo fundamental para sua intervenção na engrenagem voltada ao embaraço da delação de Nestor Cerveró consistia em evitar que viessem à tona fatos supostamente ilícitos com o envolvimento do próprio depoente [Delcídio], além de José Carlos Bumlai e de Lula". Delcídio diz que houve uma "chantagem explícita" por parte de Lula, realizada inicialmente sobre ele e depois sobre a família Bumlai. O objetivo da "chantagem", de acordo com Delcídio, era comprar o silêncio de Cerveró" e, assim, favorecer não apenas José Carlos Bumlai, mas também o próprio Lula". MEU BANCO É MEU NOME Delcídio relata que Esteves aceitou participar da operação para silenciar Cerveró porque queria evitar que o seu nome aparecesse na Lava Jato como pagador de suborno. O banqueiro dizia que não queria se envolver com propina porque "meu banco é meu nome". Foi por essa razão, segundo o senador, que o banqueiro repassou a um sócio numa rede de 120 postos de gasolina, chamado Carlos Santiago, a tarefa de pagar propina à BR Distribuidora para que a rede passasse a operar com essa bandeira. Como a BR é loteada politicamente, conseguir operar com a bandeira da distribuidora requer apoio político. No caso dos postos, o senador Fernando Collor (PTB-AL) é alvo de uma investigação no Supremo, na qual é acusado pelo doleiro Alberto Youssef de ter recebido R$ 3 milhões nesse negócio. Cerveró forneceu outros valores em sua delação. Ele diz ter ouvido do empresário Pedro Paulo Leoni Ramos que Esteves e seu sócio pagaram de R$ 6 milhões a R$ 10 milhões para obter a bandeira da BR para a rede de postos. O senador diz ainda que o banqueiro é um dos principais mantenedores do Instituto Lula. "Isso se deve ao fato de Lula ter sido um grande sponsor [patrocinador] dos negócios do BTG". Delcídio, no entanto, diz não saber da participação de Lula num outro negócio suspeito que Esteves teria participado, a compra de uma parte da Petroáfrica. Segundo Delcídio, o BTG Pactual pagou US$ 1,5 bilhão por 50% da Petroáfrica, mas o negócio valia US$ 2,7 bilhões, de acordo com avaliação que ele diz ter ouvido de auditores da Petrobras. Delcídio, Esteves e o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, foram presos em 25 de novembro do ano passado. Delcídio saiu da prisão depois de fazer delação. Esteves cumpre prisão domiciliar em São Paulo desde 17 de dezembro, quando o Supremo libertou-o do presídio Bangu 8. OUTRO LADO A assessoria do banqueiro André Esteves informou que ele nunca empregou a expressão "meu banco é meu nome", citada pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na delação. "Nunca falei essa frase para ninguém", afirmou o banqueiro, segundo a sua assessoria. A frase não traduz a situação do banco, que não é só de Esteves, mas de um grupo de 239 sócios. Esteves nega que tenha topado pagar R$ 1,5 milhão para calar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. A defesa do banqueiro diz que ele nunca participou dos fatos narrados por Delcídio. O advogado de Maurício Bumlai, Damian Vilutis, diz que seu cliente nega a versão relatada por Delcídio, de que teria dado R$ 250 mil para Cerveró desistir da delação. "Isso não tem o menor cabimento", afirma Vilutis. O BTG Pactual diz que não foi o banco, mas uma empresa dos sócios, que investiu numa rede de postos que recebeu a bandeira da BR Distribuidora. Essa empresa, chamada Partners Alpha Participações, diz desconhecer "qualquer irregularidade nas operações". O banco nega que seja mantenedor do Instituto Lula, mas diz ter feito uma única doação para a entidade mantida pelo ex-presidente, em 2014. O mesmo valor foi entregue ao Instituto Fernando Henrique Cardoso, de acordo com o banco. O BTG Pactual afirma ter contratado Lula para fazer três palestras, uma em 2011 e duas em 2013, em Nova York e Londres, para 300 investidores. O banco não quis informar o valor da contribuição ao Instituto Lula nem o quanto pagou pelas palestras do ex-presidente. O Instituto Lula, por sua vez, disse que não se pronunciaria sobre a delação de Delcídio. Até este momento, a Folha não conseguiu localizar a defesa de Carlos Santiago. Veja a íntegra da nota do BTG Pactual: "O BTG Pactual esclarece que não é, e nunca foi, mantenedor do Instituto Lula. O Banco tem como política realizar doações para entidades socioculturais sem fins lucrativos, como fundações educacionais, orquestras, museus e entidades filantrópicas. O BTG Pactual fez, em 2014, sua única doação para o Instituto Lula, mesmo valor, aliás, destinado à Fundação Instituto Fernando Henrique Cardoso no biênio 2010/2011. O valor doado a esses dois institutos representa menos de 2 % cada do total de doações realizadas pelo banco desde 2010. O banco também fez doações para a Fundação Estudar, Insper Engenharia, Parceiros da Educação, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) no Rio de Janeiro, Museu Judaico, Conservation International Brasil, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e Museu de Arte de São Paulo (Masp), entre outras instituições. O BTG Pactual contratou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio da empresa L.I.L.S. Palestras, Eventos e Publicações Ltda., para realizar uma palestra no ano de 2011 e duas palestras em 2013. Essas palestras foram realizadas no âmbito do evento internacional LatAmCEO Conference em Nova Iorque e Londres, nas quais ele falou para cerca de 300 investidores em cada uma delas. Os valores desembolsados pelas palestras foram compatíveis com a relevância dos eventos realizados e não se afastam da faixa de valores usualmente cobrados por ex-presidentes de outros países. Nesses eventos, o BTG Pactual usualmente convida ex-presidentes para fazer palestras. Já participaram, entre outros, Nicolás Sarkozy (França), Cesar Gaviria (Colômbia), Alan Garcia (Peru), Álvaro Uribe (Colômbia) e Sebastián Piñera (Chile). As Medidas Provisórias 668 e 681 não tratam do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) nem beneficiam a atividade específica do BTG Pactual."
poder
Delcídio diz que banqueiro topou pagar R$ 1,5 mi para calar delatorO senador Delcídio do Amaral (PT-MS) disse em seu acordo de delação que o banqueiro André Esteves aceitou ajudar a comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró porque temia que viessem à tona as propinas que um sócio dele pagou à BR Distribuidora para ter essa bandeira numa rede de postos de gasolina. Esteves, que está em prisão domiciliar e alegava ser vítima do maior erro da Operação Lava Jato, teria aceitado pagar R$ 1,5 milhão ao advogado que defendia Cerveró, Edson Ribeiro, segundo o relato de Delcídio. O senador afirma que "André Esteves, em principio, disse que tinha interesse nos pagamentos para o custeio da família Cerveró, em pagar os honorários advocatícios". O defensor de Cerveró chegou a preparar um contrato que seria celebrado com uma das empresas de Esteves para justificar a saída legal dos recursos, ainda de acordo com Delcídio. As negociações entre o senador e o banqueiro começaram em setembro do ano passado, depois que um dos filhos do pecuarista José Carlos Bumlai, chamado Maurício Bumlai, desistiu de ajudar Cerveró, segundo o relato de Delcídio. Maurício chegou a pagar R$ 250 mil ao advogado de Cerveró, em cinco parcelas, mas interrompeu os pagamentos quando soube que o lobista Fernando Soares, o Baiano, citara José Carlos Bumlai em sua delação. Ou seja, o silêncio de Cerveró já não servia para nada no caso de Bumlai porque um outro delator entregara o papel dele na intermediação de contratos da Petrobras, no caso o fornecimento de sonda para exploração de petróleo, negócio que rendeu R$ 1,6 bilhão para o grupo Schahin. Leia a íntegra da delação: Leia a íntegra da delação Delcídio conta que procurou a família Bumlai a pedido do ex-presidente Lula. O senador relata que Lula pediu ajuda a ele para "segurar" a delação de Cerveró porque as revelações atingiriam o seu amigo pecuarista. De acordo com o senador, "o motivo fundamental para sua intervenção na engrenagem voltada ao embaraço da delação de Nestor Cerveró consistia em evitar que viessem à tona fatos supostamente ilícitos com o envolvimento do próprio depoente [Delcídio], além de José Carlos Bumlai e de Lula". Delcídio diz que houve uma "chantagem explícita" por parte de Lula, realizada inicialmente sobre ele e depois sobre a família Bumlai. O objetivo da "chantagem", de acordo com Delcídio, era comprar o silêncio de Cerveró" e, assim, favorecer não apenas José Carlos Bumlai, mas também o próprio Lula". MEU BANCO É MEU NOME Delcídio relata que Esteves aceitou participar da operação para silenciar Cerveró porque queria evitar que o seu nome aparecesse na Lava Jato como pagador de suborno. O banqueiro dizia que não queria se envolver com propina porque "meu banco é meu nome". Foi por essa razão, segundo o senador, que o banqueiro repassou a um sócio numa rede de 120 postos de gasolina, chamado Carlos Santiago, a tarefa de pagar propina à BR Distribuidora para que a rede passasse a operar com essa bandeira. Como a BR é loteada politicamente, conseguir operar com a bandeira da distribuidora requer apoio político. No caso dos postos, o senador Fernando Collor (PTB-AL) é alvo de uma investigação no Supremo, na qual é acusado pelo doleiro Alberto Youssef de ter recebido R$ 3 milhões nesse negócio. Cerveró forneceu outros valores em sua delação. Ele diz ter ouvido do empresário Pedro Paulo Leoni Ramos que Esteves e seu sócio pagaram de R$ 6 milhões a R$ 10 milhões para obter a bandeira da BR para a rede de postos. O senador diz ainda que o banqueiro é um dos principais mantenedores do Instituto Lula. "Isso se deve ao fato de Lula ter sido um grande sponsor [patrocinador] dos negócios do BTG". Delcídio, no entanto, diz não saber da participação de Lula num outro negócio suspeito que Esteves teria participado, a compra de uma parte da Petroáfrica. Segundo Delcídio, o BTG Pactual pagou US$ 1,5 bilhão por 50% da Petroáfrica, mas o negócio valia US$ 2,7 bilhões, de acordo com avaliação que ele diz ter ouvido de auditores da Petrobras. Delcídio, Esteves e o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, foram presos em 25 de novembro do ano passado. Delcídio saiu da prisão depois de fazer delação. Esteves cumpre prisão domiciliar em São Paulo desde 17 de dezembro, quando o Supremo libertou-o do presídio Bangu 8. OUTRO LADO A assessoria do banqueiro André Esteves informou que ele nunca empregou a expressão "meu banco é meu nome", citada pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na delação. "Nunca falei essa frase para ninguém", afirmou o banqueiro, segundo a sua assessoria. A frase não traduz a situação do banco, que não é só de Esteves, mas de um grupo de 239 sócios. Esteves nega que tenha topado pagar R$ 1,5 milhão para calar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. A defesa do banqueiro diz que ele nunca participou dos fatos narrados por Delcídio. O advogado de Maurício Bumlai, Damian Vilutis, diz que seu cliente nega a versão relatada por Delcídio, de que teria dado R$ 250 mil para Cerveró desistir da delação. "Isso não tem o menor cabimento", afirma Vilutis. O BTG Pactual diz que não foi o banco, mas uma empresa dos sócios, que investiu numa rede de postos que recebeu a bandeira da BR Distribuidora. Essa empresa, chamada Partners Alpha Participações, diz desconhecer "qualquer irregularidade nas operações". O banco nega que seja mantenedor do Instituto Lula, mas diz ter feito uma única doação para a entidade mantida pelo ex-presidente, em 2014. O mesmo valor foi entregue ao Instituto Fernando Henrique Cardoso, de acordo com o banco. O BTG Pactual afirma ter contratado Lula para fazer três palestras, uma em 2011 e duas em 2013, em Nova York e Londres, para 300 investidores. O banco não quis informar o valor da contribuição ao Instituto Lula nem o quanto pagou pelas palestras do ex-presidente. O Instituto Lula, por sua vez, disse que não se pronunciaria sobre a delação de Delcídio. Até este momento, a Folha não conseguiu localizar a defesa de Carlos Santiago. Veja a íntegra da nota do BTG Pactual: "O BTG Pactual esclarece que não é, e nunca foi, mantenedor do Instituto Lula. O Banco tem como política realizar doações para entidades socioculturais sem fins lucrativos, como fundações educacionais, orquestras, museus e entidades filantrópicas. O BTG Pactual fez, em 2014, sua única doação para o Instituto Lula, mesmo valor, aliás, destinado à Fundação Instituto Fernando Henrique Cardoso no biênio 2010/2011. O valor doado a esses dois institutos representa menos de 2 % cada do total de doações realizadas pelo banco desde 2010. O banco também fez doações para a Fundação Estudar, Insper Engenharia, Parceiros da Educação, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) no Rio de Janeiro, Museu Judaico, Conservation International Brasil, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e Museu de Arte de São Paulo (Masp), entre outras instituições. O BTG Pactual contratou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio da empresa L.I.L.S. Palestras, Eventos e Publicações Ltda., para realizar uma palestra no ano de 2011 e duas palestras em 2013. Essas palestras foram realizadas no âmbito do evento internacional LatAmCEO Conference em Nova Iorque e Londres, nas quais ele falou para cerca de 300 investidores em cada uma delas. Os valores desembolsados pelas palestras foram compatíveis com a relevância dos eventos realizados e não se afastam da faixa de valores usualmente cobrados por ex-presidentes de outros países. Nesses eventos, o BTG Pactual usualmente convida ex-presidentes para fazer palestras. Já participaram, entre outros, Nicolás Sarkozy (França), Cesar Gaviria (Colômbia), Alan Garcia (Peru), Álvaro Uribe (Colômbia) e Sebastián Piñera (Chile). As Medidas Provisórias 668 e 681 não tratam do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) nem beneficiam a atividade específica do BTG Pactual."
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Mundo Econômico
PANORAMA MUNDO Diante das expectativas do resultado do terceiro trimestre do PIB (Produto Interno Bruto) da China, a precisão dos dados oficiais da economia do país foi contestada. Enquanto parte do mercado financeiro e jornalistas especulam que a economia chinesa está pior do que os números oficiais demonstram, pesquisas apontaram na direção inversa: a economia do gigante asiático é maior do que os dados oficiais sugerem. Relatório da instituição de pesquisa CSIS, divulgado no mês passado, mostrou que o PIB chinês de 2013 foi US$ 10,5 trilhões, em vez dos US$ 9,5 trilhões apontados pelos dados oficiais. O principal motivo para a divergência entre dados oficiais e a economia real é o sistema contábil usado pela China para medir o PIB. O método atual cobre menos o setor de serviços, que, segundo economistas, desde 2009 contribui mais para o PIB do que o setor industrial. O gráfico abaixo mostra a tendência da economia chinesa, de orientação manufatureira para uma economia de serviços. Com a economia maior, o nível de endividamento chinês em relação ao PIB parece menos assustador e a produtividade se mostra melhor. Mesmo com o tom positivo da notícia, dados econômicos não confiáveis são preocupantes, pois alimentam o ciclo de políticas ineficazes, seguidas por pânico nos mercados financeiros e maiores danos à economia. Apesar do forte impacto nas expectativas dos investidores, a desaceleração da economia chinesa não é surpresa. Como mostrado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), a taxa de crescimento da China vem desacelerando desde 2010 —de 10,6% para uma projeção de 6,8% em 2015. O desaquecimento econômico era esperado, visto que o modelo tradicional de crescimento chinês se aproxima dos limites estrutural e ambiental. Em um discurso para líderes provinciais, o primeiro-ministro e chefe do governo, Li Keqiang, destacou que a China precisa de reformas estruturais e tecnológicas, em uma transição de métodos tradicionais de crescimento para métodos inovadores. A necessidade de reformas pró-mercado mais profundas tem sido evidenciada pela ineficiência das estatais chinesas em relação às empresas privadas. Desafios enfrentados pela China incluem a consolidação de uma economia de mercado baseada no consumidor e reformas no sistema financeiro. O relatório do banco central chinês divulgado em 7 de outubro apresentou reservas melhores que as esperadas, evidenciando a redução da fuga de capitais. Além disso, a recente estabilização do yuan sugere que a política de transição para taxa de câmbio baseada no mercado tem sido bem executada e, com isso, espera-se que a China evite o colapso financeiro anunciado pela 'Black Monday' —quando, em 24 de agosto, a Bolsa de Xangai caiu 8,5%. PANORAMA BRASIL O acordo concluído em 5 de outubro entre Estados Unidos, Japão e outros dez países, a Parceria Transpacífico (TPP), terá fortes impactos na economia do Brasil e dos demais emergentes. O tratado reduzirá barreiras comerciais entre os membros, que, em conjunto, são responsáveis por 40% da economia mundial e possuem um mercado consumidor de 800 milhões de pessoas. Segundo especialistas, o tratado serve de alerta para o Brasil, apontando para a necessidade de maior integração do país na economia mundial. Com o TPP, o esforço brasileiro no desenvolvimento de negociações multilaterais na OMC (Organização Mundial do Comércio) mostra-se inválido, pois, com a nova realidade comercial estabelecida pelas regras do acordo, o Brasil perde poder de negociação, assumindo posição passiva nas negociações de regras comerciais internacionais. Além disso, como os membros do acordo trocarão mercadorias sem taxação de impostos, os produtos brasileiros perderão competitividade em mercados importantes. O Brasil exportou, no ano passado, US$ 54 bilhões para os 12 países envolvidos no tratado —aproximadamente 25% do valor total de exportações— e importou US$ 60 bilhões. Um estudo do Centro de Comércio Global e Investimento da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostra que o impacto do tratado na indústria brasileira será relevante: oito dos 16 setores industriais de transformação sofrerão perdas no PIB. O setor de veículos e partes deve ter perda de 1%, enquanto o setor de equipamentos e transportes deve perder 3%. A Parceria Transpacífico deve enfraquecer a OMC, e a União Europeia deve acelerar a negociação com os EUA para a conclusão da Parceria Transatlântica (TTIP). A parceria entre americanos e europeus pode reduzir em 5% as exportações brasileiras para os EUA e UE. Os emergentes que estão fora das negociações terão que se adaptar aos padrões estabelecidos pelo acordo. Em especial, a TPP fortalece os Estados Unidos, ao contrabalancear a influência chinesa sobre o comércio no Pacífico. O tratado ainda deve ser votado pelo Congresso dos EUA, e deve estar ratificado no início de 2016. Por um lado, espera-se que, com o aquecimento das três economias latino-americanas participantes do tratado —México, Chile e Peru—, alguns setores específicos da economia brasileira sejam favorecidos pela maior demanda, como equipamentos eletrônicos, que teriam alta de 0,91% no PIB. Por outro lado, o país perderá mercados na América Latina, o que pode forçar o Brasil e demais integrantes do Mercosul a flexibilizarem suas regras, permitindo que membros aumentem laços com os vizinhos que não pertençam ao bloco. De acordo com economistas, a Parceria Transpacífico é um sinal de maior liberalização do comércio mundial. Seguindo esse raciocínio, ferramentas para lidar com a crise brasileira incluem maior abertura econômica e uma postura que permita maior inserção nas negociações dos grandes acordos internacionais. Post em parceria com Yan Kaled Barbosa, graduando em administração pela Fundação Getulio Vargas e trainee pela Consultoria Júnior de Economia
colunas
Mundo EconômicoPANORAMA MUNDO Diante das expectativas do resultado do terceiro trimestre do PIB (Produto Interno Bruto) da China, a precisão dos dados oficiais da economia do país foi contestada. Enquanto parte do mercado financeiro e jornalistas especulam que a economia chinesa está pior do que os números oficiais demonstram, pesquisas apontaram na direção inversa: a economia do gigante asiático é maior do que os dados oficiais sugerem. Relatório da instituição de pesquisa CSIS, divulgado no mês passado, mostrou que o PIB chinês de 2013 foi US$ 10,5 trilhões, em vez dos US$ 9,5 trilhões apontados pelos dados oficiais. O principal motivo para a divergência entre dados oficiais e a economia real é o sistema contábil usado pela China para medir o PIB. O método atual cobre menos o setor de serviços, que, segundo economistas, desde 2009 contribui mais para o PIB do que o setor industrial. O gráfico abaixo mostra a tendência da economia chinesa, de orientação manufatureira para uma economia de serviços. Com a economia maior, o nível de endividamento chinês em relação ao PIB parece menos assustador e a produtividade se mostra melhor. Mesmo com o tom positivo da notícia, dados econômicos não confiáveis são preocupantes, pois alimentam o ciclo de políticas ineficazes, seguidas por pânico nos mercados financeiros e maiores danos à economia. Apesar do forte impacto nas expectativas dos investidores, a desaceleração da economia chinesa não é surpresa. Como mostrado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), a taxa de crescimento da China vem desacelerando desde 2010 —de 10,6% para uma projeção de 6,8% em 2015. O desaquecimento econômico era esperado, visto que o modelo tradicional de crescimento chinês se aproxima dos limites estrutural e ambiental. Em um discurso para líderes provinciais, o primeiro-ministro e chefe do governo, Li Keqiang, destacou que a China precisa de reformas estruturais e tecnológicas, em uma transição de métodos tradicionais de crescimento para métodos inovadores. A necessidade de reformas pró-mercado mais profundas tem sido evidenciada pela ineficiência das estatais chinesas em relação às empresas privadas. Desafios enfrentados pela China incluem a consolidação de uma economia de mercado baseada no consumidor e reformas no sistema financeiro. O relatório do banco central chinês divulgado em 7 de outubro apresentou reservas melhores que as esperadas, evidenciando a redução da fuga de capitais. Além disso, a recente estabilização do yuan sugere que a política de transição para taxa de câmbio baseada no mercado tem sido bem executada e, com isso, espera-se que a China evite o colapso financeiro anunciado pela 'Black Monday' —quando, em 24 de agosto, a Bolsa de Xangai caiu 8,5%. PANORAMA BRASIL O acordo concluído em 5 de outubro entre Estados Unidos, Japão e outros dez países, a Parceria Transpacífico (TPP), terá fortes impactos na economia do Brasil e dos demais emergentes. O tratado reduzirá barreiras comerciais entre os membros, que, em conjunto, são responsáveis por 40% da economia mundial e possuem um mercado consumidor de 800 milhões de pessoas. Segundo especialistas, o tratado serve de alerta para o Brasil, apontando para a necessidade de maior integração do país na economia mundial. Com o TPP, o esforço brasileiro no desenvolvimento de negociações multilaterais na OMC (Organização Mundial do Comércio) mostra-se inválido, pois, com a nova realidade comercial estabelecida pelas regras do acordo, o Brasil perde poder de negociação, assumindo posição passiva nas negociações de regras comerciais internacionais. Além disso, como os membros do acordo trocarão mercadorias sem taxação de impostos, os produtos brasileiros perderão competitividade em mercados importantes. O Brasil exportou, no ano passado, US$ 54 bilhões para os 12 países envolvidos no tratado —aproximadamente 25% do valor total de exportações— e importou US$ 60 bilhões. Um estudo do Centro de Comércio Global e Investimento da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostra que o impacto do tratado na indústria brasileira será relevante: oito dos 16 setores industriais de transformação sofrerão perdas no PIB. O setor de veículos e partes deve ter perda de 1%, enquanto o setor de equipamentos e transportes deve perder 3%. A Parceria Transpacífico deve enfraquecer a OMC, e a União Europeia deve acelerar a negociação com os EUA para a conclusão da Parceria Transatlântica (TTIP). A parceria entre americanos e europeus pode reduzir em 5% as exportações brasileiras para os EUA e UE. Os emergentes que estão fora das negociações terão que se adaptar aos padrões estabelecidos pelo acordo. Em especial, a TPP fortalece os Estados Unidos, ao contrabalancear a influência chinesa sobre o comércio no Pacífico. O tratado ainda deve ser votado pelo Congresso dos EUA, e deve estar ratificado no início de 2016. Por um lado, espera-se que, com o aquecimento das três economias latino-americanas participantes do tratado —México, Chile e Peru—, alguns setores específicos da economia brasileira sejam favorecidos pela maior demanda, como equipamentos eletrônicos, que teriam alta de 0,91% no PIB. Por outro lado, o país perderá mercados na América Latina, o que pode forçar o Brasil e demais integrantes do Mercosul a flexibilizarem suas regras, permitindo que membros aumentem laços com os vizinhos que não pertençam ao bloco. De acordo com economistas, a Parceria Transpacífico é um sinal de maior liberalização do comércio mundial. Seguindo esse raciocínio, ferramentas para lidar com a crise brasileira incluem maior abertura econômica e uma postura que permita maior inserção nas negociações dos grandes acordos internacionais. Post em parceria com Yan Kaled Barbosa, graduando em administração pela Fundação Getulio Vargas e trainee pela Consultoria Júnior de Economia
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Bispos católicos poderão perder cargo se forem negligentes com pedofilia
Bispos acusados de negligência ante casos de "abusos sexuais contra menores" poderão ser destituídos, de acordo com um novo decreto que o papa Francisco divulgou neste sábado, e que foi incorporado ao direito canônico, conjunto de regras internas da Igreja Católica. "Com a presente, quero precisar que entre as chamadas 'causas graves' se inclui a negligência dos bispos no exercício de suas funções, em particular no que diz respeito aos casos de abusos sexuais contra menores e adultos vulneráveis", escreveu Francisco. O papa também anunciou a criação de um colégio de juristas que o auxiliarão antes de confirmar a destituição de um bispo, afirma um comunicado divulgado pelo porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi. Na Carta Apostólica com o título "Como uma Mãe Amorosa", o papa afirma que a Igreja "ama todos os seus filhos, mas cuida e protege com especial afeto dos mais frágeis e sem defesa". Portanto, acrescenta o pontífice, seus pastores, e sobretudo seus bispos, devem "mostrar uma diligência especial na proteção dos mais frágeis". O papa Francisco pediu em várias ocasiões a punição severa dos culpados de abusos sexuais contra menores e tolerância zero com esta "tragédia". Ele afirmou diversas vezes que os bispos que protegem pedófilos devem renunciar. E criou no Vaticano uma instância judicial para julgar estas pessoas. Desde 2001 o Vaticano emitiu instruções firmes às igrejas de todo o mundo, como a colaboração automática com a justiça e a suspensão dos padres acusados, mas as associações de vítimas consideram que a conspiração do silêncio continua sendo tolerada nas esferas mais elevadas.
mundo
Bispos católicos poderão perder cargo se forem negligentes com pedofiliaBispos acusados de negligência ante casos de "abusos sexuais contra menores" poderão ser destituídos, de acordo com um novo decreto que o papa Francisco divulgou neste sábado, e que foi incorporado ao direito canônico, conjunto de regras internas da Igreja Católica. "Com a presente, quero precisar que entre as chamadas 'causas graves' se inclui a negligência dos bispos no exercício de suas funções, em particular no que diz respeito aos casos de abusos sexuais contra menores e adultos vulneráveis", escreveu Francisco. O papa também anunciou a criação de um colégio de juristas que o auxiliarão antes de confirmar a destituição de um bispo, afirma um comunicado divulgado pelo porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi. Na Carta Apostólica com o título "Como uma Mãe Amorosa", o papa afirma que a Igreja "ama todos os seus filhos, mas cuida e protege com especial afeto dos mais frágeis e sem defesa". Portanto, acrescenta o pontífice, seus pastores, e sobretudo seus bispos, devem "mostrar uma diligência especial na proteção dos mais frágeis". O papa Francisco pediu em várias ocasiões a punição severa dos culpados de abusos sexuais contra menores e tolerância zero com esta "tragédia". Ele afirmou diversas vezes que os bispos que protegem pedófilos devem renunciar. E criou no Vaticano uma instância judicial para julgar estas pessoas. Desde 2001 o Vaticano emitiu instruções firmes às igrejas de todo o mundo, como a colaboração automática com a justiça e a suspensão dos padres acusados, mas as associações de vítimas consideram que a conspiração do silêncio continua sendo tolerada nas esferas mais elevadas.
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Temer usa Olimpíada para lançar programa social voltado para crianças
O presidente interino Michel Temer lança no próximo dia 24, no Palácio do Planalto, o programa social Criança Feliz, voltado para os filhos de 0 a 3 anos dos beneficiários do Bolsa Família. No mesmo dia será apresentado o filme que será exibido na televisão para divulgar o projeto. O vídeo de 30 segundos, criado pelo marqueteiro Alexandre Oltramari e dirigido por Stella Rizzo, faz referência à Olimpíada, com um ator que aparece com uma medalha. Vídeo do governo Temer O governo quer mostrar, com as peças publicitárias, que "é na primeira infância que se define o futuro das crianças". "Ninguém nasce campeão, ninguém chega ao topo da noite para o dia. Para botar uma medalha no peito, leva uma vida. [...] Quando a gente muda o começo do jogo, a gente também muda o resultado do jogo", diz o locutor do anúncio.
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Temer usa Olimpíada para lançar programa social voltado para criançasO presidente interino Michel Temer lança no próximo dia 24, no Palácio do Planalto, o programa social Criança Feliz, voltado para os filhos de 0 a 3 anos dos beneficiários do Bolsa Família. No mesmo dia será apresentado o filme que será exibido na televisão para divulgar o projeto. O vídeo de 30 segundos, criado pelo marqueteiro Alexandre Oltramari e dirigido por Stella Rizzo, faz referência à Olimpíada, com um ator que aparece com uma medalha. Vídeo do governo Temer O governo quer mostrar, com as peças publicitárias, que "é na primeira infância que se define o futuro das crianças". "Ninguém nasce campeão, ninguém chega ao topo da noite para o dia. Para botar uma medalha no peito, leva uma vida. [...] Quando a gente muda o começo do jogo, a gente também muda o resultado do jogo", diz o locutor do anúncio.
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'Playboy' Brasil decide manter ensaios com mulheres nuas na revista
A edição brasileira da revista "Playboy" anunciou no editorial da edição de novembro a decisão de seguir publicando fotos de mulheres nuas. A opção vai na contramão da matriz americana, que deixará de exibir nus a partir de março do próximo ano. No texto, o diretor da publicação, Sérgio Xavier Filho, disse que irá "observar com atenção" a reação dos leitores à nova política da "Playboy" dos Estados Unidos. De acordo com ele, as edições internacionais têm liberdade editorial sobre a ousadia dos ensaios fotográficos. "Aqui no Brasil, seguiremos publicando nossos 'nudes' e observando com atenção o que ocorrerá nos Estados Unidos. De certo mesmo, apenas a promessa de que nunca mais escreverei 'nudes'. Que ideia mais cretina essa de 'gourmetizar' a mulher pelada...", afirmou. Xavier Filho definiu a decisão da "Playboy" americana de abandonar os nus –principal marca da revista desde o lançamento, em 1953– como "suprema ousadia" do fundador e editor-chefe, Hugh Hefner. Em entrevista à Folha em outubro, o diretor da edição brasileira reconheceu que as fotos de mulheres nuas perderam força como um diferencial editorial. "Estamos gradativamente perdendo com o nu. Precisaremos pensar em como fazer a transição", declarou. "Lembra que nos anos de 1970 não tinha nu frontal nem dos seios nas fotos da publicação no Brasil? Coisas da censura".
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'Playboy' Brasil decide manter ensaios com mulheres nuas na revistaA edição brasileira da revista "Playboy" anunciou no editorial da edição de novembro a decisão de seguir publicando fotos de mulheres nuas. A opção vai na contramão da matriz americana, que deixará de exibir nus a partir de março do próximo ano. No texto, o diretor da publicação, Sérgio Xavier Filho, disse que irá "observar com atenção" a reação dos leitores à nova política da "Playboy" dos Estados Unidos. De acordo com ele, as edições internacionais têm liberdade editorial sobre a ousadia dos ensaios fotográficos. "Aqui no Brasil, seguiremos publicando nossos 'nudes' e observando com atenção o que ocorrerá nos Estados Unidos. De certo mesmo, apenas a promessa de que nunca mais escreverei 'nudes'. Que ideia mais cretina essa de 'gourmetizar' a mulher pelada...", afirmou. Xavier Filho definiu a decisão da "Playboy" americana de abandonar os nus –principal marca da revista desde o lançamento, em 1953– como "suprema ousadia" do fundador e editor-chefe, Hugh Hefner. Em entrevista à Folha em outubro, o diretor da edição brasileira reconheceu que as fotos de mulheres nuas perderam força como um diferencial editorial. "Estamos gradativamente perdendo com o nu. Precisaremos pensar em como fazer a transição", declarou. "Lembra que nos anos de 1970 não tinha nu frontal nem dos seios nas fotos da publicação no Brasil? Coisas da censura".
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Trapalhada de republicanos em debate provoca cena cômica em TV dos EUA
O início do debate entre pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos, neste sábado (6), foi um tanto constrangedor. A abertura da transmissão, feita ao vivo pela rede ABC, teve uma confusão no momento em que os pré-candidatos deveriam entrar no palco do colégio Saint Anselm, em New Hampshire. Nesta terça-feira (9) o Estado faz prévias para escolher que nome do partido apoiará para concorrer à Casa Branca. O neurocirurgião aposentado Ben Carson não ouviu seu nome sendo chamado pelos apresentadores da rede ABC. Ele se manteve parado no corredor que dava acesso ao palco. O senador Ted Cruz (Texas) foi chamado e, em seguida, o empresário Donald Trump –que também não ouviu seu nome e se uniu a Carson no corredor. Quando o ex-governador da Flórida Jeb Bush fez sua entrada, os apresentadores anunciaram os pré-candidatos republicanos aos telespectadores, mas três lugares ainda estavam vagos. Carson e Trump foram chamados novamente, mas o senador Marco Rubio (Flórida) lembrou que o governador de Ohio, John Kasich, ainda não havia entrado. "E Kasich? Posso apresentar Kasich?", chegou a perguntar o governador de Nova Jersey, Chris Christie. Ao que o mediador David Muir respondeu: "Está muito barulhento aqui. Nós vamos apresentar o governador Kasich". Depois da trapalhada, o debate foi marcado por ataques da maioria dos pré-candidatos contra Marco Rubio, numa tentativa de frear a ascensão do senador. Ele foi chamado de inexperiente e com poucas realizações em seu currículo. "Você não esteve envolvido em nenhuma decisão sobre a qual teve de prestar contas", disse Christie sobre Rubio. Rubio, 44, terminou a prévia de Iowa, no dia 1º, em terceiro lugar, atrás do vencedor Cruz e de Trump. Ele chega a New Hampshire subindo nas pesquisas –está em segundo lugar, com 15,1% de média, atrás apenas de Trump, com 31,3%¨.
mundo
Trapalhada de republicanos em debate provoca cena cômica em TV dos EUAO início do debate entre pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos, neste sábado (6), foi um tanto constrangedor. A abertura da transmissão, feita ao vivo pela rede ABC, teve uma confusão no momento em que os pré-candidatos deveriam entrar no palco do colégio Saint Anselm, em New Hampshire. Nesta terça-feira (9) o Estado faz prévias para escolher que nome do partido apoiará para concorrer à Casa Branca. O neurocirurgião aposentado Ben Carson não ouviu seu nome sendo chamado pelos apresentadores da rede ABC. Ele se manteve parado no corredor que dava acesso ao palco. O senador Ted Cruz (Texas) foi chamado e, em seguida, o empresário Donald Trump –que também não ouviu seu nome e se uniu a Carson no corredor. Quando o ex-governador da Flórida Jeb Bush fez sua entrada, os apresentadores anunciaram os pré-candidatos republicanos aos telespectadores, mas três lugares ainda estavam vagos. Carson e Trump foram chamados novamente, mas o senador Marco Rubio (Flórida) lembrou que o governador de Ohio, John Kasich, ainda não havia entrado. "E Kasich? Posso apresentar Kasich?", chegou a perguntar o governador de Nova Jersey, Chris Christie. Ao que o mediador David Muir respondeu: "Está muito barulhento aqui. Nós vamos apresentar o governador Kasich". Depois da trapalhada, o debate foi marcado por ataques da maioria dos pré-candidatos contra Marco Rubio, numa tentativa de frear a ascensão do senador. Ele foi chamado de inexperiente e com poucas realizações em seu currículo. "Você não esteve envolvido em nenhuma decisão sobre a qual teve de prestar contas", disse Christie sobre Rubio. Rubio, 44, terminou a prévia de Iowa, no dia 1º, em terceiro lugar, atrás do vencedor Cruz e de Trump. Ele chega a New Hampshire subindo nas pesquisas –está em segundo lugar, com 15,1% de média, atrás apenas de Trump, com 31,3%¨.
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Em cartaz há 11 anos, peça 'O Ilha do Tesouro' encerra temporada; veja atrações para os pequenos
DE SÃO PAULO Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", recomenda o livro "Memórias do Mauricio" Indicação: acima de 8 anos. É provável que você saiba muito sobre a Turma da Mônica: quem é a baixinha e dentuça, quem fala errado, quem não toma banho. Mas e sobre o criador desses personagens? O livro transforma partes da vida de Mauricio de Sousa no que ele mais gosta: histórias em quadrinhos. Feitas por um time de artistas, as HQs falam, por exemplo, do dia em que ele precisou queimar seus gibis. Autores: vários. Editora: Panini Books (2016, 212 págs., R$ 140) * Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere "As Três Penas do Rabo do Grifo" Você conhece o grifo? Vai se surpreender com essa criatura fantástica, que aparece na história que Vó Nita contava para Ana Luísa Lacombe quando a atriz era criança. Cantando acompanhada de Betinho Sodré, Ana encanta ao apresentar esse conto de fadas, recolhido pelos irmãos Grimm, sobre um lenhador que deseja casar com uma princesa. Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. Dom.: 17h. Até 27/11. 50 min. GRÁTIS * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, indica a peça "O Ilha do Tesouro" A peça interativa "O Ilha do Tesouro", que ficou 11 anos em cartaz, encerra temporada. Inspirado na obra de Robert Louis Stevenson (1850-1894), o espetáculo convida pais e filhos a percorrem uma trilha cheia de desafios -e de piratas- para encontrar um tesouro. Para participar, é importante vestir roupas e sapatos confortáveis. Teatro do Centro da Terra - R. Piracuama, 19, Perdizes, região oeste, tel. 3675-1595. 30 lugares. Dom.: 11h. Até 11/12. 90 min. 7 a 12 anos CC: V, M. Ingresso: R$ 60 a R$ 120. Ingr. p/ compreingressos.com. * CONCERTO Café para o Rei O grupo Pera Ensemble mostra aos pequenos a origem do café e sua introdução na Europa. A atriz e diretora Carla Candiotto narra a apresentação contando como o rei Teodoro 1º, apaixonado pelo grão, fica furioso ao descobrir que as sacas de café que havia ganhado de um sultão acabaram. Sesc Vila Mariana - R. Pelotas, 141, Vila Mariana, região sul, tel. 5080-3000. Dom.: 18h. 80 min. Livre CC: V, M, E, D. Ingr. p/ sescsp.org.br. Estac. a partir de R$ 4,50. Ingresso: R$ 10 a R$ 20. Credencial plena: grátis. a i w ESPECIAL Fim de Semana em Família O evento dedica suas atividades infantis a temas indígenas. Na roda de conversa O Feminino Indígena, às 14h, as convidadas Djerá Retê, Parapoty Guarani e Paramirim Guarani, da aldeia do Pico do Jaraguá, contam histórias e promovem oficinas de artesanato, pintura corporal, dança e canto para crianças. Depois, às 16h, o documentário "Piõ Höimanazé - a Mulher Xavante em sua Arte" será exibido. Itaú Cultural - Av. Paulista, 149, Bela Vista, região central, tel. 2168-1777. Dom.: 13h30 às 17h. Até 27/11. Livre. Ingr. p/ itaucultural.org.br. Valet a partir de R$ 10 (r. Leôncio de Carvalho, 108). SHOW Música Para Pequenos A apresentação da banda Jazz100Strezz mergulha em clássicos de compositores como Toquinho e Chico Buarque, tocados de forma instrumental. O repertório passeia por títulos como "História de uma Gata", "João e Maria" e "Aquarela". Ao Vivo Music - R. Inhambú, 229, Vila Uberabinha, região oeste, tel. 5052-0072. 100 pessoas. Dom.: 11h. 27/11. Até 27/11. 90 min. Livre CC: V, M, AE. Valet R$ 20. Ingresso: R$ 15 a R$ 30. Até 4 anos: grátis. Ingr. p/ aovivomusic.com.br. a TEATRO INFANTIL FIM? * Elenco: Kleber Bianez e Rani Guerra. Direção: Iarlei Rangel. 50 min. Livre. No espetáculo do grupo Esparrama, as baratas Beatriti e Margueriti comemoram por só restar lixões, campos de guerra e lama no mundo. Mas depois se dão conta de que os atrapalhados palhaços Batatinha e Nerdolino ainda vagam pelo planeta. Irritadas com a presença dos dois, elas passam a executar planos para tirá-los de seu caminho. Indicação do "Guia": a partir de 6 anos. Teatro Alfa - sala B - R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, região sul, tel. 5693-4000. 204 lugares. Dom.: 17h30. Até 27/11. 50 min. Livre CC: V, M, AE, D. Ingr. p/ teatroalfa.com.br. Valet R$ 18. Ingresso: R$ 30. a i t
saopaulo
Em cartaz há 11 anos, peça 'O Ilha do Tesouro' encerra temporada; veja atrações para os pequenosDE SÃO PAULO Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", recomenda o livro "Memórias do Mauricio" Indicação: acima de 8 anos. É provável que você saiba muito sobre a Turma da Mônica: quem é a baixinha e dentuça, quem fala errado, quem não toma banho. Mas e sobre o criador desses personagens? O livro transforma partes da vida de Mauricio de Sousa no que ele mais gosta: histórias em quadrinhos. Feitas por um time de artistas, as HQs falam, por exemplo, do dia em que ele precisou queimar seus gibis. Autores: vários. Editora: Panini Books (2016, 212 págs., R$ 140) * Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere "As Três Penas do Rabo do Grifo" Você conhece o grifo? Vai se surpreender com essa criatura fantástica, que aparece na história que Vó Nita contava para Ana Luísa Lacombe quando a atriz era criança. Cantando acompanhada de Betinho Sodré, Ana encanta ao apresentar esse conto de fadas, recolhido pelos irmãos Grimm, sobre um lenhador que deseja casar com uma princesa. Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. Dom.: 17h. Até 27/11. 50 min. GRÁTIS * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, indica a peça "O Ilha do Tesouro" A peça interativa "O Ilha do Tesouro", que ficou 11 anos em cartaz, encerra temporada. Inspirado na obra de Robert Louis Stevenson (1850-1894), o espetáculo convida pais e filhos a percorrem uma trilha cheia de desafios -e de piratas- para encontrar um tesouro. Para participar, é importante vestir roupas e sapatos confortáveis. Teatro do Centro da Terra - R. Piracuama, 19, Perdizes, região oeste, tel. 3675-1595. 30 lugares. Dom.: 11h. Até 11/12. 90 min. 7 a 12 anos CC: V, M. Ingresso: R$ 60 a R$ 120. Ingr. p/ compreingressos.com. * CONCERTO Café para o Rei O grupo Pera Ensemble mostra aos pequenos a origem do café e sua introdução na Europa. A atriz e diretora Carla Candiotto narra a apresentação contando como o rei Teodoro 1º, apaixonado pelo grão, fica furioso ao descobrir que as sacas de café que havia ganhado de um sultão acabaram. Sesc Vila Mariana - R. Pelotas, 141, Vila Mariana, região sul, tel. 5080-3000. Dom.: 18h. 80 min. Livre CC: V, M, E, D. Ingr. p/ sescsp.org.br. Estac. a partir de R$ 4,50. Ingresso: R$ 10 a R$ 20. Credencial plena: grátis. a i w ESPECIAL Fim de Semana em Família O evento dedica suas atividades infantis a temas indígenas. Na roda de conversa O Feminino Indígena, às 14h, as convidadas Djerá Retê, Parapoty Guarani e Paramirim Guarani, da aldeia do Pico do Jaraguá, contam histórias e promovem oficinas de artesanato, pintura corporal, dança e canto para crianças. Depois, às 16h, o documentário "Piõ Höimanazé - a Mulher Xavante em sua Arte" será exibido. Itaú Cultural - Av. Paulista, 149, Bela Vista, região central, tel. 2168-1777. Dom.: 13h30 às 17h. Até 27/11. Livre. Ingr. p/ itaucultural.org.br. Valet a partir de R$ 10 (r. Leôncio de Carvalho, 108). SHOW Música Para Pequenos A apresentação da banda Jazz100Strezz mergulha em clássicos de compositores como Toquinho e Chico Buarque, tocados de forma instrumental. O repertório passeia por títulos como "História de uma Gata", "João e Maria" e "Aquarela". Ao Vivo Music - R. Inhambú, 229, Vila Uberabinha, região oeste, tel. 5052-0072. 100 pessoas. Dom.: 11h. 27/11. Até 27/11. 90 min. Livre CC: V, M, AE. Valet R$ 20. Ingresso: R$ 15 a R$ 30. Até 4 anos: grátis. Ingr. p/ aovivomusic.com.br. a TEATRO INFANTIL FIM? * Elenco: Kleber Bianez e Rani Guerra. Direção: Iarlei Rangel. 50 min. Livre. No espetáculo do grupo Esparrama, as baratas Beatriti e Margueriti comemoram por só restar lixões, campos de guerra e lama no mundo. Mas depois se dão conta de que os atrapalhados palhaços Batatinha e Nerdolino ainda vagam pelo planeta. Irritadas com a presença dos dois, elas passam a executar planos para tirá-los de seu caminho. Indicação do "Guia": a partir de 6 anos. Teatro Alfa - sala B - R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, região sul, tel. 5693-4000. 204 lugares. Dom.: 17h30. Até 27/11. 50 min. Livre CC: V, M, AE, D. Ingr. p/ teatroalfa.com.br. Valet R$ 18. Ingresso: R$ 30. a i t
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Dívida pública federal tem em outubro primeiro recuo em nove meses
A dívida do governo federal recuou em outubro pela primeira vez desde janeiro. O estoque da dívida, que inclui as obrigações do Tesouro Nacional nos mercados interno e externo, caiu 3,22% na comparação com setembro, para R$ 2,646 trilhões. O desempenho leva em conta a soma das dívidas contraídas pelo Tesouro com a venda de títulos públicos, que são usados para financiar os deficits no Orçamento. A queda do endividamento em outubro reflete o fato de haver no mês uma concentração elevada de vencimentos de títulos, o que obriga o governo a resgatar os papéis. O Tesouro também vendeu um volume menor de novos títulos aos investidores por causa da volatilidade do mercado. José Franco Medeiros, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro afirmou que, em novembro, o comportamento dos investidores já voltou à normalidade e o governo retomou sua programação para os leilões de títulos. "O Tesouro tem flexibilidade para aumentar ou reduzir suas emissões dependendo das condições de mercado", afirmou. A dívida emitida no mercado interno caiu 3,27%, para R$ 2,504 trilhões em outubro. No mês, o Tesouro resgatou R$ 110,6 bilhões a mais em títulos do que emitiu no mercado interno. A dívida externa também caiu em outubro, em 2,37%, como resultado, principalmente, da valorização do real ocorrida no mês. Medeiros afirmou que, por causa dos choques sofridos pela economia este ano, a dívida pode chegar ao final de 2016 fora de alguns parâmetros estabelecidos como meta para o período. A parcela dos títulos corrigidos pela taxa Selic, por exemplo, pode superar o teto de 22% fixado para o ano. O governo tem interesse em reduzir a participação desses papéis porque eles dão menos previsibilidade à gestão da dívida. "Não necessariamente você tem que ter uma melhora todos os anos", afirmou o coordenador do Tesouro, ressaltando que o objetivo de longo prazo continua sendo buscar um perfil para a dívida que equilibre custos e risco.
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Dívida pública federal tem em outubro primeiro recuo em nove mesesA dívida do governo federal recuou em outubro pela primeira vez desde janeiro. O estoque da dívida, que inclui as obrigações do Tesouro Nacional nos mercados interno e externo, caiu 3,22% na comparação com setembro, para R$ 2,646 trilhões. O desempenho leva em conta a soma das dívidas contraídas pelo Tesouro com a venda de títulos públicos, que são usados para financiar os deficits no Orçamento. A queda do endividamento em outubro reflete o fato de haver no mês uma concentração elevada de vencimentos de títulos, o que obriga o governo a resgatar os papéis. O Tesouro também vendeu um volume menor de novos títulos aos investidores por causa da volatilidade do mercado. José Franco Medeiros, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro afirmou que, em novembro, o comportamento dos investidores já voltou à normalidade e o governo retomou sua programação para os leilões de títulos. "O Tesouro tem flexibilidade para aumentar ou reduzir suas emissões dependendo das condições de mercado", afirmou. A dívida emitida no mercado interno caiu 3,27%, para R$ 2,504 trilhões em outubro. No mês, o Tesouro resgatou R$ 110,6 bilhões a mais em títulos do que emitiu no mercado interno. A dívida externa também caiu em outubro, em 2,37%, como resultado, principalmente, da valorização do real ocorrida no mês. Medeiros afirmou que, por causa dos choques sofridos pela economia este ano, a dívida pode chegar ao final de 2016 fora de alguns parâmetros estabelecidos como meta para o período. A parcela dos títulos corrigidos pela taxa Selic, por exemplo, pode superar o teto de 22% fixado para o ano. O governo tem interesse em reduzir a participação desses papéis porque eles dão menos previsibilidade à gestão da dívida. "Não necessariamente você tem que ter uma melhora todos os anos", afirmou o coordenador do Tesouro, ressaltando que o objetivo de longo prazo continua sendo buscar um perfil para a dívida que equilibre custos e risco.
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#Falha de Cobertura: Drops Olímpicos - Expectativa de Brasil X Iraque
Após serem sequestrados por uma grande emissora esportiva, Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes são finalmente liberados no meio da madrugada a tempo de gravar mais um drops. Esquecidos no prédio da emissora às quatro da manhã, nossos comentaristas aproveitam a vista para o Parque Olímpico e compartilham com o mundo suas expectativas para o segundo desafio da Seleção Brasileira masculina de futebol: a seleção do Iraque, à luz das impessões deixadas depois da tenebrosa estreia canarinho contra a África do Sul. Reportagem: Craque DanielComentários: Cerginho da Pereira Nunes (Caito Mainier)Texto: Caito Mainier, Daniel Furlan e Pedro LeiteFotografia e Som: Poeta Depressivo David BenincáAbertura: Grande Profissional Raul ChequerTrilha Original: Chico CuícaCabelo: Maria MattosCerginho veste: Julia Cartier BressonAgradecimento: SporTV
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#Falha de Cobertura: Drops Olímpicos - Expectativa de Brasil X IraqueApós serem sequestrados por uma grande emissora esportiva, Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes são finalmente liberados no meio da madrugada a tempo de gravar mais um drops. Esquecidos no prédio da emissora às quatro da manhã, nossos comentaristas aproveitam a vista para o Parque Olímpico e compartilham com o mundo suas expectativas para o segundo desafio da Seleção Brasileira masculina de futebol: a seleção do Iraque, à luz das impessões deixadas depois da tenebrosa estreia canarinho contra a África do Sul. Reportagem: Craque DanielComentários: Cerginho da Pereira Nunes (Caito Mainier)Texto: Caito Mainier, Daniel Furlan e Pedro LeiteFotografia e Som: Poeta Depressivo David BenincáAbertura: Grande Profissional Raul ChequerTrilha Original: Chico CuícaCabelo: Maria MattosCerginho veste: Julia Cartier BressonAgradecimento: SporTV
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Moradores da zona leste de São Paulo reclamam da coleta seletiva de lixo
Moradores da rua João Rechocoski, na Vila Califórnia (zona leste de São Paulo) afirmam que a gestão Doria (PSDB) não fez a coleta de material reciclável na rua na semana passada. O Agora esteve na manhã de ontem no local e constatou que havia sacos de recicláveis deixados na rua. Segundo o estudante Thiago Catalani, 17, a coleta de lixo comum é realizada lá às segundas, quartas e sextas e a de recicláveis, aos sábados. "Neste mês, a coleta de recicláveis começou a apresentar falhas. Na semana anterior também já não haviam retirado o material", diz. O estudante afirma que, na segunda-feira passada (7), os materiais recicláveis acabaram sendo recolhidos junto com o lixo comum. "A situação gera diversos problemas, ainda mais porque alguns sacos acabam rasgados e o produto se espalha. Além disso, os recicláveis acabam sendo levados para o lugar errado, o que desestimula quem seleciona os materiais na própria casa", afirma. A aposentado Valdemar Lopes de Oliveira diz que recebeu o aviso de recicláveis em julho, quando o serviço foi prestado regularmente. "Neste mês não houve novo aviso e o trabalho foi interrompido", afirma. Procurada pela reportagem desde as 15h40 desta segunda (14), a gestão Doria não se manifestou sobre o problema.
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Moradores da zona leste de São Paulo reclamam da coleta seletiva de lixoMoradores da rua João Rechocoski, na Vila Califórnia (zona leste de São Paulo) afirmam que a gestão Doria (PSDB) não fez a coleta de material reciclável na rua na semana passada. O Agora esteve na manhã de ontem no local e constatou que havia sacos de recicláveis deixados na rua. Segundo o estudante Thiago Catalani, 17, a coleta de lixo comum é realizada lá às segundas, quartas e sextas e a de recicláveis, aos sábados. "Neste mês, a coleta de recicláveis começou a apresentar falhas. Na semana anterior também já não haviam retirado o material", diz. O estudante afirma que, na segunda-feira passada (7), os materiais recicláveis acabaram sendo recolhidos junto com o lixo comum. "A situação gera diversos problemas, ainda mais porque alguns sacos acabam rasgados e o produto se espalha. Além disso, os recicláveis acabam sendo levados para o lugar errado, o que desestimula quem seleciona os materiais na própria casa", afirma. A aposentado Valdemar Lopes de Oliveira diz que recebeu o aviso de recicláveis em julho, quando o serviço foi prestado regularmente. "Neste mês não houve novo aviso e o trabalho foi interrompido", afirma. Procurada pela reportagem desde as 15h40 desta segunda (14), a gestão Doria não se manifestou sobre o problema.
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Patti Smith faz inventário de leituras e perdas em novo livro
Em "Orfeu", dirigido por Jean Cocteau em 1949, o poeta do título recebe pelo rádio poemas transmitidos por outro poeta, Cègeste, morto por agentes do Submundo. Metáfora espirituosa do fazer literário, o entrecho elucida a ação poética dos livros de memórias produzidos por Patti Smith. Se, em "Só Garotos" (2010), o fantasma permeando as lembranças era do fotógrafo Robert Mapplethorpe, em "Linha M" vaga a presença espectral de seu marido Fred "Sonic" Smith (1949-94), guitarrista da banda MC5. Cria do punk rock nova-iorquino, Patti Smith, desde o primeiro disco, "Horses" (1975), escancarou sua jugular poética: citou Rimbaud em todos os discos e livros, foi parceira de Tom Verlaine e Bruce Springsteen, paquerou Lou Reed e Bob Dylan e namorou Sam Sheppard. Sua vocação de leitora sempre foi exceção no "rock and roll" e é um fio condutor de "Linha M", comovente inventário de leituras e perdas. Ávida pela tranquilidade sombreada, Smith procura a cafeteria ideal, na qual possa ler e também conversar com assombrações privadas, como viagens na companhia de Fred à Guiana Francesa, onde deseja recolher uma pedra do entorno da colônia penal francesa para presentear Jean Genet, que beatificou o lugar em "Diário de um Ladrão". As viagens mentais não cessam e, mesmo sentada no 'Ino Café, seu predileto no Greenwich Village, ela vai à Catalunha visitar a cadeira usada por Roberto Bolaño, e ao Café Pasternak, em Berlim, onde senta-se sob os retratos de Maiakóvski e Anna Akhmátova. Pura evocação, sem procurar qualquer efeito a partir de suas causas pessoais, "Linha M" é prosa de uma poeta em visita ao próprio passado. LINHA M AUTORA Patti Smith EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 39,90
ilustrada
Patti Smith faz inventário de leituras e perdas em novo livroEm "Orfeu", dirigido por Jean Cocteau em 1949, o poeta do título recebe pelo rádio poemas transmitidos por outro poeta, Cègeste, morto por agentes do Submundo. Metáfora espirituosa do fazer literário, o entrecho elucida a ação poética dos livros de memórias produzidos por Patti Smith. Se, em "Só Garotos" (2010), o fantasma permeando as lembranças era do fotógrafo Robert Mapplethorpe, em "Linha M" vaga a presença espectral de seu marido Fred "Sonic" Smith (1949-94), guitarrista da banda MC5. Cria do punk rock nova-iorquino, Patti Smith, desde o primeiro disco, "Horses" (1975), escancarou sua jugular poética: citou Rimbaud em todos os discos e livros, foi parceira de Tom Verlaine e Bruce Springsteen, paquerou Lou Reed e Bob Dylan e namorou Sam Sheppard. Sua vocação de leitora sempre foi exceção no "rock and roll" e é um fio condutor de "Linha M", comovente inventário de leituras e perdas. Ávida pela tranquilidade sombreada, Smith procura a cafeteria ideal, na qual possa ler e também conversar com assombrações privadas, como viagens na companhia de Fred à Guiana Francesa, onde deseja recolher uma pedra do entorno da colônia penal francesa para presentear Jean Genet, que beatificou o lugar em "Diário de um Ladrão". As viagens mentais não cessam e, mesmo sentada no 'Ino Café, seu predileto no Greenwich Village, ela vai à Catalunha visitar a cadeira usada por Roberto Bolaño, e ao Café Pasternak, em Berlim, onde senta-se sob os retratos de Maiakóvski e Anna Akhmátova. Pura evocação, sem procurar qualquer efeito a partir de suas causas pessoais, "Linha M" é prosa de uma poeta em visita ao próprio passado. LINHA M AUTORA Patti Smith EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 39,90
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Desemprego leva mais camelôs às ruas e ao metrô de SP
A disputa entre os camelôs por um espaço nas calçadas do largo da Concórdia, ponto tradicional do comércio ambulante paulistano, se acirrou neste ano. É que o desemprego (que bateu em 8,2% em fevereiro nas seis maiores regiões metropolitanas, segundo o IBGE) empurrou para as ruas centenas de novos vendedores de milho, tapioca, DVDs, peças de celular, brinquedos, roupas, calçados, bijuterias e muitas outras mercadorias. "Se eu chego de manhã e o meu lugar está ocupado, eu digo: 'Dá licença, este ponto é meu já tem cinco anos'. Tem que tentar primeiro na conversa, mas tem muita gente nova que não entende", diz Raicar, vendedor de perfumes, que pediu que não tivesse o sobrenome divulgado porque não tem autorização da prefeitura para trabalhar ali. Na mesma calçada, Tião vende cocadas há seis meses. Além da regra do espaço, descobriu que, na nova rotina, tem que se esconder da chuva, pagar pelo banheiro em bares e alugar um canto num prédio ou estacionamento para guardar a mercadoria. E aprendeu a fugir dos PMs e fiscais da prefeitura. Não há números oficiais sobre o total de vendedores, mas dados do IBGE indicam a alta da informalidade. O volume de trabalhadores com carteira assinada caiu de 36,5 milhões do quarto trimestre de 2014 para 35,4 milhões no mesmo período de 2015. Já o trabalho autônomo cresceu 5,2% no período. Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o comércio é um campo de atividade em que a informalidade cresce com facilidade. A Prefeitura de São Paulo informa que há aproximadamente 2.500 ambulantes autorizados, mas não revela o crescimento recente. Nos cálculos do Sindimei (sindicato que reúne ambulantes autorizados e trabalhadores autônomos), hoje já há cerca de 1.800 camelôs sem licença no centro de São Paulo. Em dois quarteirões no Brás, a Folha contou mais de 60. O presidente do sindicato, Artur Aguiar, diz que, desde janeiro, o número de ambulantes na região da Sé saltou 30%. "Cresce dia a dia." Na Santa Ifigênia, polo comercial de eletrônicos no centro de São Paulo, Bruno segura um pedaço de papelão em que estão coladas telas de celulares. "Cheguei aqui tem 15 dias. No primeiro, eu só ganhei R$ 25. Pensei em largar, mas estava desempregado. Depois consegui R$ 100, R$ 120. Cada dia é um dia, você nunca sabe quanto vai ganhar. Mas aqui tem um troco todo dia, você nunca passa fome à noite. No meu emprego, tinha que esperar o mês inteiro para ver o dinheiro." Segundo seus colegas de calçada, é possível faturar em torno de R$ 3.000 mensais. No Bom Retiro, bairro do comércio popular de roupas, também subiu em torno de 30% o volume de ambulantes, segundo estimativa do Iemi Inteligência de Mercado, que faz pesquisas para setores calçadista e de vestuário. SHOPPING TREM Não é só nas ruas que o comércio irregular prospera. Tradicional há muitos anos nos trilhos da CPTM, o chamado "shopping trem" ganha força também no metrô. A cada estação, os ambulantes trocam de vagão: "Pessoal, eu tenho aqui deliciosas balas e chocolates por apenas R$ 2. Para acabar, pessoal, faço por R$ 1". O número de operações no metrô para a apreensão de mercadorias ilegais subiu de 399 por mês em 2014 para 522 em 2015. Neste ano, a média mensal já está em 682. A empresa afirma que o aumento também pode ser atribuído à campanha para que passageiros denunciem os ambulantes.
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Desemprego leva mais camelôs às ruas e ao metrô de SPA disputa entre os camelôs por um espaço nas calçadas do largo da Concórdia, ponto tradicional do comércio ambulante paulistano, se acirrou neste ano. É que o desemprego (que bateu em 8,2% em fevereiro nas seis maiores regiões metropolitanas, segundo o IBGE) empurrou para as ruas centenas de novos vendedores de milho, tapioca, DVDs, peças de celular, brinquedos, roupas, calçados, bijuterias e muitas outras mercadorias. "Se eu chego de manhã e o meu lugar está ocupado, eu digo: 'Dá licença, este ponto é meu já tem cinco anos'. Tem que tentar primeiro na conversa, mas tem muita gente nova que não entende", diz Raicar, vendedor de perfumes, que pediu que não tivesse o sobrenome divulgado porque não tem autorização da prefeitura para trabalhar ali. Na mesma calçada, Tião vende cocadas há seis meses. Além da regra do espaço, descobriu que, na nova rotina, tem que se esconder da chuva, pagar pelo banheiro em bares e alugar um canto num prédio ou estacionamento para guardar a mercadoria. E aprendeu a fugir dos PMs e fiscais da prefeitura. Não há números oficiais sobre o total de vendedores, mas dados do IBGE indicam a alta da informalidade. O volume de trabalhadores com carteira assinada caiu de 36,5 milhões do quarto trimestre de 2014 para 35,4 milhões no mesmo período de 2015. Já o trabalho autônomo cresceu 5,2% no período. Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o comércio é um campo de atividade em que a informalidade cresce com facilidade. A Prefeitura de São Paulo informa que há aproximadamente 2.500 ambulantes autorizados, mas não revela o crescimento recente. Nos cálculos do Sindimei (sindicato que reúne ambulantes autorizados e trabalhadores autônomos), hoje já há cerca de 1.800 camelôs sem licença no centro de São Paulo. Em dois quarteirões no Brás, a Folha contou mais de 60. O presidente do sindicato, Artur Aguiar, diz que, desde janeiro, o número de ambulantes na região da Sé saltou 30%. "Cresce dia a dia." Na Santa Ifigênia, polo comercial de eletrônicos no centro de São Paulo, Bruno segura um pedaço de papelão em que estão coladas telas de celulares. "Cheguei aqui tem 15 dias. No primeiro, eu só ganhei R$ 25. Pensei em largar, mas estava desempregado. Depois consegui R$ 100, R$ 120. Cada dia é um dia, você nunca sabe quanto vai ganhar. Mas aqui tem um troco todo dia, você nunca passa fome à noite. No meu emprego, tinha que esperar o mês inteiro para ver o dinheiro." Segundo seus colegas de calçada, é possível faturar em torno de R$ 3.000 mensais. No Bom Retiro, bairro do comércio popular de roupas, também subiu em torno de 30% o volume de ambulantes, segundo estimativa do Iemi Inteligência de Mercado, que faz pesquisas para setores calçadista e de vestuário. SHOPPING TREM Não é só nas ruas que o comércio irregular prospera. Tradicional há muitos anos nos trilhos da CPTM, o chamado "shopping trem" ganha força também no metrô. A cada estação, os ambulantes trocam de vagão: "Pessoal, eu tenho aqui deliciosas balas e chocolates por apenas R$ 2. Para acabar, pessoal, faço por R$ 1". O número de operações no metrô para a apreensão de mercadorias ilegais subiu de 399 por mês em 2014 para 522 em 2015. Neste ano, a média mensal já está em 682. A empresa afirma que o aumento também pode ser atribuído à campanha para que passageiros denunciem os ambulantes.
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Turma do STF nega pedido de liberdade ao lobista Fernando Baiano
A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta terça-feira (24) um pedido de liberdade feito pelo lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, preso em 21 de novembro na sétima fase da Operação Lava Jato. Apontado pelo Ministério Público Federal como operador do PMDB no esquema de desvio de recursos da Petrobras, Baiano já havia tido um pedido de liberdade negado pelo relator dos processos ligados à Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki. Nesta terça, sua decisão foi referendada pela Segunda Turma. Durante os debates, Zavascki disse que até agora concedeu liberdade somente ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que tinha sua prisão preventiva justificada unicamente pelo risco de fuga, algo que contraria a jurisprudência do STF. Devido a isso, Zavascki considerou a prisão de Duque como flagrantemente ilegal, e determinou sua libertação antes mesmo que instâncias inferiores do Judiciário, como o STJ (Superior Tribunal de Justiça), fizessem a análise completa do habeas corpus. Como a prisão de Baiano foi justificada por outros motivos, como a garantia da ordem pública e a conveniência da da instrução penal, Zavascki entendeu que não poderia sequer analisar o habeas corpus até que o STJ conclua o julgamento do pedido de liberdade. Sua posição foi seguida pelos ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, disse que, devido à demora das instâncias inferiores para analisar de forma definitiva o habeas corpus, caberia, sim, ao STF avaliar o pedido e decidir se libertava, ou não, Baiano. Apesar de sua posição, como a turma é composta por cinco ministros – atualmente está com quatro, pois a cadeira que era de Joaquim Barbosa ainda não foi preenchida - uma maioria de três ministros já havia sido formada pela manutenção de Baiano na prisão.
poder
Turma do STF nega pedido de liberdade ao lobista Fernando BaianoA Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta terça-feira (24) um pedido de liberdade feito pelo lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, preso em 21 de novembro na sétima fase da Operação Lava Jato. Apontado pelo Ministério Público Federal como operador do PMDB no esquema de desvio de recursos da Petrobras, Baiano já havia tido um pedido de liberdade negado pelo relator dos processos ligados à Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki. Nesta terça, sua decisão foi referendada pela Segunda Turma. Durante os debates, Zavascki disse que até agora concedeu liberdade somente ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que tinha sua prisão preventiva justificada unicamente pelo risco de fuga, algo que contraria a jurisprudência do STF. Devido a isso, Zavascki considerou a prisão de Duque como flagrantemente ilegal, e determinou sua libertação antes mesmo que instâncias inferiores do Judiciário, como o STJ (Superior Tribunal de Justiça), fizessem a análise completa do habeas corpus. Como a prisão de Baiano foi justificada por outros motivos, como a garantia da ordem pública e a conveniência da da instrução penal, Zavascki entendeu que não poderia sequer analisar o habeas corpus até que o STJ conclua o julgamento do pedido de liberdade. Sua posição foi seguida pelos ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, disse que, devido à demora das instâncias inferiores para analisar de forma definitiva o habeas corpus, caberia, sim, ao STF avaliar o pedido e decidir se libertava, ou não, Baiano. Apesar de sua posição, como a turma é composta por cinco ministros – atualmente está com quatro, pois a cadeira que era de Joaquim Barbosa ainda não foi preenchida - uma maioria de três ministros já havia sido formada pela manutenção de Baiano na prisão.
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Será bom ensinar aos filhos que um comportamento pode ser comprado?
Recebi uma longa mensagem de uma leitora e o assunto que ela pede para conversarmos pode interessar a muitas famílias. Ela contou que o marido e ela perderam o emprego nesta crise. Ele, porém, conseguiu retornar ao mercado rapidamente, mas recebendo honorários bem mais baixos do que antes. Ela aproveitou a oportunidade para pensar nos filhos e decidiu entrar em um empreendimento com três amigas para trabalhar em casa, mais próxima deles, que têm 9 e 11 anos. Ela disse que o negócio está caminhando, mas que por um tempo vai receber pouco. Ela acha que os filhos já têm idade para entender o que é crise econômica e participar da mudança de orçamento da família e, para tanto, realizou algumas mudanças na vida deles. Uma delas foi suspender a mesada, que eles usavam para comprar o que gostam de comer na lanchonete da escola, e instituiu valores para que eles recebam quando realizam pequenos trabalhos domésticos. Conversou com eles e explicou que isso é para que aprendam como é difícil para os pais ganhar dinheiro. Também informou que eles passarão um tempo sem viajar, receber presentes e comprar coisas desnecessárias. Mas –e aí é que está a questão dela– parece que os filhos não se importaram em ficar sem dinheiro, porque, até agora, nenhum dos dois realizou qualquer tarefa em casa. Primeiramente, vamos falar da mesada que os pais dão aos filhos. Esse é um bom recurso para usar com crianças que já frequentam o ensino fundamental, mas só funciona se o valor que receberem for para ser aplicado em algo que eles realmente precisam. Se as crianças levam lanche de casa para a escola, não há motivo para ter mesada para usar na cantina. Se os pais querem que os filhos aprendam a se organizar com o dinheiro, precisam suspender o lanche caseiro e dar a eles uma mesada que lhes permita comprar o lanche na escola. Além disso, precisam também tutelar, dia a dia, o gasto deles para que aprendam, na prática, a usar o dinheiro de modo a poder comprar lanche nos cinco dias da semana. Mesada sem objetivo claro só estimula o consumismo nas crianças, e já sabemos que isso não é nada bom para a formação delas. Agora vamos conversar sobre uma questão delicada, já que muitos pais costumam praticá-la, incentivados, inclusive, por alguns profissionais, que é o costume de pagar para que os filhos realizem tarefas domésticas. Será que é bom ensinar aos filhos que um comportamento pode ser comprado? Pois é isso que ensinamos a eles quando oferecemos presentes, guloseimas ou dinheiro, dados como condição para alguma atitude ou comportamento deles. Se for bem na escola, vai realizar a viagem dos sonhos ou ganhar o brinquedo que tanto queria; se for obediente, vai receber alguma recompensa; a cada dia em que arrumar a cama, vai ganhar algum valor em dinheiro, e assim por diante. Precisamos, isso sim, é ensinar que, em casa, todos devem colaborar com a família, de acordo com as possibilidades que cada um tem. Precisamos ensinar também que escolhemos qual atitude tomar ou como nos comportar, e que arcamos com as consequências de nossas escolhas. E tudo isso podemos ensinar sem recompensas materiais envolvidas, não é verdade?
colunas
Será bom ensinar aos filhos que um comportamento pode ser comprado?Recebi uma longa mensagem de uma leitora e o assunto que ela pede para conversarmos pode interessar a muitas famílias. Ela contou que o marido e ela perderam o emprego nesta crise. Ele, porém, conseguiu retornar ao mercado rapidamente, mas recebendo honorários bem mais baixos do que antes. Ela aproveitou a oportunidade para pensar nos filhos e decidiu entrar em um empreendimento com três amigas para trabalhar em casa, mais próxima deles, que têm 9 e 11 anos. Ela disse que o negócio está caminhando, mas que por um tempo vai receber pouco. Ela acha que os filhos já têm idade para entender o que é crise econômica e participar da mudança de orçamento da família e, para tanto, realizou algumas mudanças na vida deles. Uma delas foi suspender a mesada, que eles usavam para comprar o que gostam de comer na lanchonete da escola, e instituiu valores para que eles recebam quando realizam pequenos trabalhos domésticos. Conversou com eles e explicou que isso é para que aprendam como é difícil para os pais ganhar dinheiro. Também informou que eles passarão um tempo sem viajar, receber presentes e comprar coisas desnecessárias. Mas –e aí é que está a questão dela– parece que os filhos não se importaram em ficar sem dinheiro, porque, até agora, nenhum dos dois realizou qualquer tarefa em casa. Primeiramente, vamos falar da mesada que os pais dão aos filhos. Esse é um bom recurso para usar com crianças que já frequentam o ensino fundamental, mas só funciona se o valor que receberem for para ser aplicado em algo que eles realmente precisam. Se as crianças levam lanche de casa para a escola, não há motivo para ter mesada para usar na cantina. Se os pais querem que os filhos aprendam a se organizar com o dinheiro, precisam suspender o lanche caseiro e dar a eles uma mesada que lhes permita comprar o lanche na escola. Além disso, precisam também tutelar, dia a dia, o gasto deles para que aprendam, na prática, a usar o dinheiro de modo a poder comprar lanche nos cinco dias da semana. Mesada sem objetivo claro só estimula o consumismo nas crianças, e já sabemos que isso não é nada bom para a formação delas. Agora vamos conversar sobre uma questão delicada, já que muitos pais costumam praticá-la, incentivados, inclusive, por alguns profissionais, que é o costume de pagar para que os filhos realizem tarefas domésticas. Será que é bom ensinar aos filhos que um comportamento pode ser comprado? Pois é isso que ensinamos a eles quando oferecemos presentes, guloseimas ou dinheiro, dados como condição para alguma atitude ou comportamento deles. Se for bem na escola, vai realizar a viagem dos sonhos ou ganhar o brinquedo que tanto queria; se for obediente, vai receber alguma recompensa; a cada dia em que arrumar a cama, vai ganhar algum valor em dinheiro, e assim por diante. Precisamos, isso sim, é ensinar que, em casa, todos devem colaborar com a família, de acordo com as possibilidades que cada um tem. Precisamos ensinar também que escolhemos qual atitude tomar ou como nos comportar, e que arcamos com as consequências de nossas escolhas. E tudo isso podemos ensinar sem recompensas materiais envolvidas, não é verdade?
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Realismo e roteiro bem construído intensificam força de 'Mundo Cão'
Depois do notável "Estômago" (2007), o diretor e roteirista paranaense Marcos Jorge fez dois filmes menos felizes. Em "Mundo Cão", retoma a principal característica do primeiro filme, o roteiro bem construído, muito acima da média das produções do cinema brasileiro atual. A trama deste drama é simples, mas perfeitamente urdida, cheia de movimentos súbitos, humor negro e um suspense trabalhado com competência. Tudo isso deixa o espectador alerta e exige sua participação. Outros aspectos positivos e não muito comuns no cinema comercial daqui são as situações verossímeis –mesmo que surpreendentes–, os personagens e os diálogos que exalam autenticidade. Santana (Babu Santana), um funcionário do Departamento de Controle de Zoonoses de São Paulo, recebe a ordem de sacrificar Nero, um agressivo rottweiler de 60 quilos recolhido dias antes. Nenê (Lázaro Ramos), o dono do animal, um ex-policial que controla o submundo das máquinas caça-níqueis –apresentado como sádico e sanguinário na cena de abertura–, tenta recuperar o cão, mas chega tarde. Exasperado, promete vingança. A história acontece antes de 2008, quando o sacrifício indiscriminado de cães e gatos de rua foi proibido em SP. Santana e Nenê são figuras diametralmente opostas. Santana é um trabalhador pacato e dedicado, pai de família de classe média baixa, feliz ao lado da mulher Dilza (Adriana Esteves), dona de casa que faz calcinhas para ajudar no orçamento. Moram na periferia e ele gosta de tocar bateria nas horas vagas. Nenê é um mafioso mora numa casa grande, vive rodeado de capangas e dirige uma picape imponente. Cria cães para usá-los para intimidar quem não cumpre suas regras. Gosta mais dos cachorros do que das pessoas. Nenê é palmeirense; Santana é corintiano, mas poderia ser o contrário. Essa inversão vai muito além dos clubes de preferência, ela atinge os personagens e seus comportamentos. A violência da vingança tramada por Nenê acaba reverberando do outro lado, assim como Nenê também acaba revelando seu lado dócil. Numa sociedade em que a lei é algo relativo, a violência vai além do que se pode constatar superficialmente, ela é mais complexa, insidiosa, aparece onde não se espera. Não é atributo dos "maus", mas algo assombroso que contamina o tecido social. Por isso o título do filme tem mais de uma leitura possível. Fundamental para a eficácia dessa história desconcertante é o cuidado com a parte visual. A fotografia de Toca Seabra recria de forma convincente a atmosfera da vida na periferia, o clima eletrizante de uma partida de futebol no estádio do Pacaembu, o cotidiano do canil da prefeitura. Esse realismo só aumenta a força do impacto quando irrompe o imponderável. MUNDO CÃO QUANDO estreia nesta quinta (17) DIREÇÃO Marcos Jorge ELENCO Babu Santana, Lázaro Ramos, Adriana Esteves PRODUÇÃO Brasil, 2015, 14 anos
ilustrada
Realismo e roteiro bem construído intensificam força de 'Mundo Cão'Depois do notável "Estômago" (2007), o diretor e roteirista paranaense Marcos Jorge fez dois filmes menos felizes. Em "Mundo Cão", retoma a principal característica do primeiro filme, o roteiro bem construído, muito acima da média das produções do cinema brasileiro atual. A trama deste drama é simples, mas perfeitamente urdida, cheia de movimentos súbitos, humor negro e um suspense trabalhado com competência. Tudo isso deixa o espectador alerta e exige sua participação. Outros aspectos positivos e não muito comuns no cinema comercial daqui são as situações verossímeis –mesmo que surpreendentes–, os personagens e os diálogos que exalam autenticidade. Santana (Babu Santana), um funcionário do Departamento de Controle de Zoonoses de São Paulo, recebe a ordem de sacrificar Nero, um agressivo rottweiler de 60 quilos recolhido dias antes. Nenê (Lázaro Ramos), o dono do animal, um ex-policial que controla o submundo das máquinas caça-níqueis –apresentado como sádico e sanguinário na cena de abertura–, tenta recuperar o cão, mas chega tarde. Exasperado, promete vingança. A história acontece antes de 2008, quando o sacrifício indiscriminado de cães e gatos de rua foi proibido em SP. Santana e Nenê são figuras diametralmente opostas. Santana é um trabalhador pacato e dedicado, pai de família de classe média baixa, feliz ao lado da mulher Dilza (Adriana Esteves), dona de casa que faz calcinhas para ajudar no orçamento. Moram na periferia e ele gosta de tocar bateria nas horas vagas. Nenê é um mafioso mora numa casa grande, vive rodeado de capangas e dirige uma picape imponente. Cria cães para usá-los para intimidar quem não cumpre suas regras. Gosta mais dos cachorros do que das pessoas. Nenê é palmeirense; Santana é corintiano, mas poderia ser o contrário. Essa inversão vai muito além dos clubes de preferência, ela atinge os personagens e seus comportamentos. A violência da vingança tramada por Nenê acaba reverberando do outro lado, assim como Nenê também acaba revelando seu lado dócil. Numa sociedade em que a lei é algo relativo, a violência vai além do que se pode constatar superficialmente, ela é mais complexa, insidiosa, aparece onde não se espera. Não é atributo dos "maus", mas algo assombroso que contamina o tecido social. Por isso o título do filme tem mais de uma leitura possível. Fundamental para a eficácia dessa história desconcertante é o cuidado com a parte visual. A fotografia de Toca Seabra recria de forma convincente a atmosfera da vida na periferia, o clima eletrizante de uma partida de futebol no estádio do Pacaembu, o cotidiano do canil da prefeitura. Esse realismo só aumenta a força do impacto quando irrompe o imponderável. MUNDO CÃO QUANDO estreia nesta quinta (17) DIREÇÃO Marcos Jorge ELENCO Babu Santana, Lázaro Ramos, Adriana Esteves PRODUÇÃO Brasil, 2015, 14 anos
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Inimigos do sol
Alguém se lembra da força-tarefa de energia de Cheney? No início da administração de George W. Bush, o vice-presidente Dick Cheney divulgou um relatório que foi amplamente ridicularizado como um documento escrito por e para a indústria da energia —porque era. O governo lutou com unhas e dentes para manter o processo pelo qual o relatório foi produzido em segredo, mas a lista de pessoas que a força-tarefa reuniu acabou sendo vazada, e foi exatamente o que se esperaria: um quem é quem dos executivos do setor de energia e grupos ambientalistas tiveram a chance de criar caso, após o trabalho ter sido essencialmente feito. Mas aqui está a questão: pelos padrões do Partido Republicano de hoje, o relatório de Cheney foi iluminado, até mesmo com tendências de esquerda. Um capítulo inteiro foi dedicado à conservação, outro às energias renováveis. Em contrapartida, os últimos discursos de Jeb Bush e Marco Rubio —ainda os candidatos presidenciais republicanos mais prováveis— mal abordam esses assuntos. Quando se trata de política energética, o Partido Republicano ficou fossilizado. Ou seja, é combustível fóssil, e apenas combustível fóssil, o tempo todo. E isso é um desenvolvimento notável, porque, embora seja verdade que o processo chamado de fracking (gás natural extraído pelo faturamento hidráulico) levou a um boom na produção de gás e petróleo dos EUA, também vivemos em uma era de um progresso espetacular em energia eólica e solar. Por que a direita se tornou tão hostil às tecnologias que parecem cada vez mais ser onda do futuro? Antes de tentar responder a essa pergunta, alguns fatos sobre a energia renovável. As energias eólica e solar costumavam ter uma reputação como algo hippie, não como parte de uma abordagem séria do nosso futuro energético, e muitas pessoas ainda têm essa percepção. Mas isso é um pensamento ultrapassado. O custo da energia eólica caiu drasticamente —30% apenas nos últimos cinco anos, de acordo com a Agência Internacional de Energia. E os painéis solares estão se tornando mais baratos e mais eficientes a um ritmo surpreendente, que lembra o progresso dos microchips que está por trás da revolução da tecnologia da informação. Como resultado, as energias renováveis respondem por praticamente todo o crescimento recente da capacidade de geração de eletricidade nos países avançados. Além disso, as energias renováveis se tornaram grandes indústrias, por mérito próprio, e empregam várias centenas de milhares de pessoas nos Estados Unidos. O emprego na indústria solar sozinho agora excede o número de mineiros de carvão. E a energia solar está criando empregos enquanto o carvão declina. Portanto, pode-se esperar que pessoas como Rubio, que diz querer "libertar o nosso potencial energético", e Bush, que diz querer "libertar a Revolução Energética", abracem as energias eólica e a solar como motores de emprego e crescimento. Mas eles não o fazem. Na verdade, são menos mente aberta do que Dick Cheney, o que é um grande feito. Por quê? Parte da resposta é certamente que a promoção das energias renováveis está ligada, na mente de muitas pessoas, a tentativas de limitar as alterações climáticas —e a negação da questão climática tornou-se parte essencial da identidade conservadora. A verdade é que o impacto no clima não é o único custo da queima de combustíveis fósseis. Os poluentes associados a combustíveis fósseis, como as partículas e o ozônio, provocam danos enormes e mensuráveis e são as principais razões para apoiar a energia alternativa. Mais além, as energias renováveis estão chegando perto de ter um custo competitivo, mesmo na ausência de incentivos especiais (e não se esqueça de que o petróleo e o gás têm sido subsidiados pela legislação tributária). Mas a associação com a ciência do clima evoca hostilidade visceral à direita. Além disso, é preciso seguir o dinheiro. Costumávamos dizer que o Partido Republicano era o partido da indústria de energia, mas nos dias de hoje seria mais correto dizer que é o partido da Velha Energia. No ciclo eleitoral de 2014 a indústria de petróleo e gás deu 87% de suas contribuições políticas para os republicanos; para mineração de carvão o valor foi de 96%, isso mesmo, 96%. Enquanto isso, a energia alternativa recebeu 56% dos democratas. E a Velha Energia está envolvida em um esforço sistemático de denegrir a imagem das energias renováveis, que se assemelha à maneira com que apoiou "especialistas" dispostos a ajudar a criar uma nuvem de dúvida sobre a ciência do clima. Um exemplo: no início deste ano Newsweek publicou um artigo de opinião pretendendo mostrar que o verdadeiro custo da energia eólica era muito maior do que parecia. Mas foi descoberto que o artigo continha grandes erros factuais, e seu autor não tinha divulgado que ele era o professor Charles W. Koch da Universidade do Estado de Utah, e integrante do grupo de pesquisa apoiado por Koch e ExxonMobil. É pouco provável, acredito, que a política energética desempenhará um papel tão grande como outras questões, como a política fiscal, na eleição de 2016. Mas na medida em que desempenham um papel, é preciso saber o que está realmente em jogo. Enquanto os políticos da direita podem falar sobre o incentivo à inovação e promover uma revolução energética, eles são na verdade defensores do status quo da energia, parte de um movimento que tenta bloquear qualquer coisa que possa perturbar o reinado dos combustíveis fósseis. Tradução de Maria Paula Autran
colunas
Inimigos do solAlguém se lembra da força-tarefa de energia de Cheney? No início da administração de George W. Bush, o vice-presidente Dick Cheney divulgou um relatório que foi amplamente ridicularizado como um documento escrito por e para a indústria da energia —porque era. O governo lutou com unhas e dentes para manter o processo pelo qual o relatório foi produzido em segredo, mas a lista de pessoas que a força-tarefa reuniu acabou sendo vazada, e foi exatamente o que se esperaria: um quem é quem dos executivos do setor de energia e grupos ambientalistas tiveram a chance de criar caso, após o trabalho ter sido essencialmente feito. Mas aqui está a questão: pelos padrões do Partido Republicano de hoje, o relatório de Cheney foi iluminado, até mesmo com tendências de esquerda. Um capítulo inteiro foi dedicado à conservação, outro às energias renováveis. Em contrapartida, os últimos discursos de Jeb Bush e Marco Rubio —ainda os candidatos presidenciais republicanos mais prováveis— mal abordam esses assuntos. Quando se trata de política energética, o Partido Republicano ficou fossilizado. Ou seja, é combustível fóssil, e apenas combustível fóssil, o tempo todo. E isso é um desenvolvimento notável, porque, embora seja verdade que o processo chamado de fracking (gás natural extraído pelo faturamento hidráulico) levou a um boom na produção de gás e petróleo dos EUA, também vivemos em uma era de um progresso espetacular em energia eólica e solar. Por que a direita se tornou tão hostil às tecnologias que parecem cada vez mais ser onda do futuro? Antes de tentar responder a essa pergunta, alguns fatos sobre a energia renovável. As energias eólica e solar costumavam ter uma reputação como algo hippie, não como parte de uma abordagem séria do nosso futuro energético, e muitas pessoas ainda têm essa percepção. Mas isso é um pensamento ultrapassado. O custo da energia eólica caiu drasticamente —30% apenas nos últimos cinco anos, de acordo com a Agência Internacional de Energia. E os painéis solares estão se tornando mais baratos e mais eficientes a um ritmo surpreendente, que lembra o progresso dos microchips que está por trás da revolução da tecnologia da informação. Como resultado, as energias renováveis respondem por praticamente todo o crescimento recente da capacidade de geração de eletricidade nos países avançados. Além disso, as energias renováveis se tornaram grandes indústrias, por mérito próprio, e empregam várias centenas de milhares de pessoas nos Estados Unidos. O emprego na indústria solar sozinho agora excede o número de mineiros de carvão. E a energia solar está criando empregos enquanto o carvão declina. Portanto, pode-se esperar que pessoas como Rubio, que diz querer "libertar o nosso potencial energético", e Bush, que diz querer "libertar a Revolução Energética", abracem as energias eólica e a solar como motores de emprego e crescimento. Mas eles não o fazem. Na verdade, são menos mente aberta do que Dick Cheney, o que é um grande feito. Por quê? Parte da resposta é certamente que a promoção das energias renováveis está ligada, na mente de muitas pessoas, a tentativas de limitar as alterações climáticas —e a negação da questão climática tornou-se parte essencial da identidade conservadora. A verdade é que o impacto no clima não é o único custo da queima de combustíveis fósseis. Os poluentes associados a combustíveis fósseis, como as partículas e o ozônio, provocam danos enormes e mensuráveis e são as principais razões para apoiar a energia alternativa. Mais além, as energias renováveis estão chegando perto de ter um custo competitivo, mesmo na ausência de incentivos especiais (e não se esqueça de que o petróleo e o gás têm sido subsidiados pela legislação tributária). Mas a associação com a ciência do clima evoca hostilidade visceral à direita. Além disso, é preciso seguir o dinheiro. Costumávamos dizer que o Partido Republicano era o partido da indústria de energia, mas nos dias de hoje seria mais correto dizer que é o partido da Velha Energia. No ciclo eleitoral de 2014 a indústria de petróleo e gás deu 87% de suas contribuições políticas para os republicanos; para mineração de carvão o valor foi de 96%, isso mesmo, 96%. Enquanto isso, a energia alternativa recebeu 56% dos democratas. E a Velha Energia está envolvida em um esforço sistemático de denegrir a imagem das energias renováveis, que se assemelha à maneira com que apoiou "especialistas" dispostos a ajudar a criar uma nuvem de dúvida sobre a ciência do clima. Um exemplo: no início deste ano Newsweek publicou um artigo de opinião pretendendo mostrar que o verdadeiro custo da energia eólica era muito maior do que parecia. Mas foi descoberto que o artigo continha grandes erros factuais, e seu autor não tinha divulgado que ele era o professor Charles W. Koch da Universidade do Estado de Utah, e integrante do grupo de pesquisa apoiado por Koch e ExxonMobil. É pouco provável, acredito, que a política energética desempenhará um papel tão grande como outras questões, como a política fiscal, na eleição de 2016. Mas na medida em que desempenham um papel, é preciso saber o que está realmente em jogo. Enquanto os políticos da direita podem falar sobre o incentivo à inovação e promover uma revolução energética, eles são na verdade defensores do status quo da energia, parte de um movimento que tenta bloquear qualquer coisa que possa perturbar o reinado dos combustíveis fósseis. Tradução de Maria Paula Autran
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Governadora da Carolina do Sul defende retirada de bandeira escravagista
A governadora da Carolina do Sul defendeu nesta segunda (22) que a bandeira da Confederação sulista, símbolo do período escravagista americano utilizado por movimentos racistas, seja removida das imediações do Parlamento estadual. Nikki Haley, eleita em 2010, é membro do movimento ultraconservador republicano Tea Party. Segundo ela, o principal suspeito do massacre a uma igreja da comunidade negra em Charleston, Dylann Roof, tinha uma visão doentia e deturpada dessa bandeira. Haley disse que, embora muitos considerem a flâmula uma herança histórica, "para muitos outros da Carolina do Sul ela é um símbolo extremamente ofensivo de um passado racista brutal". Mais cedo, o prefeito de Charleston, o democrata Joseph P. Riley, fez o mesmo pedido. "Chegou a hora de a bandeira da batalha da Confederação ser retirada da frente do Parlamento e entrar para a história." No sábado, centenas de pessoas tomaram as ruas de Charleston e de Columbia, capital do Estado, pressionando pela retirada da bandeira das imediações do Parlamento estadual. Há 15 anos, uma manifestação com 46 mil pessoas conseguiu retirar o símbolo de dentro do Parlamento. A bandeira, então, foi levada ao jardim do edifício, em um monumento em homenagem às vítimas da Confederação sulista na Guerra Civil Americana (1861-1865). Apesar dos apelos das autoridades, a retirada precisa da aprovação de 2/3 do Legislativo estadual, segundo uma lei de 2000. A flâmula adornava a placa do carro de Roof. No sábado, foram divulgadas fotos do jovem com ela em um site chamado thelastrhodesian [o último rodésio], referência à república africana da Rodésia (atual Zimbábue), onde existiu um regime segregacionista. DIVISÃO A polêmica em torno da questão divide democratas e republicanos há anos. Em 2007, Hillary Clinton defendeu que a bandeira deveria ser abolida. "Penso nos muitos cidadãos da Carolina do Sul que serviram e que hoje servem ao Exército sob nossa bandeira. Eu acredito que deveríamos ter uma bandeira à qual todos honramos", disse, segundo a Fox News. "Pessoalmente, defendo que a bandeira da Confederação sulista seja retirada do Parlamento estadual." Já os republicanos mantém uma atitude cautelosa e defendem que a permanência ou retirada da bandeira do Parlamento estadual deve partir de uma decisão do Estado, não do governo federal. O único líder republicano de influência nacional a condenar o símbolo sulista foi Mitt Romney, que concorreu à Presidência americana em 2012 contra o presidente Barack Obama. "Retirem a bandeira confederada do Parlamento da Carolina do Sul. Para muitos, ela é um símbolo de ódio racial. Retirem-na em respeito às vítimas de Charleston", escreveu na rede social Twitter.
mundo
Governadora da Carolina do Sul defende retirada de bandeira escravagistaA governadora da Carolina do Sul defendeu nesta segunda (22) que a bandeira da Confederação sulista, símbolo do período escravagista americano utilizado por movimentos racistas, seja removida das imediações do Parlamento estadual. Nikki Haley, eleita em 2010, é membro do movimento ultraconservador republicano Tea Party. Segundo ela, o principal suspeito do massacre a uma igreja da comunidade negra em Charleston, Dylann Roof, tinha uma visão doentia e deturpada dessa bandeira. Haley disse que, embora muitos considerem a flâmula uma herança histórica, "para muitos outros da Carolina do Sul ela é um símbolo extremamente ofensivo de um passado racista brutal". Mais cedo, o prefeito de Charleston, o democrata Joseph P. Riley, fez o mesmo pedido. "Chegou a hora de a bandeira da batalha da Confederação ser retirada da frente do Parlamento e entrar para a história." No sábado, centenas de pessoas tomaram as ruas de Charleston e de Columbia, capital do Estado, pressionando pela retirada da bandeira das imediações do Parlamento estadual. Há 15 anos, uma manifestação com 46 mil pessoas conseguiu retirar o símbolo de dentro do Parlamento. A bandeira, então, foi levada ao jardim do edifício, em um monumento em homenagem às vítimas da Confederação sulista na Guerra Civil Americana (1861-1865). Apesar dos apelos das autoridades, a retirada precisa da aprovação de 2/3 do Legislativo estadual, segundo uma lei de 2000. A flâmula adornava a placa do carro de Roof. No sábado, foram divulgadas fotos do jovem com ela em um site chamado thelastrhodesian [o último rodésio], referência à república africana da Rodésia (atual Zimbábue), onde existiu um regime segregacionista. DIVISÃO A polêmica em torno da questão divide democratas e republicanos há anos. Em 2007, Hillary Clinton defendeu que a bandeira deveria ser abolida. "Penso nos muitos cidadãos da Carolina do Sul que serviram e que hoje servem ao Exército sob nossa bandeira. Eu acredito que deveríamos ter uma bandeira à qual todos honramos", disse, segundo a Fox News. "Pessoalmente, defendo que a bandeira da Confederação sulista seja retirada do Parlamento estadual." Já os republicanos mantém uma atitude cautelosa e defendem que a permanência ou retirada da bandeira do Parlamento estadual deve partir de uma decisão do Estado, não do governo federal. O único líder republicano de influência nacional a condenar o símbolo sulista foi Mitt Romney, que concorreu à Presidência americana em 2012 contra o presidente Barack Obama. "Retirem a bandeira confederada do Parlamento da Carolina do Sul. Para muitos, ela é um símbolo de ódio racial. Retirem-na em respeito às vítimas de Charleston", escreveu na rede social Twitter.
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Rafael Garcia: A árvore onde nasceu a epidemia de ebola
POUCO MAIS de um ano atrás, quem passasse por Meliandou, um vilarejo de trinta e uma casas no sul da Guiné, poderia se deparar com uma cena comum a qualquer área rural: um menino de dois anos brincava perto de uma ... Leia post completo no blog
ciencia
Rafael Garcia: A árvore onde nasceu a epidemia de ebolaPOUCO MAIS de um ano atrás, quem passasse por Meliandou, um vilarejo de trinta e uma casas no sul da Guiné, poderia se deparar com uma cena comum a qualquer área rural: um menino de dois anos brincava perto de uma ... Leia post completo no blog
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Dilma cria regras para publicidade de produtos que afetam amamentação
A presidente Dilma Rousseff (PT) assinou nesta terça-feira (3) um decreto que assegura o aleitamento materno e regulamenta a publicidade de produtos que possam interferir na amamentação, como no caso de leites artificiais, mamadeiras e chupetas. Com a medida, o governo busca assegurar o uso apropriado desses produtos e estabelecer orientações para a comercialização e publicidade. A medida, que é voltada para crianças de até três anos, proíbe qualquer ação promocional, como publicidade, descontos, brindes, exposições especiais no supermercado. Entre os produtos estão papinhas, leites artificiais, mamadeiras e chupetas. Em relação ao rótulo desses produtos, o decreto proíbe que as embalagens contenham fotos, desenhos e textos que induzam o uso. As embalagens devem trazer também a idade correta para o consumo e, no caso de chupetas, mamadeiras e bicos, é preciso informar também sobre os prejuízos que o uso desses materiais pode causar ao aleitamento materno. "O decreto que assinei visa estimular o aleitamento materno e, ao mesmo tempo, estabelece regras mais precisas para a comercialização de alimentos e produtos para as nossas crianças de até 3 anos. A amamentação e alimentação saudável desde pequenininhos resultarão em crianças com o desenvolvimento mais adequado, mais capazes de bem conduzir o nosso país no futuro. São eles, os cidadãos e as cidadãzinhas que merecem a nossa atenção e nossos cuidados", disse a presidente. A assinatura do decreto, que regulamenta a lei 11.265, de 2006, e garante a fiscalização pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ocorreu durante a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em Brasília. Segundo o Ministério da Saúde, os estabelecimentos terão o prazo de um ano, a partir da publicação do decreto, para se adequarem às novas medidas. ALEITAMENTO MATERNO O Ministério da Saúde e a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendam que os bebês sejam amamentados por até dois anos ou mais e que o leite materno seja o único alimento da criança até o sexto mês de vida. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que o ministério busca hoje que estes índices sejam alcançados no país. "Há estudos que demonstram que a criança que recebe o aleitamento materno, no futuro tem uma menor tendência à obesidade, diabetes e hipertensão arterial", disse Castro. Segundo o ministério da Saúde, a Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno, realizada em 2008, mostrou que a média de duração do aleitamento materno exclusivo é apenas de 54 dias, o que representa menos de dois meses. Entre as crianças menores de seis meses, apenas 41% tiveram o leite materno como alimento exclusivo. A pesquisa mostrou também que foi relatado o uso de mamadeira em 58,4% das crianças e da chupeta em 42,6% no primeiro mês de vida. A conferência é realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), e tem como objetivo mobilizar a sociedade civil e o governo para ações destinadas proteger e garantir o direito humano à alimentação saudável.
cotidiano
Dilma cria regras para publicidade de produtos que afetam amamentaçãoA presidente Dilma Rousseff (PT) assinou nesta terça-feira (3) um decreto que assegura o aleitamento materno e regulamenta a publicidade de produtos que possam interferir na amamentação, como no caso de leites artificiais, mamadeiras e chupetas. Com a medida, o governo busca assegurar o uso apropriado desses produtos e estabelecer orientações para a comercialização e publicidade. A medida, que é voltada para crianças de até três anos, proíbe qualquer ação promocional, como publicidade, descontos, brindes, exposições especiais no supermercado. Entre os produtos estão papinhas, leites artificiais, mamadeiras e chupetas. Em relação ao rótulo desses produtos, o decreto proíbe que as embalagens contenham fotos, desenhos e textos que induzam o uso. As embalagens devem trazer também a idade correta para o consumo e, no caso de chupetas, mamadeiras e bicos, é preciso informar também sobre os prejuízos que o uso desses materiais pode causar ao aleitamento materno. "O decreto que assinei visa estimular o aleitamento materno e, ao mesmo tempo, estabelece regras mais precisas para a comercialização de alimentos e produtos para as nossas crianças de até 3 anos. A amamentação e alimentação saudável desde pequenininhos resultarão em crianças com o desenvolvimento mais adequado, mais capazes de bem conduzir o nosso país no futuro. São eles, os cidadãos e as cidadãzinhas que merecem a nossa atenção e nossos cuidados", disse a presidente. A assinatura do decreto, que regulamenta a lei 11.265, de 2006, e garante a fiscalização pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ocorreu durante a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em Brasília. Segundo o Ministério da Saúde, os estabelecimentos terão o prazo de um ano, a partir da publicação do decreto, para se adequarem às novas medidas. ALEITAMENTO MATERNO O Ministério da Saúde e a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendam que os bebês sejam amamentados por até dois anos ou mais e que o leite materno seja o único alimento da criança até o sexto mês de vida. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que o ministério busca hoje que estes índices sejam alcançados no país. "Há estudos que demonstram que a criança que recebe o aleitamento materno, no futuro tem uma menor tendência à obesidade, diabetes e hipertensão arterial", disse Castro. Segundo o ministério da Saúde, a Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno, realizada em 2008, mostrou que a média de duração do aleitamento materno exclusivo é apenas de 54 dias, o que representa menos de dois meses. Entre as crianças menores de seis meses, apenas 41% tiveram o leite materno como alimento exclusivo. A pesquisa mostrou também que foi relatado o uso de mamadeira em 58,4% das crianças e da chupeta em 42,6% no primeiro mês de vida. A conferência é realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), e tem como objetivo mobilizar a sociedade civil e o governo para ações destinadas proteger e garantir o direito humano à alimentação saudável.
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Paulistanos d'O Terno ironizam nome de palco do Lolla e tocam hit de axé
Debaixo de uma chuva que começava a se intensificar, o trio paulistano de rock O Terno encerrou seu show no palco Axe do Lollapalooza arrancando risada do público. O seu sucesso "Tic Tac", do EP "TicTac-Harmonium" (2013), foi emendado com um trecho de "Beija-flor", hit dos baianos da Timbalada na década de 1990. Após entoar o verso "No tic-tic-tac do meu coração, renascerá", o guitarrista e vocalista Tim Bernardes soltou a piada –que já corria na boca do público desde o sábado (28), mas não tinha alcançado o palco ainda. "Valeu, palco 'axé'!", disse ele, brincando com a pronúncia do nome do patrocinador do local. Apesar de estar preparada para chuva desde o início, vestindo capas amarelas, a banda conseguiu mostrar a maior parte das suas canções com tempo apenas nublado. O repertório teve composições do disco mais recente, "O Terno", do ano passado, e de "66" (2012), álbum de estreia do grupo. A plateia, atenta, respondeu animada também à música "Papa Francisco Perdoa Tom Zé", faixa que Tim Bernardes escreveu para o EP "Tribunal do Feicebuque" (2013), de Tom Zé. A letra faz referência à polêmica surgida após o músico baiano ter participado de um comercial da Coca-Cola. Na época, parte dos fãs do músico baiano condenou a atitude do artista. Tocando pela primeira vez no festival, o vocalista também não perdeu a piada na hora de agradecer o convite. "Muito legal tocar aqui neste segundo dia, depois que o Robert Plant e o Jack White abriram para a gente." O TERNO HORÁRIO 14h30 PALCO Axe VISUAL uniformizado, o trio veio pronto para a chuva, usando capas amarelas; por baixo, camisetas também iguais, listradas de preto e branco QUANTO DUROU uma hora QUANTO PODERIA TER DURADO foi na medida, já que a chuva caía forte no final do show O "CARA" NO SHOW o vocalista e guitarrista Tim Bernardes, por suas piadas que caíram bem
ilustrada
Paulistanos d'O Terno ironizam nome de palco do Lolla e tocam hit de axéDebaixo de uma chuva que começava a se intensificar, o trio paulistano de rock O Terno encerrou seu show no palco Axe do Lollapalooza arrancando risada do público. O seu sucesso "Tic Tac", do EP "TicTac-Harmonium" (2013), foi emendado com um trecho de "Beija-flor", hit dos baianos da Timbalada na década de 1990. Após entoar o verso "No tic-tic-tac do meu coração, renascerá", o guitarrista e vocalista Tim Bernardes soltou a piada –que já corria na boca do público desde o sábado (28), mas não tinha alcançado o palco ainda. "Valeu, palco 'axé'!", disse ele, brincando com a pronúncia do nome do patrocinador do local. Apesar de estar preparada para chuva desde o início, vestindo capas amarelas, a banda conseguiu mostrar a maior parte das suas canções com tempo apenas nublado. O repertório teve composições do disco mais recente, "O Terno", do ano passado, e de "66" (2012), álbum de estreia do grupo. A plateia, atenta, respondeu animada também à música "Papa Francisco Perdoa Tom Zé", faixa que Tim Bernardes escreveu para o EP "Tribunal do Feicebuque" (2013), de Tom Zé. A letra faz referência à polêmica surgida após o músico baiano ter participado de um comercial da Coca-Cola. Na época, parte dos fãs do músico baiano condenou a atitude do artista. Tocando pela primeira vez no festival, o vocalista também não perdeu a piada na hora de agradecer o convite. "Muito legal tocar aqui neste segundo dia, depois que o Robert Plant e o Jack White abriram para a gente." O TERNO HORÁRIO 14h30 PALCO Axe VISUAL uniformizado, o trio veio pronto para a chuva, usando capas amarelas; por baixo, camisetas também iguais, listradas de preto e branco QUANTO DUROU uma hora QUANTO PODERIA TER DURADO foi na medida, já que a chuva caía forte no final do show O "CARA" NO SHOW o vocalista e guitarrista Tim Bernardes, por suas piadas que caíram bem
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Ministro de Energia recomenda que brasileiros reduzam consumo
O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) recomendou que os brasileiros reduzam o consumo de energia elétrica. "Não é racionamento. Nós temos energia. Ela existe, mas é cara", afirmou. Segundo Braga, "do mesmo jeito que estamos vendo a realidade em São Paulo, em que o consumidor está tendo que reduzir gasto de água porque há um problema hídrico, o setor elétrico está sendo vítima do ritmo hidrológico". Para o ministro, os aumentos que virão nas contas, principalmente por meio do novo sistema de bandeiras tarifárias, indicarão ao consumidor que esse recurso está mais escasso e que é preciso diminuir gastos. "Se pudermos economizar, se pudermos controlar isso [esses gatos], ajuda para que possamos ter eficiência energética", explicou. O ministro defende que a redução do consumo e de gastos na área elétrica trazem impactos positivos até sobre a tarifa. A pasta entende que o ritmo hidrológico está alterado, já que os reservatórios de água neste ano estão menores que em 2014. No entanto, o ritmo das chuvas não estaria "tão ruim quanto ano passado", segundo apontou Eduardo Braga. O ministro defendeu ainda que se combata a ineficiência elétrica, que pode ocorrer dentro da casa das pessoas, por meio do uso de equipamentos que consomem grandes quantidades de energia. Ao mesmo tempo, ele disse que pretende trabalhar com a ineficiência "da porta para fora", trabalhando com as distribuidoras para modernizar a rede de distribuição, que inclui cabeamentos, transformadores e a iluminação pública como um todo. "São vários os setores que vão ser acionados para aumento eficiência", disse. CONTINGENCIAMENTO Na tarde desta quarta-feira (14) o ministro esteve reunido com Nelson Barbosa (Planejamento) para discutir os efeitos do contingenciamento sobre o Ministério de Minas e Energia. Braga defendeu que os investimentos não serão cortados, porque são feitos, em sua maioria, por meio de leilões e concessões. Ele também informou que gastos com as fiscalizações da Aneel estão mantidos. "Estamos falando dos gastos do funcionamento e controle dos gastos públicos no funcionamento do ministério", afirmou. "Acho que o ministério conseguirá se adequar com alguma tranquilidade às recomendações". Está nos planos do ministro ainda a discussão futura sobre o plano de carreira dos analistas e técnicos. "A qualificação tem que ser continuada para ter capacidade de interagir com um setor que se moderniza", justificou.
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Ministro de Energia recomenda que brasileiros reduzam consumoO ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) recomendou que os brasileiros reduzam o consumo de energia elétrica. "Não é racionamento. Nós temos energia. Ela existe, mas é cara", afirmou. Segundo Braga, "do mesmo jeito que estamos vendo a realidade em São Paulo, em que o consumidor está tendo que reduzir gasto de água porque há um problema hídrico, o setor elétrico está sendo vítima do ritmo hidrológico". Para o ministro, os aumentos que virão nas contas, principalmente por meio do novo sistema de bandeiras tarifárias, indicarão ao consumidor que esse recurso está mais escasso e que é preciso diminuir gastos. "Se pudermos economizar, se pudermos controlar isso [esses gatos], ajuda para que possamos ter eficiência energética", explicou. O ministro defende que a redução do consumo e de gastos na área elétrica trazem impactos positivos até sobre a tarifa. A pasta entende que o ritmo hidrológico está alterado, já que os reservatórios de água neste ano estão menores que em 2014. No entanto, o ritmo das chuvas não estaria "tão ruim quanto ano passado", segundo apontou Eduardo Braga. O ministro defendeu ainda que se combata a ineficiência elétrica, que pode ocorrer dentro da casa das pessoas, por meio do uso de equipamentos que consomem grandes quantidades de energia. Ao mesmo tempo, ele disse que pretende trabalhar com a ineficiência "da porta para fora", trabalhando com as distribuidoras para modernizar a rede de distribuição, que inclui cabeamentos, transformadores e a iluminação pública como um todo. "São vários os setores que vão ser acionados para aumento eficiência", disse. CONTINGENCIAMENTO Na tarde desta quarta-feira (14) o ministro esteve reunido com Nelson Barbosa (Planejamento) para discutir os efeitos do contingenciamento sobre o Ministério de Minas e Energia. Braga defendeu que os investimentos não serão cortados, porque são feitos, em sua maioria, por meio de leilões e concessões. Ele também informou que gastos com as fiscalizações da Aneel estão mantidos. "Estamos falando dos gastos do funcionamento e controle dos gastos públicos no funcionamento do ministério", afirmou. "Acho que o ministério conseguirá se adequar com alguma tranquilidade às recomendações". Está nos planos do ministro ainda a discussão futura sobre o plano de carreira dos analistas e técnicos. "A qualificação tem que ser continuada para ter capacidade de interagir com um setor que se moderniza", justificou.
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Governo chinês paga caro por medidas para conter queda de ações
Ações agressivas de política econômica se tornaram comuns nos mercados mundiais —Haruhiko Kuroda tinha sua bazuca, e Ben Bernanke apelava ao helicóptero. Mas na China, a queda nos preços dos ativos foi combatida por meio de uma invasão em larga escala ao mercado, que garantiu uma vitória custosa e que muita gente acredita que possa se provar passageira. Depois de três meses de forte intervenção governamental para segurar a queda das ações, as autoridades chinesas parecem prontas a declarar "missão cumprida". Zhou Xiaochuan, o presidente do Banco Popular da China, o banco central chinês, declarou em uma reunião do Grupo dos 20 (G20) no final de semana passado que a correção nos mercados de ações, que causou queda de quase 40% no índice composto de Xangai ante seu pico de junho, estava "praticamente encerrada". Nos dias que se seguiram à declaração, o índice mal se mexeu, subindo em 1,2% na semana. Tendo despencado de um pico de 5,1 mil pontos na metade de junho, o índice agora parece ter encontrado uma nova zona de conforto pouco acima dos três mil pontos, a sua cotação desde a semana final de agosto. Analistas chineses não demoraram a expressar alívio. "Já que as recentes medidas de política econômica restringiram as atividades especulativas e a redução do endividamento chegou ao seu limite, por enquanto, existe esperança de uma recuperação no mercado", diz Wang Fen, da Shanghai Securities. Enquanto isso, a Soochow Securities lançou um relatório intitulado "o inverno severo passou, e chegou a hora de semear para a primavera". No entanto, nem todo mundo está convencido. O valor médio de mercado das ações pode ter caído significativamente ante seu pico, mas muitas delas —especialmente as de baixa capitalização— ainda estão sendo negociadas a preços muito mais altos que a tendência histórica, em termos de relação preço/lucro. A despeito das fortes quedas nos índices das bolsas de Xangai e Shenzhen, as duas ainda mostram alta de mais de 30% para os últimos 12 meses, o que as faz os mercados de melhor desempenho no planeta. A bolha, dizem os céticos, não estourou de todo. "O governo está oferecendo sustentação ao mercado em patamar elevado demais", diz Francis Cheung, estrategista de ações chinesas na CLSA. "Eles sairão derrotados. Chegará o momento em que terão de parar de intervir". Sua previsão quanto ao valor correto do índice composto de Xangai é de 2,7 mil pontos, o que implica mais 15% de queda ante o patamar atual. Mesmo que Pequim tenha conseguido escorar a queda nos preços das ações, fazê-lo teve um custo muito alto. O governo desembolsou diretamente 1,5 trilhão de yuan (US$ 236 bilhões) para sustentar o mercado de ações nos últimos três meses, de acordo com estimativas do Goldman Sachs. Os custos de resgatar o mercado não foram apenas financeiros. A intervenção descarrilou algumas iniciativas cruciais de reforma, como a transição dos empréstimos por bancos comerciais à obtenção de capital no mercado de ações, como mecanismo primário de capitalização. Para frear o ingresso de ações novas no mercado, as ofertas públicas iniciais foram congeladas. O volume de transações também despencou, porque a ação governamental, saídas de capital e a fricção nos mercados de câmbio reduziram a liquidez. O giro na bolsa de Xangai terça-feira caiu a US$ 43 bilhões, o menor montante diário desde fevereiro, e ante um pico de US$ 212 bilhões no começo de junho. O volume de transações nos mercados futuros sofreu baque ainda maior. "Os mercados futuros estão mortos, os mercados de opções estão mortos, o financiamento de margens está morto, e com isso não há liquidez", disse Hao Hong, estrategista da Bocom International. Enquanto isso, o objetivo de prazo mais longo, ampliar a participação estrangeira nos mercados financeiros chineses, deu um significativo passo para trás, depois que foram introduzidas novas regras proibindo vendas a descoberto e grandes vendas de ações. "Ninguém quer deter um ativo sem ter certeza de que poderá vendê-lo", diz Bob Browne, vice-presidente de investimento da Northern Trust, administradora de fundos norte-americana que responde por US$ 960 bilhões em ativos. Investidores e corretores também se viram sob investigação pelas autoridades. E a despeito das declarações oficiais de que a crise passou, muitos acreditam que a queda ainda não acabou, especialmente diante da desaceleração continuada na economia. "Mesmo depois da queda, nós não capitulamos de verdade. É difícil afirmar que chegamos ao fundo do poço, e os fundamentos não estão melhorando", disse Hong. "Que motivos existem para comprar?" Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Governo chinês paga caro por medidas para conter queda de açõesAções agressivas de política econômica se tornaram comuns nos mercados mundiais —Haruhiko Kuroda tinha sua bazuca, e Ben Bernanke apelava ao helicóptero. Mas na China, a queda nos preços dos ativos foi combatida por meio de uma invasão em larga escala ao mercado, que garantiu uma vitória custosa e que muita gente acredita que possa se provar passageira. Depois de três meses de forte intervenção governamental para segurar a queda das ações, as autoridades chinesas parecem prontas a declarar "missão cumprida". Zhou Xiaochuan, o presidente do Banco Popular da China, o banco central chinês, declarou em uma reunião do Grupo dos 20 (G20) no final de semana passado que a correção nos mercados de ações, que causou queda de quase 40% no índice composto de Xangai ante seu pico de junho, estava "praticamente encerrada". Nos dias que se seguiram à declaração, o índice mal se mexeu, subindo em 1,2% na semana. Tendo despencado de um pico de 5,1 mil pontos na metade de junho, o índice agora parece ter encontrado uma nova zona de conforto pouco acima dos três mil pontos, a sua cotação desde a semana final de agosto. Analistas chineses não demoraram a expressar alívio. "Já que as recentes medidas de política econômica restringiram as atividades especulativas e a redução do endividamento chegou ao seu limite, por enquanto, existe esperança de uma recuperação no mercado", diz Wang Fen, da Shanghai Securities. Enquanto isso, a Soochow Securities lançou um relatório intitulado "o inverno severo passou, e chegou a hora de semear para a primavera". No entanto, nem todo mundo está convencido. O valor médio de mercado das ações pode ter caído significativamente ante seu pico, mas muitas delas —especialmente as de baixa capitalização— ainda estão sendo negociadas a preços muito mais altos que a tendência histórica, em termos de relação preço/lucro. A despeito das fortes quedas nos índices das bolsas de Xangai e Shenzhen, as duas ainda mostram alta de mais de 30% para os últimos 12 meses, o que as faz os mercados de melhor desempenho no planeta. A bolha, dizem os céticos, não estourou de todo. "O governo está oferecendo sustentação ao mercado em patamar elevado demais", diz Francis Cheung, estrategista de ações chinesas na CLSA. "Eles sairão derrotados. Chegará o momento em que terão de parar de intervir". Sua previsão quanto ao valor correto do índice composto de Xangai é de 2,7 mil pontos, o que implica mais 15% de queda ante o patamar atual. Mesmo que Pequim tenha conseguido escorar a queda nos preços das ações, fazê-lo teve um custo muito alto. O governo desembolsou diretamente 1,5 trilhão de yuan (US$ 236 bilhões) para sustentar o mercado de ações nos últimos três meses, de acordo com estimativas do Goldman Sachs. Os custos de resgatar o mercado não foram apenas financeiros. A intervenção descarrilou algumas iniciativas cruciais de reforma, como a transição dos empréstimos por bancos comerciais à obtenção de capital no mercado de ações, como mecanismo primário de capitalização. Para frear o ingresso de ações novas no mercado, as ofertas públicas iniciais foram congeladas. O volume de transações também despencou, porque a ação governamental, saídas de capital e a fricção nos mercados de câmbio reduziram a liquidez. O giro na bolsa de Xangai terça-feira caiu a US$ 43 bilhões, o menor montante diário desde fevereiro, e ante um pico de US$ 212 bilhões no começo de junho. O volume de transações nos mercados futuros sofreu baque ainda maior. "Os mercados futuros estão mortos, os mercados de opções estão mortos, o financiamento de margens está morto, e com isso não há liquidez", disse Hao Hong, estrategista da Bocom International. Enquanto isso, o objetivo de prazo mais longo, ampliar a participação estrangeira nos mercados financeiros chineses, deu um significativo passo para trás, depois que foram introduzidas novas regras proibindo vendas a descoberto e grandes vendas de ações. "Ninguém quer deter um ativo sem ter certeza de que poderá vendê-lo", diz Bob Browne, vice-presidente de investimento da Northern Trust, administradora de fundos norte-americana que responde por US$ 960 bilhões em ativos. Investidores e corretores também se viram sob investigação pelas autoridades. E a despeito das declarações oficiais de que a crise passou, muitos acreditam que a queda ainda não acabou, especialmente diante da desaceleração continuada na economia. "Mesmo depois da queda, nós não capitulamos de verdade. É difícil afirmar que chegamos ao fundo do poço, e os fundamentos não estão melhorando", disse Hong. "Que motivos existem para comprar?" Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Impasse, o pior dos mundos
SÃO PAULO - O Brasil vive um impasse. Em meio a uma crise econômica grave, a presidente da República perdeu o vigor político necessário para governar e é improvável que consiga recuperá-lo. Por outro lado, não há na mesa um motivo robusto e evidente para o impeachment –decisão que seria hoje muito controversa. Não há um Fiat Elba; não existe uma Casa da Dinda. O pacote de maldades que o Brasil precisa adotar para ajustar suas contas, que passa por um drástico corte de despesas e aumento de impostos, exige liderança política para implementá-lo. Somente um governo com base sólida, mesmo assim suando muito, consegue fazer rolar algo que desagrada a tanta gente: empresários, classe média, servidores, movimentos sociais etc. Dilma não tem hoje o controle do Congresso. Mal consegue fazer com que o seu partido atue em consonância com as suas prioridades. O próprio Lula não faz mais questão de esconder suas divergências, atacando o ajuste. A presidente encontra-se nas mãos do PMDB de Michel Temer e Renan Calheiros, que não tem mais interesse em socorrê-la e só consegue pensar em outra coisa. O partido se enxerga na iminência de assumir o poder e apenas aguarda uma oportunidade para desenrolar o processo de impeachment. Nem mesmo um banho de espírito público faria o PMDB, depois que o partido sentiu o gostinho do poder, mudar de rota para ajudá-la a tirar o país da enrascada econômica. Quer inviabilizar o ajuste agora para ter a possibilidade de implantá-lo depois. A presidente Dilma, antes de tentar aprovar qualquer plano no Legislativo, precisaria reconstruir sua base política, uma tarefa que hoje é extremamente difícil, se é que ainda dá. De qualquer modo, de um jeito ou de outro, em algum momento, o país terá de sair desta condição de impasse e paralisia. Até lá, no entanto, não há como imaginar que a situação não vá se agravar ainda mais.
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Impasse, o pior dos mundosSÃO PAULO - O Brasil vive um impasse. Em meio a uma crise econômica grave, a presidente da República perdeu o vigor político necessário para governar e é improvável que consiga recuperá-lo. Por outro lado, não há na mesa um motivo robusto e evidente para o impeachment –decisão que seria hoje muito controversa. Não há um Fiat Elba; não existe uma Casa da Dinda. O pacote de maldades que o Brasil precisa adotar para ajustar suas contas, que passa por um drástico corte de despesas e aumento de impostos, exige liderança política para implementá-lo. Somente um governo com base sólida, mesmo assim suando muito, consegue fazer rolar algo que desagrada a tanta gente: empresários, classe média, servidores, movimentos sociais etc. Dilma não tem hoje o controle do Congresso. Mal consegue fazer com que o seu partido atue em consonância com as suas prioridades. O próprio Lula não faz mais questão de esconder suas divergências, atacando o ajuste. A presidente encontra-se nas mãos do PMDB de Michel Temer e Renan Calheiros, que não tem mais interesse em socorrê-la e só consegue pensar em outra coisa. O partido se enxerga na iminência de assumir o poder e apenas aguarda uma oportunidade para desenrolar o processo de impeachment. Nem mesmo um banho de espírito público faria o PMDB, depois que o partido sentiu o gostinho do poder, mudar de rota para ajudá-la a tirar o país da enrascada econômica. Quer inviabilizar o ajuste agora para ter a possibilidade de implantá-lo depois. A presidente Dilma, antes de tentar aprovar qualquer plano no Legislativo, precisaria reconstruir sua base política, uma tarefa que hoje é extremamente difícil, se é que ainda dá. De qualquer modo, de um jeito ou de outro, em algum momento, o país terá de sair desta condição de impasse e paralisia. Até lá, no entanto, não há como imaginar que a situação não vá se agravar ainda mais.
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Corte de pensão de filhas de servidores pode gerar economia de R$ 5 bilhões
O corte de 19,5 mil pensões de filhas de servidores públicos em situação irregular poderá gerar economia estimada de R$ 5 bilhões até 2020 ao governo federal. É o que aponta o TCU, que determinou ao governo nesta terça-feira (1º) que inicie conferência para que todas essas mulheres comprovem que estão em situação regular e cancelem as que não estiverem. Até 1990, os servidores públicos federais tinham direito a deixar uma pensão para suas filhas solteiras maiores de 21 anos. Após uma lei que acabou com essa possibilidade, só se permite que as filhas dos servidores que tinham esse direito recebam a pensão se comprovarem necessidade econômica, além de permanecerem solteiras. Numa fiscalização iniciada em 2014, o TCU cruzou os dados das mulheres que ainda recebem esse tipo de pensão com bancos de dados da administração. Encontrou a suspeita de que pelo menos 19,5 mil estavam em situação irregular, seja ocupando cargo público, recebendo salário da iniciativa privada ou outras pensões e aposentadorias, o que descaracterizaria a dependência econômica necessária para o recebimento. Algumas pensionistas chegam a ter pensão acima de R$ 30 mil além de acumular outras rendas, segundo dados da fiscalização, classificadas como "atos de patrimonialismo" e "privilégios" pelo ministro Walton Alencar. Foram encontradas ainda 14 casos de mulheres mortas recebendo a pensão. TETO O relator do processo no TCU, ministro Raimundo Carreiro, queria manter a aposentadoria das mulheres que recebessem até o teto da previdência social (Regime Geral), cerca de R$ 4,4 mil no ano passado, o que só atingiria 7,4 mil pensionistas. Segundo ele, a maioria das mulheres já tem mais de 70 anos e que o critério do teto da previdência foi proposto pelos técnicos do próprio TCU. Mas o ministro Walton Alencar deu parecer pedindo para que todas as pensionistas que com qualquer renda extra tivessem a pensão excluída, o que se enquadra em praticamente todos os casos. Antes da exclusão, elas terão o direito a provar que o pagamento está regular. "Pensão não é herança", disse o Ministro Alencar, dizendo que a pensão deve estar dentro da lei e que o teto da previdência não pode ser usado como parâmetro para dependência econômica já que só 5% da população se enquadraria. Walton Alencar foi seguido pela maioria dos outros ministros. Os órgãos da administração federal terão agora um prazo de 60 dias para informar às pensionistas sobre a suspeita de irregularidade e iniciar um processo para retirar a pensão em caso de irregularidade.
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Corte de pensão de filhas de servidores pode gerar economia de R$ 5 bilhõesO corte de 19,5 mil pensões de filhas de servidores públicos em situação irregular poderá gerar economia estimada de R$ 5 bilhões até 2020 ao governo federal. É o que aponta o TCU, que determinou ao governo nesta terça-feira (1º) que inicie conferência para que todas essas mulheres comprovem que estão em situação regular e cancelem as que não estiverem. Até 1990, os servidores públicos federais tinham direito a deixar uma pensão para suas filhas solteiras maiores de 21 anos. Após uma lei que acabou com essa possibilidade, só se permite que as filhas dos servidores que tinham esse direito recebam a pensão se comprovarem necessidade econômica, além de permanecerem solteiras. Numa fiscalização iniciada em 2014, o TCU cruzou os dados das mulheres que ainda recebem esse tipo de pensão com bancos de dados da administração. Encontrou a suspeita de que pelo menos 19,5 mil estavam em situação irregular, seja ocupando cargo público, recebendo salário da iniciativa privada ou outras pensões e aposentadorias, o que descaracterizaria a dependência econômica necessária para o recebimento. Algumas pensionistas chegam a ter pensão acima de R$ 30 mil além de acumular outras rendas, segundo dados da fiscalização, classificadas como "atos de patrimonialismo" e "privilégios" pelo ministro Walton Alencar. Foram encontradas ainda 14 casos de mulheres mortas recebendo a pensão. TETO O relator do processo no TCU, ministro Raimundo Carreiro, queria manter a aposentadoria das mulheres que recebessem até o teto da previdência social (Regime Geral), cerca de R$ 4,4 mil no ano passado, o que só atingiria 7,4 mil pensionistas. Segundo ele, a maioria das mulheres já tem mais de 70 anos e que o critério do teto da previdência foi proposto pelos técnicos do próprio TCU. Mas o ministro Walton Alencar deu parecer pedindo para que todas as pensionistas que com qualquer renda extra tivessem a pensão excluída, o que se enquadra em praticamente todos os casos. Antes da exclusão, elas terão o direito a provar que o pagamento está regular. "Pensão não é herança", disse o Ministro Alencar, dizendo que a pensão deve estar dentro da lei e que o teto da previdência não pode ser usado como parâmetro para dependência econômica já que só 5% da população se enquadraria. Walton Alencar foi seguido pela maioria dos outros ministros. Os órgãos da administração federal terão agora um prazo de 60 dias para informar às pensionistas sobre a suspeita de irregularidade e iniciar um processo para retirar a pensão em caso de irregularidade.
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Campanha do basquete feminino não foi um vexame, diz técnico após 5ª derrota
BRUNO VILLAS BÔAS DO RIO A campanha da seleção feminina de basquete do Brasil não foi um vexame na Rio-2016, apesar de ter sido a pior de sua história, disse o técnico da equipe, Antônio Carlos Barbosa, 71. O Brasil perdeu neste sábado (13) por 79 a 76 para Turquia, na Arena da Juventude, em Deodoro. Com isso, encerrou sua participação na Rio-2016 com cinco derrotas em cinco jogos, no último lugar no grupo A. Desde a primeira participação em Jogos Olímpicos, em Barcelona-1992, a seleção feminina de basquete nunca tinha terminado uma Olimpíada sem conseguir vencer ao menos uma partida. "Se observarmos a frieza dos números, que não ganhei nenhum jogo, você vai dizer: 'que vexame', né? Mas não houve vexame", disse o técnico ao fim da partida, perdida pela seleção na segunda prorrogação. "Fizemos um bom jogo com a Austrália, Bielorrúsia, França e hoje também. E, em todos esses jogos, se fizermos uma edição dos lances, foram bolas bobinhas que fomos perdendo, faltas desnecessárias", disse. Em Pequim-2008 e Londres-2012, a seleção chegou a perder as quatro primeiras partidas, mas conseguiu despedir-se dos Jogos Olímpicos com uma vitória no quinto jogo. Barbosa culpou em parte o lado emocional das jogadoras, o que teria atrapalhado o desempenho tático em momentos cruciais das partidas durante a Olimpíada. Segundo ele, a falta de controle emocional serio o ônus de jogar em casa. O bônus seria o entusiasmo da torcida. "Eu estou frustrado, mas não estou decepcionado", disse. "Esse grupo aqui é bom, mesmo com essas que vão sair fica uma base boa ainda", disse o técnico. Ele se referia à armadora Adrianinha, 37, e à ala-armadora Iziane 34, que decidiram encerrar a carreira de jogadoras. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo Barbosa culpou a a falta de apoio à modalidade e defendeu que se amplie o número de campeonatos e times femininos de basquete no país. "Toda menina hoje um pouco mais alta vai jogar vôlei e não basquete. Ela é atraída pela fama, pelo melhor dinheiro", disse. Iziane fez contra a Turquia sua última partida profissional. Ela volta a São Luís, no Maranhão, onde vai preparar sua campanha para vereadora pelo PSL (Partido Social Liberal). Principal liderança da equipe, Iziane teve um desempenho irregular durante a competição. Além do emocional, ela culpou a falta de partidas e amistosos da seleção brasileira de basquete antes da Rio-2016. "Nosso emocional acaba agindo e valorizamos muito o erro. Isso desequilibra, não obedece taticamente. Contra uma equipe mais fraca, isso passa despercebido. Aqui, isso é um diferencial", disse a ala-armadora. Brasileiros classificados para a Olimpíada
esporte
Campanha do basquete feminino não foi um vexame, diz técnico após 5ª derrota BRUNO VILLAS BÔAS DO RIO A campanha da seleção feminina de basquete do Brasil não foi um vexame na Rio-2016, apesar de ter sido a pior de sua história, disse o técnico da equipe, Antônio Carlos Barbosa, 71. O Brasil perdeu neste sábado (13) por 79 a 76 para Turquia, na Arena da Juventude, em Deodoro. Com isso, encerrou sua participação na Rio-2016 com cinco derrotas em cinco jogos, no último lugar no grupo A. Desde a primeira participação em Jogos Olímpicos, em Barcelona-1992, a seleção feminina de basquete nunca tinha terminado uma Olimpíada sem conseguir vencer ao menos uma partida. "Se observarmos a frieza dos números, que não ganhei nenhum jogo, você vai dizer: 'que vexame', né? Mas não houve vexame", disse o técnico ao fim da partida, perdida pela seleção na segunda prorrogação. "Fizemos um bom jogo com a Austrália, Bielorrúsia, França e hoje também. E, em todos esses jogos, se fizermos uma edição dos lances, foram bolas bobinhas que fomos perdendo, faltas desnecessárias", disse. Em Pequim-2008 e Londres-2012, a seleção chegou a perder as quatro primeiras partidas, mas conseguiu despedir-se dos Jogos Olímpicos com uma vitória no quinto jogo. Barbosa culpou em parte o lado emocional das jogadoras, o que teria atrapalhado o desempenho tático em momentos cruciais das partidas durante a Olimpíada. Segundo ele, a falta de controle emocional serio o ônus de jogar em casa. O bônus seria o entusiasmo da torcida. "Eu estou frustrado, mas não estou decepcionado", disse. "Esse grupo aqui é bom, mesmo com essas que vão sair fica uma base boa ainda", disse o técnico. Ele se referia à armadora Adrianinha, 37, e à ala-armadora Iziane 34, que decidiram encerrar a carreira de jogadoras. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo Barbosa culpou a a falta de apoio à modalidade e defendeu que se amplie o número de campeonatos e times femininos de basquete no país. "Toda menina hoje um pouco mais alta vai jogar vôlei e não basquete. Ela é atraída pela fama, pelo melhor dinheiro", disse. Iziane fez contra a Turquia sua última partida profissional. Ela volta a São Luís, no Maranhão, onde vai preparar sua campanha para vereadora pelo PSL (Partido Social Liberal). Principal liderança da equipe, Iziane teve um desempenho irregular durante a competição. Além do emocional, ela culpou a falta de partidas e amistosos da seleção brasileira de basquete antes da Rio-2016. "Nosso emocional acaba agindo e valorizamos muito o erro. Isso desequilibra, não obedece taticamente. Contra uma equipe mais fraca, isso passa despercebido. Aqui, isso é um diferencial", disse a ala-armadora. Brasileiros classificados para a Olimpíada
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Seleção brasileira é recebida por poucos torcedores em São Paulo
Sob o olhar de apenas 14 pessoas, a seleção brasileira está em São Paulo para o primeiro amistoso preparatório para a disputa da Copa América do Chile. O Brasil enfrenta o México neste domingo (7), às 17h, no estádio do Palmeiras. Ainda sem Neymar, seu principal jogador, que está em Berlim para neste sábado disputar a final da Liga dos Campeões pelo Barcelona, contra a Juventus, a delegação chegou por volta das 12h40 a um hotel na região central de São Paulo. "Estou aqui pelo David Luiz. Tenho tudo dele e amanhã ganhei de aniversário a minha mãe ingresso do jogo", disse Gabriela Cristina Janeiro, 14, que vestia uma camisa do Paris Saint-Germain, clube de David Luiz. O meia Douglas Costa, do Shakhtar Donetsk, que não participou da semana de treinamentos em Teresópolis para disputar a final da Copa da Ucrânia por seu time, já está com o grupo - portanto falta apenas Neymar para que Dunga tenha os 23 convocados em mão. Nesta sábado, às 16h30, Dunga comanda o reconhecimento de campo no Allianz Parque. É possível que Robinho, poupado dos últimos treinos com dor no joelho direito, vá a campo. Mesmo assim, o substituto de Neymar contra os mexicanos deve ser Roberto Firmino.
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Seleção brasileira é recebida por poucos torcedores em São PauloSob o olhar de apenas 14 pessoas, a seleção brasileira está em São Paulo para o primeiro amistoso preparatório para a disputa da Copa América do Chile. O Brasil enfrenta o México neste domingo (7), às 17h, no estádio do Palmeiras. Ainda sem Neymar, seu principal jogador, que está em Berlim para neste sábado disputar a final da Liga dos Campeões pelo Barcelona, contra a Juventus, a delegação chegou por volta das 12h40 a um hotel na região central de São Paulo. "Estou aqui pelo David Luiz. Tenho tudo dele e amanhã ganhei de aniversário a minha mãe ingresso do jogo", disse Gabriela Cristina Janeiro, 14, que vestia uma camisa do Paris Saint-Germain, clube de David Luiz. O meia Douglas Costa, do Shakhtar Donetsk, que não participou da semana de treinamentos em Teresópolis para disputar a final da Copa da Ucrânia por seu time, já está com o grupo - portanto falta apenas Neymar para que Dunga tenha os 23 convocados em mão. Nesta sábado, às 16h30, Dunga comanda o reconhecimento de campo no Allianz Parque. É possível que Robinho, poupado dos últimos treinos com dor no joelho direito, vá a campo. Mesmo assim, o substituto de Neymar contra os mexicanos deve ser Roberto Firmino.
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BNDES e Caixa perderam R$ 3,4 bi com queda de ações da JBS, diz estudo
A queda de 42,9% das ações da JBS no ano representou perda de R$ 3,45 bilhões para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e para a Caixa Econômica Federal, de acordo com estudo da empresa de serviços financeiros Economatica publicado nesta quarta-feira (24). A Economatica usou no levantamento formulários de referência da empresa. O estudo mostra a evolução da participação de BNDES e Caixa na JBS desde 2007. A fatia combinada de ambos na empresa de Joesley Batista aumentou de 12,95% em 2007 para 26,24% neste ano. A Economatica aponta ainda que o BNDES tinha, em 2016, participação direta em 28 empresas, totalizando R$ 53,7 bilhões. Na última terça-feira (23), esse valor recuou para R$ 48,5 bilhões. A maior perda do BNDES foi com a JBS, com queda de R$ 2,8 bilhões. A segunda maior perda do banco, de R$ 2,5 bilhões, é com a Petrobras. Em terceiro vem a Eletrobras, com perda de R$ 1,5 bilhão. A soma da participação do BNDES nas três empresas é de R$ 6,93 bilhões, ou 19,4% do capital. Já a Caixa Econômica Federal tem participação em cinco empresas listadas em Bolsa. A maior queda de investimentos do banco público em valor de mercado também foi na JBS, com queda de R$ 647,4 milhões. A segunda maior queda é com Petrobras, com perda de R$ 614,6 milhões. No ano, BNDES e Caixa têm perda conjunta de R$ 8,27 bilhões até 23 de maio com JBS, Petrobras e Eletrobras.
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BNDES e Caixa perderam R$ 3,4 bi com queda de ações da JBS, diz estudoA queda de 42,9% das ações da JBS no ano representou perda de R$ 3,45 bilhões para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e para a Caixa Econômica Federal, de acordo com estudo da empresa de serviços financeiros Economatica publicado nesta quarta-feira (24). A Economatica usou no levantamento formulários de referência da empresa. O estudo mostra a evolução da participação de BNDES e Caixa na JBS desde 2007. A fatia combinada de ambos na empresa de Joesley Batista aumentou de 12,95% em 2007 para 26,24% neste ano. A Economatica aponta ainda que o BNDES tinha, em 2016, participação direta em 28 empresas, totalizando R$ 53,7 bilhões. Na última terça-feira (23), esse valor recuou para R$ 48,5 bilhões. A maior perda do BNDES foi com a JBS, com queda de R$ 2,8 bilhões. A segunda maior perda do banco, de R$ 2,5 bilhões, é com a Petrobras. Em terceiro vem a Eletrobras, com perda de R$ 1,5 bilhão. A soma da participação do BNDES nas três empresas é de R$ 6,93 bilhões, ou 19,4% do capital. Já a Caixa Econômica Federal tem participação em cinco empresas listadas em Bolsa. A maior queda de investimentos do banco público em valor de mercado também foi na JBS, com queda de R$ 647,4 milhões. A segunda maior queda é com Petrobras, com perda de R$ 614,6 milhões. No ano, BNDES e Caixa têm perda conjunta de R$ 8,27 bilhões até 23 de maio com JBS, Petrobras e Eletrobras.
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Ator Cláudio Marzo é internado em clínica da zona sul carioca
O ator Cláudio Marzo, 74, está internado na Clínica São Vicente, na zona sul carioca, desde o último domingo (8). De acordo com boletim médico do hospital, Marzo foi diagnosticado com "quadro infeccioso, associado à insuficiência renal e enfisema descompensado". O clínico geral e cardiologista João Manoel Pedroso, que cuida de Marzo, informou que o quadro é estável e não há previsão de alta. A última internação de Marzo ocorreu em dezembro passado, quando o ator ficou no Centro de Tratamento Intensivo do mesmo hospital para tratar de uma pneumonia. Em 2013, Marzo foi hospitalizado outras três vezes - duas internações por conta de problemas respiratórios e outra em decorrência de uma hemorragia digestiva. O ator surgiu como galã de novelas no início dos anos 1970, ganhando destaque como protagonista de "Véu de Noiva" (1969) e "Irmãos Coragem", exibida de 1970 a 1971. O último papel que ele interpretou foi como o Capitão Guerra, da série "Guerra e Paz", em 2009.
ilustrada
Ator Cláudio Marzo é internado em clínica da zona sul cariocaO ator Cláudio Marzo, 74, está internado na Clínica São Vicente, na zona sul carioca, desde o último domingo (8). De acordo com boletim médico do hospital, Marzo foi diagnosticado com "quadro infeccioso, associado à insuficiência renal e enfisema descompensado". O clínico geral e cardiologista João Manoel Pedroso, que cuida de Marzo, informou que o quadro é estável e não há previsão de alta. A última internação de Marzo ocorreu em dezembro passado, quando o ator ficou no Centro de Tratamento Intensivo do mesmo hospital para tratar de uma pneumonia. Em 2013, Marzo foi hospitalizado outras três vezes - duas internações por conta de problemas respiratórios e outra em decorrência de uma hemorragia digestiva. O ator surgiu como galã de novelas no início dos anos 1970, ganhando destaque como protagonista de "Véu de Noiva" (1969) e "Irmãos Coragem", exibida de 1970 a 1971. O último papel que ele interpretou foi como o Capitão Guerra, da série "Guerra e Paz", em 2009.
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Detran-SP passa a receber em seu site indicação de motorista infrator
O site do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) disponibilizou um novo serviço no qual a pessoa que receber uma multa por uma infração cometida por outro motorista com o seu carro poderá indicar o real condutor e acompanhar o andamento da análise do recurso. Segundo o órgão, a nova ferramenta vai facilitar a vida do cidadão ao migrar o serviço da forma manual para a digital tornando o processamento da indicação de condutor mais rápido, seguro e transparente. Se o motorista optar pelo serviço presencial em uma unidade de trânsito, os documentos entregues serão digitalizados e inseridos no Sistema Integrado de Multas. "Nosso objetivo é evitar fraudes. Nenhum cidadão deve aceitar receber a pontuação de uma infração que não foi cometida por ele, pois isso pode caracterizar crime de falsidade ideológica. Nesse caso, os envolvidos respondem na Justiça e podem ser presos por um período que varia de um a cinco anos", ressalta Neiva Aparecida Doretto, diretora-vice-presidente do Detran-SP. Se o carro for conduzido por mais de uma pessoa, cabe ao proprietário indicar qual motorista dirigia no momento em que a autuação foi registrada, caso a infração não tenha sido cometida por ele. Isso permite que os pontos sejam inseridos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) correta. Do contrário, diz o órgão, o dono do veículo será considerado o responsável pela infração e receberá os pontos–a multa é sempre vinculada ao cadastro do veículo e cobrada do proprietário legal do bem. Contudo, a nova ferramenta somente é válida para indicar motoristas responsáveis por infrações de trânsito por meio de fiscalizações realizadas pela Polícia Militar no perímetro urbano. O Detran-SP lembra que a aplicação de multas varia de acordo com o tipo de infração e a localidade em que foi cometida. Infrações mais comuns, como, avanço de sinal vermelho, estacionamento irregular, excesso de velocidade e desrespeito ao rodízio, são registradas por órgãos de trânsito das prefeituras. Nas estradas, as multas, em geral, são aplicadas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem). PROCEDIMENTO Para realizar a indicação, a pessoa deve acessar os "Serviços Online", clicar em "Solicitar e acompanhar indicação de condutor", efetuar o cadastro e digitalizar o formulário de indicação de condutor (por meio de scanner ou foto) e fazer o upload no portal. O dono do carro deve preencher todos os campos, assinar no local apropriado e coletar a assinatura do motorista infrator. O envio deve ser feito dentro do prazo informado na notificação, que é, no mínimo, de 15 dias. O Detran-SP irá verificar se a assinatura e a imagem da foto que constam na CNH do condutor indicado pelo proprietário correspondem às registradas no sistema de coleta biométrica, realizada em todo cadastro para primeira habilitação, renovação, mudança e adição de categoria.
cotidiano
Detran-SP passa a receber em seu site indicação de motorista infratorO site do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) disponibilizou um novo serviço no qual a pessoa que receber uma multa por uma infração cometida por outro motorista com o seu carro poderá indicar o real condutor e acompanhar o andamento da análise do recurso. Segundo o órgão, a nova ferramenta vai facilitar a vida do cidadão ao migrar o serviço da forma manual para a digital tornando o processamento da indicação de condutor mais rápido, seguro e transparente. Se o motorista optar pelo serviço presencial em uma unidade de trânsito, os documentos entregues serão digitalizados e inseridos no Sistema Integrado de Multas. "Nosso objetivo é evitar fraudes. Nenhum cidadão deve aceitar receber a pontuação de uma infração que não foi cometida por ele, pois isso pode caracterizar crime de falsidade ideológica. Nesse caso, os envolvidos respondem na Justiça e podem ser presos por um período que varia de um a cinco anos", ressalta Neiva Aparecida Doretto, diretora-vice-presidente do Detran-SP. Se o carro for conduzido por mais de uma pessoa, cabe ao proprietário indicar qual motorista dirigia no momento em que a autuação foi registrada, caso a infração não tenha sido cometida por ele. Isso permite que os pontos sejam inseridos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) correta. Do contrário, diz o órgão, o dono do veículo será considerado o responsável pela infração e receberá os pontos–a multa é sempre vinculada ao cadastro do veículo e cobrada do proprietário legal do bem. Contudo, a nova ferramenta somente é válida para indicar motoristas responsáveis por infrações de trânsito por meio de fiscalizações realizadas pela Polícia Militar no perímetro urbano. O Detran-SP lembra que a aplicação de multas varia de acordo com o tipo de infração e a localidade em que foi cometida. Infrações mais comuns, como, avanço de sinal vermelho, estacionamento irregular, excesso de velocidade e desrespeito ao rodízio, são registradas por órgãos de trânsito das prefeituras. Nas estradas, as multas, em geral, são aplicadas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem). PROCEDIMENTO Para realizar a indicação, a pessoa deve acessar os "Serviços Online", clicar em "Solicitar e acompanhar indicação de condutor", efetuar o cadastro e digitalizar o formulário de indicação de condutor (por meio de scanner ou foto) e fazer o upload no portal. O dono do carro deve preencher todos os campos, assinar no local apropriado e coletar a assinatura do motorista infrator. O envio deve ser feito dentro do prazo informado na notificação, que é, no mínimo, de 15 dias. O Detran-SP irá verificar se a assinatura e a imagem da foto que constam na CNH do condutor indicado pelo proprietário correspondem às registradas no sistema de coleta biométrica, realizada em todo cadastro para primeira habilitação, renovação, mudança e adição de categoria.
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Leitora relembra papel de Eduardo Paes como opositor ao PT
Para os que se esqueceram, Eduardo Paes integrava a linha de frente da oposição nas investigações da CPI dos Correios, que desembocou no processo do mensalão. Naqueles tempos, Paes era crítico ferrenho do PT e de tudo que ali orbitava. Mais tarde seria eleito prefeito do Rio com apoio de Lula, e hoje são grandes amigos. Difícil dizer quem seria o maior cara de pau. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitora relembra papel de Eduardo Paes como opositor ao PTPara os que se esqueceram, Eduardo Paes integrava a linha de frente da oposição nas investigações da CPI dos Correios, que desembocou no processo do mensalão. Naqueles tempos, Paes era crítico ferrenho do PT e de tudo que ali orbitava. Mais tarde seria eleito prefeito do Rio com apoio de Lula, e hoje são grandes amigos. Difícil dizer quem seria o maior cara de pau. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Imagens aéreas mostram incêndio de grandes proporções em Santos
Leia mais aqui
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Fundos que aplicam na Apple e no Google ficam mais acessíveis
O pequeno investidor brasileiro poderá colocar seu dinheiro em fundos de investimento que aplicam em papéis de empresas estrangeiras negociadas na BM&FBovespa. Hoje, só quem é considerado investidor qualificado (quem tem mais de R$ 300 mil disponíveis para investir) pode aderir à aplicação. Com a nova regulamentação da indústria de fundos, que entra em vigor em 1º de julho, não será mais necessário ser um investidor qualificado para fazer essas aplicações. Bastará ter o valor inicial –que hoje parte de R$ 10 mil (leia abaixo). Esses fundos investem em empresas como Apple e Google, entre outras, que têm BDRs (Brazilian Depositary Receipts) negociados na Bolsa brasileira em reais. O BDR é uma espécie de "comprovante" brasileiro que equivale a ações estrangeiras. O investimento é indicado para quem quer aplicar em empresas imunes à desaceleração do PIB brasileiro e aos efeitos da Operação Lava Jato, da instabilidade política e de um rebaixamento na avaliação do Brasil pelas agências de classificação de risco. Enquanto o FMI prevê retração de 1% do PIB no Brasil em 2015, a expectativa de crescimento para a economia global é de 3,5%; para os EUA, a previsão é de de 3,6%. Por outro lado, são empresas que dependem do desempenho de suas vendas nos mercados globais. Muitas das ações já subiram bastante nos últimos meses. Como são negociadas originalmente em dólar, também trazem o risco de flutuação da moeda americana. Neste ano, o Índice de BDRs da BM&FBovespa, que reflete os principais recibos estrangeiros, subiu 16,3%, enquanto o Ibovespa (termômetro das principais ações brasileiras) teve alta de 8,6%. RISCO ELEVADO Boa parte dessa valorização do índice de BDR embute a alta de 15,5% do dólar em relação ao real no período. O índice Standard & Poor's 500, da Bolsa de Nova York, tem alta de 2,1% em 2015. No Brasil, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) não havia liberado a aplicação para pequenos investidores por considerá-la de alto risco em razão de envolver empresas que seguem a regulação de outros países, publicam balanços em inglês e acompanham a variação cambial. Fundos multimercados e de pensão, no entanto, já usam os BDRs para diversificar as aplicações e turbinar o rendimento. Os papéis da Apple, que estão entre os preferidos dos brasileiros, subiram 31,1% em 2015 em reais (nos EUA, em dólar, a alta é de 15,1%). Os do Google tiveram ganho de 19% (nos EUA, foi de 2,6%). "As perspectivas para o mercado brasileiro de ações estão muito restritas. Os clientes querem aproveitar o momento mais favorável de outras economias", disse Ilana Bobrow, da gestora da XP investimentos. "O retorno e o risco se mostraram interessantes para o investidor brasileiro", disse Jorge Ricca, gerente de renda variável da BBDTVM, gestora do Banco do Brasil. A expectativa da Bolsa é que a nova regra aumente os negócios com os BDRs. Segundo Claudio Jacob, diretor comercial da BM&FBovespa, a Bolsa poderá também admitir a criação de um ETF (fundo de índice, negociado como ação) do índice de BDRs. NOVA REGRA CRIA APLICAÇÃO SIMPLIFICADA A nova regulamentação sobre fundos, que entra em vigor em 1º de julho, também vai permitir a criação de fundos de renda fixa simplificados, de baixo custo, voltados ao pequeno investidor e a quantias menores de aplicação. Hoje, os fundos com os menores custos –taxas de administração abaixo de 1%– são oferecidos apenas para clientes de alta renda. O fundo simplificado, que deverá aplicar pelo menos 95% dos recursos em títulos do governo, terá obrigações burocráticas menores de prestação de contas aos cotistas, como a dispensa de assinatura de termo de adesão, publicação de avisos em jornais e a substituição de cartas e de comunicados impressos por e-mails, entre outras. Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, a proposta é bem-vinda e pode impedir que a indústria de fundos se torne elitizada, voltada só aos investidores de maior volume de aplicação. A nova regra também vai permitir que fundos brasileiros apliquem até 100% dos recursos no exterior. Para os fundos multimercados, o percentual máximo de recursos aplicados no exterior subirá de 20% para 40% do patrimônio.
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Fundos que aplicam na Apple e no Google ficam mais acessíveisO pequeno investidor brasileiro poderá colocar seu dinheiro em fundos de investimento que aplicam em papéis de empresas estrangeiras negociadas na BM&FBovespa. Hoje, só quem é considerado investidor qualificado (quem tem mais de R$ 300 mil disponíveis para investir) pode aderir à aplicação. Com a nova regulamentação da indústria de fundos, que entra em vigor em 1º de julho, não será mais necessário ser um investidor qualificado para fazer essas aplicações. Bastará ter o valor inicial –que hoje parte de R$ 10 mil (leia abaixo). Esses fundos investem em empresas como Apple e Google, entre outras, que têm BDRs (Brazilian Depositary Receipts) negociados na Bolsa brasileira em reais. O BDR é uma espécie de "comprovante" brasileiro que equivale a ações estrangeiras. O investimento é indicado para quem quer aplicar em empresas imunes à desaceleração do PIB brasileiro e aos efeitos da Operação Lava Jato, da instabilidade política e de um rebaixamento na avaliação do Brasil pelas agências de classificação de risco. Enquanto o FMI prevê retração de 1% do PIB no Brasil em 2015, a expectativa de crescimento para a economia global é de 3,5%; para os EUA, a previsão é de de 3,6%. Por outro lado, são empresas que dependem do desempenho de suas vendas nos mercados globais. Muitas das ações já subiram bastante nos últimos meses. Como são negociadas originalmente em dólar, também trazem o risco de flutuação da moeda americana. Neste ano, o Índice de BDRs da BM&FBovespa, que reflete os principais recibos estrangeiros, subiu 16,3%, enquanto o Ibovespa (termômetro das principais ações brasileiras) teve alta de 8,6%. RISCO ELEVADO Boa parte dessa valorização do índice de BDR embute a alta de 15,5% do dólar em relação ao real no período. O índice Standard & Poor's 500, da Bolsa de Nova York, tem alta de 2,1% em 2015. No Brasil, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) não havia liberado a aplicação para pequenos investidores por considerá-la de alto risco em razão de envolver empresas que seguem a regulação de outros países, publicam balanços em inglês e acompanham a variação cambial. Fundos multimercados e de pensão, no entanto, já usam os BDRs para diversificar as aplicações e turbinar o rendimento. Os papéis da Apple, que estão entre os preferidos dos brasileiros, subiram 31,1% em 2015 em reais (nos EUA, em dólar, a alta é de 15,1%). Os do Google tiveram ganho de 19% (nos EUA, foi de 2,6%). "As perspectivas para o mercado brasileiro de ações estão muito restritas. Os clientes querem aproveitar o momento mais favorável de outras economias", disse Ilana Bobrow, da gestora da XP investimentos. "O retorno e o risco se mostraram interessantes para o investidor brasileiro", disse Jorge Ricca, gerente de renda variável da BBDTVM, gestora do Banco do Brasil. A expectativa da Bolsa é que a nova regra aumente os negócios com os BDRs. Segundo Claudio Jacob, diretor comercial da BM&FBovespa, a Bolsa poderá também admitir a criação de um ETF (fundo de índice, negociado como ação) do índice de BDRs. NOVA REGRA CRIA APLICAÇÃO SIMPLIFICADA A nova regulamentação sobre fundos, que entra em vigor em 1º de julho, também vai permitir a criação de fundos de renda fixa simplificados, de baixo custo, voltados ao pequeno investidor e a quantias menores de aplicação. Hoje, os fundos com os menores custos –taxas de administração abaixo de 1%– são oferecidos apenas para clientes de alta renda. O fundo simplificado, que deverá aplicar pelo menos 95% dos recursos em títulos do governo, terá obrigações burocráticas menores de prestação de contas aos cotistas, como a dispensa de assinatura de termo de adesão, publicação de avisos em jornais e a substituição de cartas e de comunicados impressos por e-mails, entre outras. Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, a proposta é bem-vinda e pode impedir que a indústria de fundos se torne elitizada, voltada só aos investidores de maior volume de aplicação. A nova regra também vai permitir que fundos brasileiros apliquem até 100% dos recursos no exterior. Para os fundos multimercados, o percentual máximo de recursos aplicados no exterior subirá de 20% para 40% do patrimônio.
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PC do B se alia a partidos pró-impeachment nas eleições municipais
Aliado histórico dos petistas, o PC do B vai deixar de lado o discurso do "golpe" e apoiar nas eleições pelo país candidatos da base do presidente interino Michel Temer, como PSB e até mesmo o PSDB. Em Teresina (PI), o PC do B endossa a reeleição do prefeito Firmino Filho (PSDB), que concorrerá contra o deputado estadual Dr. Pessoa (PSD) e o jornalista Amadeu Campos (PTB), este último apoiado pelos petistas. Aliado da família Calheiros em Alagoas, governada por Renan Filho (PMDB), os comunistas vão apoiar o peemedebista Cícero Almeida em Maceió (AL). Deputado federal, ele votou a favor do afastamento de Dilma. No Recife (PE), o partido vai reeditar a dobradinha com o prefeito Geraldo Júlio (PSB), que disputa a reeleição. Os seis deputados do PSB de Pernambuco votaram pelo impeachment, incluindo o hoje ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O movimento do PC do B vai na contramão do PT, que neste ano rompeu alianças regionais com caciques peemedebistas como Renan, Jader Barbalho (PA) e José Sarney (MA). Presidente nacional do PC do B, a deputada federal Luciana Santos diz que, em uma eleição municipal, a realidade local pode se sobrepor. "Se fosse só apoiar quem foi contra o impeachment, sobrariam o PT, uma parte do PDT e o PSOL. É um arco muito restrito", diz ela, que classifica alianças com tucanos e peemedebistas como "exceções". O PC do B vai lançar candidatos próprios em três capitais, menos do que na eleição de 2012. Porém, ao contrário da eleição anterior, apenas Edvaldo Nogueira (Aracaju) e Alice Portugal (Salvador) vão para as urnas com uma ampla aliança. Na capital sergipana, o candidato terá o apoio do governador Jackson Barreto (PMDB). No Rio, a deputada Jandira Feghali será apoiada pelo PT.
poder
PC do B se alia a partidos pró-impeachment nas eleições municipaisAliado histórico dos petistas, o PC do B vai deixar de lado o discurso do "golpe" e apoiar nas eleições pelo país candidatos da base do presidente interino Michel Temer, como PSB e até mesmo o PSDB. Em Teresina (PI), o PC do B endossa a reeleição do prefeito Firmino Filho (PSDB), que concorrerá contra o deputado estadual Dr. Pessoa (PSD) e o jornalista Amadeu Campos (PTB), este último apoiado pelos petistas. Aliado da família Calheiros em Alagoas, governada por Renan Filho (PMDB), os comunistas vão apoiar o peemedebista Cícero Almeida em Maceió (AL). Deputado federal, ele votou a favor do afastamento de Dilma. No Recife (PE), o partido vai reeditar a dobradinha com o prefeito Geraldo Júlio (PSB), que disputa a reeleição. Os seis deputados do PSB de Pernambuco votaram pelo impeachment, incluindo o hoje ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O movimento do PC do B vai na contramão do PT, que neste ano rompeu alianças regionais com caciques peemedebistas como Renan, Jader Barbalho (PA) e José Sarney (MA). Presidente nacional do PC do B, a deputada federal Luciana Santos diz que, em uma eleição municipal, a realidade local pode se sobrepor. "Se fosse só apoiar quem foi contra o impeachment, sobrariam o PT, uma parte do PDT e o PSOL. É um arco muito restrito", diz ela, que classifica alianças com tucanos e peemedebistas como "exceções". O PC do B vai lançar candidatos próprios em três capitais, menos do que na eleição de 2012. Porém, ao contrário da eleição anterior, apenas Edvaldo Nogueira (Aracaju) e Alice Portugal (Salvador) vão para as urnas com uma ampla aliança. Na capital sergipana, o candidato terá o apoio do governador Jackson Barreto (PMDB). No Rio, a deputada Jandira Feghali será apoiada pelo PT.
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Dólar cai e Bolsa sobe com exterior e expectativa sobre decisão do STF
As especulações de que o BCE (Banco Central Europeu) poderá prorrogar seu programa de estímulos monetários em reunião nesta quinta-feira (8) animaram investidores do mundo todo. O dólar caiu ante a maior parte das moedas e as Bolsas subiram. No Brasil, o tom positivo foi mantido, apesar do cenário político turbulento. O dólar fechou em baixa, assim como os juros futuros e o CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote. A Bolsa terminou em alta. O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) se reuniu nesta quarta-feira (7) para decidir se mantinha Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, após liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello que determinava o afastamento. Marco Aurélio Mello acatou pedido da Rede Sustentabilidade, feito na segunda (5), para que Renan fosse afastado depois que virou réu, na última quinta (1º), pelo crime de peculato na ação em que é acusado de ter recebido ajuda de empreiteira para despesas pessoais. A Mesa Diretora do Senado se negou a cumprir a liminar até uma decisão do plenário. Os investidores apostavam numa solução para o impasse criado entre o Legislativo e o Judiciário, com a permanência de Renan. No encerramento do pregão da Bolsa, por seis votos a três, o Supremo manteve o peemedebista no cargo, mas o afastando da linha sucessória da Presidência da República. Para o economista José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, o mercado não viu a crise institucional como algo capaz de causar danos à economia e aos ativos financeiros. "A avaliação é que a crise vai se desdobrar em episódios que não comprometam a agenda de curto prazo de votação das medidas fiscais", escreve. A preocupação inicial de investidores era de que, se o afastamento de Renan fosse confirmado, a votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos gastos públicos, em segundo turno no Senado, poderia ser adiada. A votação está prevista para o próximo dia 13. CÂMBIO E JUROS O dólar comercial fechou em baixa de 0,40%, a R$ 3,4040; a moeda americana à vista, cuja sessão termina mais cedo, subiu 0,10%, a R$ 3,4110. Pela manhã, o Banco Central renovou mais 15 mil contratos de swap cambial tradicional que vencem em janeiro, no montante de US$ 750 milhões. A operação, que equivale à venda futura de dólares, ajuda a conter a valorização da moeda americana. No mercado de juros futuros, as taxas recuaram. Os investidores também reagiram às declarações do presidente do BC, Ilan Goldfajn, de que a redução da taxa básica de juros pode ser maior em janeiro. O contrato de DI para janeiro de 2018 caiu de 11,960% para 11,920%; o DI para janeiro de 2019 recuou de 11,590% para 11,550%; e o DI para janeiro de 2021 cedeu de 12,060% para 11,950%. O CDS brasileiro de cinco anos, indicador de percepção de risco, caía 1,68%, aos 297,216 pontos. BOLSA O Ibovespa terminou a sessão em alta de 0,53%, aos 61.414,40 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,3 bilhões. As ações da Petrobras recuaram 1,79% (PN) e 1,55% (ON), pressionadas pela queda do petróleo no mercado internacional. Beneficiadas pela alta do minério de ferro na China, as ações da Vale subiram 3,11% (PNA) e 3,43% (ON). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caiu 0,78%; Bradesco PN, -0,62%; Bradesco ON, -1,39%; Banco do Brasil ON, +1,19%; Santander unit, +0,59%; e BM&FBovespa ON, +1,24%.
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Dólar cai e Bolsa sobe com exterior e expectativa sobre decisão do STFAs especulações de que o BCE (Banco Central Europeu) poderá prorrogar seu programa de estímulos monetários em reunião nesta quinta-feira (8) animaram investidores do mundo todo. O dólar caiu ante a maior parte das moedas e as Bolsas subiram. No Brasil, o tom positivo foi mantido, apesar do cenário político turbulento. O dólar fechou em baixa, assim como os juros futuros e o CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote. A Bolsa terminou em alta. O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) se reuniu nesta quarta-feira (7) para decidir se mantinha Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, após liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello que determinava o afastamento. Marco Aurélio Mello acatou pedido da Rede Sustentabilidade, feito na segunda (5), para que Renan fosse afastado depois que virou réu, na última quinta (1º), pelo crime de peculato na ação em que é acusado de ter recebido ajuda de empreiteira para despesas pessoais. A Mesa Diretora do Senado se negou a cumprir a liminar até uma decisão do plenário. Os investidores apostavam numa solução para o impasse criado entre o Legislativo e o Judiciário, com a permanência de Renan. No encerramento do pregão da Bolsa, por seis votos a três, o Supremo manteve o peemedebista no cargo, mas o afastando da linha sucessória da Presidência da República. Para o economista José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, o mercado não viu a crise institucional como algo capaz de causar danos à economia e aos ativos financeiros. "A avaliação é que a crise vai se desdobrar em episódios que não comprometam a agenda de curto prazo de votação das medidas fiscais", escreve. A preocupação inicial de investidores era de que, se o afastamento de Renan fosse confirmado, a votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos gastos públicos, em segundo turno no Senado, poderia ser adiada. A votação está prevista para o próximo dia 13. CÂMBIO E JUROS O dólar comercial fechou em baixa de 0,40%, a R$ 3,4040; a moeda americana à vista, cuja sessão termina mais cedo, subiu 0,10%, a R$ 3,4110. Pela manhã, o Banco Central renovou mais 15 mil contratos de swap cambial tradicional que vencem em janeiro, no montante de US$ 750 milhões. A operação, que equivale à venda futura de dólares, ajuda a conter a valorização da moeda americana. No mercado de juros futuros, as taxas recuaram. Os investidores também reagiram às declarações do presidente do BC, Ilan Goldfajn, de que a redução da taxa básica de juros pode ser maior em janeiro. O contrato de DI para janeiro de 2018 caiu de 11,960% para 11,920%; o DI para janeiro de 2019 recuou de 11,590% para 11,550%; e o DI para janeiro de 2021 cedeu de 12,060% para 11,950%. O CDS brasileiro de cinco anos, indicador de percepção de risco, caía 1,68%, aos 297,216 pontos. BOLSA O Ibovespa terminou a sessão em alta de 0,53%, aos 61.414,40 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,3 bilhões. As ações da Petrobras recuaram 1,79% (PN) e 1,55% (ON), pressionadas pela queda do petróleo no mercado internacional. Beneficiadas pela alta do minério de ferro na China, as ações da Vale subiram 3,11% (PNA) e 3,43% (ON). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caiu 0,78%; Bradesco PN, -0,62%; Bradesco ON, -1,39%; Banco do Brasil ON, +1,19%; Santander unit, +0,59%; e BM&FBovespa ON, +1,24%.
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Em meio à crise financeira, polícia do Rio faz protesto até segunda (14)
A Polícia Civil do Rio iniciou, nesta tarde de sexta (11), um protesto para chamar a atenção da população sobre a situação da instituição no Estado. O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado (Sindelpol) definiu que os delegados não irão aos jogos do campeonato carioca do fim de semana e nem atuarão em operações especiais como Lapa Presente, por exemplo. A manifestação vai até segunda (14), ao meio-dia. "Não é uma operação padrão, não é greve. Queremos chamar a atenção para uma situação para mostrar que estamos com problemas. Todos os servidores do Rio, mas vamos falar apenas dos policiais civis. Nosso 13º salário foi parcelado em cinco vezes e só recebemos dois", afirma o delegado Rafael Barcia, presidente do Sindelpol. A primeira medida dos delegados é não enviar nenhum representante nos quatro jogos do campeonato carioca que ocorrem neste fim de semana. Em todos os eventos esportivos são formados Juizados Especiais Criminais nos estádios com a presença de delegado, promotor e juiz. O sindicato pede ainda que os delegados não apoiem operações como a Lapa Presente, que reforçou o policiamento na região boêmia do Centro do Rio. A confecção de registro de ocorrência de crimes, auto de prisão em flagrante, remoção de cadáveres e o cumprimento de mandados serão mantidas, garante o dirigente do sindicato. Até o início da noite desta sexta (11) não havia um número de quantas delegacias aderiram ao protesto. A Polícia Civil não se pronunciou sobre o assunto.
cotidiano
Em meio à crise financeira, polícia do Rio faz protesto até segunda (14)A Polícia Civil do Rio iniciou, nesta tarde de sexta (11), um protesto para chamar a atenção da população sobre a situação da instituição no Estado. O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado (Sindelpol) definiu que os delegados não irão aos jogos do campeonato carioca do fim de semana e nem atuarão em operações especiais como Lapa Presente, por exemplo. A manifestação vai até segunda (14), ao meio-dia. "Não é uma operação padrão, não é greve. Queremos chamar a atenção para uma situação para mostrar que estamos com problemas. Todos os servidores do Rio, mas vamos falar apenas dos policiais civis. Nosso 13º salário foi parcelado em cinco vezes e só recebemos dois", afirma o delegado Rafael Barcia, presidente do Sindelpol. A primeira medida dos delegados é não enviar nenhum representante nos quatro jogos do campeonato carioca que ocorrem neste fim de semana. Em todos os eventos esportivos são formados Juizados Especiais Criminais nos estádios com a presença de delegado, promotor e juiz. O sindicato pede ainda que os delegados não apoiem operações como a Lapa Presente, que reforçou o policiamento na região boêmia do Centro do Rio. A confecção de registro de ocorrência de crimes, auto de prisão em flagrante, remoção de cadáveres e o cumprimento de mandados serão mantidas, garante o dirigente do sindicato. Até o início da noite desta sexta (11) não havia um número de quantas delegacias aderiram ao protesto. A Polícia Civil não se pronunciou sobre o assunto.
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Chineses fracassam em tentativa de reconstruir castelo em Londres
A construção do grandioso centro de exposições Crystal Palace, estrutura vitoriana de ferro e vidro, levou oito meses, em 1851. Mas uma proposta de incorporadores chineses de erguer uma réplica de 500 milhões de libras (R$ 3 bilhões) em um parque no sul de Londres exigiu mais de dois anos apenas em negociações e fracassou neste ano. O desfecho sublinha os desafios que transações entre o Reino Unido e a China precisam superar para chegar a um final feliz. O ZhongRong Group, de Hong Kong, planejou construir um "ponto de encontro cultural", com espaço para exposições, conferências, galerias, lojas e um hotel, que criaria até 2.000 empregos. Mas a companhia queria garantir o controle do terreno antes de obter os alvarás de construção e produzir um plano de negócios detalhado. No Reino Unido, um incorporador só tem o terreno após cumprir diversas obrigações contratuais -entre as quais, critérios de planejamento urbano e de negócios e financiamento, o que inclui vendas antecipadas. O rigor é ainda maior ao se tratar do Crystal Palace, já que uma lei aprovada pelo Parlamento britânico em 1901 dispõe que qualquer nova construção erguida no local acompanhe o espírito do pavilhão original. Projetado por sir Joseph Paxton, o Crystal Palace foi construído no Hyde Park por 5.000 operários e custou 150 mil libras. A estrutura foi transferida a uma colina em Sydenham e reprojetada em estilo mais grandioso. Mas foi destruída por um incêndio em 1936 e agora é só um lugar desolado nos arredores do Centro Nacional do Esporte, em Londres. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Chineses fracassam em tentativa de reconstruir castelo em LondresA construção do grandioso centro de exposições Crystal Palace, estrutura vitoriana de ferro e vidro, levou oito meses, em 1851. Mas uma proposta de incorporadores chineses de erguer uma réplica de 500 milhões de libras (R$ 3 bilhões) em um parque no sul de Londres exigiu mais de dois anos apenas em negociações e fracassou neste ano. O desfecho sublinha os desafios que transações entre o Reino Unido e a China precisam superar para chegar a um final feliz. O ZhongRong Group, de Hong Kong, planejou construir um "ponto de encontro cultural", com espaço para exposições, conferências, galerias, lojas e um hotel, que criaria até 2.000 empregos. Mas a companhia queria garantir o controle do terreno antes de obter os alvarás de construção e produzir um plano de negócios detalhado. No Reino Unido, um incorporador só tem o terreno após cumprir diversas obrigações contratuais -entre as quais, critérios de planejamento urbano e de negócios e financiamento, o que inclui vendas antecipadas. O rigor é ainda maior ao se tratar do Crystal Palace, já que uma lei aprovada pelo Parlamento britânico em 1901 dispõe que qualquer nova construção erguida no local acompanhe o espírito do pavilhão original. Projetado por sir Joseph Paxton, o Crystal Palace foi construído no Hyde Park por 5.000 operários e custou 150 mil libras. A estrutura foi transferida a uma colina em Sydenham e reprojetada em estilo mais grandioso. Mas foi destruída por um incêndio em 1936 e agora é só um lugar desolado nos arredores do Centro Nacional do Esporte, em Londres. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Nasr comemora 1º final de semana completo e vê vantagem para a Sauber
Prestes a disputar sua terceira corrida na F-1, Felipe Nasr finalmente poderá usar todo o tempo de pista disponível durante um final de semana de corrida. Após ter perdido as primeiras sessões de treinos livres na Austrália, por conta do imbróglio judicial envolvendo a Sauber, e na Malásia, para ceder a vaga a Raffaele Marciello, reserva da equipe, o piloto brasileiro chegou a Xangai empolgado com a perspectiva de ter uma hora e meia a mais para poder treinar antes da prova deste domingo, cuja largada acontece às 3h (de Brasília). "Como ainda estou começando, para mim é muito importante usar todo tempo que tenho à disposição na pista e este vai ser o primeiro final de semana que poderei fazer isso. É importante usar os treinos de sexta para conhecer melhor o traçado e testar acertos diferentes no carro", afirmou Nasr. Após uma boa corrida de estreia na Austrália, onde chegou na quinta colocação, uma série de problemas na Malásia fez com que o piloto da Sauber completasse a prova em Sepang apenas na 12ª colocação. Apesar disso, Nasr afirmou ter aprendido bastante na última corrida, mesmo tendo ficado fora da zona de pontuação. "Passar por momentos bons e ruins faz parte do esporte e é importante para aprender. Foi apenas minha segunda corrida na F-1 e em um cenário completamente diferente do que tinha acontecido na Austrália, por isso foi importante neste sentido. Tive problemas no carro em quase todas as sessões e se pensarmos nisso chegar em 12º não foi tão ruim assim", completou Nasr no paddock de Xangai nesta quinta-feira (9). Apesar de nunca ter corrido na China, no ano passado o brasileiro participou da primeira sessão de treinos livres com a Williams, como reserva do time inglês. "Esperamos voltar ao nível que tivemos na primeira corrida e esta pista deve favorecer mais nosso carro, especialmente por conta da longa reta. Além disso já percebemos que nosso carro tem um desempenho melhor em temperaturas mais baixas, o que deve ser o caso neste final de semana." O primeiro treino livre para o GP da China será realizado nesta quinta-feira, às 23h (de Brasília).
esporte
Nasr comemora 1º final de semana completo e vê vantagem para a SauberPrestes a disputar sua terceira corrida na F-1, Felipe Nasr finalmente poderá usar todo o tempo de pista disponível durante um final de semana de corrida. Após ter perdido as primeiras sessões de treinos livres na Austrália, por conta do imbróglio judicial envolvendo a Sauber, e na Malásia, para ceder a vaga a Raffaele Marciello, reserva da equipe, o piloto brasileiro chegou a Xangai empolgado com a perspectiva de ter uma hora e meia a mais para poder treinar antes da prova deste domingo, cuja largada acontece às 3h (de Brasília). "Como ainda estou começando, para mim é muito importante usar todo tempo que tenho à disposição na pista e este vai ser o primeiro final de semana que poderei fazer isso. É importante usar os treinos de sexta para conhecer melhor o traçado e testar acertos diferentes no carro", afirmou Nasr. Após uma boa corrida de estreia na Austrália, onde chegou na quinta colocação, uma série de problemas na Malásia fez com que o piloto da Sauber completasse a prova em Sepang apenas na 12ª colocação. Apesar disso, Nasr afirmou ter aprendido bastante na última corrida, mesmo tendo ficado fora da zona de pontuação. "Passar por momentos bons e ruins faz parte do esporte e é importante para aprender. Foi apenas minha segunda corrida na F-1 e em um cenário completamente diferente do que tinha acontecido na Austrália, por isso foi importante neste sentido. Tive problemas no carro em quase todas as sessões e se pensarmos nisso chegar em 12º não foi tão ruim assim", completou Nasr no paddock de Xangai nesta quinta-feira (9). Apesar de nunca ter corrido na China, no ano passado o brasileiro participou da primeira sessão de treinos livres com a Williams, como reserva do time inglês. "Esperamos voltar ao nível que tivemos na primeira corrida e esta pista deve favorecer mais nosso carro, especialmente por conta da longa reta. Além disso já percebemos que nosso carro tem um desempenho melhor em temperaturas mais baixas, o que deve ser o caso neste final de semana." O primeiro treino livre para o GP da China será realizado nesta quinta-feira, às 23h (de Brasília).
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Clubes resistem a proposta da CBF para auxílio de vídeo no Brasileiro
A abrupta decisão do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, de acionar os árbitros de vídeo em meio à disputa do Brasileiro enfrenta resistência de clubes da Série A. Levantamento feito pela Folha sobre a introdução do recurso eletrônico no futebol brasileiro mostra que há unidade em torno da ajuda tecnológica aos árbitros. Porém, a maioria dos clubes (13) rejeita a implantação se a novidade ficar restrita apenas a algumas partidas determinadas pela CBF, como a entidade avalia e o regulamento geral de competições permite. Há discordância também pela instauração com o campeonato em andamento -já foram disputadas 24 das 38 rodadas do Brasileiro. Ao mesmo tempo há questionamentos sobre quem arcaria com os custos da nova operação. De acordo com o chefe de arbitragem da CBF, Marcos Marinho, o investimento será de R$ 30 mil por jogo. A entidade ainda não informou quem bancaria o acréscimo à conta. Atlético-PR, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Corinthians, Coritiba, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória estão entre os descontentes ou reticentes com as condições apresentadas pela CBF. Apenas Chapecoense e Vasco se dizem confortáveis com qualquer que seja a decisão tomada pela CBF, enquanto Bahia, Cruzeiro e Flamengo aguardam detalhes por parte da confederação. Botafogo e São Paulo não se manifestaram até o fechamento desta edição. O artigo 75 do regulamento geral de competições da CBF permite que o sistema seja usado somente em alguns jogos. Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, defende o uso da tecnologia a partir da próxima rodada, desde que atendendo a todos os clubes. "É preciso que as regras sejam seguidas em todas as partidas e em todos estádios." Vice-presidente do Atlético-GO, Adson Batista é outro que pede uniformidade a partir da adoção da análise de vídeo. "É um campeonato de pontos corridos e todos têm o mesmo valor", disse. Para Gustavo Bueno, gerente de futebol da Ponte, o planejamento deveria ser feito para o início da competição. "Cabe a adaptação dos clubes e da entidade esportiva para que isso aconteça", disse. "Sou contra ter apenas em alguns jogos. É como o exame antidoping. Tem que padronizar, com tempo." A diretoria executiva do Atlético-PR, em nota, questiona a falta de diálogo para botar em prática uma mudança tão significativa. "Trata-se de uma imposição, sem nenhuma experiência anterior." TESTE COM DÚVIDA Até agora apenas dois jogos oficiais tiveram o uso do recurso de vídeo no Brasil. A tecnologia foi empregada na final do Pernambucano, entre Sport e Salgueiro, em maio. Na segunda partida, em Salgueiro, houve reclamações, após gol anulado dos anfitriões. O assistente Emerson Augusto de Carvalho sinalizou que a bola teria ultrapassado a linha de fundo em cobrança de escanteio. Péricles Bassols, árbitro treinado pela CBF para avaliar o vídeo, confirmou a anulação. Imagens da TV, porém, levantaram dúvida sobre a decisão. Para Arnaldo Barros, presidente do campeão Sport, a preparação não foi apropriada. "A câmera não ficou posicionada da forma adequada. Também não houve treinamento adequado dos árbitros." EXPERIÊNCIAS DE USO DO ÁRBITRO DE VÍDEO > Mundial de Clubes-2016 Realizada no Japão, competição marcou a estreia do árbitro de vídeo > Copa das Confederações A tecnologia foi testada em todos os jogos do torneio do ano passado, na Rússia > Mundial sub-20 O campeonato, realizado na Coreia do Sul entre maio e junho, contou com o sistema em todas as partida > Pernambucano Árbitro de vídeo foi utilizado nas duas partidas da final do Estadual > Libertadores Conmebol decidiu na semana passada usar a tecnologia na semifinal e na final > Alemanha Testes começaram há dois anos. Tecnologia foi implementada oficialmente nesta temporada > França x Espanha Amistoso realizado em março teve a utilização do árbitro de vídeo > Italiano Árbitro de vídeo começou a ser utilizado nesta temporada > Portugal Foi utilizado pela primeira vez na final da Copa de Portugal, realizada entre Benfica x Vitória de Guimarães em maio > Espanha Será testado na edição deste ano da Copa do Rei - CRONOLOGIA Setembro de 2015 CBF pede à Fifa para usar vídeos em lances duvidosos da arbitragem. Seis dias depois, a Internacional Board, órgão responsável pelas regras do futebol, veta pedido feito pela entidade brasileira Fevereiro de 2016 Fifa libera cinco países para utilizar o árbitro de vídeo: Brasil, Austrália, Alemanha, Portugal, Inglaterra e Estados Unidos. Após a liberação, CBF diz que pretende utilizar o sistema em agosto, porém, não coloca em prática Dezembro de 2016 Árbitro de vídeo é utilizado pela primeira vez no Mundial de Clubes, realizado no Japão. Experiência apresentou demora nas decisões e gerou reclamações. Sistema é repetido no Mundial sub-20, na Copa das Confederações e em campeonatos europeus Fevereiro de 2017 Custo de R$ 20 milhões somente para arcar com aspectos operacionais faz CBF mudar sua programação para utilizar o árbitro de vídeo para 2018. Com a decisão, entidade opta por árbitros adicionais no Brasileiro Maio de 2017 A tecnologia é usada pela primeira vez no país na final entre Sport e Salgueiro, pelo Campeonato Pernambucano. Mesmo em estádio acanhado, sistema é utilizado na partida de volta Setembro de 2017 Coronel Marcos Marinho, chefe da comissão de arbitragem, diz que sistema ficará para 2019. Após erro de árbitro em jogo do Corinthians e interferência de Del Nero, planos são alterados e árbitro de vídeo já será utilizado na edição deste ano do Campeonato Brasileiro
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Clubes resistem a proposta da CBF para auxílio de vídeo no BrasileiroA abrupta decisão do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, de acionar os árbitros de vídeo em meio à disputa do Brasileiro enfrenta resistência de clubes da Série A. Levantamento feito pela Folha sobre a introdução do recurso eletrônico no futebol brasileiro mostra que há unidade em torno da ajuda tecnológica aos árbitros. Porém, a maioria dos clubes (13) rejeita a implantação se a novidade ficar restrita apenas a algumas partidas determinadas pela CBF, como a entidade avalia e o regulamento geral de competições permite. Há discordância também pela instauração com o campeonato em andamento -já foram disputadas 24 das 38 rodadas do Brasileiro. Ao mesmo tempo há questionamentos sobre quem arcaria com os custos da nova operação. De acordo com o chefe de arbitragem da CBF, Marcos Marinho, o investimento será de R$ 30 mil por jogo. A entidade ainda não informou quem bancaria o acréscimo à conta. Atlético-PR, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Corinthians, Coritiba, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória estão entre os descontentes ou reticentes com as condições apresentadas pela CBF. Apenas Chapecoense e Vasco se dizem confortáveis com qualquer que seja a decisão tomada pela CBF, enquanto Bahia, Cruzeiro e Flamengo aguardam detalhes por parte da confederação. Botafogo e São Paulo não se manifestaram até o fechamento desta edição. O artigo 75 do regulamento geral de competições da CBF permite que o sistema seja usado somente em alguns jogos. Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, defende o uso da tecnologia a partir da próxima rodada, desde que atendendo a todos os clubes. "É preciso que as regras sejam seguidas em todas as partidas e em todos estádios." Vice-presidente do Atlético-GO, Adson Batista é outro que pede uniformidade a partir da adoção da análise de vídeo. "É um campeonato de pontos corridos e todos têm o mesmo valor", disse. Para Gustavo Bueno, gerente de futebol da Ponte, o planejamento deveria ser feito para o início da competição. "Cabe a adaptação dos clubes e da entidade esportiva para que isso aconteça", disse. "Sou contra ter apenas em alguns jogos. É como o exame antidoping. Tem que padronizar, com tempo." A diretoria executiva do Atlético-PR, em nota, questiona a falta de diálogo para botar em prática uma mudança tão significativa. "Trata-se de uma imposição, sem nenhuma experiência anterior." TESTE COM DÚVIDA Até agora apenas dois jogos oficiais tiveram o uso do recurso de vídeo no Brasil. A tecnologia foi empregada na final do Pernambucano, entre Sport e Salgueiro, em maio. Na segunda partida, em Salgueiro, houve reclamações, após gol anulado dos anfitriões. O assistente Emerson Augusto de Carvalho sinalizou que a bola teria ultrapassado a linha de fundo em cobrança de escanteio. Péricles Bassols, árbitro treinado pela CBF para avaliar o vídeo, confirmou a anulação. Imagens da TV, porém, levantaram dúvida sobre a decisão. Para Arnaldo Barros, presidente do campeão Sport, a preparação não foi apropriada. "A câmera não ficou posicionada da forma adequada. Também não houve treinamento adequado dos árbitros." EXPERIÊNCIAS DE USO DO ÁRBITRO DE VÍDEO > Mundial de Clubes-2016 Realizada no Japão, competição marcou a estreia do árbitro de vídeo > Copa das Confederações A tecnologia foi testada em todos os jogos do torneio do ano passado, na Rússia > Mundial sub-20 O campeonato, realizado na Coreia do Sul entre maio e junho, contou com o sistema em todas as partida > Pernambucano Árbitro de vídeo foi utilizado nas duas partidas da final do Estadual > Libertadores Conmebol decidiu na semana passada usar a tecnologia na semifinal e na final > Alemanha Testes começaram há dois anos. Tecnologia foi implementada oficialmente nesta temporada > França x Espanha Amistoso realizado em março teve a utilização do árbitro de vídeo > Italiano Árbitro de vídeo começou a ser utilizado nesta temporada > Portugal Foi utilizado pela primeira vez na final da Copa de Portugal, realizada entre Benfica x Vitória de Guimarães em maio > Espanha Será testado na edição deste ano da Copa do Rei - CRONOLOGIA Setembro de 2015 CBF pede à Fifa para usar vídeos em lances duvidosos da arbitragem. Seis dias depois, a Internacional Board, órgão responsável pelas regras do futebol, veta pedido feito pela entidade brasileira Fevereiro de 2016 Fifa libera cinco países para utilizar o árbitro de vídeo: Brasil, Austrália, Alemanha, Portugal, Inglaterra e Estados Unidos. Após a liberação, CBF diz que pretende utilizar o sistema em agosto, porém, não coloca em prática Dezembro de 2016 Árbitro de vídeo é utilizado pela primeira vez no Mundial de Clubes, realizado no Japão. Experiência apresentou demora nas decisões e gerou reclamações. Sistema é repetido no Mundial sub-20, na Copa das Confederações e em campeonatos europeus Fevereiro de 2017 Custo de R$ 20 milhões somente para arcar com aspectos operacionais faz CBF mudar sua programação para utilizar o árbitro de vídeo para 2018. Com a decisão, entidade opta por árbitros adicionais no Brasileiro Maio de 2017 A tecnologia é usada pela primeira vez no país na final entre Sport e Salgueiro, pelo Campeonato Pernambucano. Mesmo em estádio acanhado, sistema é utilizado na partida de volta Setembro de 2017 Coronel Marcos Marinho, chefe da comissão de arbitragem, diz que sistema ficará para 2019. Após erro de árbitro em jogo do Corinthians e interferência de Del Nero, planos são alterados e árbitro de vídeo já será utilizado na edição deste ano do Campeonato Brasileiro
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Marco Aurélio nega envio de caso de Aécio ao plenário do STF
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello negou solicitação feita pela defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para que o pedido de prisão contra o parlamentar fosse analisado pelos 11 ministros no plenário do tribunal. Com a decisão, fica mantida a previsão de que o pedido de prisão contra Aécio, protocolado pela PGR (Procuradoria Geral da República), seja avaliado na próxima terça-feira (20) pelos cinco ministros que compõem a primeira turma do STF: Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. O trecho do despacho de Marco Aurélio tornado público pelo STF no sistema de acompanhamento processual diz que "o desfecho desfavorável a uma das defesas é insuficiente ao deslocamento" do inquérito para o plenário. Os advogados de Aécio também haviam pedido mais dez dias para apresentar defesa acerca de uma fotografia retirada pela Procuradoria-Geral da República de uma rede social na qual Aécio aparece conversando em sua casa com líderes do PSDB já depois de afastado do mandato parlamentar. O ministro Marco Aurélio também negou o pedido e disse que o alegado "fato novo" poderá "ser alvo de esclarecimentos da defesa a serem juntados ao processo, presente o princípio da ampla defesa". OUTRO LADO Em nota, a defesa de Aécio disse que se limitou a reiterar pedido da Procuradoria e do ministro Edson Fachin de que a questão fosse julgada pelo pleno do Supremo Tribunal Federal. "O senador Aécio reafirma seu respeito à decisão do Ministro Marco Aurélio e a todos os integrantes da 1ª Turma e reitera estar ao dispor da Justiça para prestar todos os esclarecimentos, confiante que a correção de seus atos será comprovada", diz a nota assinada pelo advogado Alberto Zacharias Toron.
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Marco Aurélio nega envio de caso de Aécio ao plenário do STFO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello negou solicitação feita pela defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para que o pedido de prisão contra o parlamentar fosse analisado pelos 11 ministros no plenário do tribunal. Com a decisão, fica mantida a previsão de que o pedido de prisão contra Aécio, protocolado pela PGR (Procuradoria Geral da República), seja avaliado na próxima terça-feira (20) pelos cinco ministros que compõem a primeira turma do STF: Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. O trecho do despacho de Marco Aurélio tornado público pelo STF no sistema de acompanhamento processual diz que "o desfecho desfavorável a uma das defesas é insuficiente ao deslocamento" do inquérito para o plenário. Os advogados de Aécio também haviam pedido mais dez dias para apresentar defesa acerca de uma fotografia retirada pela Procuradoria-Geral da República de uma rede social na qual Aécio aparece conversando em sua casa com líderes do PSDB já depois de afastado do mandato parlamentar. O ministro Marco Aurélio também negou o pedido e disse que o alegado "fato novo" poderá "ser alvo de esclarecimentos da defesa a serem juntados ao processo, presente o princípio da ampla defesa". OUTRO LADO Em nota, a defesa de Aécio disse que se limitou a reiterar pedido da Procuradoria e do ministro Edson Fachin de que a questão fosse julgada pelo pleno do Supremo Tribunal Federal. "O senador Aécio reafirma seu respeito à decisão do Ministro Marco Aurélio e a todos os integrantes da 1ª Turma e reitera estar ao dispor da Justiça para prestar todos os esclarecimentos, confiante que a correção de seus atos será comprovada", diz a nota assinada pelo advogado Alberto Zacharias Toron.
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Ato contra a crise hídrica fecha ruas no centro de SP e tem dois detidos
Um protesto contra a crise hídrica que atinge a região metropolitana de São Paulo fechou ruas da região central da capital paulista nesta quarta-feira (11) e teve ao menos duas pessoas detidas e outras três feridas durante um tumulto na avenida Paulista. O protesto começou por volta das 17h, com a concentração dos manifestantes no vão livre do Masp. Cerca de duas horas depois, o grupo resolveu fechar uma das pistas da Paulista, o que os policiais militares que estavam no local tentaram impedir, dando início à confusão. Os manifestantes fecharam inicialmente a pista sentido Consolação e os PMs usaram cassetetes e avançaram em direção ao grupo, que recuou de volta ao vão livre do Masp. Momentos depois, o grupo voltou à via, iniciando a caminhada até a rua da Consolação, que também teve a pista sentido centro fechada. Antes da invasão à avenida Paulista, a PM já tinha cercado os manifestantes no vão livre do Masp alegando que um líder do movimento precisava assumir as negociações para a saída em passeata. "É uma via estratégica, corredor de muitos hospitais, e nas obras da ciclovia há muito material que pode ser perigoso se usado de forma errada", afirmou um dos PMs. Os manifestantes também já reclamavam da atitude da polícia antes do tumulto. O estudante de biologia Luis Cavalaro, 18, diz que ao chegar foi intimidado pela PM. "Quando cheguei já me puxaram pediram meus dados, e me disseram que se alguma coisa acontecer serei o responsável". O ato reuniu em torno de 300 pessoas. Os manifestantes levaram faixas sobre a crise e culpando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela situação. Veja vídeo
cotidiano
Ato contra a crise hídrica fecha ruas no centro de SP e tem dois detidosUm protesto contra a crise hídrica que atinge a região metropolitana de São Paulo fechou ruas da região central da capital paulista nesta quarta-feira (11) e teve ao menos duas pessoas detidas e outras três feridas durante um tumulto na avenida Paulista. O protesto começou por volta das 17h, com a concentração dos manifestantes no vão livre do Masp. Cerca de duas horas depois, o grupo resolveu fechar uma das pistas da Paulista, o que os policiais militares que estavam no local tentaram impedir, dando início à confusão. Os manifestantes fecharam inicialmente a pista sentido Consolação e os PMs usaram cassetetes e avançaram em direção ao grupo, que recuou de volta ao vão livre do Masp. Momentos depois, o grupo voltou à via, iniciando a caminhada até a rua da Consolação, que também teve a pista sentido centro fechada. Antes da invasão à avenida Paulista, a PM já tinha cercado os manifestantes no vão livre do Masp alegando que um líder do movimento precisava assumir as negociações para a saída em passeata. "É uma via estratégica, corredor de muitos hospitais, e nas obras da ciclovia há muito material que pode ser perigoso se usado de forma errada", afirmou um dos PMs. Os manifestantes também já reclamavam da atitude da polícia antes do tumulto. O estudante de biologia Luis Cavalaro, 18, diz que ao chegar foi intimidado pela PM. "Quando cheguei já me puxaram pediram meus dados, e me disseram que se alguma coisa acontecer serei o responsável". O ato reuniu em torno de 300 pessoas. Os manifestantes levaram faixas sobre a crise e culpando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela situação. Veja vídeo
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Painel FC: Elenco e diretoria se irritam com Valdivia e renovação fica mais distante
A probabilidade de Valdivia permanecer no Palmeiras é cada vez menor. Convocado pela seleção chilena mesmo sem ter atuado pelo clube no ano, o meia não possui mais nenhum defensor na comissão técnica, no elenco ou na diretoria. Os ataques ... Leia post completo no blog
esporte
Painel FC: Elenco e diretoria se irritam com Valdivia e renovação fica mais distanteA probabilidade de Valdivia permanecer no Palmeiras é cada vez menor. Convocado pela seleção chilena mesmo sem ter atuado pelo clube no ano, o meia não possui mais nenhum defensor na comissão técnica, no elenco ou na diretoria. Os ataques ... Leia post completo no blog
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Mortes: Antropólogo que colecionava nomes e culturas
O local do nascimento foi Palmeira das Missões (RS), mas as raízes de Abel de Oliveira Silva não estavam em apenas um lugar. Passou por vários Estados, por aldeias e cidades fantasmas, ganhou nomes e conheceu culturas. O grande interesse por culturas diferentes surgiu ainda na adolescência. Tinha apenas 14 anos quando adotou o nome Kanaú –"estrela da manhã" em tupi-guarani. Era a assinatura usada nos poemas e contos que escrevia. O interesse pelos povos indígenas cresceu ainda mais quando serviu ao Exército, na fronteira do Brasil com a Argentina, o que o incentivou a seguir como voluntário para o território dos índios Paresi, no Mato Grosso, e depois para a área dos Madija, no Acre. Neste segundo, a visita durou anos. Aprendeu o idioma e trabalhou na alfabetização dos índios. Com o tempo também criou um dicionário e uma gramática, além de treinar professores indígenas. Foi "adotado" pela tribo e ganhou mais um nome: Ossama Dsomaji Madija -aquele com cheiro do povo da onça. Houve novos projetos até se mudar, há cerca de 20 anos, a um vilarejo de remanescentes de garimpeiros na Chapada Diamantina, onde viveu até o fim, ao lado do marido. Deixou para o povo local um teatro de pedras, que ajudou a reconstruir. Pediu que suas cinzas sejam jogadas em quatro locais, ligados aos quatro elementos da natureza. "Ele era assim, um ser plural, livre, incrível", descreve o marido Denny. Morreu no dia 20, aos 63, devido a um câncer. Deixa o marido e 11 irmãos, além de sobrinhos, sobrinhos-netos e sobrinhos-bisnetos. coluna.obituario@uol.com.br - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTE DOMINGO 7º DIA Celso Figueiredo Filho - Amanhã (28/9), às 10h, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Eugenie Mahfuz Farhat - Amanhã (28/9), ao meio-dia, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Lilian Duarte Decrema - Hoje (27/9), às 17h30, na igreja N. S. Aparecida, pça. N. S. Aparecida, Moema. Vicente Massini - Hoje (27/9), às 9h, na igreja de São Francisco, r. Borges Lagoa, 1.209, Vila Clementino. * 30º DIA Dircinha Penteado Carneiro - Hoje (27/9), às 18h30, na igreja Assunção de Nossa Senhora, al. Lorena, 665, Jd. Paulista. Elisa Dias De Toledo Pitombo - Hoje (27/9), às 11h30, na igreja Sant'Anna, r. Regina Badra, 282, Alto da Boa Vista. * 1º ANO Cecilia Fazan De Freitas - Hoje (27/9), às 7h30, na igreja N. S. do Rosário de Fátima, av. Paula Ferreira, 1.522, Vila Bonilha. * 2º ANO Lourival Lima Santos - Amanhã (28/9), às 19h, no santuário Santa Terezinha, em Taboão da Serra, SP.
cotidiano
Mortes: Antropólogo que colecionava nomes e culturasO local do nascimento foi Palmeira das Missões (RS), mas as raízes de Abel de Oliveira Silva não estavam em apenas um lugar. Passou por vários Estados, por aldeias e cidades fantasmas, ganhou nomes e conheceu culturas. O grande interesse por culturas diferentes surgiu ainda na adolescência. Tinha apenas 14 anos quando adotou o nome Kanaú –"estrela da manhã" em tupi-guarani. Era a assinatura usada nos poemas e contos que escrevia. O interesse pelos povos indígenas cresceu ainda mais quando serviu ao Exército, na fronteira do Brasil com a Argentina, o que o incentivou a seguir como voluntário para o território dos índios Paresi, no Mato Grosso, e depois para a área dos Madija, no Acre. Neste segundo, a visita durou anos. Aprendeu o idioma e trabalhou na alfabetização dos índios. Com o tempo também criou um dicionário e uma gramática, além de treinar professores indígenas. Foi "adotado" pela tribo e ganhou mais um nome: Ossama Dsomaji Madija -aquele com cheiro do povo da onça. Houve novos projetos até se mudar, há cerca de 20 anos, a um vilarejo de remanescentes de garimpeiros na Chapada Diamantina, onde viveu até o fim, ao lado do marido. Deixou para o povo local um teatro de pedras, que ajudou a reconstruir. Pediu que suas cinzas sejam jogadas em quatro locais, ligados aos quatro elementos da natureza. "Ele era assim, um ser plural, livre, incrível", descreve o marido Denny. Morreu no dia 20, aos 63, devido a um câncer. Deixa o marido e 11 irmãos, além de sobrinhos, sobrinhos-netos e sobrinhos-bisnetos. coluna.obituario@uol.com.br - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTE DOMINGO 7º DIA Celso Figueiredo Filho - Amanhã (28/9), às 10h, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Eugenie Mahfuz Farhat - Amanhã (28/9), ao meio-dia, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Lilian Duarte Decrema - Hoje (27/9), às 17h30, na igreja N. S. Aparecida, pça. N. S. Aparecida, Moema. Vicente Massini - Hoje (27/9), às 9h, na igreja de São Francisco, r. Borges Lagoa, 1.209, Vila Clementino. * 30º DIA Dircinha Penteado Carneiro - Hoje (27/9), às 18h30, na igreja Assunção de Nossa Senhora, al. Lorena, 665, Jd. Paulista. Elisa Dias De Toledo Pitombo - Hoje (27/9), às 11h30, na igreja Sant'Anna, r. Regina Badra, 282, Alto da Boa Vista. * 1º ANO Cecilia Fazan De Freitas - Hoje (27/9), às 7h30, na igreja N. S. do Rosário de Fátima, av. Paula Ferreira, 1.522, Vila Bonilha. * 2º ANO Lourival Lima Santos - Amanhã (28/9), às 19h, no santuário Santa Terezinha, em Taboão da Serra, SP.
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Estreantes no Top of Mind ressaltam a importância de conhecer o consumidor
Para muitas marcas que foram ao Tom Brasil nesta segunda-feira (26), o prêmio Top of Mind era uma novidade. A pesquisa do Datafolha, realizada há 25 anos, apresentou sete novas categorias neste ano: Rede Social, Esmalte de Unha, Moto, Requeijão, Amaciante de Roupa, Smartphones & Tablets e Máquina de Café. "A vitória é fruto de muito trabalho, de uma consistência de marca", afirmou Andreza Graner, gerente de marketing de amaciantes de Comfort. Para continuar na cabeça dos brasileiros nos próximos anos, a marca aposta na pesquisa dos hábitos do consumidor. "Temos de ver como ele está evoluindo, entender que são diferentes tipos de pessoas, com diferentes necessidades. E temos de oferecer sempre as melhores inovações e propostas para cada um desses perfis", completou Andreza. Campeã pela primeira vez entre as máquinas de café, Walita ressaltou as inovações trazidas de fora. "Philips Walita se orgulha muito deste prêmio. Ele é fruto de anos de investimento na marca. É o reconhecimento dos brasileiros, de que entendemos o que eles querem", disse Alina Asiminei, diretora de marketing da América Latina. "Procuramos investir em inovações, trazer as últimas novidades de fora que sejam adequadas às necessidades dos brasileiros no Brasil." Daniella Brilha, diretora de marketing da Hypermarcas, recebeu o primeiro prêmio para Risqué na categoria Esmalte de Unha e ainda o de Top Feminino -entre os homens, a marca mais votada foi Pirelli. "Em ano de crise, o segredo é não tirar o pé do acelerador, investir em marketing, publicidade e comunicação em que você transmita valores sólidos que o produto já passa ao consumidor. Dessa forma, mesmo com retração econômica, ele não vai deixar de consumir sua marca", disse.
topofmind
Estreantes no Top of Mind ressaltam a importância de conhecer o consumidorPara muitas marcas que foram ao Tom Brasil nesta segunda-feira (26), o prêmio Top of Mind era uma novidade. A pesquisa do Datafolha, realizada há 25 anos, apresentou sete novas categorias neste ano: Rede Social, Esmalte de Unha, Moto, Requeijão, Amaciante de Roupa, Smartphones & Tablets e Máquina de Café. "A vitória é fruto de muito trabalho, de uma consistência de marca", afirmou Andreza Graner, gerente de marketing de amaciantes de Comfort. Para continuar na cabeça dos brasileiros nos próximos anos, a marca aposta na pesquisa dos hábitos do consumidor. "Temos de ver como ele está evoluindo, entender que são diferentes tipos de pessoas, com diferentes necessidades. E temos de oferecer sempre as melhores inovações e propostas para cada um desses perfis", completou Andreza. Campeã pela primeira vez entre as máquinas de café, Walita ressaltou as inovações trazidas de fora. "Philips Walita se orgulha muito deste prêmio. Ele é fruto de anos de investimento na marca. É o reconhecimento dos brasileiros, de que entendemos o que eles querem", disse Alina Asiminei, diretora de marketing da América Latina. "Procuramos investir em inovações, trazer as últimas novidades de fora que sejam adequadas às necessidades dos brasileiros no Brasil." Daniella Brilha, diretora de marketing da Hypermarcas, recebeu o primeiro prêmio para Risqué na categoria Esmalte de Unha e ainda o de Top Feminino -entre os homens, a marca mais votada foi Pirelli. "Em ano de crise, o segredo é não tirar o pé do acelerador, investir em marketing, publicidade e comunicação em que você transmita valores sólidos que o produto já passa ao consumidor. Dessa forma, mesmo com retração econômica, ele não vai deixar de consumir sua marca", disse.
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'The Wall é minha vida', diz Roger Waters; leia a entrevista com o ex-Pink Floyd
A vida de Roger Waters foi marcada pela guerra décadas antes de ele nascer. Em 1916, quando seu pai, Eric Fletcher Waters, tinha apenas dois anos de idade, seu avô, George Henry Waters, foi morto na Primeira Guerra Mundial. O drama familiar repetiu-se na Segunda Guerra, com a morte de Eric Fletcher, em 1944, na Itália, quando Roger era um bebê de cinco meses. A história do ex-líder do Pink Floyd é um exemplo das feridas deixadas por conflitos armados –e que se recusam a cicatrizar. Numa nova versão da obra "The Wall", Roger Waters decidiu exibi-las de forma mais explícita. "The Wall", lançado originalmente em 1979, como um disco duplo do Pink Floyd, fala de um astro de rock atormentado pela perda do pai na guerra, a sua experiência em um sistema educacional repressor e difíceis relacionamentos com as mulheres e a sociedade. "É a minha vida", resumiu, em entrevista exclusiva à Folha, em Londres. O filme "Roger Waters The Wall", a ser lançado mundialmente em 29/9 –inclusive no Brasil–, traz a turnê que rodou o globo entre 2010 e 2013, vista por 4 milhões de pessoas, ao lado de reflexões do cantor sobre suas dores pessoais. O resultado é maior que o sofrimento de uma família marcada pelas guerras: uma convocação contra todos os conflitos armados e a violência política que até hoje matam incontáveis inocentes. O próprio Waters codirigiu o filme e é seu personagem principal. Entre uma música e outra, vemos o artista em uma jornada até a França, onde está o túmulo do seu avô, e a Itália, onde o nome de seu pai, cujos restos mortais nunca foram recuperados, está escrito num cemitério militar. Aos 71, Waters revelou que já tem um novo álbum composto e pretende realizar uma série de shows, que devem incluir sucessos do Pink Floyd. * Folha - O que esse filme significa para o senhor? Roger Waters - Minhas motivações para fazer o filme foram as mesmas que tive para fazer o show. Tendo tomado a decisão de ressuscitar o trabalho ["The Wall"], tinha então que pensar como poderia atualizá-lo –algo que fiz com Sean Evans [codiretor]. Tudo mudou para mim desde 1979 [ano do lançamento do disco "The Wall", do Pink Floyd]. É um manifesto muito pessoal, mas de certa forma é bem menos do que era em 1979, quando ele era mais concentrado nos meus problemas pessoais. Gosto de pensar que esse filme espalha suas preocupações de forma mais geral, sobre todo o mundo que teve entes queridos mortos em guerras, não apenas sobre meu pai ou meu avô. O sr. fez uma viagem à França e à Itália para visitar memoriais de seu avô e de seu pai. Como foi fazer essa jornada? Depois que fizemos a turnê, estávamos editando o filme, e pensei: "Está faltando alguma coisa". De repente tive essa ideia, "preciso ir visitar o túmulo do meu avô"; "talvez a gente devesse filmar isso"; "talvez eu devesse ver o memorial com o nome do meu pai". Tem uma cena no filme "Roma, Cidade Aberta" [1945], em que colocam um padre diante de um pelotão de fuzilamento. Os italianos atiram sem acertá-lo, e o oficial alemão atira na cabeça dele. Eu disse "vamos fazer isso, visto da janela do carro". Por que isso é relevante? Simplesmente é. Essa viagem fez o sr. ver o projeto de outra forma? Sim, fiquei feliz. Quando fizeram o memorial com o nome do meu pai, em Aprilia [Itália], eles escreveram "E a todos os soldados aliados que morreram...". E eu disse, "Vocês não podem dizer isso. Vocês podem dizer 'e todos os mortos', mas vocês não podem deixar a Wehrmacht [tropas alemãs] de fora". Não vamos começar a acenar bandeiras. Também foi na Itália que os brasileiros lutaram contra a Alemanha nazista, pouco depois que seu pai foi morto, a partir do fim de 1944... Eu conheci alguns deles, em Porto Alegre. Eu tinha veteranos de guerra no show, toda noite. E fui vê-los no intervalo. E eles tinham todos 90 anos de idade! Havia 20 deles, foi fantástico. Apesar das mudanças, "The Wall" ainda tem a mesma história de 1979. Por que esse disco é tão duradouro e ainda toca os jovens? Quando as pessoas atingem a puberdade, elas começar a pensar num panorama maior, a pensar mais filosoficamente ou politicamente sobre as coisas. Existe uma fome por algo que elas, instintivamente, sabem que é real. "The Wall" não é algo construído, inventado. É a minha vida. Sou eu escrevendo sobre meus sentimentos e pensamentos. E, obviamente, tem algumas músicas cativantes. "Another Brick in the Wall" é uma espécie de hino de protesto bacana para jovens estudantes cantarem –ou qualquer pessoa cantar. Na África do Sul, antes do fim do apartheid, garotos negros cantavam isso nas ruas quando estavam recebendo tiros da polícia. Que tipo de movimento pacifista é possível fazer hoje? Boa pergunta... Esse pequeno trabalho que eu fiz tenta responder essa questão, pelo menos em parte. Os fatores que criam, apoiam e mantêm esse estado de guerra permanente são nacionalismo, excepcionalismo e comércio. Se chegou o momento para pararmos de brigar por centavos e grãos, este é o momento. Eu sei que é muito difícil. A ideia de que a competição é uma coisa realmente boa e de que o livre mercado é uma coisa realmente boa não dará um futuro para nossos filhos e os filhos deles. O sr. enviou uma carta a Caetano Veloso e Gilberto Gil pedindo que cancelassem o show que farão em Tel Aviv em julho. Eles manterão o show. Acabei de saber... Acontece. O que eu posso fazer? Vai insistir com eles? Claro que não, eles são crescidos. Tudo que eu pude fazer foi escrever uma carta para eles. E eles nunca me escreveram de volta. O sr. tocou em Israel em 2006... Sim, em 2006, mas foi naquela época que eu conheci o pessoal do BDS [boicote, desinvestimento, sanções; grupo de apoio aos palestinos]. E cancelei meu show em Tel Aviv, e tocamos numa comunidade agrícola, em que judeus, muçulmanos e cristãos vivem juntos. Em 2007 a ONU me levou por toda a Cisjordânia, e era horrível. Todos os que vivem lá precisam ter direitos iguais. O sr. recebe retaliações de Israel? Nos últimos anos, eu tive de aguentar ataques bastante selvagens, me acusaram de ser antissemita. E eu tive de explicar tantas vezes que isso não tem nada a ver com atacar judeus, não tem nada a ver com judaísmo, tem a ver com as políticas do governo atual de Israel. Seus próximos passos serão na atuação política ou no mundo da música? Eu acabo levado para várias direções, mas compus um novo álbum e estou trabalhando nisso. Esperto transformá-lo num show para arenas. É uma ideia teatral interessante. Se eu tocar em arenas, obviamente vou tocar músicas antigas também. Por sorte, como eu tenho pintado o mesmo quadro nos últimos 50 ou 40 anos, "Us And Them" e outras músicas antigas minhas vão combinar com uma narrativa nova, porque elas carregam mensagens semelhantes ao meu novo trabalho. Eu lhe digo sobre o que é: meu novo álbum é sobre um velho homem e um garoto, e o garoto tem um pesadelo em que as crianças estão sendo mortas. E ele não sabe por quê. Então ele pergunta ao velho, "Por que eles estão matando as crianças?". E o avô responde, "Vamos descobrir". É simplista, mas ao mesmo tempo é importante perguntar: "Por quê?". O senhor tocou com David Gilmour num evento da Fundação Hoping [entidade de apoio a crianças palestinas, em 2010]. Pode haver ainda novas apresentações suas com ele e Nick Mason, por alguma causa política? Não sei... A Fundação Hoping é uma coisa, David não vai seguir o mesmo caminho do BDS [boicote a Israel]. Nick sim, Nick se juntou a mim numa carta aos Rolling Stones para que não fossem a Israel. Mas David tem uma opinião diferente, e tudo bem. Obviamente eu gostaria que todo mundo... Como eu escrevi aos dois cantores brasileiros. Tempos atrás, quando todos nós estávamos no movimento contra o apartheid, era quase universal.
ilustrada
'The Wall é minha vida', diz Roger Waters; leia a entrevista com o ex-Pink FloydA vida de Roger Waters foi marcada pela guerra décadas antes de ele nascer. Em 1916, quando seu pai, Eric Fletcher Waters, tinha apenas dois anos de idade, seu avô, George Henry Waters, foi morto na Primeira Guerra Mundial. O drama familiar repetiu-se na Segunda Guerra, com a morte de Eric Fletcher, em 1944, na Itália, quando Roger era um bebê de cinco meses. A história do ex-líder do Pink Floyd é um exemplo das feridas deixadas por conflitos armados –e que se recusam a cicatrizar. Numa nova versão da obra "The Wall", Roger Waters decidiu exibi-las de forma mais explícita. "The Wall", lançado originalmente em 1979, como um disco duplo do Pink Floyd, fala de um astro de rock atormentado pela perda do pai na guerra, a sua experiência em um sistema educacional repressor e difíceis relacionamentos com as mulheres e a sociedade. "É a minha vida", resumiu, em entrevista exclusiva à Folha, em Londres. O filme "Roger Waters The Wall", a ser lançado mundialmente em 29/9 –inclusive no Brasil–, traz a turnê que rodou o globo entre 2010 e 2013, vista por 4 milhões de pessoas, ao lado de reflexões do cantor sobre suas dores pessoais. O resultado é maior que o sofrimento de uma família marcada pelas guerras: uma convocação contra todos os conflitos armados e a violência política que até hoje matam incontáveis inocentes. O próprio Waters codirigiu o filme e é seu personagem principal. Entre uma música e outra, vemos o artista em uma jornada até a França, onde está o túmulo do seu avô, e a Itália, onde o nome de seu pai, cujos restos mortais nunca foram recuperados, está escrito num cemitério militar. Aos 71, Waters revelou que já tem um novo álbum composto e pretende realizar uma série de shows, que devem incluir sucessos do Pink Floyd. * Folha - O que esse filme significa para o senhor? Roger Waters - Minhas motivações para fazer o filme foram as mesmas que tive para fazer o show. Tendo tomado a decisão de ressuscitar o trabalho ["The Wall"], tinha então que pensar como poderia atualizá-lo –algo que fiz com Sean Evans [codiretor]. Tudo mudou para mim desde 1979 [ano do lançamento do disco "The Wall", do Pink Floyd]. É um manifesto muito pessoal, mas de certa forma é bem menos do que era em 1979, quando ele era mais concentrado nos meus problemas pessoais. Gosto de pensar que esse filme espalha suas preocupações de forma mais geral, sobre todo o mundo que teve entes queridos mortos em guerras, não apenas sobre meu pai ou meu avô. O sr. fez uma viagem à França e à Itália para visitar memoriais de seu avô e de seu pai. Como foi fazer essa jornada? Depois que fizemos a turnê, estávamos editando o filme, e pensei: "Está faltando alguma coisa". De repente tive essa ideia, "preciso ir visitar o túmulo do meu avô"; "talvez a gente devesse filmar isso"; "talvez eu devesse ver o memorial com o nome do meu pai". Tem uma cena no filme "Roma, Cidade Aberta" [1945], em que colocam um padre diante de um pelotão de fuzilamento. Os italianos atiram sem acertá-lo, e o oficial alemão atira na cabeça dele. Eu disse "vamos fazer isso, visto da janela do carro". Por que isso é relevante? Simplesmente é. Essa viagem fez o sr. ver o projeto de outra forma? Sim, fiquei feliz. Quando fizeram o memorial com o nome do meu pai, em Aprilia [Itália], eles escreveram "E a todos os soldados aliados que morreram...". E eu disse, "Vocês não podem dizer isso. Vocês podem dizer 'e todos os mortos', mas vocês não podem deixar a Wehrmacht [tropas alemãs] de fora". Não vamos começar a acenar bandeiras. Também foi na Itália que os brasileiros lutaram contra a Alemanha nazista, pouco depois que seu pai foi morto, a partir do fim de 1944... Eu conheci alguns deles, em Porto Alegre. Eu tinha veteranos de guerra no show, toda noite. E fui vê-los no intervalo. E eles tinham todos 90 anos de idade! Havia 20 deles, foi fantástico. Apesar das mudanças, "The Wall" ainda tem a mesma história de 1979. Por que esse disco é tão duradouro e ainda toca os jovens? Quando as pessoas atingem a puberdade, elas começar a pensar num panorama maior, a pensar mais filosoficamente ou politicamente sobre as coisas. Existe uma fome por algo que elas, instintivamente, sabem que é real. "The Wall" não é algo construído, inventado. É a minha vida. Sou eu escrevendo sobre meus sentimentos e pensamentos. E, obviamente, tem algumas músicas cativantes. "Another Brick in the Wall" é uma espécie de hino de protesto bacana para jovens estudantes cantarem –ou qualquer pessoa cantar. Na África do Sul, antes do fim do apartheid, garotos negros cantavam isso nas ruas quando estavam recebendo tiros da polícia. Que tipo de movimento pacifista é possível fazer hoje? Boa pergunta... Esse pequeno trabalho que eu fiz tenta responder essa questão, pelo menos em parte. Os fatores que criam, apoiam e mantêm esse estado de guerra permanente são nacionalismo, excepcionalismo e comércio. Se chegou o momento para pararmos de brigar por centavos e grãos, este é o momento. Eu sei que é muito difícil. A ideia de que a competição é uma coisa realmente boa e de que o livre mercado é uma coisa realmente boa não dará um futuro para nossos filhos e os filhos deles. O sr. enviou uma carta a Caetano Veloso e Gilberto Gil pedindo que cancelassem o show que farão em Tel Aviv em julho. Eles manterão o show. Acabei de saber... Acontece. O que eu posso fazer? Vai insistir com eles? Claro que não, eles são crescidos. Tudo que eu pude fazer foi escrever uma carta para eles. E eles nunca me escreveram de volta. O sr. tocou em Israel em 2006... Sim, em 2006, mas foi naquela época que eu conheci o pessoal do BDS [boicote, desinvestimento, sanções; grupo de apoio aos palestinos]. E cancelei meu show em Tel Aviv, e tocamos numa comunidade agrícola, em que judeus, muçulmanos e cristãos vivem juntos. Em 2007 a ONU me levou por toda a Cisjordânia, e era horrível. Todos os que vivem lá precisam ter direitos iguais. O sr. recebe retaliações de Israel? Nos últimos anos, eu tive de aguentar ataques bastante selvagens, me acusaram de ser antissemita. E eu tive de explicar tantas vezes que isso não tem nada a ver com atacar judeus, não tem nada a ver com judaísmo, tem a ver com as políticas do governo atual de Israel. Seus próximos passos serão na atuação política ou no mundo da música? Eu acabo levado para várias direções, mas compus um novo álbum e estou trabalhando nisso. Esperto transformá-lo num show para arenas. É uma ideia teatral interessante. Se eu tocar em arenas, obviamente vou tocar músicas antigas também. Por sorte, como eu tenho pintado o mesmo quadro nos últimos 50 ou 40 anos, "Us And Them" e outras músicas antigas minhas vão combinar com uma narrativa nova, porque elas carregam mensagens semelhantes ao meu novo trabalho. Eu lhe digo sobre o que é: meu novo álbum é sobre um velho homem e um garoto, e o garoto tem um pesadelo em que as crianças estão sendo mortas. E ele não sabe por quê. Então ele pergunta ao velho, "Por que eles estão matando as crianças?". E o avô responde, "Vamos descobrir". É simplista, mas ao mesmo tempo é importante perguntar: "Por quê?". O senhor tocou com David Gilmour num evento da Fundação Hoping [entidade de apoio a crianças palestinas, em 2010]. Pode haver ainda novas apresentações suas com ele e Nick Mason, por alguma causa política? Não sei... A Fundação Hoping é uma coisa, David não vai seguir o mesmo caminho do BDS [boicote a Israel]. Nick sim, Nick se juntou a mim numa carta aos Rolling Stones para que não fossem a Israel. Mas David tem uma opinião diferente, e tudo bem. Obviamente eu gostaria que todo mundo... Como eu escrevi aos dois cantores brasileiros. Tempos atrás, quando todos nós estávamos no movimento contra o apartheid, era quase universal.
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Em posse de Chalita, Haddad diz que precisa 'dialogar' mais com professor
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), reconheceu nesta quinta-feira (15) que sua gestão precisa "dialogar" mais com a rede de ensino. A frase foi dita na cerimônia de posse do novo secretário de Educação, o deputado Gabriel Chalita (PMDB). Nos dois primeiros anos da gestão Haddad, houve duas greves de professores. "O diálogo deve ser aprofundado", afirmou Haddad no discurso, acrescentando que Chalita é uma pessoa com "bom diálogo e abertura". Já Chalita disse que buscará soluções "criativas" para acelerar a ampliação de vagas nas creches, sem especificar como. Ele disse também que serão mantidas as construções de prédios próprios e convênios. O maior sindicato da rede municipal de ensino de São Paulo afirma que está "apreensivo" com a escolha de Chalita para secretaria. "[A escolha] foi um arranjo político, não levou em conta a gestão na educação", disse o presidente do Sinpeem, Claudio Fonseca. A cerimônia, feita na prefeitura, teve grande presença de políticos e lideranças. Estavam presentes deputados federais e estaduais e vereadores, do PT e do PMDB, além do secretário de Segurança Pública do governo Alckmin (PSDB), Alexandre de Moraes. Também compareceram a escritora Lygia Fagundes Telles, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, e o cardeal de São Paulo, dom Odilo Scherer. Haddad e Chalita se esquivaram ao serem perguntados se formarão chapa na eleição de 2016.
educacao
Em posse de Chalita, Haddad diz que precisa 'dialogar' mais com professorO prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), reconheceu nesta quinta-feira (15) que sua gestão precisa "dialogar" mais com a rede de ensino. A frase foi dita na cerimônia de posse do novo secretário de Educação, o deputado Gabriel Chalita (PMDB). Nos dois primeiros anos da gestão Haddad, houve duas greves de professores. "O diálogo deve ser aprofundado", afirmou Haddad no discurso, acrescentando que Chalita é uma pessoa com "bom diálogo e abertura". Já Chalita disse que buscará soluções "criativas" para acelerar a ampliação de vagas nas creches, sem especificar como. Ele disse também que serão mantidas as construções de prédios próprios e convênios. O maior sindicato da rede municipal de ensino de São Paulo afirma que está "apreensivo" com a escolha de Chalita para secretaria. "[A escolha] foi um arranjo político, não levou em conta a gestão na educação", disse o presidente do Sinpeem, Claudio Fonseca. A cerimônia, feita na prefeitura, teve grande presença de políticos e lideranças. Estavam presentes deputados federais e estaduais e vereadores, do PT e do PMDB, além do secretário de Segurança Pública do governo Alckmin (PSDB), Alexandre de Moraes. Também compareceram a escritora Lygia Fagundes Telles, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, e o cardeal de São Paulo, dom Odilo Scherer. Haddad e Chalita se esquivaram ao serem perguntados se formarão chapa na eleição de 2016.
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Declaração de Abbas sobre garoto ferido em vídeo irrita Israel
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, irritou as autoridades israelenses após alegar que Israel teria "executado" um garoto palestino que aparece ferido em um vídeo. Nesta quinta-feira (15), o governo israelense acusou Abbas de mentir, e divulgou imagens que mostram o jovem se recuperando em um hospital. Ahmed Manasra, 13, foi perseguido por civis e atropelado após ter participado do esfaqueamento de dois israelense em Jerusalém na segunda-feira (12), segundo a versão da polícia israelense. Seu primo Hasan, de 15 anos, também participou do ataque, tendo sido baleado e morto no local. Em um vídeo divulgado nas redes sociais por um jornalista palestino e assistido por quase 3 milhões de pessoas, um transeunte israelense grita ofensas enquanto Ahmed aparece ferido no chão. "Atire na cabeça dele, esse filho da p*", diz o israelense em hebraico a um soldado que estava no local. Na noite de quarta-feira (14), Abbas fez um pronunciamento na TV dizendo que Israel participa da "execução sumária de nossas crianças a sangue frio" e que Ahmed seria um dos jovens mortos. Um quadro do vídeo é reproduzido na transmissão. Pouco depois, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, respondeu acusando Abbas de "mentir e incitar" a violência. Na terça-feira (13), o Hospital Universitário Hadassah, de Jerusalém, havia dito que Ahmed estava consciente e em condição estável. Nesta quinta (15), os meios de comunicação israelenses divulgaram amplamente fotos do garoto se recuperando dos ferimentos algemado a um leito. Em comunicado, o Ministério da Justiça israelense comentou as fotos sarcasticamente: "O 'mártir palestino assassinado', alguns minutos atrás no hospital Hadassah". Veja tweet O gabinete de Abbas disse que o pronunciamento se baseou em informações incorretas. "Pensamos inicialmente que ele [Ahmed] havia sido assassinado", disse Saeb Erekat, auxiliar do líder palestino. "Depois a informação que recebemos era de que ele estava clinicamente morto." Apesar disso, não pareceu haver uma tentativa de reparar o erro de informação. "Poderia haver muitas formas de prender essas pessoas [agressores], mas eles [autoridades israelenses] escolhem atirar para matar, e isso é o que aconteceu em muitos casos", disse Erekat. O episódio provocou fortes reações em Israel. O presidente Reuven Rivlin disse em um comunicado que "a verdade não é relativa". "Não se pode transformar um assassino em vítima e culpar a vítima por querer se proteger." Onde fica Israel As trocas de acusação entre autoridades agravam o já tenso ambiente entre palestinos e israelenses. Desde o início do mês, ao menos oito israelenses morreram e dezenas ficaram feridas em ataques de palestinos com facas, pedras e armas de fogo. No mesmo período, ao menos 30 palestinos foram mortos por israelenses, incluindo 13 pessoas que morreram após realizar ataques. Centenas de palestinos ficaram feridos em confrontos com colonos e soldados israelenses. O governo israelense respondeu à tensão com o fechamento de bairros árabes em Jerusalém Oriental, origem da maioria dos agressores palestinos responsáveis por ataques recentes. Além disso, as autoridades anunciaram a flexibilização das regras de porte de armas e o envio de soldados para cidades israelenses a fim de reforçar a segurança. A repressão de manifestações nos territórios palestinos ocupados também se intensificou. A atual onda de violência entre palestinos e israelenses teve início em embates entre muçulmanos e soldados na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém. O local é sagrado para seguidores do islamismo e do judaísmo e o acesso a ele foi limitado diversas vezes nas últimas semanas pelas autoridades israelenses.
mundo
Declaração de Abbas sobre garoto ferido em vídeo irrita IsraelO presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, irritou as autoridades israelenses após alegar que Israel teria "executado" um garoto palestino que aparece ferido em um vídeo. Nesta quinta-feira (15), o governo israelense acusou Abbas de mentir, e divulgou imagens que mostram o jovem se recuperando em um hospital. Ahmed Manasra, 13, foi perseguido por civis e atropelado após ter participado do esfaqueamento de dois israelense em Jerusalém na segunda-feira (12), segundo a versão da polícia israelense. Seu primo Hasan, de 15 anos, também participou do ataque, tendo sido baleado e morto no local. Em um vídeo divulgado nas redes sociais por um jornalista palestino e assistido por quase 3 milhões de pessoas, um transeunte israelense grita ofensas enquanto Ahmed aparece ferido no chão. "Atire na cabeça dele, esse filho da p*", diz o israelense em hebraico a um soldado que estava no local. Na noite de quarta-feira (14), Abbas fez um pronunciamento na TV dizendo que Israel participa da "execução sumária de nossas crianças a sangue frio" e que Ahmed seria um dos jovens mortos. Um quadro do vídeo é reproduzido na transmissão. Pouco depois, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, respondeu acusando Abbas de "mentir e incitar" a violência. Na terça-feira (13), o Hospital Universitário Hadassah, de Jerusalém, havia dito que Ahmed estava consciente e em condição estável. Nesta quinta (15), os meios de comunicação israelenses divulgaram amplamente fotos do garoto se recuperando dos ferimentos algemado a um leito. Em comunicado, o Ministério da Justiça israelense comentou as fotos sarcasticamente: "O 'mártir palestino assassinado', alguns minutos atrás no hospital Hadassah". Veja tweet O gabinete de Abbas disse que o pronunciamento se baseou em informações incorretas. "Pensamos inicialmente que ele [Ahmed] havia sido assassinado", disse Saeb Erekat, auxiliar do líder palestino. "Depois a informação que recebemos era de que ele estava clinicamente morto." Apesar disso, não pareceu haver uma tentativa de reparar o erro de informação. "Poderia haver muitas formas de prender essas pessoas [agressores], mas eles [autoridades israelenses] escolhem atirar para matar, e isso é o que aconteceu em muitos casos", disse Erekat. O episódio provocou fortes reações em Israel. O presidente Reuven Rivlin disse em um comunicado que "a verdade não é relativa". "Não se pode transformar um assassino em vítima e culpar a vítima por querer se proteger." Onde fica Israel As trocas de acusação entre autoridades agravam o já tenso ambiente entre palestinos e israelenses. Desde o início do mês, ao menos oito israelenses morreram e dezenas ficaram feridas em ataques de palestinos com facas, pedras e armas de fogo. No mesmo período, ao menos 30 palestinos foram mortos por israelenses, incluindo 13 pessoas que morreram após realizar ataques. Centenas de palestinos ficaram feridos em confrontos com colonos e soldados israelenses. O governo israelense respondeu à tensão com o fechamento de bairros árabes em Jerusalém Oriental, origem da maioria dos agressores palestinos responsáveis por ataques recentes. Além disso, as autoridades anunciaram a flexibilização das regras de porte de armas e o envio de soldados para cidades israelenses a fim de reforçar a segurança. A repressão de manifestações nos territórios palestinos ocupados também se intensificou. A atual onda de violência entre palestinos e israelenses teve início em embates entre muçulmanos e soldados na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém. O local é sagrado para seguidores do islamismo e do judaísmo e o acesso a ele foi limitado diversas vezes nas últimas semanas pelas autoridades israelenses.
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Empresa norueguesa vê indícios de pagamentos indevidos à Petrobras
A companhia norueguesa Sevan Marine, citada na Operação Lava Jato, informou nesta sexta-feira (16) que investigações internas encontraram indícios de pagamentos indevidos para obtenção de contratos com a Petrobras. Em comunicado oficial, a empresa diz que contratou o escritório de advocacia Selmer para apurar denúncias após notícias da imprensa brasileira levantarem suspeitas sobre as operações da companhia no país. Segundo a empresa, as investigações concluíram que "é mais provável do que não" que tenham sido feitos pagamentos ilegais para a obtenção dos contratos das plataformas Sevan Piranema, Sevan Driller e Sevan Brasil, que foram assinados entre 2005 e 2008. "Há indicações de transações e atitudes suspeitas", diz a nota. O escritório Selmer teve acesso a documentos e entrevistou "pessoas-chave". Os resultados foram entregues a autoridades norueguesas para investigação e processo por crime econômico e ambiental, informou a companhia. A Sevan diz que os atos irregulares foram praticados por pessoas que não estão mais na companhia, que passou por um processo de reestruturação em 2011, com separação de unidades e venda de ativos. A empresa informou ainda que permanece investigando outra denúncia surgida durante a Operação Lava Jato, de que executivos da companhia tiveram acesso a informações privilegiadas e ganharam dinheiro em bolsa de valores. "A Sevan não tolera a corrupção e se dedica a cumprir todos as leis e princípios relevantes para uma conduta de negócios adequada e vai continuar colaborando com as autoridades", diz, na nota, o presidente da companhia, Siri Hatlen.
poder
Empresa norueguesa vê indícios de pagamentos indevidos à PetrobrasA companhia norueguesa Sevan Marine, citada na Operação Lava Jato, informou nesta sexta-feira (16) que investigações internas encontraram indícios de pagamentos indevidos para obtenção de contratos com a Petrobras. Em comunicado oficial, a empresa diz que contratou o escritório de advocacia Selmer para apurar denúncias após notícias da imprensa brasileira levantarem suspeitas sobre as operações da companhia no país. Segundo a empresa, as investigações concluíram que "é mais provável do que não" que tenham sido feitos pagamentos ilegais para a obtenção dos contratos das plataformas Sevan Piranema, Sevan Driller e Sevan Brasil, que foram assinados entre 2005 e 2008. "Há indicações de transações e atitudes suspeitas", diz a nota. O escritório Selmer teve acesso a documentos e entrevistou "pessoas-chave". Os resultados foram entregues a autoridades norueguesas para investigação e processo por crime econômico e ambiental, informou a companhia. A Sevan diz que os atos irregulares foram praticados por pessoas que não estão mais na companhia, que passou por um processo de reestruturação em 2011, com separação de unidades e venda de ativos. A empresa informou ainda que permanece investigando outra denúncia surgida durante a Operação Lava Jato, de que executivos da companhia tiveram acesso a informações privilegiadas e ganharam dinheiro em bolsa de valores. "A Sevan não tolera a corrupção e se dedica a cumprir todos as leis e princípios relevantes para uma conduta de negócios adequada e vai continuar colaborando com as autoridades", diz, na nota, o presidente da companhia, Siri Hatlen.
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Três de dez conselheiros da Petrobras votaram contra Bendine
O nome de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras não teve aprovação de todos os integrantes do Conselho de Administração da estatal. O placar ficou em 7 votos a favor contra 3 contra. A Folha apurou que Mauro Cunha, que representa os acionistas donos de ações ordinárias, José Guimarães Monforte, representante dos donos das preferenciais (ambos representam os acionistas minoritários), e Silvio Sinedino, eleito pelos trabalhadores, deram voto contrário à escolha da presidente Dilma Rousseff para o cargo. Dentro do colegiado, apenas esses três membros são considerados independentes pelo mercado. Os votos de todos os dez integrantes do conselho têm o mesmo peso. O nome de Bendine também desagradou o corpo técnico da Petrobras e os investidores. As ações da estatal caíram quase 7%. Para o mercado, a indicação do ex-presidente do BB significa que o governo vai continuar interferindo diretamente na gestão da estatal. Além disso, o executivo tem sua credibilidade questionada por conta de pendências com a Receita Federal, acusações de um ex-motorista e um empréstimo nebuloso para a socialite Val Marchiori (entenda o caso ). O governo federal é o acionista controlador da estatal. Presidido pelo ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, o conselho é formado em sua maioria por nomes indicados pelo governo. Os outros sete membros são: os ex-ministros Guido Mantega e Miriam Belchior; o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que chegou a ser cotado para o cargo; o general Francisco Roberto de Albuquerque; o vice-presidente da Fundação Getulio Vargas, Sérgio Quintella; além da agora ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, que cedeu sua vaga para Bendine no colegiado. Os quatro primeiro sempre votam "em bloco". Na última reunião, que avaliou o balanço da Petrobras, Quintella e Graça divergiram do "bloco" em relação à divulgação dos R$ 88,6 bilhões de sobrevalorização dos ativos da Petrobras. A publicação do número irritou Dilma e a levou a aceitar a entrega do cargo feita por Graça, a quarta desde dezembro. Conforme informou a Petrobras, o nome do ex-presidente do Banco do Brasil para presidir a empresa foi eleito "por maioria" do conselho. O conselheiro Mauro Cunha, que raramente comenta publicamente a respeito da Petrobras, divulgou nota, no fim da tarde, em que considerou a eleição de Bendine "mais um episódio de desrespeito ao Conselho de Administração". Afirmou, ainda, que "o controlador mais uma vez impôs sua vontade sobre os interesses da Petrobras". "Os conselheiros tomaram conhecimento do nome do novo Presidente da Companhia pela imprensa, antes do assunto ser discutido. Eu gostaria de dizer em público as verdades que pus em ata, mas correria o risco de sofrer retaliações, como já sofri no passado", disse. Afirmou, ainda, que foram ignorados "os apelos de investidores de longo prazo". "Como diz o Fato Relevante, a decisão foi por maioria, e não por unanimidade - de onde se pode concluir a posição desde conselheiro". Também em nota, Sinedino criticou o nome imposto pelo governo. "As indicações por Partidos Políticos, como a Polícia Federal e a Justiça vêm demonstrando, acabam cobrando um alto preço em corrupção e malfeitos". Ele chegou a sugerir na reunião do conselho que a diretoria da Petrobras fosse escolhida pelo governo federal entre uma lista triplice apresentada pelos trabalhadores. Mas a proposta, elaborada em conjunto com as associações sindicais do setor, não prosperou. DIRETORES A eleição dos demais membros da diretoria, escolhidos para ocupar os lugares deixados pelos diretores que pediram demissão junto com Graça Foster, também foi "por maioria", e não por unanimidade. Ivan Monteiro, atual vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil, será o novo diretor financeiro da Petrobras, antecipou a Folha. O cargo é chave para enfrentar a atual crise pela qual a petroleira passa. O conselho também definiu quem serão os novos diretores da Petrobras que ocuparão o lugar daqueles que renunciaram. Solange da Silva Guedes, atual gerente-executiva de Exploração e Produção Corporativa, será a nova diretora de Exploração e Produção, em substituição a José Miranda Formigli Filho. Jorge Celestino Ramos, atual gerente-executivo de Logística do Abastecimento, ocupará a diretoria de Abastecimento em substituição a José Carlos Cosenza. Hugo Repsold Júnior, gerente-executivo de Gás e Energia Corporativo, será diretor de Gás e Energia em substituição a José Alcides Santoro Martins. Roberto Moro, hoje gerente-executivo de engenharia para Empreendimentos Submarinos, ocupará a diretoria de Engenharia, Tecnologia e Materiais em substituição a José Antônio de Figueiredo. Dentre todos os problemas da Petrobras, o mais urgente nó a ser desfeito pela nova diretoria da Petrobras é a publicação do balanço auditado com o lançamento das perdas decorrentes da corrupção. É crucial para a Petrobras ter o balanço auditado por dois motivos: sem o aval da auditora independente PwC (PricewaterhouseCoopers), a estatal fica em risco iminente de perder o grau de investimento para a sua nota de crédito e pode ter parte de sua dívida cobrada imediatamente, antes do vencimento. No dia 3 deste mês, a agência de risco Moody's deu 30 dias para a estatal publicar os dados, sob o risco de perder a nota de investimento. A Fitch também rebaixou a classificação de risco da Petrobras para o último passo antes de risco especulativo -muitos fundos não aplicam seus recursos em ações e títulos de empresas com essa avaliação.
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Três de dez conselheiros da Petrobras votaram contra BendineO nome de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras não teve aprovação de todos os integrantes do Conselho de Administração da estatal. O placar ficou em 7 votos a favor contra 3 contra. A Folha apurou que Mauro Cunha, que representa os acionistas donos de ações ordinárias, José Guimarães Monforte, representante dos donos das preferenciais (ambos representam os acionistas minoritários), e Silvio Sinedino, eleito pelos trabalhadores, deram voto contrário à escolha da presidente Dilma Rousseff para o cargo. Dentro do colegiado, apenas esses três membros são considerados independentes pelo mercado. Os votos de todos os dez integrantes do conselho têm o mesmo peso. O nome de Bendine também desagradou o corpo técnico da Petrobras e os investidores. As ações da estatal caíram quase 7%. Para o mercado, a indicação do ex-presidente do BB significa que o governo vai continuar interferindo diretamente na gestão da estatal. Além disso, o executivo tem sua credibilidade questionada por conta de pendências com a Receita Federal, acusações de um ex-motorista e um empréstimo nebuloso para a socialite Val Marchiori (entenda o caso ). O governo federal é o acionista controlador da estatal. Presidido pelo ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, o conselho é formado em sua maioria por nomes indicados pelo governo. Os outros sete membros são: os ex-ministros Guido Mantega e Miriam Belchior; o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que chegou a ser cotado para o cargo; o general Francisco Roberto de Albuquerque; o vice-presidente da Fundação Getulio Vargas, Sérgio Quintella; além da agora ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, que cedeu sua vaga para Bendine no colegiado. Os quatro primeiro sempre votam "em bloco". Na última reunião, que avaliou o balanço da Petrobras, Quintella e Graça divergiram do "bloco" em relação à divulgação dos R$ 88,6 bilhões de sobrevalorização dos ativos da Petrobras. A publicação do número irritou Dilma e a levou a aceitar a entrega do cargo feita por Graça, a quarta desde dezembro. Conforme informou a Petrobras, o nome do ex-presidente do Banco do Brasil para presidir a empresa foi eleito "por maioria" do conselho. O conselheiro Mauro Cunha, que raramente comenta publicamente a respeito da Petrobras, divulgou nota, no fim da tarde, em que considerou a eleição de Bendine "mais um episódio de desrespeito ao Conselho de Administração". Afirmou, ainda, que "o controlador mais uma vez impôs sua vontade sobre os interesses da Petrobras". "Os conselheiros tomaram conhecimento do nome do novo Presidente da Companhia pela imprensa, antes do assunto ser discutido. Eu gostaria de dizer em público as verdades que pus em ata, mas correria o risco de sofrer retaliações, como já sofri no passado", disse. Afirmou, ainda, que foram ignorados "os apelos de investidores de longo prazo". "Como diz o Fato Relevante, a decisão foi por maioria, e não por unanimidade - de onde se pode concluir a posição desde conselheiro". Também em nota, Sinedino criticou o nome imposto pelo governo. "As indicações por Partidos Políticos, como a Polícia Federal e a Justiça vêm demonstrando, acabam cobrando um alto preço em corrupção e malfeitos". Ele chegou a sugerir na reunião do conselho que a diretoria da Petrobras fosse escolhida pelo governo federal entre uma lista triplice apresentada pelos trabalhadores. Mas a proposta, elaborada em conjunto com as associações sindicais do setor, não prosperou. DIRETORES A eleição dos demais membros da diretoria, escolhidos para ocupar os lugares deixados pelos diretores que pediram demissão junto com Graça Foster, também foi "por maioria", e não por unanimidade. Ivan Monteiro, atual vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil, será o novo diretor financeiro da Petrobras, antecipou a Folha. O cargo é chave para enfrentar a atual crise pela qual a petroleira passa. O conselho também definiu quem serão os novos diretores da Petrobras que ocuparão o lugar daqueles que renunciaram. Solange da Silva Guedes, atual gerente-executiva de Exploração e Produção Corporativa, será a nova diretora de Exploração e Produção, em substituição a José Miranda Formigli Filho. Jorge Celestino Ramos, atual gerente-executivo de Logística do Abastecimento, ocupará a diretoria de Abastecimento em substituição a José Carlos Cosenza. Hugo Repsold Júnior, gerente-executivo de Gás e Energia Corporativo, será diretor de Gás e Energia em substituição a José Alcides Santoro Martins. Roberto Moro, hoje gerente-executivo de engenharia para Empreendimentos Submarinos, ocupará a diretoria de Engenharia, Tecnologia e Materiais em substituição a José Antônio de Figueiredo. Dentre todos os problemas da Petrobras, o mais urgente nó a ser desfeito pela nova diretoria da Petrobras é a publicação do balanço auditado com o lançamento das perdas decorrentes da corrupção. É crucial para a Petrobras ter o balanço auditado por dois motivos: sem o aval da auditora independente PwC (PricewaterhouseCoopers), a estatal fica em risco iminente de perder o grau de investimento para a sua nota de crédito e pode ter parte de sua dívida cobrada imediatamente, antes do vencimento. No dia 3 deste mês, a agência de risco Moody's deu 30 dias para a estatal publicar os dados, sob o risco de perder a nota de investimento. A Fitch também rebaixou a classificação de risco da Petrobras para o último passo antes de risco especulativo -muitos fundos não aplicam seus recursos em ações e títulos de empresas com essa avaliação.
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Com retirada de diplomatas, Trump sabota pacto com Havana
Pode levar algum tempo até que se descubra quem foi o autor dos "ataques acústicos" contra diplomatas americanos em Havana, mas uma coisa é certa: foi a maneira mais fácil e rápida de reverter a aproximação entre Cuba e Estados Unidos, legado do governo Obama. O governo cubano nega ter participação nos ataques contra os diplomatas americanos. Nesta sexta-feira (29), Josefina Vidal, responsável no ministério das relações exteriores cubano pela negociação do acordo de reaproximação com os EUA, emitiu uma nota: "Enfatizo que o governo de Cuba não tem responsabilidade alguma nos fatos alegados e consideramos a decisão anunciada pelo departamento de Estado precipitada, e vai afetar as relações bilaterais". O próprio governo americano não disse, em nenhum momento, que Cuba era culpada. "Reconhecemos os esforços que o governo cubano tem feito para investigar e sua cooperação para facilitar a investigação americana". Em off, diplomatas afirmam que tudo indica não ter sido o governo cubano o autor dos ataques. Mas então, quem foi? E quem ganha com os "ataques acústicos" e o distanciamento entre Cuba e EUA? "Quem quer que esteja fazendo isso obviamente está tentando interromper o processo de normalização de relações entre os EUA e Cuba. Alguém ou algum governo está tentando reverter o processo", disse o senador democrata Patrick Leahy, que apoia o acordo. Donald Trump fez campanha dizendo que o acordo de reaproximação com Cuba, firmado por seu antecessor, Barack Obama, em dezembro de 2014, era um "mau acordo". Em junho, Trump havia anunciado um "cancelamento" do acordo. Mas, na realidade, tinha feito bem pouco - aumentou restrições para viagens de americanos a Cuba e proibiu transações comerciais entre empresas americanas e entidades militares cubanas, que controlam grande parte da economia da ilha. As relações diplomáticas entre os dois países tinham sido mantidas intactas, com as embaixadas em Washington e Havana seguiram abertas. As remessas e viagens de cubano-americanos tampouco foram afetadas. Conservadores e a bancada anti-Castro ficaram insatisfeitos. O governo afirmou que iria anunciar novas regras restringindo ainda mais as viagens de americanos à ilha, mas não havia feito isso, até agora. Com a ruptura desta sexta-feira, anti-castristas estão comemorando, embora continuem pedindo medidas mais duras. Alguns analistas políticos apontam para o suspeito usual –a Rússia. Se o governo do país hackeou o sistema eleitoral americano e usou as redes sociais para garantir a derrota de Hillary Clinton, nêmesis do Kremlin, poderia facilmente ter arquitetado os ataques contra diplomatas americanos para minar as relações Cuba-EUA. Putin tem se dedicado a uma aproximação com alguns países da região, entre eles Venezuela e Cuba. Nos últimos anos, a Rússia tem amparado Cuba com fornecimento de petróleo, uma vez que a Venezuela em desintegração não supre mais as necessidades cubanas de combustível. E a Rússia também anunciou que vai investir US$ 2 bilhões no sistema ferroviário do país. Mas dificilmente num Estado policial como Cuba algum estrangeiro teria atuado por tanto tempo contra diplomatas americanos sem ser detectado pelos serviços de inteligência. Portanto, se fosse um outro país por trás dos ataques, provavelmente o regime de Castro saberia. E, por fim, restam as dúvidas sobre o "ataque acústico". O governo americano divulgou pouquíssimas informações sobre a agressão. Especialistas acreditam que teriam sido usadas armas que emitem frequências não captadas pela audição humana, muito baixas (infrassom) ou muito altas (ultrassom). Mas para especialistas ouvidos pelo diário britânico Guardian, Para uma arma dessas causar "perda auditiva" nos diplomatas, como foi dito pelo governo dos EUA, ela teria de ser do tamanho de um carro, o que tornaria o ataque um pouco difícil de esconder. Uma arma dessas causar "danos cerebrais", como foi dito pelo departamento de Estado, parece ainda menos crível. São muitas perguntas sem resposta. A única certeza é que, ao reduzir ao mínimo o pessoal na embaixada em Havana e suspender a concessão de vistos, além de determinar que qualquer negociação ou encontro bilateral terá de se realizar em solo americano, Trump efetivamente sabota o acordo.
mundo
Com retirada de diplomatas, Trump sabota pacto com HavanaPode levar algum tempo até que se descubra quem foi o autor dos "ataques acústicos" contra diplomatas americanos em Havana, mas uma coisa é certa: foi a maneira mais fácil e rápida de reverter a aproximação entre Cuba e Estados Unidos, legado do governo Obama. O governo cubano nega ter participação nos ataques contra os diplomatas americanos. Nesta sexta-feira (29), Josefina Vidal, responsável no ministério das relações exteriores cubano pela negociação do acordo de reaproximação com os EUA, emitiu uma nota: "Enfatizo que o governo de Cuba não tem responsabilidade alguma nos fatos alegados e consideramos a decisão anunciada pelo departamento de Estado precipitada, e vai afetar as relações bilaterais". O próprio governo americano não disse, em nenhum momento, que Cuba era culpada. "Reconhecemos os esforços que o governo cubano tem feito para investigar e sua cooperação para facilitar a investigação americana". Em off, diplomatas afirmam que tudo indica não ter sido o governo cubano o autor dos ataques. Mas então, quem foi? E quem ganha com os "ataques acústicos" e o distanciamento entre Cuba e EUA? "Quem quer que esteja fazendo isso obviamente está tentando interromper o processo de normalização de relações entre os EUA e Cuba. Alguém ou algum governo está tentando reverter o processo", disse o senador democrata Patrick Leahy, que apoia o acordo. Donald Trump fez campanha dizendo que o acordo de reaproximação com Cuba, firmado por seu antecessor, Barack Obama, em dezembro de 2014, era um "mau acordo". Em junho, Trump havia anunciado um "cancelamento" do acordo. Mas, na realidade, tinha feito bem pouco - aumentou restrições para viagens de americanos a Cuba e proibiu transações comerciais entre empresas americanas e entidades militares cubanas, que controlam grande parte da economia da ilha. As relações diplomáticas entre os dois países tinham sido mantidas intactas, com as embaixadas em Washington e Havana seguiram abertas. As remessas e viagens de cubano-americanos tampouco foram afetadas. Conservadores e a bancada anti-Castro ficaram insatisfeitos. O governo afirmou que iria anunciar novas regras restringindo ainda mais as viagens de americanos à ilha, mas não havia feito isso, até agora. Com a ruptura desta sexta-feira, anti-castristas estão comemorando, embora continuem pedindo medidas mais duras. Alguns analistas políticos apontam para o suspeito usual –a Rússia. Se o governo do país hackeou o sistema eleitoral americano e usou as redes sociais para garantir a derrota de Hillary Clinton, nêmesis do Kremlin, poderia facilmente ter arquitetado os ataques contra diplomatas americanos para minar as relações Cuba-EUA. Putin tem se dedicado a uma aproximação com alguns países da região, entre eles Venezuela e Cuba. Nos últimos anos, a Rússia tem amparado Cuba com fornecimento de petróleo, uma vez que a Venezuela em desintegração não supre mais as necessidades cubanas de combustível. E a Rússia também anunciou que vai investir US$ 2 bilhões no sistema ferroviário do país. Mas dificilmente num Estado policial como Cuba algum estrangeiro teria atuado por tanto tempo contra diplomatas americanos sem ser detectado pelos serviços de inteligência. Portanto, se fosse um outro país por trás dos ataques, provavelmente o regime de Castro saberia. E, por fim, restam as dúvidas sobre o "ataque acústico". O governo americano divulgou pouquíssimas informações sobre a agressão. Especialistas acreditam que teriam sido usadas armas que emitem frequências não captadas pela audição humana, muito baixas (infrassom) ou muito altas (ultrassom). Mas para especialistas ouvidos pelo diário britânico Guardian, Para uma arma dessas causar "perda auditiva" nos diplomatas, como foi dito pelo governo dos EUA, ela teria de ser do tamanho de um carro, o que tornaria o ataque um pouco difícil de esconder. Uma arma dessas causar "danos cerebrais", como foi dito pelo departamento de Estado, parece ainda menos crível. São muitas perguntas sem resposta. A única certeza é que, ao reduzir ao mínimo o pessoal na embaixada em Havana e suspender a concessão de vistos, além de determinar que qualquer negociação ou encontro bilateral terá de se realizar em solo americano, Trump efetivamente sabota o acordo.
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Odebrecht admite que engenheiro atuou em reforma de sítio
A empreiteira Odebrecht admitiu sua ligação com as obras no sítio em Atibaia (SP) frequentado pela família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reforma foi realizada no fim de 2010, quando Lula ainda exercia seu segundo mandato. Em nota divulgada nesta quarta-feira (24), a construtora disse que fez uma apuração interna e que confirmou que seu engenheiro Frederico Barbosa atuou na propriedade rural em atendimento a um pedido de um superior hierárquico da empresa. Segundo a empreiteira, Barbosa "realizou acompanhamento técnico de obras" e "apoiou a mobilização de pessoas envolvidas na execução dos serviços, que foram remuneradas pelo responsável pela obra". Procurada pela reportagem, a Odebrecht não informou o nome do responsável pela obra nem de quem teria feito o pedido a Barbosa. De acordo com a companhia, Barbosa trabalhou na obra da segunda quinzena de dezembro de 2010 a meados de janeiro de 2011. O engenheiro ficou conhecido nacionalmente após coordenar a construção do estádio de futebol do Corinthians em Itaquera, na zona leste da capital. Com a manifestação desta quarta, a construtora mudou sua versão sobre o sítio. No fim de janeiro, a Odebrecht havia afirmado à Folha não ter identificado "relação da empresa com a obra". Em depoimento prestado a procuradores da Lava Jato na segunda-feira (22), Barbosa também mudou versão dada à reportagem de que havia trabalhado nas férias, gratuitamente, para ajudar a um amigo. No testemunho do início da semana, ele admitiu ter atuado a pedido de um chefe da Odebrecht. A empreiteira ressalvou, porém, que não "custeou de qualquer modo insumos ou materiais utilizados" e nem foi remunerada pelos serviços prestados no imóvel. Esse posicionamento diverge das afirmações feitas à Folha por Patrícia Fabiana Melo Nunes, ex-dona da loja de materiais de construção de Atibaia que forneceu produtos para as obras no sítio. Segundo Nunes, a Odebrecht bancou parte das obras, que consumiram cerca de R$ 500 mil só em materiais. Os produtos foram pagos com dinheiro em espécie por um homem que carregava os valores em envelopes dentro de uma mala, de acordo com Nunes. Após a publicação das entrevistas no fim de janeiro, a força-tarefa da operação Lava Jato passou a investigar a ligação da Odebrecht com os trabalhos no sítio. O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, está preso sob acusação de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Os procuradores suspeitam que Lula seja o real dono do imóvel rural, que tem 173 mil metros quadrados, o equivalente a 24 campos de futebol. A propriedade está registrada em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho, que são sócios do filho mais velho de Lula, Fábio Luís. OUTRO LADO Por meio de sua assessoria, Lula diz que a família dele frequenta o sítio de seus amigos em finais de semana, e tal fato não guarda relação com qualquer tipo de crime. O criminalista Alberto Zacharias Toron, defensor de Fernando Bittar, nega que seu cliente seja "laranja" de Lula na propriedade rural. "No Ministério Público Federal e no momento certo juntaremos os documentos que comprovam a origem do dinheiro e a propriedade do sítio, afastando ilações indevidas", afirma o defensor. Ary Bergher, advogado de Jonas Suassuna, afirma que prestará esclarecimentos somente às autoridades, em respeito ao segredo de justiça decretado nas investigações.
poder
Odebrecht admite que engenheiro atuou em reforma de sítioA empreiteira Odebrecht admitiu sua ligação com as obras no sítio em Atibaia (SP) frequentado pela família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reforma foi realizada no fim de 2010, quando Lula ainda exercia seu segundo mandato. Em nota divulgada nesta quarta-feira (24), a construtora disse que fez uma apuração interna e que confirmou que seu engenheiro Frederico Barbosa atuou na propriedade rural em atendimento a um pedido de um superior hierárquico da empresa. Segundo a empreiteira, Barbosa "realizou acompanhamento técnico de obras" e "apoiou a mobilização de pessoas envolvidas na execução dos serviços, que foram remuneradas pelo responsável pela obra". Procurada pela reportagem, a Odebrecht não informou o nome do responsável pela obra nem de quem teria feito o pedido a Barbosa. De acordo com a companhia, Barbosa trabalhou na obra da segunda quinzena de dezembro de 2010 a meados de janeiro de 2011. O engenheiro ficou conhecido nacionalmente após coordenar a construção do estádio de futebol do Corinthians em Itaquera, na zona leste da capital. Com a manifestação desta quarta, a construtora mudou sua versão sobre o sítio. No fim de janeiro, a Odebrecht havia afirmado à Folha não ter identificado "relação da empresa com a obra". Em depoimento prestado a procuradores da Lava Jato na segunda-feira (22), Barbosa também mudou versão dada à reportagem de que havia trabalhado nas férias, gratuitamente, para ajudar a um amigo. No testemunho do início da semana, ele admitiu ter atuado a pedido de um chefe da Odebrecht. A empreiteira ressalvou, porém, que não "custeou de qualquer modo insumos ou materiais utilizados" e nem foi remunerada pelos serviços prestados no imóvel. Esse posicionamento diverge das afirmações feitas à Folha por Patrícia Fabiana Melo Nunes, ex-dona da loja de materiais de construção de Atibaia que forneceu produtos para as obras no sítio. Segundo Nunes, a Odebrecht bancou parte das obras, que consumiram cerca de R$ 500 mil só em materiais. Os produtos foram pagos com dinheiro em espécie por um homem que carregava os valores em envelopes dentro de uma mala, de acordo com Nunes. Após a publicação das entrevistas no fim de janeiro, a força-tarefa da operação Lava Jato passou a investigar a ligação da Odebrecht com os trabalhos no sítio. O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, está preso sob acusação de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Os procuradores suspeitam que Lula seja o real dono do imóvel rural, que tem 173 mil metros quadrados, o equivalente a 24 campos de futebol. A propriedade está registrada em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho, que são sócios do filho mais velho de Lula, Fábio Luís. OUTRO LADO Por meio de sua assessoria, Lula diz que a família dele frequenta o sítio de seus amigos em finais de semana, e tal fato não guarda relação com qualquer tipo de crime. O criminalista Alberto Zacharias Toron, defensor de Fernando Bittar, nega que seu cliente seja "laranja" de Lula na propriedade rural. "No Ministério Público Federal e no momento certo juntaremos os documentos que comprovam a origem do dinheiro e a propriedade do sítio, afastando ilações indevidas", afirma o defensor. Ary Bergher, advogado de Jonas Suassuna, afirma que prestará esclarecimentos somente às autoridades, em respeito ao segredo de justiça decretado nas investigações.
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Produto da empresa de Jessica Alba possui químico que ela prometia evitar
Para bater de frente com gigantes do setor de materiais de limpeza nos EUA, a start-up Honest Company decidiu apelar ao politicamente correto para crescer. Para convencer clientes e investidores, a empresa afirma que utiliza menos produtos químicos que concorrentes e, por isso, seus produtos seriam mais seguros e ecológicos. Com essa estratégia, a start-up, que tem como uma das fundadoras a atriz Jessica Alba, chegou a ser avaliada em US$ 1,7 bilhão. Segundo a Honest, os produtos oferecidos não continham Lauril Sulfato de Sódio (SLS, em inglês), agente químico que pode irritar a pele. Testes de dois laboratórios encomendados pelo jornal 'The Wall Street Journal', contudo, determinaram que produtos da Honest continham, sim, SLS. A pesquisa mostrou, por exemplo, que os produtos da Honest continham a mesma quantidade do químico que o concorrente da P&G. A Honest, porém, negou que seus produtos contenham SLS e informou que seus parceiros de fabricação dão garantias de que os produtos são fabricados sem o químico. O SLS é amplamente utilizado por ser barato e criar uma farta espuma enquanto limpa. Suas consequências maléficas ao corpo humanos ainda vem sendo discutidas. A Honest se mostrou aberta a mudar o posicionamento da empresa. Tanto que outro co-fundador da start-up, Christopher Gavigan, afirmou que a empresa irá alterar seus rótulos e descrições, se assim for necessário. Mesmo com o duro golpe na estratégia ecologicamente correta ainda não é possível mensurar o tamanho do prejuízo. A start-up já arrecadou mais de US$ 200 milhões em rodadas de investimentos e comercializa cerca de 100 produtos. A empresa também conseguiu desenvolver um público fiel entre jovens mães que utilizam fraldas e optam por fazer compras online.
mercado
Produto da empresa de Jessica Alba possui químico que ela prometia evitarPara bater de frente com gigantes do setor de materiais de limpeza nos EUA, a start-up Honest Company decidiu apelar ao politicamente correto para crescer. Para convencer clientes e investidores, a empresa afirma que utiliza menos produtos químicos que concorrentes e, por isso, seus produtos seriam mais seguros e ecológicos. Com essa estratégia, a start-up, que tem como uma das fundadoras a atriz Jessica Alba, chegou a ser avaliada em US$ 1,7 bilhão. Segundo a Honest, os produtos oferecidos não continham Lauril Sulfato de Sódio (SLS, em inglês), agente químico que pode irritar a pele. Testes de dois laboratórios encomendados pelo jornal 'The Wall Street Journal', contudo, determinaram que produtos da Honest continham, sim, SLS. A pesquisa mostrou, por exemplo, que os produtos da Honest continham a mesma quantidade do químico que o concorrente da P&G. A Honest, porém, negou que seus produtos contenham SLS e informou que seus parceiros de fabricação dão garantias de que os produtos são fabricados sem o químico. O SLS é amplamente utilizado por ser barato e criar uma farta espuma enquanto limpa. Suas consequências maléficas ao corpo humanos ainda vem sendo discutidas. A Honest se mostrou aberta a mudar o posicionamento da empresa. Tanto que outro co-fundador da start-up, Christopher Gavigan, afirmou que a empresa irá alterar seus rótulos e descrições, se assim for necessário. Mesmo com o duro golpe na estratégia ecologicamente correta ainda não é possível mensurar o tamanho do prejuízo. A start-up já arrecadou mais de US$ 200 milhões em rodadas de investimentos e comercializa cerca de 100 produtos. A empresa também conseguiu desenvolver um público fiel entre jovens mães que utilizam fraldas e optam por fazer compras online.
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No Palmeiras, técnico Marcelo Oliveira tenta superar sina em copas
Nesta quarta-feira (19), o Palmeiras recebe o Cruzeiro no Allianz Parque para o primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil. E o técnico do clube paulista, que há poucos meses treinava o adversário, tem uma motivação especial no torneio. Alçado à condição de novo "rei" dos pontos corridos após a conquista de dois títulos consecutivos do Brasileiro (2013 e 2014) com o Cruzeiro, Marcelo Oliveira bateu na trave algumas vezes, mas nunca conquistou um título de âmbito nacional ou internacional no formato mata-mata. O mais longe que ele chegou foi nos títulos estaduais por Coritiba e Cruzeiro. À frente do Coritiba entre 2011 e 2012, Oliveira chegou duas vezes à final da Copa do Brasil, mas saiu derrotado. Em 2011, perdeu pelo critério dos gols marcados fora de casa: foi derrotado por 1 a 0 do Vasco em São Januário e venceu por 3 a 2 no Couto Pereira. No ano seguinte, seu algoz foi seu atual clube. No ano em que viria a ser rebaixado, o Palmeiras, sob o comando de Felipão, contou com as cobranças de falta de Marcos Assunção como sua principal arma, venceu por 2 a 0 na Arena Barueri, empatou em Curitiba e tirou de Oliveira a chance de comemorar sua primeira copa. No Cruzeiro, o treinador perdeu o emprego por uma queda, na Libertadores. Cobiçado por diversos clubes brasileiros, foi demitido do time mineiro após uma eliminação inesperada da competição sul-americana de 2015. Nas quartas de final, após vencer por 1 a 0 o jogo de ida na Argentina, o Cruzeiro perdeu para o River Plate por 3 a 0 no Mineirão. No ano anterior, o time foi eliminado na mesma etapa da competição pelo San Lorenzo. DESFALQUES E REFORÇOS Em sua missão de vencer a sina das copas, Oliveira não poderá contar com a ajuda de Alecsandro e Leandro Almeida. Os dois já jogaram por seus ex-clubes (Flamengo e Coritiba) em fases anteriores da Copa do Brasil. Com problemas físicos, Robinho e Victor Ramos também não foram relacionados. Em compensação, o meia Fellype Gabriel foi relacionado pela primeira vez e pode fazer sua estreia. O volante Daniel, da categoria de base, também foi chamado pela primeira vez. Barrios pode fazer sua primeira partida como titular. ESCALAÇÕES PALMEIRAS Prass; Lucas, V. Hugo, Jackson e Egídio; A. Girotto, Arouca e C. Xavier; R. Marques; Dudu e Barrios (L. Pereira) T.: Marcelo Oliveira CRUZEIRO Fábio; Mayke, P. André, Manoel e Mena; Willians, Henrique, Charles, Alisson e Marquinhos; Vinicius Araújo T.: Vanderlei Luxemburgo Estádio: Allianz Parque /Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (PE) /Horário: 22h /TV: Globo (para MG) e SporTV2
esporte
No Palmeiras, técnico Marcelo Oliveira tenta superar sina em copasNesta quarta-feira (19), o Palmeiras recebe o Cruzeiro no Allianz Parque para o primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil. E o técnico do clube paulista, que há poucos meses treinava o adversário, tem uma motivação especial no torneio. Alçado à condição de novo "rei" dos pontos corridos após a conquista de dois títulos consecutivos do Brasileiro (2013 e 2014) com o Cruzeiro, Marcelo Oliveira bateu na trave algumas vezes, mas nunca conquistou um título de âmbito nacional ou internacional no formato mata-mata. O mais longe que ele chegou foi nos títulos estaduais por Coritiba e Cruzeiro. À frente do Coritiba entre 2011 e 2012, Oliveira chegou duas vezes à final da Copa do Brasil, mas saiu derrotado. Em 2011, perdeu pelo critério dos gols marcados fora de casa: foi derrotado por 1 a 0 do Vasco em São Januário e venceu por 3 a 2 no Couto Pereira. No ano seguinte, seu algoz foi seu atual clube. No ano em que viria a ser rebaixado, o Palmeiras, sob o comando de Felipão, contou com as cobranças de falta de Marcos Assunção como sua principal arma, venceu por 2 a 0 na Arena Barueri, empatou em Curitiba e tirou de Oliveira a chance de comemorar sua primeira copa. No Cruzeiro, o treinador perdeu o emprego por uma queda, na Libertadores. Cobiçado por diversos clubes brasileiros, foi demitido do time mineiro após uma eliminação inesperada da competição sul-americana de 2015. Nas quartas de final, após vencer por 1 a 0 o jogo de ida na Argentina, o Cruzeiro perdeu para o River Plate por 3 a 0 no Mineirão. No ano anterior, o time foi eliminado na mesma etapa da competição pelo San Lorenzo. DESFALQUES E REFORÇOS Em sua missão de vencer a sina das copas, Oliveira não poderá contar com a ajuda de Alecsandro e Leandro Almeida. Os dois já jogaram por seus ex-clubes (Flamengo e Coritiba) em fases anteriores da Copa do Brasil. Com problemas físicos, Robinho e Victor Ramos também não foram relacionados. Em compensação, o meia Fellype Gabriel foi relacionado pela primeira vez e pode fazer sua estreia. O volante Daniel, da categoria de base, também foi chamado pela primeira vez. Barrios pode fazer sua primeira partida como titular. ESCALAÇÕES PALMEIRAS Prass; Lucas, V. Hugo, Jackson e Egídio; A. Girotto, Arouca e C. Xavier; R. Marques; Dudu e Barrios (L. Pereira) T.: Marcelo Oliveira CRUZEIRO Fábio; Mayke, P. André, Manoel e Mena; Willians, Henrique, Charles, Alisson e Marquinhos; Vinicius Araújo T.: Vanderlei Luxemburgo Estádio: Allianz Parque /Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (PE) /Horário: 22h /TV: Globo (para MG) e SporTV2
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Delegado diz que juiz deve decidir sobre prisão de cantor Rafael Ilha
O cantor Rafael Ilha –ex-vocalista do grupo Polegar– foi autuado nesta segunda-feira (25) por integrantes da 4ª DIVECAR (Divisão de Investigações sobre Furtos, Roubos e Receptações de Veículos e Cargas). Rafael passou a noite na sede do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), na zona norte de São Paulo. Em entrevista por telefone, o delegado responsável pelo caso, Dr. João Renato Weselowski, informou que o cantor deve comparecer a uma audiência nesta terça (26) para descobrir como será o andamento do caso. De acordo com Weselowski, os policiais checaram as placas do carro utilizado por Rafael Ilha, cuja documentação está no nome dele, e descobriram que existia um mandado de prisão no regime semiaberto expedido pela Vara de Execuções Penais. Com o documento em mãos, os agentes o prenderam, com o objetivo de fazê-lo prestar esclarecimentos. "O mandado apontava que havia pena restritiva de direito e ele não teria comunicado uma mudança de endereço, entre outros problemas", explicou o delegado, antes de completar: "Em virtude disto, Rafael passará a noite na cadeia e se apresentará em juízo na manhã desta terça". O caso tem relação com a prisão em flagrante do ex-Polegar por tentativa de sequestro na região central de São Paulo, em 2008. Ele teria tentado levar, à força, a dona de casa Karina de Souza Costa, na época com 28 anos, para sua clínica de reabilitação de dependentes químicos em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Dois funcionários do local, que estavam junto com o cantor, também foram detidos. Mais cedo, o artista publicou uma foto em frente do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele fazia a cobertura do estado de saúde dos apresentadores Luciano Huck e Angélica, que sofreram um acidente aéreo, para o programa "A Tarde é Sua", exibido na RedeTV!.
cotidiano
Delegado diz que juiz deve decidir sobre prisão de cantor Rafael IlhaO cantor Rafael Ilha –ex-vocalista do grupo Polegar– foi autuado nesta segunda-feira (25) por integrantes da 4ª DIVECAR (Divisão de Investigações sobre Furtos, Roubos e Receptações de Veículos e Cargas). Rafael passou a noite na sede do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), na zona norte de São Paulo. Em entrevista por telefone, o delegado responsável pelo caso, Dr. João Renato Weselowski, informou que o cantor deve comparecer a uma audiência nesta terça (26) para descobrir como será o andamento do caso. De acordo com Weselowski, os policiais checaram as placas do carro utilizado por Rafael Ilha, cuja documentação está no nome dele, e descobriram que existia um mandado de prisão no regime semiaberto expedido pela Vara de Execuções Penais. Com o documento em mãos, os agentes o prenderam, com o objetivo de fazê-lo prestar esclarecimentos. "O mandado apontava que havia pena restritiva de direito e ele não teria comunicado uma mudança de endereço, entre outros problemas", explicou o delegado, antes de completar: "Em virtude disto, Rafael passará a noite na cadeia e se apresentará em juízo na manhã desta terça". O caso tem relação com a prisão em flagrante do ex-Polegar por tentativa de sequestro na região central de São Paulo, em 2008. Ele teria tentado levar, à força, a dona de casa Karina de Souza Costa, na época com 28 anos, para sua clínica de reabilitação de dependentes químicos em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Dois funcionários do local, que estavam junto com o cantor, também foram detidos. Mais cedo, o artista publicou uma foto em frente do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele fazia a cobertura do estado de saúde dos apresentadores Luciano Huck e Angélica, que sofreram um acidente aéreo, para o programa "A Tarde é Sua", exibido na RedeTV!.
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Ajuste fiscal trava programas prioritários do governo federal
No esforço de reduzir os gastos públicos e cumprir a meta fiscal do ano, o governo federal tem congelado repasses a programas prioritários e suspendido o pagamento de obras e subsídios. Ao mesmo tempo, despesas obrigatórias, que reúnem gastos com pessoal, Previdência e benefícios sociais e respondem pela maior fatia do orçamento, continuam a crescer. Um dos exemplos mais ruidosos do ajuste de despesas ocorreu no Fies, programa de financiamento ao ensino superior. Neste semestre, o número de contratos novos autorizados, 252 mil, foi pouco mais da metade do liberado no mesmo período de 2014. A justificativa é que os recursos disponíveis para os novos financiamentos, R$ 2,5 bilhões, esgotaram-se. Ainda não há previsão se haverá uma segunda edição do programa no segundo semestre –em anos anteriores, o sistema para acesso ao Fies federal permanecia aberto ao longo de todo o período. Sem um corte definido no orçamento original, o MEC também adiou por duas vezes o início das aulas do Pronatec, programa para qualificação técnica e profissional e uma das principais vitrines da presidente Dilma Rousseff na educação. MINHA CASA O programa de financiamento habitacional Minha Casa, Minha Vida é outro afetado. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o setor tem hoje cerca de R$ 1,2 bilhão a receber do governo por projetos do programa. Parte desse total está atrasada em até 45 dias, segundo a entidade. O Ministério das Cidades argumenta que os desembolsos, na casa dos R$ 5,5 bilhões no ano, são semelhantes aos do ano passado. Já o Planejamento admite atrasos e diz que tem trabalhado para reduzir o prazo dos repasses. Além dos problemas de fluxo de caixa, as empresas dizem sofrer também com a dificuldade de planejamento diante da indefinição orçamentária para o ano. FUTURO INCERTO "Não sabemos como será o futuro porque não sabemos se existirão novas contratações", afirmou o presidente da câmara de construção, José Carlos Martins. Segundo ele, as construtoras estão em compasso de espera pela edição do decreto que vai determinar o bloqueio orçamentário para o ano e definir o volume total de recursos que os ministérios terão até dezembro. O corte, que deve ser anunciado em duas semanas, terá de ser suficiente para viabilizar o cumprimento da meta de poupar R$ 66,3 bilhões no ano. No primeiro trimestre, período sazonalmente favorável ao caixa dos governos, a economia acumulada pelo setor público foi de R$ 19 bilhões, pior resultado em seis anos. DEFESA O Ministério da Defesa sofreu uma das maiores reduções em gastos administrativos e investimentos da Esplanada nos primeiros três meses do ano –as despesas caíram à metade na comparação com 2014. A Embraer tem reclamado publicamente de atrasos em repasses do governo neste ano para o desenvolvimento de projetos conjuntos para jatos militares. Procurado pela reportagem, o ministério não quis comentar. Empreiteiras também têm apontado atrasos de meses nos pagamentos de obras públicas tocadas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). A dívida estimada pela Aneor (Associação Nacional de Empreiteiras de Obras Públicas) é de R$ 1,8 bilhão. ECONOMIA POUCA Apesar dos cortes generalizados em programas federais, as despesas totais no primeiro trimestre ficaram apenas 0,8% abaixo das realizadas no mesmo período do ano passado. A queda nos gastos é contida pelo crescimento das despesas que não podem ser bloqueadas, principalmente as previdenciárias. O pagamento do seguro-desemprego apresentou pequeno recuo depois que o governo endureceu regras de acesso ao benefício. No total, o governo contava com uma economia de R$ 11 bilhões neste ano com as mudanças no seguro-desemprego, pensão por morte e outros benefícios sociais, mas alterações introduzidas nos projetos pelo Congresso já diminuíram essa redução potencial.
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Ajuste fiscal trava programas prioritários do governo federalNo esforço de reduzir os gastos públicos e cumprir a meta fiscal do ano, o governo federal tem congelado repasses a programas prioritários e suspendido o pagamento de obras e subsídios. Ao mesmo tempo, despesas obrigatórias, que reúnem gastos com pessoal, Previdência e benefícios sociais e respondem pela maior fatia do orçamento, continuam a crescer. Um dos exemplos mais ruidosos do ajuste de despesas ocorreu no Fies, programa de financiamento ao ensino superior. Neste semestre, o número de contratos novos autorizados, 252 mil, foi pouco mais da metade do liberado no mesmo período de 2014. A justificativa é que os recursos disponíveis para os novos financiamentos, R$ 2,5 bilhões, esgotaram-se. Ainda não há previsão se haverá uma segunda edição do programa no segundo semestre –em anos anteriores, o sistema para acesso ao Fies federal permanecia aberto ao longo de todo o período. Sem um corte definido no orçamento original, o MEC também adiou por duas vezes o início das aulas do Pronatec, programa para qualificação técnica e profissional e uma das principais vitrines da presidente Dilma Rousseff na educação. MINHA CASA O programa de financiamento habitacional Minha Casa, Minha Vida é outro afetado. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o setor tem hoje cerca de R$ 1,2 bilhão a receber do governo por projetos do programa. Parte desse total está atrasada em até 45 dias, segundo a entidade. O Ministério das Cidades argumenta que os desembolsos, na casa dos R$ 5,5 bilhões no ano, são semelhantes aos do ano passado. Já o Planejamento admite atrasos e diz que tem trabalhado para reduzir o prazo dos repasses. Além dos problemas de fluxo de caixa, as empresas dizem sofrer também com a dificuldade de planejamento diante da indefinição orçamentária para o ano. FUTURO INCERTO "Não sabemos como será o futuro porque não sabemos se existirão novas contratações", afirmou o presidente da câmara de construção, José Carlos Martins. Segundo ele, as construtoras estão em compasso de espera pela edição do decreto que vai determinar o bloqueio orçamentário para o ano e definir o volume total de recursos que os ministérios terão até dezembro. O corte, que deve ser anunciado em duas semanas, terá de ser suficiente para viabilizar o cumprimento da meta de poupar R$ 66,3 bilhões no ano. No primeiro trimestre, período sazonalmente favorável ao caixa dos governos, a economia acumulada pelo setor público foi de R$ 19 bilhões, pior resultado em seis anos. DEFESA O Ministério da Defesa sofreu uma das maiores reduções em gastos administrativos e investimentos da Esplanada nos primeiros três meses do ano –as despesas caíram à metade na comparação com 2014. A Embraer tem reclamado publicamente de atrasos em repasses do governo neste ano para o desenvolvimento de projetos conjuntos para jatos militares. Procurado pela reportagem, o ministério não quis comentar. Empreiteiras também têm apontado atrasos de meses nos pagamentos de obras públicas tocadas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). A dívida estimada pela Aneor (Associação Nacional de Empreiteiras de Obras Públicas) é de R$ 1,8 bilhão. ECONOMIA POUCA Apesar dos cortes generalizados em programas federais, as despesas totais no primeiro trimestre ficaram apenas 0,8% abaixo das realizadas no mesmo período do ano passado. A queda nos gastos é contida pelo crescimento das despesas que não podem ser bloqueadas, principalmente as previdenciárias. O pagamento do seguro-desemprego apresentou pequeno recuo depois que o governo endureceu regras de acesso ao benefício. No total, o governo contava com uma economia de R$ 11 bilhões neste ano com as mudanças no seguro-desemprego, pensão por morte e outros benefícios sociais, mas alterações introduzidas nos projetos pelo Congresso já diminuíram essa redução potencial.
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Quênia dissolve comitê olímpico após atletas dormirem em favela do Rio
ALFREDO MERGULHÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO O governo do Quênia dissolveu nesta quinta-feira (25) o comitê olímpico do país devido aos problemas que a equipe de competidores enfrentou na Olimpíada do Rio. O último deles foi a hospedagem do time atletismo em uma favela após o grupo ter saído da Vila Olímpica. O Comitê Organizador dos Jogos informou que o último dia permitido para os atletas permanecerem na Vila foi 24 de agosto. Os imóveis serão preparados para a Paraolimpíada. Em uma rede social, o maratonista Wesley Korir afirmou que os atletas ficaram sem ter para onde ir assim que deixaram a vila. A razão, segundo o maratonista, é que o Comitê Olímpico do Quênia optou por um voo mais barato, apenas nesta quinta (25). Ele reclamou por ter ficado em um lugar onde era possível ouvir barulho de tiros disparados durante a noite. "Nunca senti tanta felicidade ao deixar um lugar, depois de uma noite de drama e tiroteios eu não posso esperar para ver minha família", escreveu Korir já no aeroporto do Galeão, pouco antes de embarcar para Nairóbi. Korir publicou fotos e vídeos na rede social. As imagens mostram um morro ao fundo, com casas de tijolo sem pintura, semelhantes às encontradas em favelas do Rio, além de carros abandonados. "Inacreditável onde a equipe queniana vai passar a noite hoje, depois que a Vila Olímpica está fechada! A melhor equipe na África e a segundo melhor em todo o mundo no atletismo e é assim que eles nos tratam. Eles procuraram um voo barato", afirmou Korir em rede social. O problema com a hospedagem dos atletas foi o estopim para a dissolução do Comitê Olímpico do Quênia. Segundo o "New York Times", o ministro dos esportes do Quênia, Hassan Wario, afirmou em um comunicado que a má gestão com os atletas e toda equipe queniana "vão desde o alojamento e contratempos na viagem, mau uso das credenciais dos participantes e kits esportivos que nunca fora entregues aos atletas". As alegações "representam uma imensa ameaça que irá afetar negativamente a estabilidade e a reputação dos Jogos Olímpicos neste país", disse o Wario, segundo o NYT. Durante a Olimpíada, um treinador queniano foi mandado para casa pela própria delegação após tentar se passar por um atleta do país em exame antidoping. A Folha entrou em contato com o comitê queniano, mas ainda não obteve retorno. Ao jornal americano, o comitê afirmou que o governo não tem poder para dissolvê-lo e que vai recorrer à Justiça. A entidade afirma que somente o Comitê Olímpico Internacional teria autoridade para destituí-los. A delegação olímpica do Quênia ganhou ao todo 13 medalhas nos Jogos, todas elas no atletismo, inclusive seis de ouro. Korir não completou a maratona no Rio. O vencedor da prova foi seu compatriota, Eliud Kipchoge, que deixou o Brasil antes dos demais atletas, segundo a BBC.
esporte
Quênia dissolve comitê olímpico após atletas dormirem em favela do Rio ALFREDO MERGULHÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO O governo do Quênia dissolveu nesta quinta-feira (25) o comitê olímpico do país devido aos problemas que a equipe de competidores enfrentou na Olimpíada do Rio. O último deles foi a hospedagem do time atletismo em uma favela após o grupo ter saído da Vila Olímpica. O Comitê Organizador dos Jogos informou que o último dia permitido para os atletas permanecerem na Vila foi 24 de agosto. Os imóveis serão preparados para a Paraolimpíada. Em uma rede social, o maratonista Wesley Korir afirmou que os atletas ficaram sem ter para onde ir assim que deixaram a vila. A razão, segundo o maratonista, é que o Comitê Olímpico do Quênia optou por um voo mais barato, apenas nesta quinta (25). Ele reclamou por ter ficado em um lugar onde era possível ouvir barulho de tiros disparados durante a noite. "Nunca senti tanta felicidade ao deixar um lugar, depois de uma noite de drama e tiroteios eu não posso esperar para ver minha família", escreveu Korir já no aeroporto do Galeão, pouco antes de embarcar para Nairóbi. Korir publicou fotos e vídeos na rede social. As imagens mostram um morro ao fundo, com casas de tijolo sem pintura, semelhantes às encontradas em favelas do Rio, além de carros abandonados. "Inacreditável onde a equipe queniana vai passar a noite hoje, depois que a Vila Olímpica está fechada! A melhor equipe na África e a segundo melhor em todo o mundo no atletismo e é assim que eles nos tratam. Eles procuraram um voo barato", afirmou Korir em rede social. O problema com a hospedagem dos atletas foi o estopim para a dissolução do Comitê Olímpico do Quênia. Segundo o "New York Times", o ministro dos esportes do Quênia, Hassan Wario, afirmou em um comunicado que a má gestão com os atletas e toda equipe queniana "vão desde o alojamento e contratempos na viagem, mau uso das credenciais dos participantes e kits esportivos que nunca fora entregues aos atletas". As alegações "representam uma imensa ameaça que irá afetar negativamente a estabilidade e a reputação dos Jogos Olímpicos neste país", disse o Wario, segundo o NYT. Durante a Olimpíada, um treinador queniano foi mandado para casa pela própria delegação após tentar se passar por um atleta do país em exame antidoping. A Folha entrou em contato com o comitê queniano, mas ainda não obteve retorno. Ao jornal americano, o comitê afirmou que o governo não tem poder para dissolvê-lo e que vai recorrer à Justiça. A entidade afirma que somente o Comitê Olímpico Internacional teria autoridade para destituí-los. A delegação olímpica do Quênia ganhou ao todo 13 medalhas nos Jogos, todas elas no atletismo, inclusive seis de ouro. Korir não completou a maratona no Rio. O vencedor da prova foi seu compatriota, Eliud Kipchoge, que deixou o Brasil antes dos demais atletas, segundo a BBC.
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Tite diz que não levaria parente para jogo decisivo em São Januário
A preocupação dos corintianos com a partida diante do Vasco, em São Januário, nesta quinta-feira (19), não se resume apenas aos torcedores. O técnico Tite, que já havia declarado ser justo a equipe carioca poder mandar a partida em seu estádio, afirmou nesta quarta que não levaria um parente para acompanhar a partida decisiva no campo vascaíno. "Sinto em responder isso. Não falo com nenhuma satisfação, mas tenho a opinião que temos muita a melhorar em educação. Parece que no esporte vale tudo, parece que no esporte se justifica a violência fora, a rivalidade e o desrespeito, a falta de fair play, a cusparada... Eu não levaria", disse. Na partida contra o Atlético-MG, no dia 1º de novembro, Tite foi alvo de cuspes dos torcedores da equipe mineira. A segurança em São Januário virou assunto recorrente desde que a CBF confirmou o local da partida. Um vídeo que circula na internet mostra um torcedor vascaíno ameaçando os corintianos que forem ao Rio de Janeiro para acompanhar o duelo. Por um código interno, as torcidas organizadas do Corinthians não permitirão que mulheres e crianças viajem nos 35 ônibus que sairão de São Paulo nesta quinta.
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Tite diz que não levaria parente para jogo decisivo em São JanuárioA preocupação dos corintianos com a partida diante do Vasco, em São Januário, nesta quinta-feira (19), não se resume apenas aos torcedores. O técnico Tite, que já havia declarado ser justo a equipe carioca poder mandar a partida em seu estádio, afirmou nesta quarta que não levaria um parente para acompanhar a partida decisiva no campo vascaíno. "Sinto em responder isso. Não falo com nenhuma satisfação, mas tenho a opinião que temos muita a melhorar em educação. Parece que no esporte vale tudo, parece que no esporte se justifica a violência fora, a rivalidade e o desrespeito, a falta de fair play, a cusparada... Eu não levaria", disse. Na partida contra o Atlético-MG, no dia 1º de novembro, Tite foi alvo de cuspes dos torcedores da equipe mineira. A segurança em São Januário virou assunto recorrente desde que a CBF confirmou o local da partida. Um vídeo que circula na internet mostra um torcedor vascaíno ameaçando os corintianos que forem ao Rio de Janeiro para acompanhar o duelo. Por um código interno, as torcidas organizadas do Corinthians não permitirão que mulheres e crianças viajem nos 35 ônibus que sairão de São Paulo nesta quinta.
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Melhor rodovia do Brasil tem pedágio muito alto, reclama sindicato
Nem só de elogios vive a rodovia mais bem avaliada do país. A principal queixa tem origem no bolso: as tarifas de pedágio. A Bandeirantes tem cinco pontos de cobrança, com preços que variam de R$ 5,30 a R$ 8. Paga-se nos dois sentidos da rodovia. "É a melhor do país e muito bem conservada, mas também é muito cara. O motorista 'deixa' o caminhão na estrada, de tantos pedágios que paga", disse Manoel Sousa Lima Junior, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e região. Para Bruno Batista, diretor-executivo da CNT, o preço do pedágio se deve ao tipo de concessão feita nos anos 1990. "Os índices de reajuste eram maiores do que os que foram praticados na década passada ou início desta", afirma. "Aquele risco que assumimos de entrar num negócio para 20, 30 anos é diferente do atual. Não dá para comparar as condições [dos leilões daquela época com as atuais]", diz Mauricio Vasconcellos, diretor-presidente da AutoBan. Ele cita dados de uma pesquisa realizada em 2014, que mostrou que 83% dos transportadores, 92% dos motoristas e 87% dos formadores de opinião disseram que "valeu a pena" pagar pedágio para trafegar na via. Se por um lado o motorista gasta mais com pedágio, por outro ele tem mais segurança e economiza na manutenção do veículo, diz. O resultado são menos ocorrências. O índice de acidentes no sistema Anhanguera-Brandeirantes foi de 0,97 em 2014 e o de mortos, de 1,71. Na malha rodoviária da primeira etapa do programa de concessões paulistas, os índices são de 1 e 2,4, respectivamente. Há três anos, a Bandeirantes é considerada a melhor rodovia do país, segundo a CNT. Entre os motivos que a levaram ao posto estão a qualidade da pista, a ausência de curvas perigosas e pontes e viadutos com acostamentos e defensas. Mas, segundo Lima Junior, a preocupação dos motoristas cresce em relação à lentidão no tráfego e ao maior risco de roubo de cargas. Quanto a esses pontos, no entanto, a concessionária tem pouco a fazer. Em uma região densamente povoada, é inevitável que ocorra congestionamentos, diz Batista, da CNT. Em relação à segurança, a AutoBan contribui com o monitoramento por câmeras. No centro de operações, há sempre um policial militar de plantão. Colaborou TATIANA FREITAS
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Melhor rodovia do Brasil tem pedágio muito alto, reclama sindicatoNem só de elogios vive a rodovia mais bem avaliada do país. A principal queixa tem origem no bolso: as tarifas de pedágio. A Bandeirantes tem cinco pontos de cobrança, com preços que variam de R$ 5,30 a R$ 8. Paga-se nos dois sentidos da rodovia. "É a melhor do país e muito bem conservada, mas também é muito cara. O motorista 'deixa' o caminhão na estrada, de tantos pedágios que paga", disse Manoel Sousa Lima Junior, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e região. Para Bruno Batista, diretor-executivo da CNT, o preço do pedágio se deve ao tipo de concessão feita nos anos 1990. "Os índices de reajuste eram maiores do que os que foram praticados na década passada ou início desta", afirma. "Aquele risco que assumimos de entrar num negócio para 20, 30 anos é diferente do atual. Não dá para comparar as condições [dos leilões daquela época com as atuais]", diz Mauricio Vasconcellos, diretor-presidente da AutoBan. Ele cita dados de uma pesquisa realizada em 2014, que mostrou que 83% dos transportadores, 92% dos motoristas e 87% dos formadores de opinião disseram que "valeu a pena" pagar pedágio para trafegar na via. Se por um lado o motorista gasta mais com pedágio, por outro ele tem mais segurança e economiza na manutenção do veículo, diz. O resultado são menos ocorrências. O índice de acidentes no sistema Anhanguera-Brandeirantes foi de 0,97 em 2014 e o de mortos, de 1,71. Na malha rodoviária da primeira etapa do programa de concessões paulistas, os índices são de 1 e 2,4, respectivamente. Há três anos, a Bandeirantes é considerada a melhor rodovia do país, segundo a CNT. Entre os motivos que a levaram ao posto estão a qualidade da pista, a ausência de curvas perigosas e pontes e viadutos com acostamentos e defensas. Mas, segundo Lima Junior, a preocupação dos motoristas cresce em relação à lentidão no tráfego e ao maior risco de roubo de cargas. Quanto a esses pontos, no entanto, a concessionária tem pouco a fazer. Em uma região densamente povoada, é inevitável que ocorra congestionamentos, diz Batista, da CNT. Em relação à segurança, a AutoBan contribui com o monitoramento por câmeras. No centro de operações, há sempre um policial militar de plantão. Colaborou TATIANA FREITAS
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Com balão e acrobacias, espetáculo une futebol e circo em São Paulo
Futebol e circo podem dar jogo? A Companhia Base apresenta a partir da próxima semana o espetáculo "Futebol Voador", que mistura o esporte a números circenses. A montagem, que acontece ao ar livre, conta a viagem de Charles Miller à Inglaterra, onde descobre o futebol e tem a ideia de levá-lo ao Brasil. Para isso, a companhia usa números de dança, circo, equilíbrio, embaixadinhas e até um balão em forma de bola de futebol, que voa a 20 metros de altura. As apresentações acontecem no Sesc Campo Limpo, nos dias 28 e 29 de março e também em 4 e 5 de abril. PARA CONFERIR Futebol Voador QUANDO 28 e 29/3; sábado, às 19h, e domingo, às 15h 4 e 5/4; sábado, às 19h30, e domingo, às 19h ONDE Sesc Campo Limpo - r. Nossa Senhora do Bom Conselho, 120; tel. (11) 5510-2700 QUANTO grátis
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Com balão e acrobacias, espetáculo une futebol e circo em São PauloFutebol e circo podem dar jogo? A Companhia Base apresenta a partir da próxima semana o espetáculo "Futebol Voador", que mistura o esporte a números circenses. A montagem, que acontece ao ar livre, conta a viagem de Charles Miller à Inglaterra, onde descobre o futebol e tem a ideia de levá-lo ao Brasil. Para isso, a companhia usa números de dança, circo, equilíbrio, embaixadinhas e até um balão em forma de bola de futebol, que voa a 20 metros de altura. As apresentações acontecem no Sesc Campo Limpo, nos dias 28 e 29 de março e também em 4 e 5 de abril. PARA CONFERIR Futebol Voador QUANDO 28 e 29/3; sábado, às 19h, e domingo, às 15h 4 e 5/4; sábado, às 19h30, e domingo, às 19h ONDE Sesc Campo Limpo - r. Nossa Senhora do Bom Conselho, 120; tel. (11) 5510-2700 QUANTO grátis
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Corte dos EUA suspende andamento de ação coletiva contra a Petrobras
A Petrobras informou nesta terça-feira (2) que a Corte Federal de Apelações do Segundo Circuito, dos Estados Unidos, determinou a suspensão da ação coletiva e das ações individuais por perdas relacionadas à Operação Lava Jato. A decisão responde a recurso da companhia, que questiona as definições de classe de acionistas determinadas pelo juiz de primeira instância, Jed Rakoff. Os investidores pedem ressarcimento pela perda de valor das ações após a descoberta do esquema de corrupção na estatal. Rakoff decidiu que investidores que compraram ações da Petrobras entre julho de 2010 e janeiro de 2015, além daqueles que negociaram títulos da dívida da empresa em 2014 e 2015 poderiam se juntar à ação contra a empresa. A definição das classes de acionistas definirá o tamanho da indenização, caso a empresa perca a ação nos Estados Unidos. Os processos nos EUA são vistos por analistas como um obstáculo ao trabalho da estatal para sair da crise financeira, já que uma eventual derrota pode custar bilhões de dólares. Em sua defesa, a Petrobras vem alegando que também foi vítima do esquema de corrupção. Com a decisão desta terça, está suspenso o julgamento do processo na primeira instância, inicialmente agendado para o dia 19 de setembro, até que a Corte Federal de Apelações decida sobre o recurso relacionado às classes. "A decisão fortalece os argumentos de defesa da Petrobras", disse, por meio de nota, a gerente executiva do departamento jurídico da Petrobras, Taísa Maciel. "Sobre o mérito da ação, é importante deixar claro que a Petrobras foi vítima de um cartel, o que já é reconhecido pelas autoridades brasileiras que conduzem a Operação Lava-Jato", defendeu a executiva.
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Corte dos EUA suspende andamento de ação coletiva contra a PetrobrasA Petrobras informou nesta terça-feira (2) que a Corte Federal de Apelações do Segundo Circuito, dos Estados Unidos, determinou a suspensão da ação coletiva e das ações individuais por perdas relacionadas à Operação Lava Jato. A decisão responde a recurso da companhia, que questiona as definições de classe de acionistas determinadas pelo juiz de primeira instância, Jed Rakoff. Os investidores pedem ressarcimento pela perda de valor das ações após a descoberta do esquema de corrupção na estatal. Rakoff decidiu que investidores que compraram ações da Petrobras entre julho de 2010 e janeiro de 2015, além daqueles que negociaram títulos da dívida da empresa em 2014 e 2015 poderiam se juntar à ação contra a empresa. A definição das classes de acionistas definirá o tamanho da indenização, caso a empresa perca a ação nos Estados Unidos. Os processos nos EUA são vistos por analistas como um obstáculo ao trabalho da estatal para sair da crise financeira, já que uma eventual derrota pode custar bilhões de dólares. Em sua defesa, a Petrobras vem alegando que também foi vítima do esquema de corrupção. Com a decisão desta terça, está suspenso o julgamento do processo na primeira instância, inicialmente agendado para o dia 19 de setembro, até que a Corte Federal de Apelações decida sobre o recurso relacionado às classes. "A decisão fortalece os argumentos de defesa da Petrobras", disse, por meio de nota, a gerente executiva do departamento jurídico da Petrobras, Taísa Maciel. "Sobre o mérito da ação, é importante deixar claro que a Petrobras foi vítima de um cartel, o que já é reconhecido pelas autoridades brasileiras que conduzem a Operação Lava-Jato", defendeu a executiva.
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Silêncio
Na última semana estive em Lima, no Peru, honrado pelo convite de Mario Vargas Llosa –Prêmio Nobel de literatura e presidente da Fundação Internacional para a Liberdade– para discutir a realidade latino-americana. No amplo debate sobre os desafios da região, onde temas como corrupção e intolerância política ocuparam muitas das conversas paralelas, uma questão se impôs. A preocupação dos participantes com os rumos de governos que limitam as liberdades de opinião e de imprensa e que usam a violência contra opositores e contra manifestações legítimas da população, como ocorre, em especial, na Venezuela. Foi importante ouvir os relatos das esposas dos líderes oposicionistas venezuelanos sobre a violação de direitos humanos pelo governo daquele país. Mitzy Ledezma, mulher do prefeito de Caracas, Antônio Ledezma, preso em fevereiro, e Lílian López, mulher do ativista Leopoldo López, preso há mais de um ano, deram um tom de emoção e de urgência ao encontro em busca por solidariedade dos democratas de outros países. Anoto aqui a dura cobrança feita por Mario Vargas Llosa pelo engajamento dos governos dos países latino-americanos em defesa da democracia na região e da liberdade dos ativistas presos. Como bem disse Lílian, trata-se de uma luta moral por direitos que estão sendo violados constantemente. Nesse campo temos cometido uma grave omissão, tomados por um silêncio obsequioso e uma estranha solidariedade política. No que diz respeito ao Brasil é preciso reconhecer que continua inexistindo uma política externa eficiente do ponto de vista comercial e corajosa no campo político, capaz de fazer valer nossas posições. A natural liderança do nosso país no continente se apequenou. A defesa de valores humanitários universais cedeu lugar à conveniência de aliados alinhados ideologicamente. É sempre danoso quando governos priorizam o discurso, a propaganda e projetos de poder. Quem paga a fatura é a população. Em especial, os mais pobres, aqueles em cujo nome alguns governos dizem agir para tentarem se colocar acima do bem e do mal. O seminário em Lima teve o sentido político de revelar que, diante da cúmplice inércia desses governos, lideranças de diversos países estão se mobilizando em defesa das liberdades e dos valores democráticos. Esse, inclusive, é o significado do convite feito pelo ex-primeiro ministro espanhol Felipe González e aceito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para participar da banca de defesa de Leopoldo López. Gestos como esses simbolizam a nossa intocada crença na liberdade, na democracia e na Justiça. Que buscamos para nós e desejamos para todos os povos.
colunas
SilêncioNa última semana estive em Lima, no Peru, honrado pelo convite de Mario Vargas Llosa –Prêmio Nobel de literatura e presidente da Fundação Internacional para a Liberdade– para discutir a realidade latino-americana. No amplo debate sobre os desafios da região, onde temas como corrupção e intolerância política ocuparam muitas das conversas paralelas, uma questão se impôs. A preocupação dos participantes com os rumos de governos que limitam as liberdades de opinião e de imprensa e que usam a violência contra opositores e contra manifestações legítimas da população, como ocorre, em especial, na Venezuela. Foi importante ouvir os relatos das esposas dos líderes oposicionistas venezuelanos sobre a violação de direitos humanos pelo governo daquele país. Mitzy Ledezma, mulher do prefeito de Caracas, Antônio Ledezma, preso em fevereiro, e Lílian López, mulher do ativista Leopoldo López, preso há mais de um ano, deram um tom de emoção e de urgência ao encontro em busca por solidariedade dos democratas de outros países. Anoto aqui a dura cobrança feita por Mario Vargas Llosa pelo engajamento dos governos dos países latino-americanos em defesa da democracia na região e da liberdade dos ativistas presos. Como bem disse Lílian, trata-se de uma luta moral por direitos que estão sendo violados constantemente. Nesse campo temos cometido uma grave omissão, tomados por um silêncio obsequioso e uma estranha solidariedade política. No que diz respeito ao Brasil é preciso reconhecer que continua inexistindo uma política externa eficiente do ponto de vista comercial e corajosa no campo político, capaz de fazer valer nossas posições. A natural liderança do nosso país no continente se apequenou. A defesa de valores humanitários universais cedeu lugar à conveniência de aliados alinhados ideologicamente. É sempre danoso quando governos priorizam o discurso, a propaganda e projetos de poder. Quem paga a fatura é a população. Em especial, os mais pobres, aqueles em cujo nome alguns governos dizem agir para tentarem se colocar acima do bem e do mal. O seminário em Lima teve o sentido político de revelar que, diante da cúmplice inércia desses governos, lideranças de diversos países estão se mobilizando em defesa das liberdades e dos valores democráticos. Esse, inclusive, é o significado do convite feito pelo ex-primeiro ministro espanhol Felipe González e aceito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para participar da banca de defesa de Leopoldo López. Gestos como esses simbolizam a nossa intocada crença na liberdade, na democracia e na Justiça. Que buscamos para nós e desejamos para todos os povos.
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BC vai retomar intervenção no câmbio após dólar bater em R$ 3,20
O Banco Central voltará a intervir no câmbio nesta sexta-feira (1º), depois de ficar mais de 40 dias fora do mercado. A instituição anunciou que fará um leilão de "swap" cambial reverso às 9h30, no valor de US$ 500 milhões (10.000 contratos). Esse instrumento equivale à compra de moeda no mercado futuro, ou seja, contribui para elevar a demanda pelo dólar e, consequentemente, a conter sua queda. Desde 18 de maio a instituição não intervém no câmbio. Na época, a taxa estava em R$ 3,53. Nesta sexta, fechou em R$ 3,2098 pela taxa média apurada pelo BC (Ptax). Na terça-feira (28), o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, reafirmou que o câmbio é flutuante e que autoridade monetária poderia utilizar todas as ferramentas cambiais de que dispõe, sempre com parcimônia. Afirmou ainda que o plano do BC era encontrar uma janela de oportunidade para reduzir o estoque de swap cambial em ritmo compatível com o funcionamento do mercado, "quando e se for possível". O estoque de swaps está hoje em US$ 62,1 bilhões. Na prática, é como se o BC tivesse injetado moeda estrangeira no mercado nesse valor. Quando o BC negocia o swap reverso, está na prática recomprando esses dólares e o estoque nas mãos do mercado é reduzido.
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BC vai retomar intervenção no câmbio após dólar bater em R$ 3,20O Banco Central voltará a intervir no câmbio nesta sexta-feira (1º), depois de ficar mais de 40 dias fora do mercado. A instituição anunciou que fará um leilão de "swap" cambial reverso às 9h30, no valor de US$ 500 milhões (10.000 contratos). Esse instrumento equivale à compra de moeda no mercado futuro, ou seja, contribui para elevar a demanda pelo dólar e, consequentemente, a conter sua queda. Desde 18 de maio a instituição não intervém no câmbio. Na época, a taxa estava em R$ 3,53. Nesta sexta, fechou em R$ 3,2098 pela taxa média apurada pelo BC (Ptax). Na terça-feira (28), o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, reafirmou que o câmbio é flutuante e que autoridade monetária poderia utilizar todas as ferramentas cambiais de que dispõe, sempre com parcimônia. Afirmou ainda que o plano do BC era encontrar uma janela de oportunidade para reduzir o estoque de swap cambial em ritmo compatível com o funcionamento do mercado, "quando e se for possível". O estoque de swaps está hoje em US$ 62,1 bilhões. Na prática, é como se o BC tivesse injetado moeda estrangeira no mercado nesse valor. Quando o BC negocia o swap reverso, está na prática recomprando esses dólares e o estoque nas mãos do mercado é reduzido.
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Chance de Lula ser preso em Curitiba é remota, dizem especialistas
Quais as chances de Sergio Moro decretar a prisão preventiva de Lula na quarta-feira (10), quando os dois se encontrarem cara a cara pela primeira vez, em depoimento do ex-presidente à Justiça Federal? Na teoria é possível, na prática, um tanto improvável, segundo especialistas consultados pela Folha. A possibilidade, contudo, inflama grupos pró e anti-Lula, que planejam marchar até a 13ª Vara Federal de Curitiba, onde o juiz atua. À esquerda, paira a ideia de que Moro prepara uma "ratoeira" para encarcerar o petista. É o que diz o site da Causa Operária, que convoca a miltância a "ocupar Curitiba com cem mil guarda-costas contra a prisão de Lula". Há expectativa também à direita. A página de Facebook "Lula no Xadrez" publicou um cartaz que simula erros de português na fala do ex-presidente: "Lulladrão, cadê você? A República de Curitiba te aguarda ansiosa!!! Seja di pé, rastejando que nem jararaca ou de bicicreta, não tem pobrema... Vem logo, querido!". A eventual detenção de Lula –em outro dia– não é descartada pelo professor de processo penal da USP Gustavo Badaró. "Pelos padrões do Moro, por menos ele já prendeu outras pessoas. Em interrogatório, Léo Pinheiro [sócio da OAS] disse que Lula o aconselhou a destruir provas [e, 2014], uma hipótese clássica para a prisão preventiva." Para Badaró, contudo, esse argumento é inadequado. Mesmo se provada a versão do delator, "seria um perigo que já se realizou, a prova já foi destruída, e a prisão não impediria isso". O suposto pedido para liquidar evidências no passado, portanto, pode pesar contra ele no processo criminal –mas não embasar um confinamento antecipado. Só uma tentativa recente de obstruir a Justiça justificaria aprisionar um réu não condenado, diz. E alegar que Lula possa reincidir e pedir nova destruição de provas "seria pura elucubração". Um juiz também pode decretar detenção provisória se vir risco de fuga ou ameaça à ordem pública. "Não acredito que essas condições existam em relação a Lula", diz o professor da FGV-Rio Ivar Hartmann. Para ele, este último critério "é vago e permite abusos nas prisões". "Seria como afirmar que o crime pelo qual o réu é acusado é muito grave e, se ficar solto, isso irá comover negativamente a comunidade." Já aconteceu de um juiz mandar prender alguém que voluntariamente apareceu para depor (nunca na Lava Jato). Mas "seria uma estranha e infeliz coincidência" se isso ocorresse na quarta, diz Fernando Castelo Branco, um dos coordenadores do Instituto de Direito Público de São Paulo. "Soaria muito mais como armadilha, um motivador para simpatizantes de Lula se revoltarem, do que um ato justificado por elementos que respaldam a prisão preventiva." Por Lula ser quem é, Moro pode ter um zelo que nem sempre dispensa a outros réus, segundo Castelo Branco. "Claro que ajuda esta condição populista, gera contrafogo com Judiciário. Lula é quase santificado em muitos rincões." Se Moro tivesse provas sólidas para prendê-lo, já o teria feito. "Não é aquele amontoado de setas que pode justificar uma prisão", diz, em referência à famosa apresentação no Power Point preparada pelo coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que colocava Lula no centro do esquema. Em vídeo publicado no Facebook, o próprio Moro desencoraja a ida de simpatizantes a Curitiba. Diz que "nada de diferente ou anormal" acontecerá no dia. "É uma oportunidade que o sr. ex-presidente vai ter para se defender, é um ato normal do processo."
poder
Chance de Lula ser preso em Curitiba é remota, dizem especialistasQuais as chances de Sergio Moro decretar a prisão preventiva de Lula na quarta-feira (10), quando os dois se encontrarem cara a cara pela primeira vez, em depoimento do ex-presidente à Justiça Federal? Na teoria é possível, na prática, um tanto improvável, segundo especialistas consultados pela Folha. A possibilidade, contudo, inflama grupos pró e anti-Lula, que planejam marchar até a 13ª Vara Federal de Curitiba, onde o juiz atua. À esquerda, paira a ideia de que Moro prepara uma "ratoeira" para encarcerar o petista. É o que diz o site da Causa Operária, que convoca a miltância a "ocupar Curitiba com cem mil guarda-costas contra a prisão de Lula". Há expectativa também à direita. A página de Facebook "Lula no Xadrez" publicou um cartaz que simula erros de português na fala do ex-presidente: "Lulladrão, cadê você? A República de Curitiba te aguarda ansiosa!!! Seja di pé, rastejando que nem jararaca ou de bicicreta, não tem pobrema... Vem logo, querido!". A eventual detenção de Lula –em outro dia– não é descartada pelo professor de processo penal da USP Gustavo Badaró. "Pelos padrões do Moro, por menos ele já prendeu outras pessoas. Em interrogatório, Léo Pinheiro [sócio da OAS] disse que Lula o aconselhou a destruir provas [e, 2014], uma hipótese clássica para a prisão preventiva." Para Badaró, contudo, esse argumento é inadequado. Mesmo se provada a versão do delator, "seria um perigo que já se realizou, a prova já foi destruída, e a prisão não impediria isso". O suposto pedido para liquidar evidências no passado, portanto, pode pesar contra ele no processo criminal –mas não embasar um confinamento antecipado. Só uma tentativa recente de obstruir a Justiça justificaria aprisionar um réu não condenado, diz. E alegar que Lula possa reincidir e pedir nova destruição de provas "seria pura elucubração". Um juiz também pode decretar detenção provisória se vir risco de fuga ou ameaça à ordem pública. "Não acredito que essas condições existam em relação a Lula", diz o professor da FGV-Rio Ivar Hartmann. Para ele, este último critério "é vago e permite abusos nas prisões". "Seria como afirmar que o crime pelo qual o réu é acusado é muito grave e, se ficar solto, isso irá comover negativamente a comunidade." Já aconteceu de um juiz mandar prender alguém que voluntariamente apareceu para depor (nunca na Lava Jato). Mas "seria uma estranha e infeliz coincidência" se isso ocorresse na quarta, diz Fernando Castelo Branco, um dos coordenadores do Instituto de Direito Público de São Paulo. "Soaria muito mais como armadilha, um motivador para simpatizantes de Lula se revoltarem, do que um ato justificado por elementos que respaldam a prisão preventiva." Por Lula ser quem é, Moro pode ter um zelo que nem sempre dispensa a outros réus, segundo Castelo Branco. "Claro que ajuda esta condição populista, gera contrafogo com Judiciário. Lula é quase santificado em muitos rincões." Se Moro tivesse provas sólidas para prendê-lo, já o teria feito. "Não é aquele amontoado de setas que pode justificar uma prisão", diz, em referência à famosa apresentação no Power Point preparada pelo coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que colocava Lula no centro do esquema. Em vídeo publicado no Facebook, o próprio Moro desencoraja a ida de simpatizantes a Curitiba. Diz que "nada de diferente ou anormal" acontecerá no dia. "É uma oportunidade que o sr. ex-presidente vai ter para se defender, é um ato normal do processo."
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Festival Popload Gig anuncia show do canadense Caribou para edição 2017
O festival Popload anunciou para a próxima edição do Popload Gig —um "esquenta para o festival" que acontece no dia 22 de março—, um show de Caribou, nome artístico do canadense Daniel Victor Snaith, expoente da música experimental. Snaith, que também é doutor em matemática, tem cinco álbuns no currículo e atingiu sucesso com "Swim" (2010), aliando à sua produção eletrônica uma certa psicodelia. Em 2014, teve outro sucesso, a música "Can't Do Without You". Também saiu em turnê com a banda Radiohead. Ouça no deezer Além de Caribou, está confirmada para o festival a banda paulistana Aldo The Band, que faz uma mistura dançante de guitarras, sintetizadores e batidas eletrônicas. * POPLOAD GIG QUANDO 22 de março, a partir das 20h (abertura da casa) ONDE Tropical Butantã, av. Valdemar Ferreira, 93, São Paulo QUANTO R$ 240 (pista, inteira) a R$ 370 (pista premium, inteira), pelo www.ticketload.com ou no ponto de venda oficial (sem taxa de conveniência), na loja Japonique (r. Girassol, 175, Vila Madalena, São Paulo) CLASSIFICAÇÃO 18 anos
ilustrada
Festival Popload Gig anuncia show do canadense Caribou para edição 2017O festival Popload anunciou para a próxima edição do Popload Gig —um "esquenta para o festival" que acontece no dia 22 de março—, um show de Caribou, nome artístico do canadense Daniel Victor Snaith, expoente da música experimental. Snaith, que também é doutor em matemática, tem cinco álbuns no currículo e atingiu sucesso com "Swim" (2010), aliando à sua produção eletrônica uma certa psicodelia. Em 2014, teve outro sucesso, a música "Can't Do Without You". Também saiu em turnê com a banda Radiohead. Ouça no deezer Além de Caribou, está confirmada para o festival a banda paulistana Aldo The Band, que faz uma mistura dançante de guitarras, sintetizadores e batidas eletrônicas. * POPLOAD GIG QUANDO 22 de março, a partir das 20h (abertura da casa) ONDE Tropical Butantã, av. Valdemar Ferreira, 93, São Paulo QUANTO R$ 240 (pista, inteira) a R$ 370 (pista premium, inteira), pelo www.ticketload.com ou no ponto de venda oficial (sem taxa de conveniência), na loja Japonique (r. Girassol, 175, Vila Madalena, São Paulo) CLASSIFICAÇÃO 18 anos
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Mais Imposto de Renda
BRASÍLIA - Entre as propostas da bancada petista para aumentar as receitas públicas encontram-se o fetiche esquerdista pelo Imposto sobre Grandes Fortunas, o exotismo tropical da CPMF e ao menos uma ideia que merece um exame mais detido: o aumento do Imposto de Renda das pessoas físicas. Não resta dúvida de que a carga brasileira de impostos, taxas e contribuições sociais seja excessiva para um país emergente. Mas, mesmo que se demonstre possível consertar o Orçamento apenas com o corte de gastos, há argumentos razoáveis para substituir parte da arrecadação hoje existente por mais IR. Trata-se, em tese, do imposto que permite a distribuição mais justa da conta para os contribuintes –quanto maior a faixa de renda, maior a alíquota. Além disso, sua cobrança proporciona mais transparência que a dos tributos escondidos nos preços de mercadorias e serviços. É verdade que as virtudes do IR progressivo já tiveram prestígio maior. Até a década de 1970, não eram incomuns, no mundo desenvolvido, taxações de 70% a 90% nas faixas mais altas. No Brasil, chegava-se aos 60% no final da ditadura militar e início da redemocratização. De lá para cá, passou a predominar o entendimento de que tais percentuais elevavam em demasia a complexidade da cobrança, estimulavam a sonegação e desincentivavam o sucesso individual. No entanto, elevar a alíquota máxima brasileira dos atuais 27,5% para 35% ou (como querem os deputados petistas) 40% não seria um despropósito na comparação com a prática atual nas economias de renda média. Pode-se, inclusive, eliminar a faixa de isenção, inexistente em vários países. Com todos pagando, mesmo que uma quantia simbólica, há maior entendimento sobre o custo do governo e, potencialmente, maior cobrança por serviços melhores. O PT, jogando para a torcida, defende aumentar o número de isentos. gustavo.patu@grupofolha.com.br
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Mais Imposto de RendaBRASÍLIA - Entre as propostas da bancada petista para aumentar as receitas públicas encontram-se o fetiche esquerdista pelo Imposto sobre Grandes Fortunas, o exotismo tropical da CPMF e ao menos uma ideia que merece um exame mais detido: o aumento do Imposto de Renda das pessoas físicas. Não resta dúvida de que a carga brasileira de impostos, taxas e contribuições sociais seja excessiva para um país emergente. Mas, mesmo que se demonstre possível consertar o Orçamento apenas com o corte de gastos, há argumentos razoáveis para substituir parte da arrecadação hoje existente por mais IR. Trata-se, em tese, do imposto que permite a distribuição mais justa da conta para os contribuintes –quanto maior a faixa de renda, maior a alíquota. Além disso, sua cobrança proporciona mais transparência que a dos tributos escondidos nos preços de mercadorias e serviços. É verdade que as virtudes do IR progressivo já tiveram prestígio maior. Até a década de 1970, não eram incomuns, no mundo desenvolvido, taxações de 70% a 90% nas faixas mais altas. No Brasil, chegava-se aos 60% no final da ditadura militar e início da redemocratização. De lá para cá, passou a predominar o entendimento de que tais percentuais elevavam em demasia a complexidade da cobrança, estimulavam a sonegação e desincentivavam o sucesso individual. No entanto, elevar a alíquota máxima brasileira dos atuais 27,5% para 35% ou (como querem os deputados petistas) 40% não seria um despropósito na comparação com a prática atual nas economias de renda média. Pode-se, inclusive, eliminar a faixa de isenção, inexistente em vários países. Com todos pagando, mesmo que uma quantia simbólica, há maior entendimento sobre o custo do governo e, potencialmente, maior cobrança por serviços melhores. O PT, jogando para a torcida, defende aumentar o número de isentos. gustavo.patu@grupofolha.com.br
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Beach Park, no Ceará, prepara novas atrações para celebrar 30 anos
Uma das principais atrações turísticas do Ceará (foram 1,7 milhão de visitantes no ano passado), o complexo Beach Park prepara novas atrações para celebrar seus 30 anos de fundação. Em novembro, o lugar ganha duas atrações, que serão apresentadas nesta quinta-feira (20), em Fortaleza –o parque está localizado em Aquiraz, a 15 km da capital. A maior delas é um novo tobogã –o último a ser inaugurado no parque aquático, o Arrepius, começou a funcionar em julho de 2013. Batizado de Vaikuntudo, o brinquedo é criação de uma empresa canadense e será o maior do mundo em sua categoria (chamada de Tornado), tanto na altura quanto na metragem do percurso. O tobogã parte de uma altura de 25 metros (algo próximo a um prédio de oito andares). De lá, em boias para quatro pessoas, os visitantes percorrem 240 metros. No ponto mais radical, as boias entram em um túnel aberto, em forma de funil, no qual sobem e descem ao menos três vezes, até cair novamente no tobogã, escorregar por mais curvas e acabar a descida em uma piscina. Ao todo, a aventura deve durar pouco menos de 30 segundos –as boias viajam a cerca de 40 km/h. VIDA NOTURNA Outra atração que deve abrir as portas em novembro vai ocupar um espaço considerado hoje subutilizado. Um trecho que vai da entrada do parque à bilheteria será convertido em uma espécie de centro de convivência aberto também à noite –para hóspedes dos quatro resorts do complexo e para passantes. Além de lojas de produtos do parque (uma delas terá a fachada inspirada nas garrafinhas preenchidas com areia colorida, tradicional suvenir praiano), estão previstos um restaurante e uma mercearia, sob administração do complexo, e uma sorveteria Diletto. No futuro, outros empreendimentos, não necessariamente ligados ao Beach Park, devem abrir no espaço. O aniversário de 30 anos da marca também inclui a ampliação da Turma do Parque, personagens voltados para as crianças (famílias respondem pela maioria dos visitantes). Agora, os animais são protagonistas de curtas animados no canal do parque no YouTube.
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Beach Park, no Ceará, prepara novas atrações para celebrar 30 anosUma das principais atrações turísticas do Ceará (foram 1,7 milhão de visitantes no ano passado), o complexo Beach Park prepara novas atrações para celebrar seus 30 anos de fundação. Em novembro, o lugar ganha duas atrações, que serão apresentadas nesta quinta-feira (20), em Fortaleza –o parque está localizado em Aquiraz, a 15 km da capital. A maior delas é um novo tobogã –o último a ser inaugurado no parque aquático, o Arrepius, começou a funcionar em julho de 2013. Batizado de Vaikuntudo, o brinquedo é criação de uma empresa canadense e será o maior do mundo em sua categoria (chamada de Tornado), tanto na altura quanto na metragem do percurso. O tobogã parte de uma altura de 25 metros (algo próximo a um prédio de oito andares). De lá, em boias para quatro pessoas, os visitantes percorrem 240 metros. No ponto mais radical, as boias entram em um túnel aberto, em forma de funil, no qual sobem e descem ao menos três vezes, até cair novamente no tobogã, escorregar por mais curvas e acabar a descida em uma piscina. Ao todo, a aventura deve durar pouco menos de 30 segundos –as boias viajam a cerca de 40 km/h. VIDA NOTURNA Outra atração que deve abrir as portas em novembro vai ocupar um espaço considerado hoje subutilizado. Um trecho que vai da entrada do parque à bilheteria será convertido em uma espécie de centro de convivência aberto também à noite –para hóspedes dos quatro resorts do complexo e para passantes. Além de lojas de produtos do parque (uma delas terá a fachada inspirada nas garrafinhas preenchidas com areia colorida, tradicional suvenir praiano), estão previstos um restaurante e uma mercearia, sob administração do complexo, e uma sorveteria Diletto. No futuro, outros empreendimentos, não necessariamente ligados ao Beach Park, devem abrir no espaço. O aniversário de 30 anos da marca também inclui a ampliação da Turma do Parque, personagens voltados para as crianças (famílias respondem pela maioria dos visitantes). Agora, os animais são protagonistas de curtas animados no canal do parque no YouTube.
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Irmão de Bento 16 diz que não sabia de abusos sexuais na igreja que dirigiu
O reverendo Georg Ratzinger, irmão mais velho do papa emérito Bento 16, declarou em entrevista no domingo (10) que não tinha conhecimento de que meninos pequenos haviam sofrido abuso sexual no coral de uma igreja alemã conhecida internacionalmente que ele dirigiu por 30 anos. "Não fui informado de maneira alguma sobre abusos sexuais", disse Ratzinger, 91, ao "Passauer Neue Presse", um jornal regional bávaro. "Não estava ciente de que quaisquer abusos sexuais estivessem acontecendo naquela época". Informações sobre abusos físicos e sexuais no coral, o Regensburger Domspatzen, da Baviera, começaram a surgir em 2010 como parte de uma onda nacional de revelações que vinculava dirigentes da Igreja Católica alemã a maus tratos contra crianças. Mas um relatório interno da Igreja identificou apenas 72 casos de abuso na diocese de Regensburg, a maioria dos quais envolvendo punição corporal severa. Na semana passada, Ulrich Weber, o advogado encarregado pelo coral de estudar as acusações de espancamento, tortura e abuso sexual, apresentou suas constatações iniciais, baseadas em mais de 140 entrevistas, metade das quais com vítimas, e no exame dos arquivos. Weber estimou que entre 1953 e 1992, um terço dos estudantes da escola a que o coral está vinculado sofreu abusos físicos de alguma espécie. Ele disse que os maus tratos em instituições vinculadas ao Domspatzen incluíam pelo menos 40 casos de violência sexual. Se forem verdadeiras, as constatações voltam a suscitar questões sobre o conhecimento pelo Papa Bento 16 de abusos ocorridos no coral dirigido por seu irmão. O Papa emérito lecionou teologia em Regensburg entre 1969 e 1976. Durante sua passagem como pontífice, Bento 16 definiu o problema dos abusos sexuais praticados por clérigos como "um pecado dentro da Igreja", e se reuniu com grupos de vítimas. Porém, jamais respondeu diretamente a perguntas sobre a maneira pela qual havia tratado questões de abuso sexual em seus postos precedentes, como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, e arcebispo de Munique em 1980, quando um padre pedófilo foi transferido à sua diocese para tratamento. Em entrevista ao "Passauer Neue Presse" em 2010, Georg Ratzinger pediu desculpas aos alunos que havia esbofeteado antes que punições corporais fossem proibidas na Baviera, em 1980. Mas vem sustentando firmemente que jamais foi informado de delitos sexuais enquanto dirigia o coral, entre 1964 e 1994. Na entrevista publicada domingo, ele reiterou essa posição. De acordo com Weber, os abusos sexuais variavam de "carícias a estupros". Dada a dimensão e a seriedade das acusações, disse Weber a jornalistas na sexta-feira (8), ele acredita que Georg Ratzinger deveria ter sabido do que estava acontecendo. O bispo de Regensburg, Rudolf Voderholzer, se recusou a comentar sobre as constatações de Weber, afirmando em comunicado que a Igreja desejava conversar com as vítimas e avaliar o relatório final, que deve ser concluído no ano que vem, antes de comentar. As vítimas criticaram a diocese por não ter tratado as acusações com seriedade. PROVIDÊNCIAS Abalados pela extensão dos casos de abuso que emergiram em 2010, a Igreja Católica e o governo da Alemanha estabeleceram uma linha para denúncia telefônica de casos de abuso, e para oferecer assistência profissional e judicial às vítimas. No ano passado, como resultado das acusações, o Legislativo alemão aprovou uma lei alongando o prazo de prescrição para os casos de abuso sexual, que agora vai de cinco a 30 anos, a depender da severidade do crime. Mas já que a maioria dos casos de abuso envolvendo o Domspatzen aconteceu antes de 1992, apenas alguns poucos deles devem ainda ser passíveis de processo. Isso torna a demanda das vítimas quanto a uma exposição completa dos passados abusos da Igreja ainda mais importante. Uma decisão da Igreja em 2013, de cancelar um estudo independente sobre o abuso de crianças por membros do clero, colocou em questão a credibilidade do compromisso da instituição para com a solução do problema. Roland Büchner, diretor do coral, recebeu positivamente as mais recentes constatações, como um passo importante na direção da transparência. "O número de vítimas apontado nesse relatório provisório nos horroriza, e gostaríamos de enfatizar que cada caso nos comove profundamente e nos deixa sem fala", disse Büchner. "Consequentemente, gostaríamos de aproveitar essa oportunidade para uma vez mais, com o mais profundo choque e vergonha, expressar nossas desculpas às vítimas no Domspatzen e instituições associadas". Büchner disse que uma comissão seria formada em fevereiro para discutir como lidar com relatório final. A comissão será formada por um representante das vítimas; dois mediadores; membros da fundação que mantém o coral; Michael Fuchs, o vigário geral; e o bispo. No domingo, as vozes dos meninos do coral ecoavam nas alturas da catedral gótica de Regensburg, em seu primeiro serviço matinal depois da parada natalina. A maior parte das pessoas presentes preferiu não comentar as revelações mais recentes. "Vejo como um sinal de que eles estão dispostos a enfrentar o problema", disse uma mulher que forneceu apenas seu prenome, Annette. "De muitas maneiras, é uma história antiga, mas também é algo que requer muito tempo para investigar devidamente". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Irmão de Bento 16 diz que não sabia de abusos sexuais na igreja que dirigiuO reverendo Georg Ratzinger, irmão mais velho do papa emérito Bento 16, declarou em entrevista no domingo (10) que não tinha conhecimento de que meninos pequenos haviam sofrido abuso sexual no coral de uma igreja alemã conhecida internacionalmente que ele dirigiu por 30 anos. "Não fui informado de maneira alguma sobre abusos sexuais", disse Ratzinger, 91, ao "Passauer Neue Presse", um jornal regional bávaro. "Não estava ciente de que quaisquer abusos sexuais estivessem acontecendo naquela época". Informações sobre abusos físicos e sexuais no coral, o Regensburger Domspatzen, da Baviera, começaram a surgir em 2010 como parte de uma onda nacional de revelações que vinculava dirigentes da Igreja Católica alemã a maus tratos contra crianças. Mas um relatório interno da Igreja identificou apenas 72 casos de abuso na diocese de Regensburg, a maioria dos quais envolvendo punição corporal severa. Na semana passada, Ulrich Weber, o advogado encarregado pelo coral de estudar as acusações de espancamento, tortura e abuso sexual, apresentou suas constatações iniciais, baseadas em mais de 140 entrevistas, metade das quais com vítimas, e no exame dos arquivos. Weber estimou que entre 1953 e 1992, um terço dos estudantes da escola a que o coral está vinculado sofreu abusos físicos de alguma espécie. Ele disse que os maus tratos em instituições vinculadas ao Domspatzen incluíam pelo menos 40 casos de violência sexual. Se forem verdadeiras, as constatações voltam a suscitar questões sobre o conhecimento pelo Papa Bento 16 de abusos ocorridos no coral dirigido por seu irmão. O Papa emérito lecionou teologia em Regensburg entre 1969 e 1976. Durante sua passagem como pontífice, Bento 16 definiu o problema dos abusos sexuais praticados por clérigos como "um pecado dentro da Igreja", e se reuniu com grupos de vítimas. Porém, jamais respondeu diretamente a perguntas sobre a maneira pela qual havia tratado questões de abuso sexual em seus postos precedentes, como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, e arcebispo de Munique em 1980, quando um padre pedófilo foi transferido à sua diocese para tratamento. Em entrevista ao "Passauer Neue Presse" em 2010, Georg Ratzinger pediu desculpas aos alunos que havia esbofeteado antes que punições corporais fossem proibidas na Baviera, em 1980. Mas vem sustentando firmemente que jamais foi informado de delitos sexuais enquanto dirigia o coral, entre 1964 e 1994. Na entrevista publicada domingo, ele reiterou essa posição. De acordo com Weber, os abusos sexuais variavam de "carícias a estupros". Dada a dimensão e a seriedade das acusações, disse Weber a jornalistas na sexta-feira (8), ele acredita que Georg Ratzinger deveria ter sabido do que estava acontecendo. O bispo de Regensburg, Rudolf Voderholzer, se recusou a comentar sobre as constatações de Weber, afirmando em comunicado que a Igreja desejava conversar com as vítimas e avaliar o relatório final, que deve ser concluído no ano que vem, antes de comentar. As vítimas criticaram a diocese por não ter tratado as acusações com seriedade. PROVIDÊNCIAS Abalados pela extensão dos casos de abuso que emergiram em 2010, a Igreja Católica e o governo da Alemanha estabeleceram uma linha para denúncia telefônica de casos de abuso, e para oferecer assistência profissional e judicial às vítimas. No ano passado, como resultado das acusações, o Legislativo alemão aprovou uma lei alongando o prazo de prescrição para os casos de abuso sexual, que agora vai de cinco a 30 anos, a depender da severidade do crime. Mas já que a maioria dos casos de abuso envolvendo o Domspatzen aconteceu antes de 1992, apenas alguns poucos deles devem ainda ser passíveis de processo. Isso torna a demanda das vítimas quanto a uma exposição completa dos passados abusos da Igreja ainda mais importante. Uma decisão da Igreja em 2013, de cancelar um estudo independente sobre o abuso de crianças por membros do clero, colocou em questão a credibilidade do compromisso da instituição para com a solução do problema. Roland Büchner, diretor do coral, recebeu positivamente as mais recentes constatações, como um passo importante na direção da transparência. "O número de vítimas apontado nesse relatório provisório nos horroriza, e gostaríamos de enfatizar que cada caso nos comove profundamente e nos deixa sem fala", disse Büchner. "Consequentemente, gostaríamos de aproveitar essa oportunidade para uma vez mais, com o mais profundo choque e vergonha, expressar nossas desculpas às vítimas no Domspatzen e instituições associadas". Büchner disse que uma comissão seria formada em fevereiro para discutir como lidar com relatório final. A comissão será formada por um representante das vítimas; dois mediadores; membros da fundação que mantém o coral; Michael Fuchs, o vigário geral; e o bispo. No domingo, as vozes dos meninos do coral ecoavam nas alturas da catedral gótica de Regensburg, em seu primeiro serviço matinal depois da parada natalina. A maior parte das pessoas presentes preferiu não comentar as revelações mais recentes. "Vejo como um sinal de que eles estão dispostos a enfrentar o problema", disse uma mulher que forneceu apenas seu prenome, Annette. "De muitas maneiras, é uma história antiga, mas também é algo que requer muito tempo para investigar devidamente". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Morre aos 83 o americano James Rosenquist, um dos pais da arte pop
Morreu nesta sexta (31), aos 83 anos, o artista americano James Rosenquist, conhecido como um dois pais da arte pop. Segundo o jornal "New York Times", o artista morreu em casa, após enfrentar uma longa doença. Contemporâneo de Andy Warhol e Roy Lichtenstein, recebeu diversos rótulos durante sua carreira: pintor de painéis de publicidade, artista abstrato e escultor. Nascido na cidade de Grand Forks, na Dakota do Norte, Rosenquist estudou arte na Universidade de Minnesota. Em meados dos anos 1950, se mudou para Nova York, onde ganharia notoriedade. Em sua autobiografia "Painting Below Zero: Notes on a Life in Art" (pintando abaixo de zero: notas sobre uma vida na arte), de 2009, o artista escreveu que nunca ligou muito para o termo arte pop. No livro, também diferenciou seu trabalho do de Andy Warhol e Roy Lichtenstein. "Nunca me preocupei com logos ou marcas ou estrelas de cinema, como Andy. Diferentemente de Roy, não estava interessado em simulações irônicas da mídia pop. Eu queria pintar obras misteriosas."
ilustrada
Morre aos 83 o americano James Rosenquist, um dos pais da arte popMorreu nesta sexta (31), aos 83 anos, o artista americano James Rosenquist, conhecido como um dois pais da arte pop. Segundo o jornal "New York Times", o artista morreu em casa, após enfrentar uma longa doença. Contemporâneo de Andy Warhol e Roy Lichtenstein, recebeu diversos rótulos durante sua carreira: pintor de painéis de publicidade, artista abstrato e escultor. Nascido na cidade de Grand Forks, na Dakota do Norte, Rosenquist estudou arte na Universidade de Minnesota. Em meados dos anos 1950, se mudou para Nova York, onde ganharia notoriedade. Em sua autobiografia "Painting Below Zero: Notes on a Life in Art" (pintando abaixo de zero: notas sobre uma vida na arte), de 2009, o artista escreveu que nunca ligou muito para o termo arte pop. No livro, também diferenciou seu trabalho do de Andy Warhol e Roy Lichtenstein. "Nunca me preocupei com logos ou marcas ou estrelas de cinema, como Andy. Diferentemente de Roy, não estava interessado em simulações irônicas da mídia pop. Eu queria pintar obras misteriosas."
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Filme perdido de Georges Méliès é encontrado na República Tcheca
"Match de Prestidigitation", filme dirigido pelo emblemático diretor francês Georges Méliès (1861-1958) em 1904 que se acreditava perdido, foi encontrado no Arquivo Nacional de Cinema (NFA) de Praga, na República Tcheca, anunciaram pesquisadores nesta terça (11). Segundo o jornal britânico "The Guardian", o curta de dois minutos de duração estava em uma lata cedida ao instituto por um doador anônimo e identificado erroneamente como outra obra. "A lata estava intitulada 'Les Transmutations Imperceptibles', nome de outro trabalho de Méliès, mas nosso especialista imediatamente percebeu se tratar de outro filme", afirmou a porta-voz do NFA, Jana Ulipova. O curta apresenta um mágico que se divide em dois e cujo duplo faz alguns truques antes de voltar a integrá-lo. Segundo Ulipova, o filme será exibido nos cinemas como parte do arquivo de obras de Méliès da instituição, que conta com 22 filmes do cineasta. Mágico de circo convertido em cineasta, Georges Méliès é celebrado pelos avanços técnicos e narrativos que promoveu em seus mais de 500 filmes produzidos entre 1896 e 1912, entre eles "Viagem à Lua".
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Filme perdido de Georges Méliès é encontrado na República Tcheca"Match de Prestidigitation", filme dirigido pelo emblemático diretor francês Georges Méliès (1861-1958) em 1904 que se acreditava perdido, foi encontrado no Arquivo Nacional de Cinema (NFA) de Praga, na República Tcheca, anunciaram pesquisadores nesta terça (11). Segundo o jornal britânico "The Guardian", o curta de dois minutos de duração estava em uma lata cedida ao instituto por um doador anônimo e identificado erroneamente como outra obra. "A lata estava intitulada 'Les Transmutations Imperceptibles', nome de outro trabalho de Méliès, mas nosso especialista imediatamente percebeu se tratar de outro filme", afirmou a porta-voz do NFA, Jana Ulipova. O curta apresenta um mágico que se divide em dois e cujo duplo faz alguns truques antes de voltar a integrá-lo. Segundo Ulipova, o filme será exibido nos cinemas como parte do arquivo de obras de Méliès da instituição, que conta com 22 filmes do cineasta. Mágico de circo convertido em cineasta, Georges Méliès é celebrado pelos avanços técnicos e narrativos que promoveu em seus mais de 500 filmes produzidos entre 1896 e 1912, entre eles "Viagem à Lua".
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Veículo explode enquanto é abastecido e mata mulher em São Gonçalo, no RJ
A explosão de um veículo que estava sendo abastecido com gás GNV em um posto de combustíveis em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, causou a morte de uma mulher e deixou outras três pessoas feridas na noite deste sábado (8). De acordo com testemunhas, a mulher que morreu estava dentro do veículo enquanto ele era abastecido. Os feridos estavam do lado de fora. Um deles seria o marido da vítima, que estava ao lado do carro e foi arremessado. Os feridos foram socorridos e levados para um hospital da região. O posto fica no bairro Colubandê, às margens da rodovia RJ-104. A explosão, ocorrida por volta das 21h, destruiu completamente o veículo. Nas redes sociais, moradores vizinhos ao posto contaram que as casas tremeram na hora do estouro. "A sorte é que o posto não estava muito cheio, por não ser horário comercial. Caso contrário, a tragédia seria ainda maior", afirmou uma testemunha. Não há informações sobre as causas da explosão. As identidades das vítimas não foram divulgadas.
cotidiano
Veículo explode enquanto é abastecido e mata mulher em São Gonçalo, no RJA explosão de um veículo que estava sendo abastecido com gás GNV em um posto de combustíveis em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, causou a morte de uma mulher e deixou outras três pessoas feridas na noite deste sábado (8). De acordo com testemunhas, a mulher que morreu estava dentro do veículo enquanto ele era abastecido. Os feridos estavam do lado de fora. Um deles seria o marido da vítima, que estava ao lado do carro e foi arremessado. Os feridos foram socorridos e levados para um hospital da região. O posto fica no bairro Colubandê, às margens da rodovia RJ-104. A explosão, ocorrida por volta das 21h, destruiu completamente o veículo. Nas redes sociais, moradores vizinhos ao posto contaram que as casas tremeram na hora do estouro. "A sorte é que o posto não estava muito cheio, por não ser horário comercial. Caso contrário, a tragédia seria ainda maior", afirmou uma testemunha. Não há informações sobre as causas da explosão. As identidades das vítimas não foram divulgadas.
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Secretaria da Segurança Pública critica editorial sobre omissão de dados
O editorial da Folha se perde nas brumas do mau jornalismo. O jornal parece acreditar que ao repetir reiteradas vezes uma inverdade esta se tornará digna de crença. Chega ao absurdo de confundir atos criminosos, como os homicídios praticados em Osasco e Barueri, com as mortes provocadas por policiais em folga -classificação aplicada apenas a ações legítimas de agentes de segurança pública fora de serviço. Diante da insistência, cabe repetir: o Estado de São Paulo publica mensalmente informações sobre letalidade policial, inclusive de policiais fora de serviço, no Diário Oficial, e tais informações estão consolidadas por trimestre no site da Secretaria de Segurança Pública. Se os jornalistas da Folha são incapazes de localizar, analisar e compreender tais dados, o problema é de outra natureza. MARCO NASCIMENTO, diretor de Comunicação Social da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (São Paulo, SP) * Quando se diz que o governo Alckmin é omisso, diz-se a verdade. É terrível você não poder ter confiança em quem deveria ser o nosso socorro. Porém a culpa não é só da polícia; se ela está assim é porque seus comandantes assim a fizeram. É culpa desse governo que acoberta, é negligente e manipula dados estatísticos. Omisso com segurança, omisso com educação. Enfim, mentiroso. Que podemos esperar se não há distinção entre o bem e o mal! Esse é o PSDB que nos manipula. MARIZA BACCI ZAGO (Atibaia, SP)
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Secretaria da Segurança Pública critica editorial sobre omissão de dadosO editorial da Folha se perde nas brumas do mau jornalismo. O jornal parece acreditar que ao repetir reiteradas vezes uma inverdade esta se tornará digna de crença. Chega ao absurdo de confundir atos criminosos, como os homicídios praticados em Osasco e Barueri, com as mortes provocadas por policiais em folga -classificação aplicada apenas a ações legítimas de agentes de segurança pública fora de serviço. Diante da insistência, cabe repetir: o Estado de São Paulo publica mensalmente informações sobre letalidade policial, inclusive de policiais fora de serviço, no Diário Oficial, e tais informações estão consolidadas por trimestre no site da Secretaria de Segurança Pública. Se os jornalistas da Folha são incapazes de localizar, analisar e compreender tais dados, o problema é de outra natureza. MARCO NASCIMENTO, diretor de Comunicação Social da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (São Paulo, SP) * Quando se diz que o governo Alckmin é omisso, diz-se a verdade. É terrível você não poder ter confiança em quem deveria ser o nosso socorro. Porém a culpa não é só da polícia; se ela está assim é porque seus comandantes assim a fizeram. É culpa desse governo que acoberta, é negligente e manipula dados estatísticos. Omisso com segurança, omisso com educação. Enfim, mentiroso. Que podemos esperar se não há distinção entre o bem e o mal! Esse é o PSDB que nos manipula. MARIZA BACCI ZAGO (Atibaia, SP)
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Câmara pode aprovar projeto contra quedas de sinal de TV a cabo
O projeto de lei que promete cobrar das operadoras de TV por assinatura as quedas de sinal avançou na Câmara dos Deputados e está a um passo de seguir para o Senado. Depois da aprovação do texto pela Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), o projeto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), que o analisará em caráter conclusivo. A partir disso, caso haja um recurso contrário ao projeto, ele segue para a votação no plenário da Câmara. Se não houver objeções, segue para o Senado que, ao aprová-lo, deve encaminhá-lo para a Presidência da República. O projeto (PL-3.919/2012) –de autoria do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) e do ex-deputado João Ananias (PCdoB-CE)– altera a lei 12.485, de 2011, que disciplina a aplicação de sanções às prestadoras dos serviços de televisão por assinatura. Até o momento, a legislação que prevê as punições às companhias é de 1997 e não detalha questões relacionadas à defesa do consumidor. A lei 9.472 deu início ao plano de desestatização do setor de telecomunicações do governo Fernando Henrique. A expectativa dos congressistas é de uma rápida tramitação na CCJ. "Como o texto já veio aprovado pela comissão de mérito de Ciência e Tecnologia, imagino que o trâmite seja rápido. Em um ou dois meses, deve ser encaminhado ao Senado", diz o deputado Aureo Lidio Ribeiro (SD-RJ), relator do projeto na CDC. O QUE MUDA Caso o projeto seja aprovado, a principal medida presente no texto obriga as operadoras a descontarem das faturas dos clientes o valor equivalente a interrupções que ultrapassem 30 minutos. O projeto de lei também estabelece que as companhias devem informar aos consumidores o tempo em que o sinal foi interrompido e o valor que não será cobrado, além de manterem o registro das quedas por 24 meses. No entanto, não garante o ressarcimento devido à suspensões programadas do sinal, como nos casos de manutenção. Nesse caso, as operadores deverão informar seus assinantes com três dias de antecedência e as interrupções não podem superar 12 horas por mês. Caso esses termos não sejam atendidos, as empresas poderão ser multadas e precisarão compensar financeiramente os consumidores. Direitos que o consumidor pensa que tem Em casos recorrentes de problemas que prejudiquem um número grande de consumidores, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) poderá suspender a comercialização do serviço e aplicar penalidades às companhias e seus administradores. As operadoras só não serão obrigadas a compensar seus assinantes por problemas causados pelos próprios consumidores, como alterações na rede de cabeamento interno das construções ou manipulação errada dos aparelhos decodificadores.
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Câmara pode aprovar projeto contra quedas de sinal de TV a caboO projeto de lei que promete cobrar das operadoras de TV por assinatura as quedas de sinal avançou na Câmara dos Deputados e está a um passo de seguir para o Senado. Depois da aprovação do texto pela Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), o projeto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), que o analisará em caráter conclusivo. A partir disso, caso haja um recurso contrário ao projeto, ele segue para a votação no plenário da Câmara. Se não houver objeções, segue para o Senado que, ao aprová-lo, deve encaminhá-lo para a Presidência da República. O projeto (PL-3.919/2012) –de autoria do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) e do ex-deputado João Ananias (PCdoB-CE)– altera a lei 12.485, de 2011, que disciplina a aplicação de sanções às prestadoras dos serviços de televisão por assinatura. Até o momento, a legislação que prevê as punições às companhias é de 1997 e não detalha questões relacionadas à defesa do consumidor. A lei 9.472 deu início ao plano de desestatização do setor de telecomunicações do governo Fernando Henrique. A expectativa dos congressistas é de uma rápida tramitação na CCJ. "Como o texto já veio aprovado pela comissão de mérito de Ciência e Tecnologia, imagino que o trâmite seja rápido. Em um ou dois meses, deve ser encaminhado ao Senado", diz o deputado Aureo Lidio Ribeiro (SD-RJ), relator do projeto na CDC. O QUE MUDA Caso o projeto seja aprovado, a principal medida presente no texto obriga as operadoras a descontarem das faturas dos clientes o valor equivalente a interrupções que ultrapassem 30 minutos. O projeto de lei também estabelece que as companhias devem informar aos consumidores o tempo em que o sinal foi interrompido e o valor que não será cobrado, além de manterem o registro das quedas por 24 meses. No entanto, não garante o ressarcimento devido à suspensões programadas do sinal, como nos casos de manutenção. Nesse caso, as operadores deverão informar seus assinantes com três dias de antecedência e as interrupções não podem superar 12 horas por mês. Caso esses termos não sejam atendidos, as empresas poderão ser multadas e precisarão compensar financeiramente os consumidores. Direitos que o consumidor pensa que tem Em casos recorrentes de problemas que prejudiquem um número grande de consumidores, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) poderá suspender a comercialização do serviço e aplicar penalidades às companhias e seus administradores. As operadoras só não serão obrigadas a compensar seus assinantes por problemas causados pelos próprios consumidores, como alterações na rede de cabeamento interno das construções ou manipulação errada dos aparelhos decodificadores.
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Blatter diz a jornal suíço que não renunciou à presidência da Fifa
Menos de um mês após renunciar ao cargo de presidente da Fifa, Joseph Blatter, 79, disse a um jornal suíço que não deixou o cargo de presidente da entidade. "Eu não renunciei, em vez disso, estou oferecendo meu mandato em um congresso extraordinário", disse Blatter, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (26) no jornal suíço Blick. O jornal disse que Blatter fez o comentário na quinta-feira, em sua primeira aparição pública desde a entrevista coletiva de 2 de junho, onde anunciou sua renúncia ao cargo de presidente da Fifa e convocou uma eleição para a escolha do novo líder, em meio ao escândalo de corrupção. Um porta-voz da Fifa disse por email: "Nós podemos confirmar que as declarações do Blick são precisas. Elas estão em linha com discurso do presidente em 2 de junho de 2015". No entanto, as palavras de Blatter parecem ser menos definitivas do que as de 2 de junho, quando afirmou: "Decidi entregar o meu mandato em um congresso eletivo extraordinário. Enquanto isso vou continuar a exercer minhas funções como presidente da Fifa até a eleição". Um ex-assessor de Blatter havia dito anteriormente que o presidente da Fifa poderia voltar atrás em sua promessa de se demitir do cargo.  Na época, a Fifa disse que Klaus Stoehlker, que era consultor de Blatter durante a campanha eleitoral deste ano à presidência da entidade, não estava mais trabalhando com ele. Blatter renunciou ao cargo em meio ao maior escândalo de corrupção do futebol mundial. Há um mês, sete cartolas da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos em Zurique a pedido das autoridades americanas sob acusação de corrupção. A renuncia aconteceu quatro dias após o cartola ser reeleito para um mandato que duraria até 2019.
esporte
Blatter diz a jornal suíço que não renunciou à presidência da FifaMenos de um mês após renunciar ao cargo de presidente da Fifa, Joseph Blatter, 79, disse a um jornal suíço que não deixou o cargo de presidente da entidade. "Eu não renunciei, em vez disso, estou oferecendo meu mandato em um congresso extraordinário", disse Blatter, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (26) no jornal suíço Blick. O jornal disse que Blatter fez o comentário na quinta-feira, em sua primeira aparição pública desde a entrevista coletiva de 2 de junho, onde anunciou sua renúncia ao cargo de presidente da Fifa e convocou uma eleição para a escolha do novo líder, em meio ao escândalo de corrupção. Um porta-voz da Fifa disse por email: "Nós podemos confirmar que as declarações do Blick são precisas. Elas estão em linha com discurso do presidente em 2 de junho de 2015". No entanto, as palavras de Blatter parecem ser menos definitivas do que as de 2 de junho, quando afirmou: "Decidi entregar o meu mandato em um congresso eletivo extraordinário. Enquanto isso vou continuar a exercer minhas funções como presidente da Fifa até a eleição". Um ex-assessor de Blatter havia dito anteriormente que o presidente da Fifa poderia voltar atrás em sua promessa de se demitir do cargo.  Na época, a Fifa disse que Klaus Stoehlker, que era consultor de Blatter durante a campanha eleitoral deste ano à presidência da entidade, não estava mais trabalhando com ele. Blatter renunciou ao cargo em meio ao maior escândalo de corrupção do futebol mundial. Há um mês, sete cartolas da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos em Zurique a pedido das autoridades americanas sob acusação de corrupção. A renuncia aconteceu quatro dias após o cartola ser reeleito para um mandato que duraria até 2019.
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Polícia apreende R$ 780 mil em carro de suposto traficante no Rio
A Polícia Civil apreendeu R$ 780 mil dentro de um carro, na noite desta quarta-feira (4), no Rio de Janeiro. O veículo estava na avenida Brasil e, segundo investigação, seria de traficantes que comprarias drogas com o valor. Segundo a polícia, os bandidos seriam da comunidade Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, e seguiriam em dois carros para comprar drogas que vinham do Paraguai. A polícia então fez bloqueios por três dias no local. Os bandidos perceberam a presença da polícia e conseguiram fugir no segundo veículo, mas deixaram o outro, que estava com o dinheiro. A polícia informou que investiga a quadrilha há dois meses.
cotidiano
Polícia apreende R$ 780 mil em carro de suposto traficante no RioA Polícia Civil apreendeu R$ 780 mil dentro de um carro, na noite desta quarta-feira (4), no Rio de Janeiro. O veículo estava na avenida Brasil e, segundo investigação, seria de traficantes que comprarias drogas com o valor. Segundo a polícia, os bandidos seriam da comunidade Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, e seguiriam em dois carros para comprar drogas que vinham do Paraguai. A polícia então fez bloqueios por três dias no local. Os bandidos perceberam a presença da polícia e conseguiram fugir no segundo veículo, mas deixaram o outro, que estava com o dinheiro. A polícia informou que investiga a quadrilha há dois meses.
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Maria Silvia Bastos desmontou política do PT no BNDES
Indicada para dar novo rumo a uma instituição que a oposição ao governo Dilma se acostumou a chamar de "caixa-preta", Maria Silvia Bastos Marques deu início a uma guinada estratégica no BNDES durante gestão de um ano. Logo após assumir, suspendeu a liberação de US$ 4,7 bilhões a empresas investigadas pela Lava Jato, referentes a 25 contratos de financiamento à exportação de serviços, a maior parte para países das Américas do Sul e Central. A decisão respondia à recomendação da AGU (Advocacia-Geral da União), mas também atendeu a críticas sobre o favorecimento das empreiteiras e de países alinhados com a política externa dos governos petistas. A política para o segmento foi revista, e os contratos, reavaliados, considerando os impactos para o país e o risco do banco em cada projeto. Marques defendeu um BNDES mais "seletivo" nos financiamentos e com um papel mais focado na coordenação do que na concessão de crédito para o novo programa de concessões elaborado pelo governo Temer. Nesse sentido, reduziu os financiamentos reajustados pela TJLP (taxa de juros de longo prazo, mais baixa do que as cobradas pelo mercado), com o argumento de que é necessário atrair bancos privados para o crédito de longo prazo no país e liberar o dinheiro mais barato para projetos com viés de sustentabilidade ambiental e inovação. O distanciamento com relação às políticas de seus antecessores se ampliou com a decisão de acabar com empréstimos-ponte concedidos a empresas enquanto o banco fazia a análise dos financiamentos de longo prazo e com a devolução antecipada de R$ 100 bilhões ao Tesouro. As medidas geraram questionamentos sobre a capacidade do banco de continuar apoiando investimentos e críticas com relação a uma suposta redução no seu tamanho. "Não me preocupo com tamanho", já havia adiantado a executiva, em sua primeira entrevista à Folha ao assumir a função. Ela defendia que a marca de sua gestão seria a "eficácia" na concessão dos financiamentos. A maior mudança foi promovida em março, quando o governo anunciou a substituição da TJLP (hoje em 7% ao ano) por uma nova taxa, chamada apenas de taxa de longo prazo (TLP) e com maior aderência aos juros cobrados pelo mercado nas negociações de títulos do Tesouro. Nos últimos 15 dias, enfrentou sua maior crise, com a Operação Bullish e a delação dos donos da JBS, que acirrou um racha com os funcionários do banco. Marques pregou serenidade e prometeu investigações, mas deixa o banco sem esclarecer as acusações sobre a "caixa-preta do BNDES" —em geral, mostrava-se desconfortável diante de perguntas e evitava menções à expressão.
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Maria Silvia Bastos desmontou política do PT no BNDESIndicada para dar novo rumo a uma instituição que a oposição ao governo Dilma se acostumou a chamar de "caixa-preta", Maria Silvia Bastos Marques deu início a uma guinada estratégica no BNDES durante gestão de um ano. Logo após assumir, suspendeu a liberação de US$ 4,7 bilhões a empresas investigadas pela Lava Jato, referentes a 25 contratos de financiamento à exportação de serviços, a maior parte para países das Américas do Sul e Central. A decisão respondia à recomendação da AGU (Advocacia-Geral da União), mas também atendeu a críticas sobre o favorecimento das empreiteiras e de países alinhados com a política externa dos governos petistas. A política para o segmento foi revista, e os contratos, reavaliados, considerando os impactos para o país e o risco do banco em cada projeto. Marques defendeu um BNDES mais "seletivo" nos financiamentos e com um papel mais focado na coordenação do que na concessão de crédito para o novo programa de concessões elaborado pelo governo Temer. Nesse sentido, reduziu os financiamentos reajustados pela TJLP (taxa de juros de longo prazo, mais baixa do que as cobradas pelo mercado), com o argumento de que é necessário atrair bancos privados para o crédito de longo prazo no país e liberar o dinheiro mais barato para projetos com viés de sustentabilidade ambiental e inovação. O distanciamento com relação às políticas de seus antecessores se ampliou com a decisão de acabar com empréstimos-ponte concedidos a empresas enquanto o banco fazia a análise dos financiamentos de longo prazo e com a devolução antecipada de R$ 100 bilhões ao Tesouro. As medidas geraram questionamentos sobre a capacidade do banco de continuar apoiando investimentos e críticas com relação a uma suposta redução no seu tamanho. "Não me preocupo com tamanho", já havia adiantado a executiva, em sua primeira entrevista à Folha ao assumir a função. Ela defendia que a marca de sua gestão seria a "eficácia" na concessão dos financiamentos. A maior mudança foi promovida em março, quando o governo anunciou a substituição da TJLP (hoje em 7% ao ano) por uma nova taxa, chamada apenas de taxa de longo prazo (TLP) e com maior aderência aos juros cobrados pelo mercado nas negociações de títulos do Tesouro. Nos últimos 15 dias, enfrentou sua maior crise, com a Operação Bullish e a delação dos donos da JBS, que acirrou um racha com os funcionários do banco. Marques pregou serenidade e prometeu investigações, mas deixa o banco sem esclarecer as acusações sobre a "caixa-preta do BNDES" —em geral, mostrava-se desconfortável diante de perguntas e evitava menções à expressão.
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São Paulo põe à prova experiência de Dorival em situações de risco
O São Paulo pode não estar muito acostumado a lidar com a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Essa situação, porém, não é uma novidade para o técnico Dorival Júnior, que vai dirigir o time pela primeira vez nesta quinta-feira (13), contra o Atlético-GO, no Morumbi. "Precisamos fazer um campeonato de recuperação. Nesse tipo de situação, já vi a recuperação acontecer, como também já vi se agravar", afirmou o técnico. Consultando companheiros de trabalho de Dorival nestas empreitadas passadas, a Folha detectou alguns pontos em comum: dedicado, que respeita a hierarquia e, mesmo discreto, ajuda a desanuviar o ambiente com franqueza e lealdade, a despeito da pressão. Chama a atenção o fato de o técnico ter aceitado enfrentar situações mais periclitantes que a que o São Paulo vive hoje. Seu saldo nesse tipo de luta ingrata é positivo, ainda que irregular. Pelo Atlético-MG em 2010 e pelo Santos em 2015, conseguiu ótimas arrancadas para livrar as equipes. Missão cumprida. Pelo Fluminense em 2013 e pelo Palmeiras em 2014, ainda que tenha atingido seu objetivo, a trilha foi sinuosa. Ainda em 2013, ele não conseguiu tirar o Vasco da zona de rebaixamento, sendo demitido após 24 rodadas no cargo. No fim, a equipe caiu. Seu Fluminense terminou o campeonato em 17º, o que resultaria em descenso. Escapou depois da famigerada punição à Portuguesa pela escalação irregular do meia Héverton. Sem o técnico, porém, nem mesmo a perda dos quatro pontos por parte da Portuguesa teria livrado o clube carioca. Seu aproveitamento foi de 66,6%. Nas 33 rodadas anteriores, o time havia registrado 36,4% –nesse ritmo, não teria escapado da degola. "O presidente [Peter Simensen] havia pedido nove pontos em cinco jogos. Entreguei dez", disse Dorival. Nas Laranjeiras, avalia-se que o técnico teve influência apaziguadora sobre os jogadores. Só lhe restavam cinco rodadas para influenciar o time. Além disso, mesmo com elenco esfacelado, sem quatro de suas referências –Fred, Deco e os laterais Bruno e Carlinhos, velhos conhecidos dos são-paulinos–, ainda encontrou rapidamente um padrão tático. Segundo a Folha apurou, quando a diretoria o contratou, dava o rebaixamento como quase certo e já via nele uma figura ideal para a reforma do time na Série B de 2014. A queda não aconteceu. Mas uma disputa com a parceira Unimed e toda a polêmica devido ao tapetão o derrubaram quando seu curto contrato acabou. Ciente de que o time viraria inimigo público no futebol brasileiro, a empresa condicionou um maior investimento na equipe à escolha de um novo treinador. Renato Gaúcho foi seu substituto. No Palmeiras, o diagnóstico é semelhante ao do Fluminense. Que o técnico fez o que pôde com um elenco sem coesão e enfraquecido por diversos desfalques. A aposta em jogadores da base palmeirense, algo raro no clube, foi vista como um ponto positivo. Essa é justamente uma de suas características que agradam à diretoria do Morumbi. Na última rodada, ainda assim, Dorival precisou que o Santos batesse o Vitória para livrar o clube de um retorno à Série B. Com o Vasco de 2013, o bom relacionamento com diretoria –construído em após o título da Série B em 2009–, e o diálogo com os jogadores não deu resultado em campo. Desiludido, entregou o cargo após a 21ª rodada, mas foi convencido a ficar, segundo apuração da Folha. Foi demitido dez jogos depois. No fim, o time caiu. Salários atrasados em São Januário, venda de atletas e falta de um goleiro confiável minaram o trabalho. Com tanta experiência nesse tipo de luta, iniciar sua trajetória pelo São Paulo com 25 rodadas por jogar, ainda que no penúltimo lugar, talvez não soe tão intimidante. "Sei que é um campeonato um pouco diferente, que fatalmente vai exigir muito mais de cada um. Precisa haver uma divisão de responsabilidades", disse Dorival. Por ora, a única certeza que tem no momento é que, independentemente dos resultados desta 13ª rodada, do 19º lugar o São Paulo não passa, por ter quatro pontos a mais que o lanterna Atlético-GO.
esporte
São Paulo põe à prova experiência de Dorival em situações de riscoO São Paulo pode não estar muito acostumado a lidar com a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Essa situação, porém, não é uma novidade para o técnico Dorival Júnior, que vai dirigir o time pela primeira vez nesta quinta-feira (13), contra o Atlético-GO, no Morumbi. "Precisamos fazer um campeonato de recuperação. Nesse tipo de situação, já vi a recuperação acontecer, como também já vi se agravar", afirmou o técnico. Consultando companheiros de trabalho de Dorival nestas empreitadas passadas, a Folha detectou alguns pontos em comum: dedicado, que respeita a hierarquia e, mesmo discreto, ajuda a desanuviar o ambiente com franqueza e lealdade, a despeito da pressão. Chama a atenção o fato de o técnico ter aceitado enfrentar situações mais periclitantes que a que o São Paulo vive hoje. Seu saldo nesse tipo de luta ingrata é positivo, ainda que irregular. Pelo Atlético-MG em 2010 e pelo Santos em 2015, conseguiu ótimas arrancadas para livrar as equipes. Missão cumprida. Pelo Fluminense em 2013 e pelo Palmeiras em 2014, ainda que tenha atingido seu objetivo, a trilha foi sinuosa. Ainda em 2013, ele não conseguiu tirar o Vasco da zona de rebaixamento, sendo demitido após 24 rodadas no cargo. No fim, a equipe caiu. Seu Fluminense terminou o campeonato em 17º, o que resultaria em descenso. Escapou depois da famigerada punição à Portuguesa pela escalação irregular do meia Héverton. Sem o técnico, porém, nem mesmo a perda dos quatro pontos por parte da Portuguesa teria livrado o clube carioca. Seu aproveitamento foi de 66,6%. Nas 33 rodadas anteriores, o time havia registrado 36,4% –nesse ritmo, não teria escapado da degola. "O presidente [Peter Simensen] havia pedido nove pontos em cinco jogos. Entreguei dez", disse Dorival. Nas Laranjeiras, avalia-se que o técnico teve influência apaziguadora sobre os jogadores. Só lhe restavam cinco rodadas para influenciar o time. Além disso, mesmo com elenco esfacelado, sem quatro de suas referências –Fred, Deco e os laterais Bruno e Carlinhos, velhos conhecidos dos são-paulinos–, ainda encontrou rapidamente um padrão tático. Segundo a Folha apurou, quando a diretoria o contratou, dava o rebaixamento como quase certo e já via nele uma figura ideal para a reforma do time na Série B de 2014. A queda não aconteceu. Mas uma disputa com a parceira Unimed e toda a polêmica devido ao tapetão o derrubaram quando seu curto contrato acabou. Ciente de que o time viraria inimigo público no futebol brasileiro, a empresa condicionou um maior investimento na equipe à escolha de um novo treinador. Renato Gaúcho foi seu substituto. No Palmeiras, o diagnóstico é semelhante ao do Fluminense. Que o técnico fez o que pôde com um elenco sem coesão e enfraquecido por diversos desfalques. A aposta em jogadores da base palmeirense, algo raro no clube, foi vista como um ponto positivo. Essa é justamente uma de suas características que agradam à diretoria do Morumbi. Na última rodada, ainda assim, Dorival precisou que o Santos batesse o Vitória para livrar o clube de um retorno à Série B. Com o Vasco de 2013, o bom relacionamento com diretoria –construído em após o título da Série B em 2009–, e o diálogo com os jogadores não deu resultado em campo. Desiludido, entregou o cargo após a 21ª rodada, mas foi convencido a ficar, segundo apuração da Folha. Foi demitido dez jogos depois. No fim, o time caiu. Salários atrasados em São Januário, venda de atletas e falta de um goleiro confiável minaram o trabalho. Com tanta experiência nesse tipo de luta, iniciar sua trajetória pelo São Paulo com 25 rodadas por jogar, ainda que no penúltimo lugar, talvez não soe tão intimidante. "Sei que é um campeonato um pouco diferente, que fatalmente vai exigir muito mais de cada um. Precisa haver uma divisão de responsabilidades", disse Dorival. Por ora, a única certeza que tem no momento é que, independentemente dos resultados desta 13ª rodada, do 19º lugar o São Paulo não passa, por ter quatro pontos a mais que o lanterna Atlético-GO.
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Paraquedista morre após bater em outro durante queda livre em Boituva
Um paraquedista morreu após chocar-se no ar com outro nesta sexta-feira (12) em Boituva (a 117 km de São Paulo), região considerada polo do paraquedismo. Os dois paraquedistas eram pilotos de avião. Amilton Pinto Vieira, 38, foi encontrado morto. René Simenauer, 41, foi resgatado consciente, mas desorientado, e foi transferido para Sorocaba (a 99 km de São Paulo). Segundo o boletim de ocorrência, três paraquedistas realizavam movimentos aéreos de cabeça para baixo. Um quarto registrava os movimentos em vídeo longe dos demais. Quando os três se preparavam para sair da formação, um deles saiu antes e bateu em outro quando tentava voltar ao encontro do grupo. Após o choque, o dispositivo de abertura automática dos paraquedistas foi acionado e liberou os paraquedas reservas. De acordo com o responsável-técnico da atividade geral da área de Boituva, Pedro Henrique Hilu, as vítimas eram paraquedistas experientes e praticavam a modalidade free-fly, que consiste em fazer evoluções e manobras em queda livre. O local ficará fechado até a conclusão das investigações. Para praticar essa modalidade é preciso ter, no mínimo, 250 saltos. A área de paraquedismo de Boituva tem 27 escolas, funciona desde 1968 e abriga cerca de 15 mil saltos por mês. Boituva recebe saltadores amadores e profissionais, além de realizar campeonatos internacionais da modalidade. OUTROS CASOS Em junho de 2015, o paraquedista profissional Cláudio Knippel morreu durante treinamento após chocar-se no ar com outro paraquedista, desmaiar e cair em queda livre também em Boituva. Knippel era considerado um dos melhores paraquedistas da modalidade freefly. Ao chocar-se com um colega, ficou inconsciente, caiu em um canavial e morreu na hora. Na ocasião, o presidente da Confederação Nacional de Paraquedismo, Luiz Cláudio Santiago, apontou uma sucessão de erros no salto, sobretudo, a ausência de um equipamento obrigatório desde dezembro de 2014, o DDA (Dispositivo de Acionamento Automático). Em agosto de 2012, um homem ficou ferido durante tentativa de aterrissagem em uma estrada próxima ao município de Boituva. O paraquedista saltou do Centro Nacional de Paraquedismo e usava uma roupa modelo "wingsuit" –uma espécie de macacão com asas muito comum para voos de alta performance. Ele caiu no acostamento da estrada que liga as regiões de Boituva e Iperó fraturando as pernas e o braço, e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. No dia 9 de julho, o paraquedista Alex Adelman morreu depois de ser atingido pelo próprio avião em que realizou o salto em Boituva. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros informou que o paraquedista filmava o salto de dois colegas quando foi atingido pelo avião, de pequeno porte. Em queda, chocou-se com Wanderson Carlos Campos de Andrade, 32, e Conrado Alvares Everton, 35, que tiveram fraturas nas pernas. Os dois faziam um salto duplo –num mesmo paraquedas– como parte de um treinamento.
cotidiano
Paraquedista morre após bater em outro durante queda livre em BoituvaUm paraquedista morreu após chocar-se no ar com outro nesta sexta-feira (12) em Boituva (a 117 km de São Paulo), região considerada polo do paraquedismo. Os dois paraquedistas eram pilotos de avião. Amilton Pinto Vieira, 38, foi encontrado morto. René Simenauer, 41, foi resgatado consciente, mas desorientado, e foi transferido para Sorocaba (a 99 km de São Paulo). Segundo o boletim de ocorrência, três paraquedistas realizavam movimentos aéreos de cabeça para baixo. Um quarto registrava os movimentos em vídeo longe dos demais. Quando os três se preparavam para sair da formação, um deles saiu antes e bateu em outro quando tentava voltar ao encontro do grupo. Após o choque, o dispositivo de abertura automática dos paraquedistas foi acionado e liberou os paraquedas reservas. De acordo com o responsável-técnico da atividade geral da área de Boituva, Pedro Henrique Hilu, as vítimas eram paraquedistas experientes e praticavam a modalidade free-fly, que consiste em fazer evoluções e manobras em queda livre. O local ficará fechado até a conclusão das investigações. Para praticar essa modalidade é preciso ter, no mínimo, 250 saltos. A área de paraquedismo de Boituva tem 27 escolas, funciona desde 1968 e abriga cerca de 15 mil saltos por mês. Boituva recebe saltadores amadores e profissionais, além de realizar campeonatos internacionais da modalidade. OUTROS CASOS Em junho de 2015, o paraquedista profissional Cláudio Knippel morreu durante treinamento após chocar-se no ar com outro paraquedista, desmaiar e cair em queda livre também em Boituva. Knippel era considerado um dos melhores paraquedistas da modalidade freefly. Ao chocar-se com um colega, ficou inconsciente, caiu em um canavial e morreu na hora. Na ocasião, o presidente da Confederação Nacional de Paraquedismo, Luiz Cláudio Santiago, apontou uma sucessão de erros no salto, sobretudo, a ausência de um equipamento obrigatório desde dezembro de 2014, o DDA (Dispositivo de Acionamento Automático). Em agosto de 2012, um homem ficou ferido durante tentativa de aterrissagem em uma estrada próxima ao município de Boituva. O paraquedista saltou do Centro Nacional de Paraquedismo e usava uma roupa modelo "wingsuit" –uma espécie de macacão com asas muito comum para voos de alta performance. Ele caiu no acostamento da estrada que liga as regiões de Boituva e Iperó fraturando as pernas e o braço, e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. No dia 9 de julho, o paraquedista Alex Adelman morreu depois de ser atingido pelo próprio avião em que realizou o salto em Boituva. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros informou que o paraquedista filmava o salto de dois colegas quando foi atingido pelo avião, de pequeno porte. Em queda, chocou-se com Wanderson Carlos Campos de Andrade, 32, e Conrado Alvares Everton, 35, que tiveram fraturas nas pernas. Os dois faziam um salto duplo –num mesmo paraquedas– como parte de um treinamento.
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Mão na massa
Você já pensou que, com uma simples folha de papel, canetinha, lápis de cor, cola e tesoura, dá para fazer várias coisas e se divertir bastante? Você pode fazer desenhos, escrever versos ou poemas, fazer origamis, jogos e até brinquedos! Basta um pouco de imaginação. E o melhor: quando faz brinquedos ou origamis, por exemplo, você se diverte na construção. É possível fazer várias dobraduras diferentes: desde animais a coisas da natureza, como árvores. E, se confeccionar vários animais com papel, você pode até fazer um pequeno zoológico. E o mais legal é que podemos fazer tudo isso ao ar livre, em pouco tempo e sem ficar atrás do computador. Desse jeito, tudo fica mais divertido e nossa imaginação pode ir mais longe. Vou dar uma ideia! Com um pouco de barbante e uma garrafa PET, que tal fazer aquele brinquedo "vai e vem", que é fácil de fazer e pode ser usado por duas pessoas?
colunas
Mão na massaVocê já pensou que, com uma simples folha de papel, canetinha, lápis de cor, cola e tesoura, dá para fazer várias coisas e se divertir bastante? Você pode fazer desenhos, escrever versos ou poemas, fazer origamis, jogos e até brinquedos! Basta um pouco de imaginação. E o melhor: quando faz brinquedos ou origamis, por exemplo, você se diverte na construção. É possível fazer várias dobraduras diferentes: desde animais a coisas da natureza, como árvores. E, se confeccionar vários animais com papel, você pode até fazer um pequeno zoológico. E o mais legal é que podemos fazer tudo isso ao ar livre, em pouco tempo e sem ficar atrás do computador. Desse jeito, tudo fica mais divertido e nossa imaginação pode ir mais longe. Vou dar uma ideia! Com um pouco de barbante e uma garrafa PET, que tal fazer aquele brinquedo "vai e vem", que é fácil de fazer e pode ser usado por duas pessoas?
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Comida, vinho, música e história aguçam sentidos em Santiago
Não fossem a queda da temperatura em até dez graus, os carrões luxuosos para padrões brasileiros que transitam como "peruas de transportes" por todos os lados e um espanhol dito com muita rapidez e cantado, seria difícil acreditar que após três horas e meia de voo chegou-se à Europa, ou melhor, a Santiago, capital chilena. A cidade tem potencial de levar encantamento ao turista, mas, quando se incrementa a viagem calibrando os sentidos, até os passeios mais comuns, sobre os quais os amigos já contaram todos os detalhes, podem ser saborosos e proporcionar boas experiências de férias e turismo. O bairro boêmio de Bellavista, por exemplo, não é só um ponto para ser apresentado ao famoso drinque pisco sour, mas local para se esbaldar com a comida chilena. Dos frutos do mar frescos à carne que chega à mesa num tacho que mantém a temperatura, os pratos surpreendem pelo tempero na medida certa e pela decoração. Em locais de concentração de restaurantes bacanas, como o Pátio Bellavista, há também opções para acompanhar o jantar com diferentes ritmos musicais, como a zumba, o jazz e o pop latino. Enquanto se passeia pela agitada região do Palácio de La Moneda, vale prestar atenção em cafés escondidos em prédios antigos de grandes avenidas, como a Libertador O'Higgins. A Confitería Torres, de 1879, exala a história, a conservação arquitetônica e de mobiliário e a chá e café. O local rende uma sessão de fotos e até uma refeição, para quem tiver mais tempo. Na região, também fica a igreja de Santo Inácio de Loyola, ponto para experimentar um pouco de paz e apreciar o altar neobarroco, em ouro. Com calçadas amplas, é possível percorrer a pé todo o miolo da cidade em pouco tempo e de forma segura. DEGUSTANDO Todo o mundo vai perguntar a respeito da vinícola escolhida para um passeio, afinal, são dezenas nos arredores da capital chilena. Mais que corresponder à expectativa de amigos e familiares, conhecer uma fábrica de vinhos é um prazer olfativo: a terra úmida, as folhas, o ar do vale e o aroma sem igual dos armazéns onde ficam os barris. De quebra, as vinícolas guardam casarões antigos bem conservados e boas passagens históricas. Aos que esperam uma degustação inesquecível, é bom atentarem ao tipo de visita que vão escolher, pois as que acontecem em grupo costumam ter apreciações de vinho bem chinfrim, sem glamour. Outra atração para aguçar as sensações é o Museu da Memória e dos Direitos Humanos. A viagem pelo período ditatorial (1973-90) é feita com o suporte de documentos, vídeos e transmissões radiofônicas. É possível até tocar numa cama de tortura. Embora a capital chilena seja lambida com orgulho pela cordilheira dos Andes, é interessante ver o monumento natural por vários ângulos. A vista do bairro Las Condes é quase um porta-retratos: limpa e comovente. A contemplação das alturas, como a do mirante Sky Ponta Negra (R$ 50) revela mais a amplidão das montanhas. Repórter experimenta esqui adaptado no Chile Mas nada se compara ao arrepio de frio e emoção de chegar bem perto da cordilheira, de preferência, até um ponto em que se possa tocar, brincar e brindar à natureza, no espetáculo da neve. PACOTES PARA SANTIAGO E VALLE NEVADO R$ 1.838 Quatro noites em Santiago, no Chile, em quarto duplo no hotel Atton Las Condes. Inclui passeio pela estação de esqui de Valle Nevado e vinícola Concha y Toro. Sem aéreo. Com café da manhã. Na Adventure club: adventureclub.com.br R$ 2.973 Valor para cinco noites em Santiago, no Chile. Preço por pessoa em quarto duplo no hotel Imperio Suites. Sem aéreo. Inclui três dias de esqui em Valle Nevado com aluguel de equipamentos. Com café da manhã. Na Ahoba Viagens: ahobaviagens.com.br R$ 3.194 (US$ 1.008) Preço por pessoa para três noites em Santiago e três noites em Puerto Varas. Inclui café da manhã, passeios (Valle Nevado e vinícola Concha y Toro). Sem aéreo. Na Submarino Viagens: submarinoviagens.com.br R$ 3.676 (US$ 1.160) Preço para seis noites no Chile (Santiago e San Pedro de Atacama). Valor por pessoa em quarto duplo. Inclui passeios, translados e café da manhã. Sem aéreo. Na Pisa Trekking: pisa.tur.br R$ 9.377 (US$ 2.959) Quatro noites no hotel Valle Nevado, na estação de esqui de Valle Nevado, no Chile. Valor por pessoa em quarto duplo. Inclui aéreo, acesso às pistas de esqui e pensão completa. Na Teresa Perez Tours: teresaperez.com.br
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Comida, vinho, música e história aguçam sentidos em SantiagoNão fossem a queda da temperatura em até dez graus, os carrões luxuosos para padrões brasileiros que transitam como "peruas de transportes" por todos os lados e um espanhol dito com muita rapidez e cantado, seria difícil acreditar que após três horas e meia de voo chegou-se à Europa, ou melhor, a Santiago, capital chilena. A cidade tem potencial de levar encantamento ao turista, mas, quando se incrementa a viagem calibrando os sentidos, até os passeios mais comuns, sobre os quais os amigos já contaram todos os detalhes, podem ser saborosos e proporcionar boas experiências de férias e turismo. O bairro boêmio de Bellavista, por exemplo, não é só um ponto para ser apresentado ao famoso drinque pisco sour, mas local para se esbaldar com a comida chilena. Dos frutos do mar frescos à carne que chega à mesa num tacho que mantém a temperatura, os pratos surpreendem pelo tempero na medida certa e pela decoração. Em locais de concentração de restaurantes bacanas, como o Pátio Bellavista, há também opções para acompanhar o jantar com diferentes ritmos musicais, como a zumba, o jazz e o pop latino. Enquanto se passeia pela agitada região do Palácio de La Moneda, vale prestar atenção em cafés escondidos em prédios antigos de grandes avenidas, como a Libertador O'Higgins. A Confitería Torres, de 1879, exala a história, a conservação arquitetônica e de mobiliário e a chá e café. O local rende uma sessão de fotos e até uma refeição, para quem tiver mais tempo. Na região, também fica a igreja de Santo Inácio de Loyola, ponto para experimentar um pouco de paz e apreciar o altar neobarroco, em ouro. Com calçadas amplas, é possível percorrer a pé todo o miolo da cidade em pouco tempo e de forma segura. DEGUSTANDO Todo o mundo vai perguntar a respeito da vinícola escolhida para um passeio, afinal, são dezenas nos arredores da capital chilena. Mais que corresponder à expectativa de amigos e familiares, conhecer uma fábrica de vinhos é um prazer olfativo: a terra úmida, as folhas, o ar do vale e o aroma sem igual dos armazéns onde ficam os barris. De quebra, as vinícolas guardam casarões antigos bem conservados e boas passagens históricas. Aos que esperam uma degustação inesquecível, é bom atentarem ao tipo de visita que vão escolher, pois as que acontecem em grupo costumam ter apreciações de vinho bem chinfrim, sem glamour. Outra atração para aguçar as sensações é o Museu da Memória e dos Direitos Humanos. A viagem pelo período ditatorial (1973-90) é feita com o suporte de documentos, vídeos e transmissões radiofônicas. É possível até tocar numa cama de tortura. Embora a capital chilena seja lambida com orgulho pela cordilheira dos Andes, é interessante ver o monumento natural por vários ângulos. A vista do bairro Las Condes é quase um porta-retratos: limpa e comovente. A contemplação das alturas, como a do mirante Sky Ponta Negra (R$ 50) revela mais a amplidão das montanhas. Repórter experimenta esqui adaptado no Chile Mas nada se compara ao arrepio de frio e emoção de chegar bem perto da cordilheira, de preferência, até um ponto em que se possa tocar, brincar e brindar à natureza, no espetáculo da neve. PACOTES PARA SANTIAGO E VALLE NEVADO R$ 1.838 Quatro noites em Santiago, no Chile, em quarto duplo no hotel Atton Las Condes. Inclui passeio pela estação de esqui de Valle Nevado e vinícola Concha y Toro. Sem aéreo. Com café da manhã. Na Adventure club: adventureclub.com.br R$ 2.973 Valor para cinco noites em Santiago, no Chile. Preço por pessoa em quarto duplo no hotel Imperio Suites. Sem aéreo. Inclui três dias de esqui em Valle Nevado com aluguel de equipamentos. Com café da manhã. Na Ahoba Viagens: ahobaviagens.com.br R$ 3.194 (US$ 1.008) Preço por pessoa para três noites em Santiago e três noites em Puerto Varas. Inclui café da manhã, passeios (Valle Nevado e vinícola Concha y Toro). Sem aéreo. Na Submarino Viagens: submarinoviagens.com.br R$ 3.676 (US$ 1.160) Preço para seis noites no Chile (Santiago e San Pedro de Atacama). Valor por pessoa em quarto duplo. Inclui passeios, translados e café da manhã. Sem aéreo. Na Pisa Trekking: pisa.tur.br R$ 9.377 (US$ 2.959) Quatro noites no hotel Valle Nevado, na estação de esqui de Valle Nevado, no Chile. Valor por pessoa em quarto duplo. Inclui aéreo, acesso às pistas de esqui e pensão completa. Na Teresa Perez Tours: teresaperez.com.br
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Aliados de Cristina protestam contra revisão da Lei de Mídia na Argentina
Simpatizantes de Cristina Kirchner e militantes de movimentos sociais que apoiavam o governo kirchnerista fizeram a primeira manifestação contrária a Mauricio Macri, nesta quinta (17), uma semana após a posse do novo presidente. Com as convocações "Abaixo ao golpismo macrista" e "Na lei de meios não se toca", a mobilização tinha como objetivo protestar contra mudanças na lei que regula os meios de comunicação e contra as nomeações feitas por Macri, por decreto, de dois juízes para a Suprema Corte. O novo ministro das Comunicações, Oscar Aguad, disse, em entrevista no último fim de semana, que a legislação seria revista, pois havia sido criada para, segundo ele, intimidar veículos de comunicação críticos a Cristina Kirchner. A mensagem foi rechaçada por políticos e militantes kirchneristas, que prometem resistir contra alterações na lei. Os manifestantes seguravam cartazes onde se podia ler "Na lei de meios não se toca", "Macri = censura" e "Nem decretos, nem repressão". Um dos motivos da queixa dos militantes é o fim, anunciado pelo próprio presidente, do programa televisivo "678" na TV Pública. Ultrakirchnerista, o programa segue indo ao ar após a posse de Macri, mas com tom de despedida e protesto. Segundo os organizadores, eles podem deixar a TV ainda este mês. Nesta quinta, políticos kirchneristas, intelectuais e lideranças de entidades de direitos humanos, como as Avós e Mães da Praça de Maio, participaram da atração e se revezaram em discursos contra o governo atual e a favor do programa. "Lutamos contra Videla [Jorge Videla, ditador militar argentino], vamos continuar lutando pela democracia", disse Estela de Carloto. Na rua, em frente ao Congresso, manifestantes gritavam "6-7-8" e "Pátria sim, colônia não". O presidente da Afsca (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual), o kirchnerista Martín Sabatella, um dos funcionários que Macri tenta remover do cargo, discursou durante a mobilização. A entidade é a responsável pela aplicação da lei de meios, que obrigou o Grupo Clarín a se desmembrar. Ele tem mandato formal até 2017, mas Macri quer retirá-lo do cargo, alegando que se trata de um militante e não um funcionário público. "Não há democracia profunda sem pluralidade de palavras, e não há pluralidade se não se regula a voracidade das empresas", disse Sabbatella. No meio da multidão que assistia ao discurso, as irmãs Patricia e Libertad Strazzeri aplaudiram. Elas levavam um cartaz em que estava escrito "Lei de meios = Muitas vozes 678. Macri = Censura". "Tememos um retrocesso nos direitos humanos, nos julgamentos de militares [da ditadura] e o corte de verba para a educação", disse Patricia.
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Aliados de Cristina protestam contra revisão da Lei de Mídia na ArgentinaSimpatizantes de Cristina Kirchner e militantes de movimentos sociais que apoiavam o governo kirchnerista fizeram a primeira manifestação contrária a Mauricio Macri, nesta quinta (17), uma semana após a posse do novo presidente. Com as convocações "Abaixo ao golpismo macrista" e "Na lei de meios não se toca", a mobilização tinha como objetivo protestar contra mudanças na lei que regula os meios de comunicação e contra as nomeações feitas por Macri, por decreto, de dois juízes para a Suprema Corte. O novo ministro das Comunicações, Oscar Aguad, disse, em entrevista no último fim de semana, que a legislação seria revista, pois havia sido criada para, segundo ele, intimidar veículos de comunicação críticos a Cristina Kirchner. A mensagem foi rechaçada por políticos e militantes kirchneristas, que prometem resistir contra alterações na lei. Os manifestantes seguravam cartazes onde se podia ler "Na lei de meios não se toca", "Macri = censura" e "Nem decretos, nem repressão". Um dos motivos da queixa dos militantes é o fim, anunciado pelo próprio presidente, do programa televisivo "678" na TV Pública. Ultrakirchnerista, o programa segue indo ao ar após a posse de Macri, mas com tom de despedida e protesto. Segundo os organizadores, eles podem deixar a TV ainda este mês. Nesta quinta, políticos kirchneristas, intelectuais e lideranças de entidades de direitos humanos, como as Avós e Mães da Praça de Maio, participaram da atração e se revezaram em discursos contra o governo atual e a favor do programa. "Lutamos contra Videla [Jorge Videla, ditador militar argentino], vamos continuar lutando pela democracia", disse Estela de Carloto. Na rua, em frente ao Congresso, manifestantes gritavam "6-7-8" e "Pátria sim, colônia não". O presidente da Afsca (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual), o kirchnerista Martín Sabatella, um dos funcionários que Macri tenta remover do cargo, discursou durante a mobilização. A entidade é a responsável pela aplicação da lei de meios, que obrigou o Grupo Clarín a se desmembrar. Ele tem mandato formal até 2017, mas Macri quer retirá-lo do cargo, alegando que se trata de um militante e não um funcionário público. "Não há democracia profunda sem pluralidade de palavras, e não há pluralidade se não se regula a voracidade das empresas", disse Sabbatella. No meio da multidão que assistia ao discurso, as irmãs Patricia e Libertad Strazzeri aplaudiram. Elas levavam um cartaz em que estava escrito "Lei de meios = Muitas vozes 678. Macri = Censura". "Tememos um retrocesso nos direitos humanos, nos julgamentos de militares [da ditadura] e o corte de verba para a educação", disse Patricia.
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Itens de artesãos, artistas plásticos e designers tomam feira em shopping do Morumbi
JÚLIA GOUVEIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Em meio a dezenas de lojas de alto luxo, com vitrines repletas de artigos importados e tecnológicos, o Atrium do MorumbiShopping será tomado, no próximo fim de semana, por barracas de itens produzidos manualmente, em escala reduzida. É que o centro de compras na região oeste recebe, a partir da sexta-feira (7), a quinta edição do Mercado Manual, feira de artesanato realizada no Museu da Casa Brasileira, no Jardim Paulistano —é a primeira vez que ela será realizada em um shopping. A curadoria do evento seleciona produtos de artesãos, artistas plásticos e designers com o objetivo de estimular pequenos empreendedores e novos criadores. Ao longo de três dias, a feira, nesta edição batizada de #ManualnoMorumbi, vai reunir 39 expositores, de artigos variados –a maioria ligada a moda, decoração e bem-estar. Entre os acessórios para a casa, por exemplo, estão luminárias pintadas à mão pela ceramista Val Grywacz. A marca Catarina Mina levará bolsas artesanais de crochê. Outros expositores incluem papelarias, lojas de roupas infantis e de produtos de beleza. Além de adquirir os produtos, os visitantes poderão participar de oficinas gratuitas de artesanato, para aprender sobre incensos naturais, decalque em porcelana, técnicas de crochê e de cerâmica -as vagas são limitadas, preenchidas por ordem de chegada. A cada dia, o espaço será animado por música, com discotecagem e apresentação de bandas, ou por grupos de teatro infantil. Para matar a fome, além de barracas de ketchup (Strumpf) e geleias (Mermeleia) artesanais, haverá venda de comidinhas preparadas por produtores orgânicos. MorumbiShopping - atrium. Av. Roque Petroni Júnior, 1.089, Vila Gertrudes, tel. 5189-4805. Sex. (7) e sáb. (8): 10h às 22h. Dom. (9): 12h às 20h. Livre. Estac. a partir de R$ 15. GRÁTIS * Look do dia Shoes & Bags Da próxima quarta (5) ao domingo (9), várias lojas do JK Iguatemi oferecem atividades como palestras, oficinas e customização de peças. A Montblanc, por exemplo, recebe na quinta (6) o blogueiro Kadu Dantas para dar dicas de acessórios; na Tennis Station haverá uma aula de dança com o coreógrafo Justin Neto na sexta (7), em parceria com a Puma. A programação completa está no site iguatemi.com.br/jkiguatemi. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, V. N. Conceição, tel. 3152-6800. De 5 a 9/4. Livre. Horários e inscr.: iguatemi.com.br/jkiguatemi. Estac. a partir de R$ 15. GRÁTIS Venha com fome Pátio Gourmet O Pátio Higienópolis dá a partida, no próximo sábado (8), para uma nova edição do Pátio Gourmet. O evento terá 12 trucks, barracas e bikes servindo um cardápio especial de restaurantes e bares paulistanos —entre eles, Mestiço, Bistrot Bagatelle, Pitico, Pirajá e Le Botteghe di Leonardo. A entrada é gratuita; paga-se apenas pela consumação. Shopping Pátio Higienópolis. Av Higienópolis, 618, Higienópolis, tel. 3823-2300. 11h às 23h. Até 9/4. Estac. a partir de R$ 15. Corra, cãozinho, corra 4ª SP Dog Run A prova vai colocar os bichos de estimação para correr com seus donos por um percurso de dois quilômetros. Os participantes podem optar pela "cãorrida" ou pela "cãominhada" (na qual é permitido levar mais de um animal). O evento será realizado no próximo domingo (9), mas as inscrições vão só até quarta-feira (5). A prova será acompanhada por médicos e veterinários. Shopping SP Market - estacionamento. Av. das Nações Unidas, 22.540, Vila Almeida, tel. 5682-3666. Dom. (9): 8h. Inscrições: R$ 45, p/ spdogrun.com.br (até 5/4). Livre (caminhada). 16 anos (corrida). Estac. a partir de R$ 8. Brincadeira colorida Casa Crayola A partir de terça-feira (4) e até o dia 23, a criançada vai poder soltar os dons artísticos na atração do Anália Franco. Em parceria com a marca de canetinhas e giz de cera, o espaço tem seis estações, que propõem diferentes atividades de colorir. As crianças poderão, por exemplo, pintar as paredes da casa e bancar o "grafiteiro". Shopping Anália Franco. Av. Regente Feijó, 1.739, V. Regente Feijó, tel. 4003-4133. Dom. a sex.: 13h às 20h30. Sáb.: 10h às 20h30. 12 anos. Até 23/4. Estac. a partir de R$ 8. GRÁTIS + ERRAMOS: O conteúdo desta página foi alterado para refletir o abaixo
saopaulo
Itens de artesãos, artistas plásticos e designers tomam feira em shopping do MorumbiJÚLIA GOUVEIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Em meio a dezenas de lojas de alto luxo, com vitrines repletas de artigos importados e tecnológicos, o Atrium do MorumbiShopping será tomado, no próximo fim de semana, por barracas de itens produzidos manualmente, em escala reduzida. É que o centro de compras na região oeste recebe, a partir da sexta-feira (7), a quinta edição do Mercado Manual, feira de artesanato realizada no Museu da Casa Brasileira, no Jardim Paulistano —é a primeira vez que ela será realizada em um shopping. A curadoria do evento seleciona produtos de artesãos, artistas plásticos e designers com o objetivo de estimular pequenos empreendedores e novos criadores. Ao longo de três dias, a feira, nesta edição batizada de #ManualnoMorumbi, vai reunir 39 expositores, de artigos variados –a maioria ligada a moda, decoração e bem-estar. Entre os acessórios para a casa, por exemplo, estão luminárias pintadas à mão pela ceramista Val Grywacz. A marca Catarina Mina levará bolsas artesanais de crochê. Outros expositores incluem papelarias, lojas de roupas infantis e de produtos de beleza. Além de adquirir os produtos, os visitantes poderão participar de oficinas gratuitas de artesanato, para aprender sobre incensos naturais, decalque em porcelana, técnicas de crochê e de cerâmica -as vagas são limitadas, preenchidas por ordem de chegada. A cada dia, o espaço será animado por música, com discotecagem e apresentação de bandas, ou por grupos de teatro infantil. Para matar a fome, além de barracas de ketchup (Strumpf) e geleias (Mermeleia) artesanais, haverá venda de comidinhas preparadas por produtores orgânicos. MorumbiShopping - atrium. Av. Roque Petroni Júnior, 1.089, Vila Gertrudes, tel. 5189-4805. Sex. (7) e sáb. (8): 10h às 22h. Dom. (9): 12h às 20h. Livre. Estac. a partir de R$ 15. GRÁTIS * Look do dia Shoes & Bags Da próxima quarta (5) ao domingo (9), várias lojas do JK Iguatemi oferecem atividades como palestras, oficinas e customização de peças. A Montblanc, por exemplo, recebe na quinta (6) o blogueiro Kadu Dantas para dar dicas de acessórios; na Tennis Station haverá uma aula de dança com o coreógrafo Justin Neto na sexta (7), em parceria com a Puma. A programação completa está no site iguatemi.com.br/jkiguatemi. Shopping JK Iguatemi. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, V. N. Conceição, tel. 3152-6800. De 5 a 9/4. Livre. Horários e inscr.: iguatemi.com.br/jkiguatemi. Estac. a partir de R$ 15. GRÁTIS Venha com fome Pátio Gourmet O Pátio Higienópolis dá a partida, no próximo sábado (8), para uma nova edição do Pátio Gourmet. O evento terá 12 trucks, barracas e bikes servindo um cardápio especial de restaurantes e bares paulistanos —entre eles, Mestiço, Bistrot Bagatelle, Pitico, Pirajá e Le Botteghe di Leonardo. A entrada é gratuita; paga-se apenas pela consumação. Shopping Pátio Higienópolis. Av Higienópolis, 618, Higienópolis, tel. 3823-2300. 11h às 23h. Até 9/4. Estac. a partir de R$ 15. Corra, cãozinho, corra 4ª SP Dog Run A prova vai colocar os bichos de estimação para correr com seus donos por um percurso de dois quilômetros. Os participantes podem optar pela "cãorrida" ou pela "cãominhada" (na qual é permitido levar mais de um animal). O evento será realizado no próximo domingo (9), mas as inscrições vão só até quarta-feira (5). A prova será acompanhada por médicos e veterinários. Shopping SP Market - estacionamento. Av. das Nações Unidas, 22.540, Vila Almeida, tel. 5682-3666. Dom. (9): 8h. Inscrições: R$ 45, p/ spdogrun.com.br (até 5/4). Livre (caminhada). 16 anos (corrida). Estac. a partir de R$ 8. Brincadeira colorida Casa Crayola A partir de terça-feira (4) e até o dia 23, a criançada vai poder soltar os dons artísticos na atração do Anália Franco. Em parceria com a marca de canetinhas e giz de cera, o espaço tem seis estações, que propõem diferentes atividades de colorir. As crianças poderão, por exemplo, pintar as paredes da casa e bancar o "grafiteiro". Shopping Anália Franco. Av. Regente Feijó, 1.739, V. Regente Feijó, tel. 4003-4133. Dom. a sex.: 13h às 20h30. Sáb.: 10h às 20h30. 12 anos. Até 23/4. Estac. a partir de R$ 8. GRÁTIS + ERRAMOS: O conteúdo desta página foi alterado para refletir o abaixo
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Com alta de 60%, rombo de fundo de pensão da Petrobras vai a R$ 10 bi
O deficit da Petros (fundo de pensão da Petrobras) superou a marca de R$ 10 bilhões em seu principal fundo em julho deste ano. Houve aumento de 60% em apenas sete meses. Em dezembro, o buraco era de R$ 6,2 bilhões. Este é o valor que faltava para o Plano Petros do Sistema Petrobras (segundo maior do país, atrás do Previ, do Banco do Brasil) pagar todos os benefícios previstos até o último participante vivo ao longo das próximas décadas. O deficit cresce porque os investimentos do fundo renderam 5,8% no ano, abaixo da meta de 10,3% para o pagamento dos benefícios. Fernando Siqueira, conselheiro fiscal da Petros, disse que o retorno do plano foi afetado pela queda das ações na Bolsa e pela perda de valor de títulos públicos. Em relatório, os conselheiros fiscais Marcos André dos Santos e Ronaldo Tedesco afirmam que o retorno de algumas empresas estaria abaixo do esperado. Seriam os casos de Invepar, Lupatech, Dasa, Itausa e BRF. Só a participação na empresa de sondas Sete Brasil caiu 29% no ano, para R$ 1,2 bilhão. Segundo eles, existiria "baixa confiabilidade na direção do fundo em razão da percepção de que este vem sendo utilizado por grupos políticos para cumprir objetivos diversos de sua finalidade". A Polícia Federal abriu neste ano investigação, pela Operação Lava Jato, para apurar irregularidades no fundo de pensão da Petrobras. O plano tem 23 mil contribuintes e 55 mil aposentados que provavelmente terão que fazer contribuições extras para tapar o rombo a partir de 2017. Os contribuintes tendem a pagar mais, os pensionistas, a receber menos. Isso porque, pelas regras do setor, um fundo precisa de um plano para resolver o déficit em duas situações: ao manter por três anos seguidos resultados negativos ou quando eles superaram 10% do patrimônio do fundo. O Petros deve se encaixar nas duas situações. O fundo já teve deficit em 2013 (R$ 2,3 bilhões) e 2014 (R$ 6,2 bilhões). Este último valor equivalia a 9,44% do patrimônio no fim de 2014. Essa proporção deve ficar acima de 10% ao fim deste ano —em julho, os ativos líquidos do fundo somavam R$ 63,5 bilhões. Um grupo de trabalho da Petrobras já estuda propostas para equacionar o deficit. Além dos funcionários, a Petrobras terá que fazer contribuições extras, de R$ 1 para cada R$ 1 do participante. Procurada, a Petros disse que não comenta resultados parciais da fundação. E informou que sua rentabilidade foi de 238,72% nos últimos dez anos, superior à meta de 200,21% no período.
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Com alta de 60%, rombo de fundo de pensão da Petrobras vai a R$ 10 biO deficit da Petros (fundo de pensão da Petrobras) superou a marca de R$ 10 bilhões em seu principal fundo em julho deste ano. Houve aumento de 60% em apenas sete meses. Em dezembro, o buraco era de R$ 6,2 bilhões. Este é o valor que faltava para o Plano Petros do Sistema Petrobras (segundo maior do país, atrás do Previ, do Banco do Brasil) pagar todos os benefícios previstos até o último participante vivo ao longo das próximas décadas. O deficit cresce porque os investimentos do fundo renderam 5,8% no ano, abaixo da meta de 10,3% para o pagamento dos benefícios. Fernando Siqueira, conselheiro fiscal da Petros, disse que o retorno do plano foi afetado pela queda das ações na Bolsa e pela perda de valor de títulos públicos. Em relatório, os conselheiros fiscais Marcos André dos Santos e Ronaldo Tedesco afirmam que o retorno de algumas empresas estaria abaixo do esperado. Seriam os casos de Invepar, Lupatech, Dasa, Itausa e BRF. Só a participação na empresa de sondas Sete Brasil caiu 29% no ano, para R$ 1,2 bilhão. Segundo eles, existiria "baixa confiabilidade na direção do fundo em razão da percepção de que este vem sendo utilizado por grupos políticos para cumprir objetivos diversos de sua finalidade". A Polícia Federal abriu neste ano investigação, pela Operação Lava Jato, para apurar irregularidades no fundo de pensão da Petrobras. O plano tem 23 mil contribuintes e 55 mil aposentados que provavelmente terão que fazer contribuições extras para tapar o rombo a partir de 2017. Os contribuintes tendem a pagar mais, os pensionistas, a receber menos. Isso porque, pelas regras do setor, um fundo precisa de um plano para resolver o déficit em duas situações: ao manter por três anos seguidos resultados negativos ou quando eles superaram 10% do patrimônio do fundo. O Petros deve se encaixar nas duas situações. O fundo já teve deficit em 2013 (R$ 2,3 bilhões) e 2014 (R$ 6,2 bilhões). Este último valor equivalia a 9,44% do patrimônio no fim de 2014. Essa proporção deve ficar acima de 10% ao fim deste ano —em julho, os ativos líquidos do fundo somavam R$ 63,5 bilhões. Um grupo de trabalho da Petrobras já estuda propostas para equacionar o deficit. Além dos funcionários, a Petrobras terá que fazer contribuições extras, de R$ 1 para cada R$ 1 do participante. Procurada, a Petros disse que não comenta resultados parciais da fundação. E informou que sua rentabilidade foi de 238,72% nos últimos dez anos, superior à meta de 200,21% no período.
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Sem acordo com Petrobras, Sete Brasil promove nova rodada de demissões
Sem acordo com a Petrobras, a empresa de sondas Sete Brasil vai promover uma nova rodada de demissões, apenas quatro meses depois de anunciar a saída de 23 empregados. A Folha apurou que, desta vez, serão demitidos cerca de 80 funcionários da área administrativa, enxugando seu quadro de pessoal para cerca de 20 empregados. Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, a Sete Brasil confirma a desmobilização, mas evita falar em números. "A Sete Brasil tem adotado diferentes ações administrativas que visam à redução de custos em todas as áreas, e, paralelamente, vem buscando uma solução para a reestruturação de seu projeto. A desmobilização de pessoal é parte desse processo", limitou-se a dizer. Criada para gerir um portfólio de 29 sondas de perfuração de poços de petróleo, a Sete sofre os efeitos da Operação Lava Jato e da queda do preço do petróleo, que agravaram a crise da Petrobras. Sem recursos em caixa e impossibilitada de tomar empréstimo com o BNDES, a empresa deve hoje cerca de R$ 14 bilhões a analisa a possibilidade de entrar em recuperação judicial. A companhia ainda tenta convencer a Petrobras a manter o maior número possível de sondas na carteira de encomendas, para tentar recuperar parte dos R$ 8,3 bilhões investidos por seus controladores. Mas, com a queda dos preços do petróleo, a direção da estatal vem sinalizando que prefere buscar os equipamentos a preços mais baixos no exterior, mantendo com a Sete apenas os projetos que já tiveram a construção iniciada. A empresa tem como acionistas fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e Valia (dos empregados da Petrobras, Caixa, Banco do Brasil e Vale), os bancos BTG Pactual e Santander, além de fundos de investimento e da própria Petrobras.
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Sem acordo com Petrobras, Sete Brasil promove nova rodada de demissõesSem acordo com a Petrobras, a empresa de sondas Sete Brasil vai promover uma nova rodada de demissões, apenas quatro meses depois de anunciar a saída de 23 empregados. A Folha apurou que, desta vez, serão demitidos cerca de 80 funcionários da área administrativa, enxugando seu quadro de pessoal para cerca de 20 empregados. Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, a Sete Brasil confirma a desmobilização, mas evita falar em números. "A Sete Brasil tem adotado diferentes ações administrativas que visam à redução de custos em todas as áreas, e, paralelamente, vem buscando uma solução para a reestruturação de seu projeto. A desmobilização de pessoal é parte desse processo", limitou-se a dizer. Criada para gerir um portfólio de 29 sondas de perfuração de poços de petróleo, a Sete sofre os efeitos da Operação Lava Jato e da queda do preço do petróleo, que agravaram a crise da Petrobras. Sem recursos em caixa e impossibilitada de tomar empréstimo com o BNDES, a empresa deve hoje cerca de R$ 14 bilhões a analisa a possibilidade de entrar em recuperação judicial. A companhia ainda tenta convencer a Petrobras a manter o maior número possível de sondas na carteira de encomendas, para tentar recuperar parte dos R$ 8,3 bilhões investidos por seus controladores. Mas, com a queda dos preços do petróleo, a direção da estatal vem sinalizando que prefere buscar os equipamentos a preços mais baixos no exterior, mantendo com a Sete apenas os projetos que já tiveram a construção iniciada. A empresa tem como acionistas fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e Valia (dos empregados da Petrobras, Caixa, Banco do Brasil e Vale), os bancos BTG Pactual e Santander, além de fundos de investimento e da própria Petrobras.
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TJ-SP troca de corregedor três vezes em uma semana após veto de Dilma
O veto de Dilma Rousseff à "PEC da Bengalinha", que permitiria que servidores permanecessem no setor público até os 75 anos, e não aos 70, como acabou prevalecendo, obrigou o Tribunal de Justiça de SP a promover uma frenética dança das cadeiras. Em uma semana, três desembargadores assumiram o cargo de corregedor, o mais importante da corte depois da presidência. O BREVE Na sexta (16), o então corregedor, Elliot Akel, pediu aposentadoria por completar os 70 anos. Sergio Jacintho assumiu em seu lugar esperando que Dilma permitisse a ampliação da aposentadoria aos 75 anos. Ela vetou a proposta e ele, que completa 70 anos na próxima semana, já está deixando o cargo. O PRÓXIMO No lugar de Jacintho entra o desembargador Xavier de Aquino. Ele será um corregedor pop, já que, além de atuar na área jurídica, é guitarrista da banda Rockfeller. JUNTA MÉDICA O médico Roberto Kalil Filho, ao lado da mulher, Claudia Kalil, recebeu cumprimentos após ser homenageado na quinta (22) pela Assembleia Legislativa de SP, presidida pelo deputado Fernando Capez. O governador Geraldo Alckmin, o deputado federal Paulo Maluf e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, participaram da solenidade. Também compareceram o secretário de Estado da Saúde, David Uip, o médico Paulo Hoff e a empresária Bia Aydar. LUTA DIFÍCIL Os lutadores de MMA Diego Brandão e Flávio Álvaro gravaram um vídeo criticando a atitude de homens que abandonam suas mulheres diagnosticadas com câncer de mama. A campanha, do Hospital do Câncer de Barretos, foi criada após pesquisa da instituição e do centro de câncer MD Anderson apontar que até 40% das pacientes em tratamento com rádio e quimioterapia sofrem rejeição sexual ou são abandonadas pelos companheiros. WAINER VIRTUAL A autobiografia do jornalista Samuel Wainer, "Minha Razão de Viver", começou a ser vendida em e-book no site da Amazon, por R$ 19,90. E está prevista para sair em 2017 a biografia do fundador do jornal "Última Hora", que está sendo escrita pela jornalista Karla Monteiro para a Companhia das Letras. MUITOS ESTILOS A modelo Bárbara Evans circulou pelo pavilhão da Bienal na quinta (22), durante a São Paulo Fashion Week. A blogueira Camila Coelho e a atriz Carolina Oliveira também passaram por lá. BEM ALIMENTADOS A cantora americana Ariana Grande exigiu pratos saudáveis no camarim do seu show no Allianz Parque, neste domingo (25). Ela pediu salada de grãos ao vinagrete de aipo, estrogonofe de berinjela e tofu e massa sem glúten ao creme de alho poró. Já a banda britânica Muse, que se apresenta hoje, deixou a chef Rita Atrib, do Buffet Petit Comité, livre para montar o cardápio, que terá thai beef com legumes ao molho teryaki, purê de batata doce e brownies. LINHAS BRASILEIRAS O bilionário americano Peter Morton, dono da rede Hard Rock Cafe e ex-namorado da atriz Demi Moore, contratou dois arquitetos de São Paulo para construir sua nova mansão, em Los Angeles. Bernardo e Paulo Jacobsen estão indo para os Estados Unidos neste fim de semana apresentar o projeto ao empresário, que contou ter conhecido o trabalho deles pela internet. TODOS A BORDO Reynaldo Gianecchini esteve na festa após pré-estreia do filme "S.O.S. Mulheres ao Mar 2", no qual atuou. Participaram do evento, na terça (20), no Espaço Jardim Europa, a modelo Rhaisa Batista e os atores Felipe Roque e Fabiula Nascimento, que também fazem parte do elenco. * CURTO-CIRCUITO Maria Rita canta neste sábado (24) no Espaço das Américas, às 23h. 14 anos. O médico Máximo Ravenna participa neste fim de semana da programação de aniversário de cinco anos da sua clínica em São Paulo. O shopping Pátio Higienópolis faz neste sábado (24) festa de Halloween para convidados. O shopping JK Iguatemi inicia neste sábado (24) a feira de produtos orgânicos Green Market, das 10h às 17h. A festa Funfarra tem edição de Halloween neste sábado (24) à noite, no Via Marquês. 18 anos. Giovanna Antonelli participa domingo (25) do aniversário da revista "Joyce Pascowitch", às 17h, nos Jardins. Carlos Prazeres será o maestro convidado em concerto da Osesp na Sala São Paulo no domingo (25), às 16h. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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TJ-SP troca de corregedor três vezes em uma semana após veto de DilmaO veto de Dilma Rousseff à "PEC da Bengalinha", que permitiria que servidores permanecessem no setor público até os 75 anos, e não aos 70, como acabou prevalecendo, obrigou o Tribunal de Justiça de SP a promover uma frenética dança das cadeiras. Em uma semana, três desembargadores assumiram o cargo de corregedor, o mais importante da corte depois da presidência. O BREVE Na sexta (16), o então corregedor, Elliot Akel, pediu aposentadoria por completar os 70 anos. Sergio Jacintho assumiu em seu lugar esperando que Dilma permitisse a ampliação da aposentadoria aos 75 anos. Ela vetou a proposta e ele, que completa 70 anos na próxima semana, já está deixando o cargo. O PRÓXIMO No lugar de Jacintho entra o desembargador Xavier de Aquino. Ele será um corregedor pop, já que, além de atuar na área jurídica, é guitarrista da banda Rockfeller. JUNTA MÉDICA O médico Roberto Kalil Filho, ao lado da mulher, Claudia Kalil, recebeu cumprimentos após ser homenageado na quinta (22) pela Assembleia Legislativa de SP, presidida pelo deputado Fernando Capez. O governador Geraldo Alckmin, o deputado federal Paulo Maluf e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, participaram da solenidade. Também compareceram o secretário de Estado da Saúde, David Uip, o médico Paulo Hoff e a empresária Bia Aydar. LUTA DIFÍCIL Os lutadores de MMA Diego Brandão e Flávio Álvaro gravaram um vídeo criticando a atitude de homens que abandonam suas mulheres diagnosticadas com câncer de mama. A campanha, do Hospital do Câncer de Barretos, foi criada após pesquisa da instituição e do centro de câncer MD Anderson apontar que até 40% das pacientes em tratamento com rádio e quimioterapia sofrem rejeição sexual ou são abandonadas pelos companheiros. WAINER VIRTUAL A autobiografia do jornalista Samuel Wainer, "Minha Razão de Viver", começou a ser vendida em e-book no site da Amazon, por R$ 19,90. E está prevista para sair em 2017 a biografia do fundador do jornal "Última Hora", que está sendo escrita pela jornalista Karla Monteiro para a Companhia das Letras. MUITOS ESTILOS A modelo Bárbara Evans circulou pelo pavilhão da Bienal na quinta (22), durante a São Paulo Fashion Week. A blogueira Camila Coelho e a atriz Carolina Oliveira também passaram por lá. BEM ALIMENTADOS A cantora americana Ariana Grande exigiu pratos saudáveis no camarim do seu show no Allianz Parque, neste domingo (25). Ela pediu salada de grãos ao vinagrete de aipo, estrogonofe de berinjela e tofu e massa sem glúten ao creme de alho poró. Já a banda britânica Muse, que se apresenta hoje, deixou a chef Rita Atrib, do Buffet Petit Comité, livre para montar o cardápio, que terá thai beef com legumes ao molho teryaki, purê de batata doce e brownies. LINHAS BRASILEIRAS O bilionário americano Peter Morton, dono da rede Hard Rock Cafe e ex-namorado da atriz Demi Moore, contratou dois arquitetos de São Paulo para construir sua nova mansão, em Los Angeles. Bernardo e Paulo Jacobsen estão indo para os Estados Unidos neste fim de semana apresentar o projeto ao empresário, que contou ter conhecido o trabalho deles pela internet. TODOS A BORDO Reynaldo Gianecchini esteve na festa após pré-estreia do filme "S.O.S. Mulheres ao Mar 2", no qual atuou. Participaram do evento, na terça (20), no Espaço Jardim Europa, a modelo Rhaisa Batista e os atores Felipe Roque e Fabiula Nascimento, que também fazem parte do elenco. * CURTO-CIRCUITO Maria Rita canta neste sábado (24) no Espaço das Américas, às 23h. 14 anos. O médico Máximo Ravenna participa neste fim de semana da programação de aniversário de cinco anos da sua clínica em São Paulo. O shopping Pátio Higienópolis faz neste sábado (24) festa de Halloween para convidados. O shopping JK Iguatemi inicia neste sábado (24) a feira de produtos orgânicos Green Market, das 10h às 17h. A festa Funfarra tem edição de Halloween neste sábado (24) à noite, no Via Marquês. 18 anos. Giovanna Antonelli participa domingo (25) do aniversário da revista "Joyce Pascowitch", às 17h, nos Jardins. Carlos Prazeres será o maestro convidado em concerto da Osesp na Sala São Paulo no domingo (25), às 16h. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Astrologia
ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Seja por planos pessoais ou causas coletivas que lhe dizem respeito, existe uma tensão que deve ser abordada com cuidado. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Há uma ansiedade subjacente revestida de preocupação quanto ao futuro. Medo de perder o controle? Deixe fluir. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Decisões não podem mais ser adiadas, será melhor encará-las como libertadoras e evitar ressentimentos. Entender-se com parceiros é complexo. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) E quanto aos relacionamentos e negociações em que não há acordo? Tem alguma situação ou expectativa que você precisa desapegar, até para poder se dedicar ao que vale a pena. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Você está diante da necessidade de (des)fazer uma aliança no amor e no trabalho: eclipse penumbral em Aquário mexe diretamente com você. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Evite sobrecarga hoje. A cena é íntima: você com seu corpo e mente em realinhamento energético, ressignificando criatividade e relações. LIBRA (23 set. a 22 out.) Você sente que precisa ser diferente? Pode ter a ver com o esclarecimento de fatos passados. Mas não é que você deva ser outra coisa, na verdade é a liberdade de ser quem você é. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Suas memórias estão muito vivas hoje, depende de você acolhê-las ou libertar-se do que lhe prende. A base familiar precisa estar resolvida para alçar voo no trabalho. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Você está se reposicionando na vida e fica feliz quando assume seu espírito desbravador. Tenha humildade para conquistar novo território afetivo e profissional. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Está na hora de você mostrar do que é capaz. Assuma sua paixão. Há notícias sobre recursos materiais. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Hoje tem eclipse penumbral em Aquário, o primeiro de uma série de dois anos que dará uma reviravolta na sua vida. O mais importante é resolver relacionamentos e dinheiro. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Não é um dia para grandes atitudes externas, até porque você está em contato com o mundo inteiro dentro de si.
ilustrada
AstrologiaÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Seja por planos pessoais ou causas coletivas que lhe dizem respeito, existe uma tensão que deve ser abordada com cuidado. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Há uma ansiedade subjacente revestida de preocupação quanto ao futuro. Medo de perder o controle? Deixe fluir. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Decisões não podem mais ser adiadas, será melhor encará-las como libertadoras e evitar ressentimentos. Entender-se com parceiros é complexo. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) E quanto aos relacionamentos e negociações em que não há acordo? Tem alguma situação ou expectativa que você precisa desapegar, até para poder se dedicar ao que vale a pena. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Você está diante da necessidade de (des)fazer uma aliança no amor e no trabalho: eclipse penumbral em Aquário mexe diretamente com você. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Evite sobrecarga hoje. A cena é íntima: você com seu corpo e mente em realinhamento energético, ressignificando criatividade e relações. LIBRA (23 set. a 22 out.) Você sente que precisa ser diferente? Pode ter a ver com o esclarecimento de fatos passados. Mas não é que você deva ser outra coisa, na verdade é a liberdade de ser quem você é. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Suas memórias estão muito vivas hoje, depende de você acolhê-las ou libertar-se do que lhe prende. A base familiar precisa estar resolvida para alçar voo no trabalho. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Você está se reposicionando na vida e fica feliz quando assume seu espírito desbravador. Tenha humildade para conquistar novo território afetivo e profissional. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Está na hora de você mostrar do que é capaz. Assuma sua paixão. Há notícias sobre recursos materiais. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Hoje tem eclipse penumbral em Aquário, o primeiro de uma série de dois anos que dará uma reviravolta na sua vida. O mais importante é resolver relacionamentos e dinheiro. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Não é um dia para grandes atitudes externas, até porque você está em contato com o mundo inteiro dentro de si.
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Turistas ignoram pedido, e Paris reforça luta contra 'cadeados do amor'
A prefeitura de Paris quer que a cidade continue sendo "a capital do romantismo e do amor" –desde que não haja mais (e definitivamente) cadeados em suas pontes. De acordo com a agência AFP, as autoridades da capital francesa vão relançar a campanha para dissuadir turistas da prática de pendurar cadeados para deixar um testemunho de seu amor. No ano passado, a prefeitura de Paris dedicou esforços para acabar com a moda, depois que, em 2014, a grade de uma ponte desabou, provavelmente por causa do peso dos itens. A empreitada envolveu a remoção de quase 70 toneladas de cadeados e a instalação de painéis de acrílico para proteger as grades em locais como a Pont des Arts. Ocorre que os turistas não deram ouvidos aos pedidos das autoridades e só mudaram o lugar da exibição de seu "amor lacrado" –para, por exemplo, a Pont Neuf, a mais antiga da cidade, a 400 metros de distância, e as pontes Alexandre 3º e Simone de Beauvoir. "Nos próximos dias serão instalados painéis e uma sinalização especial no chão de várias pontes, especialmente na Pont Neuf", disse, na terça-feira (2) Bruno Julliard, vice-prefeito da capital francesa e responsável pela área de Cultura, depois de uma reunião técnica para discutir o tema. Segundo o jornal francês "Le Parisien", os cartazes dirão, em inglês e francês, frases como "Sem cadeados, Paris agradece" ou "Declare seu amor de outra maneira". Julliard acusa os pequenos objetos de "obstruir as vistas do rio Sena" e de configurar um risco à segurança local, pelo perigo de desabamento. "Paris é uma cidade muito romântica, em particular no Sena e em suas pontes, mas é necessário proteger o patrimônio. Podemos declarar nosso amor de outro jeito que não com um cadeado", afirmou. De acordo com o "Le Parisien", outras medidas serão tomadas depois da "rentrée", a volta das férias de verão, mas elas ainda serão decididas com as equipes técnicas e arquitetos especializados no patrimônio local.
turismo
Turistas ignoram pedido, e Paris reforça luta contra 'cadeados do amor'A prefeitura de Paris quer que a cidade continue sendo "a capital do romantismo e do amor" –desde que não haja mais (e definitivamente) cadeados em suas pontes. De acordo com a agência AFP, as autoridades da capital francesa vão relançar a campanha para dissuadir turistas da prática de pendurar cadeados para deixar um testemunho de seu amor. No ano passado, a prefeitura de Paris dedicou esforços para acabar com a moda, depois que, em 2014, a grade de uma ponte desabou, provavelmente por causa do peso dos itens. A empreitada envolveu a remoção de quase 70 toneladas de cadeados e a instalação de painéis de acrílico para proteger as grades em locais como a Pont des Arts. Ocorre que os turistas não deram ouvidos aos pedidos das autoridades e só mudaram o lugar da exibição de seu "amor lacrado" –para, por exemplo, a Pont Neuf, a mais antiga da cidade, a 400 metros de distância, e as pontes Alexandre 3º e Simone de Beauvoir. "Nos próximos dias serão instalados painéis e uma sinalização especial no chão de várias pontes, especialmente na Pont Neuf", disse, na terça-feira (2) Bruno Julliard, vice-prefeito da capital francesa e responsável pela área de Cultura, depois de uma reunião técnica para discutir o tema. Segundo o jornal francês "Le Parisien", os cartazes dirão, em inglês e francês, frases como "Sem cadeados, Paris agradece" ou "Declare seu amor de outra maneira". Julliard acusa os pequenos objetos de "obstruir as vistas do rio Sena" e de configurar um risco à segurança local, pelo perigo de desabamento. "Paris é uma cidade muito romântica, em particular no Sena e em suas pontes, mas é necessário proteger o patrimônio. Podemos declarar nosso amor de outro jeito que não com um cadeado", afirmou. De acordo com o "Le Parisien", outras medidas serão tomadas depois da "rentrée", a volta das férias de verão, mas elas ainda serão decididas com as equipes técnicas e arquitetos especializados no patrimônio local.
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Brasil tem 4 das 10 maiores operações de fusão da América Latina
Quatro das dez maiores fusões e aquisições realizadas na América Latina nos 12 meses até junho ocorreram no Brasil, segundo relatório da divisão de inteligência de mercado da S&P Global. Pelo critério de câmbio da empresa, o país teve a segunda maior operação do tipo, com a compra da central de depósitos de títulos Cetip pela BM&FBovespa por US$ 2,9 bilhões. Fechada em abril, a operação foi anunciada por R$ 12 bilhões. O maior negócio veio da Colômbia, uma transação no setor de energia que somou US$ 3,17 bilhões. A fusão da Kroton Educacional e da Estácio Participações, que mexeu com a estrutura do ensino privado no Brasil, também aparece na lista, na quarta colocação. A transação totalizou US$ 1,9 bilhão. O resultado deste ano é melhor que o do período de 12 meses encerrados em junho de 2015, quando o Brasil teve três das dez maiores operações da América Latina. Mas, no ranking passado, a maior transação foi brasileira: a compra da GVT pela Telefônica, por US$ 9,8 bilhões. Mesmo respondendo por 40% das grandes operações na região, o valor dos negócios no país no primeiro semestre despencou quase à metade em relação ao mesmo período de 2015. Foram US$ 8,63 bilhões, ante US$ 15,94 bilhões em igual intervalo do ano passado. O volume também caiu: foram 282 na primeira metade do ano, ante 343 no mesmo intervalo de 2015. Para Pedro Arlant, diretor da S&P Global Market Intelligence no Brasil, as "políticas macroeconômicas equivocadas e os escândalos sob o governo Dilma resultaram num forte sentimento de incerteza pelos investidores". A situação foi a oposta da vizinha Argentina, onde o presidente Mauricio Macri, que tomou posse em dezembro, injetou confiança nos investidores e destravou o mercado de fusões e aquisições. Nos primeiros seis meses do ano, o país já registrou um valor de negócios maior do que no ano passado inteiro, mas ainda inferior ao de Chile, Colômbia, México e Peru. Os negócios na América Latina estão minguando neste ano em relação ao ano passado, tanto em volume como em valor. No primeiro semestre, foram 64 operações a menos, queda de 14%. O valor das transações recuou 23,9% na mesma base de comparação. "Houve uma combinação de forças globais que se tornaram desafios à região como um todo, como a desaceleração da China e a queda dos preços das commodities, causando maior pressão competitiva e retornos menores aos investidores, e a menor demanda por produtos, pela menor atividade de comércio no mundo", diz. Apesar do cenário negativo na região, dois países tiveram aumento no volume de negócios: Equador e Uruguai. "Diria que, em razão da recessão e das incertezas circundando o Brasil e a Argentina, os investidores conseguiram identificar oportunidades de investimento atrativas nessas geografias", avalia Arlant.
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Brasil tem 4 das 10 maiores operações de fusão da América LatinaQuatro das dez maiores fusões e aquisições realizadas na América Latina nos 12 meses até junho ocorreram no Brasil, segundo relatório da divisão de inteligência de mercado da S&P Global. Pelo critério de câmbio da empresa, o país teve a segunda maior operação do tipo, com a compra da central de depósitos de títulos Cetip pela BM&FBovespa por US$ 2,9 bilhões. Fechada em abril, a operação foi anunciada por R$ 12 bilhões. O maior negócio veio da Colômbia, uma transação no setor de energia que somou US$ 3,17 bilhões. A fusão da Kroton Educacional e da Estácio Participações, que mexeu com a estrutura do ensino privado no Brasil, também aparece na lista, na quarta colocação. A transação totalizou US$ 1,9 bilhão. O resultado deste ano é melhor que o do período de 12 meses encerrados em junho de 2015, quando o Brasil teve três das dez maiores operações da América Latina. Mas, no ranking passado, a maior transação foi brasileira: a compra da GVT pela Telefônica, por US$ 9,8 bilhões. Mesmo respondendo por 40% das grandes operações na região, o valor dos negócios no país no primeiro semestre despencou quase à metade em relação ao mesmo período de 2015. Foram US$ 8,63 bilhões, ante US$ 15,94 bilhões em igual intervalo do ano passado. O volume também caiu: foram 282 na primeira metade do ano, ante 343 no mesmo intervalo de 2015. Para Pedro Arlant, diretor da S&P Global Market Intelligence no Brasil, as "políticas macroeconômicas equivocadas e os escândalos sob o governo Dilma resultaram num forte sentimento de incerteza pelos investidores". A situação foi a oposta da vizinha Argentina, onde o presidente Mauricio Macri, que tomou posse em dezembro, injetou confiança nos investidores e destravou o mercado de fusões e aquisições. Nos primeiros seis meses do ano, o país já registrou um valor de negócios maior do que no ano passado inteiro, mas ainda inferior ao de Chile, Colômbia, México e Peru. Os negócios na América Latina estão minguando neste ano em relação ao ano passado, tanto em volume como em valor. No primeiro semestre, foram 64 operações a menos, queda de 14%. O valor das transações recuou 23,9% na mesma base de comparação. "Houve uma combinação de forças globais que se tornaram desafios à região como um todo, como a desaceleração da China e a queda dos preços das commodities, causando maior pressão competitiva e retornos menores aos investidores, e a menor demanda por produtos, pela menor atividade de comércio no mundo", diz. Apesar do cenário negativo na região, dois países tiveram aumento no volume de negócios: Equador e Uruguai. "Diria que, em razão da recessão e das incertezas circundando o Brasil e a Argentina, os investidores conseguiram identificar oportunidades de investimento atrativas nessas geografias", avalia Arlant.
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